fpta - relatório e contas 2011...2012/05/09 · relatÓrio!de!atividades!e!contas!2011! !...
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RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS
2011
FPTA Federação Portuguesa de Tiro com Arco
Instituição de Utilidade Pública Desportiva
RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS 2011 Página 2 de 33
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 -‐ SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................. 3
CAPÍTULO 2 -‐ EVOLUÇÃO DA MODALIDADE ...................................................................... 4 2.1 Clubes ................................................................................................................................ 4 2.2 Arqueiros ........................................................................................................................... 4 2.3 Treinadores e Técnicos Auxiliares ...................................................................................... 5 2.4 Árbitros e Controladores de Tiro ........................................................................................ 6
CAPÍTULO 3 -‐ ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA FEDERAÇÃO ................................................... 6 3.1 Recursos Humanos ............................................................................................................. 6 3.2 Custos Gerais da FPTA ........................................................................................................ 7
CAPÍTULO 4 -‐ QUADRO COMPETITIVO NACIONAL ............................................................. 7 4.1 Atividade Competitiva ....................................................................................................... 7 4.2 Organização e Apoio a Provas ............................................................................................ 9 4.3 Outras Despesas do Quadro Competitivo ........................................................................... 9
CAPÍTULO 5 -‐ DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE ....................................................... 10
CAPÍTULO 6 -‐ SELEÇÕES NACIONAIS ................................................................................. 10
CAPÍTULO 7 -‐ FORMAÇÃO ................................................................................................ 11
CAPÍTULO 8 -‐ ANÁLISE FINANCEIRA 2011 ......................................................................... 11 8.1 Estrutura de Custos ........................................................................................................... 11 8.2 Estrutura de Proveitos Próprios ........................................................................................ 12 8.3 Comparticipações do Estado ............................................................................................. 12 8.4 Situação Financeira ........................................................................................................... 13 8.5 Situação de Tesouraria ...................................................................................................... 13
CAPÍTULO 9 -‐ CONTAS DO EXERCÍCIO 2011 ....................................................................... 13
CAPÍTULO 10 -‐ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .............................................. 14
CAPÍTULO 11 -‐ PERSPETIVAS PARA 2012 .......................................................................... 14
CAPÍTULO 12 -‐ ANEXOS .................................................................................................... 16 Anexo I – Demonstrações Financeiras 2011 ................................................................................ 16 Anexo II -‐ Certificação Legal de Contas ....................................................................................... 27 Anexo III -‐ Parecer do Conselho Fiscal ........................................................................................ 31
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CAPÍTULO 1 -‐ SUMÁRIO EXECUTIVO Em linha com o que se verificou em 2010, o ano de 2011 caracterizou-‐se por uma grande instabilidade na modalidade devida à falta de sintonia entre os agentes desportivos e a FPTA, e à manutenção dos Órgãos Sociais em gestão durante um período prolongado. Este contexto agravou-‐se pela situação financeira que a FPTA tem vivido nos últimos 2 anos, resultado do não cumprimento atempado das suas obrigações perante o Instituto do Desporto de Portugal. Na sequência das alterações estatutárias realizadas em 2009, foram convocadas eleições para os Órgãos Sociais da FPTA no final de 2010, para as quais não se apresentaram candidatos. Em novas eleições realizadas em julho de 2011 foram eleitos novos Órgãos Sociais, que tomaram posse e assumiram a gestão da FPTA a 28 de outubro, para o período 2011-‐2012. A situação verificada levou a que a Direção cessante se mantivesse em gestão durante grande parte de 2011, adiando assim as decisões estratégicas e reformas estruturais necessárias. Tal como se verificou no processo eleitoral para os Órgãos Sociais, a falta de participação dos agentes desportivos na gestão da modalidade também se manifestou nas eleições para Delegados à Assembleia Geral da FPTA. Para os 40 lugares disponíveis apenas se apresentaram a sufrágio, no somatório dos dois atos eleitorais, 13 candidatos. No que diz respeito à prática desportiva de Tiro com Arco, registou-‐se em 2011 um decréscimo significativo ao nível dos agentes desportivos federados e atividade competitiva, seguindo a mesma tendência de 2010. O número de arqueiros federados reduziu 30% face a 2010, mantendo uma elevada concentração no distrito de Lisboa, e o número de participações em prova reduziu 25%. O nível competitivo a que a modalidade chegou no final de 2011 reflete a ausência, nos últimos dois anos, de capacidade de investimento no desenvolvimento da prática juvenil e na divulgação do Tiro com Arco, que pudessem criar uma base sólida para o incremento do número de praticantes. Apesar dos constrangimentos financeiros, a FPTA optou por manter o programa de seleções nacionais, tendo dois atletas participado no Campeonato do Mundo de Campo em Itália. O ponto mais crítico a realçar acerca de 2011, e que condicionou a execução orçamental e a gestão da modalidade, é a débil situação financeira da FPTA, nomeadamente em termos de liquidez. Esta situação está estritamente ligada à excessiva dependência, em termos de receitas, das comparticipações estatais disponibilizadas através de Contratos Programa com o IDP, uma vez que as receitas próprias da modalidade são manifestamente insuficientes para a subsistência da modalidade. Desde 2010 que a FPTA tem apresentado as candidaturas e cumprido todos os requisitos dos Contratos Programa com atrasos significativos, resultando na celebração dos mesmos apenas no final do ano. Este facto causa um permanente défice de tesouraria durante todo o ano, impedindo a execução de grande parte dos projetos planeados e orçamentados. Em 2011 estes atrasos foram ainda mais significativos, tendo a aprovação de contas de 2010 ocorrido apenas em dezembro 2011, e as candidaturas aos Contratos Programa em novembro. Neste enquadramento, a FPTA contou em 2011 apenas com as verbas dos duodécimos correspondentes ao aditamento aos contratos de 2010, e com a celebração do Contrato Programa de Enquadramento Técnico de 2011. A criticidade da situação financeira da FPTA coloca em risco a sua subsistência e a da modalidade, bem como a sua capacidade para fazer face ao elevado passivo acumulado em 2010 e 2011.
