formação do solo
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Formação do Solo
Prof. Francisco Araújo Machado
Disc.: Elementos de Solo
1. Introdução
A formação do solo
• 1ª fase: processos da intemperização:
Desintegração
Decomposição rochas e minerais
Recomposição
A formação do solo
• 2ª fase: aparecimento da vida no solo
Organismos vivos que retiram do solo os
alimentos e depositam os detritos!
Marco inicial da formação do solo
Introdução
Introdução
Sequencia de eventos físicos, químicos e biológicos na formação
dos solos
• O solo é resultante da ação de agentes do
intemperismo sobre restos minerais
depositados e enriquecidos de detritos
orgânicos;
Introdução
• Agentes formadores do solo:
Rocha matriz
Relevo
Tempo
Clima
Biosfera
Introdução
Agentes passivos
Agentes ativos
• Agentes ativos – constituem-se em fontes
de energia e reagentes;
• Agentes passivos – fonte de material e de
alguma condição ambiental;
Introdução
Os agentes passivos “atrasam” a ação do
clima e da biosfera no processo de
formação do solo
• Diz-se que o solo é um produto da ação
conjugada do clima e da biosfera, sobre a
rocha matriz, de acordo com o relevo, em
determinado tempo;
Introdução
• Solos maduros – a maturidade foi atingida;
• Solos imaturos
Introdução
A ação dos agentes de
formação não foi suficiente
para se atingir a
maturidade
Desenvolvimento da maturidade do solo – observar a
formação dos horizontes
Introdução
2. A rocha matriz
• Todo solo tem sua origem na desagregação
da rocha na superfície da litosfera;
• Desagregação/decomposição das rochas em minerais;
Fator determinante nas qualidades do solo formado!
A rocha matriz
• Estágios do estudo da formação do solo
Intemperização – até o solo atingir a maturidade (decomposição química e desintegração física);
Evolução – ocorre após a maturidade ser atingida (calcificação, alcalinização, salinização, dessalinização, etc);
A rocha matriz
• Importância da rocha matriz na formação do solo:
Menor em regiões tropicais – neste o clima é fator predominante;
Ex.: em regiões tropicais úmidas, todos os solos tem horizonte superficial escuro, são solos ácidos e de vida microbiana muito ativa, independente da rocha matriz!
A rocha matriz
• Importância da rocha matriz na formação do solo:
Quanto maior o tempo dos processos de formação, menor impacto terá a rocha matriz sobre as características do solo formado
Solo jovem = > influência da rocha matriz
Solo velho = < influência da rocha matriz
A rocha matriz
• Características da rocha matriz que +
influenciam na formação do solo:
Composição mineralógica;
Resistência mecânica;
Textura;
A rocha matriz
• Composição da rocha matriz x riqueza
química do solo:
Quanto maior o teor de Fe = > riqueza
mineralógica;
A rocha matriz
• Composição da rocha matriz x riqueza
química do solo:
Quanto menor acidez da rocha = + ricos os
solos formados;
Obs.:acidez da rocha refere-se ao seu teor
de sílica, assim quanto menor a acidez,
menor o teor de sílica.
A rocha matriz
• Composição da rocha matriz x riqueza química do solo:
Rochas melanocráticas = - de 55% de sílica na composição mineralógica da rocha;
Rochas mesocráticas = de 55 a 65% de sílica na composição mineralógica da rocha;
Rochas leucocráticas = + de 65% de sílica na composição mineralógica da rocha;
A rocha matriz
• Composição da rocha matriz x riqueza química do solo:
Pergunta: na sua opinião, qual entre os três tipos de rochas (melanocráticas, mesocráticas
e leucocráticas) apresentam potencial para produzir solos + ricos?
Lembre-se:
Rochas mineralogicamente ricas
Solos ricos quimicamente
A rocha matriz
• Resistência mecânica da rocha matriz:
Condiciona a velocidade de intemperização;
Exerce influência sobre a profundidade do
perfil, juntamente com o clima e a textura
da rocha matriz;
A rocha matriz
• Textura da rocha matriz:
Está associada a composição mineralógica da rocha e vai determinar a textura do solo.
Ex.:
Arenito (rico em SiO2) – solos mais arenosos.
Basalto (minerais ferro-magnesianos) – solos mais argilosos.
