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Monografias do Curso de Fisioterapia da Unioeste n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265 JULIANA MONTIJO PINTO ROSA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS CASCAVEL - PR 2005

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Monografias do Curso de Fisioterapia da Unioesten. 01 – 2005 ISSN 1675-8265

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS

CASCAVEL - PR2005

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁCENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FISIOTERAPIA

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Cascavel como requisito parcial para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.

Orientadora: Profª Maiza Ritomy Ide.

CASCAVEL - PR2005

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TERMO DE APROVAÇÃO

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS.

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtençãodo título graduado em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Profº. Eduardo Alexandre Loth.Coordenador do curso

BANCA EXAMINADORA

.......................................................................Orientadora: Profª Maiza Ritomy Ide

Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE

........................................................................Profº Gladson Ricardo Flor Bertolini.

Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE

........................................................................Profª Francyelle Pires dos Santos Suzin. Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE

Cascavel, 23 de novembro de 2005.

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“A felicidade que a humanidade pode ter não está no prazer mas no alívio da dor”.

Jhon Dryden

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Raquel e Wantuil, pelo apoio, incentivo e esforços realizados para

que eu alcance meus objetivos e persista na busca pelos meus ideais.

Ao meu namorado Fernando Thöming, pelo carinho, companheirismo, paciência e

amizade que dividiu comigo a cada etapa desta realização.

À Profª Maiza pela ajuda com seu conhecimento e dedicação na orientação deste

trabalho.

As minhas amigas Anna Paula, Cássia, e Luana por estarem presentes nos bons

momentos, nas horas difíceis e por sempre me apoiarem...guardarei vocês por toda

vida!!!

A todas pessoas que diretamente ou indiretamente colaboraram para realiazação

deste trabalho...

Em especial Claudia, Márcia, Izabela, Nayara, Andrey, Alessandra, Vanessa, Poli,

Laís, Giovana, Carine, Rafael, Fran, Rafaela, Carol e Suelen sem eles com certeza

esse trabalho não existiria.

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RESUMO

A fibromialgia é uma patologia crônica, caracterizada por dor, distúrbios do sono e intestino, fadiga, rigidez matinal, ansiedade e dispnéia. Objetivou-se com esse estudo detectar alterações na força muscular respiratória e presença de dispnéia, bem como verificar a correlação destes com parâmetros subjetivos (ansiedade, fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia. Foram avaliadas 31 mulheres com diagnóstico clínico de fibromialgia. Os indivíduos foram submetidos a avaliação da dor e dispnéia por escalas análogas e também responderam questionários para avaliação da capacidade funcional (FIQ) e fadiga (Escala de Severidade da Fadiga). Foram avaliadas ainda as pressões respiratórias máximas. Apenas seis indivíduos não relataram dispnéia. Os indivíduos apresentaram redução das pressões respiratórias máximas, tanto PEmáx quanto PImáx. Verificou-se correlação da dispnéia com FIQ total (p = 0,01), função física (p =0,01), depressão (p = 0,03), ansiedade (p=0,03), rigidez (p= 0,01), dor (p=0,05). Verificou-se correlação da PImáx com PEmáx (p = 0,01), ansiedade (p = 0,01), dor (p = 0,03), rigidez (p = 0,05). Conclui-se que indivíduos com fibromialgia apresentam redução na força muscular respiratória. Apresentam também dispnéia, possivelmente causada por distúrbios psicossomáticos e não somente por alterações respiratórias. Palavras chaves: Fibromialgia, dispnéia, força muscular respiratória

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ABSTRACT

The fibromyalgia is a chronic pathology, characterized by pain, sleep and bowel disturbances, fatigue, morning stiffness, anxiety and dyspnea. This research aim to investigate changes in the respiratory muscle strength and the presence of dyspnea, as well as to verify the correlation between these parameters with subjective findings (as anxiety, fatigue, pain and functional capacity) in subjects with fibromyalgia. Thirty-one women with clinical diagnosis of fibromyalgia were assessed. The subjects were submitted to pain and dyspnea assessment, through analogous scales and also answered questionnaires about their functional capacity (FIQ) and fatigue (Fatigue Severity Scale). The maximum respiratory pressures were still measured. Only 6 subjects did not present dyspnea. The subjects presented reduction in the respiratory muscle strength (both inspiratory and expiratory maximum pressures – IP and EPmax). It was verified correlation of the dyspnea with functional capacity (p = 0.01), physical function (p = 0.01), depression (p = 0,03), anxiety (p=0,03), stiffness (p = 0.01) and pain (p=0,05). One verified correlation of the IPmáx with EPmáx (p = 0.01), anxiety (p = 0.01), pain (p = 0,03) and stiffness (p = 0,05). Subjects with fibromialgia have reduction in the respiratory muscle strength. They also present dyspnea, probably due to psychosomatic disturbances and not only due to respiratory changes.

Key-words – fibromyalgia, dyspnea, respiratory muscle strength

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................................09LISTA DE ILUSTRAÇÕES........................................................................................10LISTA DE TABELAS.................................................................................................11

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................121.1Objetivos..............................................................................................................14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................152.2Definição..............................................................................................................152.3História da Fibromialgia.....................................................................................162.4Etiologia...............................................................................................................172.5Etiopatogenia......................................................................................................182.5.1Distúrbio do Sono............................................................................................182.5.2 Distúrbio Musculoesquelético..........................................................................202.5.3 Distúrbio Imunológico......................................................................................212.5.4 Distúrbio Neurossomático...............................................................................212.5.5 Distúrbio Cronobiológico.................................................................................222.6 Quadro Clínico....................................................................................................222.6.1 Avaliação da Dor.............................................................................................252.6.2 Avaliação da Ansiedade..................................................................................262.7 Tratamento..........................................................................................................272.7.1 Tratamento Farmacológico..............................................................................282.7.2 Tratamento Fisioterapêutico............................................................................29

3 MECÂNICA DA VENTILAÇÃO..............................................................................323.1 Fibromialgia e Função Respiratória.................................................................35 3.1.1 Força Muscular Respiratória de Indivíduos com Fibromialgia........................363.1.1.1 Avaliação da Força Muscular Respiratória...................................................373.1.2 Dispnéia...........................................................................................................403.1.2.1 Avaliação da Dispnéia...........................l.......................................................41

4 CAPACIDADE FUNCIONAL NA FIBROMIALGIA................................................434.1 Avaliação da Capacidade Funcional................................................................43

5 METODOLOGIA....................................................................................................455.1 Participantes.......................................................................................................455.2 Avaliação.............................................................................................................465.2.1 Força Muscular Respiratória...........................................................................465.2.2 Dispnéia...........................................................................................................485.2.3 Capacidade Funcional.....................................................................................495.2.4 Dor...................................................................................................................495.2.5 Ansiedade........................................................................................................505.2.6 Fadiga..............................................................................................................50

5.3 Análise dos dados............................................................................................51

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6 RESULTADOS......................................................................................................52

7 DISCUSSÃO.........................................................................................................66

CONCLUSÃO............................................................................................................69

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................70

APÊNDICE A - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA...................74

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............78

ANEXO A - TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA.............................76

ANEXO B - VISUAL ANALOGUE SCALE................................................................80

ANEXO C - FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE..................................... 82

ANEXO D - ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON...........................................84

ANEXO E - ESCALA DE SEVERIDADE DA FADIGA..............................................87

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACR - American College of Rheumatology

cmH2O - Centímetros de Àgua

EPE - Erro Padrão

EVN - Escala Visual Análoga Numérica

FIQ - Fibromyalgia Impact Questionnaire

LIN – Limite Inferior de Normalidade

PImáx - Pressão Inspiratória Máxima

PEmáx - Pressão Expiratória Máxima

VAS - Visual Analogue Scale

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Ciclo vicioso da dor................................................................................19FIGURA 2 - Localização dos 18 pontos dolorosos em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................24FIGURA 3 - Mecânica respiratória: inspiração e expiração.......................................34FIGURA 4 - Avaliação da força muscular respiratória ..............................................47 GRÁFICO 1 - Correlação entre Dispnéia e PImáx (cmH2O) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................55GRÁFICO 2 - Correlação entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................56GRÁFICO 3 - Correlação entre dispnéia e função física em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................57GRÁFICO 4 - Correlação entre dispnéia e dor (FIQ) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................58GRÁFICO 5 - Correlação entre dispnéia e rigidez (FIQ) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................59GRÁFICO 6 - Correlação entre dispnéia e ansiedade (FIQ) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................60GRÁFICO 7 - Correlação entre dispnéia e depressão (FIQ) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................61GRÁFICO 8 - Correlação entre PImáx (cmH2O) e PEmáx em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................62GRÁFICO 9 - Correlação entre PImáx e ansiedade em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................63GRÁFICO 10 - Correlação entre PImáx e dor em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................64GRÁFICO 11 - Correlação entre PImáx e rigidez (FIQ) em indivíduos com fibromialgia.................................................................................................................65

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Estimativa dos limites de normalidade para PImáx e PEmáx, de acordo com a idade ...............................................................................................................48TABELA 2 - Escores PImáx e PEmáx (cmH2O)............................... ........................53 TABELA 3 - Correlação entre as variáveis estudadas..............................................54

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1 INTRODUÇÃO

A fibromialgia é uma síndrome dolorosa difusa não–inflamatória, não auto-

imune e crônica (duração maior que três meses) de etiologia desconhecida (WEST,

2001). Caracteriza-se por dores musculares difusas crônicas em sítios dolorosos

específicos (tender points), associados freqüentemente à presença de fadiga,

distúrbios do sono e disfunção intestinal. Outros sintomas são encontrados,

provavelmente decorrente dos sintomas primários, como ansiedade, dispnéia e

depressão (MARTINEZ et al. 1992).

