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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – UEFS DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DSAU CENTRO DE REFERÊNCIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE – CRIS Sistema de informação para controle de dados da Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia JOÃO RONALDO TAVARES DE VASCONCELLOS JÚNIOR Feira de Santana – BA 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – UEFS

DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DSAU

CENTRO DE REFERÊNCIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE – CRIS

Sistema de informação para controle de dados da Coleção de Culturas de

Microrganismos da Bahia

JOÃO RONALDO TAVARES DE VASCONCELLOS JÚNIOR

Feira de Santana – BA

2010

JOÃO RONALDO TAVARES DE VASCONCELLOS JÚNIOR

Sistema de informação para controle de dados da Coleção de Culturas de

Microrganismos da Bahia

Projeto de Monografia apresentado ao Colegiado do Curso “Residência em Desenvolvimento de Software para Engenharia Biomédica” da Universidade Estadual de Feira de Santana como pré­requisito para a obtenção do título de Especialista.

Área de Concentração: Bioinformática

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rosângela Leal Santos Co­orientador: Prof. Dr. Aristóteles Góes Neto

Feira de Santana – BA

2010

FOLHA DE APROVAÇÃO

DEDICATÓRIA

A Wandra, minha esposa e aos meus filhos João Neto e Jessica, que juntos sempre

me apoiaram e foram a minha fonte de inspiração para este trabalho.

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. André Barboni, pelos ensinamentos sobre a linguagem de programação

Delphi, dentre outros.

À Profª. Drª. Rosângela Leal Santos, pela transmissão dos conhecimentos sobre

georreferenciamento, dentre outros.

Ao Prof. Dr. Aristóteles Góes Neto, pelos ensinamentos na área de biotecnologia,

dentre outros.

À Profª. Drª. Ana Paula, que, como curadora da coleção de culturas de

microrganismos da Bahia, sempre me recebeu com paciência nos momentos de

dúvidas sobre a abordagem dos dados da coleção.

À minha esposa Wandra pelas palavras de incentivo, proferidas constantemente ao

longo de todo o desenvolvimento deste trabalho.

À minha filha Jéssica pelo apoio no desenvolvimento da interface web do sistema,

objeto deste trabalho, e pelos ensinamentos sobre webdesign, dentre outros.

Ao meu filho João Neto pelo incentivo e pelas sugestões sobre os aspectos do

sistema, objeto deste trabalho, ligados à biologia.

Epígrafe

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que de discípulos; é preciso ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”

Jean Jacques Rousseau

RESUMO

O Sis CCMB é um sistema de informação concebido para o controle dos dados da

Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia. Uma das características do

sistema é possuir uma interface desktop e uma interface web que acessarão uma

base de dados PostgreSQL. Outra característica do sistema é disponibilizar dados

de forma georreferenciada através de sua interface web. Entender a realidade e

saber representá­la é primordial para projetos de sistemas em geral. Com o advento

dos sistemas geo­processados, a representação abstrata do universo a ser

modelado adquiriu uma abrangência maior, mais próxima da nossa realidade. As

entidades a serem representadas têm agora forma, cores e localização. O uso de

um sistema de informações georreferenciadas possibilita entender melhor a

distribuição dos microrganismos no estado da Bahia. A Coleção de Culturas de

Microrganismos da Bahia (CCMB), localizada na Universidade Estadual de Feira de

Santana (Bahia), trabalha com microrganismos dos grupos de bactérias,

actinobactérias, leveduras, fungos filamentosos e mixomicetos isolados da região

Semi­árida do Brasil. Coleta, isolamento, preservação, armazenamento e

disponibilidade de informações dos microrganismos isolados de diversos substratos

e ambientes do Semi­árido, bem como o contínuo melhoramento dessas

metodologias para gerar maior conhecimento e fonte de estudo da biodiversidade e

potencial de aplicação desses microrganismos, são as principais finalidades da

CCMB. Portanto, o sistema desenvolvido torna­se uma ferramenta de grande

utilidade para o controle de dados da coleção de cultura de microrganismos do

estado da Bahia, haja vista que pode ser usado na obtenção de dados

georreferenciados para pesquisas nessa área.

Palavras­chave: Banco de Dados; Georreferenciamento; Microrganismo; Coleção

de Cultura.

ABSTRACT

The Sis CCMB is an information system designed to control the data of Culture

Collection of Microorganisms of Bahia (Coleção de Cultura de Microrganismos da

Bahia – CCMB). A feature of the system is to have a desktop interface and a web

interface that will access a PostgreSQL database. Another feature of the system is

available in a geo­referenced data through their web interface. Understanding the

reality and learn to represent it is vital for systems design in general. With the advent

of Geographic Information System (GIS), the abstract representation of the universe

to be modeled has acquired a broader, closer to our reality. The entities to be

represented now have form, color and location. Using a system of geo­referenced

information enables better understand the distribution of microorganisms in the state

of Bahia. The CCMB, located in the Universidade Estadual de Feira de Santana

(Bahia), works with microorganisms of bacteria, actinobacteria, yeasts, filamentous

fungi and myxomycetes isolated from semi­arid region of Brazil. Collection, isolation,

preservation, storage and availability of information of microorganisms isolated from

various substrates and the semi­arid environments, as well as the continuous

improvement of these methods to generate greater knowledge and a source of

biodiversity studies and application potential of these microorganisms are the main

purposes of the CCMB. Therefore, the developed system becomes a valuable tool to

control data from culture collection of microorganisms of Bahia state, since it can be

used to obtain geo­referenced data for this research field.

Keywords: Data Base; Geo­referencing; Microorganism; Collection of Culture.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AIE Arquivos de Interface Externos

ALI Arquivos Lógicos Internos

API Application Programming Interface

ASQC American Society for Quality Control

BSD Berkeley Software Distribution

B­Tree Binary Tree

CCMB Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia

CE Consultas Externas

CGS Características Gerais do Sistema

DBMS Data Base Management System

EE Entradas Externas

GiST Generalized Search Trees

GNU acrônimo recursivo de GNU is Not Unix

GPL General Public Licence

IBM International Business Machines

ISO International Organization for Standardization

LAPEM Laboratório de Pesquisa em Microbiologia

LOC Lines Of Code

ODBC Open Data Base Connectivity

OGC Open GeoSpatial Consortium

PF Pontos de Função

PHP Acrônimo recursivo para "PHP: Hypertext Preprocessor"

Q­Tree QuadTree

R­Tree Real Tree

SE Saídas Externas

SFS Simple Features Specification

SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SGBDOR Sistema Gerenciador de Banco de Dados Objeto­Relacional

SIG ou GIS Geographic Information System, do acrônimo inglês

SQL Structured Query Language

TDE Tipo de Dado Espacial

UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana

WCS Web Coverage Service

WFS Web Feature Service

WMS Web Map Service

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características Gerais do Sistema ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙34

Tabela 2 Estimativa média de LOC/PF ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙34

Tabela 3 Complexidade de uma EE ou uma CE∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙35

Tabela 4 Complexidade de uma SE∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙35

Tabela 5 Complexidade de uma ALI ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙36

Tabela 6 Complexidade de uma AIE∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙36

Tabela 7 Cálculo dos Pontos de Função Não­Ajustados ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙36

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Arquitetura Dual ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙25

Figura 2 Arquitetura Integrada∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙25

Figura 3 Arquitetura combinada com o MapServ ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙28

Figura 4 Estratégia para uso da API Google ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙30

Figura 5 Escopo do Sistema ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙39

Figura 6 Fluxograma Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙39

Figura 7 Quadro resumo da APF do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙43

Figura 8 Diagrama de Classes ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙45

Figura 9 Diagrama de Casos de Uso ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙46

Figura 10 Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER) ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙47

Figura 11 Tela de login do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙48

Figura 12 Tela de acesso a Sistemas do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙49

Figura 13 Tela de consulta de pessoal do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙49

Figura 14 Tela de cadastro de pessoal do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙50

Figura 15 Tela de consulta de microrganismo do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙50

Figura 16 Tela de cadastro de microrganismo do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙51

Figura 17 Tela de acesso às tabelas do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙51

Figura 18 Tela de consulta ao acervo do Sis CCMB via Web∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙52

Figura 19 Tela de resultado da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web ∙∙∙∙∙∙∙∙∙52

Figura 20 Tela de detalhes da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙53

Figura 21 Tela mapa da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙53

Figura 22 Tela mapa, com “zoom”, da consulta ao acervo do Sis CCMB via

Web∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙54

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙16

1.1. Justificativa ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙17

1.2. Objetivos∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙18

1.2.1. Geral ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙18

1.2.2. Específicos ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙18

2. REFERENCIAL TEÓRICO ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙19

2.1. Software livre ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙19

2.2. Sistemas de informação ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙21

2.3. Sistema de informação geográfica ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙21

2.4. Apresentação do PostgreSQL/PostGIS∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙23

2.5. Arquitetura de banco de dados geográficos ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙24

2.6. Integração do PostgreSQL/PostGIS com o Mapserver ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙27

2.7. Uso de API Google Map para serviço de webmapping∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙28

2.8. Métrica de software∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙31

3. METODOLOGIA ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1. Desenvolvimento do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.1. Especificação de requisitos ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.2. Premissas de desenvolvimento ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.3. Requisitos funcionais ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.3.1.Requisito funcional 1 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.3.2.Requisito funcional 2 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙37

