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Rua Dr. Borman, 6 / 301, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-320, telefone 2717-5357, e-mail: [email protected] Em decisão unânime da Diretoria, o Sindilojas batizará seus novos auditórios com os nomes de duas personalidades marcantes do nosso comércio: Rubem Gonçalves Moreira Leite, que presidiu o Sindicato por muitos anos (acima, à esquerda), e Newton Fernandes Gouvêa, fundador das lojas Leader (acima, à direita). Um seminário gratuito sobre precificação no setor de moda, oferecido pela Fecomércio-RJ, marcou o início do funcionamento dos novos auditórios do Sindilojas Niterói. Os dois espaços são excelentes para cursos, palestras e reuniões. Páginas 5 e 8. Dois livros recém-lançados abordam aspectos da evolução social e econômica do Centro. Página 7. Informativo do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói - Ano IV - Número 23 - abril de 2011 Foto Tati Almeida/Fecomércio-RJ Fotos: arquivo Sindilojas Niterói Foto Júlio Vasco Foto Júlio Vasco Salários foram reajustados em 100% do INPC, (6,36%), ficando o piso salarial estabelecido em R$ 590,00 (quinhentos e noventa reais), garantido a todos os integrantes da categoria profissional. Durante o período de experiência para os contratados temporariamente, o piso passou a ser de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais). Página 3.

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Rua Dr. Borman, 6 / 301, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-320, telefone 2717-5357, e-mail: [email protected]

Em decisão unânime da Diretoria, o Sindilojas batizaráseus novos auditórios com os nomes de duaspersonalidades marcantes do nosso comércio: RubemGonçalves Moreira Leite, que presidiu o Sindicato pormuitos anos (acima, à esquerda), e Newton FernandesGouvêa, fundador das lojas Leader (acima, à direita).

Um seminário gratuito sobre precificação no setor de moda, oferecido pela Fecomércio-RJ, marcou o início do funcionamentodos novos auditórios do Sindilojas Niterói. Os dois espaços são excelentes para cursos, palestras e reuniões. Páginas 5 e 8.

Dois livros recém-lançados abordam aspectos daevolução social e econômica do Centro. Página 7.

Informativo do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói - Ano IV - Número 23 - abril de 2011

Foto Tati Almeida/Fecomércio-RJ

Fotos: arquivo Sindilojas Niterói

Foto Júlio Vasco

Foto Júlio Vasco

Salários foram reajustados em 100% do INPC, (6,36%), ficando o piso salarial estabelecido em R$ 590,00 (quinhentose noventa reais), garantido a todos os integrantes da categoria profissional. Durante o período de experiência para oscontratados temporariamente, o piso passou a ser de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais). Página 3.

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José Luiz Valente Pascoal

Presidente do Sindilojas Niterói

DiretoriaEFETIVOSPresidenteJOSÉ LUIZ VALENTE PASCOAL

SecretárioCHARBEL TAUIL RODRIGUES

TesoureiroROBSON RODRIGUES GOUVÊA

SUPLENTESLUIZ PAULINO MOREIRA LEITELUIZ SÉRGIO MARTINS LOBOJOAQUIM M. DE S. PINTO

Conselho FiscalEFETIVOSCÉSAR ALFREDO DIUANACARLOS ALBERTO LIMAFERNANDO VIANNA FILHO

SUPLENTESAMAURY LUIZ AZEVEDORENATO SHEENY PINTOSILVIO ALTIMERIO SCHUINDT

Delegados representantesEFETIVOS

JOSÉ LUIZ VALENTE PASCOALROBSON RODRIGUES GOUVÊA

SUPLENTESLUIZ PAULINO MOREIRA LEITECHARBEL TAUIL RODRIGUES

EXPEDIENTEInformativo do Sindilojas Niterói

E-mail: [email protected]: 5.000 exemplares.

Periodicidade:bimestral.

Editor Responsável: Júlio Vasco,Jornalista, (Reg. Prof. MTb

16.924), [email protected].

