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FORMAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA COORDENADORA: JOSIANE DE LIMA

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FORMAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA

COORDENADORA:

JOSIANE DE LIMA

Em grupo respondam as seguintes questões:1) Qual a diferença entre ser alfabetizado e letrado?

2) Como alfabetizar “letrando”?

3) Podemos tornar nossos alunos letrados sem trabalharmos com gêneros textuais? Explique.

4) Nessa perspectiva qual é o objeto de estudo da Língua Portuguesa? Por quê?

ALFABETIZAÇÃO – É a Aprendizagem do sistema de escrita alfabético, é o processo decifrativo do código na leitura e o processo composicional do código na escrita.

LETRAMENTO – Uso efetivo da leitura e da escrita, em todas as práticas sociais em que estas se fazem presentes.

Apesar de serem ações distintas são indissociáveis, pois não se pode esquecer que o domínio da língua escrita envolve dois aspectos fundamentais: o domínio do código –convencionado pela construção social e histórica dos homens e a prática de leitura e produção de textos reais.

O ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.

Desse modo, a língua “real” é o objeto de estudo da área de Língua Portuguesa, por meio dos gêneros textuais.

Sendo assim,além de praticar momentos de leitura, produção e reestruturação de texto, estudo sobre a função social do Gênero e seu modo composicional, realiza-se atividades de ensino sistemático da escrita alfabética, enfocando palavras e refletindo sobre suas unidades menores.

Atividade em grupo:

1) Discutam sobre as Práticas Metodológicas de Língua Portuguesa . Quais são elas e qual a importância de cada uma no processo de alfabetizar e letrar.

AS QUATRO PRÁTICAS DE METODOLOGIA DE LÍNGUA PORTUGUESA.

LEITURA: 1ª Prática - Atividade essencial para que o aluno ( leitor ou não do SEA se aproprie do gênero, ou seja, signifique a escrita).

Por meio dessa prática o gênero é

apresentado ao aluno para que este possa

atribui-lhe sentido. Cabe ao professor então

apresentar o gênero sempre aos alunos, pois

pressupõe-se que o professor seja um leitor

proficiente. E portanto, capaz de atribuir sentido a

um determinado texto durante e depois da leitura

deste.

ANÁLISE LINGUÍSTICA DO TEXTO : 2ª Prática A análise lingüística do texto tem a

função de ensinar os elementos que garantem textualidade e esta se constrói a partir dos elementos de coesão e coerência textual.

Nesta Prática, portanto analisam -se os elementos "construtores de determinado gênero: tempo e pessoa verbal, elementos de coesão, pronomes, preposições, gênero e numeral, adjetivação, uso de maiúsculas, pontuação, paragrafação.

COESÃO: é a forma como os elementos de um texto se interligam. Comporta o conjunto de elementos linguísticos que permitem a um enunciado falado ou escrito ser um texto. (a ligação no interior das

frases e entre as frases).

COERÊNCIA: pode ser definida como propriedade

centrada no texto, uma vez que este faça sentido para o receptor

e também como construção de sentidos que se estabelece no

sujeito - leitor quando da interação com o texto. ( Relação de

sentido,garante que o texto possa ser interpretado).

ANÁLISE LINGUÍSTICA DA PALAVRA: 3ª Prática Como afirma Soares (2004) " Dissociar alfabetização e

letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas lingüísticas e psicolingüísticas da leitura e escrita, a entrada da criança ( e também do adulto analfabeto ) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do Sistema convencional da escrita [ ... ] e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita.

Sendo assim, a análise linguística da palavra deve incluir o trabalho com as unidades menores da escrita, não só no início da alfabetização como também em todos os anos do ensino Fundamental. O trabalho das relações fonema- grafema deve produzir no aluno a identificação e o emprego das relações padronizadas (a escrita ortográfica).

PRODUÇÃO E REESTRUTURAÇÃO DE TEXTO: 4ª Prática Assim como a Leitura e a Análise Linguística

do texto a produção e a reestruturação de gêneros textuais devem considerar o gênero como objeto de estudo, ou seja, os gêneros são a manifestação da prática social humana, mediada pela linguagem e inserida em diferentes contextos de produção e interlocução.

A produção de texto representa, neste contexto o uso da linguagem escrita de modo reflexivo. Ela possibilita ao aluno pensar e usar a língua e a organizá-la de diferentes formas. Sendo assim, quanto maior for a oportunidade que o aluno tenha para escrever e refletir sobre o que escreveu, maior será a aprendizagem da escrita.

A capacidade de escrita se aprende na prática da escrita em suas diferentes modalidades portanto, cabe ao professor promover a reestruturação dos diferentes gêneros textuais. A atividade de reestruturação de textos escritos exige o envolvimento de alunos e professor, sendo que este último lança mão de seus conhecimentos para mediá-la e sistematizá-la, tanto na apropriação do Sistema de escrita alfabética quanto dos princípios de coesão e coerência textual.

Desde o início da escolarização o aluno precisa ouvir leituras, tentar ler e escrever coisas significativas. Mesmo antes de saberem grafar de próprio punho, as crianças são capazes de criar textos, e essa capacidade precisa ser explorada pedagogicamente.

Tal prática possibilita a percepção das semelhanças e diferenças entre língua oral e língua escrita, da organização do texto no espaço físico ( uso das linhas e sinais de pontuação, segmentação das palavras), além de suas características textuais ( coerência, coesão, paragrafação) e discursivas ( função social,suporte onde será veiculado,grau de formalidade).