3.1.3.3.Requisito funcional 3 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.3.4.Requisito funcional 4 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.3.5.Requisito funcional 5 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.3.6.Requisito funcional 6 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.4. Requisitos não­funcionais∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.4.1.Requisito não­funcional 1 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.4.2.Requisito não­funcional 2 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.4.3.Requisito não­funcional 3 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.1.4.4.Requisito não­funcional 4 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.2. Escopo do sistema∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙38

3.3. Processo de desenvolvimento do sistema∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙40

3.4. Histórico da Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙41

3.5. Visão da CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙41

3.6. Amparo legal∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙41

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙42

4.1. Métrica do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙42

4.2. Diagramas ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙44

4.2.1. Diagrama de classes ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙44

4.2.2. Diagrama de casos de uso ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙46

4.2.3. Diagrama de entidade e relacionamento (DER) ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙47

4.3. Telas do Sistema ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙48

4.3.1. Tela de login do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙48

4.3.2. Tela sistemas do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙48

4.3.3. Tela de consulta e cadastro de pessoal do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙49

4.3.4. Tela de consulta de microrganismo do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙50

4.3.5. Tela de cadastro de microrganismo do Sis CCMB ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙51

4.3.6. Tela de acesso às tabelas do Sis CCMB∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙51

4.3.7. Tela de consulta ao acervo do Sis CCMB via Web ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙52

4.3.8. Tela de resultado da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙52

4.3.9.Tela de detalhes da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙53

4.3.10.Tela mapa da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙53

4.3.11.Tela mapa, com “zoom”, da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web ∙∙∙∙∙∙∙∙54

5. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙55

REFERÊNCIAS∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙57

ANEXOS ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙59

16

1. INTRODUÇÃO

Evolutivamente, como uma nova tendência dentro da Cartografia, a

representação dos dados geoespaciais pode ser realizada por intermédio de produtos

cartográficos veiculados através de novos meios de comunicação como a Internet, na

qual destaca­se a World Wide Web (WWW) (MARISCO et al., 2004).

Dessa forma, propõe­se neste trabalho, através do desenvolvimento de uma

interface Web, explorar as potencialidades das novas tecnologias fontes abertas

(PostgreSQL, PHP, JavaScrip) para disponibilizar os dados de um banco de dados construído para a Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia (CCMB). Assim,

com os resultados a serem alcançados, possam vir a atender às crescentes demandas

por diminuição de custos na manipulação, armazenamento e a necessidade de uma

maior disseminação das informações.

Propõe­se, também, que o sistema a ser desenvolvido como fruto deste

trabalho disponibilize informações georreferenciadas, o que possibilitará entender

melhor dados de coleta de microrganismos no estado da Bahia e, em conseqüência a

forma como esses microrganismos estão distribuídos territorialmente.

Outra motivação é contribuir para que os dados da CCMB sejam

disponibilizados na Web, considerando­se que será uma das poucas coleções com

essa funcionalidade, conforme demonstra o levantamento preliminar das Coleções de

Culturas de Microrganismos no Brasil, realizado pelo Centro de Referência em

Informação Ambiental – CRIA nos meses de Maio e Junho de 2005, onde foram

relacionadas 26 Coleções de Culturas que, segundo as informações fornecidas,

caracterizam­se em sua maioria como Coleções de Pesquisa, disponibilizando as

culturas microbianas de procariontes e eucariontes, bem como de germoplasma,

mediante solicitações dos setores acadêmico e produtivo.

Considerando, ainda, o levantamento realizado pelo CRIA, convém acrescentar

que das 26 coleções, até agosto de 2009, data de início deste projeto, nenhuma

coleção disponibilizava dados georreferenciados e apenas duas das 7 (sete) coleções

que se propuseram a disponibilizar dados pela Internet o fizeram sem alguma restrição,

ou seja, informações parciais ou superficiais.

Para a construção do acesso aos dados via Web alguns requisitos foram

adotados, dos quais se destacam:

(I) Os dados georreferenciados através de API Google Map.

17

(II) O sistema de gerenciamento de banco de dados: Sistema de

Gerenciamento de Banco de dados ObjetoRelacional – PostgreSQL.

(III) O modelo Cliente/Servidor: Apache com o modulo PHP.

A qualidade de um software é percebida hoje como um objetivo de negócio

(KOSCIANSKI; SOARES, 2007), assim pretende­se aqui adotar a métrica de Análise

por Pontos de Função para quantificar o esforço de desenvolvimento do frontend para

acesso ao banco de dados, desenvolvido em Object Pascal (Delphi) que compõe o

sistema de Informações objeto deste trabalho. Assim, de posse da métrica, poder­se­á

no futuro, em conjunto com outros componentes, definir melhor a qualidade do

aplicativo em pauta.

Esta monografia está dividida em seis capítulos, sendo o primeiro uma

introdução sobre o trabalho, trazendo um resumo da metodologia utilizada, as

motivações e contribuições, a justificativa para o desenvolvimento deste projeto e,

finalmente, os objetivos deste trabalho.

O segundo capítulo é um referencial teórico e apresenta alguns conceitos

sobre sistemas de informação, banco de dados, incluindo informações básicas a

respeito de Informação, Sistema Gerenciador de Banco de Dados, Arquitetura de

Banco de Dados Geográficos, Métrica de Software e Software Livre. Este é, portanto, o

capítulo que fornece uma base teórica para o desenvolvimento do trabalho.

O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada para o desenvolvimento

deste trabalho e mostra uma visão do sistema, objeto deste trabalho.

O quarto capítulo mostra os resultados obtidos no desenvolvimento do Sis

CCMB, objeto deste trabalho, bem como apresenta uma discussão sobre o tema que

norteia esta monografia.

Finalmente, o capítulo cinco apresenta uma conclusão sobre o projeto

desenvolvido e apresenta, ainda, proposta para trabalhos futuros.

1.1. Justificativa

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) possui uma coleção de

cultura de microrganismos com parte dos seus dados registrados em papel e outra

parte armazenada no banco de dados MS­Access. Tal situação não atende às

necessidades da coleção no que tange ao registro e recuperação dos seus dados,

18

considerando o crescente volume de dados e a necessidade de maior segurança dos

mesmos. A curadoria da coleção carece ainda de um sistema que possibilite consulta

dos dados e emissão de relatórios de forma dinâmica. Neste sentido, seria importante

aperfeiçoar a entrada e a recuperação dos dados da coleção de cultura de

microrganismos da Bahia, bem como possibilitar a amostragem desses dados de forma

georreferenciada através da Internet.

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. Geral

Desenvolver um sistema de informações que permita o controle de dados da

coleção de cultura de microrganismos da Bahia.

1.2.2. Específicos

Facilitar a entrada de dados para o banco de dados da coleção através de

uma interface com alto grau de interatividade.

Possibilitar a amostragem de dados da coleção de forma georreferenciada,

através da tecnologia de webmapping, para que, via Internet, os

pesquisadores e usuários em geral possam visualizar em um mapa os

locais de coleta.

Utilizar ferramentas livres para o desenvolvimento do sistema CCMB.

Possibilitar a emissão de relatórios dos dados da coleção de

microrganismos de uma forma mais dinâmica.

19

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Software Livre

O fenômeno do software livre começou a despertar atenção da comunidade

técnica e de negócios nos últimos anos. Software livre permite livre acesso ao código

fonte de um programa. As discussões do mérito e desafios dos softwares livres versus

softwares proprietários têm sido uma constante na mídia e em eventos especializados.

O tema também está entrando na agenda política dos governantes de diversos países

e blocos econômicos.

Os crescentes gastos com software e a situação econômica adversa e

recessiva na maioria dos países, inclusive no Brasil, aumentam o interesse por

alternativas que se propõem a reduzir os custos de utilização de computadores.

Como os recursos disponíveis para modernizar a infra­estrutura e renovar

licenças de uso de programas são escassos, o governo brasileiro olha com bastante

atenção o fenômeno do software livre como alternativa. Além da economia de divisas, o

governo ambiciona estimular um novo modelo de negócios para o mercado brasileiro

da Tecnologia da Informação, com forte ênfase em serviços, típico do modelo de

negócios do software livre.

No segmento de software para desktop, a situação de amplo domínio de

mercado por uma única empresa, com um virtual monopólio, gera, como em qualquer

regime econômico monopolista, ressentimentos e temores, sejam estes justificados ou

não, mas que também contribuem significativamente para impulsionar o debate sobre

novas opções de licenciamento e uso de software.

O resultado é que vemos extensa cobertura da mídia, um crescente número de

softwares livres disponíveis às organizações, como Linux e o Apache; a entrada de

pesos­pesados da indústria como a IBM no negócio de softwares livres; e as

discussões políticas e comerciais, muitas vezes movidas por ideologias e não pela

racionalidade, do impacto deste novo modelo de negócios nas empresas usuárias e na

própria indústria de software. O software livre já não é mais apenas um brinquedo nas

mãos de hackers, mas já faz parte da agenda política e estratégica de empresas

privadas e públicas. É um negócio sério e profissional.