Os textos assinados, assimcomo informações e opiniões

externadas por entrevistados, não

refletem necessariamente aopinião deste jornal nem do

Sindilojas Niterói.

SINDILOJAS NITERÓIAssessor da Presidência:ANTÔNIO CARVALHO

Gerente-geral:CELSO PINTO LEAL

Secretária:Nilza Pacheco

Rua Dr. Borman, 6/301, CentroNiterói, RJ, Telefax: (21) 2717-5357

E-mail: [email protected]

Mesm o

um eventual

ob serv ador

pessimista já

não tem mais,

hoje, como

deixar de ad-

mitir o fato de

que a revitali-

zação do Cen-

tro de Niterói

é um processo em pleno andamen-

to. Bem o atestam, por exemplo, os

sucessivos empreendimentos imo-

biliários residenciais e comerciais

que vêm pontuando a rotina da re-

gião, sempre com grande procura.

Nós, lojistas, só temos a comemo-

rar tal fato, uma vez que isso re-

presenta maior massa de consumi-

dores circulando na área, acarre-

tando proporcionalmente maior mo-

vimento de vendas em geral.

Quanto aos empreendimentos

residenciais, cabe lembrar que os

temos defendido vigorosamente,

uma vez que estamos convictos de

que constituem o caminho certo

para a grande redenção do Cen-

tro. Com mais moradores na região,

virão inevitavelmente as demandas

por maior infraestrutura de água e

esgotos, iluminação, pavimenta-

ção, lazer, cultura, mobilidade ur-

bana e segurança pública.

Além disso, graças a uma par-

ceria entre a secretaria estadual de

Obras e a Prefeitura, o Centro en-

contra-se prestes a ganhar um polo

de gastronomia e moda, na Aveni-

da Feliciano Sodré, onde já funcio-

nou o depósito público. Promete

injetar novo viço ao trecho próximo

ao acesso à Ponte, pois contará

com bares, restaurantes e oficinas

de costura e moda, além de ser um

entreposto de frutas, legumes, flo-

res, carnes, especiarias e plantas.

Uma outra excelente novidade

foi a decisão da Justiça Federal de

construir sua nova Sede no terre-

no vago ao lado da Caixa Econô-

mica Federal, praticamente no

meio da extensão da Avenida Ama-

ral Peixoto. Como bem definiu o

presidente da 16ª Subseção da

OAB, Antônio José Barbosa da Sil-

va, aquele trecho vai se transfor-

mar num verdadeiro "corredor do

judiciário", uma vez que já conta,

nas imediações, com a justiça tra-

balhista, a estadual e a própria

Ordem dos Advogados. Por sinal,

a OAB Niterói, através do seu pre-

sidente, teve papel fundamental

nesse processo, ao dar o devido

realce às necessidades de melho-

res condições para a prestação ju-

risdicional em Niterói.

Ao lutar por novas instalações

para a Justiça Federal a OAB tam-

bém contribuiu, e muito, para o

avanço da revitalização do Centro.

Eis aí um exemplo e tanto do quan-

to o desenvolvimento urbano pode

avançar, graças à ação das forças

sociais e institucionais. A tão so-

nhada e falada "revitalização" não

surgirá repentinamente, mas sim

como fruto de um processo, que

precisa ser construído a cada dia,

a cada novo movimento — não

apenas pelo Poder Público, não

apenas pelo empresariado, não

apenas por trabalhadores e habi-

tantes da região, mas pela soma

de todos os esforços em prol des-

se objetivo comum. Não existe so-

lução mágica: a redenção se cons-

trói passo a passo.

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O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói e o Sindicato dos Empregados celebraram nodia 13 de abril a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2011, pela qual os salários dos trabalha-dores foram reajustados em 100% do INPC, (6,36%). O piso salarial ficou estabelecido em R$590,00 (quinhentos e noventa reais), garantido a todos os integrantes da categoria profissional,sendo que durante o período de experiência para os empregados contratados temporariamente,o piso será de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais).

