foto: sindicato dos bancários de brasília · ativos s/a, no município de belo horizonte. embora...

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Servidor WWW.ASSEMPERJ.ORG.BR ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO 2 / Nº 8 / JAN-FEV DE 2018 Estado do Rio de Janeiro, que já está endividado, piora ainda mais sua situação ao criar empresa para gerar recursos extraordinários CULTURA Filme aborda vida do jovem filósofo alemão, Karl Marx, que influenciou o século XX PÁGINA 7 Revista ecuritização amplia dívida pública em 2018 S PÁGINAS 4 e 5 BAZAR DOS SERVIDORES Assemperj apoia bazar de natal 2017 e participação dos servidores é cada vez maior PÁGINA 6 CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO 2017 Associados aprovam nova edição da festa de fim de ano e elogiam roda de samba com João Martins e convidados no Casarão Ameno Resedá PÁGINA 8 Foto: Sindicato dos Bancários de Brasília

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ServidorWWW.ASSEMPERJ.ORG.BR

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANO 2 / Nº 8 / JAN-FEV DE 2018

Estado do Rio de Janeiro, que já está endividado, piora ainda mais sua situação ao criar empresa para gerar recursos extraordinários

CULTURAFilme aborda vida do jovem filósofo alemão, Karl Marx, que influenciou o século XX

PÁGINA 7

Revista

ecuritização amplia dívida pública em 2018S

PÁGINAS 4 e 5

BAZAR DOS SERVIDORESAssemperj apoia bazar de natal 2017 e participação dos servidores é cada vez maior

PÁGINA 6

CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO 2017Associados aprovam nova edição da festa de fim de ano e elogiam roda de samba com João Martins e convidados no Casarão Ameno Resedá

PÁGINA 8

Foto: Sindicato dos Bancários de Brasília

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

EXPEDIENTE

Travessa do Ouvidor, 38, 2º andar. Centro Rio de Janeiro RJ CEP: 20040-040 / (21) 2550-9130 e 2220-9763AssociAção dos servidores do Ministério Público do estAdo do rio de JAneiro

CONSELHO DIRETOR: Presidente: Flávio Sueth Nunes - Vice-presidente: Raphael Francisco Leite Pinto de Carvalho - Secretária Geral: Christiane Pinheiro Diretoria Jurídica: Aline Cícero CONSELHO DELIBERATIVO: Aline Ferreira Faria - Maria da Glória Araújo Amaral - Ricardo Arouca Cleaver CONSELHO FISCAL: Carlos Augusto Brizzante Gonçalves - Jairo Darella - Ricardo Souza Matos

Edição e texto: Eduardo Sá (JP 33266RJ)

Diagramação: Fernando Amorim Ilustração: Fernando PintoFotos: Ana Lúcia dos Santos e Marcelo Santos Braga. Tiragem: 2.000 exemplaresGráfica: Folha dirigida

ditorialECONSELHO DIRETOR(GESTãO 17-18)

É com muito orgulho que apresentamos a primeira edição da Revista Servidor MPRJ de 2018. O projeto de comunicação da Assemperj consolidou-se e, este ano, contaremos com edi-ções bimestrais da revista, além das publicações diárias no Fa-cebook e constantes notícias no site. Para isso, foi fundamental o apoio de novos e antigos parceiros. O trabalho apresentado pela gestão da entidade durante o seu primeiro ano foi bastante reconhecido pelos seus parceiros, servidores e Administração Superior do MPRJ. O resultado disso foi o incremento de 35% em nossa base de associados e expressivos números de reper-cussão nas mídias em geral.

Em 2018 o cenário do país ainda é muito duro, especial-mente no Estado do Rio de Janeiro. Não obstante as inúmeras críticas realizadas pela Assemperj e outras entidades congêne-res às políticas do governo estadual, este implementou, mesmo assim, uma série de políticas equivocadas (fora a corrupção)

que irão gerar graves consequências no futuro bem próximo. Uma das mais graves é a chamada “Securitização da Dívi-

da Pública”, que é um mecanismo utilizado em alguns estados com o argumento de se antecipar o recebimento de valores da dívida e, assim, aliviar o caixa dos entes federados, mas que aumenta enormemente a dívida pública a médio/longo pra-zo e também tem sido alvo de CPIs por supostas fraudes. Os recursos que deveriam chegar aos cofres públicos e financiar investimentos em saúde, educação e segurança, dentre outros setores, são desviados ao setor financeiro.