Indivíduos com fibromialgia apresentam um grau significativamente mais alto

de ansiedade quando comparados com controles normais ou outras condições

dolorosas tais, como artrite reumatóide. Por sua vez, sabe-se que indivíduos

ansiosos tendem a respirar disfuncionalmente e tendem a apresentar padrão

respiratório predominantemente torácico com envolvimento diafragmático mínimo

podendo exarcebar, causar ou agravar os sintomas da fibromialgia (UVEGES, et al.

1990).

As repercussões de respiração com tendência a hiperventilação podem

comprometer gravemente as estruturas musculoesqueléticas envolvidas, além da

possibilidade de produzir influências disfuncionais diversas (CHAITOW, 2002).

Sabe-se que indivíduos com fibromialgia apresentam pressões respiratórias

máximas abaixo do esperado, indicando redução na força muscular respiratória.

Esta é encontrada especialmente naqueles indivíduos que referem dispnéia

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(sensação subjetiva de falta de ar) (ÖZGÖCMEN, CIMEN e ARDICOGLU, 2002;

MARTINS e AMARAL, 2003). A dispnéia é um sintoma comum na prática médica,

referida por indivíduos com moléstias dos aparelhos respiratório, cardiovascular e

indivíduos com quadros psicogênicos (MARTINEZ, PADUA e TERRA, 2004).

Pouco se estuda a respeito das alterações respiratórias em indivíduos com fi-

bromialgia, sendo necessário a determinação de alterações nas pressões respiratóri-

as máximas e presença ou não de dispnéia nesses indivíduos. Alterações nas pres-

sões respiratórias máximas e dispnéia podem ser precipitadas ou agravadas pela

presença de outros sintomas como dor, fadiga, ansiedade e alterações da capacida-

de funcional. A verificação destas alterações são importantes para que se determine

o enfoque fisioterapêutico para esses indivíduos.

1.1Objetivos do Estudo

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•Detectar alterações na força muscular respiratória em indivíduos com fibromialgia;

•Verificar a prevalência de dispnéia e sua correlação com parâmetros subjetivos

(ansiedade, fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia;

•Verificar a correlação entre força muscular respiratória e parâmetros subjetivos

(ansiedade, fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia;

•Verificar a correlação entre dispnéia e força muscular respiratória em indivíduos

com fibromialgia

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição

Segundo WEST (2001) a fibromialgia é uma síndrome dolorosa difusa não

inflamatória, não auto-imune e crônica (duração maior que três meses), de etiologia

desconhecida, com presença de tender points característicos ao exame físico.

Acomete preferencialmente mulheres e é caracterizada por dores

musculares difusas crônicas em sítios dolorosos específicos. Associada

freqüentemente a distúrbios do sono, fadiga, cefaléia crônica, distúrbios psíquicos e

intestinais funcionais (MARTINEZ et al. 1992).

A dor difusa parece ter origem nos músculos, articulações ou ambos.

Pode ser confundida nos estágios iniciais com artropatias inflamatórias, como artrite

reumatóide. A dor muscular envolve tipicamente a região cervical e lombar, com

presença de rigidez matinal, melhora e piora sem razões aparentes. Podendo piorar

com exercícios vigorosos, cessação repentina de atividade física, mudança no

padrão de sono, estado emocional ou coexistência de outras patologias

(GREMILION, 1998), como enxaqueca, cólon irritável, síndrome uretral feminina e

tensão pré-menstrual (HAUN, FERRAZ e POLLAK, 1999).

2.2 História da Fibromialgia

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Durante muitas décadas, a fibromialgia não foi aceita como uma entidade

clínica distinta. Conceituavam-na ora como distúrbio psicológico, ora como síndrome

dolorosa regional. Essas divergências revelavam que a doença parecia diferente a

cada observador (HAUN, FERRAZ e POLLAK, 1999).

Em 1971, Smythe e Moldofsky (desenvolveram os primeiros critérios

diagnósticos para a fibromialgia. Esse estudo provocou o aparecimento de uma série

de publicações científicas de critérios diagnósticos, contribuindo para aumentar o

interesse sobre a fibromialgia. No entanto, os vários critérios propostos

apresentavam problemas metodológicos e de aplicação clínica e nenhum dos

grupos de critérios foi testado entre os vários centros de estudo (WOLFE et al.

1990).

Wolfe et al. (1990) após realização de um estudo envolvendo 16 centros de

estudos em fibromialgia do Canadá e Estados Unidos, publicaram uma proposta de

critérios para classificação da fibromialgia. De acordo com o estudo do American

College of Rheumatology (1990), os critérios ficaram restritos à história de dor,

difusa, dor em 11 de 18 pontos dolorosos pré-determinados à palpação digital com

pressão aproximada de 4 kgf. Os resultados deste estudo demonstraram

sensibilidade de 88,4 % e especificidade de 81,1 %, em relação a outras doenças

reumatológicas.

2.3 Etiologia

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A prevalência da fibromialgia na população adulta geral é de provavelmente

0,5 a 5 % (WEST, 2001). A fibromialgia ocorre predominantemente no sexo

feminino. Somente de 5 a 20 % dos indivíduos são do sexo masculino. A idade varia

de 40 a 50 anos e a média de duração do sintoma é de seis a sete anos, quando os

indivíduos se apresentam à clínica reumatológica (KAZIYAMA, 1998). Esta patologia

é verificada isoladamente ou associada a outras patologias reumáticas, como artrite

reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, entesopatias e doenças endócrinas ou

metabólicas, como hipertireoidismo, hipotireoidismo, osteoporose e outras (ATRA,

POLLAK e MARTINEZ, 1993).

Segundo West (2001) apesar de os indivíduos freqüentemente não

relatarem eventos precipitantes prévios ao início da fibromialgia, a doença é

ocasionalmente precedida por uma síndrome viral aguda, trauma físico ou

emocional, síndrome dolorosa localizada diagnosticada como síndrome dolorosa

miofacial, ou suspensão de certos medicamentos (particularmente glicocorticóides).

Embora seja possível que tais distúrbios possam precipitar fibromialgia, é menos

provável que desempenhem uma função primária na manutenção ou na

fisiopatologia da síndrome.

A fibromialgia é de distribuição universal, sem predileção por raça. Não há

estudos comparando áreas rurais e urbanas, nem regiões com diferentes condições

socioeconômicas e mesmo culturais (FELDMAN, 1998).

2.4 Etiopatogenia

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A etiopatogenia da fibromialgia ainda é desconhecida e, como em outras sín-

dromes, provavelmente deve ser multifatorial, com a possibilidade de predisposição

genética seguida de uma única experiência traumática importante (física ou psicoló-

gica) ou de uma infecção (viral como de costume), ou de um efeito composto de es-

tresses múltiplos de menor importância. Diversas hipóteses tentam dar plausibilida-

de biológica à patologia (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993; CHAITOW, 2002).

2.4.1 Distúrbio do Sono

Uma das teorias para o início da fibromialgia é que a maioria dos indivíduos

não desenvolverão fibromialgia a menos que haja associado uma anomalia nas

ondas alfa-delta do sono, que irá alterar a secreção do hormônio do crescimento.

Como o hormônio do crescimento é essencial para a reparação muscular normal e

homeostase, uma combinação de uma deficiência neste sentido levaria o indivíduo a

diminuir sua atividade física e ter dificuldades em realizar suas tarefas diárias, com

aumento da ansiedade, estresse e contraturas musculares. Estas alterações

levariam à dor, acentuando ainda mais as dificuldades de um sono restaurador.

Dessa forma, o ciclo vicioso da dor estaria estabelecido como demonstrado na

Figura 1, levando a uma tendência repetitiva para lesão tecidual pode ser o cenário

para o início da dor muscular crônica (CHAITOW, 2002; LIPHAUS et al. 2001).

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Figura 1 - Ciclo vicioso da dor (modificado de SHERRY,1998)

Segundo Kakiyama et al. (2001) quando os indivíduos são submetidos à

privação do estágio quatro do sono não-REM, com intrusão das ondas alfa no sono

delta, podem apresentar sintomas musculoesqueléticos e alterações do humor

similares às da fibromialgia. Porém indivíduos com bom condicionamento

cardiorrespiratório, quando submetidos à privação do estágio quatro não-REM,

apresentam queixa de fadiga, mas não apresentam dor no corpo, sugerindo que a

atividade física de alguma maneira protege os indivíduos contra a dor crônica

generalizada.

O problema de despertar durante o sono é um sintoma encontrado em 80 % a

100 % de todos indivíduos com fibromialgia. A melhora da qualidade do sono deve

reduzir a gravidade dos sintomas experimentados por indivíduos com fibromialgia

(BATES e HANSON, 1998).

