folha da ilha - ano i - ed. 14

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 Ano I - Edição nº 14 - R$ 2,50 ILHA SOLTEIRA Inscrições para concurso público terminam na sexta- feira Circuito Cultural Paulista apresenta “Coresgrafia” Pág. 09 Diretor Responsável - Rafael Martins Criador da Unesp lança Parque Tecnológico de Ilha O ex-governador Paulo Egydio Martins, que em 30 de janeiro de 1976, assinou a Lei 952, criando a Universida- de Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP- com sede em Ilha Solteira, lançará nesta quinta-feira, 9, às 19h30, na Câmara Municipal de Ilha Solteira, a pedra fundamental do primeiro Parque Tecnológi- co do Noroeste Paulista, voltado especialmente para absorver as pesquisas nas áreas de enge- nharia elétrica, mecânica, civil, agronômica e biológica. O Parque, que vai ocupar uma área de 300 mil metros quadra- dos doados pela Prefeitura de Ilha Solteira, vai promover a integração dos produtos de pes- quisas tecnológicas aos setores industriais e de agronegócios do Noroeste Paulista e Centro Oes- te Brasileiro, no raio de influên- cia que Paulo Egydio idealizou para que a Unesp promovesse o desenvolvimento econômico e social. Pág. 03 Origin coloca Xbox 360 dentro de desktop Ilha construirá Posto de Saúde no bairro do Ipê Pág. 02 Kia Joorabichian, volta ao Parque São Jorge e sai sem nada. Por enquanto... Pág. 04 Equipe Édio participa de Congresso da L’Oreal Pág. 09 Os perigos do Salto Alto Pág. 06 Leia também Jair Longo, Marco Eustáquio de Sá , Paulo Egydio e Dr. Edson Gomes. Direitos do trabalhador: As principais dúvidas na hora de exigir os seus Segundo o IBGE, a taxa de desemprego média do primeiro semestre de 2010 nas seis principais regiões metropolitanas do País fi- cou em 7,3%, ante 8,6% no mesmo período do ano pas- sado. Essa é a menor taxa para um primeiro semestre da série da pesquisa, inicia- da em 2002. Ou seja, se an- tes o principal fator era con- seguir um bom emprego, o principal problema hoje é o trabalhador saber quais seus direitos. Muitos têm dificuldades e, em razão disso, surgem problemas sérios na hora de reivindi- car o que lhes é de direito. Conversamos com alguns trabalhadores e recolhemos as principais dúvidas, e fo- mos consultar alguns advo- gados. Leia abaixo o resumo das principais dúvidas. Primeiro deve-se saber que o direito do trabalhador é o conjunto de normas jurí- dicas que regem as relações entre empregados e empre- gadores, e os direitos resul- tantes da condição jurídica dos trabalhadores. Estas normas, no Brasil, estão re- gidas pela CLT (Consolida- ção das Leis do Trabalho), Constituição Federal e vá- rias Leis Esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras). As leis trabalhistas brasi- leiras ganharam impulso no primeiro governo de Ge- túlio Vargas. Em 1943, ele decretou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) unificando toda legislação trabalhista existente no país. Carteira de trabalho Muitas pessoas come- çam seu primeiro emprego sem ter a carteira assinada, o que é um grande erro. A carteira de trabalho sempre deve ser assinada. Não im- porta o sistema de trabalho: empreiteira, contrato por safra, mensalista ou diária. Por lei, o patrão tem que devolver a carteira ao tra- balhador, assinada, em um prazo máximo de 48 horas. Não pode, em hipótese al- guma, reter a carteira de trabalho. Se o trabalhador tiver filhos de até 14 anos, ele também tem direito ao Salário-Família. Para isso, ele deve entregar ao patrão cópia da Certidão de Nasci- mento e Carteira de Vacina- ção do(s) filho(s). Um trabalhador que teve seu emprego sem a cartei- ra assinada poderá rever todos os direitos que lhe foram sonegados durante o período em que trabalhou sem anotação do contrato de trabalho em sua Carteira de Trabalho, inclusive para fins de comprovação do tempo de serviço. Porém, para tanto, deve- rá ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho, chamada de Reclamação Trabalhista, contra o seu empregador. Para o ingresso dessa ação, em princípio e por disposição legal, o trabalha- dor não precisa de advoga- do, bastando apresentar-se na Secretaria da Vara do Trabalho de sua cidade ou que tenha jurisdição na localidade onde mora ou onde prestou o serviço e, lá, relatar e requerer o pa- gamento dos direitos que lhe foram negados como, por exemplo, horas extras, insalubridade, adicional noturno, férias e abono, 13º salário, salários, diferenças salariais, seguro-desempre- go e etc... O mais indicado, no en- tanto, devido as complexi- dades, é que se contrate os serviços de um advogado especializado em Direito do Trabalho ou, então, dirija- se ao Sindicato de sua em- presa anterior e peça a as- sistência judicial. Normalmente, na defesa dos direitos dos trabalhado- res, os advogados cobram seus honorários em razão do êxito na demanda e na proporção direta do ganho para seu cliente. Se o advogado for o do sindicato, via de regra, o empregado não pagará nada, pois a Lei determina que o Juiz condene a em- presa a pagar honorários, chamados assistenciais, ao advogado do Sindicato na ordem de 15% do valor da condenação. Pág. 02 Pág. 06 Pág. 02

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Folha da Ilha - Ano I - Ed. 13

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Page 1: Folha da Ilha - Ano I - Ed. 14

Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 Ano I - Edição nº 14 - R$ 2,50ILHA SOLTEIRA

Inscrições para concurso público terminam na sexta-feira

Circuito Cultural Paulista apresenta “Coresgrafia”

Pág. 09

Diretor Responsável - Rafael Martins

Criador da Unesp lança Parque Tecnológico de IlhaO ex-governador Paulo

Egydio Martins, que em 30 de janeiro de 1976, assinou a Lei 952, criando a Universida-de Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP- com sede em Ilha Solteira, lançará nesta quinta-feira, 9, às 19h30, na Câmara Municipal de Ilha Solteira, a pedra fundamental do primeiro Parque Tecnológi-co do Noroeste Paulista, voltado especialmente para absorver as pesquisas nas áreas de enge-nharia elétrica, mecânica, civil, agronômica e biológica.

O Parque, que vai ocupar uma área de 300 mil metros quadra-dos doados pela Prefeitura de Ilha Solteira, vai promover a integração dos produtos de pes-quisas tecnológicas aos setores industriais e de agronegócios do Noroeste Paulista e Centro Oes-te Brasileiro, no raio de influên-cia que Paulo Egydio idealizou para que a Unesp promovesse o desenvolvimento econômico e social.

Pág. 03

Origin coloca Xbox 360 dentro de desktop

Ilha construirá Posto de Saúde no bairro do Ipê

Pág. 02

Kia Joorabichian, volta ao Parque São Jorge e sai sem nada. Por enquanto...

Pág. 04

Equipe Édio participa de Congresso da L’Oreal

Pág. 09

Os perigos do Salto Alto

Pág. 06

Leia também

Jair Longo, Marco Eustáquio de Sá , Paulo Egydio e Dr. Edson Gomes.

Direitos do trabalhador: As principais dúvidas na hora de exigir os seusSegundo o IBGE, a taxa

de desemprego média do primeiro semestre de 2010 nas seis principais regiões metropolitanas do País fi-cou em 7,3%, ante 8,6% no mesmo período do ano pas-sado. Essa é a menor taxa para um primeiro semestre da série da pesquisa, inicia-da em 2002. Ou seja, se an-tes o principal fator era con-seguir um bom emprego, o principal problema hoje é o trabalhador saber quais seus direitos. Muitos têm dificuldades e, em razão disso, surgem problemas sérios na hora de reivindi-car o que lhes é de direito. Conversamos com alguns trabalhadores e recolhemos as principais dúvidas, e fo-mos consultar alguns advo-gados. Leia abaixo o resumo das principais dúvidas.

Primeiro deve-se saber que o direito do trabalhador é o conjunto de normas jurí-dicas que regem as relações entre empregados e empre-gadores, e os direitos resul-tantes da condição jurídica

dos trabalhadores. Estas normas, no Brasil, estão re-gidas pela CLT (Consolida-ção das Leis do Trabalho), Constituição Federal e vá-rias Leis Esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras). As leis trabalhistas brasi-leiras ganharam impulso no primeiro governo de Ge-túlio Vargas. Em 1943, ele decretou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) unificando toda legislação trabalhista existente no país.

Carteira de trabalho

Muitas pessoas come-çam seu primeiro emprego sem ter a carteira assinada, o que é um grande erro. A carteira de trabalho sempre deve ser assinada. Não im-porta o sistema de trabalho: empreiteira, contrato por safra, mensalista ou diária. Por lei, o patrão tem que devolver a carteira ao tra-balhador, assinada, em um prazo máximo de 48 horas.

Não pode, em hipótese al-guma, reter a carteira de trabalho. Se o trabalhador tiver filhos de até 14 anos, ele também tem direito ao Salário-Família. Para isso, ele deve entregar ao patrão cópia da Certidão de Nasci-mento e Carteira de Vacina-ção do(s) filho(s).

Um trabalhador que teve seu emprego sem a cartei-ra assinada poderá rever todos os direitos que lhe

foram sonegados durante o período em que trabalhou sem anotação do contrato de trabalho em sua Carteira de Trabalho, inclusive para fins de comprovação do tempo de serviço.

Porém, para tanto, deve-rá ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho, chamada de Reclamação Trabalhista, contra o seu empregador.

Para o ingresso dessa

ação, em princípio e por disposição legal, o trabalha-dor não precisa de advoga-do, bastando apresentar-se na Secretaria da Vara do Trabalho de sua cidade ou que tenha jurisdição na localidade onde mora ou onde prestou o serviço e, lá, relatar e requerer o pa-gamento dos direitos que lhe foram negados como, por exemplo, horas extras, insalubridade, adicional

noturno, férias e abono, 13º salário, salários, diferenças salariais, seguro-desempre-go e etc...

O mais indicado, no en-tanto, devido as complexi-dades, é que se contrate os serviços de um advogado especializado em Direito do Trabalho ou, então, dirija-se ao Sindicato de sua em-presa anterior e peça a as-sistência judicial.

Normalmente, na defesa dos direitos dos trabalhado-res, os advogados cobram seus honorários em razão do êxito na demanda e na proporção direta do ganho para seu cliente.

Se o advogado for o do sindicato, via de regra, o empregado não pagará nada, pois a Lei determina que o Juiz condene a em-presa a pagar honorários, chamados assistenciais, ao advogado do Sindicato na ordem de 15% do valor da condenação.

