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FOLHA SINDICAL E S P E C I A L DEZEMBRO 2014 Sindicalismo é coisa séria O Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos e Cubatão (Sindedif) nasceu da força e união de gente simples. A luta foi difícil, pois a categoria era tida como de segunda classe, sem voz ativa e muito menos respeito na sociedade. Essa história começou a mudar nos anos 50. De lá pra cá, houve uma verdadeira transformação. Hoje, temos uma entidade respeitada por suas conquistas, pelos benefícios que oferece aos seus representados e pela garra com que conduz os trabalhadores do setor. Mas é preciso estar sempre atento, porque vozes contrárias tentam desvalorizar e até destruir essa relevância que atingimos entre os trabalhadores de todas as áreas. Aos inimigos da categoria, que os companheiros sabem muito bem identificar, nossa resposta é trabalho, avanço e dignidade. União, força e conquistas O sindicato em ação: em eventos da Fenatec e Conatec, o reconhecimento da força que adquirimos ao longo dos anos; com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e a sub-delegada do Trabalho na Baixada Santista, Rosângela Mendes, e com uma turma após mais um curso de aperfeiçoamento em nossa entidade

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Page 1: FOLHA SINDICAL - Sindedif · DIAGRAMAÇÃO: LUIZ SÉRGIO MOURA TIRAGEM: ... passos na conquista do bem-estar da ... Aposentadoria, e na hora de parar?

FOLHA SINDICALE S P E C I A L DEZEMBRO 2014

Sindicalismo é coisa séria

O Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos e Cubatão (Sindedif) nasceu da força e união de gente simples. A luta foi difícil, pois a categoria era tida como de segunda classe, sem voz ativa e muito menos respeito na sociedade. Essa história começou a mudar nos anos 50. De lá pra cá, houve uma verdadeira transformação. Hoje, temos uma entidade respeitada por suas conquistas, pelos benefícios que oferece aos seus representados e pela garra com que conduz os trabalhadores do setor. Mas é preciso estar sempre atento, porque vozes contrárias tentam desvalorizar e até destruir essa relevância que atingimos entre os trabalhadores de todas as áreas. Aos inimigos da categoria, que os companheiros sabem muito bem identificar, nossa resposta é trabalho, avanço e dignidade.

União, força e conquistas

O sindicato em ação: em eventos da Fenatec e Conatec, o reconhecimento da força que adquirimos ao longo dos anos; com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e a sub-delegada do Trabalho na

Baixada Santista, Rosângela Mendes, e com uma turma após mais um curso de aperfeiçoamento em nossa entidade

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SINDICALIZE-SE

EXPEDIENTE

PERDA

NESTA EDIÇÃO PONTO DE VISTAFOLHA SINDICAL E S P E C I A L DEZEMBRO 2014

Publicação do Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos e Cubatão e Empregados em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residencias e Comerciais de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão.

Rua Júlio Conceição, 238, Santos/SPCEP 11015-540 - Tel.: 3232-7560

site:www.sindedif.com.br e-mail: [email protected]

PRESIDENTE: JOSÉ MARIA FÉLIXJORNALISTA RESPONSÁVEL: MÁRIO JORGE (MTb. 20.410)FOTOS: LUIGI BONGIOVANNI E ASSESSORIA DE IMPRENSADIAGRAMAÇÃO: LUIZ SÉRGIO MOURATIRAGEM: 4 MIL EXEMPLARESIMPRESSÃO: DEMAR GRÁFICA

Sindicato forte é categoria forte. Para se tornar associado, basta a Carteira de Trabalho, CIC, RG

e pagar a mensalidade de R$ 25,00

Não há como negar, este ano foi tudo, menos monótono. De novo, o nosso sindicato avançou mais alguns passos na conquista do bem-estar da categoria. Além dos cursos do Senai, firmamos parceria com o Senac e já iniciamos as aulas.

Sem descuidar de princípios básicos, que são lutar por melhores salários e boas condições de trabalho, continuamos avançando em outros pontos, igualmente vitais para nossos trabalhadores.

Vale destacar o reforço na campanha para regulamentação da profissão, luta que tem o enorme apoio das entidades as quais somos vinculados, como Conatec e Fenatec, e a conquista de mais espaços de lazer para os trabalhadores e suas famílias.

