folha do povo de janeiro

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folha povo do HISTÓRIAS HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS GUARATINGUETÁ, Janeiro 2013 - ANO 50 - Nº 1195 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA BEM-ESTAR PÁG. 06 Dicas e cuidados na alimentação para garantir um Carnaval saudável e cheio de energia. Por Patrícia Palandi PÁG. 04 A origem e visível evolução da tradicional festa brasileira. o “Carnaval”. Por Thereza Maia PRATIQUE EDUCAÇÃO PÁG. 04 A conscientização da sustentabilidade e educação ecológica dentro das escolas desde a educação infantil. Por Angelina Moreno PÁG. 05 Mente sã em corpo são. Dicas para encontrar o equilibrio entre o saudável e as comemorações do Carnaval. Por Alberto Limongi

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Folha do povo de janeiro

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Page 1: Folha do Povo de Janeiro

folha povodo

HISTÓRIAS

HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS

GUARATINGUETÁ, Janeiro 2013 - ANO 50 - Nº 1195 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA

BEM-ESTAR

PÁG. 06

Dicas e cuidados na alimentação para garantir um Carnaval saudável e cheio de energia. Por Patrícia Palandi

PÁG. 04

A origem e visível evolução da tradicional festa brasileira. o “Carnaval”. Por Thereza Maia

PRATIQUE

EDUCAÇÃO

PÁG. 04

A conscientização da sustentabilidade e educação ecológica dentro das escolas desde a educação infantil. Por Angelina MorenoPÁG. 05

Mente sã em corpo são. Dicas para encontrar o equilibrio entre o saudável e as comemorações do Carnaval. Por Alberto Limongi

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Danilo Rosas

02 | folha do povo

| EDITORIAL |

Editor: Danilo Rosas MTB/SP 37.619Administração: Renata RosasProjeto Gráfi co: Studio DRCoordenadora Editorial: Lívia FernandesCoordenadora de Arte: Beatriz MathídiosRedação: Julio MazieroOperações Comerciais: Daniele Castro

Registrado em 12/04/1962 Reg. Livro B-1 nº 15 Fls 15 Mat. Jornais e RevistasFUNDADOR G. Dimas Carvalho Rosas - Reg. DRT/SP 7343 - SJPESP 2210Design Gráfi co: Walder Guimarães e Renan Mendonça.Colaboradores: Patrícia Palandi, Alberto Limongi, Angelina Moreno, Irene Margarido e Thereza Maia Fotografi as: Danilo Rosas, Renate Esslinger e Árpád Cserép e Joern Blohm. Comercial: Nickson Gabriel e Renato Nomoto. Publicação Mensal Janeiro/2013Para anunciar ligue (12) 3133-2449 ou pelo e-mail: [email protected]ão: Resolução Gráfi ca

EXPEDIENTE

02 | folha do povo

folha povodo

Editora Expedições: Rua Monsenhor Filippo, 367Guaratinguetá/SP – CEP 12.501-410 email: [email protected]. site: www.editoraexpedicoes.com.brA Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

“O SENTIDO DA VIDA É SE ENQUADRAR NA LUZ, NA COMPAIXÃO, NA

TRANSPARÊNCIA. VIVER É ARTE DE PACIÊNCIA E CORREÇÃO DO AMOR.”

FMV - http://fmarcondesvelloso.blogspot.com

Realmente fica difícil saber o que é mais previsível, as chu-vas de início de ano ou as manchetes da imprensa mostrando os estragos causados por elas.

E olha que nem é preciso consultar horóscopo, tarô, búzios, mãe Dinah e Walter Mercado para ficar sabendo que todos os anos, nesta mesma época, acontece a mesmíssima coisa.

Parece que só mesmo os governantes não enxergam isso. Somente eles ainda não entenderam que, como na Medicina, a prevenção ainda é o melhor remédio.

E neste trabalho preventivo, a conscientização da população é peça chave, uma vez que, embora padeça, ano após ano, do mesmo problema, ela ainda não entende que não deve jogar lixo nas ruas, nos bueiros e nos rios. Assim como parece não ter entendido ainda que deve eliminar os possíveis criadouros do mosquito da dengue. Outro problema sério que entrará em cartaz em breve.

Por isso, uma ação incisiva, maciça e intensiva do poder pú-blico na educação do povo, na fiscalização, no monitoramento de rios e áreas de risco, limpeza dos bueiros e na manutenção de pontes e ruas, é essencial.

Todos têm responsabilidade nesta questão porque vidas estão em jogo.

É preciso ação. Porque oração já temos bastante.

PREVENIR OU REMEDIAR?

Segundo dados do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais), a quantidade de raios que atingiram o Vale do Paraíba aumentou em 2012. Somente em São José dos Campos, no período de 20 de dezembro de 2012 a 20 de janeiro de 2013, nada menos que 6.105 raios caíram na cidade. Em Pindamonhangaba o número de descargas elétricas foi seis vezes maior no mesmo período. Taubaté quadruplicou o número de incidências no ano passado, com 1.558 raios. Em dezembro último, um rapaz morreu em Potim, ao ser atingido por um raio, e, em Bertioga, no dia 6 de janeiro deste ano, um casal também foi vitimado. O Brasil é recordista mundial de incidência de raios, com uma média de 50 milhões de descargas todos os anos e o Vale do Paraíba é um dos locais mais atingidos do país. Cerca de 130 pessoas perdem a vida todos os anos no Brasil devido aos raios. Fonte: Jornal O Vale.