2.4.2 Distúrbio Musculoesquelético

Apesar de nenhuma alteração muscular global ter sido demonstrada, estudos

sugerem que o músculo muda focalmente devido à redução dos fosfatos de energia,

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fibras lesadas difusamente, mudanças focais na tensão de oxigênio e faixas de

contração repetitivas (CHAITOW, 2002). Estes estados alterados do músculo podem

derivar de microtrauma muscular, seguidos de exercícios não habituais. É

considerado que um polimorfismo genético exista na suscetibilidade para

microtrauma e os indivíduos com fibromialgia estão no extremo desta curva. Assim

sendo, uma alteração muscular focal, decorrente de uma baixa perfusão capilar,

levaria liberação de substâncias álgicas (substância P, bradicinina, íons potássio,

prostaglandinas) que sensibilizariam os nociceptores, levando à dor (CHAITOW,

2002; LIPHAUS et al. 2001).

2.4.3 Distúrbio Imunológico

A hipótese da disfunção imunológica acredita que “algo” provoca no sistema

imune respostas excessivas, resultando no aumento da produção de citocinas

(CHAITOW, 2002).

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2.4.4 Distúrbio Neurossomático

A hipótese neurossomática propõe que a fibromialgia depende de uma

suscetibilidade genética variável. Se for forte, sintomas neurossomáticos aparecerão

cedo na vida. Se for fraco, outros fatores serão necessários para o desenvolvimento

da síndrome (CHAITOW, 2002).

2.4.5 Distúrbio Cronobiológico

A hipótese cronobiológica sugere que a fibromialgia é o resultados de ritmos

biológicos alterados, incluindo funções fisiológicas diurnas, influências ambientais

sazonais e psicossociais e influências comportamentais (CHAITOW, 2002).

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2.5 Quadro Clínico

O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico, já que os exames

laboratoriais e os estudos radiológicos são normais nestes indivíduos (CHAITOW,

2002). Portanto estes são utilizados para excluir patologias que possam mimetizar a

fibromialgia e investigar possíveis condições associadas (WEST, 2001). Ressalta-se

que é imprescindível uma anamnese e um exame físico detalhado para identificar os

sinais e sintomas característicos da fibromialgia (CHAITOW, 2002).

A definição de fibromialgia conforme apresentada pelo American College of

Rheumatology - ACR (1990) é a seguinte:

1.Uma história de dor generalizada por pelo menos três meses. A dor é considerada

generalizada quando todos os seguintes sintomas estão presentes: dor no lado

esquerdo e direito do corpo, abaixo da cintura e acima da cintura. Além disso, deve

haver dor axial (coluna cervical ou parte anterior do peito ou coluna torácica ou

lombar).

2.Dor (com indivíduo relatando “dor” e não apenas sensibilidade) em 11 de 18

pontos sensíveis quando submetidos à pressão digital envolvendo 4 Kgf de pressão.

As localizações são todas bilaterais conforme demonstrado na Figura 2, e são

situadas:

•Suboccipitais – na inserção do músculo suboccipital, bilateral.

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•Cervical baixo – atrás do terço inferior do músculo esternocleidomastóideo,

correspondendo ao ligamento intertransverso de C5-C7, bilateral.

•Trapézio – ponto médio da borda superior, bilateral.

•Supra-espinhoso – acima da espinha da escápula e próximo à borda medial, na

origem do músculo supra-espinhoso, bilateral.

•Segunda junção costocondral – lateral à junção, na origem do músculo peitoral

maior, bilateral.

•Epicôndilo lateral – 2 cm distal ao epicôndilo, bilateral.

•Glúteo – no quadrante superior externo da nádega, na porção anterior do músculo

glúteo médio, bilateral.

• Trocantérico – posterior à proeminência do trocanter, bilateral.

• Joelho – no coxim gorduroso, na linha medial do joelho, bilateral.

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Figura 2 - Localização dos 18 pontos dolorosos em indivíduos com fibromialgiaFonte: <www.med-help.net/imageTCQ.JPG>.

Além das características essenciais para a sua classificação, as

manifestações clínicas da fibromialgia exibem uma constelação tão variada de

sintomas que formam um quadro característico, dificilmente simulado por outras

condições (SILVA, PELEGRINO e COELHO, 1997). O principal sintoma é dor

muscular generalizada, freqüentemente acompanhada de rigidez, fadiga e

anormalidades do sono. Manifestam-se em períodos intermitentes de melhora e

piora, tornando-se mais intensos durante alguns meses e depois estabilizando-se,

de modo que a incapacidade física, em graus variados, está sempre presente

(KAZIYAMA et al. 2001).

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Pode apresentar ainda outras anormalidades sensitivas, neurovegetativas e

cognitivas, representadas por ansiedade, depressão, cefaléia, síndrome do cólon

irritável, cistites de repetição, dismenorréia, sensibilidade ao frio, déficits de memória

e de concentração, fenômeno de Raynaud e hiperemia cutânea (KAZIYAMA et al.

2001).

Enfim, queixas das mais diversas naturezas que, quando apresentadas a

médicos não familiarizados com fibromialgia, geralmente significam investimento

inútil de tempo e recursos em exames, numa tentativa de encontrar explicações para

queixas psicossomáticas (SILVA, PELEGRINO e COELHO, 1997).

2.5.1 Avaliação da Dor

Os instrumentos para mensurar a dor podem ser unidimensionais ou

multidimensionais (SERRANO, 2002).

Escalas unidimensionais avaliam somente uma das dimensões da experiência

dolorosa, e dentre as mais usadas, destacam-se as Escala Visual Análoga Numérica

(EVN), graduada de zero a 10, nas quais zero significa ausência de dor e 10, a pior

dor imaginável (SERRANO, 2002). A Visual Analogue Scale (VAS) submete ao

indivíduo uma linha não graduada, na qual uma das extremidades corresponde a

ausência de dor, e na extremidade opostas a pior dor imaginável (SERRANO, 2002).

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2.5.2 Avaliação da Ansiedade

A ansiedade é uma sensação de intranqüilidade, apreensão e medo, marcada

por sinais corporais como sudorese, tensão muscular e taquicardia. Esta sensação é

comum e é considerada um sintoma secundário da fibromialgia e freqüentemente

grave (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).

A Escala de Ansiedade de Hamilton para avaliação da ansiedade foi proposta

por Hamilton em 1959. Constituída por categorias de sintomas mediante os quais se

explora a ansiedade como tensão, sintomas neurovegetativos e somáticos (BECH,

KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).

A Escala de Ansiedade de Hamilton é utilizada com freqüência para avaliação

de ansiedade generalizada, é composta de 14 questões com pontuações de zero a

quatro (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).

A avaliação é realizada mediante entrevista, através de perguntas realizadas

aos indivíduos a respeito dos sintomas apresentados em relação a semana anterior

a da aplicação do questionário (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).

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Essa escala foi desenvolvida para obter valores quantitativos da ansiedade e

para estudo da evolução clínica da patologia durante o tratamento (BECH,

KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).

2.6 Tratamento

Inúmeros tratamentos têm sido propostos visando a remissão do quadro

clínico. O objetivo desses tratamentos é a eliminação dos “tender points",

restauração da amplitude de movimento e força muscular normal, eliminação da dor,

controle das anormalidades do humor, melhora da função do organismo e

reintegração psicossocial, necessário uma educação para o indivíduo prevenir e lidar

com as recorrências e também bloquear os fatores precipitantes e/ou perpetuantes

(KAZIYAMA et al. 2001; SOUZA, FORGIONE e ALVES, 2000).

Mas, ainda há muitas divergências nos resultados de diferentes estudos,

sugerindo uma análise crítica dos mesmos e uma maior preocupação com as

metodologias empregadas (SOUZA, FORGIONE e ALVES, 2000).

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2.6.1 Tratamento Farmacológico

A abordagem de tratamento mais difundida para a fibromialgia envolve o uso

de vários agentes farmacológicos (CHAITOW, 2002).

Os antidepressivos tricíclicos têm sido investigados no tratamento da

fibromialgia. Seu benefício parece estar relacionado com a capacidade de melhora

na depressão e aumento na quantidade de serotonina no sistema nervoso central

levando a um aumento na fase de sono de onda delta, com algum efeito específico

na modulação da dor (CHAITOW, 2002, ANTONIO, 2001).

Moldofsky e Lue (1980) avaliaram o efeito de 100 mg de clorpromazina ou 5 g

de L-triptofano em indivíduos com fibromialgia. A clorpromazina foi superior ao

triptofano na melhora da qualidade do sono, intensidade da dor e na qualidade do

humor.

Analgésicos utilizados em indivíduos com fibromialgia têm por objetivo

interromper o ciclo “dor - espasmo muscular”. Já foram testados o acetaminofem, o

propoxifeno, a codeína e combinações dessas drogas. Porém, não houve resultados

benéficos, pois entre outras razões, não são encontrados espasmos musculares

(ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).

Embora os antiinflamatórios não hormonais sejam as drogas mais utilizadas

na fibromialgia, não são consideradas eficientes. Seu uso é preconizado somente

por suas propriedades analgésicas, já que não existem evidências de inflamação na

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fisiopatologia e quadro clínico dessa síndrome. Não se deve esquecer que, quando

existem outras patologias associadas à fibromialgia, estas deverão ser tratadas

independentemente (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).

A utilização dos benzodiazepínicos é contra-indicada, em primeiro lugar,

devido à falta de trabalhos com essas drogas. Em segundo lugar, pois embora a

ansiedade e a somatização possam fazer parte do quadro da fibromialgia, sua

fisiopatologia ainda é controvertida. Esses compostos aumentam a freqüência de

ondas alfa de vigília nas fases III e IV do sono não - REM, provocando sono não

reparador (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).