Pág. 02

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Page 2: Folha da Ilha - Ano I - Ed. 14

EXPEDIENTE

Av. Brasil Norte, 367 CIlha Solteira - SP18 . 3743 [email protected]

Diretor Responsável: Rafael MartinsJornalista Responsável: André SantanaRedação: Junior SagsterFotografia: Suely MeloArte e Diagramação: Rafael MartinsImpressão: Editora FerjalComercial: Suely Melo

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, e são de inteira responsabilidade de seus autores.

PRIMEIRO CADERNO 02Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010

Terminam na próxi-ma sexta-feira, 10, as inscrições para o Con-curso Público para téc-nico em segurança do trabalho na Prefeitura Municipal de Ilha Sol-teira. Os candidatos, que devem ter curso técnico de segurança do trabalho com regis-

tro no MTE, concorrem a uma vaga, cujo salá-rio é de R$ 1.824, 27.

Os interessados de-vem se inscrever pela internet, no site da Consesp, até o dia 10. O endereço é www.consesp.com.br. As inscrições custam R$ 40,00.

A Construtora Paia-guás, de Ilha Solteira, foi a vencedora da con-corrência pública para construção das instala-ções do Posto de Aten-dimento Médico (PSF) no bairro Ipê, zona rural do município. Os recursos da obra são do tesouro municipal. A previsão era de que

a construção tivesse início ontem, quarta-feira, 8, mas ainda não começou, já que o processo ainda está em fase de assinatura de contrato. A partir da assinatura da ordem de serviço, a constru-tora terá 60 dias para concluir a obra.

O ex-governador Paulo Egydio Martins, que em 30 de janeiro de 1976, assinou a Lei 952, criando a Uni-versidade Estadual Paulis-ta “Júlio de Mesquita Fi-lho”- UNESP- com sede em Ilha Solteira, lançará nesta quinta-feira, 9, às 19h30, na Câmara Municipal de Ilha Solteira, a pedra fundamen-tal do primeiro Parque Tec-nológico do Noroeste Pau-lista, voltado especialmente para absorver as pesquisas nas áreas de engenharia elétrica, mecânica, civil, agronômica e biológica.

O Parque, que vai ocupar uma área de 300 mil metros quadrados doados pela Pre-feitura de Ilha Solteira, vai promover a integração dos produtos de pesquisas tec-nológicas aos setores indus-triais e de agronegócios do Noroeste Paulista e Centro Oeste Brasileiro, no raio de influência que Paulo Egydio idealizou para que a Unesp promovesse o desenvolvi-mento econômico e social.

Paulo Egydio também será homenageado na Câ-mara Municipal com título de cidadania. O autor da honraria, João de Oliveira Machado, que não é mais vereador, diz que o ex-go-vernador será reconhecido pela atitude que garantiu a sobrevivência da colônia de operários construtores da hidrelétrica de Ilha Sol-teira: a criação da Unesp. Apesar do decreto citar que a sede seria Ilha Solteira, e

que isso nunca tenha ocor-rido, o governador atingiu seu objetivo que na época queria chamar a atenção do Estado para a cidade e a importância dela se trans-formar em município inde-pendente. Fato que acabou ocorrendo em 1991 com a Lei que transformou Ilha Solteira em município, após um grande movimento de emancipação surgido entre as lideranças locais.

Unesp – base econômica de Ilha

Hoje, a universidade é uma importante base para a economia local e, de fato, garante a sustentabilidade do município. Ela gera cen-tenas de empregos, reúne cerca de quatro mil estu-dantes, possui mais de mil hectares de áreas de pesqui-

sa, três campi em área ur-bana e um orçamento anu-al acima de R$ 80 milhões que supera, inclusive, o da Prefeitura Municipal.

Para o diretor da Unesp em Ilha Solteira, Marco Eustáquio de Sá, a criação do Parque Tecnológico é uma aspiração dos pesqui-sadores e, principalmente, dos professores, doutores e empreendedores que pos-suem grandes trabalhos

para contribuir com o de-senvolvimento econômico regional.

Importância estratégica

Nessa região de influên-cia do Parque Tecnológico de Ilha Solteira, o forte da economia são atividades canavieiras, agronegócio de grãos e carne, e uma cres-cente indústria de celulose

e papel. Há ainda grandes investimentos da Petrobrás em geração de energia e fer-tilizantes; além de planos para siderurgia e a Ferrovia Norte-Sul, que já chegou à região.

O Departamento Munici-pal de Desenvolvimento da Prefeitura localizou um po-tencial emergente em toda região de divisa de São Pau-lo com Mato Grosso do Sul, com perspectiva de maior crescimento com o investi-mento tecnológico que, in-clusive, já começa ser recla-mado pelo setor produtivo.

O futuro parque tecno-lógico receberá o nome de “Paulo Egydio Martins”, e para o prefeito Edson Go-mes, será “uma justa ho-menagem, a um sonhador e idealista que planejou esse futuro para Ilha Solteira, porque acreditou no po-tencial de nossa gente e re-conheceu a importância de promover a Educação”.

O prefeito disse que pre-tende direcionar a vocação de Ilha Solteira para a edu-cação. Seu plano agora é fazer a cidade ser campeã de acesso à universidade pública, oferecendo uma educação que a Unesp vem ajudando a “turbinar com conhecimentos e técnicas”, desde o berçário até os en-sinos fundamental e médio. A Prefeitura de Ilha Solteira gasta 30% de seu orçamen-to em educação.