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CAPÍTULO 2 -‐ EVOLUÇÃO DA MODALIDADE 2.1 CLUBES Seguindo a tendência verificada em 2010, houve em 2011 um decréscimo de 24% no número de clubes filiados na FPTA. Se considerarmos o efeito conjugado dos últimos 2 anos, assistiu-‐se a uma redução de 41% no número de clubes, de 27 para 16. Para este facto contribuíram vários fatores, nomeadamente: i) O clima em que viveu a modalidade nos últimos anos, com um divórcio claro entre os clubes, agentes desportivos e a FPTA, ii) O facto de a maioria dos clubes de tiro com arco estar dependente de uma única pessoa, frequentemente acumulando as funções de treinador e responsável da secção, torna a sua existência bastante volátil, iii) A falta de investimento no desenvolvimento da modalidade, e iv) O enquadramento financeiro adverso do país.
A presença geográfica de clubes mantém-‐se predominantemente no distrito de Lisboa (50%) e de Leiria (19%). Esta excessiva concentração provoca dificuldades acrescidas aos clubes de distritos mais afastados, quer na necessidade de grandes deslocações para participar em provas, quer na viabilidade dos mesmos as organizarem. 2.2 ARQUEIROS No que diz respeito aos arqueiros, e conforme se ilustra de seguida, a redução nos últimos dois anos foi de 55%. No último ano o número de arqueiros federados foi de 123, um decréscimo de 30% face a 2010. Para além do decréscimo em quantidade, registou-‐se também o afastamento de alguns dos melhores arqueiros, principalmente da divisão de arco recurvo, pelo que o nível global da prática desportiva também foi afetado. Em linha com o que se verifica nos clubes, no caso dos arqueiros também se assiste a uma grande concentração geográfica, mas principalmente no distrito de Lisboa (71%). Para além desta concentração geográfica, verifica-‐se ainda uma concentração significativa em clubes de grande dimensão. Do total de arqueiros federados, 38% pertencem a dois clubes de Lisboa.
0
5
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15
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2006 2007 2008 2009 2010 2011
Clubes Filiados
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3
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1 1
Clubes por Distrito
Aveiro Castelo Branco FaroLeiria Lisboa Viana do CasteloMadeira
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Analisando a divisão dos arqueiros por categorias, verifica-‐se em 2011 uma preponderância da divisão recurvo (67%) e do género masculino (75%). Relativamente a 2010, a distribuição dos atletas por estes dois eixos alterou-‐se principalmente devido ao aumento relativo da divisão compound de 28% para 33% do total de arqueiros federados.
A divisão por escalões etários dos arqueiros federados mostra claramente o trabalho que é necessário desenvolver junto dos escalões jovens, como base para o crescimento da modalidade. Em 2011, 72% dos praticantes federados tinham idade superior a 20 anos, 20% entre os 15 e os 20 anos, e apenas 8% com idade inferior a 15 anos. Comparando com 2010, não se verifica alteração significativa nesta distribuição. No entanto, se analisarmos os números absolutos de praticantes nos escalões jovens, verifica-‐se efetivamente uma redução de 57% nos escalões infantis (flechas, robins e juvenis) e de 22% nos cadetes. 2.3 TREINADORES E TÉCNICOS AUXILIARES No que diz respeito a treinadores e técnicos auxiliares federados, verificou-‐se um aumento de 24% relativamente a 2010, apesar de esse nível ainda se situar 49% abaixo do número verificado em 2009. A implementação do Plano Nacional de Formação de Treinadores, a concluir em 2012, mudará o enquadramento destes agentes desportivos, deixando de existir técnicos auxiliares e sendo atribuídos graus aos treinadores.
0
50
100
150
200
250
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2006 2007 2008 2009 2010 2011
Atletas Federados
0; 0% 5; 4% 5; 4%14; 11%
87; 71%
4; 3% 8; 7%
Atletas por Distrito
Aveiro Castelo Branco FaroLeiria Lisboa Viana do CasteloMadeira
48%
19%
27% 6%
Atletas por Divisão e Género
Recurvo Masculino Recurvo Feminino
Compound Masculino Compound Feminino
1% 5% 2%11%
9%
62%
10%
Atletas por Escalão
Flechas Robins Juvenis Cadetes
Juniores Seniores Veteranos
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2.4 ÁRBITROS E CONTROLADORES DE TIRO A situação em 2011 dos árbitros e controladores de tiro foi bastante delicada, uma vez que apenas 5 estiveram inscritos na FPTA. Para além de este número representar uma redução drástica de 72% face a 2010 e 84% face a 2009, houve impacto relevante no desenrolar das competições, nomeadamente com a utilização, em algumas provas, de um número de árbitros inferior ao recomendado.
CAPÍTULO 3 -‐ ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA FEDERAÇÃO 3.1 RECURSOS HUMANOS Em 2011 a FPTA manteve o quadro de recursos humanos que transitou de 2010. Apesar de prevista a contratação de uma funcionária administrativa em substituição da funcionária que se desvinculou da FPTA em meados de 2010, tal não se veio a verificar devido a opções estratégicas e dificuldades financeiras. A FPTA manteve assim o Diretor Técnico Nacional a tempo inteiro, com funções de coordenação técnica, nomeadamente em matérias referentes às áreas de Formação, Alto Rendimento e apoio técnico à Direção. Coube ainda ao Diretor Técnico Nacional elaborar e acompanhar o Plano Nacional de Formação, em especial na preparação e organização do novo modelo de certificação de treinadores. A Federação Portuguesa de Tiro com Arco manteve também a colaboração de um técnico auxiliar que, para além da realização de tarefas e atividades relacionadas com diversos programas ou projetos de carácter desportivo, assegurou a gestão administrativa da federação. Foram também, em 2011, contratados os serviços pontuais de um técnico com funções de Treinador Nacional para a preparação da participação da Seleção Nacional do Campeonato do Mundo, estando o respetivo custo englobado na rubrica de seleções nacionais. Durante o ano de 2011 a FPTA realizou 97% do valor que se encontrava orçamentado para Recursos Humanos. De salientar que no ano de 2011 os Recursos humanos tiveram um peso nos custos totais, excluindo amortizações, de 57%.