Nesta edição da Folha Sindical, você verá que firmamos parceria com o Sindifícios, para utilização, pelos nossos associados, da Colônia de Férias da entidade paulistana em Caraguatatuba, no Litoral Norte. Desta forma, ela se soma a outro espaço de lazer e diversão que já temos à disposição, na Praia Grande, a Colônia de Férias da Fethesp.

Por outro lado, engrossamos a nossa participação em questões mais amplas, como a necessária economia de água. Sabemos que o Estado de São Paulo passa por uma crise devido à estiagem. Aqui, na Baixada Santista, o problema ainda não é tão grave, mas o nível dos rios que abastece os lares da região já está baixando. Então, devemos fazer nossa parte, utilizando a água de forma consciente.

Neste ano em que o Brasil sediou uma Copa do Mundo, também tivemos as eleições para presidente da República, governador do Estado e deputados estadual e federal. Como sempre, não manifestamos apoio público a ninguém, porque o Sindedif mantém sua independência. O voto é livre e cada um faz sua escolha.

Entendemos que o nosso dever é apoiar os eleitos, mas de forma crítica: aplaudindo boas iniciativas e cobrando quando houver erros, especialmente no que se refere à classe trabalhadora. Não fugiremos desse dever cívico.

As eleições fazem parte da democracia, que custamos para restabelecer no Brasil. É preciso, pois, que fiquemos atentos a iniciativas intimidadoras e preconceituosas, como assistimos depois das eleições: gente que pediu a volta dos militares ao poder - muitos se esquecem do que foi a ditadura neste país – e até a separação do Nordeste. Ora, ganhar ou perder faz parte das regras do jogo. Portanto, independentemente da posição política de cada um, é preciso sim respeitar a voz das urnas. E pôr um fim ao golpismo e preconceitos.

A todos, um feliz 2015!

O adeus a Américo Gomes da SilvaO ex-presidente da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade,

Américo Gomes da Silva, faleceu em São Paulo, no último dia 23 de outubro, aos 78 anos. Américo teve participação destacada na consolidação da Fethesp. Foi presidente da entidade de 1969 a 1999, tendo sido eleito por dez mandatos consecutivos. Companheiro de muitas lutas, dedicou sua vida ao sindicalismo sério e atuante, às melhorias das condições de trabalho e representatividade da categoria. Fica aqui nosso respeito.

Ano agitado e de conquistasÁgua, vamos dar nossa contribuição

Cursos, aprender para crescer

Assédio moral, vamos combatê-lo Condições de trabalho, um direito

Regulamentação, a luta por dignidadeLazer, hora de curtir a vida

Aposentadoria, e na hora de parar? Festa das Crianças, é dia 20 no sindicato

Félix, uma trajetória de lutas

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Nosso sindicato está atento à crise do abastecimento de água no Estado. Na Capital, a situação já é dramática em algumas áreas, assim como no Interior. “Não podemos ficar de braços cruzados sem fazer nada”, diz o presidente José Maria Félix.

E não é de hoje. Nos últimos três anos, o Sindedif realizou cursos em parceria com a Sabesp sobre o uso racional da água, com foco na identificação de vazamentos para evitar desperdícios. Também promoveu eventos com a Tigre com o objetivo de conter derrames desnecessários e localizar instalações mal feitas.

“Agora, por meio dos nossos boletins e pela Folha Sindical, estamos orientando os companheiros”, afirma Félix. “É a nossa parte diante da crise no abastecimento de água que pode chegar à Baixada Santista. O nível dos rios está baixando por causa da estiagem”.

O presidente pede atenção aos companheiros, zeladores, faxineiros e auxiliares de serviços gerais para o uso equilibrado da água. Se não for dessa forma, diz, todos pagarão um preço muito elevado.

A ideia é também procurar os sindicatos patronais (Sicon e Seabens) para que tomem parte nesta campanha. “Os funcionários recebem ordens dos síndicos. Por isso, é preciso que a classe patronal também tenha essa compreensão”.