Softwares livres são diferentes dos softwares proprietários no sentido de que

os usuários passam a ter controle, pelo acesso ao código fonte e pelo direito de alterá­

lo à sua vontade. Software livre não significa software gratuito. O livre (free em inglês)

20

refere­se às liberdades básicas dos usuários em executar, copiar, distribuir e modificar

o software. Obviamente que o acesso ao código fonte é pré­requisito para essa

liberdade.

Em inglês existem duas expressões para designar o que se está considerando

como software livre. O termo free software costuma causar alguma confusão na língua inglesa, porque a palavra free é geralmente associada a grátis. Por causa desta confusão é comum encontrar definições, como a da própria Free Software Foundation (FSF) que define o livre do software livre no sentido de liberdade de uso e não

gratuidade: “free software is a matter of liberty, not price. To understand the concept, you should think of free as in free speech, not as in free beer”; em uma tradução livre

significa: software livre é uma espécie de liberdade, não de preço. Para entender o

conceito você precisa pensar o livre como em liberdade de expressão, não como

cerveja gratuita. Para eliminar essa ambigüidade da língua inglesa, foi criado o termo Open Source (código aberto).

É importante destacar que software livre não significa software de domínio público, mas aderente a licenciamentos que, em maior ou menor grau, permitem as

liberdades de usar, copiar, alterar e redistribuir o programa.

No conceito de software livre, o código fonte pode e deve ser considerado como uma forma de conhecimento científico e, portanto, submetido aos mesmos

princípios que regem a disseminação das pesquisas científicas. No software, o único meio plausível de permitir a uma comunidade compartilhar conhecimentos é liberando

o código fonte.

A pesquisa acadêmica tem muita similaridade com o desenvolvimento do

software livre. A medida de sucesso é a reputação conquistada pelo pesquisador entre

seus pares. No meio científico o sistema de “peer review” define se as contribuições individuais são suficientemente completas e adequadas para serem aceitas pelo grupo. Peer review é, portanto, um mecanismo social que permite aos membros de uma comunidade científica manter o controle sobre as inovações de sua área de expertise.

Em 1984, um programador de nome Richard Stallman iniciou um projeto para

criar uma versão do Unix livre de restrições. Publicou o Manifesto GNU (GNU e um

referência circular que significa Gnu is Not Unix e isofônico à palavra inglesa new) e posteriormente, fundou uma associação denominada Free Software Foundation – FSF ( www.fsf.org ).

21

O mecanismo de licenciamento GNU, denominado GPL (General Public Licence) tornou­se o cerne do fenômeno do software livre. A idéia básica do GPL é

construir um mecanismo de licenciamento que garanta que a liberdade de código fonte

não gere abusos e usos indevidos, evitando que alguém ou alguma empresa apodere­

se do código aberto e o comercialize de forma proprietária. O GPL considera ilegal que

código fonte aberto e protegido pelas suas regras seja “escondido” ou tornado

proprietário, bem como também considera ilegal “esconder” qualquer código derivado

deste código aberto. O GPL usa o próprio conceito de “copyright” como defesa contra qualquer tentativa de algum indivíduo ou empresa se apossar de um código fonte

aberto e criar um software proprietário a partir dele.

A sociedade está evoluindo em direção ao software livre e medidas de apoio

têm sido tomadas nesse sentido. O governo federal, por exemplo, criou um site (

www.softwarelivre.gov.br) para que o cidadão possa acompanhar as medidas que

estão sendo tomadas pelo governo para incentivar o uso de software livre no país,

como estratégia para independência tecnológica e criação de conhecimento local.

2.2. Sistemas de Informação

Segundo O’Brien (2001), um Sistema é um conjunto de componentes inter­

relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo insumos e

produzindo resultados em um processo organizado de transformação.

Ainda segundo O’Brien, um sistema de Informações é um conjunto de

procedimentos computacionais, funcionando conforme um objetivo comum, e composto

por cinco elementos: Hardware, Software, Peopleware (usuários comuns e usuários especialistas), Rede e Banco de Dados.

2.3. Sistema de informação Geográfica

Uma forma de conceituar um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS ­ Geographic Information System, do acrônimo inglês) é definida como um sistema de informação espacial com procedimentos computacionais que permite e facilita a

análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.

Uma outra forma de conceituá­lo, usando o argumento do banco de dados, é

dizer que se trata de um sistema de informação baseado em computador que permite

22

capturar, modelar, manipular, recuperar, consultar, analisar e apresentar dados

geograficamente referenciados, dados estes que estão armazenados em um banco de

dados.

Em síntese entende­se como Sistema de Informação Geográfica (SIG) um

conjunto de ferramentas que permitem análise, envolvendo dados espaciais e não

espaciais sobre o espaço terrestre. Um SIG permite a associação de dados geográficos

(posicionais) a uma infinidade de atributos (dados alfanuméricos), possibilitando assim

a realização de consultas, análises e simulações, envolvendo todo tipo de informação

onde a variável “espaço” seja particularmente importante. (SILVA, 2002).

Um SIG apresenta, geralmente, quatro componentes básicos: um subsistema

de entrada de dados, um subsistema de armazenamento e recuperação de dados, um

subsistema de manipulação que permite analisar e gerar dados derivados e um

subsistema para apresentação dos dados tanto em forma tabular como gráfica.

O crescimento contínuo do volume de informações que necessitam ser

armazenadas e espacialmente tratadas tem causado dificuldades para muitas

instituições que ainda trabalham com repositórios de dados baseados em diretórios e

arquivos. A solução baseada num Banco de Dados Geográfico é a forma ideal de

administrar de maneira segura e eficiente um grande volume de dados.

As soluções de Geoprocessamento que utilizam esta arquitetura proprietária

possuem dois grandes problemas, a saber:

(I) A instituição (cliente) fica dependente de uma única empresa que impõe

custos elevados para manter e atualizar esta estrutura.

(II) O controle por demanda impossibilita que a estrutura seja ampliada para

atender todas as demandas internas e externas de uma instituição. Um

exemplo claro desta situação pode ser observada nas prefeituras que

não conseguem integrar todas as secretarias a um repositório central,

pois os custos com o aumento do número de acessos são muito

elevados, fruto deste controle por demanda.

Observando esses problemas presentes na área de Geotecnologias, empresas

canadenses resolveram investir em um modelo de negócios baseado em software livre. Com isso, essas empresas passaram a desenvolver importantes projetos para

aplicações em Sistemas de Informação Geográfica.

23

2.4. Apresentação do PostgreSQL/PostGIS

O PostgreSQL é o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) de código

aberto que possibilitou o desenvolvimento de soluções corporativas com uma melhor

relação Custo x Benefício. Um ponto forte deste SGBD é a sua capacidade de tratar

grandes volumes de dados com escalabilidade, ou seja, a sua arquitetura pode ser

continuamente ampliada de acordo com a demanda dos usuários. Exatamente neste

contexto, entram as aplicações na área de Geotecnologias que necessitam de uma

infra­estrutura robusta e em contínua expansão.

O PostgreSQL já está consagrado no mundo do software livre sendo utilizado

por grandes instituições como a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Prefeitura de

Diadema ­ SP, a Prefeitura de Pedras Grandes ­ SP, o Hospital São Lucas ­ SE, a

Secretaria da Agricultura e Pecuária ­ CE, a Telemar, etc.

O PostGIS é um módulo que adiciona entidades geográficas ao PostgreSQL.

Nativamente, o PostgreSQL já suporta geometrias espaciais, porém o PostGIS

adiciona a capacidade de armazenamento/recuperação segundo a especificação SFS

(Simple Features Specification) do consórcio internacional Open GeoSpatial (OGC). Além do armazenamento de dados geográficos, este módulo também implementa

diversas funcionalidades topológicas, possibilitando o desenvolvimento de Sistemas de

Informação Geográfica Corporativos. A topologia também faz parte da especificação

SFS (OpenGIS®), garantindo ao PostGIS interoperabilidade com inúmeros sistemas

que também adotam o SFS.

O licenciamento do PostGIS é definido pela GNU GPL (General Public License), garantindo todas as liberdades 1 de um software livre. Um fato importante a ser destacado pela licença GNU GPL é que qualquer melhoria do código­fonte do

PostGIS deve ser devolvida ao mantenedor (líder do desenvolvimento) do projeto.

Para tratar grandes volumes de dados espaciais com maior eficiência, o

PostGIS implementa a indexação Rtree sobre a indexação GiST (Generalized Search Trees) nativa do PostgreSQL. Apesar do PostgreSQL possuir nativamente três tipos de indexação (B­Tree, R­Tree e GiST), a R­Tree nativa não apresenta a robustez exigida

para as aplicações relacionadas ao PostGIS.

1 Segundo a Fundação Software Livre (Free Software Foundation), as quatro liberdades que definem o software livre: i. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; ii. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá­lo para as suas necessidades. Acesso ao código­fonte é um pré­ requisito para esta liberdade; iii. A liberdade de redistribuir cópias, permitindo a ajuda ao próximo; iv. A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código­fonte é um pré­requisito para essa liberdade.

