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65 ANO V / Nº 8 colonização do Brasil gerou alguns desafios para Portugal. Um deles era o de assegu- rar a posse da terra descoberta. Era preciso criar uma forte estrutura militar terrestre e naval diante das ameaças dos inimigos europeus e dos selvagens da terra conquistada. A França era adversária das duas coroas ibéri- cas. Contestava a decisão política de dividir o mun- do exterior à Europa entre Portugal e Espanha. Corsários franceses passaram a atuar no litoral bra- sileiro e a interceptar barcos portugueses que retor- navam à metrópole com carregamentos de madei- ra. A resposta lusitana foi enviar frotas de guarda- costas, para atacar as naus francesas. A extensão do litoral, porém, era muita grande e a quantidade de embarcações de guerra não era suficiente para en- frentar os franceses. Face às circunstâncias, buscou- se uma solução mais econômica e eficaz: a coloniza- ção do Brasil, com a fixação de núcleos populacionais ao longo da costa. Por outro lado, havia os indígenas que luta- vam pela manutenção da posse de suas terras para A Paulo Roberto Rodrigues Teixeira Foto: Ricardo Siqueira

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Page 1: Fortes Da Barra

65ANO V / Nº 8

colonização do Brasil gerou alguns desafios

para Portugal. Um deles era o de assegu-

rar a posse da terra descoberta. Era preciso

criar uma forte estrutura militar terrestre

e naval diante das ameaças dos inimigos europeus e

dos selvagens da terra conquistada.

A França era adversária das duas coroas ibéri-

cas. Contestava a decisão política de dividir o mun-

do exterior à Europa entre Portugal e Espanha.

Corsários franceses passaram a atuar no litoral bra-

sileiro e a interceptar barcos portugueses que retor-

navam à metrópole com carregamentos de madei-

ra. A resposta lusitana foi enviar frotas de guarda-

costas, para atacar as naus francesas. A extensão do

litoral, porém, era muita grande e a quantidade de

embarcações de guerra não era suficiente para en-

frentar os franceses. Face às circunstâncias, buscou-

se uma solução mais econômica e eficaz: a coloniza-

ção do Brasil, com a fixação de núcleos populacionais

ao longo da costa.

Por outro lado, havia os indígenas que luta-

vam pela manutenção da posse de suas terras para

A○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Paulo Roberto Rodrigues Teixeira

Foto: Ricardo Siqueira

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não caírem nas malhas da escravidão imposta pe-los novos colonizadores, extremamente carentes demão-de-obra.

Em 1526, foi criada uma feitoria em Pernam-buco. Em 1530, São Vicente (hoje cidade de Santos)e depois, Piratininga (atual cidade de São Paulo).Pernambuco e São Vicente passaram a ser os doisprimeiros núcleos portugueses nas costas do Brasil.

O segundo passo para a colonização foi a di-visão do Brasil em capitanias hereditárias no ano de1534. O rei concedeu as terras aos membros danobreza, os quais deveriam povoá-las, colonizá-las edefendê-las. A maioria falhou.

Em 1549, o Rei D. João III limitou o poderdos capitães e criou um governo-geral para o Brasil,cuja sede foi a cidade de Salvador.

Tomé de Souza, o primeiro governador-ge-ral, quando chegou ao Brasil, tinha uma grande res-ponsabilidade diante do rei de Portugal. A missão

era erigir, na colônia, “uma fortaleza e uma cidadegrande e forte” (Carta Régia de 7 de janeiro de 1549).Ela serviria de base do governo-geral das posiçõeslusitanas nas terras de Santa Cruz e permaneceriacomo capital da colônia por dois séculos.

Inicialmente, Tomé de Souza construiu umacerca muito forte de pau-a-pique para que os traba-lhadores e soldados tivessem segurança nas suas ati-vidades. Concluída a obra, foram colocadas váriaspeças de artilharia, e quase toda a cidade, em poucotempo, estava protegida. Em seguida, ordenou cer-car a cidade de muros de taipa grossa, com doisbaluartes ao longo do mar e quatro na banda daterra. Em cada um colocou peças de artilharia, ini-ciando a organização da estrutura militar no Bra-sil. A cidade de Salvador estava nascendo e já nas-cia fortificada.

No período em que Portugal estava sob do-mínio espanhol (1580-1640), a Holanda perdeu

A primeira construção com estrutura de alvenaria,do Forte de Santo Antônio, em 1534.