CONSCIENTIZAÇÃO

Água, problema de todos

ALGUMAS DICAS DO eCYCLE.COM.BRO primeiro passo é a aplicação de uma campanha de

conscientização. Distribua cartazes pelos murais, elevadores e envie cartas a cada apartamento. A ideia é diminuir o consumo e, para isso, é necessário que as pessoas entendam o sentido da campanha.

Proponha, dentro das reuniões de condomínio, a troca da conta de água de consumo coletivo pela de consumo individual. Essa é uma das causas que levam os moradores a serem pouco conscientes, já que não têm noção de quanto gastam mensalmente (pois a conta está inclusa nas despesas de condomínio). Sendo assim, o orçamento do prédio, caso haja multas, não sairá do bolso de todos e a administração pode advertir quem estiver gastando muito.

Gastar muita água com as plantas é algo muito fácil de

evitar. No inverno, por exemplo, é possível regá-las dia sim, dia não. Regar o gramado ou o jardim antes das 10 horas da manhã e depois das 7 horas da noite evita o excesso de evaporação. E sempre evite a mangueira. Com essas medidas, você pode economizar cerca de 96 litros de água diariamente só com as plantas.

Para limpar quintal e carro, adote a vassoura como a melhor amiga da água. Para limpar a calçada, quintal, ou áreas comuns de prédios, não use a mangueira - ligada por 15 minutos, ela gasta 280 litros de água. O carro pode ser lavável por meio de um balde e um pano em vez da mangueira.

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CURSOS

PARTICIPAÇÃO

O aprimoramento da nossa mão de obra é um dos pontos de honra do sindicato. Basta ver a quantidade e qualidade dos cursos realizados em nossas dependências ou em outras unidades.

O mais recente deles é resultado de uma parceria firmada com o Senac-Baixada Santista. Por meio desse acordo, em novembro e dezembro, dois novos cursos foram introduzidos: Técnicas Práticas de Serviços Gerais e Técnicas de Portaria e Zeladoria.

“Nós temos uma visão: os trabalhadores, seja de qualquer área, precisam estar preparados para o mercado de trabalho”, diz o presidente do Sindedif, José Maria Félix. “A realidade atual faz essa exigência e a concorrência por uma vaga é muito grande, além da modernização que veio com os novos condomínios”.

O curso Técnicas Práticas de Serviços Gerais terá aulas entre os dias 17 de novembro e 8 de dezembro, das 19 às 22 horas. Já o curso Técnicas de Portaria e Zeladoria ocorrerá entre 25 de novembro e 17 dezembro, igualmente das 19 às 22 horas.

Em 2015, novos cursos da parceria com o Senac serão colocados em prática. Todos eles foram definidos de acordo com as necessidades dos trabalhadores em edifícios e empregados em administradoras de condomínios.

Ainda em 2014, realizamos, mais uma vez, o curso de Instalações Hidráulicas, a cargo de instrutores da Tigre. “Tivemos alunos novos, mas também boa parte que já havia feito o curso em outras ocasiões”,

Conhecer para evoluir na profissãoCONFIRA QUAIS CURSOS JÁ REALIZAMOS

Atendimento ao Público, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (NR-10) - Escola Senai; Operador de Microcomputador - Escola Senai;Assistente de Departamento Pessoal - Escola Senai;Qualificação de Empregados em Edifícios - Escola Politécnica Treinasse;Qualificação em Departamento Pessoal - Escola Politécnica Treinasse;Segurança em Portaria de Condomínios – Polícia MilitarPrimeiros Socorros – Labormed-Assessoria, Segurança e Saúde Ocupacional;Pintura de Residências – Tintas São Miguel e Coral;Instalações Elétricas – Sindicato da Construção Civil e Senai

Sindedif sempre presenteNosso sindicato tem uma participação

ativa nas entidades ligadas à categoria. Por que isso é importante? Por uma razão simples: o Sindedif é reconhecido como uma das mais atuantes entidades de classe da Baixada Santista.

Isso significa o reconhecimento a um trabalho constante na luta por melhores salários e no empenho por garantir à categoria benefícios, aperfeiçoamento profissional e no suporte nas mais diversas áreas, como atendimento médico,

odontológico, oftalmológico, de realização de exames, de direitos trabalhistas, entre outros.