24

PostGIS foi desenvolvido por Refractions Research Inc., como um projeto de

pesquisa de banco de dados espaciais. Refractions é uma empresa de consultoria em

GIS e banco de dados, em Victoria, Columbia Britânica, no Canadá, especializada em

integração de dados e desenvolvimento de software personalizado. É missão da

empresa Refractions apoiar e desenvolver o PostGIS para apoiar um leque de

funcionalidades GIS importantes, incluindo o apoio OpenGIS completo, construção de

topologia avançada (coberturas, superfícies, redes), ferramentas de interface gráfica do

usuário para visualização e edição de dados GIS, e ferramentas de acesso baseadas

na Web.

O PostGIS se apresenta como um caminho viável para implantação de uma

solução corporativa de geoprocessamento em instituições públicas que necessitam de

performance e baixo custo. Adicionalmente, conclui­se que a padronização OpenGIS®

pode garantir a interoperabilidade de várias instituições públicas, permitindo que a

gestão pública do Brasil realmente entre na era da Geoinformação.

O PostGIS conta com um grande número de funções para análises

espaciais/topológicas que estendem o próprio SQL 2 do PostgreSQL.

2.5. Arquitetura de Banco de Dados Geográficos

Há basicamente três arquiteturas de SIGs que utilizam os recursos de um

SGBD: Dual, Integrada baseada em SGBDs relacionais e Integrada baseada em

extensões espaciais sobre SGBDs objeto­relacionais. A arquitetura Dual, mostrada na

Figura 1, armazena o dado espacial separadamente. A componente alfanumérica é

armazenada em um SGBD relacional e a componente espacial é armazenada em

arquivos proprietários. As principais desvantagens desta arquitetura são:

(I) Dificuldades no controle e manipulação dos dados espaciais.

(II) Dificuldades em manter a integridade entre a componente espacial e a

componente alfanumérica.

(III) Consultas mais lentas, pois são processadas separadamente. A parte

convencional da consulta é processada pelo aplicativo utilizando os

arquivos proprietários.

2 SQL (Structured Query language): linguagem padrão para manipular banco de dados relacionais. Incluem recursos para definir estrutura de dados; consultar, inserir e modificar dados de banco de dados e especificar restrições de segurança.

25

(IV) Falta de interoperabilidade entre os dados. Cada sistema produz seu

próprio arquivo proprietário sem seguir um formato padrão, o que

dificulta a integração desses dados.

A arquitetura Integrada, mostrada na Figura 2, consiste em armazenar todo o

dado espacial em um SGBD, sua componente espacial e alfanumérica. Sua principal

vantagem é a utilização dos recursos de um SGBD para controle e manipulação de

dados espaciais, como gerência de transações, controle de integridade e concorrência.

Sendo assim, a manutenção de integridade entre a componente espacial e

alfanumérica é feita pelo SGBD. A arquitetura Integrada baseada em um SGBD

relacional utiliza campos longos, chamados de BLOBs, para armazenar a componente

espacial do dado. Suas principais desvantagens são:

(I) Não é capaz de capturar a semântica dos dados espaciais. Como o

SGBD trata o campo longo como uma cadeia binária, não é possível

conhecer a semântica do seu conteúdo.

(II) Métodos de acesso espacial e otimizador de consultas devem ser

implementados pelo SGBD. Como o SGBD trata os dados espaciais

como uma cadeia binária, não possui mecanismos satisfatórios para o

seu tratamento.

(III) Limitações da Linguagem SQL para a manipulação dos dados espaciais.

A SQL padrão oferece recursos limitados para o tratamento de campos

longos.

Arquivos SGBD

SIG SIG

SGBD Figura 1 – Arquitetura Dual Figura 2 – Arquitetura Integrada

tabela tabela

Fonte: adaptado de (CASANOVA et al., 2005)

26

O outro tipo de Arquitetura Integrada consiste em utilizar extensões espaciais

desenvolvidas sobre SGBDs objeto­relacionais (SGBDOR). Estas extensões contêm

funcionalidades e procedimentos que permitem armazenar, acessar e analisar dados

espaciais de formato vetorial. Os SGBDs objeto­relacionais, também chamados de

SGBDs Extensíveis, oferecem recursos para a definição de novos tipos de dados e de

novos métodos ou operadores para manipular esses tipos, estendendo, assim, seu

modelo de dados e sua linguagem de consulta. Por isso, um SGBDOR é mais

adequado para tratar dados complexos, como dados geográficos, e deve:

(I) Fornecer Tipos de Dados Espaciais (TDEs), como ponto, linha e região

em seu modelo de dados e manipulá­lo assim como os tipos

alfanuméricos básicos (inteiro, string, etc.).

(II) Estender a linguagem de consulta SQL para suportar operações e

consultas espaciais sobre TDEs.

(III) Adaptar outras funções de níveis mais internos para manipular TDEs

eficientemente, tais como métodos de armazenamento e acesso

(indexação espacial) e métodos de otimização de consultas (junção

espacial).

Portanto, além dos TDEs, as extensões espaciais fornecem operadores e

funções que são utilizadas, juntamente com a linguagem de consulta do SGBD, para

consultar relações espaciais e executar operações sobre TDEs. Além disso, fornecem

métodos de acesso eficiente de TDEs através de estruturas de indexação, como R­tree

e QuadTree.

A maioria das extensões baseia­se nas especificações do OpenGIS (OGC,

1996), porém possuem variações relevantes entre os modelos de dados, semântica

dos operadores espaciais e mecanismos de indexação. O OpenGIS é uma associação

formada por organizações públicas e privadas envolvidas com SIGs, dedicada à

criação e gerenciamento de uma arquitetura padrão para geoprocessamento. Seu

objetivo é definir e manter:

(I) Um modelo universal de dados espaço­temporais e de processos,

chamado modelo de dados OpenGIS.

(II) Uma especificação para cada uma das principais linguagens de consulta

a banco de dados para implementar o modelo de dados OpenGIS.

(III) Uma especificação para cada um dos principais ambientes

computacionais distribuídos para implementar o modelo de processo

OpenGIS.

27

2.6. Integração PostgreSQL/PostGIS com o Mapserver

PostgreSQL é um SGDB de alto desempenho e confiabilidade que através da

extensão PostGIS suporta o armazenamento e processamento de dados espaciais.

Baseado na especificação SFS (Simple Feature Specification) do OGC (Open Geospatial Consortium). É possível a integração do PostgreSQL com várias linguagens e ambientes de programação, notadamente PHP, Java, ODBC e .Net.

Mapserv é um servidor de mapas dinâmico que permite a geração de mapas

em diversos formatos de imagem (png, gif, etc) e suporta várias especificações de

serviços de mapas do OGC, notadamente WMS (Web Map Service) e WFS (Web Feature Service), tanto no nível de servidor como de cliente. Além do suporte nativo de acesso a dados em PostgreSQL/Postgis. A Figura 3 mostra a arquitetura

PostgreSQL/PostGIS combinada com o Mapserv.

O MapServer pode funcionar simultaneamente com o banco de dados de

arquitetura dual (shapes) e com o banco de dados baseado em extensão (PostGIS). As

modificações devem ser feitas nas layers correspondentes a cada tabela do banco de

dados espacial (CARVALHO et al., 2004). Utilizando extensão PostGIS, estabelece­se

uma conexão com o banco de dados, onde deve ser informado, entre outros

parâmetros, o servidor que hospeda o PostgreSQL.

Diferentemente do banco de dados de estrutura dual, em que o campo DATA aponta para um arquivo no disco do servidor, no caso da extensão PostGIS o campo é

representado por uma estrutura de consulta SQL:

LAYER

NAME propriedades

CONNECTIONTYPE postgis

CONNECTION "user=postgres password=postgres dbname=ccmb

host=localhost port=5432"

DATA “coord_dec from (SELECT coord_dec from coleta) USING UNIQUE gid

USING SRID=4291”

STATUS OFF

TYPE POINT

CLASS

COLOR 200 0 0

END

END

28

Usuário 1 (cliente do

banco de dados)

Usuário 2 (cliente do

banco de dados)

Aplicativos Web Server

Map Server

SGBD PostgreSQL (Postmaster) PostGIS

dados

Figura 3 ­ Arquitetura combinada com o Mapserv.

2.7. Uso de API Google Map para o serviço de webmapping

“API, de Application Programming Interface (ou Interface de Programação de

Aplicativos) é um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software para

utilização de suas funcionalidades por programas aplicativos”. Wikipédia (2009).

Mais recentemente o uso de API tem se generalizado nos plugins, acessórios que complementam a funcionalidade de um programa. Os autores do programa

principal fornecem uma API específica para que outros autores criem plugins, estendendo as funcionalidades do programa.

A API do Google Maps permite usar JavaScript para incorporar o Google Maps em uma página da web. A API fornece diversos utilitários para manipular mapas e

adicionar conteúdo ao mapa por meio de diversos serviços, o que permite criar

aplicativos de mapas robustos em um sítio. É um serviço gratuito, disponível para

qualquer sítio.

A seguir estão descritas as principais linhas de código para a utilização da API

Google:

29

Na linha 6 é inserida a chave para validação do mapa. Esta chave pode ser

adquirida no sítio do GoogleMap através de um requerimento. Ela permite que se

componha o mapa requisitando informações dos bancos de mapa Google. No exemplo

acima, a chave “abcdef” é apenas uma referência. É necessária a aquisição de uma

chave válida no sítio supracitado.