Raios aumentam na região em 2012

O Emprega São Paulo/Mais Emprego, desenvolvido pela Sert (Secretaria de Relações do Tra-balho) tem 844 vagas de emprego disponíveis na região do Vale do Paraíba. Aos interessados, basta acessar o site www.empregasaopaulo.sp.gov.br, fazer o cadastro criando senha e login, além de fornecer os dados solicitados, ou então se dirigir a um PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), munido de RG, CPF, PIS e Carteira de Trabalho. O segredo é manter os dados cadastrais atualizados para não perder oportunidades e também para ter acesso a programas de qualifi cação da Sert, como o Time do Emprego e o Programa Estadual de Qualifi cação (PEQ). Fonte: Jornal O Vale.

844 vagas de emprego no Vale do Paraíba

A Prefeitura de Guaratinguetá informa que os pedidos de ISENÇÃO do IPTU 2013 poderão ser feitos até o dia 15 de fevereiro. O atendimento está sendo realizado, desde 21 de janeiro, no piso térreo da Secretaria de Justiça e Cidadania, à Praça Homero Ottoni, nº 173, das 12h às 17h. Os interessados devem apresentar cópias do RG, CPF, comprovante de rendimento, comprovante de residência e carnê de IPTU-2013 (folhas 03 e 06). Terão direito a 100% de isenção os aposentados e pensionistas que ganhem até dois salários mínimos e tenham um único imóvel, com até 150 m² de construção; todas as pessoas que recebam até dois salários mínimos e possuam um único imó-vel com até 70m² de construção; e para quem ganha acima de dois salários mínimos ou não possua renda e tenha um imóvel com até 70m² de construção, o desconto será de 50%. Este pedido deve ser refeito anualmente, mesmo para aqueles que já receberam o benefício.

Pedidos de Isenção de IPTU em Guará até 15 de fevereiro

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| MATÉRIA ESPECIAL |

Que o Brasil é o país do futebol, todos nós sabemos. Mas o brasileiro também pára quando chega o Carnaval, como se fosse uma final de uma Copa do Mundo. Por esta razão, pode-se afirmar, sem medo de errar, que o Brasil é também o país do Carnaval. No Vale do Paraíba, Litoral Norte e Sul de Minas Gerais acontece o mesmo.

Cada Carnaval, de cada cidade, possui uma característica diferente e, por isso, oferece opções diferentes, mas que têm em comum a alegria típica da semana mais festiva do ano. A Folha do Povo traz um pequeno panorama com um pouco do que vai rolar durante a Festa de Momo em alguns municípios destas regiões.

Das tradicionais marchinhas aos shows ao vivo, passando por desfiles e pela ale-gria dos carnavais de rua, para quem deseja curtir cada momento e também dicas para aqueles que preferem aproveitar o período para meditação e exercício da es-piritualidade.

Samba nas areiasCarnaval e praia é a química perfeita. O Sol e o mar contribuem para deixar os

foliões ainda mais animados para curtir a festa. E no Litoral Norte, agitação é o que não falta.

Em Ilhabela a animação começa na sexta-feira, dia 08 de fevereiro, com a abertu-ra do Carnaval e o desfile de blocos. Nos demais dias da festança o público se reúne para assistir ao desfile dos blocos carnavalescos e das escolas de samba. A terça--feira de Carnaval, dia 12 de fevereiro, é quando acontece o momento mais esperado da folia em Ilhabela: o Banho da Dorotéia. Criada em 1923, na cidade de Santos, esta tradição carnavalesca é marcada pelo mergulho dos participantes, vestidos com papel crepom, do Píer da Vila. Ao caírem no mar, a roupa se desfaz, colorindo as águas. Segundo a crença, ao mergulharem, os foliões lavam para longe as energias ruins. Milhares de pessoas participam anualmente da brincadeira, que marca o fim da festa em Ilhabela.

O Carnaval 2013 também promete muita ferveção em Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião, com blocos, escolas de samba, marchinhas, shows musicais e muito mais, tudo isso emoldurado por suas lindas praias.

Folia nas serrasQuem pretende subir a serra para curtir o Carnaval sem passar aquele calorão

típico da estação tem opções variadas na região.Em Santo Antônio do Pinhal a folia está garantida do sábado à terça-feira, com

desfile de blocos, baterias, apresentações de bandas e marchinhas. Entre os blocos figuram o Pinto da Madrugada, o Espelotiado e o Tudo Junto e Misturado. A festa na estância turística acontece sempre na Praça do Artesão e na avenida do Carnaval.

Na vizinha São Bento do Sapucaí a alegria fica por conta do desfile de três blo-cos. O Trinca o Caneco, que conta com Bateria de Escola de Samba Ziriguidum, especializada em sambas enredos das escolas de São Paulo e do Rio, desfila na segunda-feira, dia 11 de fevereiro. Neste ano, o bloco terá como tema do enredo o Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato. Outro bloco que se apresenta é o Peruca Loka, no qual é obrigatório o uso da peruca. Ele desfila no domingo, dia 10 de fevereiro. O terceiro bloco, que também sai na segunda-feira, dia 11, é o Mangueirão do Rááá. Para desfilar com esta turma é obrigatório utilizar adereços relacionados à água, como roupa de banho, bóias, óculos de mergulho, etc. Nos desfiles do Peruka Loka e do Mangueirão do Rááá os foliões serão animados pelas marchinhas de Carnaval do grupo Sandro e Cia. Todos os blocos sairão da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves.