RH 2011
Real 38.628,80 €
Orçamentado 39.700,00 €
% REALIZAÇÃO 97%
Total despesas 67.261,68 €
% RH TOTAL 57%
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3.2 CUSTOS GERAIS DA FPTA Com a adoção da contabilidade analítica em 2011, os custos classificados até 2010 como gerais foram alocados às atividades respetivas, pelo que os custos gerais aqui referidos refletem apenas os fornecimentos e serviços externos necessários à organização e gestão da FPTA. Os custos diretos associados aos quadros competitivos, desenvolvimento da modalidade, ou seleções nacionais, foram imputados aos respetivos projetos. É de salientar, nesta rubrica, o esforço de redução de custos face a 2010 e ao orçamentado para 2011. Esta redução deveu-‐se, não apenas à não execução de algumas das despesas previstas, como é o caso da não aquisição da atualização anual do programa de gestão e faturação e da não utilização de 2 das carrinhas disponíveis, mas também devido à disciplina de custos verificada na rúbrica de comunicações e à renegociação dos custos dos serviços de contabilidade.
CAPÍTULO 4 -‐ QUADRO COMPETITIVO NACIONAL 4.1 ATIVIDADE COMPETITIVA A FPTA manteve para 2011 o Modelo Desportivo de competição nacional de 2010, composto por competições de tipo Local, Nacional e Elite, culminando com as Finais Nacionais, em sistema Final Four. No entanto, face à ausência de candidaturas à organização de provas de Elite, a FPTA optou por suspender temporariamente a realização deste tipo de provas. Sendo ano de Campeonato do Mundo, a FPTA organizou duas competições específicas para constituição das Seleções Nacionais tendo em vista a participação dos atletas no 2011 World Archery Championship, utilizando um regulamento especial, bem como duas provas FITA. O calendário de provas realizadas foi o seguinte:
Ano 2011 RealAlugueres 93,37 €
Energia Eléctrica 1.125,00 €
Comunicações 901,22 €
Expediente, equipamento e material de escritório 538,91 €
Limpeza, Higiene e Conforto 19,21 €
Combustíveis e Portagens 862,67 €
Quotizações de filiações 1.033,00 €
Seguros 590,28 €Serviços de Contabilidade e Revisor Oficial de Contas 4.696,65 €
Conservação/Reparação 371,76 €
Deslocações e Despesas de Representação 2.239,13 €
Apoio jurídico 3.675,50 €
Outros custos 283,41 €
16.430,11 €
Total de despesas 67.261,68 €% CUSTOS GERAIS 24%
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A resultante abordagem de dois níveis competitivos (Nacional e Local) não cumpriu integralmente os objetivos, uma vez que a atividade desportiva dos atletas se concentrou principalmente no nível de competição mais elevado. No quadro competitivo nacional verificou-‐se em 2011 uma redução de 58% do número de provas face a 2009, e de 50% face a 2010, sendo mais significativa esta redução no caso das provas de sala (62% face a 2009 e 47% face a 2010). No total realizaram-‐se, para além das 2 provas de apuramento, 17 provas do campeonato, sendo 14 provas nacionais e 3 provas locais. Este decréscimo do número de provas, tendência que se vem acentuando ao longo dos últimos anos, resultou da redução de interesse dos clubes em organizar provas devido ao novo modelo de financiamento das mesmas, e à redução do número de clubes e arqueiros federados em 2011.
Data Prova Clube Local20-‐Mar Prova de Apuramento para SN FPTA Jamor -‐ Lisboa27-‐Mar Prova de Apuramento para SN FPTA Jamor -‐ Lisboa10-‐Abr FITA FPTA Jamor-‐ Lisboa30-‐Abr Prova Local -‐ Campo ACC Caldas da Rainha1-‐Mai Prova Nacional -‐ Campo ACC Caldas da Rainha15-‐Mai FITA FPTA Jamor -‐ Lisboa19-‐Jun Prova Nacional -‐ Campo FPTA Jamor -‐ Lisboa26-‐Jun Prova Nacional -‐ Campo GDA Azambuja26-‐Jun Prova Local -‐ Campo GDA Azambuja3-‐Jul Prova Nacional -‐ Campo MVD Caldas da Rainha17-‐Jul FINAL FOUR -‐ Campo FPTA Caldas da Rainha11-‐Set Prova Nacional -‐ Sala MVD Caldas da Rainha18-‐Set Prova Nacional -‐ Sala MVD Caldas da Rainha2-‐Out Prova Nacional -‐ Sala GDA Azambuja29-‐Out Prova Local -‐ Sala ACC Caldas Rainha30-‐Out Prova Nacional -‐ Sala ACC Caldas Rainha6-‐Nov Prova Nacional -‐ Sala ACRA Castelo Branco20-‐Nov Prova Nacional -‐ Sala MVD Caldas Rainha11-‐Dez FINAL FOUR -‐ Sala FPTA S. João da Talha
0
10
20
30
40
50
60
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Número de Provas
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500
1.000
1.500
2.000
2.500
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Participações em Provas
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Apesar da significativa redução no número de provas, a atividade desportiva nacional em 2011 caracterizou-‐se por um decréscimo de apenas 25% nas participações em provas face a 2010, devido ao incremento de 50% do número de participantes por prova. Relativamente a 2009, o decréscimo nas participações foi de 50%. Verificaram-‐se assim 793 participações em prova em 2011, sendo 370 em campo (47%) e 423 em sala (53%). O decréscimo generalizado da atividade desportiva neste período, acompanhado do afastamento voluntário de alguns dos atletas com maior nível competitivo, resultou num nível de desenvolvimento desportivo inferior ao desejável em algumas das categorias. 4.2 ORGANIZAÇÃO E APOIO A PROVAS A estrutura do quadro competitivo nacional pressupõe a organização, pelos clubes, das provas do campeonato nacional e das provas locais. É da responsabilidade da FPTA a organização das finais do campeonato nacional e de eventuais provas de apuramento para a Seleção Nacional. Em 2011 foi alterado o modelo de apoio à organização de competições com o objetivo de as tornar autónomas, constituindo uma fonte de receitas para os clubes organizadores e para a FPTA. Em particular, todos os custos de organização de provas passaram a ser suportados pelos clubes organizadores, incluindo o aluguer de equipamentos à FPTA, e o subsídio a atribuir aos árbitros. Esta alteração do modelo de financiamento teve um impacto imediato na redução das candidaturas à organização de provas.