Na linha 18 define­se uma região onde o mapa será centrado, de acordo com

as coordenadas fornecidas, centrado na latitude “­11.0987857142857” e longitude “­

41.9097857142857” com fator de aproximação, ou zoom, de 5 vezes.

1<html>

2<head>

3<title>Mapa</title>

4<!­­Este script é nativo do Google Maps e a chave deve ser gerada para cada sítio através do link

5“http://code.google.com/intl/pt­BR/apis/maps/signup.html”­­>

6<script src=http://maps.google.com/maps?file=api&v=1&key=’ abcdef’ type="text/javascript"></script>

7</head>

8<!­­

9Função responsável por renderizar o mapa. As coordenadas informadas posicionam o mapa

10para a região Nordeste.

11­­>

12<script type="text/javascript">

13 var map = new GMap2(document.getElementById("map"));

14 map.addControl(new GLargeMapControl());

15 map.addControl(new GMapTypeControl());

16 map.addControl(new GSmallZoomControl());

17 map.addControl(new GScaleControl());

18 map.setCenter(new GLatLng(­11.0987857142857, ­41.9097857142857), 5,

19 G_NORMAL_MAP);

30

A seguir está descrita a estratégia de acesso para uso da API do Google Maps.

A Figura 4 mostra uma estratégia simples com possíveis fluxos de acesso à

informação para a utilização da informação do banco de mapas dentro do servidor de

páginas integrado diretamente ao servidor de mapas do Google, o qual também

permite o acesso direto do cliente.

Constatando, assim, que a consulta ao Servidor de mapas do Google (1)

permite acessos utilizando­se API direcionada por chave cadastrada referenciando

URL, fazendo com que o mapa requisitado e processado neste Servidor seja

encaminhado ao Servidor de Páginas WEB (2) para retorná­lo ao cliente.

Na consulta proposta, o Cliente de Soluções Geo­referenciadas (3) consulta as

páginas WEB com API do Google obtendo imagens da página processado pelo

Servidor de mapas do Google (1) mais o código programado no Servidor de Páginas.

Entretanto isto não impede que o Cliente (1) utilize os mesmos arquivos para acesso

direto (4), desde que estejam localmente em seu equipamento. Porém ele não

conseguirá disponibilizá­la mesmo que se torne um servidor WEB sem seguir a

estratégia do servidor. Ou seja, fora do ambiente cliente servidor o mapa não precisa

ser direcionado pelo servidor de mapas, pode ir direto ao cliente, desde que tenha sido

informada uma chave válida.

Figura 4 ­ Estratégia para uso da API Google Maps

31

A chave válida pode ser obtida através da URL “http://www.google.com/apis/maps”, onde será necessário associá­la a um nome de servidor válido para a Internet, pela

URL.

2.8. Métrica de software

Embora o controle de qualidade e o uso de padrões seja algo que tenha atraído

bastante atenção nas últimas décadas, historicamente o assunto é muito antigo.

Existem relatos de que há mais de quatro mil anos os egípcios estabeleceram um

padrão de medida de comprimento: o cúbito.

Segundo Koscianski; Soares (2007), as dificuldades em informática começam

durante as etapas iniciais de um projeto: delimitar o escopo de um sistema está longe

de ser uma tarefa trivial. A volatilidade dos requisitos é uma das maiores causas de

insucesso de projetos de software. Uma mudança nas necessidades declaradas por

um usuário pode repercutir em vários elementos da estrutura do programa.

As métricas fornecem uma parte importante dos dados necessários para

administração de um projeto de software. Infelizmente ainda não existem respostas

definitivas quanto ao uso de métricas no gerenciamento de qualidade de software. Elas

fazem parte do sistema de garantia de qualidade e são, com certeza, úteis nas

atividades de gerência. Contudo, seu uso não é simples nem faz parte do cotidiano de

todas as empresas de desenvolvimento.

Ainda, segundo Koscianski; Soares (2007), o gerenciamento de qualidade

baseado em métricas estará incompleto enquanto não houver um registro desses

dados para todos os projetos executados. Os dados obtidos em projetos anteriores

permitem saber, por exemplo, a velocidade média da produção de software, a

quantidade média de erros dos últimos projetos ou a efetividade ou não dos testes

realizados nos softwares.

Dentre as dificuldades para se obter medidas de software, pode­se citar duas: a variedade de aspectos a considerar e a presença de muitos elementos intangíveis.

Este trabalho pretende enfocar o problema apresentando uma solução utilizando

análise por Pontos de Função.

Até o início da década de 1970, a principal forma de medir software era utilizando LOC (Lines Of Code – Linhas De Código). A simplicidade da medida resulta ao mesmo tempo em seu baixo custo e precisão. Um programador gastaria no máximo

32

alguns minutos para concatenar os arquivos­fonte de um projeto e obter do editor a

contagem total de linhas. Entretanto, o número obtido não revelaria nada a propósito da

estrutura de tal sistema.

Para exemplificar essa situação, considere­se as duas linhas a seguir:

i++;

v[i]­>recursos.sort( );

Embora a segunda linha evidencie algo sobre a complexidade da arquitetura do

programa, na contagem LOC tem o mesmo peso da primeira linha. Para corrigir esse

tipo de discrepância, é preciso um nível de abstração maior ao analisar o “tamanho” do

software. A análise de pontos de função provê uma solução para isso.

A métrica análise por pontos de função (ou simplesmente pontos de função ­

PF) foi desenvolvida na década de 1970, como uma forma de medir software

considerando as funcionalidades criadas. A medida pode ser aplicada antes de o

código ser escrito, baseando­se na descrição arquitetural do projeto. Além disso, PF é

independente da tecnologia usada no desenvolvimento. Pode ser empregada em

ambiente mainframe, cliente­servidor ou Web. Em cada caso o que se observa é um

custo de desenvolvimento diferente para a mesma contagem de PF.

A contagem de PFs, pode ser aplicada logo após a definição da arquitetura,

permitindo estimar o esforço e o cronograma de implementação de um projeto.

Também pode ser aplicada a sistemas já em funcionamento, substituindo LOC para

estimar esforço de manutenção.

Para determinar o número de PFs, deve­se considerar a contagem de dados e

de transações. Na contagem de dados, consideram­se arquivos lógicos internos (ALI)

ou arquivos de interface externos (AIE). Entre as transações têm­se entradas externas

(EE), saídas externas (SE) ou consultas externas (CE). Para a contagem do número de

PFs, esses cinco fatores (ou funções) são considerados.

As contagens de dados representam a funcionalidade provida ao usuário por

meio de dados internos ou externos ao software. O termo arquivo refere­se a um grupo

de dados logicamente relacionados.

Arquivo lógico interno (ALI) é um grupo de dados, relacionados logicamente,

mantidos pelo sistema e alimentados por entradas externas ou valores calculados. São

33

relativos às funcionalidades do software, como, por exemplo, cadastro de clientes e

alteração de produtos.

Arquivo de interface externa (AIE) é um grupo de dados, relacionados

logicamente, porém utilizados apenas para consultas do sistema. Os dados são

mantidos e/ou alimentados por outros programas.

Entrada externa (EE) é um processo lógico em que dados são introduzidos no

sistema. Os dados podem ser informações de controle ou de negócios. As entradas

externas representam o fluxo de informações que adentra o sistema. Exemplos de EE

são a exclusão, alteração e inclusão de registro.

Saída externa (SE) é um processo lógico em que dados são enviados ao

exterior das fronteiras do sistema, por exemplo, na emissão de relatórios ou mesmo na

apresentação de dados em tela. Tais dados são computados a partir de arquivos

lógicos internos e arquivos de interface externos.

Consulta externa (CE) é um processo lógico que envolve um par consulta­

resposta. Os dados são recuperados exclusivamente de arquivos internos e interfaces

externas (nada é computado). Nenhum arquivo lógico interno é alterado nesse

processo. São exemplos de CE as consultas ao cadastro de clientes.

Após terem sido identificados, esses cinco fatores devem ter sua complexidade

classificada como baixa, média ou alta. Essa classificação depende de uma análise dos

elementos de dados que compõem cada ALI, ALE, etc.

Dois programas muito diferentes podem possuir a mesma contagem de Pontos

de Função. Para resolver isso usa­se um multiplicador chamado Fator de Ajuste. Esse

fator de ajuste é baseado em 14 Características Gerais do Sistema (CGS), conforme

mostra a Tabela 1 a seguir.

34 Tabela 1 – Características Gerais do Sistema

Número Características

1 Comunicação de dados 2 Funções distribuídas 3 Desempenho 4 Configuração do equipamento 5 Volume de transações 6 Entrada de dados on­line 7 Interface com o usuário 8 Atualização on­line 9 Processamento complexo 10 Reusabilidade 11 Facilidade de implantação 12 Facilidade operacional 13 Múltiplos locais 14 Flexibilidade a mudanças

Cada CGS recebe um valor de 0 a 5, representando nenhuma influência até

influência forte ou total. O fator de ajuste é calculado por:

FA= 0.65 + 0.01 x (n1 + n2 + … + n14)

onde cada n i representa um dos 14 níveis de influência.

A partir do valor do FA, pode­se calcular o número de pontos de função

ajustados (PFA):

PFA = FA x PF

A Tabela 2 apresenta uma estimativa da quantidade de linhas de código

necessárias para a produção de um Ponto por Função (LOC/PF) para diversas

linguagens de programação.