2.6.2 Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia não deve ser somente um meio de alívio da dor, mas também

de restauração da função e de estilos de vida funcionais, promovendo o bem-estar e

a qualidade de vida dos indivíduos com fibromialgia. É importante que o indivíduo

seja um elemento ativo em seu tratamento e que metas mútuas sejam estabelecidas

entre o fisioterapeuta e o indivíduo logo no início do tratamento (CHAITOW, 2002).

Segundo Marques et al. (2002) a terapia manual pode ser um recurso

importante no tratamento da fibromialgia, dadas às propriedades fisiológicas e

psicológicas e maior interação entre o fisioterapeuta e o indivíduo. Um estudo

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avaliou a efetividade da quiropraxia – uma técnica de terapia manual – no

tratamento de indivíduos com fibromialgia. Os autores constataram que os

indivíduos obtiveram aumento da mobilidade, flexibilidade e melhora da dor (BLUNT

et al. 1997).

Outro recurso terapêutico é a acupuntura, que de forma geral, apresenta

excelentes resultados no tratamento da dor. Um dos principais especialistas no uso

da acupuntura para alívio da dor, Baldry (1993) afirma que a acupuntura é o

tratamento escolhido para lidar com a síndrome da dor miofascial ou com problemas

de ponto-gatilho. O autor declara que a dor da fibromialgia - parecia ser causada por

alguma substância nociva ainda não identificada na circulação, dando origem à

hiperatividade neural dos pontos sensíveis e dos pontos-gatilhos – tem um curso

prolongado e por meio da acupuntura suprimir esta hiperatividade neural por

períodos curtos (BALDRY, 1993).

Baldry (1993) acredita que é necessário repetir o tratamento a cada duas ou

três semanas por meses, ou até mesmo por anos. Porém não demonstrando

resultados satisfatórios. Entretanto, alguns indivíduos insistem que há melhora na

qualidade de vida. Sabe-se que o alívio da dor durante semanas seguidas e a

melhora da qualidade de vida parece ser um objetivo almejado por todos

(CHAITOW, 2002).

Os exercícios físicos, de forma geral, são considerados benéficos para os

indivíduos com fibromialgia, não são constatadas evidências que explicam os

mecanismos pelos quais os exercícios atuam no sentido de aliviar o sintoma

primário desta síndrome, ou seja, a dor (MARQUES et al. 2002).

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Segundo Marques et al. (2002) os programas de exercícios aeróbicos no

tratamento de indivíduos com fibromialgia são freqüentes. A maioria dos estudos

mostram resultados benéficos. Entretanto, é difícil a sua comparação, em virtude da

divergência dos protocolos de exercícios aplicados. Os exercícios aeróbicos são

realizados de diversas maneiras, incluindo a caminhada, natação, bicicleta e jogos

em grupo. Porém, exercícios de baixa intensidade são os mais eficazes, produzindo

diminuição do impacto da fibromialgia na qualidade de vida dos indivíduos.

Os programas de condicionamento cardiorrespiratório também estão

presentes no tratamento da fibromialgia. Incluem-se nestes programas exercícios de

alongamento, fortalecimento muscular e aeróbicos (MARQUES et al. 2002).

A grande variedade de exercícios benéficos existentes no tratamento de

indivíduos com fibromialgia demonstra o importante papel que estes desempenham

na melhora da qualidade de vida dos mesmos, especialmente quando são

respeitados os limites de dor e esforço. Se alcançada adesão permanente ao

programa de exercícios, os ganhos podem ser consideráveis em longo prazo

(MARQUES et al. 2002).

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3 MECÂNICA DA VENTILAÇÃO

Os músculos da respiração podem ser classificados em duas categorias. Por

um lado, os músculos da inspiração, que elevam as costelas e o esterno. Por outro,

os músculos da expiração, que fazem baixar as costelas. Além disso, nestas duas

categorias se distinguem dois subgrupos, os músculos principais e os músculos

acessórios, embora estes últimos só ajam durante movimentos anormalmente

amplos ou potentes (KAPANDJI, 2000).

Os músculos principais da inspiração são os intercostais externos e os

supracostais e, especialmente, o diafragma. Os músculos acessórios da inspiração

são os esternocleidomastóideos, escalenos anteriores, médios e posteriores, peitoral

maior e menor, feixes inferiores do serrátil anterior e do grande dorsal, serrátil menor

posterior e superior e fibras superiores do sacrolombar (KAPANDJI, 2000).

Os músculos principais da expiração estão representados pelos músculos

intercostais internos. Os músculos acessórios da expiração não deixam de ser

importantes nem extremamente potentes só porque são acessórios, visto que

condicionam a expiração forçada e o esforço abdominal. Na região tóraco-lombar se

encontram músculos acessórios da expiração: porção inferior do músculo

sacrolombar, grande dorsal, serrátil menor posterior e inferior e quadrado lombar

(KAPANDJI, 2000).

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O diafragma, principal músculo inspiratório, e os músculos abdominais,

potentes músculos expiratórios acessórios, parecem ser antagonistas, mas não ao

mesmo tempo, são sinergistas. Durante a inspiração, a contração do diafragma faz o

centro frênico baixar. Em seguida, a resistência ao alongamento dos elementos

verticais do mediastino especialmente a resistência das vísceras abdominais

intervém. Essa massa está mantida pelos potentes músculos abdominais: retos do

abdome, transversos, oblíquos internos e externos. Sem eles, o conteúdo abdominal

seria empurrado para baixo e para frente e o centro frênico não poderia tomar um

ponto fixo sólido que permitisse ao diafragma levantar as costelas inferiores

(KAPANDJI, 2000).

A expiração normal é um fenômeno puramente passivo de retorno do tórax

sobre si mesmo pela simples elasticidade dos elementos ósteo-cartilaginosos e do

parênquima pulmonar. Portanto, a energia necessária para a expiração é, na

verdade, uma restituição da energia desenvolvida na inspiração pelos músculos

inspiratórios e que é armazenada no nível dos elementos elásticos do tórax e do

pulmão (KAPANDJI, 2000). Na expiração, o diafragma relaxa e a contração dos

abdominais faz baixar o orifício inferior do tórax, diminuindo simultaneamente os

diâmetros transversais e antero-posterior do tórax. Por outro lado, aumentando a

pressão intra-abdominal os músculos abdominais deslocam a massa das vísceras

para cima e fazem o centro frênico subir, o que diminui o diâmetro vertical do tórax.

Os músculos abdominais são, então, os antagonistas perfeitos do diafragma, visto

que diminuem simultaneamente os três diâmetros do tórax (KAPANDJI, 2000). A

mecânica respiratória está demonstrada na Figura 3.

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Figura 3 - Mecânica respiratória: inspiração e expiração.Fonte:<www.corpohumano.hpg.ig.com.br/sist_osseo/esqueleto_torax/torax.>

Os músculos inspiratórios participam da manutenção do tórax e são estáticos.

Os abdominais ao contrário, são dinâmicos. Ao encurtar-se, os inspiratórios

aumentam o diâmetro da caixa torácica em repouso. Em primeira análise, isto

parece satisfatório, um tórax bem desenvolvido parece sinônimo de grande

capacidade respiratória. Entretanto, a respiração é baseada na noção de troca.

Como um fole, o tórax deve esvaziar-se para encher-se de novo de ar. Se os

músculos inspiratórios estão demasiadamente rígidos, a caixa torácica não

consegue descer até a sua posição normal. Em caso de hipertonia dos inspiratórios,

a expiração torna-se insuficiente (SOUCHARD, 1996).

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3.1Fibromialgia e Função Respiratória

Indivíduos com fibromialgia apresentam um grau significativamente mais alto

de ansiedade quando comparados com controles normais ou com indivíduos com

outras condições dolorosas tais, como artrite reumatóide. Indivíduos ansiosos

tendem a respirar disfuncionalmente e os padrões respiratórios envolvidos,

sobretudo torácico com envolvimento diafragmático mínimo podem exarcebar os

sintomas da fibromialgia, existindo uma possibilidade de causar ou agravar muitos

deles (UVEGES et al. 1990).

As repercussões de respiração disfuncional crônica com uma tendência a

hiperventilação podem comprometer gravemente as estruturas musculoesquelética

envolvidas. Podem também produzir influências disfuncionais diversas como

desequilíbrios bioquímicos em que excessivas quantidades de dióxido de carbono

são exaladas, levando a alcalose e repercussões sistêmicas, produzindo

automaticamente uma sensação de apreensão e ansiedade (CHAITOW, 2002). A

primeira resposta a hiperventilação é a constrição vascular, reduzindo a

disponibilidade de oxigênio em cerca de 50% de todos os tecidos. O sistema

nervoso central é mais sensível à hipóxia e deprime a atividade cortical, causando

vertigem, instabilidade vasomotora e embotamento da consciência e da visão. A

perda da inibição cortical resulta em instabilidade emocional (CHAITOW, 2002). A

hiperventilação pode ser aguda ou crônica (CHAITOW, 2002).