A rocha matriz
A rocha matriz
Triângulo de grupamento textural dos solos
• Importante:
Rocha matriz
Minerais
Elementos utilizados pelas plantas na sua
nutrição!
A rocha matriz
Desintegração/
decomposição
Liberação de
elementos
• Elementos essenciais para as plantas:
Macroelementos: N, P, K, Ca, Mg e S;
Microelementos: Mn, Mo, Cl, Cu, Fe, Zn, Bo.
C, H e O também essenciais, porém são obtidos do ar e da água.
A rocha matriz
2.1. Importância agrícola dos minerais
2.1.1. Feldspatos
• Fácil decomposição/desagragação;
• Importante fonte de “alimento” para os
vegetais;
A rocha matriz
Mineral Teor médio (%)
Na2O K2O CaO
Ortoclásio - 16,9 -
Microlina - 15,0 -
Plagioglásio ácido 6,0 a 12,0 0,5 0 a 12,0
Plagioglásio básico 0 até 6,0 0,5 10,0 a 20,0
Tabela 1. Teor de substâncias nutritivas que podem ser fornecidas
pela decomposição dos feldspatos
Adaptado de Vieira (1988)
A rocha matriz
2.1.2. Feldspatóides
• Neste grupo ocorre a leucita, rica em K2O;
• Minerais que liberam nutrientes em forma
prontamente assimiláveis pelas plantas;
A rocha matriz
Contituição Nefelita Leucita
SiO2 42,2% 55,0%
Al2O3 35,9% 23,5%
K2O - 21,5%
Na2O 21,9% -
Tabela 2. Composição (%) dos feldspatóides leucita e nefelita
Adaptado de Vieira (1988)
A rocha matriz
2.1.3. Piroxênios e anfibólios
• Minerais muito abundantes na crosta;
• Considerados entre os fornecedores de nutrientes essenciais paras plantas, devido aos elevados teores de Ca e Mg;
A rocha matriz
Componentes Augita Hornblenda
CaO 20 a 23% 10 a 12%
MgO 13 a 16% 12 a 20%
Tabela 3. Proporções (%) de cálcio e magnésio dos principais
representantes de piroxênios e anfibólios
Adaptado de Vieira (1988)
A rocha matriz
2.1.4. Micas
• Minerais de composição química variada e complexa;
• Destaques no grupo – moscovita e biotita (ricas em K);
Moscovita – resistente a decomposição (libera pouco K);
Biotita – decompõem-se facilmente sob a ação do intemperismo (libera muito K)
A rocha matriz
Tabela 4. Composição (% de peso) da biotita e moscovita
Adaptado de Vieira (1988)
Componente Teor médio (%)
Biotita Moscovita
SiO2 36,5 45,0
Al2O3 17,2 33,5
Fe2O3 8,2 1,8
FeO 14,5 0,6
MnO 0,6 0,05
MgO 8,7 0,8
CaO 1,0 0,4
Na2O 0,9 1,3
K2O 8,2 10,5
A rocha matriz
2.1.5. Olivinas e peridotos
• Decomposição complexa;
• Decomposição libera Mg e Fe;
A rocha matriz
2.1.6. Quartzo
• Pequena decomposição – inútil na nutrição de plantas;
• Importante por ser abundante e pela resistência ao intemperismo;
• Importante para determinação de propriedades físicas do solo – sua presença relaciona-se com a ocorrência de solos arenosos.
A rocha matriz
2.1.7. Apatita
• Principal fornecedor de P para as plantas,
devido a abundância e facilidade de
decomposição;
• Mineral + importante das rochas fosfatadas;
A rocha matriz
2.1.8. Pirita
• Sob ação da água, desdobra-se em sulfato ferroso, forma assimilável pelas plantas;
• A decomposição da pirita também produz ácido sulfúrico, de importante papel na decomposição de outros minerais;
• Importante salientar que excesso de ácido sulfúrico é nocivo as plantas e pode tornar o solo impróprio para agricultura.
A rocha matriz
3. O relevo
• Denota a configuração de superfície da terra;
• Importante para a formação dos solos e
desenvolvimento do perfil;
O relevo
• O relevo atua de 3 formas na modificação do perfil do solo:
i. Facilitando a absorção/retenção de água de precipitação no solo;
ii. Influenciando na remoção de partículas do solo pela erosão;
iii. Facilitando a movimentação de materiais em suspensão/solução para outras áreas.