Tabela 2 – Estimativa média de LOC/PF

Linguagem LOC/PF médio

Assembly 320 C 148

COBOL 73 Visual Basic 50 Smalltalk 20 C++ 60 Java 60

Fonte: www.qsm.com/FPGearing.html

35

A análise de pontos de função é normalizada pela ISO no documento ISO/IEC

14143­1:2007.

A complexidade de cada item depende da quantidade e tipo de dados tratados.

Um arquivo AIE pode ser composto por diferentes tipos de registro (RL – Registro

Lógico). Cada registro, por sua vez, é composto por vários campos ou itens de dado.

Cada um dos demais elementos, EE, CE e SE, pode referenciar mais de um arquivo.

Por exemplo, uma tela para entrada de dados no arquivo de cliente pode incluir o CEP

(código de endereçamento postal) que está armazenado em outro arquivo.

A separação lógica das informações em vários RLs não é uma tarefa trivial e

diferentes avaliadores podem discordar disso. É nesse ponto que uma organização

deve estabelecer padrões para garantir a coerência das informações.

Para cada arquivo, consulta, relatório, etc., são feitas as contagens de registros

e campos de dados. Em seguida, procede­se à classificação de complexidade,

utilizando­se as Tabelas 3 a 6. Por exemplo, se um relatório impresso (uma saída

externa, SE) contém seis campos de um arquivo e quatro campos de outro, sua

complexidade será média.

Tabela 3 – Complexidade de uma EE ou uma CE

Itens de dados referenciados Arquivos referenciados 1­4 5­15 >15

<2 baixa baixa média 2 baixa média alta >2 média alta alta

Tabela 4 – Complexidade de uma SE

Itens de dados referenciados Arquivos referenciados 1­4 5­15 >15

<2 baixa baixa média 2 ou 3 baixa média alta >3 média alta alta

36 Tabela 5 – Complexidade de uma ALI

Itens de dados Registros lógicos 1­19 20­50 >50

<2 baixa baixa média 2 a 5 baixa média alta >5 média alta alta

Tabela 6 – Complexidade de uma AIE

Itens de dados Registros lógicos 1­19 20­50 >50

1 baixa baixa média 2 a 5 baixa média alta >5 média alta alta

Finalmente, preenche­se a Tabela 7 e efetuam­se os cálculos indicados para

obter o número de pontos de função não­ajustados do sistema.

Tabela 7 – Cálculo dos Pontos de Função Não­Ajustados

Complexidade dos componentes Tipo de componente baixa média alta total

EE ___ x 3 = ___ ___ x 4 = ___ ___ x 6 = ___ CE ___ x 3 = ___ ___ x 4 = ___ ___ x 6 = ___ SE ___ x 4 = ___ ___ x 5 = ___ ___ x 7 = ___ AIF ___ x 5 = ___ ___ x 7 = ___ ___ x 10 = ___ ALI ___ x 7 = ___ ___ x 10 = ___ ___ x 15= ___

Total de Pontos de Função Não­Ajustados:

37

3. Metodologia

3.1. Desenvolvimento do SisCCMB

Neste capítulo serão apreciados os métodos utilizados no desenvolvimento do

Sis CCMB, que é um sistema de informações responsável por coletar, armazenar e

disponibilizar os dados da Coleção de Cultura de Microrganismos da Bahia.

3.1.1. Especificação de Requisitos

Aqui tratar­se­á do levantamento dos requisitos que foram necessários ao

desenvolvimento do sistema CCMB.

3.1.2. Premissas de Desenvolvimento

O sistema deve absorver a base de dados em MSAccess já existente.

O sistema deve utilizar a tecnologia da orientação a objetos na sua modelagem

e no seu desenvolvimento.

O sistema deve permitir a entrada de dados observando o modelo de

formulário de depósito de microrganismos já existente (Anexo A).

O sistema deve permitir o acesso aos dados via web.

3.1.3. Requisitos Funcionais

3.1.3.1. Requisito funcional 1 – Login: o sistema deve ser inicializado através de uma

tela de login. A partir dessa tela o usuário cadastrado poderá navegar usando as

funcionalidades do sistema.

3.1.3.2. Requisito funcional 2 – Administração do Sistema: o sistema deve permitir

o cadastramento de usuários em grupos. Um dos grupos será o grupo

“administradores”, que deve possuir permissão para cadastrar novos usuários. O grupo

“administradores” deverá conceder aos usuários cadastrados nos demais grupos

autorização para incluir, apagar, visualizar e editar dados, além de emitir relatórios.

Entenda­se por usuário toda e qualquer pessoa que irá acessar o sistema através da

tela de login da interface desktop.

38

3.1.3.3. Requisito funcional 3 – Senhas: as senhas dos usuários cadastrados no

sistema devem ser criptografadas e armazenadas no banco de dados.

3.1.3.4. Requisito funcional 4 – Acesso Web: qualquer usuário poderá acessar, via

Web, o acervo da coleção. Entretanto, apenas estarão disponíveis os dados definidos

como públicos pelo curador da coleção.

3.1.3.5. Requisito funcional 5 – Pesquisa via Web: o acesso via Web deve permitir a

pesquisa de dados através de: tipo de microrganismo, gênero e epíteto.

3.1.3.6. Requisito funcional 6 – Georreferenciamento: o acesso via Web deve

permitir que o usuário possa visualizar em um mapa, se desejar, o local de coleta

daquele microrganismo objeto da pesquisa realizada.

3.1.4. Requisitos Não­funcionais

3.1.4.1. Requisito não­funcional 1 – Especificação do projeto: deve ser produzida

especificação de projeto baseadas em UML, segunda versão.

3.1.4.2. Requisito não­funcional 2 – Front­end: o sistema deve possuir uma interface desktop (front­end) desenvolvida na linguagem Delphi .

3.1.4.3. Requisito não­funcional 3 – Interface Web: o sistema deve possuir uma

interface Web desenvolvida nas linguagens PHP e JavaScript.

3.1.4.4. Requisito não­funcional 4 – Banco de Dados: o sistema deve utilizar o

SGBD PostgreSQL, considerando que é código livre e possui a extensão PostGIS para

implementar o modelo de dados OpenGIS.

3.2. Escopo do Sistema

O sistema da Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia (Sis CCMB),

objeto deste projeto, compreende uma interface gráfica para o usuário (frontend) desenvolvida no ambiente de desenvolvimento DELPHI e instalada em plataforma

Microsoft / Windows, conforme se vê na Figura 5 (Nº. 1). A interface do usuário permite

acesso a um banco de dados PostgreSQL, instalado em uma plataforma Linux (Nº 2).

Compreende, ainda, sítio hospedado em um servidor Web Apache (Nº. 3) que provê

acesso aos dados do sistema para usuários através da Internet.

39

Figura 5 – Escopo do sistema

A Figura 6, abaixo, mostra o fluxograma onde estão representadas as

funcionalidades do sistema.

Figura 6 – Fluxograma Sis CCMB

Início

Pesquisador entrega material para coleção

Curador confere o material

Material OK? não

sim

Curador insere dados no banco de dados

Aplicativo Web disponibiliza dados na

Internet

Sistema emite relatórios

Fim

Uso combinado do frontend (Nº. 1) e do SGBD (Nº. 2)

Uso combinado da Página Web (Nº. 3) e do SGBD (Nº. 2)

Uso combinado do front­ end (Nº. 1) e do SGBD (Nº. 2)

Uso de formulário de entrega

40

3.3. Processo de Desenvolvimento do Sistema

Processos de desenvolvimento de software normalmente possuem fases

básicas, que são: levantamento de requisitos, análise, desenho, implementação e

testes. Para definirmos um processo de desenvolvimento de software precisamos

estabelecer um modelo de ciclo de vida (metodologia), que nada mais é que o

estabelecimento das fases de construção de um software, a ordem em que elas serão

executadas e a integração entre as fases.

Um dos processos mais comum e bastante utilizado é o Cascata, nele as fases

e a seqüência de execução das atividades são bem definidas e rígidas, tornando­se

burocrático e inflexível quanto a mudança de requisitos durante o desenvolvimento. O

cliente só conhece o produto no final do desenvolvimento, quando muitas vezes

descobre que não era bem aquilo que ele queria.

Como uma alternativa às metodologias tradicionais de desenvolvimento, que

demandam elevado nível de planejamento e gerência e que têm baixa flexibilidade com

relação a novos requisitos, surgem as metodologias ágeis. As metodologias ágeis têm

sido utilizadas em projetos em que os requisitos são passíveis de alterações, onde

refazer partes do código não é uma atividade que apresenta alto custo, as equipes são

pequenas, as datas de entrega do software são curtas e o desenvolvimento rápido é

fundamental.

Essas Metodologias surgiram em 2001, com o Manifesto para Desenvolvimento

de Software ágil. Tem como objetivo tornar o desenvolvimento de software mais

humano, pessoal, menos burocrático, principalmente em relação a resposta a

mudanças. A XP (eXtreme Programming) destaca­se dentre as metodologias ágeis existentes (FLOWER, 2005) por possuir um grande número de projetos e usuários

aderindo a essa prática. Não se pretende, aqui, fazer um comparativo entre as

Metodologias Tradicionais e as Metodologias Ágeis visto que já existem estudos nesse

sentido.