Ag. Visão

Criador da Unesp lança Parque Tecnológico de IlhaSolenidade que vai homenagear Paulo Egydio será realizada na Câmara Municipal de Ilha Solteira, dia 9 quinta feira às 19h30

Entidades querem envolvimento da Prefeitura em Plantio Estadual de Árvores

Representantes de en-tidades e instituições que participaram de uma reu-nião na manhã desta quin-ta-feira (02), na Câmara de Ilha Solteira, para discutir a realização do Plantio Esta-dual de Árvores, que acon-

tece no próximo dia 19 de setembro, elaboraram um documento que foi enviado ao prefeito Edson Gomes (PP), onde pedem o envol-vimento da Prefeitura em todas as etapas do projeto, do plantio, manutenção da

área e acompanhamento técnico.

Entidades e instituições envolvidas temem que o trabalho, assim como no ano passado, seja compro-metido. Todas as mudas plantadas em 2009 foram

cortadas pela Prefeitura junto com o mato que to-mava conta do local.

O vereador Washington Cestari (PDT), que coorde-na o projeto em Ilha Soltei-ra, informou que conver-sou com o prefeito Edson Gomes sobre o assunto, e o mesmo garantiu que a Pre-feitura apoiará e dará todo suporte ao projeto. “Ele, inclusive, disse que irá pre-parar a área para o plantio e até cercá-la”, disse o vere-ador.

Já confirmaram parti-cipação no plantio a Asso-ciação Comercial, o Colégio Anglo, o Colégio NEP Ob-jetivo, a Escola Técnica Es-tadual, a escola municipal ABBS, o Grupo Escoteiro, o Rotary Clube, a Casa da Amizade, a Loja Maçônica Luz e Trabalho, o Lions Clu-be, a APAE, o Interact Clu-be, o Léo Clube e o Hospital Regional, além da Câmara de Ilha Solteira.

Outra entidades e insti-tuições que não participa-ram da reunião, também já estão confirmando adesão ao projeto.

Inscrições para concurso público terminam na sexta-feira

Ilha construirá Posto de Saúde no bairro do Ipê

Page 3: Folha da Ilha - Ano I - Ed. 14

por Junior Sagster Segundo o IBGE, a taxa

de desemprego média do primeiro semestre de 2010 nas seis principais regiões metropolitanas do País fi-cou em 7,3%, ante 8,6% no mesmo período do ano pas-sado. Essa é a menor taxa para um primeiro semestre da série da pesquisa, inicia-da em 2002. Ou seja, se an-tes o principal fator era con-seguir um bom emprego, o principal problema hoje é o trabalhador saber quais seus direitos. Muitos têm dificuldades e, em razão disso, surgem problemas sérios na hora de reivindi-car o que lhes é de direito. Conversamos com alguns trabalhadores e recolhemos as principais dúvidas, e fo-mos consultar alguns advo-gados. Leia abaixo o resumo das principais dúvidas.

Primeiro deve-se saber que o direito do trabalhador é o conjunto de normas jurí-dicas que regem as relações entre empregados e empre-gadores, e os direitos resul-tantes da condição jurídica dos trabalhadores. Estas normas, no Brasil, estão re-gidas pela CLT (Consolida-ção das Leis do Trabalho), Constituição Federal e vá-rias Leis Esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras). As leis trabalhistas brasi-leiras ganharam impulso no primeiro governo de Ge-túlio Vargas. Em 1943, ele decretou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) unificando toda legislação trabalhista existente no país.

Carteira de trabalho

Muitas pessoas come-çam seu primeiro emprego sem ter a carteira assinada, o que é um grande erro. A carteira de trabalho sempre deve ser assinada. Não im-porta o sistema de trabalho: empreiteira, contrato por safra, mensalista ou diária. Por lei, o patrão tem que devolver a carteira ao tra-balhador, assinada, em um prazo máximo de 48 horas. Não pode, em hipótese al-guma, reter a carteira de trabalho. Se o trabalhador tiver filhos de até 14 anos, ele também tem direito ao Salário-Família. Para isso, ele deve entregar ao patrão cópia da Certidão de Nasci-mento e Carteira de Vacina-ção do(s) filho(s).

Um trabalhador que teve seu emprego sem a cartei-ra assinada poderá rever todos os direitos que lhe foram sonegados durante o período em que trabalhou sem anotação do contrato de trabalho em sua Carteira de Trabalho, inclusive para fins de comprovação do tempo de serviço.

Porém, para tanto, deve-rá ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho,

chamada de Reclamação Trabalhista, contra o seu empregador.

Para o ingresso dessa ação, em princípio e por disposição legal, o trabalha-dor não precisa de advoga-do, bastando apresentar-se na Secretaria da Vara do Trabalho de sua cidade ou que tenha jurisdição na localidade onde mora ou onde prestou o serviço e, lá, relatar e requerer o pa-gamento dos direitos que lhe foram negados como, por exemplo, horas extras, insalubridade, adicional noturno, férias e abono, 13º salário, salários, diferenças salariais, seguro-desempre-go e etc...

O mais indicado, no en-tanto, devido as complexi-dades, é que se contrate os serviços de um advogado especializado em Direito do Trabalho ou, então, dirija-se ao Sindicato de sua em-presa anterior e peça a as-sistência judicial.

Normalmente, na defesa dos direitos dos trabalhado-res, os advogados cobram seus honorários em razão do êxito na demanda e na proporção direta do ganho para seu cliente.