O relevo
• O relevo está diretamente relacionado com
a ação da água de precipitação, no que diz
respeito:
i. Ao trabalho erosivo;
ii. Promovendo variação de temperatura e
drenagem;
O relevo
• A consequência dos eventos é a diferenciação entre solos
de terrenos declivosos e planos;
Onde a
espessura do
horizonte A do
solo é maior, em
áreas planas ou
declivosas?
Fonte: Vieira (1988)
O relevo
• Solos eluviais ou autóctones – solos de formação
local, onde não há contribuição de material
transportado de outros lugares;
• Solos coluviais – formados pela mistura da rocha
existente no local e partículas transportadas de
áreas mais altas;
• Solos aluviais – constituição do solo por materiais
provenientes da acumulação de resíduos de
áreas adjacentes, ou seja da bacia hidrográfica;
Solos alotóctones
O relevo
Esquema representativo dos diferentes solos em função da
declividade
O relevo
Aspecto de planície aluvial, com formação dos solos fortemente
influenciada pela declividade
O relevo
3.1. Drenagem x Desenvolvimento do solo
• > acúmulo de água:
Baixadas;
Depressões de terrenos ondulados;
• < acúmulo de água:
Solos coluviais.
O relevo
Consequências:
• Nos solos coluviais ocorre menor infiltração
da água, maior remoção de partículas em
suspensão e elementos químicos em
solução;
• Ocorre diminuição de espessura do
horizonte arável nos solos coluviais.
O relevo
Não esquecer:
• No processo erosivo, a força da enxurrada é
maior quanto mais intensa for a declividade;
O relevo
O relevo
Efeito da erosão na formação do perfil do solo
• Nas áreas planas:
Maior penetração da água;
Perfis + maduros, + profundos, com
horizontes espessos e bem delimitados.
O relevo
Aspecto de latossolo,
típico de áreas planas,
com clara diferenciação
dos horizontes e
considerável profundidade.
• Relevo:
Genericamente utilizado para diferenciar diferenças de altura/cota;
Necessária a determinação desta diferença para determinação de declividade e consequente classe de relevo;
O relevo
• Classe de relevo:
O relevo
Classe Característica do local Declives (%)
Plano Baixadas, tabuleiros, etc Até 3
Suave ondulado Meio-encosta 3 a 8
Ondulado Levemente amorrados
(50 a 100 m)
8 a 20
Forte ondulado, amorrado,
ou fracamente acidentado
Morro em meia laranja
(100 a 200 m)
20 a 45
Montanhoso Encostas de serras e
montanhas
45 a 75
Escarpado Escarpas Maior que 75
Adaptado de Vieira (1988)
O relevo
Mapa que apresenta as diferentes classes de relevo na bacia
hidrográfica Timbaúba, Brejo Paraibano
• Declividade:
Inclinação da superfície do solo com relação ao
plano horizontal, determinada a cada 100 metros;
Parâmetro analisado no estudo do solo e na
determinação da capacidade do uso da terra;
O relevo
• Classes de declividade:
O relevo
Classe Indicações de preparo
do solo
Declives (%)
A Podem ser arados em
todas as direções
Até 3
B Em curva de nível 3 a 8
C Em curva de nível +
proteção contra erosão
8 a 20
D Em curva de nível ou
tração animal
20 a 45
E Sem uso de máquinas ou
tração animal
45 a 75
F Não podem ser
cultivadas, são APP’s
Maior que 75
Adaptado de Vieira (1988)
• Classes de extensão do declive:
O relevo
Classe Extensão do declive em metros
Curta Abaixo de 100
Média 100 até 250
Longa 250 até 500
Muito longa Acima de 500
Adaptado de Vieira (1988)
• Uniformidade do declive:
Uniformes – quando características de forma se
repetem em combinação relativamente simples; Irregulares - quando as características de forma
ocorrem em combinações complexas, com várias inclusões;
O relevo
4. O tempo
• Número e desenvolvimento dos horizontes
denuncia a maturidade dos solos;
• Material parental = rocha matriz = sistema
em equilíbrio;
O tempo
Material parental = rocha matriz = sistema
em equilíbrio;
Sistema Instável
Novo estado de equilíbrio = solo maduro
O tempo
Contato com o meio ambiente
Mudanças de características e
propriedades
TEMPO
O tempo
• O tempo é o espaço necessário para a
rocha decomposta passar a agir como
solos!