4.3 OUTRAS DESPESAS DO QUADRO COMPETITIVO Nesta rubrica são englobados os custos inerentes ao desenvolvimento do quadro competitivo nacional, não contemplados diretamente na organização e apoio a provas, nomeadamente os equipamentos de prova propriedade da FPTA e os seguros associados à atividade desportiva. A modalidade do Tiro com Arco, ao contrário de muitas outras, necessita de equipamentos desportivos de consumo e desgaste rápido. Especificamente os bastidores têm um limite de utilização, ou seja, após um determinado número de competições encontram-‐se de tal maneira perfurados que já não retêm mais impactos das flechas. Estes equipamentos requerem assim manutenção frequente, e investimento periódico no material de que são compostos (Ethafoam). Apesar de orçamentado para 2011, e tal como se verificou em 2010, não houve condições financeiras que permitissem efetuar o investimento necessário. Neste contexto, a acentuada degradação dos bastidores da FPTA começa a colocar em causa o normal decorrer do quadro competitivo, uma vez que a FPTA os disponibiliza para a realização das provas. Afigura-‐se como prioritário para 2012 o investimento na recuperação dos bastidores da FPTA. Todos os restantes investimentos em equipamentos para árbitros e atletas da seleção nacional não foram efetuados devido à falta de liquidez da FPTA durante o ano de 2011.
Custos -‐ Provas 2011 4.385,36 €
Outras Despesas -‐ 2011 588,00 €
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CAPÍTULO 5 -‐ DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE Contrariamente ao previsto no plano de atividades de 2011, e devido à falta de liquidez da FPTA, não foi implementado o projeto de desenvolvimento da prática juvenil, e o plano de ações de divulgação da modalidade foi reduzido a ações individuais de experimentação que não envolveram custos para a FPTA, nomeadamente recorrendo a voluntários. O facto de o campo de Tiro com Arco do Jamor ter ficado destruído desde o 2º trimestre condicionou também a disponibilidade de espaço próprio para suporte às ações a desenvolver. Também no que diz respeito à promoção da modalidade, não foram efetuados investimentos em documentação informativa a ser distribuída a quando da organização de competições ou eventos da FPTA, nem na reformulação do website como suporte principal de comunicação. A modalidade carece de investimentos em comunicação e de um plano coerente de divulgação da modalidade junto da comunicação social e da população em geral, como forma de atrair novos atletas e clubes.
CAPÍTULO 6 -‐ SELEÇÕES NACIONAIS O programa de seleções nacionais de 2011 concentrou-‐se na preparação e participação no World Archery Championships 2011 em Turim, Itália, de 3 a 10 de julho. Este campeonato de campo foi disputado no formato FITA Round para a divisão recurvo, e 50 metros Compound Round para a divisão compound. Para levar a cabo o programa de preparação dos atletas foi contratado um Treinador Nacional durante cerca de 3 meses, em complemento ao trabalho de coordenação efetuado pelo Diretor Técnico Nacional. Esta contratação, apesar de limitada no tempo devido a limitações financeiras, permitiu a adequada preparação da Seleção Nacional que participou no Campeonato do Mundo de Campo. A FPTA estabeleceu os critérios de constituição e apuramento para a Seleção Nacional, para um máximo de 16 vagas, sendo composta por um número máximo de 4 arqueiros por cada uma das 4 categorias FITA (Divisão Compound e Recurvo, Homens e Senhoras). De entre este grupo seriam posteriormente apurados os elementos que constituiriam a Equipa Nacional, num máximo de 6 vagas, sendo composta por um máximo de 2 arqueiros por cada uma das categorias Recurvo, e 1 arqueiro por cada uma das categorias Compound. Para o apuramento para a Seleção Nacional foram realizadas duas provas específicas durante o mês de março, onde participaram 14 arqueiros, e nas quais apenas 3 arqueiros atingiram as pontuações mínimas de acesso à Seleção Nacional (2 Recurvo Senhoras, e 1 Compound Homem). Foi definido um plano de treinos com o Treinador Nacional para os atletas da seleção nacional, com vista à preparação dos referidos arqueiros, que foi executado conforme previsto. Uma arqueira não realizou a preparação programada com a seleção nacional, pelo que não reuniu as condições para integrar a Equipa Nacional. Os restantes 2 arqueiros ficaram automaticamente apurados para a Equipa Nacional a disputar o campeonato do mundo. Na categoria de Recurvo Senhora, onde participaram 148 atletas de 62 países, a atleta Maria João Ribeiro classificou-‐se na 136ª posição no round de qualificação, com 1191 pontos, correspondendo à classificação final na prova. Na categoria de Compound Homem, onde participaram 132 atletas de 53 países, o atleta Vitor Hugo Ferreira classificou-‐se na 52ª posição no round de qualificação, com 693 pontos, atingindo os 1/32 de final e obtendo a 33ª posição na classificação final na prova.