As principais diferenças da XP em relação a outras metodologias são: Feedback constante, desenvolvimento incremental e a comunicação entre as pessoas é estimulada. Entregas de software são feitas constantemente, evitando que ocorram

erros de interpretação dos requisitos, pois o cliente está em constante contato com

versões do software. Possui um projeto simples, visando apenas os requisitos atuais,

requisitos futuros são deixados para depois.

41

3.4. Histórico da Coleção de Cultura de Microrganismos da Bahia

A CCMB é uma das mais jovens coleções de culturas de microrganismos do

Brasil. Ela foi criada em 06 de novembro de 2003 a partir de um financiamento da

Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), através Edital de

Infra­estrutura/2003. Seu efetivo início das atividades foi maio de 2004.

Atualmente a CCMB é financiada por projetos de pesquisa e é apoiada pela

UEFS. Sua equipe conta com taxonomistas especialistas em diferentes grupos

microbianos e com pessoal técnico treinado para a realização do trabalho

especializado que uma coleção de cultura de microrganismos requer.

3.5. Visão da CCMB

A Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia, localizada na

Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia), trabalha com microrganismos dos

grupos de bactérias, actinobactérias, leveduras, fungos filamentosos e mixomicetos

isolados da região Semi­árida do Brasil.

Coleta, isolamento, preservação, armazenamento e disponibilidade de

informações dos microrganismos isolados de diversos substratos e ambientes do Semi­

árido, bem como o contínuo melhoramento dessas metodologias para gerar maior

conhecimento e fonte de estudo da biodiversidade e potencial de aplicação desses

microrganismos, são as principais finalidades da CCMB.

3.6. Amparo Legal

A CCMB é credenciada pelo CONSELHO DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO

GENÉTICO (CGEN / MMA) como Instituição Fiel Depositária de amostras de

componentes do patrimônio genético (Processo N° 02000.001592/2005­25, publicado

no D.O.U. de 14.09.2005).

42

4. Resultados e Discussões

Neste projeto o processo de desenvolvimento de software utilizado foi o

XP com o modelo de prototipagem evolutiva. Este modelo foi escolhido por adaptar­se

melhor a projetos web, que geralmente possuem uma alta mudança de requisitos, além de oferecer a possibilidade de criação de vários protótipos até o produto final e não

exigir uma documentação extensiva típica de um processo de desenvolvimento

tradicional.

Algumas adaptações foram necessárias devido às características desse

trabalho. O feedback constante com o cliente foi feito com o curador da coleção e outros usuários, visto que não há um cliente específico. A programação em par é

inviável, pois o projeto é individual. Em conseqüência disso não se tem a propriedade

coletiva do código durante a implementação. A refatoração é restrita e a carga horária é

irrestrita.

4.1. Métrica do Sis CCMB

O conceito de métrica, aqui explorado, tem por objetivo mostrar o tamanho do

sistema CCMB e, ainda, proporcionar uma percepção, embora superficial, da sua

complexidade.

A métrica utilizada para o Sis CCMB será a análise por Ponto de Função. Para

o cálculo de pontos de função utilizou­se o aplicativo APFplus versão 1.5.3.0, que é um freeware desenvolvido por Ivan José de Mecenas Silva autor do livro Análise de Pontos de Função: Estudo teórico, crítico e prático; uma das referências desse trabalho. O

aplicativo pode ser obtido, sem ônus, nos sítios do autor www.ivanmecenas.ecn.br ou

www.ivanmecenas.com .

A seguir apresenta­se um quadro resumo (Figura 7) dos dados da métrica do

Sis CCMB, tal quadro foi construído com dados obtidos com o aplicativo APFplus. Os

relatórios produzidos através do aplicativo APFplus corroboram o referido quadro e

podem ser observados nos anexos B, C, D e E.

43

Função Interface desktop Interface web Total

ALI 196 0 196

AIE 0 55 55

EE 104 0 104

SE 130 0 130

CE 108 21 129

Conversão de dados 4 0 4

PF 542 76 618

PFA 514,90 75,24 590,14

O fator de ajuste calculado para a interface desktop do Sis CCMB, conforme anexo B, foi resultado da aplicação da fórmula:

Então:

O fator de ajuste calculado para a interface web do Sis CCMB, conforme anexo C, foi resultado da aplicação da fórmula:

Então:

Figura 7 – Quadro resumo da APF do Sis CCMB

FA= 0.65 + 0.01 x 30 = 0,95

PFA = FA x PF

PFA = 0,95 x 542 = 514,90 (quantidade de pontos de função ajustada)

FA= 0.65 + 0.01 x 34 = 0,99

PFA = FA x PF

PFA = 0,99 x 76 = 75,24 (quantidade de pontos de função ajustada)

44

Conclui­se que o custo das interfaces será obtido multiplicando­se R$ 40,00

(custo por ponto de função) pela quantidade de pontos de função ajustada. O custo

total do Sis CCMB será, portanto, a soma do custo das interfaces, ou seja, R$

20.596,00 + R$ 3.009,60, que totalizará R$ 23.605,60 (vinte e três mil seiscentos e cinco reais e sessenta centavos). Os anexos D e E mostram esses valores calculados.

4.2. Diagramas

Os diagramas a seguir foram construídos com base na especificação de

requisitos (item 3.1.1).

4.2.1. Diagrama de Classes

O diagrama de classes, Figura 8, ilustra atributos e operações das

classes e as restrições com que os objetos podem ser conectados; descrevem,

também, os tipos de objetos do Sis CCMB e os relacionamentos entre esses objetos.

45

Figura 8 – Diagrama de Classes

46

4.2.2. Diagrama de Casos de Uso

O diagrama de Casos de Uso do Sis CCMB, descrito na Figura 9, descreve um

cenário e mostra as funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário.

Figura 9 – Diagrama de Casos de Uso

47

4.2.3. Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER)

O Diagrama de Entidades e Relacionamentos, Figura 10 abaixo, representa o

modelo conceitual do Sis CCMB e foi construído a partir do processo de análise do

sistema.

Figura 10 – Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER)

48

4.3. Telas do sistema – Interfaces desktop e web

As telas apresentadas a seguir tem por objetivo mostrar as interfaces do Sis

CCMB, bem como, ainda que de forma sucinta, mostrar as principais funcionalidades

do sistema.

4.3.1. Tela de login – interface desktop

A Figura 11 mostra a tela de entrada no sistema, acesso à base de dados

através da interface desktop.

4.3.2. Tela sistemas – interface desktop

A Figura 12 mostra o acesso aos subsistemas do Sis CCMB. O usuário poderá,

através dessa tela, inserir, excluir, visualizar, consultar, editar e emitir relatórios dos

dados da base de dados. Permite acesso ao cadastro de pessoal, cadastro de

microrganismos e chamada da interface Web.

Figura 11 – Tela de login do Sis CCMB

49

4.3.3. Telas consulta pessoal e cadastro de pessoal – interface desktop

A Figura 13 mostra a tela de consulta de pessoal. Nessa tela o usuário do

sistema poderá realizar consultas, de diversa formas, na base de dados de pessoal

cadastrado no Sis CCMB.

Figura 12 – Tela sistemas do Sis CCMB

Figura 13 – Tela de consulta de pessoal do Sis CCMB

50

A Figura 14, a seguir, mostra a tela que permite ao usuário do sistema cadastrar

as pessoas que irão interagir com o Sis CCMB, tais como, depositante, identificador,

autenticador, etc...

4.3.4. Tela consulta microrganismo – interface desktop

O usuário do Sis CCMB também pode realizar consultas de diversa formas

sobre os microrganismos que constam na base de dados do sistema, conforme se

observa na tela da Figura 15.

Figura 14 – Tela de cadastro de pessoal do Sis CCMB

Figura 15 – Tela de consulta de microrganismo do Sis CCMB

51

4.3.5. Tela cadastro de microrganismo – interface desktop

A Figura 16 mostra a tela que permite ao usuário do Sis CCMB realizar o

cadastro de microrganismos que comporão a base de dados do sistema.

4.3.6. Tela tabelas – interface desktop

A Figura 1 7 mostra a tela que permite que o usuário do Sis CCMB acesse

todas as tabelas da base de dados do sistema.

Figura 16 – Tela de cadastro de microrganismo do Sis CCMB

Figura 17 – Tela de acesso às tabelas do Sis CCMB

52

4.3.7. Tela principal ­ Interface Web

O Sis CCMB permitirá que pesquisadores e outros interessados na Coleção de

Culturas de Microrganismos da Bahia possam acessar a base de dados da coleção

através da Internet e realizar consultas. A Figura 18 mostra a tela de consulta ao

acervo da coleção.

4.3.8. Tela pesquisa ­ Interface Web

A Figura 19 mostra a tela de resultados da pesquisa realizada conforme o item

anterior.

Figura 18 – Tela de consulta ao acervo do Sis CCMB via Web

Figura 19 – Tela de resultado da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web

53

4.3.9. Tela detalhes da pesquisa ­ Interface Web

Além dos resultados obtidos na consulta a qual se refere o item 3.9.7 o usuário

poderá obter mais detalhes sobre o microrganismo de seu interesse, conforme se

observa na tela da Figura 20.