Embora os discursos oficiais e a mídia coloquem a culpa no inchaço da máquina pública com os servidores e o go-verno queira realizar a reforma trabalhista e previdenciária, há elementos fundamentais por trás dos debates. A presente edição buscará desvendar alguns deles. Boa leitura!

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

rojeto Bem-Estar inicia-se em 2018P

A Assemperj assinou durante a Semana do Servidor, no ano passado, o convênio Projeto Bem-Estar com o MPRJ. O objetivo é dar integração ao corpo funcional dos servidores e melhoria das condições de trabalho e saúde dos mesmos. Por meio do Sistema Eletrônico de Votação do MPRJ fo-ram escolhidas as seguintes atividades: Dança, HIIT (Trei-namento Intervalado de Alta Intensidade), Yoga e Pilates. As atividades estão previstas para as Salas Multimídias do prédio das Procuradorias.

A Companhia de Dança Carlinhos de Jesus iniciou com sucesso suas aulas no ano passado. As demais atividades estão previstas para depois do carnaval. Os associados da Assemperj, que será a gestora do projeto, terão descontos nas mensalida-des. As inscrições podem ser realizadas na hora das aulas. A ideia é proporcionar um espaço também para a troca de ideias e um ponto de encontro, além dos exercícios em si. As datas e horários das aulas, assim como os contatos dos professores, seguem na arte da matéria. Em breve divulgaremos mais infor-mações sobre as aulas de Pilates.

Dança – R$ 120,00 associados e R$ 150,00 servidores em geral

HITT – R$ 120,00 associados e R$ 140,00 servidores em geral

Yoga – R$ 80,00 associados e R$ 100,00 servidores em geral

Serviço:

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

O endividamento do Estado do Rio de Janeiro tem sido questionado por diversos setores da sociedade civil , assim como a criação da Companhia Fluminense de Securitiza-ção S/A (CSFEC) que tem gerenciado o problema. Esse é um mecanismo utilizado em diversos estados com o argu-mento de se antecipar o recebimento de valores da dívida e, assim, aliviar o caixa dos entes federados, mas que aumenta a dívida pública a médio/longo prazo e também tem sido alvo de CPIs, como no caso de Minas Gerais com a PBH Ativos S/A, no município de Belo Horizonte. Embora os discursos oficiais e a mídia coloquem a culpa no inchaço da máquina pública com os servidores e o governo queira re-alizar a reforma trabalhista e previdenciária, há elementos fundamentais por trás dos debates.

Enquanto aumentam as perdas de direitos dos trabalha-dores e os servidores continuam com salários atrasados no Rio, os bancos e as empresas vinculadas ao mercado finan-ceiro têm lucrado muito com a crise. Os recursos que de-veriam chegar aos cofres públicos e financiar investimentos em saúde, educação e segurança, dentre outros setores, são desviados ao setor financeiro aumentando ainda mais a nossa dívida pública. Em paralelo a esse cenário, entre ja-neiro de 2015 e novembro de 2017, o Estado e a cidade do Rio perderam, respectivamente, 563.427 e 321.991 empre-gos formais. (dados do TEM/Rais e Caged).

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro apro-vou, no dia 07 de janeiro, em sessão plenária, medidas que

resultem na mudança do regime fiscal de controle da dívida pública estadual, que está em torno de R$ 106,15 bilhões, de acordo com os registros da Secretaria Estadual de Fazen-da em outubro de 2016. A avaliação do conselheiro relator, Marco Antônio Alencar, é que está “insustentável a trajetó-ria do atual endividamento estadual”.

No último dia 21 de novembro o MPRJ ajuizou a ação civil pública (nº0297334-52.2017.8.19.0001) buscando anular o processo de pregão que visa à prestação de servi-ços da Companhia Fluminense de Securitização S.A (CF-SEC) no fluxo de recuperação dos créditos do Programa do REFIS Estadual. Segundo matéria veiculada pelo MPRJ, além de ser ilegal e inconstitucionalmente proibida, a ope-ração gera um aumento do endividamento público. Ao longo das investigações, o MPRJ comprovou que a CFSEC já recebeu do Estado do Rio R$ 3.989.443,00 “somente a título de integralização de capitais sociais, muito embora seu capital social declarado seja de R$ 800 mil”, diz a nota. Constataram também que as despesas administrativas, tri-butárias e de pessoal da empresa foram custeadas através desses repasses, contrariando a lei que autorizou a sua cria-ção e estatuto social.