Em São Luiz do Paraitinga uma cervejaria famosa tentou promover shows musi-cais, inclusive com um DJ estrangeiro no Carnaval 2013, mas a reação do público na mídia e, sobretudo, nas redes sociais, foi tão incisiva, que o tradicional Carnaval de Marchinhas reinará soberano.

Festa nas águasNo Sul de Minas Gerais, o circuito das águas vai provar que mineiro também tem

samba no pé. São Lourenço promove a Folia das Águas, que começa na sexta-feira, dia 08, com o desfile do Bloco do Pijama pelas ruas e show da Banda Movimento Axé, na Ilha Antônio Dutra. No sábado, dia 9, a Ilha será o palco para o show do Tempero Baiano. No domingo se apresenta a banda Zulubaba e na segunda-feira a

Usmen. O Carnaval em São Lourenço se encerra em grande estilo na terça-feira, com a apresentação do Monobloco. Além destas apresentações, a tradição não foi deixada de lado, com Charanga, chorinho, folia infantil e desfile de blocos pelas ruas.

Dona daquele que é considerado o melhor Carnaval do Sul de Minas Gerais, Lam-bari recebe milhares de turistas durante os dias da festa. A programação carnavales-ca do município se divide entre a festa realizada pela administração pública, com palco e barracas de comidas típicas, e aquela dos blocos, com bailes, desfiles e trios elétricos. E animação é o que não falta para quem acompanha blocos tradicionais como o Hard Roça O Bloco e o Dim Terim Bebim. Suas apresentações acontecem no clube Águas Virtuosas e, neste ano, contarão com as participações especiais de Usmen, Latino, A Zorra e João Neto e Frederico, além dos Dj’s. Em todos os shows, o abadá é obrigatório. A cidade conta ainda com uma tenda de música eletrônica, para oferecer uma opção a mais para os foliões.

Carnaval de antigamenteMesmo com a não realização do desfile das Escolas de Samba, Guaratinguetá

terá o seu grito de Carnaval revivendo a tradição das marchinhas. A animação está garantida com o tradicional desfile da Banda Mole, que abre no sábado, o Carnaval 2013. No domingo saem os blocos de embalo. A folia na cidade contará ainda com a participação mais que especial da Banda Estrambelhados, dos blocos do Espanta Vaca e Juca Teles, direto de São Luiz do Paraitinga, que desfilarão no dia 11. Na terça-feira, dia 12, também de São Luiz, se apresenta o Bloco do Barbosa. O Carna-val de Guaratinguetá acontece na Avenida Presidente Vargas.

Missas e mantrasEnquanto o Carnaval rola país afora, existem aqueles que não suportam a folia e

que fogem de qualquer sinal de agitação. Para este público, a região também oferece boas opções, que vão desde retiros religiosos até locais tranquilos, onde a corte de momo não tem vez.

A Fazenda Nova Gokula, em Pindamonhangaba, sede dos Hare Krishnas no Bra-sil, é um lindo recanto, onde o templo principal e as casas dos fieis são emoldurados pelo verde intenso da Serra da Mantiqueira. A fazenda tem boa infraestrutura com lanchonete e restaurante que oferecem pratos típicos, tudo com mantras e músicas indianas como trilha sonora. Os frios ribeirões que cortam a fazenda são também uma tentação para refrescar do calor do verão.

Para aqueles que preferem se dedicar a encontros e retiros religiosos, a Comuni-dade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, oferece uma extensa programação, com vários acampamentos, que trazem missas, shows e muita animação, sempre com a religiosidade em primeiro plano. Com o tema “Sal da terra e Luz do mundo”, o acampamento acontece de 8 a 13 de fevereiro, com diversas participações especiais confirmadas, entre elas a do missionário Dunga.

Por Julio Maziero

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* Patrícia N. P. PalandiNutricionista Esportiva (CRN: 30.298)Email: [email protected] / Telefone para contato: 3126-4692

I PRATIQUE Ipor Alberto Nepomuceno Limongi

* Alberto Nepomuceno Limongi é Gestor Público de Esporte, Professor Universitário, lecionando disciplinas relacionadas com administração e organização desportiva e trei-namento esportivo, na ESEFIC (Escola Superior de Cruzeiro).

Vivemos o verão, tempo de curtir o sol, de capitalizar vitamina D, tempo de aproveitar as praias, cachoeiras, rios, cascatas, piscinas e tudo o mais que a estação nos oferece. Dos noventa dias dessa estação, em média, pelo menos sua metade é de dias de pleno sol. Muito bom! Fora as tempestades, que fazem parte do ciclo e que também requerem muito cuidado de todos nós, é um período de muita curtição, de festas, de férias, comidas, bebidas e baladas.

Às vésperas do reinado de Momo, que afi nal, mostra-nos uma imagem fi gurativa do belo que pleiteamos e sofremos tanto para conseguir, cabe aqui uma explicação: a fi gura do Rei Momo que nos atrai para a folia, que nos convida à diversão, em nada se parece com os corpos que o Carnaval nos exibe. Vale então uma refl exão: “Mens sana in corpore sano” antigo provérbio greco-romano atribuído a Juvenal, importante fi lósofo da época, signifi ca simplesmente “Mente sã em corpo são”.

Sempre ouvimos esse provérbio e nem sempre o entendemos na sua essência. Fica na nos-sa cabeça apenas algo como uma mensagem olímpica muito antiga, meio perdida no tempo, sem muito nexo. Na interpretação fi losófi ca, Juvenal queria dizer que tudo que acontece com o corpo nada mais é do que refl exo da mente, que energias boas ou más, captadas por ela, são mandadas ao corpo causando sensações de libertação ou de escravidão, assim como de má qualidade ou de retrocesso espiritual.