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vários de seus negó-cios na América, dei-xando de lucrar no fi-nanciamento de en-genhos de açúcar noBrasil, na comercia-lização do produto naEuropa e no trans-porte de escravos. Osholandeses estavamproibidos de aportarnas terras portuguesasque lhe garantiam ocomércio. Decidiram,então, criar uma co-lônia no Brasil, enviando para Bahia uma esquadra.Em 1624, invadiram o Brasil, em Salvador, na Baíade Todos os Santos.

Depois das invasões holandesas, o sistema de-fensivo baiano foi aperfeiçoado e acabou por pos-suir 24 fortes de variados tamanhos. Apresentare-mos, nesta reportagem, três deles: Forte de Santo

Antônio da Barra, de Santa Maria e de São Diogo.O primeiro já estava edificado na invasão, em 1624.Após a expulsão, construiram-se os outros dois,com o propósito de impedir o desembarque datropa inimiga e para solidificar o apoio de fogo mú-tuo entre eles, reforçando a linha de defesa na Baíade Todos os Santos.

Mapa elaborado no período colonial,destacando-se oForte de Santo Antônio.

Navios holandeses atacando Salvador.Navios holandeses atacando Salvador.

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Forte de Santo Antônio

da Barra

Em 1501, na Baía de Todos os San-tos, em Salvador, por ordem do rei dePortugal, construiu-se, precariamente, oForte de Santo Antônio como marco deposse da terra recém-descoberta, no lo-cal chamado, na época, de Ponta do Pa-drão. Hoje, a região é conhecida comoCabo de Santo Antônio, uma área privi-legiada, da qual se vislumbra a belíssimaenseada da baía, com suas exuberantespraias, delineadas por edifícios modernose hotéis de padrão internacional, as quais,juntamente com a riqueza do patrimôniohistórico, fazem daquela cidade uma atra-

O Forte, atualmente, é conhecidocomo Farol da Barra.O Forte, atualmente, é conhecidocomo Farol da Barra.O Forte, atualmente, é conhecidocomo Farol da Barra.O Forte, atualmente, é conhecidocomo Farol da Barra.O Forte, atualmente, é conhecidocomo Farol da Barra.

Farol de seção cilíndrica defins do século XIX, em substituição a

outro que fora construidoem 1696, de forma quadrada.

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Foto: Esmeraldo R. Souza

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ção turística com crescimento sur-preendente. O forte, atualmente,é conhecido como Farol da Barra.

A sua estrutura é de alvena-ria, com pedras gnaisse, e a suaprimeira construção data de 1534.Ao longo do tempo, o seu períme-tro foi aumentado, passando amostrar a forma de um polígonoirregular de dez lados e nenhumbaluarte, mas tão-somente gua-ritas nos vértices salientes, com in-fluência arquitetônica italiana.Possui ao centro um farol de se-ção cilíndrica de fins do séculoXIX em substituição a outro quefora construído em 1696, de for-ma quadrada.

A missão do forte era impe-dir a penetração do inimigo naentrada da barra e atuar junta-mente com o Forte Monte Serratcontra o desembarque do invasornas praias vizinhas.

A primeira invasão ocorreuem 1624. A guarnição resistiu,mas não pôde impedir o desem-barque dos holandeses no atualPorto da Barra. Após um ano, osinvasores foram expulsos. O Go-vernador Diogo de Oliveira con-tinuou as obras de fortificação deSalvador, na enseada de Vila Ve-lha, onde ocorreu o desembarqueholandês. Nas extremidades, fo-ram construídos os fortes de SãoDiogo e de Santa Maria, em con-

Ao fundo, a Ilha de Itaparica, sempreobservada pela sentinela da guarita.

Canhão colonial emposição de tiro.

Forte de Santo de Antônio e Fortede Santa Maria (ao fundo),

linha de defesa contra o invasor.

Na lateral do Forte, observa-sea beleza do céu edo mar na linha do horizonte.

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dições de realizar o cruzamento defogos na baía, reforçando a linha dedefesa, cuja fragilidade já tinha sidoconstatada. Nessa época, o Forte deSanto Antônio dispunha de um ca-nhão de calibre 24, o maior da Bahia,e, mais tarde, em 1801, foi aumen-tado o seu poder de fogo com peçasde 24 e 36 libras.

Em 1638, os holandeses volta-ram a atacar Salvador. As operaçõesem terra predominaram, uma vezque o litoral era muito extenso e fa-cilitava o desembarque da tropa. Atentativa de ocupação foi frustrada.

No período da Independênciado Brasil, foi colocado o Brasão do Im-pério na porta de acesso principal,construída em cantaria de arenito eque lá se encontra até hoje.