A ação pede à Justiça que a CFSEC não realize o pregão eletrônico nº 001/2017 e o contrato, além de que o Estado suspenda os repasses à Companhia e deixe de realizar as despesas em nome dela. A anulação das operações, paga-mentos, repasses e transferências orçamentárias e financei-

mpresas lucram com o endividamento do EstadoE

Foto: Reprodução internet

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

ras efetuados pelo Estado tendo como beneficiária a CFSEC que ultrapassem os R$ 800 mil declarados como patrimô-nio, bem como a devolução ao tesouro estadual os valores acima deste limite, são outras exigências nesse sentido.Securitização nos Estados

De acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, organiza-ção que estuda o tema a nível nacional, a criação de novas empresas estatais para gerenciar a crise é na verdade um esquema financeiro ainda mais grave que o que provocou a crise dos EUA em 2007 e a da Europa em 2010. Essas em-presas são responsáveis por emitir derivativos com garantia pública (disfarçados de debêntures), sustentados por uma série de escrituras, pareceres e contratos; pagam elevada remuneração de admi-nistradores, dentre outras funções, rea-lizando operações de crédito disfarçadas por meio das quais os entes federados (estados e municípios) obtém, assumin-do uma dívida pública, recursos junto ao mercado financeiro.

A propaganda é a negociação de créditos de difícil co-brança, a chamada dívida ativa, só que esses créditos que são complicados de receber ou são podres ou não entram no negócio. A fraude consiste, segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, na criação de uma conta vinculada para a qual são desviados e sequestrados grande parte dos recursos ar-recadados dos contribuintes.

“Esse procedimento é realizado ainda na rede bancá-ria por fora dos controles legais, além de ofender a Cons-tituição Federal, o Código Tributário Nacional e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas empresas de securitização transferem esse montante de recursos sequestrados aos bancos privilegiados que adquirem as debêntures, que além de remunerar a taxas de juros estratosféricos ainda rendem valores extremamente vantajosos”, afirma a organização.

Não existe lei nacional que autorize a cessão do fluxo de créditos, muito menos legislação que admita abrir mão de parte da arrecadação tributária ou efetuar pagamentos por fora do orçamento. Três Projetos de Lei (PL) visam legali-zar esse esquema financeiro: PLS 204/2016 (que foi apro-vado no Senado em dezembro/2017 e tramita na Câmara dos Deputados sob o número PLP 459/2017), além do PLP 181/2015 e PL 3337/2015. O Seminário Internacional 2017, organizado pela Auditoria da Dívida Pública, produziu uma nota de repúdio à posição dos governadores de alguns Estados que defendem esses projetos e pretendem dar apa-rência de legalidade às operações que expropriam recursos

públicos aumentando as dívidas públicas em bilhões de reais com base em falsas contrapartidas.

Para a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lucia Fattorelli, estamos vivendo uma das crises mais graves da nossa história que foi fabricada pela po-lítica monetária do Banco Central. Em

recente vídeo, ela defende que já dá mais de R$ 500 bilhões o custo da política monetária (remuneração da sobra de caixa dos bancos por meio das Operações Compromissa-das e prejuízos com os escandalosos swaps cambiais), e os juros elevados incidentes sobre o estoque da dívida interna.

“Em 2015 a dívida interna cresceu R$ 732 bilhões e des-se montante apenas R$ 9,6 correspondem a investimentos. A dívida não deveria ser chamada de dívida pública, porque não corresponde a um gasto em favor do público. É uma dívida financeira, bancária, quem está usufruindo desta dí-vida é quem lucrou com o swap cambial enquanto o Banco Central perdeu. É quem lucrou com esses juros, enquanto nós perdemos o nosso orçamento. São os bancos que rece-bem remuneração diária sobre sua sobra de caixa às custas do sacrifício do povo”, criticou.

O TRABALHO COMO ELE É... A Assemperj retrata nessa série de quadrinhos situações vividas

pelos servidores públicos em sua rotina de trabalho.

Se você tem uma história para

nos contar, envie para

[email protected]

“Esse procedimento é realizado ainda na rede bancária por fora dos

controles legais”

ERRATA: No primeiro quadro a palavra adivinha está escrita errada e não foi possível corrigir antes da impressão.