Um corpo sem mente é inútil, da mesma forma que uma mente sem um corpo para su-portá-la nada é. O bem estar causado pelas coisas boas é seguido pela vontade de viver, de amar, de sentir a vida e de sempre ser útil à humanidade, que precisa conhecer o caminho da verdade e da vida. As vibrações más, por outro lado, são manifestas pelas doenças e o mal-estar notórios por todo o corpo, fazendo surgir enfermidades que muitas vezes matam, e outras enfermidades rotuladas de “doenças do século”, refl etindo a inferioridade humana.

Ao tratarmos da atividade físico-desportiva, entretanto, é comum interrogarmos, buscar entender o signifi cado e trazermos à luz da compreensão popular, pois sua mensagem pretende chamar a atenção para a união e complementaridade que deve existir entre o corpo e a mente.

Na atualidade, com observância mais precisa da segunda metade do século passado aos dias atuais, que vivemos um ciclo de culto ao corpo, sem grandes preocupações com a saú-de, numa verdadeira e profunda deturpação deste pensamento greco-romano, nossa atenção é chamada para tantos e quantos males são originários da inobservância dos princípios bási-cos da prática do exercício, da recuperação, do bom sono e da alimentação saudável.

Há uma “comoção” desenfreada em manter belo o corpo, nutrida pela vaidade e pe-los efeitos midiáticos. Há muita gente caminhando, correndo, nadando, pedalando, e na maioria das vezes, sem qualquer tipo de cuidado com o estado de saúde, alimentação, com vestimentas, calçados, quantidade de exercício, descanso e horário das suas práticas. Academias disputam clientes propagando facilidades e fórmulas miraculosas de transfor-mação para o belo.

Atletas, em busca de resultados, de posição social, de status fi nanceiro e glória subme-tem-se ou são submetidos a tratamentos e treinamentos desumanos, distantes dos ditames científi cos e semeadores de sofrimentos futuros. Basta procurar informações e acharemos exemplos em todos os esportes, de homens e mulheres, crianças e adultos, em todos os quadrantes do mundo, principalmente nos centros mais “desenvolvidos”, se assim podemos dizer. Tudo pela fama, pelo poder, pelo dinheiro e pela celebrização.

É imprescindível que entendamos que o corpo humano é uma máquina pilotada pela mente e concebida para se movimentar. Os talentos descobertos nos vários esportes e em di-versas outras formas de manifestação da expressão humana serão sempre os melhores, pois sempre estarão se aperfeiçoando, os menos virtuosos também podem melhorar e alcançar resultados positivos, na medida em que sempre estarão buscando no treinamento aprimorar suas qualidades físicas, técnicas e psicológicas, porém em condições naturais jamais uns suplantarão os outros. Todos melhoram, aprimoram-se, evoluem, crescem atlética e pesso-almente, mas não nos esqueçamos que cada ser é um único. O que é bom para um não será necessariamente bom para outro. Não é inteligente imaginar que meu corpo será escultural tanto quanto aquele que se mostra no vídeo.

“Mente sã em corpo são” nos leva a repensar conceitos e analisar a essência do antigo provérbio: equilíbrio, harmonia, sabedoria e parcimônia na utilização das ferramentas, que bem utilizadas promovem o bem estar físico e mental. A ambição é refl exo da inteligência. Usemos a nossa de forma inteligente e nossas ambições, anseios e necessidades serão saudá-veis, harmônicas, prazerosas e nossa qualidade de vida muito melhor, muito mais rica e bela.

Então gente amiga, vamos refl etir, pensar, planejar nossos dias de férias, nosso Carnaval. Vamos usar nossa inteligência para gozar com alegria, equilíbrio, moderação e, sobretudo, respeito com nossa mente e nosso corpo. O tríduo momesco passa, a vida continua, novas propostas, novas festas, novos desafi os, pois, bem vivida, ela será sempre uma festa.

MENS SANA IN CORPORE SANO EM PLENA FOLIA DE MOMO

Com a chegada do Carnaval e o aumento das temperaturas, a m e -lhor opção é apostar em alimen- t o s refrescantes e que, ao mesmo tem- p o , consigam proporcionar energia ao orga-nismo. Só assim será possível enca- rar a folia sem perder a disposição.

Antes do CarnavalPara a maioria das pessoas o mês

que antecede o Carnaval tem um p r o -pósito: emagrecer!

A dica é: não faça dietas da moda. Essas dietas, como já falamos em outra maté-ria, são restritivas demais e podem c a u -sar danos enormes à saúde. Invista n a s frutas, verduras e legumes! Reduza dras-ticamente o açúcar, sal e condimen- t o s em geral, dê prioridade à carnes ma- g r a s e carboidratos integrais pois eles d ã o sensação de saciedade devido sua lenta absorção.

Durante o carnavalNão se deve esquecer de comer a cada 3 horas e de parar pelo menos para fazer

as refeições. É importante o consumo de alimentos leves, pois alimentos pesados como feijoada, frituras, embutidos e carnes gordas podem acabar com sua dispo-sição durante as festas

Sendo assim, a melhor opção é o consumo de frutas, sucos, água de coco, sa-ladas, sanduiches naturais, iogurtes com granola, frutas secas, bebidas isotônicas e muita água!

Depois do CarnavalApós muita festa e curtição, a regra é voltar ao ritmo e desintoxicar o organismo,

caso tenho acontecido algum excesso.Para isso ser feito de maneira eficiente, deve haver o consumo de frutas cítricas

como por exemplo acerola, laranja, abacaxi, lima, etc.Uma dica para desintoxicar o organismo é inserir no cardápio a proteína de soja.