Se o advogado for o do sindicato, via de regra, o empregado não pagará nada, pois a Lei determina que o Juiz condene a em-presa a pagar honorários, chamados assistenciais, ao advogado do Sindicato na ordem de 15% do valor da condenação.

Piso salarial

Nenhum empregado pode receber menos que o piso salarial da categoria previsto para uma determi-nada função. O piso salarial é obrigatório e não indica-tivo. O piso salarial não é estabelecido pelo governo, mas sim em comum acordo pelo Sindicato Profissional de uma categoria e pelo respectivo Sindicato Patro-nal. Nesse caso, ele estará expresso na Convenção Co-letiva da Categoria. O piso também pode ser estabe-lecido por meio de Acordo Coletivo entre uma empre-

sa e o Sindicato Profissional ou por meio de uma Sen-tença Normativa, proferida pela Justiça do Trabalho.

A fiscalização é respon-sabilidade do Ministério do Trabalho, por meio de seus auditores fiscais. Nada im-pede, contudo, que um em-pregado que receba salário abaixo do piso entre com uma ação perante a Justiça do Trabalho.

Jornada de trabalho

Quando o assunto é jor-nada de trabalho, muitos trabalhadores sentem-se explorados. A lei diz que a jornada máxima de traba-lho é de oito horas por dia. Caso o empregado trabalhe mais do que isso, o patrão deve pagar as horas extras, com acréscimo de no míni-mo 50%. Por exemplo: se alguém recebe R$ 40,00 por dia, cada uma das oito horas trabalhadas vale R$ 5,00. Assim, se trabalhar além do expediente normal, deve ganhar pelo menos R$ 7,50 por cada hora traba-lhada além do expediente. Nos acordos coletivos, um número maior do que os 50% pode ser combinado entre patrão e empregados. Somente em casos excep-cionais a lei admite a pror-rogação da jornada diária sem pagamento de hora extra.

Muitos trabalhadores têm dúvidas na hora de co-brar suas horas extras e isso causa alguma dor de cabeça quando não se tem o conhe-cimento exato de seus direi-tos.

Vale lembrar que existe um limite para a hora extra. Há uma jornada de traba-lho padrão estabelecida por critérios de higiene e saú-de (física e mental), para o trabalho em geral. Assim, a jornada padrão é de oito ho-ras diárias e 44 horas sema-nais e 220 horas mensais. O limite diário pode ser acres-cido de, no máximo, duas horas extraordinárias, ge-rando o pagamento do adi-cional de Hora Extra, salvo se houver compensação desse excesso em outro dia. O limite padrão, portanto,

para a jornada diária, são dez horas.

Há profissões que fogem a esse padrão, previstas em normas jurídicas especiais, podendo extrapolar as oito horas ou ter uma jornada inferior a esse limite. Tam-bém existem categorias específicas cujas jornadas são superiores às oito horas diárias, como por exemplo, os aeronautas, os que tra-balham no setor petroleiro, eletricitários, dentre outros.

Da mesma forma, em face das peculiaridades da função, há jornadas diárias de sete horas, de seis horas (bancários, por exemplo) e de cinco horas, como os jor-nalistas profissionais.

Férias e 13°

Qualquer contrato de tra-balho tem que incluir férias e 13º salário. Seja ele por tempo determinado ou não. As férias serão integrais ou proporcionais, conforme o contrato. A previsão está no art. 129 da CLT e na Lei 4.090/62.

Porém, é depois de um ano de serviço que o tra-balhador tem direito a um mês de férias remuneradas. Ele deve receber o equiva-

lente a um salário e, pelo menos, mais um terço. As-sim, se o empregado rece-be R$ 600,00 de salário, no mês de suas férias ele deverá ganhar R$ 800,00 (R$ 600,00 do salário + R$ 200,00 equivalente a um terço). No final do ano, o trabalhador também rece-be o 13º salário. Se estiver há menos de um ano no emprego, o 13º é calculado proporcionalmente ao tem-po trabalhado.

O empregado pode con-verter um terço do período de férias a que tiver direito em dinheiro, no valor da remuneração que lhe se-ria devida nos dias corres-pondentes. Sendo as férias concedidas fora do período concessivo, ou seja, mais de um ano depois que o em-pregado já está trabalhan-do, este terá o valor da re-muneração em dobro.

Auxílio trabalhador no caso de trabalhadores rurais

No caso de trabalhos ru-rais, a maior dificuldade en-contrada é a falta de infor-mação do trabalhador que, muitas vezes, não recebe o auxílio necessário por des-conhecer totalmente seus

direitos. No caso de doen-ça, por exemplo, o estabe-lecimento rural deve estar equipado com material ne-cessário à prestação de pri-meiros socorros. Se no local existirem dez ou mais tra-balhadores, deve haver uma pessoa treinada para essa função. Em caso de doença ou acidente de trabalho, o patrão deve prestar os pri-meiros socorros e encami-nhar o empregado para as-sistência médica adequada, sem descontar nada do sa-lário do funcionário.

Quando constatada uma doença ocupacional, ou seja, que é decorrente da atividade que o trabalhador exerce, como um problema na coluna porque ele car-rega muito peso, caberá ao patrão, por meio de um lau-do ou atestado médico, emi-tir a Comunicação de Aci-dente de Trabalho (CAT). O empregador também deve afastar o trabalhador da ex-posição ao risco, ou até mes-mo do trabalho, dependen-do da orientação médica. O patrão também deve enca-minhar o trabalhador à Pre-vidência Social. Se a doença for realmente comprovada pelos exames, os primeiros 15 dias de afastamento por conta do problema de saúde serão pagos integralmente pela empresa. A partir do 16º dia, o empregado passa a receber auxílio previden-ciário do INSS.