Essa atuação destacada chamou a atenção para o Sindedif e levou o presidente José Maria Félix a compor diretorias de outras entidades vinculadas à categoria. Hoje, ele também atua como diretor Social e de Patrimônio da Fecoesp e diretor do Setor de Serviços em Edifícios e Condomínios da Força Sindical.

“Não somos um sindicato isolado.

Pelo contrário, participamos de decisões que dizem respeito aos trabalhadores de forma geral e à categoria de empregados em edifícios”, afirma o presidente.

Félix também possui relacionamento estreito com as demais entidades ligadas ao setor, como Conatec, Fenatec e Fethesp. “Elas nos auxiliam em reivindicações que exigem contatos com entidades governamentais ou parlamentares. Na prática, podemos descrever o fornecimento dos computadores para a Lan House, divulgação de nossas atividades em seus veículos de comunicação e até na parte de lazer, compartilhando colônias de férias”.

Também há outros diretores que atuam como suplentes nas entidades, todos compromissados com o bem-estar da nossa categoria.

lembra Félix. O pessoal está mesmo querendo aprender, seja para uso pessoal ou profissional”, afirma o presidente.

O nosso sindicato não poupou esforços para garantir o acesso da categoria aos cursos. Primeiro, porque conforme as parcerias feitas com

empresas ou instituições, as aulas são gratuitas. Segundo, porque o Sindedif preparou salas amplas e adequadas em seu segundo andar. Ou seja, o trabalhador usa o sindicato, que é sua casa, também para aprimorar seus conhecimentos.

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PROTEJA-SE

a violência no trabalhoAssédio moral,

O assédio moral é uma das mais violentas formas de pressão aos trabalhadores em seu ambiente de trabalho. O nosso sindicato luta contra isso e dá total apoio aos companheiros e companheiras que sofrem esse tipo de perseguição.

A advogada do sindicato, Carla Mazzeo, inclusive, tem um trabalho a

TRABALHO

Por melhores condiçõesO clima anda meio bagunçado,

com picos de calor intenso. Para nós, empregados em edifícios, o momento é de se preocupar com a qualidade do ambiente de trabalho. Lembra do verão passado, quando muitos companheiros sofreram em cabines mal ventiladas e sem proteção contra o sol?

O nosso presidente, José Maria Félix, está atento a esse fato. “Na ocasião, cobramos dos patrões uma resposta para o problema. Em alguns lugares, deu certo.

Instalaram ventiladores ou persianas e até mesmo aparelhos de ar condicionado”.

Em outros locais, porém, continuou a mesma coisa, com muitos trabalhadores sofrendo sob altas temperaturas. “Chegamos a ir na imprensa para denunciar esse fato e tivemos a solidariedade de vereadores, que nos procuraram para auxiliar de alguma maneira”, afirma o presidente.

Félix insiste que os prédios devem sim estar preparados para o verão, que

promete ser intenso. “Ninguém está ali nas guaritas para brincar. São pais de família que precisam de condições mínimas para exercer sua função”.

O presidente também reforça a luta para que prédios e condomínios construam sanitários próximos à guarita. A medida se justifica porque, em locais onde o banheiro fica distante do posto de trabalho, condôminos reclamam da ausência do funcionário. “Essa é uma queixa injusta. Ora, como todo ser humano, um zelador ou porteiro tem suas necessidades. Então, por que não instalam banheiros próximos à cabine?”

O sindicato, por meio de sua diretoria, vai insistir nessa providência. “Estamos mobilizados e continuaremos a reivindicar melhorias nas condições de trabalho”.