Extraída dos grãos da soja, esta proteína ajuda na recuperação do fígado.Outra dica é o consumo de chá de hibiscos com canela. Trata-se de um chá antio-

xidante que ajuda na diminuição da retenção de líquidos, no controle da glicemia sanguínea, pressão arterial, nos níveis de colesterol e triglicerídeos.

Cuidados com a alimentação garantem

ENERGIA PARA O CARNAVAL

I BEM-ESTAR Ipor Patrícia Palandi

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| EDUCAÇÃO | por Angelina Moreno

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* Angelina de Fátima Moreno Vaz dos Reis é professora de Educação Infantil , Ensino Superior e Psicopedagoga

I SUA CASA Ipor Irene Margarido da Silva

* Irene Margarido da Silva é propretária da loja Homestore, localizada na rua São Francisco, 248, Centro/ Guaratinguetá. Telefone: (12) 3122-6101 / Site: www.homestorebymercadodaserra.com.br

Nas últimas décadas se evidenciou a importância de cuidarmos do planeta. Pala-vras como ecologia, meio ambiente e sustentabilidade tornaram-se parte importante e presente em nosso vocabulário.

Educar para sustentabilidade deve ser algo iniciado desde que as crianças são muito pequenas.

A Educação Infantil é um espaço privilegiado onde esta consciência deve ser trabalhada dentro de uma educação formal. Privilegiado pelas possibilidades de inserção da criança nas mais variadas formas de acesso à diversidade cultural, diferenças étnicas, de aprender sobre valores e práticas democráticas. Isto é funda-mental, pois sustentabilidade não envolve apenas meio ambiente. Meio ambiente não envolve apenas plantas, rios, água e ar. Envolve a nós também, com nossas diferenças e necessidades.

A experiência nos mostra, ainda nos dias atuais, espaços de Educação Infantil voltados apenas para trabalhos realizados em datas comemorativas com projetos, plantios de mudas, passeios ecológicos.

É preciso avançar. Sustentabilidade envolve pensar criticamente acerca das ques-tões ditas como certas e buscar novas soluções para o que ainda se apresenta insus-tentável. Gerar experiências significativas é fundamental com os pequenos e como já citei, as possibilidades são muitas: pintura com os mais diversos materiais; uso da argila, terra, areia, água; possibilitar a reflexão por meio das histórias; representar pelo desenho, recorte e colagem, dramatização; efetuar questionamentos nas rodas de conversas, entre outros.

Cito duas experiências vividas em 2006 em visitas a salas distintas de pré-escola:1- Durante a visita, a professora, entre outras coisas, mostra feliz o plantio de

feijão realizado àquele dia com a turma. Observo sobre sua mesa duas violetas com as folhas murchas. Quem cuida de violetas sabe que basta água no pratinho uma vez na semana para que se mantenham lindas.

2- Ao entrar na classe, depois de acolhida, e conversando com as crianças observo uma cadeirinha bem no meio do caminho. Algumas crianças se levantam para pegar um brinquedo ou para mostrar-me um trabalho e desviam da cadeira. A professora pede que me contem quem está visitando a sala além de mim àquele dia e eles ale-gremente apontam para um grilo no chão que estava protegido pela referida cadeira, pois desta forma não pisariam nele eventualmente.

Rafael Yus, no livro Educação Integral afirma: “A forma como aprendemos é tão importante quanto o que aprendemos”.

Deixo que efetuem as reflexões sobre as duas situações vividas por mim. Meus melhores sentimentos a vocês.

Consciência Ecológica no espaço da EDUCAÇÃO INFANTIL

Adicionar plantas traz bem-estar e sofi sticação a ambientes internos. Plantas peque-nas dão cor e vida às mesas, estantes e janelas, enquanto plantas maiores suavizam e complementam a mobília. Como parte da decoração de interiores, as plantas criam uma sensação de arejamento, frescor e espaço. Porém, saber onde e como dispor os vegetais no espaço é muito importante, pois não é qualquer tipo de planta decorativa que se enquadra no ambiente.

As plantas ideais para interiores são as chamadas plantas de sombra ou até meia--sombra. Nem adianta você querer colocar aquele lindo bambu mosso em uma área que não tenha sol direto ao menos quatro horas por dia, porque ele vai viver muito pouco.

As plantas de meia-sombra precisam de duas a quatro horas de sol na manhã ou tarde e não suportam o sol do meio-dia. São apropriadas para fi car até um metro de distância daquela janela que recebe sol direto nestas partes do dia. Algumas espécies: Árvore da Felicidade, Lírio da Paz, Chefl era, Areca Bambu, Nandina, dinheiro em penca.

As plantas de sombra não toleram sol direto, mas não toleram também locais sem alguma luz natural (na verdade, nenhuma planta tolera falta de luz natural por muito tempo). Elas devem fi car de um a dois metros das janelas. Algumas suportam fi car a três metros de uma janela bem ensolarada. É importante manter a hidratação das plantas de interior tanto regando como fazendo pulverização em suas folhas. Além disso, aplicar adubos diluídos, em água de tempo em tempo, nos vasos é essencial.

