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Formação Teatro 08-04-15 Revisão da formação anterior; Apresentação de fontes de imagens - Brinquedos e Brincadeiras; Continuidade da proposta cênica: Jogo das Ideias (25-02-15); Estudo do texto: A CRIANÇA E O TEATRO Suzana Rangel Vieira Cunha Estudo contínuo e sistemático da linguagem do teatro; Técnicas Teatrais : - improvisação e ação 1

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Formação Teatro08-04-15

• Revisão da formação anterior;• Apresentação de fontes de imagens - Brinquedos e Brincadeiras;

• Continuidade da proposta cênica: Jogo das Ideias (25-02-15);• Estudo do texto: A CRIANÇA E O TEATRO – Suzana Rangel Vieira Cunha

• Estudo contínuo e sistemático da linguagem do teatro;•Técnicas Teatrais : - improvisação e ação

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Proposta Cênica: o professor de arte precisa vivenciar a experiência

artística.

Trabalho em grupo: todo detalhe é importante!!!Tudo é fundamental num espaço de criação artística: cada detalhe, cada gesto,cada olhar, cada objeto colocado, cada som, cada palavra, cada cor.

Jogo das Ideias: Grupo 1 : a partir das produções do trabalho da artista Efigênia;

Grupo 2: a partir de palavras soltas;Grupo 1:1- Escolher o orientador que anotará todas as ideias do grupo;2- Propor que os professores falem das ideias ( cada um formará uma frase, ou palavrasque relacionem-se com a sua produção. O orientador irá anotar.3- Propor o jogo onde todos os professores irão amarrar as frases numa só história.4- A história será representada para o grande grupo.

Grupo 2:1- Escolher o orientador que anotará todas as ideias do grupo;2- Propor que os professores falem das ideias ( quaisquer que sejam, digam frasessoltas). O orientador irá anotar.3 - Propor o jogo onde todos os professores irão amarrar as frases numa só história.4- A história será apresentada ao grande grupo.

Grupo 1 – ESPAÇO CÊNICOPara a improvisação, o grupo deverá usar o espaço cênico

delimitado na sala. Este espaço será somente informado no momento inicial da representação.- demarcação do espaço;- blocos praticáveis – objetos com pequenas elevações; ( cadeiras giratórias, cadeira infantil, cubo revestido de lona.

Estratégias e desafios com os elementos formais:

Grupo 2 – PERSONAGEM - FIGURINOPara a improvisação, o grupo deverá usar o figurino

proposto, o qual deverá ganhar sentido na representação. (lenços coloridos, meião e perucas)

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A imitação e o jogo:

- fontes de prazer e divertimento;- forma de reflexão e apropriação do mundo;- é faz de conta, é brincadeira, é fantasia, é imaginação;

Qual a relação entre faz de conta e teatro?- A partir do momento que a criança, o jovem, consegue “imaginar”torna-se capaz de desenvolver sua expressividade através dediferentes formas como a oralidade, a expressão plástica, musical edramática, passando a relacionar-se com o mundo.- A expressividade dramática reforça a tendência para arepresentação, para agir experimentando papéis e vivendosituações diferentes das da vida real.- A capacidade de representação está presente tanto nos jogos defaz de conta quanto num espetáculo de teatro representado poratores.

A CRIANÇA E O TEATRO – Suzana Rangel Vieira Cunha

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A expressividade dramática evidencia a tendência do serhumano para a representação, isto é, para agir de maneirafictícia, experimentando papéis e vivendo situações diferentesdas da vida real.

A capacidade de representação dramática está presentetanto nos jogos como num espetáculo de teatro representadopor atores profissionais.

O jogo simbólico inicialmente é totalmente improvisado, éfantasia, é espontaneidade, mas possui um fim em si mesmo,um objetivo.

O espetáculo teatral, embora também necessite daespontaneidade, da improvisação e da intuição, resulta de umprocesso de criação e elaboração intencionais que exige odomínio de uma linguagem, e na medida que é comunicação,só se completa com a presença do público.

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“Assim, entre a brincadeira simbólica espontânea dacriança pequena e o teatro como montagem cênica a serapreciada por uma platéia, as crianças, à medida em que evoluem,desenvolvem, diferentes maneiras de jogar e tornam-se capazesde assimilar o conteúdo e as regras de diferentes atividades, quepodem constituir estímulos para aprendizagens motoras,cognitivas, sociais e estéticas”.(CUNHA, 1999,p. 97-98)

A brincadeira ou o jogo tem por objetivos despertar ointeresse da criança e ser desafiadora.