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CAPÍTULO 7 -‐ FORMAÇÃO Para 2011 estava prevista a realização de diversas ações de formação para os agentes desportivos externos à estrutura da FPTA com um orçamento de 10.800€, e para os agentes desportivos internos à estrutura da FPTA com um orçamento de 3.000€. Devido a condicionalismos de ordem financeira, e ao adiamento para 2012 da formação complementar de treinadores de nível 1 enquadrada no Plano Nacional de Formação de Treinadores, não foi executado qualquer dos orçamentos referidos. No âmbito das suas atribuições, a FPTA tem à sua responsabilidade o desenvolvimento dos programas de formação de treinadores desportivos de Tiro com Arco, visando o cumprimento do quadro do Programa Nacional de Formação de Treinadores (PNFT). A elaboração dos respetivos referenciais e conteúdos da componente de formação específica para os novos cursos de treinadores de Tiro com Arco de graus I, II e III, prevista para 2011, foi adiada para 2012, pelo que não existem custos imputáveis ao exercício de 2011.
CAPÍTULO 8 -‐ ANÁLISE FINANCEIRA 2011 8.1 ESTRUTURA DE CUSTOS Se analisarmos em detalhe a estrutura de custos da FPTA, podemos verificar que em 2011, duas rubricas totalizam 81% do valor total de custos de funcionamento. Essas rubricas são os custos com os recursos humanos e os custos gerais da FPTA.
Rubrica Real %
Recursos Humanos 38.628,80 € 57%
Custos gerais 16.430,11 € 24%
Quadro Competitivo Nacional 4.973,36 € 7%
Seleções Nacionais 5.057,51 € 8%
Gastos e perdas financeiras 833,06 € 1%
Impostos e Multas 580,98 € 1%
Outros custos 757,86 € 1%
Sub-‐total Custos 67.261,68 € 100%
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8.2 ESTRUTURA DE PROVEITOS PRÓPRIOS A estrutura de proveitos próprios da FPTA divide-‐se em 2 categorias: i) Filiações e Federamentos, e ii) Proveitos Desportivos. Os proveitos de filiações e federamentos dizem respeito às inscrições anuais dos clubes e agentes desportivos na FPTA, e todas as receitas associadas (seguros desportivos, cartões e segundas vias). Em 2011, estes proveitos representaram cerca de 21% dos proveitos próprios e 8% do total de proveitos, num valor total de 2.859€. Os proveitos desportivos englobam todos os proveitos diretamente resultantes da atividade desportiva, nomeadamente as taxas cobradas pela inscrição dos arqueiros nos campeonatos de sala e de campo, e os proveitos relacionados com a organização de provas (taxas a pagar pelos clubes organizadores pelos atletas inscritos, cedência de equipamentos e transporte dos mesmos). No caso das provas organizadas pela FPTA, consideram-‐se como proveitos as taxas de inscrição dos arqueiros em prova pagas à FPTA pelos clubes. Os proveitos desportivos representaram em 2011 cerca de 79% dos proveitos próprios e 29% do total de proveitos excluindo correções de anos anteriores, num valor total de 10.450,50€.
8.3 COMPARTICIPAÇÕES DO ESTADO A componente mais significativa dos proveitos da FPTA, e que permite a subsistência e desenvolvimento da modalidade, é a comparticipação recebida do Estado através do Instituto do Desporto de Portugal, e formalizada anualmente através de Contratos Programa. Na sequência dos Contratos Programa relativos a 2010, e como tem sido prática, foi efetuado aditamento aos contratos de forma a permitir a disponibilização dos duodécimos relativos aos meses de janeiro a março, tendo a FPTA recebido durante o segundo trimestre 13.374€ relativos ao Programa 1 (Desenvolvimento da Prática Desportiva) e 4.998€ relativos ao Programa 2 (Enquadramento Técnico). Foram apresentadas candidaturas aos seguintes Contratos Programa de 2011:
Programa 1 – Desenvolvimento da Prática Desportiva Programa 2 – Enquadramento Técnico
A tardia apresentação destas candidaturas, em novembro de 2011, e o incumprimento dos prazos relativos a outras obrigações perante o IDP, nomeadamente a entrega dos relatórios dos Contratos Programa de 2010 em novembro de 2011, e a aprovação de contas de 2010 apenas em dezembro de 2011, condicionaram significativamente a atribuição de verbas à FPTA, com graves consequências para a sua situação financeira.
Real %Filiações e Federamentos 2.859,00 € 21%Inscrições em Campeonatos 1.388,00 € 10%Receitas de Provas 7.821,50 € 59%Outros 1.241,00 € 9%
Total 13.309,50 € 100%
TOTAL DE PROVEITOS FPTA 2011 35.578,07 €% Proveitos Próprios 37,4%
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No final de 2011 foi celebrado o Contrato Programa relativo ao Enquadramento Técnico de 2011, no valor total de 10.000€, ao qual se deverá deduzir os duodécimos já recebidos. Verificou-‐se ainda uma devolução pela FPTA de uma comparticipação recebida anteriormente, no valor de 1.105,43€. No total, foram atribuídas à FPTA em 2011 comparticipações do Estado no valor de 22.268,57€, correspondendo a 63% do total de proveitos excluindo correções de anos anteriores.
8.4 SITUAÇÃO FINANCEIRA A situação financeira da FPTA caracteriza-‐se por um passivo significativo resultante de um permanente défice de tesouraria, uma estrutura significativa de custos fixos e recorrente falta de capacidade de investimento em equipamento desportivo e no desenvolvimento da modalidade. 8.5 SITUAÇÃO DE TESOURARIA Devido à existência de atrasos ocorridos no cumprimento das responsabilidades da FPTA com o IDP, tendo como consequência o não recebimento de verbas por parte do mesmo, a FPTA encerra o exercício de 2011 com graves problemas de tesouraria, não existindo fundo de maneio para fazer face às dívidas acumuladas de anos anteriores nem mesmo para a sua gestão corrente. No decorrer do ano de 2012, com a situação de envio de documentação e apresentação de contas atempada, a FPTA espera conseguir honrar os compromissos existentes, nomeadamente a liquidação de dívidas ao estado e aos fornecedores.
CAPÍTULO 9 -‐ CONTAS DO EXERCÍCIO 2011 O exercício de 2011 encerrou com um resultado líquido negativo de 44.650,26€, que se decompõe da seguinte forma:
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Com o intuito de conseguir uma maior transparência das contas e permitir uma análise detalhada de todos os custos e proveitos, a FPTA, ainda durante o ano de 2011, implementou o sistema de contabilidade analítica por centros de custos.