Plantas facílimas de conviver são os cactos e suculentas. Se você não tem tempo ou não deseja ter trabalho mas quer algum verde dentro de casa, opte por elas. Quando você tem criança pequena ou animais em casa, cuidado com as plantas tóxicas quando suas folhas são mastigadas ou que liberam seiva irritante quando seus galhos são que-brados, tais como: comigo ninguém pode, copo de leite, bico de papagaio, entre outros. Certifi que-se sempre disso. As salas, que normalmente tem janelas maiores, fi cam lin-das com palmeiras de várias espécies, que são naturalmente plantas de interior, que se adaptam bem, além de exigirem poucos cuidados.

O tipo de palmeira mais usada na decoração de interiores é a Ráfis, mas existem outras que também dão um efeito bem legal. As espécies de palmeira mais indicadas para a decoração de interior são: Coco, Areca-bambu, Camedórea, Licuala, Palmi-teiro e Kentia.

O vaso utilizado também é muito importante. Existem vários tipos e com diferentes formatos, mas o vaso de vidro ganha mais destaque. Você pode decorar o seu vaso da forma que desejar, usando, por exemplo, pedras ou serragem, cascas ou folhas, de acor-do com a sua imaginação e criatividade.

As plantas deixam a casa com mais alegria, frescor e mais vida, sendo muito usadas para deixar o ambiente aconchegante e bonito. Então aproveite as dicas e mão na mas-sa... Quer dizer “na terra” e curta a natureza bem pertinho de você!

Plantas para interiores: deixe sua casa ou apartamento

MAIS VERDE

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Page 6: Folha do Povo de Janeiro

Com suas danças, cantos, orgias, abuso de bebidas, explosões de oprimidos contra opressores, fantasias, máscaras e músicas, o CARNAVAL tem suas origens nas sociedades primitivas, na Antiguidade Clássica, na África e na Pérsia. Chegou ao Brasil trazido pelos portugueses, sendo então conhecido por Entrudo. Era uma festa violenta, em que predominavam as brincadeiras de mau gosto, que iam desde o “limão de cheiro” fabricado pelas próprias famílias e cheios de água mal cheirosa ou de perfumes suaves, até banhos com baldes e caçarolas d’água que se jogavam nos transeuntes ou mesmo nas visitas. Apesar das proibições, o Entrudo se manteve fi rme, até que os limões de cheiro e baldes de água foram substituídos por confetes, serpentinas e lança-perfumes. Dizem que o confete foi introduzido no Brasil por volta de 1892 e que a serpentina nasceu em 1896 em Paris, com um bailado denominado “A Dança da Serpentina”. O lança-perfume veio da Suíça, fabricado pela Rodia, que “em 1911 teve uma encomenda tão extraordinária, que mandou um representante ao Brasil para ver de perto como se gastava tanto lança-perfume em um só Carnaval”. Já no ano de 1928 comentava-se que “o éter fantasiado de lança-perfume é servido com escândalo no Carnaval. O exagero e desvio em seu uso, principalmente devido ao seu efeito etílico, terminaram por determinar sua proibição defi nitiva, tanto em ruas como em salões”.

A etimologia da palavra Carnaval é obscura. Segundo Van Gennep corresponde ao Catalão “Carnes soltas” ou “Carne subtraída”. Designa o período em que era permitido

o uso da carne na alimentação, preparando as interdições da Quaresma, na qual o seu uso era proibido. O Carnaval atual, portanto, sucedeu ao Entrudo, constituindo-se no período em que pobres e ricos, velhos e jovens, brancos e pretos, esquecem as diferenças sociais e econômicas para se dedicarem somente a ele, nivelando, como observou Henry Koster, as classes econômicas numa só alegria...

A partir de 1846, uma novidade veio alegrar ainda mais os festejos carnavalescos: o Zé Pereira ou Tocador de Bumbo (Tambor), cuja origem certa ainda é discutida pelos historiadores, que concordam apenas com seu toque e música características vindas do Rio de Janeiro:

“Viva o Zé Pereira / que a ninguém faz mal Viva a bebedeira / nos dias de Carnaval”. Segundo Afonso A. de Freitas, em “Tradições e Reminiscências Paulistanas”, o

carnaval paulista começou nas sociedades familiares e somente aos poucos ganhou o povo. Como em São Paulo, também no Vale do Paraíba “os costumes severos não permitiam a presença de mulheres nas brincadeiras de rua e tinham elas que se contentar em assistir os cortejos e brincadeiras das janelas e sacadas. Por ocasião das festividades do Carnaval, cavaleiros em montarias ricamente ajaezadas, vinham oferecer às sinhazinhas, nas janelas, ramalhetes de flores amarrados na ponta de lanças de madeira”. Os Bailes de Máscaras realizados por ocasião desses festejos, certamente não eram para senhoras e senhoritas da elite, não se podendo estender a regra, entretanto, aos homens desta classe, já que as máscaras serviam para “se salvar a aparência”. Esses bailes anunciados nos jornais locais, com bastante antecedência, davam tempo para que se buscassem máscaras e fantasias na Corte, já que nas cidades pequenas da região aquela época, seria fácil uma identificação pelo material adquirido nas lojas locais. O anúncio que se segue é datado de 20 de dezembro de 1887 e saiu em “O Pequeno Jornal”, de Guaratinguetá: “consta-nos que as Sociedades Parasitas de Lunetas e Filhos da Candinha fizeram uma liga para proporcionarem aos dignos sócios, três esplendorosos bailes de máscaras nos dias 12-13 e 14 de fevereiro, para o que fará publicar brevemente excelente programa-aviso aos amadores”. Essas Sociedades Carnavalescas eram organizadas com sócios que pagavam sua mensalidade, delas participando pessoas gradas das cidades. Também o Entrudo está registrado nos jornais do Vale do Paraíba, entrando em decadência por volta de 1881, conforme se deduz da notícia publicada em “O Liberal”, de Guaratinguetá, que descreve que “... o brinquedo do Entrudo não esteve forte. Já vai aos poucos caindo em desuso”.