ASSÉDIO MORALÉ toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, escritos, comportamento, atitude, etc.) que,

intencional e frequentemente, fira a dignidade e a integridade física ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

As condutas mais comuns, dentre outras, são:n instruções confusas e imprecisas ao(à) trabalhador(a);n dificultar o trabalho;n atribuir erros imaginários ao(à) trabalhador(a);n exigir, sem necessidade, trabalhos urgentes;n sobrecarga de tarefas;n ignorar a presença do(a) trabalhador(a), ou não cumprimentá- lo(a) ou,ainda, não lhe dirigir a palavra na frente dos outros, deliberadamente;n fazer críticas ou brincadeiras de mau gosto ao(à) trabalhador(a) em público;n impor horários injustificados;n retirar-lhe, injustificadamente, os instrumentos de trabalho;n agressão física ou verbal, quando estão sós o(a) assediador(a) e a vítima;n revista vexatória;n restrição ao uso de sanitários;n ameaças;n insultos;n isolamento.Assim, se você identificar alguns desses itens, fique atento e procure o sindicato. Esse é um comportamento que não pode ficar impune.

este respeito, fruto dos casos analisados por ela no decorrer dos anos. Com suas posições firmes, a doutora Carla é muito requisitada para abordar o tema em várias palestras.

Para facilitar a compreensão do assunto, a Fethesp lançou uma cartilha denunciando a prática do assédio moral.

Dra. Carla Mazzeo, advogada que realiza importante trabalho

contra o assédio moral

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REGULAMENTAÇÃO

A regulamentação da categoria é um dos pontos de honra dos sindicatos de empregados em edifícios. “Enquanto travamos as lutas por melhores salários, introduzimos cursos de aprimoramento profissional e implantamos benefícios, também buscamos o reconhecimento legal”, frisa o presidente José Maria Félix.

O presidente do Sindifícios-SP, da Fenatec e da Conatec, Paulo Ferrari, reforça a opinião. “É algo que buscamos há anos. Só em São Paulo, mais de 250 mil trabalhadores entre zeladores, porteiros, vigias, faxineiros, ascensoristas, garagistas, folguistas e outros atuam de sol a sol sem ter reconhecida sua profissão”.

Ambos desenvolvem campanhas em suas bases, chamando para a necessidade de união dos trabalhadores e

A luta pela dignidade e respeitoconscientizando a sociedade. “Nos nossos informativos ou nas conversas que temos com autoridades, buscamos esse apoio”, diz Félix.

Ferrari cita a sua base, São Paulo, num exemplo que muito bem se encaixa em Santos: “Todos os cidadãos se relacionam de alguma forma com esses trabalhadores que passam seus dias nos condomínios desta cidade, conhecida mundialmente pela quantidade de arranha-céus que possui e, mesmo assim, não são reconhecidos”.

O presidente do Sindifício-SP discutiu a questão com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, no último dia 3 de novembro, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. No encontro, Paulo Ferrari falou em nome dos trabalhadores da categoria não só de São Paulo, mas também do

Brasil. “Encontrei em ministro solícito, que ouviu atentamente as principais questões que envolvem nosso trabalhador”.

A oportunidade foi para pressionar e pedir os olhares do governo para essa questão da regulamentação da categoria.

O dirigente demonstra otimismo: “Tenho a esperança de que agora, com a virada do ano, as coisas entrem nos eixos. Mesmo com uma bancada trabalhista menor assumindo o Congresso, nosso papel é nunca desanimar e manter erguida nossa bandeira pelos nossos ideais”.

Félix concorda e põe a categoria de Santos nesta frente de apoio. “No que depender de nós, estaremos sempre presentes. O que estão em jogo é o respeito pelos nossos trabalhadores e o futuro dos empregados em edifícios”.

LAZER

Hora de relaxar nas colônias de férias

Pensando no bem-estar da categoria, o sindicato acaba de assinar uma parceria com o Sindifícios (de São Paulo) para que nossos associados tenham acesso à Colônia de Férias em Caraguatatuba, no Litoral Norte. Com isso, vamos proporcionar ainda mais lazer para os trabalhadores em edifícios e seus dependentes.

Nós, que já temos a Colônia de Férias da Fethesp, em Praia Grande, passamos a contar com mais este grande complexo de lazer.

Os preços são especiais para a categoria. Tanto a de Praia Grande quanto a de Caraguatatuba são amplos espaços de lazer, com boas acomodações, piscina, churrasqueira, salão de jogos, tudo muito pertinho da praia.

A parceria com a Colônia de Caraguatatuba foi acertada entre Félix e o companheiro Paulo Ferrari, presidente do Sindifícios, da Fenatec e da Conatec.