Em caso de salário misto, o aumento incide sobre a parte fixa. E, para os empregados admi-tidos após o dia 1º de abril do ano passado, os percentuais serão aplicados proporcionalmente.

Confira a seguir outros aspectos de destaque da Convenção recém-celebrada:

SEGURO DE VIDA PARA OS CO-MERCIÁRIOS – Pela Convenção, asempresas lojistas de Niterói devem as-segurar seguro de vida em grupo aoscomerciários, garantindo aos segurados— ou aos beneficiários por eles indica-dos — o pagamento de indenização nocaso da ocorrência de uma das garanti-as do seguro. O empregador concorrerácom 100% (cem por cento) do prêmioestipulado. A inclusão do empregado nocontrato de seguro será de conformida-de com as cláusulas da apólice da Se-guradora.

São garantias do seguro: (a) MorteQualquer Causa – Será garantido aosbeneficiários indicados pelo segurado nocaso de morte por qualquer causa, umaIndenização correspondente a 100 (cem)salários mínimos federal, a ser pago deuma única vez, após a entrega à Segura-dora da documentação necessária à re-gulação do sinistro. (b) Invalidez Perma-nente Total por Acidente – Será garanti-do ao próprio segurado o pagamento cor-respondente a 100 (cem) salários míni-mos federais, no caso de Invalidez Per-manente Total por Acidente. (c) Garantiade Antecipação Especial por Doença(AED), ou similar, no valor corresponden-

te a garantia de Morte, ou seja, 100 (cem)salários mínimos federais.

Caso o empregado não possa serincluído no seguro, devido não se en-quadrar nas referidas cláusulas, ao lo-jista empregador não caberá qualquerresponsabilidade. Porém, tirando estetipo de situação, a não-contratação doseguro levará o empregador, no casode ocorrência de sinistro, ao pagamen-to dos valores previstos, como se se-gurador fosse.

Visando baratear o valor do prêmio efacilitar ao lojista a administração do se-guro, o SINDILOJAS mantém uma apóli-ce de seguros para adesão dos lojistas.

FERIADOS – O trabalho em feria-dos pode ser autorizado, mas precisada concordância do empregado e determo de adesão assinado pelos lojis-tas junto aos sindicatos convenentes.A falta do termo de adesão (ou feitosomente num dos sindicatos) sujeitao infrator a sanções.

Não deixe de ler a íntegra da CCT, que está disponível no site www.sindilojas.org.br

É importante ficar atento, já que a falta do recolhimento, no prazo, das contribui-ções previstas acima, sujeita a empresa a multa de 10% (dez por cento), acresci-da de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês.

Em virtude de o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói prestar assistênciaà totalidade dos comerciantes lojistas, as empresas da categoria econômica doslojistas estão obrigadas a recolher, em parcela única, a título de contribuiçãoassistencial, o valor correspondente ao enquadramento na tabela abaixo:

Mais uma boa notícia para quem

aposta na revitalização do Centro: a Jus-

tiça Federal construirá mesmo sua nova

Sede no terreno vago ao lado da Caixa

Econômica Federal, no número 335 da

Avenida Amaral Peixoto. A pedra funda-

mental do novo prédio foi assentada no

início de abril, disparando assim a con-

tagem regressiva para a transformação

da Avenida Amaral Peixoto — que já se-

dia a justiça trabalhista, a estadual e a

OAB — num verdadeiro "corredor do ju-

diciário".

O presidente da Ordem dos Advoga-

dos do Brasil - Subseção de Niterói,

Antonio José Maria Barbosa da Silva,

destacou a importância da nova Sede,

que vai garantir condições de trabalho

adequadas para juízes e servidores, e

melhores serviços e atendimento para a

população: "A administração do Tribu-

nal demonstrou sensibilidade com a si-

tuação precária das instalações da Jus-

tiça Federal. A primeira instância é a

caixa de ressonância dos elogios e tam-

bém das críticas destinadas à institui-

ção. Com o novo prédio, a Amaral Pei-

xoto se firmará como o corredor do Po-

der Judiciário em Niterói, posto que aqui

já temos sediadas a justiça trabalhista,

a estadual e a própria OAB", lembrou.