E foi assim que teve início o Carnaval, que hoje conhecemos, com tradições e novidades.

| HISTÓRIAS | por Thereza Maia

* Thereza Maia é professora e pesquisadora formada em Pedagogia e História. Fundadora e diretora do Museu Frei Galvão e Arquivo Memória de Guaratinguetá.

FESTAS CARNAVALESCAS

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Por Julio Maziero

O Vale do Paraíba, celebrado hoje por suas empresas de alta tecnologia, teve também um passado marcado pela riqueza no auge do Ciclo do Café. As dezenas de fazendas históricas remanescentes do período são as testemunhas da opulência dos antigos barões e, muitas de-las, possibilitaram aos visitantes desfrutarem um pouco dos prazeres desta vida ao reabrirem suas portas como hoteis fazenda.

Aproveitando-se da grande extensão territorial da zona rural da região, estas proprie-dades oferecem aos seus hóspedes a oportunidade de um contato mais próximo com a natureza e, até mesmo, com a vida típica na fazenda, com atrativos, tarefas e gastronomia próprios destes locais.

Visitar estas fazendas, além de proporcionar este contato com a vida no campo, é promover uma viagem de volta no tempo, para uma época que contribuiu para definir muito daquilo que o Vale do Paraíba é hoje, um pólo de riqueza e de desenvolvimento, emoldurado por belezas naturais, mas que não se esqueceu de suas origens.

Um belo exemplo é a Fazenda Vargem Grande, localizada em Areias, cuja sede é datada de 1837, em pleno Ciclo do Café, o ouro verde que financiou o império no Brasil. Com o de-clínio da produção cafeeira, a propriedade, a exemplo de tantas outras, caiu no esquecimento até que, em 1973, foi adquirida por Clemente Fagundes Gomes, pai das atuais proprietárias, restaurada e ampliada.

Neste trabalho minucioso, merece destaque o jardim, que demorou cerca de dez anos para ser construído. Projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, o magnífico jardim ocupa o local do antigo terreiro de café, tem três níveis diferentes, espelhos d’água e piscinas naturais. Até hoje o local preserva o projeto original e é supervisionado por Haruyoshi Ono, sócio do famoso paisagista, e pela equipe do escritório Burle Marx e Cia. Ltda.

Toda esta infraestrutura, valorizada por uma decoração especial, propicia ao hóspede uma imersão no estilo de vida do Brasil Império, com quartos espaçosos e salões amplos. A beleza arquitetônica é emoldurada pela riqueza natural da Serra da Bocaina, com suas matas verdes, ideais para caminhadas e passeios a cavalo, cachoeira e piscinas naturais. Outro atrativo à parte é a culinária típica, com delícias preparadas no fogão a lenha.

A Fazenda Vargem Grande oferece também, além da hospedagem, o “day use”, no qual o visitante pode usufruir das dependências e serviços do local durante um dia inteiro, com atividades elaboradas especialmente para seu perfil.

Cenários reais – Várias outras cidades da região do Vale Histórico possuem fazendas cafeeiras transformadas em hoteis, muitas delas utilizadas como cenários para novelas e mi-nisséries televisivas.

Localizada em Bananal, a Fazenda Boa Vista ganhou notoriedade por ter sido locação para novelas como as novas versões de “Cabocla” e “Sinhá Moça” e de minisséries como “O Coronel e o Lobisomem” e “Um só Coração”. A propriedade, que demorou mais de cem anos para ser construída, de 1713 a 1840, mantém muitas de suas características originais, como a capela interna, o piso, as telhas de barro e algumas peças de mobiliário e recebe hóspedes de todo o país. No local pode-se dormir no quarto onde ficou o Duque de Caxias. Ela também disponibiliza o serviço de “day use”.

Também em Bananal, as fazendas Independência, construída em 1822, com jardim tam-bém projetado por Burle Marx, e Três Barras, são destinos obrigatórios para quem procura esta categoria de hospedagem sem deixar de lado o conforto. Construída em 1813, a Três Barras recebeu hóspedes ilustres como Dom Pedro I e Juscelino Kubitschek.

Experiências no campo – Uma experiência completa da vida no campo. Este é o concei-to de hospedagem da Fazenda Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga, que disponibiliza aos visitantes pequenas casas, chamadas de vilas, que mantêm a mesma qualidade de serviços e atendimento de um hotel.

O principal diferencial da Fazenda Catuçaba é este mergulho no estilo de vida rural. Lá não há TV, sinal do telefone celular ou acesso à Internet. A imersão é total. Enriquece esta experi-ência uma culinária que tem como base alimentos orgânicos, produzidos no local, como café, leite, queijo, pães, geleias, verduras, legumes, frutas e carnes.

Com 450 hectares de área, a fazenda é datada de 1850 e, além do casarão, dispõe de cinco casas no entorno, uma garantia de conforto e privacidade aos hóspedes. Toda a infraestrutura foi concebida para que o visitante se sinta em casa, mas com tudo o que um hotel pode ofe-recer. Passeios a cavalo, piqueniques, caminhadas, arvorismo, cachoeiras e belas paisagens completam o lazer e fazem do local um verdadeiro pedacinho do paraíso.