• Velocidade de amadurecimento do perfil do
solo;
O tempo
Facilidade com que o material original se
decompôs
Energia de ação dos agentes formadores
• O tempo é uma variável dependente do
clima, relevo, atividade biológica e natureza
da rocha matriz;
• Você arriscaria dizer a idade ou tempo
necessário para desenvolvimento de um
solo?
O tempo
Representação do
amadurecimento do
solo no tempo.
• Condições climáticas são determinantes do
tempo curto de amadurecimento do solo em
regiões tropicais, quentes e úmidas;
Elevada energia na decomposição!
O tempo
5. A Biosfera
• Refere-se a camada de ação do complexo biológico, que contém organismos vivos e seus produtos, que se desenvolvem na camada + superficial da litosfera;
• Biosfera = Fitosfera + Zoosfera;
A biosfera
Organismos
como agentes
formadores de
solo
5.1. Fitosfera:
• Penetração do sistema radicular na litosfera, provocando transformação da rocha e dos minerais;
• Serve de escoadouro e/ou provoca deposição de materiais em suspensão;
A biosfera
• Processo de humificação e mineralização
das plantas mortas faz com que elementos
sejam fixados e outros lixiviados;
• Vegetação exuberante em solo originado de
rochas pobres – como explicar isso?!
• Ciclagem de nutrientes!!
A biosfera
Ciclagem de nutrientes promovida pelas árvores
• Fitosfera participa indiretamente da
formação do solo, na medida que “protege”
o solo do intemperismo (vento, chuva,
evaporação);
• Agente lento!!
A biosfera
Fitosfera (árvores) agindo como elemento de “proteção” do solo
ao intemperismo
5.2. Zoosfera:
• Animais que vivem no solo cavam galerias
e misturam os materiais dos diversos
horizontes;
• Carcaças e resíduos animais concorrem
para formação de húmus;
A biosfera
• Agentes + importantes = microorganismos!!
• Decomposição de resíduos orgânicos;
• Algas, fungos, bactérias e protozoários.
A biosfera
Representação esquemática da fauna do solo
Aspecto da ação dos fungos para
formação de agregados do solo
5.3. O homem como fator de formação:
• Manejo inadequado do solo levando a
erosão;
• “Produção” de solos férteis pelo uso da
tecnologia;
A biosfera
O homem modifica os fatores de formação do
solo pelo uso agrícola, considerando as
culturas implantadas, as práticas de manejo
do solo, fertilização, irrigação, etc.
A biosfera
Imagem de solo descoberto utilizado para cultivo de grãos, sujeito
a processo erosivo
Decréscimo dos níveis de matéria orgânica do solo, devido ao uso
intensivo e sem cuidados de conservação. Fonte: Silva et al. 1994
Consumo de fertilizantes no Brasil. Fonte: ANDA, 1998
Imagem de plantio sobre a palha em sistema Integração
Lavoura Pecuária (ILP)
5.4. Serrapilheira/Liteira e conteúdo de
matéria orgânica dos solos:
• A quantidade de material depositado sobre
o solo para formar húmus varia segundo a
densidade da população vegetal, que
depende da classe de vegetação que a
constitui!