Tão logo a OAB Niterói lançou cam-

panha pela construção da sede da Jus-

tiça Federal na Amaral Peixoto, a ideia

ganhou o apoio de empresários e lide-

ranças locais, como o presidente do Sin-

dilojas Niterói, José Luiz Pascoal: "É

uma excelente proposta. Além de pro-

porcionar maior conforto e praticidade

para os advogados e as partes, a ideia

de um novo fórum da Justiça Federal

está direta e totalmente sintonizada com

o movimento pela revitalização do Cen-

tro de Niterói. O novo fórum representa-

rá maior movimento comercial para seu

entorno, geração de empregos e valori-

zação urbana e imobiliária para a região",

elogiou Pascoal.

O Centro de Niterói vai ganhar um polo de gastronomia e moda. Inspirado nos mercados municipais das grandescidades do mundo, onde são comercializados frutas, legumes, flores, carnes, especiarias e plantas, o polo tambémterá espaço gastronômico, com restaurantes e bares, além de oficinas de moda e costura.

As obras – parceria entre a Secretaria estadual de Obras e a prefeitura, por intermédio do programa SomandoForças - estão em curso, e devem ser concluídas em janeiro do próximo ano. O investimento é de cerca de R$ 10milhões. O prédio, na Avenida Feliciano Sodré, em estilo neoclássico, já abrigou o depósito público do Estado.

Barreto sediará centro de pesca artesanal — Falta muito pouco paraNiterói ter um Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar). As instalações jáestão prontas, na Avenida do Contorno (Barreto), faltando apenas concluir ainstalação de alguns equipamentos. O Cipar de Niterói beneficiará cerca de7.500 pescadores, proporcionando a eles um espaço para agregação devalor ao pescado e busca de melhores canais de comercialização, reduzindoa ação de atravessadores e propiciando melhoria na renda e na qualidade devida dos pescadores artesanais na região.

Niterói na liderança — Niteróificou em primeiro lugar entre as ci-dades fluminenses na geração deempregos (856 postos de trabalho)em janeiro de 2011. Os setores lí-deres no RJ: Serviços (6.009 pos-tos); Indústria da Transformação(1.569); e Construção Civil (822).

Foto Júlio Vasco

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Os novos auditórios do SINDILOJAS Niterói começarama funcionar tão logo tiveram suas instalações concluídas. Nodia 01/04, o auditório maior, com 60 lugares, foi palco de umWorkshop sobre Precificação, oferecido pela Fecomércio-RJpara os empreendedores locais do segmento de moda.

Gratuito e destinado a todos os tipos de negócio do setorde moda, atacadista, varejista, com ou sem produção pró-pria, o workshop mostrou a importância de se estabelecer eaplicar um modelo de precificação adequado a cada empre-endimento, abordando questões relativas à formação de pre-ço, despesas, rentabilidade, custos, dentre outros quesitos.

Niterói tornou-se, com isso, o primeiro município a rece-ber os workshops que a Fecomércio-RJ, a partir de então,está levando a outros pontos do Estado, com o objetivo deauxiliar o crescimento profissional e pessoal, capacitaçãona gestão empresarial e expansão comercial.

"O fato de Niterói ter sido escolhida para começar a roda-da de workshops é emblemático", destacou o presidente doSINDILOJAS Niterói, José Luiz Pascoal. "Afinal, nossa cida-de tem não apenas potencial, mas tradição no setor, contan-do com um florescente mercado comercial de moda, assimcomo excelentes empreendedores, que criam, produzem efornecem peças do gênero".

No início deste ano, o Núcleo Criativo de Niterói (integra-do por Cotton de Fadas, Patuá Bolsas, Maria Silvia, Estorani,Redesign e Raquel Pádua) participou da 17ª edição do Se-nac Fashion Business, que atraiu nada menos que 60 milpessoas, dentre as quais mil compradores convidados.