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Os sinais físicos de hiperventilação aguda são difíceis de serem percebidos,

uma vez que a taxa de respiração e a excursão da caixa torácica são características,

produzindo um esforço do tórax superior. Quando resulta mais de emoção do que de

atividade, há uma redução na atividade diafragmática com menor expansão das

costelas inferiores. As costelas superiores são puxadas para dentro na inspiração

rapidamente, seguidas por uma queda na expiração (CHAITOW, 2002).

Em contrapartida, o quadro de hiperventilação crônica facilmente passa

despercebido durante a observação, com a taxa respiratória geralmente abaixo do

limite superior normal, em torno de 16 incursões por minuto. A taxa mais usual,

entretanto está entre 20 e 25 incursões por minuto em hiperventilação crônica com

quadro de respiração superficial, suspirante e arrítmica. O movimento das costelas

superiores é acentuado (CHAITOW, 2002).

3.1.2 Força Muscular Respiratória em Indivíduos com Fibromialgia

A fraqueza muscular é a inabilidade de contrair os músculos para gerar uma

força esperada máxima. A fadiga é a inabilidade de sustentar o músculo em um

determinado nível de trabalho ou perda de força devido a sobrecarga muscular,

sendo reversível pelo repouso (PRYOR e WEBBER, 2002).

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As formas de disfunções são freqüentes e difíceis de serem detectadas

clinicamente. A avaliação dos músculos respiratórios é importante, pois a dispnéia

pode ser causada quando não há nenhuma doença cardiovascular, por fraqueza

muscular respiratória. Podem existir poucos sintomas mesmo em indivíduos com

fraqueza de moderada à grave (PRYOR e WEBBER, 2002).

Em indivíduos com fibromialgia as pressões inspiratórias e expiratórias estão

abaixo do normal se comparadas a indivíduos normais podendo indicar disfunção

muscular respiratória (CAIDAHL et al. 1989; LURIE et al. 1990).

Sendo os principais fatores associados à disfunção muscular respiratória a

dispnéia e redução da tolerância ao exercício (PRYOR e WEBBER, 2002).

3.1.2.1Avaliação da Força Muscular Respiratória

A avaliação da força dos músculos respiratórios é importante para que seja

conhecido e quantificado seu trabalho. É normalmente avaliada pela mensuração

das pressões que estes músculos podem gerar durante contrações voluntárias. O

estiramento do músculo é avaliado pela alteração do volume criado, e velocidade da

contração é observada pela quantidade de fluxo originado (AZEREDO, 2000;

MACHADO, 2002; ROCHESTER, 1988).

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A mensuração da força dos músculos da respiração tem grande aplicação,

pois permite o diagnóstico de insuficiência respiratória por falência da musculatura e

auxilia o estabelecimento de protocolos de fortalecimento da musculatura

respiratória (AZEREDO, 2002).

Um dos métodos mais simples para tal avaliação foi proposto em 1871 por

Black e Hyatt, utilizando um manômetro com escalas em fase negativa e positiva

para mensurar as pressões respiratórias máximas. Este instrumento é denominado

de manovacuômetro, um aparelho de custo baixo. Composto por um tubo rígido e

cilíndrico, com a extremidade distal parcialmente ocluída (apresenta um orifício com

1 a 2 mm de diâmetro). A extremidade proximal é aberta e encaixada a uma peça,

que será acoplada a boca do indivíduo (SOUZA, 2002). Uma saída lateral e uma

tubulação de plástico rígido unem o tubo ao manômetro aneróide apto a medir as

pressões negativas e positivas (AZEREDO, 2000).

A peça bucal pode estar ausente e a extremidade assume o papel da peça.

Geralmente ela pode ser de material semi-rígido ou rígido, como a borracha, plástico

e papelão. Usualmente é confeccionada de borracha semi-rígida e com abas que se

acoplam nos sulcos lábios-gengivais, prevenindo vazamentos (SOUZA, 2002).

O orifício é necessário durante os esforços inspiratórios máximos, pois os

músculos da boca e da orofaringe podem originar uma pressão negativa que ilude o

valor da pressão produzida pelos músculos inspiratórios da caixa torácica, com a

glote aberta ou fechada. O pequeno orifício é utilizado para dispersar as pressões

criadas pela musculatura do rosto e da orofaringe, sem alterar a pressão produzida

pelos músculos da caixa torácica com a glote aberta (SOUZA, 2002).

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A medida da força deve ser realizada com a via área ocluída e com o máximo

esforço voluntário do indivíduo (AZEREDO, 2000). Souza (2002) defende que, para

a realização deste teste, o indivíduo deve adotar a posição sentada e o tronco deve

assumir uma angulação de 90º com as coxas.

Para Souza (2002) a pressão inspiratória máxima (PImáx) pode ser

mensurada a partir de uma expiração máxima, quando os pulmões assumem o

volume residual. Entretanto, esta pode ser medida também a partir de uma

expiração calma, quando os pulmões assumem a capacidade residual funcional. A

PImáx tem seu valor normal compreendido, na faixa de - 90 a - 120 cmH2O,

enquanto que a PEmáx tem seu valor normal compreendido, em um adulto jovem,

na faixa de + 100 a + 150 cmH2O. Sabe-se que a partir dos 20 anos de idade ocorre

um decréscimo anual de 0,5 cmH2O nestes valores (AZEREDO, 2002). Para a

caracterização da fraqueza, fadiga, ou falência muscular respiratória é necessário

que os valores da PImáx estejam entre - 70 a - 45 cmH2O, - 40 a - 25 cmH2O, e

menos do que - 20 cmH2O, respectivamente (AZEREDO, 2002).

A pressão expiratória máxima (PEmáx) é mensurada a partir de uma

inspiração máxima, quando os pulmões estão com a capacidade pulmonar total, ou

a partir de uma expiração calma (SOUZA, 2002).

A mensuração das pressões respiratórias máximas é extremamente

dependente da habilidade, técnica e motivação do indivíduo avaliado (HAUTMANN

et al., 2000).

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3.2 Dispnéia

Do grego, “dys” significa dor, dificuldade, desordem, e “pnoia” indica

respiração, é uma sensação subjetiva de “falta de ar”, percebida por um indivíduo. A

consciência do esforço respiratório aumentado é desagradável e reconhecido como

inapropriado (PRYOR e WEBBER, 2002).

Clinicamente, o termo “falta de ar” e “dispnéia” são usados intercambialmente.

A dispnéia é um dos sintomas mais comuns, vivenciados por indivíduos com doença

respiratória crônica. Limita o funcionamento físico e social, com freqüência é acom-

panhada pelo medo e ansiedade (PRYOR e WEBBER, 2002).

Os sintomas podem ser de origem cardiovascular ou respiratório, em algumas

situações torna-se difícil o diagnóstico, pois em ambas as situações o indivíduo

queixa-se de falta de ar ao esforço quando deitado (ortopnéia devido aumento do

trabalho respiratório em decúbito dorsal) falta de ar estando o indivíduo acordado à

noite (dispnéia paroxística noturna) e de episódios agudos de falta de ar ao

descanso (PRYOR e WEBBER, 2002).

Os indivíduos utilizam diferentes termos para descrever a falta de ar, como

dificuldade em respirar, compressão torácica, respiração pesada, sentimento de

sufocamento e dificuldade para encher os pulmões (PRYOR e WEBBER, 2002).

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3.2.1 Avaliação da Dispnéia

O curso de tempo para uma crise de dispnéia fornece informações

importantes quanto à provável etiologia. O relato do indivíduo freqüentemente

revelará que a tolerância ao exercício é limitada pela falta de ar, a menos que o

indivíduo apresente um distúrbio hiperventilatório crônico. Neste caso, a dispnéia

normalmente pode ocorrer ao repouso, sendo comumente acompanhada por uma

excessiva freqüência de suspiros (PRYOR e WEBBER, 2002).

O indivíduo normalmente apresentará padrão respiratório alterado, podendo

incluir o uso de musculatura acessória (aumento do esforço abdominal durante a

expiração). Em indivíduos com limitação ao fluxo aéreo crônico, a respiração

paradoxal e freno labial podem estar presentes (PRYOR e WEBBER, 2002).

A freqüência e profundidade da respiração devem ser observadas, assim

como simetria dos movimentos do tórax e a relação entre o tempo inspiratório e o

tempo expiratório. Caracteristicamente o tempo expiratório será prolongado na

presença de limitação ao fluxo aéreo (PRYOR e WEBBER, 2002).

Se for conhecida ou se houver suspeita de fraqueza muscular respiratória, as

pressões (de boca) inspiratórias e expiratória (PImáx e PEmáx) deverão ser

mensuradas (PRYOR e WEBBER, 2002).

A mensuração da dispnéia é útil para classificar a severidade do prejuízo

funcional do indivíduo, individualização de um programa de reabilitação,

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monitorização da condição do indivíduo e resposta à terapia. A quantificação de uma

sensação tal como a dispnéia é difícil. Os métodos disponíveis incluem escalas-

limite de dispnéia, escalas de intensidade de dispnéia e escalas multidimensionais

(PRYOR e WEBBER, 2002).

As escalas de intensidade podem ser utilizadas num momento particular do

tempo, por exemplo, durante ou após prática de atividade física. São exemplos

dessas escalas a escala visual análoga (Visual Analogue Scale – VAS, conforme

validada por BRUNETTO et al. 2002) e a escala modificada de Borg (PRYOR e

WEBBER, 2002).

