fórum 2016 - painel: ec 87/2015 e convênio 93: posicionamento do confaz, cotepe, encat – boas...
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EC 87/2015 – Vendas a consumidor final localizado em outro Estado
MARCELO RAMOS DE MELLO
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – motivações / histórico
Até 2015, o ICMS era integralmente recolhido para o Estado de origem das mercadorias (centro de distribuição)
As operações pelo comércio eletrônico foram substituindo as compras no comércio local
A arrecadação concentrou-se nos Estados de origem (produtores), com perdas para os Estados de destino (consumidores)
EC 87/2015 – motivações / histórico
A partir de 2016, o ICMS passou a ser repartido entre o Estado de origem e o de destino das mercadorias
Regra de transição até 2019 (40%, 60%, 80% e 100% da diferença de alíquota para o destino)
Restituição, em parte, do status quo anterior, devolvendo arrecadação para os Estados de destino
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – tramitação
Ideia inicial: repartir o ICMS das operações com o comércio eletrônico (RS – pessoa física pela internet?)
Num segundo momento: operações não presenciais (internet, telefone, fax)
Finalmente: vendas a consumidor final localizado em outro Estado (impreciso / mais amplo)
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – tramitação Problema: definir o espectro da expressão
localizado em outro Estado Venda interestadual? Obrigatoriedade da NFe Endereço do consumidor? Endereço de entrega? Vendas no balcão? Tradição instantânea Transporte pelo destinatário? Construtoras Pessoa física ou jurídica?
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – tramitação Senado – texto inicial previa a aplicação da alíquota
da origem, com repartição de receita (mais simples para os contribuintes)
Câmara – texto alterado para a mesma sistemática aplicada a operações entre contribuintes (mais complexo): alíquota interestadual para a o Estado de origem diferença de alíquota para o Estado de destino
(alíquota interna do destino)
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – tramitação Motivação para a alteração do texto na Câmara:
Fazer a mesma sistemática que as operações entre contribuintes (operações iguais? Responsabilidade do remetente para não contribuinte? simplificação?)
Como ficaria a parcela de ICMS do destino se a alíquota na origem fosse reduzida a 12% ou 7%?
Consequência: Alteração na carga tributária – 18% (SP) => 17% (SC) Aumento de carga tributária - Simples Nacional (DIFAL) Recolhimento em separado da DIFAL e FECOEP (GNRE)
Perigo que corremos: PEC 197/2012 - quase aprovada em dez/2014 (promulgação?) Efeitos a partir de jan/2015? Sem legislação estadual? Sem
regulamentação?
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Regulamentação Convênio 93/2015 Base de cálculo – base única ou base dupla. Cálculo “por dentro” ou “por fora” (operação única /
um só fato gerador / um único sujeito passivo / dois sujeitos ativos). Diferente da operação entre contribuintes.
Aplicação da DIFAL para empresas do simples nacional (cláusula nona)
Crédito suportado apenas pelo Estado de origem (cláusula terceira) – e quando as alíquotas caírem a 4%?
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Regulamentação Convênio 93/2015
Parcela a ser repartida - DIFAL (mudança “direta” para a alíquota de destino / diferença imediata de carga para menos, em geral / desconsiderados os fundos de pobreza e outros aumentos de alíquota).
Recolhimento da DIFAL para a origem (transição) – não se aplica ao Simples Nacional (já incluído na alíquota do Simples – não destaca na NFe).
Recolhimento mensal – mediante inscrição estadual, no dia 15 do mês subsequente (facilitação até junho/2016).
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Regulamentação Convênio 93/2015
Aplicação do recolhimento para o destino (DIFAL) a empresas do Simples Nacional: Conflito com a LC 123/2006 (não há previsão do
recolhimento) EC 87/2015 posterior e de hierarquia superior
(entendimento do CONFAZ). Necessidade do Convênio / Lei Complementar –
autoaplicabilidade de EC 87/2015 (entendimento do CONFAZ).
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Ações judiciais (ADIs)
ADI 5439 – Contra a cláusula segunda do Convênio 93/2015 – aguarda julgamento
ADI 5464 – Concessão de cautelar/liminar suspendendo o efeito da cláusula nona (determina a aplicação às Empresas do Simples Nacional).
ADI 5469 – Contra diversas cláusulas do Convênio 93/2015 (1ª, 2ª, 3ª, 6ª e 9ª) – aguarda julgamento
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Propostas legislativas
PDC 316/2016 – Projeto de Decreto Legislativo em trâmite na Câmara dos Deputados para sustar os efeitos do Convênio 93/2015. Parecer na CFT pela não implicação em matéria orçamentária/financeira (?) e, no mérito, pela rejeição do PDC 316 e 318 apensado (mesmo teor). Vai à CCJC.
PLP 218/2016 – Projeto de LC regulamenta a EC 87/2016. Parecer favorável na CDEICS da Câmara dos Deputados. Vai à CFT e CCJC. Transição, recolhimento mensal, crédito só na origem, aplicativo pelo CONFAZ.
Substitutivo ao PLP 218/2016 – elaborado pelos Estados, com alteração da LC 87/1996 (ainda não enviado/protocolado).
MARCELO RAMOS DE MELLO
EC 87/2015 – Outros assuntos
Convênio 153/2015 – Regulamenta a aplicação dos benefícios fiscais. Proposta de alteração será discutida em reunião extraordinária do GT-26 nos dias 08 e 09/08.
Grupos de trabalho da COTEPE envolvidos (além do ENCAT): GT-12 – Comércio Eletrônico GT-26 – Benefícios Fiscais GT-34 – Substituição Tributária (inclui a EC 87) GT-38 – Simples Nacional GT-44.3 – CGSN + ENCAT + GT-06 + GT-38 + GT-48
MARCELO RAMOS DE MELLO
Reforma do ICMS – será reavaliada pela nova equipe econômica
PRS 1/2013 – Redução das alíquotas interestaduais. PLP 54/2015 – Redução do quórum do Confaz para tratar dos
benefícios fiscais concedidos no âmbito da guerra fiscal. PEC 154/2015 – Fundo de compensação de perdas e FNDR. PLP não enviado – Redução de quórum para o convênio de
“convalidação” dos benefícios fiscais, sem redução de alíquotas interestaduais, crime de responsabilidade, crime comum, penalidades administrativas (suspensão de repasses, proibição de contratar operação de crédito) e FNDR
Convênio 70/2014 – “Convênio do Convênio”, Pré-Convênio ou acordo de intenções entre os Estados. Há proposta de alteração.
MARCELO RAMOS DE MELLO
Muito obrigado pela atenção!
MARCELO RAMOS DE MELLO