Foto Júlio VascoFoto Tati Almeida/Fecomércio-RJ

Foto Júlio Vasco

Foto Júlio Vasco

Na última edição do Fashion Business, 50% das empresas do Núcleo de Tecidos e Vestuários eram de modainfantil. O fato chamou a atenção dos organizadores e os resultados, ainda mais. Surgiram demandas, que levaram oPrograma a dar mais visibilidade a este segmento e prospectar novas marcas.

Assim, foi criado o Núcleo Moda Infantil. Para ingressar, as empresas devem procurar o Sindicato da sua região(no nosso caso, o SINDILOJAS Niterói), que irá coordenar as marcas. Os empresários terão acesso às atividades decapacitação, workshops, palestras de tendências, interação via internet etc. Não há limites à adesão de empresas paraparticipação nestas atividades.

Até o fechamento desta edição, o Núcleo Moda Infantil já estava composto por sete marcas, que migraram de outrosNúcleos: Zazen Kids, Savannah Kids, Jardim XS, Sonia Coutinho, Nicobaldo, Baby Jane e Tamanduá Kids.

Para mais informações, procure o SINDILOJAS Niterói (2717-5357) ou a Fecomércio-RJ, pelos telefones 3138-1690e 3138-1263, e-mail:[email protected].

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Como parte das comemorações pelo Mês daMulher, o Bay Market sediou um dia inteiro deatividades gratuitas para o público feminino,numa promoção conjunta do Sesc Rio com oSindilojas Niterói.

Foram prestados serviços como drenagem lin-fática facial, auriculoterapia e shiatsuterapia,além de orientações para auto-maquiagem,aula de confecção de mandalas decorativas,e prática de yoga e massagem tailandesa.Um estande de orientação sobre câncer demama completou o quadro, cuja tônica foramos cuidados com a saúde e a necessidade decombate ao stress.

"Estes mesmos serviços podem ser desfruta-dos em nossa unidade Niterói, na Rua PadreAnchieta, 56, no Centro", destacou a gerentelocal do Sesc, Marilene Rocha. "No último sá-bado de cada mês, eles são oferecidos gratui-tamente, das 9 às 16 horas", informou, lem-brando que o Sesc também conta com bibli-oteca, teatro, galeria de arte e diversas ativi-dades abertas ao público em geral.

O comércio eletrônico em 2011 deve gerar um fatura-mento de R$ 20 bilhões, de acordo com dados levantadospela empresa especializada e-bit, divulgados no dia 22 demarço. Segundo a empresa, o e-commerce deve atingir umcrescimento de 30% neste ano, o que não significa que ha-verá diminuição das vendas reais.

Para Alexandre Humberti, diretor da e-bit, a isenção doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ajudou a im-pulsionar o crescimento do e-commerce no País em 2010, oque gerou um efeito multiplicador nas vendas. "Apesar doaumento de preços, as pessoas já aprenderam a comprarpela internet. Os juros mexerão com o consumidor nas com-pras, seja em loja on-line ou física", diz Humberti.

Ainda de acordo com o levantamento, os setores que maisdevem crescer com as vendas na internet em 2011 serão osmesmos de 2010. Os eletroeletrônicos continuaram na pri-meira posição entre os mais vendidos, seguidos pelos itensde informática e pelos artigos de saúde e beleza.

O faturamento das empresas brasileiras, incluindo os se-tores industrial, comercial e de serviços, atingiu, em 2010, amaior taxa média de crescimento anual, com alta de 11,3%sobre 2009, segundo a consultoria Serasa Experian.

As empresas nacionais também fecharam o ano com omais elevado nível de rentabilidade (10,3%), marca que su-pera o recorde de 2007, quando a taxa atingiu 9,7%.

Os dados constam da pesquisa feita com 1.155 empre-sas, tanto de capital aberto como de capital fechado, desdeas de pequeno porte até as grandes empresas. A pesquisa éfeita desde 2000.