Uma curiosidade: Em 1705,foi incorporado à guarnição do for-te o Capitão Santo Antônio de Lis-boa, o santo tão popular na IgrejaCatólica. Foi uma forma que o go-verno encontrou para contribuircom os religiosos locais, disponi-bilizando o seu soldo para a Igreja.Santo Antônio chegou ao posto detenente-coronel. A sua carta patenteexiste até hoje.

O forte foi tombado pelo Ins-tituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional (IPHAN) em 24 demaio de 1938. Atualmente, é admi-nistrado pela Marinha e abriga oMuseu de Hidrografia e Navegação.

Instalação do Forte acoplada à guarita.No céu azul a lua despontando.

Nau portuguesa em exposiçãono Museu de

Hidrografia e Navegação.

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Forte de Santa Maria

O Forte de Santa Maria encontra-se naparte sul da cidade de Salvador, em uma dasextremidades da pequena enseada de Porto daBarra, conhecida antigamente como Portode Vila Velha.

Trata-se de edificação de belíssima arqui-tetura, com forma de um polígono irregularcom quatro ângulos salientes e três reentrantes,o que lhe caracteriza a influência italiana, comooutros fortes baianos construídos no mesmo pe-ríodo, usando o sistema construtivo de pedra ecal. A fachada sul da casa do comando é reves-tida de telhas, com o mesmo tratamento im-permeabilizante encontrado em empenas desobrados baianos de todo o período colonial.O revestimento primitivo da fachada princi-

Forte de Santa Maria vendo-se ao fundoo Forte de Santo Antônio.

Canhão colonial, apontando para o mar.Ao fundo, o Forte de São Diogo.

Foto: Ricardo Siqueira

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pal foi substituído por camada de reboco. Na portade acesso, no alto, está o escudo com as armas doImpério. Em fins do século XVII, sofreu reformasque lhe deram o aspecto atual.

Não se sabe exatamente a data da sua constru-ção, porém, na primeira invasão holandesa, em1625, ela não existia.

A praia próxima desse forte foi palco de algunsacontecimentos importantes. Ali desembarcou, em

1536, Francisco Pereira Coutinho,donatário da recém-criada Capi-tania da Bahia. Em 1549, o Go-vernador Geral também desem-barcou na mesma praia. Em 1624,serviu de local de desembarquepara os invasores holandeses co-mandados por Albert Shouten.

A visão estratégica para cons-truir uma fortaleza naquele localfundamentava-se na interação com

o Forte de São Diogo, implanta-do na extremidade oposta, e como Forte de Santo Antônio da Bar-ra, impedindo novas investidas deinvasores. A linha de defesa esta-

ria em melhores condições de repelir a ameaça ex-terna vinda pelo mar e impedir o desembarque napraia. O Forte de Santa Maria era considerado umaposição de artilharia tão importante que recebeuos três melhores canhões de bronze existentes nacidade naquela época.

Foi reconstruído entre 1694 e 1701, no decur-so do governo de D. João de Lencastre, numa épo-ca em que o seu armamento era composto por seis

Na porta de acesso, no alto, o escudocom as armas do Império.

Ao lado, placa encravada na parede, registrandoo local de desembarque dos holandeses.

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peças de ferro e a sua guarnição constituída por umcapitão e dois soldados artilheiros.

No século XIX, foi ocupado pelos rebeldesda Sabinada, movimento de caráter republicanoque defendia maior autonomia das províncias emrelação ao poder imperial. Ao abandoná-lo, os sabi-

nos levaram 12 de seus canhões para prosseguiremna luta contra as tropas governistas. Logo após oconflito, o forte foi desarmado.

O Forte de Santa Maria foi tombado pelo Ins-tituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN) em 24 de maio de 1928.

Vista aérea do Forte de Santa Maria,vendo-se também o Forte de

Santo Antônio. Nesta praia desembarcaramos holandeses em 1624.

Foto: Esmeraldo R. Souza

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Forte de São Diogo

Foi edificada provavelmente entre 1626 e1635, durante o governo de Diogo de Oliveira.Localizado na Baía de Todos os Santos, a sua cons-trução, como também a do Forte de Santa Maria,foi resultado da primeira invasão dos holandeses.O inimigo havia desembarcado em praia comple-tamente desguarnecida. Para impedir que a mes-ma operação viesse a se repetir, pois permaneciaa ameaça externa, o governo providenciou, tão lo-go os holandeses foram expulsos, a construção doForte de São Diogo.