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O INTERESSE DA CRIANÇA

Diretamente ligado a capacidade de compreensão dos objetivos e das regras da

brincadeira ou jogo.

Contudo, deve estar de acordo com a capacidade intelectual da criança, ou do grupo de crianças, de

forma que todas tenhamcapacidade para participarem ativamente.

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Todos nós já fizemos propostas de trabalho em turmas que acabaram não dando certo!

Você já propôs alguma atividade na área de arte, mais especificamente na linguagem do teatro, para alguma turma, que não tenha dado certo porque ela não era condizente com a faixa etária das crianças? De forma geral, qual foi a proposta?Quais outros fatores você identifica que influenciaram para que a atividade não acontecesse da forma esperada.Quais as possibilidades para a superação?

PROPOSTA COLETIVA:- Organização de grupos – 6 participantes- Conversa e discussão no grupo; – 15 minutos- Anotações gerais do grupo;- Apresentação a todos.

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O professor deve estar atento ao conhecimento teórico para identificar as diferentes formas pelas quais as

atividades lúdicas se manifestam ao longo da infância.É necessário que a teoria seja alimentada pela prática, será através da interação com os grupos de alunos e atividades

propostas que o professor terá condições de decidir o que faça sentido ao interesse do aluno.

Fatores importantes:- Estudo teórico - prático da linguagem do teatro;

- Coleta de materiais;- Estudo contínuo;

- Organização do plano de trabalho;Propostas que sejam desafiadoras, interessantes,

coerentes e que façam sentido para o aluno.

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Leitura, análise e reflexões a partir das teias produzidas pelos professores:

- Todos representaram uma determinada teia;- Todos descreveram palavras que se referem a linguagem doteatro;( elementos/ sentimentos)- Todos envolveram-se na conversa dirigida a respeito dasrepresentações;- Os três elementos formadores da linguagem teatral foramcitados nos trabalhos, mesmo que não diretamente, mas a partirde outros elementos correspondentes.- Dentre todos os trabalhos:• Alguns professores, descreveram palavras referentes alinguagem e também representaram desenhos dando sentido aoseu material.• Alguns, com ou sem intenção, articularam as palavras deforma que deram mais sentido ao seu texto.• Outros que propuseram sequenciações de palavras tambémdando um sentido ao texto. 10

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OS ELEMENTOS FORMADORES DA REPRESENTAÇÃO TEATRAL

PERSONAGEM AÇÃO ESPAÇO CÊNICO

Destinação ambiental:rua, igreja, praça,escola,teatro fechado.Cenário/ palcoIluminaçãoSonoplastiaMarcação

MaquiagemFigurinoAdereçosExpressão vocalExpressão gestual

- Ação ascendente- Clímax- Ação descendente- Ação interior- Ação anterior- Ação posterior- Ação narrada- Ação exterior

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As técnicas teatrais:

Improvisação- Improvisação livre

- Improvisação dirigida

Leitura de texto- Leitura de roteiro

(adaptação)- Leitura de texto

- Texto teatral: texto principal e texto secundário

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Improvisação:

É a criação da ação dramática (movimentos e falas) de forma espontâneano momento da encenação. Todas as crianças têm um arquivo de experiênciasacústicas, verbais, táteis e cenestésicas*. No momento da improvisação, essasexperiências podem ser expressas e trabalhadas espontaneamente, sofrendoreorganizações e aprofundamentos.

A improvisação está sempre presente em qualquer representação. Pode terum elemento gerador, um estímulo, pode ser um tema, uma história, um som, umbrinquedo, um objeto qualquer, um jogo, etc.

A improvisação objetiva criar e dar condições às crianças para que serelacionem, se conheçam e busquem novas possibilidades de expressão dentro dalinguagem teatral.

* É a representação consciente do próprio corpo, de sua posição, de seu movimento, de sua postura em

relação ao mundo à sua volta.

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A ação na improvisação:

A ação é o movimento dos acontecimentos em umarepresentação que é decorrente do comportamento daspersonagens. É a sequencia dos atos e dos acontecimentos quecompõem uma obra teatral. É tudo aquilo que a personagem faz.

Toda vez que se trabalha com representação, os alunosestão desenvolvendo uma ação dramática. Os vários tipos deação estão contidos nessa representação.