Desligamento de função

O trabalhador deve rece-ber do empregador o aviso de que será demitido com pelo menos 30 dias de an-tecedência. Caso isso não aconteça, ele tem direito a receber indenização, no va-lor do salário, no ato da de-missão. Da mesma forma, o trabalhador, ao se demitir por vontade própria, deve avisar o empregador com 30 dias de antecedência.

Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 PRIMEIRO CADERNO 03

Direitos do trabalhador: As principais dúvidas na hora de exigir os seus

Page 4: Folha da Ilha - Ano I - Ed. 14

Kia Joorabichian, volta ao Parque São Jorge e sai sem nada. Por enquanto...

por Junior Sagster

Mais uma vez Kia Joora-bchian aparece na história do Corinthians. Desta vez foi para fazer uma propos-ta ao clube sobre o direito de nome do estádio corin-thiano. O ex-presidente da MSI e figura principal da polêmica parceria com o time alvinegro entre 2004 e 2006, é apontado como in-termediador de uma oferta para viabilizar a construção do estádio que será erguido em Itaquera e pode rece-ber a abertura da Copa do Mundo de 2014.

Segundo informações divulgadas na edição desta quarta-feira, 08, no jornal Folha de S. Paulo, Andres Sanchez, presidente do clu-be Alvinegro do Parque São Jorge, teve a primeira pro-posta para fechar o naming rights do estádio do Corin-thians.

Kia Joorabchian esteve no Brasil nos últimos dias e se encontrou com Andres em evento social no último final de semana.

Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a interessada no negócio era a Emirates. No entanto, o valor ofereci-do não agradou o dirigente. Os R$ 335 milhões neces-sários para saldar a dívida com a Odebrecht não fo-ram atingidos.

O jornal também infor-ma que, nos bastidores do Parque São Jorge, a presen-ça de Kia não é bem vista e tem gerado insatisfação de

dirigentes e conselheiros, preocupados com a “ima-gem do clube”.

Tcheco

Considerado um per-na de pau para muitos e um craque mal aproveita-do para outros, o jogador Tcheco, de 34 anos, deixa o Corinthians. Sem Mano Menezes, que o indicou ao clube, o jogador ficou en-costado após uma contusão e não vinha sendo aprovei-tado no clube de São Paulo.

No Paraná, o técnico Ney Franco confirmou a contra-tação do meia Tcheco pelo Coritiba. Tcheco chega por

empréstimo ao clube pa-ranaense onde jogou entre 2002 e 2003, quando foi campeão paranaense.

Indicado por Mano, que teve o atleta na equipe vice-campeã da Liberta-dores 2007, perdida para o Boca Juniors, o jogador chegou como solução para o meio campo após a saí-da de Douglas, no final do ano passado, mas nunca se firmou com a camisa alvinegra. Visto com des-confiança por torcedores, passou mais tempo no de-partamento médico que em campo. Disputou 24 jogos pela equipe paulista e não marcou gols.

São Paulo respira após virada e já fala em arrancada Por Junior Sagster

Tentando sair da crise que se instalou após a que-da na Copa Liberatdores, o Tricolor tenta dar sequ-ência às vitórias. A virada contra o Atlético Mineiro no último domingo, 5, dei-xou treinador e atletas mais tranquilos para o trabalho desta semana e o elenco já fala em arrancada em bus-ca do topo da tabela.

Um dos que falou sobre esta arrancada foi o coringa Richarlyson. “Conseguimos uma boa vitória. Agora te-mos um jogo difícil contra o Flamengo. Mas o impor-tante é que a confiança vem aumentando e vamos bus-car o nosso objetivo, que é o G-4”, disse.

Inseguro ainda na po-sição de treinador, Sérgio Baresi vê a conquista desta vitória de domingo passa-do como um grande passo para o futuro da equipe no campeonato.

“Estávamos querendo muito uma vitória, porque era importante devido ao momento crítico. Essa vitó-ria nos dá moral”, declarou o técnico da equipe.

Rogério Ceni, disse es-perar que o time repita a arrancada que o levou ao título de 2008. “Antes des-sa partida, nosso objetivo era se livrar da zona de re-baixamento. Acredito em tudo. Não descarto a pos-sibilidade de título. E até mesmo de ser alcançado. Nosso objetivo é a próxima vitória”, falou Rogério.

Novo patrocinador

Na última segun-

da-feira, 6, após quase seis meses do fim de sua parceria com a LG, o São Paulo fechou com um novo patroci-nador. Em soleni-dade no Morumbi, o clube anunciou um acordo com o banco BMG. Por 10 meses, a instituição poderá estampar sua marca no pei-to, nas costas e nas mangas das camisas do time princi-pal. Sem ter o valor revela-do o clube fecha com novo patrocinador, mas saben-do-se que não foi possível atingir os R$ 40 milhões esperados no início do ano.

Sorte?

Na última rodada do Bra-sileirão, o uniforme tricolor estampava o novo patroci-nador que só foi apresen-tado oficialmente nesta se-gunda.

Além de estampar os uniformes do clube paulis-ta, a BMG terá uma de suas agências bancárias insta-lada dentro do estádio do Morumbi.