O forte foi implantado diretamente sobre arocha, numa posição geográfica superior ao de San-ta Maria, na entrada da barra, na extremidade dapequena enseada no Porto da Barra. Nessa época,as suas muralhas eram de taipa, baixas e pouco re-sistentes, comportando no máximo sete peças de ar-

tilharia. As chuvas eram constantes, exigindo que oforte passasse por freqüentes restaurações.

Em 1694, o Governador D. João de Lencastrerealizou uma reforma na sua construção. Em 1704,

O canhão colonial prontopara repelir aameaça vinda pelo mar

O Forte de São Diogo foi construidosobre a rocha, numa posição geográfica superiora do Forte de Santa Maria.

O Forte de São Diogo foi construidosobre a rocha, numa posição geográfica superiora do Forte de Santa Maria.

O Forte de São Diogo foi construidosobre a rocha, numa posição geográfica superiora do Forte de Santa Maria.

O Forte de São Diogo foi construidosobre a rocha, numa posição geográfica superiora do Forte de Santa Maria.

O Forte de São Diogo foi construidosobre a rocha, numa posição geográfica superiora do Forte de Santa Maria.

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Foto: Esmeraldo R. Souza

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D. Rodrigo determinou umareforma mais ampla. Apresen-tou-se, então, um traçado cur-vilíneo convexo, acompanhadode linhas retas, formando umângulo reentrante. Foi construí-do de alvenaria com pedra bru-ta, tendo os parapeitos em cai-xões de areia e sem dispor decanhoneiras, num desenvolvi-mento de 120 palmos de sualinha de fogo.

Em 1722, foi reformadopelo Conde de Gáveas, Vice-Rei do Brasil, tendo recebidoalgumas canhoneiras. Poste-riormente, as aberturas na mu-ralha foram desmanchadas esubstituídas por um parapeito muito baixo, que fa-cilitava a pontaria do canhão em qualquer direção.Em contrapartida, os artilheiros ficavam despro-tegidos contra os tiros e observação do inimigo que

entrasse pela barra da Baía. O projeto de arquitetu-ra do forte apresenta o estilo colonial-português,conhecido como forte atelhanado, marcado porreentrâncias em suas dependências. Era uma cons-trução vulnerável devido a suas instalações seremmuito elevadas em relação ao parapeito. O Fortede São Diogo era dependente do Forte Santo An-tônio da Barra, para poder resistir ao ataque doinvasor. Apesar da fragilidade, sua existência foidecisiva para que Salvador não fosse ocupada pe-los holandeses, tendo em vista que o desembarqueda tropa inimiga só poderia ser feita em locais dedifícil acesso.

Atualmente, o Forte de São Diogo é adminis-trado pelo Exército, e nele funciona a representa-ção da FUNCEB, em Salvador. Está aberto à visi-tação pública, abrigando um centro de lazer, comprogramação de shows, exibição de audiovisuais eoutras atividades sociais.

Visão panorâmica do Forte

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A carta régia do rei de Portugal definiu a grande

responsabilidade de Tomé de Souza, como primeiro

governador-geral, na cidade de Salvador, a qual viria a

permanecer como capital da colônia por dois séculos.

Os três fortes abordados, Santo Antônio, San-

ta Maria e São Diogo, fizeram parte do sistema de

defesa, constituído de 24 fortes construídos em épo-

cas diferentes.

O primeiro, o Forte de Santo Antônio da Bar-

ra, não teve suporte suficiente para deter a invasão

dos holandeses em 1624. A tropa invasora desem-

barcou nas praias vizinhas, conquistando Salvador.

Expulsos os invasores, após um ano, edificaram-se

os dois outros, aumentando o poder de fogo da linha

de defesa e impedindo o desembarque das tropas nas

praias; estratégia que deu resultado.

Encerramos a nossa reportagem, visualizando

deslumbrante cenário da cidade, envolvida pelo mar

esverdeado da Baía de Todos os Santos, na qual, o

precioso patrimônio existente, registra a marca da

importância que teve no passado. Na foto, o local

de desembarque das tropas holandesas na primeira

invasão, quando então não existiam ainda os fortes

de Santa Maria e de São Diogo.

Paulo Roberto Rodrigues Teixeira – Coronel de Infantaria e Estado-Maior, é

natural do Rio de Janeiro. Tem o curso de Estado-Maior e da Escola Superior de Guerra.

Atualmente é assessor da FUNCEB e redator-chefe da revista DaCultura.

Foto: Esmeraldo R. Souza

O mar calmo e sereno destapraia permitiu que astropas holandesas desembarcasseme conquistassem acidade de Salvador, em 1624.