Sentidos estimulados - Localizado entre Guaratinguetá e Cunha, o Hotel Fazenda São Francisco proporciona uma integração única com a autêntica vida na fazenda. O contato com a natureza, a tranquilidade, além do conforto, culinária típica e passeios nos arredores permitem ao visitante mergulhar num estilo de vida singular, promovendo novas emoções e revivendo lembranças dos sabores, aromas e experiências do passado.

Visitar o Hotel Fazenda São Francisco é estimular os cinco sentidos. O cheiro da terra, o perfume das flores e o aroma do cafezinho feito na hora atraem nosso olfato. O canto dos pássaros, o vento balançando os galhos das árvores, o chamado característico das Galinhas D’Angola e o lamento do burro Virgulino despertam nossa audição. O sabor do leite ao pé da vaca, dos queijos, geleias, bolos e das delícias gastronômicas estimulam nosso paladar. A água fria da cachoeira, em contraste com o calor da sauna, o carinho nos coelhos e nos bezerros arrepiam a pele, avivando nosso tato. Quanto à visão, é tudo isso, somado às lindas paisagens e a decoração de muito bom gosto. Este conjunto de sensações nos conduz às melhores experiências vividas e, muitas vezes, guardadas naquele cantinho de nossas mentes reservado às boas recordações.

Com 50 alqueires de área e uma completa infraestrutura receptiva, com capacidade para hospedar até 38 pessoas, o Hotel Fazenda São Francisco é um convite ao contato com a natureza, nas caminhadas, cavalgadas, mergulhos na cachoeira, na piscina ou na simples con-templação de sua rica flora e fauna. As crianças contam com piscina infantil, casa de bonecas, playground, brinquedoteca e podem brincar com os animais, entre muitos outros atrativos. Seus 12 belos e bem equipados chalés proporcionam conforto e privacidade aos hóspedes, que podem ainda desfrutar de momentos agradáveis no Bar Country e no salão de jogos.

Em datas especiais, festivais gastronômicos como a Temporada de Fondue (de maio a agosto) e de culinária alemã (todos os domingos de outubro) são de dar água na boca. A comida, aliás, é um atrativo à parte, com delícias da culinária regional, preparadas com in-gredientes orgânicos fornecidos por produtores da região. A produção da fazenda também é voltada para o hotel. O leite, tirado na hora, é usado na produção de queijos e doces.

Seja pedalando, remando no lago, jogando tênis, curtindo a piscina, a sauna, meditando na capelinha, ou preguiçosamente estirado na rede com um bom livro, atrações não faltam para todos os gostos e idades neste recanto de tranquilidade encravado nas serras de Cunha.

| APROVEITE O DIA |

Fazenda Catuçaba

VIDA DE BARÃO

Hotel Fazenda São Francisco

Fazenda do Resgate

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RESOLUÇÃO GRÁFICA

| CINEMA |

A estreia do filme “Lincoln”, dirigido por Steven Spielberg e no qual Daniel Day Lewis encarnou o presidente Americano e foi premiado com o Globo de Ouro de melhor ator, abre espaço para lembrarmos algumas produções sobre chefes de estado.

Abrahan Lincoln já apareceu em diversos outros filmes, entre eles “A Mocidade de Lincoln”, dirigido por John Ford, com Henry Fonda no elenco, e no improvável “Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros”, no qual ele mata os sugadores de sangue.

O polêmico diretor Oliver Stone se especializou em biografias de presidentes igualmente polêmicos, “JFK – A Pergunta que não Calar”, sobre a conspiração em torno da morte do presidente John Kennedy; “Nixon”, com Anthony Hopkins; e “W.”, sobre o conturbado George W. Bush. Estes três ex-mandatários também apareceram em diversas outras produções, como a minissérie “Os Kennedys”, o excelente filme “Frost/Nixon” e o documentário fictício “A Morte de George W. Bush”.

Outros presidentes americanos foram retratados nas telas, como “John Adams”, série da HBO interpretada por Paul Giamatti, e o ainda inédito “Hyde Park on Hudson”, de Roger Michell, com Bill Murray no papel de Franklin Delano Roosevelt.

Heróis de mentira – É claro que o cinema também teve uma longa cota de presidentes fictícios, em sua maioria heróis, mas com alguns vilões no meio. Entre eles está o personagem vivido por Gene Hackman em “Poder Absoluto”, que mata uma garota e tenta esconder o crime. Entre os super-presidentes estão os personagens de Harrison Ford, que sai na porrada com terroristas russos em “Força Aérea Um”, e de Bill Pullman, em “Independence Day”, no qual ele detona uma invasão alienígena.

Tupiniquins – Em terras brasileiras, os nossos nem sempre queridos presidentes também apareceram nos cinemas e na televisão. O polêmico Jânio Quadros foi tema de um bom documentário, “Jânio a 24 Quadros”, assim como João Goulart, em “Jango”, Juscelino Kubitschek em “Os Anos JK – Uma Trajetória Política” e Tancredo Neves no ainda inédito “Tancredo – A Travessia”. Juscelino também foi personagem da ótima minissérie televisiva “JK”. Recentemente, nos cinemas, “Lula, o Filho do Brasil” foi solenemente ignorado pelo público e massacrado pela crítica, além de ter sido cercado de suspeitas sobre uso político da trajetória de Luis Inácio da Silva.

Mas, o terror ainda está por vir. Filmes sobre Fernando Collor e José Sarney deverão ser produzidos, e Oliver Stone (sempre ele!) prepara produção sobre Hugo Chaves. Brrrr! Jason e Freddy Krueger que se cuidem.

O CINEMA E O

Por Julio Maziero

PRESIDENTE