4.3.10. Tela mapa ­ Interface Web

Uma informação importante é o local de coleta de um determinado

microrganismo, a tela mostrada na Figura 21 apresenta um mapa que loca o ponto de

coleta conforme suas coordenadas geográficas.

Figura 20 – Tela de detalhes da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web

Figura 21 – Tela mapa da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web

54

4.3.11. Tela mapa zoom ­ Interface Web

A Figura 22, abaixo, mostra o mesmo mapa da consulta ao local de coleta,

conforme foi detalhado no item 3.9.10, desta feita com uma aproximação, “zoom”,

maior.

Figura 22 – Tela mapa, com “ zoom” , da consulta ao acervo do Sis CCMB via Web

55

5. Conclusão e Trabalhos Futuros

Este trabalho abordou os conceitos fundamentais de Bancos de Dados

Espaciais, arquiteturas disponíveis, seus benefícios e desvantagens, além de

estruturas para uso destes recursos. Por conseguinte, direcionou­se a pesquisa à

utilização deste conhecimento sobre o banco de dados PostgreSQL aliado à sua

extensão para tratamento de dados espaciais, PostGIS. Entretanto, por questões de

praticidade aliadas ao esforço de desenvolvimento, optou­se, para a funcionalidade de webmapping, por utilizar APIs Google com JavaScript.

No que tange a interface Web, considerando­se o esforço de programação, que

é muito maior na implementação de uma solução com o Mapserver, considerando­se o

prazo para o desenvolvimento do sistema e, considerando­se, ainda, que na base de

dados do sistema havia, apenas, vinte e uma coletas com suas coordenadas

geográficas registradas, optou­se por utilizar o serviço de webmapping , uma funcionalidade da interface web do Sis CCMB, implementado com API Google Map em

conjunto com a linguagem JavaScript.

A base de dados do Sis CCMB, ao término deste trabalho, contém 328 registros,

que foram migrados da aplicação MSAccess. Requer, como próxima etapa, uma

atividade de entrada de dados para inserir os registros que estão em formulários de

papel.

O fato de que poucos registros de coleta, apenas 20, tivessem suas

coordenadas geográficas assinaladas foi um fator impeditivo para que se pudesse ter

uma base de dados totalmente georreferenciada. Sugere­se que a curadoria da

coleção adote medidas para que esses dados possam ser inseridos na base de dados

da coleção.

O acesso à base de dados, através da interface Web, usando API Google,

mostrou­se, nos testes realizados, plenamente satisfatório.

Considerando­se a expertise do Centro de Referência da Informação na Saúde (CRIS) órgão do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de

Santana (UEFS) que abriga o curso de pós­graduação do qual este trabalho é objeto, o front­end do sistema CCMB foi desenvolvido em Delphi.

Sugere­se, no futuro, implementar um serviço de webmapping para o sistema utilizando o Mapserver. Bem como, sugere­se migrar todo o sistema para uma

plataforma Linux, inclusive o front­end. Permitindo, assim, uma outra forma, de usar a

56

base de dados, que está em um banco de dados de código aberto e, da mesma forma

visualizar os dados georreferenciados.

57

REFERÊNCIAS

Este trabalho segue as diretrizes para apresentação de dissertações e teses da

USP.

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de Janeiro: Elsevier, 2005.

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Satélite: integração de arquitetura e tecnologia da informação para disseminação

de geoinformação da Internet. Campinas: Embrapa Monitoramento por satélite, 2004.

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MundoGEO, 2005.

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Rio de Janeiro: Alta Books. 2009.

MILANI, André. PostgreSQL: guia do programador. São Paulo: Novatec Editora,

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NIEDERAUER, Juliano. Web interativa com Ajax e PHP. São Paulo: Novatec Editora,

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ANEXOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA LABORATÓRIO DE PESQUISA EM MICROBIOLOGIA – LAPEM

COLEÇÃO DE CULTURAS DE MICRORGANISMOS DA BAHIA ­ CCMB

FORMULÁRIO DE DEPÓSITO

Atenção

A CCMB aceita apenas microrganismos restritos aos grupos de risco 1 e 2.

O depósito efetivo da amostra na CCMB só será feito após o preenchimento do Termo de Transferência de Material (TTM).

Uso exclusivo da CCMB

Data do Depósito:_______ Nº. CCMB:________ CGEN? Sim Não

Material Bactéria Levedura Fungo filamentoso Arquea Mixomiceto Actinobactéria Outro ________________________________

Identificação do microrganismo: Risco Biológico:___ Gênero:______________________________ Epíteto:_________________________________

Nome Infraesp.:_______________________ Sinônimo(s):_________________________________ (No caso de fungo filamentoso e levedura – fase sexual ou assexual)

Autor: ______________________________________________________________________________

Linhagem tipo? Sim Não Nome oficial? Sim Não OGM? Sim Não Histórico (origem) da cultura desde o isolamento:

CCMB ç _________________ ç _________________ ç ________________ ç ________________ (Depositante, Nº. linhagem)

Nº. linhagem ou designação utilizada pelo depositante: ______________________________________

Nº. em outras coleções: _______________________________________________________________

Origem da Linhagem: Latitude: _________________ Longitude: ___________________

Local da Coleta: __________________________________________ (Nome da reserva, fazenda, parque, etc.)

Município: __________________________ Estado: ________________ País: _______________

Hospedeiro: Gênero: _________________________ Epíteto: _______________________________

Complemento: _______________________________________________________________________

Fonte de Isolamento: ___________________________ (Ex.: solo, vegetal, água, sangue, urina, etc.)

Isolada por: _________________________________________ Data isolamento: _____________

Identificada por: _____________________________________ Data de identificação: _________

Forma de envio? Entrega pessoal Correio Outro _________________________________ Perigo à saúde e/ou ao meio ambiente? Não Zoopatogênica Fitopatogênica Observações sobre a linhagem: ________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ (Características de produção, degradação de compostos, utilização em controles, ensaios ou outros)

Propriedades da linhagem: ____________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ (Resultados morfológicos, bioquímicos, genéticos, sorológicos ou outros. Ex.: genótipo, % G+C, estrutura da parede celular, etc.)

Restrições: _____________________________ Aplicações: _________________________________

Bibliografia: _________________________________________________________________________

Anexo A – Formulário de Depósito do Sis CCMB

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Dados Infraespecíficos: Class.: ______________________ Compl.: ____________________ Status: ____________________

Dados Infraespecíficos do Hospedeiro: Class.: _____________________________ Nome.: ___________________________________

Condições de Cultivo: Meio de Manutenção: _________________________________________________________________

Temperatura: _______________ pH: ____________ Tempo de incubação: __________________

Meio de Preservação: _________________________________________________________________

Temperatura: _______________ pH: ____________ Tempo de incubação: __________________

Requerimento de Oxigênio: Aeróbio Microaerófilo Anaeróbio Anaeróbio Facultativo Condições especiais: __________________________________________________________________

Dados do Depositante: Nome: ______________________________________________________________________________

Instituição: __________________________________________________________________________

Endereço: ___________________________________________________________________________

Telefone/Fax para contato: ______________________ E­mail: ___________________________

Dados do Projeto: (Quando pertinente) Órgão de Fomento: _____________________

Título: ______________________________________________________________________________

Nome da Unidade de Conservação em estudo: ____________________________________________

Nº. autoriz. coleta do IBAMA: __________________ Nº. autoriz. Comitê de Ética: _____________

IMPORTANTE A CCMB possui três tipos distintos de depósito. Por favor, ASSINALE o que melhor se enquadra para seu depósito:

(1) Depósito Aberto (acesso público): Compreende os materiais biológicos e informação associada de livre acesso para a comunidade científica e indústria. O depósito de microrganismos nesta categoria não tem custos para o depositante

(2) Depósito de Segurança (depósito confidencial): Compreende depósito de segurança de linhagens de importância para pesquisadores e indústria. Estes depósitos são sigilosos e, tanto o material, como a informação associada, são processados e armazenados sob confidencialidade e mantidos independentemente do acervo da coleção pública. Este tipo de depósito é mantido pelo interessado.

(3) Depósito Legal (depósito confidencial): Segundo a legislação brasileira, a remessa de microrganismos para fins de bioprospecção e acesso aos recursos genéticos requer o depósito de uma amostra do material biológico em uma coleção credenciada para tal no país (Conselho de Gestão do Patrimônio Genético ­ CGEN). Neste caso, depositante deverá fornecer o número da licença de acesso e remessa de material biológico em questão. Este tipo de depósito é mantido pelo interessado.

__________________________________ ____________________________________________ Local e Data Assinatura do Depositante

CCMB – LAPEM – UEFS Av. Universitária, s/n – Km 03 da BR 116 FONE/FAX: (75) 3224­8296 Campus Universitário (75) 3224­8118 CEP: 44.031­460 SITE: http://www.uefs.br/ccmb Feira de Santana – BA – Brasil E­MAIL: [email protected]

Anexo B – Relatório do APFplus sobre pontos de função da Interface desktop do Sis CCMB

Anexo C – Relatório do APFplus sobre pontos de função da Interface Web do Sis CCMB

Anexo D – Relatório do APFplus sobre custos da Interface desktop do Sis CCMB

Anexo E – Relatório do APFplus sobre custos da Interface Web do Sis CCMB