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4 CAPACIDADE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA

A capacidade funcional é a capacidade de o indivíduo realizar suas atividades

físicas e mentais necessárias para manutenção de suas atividades básicas e

instrumentais, ou seja: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se,

alimentar-se, manter a continência, preparar refeições, controle financeiro, tomar

remédios, arrumar a casa, fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone e

caminhar certa distância (SOUZA, 2002).

Indivíduos com fibromialgia têm a capacidade funcional diminuída, podendo

esta relacionar-se a presença de dor (CHAITOW, 2002).

4.1 Avaliação da Capacidade Funcional em Indivíduos com Fibromialgia

O FIQ é um instrumento desenvolvido para avaliar o estado de saúde de indi-

víduos com fibromialgia, bem como seus progressos. Foi desenvolvido para mensu-

rar os aspectos de saúde que supõe-se serem mais afetados pela patologia. Os es-

cores vão de zero a 100. Indivíduos fibromiálgicos freqüentemente alcançam valores

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por volta de 50. Os severamente afetados, freqüentemente alcançam 70 ou mais

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).

O FIQ é composto de 10 questões. A primeira questão avalia a função física.

São 11 questões rankeados pela escala de Likert, que envolve valores de zero

(sempre) a três (nunca). O número de itens respondidos pode não ser o total, visto

que algumas atividades não necessariamente são desempenhadas por todos.

Assim, soma-se todos os escores e divide-se pelo número de questões respondidas,

o que resultará num valor entre zero e três. Este valor será multiplicado por 3,33,

com o objetivo de gerar um valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e

BENNET, 2001).

O item dois trata do número de dias em que se sentiu bem. Seu escore gera

valores invertidos (0=7, 1=6...7=0), entre zero e sete. Este valor será multiplicado por

1,43, com o objetivo de gerar um valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e

BENNET, 2001).

O item três indica número de dias sem trabalhar, também gerando valores

entre zero e sete. Este valor será multiplicado por 3,33, com o objetivo de gerar um

valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).

Os outros sete itens incluem escalas análogo numéricas de zero a 10,

gerando valores diretos para dor, fadiga, sono, rigidez, ansiedade e depressão

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).

Se alguma das questões não for respondida, será realizada a média

aritmética das demais questões, com o objetivo de gerar um escore entre zero e 100

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).

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5 METODOLOGIA

5.1 Participantes

Foram avaliados 31 indivíduos do sexo feminino, com diagnóstico clínico de

fibromialgia segundo critérios do American College of Rheumatology (1990). Os

indivíduos apresentavam idades entre 22 e 61 anos, com média de 47,10 ± 9,55.

Apresentavam média de 16,23 ± 2,39 tender points.

Foram excluídos do estudo indivíduos que participassem de programa de

atividade física regular (mais de uma vez por semana), apresentassem outras

disfunções de origem respiratória, musculoesquelética, neuromotora, cardiovascular,

doença crônica ou outras queixas.

Os indivíduos foram selecionados mediante cadastros realizados por

instituições religiosas ou unidades básicas de saúde. O convite foi realizado via

ligação telefônica e/ou visita residencial, no qual pretendeu-se esclarecer objetivos

básicos do projeto e realização do convite para comparecimento no local de

execução da avaliação para que fosse submetido ao “Protocolo de Avaliação

Fisioterapêutica”, composto por questões referentes à dados pessoais, queixas

principais, uso de medicamento e dose e Escala Visual Análogo Numérica da dor

(APÊNDICE A).

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O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná (ANEXO A) e todos os participantes assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE B).

5.2 Avaliação

5.2.1 Força Muscular Respiratória

As voluntárias selecionadas foram submetidas a uma avaliação da força

muscular respiratória, através da mensuração das pressões respiratórias máximas.

Para avaliação das pressões respiratórias máximas foi utilizado um

manovacuômetro da marca Gerar ®, com escala variando de 0 a ± 300 cmH2O. As

participantes foram colocadas sentadas eretas, sem recostar-se na cadeira, com os

pés apoiados no chão e com uma pinça de obstrução nasal. A própria participante

segurou firmemente o conector bucal do aparelho, pressionando-o contra os lábios

no momento da medida das pressões, como demonstrado na Figura 4.

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Figura 4 – Avaliação da força muscular respiratória (do autor).

Para realizações das manobras o indivíduo partiu do volume residual para

mensuração da PImáx e da capacidade pulmonar total para a PEmáx. Foram

realizadas cinco tentativas para PImáx e PEmáx (sem vazamentos e com duração

de pelo menos dois segundos) e duas manobras reprodutíveis (com valores que não

diferiram entre si por mais de 10 % do valor mais elevado). O indivíduo recebeu

comandos verbais em linguagem simples e clara para que a falta de compreensão

ou de incentivo não alterasse os valores a serem obtidos (SOUZA, 2002). Os

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cálculos da PImáx e PEmáx foram realizados de acordo com as equações da

Tabela1.

Tabela 1 – Estimativa dos limites de normalidade para PImáx e PEmáx, de acordo com a idade

Fonte: SOUZA, 2002.

5.2.2 Dispnéia

Posteriormente a avaliação da força muscular respiratória, as participantes

foram submetidas à avaliação da dispnéia através da Visual Analogue Scale (VAS),

(ANEXO B) validada por BRUNETTO et al. (2002) em que a participante indicava em

uma folha graduada por cores a intensidade de sua dispnéia.

Mulheres com idade entre 20-80 anos

Cálculo PImáx Limite Inferior de Normalidade (LIN)

Erro Padrão

PImáx = [110,4 –(0,49 x idade)] LIN=[PImáx – (EPE -1,645)] 9,1

PEmáx = [115,6 –(0,61 xidade)] LIN=[PEmáx – (EPE -1,645)] 11,2

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5.2.3 Capacidade Funcional

A capacidade funcional foi avaliada através do Fibromyalgia Impact

Questionnaire (FIQ) com questões a respeito de depressão, rigidez, dor, ansiedade,

fadiga, sono, ansiedade, dias em que se sentiu bem, dias sem trabalhar e função

física (ANEXO C).

5.2.4 Dor

A Escala Visual Análogo Numérica (EVN) foi utilizada para estimar a dor. A

mesma é graduada de zero a 10, nas quais zero significa ausência de dor e 10 a

pior dor imaginável.

5.2.5 Ansiedade

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A ansiedade foi quantificada através da Escala de Ansiedade de Hamilton. A

escala contém 14 itens. O instrumento é utilizado para avaliar o grau de intensidade

de ansiedade generalizada. Sete dos itens dessa escala são referentes a sintomas

somáticos e os outros sete a psíquicos (ANEXO D).

5.2.6 Fadiga

A fadiga foi avaliada pela Escala de Severidade da Fadiga, composta por

nove itens, em que o indivíduo marca, de zero a sete, o valor para cada questão

relacionado a fadiga (ANEXO E).

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5.3 Análise dos Dados

Para verificação de correlação entre os parâmetros foi utilizado o teste não

paramétrico de correlação de Spearman, ao nível de significância de p< 0,05.

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6 RESULTADOS

Os indivíduos foram avaliados quanto à dispnéia através da Visual

Analogue Scale (VAS). Apresentaram média de 4,52 ± 2,94, sendo que seis dos 31

indivíduos relataram não apresentaram dispnéia.

Para avaliação da dor foi utilizada a Escala Visual Análogo Numérica,

que resultou em média de 8,19 ± 1,56.

Para a fadiga avaliada através da Escala de Severidade da Fadiga, foi

encontrado o valor médio de 46,42 ± 12,92. A ansiedade avaliada pela Escala de

Ansiedade de Hamilton, apresentou escore médio de 27,39 ± 9,5.

Os escores da PImáx e PEmáx estão demonstrados na Tabela 2.

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Tabela 2 - Escores PImáx e PEmáx (cmH2O)

Indivíduos Idade PImáxLIN

PImáx PEmáxLIN

PEmáx

1 61 5 73,055 30 68,8352 59 30 74,035 40 70,0553 58 10 74,525 20 70,6654 57 20 75,015 30 71,2755 57 30 75,015 60 71,2756 57 20 75,045 50 71,2757 55 20 75,995 40 72,4958 55 40 75,955 50 72,4959 55 20 75,955 40 72,495

10 55 30 75,955 60 72,49511 53 50 76,975 60 73,71512 52 20 76,975 15 74,32513 52 30 76,975 60 74,32514 51 20 77,955 20 74,93515 49 30 78,935 30 76,15516 49 30 78,935 50 76,15517 48 30 79,425 40 76,76518 48 30 79,425 10 76,76519 44 20 81,385 30 79,20520 43 20 81,875 30 79,81521 42 40 82,365 50 80,42522 41 50 82,855 50 81,03523 41 20 82,855 20 81,03524 41 20 82,855 40 81,03525 40 20 83,425 20 81,64526 39 40 83,835 35 82,25527 39 30 83,835 60 82,25528 33 30 86,775 10 85,91529 32 10 86,775 20 86,52530 32 30 86,775 30 86,52531 22 30 92,165 20 92,625

Média(DP)

47,10(±9,55)

26,45(±10,58)

79,80(±4,64)

35,32(±18,07)

77,45(±5,66)

Fonte: do autor

Observar-se que a PImáx está cerca de 70,7 % abaixo do valor esperado. A

PEmáx encontra-se também reduzida (59,6 % abaixo do esperado).