Além do patrocínio, é cogitada a parceria entre o clube paulista e o BMG, conhecido também por ter um dos novos e mais fortes fundos de investimentos de atletas do mercado. O ban-co poderá colocar alguns de seus jogadores dentro do São Paulo.

“Estaremos próximos do São Paulo, então se apare-

cer a chance de colocar al-gum atleta dentro do clube, vamos tentar”, reconheceu Ricardo Guimarães, presi-dente do BMG.

Apesar de não constar no contrato, o clube também se mostrou aberto a pos-sibilidade de parceria. Po-rém, o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes fez ressalvas. “Não existe ne-nhuma parceria desse tipo, mas não há obstáculos. O que o São Paulo preserva é a sua independência, e fa-tos como esse só acontece-rão se o clube tiver a última palavra”, salientou.

Outra parceria possível entre clube e banco, é a reforma do Morumbi, que ainda tenta sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. “Os nossos patrocinadores sempre têm prioridade nas ações dentro do estádio do Morumbi, e isso inclui as reformas do estádio, é cla-ro”, admitiu o diretor de marketing do clube, Adal-berto Baptista, sem es-pecificar qual seria a real contribuição da instituição financeira.

ESPORTES 04Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 ESPORTES 05

Clássico desta quinta-feira marca volta de Neymar Um clássico histórico.

Assim é definido o jogo de hoje, às 21h, no Pacaembu, pela 20ª rodada do Campe-onato Brasileiro, entre San-tos e Botafogo. Há muitos anos, as duas equipes tive-ram nomes muito impor-tantes do futebol brasileiro e mundial, e hoje a historia se repete.

O Fogão traz em seu plan-tel alguns craques, como o argentino Herrera, o uru-guaio Loco Abreu, e o golei-ro Jefferson, lembrado por Mano e grande opção para o gol da Seleção Brasileira. Já a equipe da Vila Belmiro é o time sensação do cam-peonato. Mesmo sem Gan-so, lesionado, e Robinho, que se foi para a Europa, o time é um forte candidato ao título deste ano de 2010. Ou seja, tudo para um clás-sico imperdível. Além de tudo isso, uma ótima opor-tunidade para ver Neymar de volta ao gramado após ter cumprido suspensão no jogo contra o Flamengo no último domingo, 5.

O jovem atleta foi bas-tante reverenciado no clu-be carioca. No entanto, o técnico Joel Santana e o volante Marcelo Mattos pe-dem marcação forte para o atacante não conseguir exe-cutar suas belas jogadas.

“O Neymar joga um fu-tebol moleque e precisamos jogar sério e marcar sem deslealdade”, afirmou Mar-celo Mattos.

Joel Santana foi outro que falou bem do atleta da Baixada Santista e desta-cou que “Precisamos ter muito respeito por conta

de sua grande qualidade técnica. Trata-se de um jo-gador diferenciado. Coloco esse atleta entre os tops de linha. Precisamos procurar dificultar suas manobras, mas os torcedores não po-dem ser privados de ver um jogador dessa qualidade. Precisamos marcá-lo com lealdade, realizar um gran-de espetáculo e procurar vencer”.

Ganso

Na segunda-feira, 6, Pau-lo Henrique Ganso com-pletou a primeira semana de tratamento fisioterápico após a realização de uma ci-rurgia para a reconstrução do ligamento cruzado ante-rior do joelho esquerdo. O

meia apresenta a evolução do quadro clínico esperada pelo departamento médico, e segue o ritmo intenso de exercícios de fortalecimen-to muscular.

Ganso sofreu entorse do joelho esquerdo no segun-do tempo da partida contra o Grêmio, pelo Brasilei-rão, no dia 25, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS), produzindo lesão do ligamento cruzado anterior e lesão parcial do menis-co lateral. No dia seguinte, passou por ressonância e os médicos do Santos decidi-ram pela cirurgia, realizada com êxito. Dois dias depois do procedimento, já estava no CEPRAF iniciando a fi-sioterapia.

J.S

Lenny volta a ter contato com bola, mas retorno só no fim do Brasileirão

Após cinco longos meses no departamento médico, Lenny, que passou todo este período sem contato com a bola, voltou na ma-nhã da última terça-feira, 07 de setembro. Afastado por causa de uma lesão no joelho direito, sofrida no dia 24 de março na partida do Palmeiras contra o Rio Branco, válida pelo Cam-peonato Paulista, Lenny voltou a treinar com o time após um longo período, mais de 150 dias.

Lenny, que ainda se re-cupera de uma ruptura no ligamento cruzado do jo-elho direito, diz que ainda sente receio. “Na hora de tocar a bola parece que o joelho e o pé ainda travam um pouco. Mas só de to-car na bola, de brincar um pouco já dá uma animada”, disse.

Segundo Lenny, o técni-co Felipão tem sido funda-mental na recuperação, e o contato com o treinador tem servido de incentivo.

“O Felipão dá uma aten-ção incrível. É outro nível. Ele tem acreditado em mim, tem conversado co-migo para saber como eu estou”, explicou Lenny.

Mesmo voltando a ter contato com a pelota, Lenny só voltará de forma definitiva aos gramados nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.

“Para treinar finalização, dividir uma bola, ainda falta um mês. Ainda não tenho força para isso, é di-

ferente de fazer embaixa-dinha ou participar de um bobinho. Devo voltar para a fase final do Brasileirão”, diz o atleta.

O atacante não imagina um forte ataque palmei-rense ao lado de Kleber e Valdivia. O jogador, no en-tanto, acredita que o chile-no ainda não está 100% e endossou o discurso de Fe-lipão com relação à forma física do meio-campista.