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

Entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2017 ocorreu, no térreo do prédio das Procuradorias do MPRJ, a IV edição do Bazar Solidário. Ao todo foi arrecadado R$17.129,00, com os objetos doados por servidores e membros, o valor foi revertido às instituições de assistência a idosos e crianças.

A iniciativa faz parte da agenda de fim de ano no MPRJ desde 2014, quando um grupo de servidores levou a proposta à Administração.

De acordo com Ana Lúcia dos Santos, servidora do MPRJ e uma das idealizado-ras da iniciativa, a ideia é apoiar instituições que necessitam de recursos. “Em 2014, primeiro ano angariamos, R$ 14.482,70, no II angariamos R$ 19.145,00. No III en-garíamos R$ 13.185,05. Só alcançaremos êxito se todos forem solidários à causa, a gente precisa incentivar as pessoas a doa-rem bens, coisas que possamos reverter em dinheiro para essas instituições. O projeto leva um pouco de alegria para os mais necessitados”, afirmou Ana Lúcia.

O valor arrecadado é dividido entre os Centros de Apoio Operacional às Promotorias (CAOs) do Idoso e Deficiente e da Infância e Adolescência, que escolhem as instituições que mais precisam, dentre as fiscalizadas pelo MPRJ. Nesta última edição nove entidades receberam as doações. Tudo é fiscaliza-do pela Secretaria Geral do MPRJ.

O trabalho, antes e durante o Bazar, é todo realizado por servidores e terceirizados. Os valores atribuídos aos itens são sempre módicos, e os objetos mais caros são leiloados, de modo a garantir a oportunidade de compra a todos. Os ves-tuários predominam, mas relógios, bolsas, acessórios, brin-quedos, livros, dentre outros produtos em bom estado, fazem parte da arrecadação. Os preços vão diminuindo no decorrer do evento, que é finalizado com um saldão.

Desde o início a Assemperj, a Coomperj, membros e servidores apoiam a confecção das cestas de natal, que são leiloadas, a Assemperj, também, disponibiliza um funcionário para ajudar durante a realização do bazar. Neste ano foram confeccionadas 14 cestas, que fo-ram arrematadas durante o evento.

Os objetos que sobram são embalados e encaminhados às entidades assistidas pelo

projeto: o abrigo Cristo Redentor e o abrigo Vivendas da Fé foram alguns dos contemplados com os itens que sobraram neste último bazar.

A expectativa da organização é que nos próximos anos as pessoas doem com antecedência os objetos, pois muitas vezes as pessoas acabam se desfazendo deles na véspera do evento. Qual-quer pessoa lotada no MPRJ pode se inscrever para ajudar volun-tariamente. Já quem quiser doar objetos, antes da campanha de arrecadação, podem falar com a Ana Lúcia, através do 2550-9050.

ampanha de Bazar de Natal do MPRJ leva alegria a instituições carentes

C

Fotos:Ana Lúcia dos Santos

“O valor arrecadado é dividido entre os CAOs do Idoso e Deficiente

e da Infância e Adolescência”

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

Fotos: Reprodução Internet

POR FILLIPE SOuza Da SILva

POR CELSO RODRIGuES FERREIRa JuNIOR

Com o afastamento da Presidente Dilma e a assunção da faixa presidencial pelo sr. temerário, a Nação Brasileira assis-te, estarrecida, à implementação de um projeto de desmonte da cidadania, calcado nos cortes propositais da oferta de ser-viços públicos, na deterioração dos direitos do trabalhador e das suas entidades representativas, no estabelecimento de um teto de gastos públicos que só prejudica as classes menos favorecidas, nas privatizações cujo critério é exclusivamente saciar a fome do “mercado” e, em especial nos ataques ao servidor público.

É importante que o leitor combata, intelectualmente, as premissas falaciosas de que “o Estado é muito inchado”, “o servidor público ganha muito e faz pouco”. Ora, será que um professor que ganha R$ 2.000,00 (quando ganha em dia) ou um policial que todos os dias empenha sua vida pela socie-dade por R$ 3.000,00 ganha muito?