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A Tabela 3 demonstra a correlação entre as variáveis estudadas em

indivíduos com fibromialgia.

Tabela 3 – Correlação† entre as variáveis estudadas

Variáveis Dispnéia PImáx PEmáx

PImáx0,05 - -

PEmáx0,71 0,01* -

Ansiedade0,19 0,01* 0,28

Dor0,35 0,03* 0,26

Fadiga0,52 0,88 0,39

FIQ Total 0,01* 0,12 0,14

FIQ

Função física 0,01* 0,07 0,64

Dias em que se sentiu bem 0,98 0,57 0,12

Dias sem trabalhar 0,18 0,73 0.39

Dor 0,05 0,17 0,35

Fadiga 0,41 0,33 0,21

Sono 0,10 0,71 0,26

Rigidez 0,01* 0,05 0,43

Ansiedade 0,03* 0,40 0,30

Depressão 0,03* 0,36 0,09

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† Teste de correlação de Spearman* Diferença estatisticamente significativaFonte: do autor

A dispnéia e PImáx apresentaram uma tendência à correlação em

indivíduos com fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Correlação† entre dispnéia e PImáx (cmH2O) em indivíduos com

fibromialgia

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0

10

20

30

40

50

60

0 2 4 6 8 10

Dispnéia

PIm

áx

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,05R2 = 0,3500Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com

fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 2.

Gráfico 2 – Correlação† entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com fibromialgia

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0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0 2 4 6 8 10

Dispnéia

FIQ

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,01R2 = 0,0002Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e função física em indivíduos com

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 3.

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Gráfico 3 – Correlação† entre dispnéia e função física em indivíduos com

fibromialgia

0

2

4

6

8

10

0 10 20 30 40

Função Fís ica

Disp

néia

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,01

R2 = 0,5109

Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e dor em indivíduos com fibromialgia está

demonstrada no Gráfico 4.

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Gráfico 4 - Correlação† entre dispnéia e dor (FIQ) em indivíduos com

fibromialgia

0123456789

10

0 5 10 15

Dor

Disp

néia

† Teste de correlação de Spearmanp =0,05

R2 = 0,3274

Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e rigidez em indivíduos com fibromialgia

está demonstrada no Gráfico 5.

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Gráfico 5 – Correlação† entre dispnéia e rigidez (FIQ) em indivíduos com

fibromialgia

0

2

4

6

8

10

12

0 2 4 6 8 10

Rigidez

Disp

néia

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,01

R2 = 0,4197

Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e ansiedade em indivíduos com

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 6.

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Gráfico 6 – Correlação† entre dispnéia e ansiedade (FIQ) em indivíduos com

fibromialgia

0

2

4

6

8

10

12

0 2 4 6 8 10

Ansiedade

Disp

néia

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,03

R2 = 0,3660

Fonte: do autor

A correlação entre dispnéia e depressão em indivíduos com

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 7.

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Gráfico 7 – Correlação† entre dispnéia e depressão (FIQ) em indivíduos com

fibromialgia

0

2

4

6

8

10

12

0 2 4 6 8 10

Depressão

Disp

néia

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,03

R2 = 0,0322

Fonte: do autor

A PEmáx (p = 0,71), ansiedade (p = 0,19), dor (p = 0,35), fadiga (p = 0,52),

componentes do FIQ como dias em que se sentiu bem (p = 0,98), dias sem trabalhar

(p = 0,18), fadiga (p = 0,41) e sono (p = 0,10) não se correlacionaram com a dispnéia

nos indivíduos avaliados .

A correlação entre PImáx e PEmáx em indivíduos com fibromialgia está

demonstrada no Gráfico 8.

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Gráfico 8 – Correlação† entre PImáx (cmH2O) e PEmáx em indivíduos com

fibromialgia

0102030405060708090

0 20 40 60

PEmáx

PIm

áx

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,01R2 = 0,4381Fonte: do autor

A correlação entre PImáx (cmH2O) e ansiedade em indivíduos com

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 9 .

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Gráfico 9 - Correlação† entre PImáx e ansiedade em indivíduos com

fibromialgia

0

10

20

30

40

50

60

0 20 40 60

Ansiedade

PIm

áx

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,01R2 = -0,5135Fonte: do autor

A correlação entre PImáx (cmH2O) e dor em indivíduos com fibromialgia está

demonstrada no Gráfico 10.

Gráfico 10 – Correlação† entre PImáx e dor em indivíduos com fibromialgia

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0

10

20

30

40

50

60

0 5 10 15

Dor

PIm

áx

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,03R2 = -0,3838Fonte: do autor

A PImáx (cmH2O) e rigidez apresentaram uma tendência à correlação em

indivíduos com fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 11.

Gráfico 11 - Correlação† entre PImáx e rigidez (FIQ) em indivíduos com

fibromialgia

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0

10

20

30

40

50

60

0 5 10 15

Rigidez

PIm

áx

† Teste de correlação de Spearmanp = 0,05R2 = -0,3495Fonte: do autor

A fadiga (p = 0,88), FIQ total (p = 0,12), componentes do FIQ como função

física (p = 0,07), dias em que se sentiu bem (p = 0,57), dias sem trabalhar (p = 0,73),

dor (p = 0,17), fadiga (p = 0,33), sono (p = 0,71), ansiedade (p = 0,40) e depressão

(p = 0,36) não se correlacionaram com PImáx nos indivíduos avaliados.

7 DISCUSSÃO

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Observou-se redução na força muscular inspiratória e expiratória nos

indivíduos avaliados.

O mesmo resultado foi encontrado por Lurie et al. (1990) que demonstraram

que as pressões respiratórias máximas em indivíduos com fibromialgia são

significativamente baixas quando comparadas a controles saudáveis.

Conforme citado, Chaitow (2002) afirma que indivíduos com fibromialgia

tendem a respirar disfuncionalmente, apresentando padrão respiratório

predominantemente apical, o que leva a uma menor utilização da musculatura

inspiratória, predispondo a fraqueza muscular inspiratória.

No estudo foi encontrada tendência de correlação entre a PImáx com rigidez.

Foi encontrado ainda correlação entre PImáx com dor e ansiedade.

Os valores encontrados para dispnéia indicaram a presença da sensação de

falta de ar em alguns indivíduos. A dispnéia apresentou tendência para correlação

com PImáx.

Porém, apesar de encontrada uma tendência de correlação entre estes

parâmetros, acredita-se não ser este o principal fator causal da dispnéia, podendo

ser esta precipitada por fatores psicossomáticos e não somente por disfunções

respiratórias.

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Özgöcmen et al. (1990) em um estudo verificaram a redução dos valores de

PImáx e PEmáx em indivíduos com fibromialgia, porém estes não relataram

dispnéia.

Por outro lado o trabalho realizado por Lurie et al. (1990) demonstrou que

pressões respiratórias máximas são baixas em indivíduos com fibromialgia, podendo

indicar disfunção muscular respiratória, especialmente encontrada em indivíduos

referindo dispnéia.

Complementando a idéia anterior, Caidahl et al. (1989) sugere que indivíduos

com fibromialgia a dispnéia está associada ao baixo desempenho físico, disfunção

muscular respiratória e disfunção nervosa central ou ainda decorrente de alteração

muscular respiratória juntamente com uma disfunção nervosa central.

Segundo Pryor e Webber (2002) os principais fatores associados à disfunção

muscular respiratória são dispnéia, redução na tolerância ao exercício e em

indivíduos com doença respiratória grave.

Observou-se uma correlação significativa entre dispnéia e fatores

psicossomáticos como ansiedade, dor e depressão e também correlação com

aspectos físicos como função física e rigidez nos indivíduos com fibromialgia.

Peuter et al. (2004) encontraram resultados semelhantes em indivíduos com

fibromialgia. Concluíram que a dispnéia tem relação com alterações respiratórias.

Porém, a prevalência é superior em indivíduos que apresentam desordens

psicossomáticas (ansiedade, depressão e dor). Estes indivíduos relatam respiração

encurtada ou desconforto respiratório.

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O fato de não ter sido avaliado a presença ou não de fumantes no grupo de

estudo pode ter sido uma limitação do mesmo. Um estudo realizado por Yunus,

Arslan e Aldag (2002) avaliou 233 mulheres tabagistas com diagnóstico de

fibromialgia. Observaram que os indivíduos apresentavam aumento dos sintomas

psicológicos da fibromialgia dentre eles ansiedade, fadiga e depressão.

Além disso, o resultado obtido referente à redução das pressões respiratórias

máximas possa ter sido influenciado pela variação das faixas etárias (22 – 61 anos)

dos indivíduos avaliados. De acordo com o estudo realizado por Black e Hyatt (1969)

com indivíduos saudáveis, não são encontradas alterações nas pressões

respiratórias máximas até os 55 anos. A partir desta idade, foi observada importante

redução da pressão expiratória máxima (PEmáx).

Assim pode-se sugerir que a redução das pressões respiratórias máximas

encontradas neste estudo, podem não ser devido a patologia, mas decorrente do

processo de envelhecimento, pois, dos 31 indivíduos avaliados, seis apresentavam

idade superior a 55 anos.

Outra limitação do estudo decorre do fato de não ter sido avaliada a relação

entre peso e altura, pois sabe-se que o peso influencia as pressões respiratórias

máximas.