CAPÍTULO 10 -‐ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Propomos que o resultado liquido negativo de 44.650,26€, seja transferido para a conta de resultados transitados.
CAPÍTULO 11 -‐ PERSPETIVAS PARA 2012 2010 e 2011 foram anos em que a falta de liquidez da FPTA impediu a concretização da maioria dos projetos previstos, com execuções orçamentais muito reduzidas, e que resultaram num decréscimo acentuado da atividade competitiva de Tiro com Arco. Perspetiva-‐se para 2012 um ano decisivo quanto à continuidade da FPTA e da modalidade, em que obrigatoriamente serão necessárias: i) reformas profundas de consolidação financeira e redução de custos da federação, ii) uma inflexão clara na forma como a mesma se relaciona com os agentes desportivos e com os organismos que a tutelam e subsidiam, e iii) a construção de bases sustentadas para o desenvolvimento da modalidade e incremento de receitas próprias. Prevê-‐se assim que 2012 seja um ano de transição, bastante condicionado pelo elevado passivo transitado de 2011. Tal situação será ainda mais acentuada durante o primeiro semestre devido à falta de liquidez que subsistirá até à assinatura dos Contratos Programa de 2012, e à necessária reestruturação e racionalização de custos fixos da FPTA.
Rubrica Real
Recursos Humanos 38.628,80 €
Custos gerais 16.430,11 €
Quadro Competitivo Nacional 4.973,36 €
Seleções Nacionais 5.057,51 €
Gastos e perdas financeiras 833,06 €
Impostos e Multas 580,98 €
Outros custos 757,86 €
Sub-‐total Custos 67.261,68 €Custos exercicios anteriores 13.393,33 €
Amortizações 12.046,96 €
Total Custos 92.701,97 €Proveitos Proprios 13.309,50 €
Subsidios 22.268,57 €
Correções relativas a exercicios anteriores 12.473,64 €
Total Proveitos 48.051,71 €Resultado Liquido -‐44.650,26 €
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Na componente desportiva, será fundamental o aumento do nível competitivo nacional, bem como o estabelecimento de bases para o desenvolvimento sustentado do número de praticantes federados, aumentando a atratividade para as camadas jovens e criando condições para o aparecimento de novos clubes. Uma estratégia de racionalização de custos fixos permitiria à FPTA uma maior dotação orçamental em 2012 para as atividades de fomento e desenvolvimento da modalidade, e para os necessários investimentos em equipamentos para o quadro competitivo nacional. Estes investimentos, devidamente enquadrados numa estratégia coerente, terão como consequência, a médio prazo, o aumento das receitas próprias da FPTA e a redução da dependência dos subsídios estatais. Lisboa, 27 de abril de 2012 Pela Direção da FPTA, Luís Vieira (Presidente)
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CAPÍTULO 12 -‐ ANEXOS ANEXO I – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011 ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço em 31 de Dezembro de 2011 17
Demonstração dos resultados por natureza 18
Demonstrações das alterações no capital próprio do exercício
19
Demonstração dos fluxos de caixa do exercício 20
Anexo às demonstrações financeiras 21
1 – Introdução 21
2 – Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
21
3 - Principais políticas contabilísticas 21
4 – Fluxos de caixa 23
5 – Diferimentos 23
6 – Ativos tangíveis
7 – Estado e outros entes públicos
8 – Gastos com pessoal
24
24
24
9 – Fornecimentos e serviços externos 25
10 – Outros gastos e perdas 25
11 – Outros rendimentos e ganhos 25
12 – Subsídios à exploração
13 – Rédito
26
26
14 – Informações exigidas por diplomas legais 26
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Federação Portuguesa de Tiro com Arco
BALANÇO 2011
RUBRICAS NOTAS DATAS
31-12-2011 31-12-2010
ACTIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 6 11.856,49 € 23.903,45 €
11.856,49 € 23.903,45 €
Ativo Corrente
Clientes
0,00 € 8.933,50 €
Adiantamentos a fornecedores
0,00 € 343,50 € Outras Contas a receber
325,31 € 34.979,98 €
Diferimentos 5 5.002,00 € 4.008,00 € Caixa e depósitos bancários 4 984,77 € 8.469,13 €
6.312,08 € 56.734,11 €
Total do ativo
18.168,57 € 80.637,56 €
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado
22.960,52 € 16.527,80 €
22.960,52 € 16.527,80 €
Resultado líquido do período
-44.650,26 € 6.432,72 €
Total do capital próprio
-21.689,74 € 22.960,52 €
Passivo
Passivo não corrente
0,00 € 0,00 €
Passivo corrente
Fornecedores
6.519,98 € 12.060,90 €
Estado e outros entes públicos 7 8.765,35 € 5.648,77 €
Acionistas/sócios
289,00 € 289,00 €
Financiamentos obtidos
0,00 € 9.880,21 €
Outras Contas a pagar
16.688,20 € 10.992,17 €
Diferimentos 5 7.595,78 € 17.487,06 €
Outros passivos financeiros
0,00 € 1.318,93 €
39.858,31 € 57.677,04 €
Total do passivo
39.858,31 € 57.677,04 €
Total do capital próprio e do passivo
18.168,57 € 80.637,56 €
0,00 € 0,00 € Presidente Técnico Oficial de Contas ____________________
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Federação Portuguesa de Tiro com Arco DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS
ANO
2011 2010 Vendas e serviços prestados 13 13.309,50 € 9.496,00 € Subsídios à exploração 12 22.268,57 € 88.419,13 € Fornecimentos e serviços externos 9 -26.000,68 € -36.341,33 € Gastos com o pessoal 8 -39.062,04 € -34.814,18 € Outros rendimentos e ganhos 11 12.473,64 € 0,00 € Outros gastos e perdas 10 -15.040,74 € -3.646,80 € Resultado antes de depreciações, gastos de financiamentos
e impostos -32.051,75 € 23.112,82 € Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6 -12.046,96 € -15.520,33 € Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 € 0,00 € Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e
impostos) -44.098,71 € 7.592,49 € Juros e rendimentos similares obtidos 0,00 € 0,00 € Juros e gastos similares suportados -551,55 € -1.159,77 €
Resultado antes de impostos -44.650,26 € 6.432,72 €
Imposto sobre o rendimento do período 0,00 € 0,00 €