Mais informações na secretaria do nosso sindicato.

As colônias de férias conveniadas com o Sindedif oferecem muito lazer, que vão de piscinas a churrasqueiras. Sem esquecer dos salões de jogos

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APOSENTADORIA

O Supremo Tribunal Federal adiou mais uma vez a discussão sobre a possibilidade de revisão da aposentadoria dos aposentados que voltam a trabalhar e a contribuir com a Previdência. A discussão, que já foi interrompida por duas vezes, parou na retomada do julgamento do dia 29 de outubro por pedido de vista da ministra Rosa Weber.

Está aí um tema que se arrasta há anos nas mesas do tribunal. Da nossa parte, só resta esperar, não sem antes manter a classe trabalhadora informada a respeito. Claro que há ações na Justiça, mas a questão passa pelo martelo da suprema corte brasileira.

Para a advogada Karla Pazetti, que atua em parceria com o nosso sindicato, a decisão deveria ser tomada também com boa dose de sensibilidade por quem vai julgar o fato.

“A pessoa se aposentou em determinado momento, por desejo pessoal, imposição da lei ou necessidade de descansar, mas diante das circunstâncias, como custo de vida e dificuldades de se manter, ela busca corrigir uma distorção”.

A doutora Karla recomenda cautela aos trabalhadores. “É sempre bom manter o otimismo, porém, vale ficar atento e aguardar. Não devemos ser derrotistas, isso não! Até porque há chances de a desaposentação ser aprovada”.

Já o Fator Previdenciário é outro ponto polêmico. Esse vilão, que nos consome na hora da aposentadoria, ganha vozes contrárias, mas dificilmente

E na hora

de parar?

avança nas negociações com o Governo.“Tenho falado para trabalhadores

e aposentados que a regra em vigor é esta. Por enquanto, temos que obedecê-la, não restam saídas”, diz a advogada. Para ela, há fórmulas sendo discutidas por entidades sindicais e o Governo, mas ainda falta um acordo. “Nossa expectativa é para um termo que não prejudique tanto quem trabalhou por toda uma vida”.

O fator é aplicado para cálculo das

aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo opcional no segundo caso. Criado com o objetivo de equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício, baseia-se em quatro elementos: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência Social e expectativa de sobrevida do segurado (conforme tabela do IBGE).

Karla Pazetti atende na Rua Bittencourt, 141, conjunto 55, telefone 3221-8089.

DIVERSÃO

Dra. Karla Pazetti é especialista em Direito Previdenciário e atua em parceria com o sindicato

Festa das Crianças é no dia 20A festa já está marcada: no dia 20 de dezembro, do meio-dia às 18 horas, vamos promover

o Natal das Crianças, com muitas atividades em nossas dependências. Desde outubro, os convites estão à disposição dos pais ou responsáveis.

O evento contará com muita diversão para a garotada, com doces e refrigerantes e brindes. “Elas são o futuro do País. Por isso, nada mais justo do que promover uma festa homenageando as crianças”, diz o presidente José Maria Félix.

Portanto, se você já retirou o convite, marque na sua agenda. A realização conta com o apoio do Centro de Valorização da Criança (CVC - Zona da Orla/Intermediária), da Secretaria Municipal de Saúde de Santos, Senutre, Secretaria Municipal de Cultura e Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Santos. Isso porque muitos filhos de empregados em edifícios são atendidos por órgãos especializados da Prefeitura, como o Centro de Valorização da Criança.

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Félixtrajetória de lutas e vitórias

“Tá vendo aquele edifício moço?Ajudei a levantarFoi um tempo de afliçãoEram quatro conduçãoDuas pra ir, duas pra voltar”

A primeira estrofe da música Cidadão, de Zé Geraldo, pode explicar parte da história de José Maria Félix. Como muitos nordestinos, o hoje presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos e Cubatão (Sindedif) veio para São Paulo em busca de melhores condições de vida.