Identificar a existência de dispnéia e força muscular respiratória reduzida e

sua correlação com outros sintomas torna mais fácil a caracterização do

acometimento do indivíduo e direcionamento de conduta terapêutica com o paciente,

podendo este se beneficiar de um programa de atividade física regular sabendo-se

que é necessário a quebra do ciclo de sedentarismo, além de programas em grupo.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que indivíduos com fibromialgia apresentam força muscular

respiratória abaixo do valor normal, correlacionando-se com dor e ansiedade.

Indivíduos com fibromialgia apresentam ainda dispnéia que correlaciona-se a

ansiedade, dor, rigidez, depressão e função física. Não apresentando correlação

com força muscular respiratória. Portanto a dispnéia é provavelmente decorrente de

distúrbios psicossomáticos.

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APÊNDICE A – PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

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Protocolo de Avaliação Fisioterapêutica

Data: Colaborador responsável:IdentificaçãoNome:Idade: DN: Sexo: Raça:Estado civil: Ocupação:Endereço: Telefone:

Anamnese. Queixas:Dor

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10nenhuma muita

FRTipo respiratório: misto, predomínio ( ) costal ( ) diafragmáticoRitmo respiratório: ( ) 1:2 ( )1: 1 ½ ( ) 1:1Dispnéia

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10nenhuma muita

Dor torácica0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

nenhuma muita

Outras queixas( ) Distúrbios no sono( ) Fadiga( ) Dismenorréia (cólica menstrual)( ) Membranas mucosas secas( )Intolerância ao exercício( ) Distúrbios do intestino

( ) Cefaléia( ) Perda cognitiva (esquecimento, cansaço mental) ( ) Parestesia( ) Sensação de frieza em extremidades( ) edema( ) ↑ peso( ) ↓ peso( ) estresse

( ) hiperventilação (↑FR)( ) sensação de edema( ) irritabilidade( ) náuseas( ) cãibras( ) parestesia ( ) vertigens( ) rigidez( ) dor torácica( ) dispnéiaoutros_____________

Medicamentos em uso/doseExame em imersão

Estado psicológico ( ) inseguro ( ) tranqüilo ( ) agitadoControle Respiratório ( ) bom ( ) regular ( ) ruim

Exame músculo-esquelético (idem mapa dos pontos)( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9( )10 ( )11 ( )12 ( )13 ( )14 ( )15 ( )16 ( )17 ( )18Total pontos:

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APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome da pesquisa: Exercícios respiratórios aquáticos em sujeitos com fibromialgia

Pesquisador responsável: Maiza Ritomy Ide

Este trabalho estuda os efeitos de exercícios de respiração desenvolvidos em piscina

aquecida na respiração e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia. Todos os

voluntários serão divididos por sorteio em dois grupos. Um deles realizará exercícios de

respiração em piscina aquecida. O segundo participará de palestras relacionadas a

saúde. Antes e depois do tratamento, todos responderão questionários simples com

perguntas pertinentes ao bem-estar geral, qualidade de vida e estresse no período.

Também realizarão testes simples de avaliação da função respiratória. O programa de

exercícios terá duração de 10 semanas. Ao término do trabalho, o grupo que não

realizou exercícios receberá tratamento em hidroterapia.

Sua participação será muito importante para o sucesso desta pesquisa.

Assinatura do pesquisador:________________________________________

Tendo recebido as informações anteriores e, esclarecido dos meus direitos relacionados a seguir, declaro estar ciente do exposto e desejar participar da pesquisa.

1.A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a dúvidas sobre os procedimentos, riscos, benefícios e outros relacionados com a pesquisa;2.A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;3.A segurança de que não serei identificado e que será mantido o caráter confidencial das informações relacionadas com a minha privacidade;4.Compromisso de me proporcionar informação atualizada durante o estudo, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando.

Em seguida, assino meu consentimento.

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Cascavel, _____de __________ de 2005.

Nome: ___________________________________________RG__________________Assinatura: ______________________________

Maiores informações: fones 9965-4581, 234-1828 (com Maiza).

ANEXO A - TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA

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ANEXO B - VISUAL ANALOGUE SCALE

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VISUAL ANALOGUE SCALE (VAS)

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ANEXO C - FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE

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FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE (FIQ)

1. O que você é capaz de fazer?

sempre muitas vezes

ocasionalmente nunca

a) Fazer compras 0 1 2 3b) Lavar e estender roupa 0 1 2 3c) Cozinhar 0 1 2 3d) Lavar a louça 0 1 2 3e) Passar aspirador no tapete 0 1 2 3f) Arrumar a cama 0 1 2 3g) Caminhar vários quarteirões 0 1 2 3h) Visitar os amigos 0 1 2 3i) Trabalhar fora 0 1 2 3j) Dirigir carro 0 1 2 3

2. Dos sete dias da última semana, quantos dias sentiu-se bem? 1 2 3 4 5 6 7

3. Quantos dias da última semana faltou ao trabalho por causa da fibromialgia? (Se não tiver

um emprego, deixa este item em branco)

1 2 3 4 5 6 74. No trabalho, quanto a dor ou outros sintomas da fibromialgia interferem na habilidade de trabalhar? _________________________________________________________nenhum problema grande dificuldade

5. Como tem sido a intensidade da sua dor? _________________________________________________________sem dor dor muito severa

6. Como tem sido a intensidade do seu cansaço? _________________________________________________________sem cansaço muito cansado

7. Como você se sente quando acorda pela manhã? _________________________________________________________

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acordo bem acordo muito cansado

8. Você sente rigidez? _________________________________________________________não sinto rigidez muita rigidez

9. Você sente tensão, nervosismo ou ansiedade? _________________________________________________________nenhuma tensão muita tensão

10. Você se sente deprimido ou triste? _________________________________________________________nenhuma depressão muita depressão

ANEXO D - ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON

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ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON

Instruções: esta lista de verificação visa a auxiliar o médico ou psiquiatra a avaliar cada paciente quanto ao seu grau de ansiedade e condição patológica. Preencha na linha a pontuação apropriada:

NENHUM = 0 LEVE = 1 MODERADO = 2 GRAVE = 3 GRAVE E AMPLAMENTE INCAPACITANTE = 4

Item Avaliação Item AvaliaçãoHumor ansioso

Preocupação, previsão do pior, antecipação temerosa, irritabilidade.

Sintomas cardiovasculares

Taquicardia, palpitações, dor torácica, latejamento nos vasos sanguíneos, vertigens, batimentos irregulares.

Tensão Sentimento de tensão, fadigabilidade, resposta de susto, facilmente levado às lágrimas, trêmulo, sentimentos de inquietação, incapacidade para relaxar.

Sintomas respiratórios

Pressão ou constrição no tórax, sensação de sufocamento, suspiros, dispnéia.

Medo De escuro, de estranhos, de ficar sozinho, de animais, de trafego, de multidões.

Sintomas gastrintestinais

Dificuldade para engolir, gases, dor abdominal, ardência ou azia, plenitude abdominal, náusea, vômitos, relaxamento intestinal, perda de peso, constipação.

Insônia Dificuldade para adormecer, sono interrompido, insatisfatório e fadiga ao despertar, sonhos, pesadelos, terrores noturnos.

Sintomas geniturinários

Freqüência da micção, urgência da micção, amenorréia, menorragia, desenvolvimento de frigidez, ejaculação prematura, perda da libido, impotência.

Humor deprimido

Perda do interesse, falta de prazer por passatempos, depressão,

Sintomas autonômicos

Boca seca, rubor, palidez, tendência para suar, inquietação, tensão, dor de cabeça, pêlos

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despertar nas primeiras horas da manhã, oscilação diurna.

eriçados

Somáticos (musculares)

Dores e mal-estar, torções, rigidez, espasmos mioclônicos, ranger de dentes, voz instável, tono muscular aumentado.

Comportamento na Entrevista

Inquietação, andar a esmo ou remexer-se, tremor nas mãos, sobrancelhas eriçadas, rosto tenso, suspiros ou respiração rápida, palidez facial, engolir em seco, arrotar, abalos tendinosos rápidos, pupilas dilatadas e exoftalmia.

Somáticos (sensoriais)

Tinido, visão turva, ondas de calor e frio, sensação de fraqueza, sensação de irritação.

Intelectual (cognitivo)

Dificuldades de concentração, fraca memória.

Comentários AdicionaisAssinatura do Avaliador

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Monografias do Curso de Fisioterapia da Unioesten. 01 – 2005 ISSN 1675-8265

ANEXO E - ESCALA DE SEVERIDADE DA FADIGA

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Escala de severidade de fadigaDurante a semana passada, eu acho que: Pontos 1. Minha motivação é menor quando estou cansada 1 2 3 4 5 6 7 2. O exercício me causa cansaço 1 2 3 4 5 6 7 3. Fico facilmente cansada 1 2 3 4 5 6 7 4. O cansaço interfere na minha condição física 1 2 3 4 5 6 7 5. O cansaço freqüentemente me causa problemas. 1 2 3 4 5 6 7 6. Meu cansaço impede a sustentação da minha condição física 1 2 3 4 5 6 7 7. O cansaço interfere em determinados deveres e responsabilidades 1 2 3 4 5 6 7 8. O cansaço é um dos meus três principais sintomas mais incapacitantes 1 2 3 4 5 6 7 9. O cansaço interfere no meu trabalho, família ou vida social. 1 2 3 4 5 6 7