Foto Júlio Vasco

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Com poucos dias de intervalo, dois recentes lançamentos editoriais lançam novas luzes sobre a rotinae o desenvolvimento do comércio no Centro da cidade.

"Marechal Deodoro, a Rua do Imperador" (Nitpress, 176p.), da professora Regina Célia da Silva Costa,revolve o passado de Niterói abordando as principais ruas do Centro — com destaque especial, claro, paraa Marechal Deodoro, importante núcleo de desenvolvimento comercial e cultural.

Já em "Cidade e conflito: guardas municipais e camelôs" (Editora da UFF, 210p.), a antropóloga KátiaSento Sé reúne os frutos de quatro anos de pesquisas e entrevistas, com foco no sempre tenso relacionamentoentre o poder público municipal e os camelôs atuantes na região.

As pesquisas do livro sobre a Ma-rechal Deodoro remontam ao final doséculo XIX — com direito, inclusive, auma relação de época, com as edifica-ções ao longo da via e seus respectivosocupantes. Embora o foco seja a evolu-ção da Marechal Deodoro, o livro abor-da a evolução econômica e social de Ni-terói como um todo, reunindo fotos e des-

Dentre os empreendimentos tradi-cionais da Marechal Deodoro, o livro re-corda, por exemplo, a Tinturaria Franco-Brasileira (fundada em 1887, e em ativi-dade); a Fábrica de Bebidas Cavalo Preto(desativada); a Martins Gimenez (funda-da em 1907; desativada); a Casa dasSombrinhas (fundada em 1927, e em ati-vidade); a fábrica de massas A Fuscal-deza (fundada em 1929; desativada); Mo-reira dos Cofres (desativado); Casa dasFechaduras (fundada em 1957, e em ati-vidade); a Fábrica de Gelo (fundada em1937; desativada); e Serraria Ramalho(desativada); a Mobiliária Popular, de Al-berto Guerchon (desativada), além dasatuais instalações da Universo.

Doutora em Literatura Compara-da e Mestre em Ciência da Arte, a pro-fessora Regina Célia da Silva Costa de-fende a criação do Corredor Culturalda Rua Marechal Deodoro, como umadas formas de revalorização do centrohistórico de Niterói e da preservaçãoda memória da cidade.

Do sorvete à universidade

crições sobre o palacete da Praia Gran-de, a primeira Escola Normal do Brasil,as velhas barcas Rio-Niterói, os bondes,os cinematógrafos, o Café Paris e seusboêmios famosos (como o legendário po-eta Lili Leitão), e até mesmo a "chega-da" do sorvete em Niterói, no que foi al-tamente estratégico o depósito de geloque funcionou na Rua do Imperador apartir de 1880.

Ao longo de sua pesquisa, a an-tropóloga Kátia Sento Sé, professora daUFF, realizou entrevistas, observou o tra-balho dos guardas municipais, analisoucomo são transmitidas as ordens pelaPrefeitura e a abordagem dos policiaisaos ambulantes. Acompanhou o traba-lho dos camelôs, visitou suas residên-cias e colheu depoimentos sobre o pro-

Guardas versus camelôs

cesso de legalização do trabalho deles.Kátia descreve a aplicação, em

âmbito local, de ações concebidas noPlano Nacional de Segurança Pública(PNSP), editado em 2002 pelo Ministé-rio da Justiça. Ela também acompanhouo recadastramento dos camelôs, queacabou por acirrar o tenso relacionamen-to entre eles e o poder público.

“Este texto é uma contribuição ori-ginal, pioneira e importante para a dis-cussão desse processo democrático emmovimento, que inclui temas tradicionais,como a centralização e a descentraliza-ção governamental em nossa socieda-de, em área de extrema sensibilidade,como a segurança pública”, comentouRoberto Kant de Lima, do Instituto de Es-tudos Comparados em AdministraçãoInstitucional de Conflitos.

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