Nos anos 1980, Félix se encaixou como faxineiro em um condomínio. Ficou por muito tempo na labuta até subir de posição, passando a porteiro e depois zelador em prédios da Cidade e no Centro de Santos. Em muitas ocasiões, chegava a dormir em quartinhos improvisados no próprio local de trabalho,

Mas a vontade de se firmar e prosperar aqui, no “Sul Maravilha”, eram mais fortes que o desânimo que por vezes rondava os pensamentos desse potiguar, de pele morena e cabelos lisos, típicos de sua terra natal, o Rio Grande do Norte.

Da pequena cidade de Martins, no interior do estado, à orla santista, Félix foi construindo sua trajetória. Retomou os estudos que havia deixado, passando por escolas como o Cleóbulo Amazonas, Azevedo Júnior e Primo Ferreira, onde concluiu o antigo Segundo Grau, hoje Ensino Médio.

Ao mesmo tempo em que estudava e ganhava pontos como um bom zelador, ele viu uma outra necessidade: lutar pela categoria à qual pertence. Participava das assembleias com disposição, opinava e debatia os assuntos com velhos e novos companheiros.

Essa militância o levou à diretoria de base do Sindedif. Não recusava tarefas na entidade sindical, mostrando disposição incomum para a luta por melhores condições de trabalho. Primeiro, durante a

gestão do falecido Antonio Berni, homem astuto e um dos remanescentes da velha guarda de zeladores dos prédios santistas.

Com Berni, Félix ganhou mais espaço e chegou ao cargo de tesoureiro geral do Sindedif. O dinamismo lhe rendeu prestígio, especialmente junto aos trabalhadores do setor. Com a saída de Antonio Berni, a presidência foi assumida por Pedro Sirqueira, outro dirigente que vivenciou os anos de consolidação dos direitos dos empregados em edifícios.

Sob a direção de Pedro, também falecido, Félix se tornou vice-presidente. Manteve o mesmo ritmo de trabalho até a aposentadoria do comandante em 2011. Passou então a assumir o cargo maior

no Sindedif de forma interina até ser levado à Presidência no processo eleitoral.

Desde então, o Sindedif vem passando por uma fase de transformações. “Sempre imaginei um sindicato participativo e forte nas questões trabalhistas. Mas entendia também que precisava avançar em algumas áreas, como a formação e o aprimoramento da mão de obra”. Por isso, ele não mediu esforços em formar parcerias com empresas e respeitadas instituições de ensino para propiciar a chance aos trabalhadores de aprenderem mais, de se reciclarem. Para isso, contou com o apoio decisivo e unidade de seus companheiros de diretoria.

Nessa toada, Félix teve uma ideia: aproveitar um quase ocioso espaço no segundo andar da sede do sindicato, na Rua Júlio Conceição, 238, na Vila Mathias, para implantar salas de aula. A empreitada deu certo: hoje, são quatro salas devidamente preparadas para diversos tipos de cursos. “E valeu a pena, porque a categoria aproveita e lota esses espaços quando temos palestras ou cursos”, diz, orgulhoso da iniciativa que vem ajudando a categoria a ampliar seus horizontes.

Félix é intenso no trabalho. Quem o conhece sabe que dificilmente ele fica em sua sala, a menos que tenha de receber um associado ou se reunir com representantes de entidades diversas.

José Maria Félix, hoje com 52 anos, chega cedo para o trabalho e, em geral, é o último a sair. Tudo isso sem esquecer de seu porto seguro, a família (esposa e filha). Olhando para trás, vê com indisfarçável alegria a trajetória que construiu e do quanto a categoria de empregados em edifícios vem evoluindo ao longo dos anos.

Pois é este caboclo potiguar que põe a mão na massa na tarefa de transformar o Sindicato dos Empregados em Edifícios em uma das maiores forças trabalhistas da Baixada Santista, reconhecida não somente por sua categoria, mas por entidades de peso, como a Força Sindical, Conatec, Fenatec, Fecoesp e lideranças empresariais e políticas. Aliás, ele também atua como diretor da área de Condomínios da Força Sindical e diretor Social e do Patrimônio da Fecoesp.

E assim, Félix construiu sua trajetória e vai, como sempre, no ritmo de sua causa: a luta pelos trabalhadores em edifícios e condomínios.

Félix e o companheiro Paulo Ferrari, sempre na luta pela categoria...

...e com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, relatando as reivindicações dos trabalhadores