Resultado líquido do período -44.650,26 € 6.432,72 €
Presidente Técnico oficial de contas ______________________________
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Federação Portuguesa de Tiro com Arco
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO FUNDO SOCIAL NO PERÍODO 2011
DESCRIÇÃO NOTAS Fundo Social
Resultado líquido do
período Total
POSIÇÃO em 01-01-2011 1
16.527,80 6.432,72 22.960,52
0,00
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
0,00
0,00
2
0,00 0,00 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3
-44.650,26 -44.650,26
RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 -44.650,26 -44.650,26
0,00
OPERAÇÕES COM ASSOCIADOS 0,00
0,00
Outras operações 6.432,72 -6.432,72 0,00
5 6.432,72 -6.432,72 0,00
POSIÇÃO em 31-12-2011 6=1+2+3+5 22.960,52 -44.650,26 -21.689,74
Presidente: Técnico Oficial de Contas: ___________________________
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Federação Portuguesa de Tiro com Arco DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PERIODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
Descrição Notas PERÍODOS
31-Dez-11
Fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto Recebimentos
13.309,50
Caixa gerada pelas operações 13.309,50
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 0,00
Outros recebimentos/pagamentos -10.793,86
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 2.515,64
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Recebimentos provenientes de:
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 0,00
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos -10.000,00
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) -10.000,00
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) -7.484,36
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período 8.469,13
Caixa e seus equivalentes no fim do período 984,77
0,00
Presidente: Técnico Oficial de Contas: ___________________________
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Anexo às demonstrações financeiras (euros) 1 — Introdução A Federação Portuguesa de Tiro com Arco (adiante designada por FPTA), é tem sede na Estrada da Costa, anexo ao Lar feminino do ISEF e tem como atividade principal a organização de atividades desportivas de Tiro com Arco. 2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 – Base de preparação Estas demonstrações financeiras constituem as primeiras demonstrações financeiras preparadas pela FPTA de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) aprovadas pela portaria nº 1011/2009 de 9 de Setembro, com as adaptações às ESNL – Entidades do Sector não Lucrativo, pela portaria 106/2011 de 14 de Março e em vigor à data de 31 de Dezembro de 2011 – tendo a FPTA até 31 de Dezembro de 2010 preparado as suas contas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal àquela data (Plano Oficial de Contabilidade para as Federações desportivas Associações e Agrupamentos de Clubes – POC FAAC e Diretrizes Contabilísticas emitidas pela Comissão de Normalização Contabilística- DC). 2.2 – Derrogação das disposições do SNC Não existiram, no decorrer do exercício a que respeitam estas demonstrações financeiras, casos excepcionais que implicassem a derrogação de qualquer disposição prevista nas NCRF. 2.3. Tendo em consideração a entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística e consequente revogação do Plano Oficial de Contabilidade, foram efectuados os procedimentos de reclassificação, reconhecimento, desreconhecimento, bem como alterações dos critérios de mensuração nas situações aplicáveis. Em face dos procedimentos de reclassificação efectuados, considera-se que as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados a 31 de Dezembro de 2011 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010. 3 — Principais políticas contabilísticas: As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as que abaixo se descrevem. 3.1 – Caixa e equivalentes de caixa Consideram-se Caixa e seus equivalentes os montantes imediatamente disponíveis, possuídos pela Empresa em entidades bancárias.
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3.2 – Provisões, passivos e ativos contingentes As transações realizadas pela empresa em 2011, não ocasionaram necessidade de constituir qualquer provisão, por não existirem nem ativos nem passivos contingentes à data de elaboração das demonstrações financeiras. 3.3 – Imposto sobre o rendimento A atividade da FPTA está abrangida pela isenção definitiva prevista no artigo 11 do CIRC. 3.4 - Especialização de exercícios Os rendimentos e gastos da Empresa são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estes são reconhecidos na medida em que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registados nas rubricas de outras contas a pagar/receber e diferimentos. 3.5 — Ativos Fixos Tangíveis Os Ativos Tangíveis existentes, encontram-se registados ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, estão a ser depreciados a taxas constantes. 3.8 - Rédito O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido quando: i) a quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada; ii) seja provável que os benefícios económicos associados à transação fluam
para a entidade; iii) os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a
transação possam ser fiavelmente mensurados. As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o pressuposto do acréscimo pelo que são reconhecidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de “Diferimentos” ou “Outras contas a pagar ou a receber”. 3.11 - Instrumentos financeiros i) Clientes No final de cada período de relato são analisadas as contas de clientes de forma a avaliar se existe alguma evidência objectiva de que não são recuperáveis. Se assim for é de imediato reconhecida a respectiva perda por imparidade. As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a entidade tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. ii) Empréstimos e contas a pagar não correntes