A biosfera
Tabela 9. Produção de serrapilheira por m2 e estimativas de produção por planta e por hectare, para o bordão-de-velho (Samanea saman (Jack.) Merr.), em Campo Maior-PI, para a faveira (Parkia platycephala Benth.), em Altos-PI, e para o pau-ferro (Caesalpinea ferrea Mart. ex Tul), em Teresina-PI Espécie Produção
(g/m2) Área de
projeção de copa (m2)
Produção (kg/planta)
Produção (kg/há)
Bordão-de-velho 542,86 170,24 92,42 3.234,70 Faveira 311,7 188,99 58,91 1.826,21 Pau-ferro 594,24 42,32 25,15 3.546,15 Adaptado de Machado (2005)
Aspecto da serrapilheira do
bordão-de-velho (esquerda) e
da faveira (abaixo)
• A quantidade de nutrientes devolvido aos
solos a partir da matéria orgânica
(serrapilheira/liteira) é pequena, porem
importante para a nutrição das plantas;
A biosfera
Fonte: Vieira (1988)
Fonte: Vieira (1988)
5.5. Efeito das plantas nas propriedades dos solos:
• Propriedades do solo influenciadas pelas plantas:
Carbono orgânico;
Nitrogênio;
pH;
Densidade aparente = Massa de solo
Volume total de solo
A biosfera
5. O Clima
• Precipitação;
• Temperatura;
• Vento;
O Clima
• O Clima:
Age diretamente, degradando e
decompondo a rocha matriz;
Age indiretamente, determinando fauna e
flora;
O Clima
• Solo jovem (rocha matriz intacta)
• Solo maduro (rocha matriz alterada)
O Clima
Ação do clima
Ação do clima e da
vegetação
• Efeitos químicos: reações de hidrólise,
hidratação e oxidação – dependem da
umidade e temperatura (clima);
• Efeitos mecânicos: transporte e deposição
de materiais intemperizados – dependem
da umidade (clima);
O Clima
• Temperatura – segundo elemento +
importante do clima na formação do solo;
Ex.: Em regiões de precipitação semelhante
formam-se solos de perfis diferentes,
devido a diferenças quanto a temperatura;
O Clima
• Temperatura – diretamente relacionada com
a atividade dos micro-organismos do solo;
Efeito direto sobre a decomposição da
matéria orgânica do solo!
O Clima
• Balanço hídrico é + importante que temperatura e umidade na formação do solo
Precipitação – evapotranspiração*
* Perdas por evaporação e transpiração das plantas
O Clima
Importante
Fonte: Vieira (1988)
Fonte: Vieira (1988)
Fonte: Vieira (1988)
Fonte: Vieira (1988)
• Clima no desenvolvimento no perfil:
Regiões semi-áridas – salinização do solo;
Regiões de elevada precipitação –
acidificação do solo.
O Clima
Representação simplificada de processo de acidificação do solo
– observar a substituição da base (Ca2+) pelo H+ no colóide do
solo!
O Clima
6.1. Clima e formação das argilas
• As argilas, consideradas parte ativa do solo,
são resultantes da “destruição” de minerais
primitivos, são variáveis segundo a
condição climática.
O Clima
• O termo argila pode se referir:
Material originado no solo;
Tamanho da partícula do solo;
Atividade do solo.
Termos que
coincidem!
O Clima
• As argilas “formadas” a partir dos efeitos do clima:
Regiões temperadas – argilas silicatadas (montmorilonita e caolinita);
Trópicos e sub-trópicos – sesquióxidos de Fe e Al.
O Clima
6.2. Alteração alítica e sialítica
• Categorias de intemperização:
• Sialítica – intemperismo em menor
intensidade – forma solos com produtos os
silicatos de Al com regular percentagem de
bases trocáveis do solo (Ca, Mg,
principalmente);
O Clima
• Alítica – processo no qual os silicatos
complexos, devido ao rigor dos agentes
climáticos, desdobram-se em sílica e
hidróxidos de Fe e Al;
O Clima
• A decomposição de minerais e rochas é
conduzida no sentido da lixiviação dos
elementos + solúveis e acumulação de um
complexo coloidal constituído de sílica,
alumina e sesquióxidos de Fe, de acordo
com as condições climáticas;
O Clima
• Índice Ki – determina o grau de evolução do
solo ao demonstrar a proporcionalidade
entre sílica e alumina, indicando a fase em
que se encontra o solo, no processo
evolutivo:
Ki = 1,7x %SiO2
% Al2O3
O Clima
• Índice Kr – relação molecular da sílica e
sesquióxidos de Fe e Al:
Ki = 1,7x % Al2O3 + 0,6375 x % Fe2O3
O Clima
%SiO2
• Abaixamento do Ki indica eliminação da
sílica provocada pela hidrólise de minerais
(solo maduro) e relaciona-se com:
Quantidade de matéria orgânica do solo;
Clima;
Fases dos silicatos.
O Clima
Fonte: Vieira (1988)
Referencias Consultadas:
BRADY, N.C. Natureza e propriedades do solo.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. 878 p.
VIEIRA, L.S. Manual de ciência do solo com
ênfase aos solos tropicais. São Paulo:
Agronômica Ceres, 1988. 120 p.
OBRIGADO