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Tipos de ação:

Ação ascendente: corresponde ao trecho da representação em que o interesse doespectador vai aumentando em razão dos conflitos e dos acontecimentos até que sechega ao clímax, o ponto máximo de tensão. Ação descendente: a parte da ação que acontece depois do clímax. Ação oculta: a ação que acontece, mas a plateia não vê. Ação interior: ação que acontece apenas no pensamento e emoção dapersonagem, mas que influencia em sua ação exterior. Ação exterior: ação que é exteriorizada pela personagem por meio do seumovimento, fala ou expressão. Ação anterior: ação que acontece antes da ação propriamente dita narepresentação. Algo que subentende que tenha ocorrido e a partir do que sedesenrola a representação. Ação posterior: ação que supostamente irá ocorrer após o fim da representaçãoem decorrência da ação em si. Ação narrada: ação que é contada por uma personagem ou pelo narrador. Onarrador é aquela pessoa que expõe verbalmente ou de forma escrita um fato.

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Jogos de improvisação envolvendo a ação dramática:

TAREFA 1 : Pesquisar jogos de improvisação. Escolher um jogo para desenvolver com a turma. Tente identificar os tipos de ação que acontecem durante o jogo.

BRINCADEIRA DO BIOMBO

A brincadeira do biombo é um exemplo típico no qual s trabalha com vários tipos de ação ao mesmo tempo.Coloca-se um biombo feito de caixa de geladeira, uma cortina ou até uma mesa virada no meio do palco, ou sala de aula.

A criança deve ir realizando uma ação qualquer por ela escolhida até entrar atrás da cortina. Escondida, ela irá desenvolver uma outra ação que seja decorrente da primeira, e que seja a causa da maneira como ela sai detrás do biombo. Por exemplo: a criança irá mostrando que está com muita fome, atrás do biombo come muito e sai do biombo com cara de saciada ou até passando mal de tanto comer!

A entrada e saída do biombo pode ser feita apenas com mímica ou utilizando a fala. A ação oculta também pode ser feita com sons, sombras ou falada. A brincadeira pode ser feita em duplas ou trios gerando uma ação coletiva.

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CONTINUANDO AÇÕES NARRADAS

Imaginem a ação que poderia acontecer depois das seguintes falas deum narrador.Formem grupos com suas crianças e desenvolvam a ação que o narrador estádescrevendo. Cada grupo criará a ação de uma forma e poderá terminá-la, isto é,criar um desfecho, como quiser para a ação narrada.a) NARRADOR:

- Mas o que vocês não sabem é que há muito tempo atrás eles já haviam seencontrado em uma festa. Era o aniversário de um amigo, e na hora daentrega dos presentes...

b) NARRADOR:- Os animais da floresta resolveram se reunir para ver o que iam fazer com oleão doente. Qual seria a melhor solução? Todos os bichos falavam ao mesmotempo até que o rato disse...

Criar histórias nas quais a figura do narrador também é importante e fazeruma leitura dramática destas histórias também é uma atividade interessante.

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TAREFA 2:Quando se elabora pequenas representações com crianças o recurso da

narração é muito utilizado para que elas consigam organizar a ação e sentirem-semais seguras na atuação. O professor pode ser o narrador, e aos poucos vaicontando a história, e as crianças vão representando também aos poucos.

Escolha um trecho de uma história para ser narrada ao grupo. Identifique as ações que aparecem nessa história.

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Polindo as improvisações: permita um maior número possível de

repetições dos temas dos jogos dramáticos e, de vez em quando, faça um polimentodas tentativas improvisadas, oferecendo sugestões. Para que a criança não perca seuentusiasmo deixe-a representar a primeira vez até o fim e depois comente, dêsugestões.

Encaminhamento importante durante as atividades propostas para os alunos:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Marise Lecheta VenskeCoordenação Pedagógica de ArteAbril/2015

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Dória, Lilian Maria Fleury Teixeira. Linguagem do Teatro. Curitiba: IBPEX, 2009.

Tavares, Isis Moura. Educação, corpo e arte. Curitiba: IESDE, 2005.

Slade, Peter. O Jogo Dramático Infantil. São Paulo: Summus, 1978.

• Email coletivo: ACESSO AOS MATERIAIS DAS OFICINAS

[email protected]: artes2010

• Email coordenação: ENVIAR PTD’[email protected]

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