No texto da “reforma”, DIFERENTEMENTE do que o governo temerário divulga na mídia, as classes C, D e E se-riam afetadas SIM pela reforma, tendo em vista que todos os

meios de acesso à Seguridade Social (aposentadoria por con-tribuição, invalidez, auxílio-doença, etc) teriam seus tempos aumentados (de 15 para 25 na média) e a aposentadoria por idade seria extinta. E o brasileiro médio, em virtude de crises econômicas ou outros fatores, já não consegue, majoritaria-mente, cumprir os atuais 15 anos para se aposentar. Outro exemplo é que seria proibido acumular pensão e aposenta-doria, o que seria terrível para a terceira idade, pois o cônju-ge que continuar vivo terá uma queda brutal em sua renda familiar no momento do seu luto.

Conclamo o leitor a se informar sobre o texto da “refor-ma”, previsto a ser votado em 19/02/2018, cobrar posição contrária do seu parlamentar e a desmistificar, na sociedade, a ideia da “caça aos privilegiados”. As petroleiras, os barões do agronegócio, os bancos, ESTES SIM, continuam sendo PRIVILEGIADOS por este governo temerário.

Fillipe Souza da Silva é Diretor-Presidente do SIND-SEMP-RJ

O haitiano Raoul Peck vem direcionando sua carreira para os temas humanitários e sociais. Após um documentário e um longa-metragem ficcional baseados no terremoto que atingiu o seu país em 2010, o diretor alcançou projeção internacional em 2016 com “Eu não sou seu negro”, que abordava a questão racial nos Estados Unidos e acabou indicado ao Oscar de me-lhor documentário em 2017. Em “O jovem Karl Marx” (2017), seu filme mais recente, Peck retrata o surgimento da amizade en-tre o pensador e o teórico alemão Friedrich Engels nos anos que antecedem a publicação do Manifesto do Partido Comunista.

O resultado satisfatório de “Eu não sou seu negro” não deixava de evidenciar que o filme sofria com o seu excesso de didatismo, imposto pelo diretor com o objetivo de dar noções básicas de tudo ao público. Embora necessário, esse recurso tornava a narrativa tediosa em muitos momentos e causava alguns bocejos. Infelizmente, o mesmo problema pode ser notado em “O jovem Karl Marx”, mas, dessa vez, com o com-prometimento da qualidade da obra.

Ao voltar suas atenções para o relacionamento pessoal dos personagens principais, Peck dá ao longa um tom novelesco que, além de pasteurizar as suas biografias, abstém-se de qual-quer reflexão crítica sobra as suas ideias e sobre o contexto socioeconômico da época. Além disso, a obra aborda com

superficialidade as proposições teóri-cas dos seus personagens, limitando--se a dar vazão à polarização juvenil entre capitalismo e socialismo (bem x mal?), tratando de forma bidimensio-nal temas que a história demonstrou possuírem inúmeras nuances e vários desdobramentos. A combinação des-ses fatores é enfadonha e desperdiça o riquíssimo potencial dos seus per-sonagens.

Ironicamente, a conclusão a que se chega é a de que Karl Marx e Friedri-ch Engels, após anos de luta contra as desigualdades econômicas e sociais, tornaram-se mais duas vítimas do ca-pitalismo, transformando-se em fonte de lucro para os estúdios. Nada que não tivesse acontecido antes com Che Guevara.

Celso Rodrigues Ferreira Junior é Analista proces-sual e colaborador do site Almanaque Virtual

s privilegiados e a “reforma” da previdênciaO

Jovem Karl MarxO

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ANO 2 /Nº 8 / JAN-FEV de 2018

esta de Confraternização reúne mais de 400 pessoas

F Mais de quatrocentas pessoas participaram da Festa de

Confraternização da Assemperj, realizada no Casarão Ame-no Resedá, no último dia 01 de dezembro, no Catete. A festa ocorre tradicionalmente desde a fundação da Associação e é mais um espaço para estreitar os laços de solidariedade, ami-zade e luta dos associados.

Neste ano contamos com a presença do músico João Martins e seus convidados para uma animada roda de sam-ba. Sem o apoio dos patrocinadores esse evento não seria possível. Agradecemos a contribuição da Analítica Seguros,

Cartão MasterClin, Extramed/SulAmérica, G3 Consultoria em Seguros e Sicoob Coomperj.

Lembrando que neste ano, devido à crise no estado e a fim de reduzir os custos da festa, promovemos uma enquete consultando os associados pela realização do evento. Foi vo-tada a retirada dos drinks e apenas a manutenção do buffett e cervejas, além da água e sucos. O espumante foi viabilizado graças aos nossos patrocinadores. Tudo foi pensado no senti-do de prestar um melhor atendimento aos associados.

Fotos:Marcelo dos Santos Braga