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Os empréstimos e as contas a pagar não correntes, utilizando uma das opções da NCRF 27, são registados no passivo pelo custo. iii) Fornecedores e outras dívidas a terceiros As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial. 4 — Fluxos de caixa: 4.1 — Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários. Em 31 de Dezembro de 2011, caixa e depósitos bancários apresentam os seguintes valores: 2011 2010
Caixa 26,22€ 0,00€
Depósitos à ordem CGD 1 902,38€ 7.450,96€
Depósitos à ordem CGD 2 56,17€ 1.018,17€
Total 984,77€ 8.469,13€
5. Diferimentos e Acréscimos de Ganhos e Gastos
Estas contas estão compostas pelos seguintes valores:
Gastos a reconhecer 2011 2010
Seguros diferidos 221,72€ 0,00€
Quotizações 370,00€ 0,00€
Acréscimo de Ganhos 2011 2010
IDP – Desenvolvimento da prática desportiva 5.002,00€ 35.491,00€
Outros 0,00€ 4.008,00€
Acréscimo de Gastos 2011 2010
Remunerações a liquidar 3.712,50€ 3.712,50€
Advogados 1.800,00€ 3.000,00€
Treinador Nacional 2.000,00€ 0,00€
IDP – Eletricidade 675,00€ 675,00€
Clubes 0,00€ 1.568,30€
Fnal Four 2009 0,00€ 400,00€
Arbitragens 2009 0,00€ 4.931,26€
Elite 2009 0,00€ 3.200,00€
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6 — Ativos fixos tangíveis: Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas foram as seguintes: 2011 2010 Ativos Saldo Inicial 161.551,09 161.372,09 Aquisições 0,00 179,00 Alienações 0,00 0,00 Transferências e Abates 0.00 0,00 Saldo final 161.551,09 161.551,09 Amortizações Acumuladas Saldo Inicial 137.647,64 122.127,31 Depreciações do Exercício 12.046,96 15.520,33 Alienações 0,00 0,00 Transferências e Abates 0,00 0,00 Saldo final 149.694,60 137.647,64 Ativos Líquidos 11.856,49 23.903,45
7 – Estado e outros entes públicos Discriminação dos valores constantes nas rubricas do Estado e outros membros públicos:
2011 2010 Retenções na fonte 1.449,00€ 1.720,00€ Segurança Social 7.316,35€ 3.928,77€
Total a crédito 8.765,35€ 5.648,77€ Dos valores apresentados neste quadro, importa referir que estão em situação de mora a 31 de Dezembro de 2011 os seguintes valores: - Segurança Social -------------- 5.947,76€ - Retenções na Fonte ------------ 985,00€ 8 – Gastos com pessoal 2011 2010 Remuneração do pessoal 32.464,48€ 29.101,07€ Encargos sobre remunerações 6.164,32€ 5.349,01€ Seguro de Acidentes de Trabalho 149,83€ 0,00€ Medicina no trabalho 283,41€ 364,10€
Total 39.062,04€ 34.814,18€ No quadro da empresa estão registados 2 trabalhadores, estando 1 em regime de tempo completo e outro em tempo parcial. O número de horas trabalhadas foi de 2.700 Existe uma divida ao pessoal que totaliza a 31 de Dezembro de 2011 o valor de 11.883,73€
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9 - Fornecimentos e serviços externos Detalhe dos custos com fornecimentos e serviços externos é como segue:
FSE´s 2011 2010 Subcontratos 1.017,30€ 0,00€ Trabalhos especializados 6.544,45€ 7.172,98€ Publicidade 27,06€ 0,00€ Honorários 5.650,00€ 10.788,00€ Rendas 93,37€ 267,38€ Conservação e reparação 300,82€ 46,23€ Serviços bancários 389,56€ 0,00€ Materiais 788,78€ 448,56€ Energia e fluidos 2.665,74€ 1.546,94€ Deslocações e estadas 6.162,98€ 1.697,76€ Material de Limpeza 19,21€ 6,22€ Comunicação 901,22€ 5.313,74€ Seguros 1.028,45€ 985,56€ Contencioso e notariado 25,50€ 0,00€ Despesas de representação 328,70€ 0,00€ Outros 57,54€ 8.067,96€
Total 26.000,68€ 36.341,33€ 10 - Outros gastos e perdas O detalhe da rubrica de outros gastos e perdas é apresentado no quadro seguinte: 2011 2010 Impostos indiretos – Selo Auto 150,84€ 0,00€ Impostos indiretos – Selo 7,50€ 4,72€ Taxas 18,13€ 0,00€ Quotizações 1.033,00€ 818,00€ Correções de exercícios anteriores 13.393,33€ 900,00€ Multas Fiscais 404,51€ 0,00€
Total 15.007,31€ 1.722,72 € 11 - Outros rendimentos e ganhos O detalhe da rubrica de outros rendimentos e ganhos é apresentado no quadro seguinte: 2011 2010 Correções de exercícios anteriores 12.473,64€ 0,00€
Total 12.473,64€ 0,00 €
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12 – Subsídios à Exploração O detalhe da rubrica de Subsídios à Exploração é apresentado no quadro seguinte: 2011 2010 IDP - Desenvolvimento da Prática Desportiva
12.268,57€ 53.500,00€
IDP - Enquadramento Técnico 10.000,00€ 20.000,00€ Outras entidades Oficiais 0,00€ 14.760,00€ Outras entidades Particulares 0,00€ 159,13€
Total 22.268,57€ 88.419,13€ 13 – Rédito: Os rendimentos têm as seguintes origens: 2011 2010 Quotizações de Filiação 1.725,00€ 7.492,50€ Federamentos 1.134,0€ 0,00€ Inscrição em campeonatos 1.388,00€ 0,00€ Seguros desportivos 748,00€ 0,00€ Provas 7.821,50€ 0,00€ Outros serviços 453,00€ 1.683,50€ Formação 40,00€ 320,00€
Total 13.309,50€ 9.496,00€ Em 2011 foi criada uma nova estrutura de contas não podendo ser feita uma comparação entre os valores apresentados neste quadro para 2011 e 2010. 14 — Informações exigidas por diplomas legais: a) a FPTA tem dívidas ao Estado em situação de mora (DL 534/80 de 7 Nov. – artº.
1º nota 27 e art.º 2.º); b) as contribuições para a Segurança Social, não são satisfeitas dentro dos
prazos legalmente estipulados (Lei 110/2009 de 16 Set.º - art.º 210.º); c) honorários do Fiscal-Único e Revisor Oficial de Contas:
Honorários 2011................................... 1.845,00€
Presidente
Luís Vieira
Técnico Oficial de Contas
________________________ Francisco Manuel Quintana
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ANEXO II -‐ CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
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ANEXO III -‐ PARECER DO CONSELHO FISCAL
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