“Está na cara que ainda falta ritmo e preparação ao Valdivia, todo mundo sabe disso. Ele joga 300 vezes mais do que isso”, avaliou o atacante.

Ainda segundo Lenny, “a vantagem de jogar ao lado dele é que ele lança muito bem a bola, para os atacan-tes isso é ótimo. E o Kleber segura bem a bola no ata-que. Isso ajuda o atacante que joga ao lado dele”, con-clui.

São Marcos

Marcão voltou a ter pro-blemas de contusão. O go-leirão saiu com dores no joelho esquerdo no último jogo do Palestra, na derro-ta de virada por 3 a 2 para o Cruzeiro, no estádio do Pacaembu.

O goleiro ficou em São Paulo tratando o joelho, que é o mesmo em que ele passou por uma artrosco-pia, aguardando a evolu-ção do quadro enquanto a delegação do Palmeiras viajou para a Bahia e jo-gou ontem, quarta-feira, 8, contra o Vitória.

“A situação do Marcos não se alterou do dia do jogo para hoje [segunda-feira, 06 de setembro]. O joelho esquerdo segue in-chado e ele ainda apresen-ta dores. Vamos deixá-lo em tratamento intensivo, em dois períodos, e aguar-dar a evolução até o final desta semana”, explicou o médico Rubens Sampaio ao site oficial do clube.

J.S

Foto: Gazeta Press

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC/Divulgação

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 06

Os perigos do Salto AltoPor André Santana

Não há mulher que dispense um bom salto alto. Elegantes e muito charmosos, os sapatos de salto alto não apenas conferem mais beleza ao vestuário femini-no, como ainda corrige certos “traumas” femi-ninos, sobretudo das mulheres baixinhas. Afinal, grande parte de-las gostaria de ser mais alta do que é.

No entanto, é preci-so ficar atenta quanto ao acessório. Um es-tudo da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, indicou que o uso de sapatos de salto alto pode causar danos à saúde da mulher. Se-gundo o estudo, publi-cado no site da revista Galileu, os sapatos co-locam muita pressão sobre o joelho, o que aumenta o risco de de-generação articular e artrose.

“Todo mundo sabe que o salto alto é ruim. Mas quanto maior o salto, maior é o risco de desenvol-vimento de artrose”, afirma Danielle Barkema, biome-cânica responsável pelo es-tudo, citada pelo site Disco-very News.

Numa comparação com andar sem sapatos, as mu-lheres que usam salto sofrem maior compressão no inte-rior do joelho. Quando com-parado a andar sem sapatos,

a pesquisa apontou que as mulheres que usam salto sofrem uma maior compres-são no interior do joelho. Na pesquisa de Barkema, foram usados sapatos com saltos de 5 cm e 7,5 cm. No laboratório, os pesquisado-res usaram sensores, câme-ras e outros equipamentos para medir as forças e ondas de choque nos pés das mu-lheres, com idades entre 18 anos e 40 anos, enquanto

elas caminhavam em cada tipo de sapato.

Entre os resultados, foi constatado que caminhar com salto alto altera a postu-ra das mulheres, causando a inclinação do tornozelo para dentro e desestabilizando as articulações. Houve também carga significativamente maior no joelho, especial-mente quando o salto de 7,5 centímetros era testado.

Outra pesquisa, publicada

em junho no Journal of Experimental Biology e realizada por cien-tistas britânicos, cons-tatou que mulheres que usavam salto alto pelo menos cinco vezes por semana tinham os músculos da panturri-lha 13% menores que as mulheres que usavam sapatos baixos ou tênis. Os cientistas também notaram que o tendão de Aquiles das mulhe-res que usavam salto era mais rígido e grosso que o das mulheres que não usavam.

O autor do estudo britânico, o cientista Marco Narici, da Man-chester Metropolitan University, afirma que os resultados explicam o motivo pelo qual mu-lheres que usam salto sentem dor na pantur-rilha quando tentam caminhar sem sapatos. O uso regular de salto alto, diz Narici, pode deixar a mulher “menos eficiente em atividades que requerem sapatos

planos, como corrida”.Em entrevista à Discovery

News, Narici admite que as mulheres nunca deixarão de usar salto alto. Por isso, ele recomenda a prática regular de exercícios de alongamen-to, como ficar na ponta dos pés em um degrau, e rela-xar o calcanhar e tendão de Aquiles com o peso do cor-po.

A Cinema Display, da Philips, desembarcou no Brasil este ano com suas proporções gigantescas. Única a ter imagem 21:9, o mesmo padrão do cine-ma, ela chegou aqui um pouco defasada, pois era um lançamento europeu do ano passado. Agora a Cinema Display 3D aca-bou de ser lançada na IFA 2010.

Com o benefício de não manipular as imagens do cinema (padrão 21:9) para a exibição na TV, a Cinema Display deu a mancada de dispensar o 3D. Na época do seu lan-çamento no Brasil, em abril, a maioria das con-correntes já exibia seus aparelhos com o recur-so. Na primeira versão, só era possível assistir a filmes 3D com um kit de conversão, vendido sepa-radamente. O novo mo-delo chega às três dimen-sões e conta com imagens full HD na frequência de 400 Hz. Diferente da ver-são de 56 polegadas lan-çada aqui, o modelo euro-

peu tem 58 polegadas.Para brilhar no meio da

multidão de outras TVs, a Philips também tem co-locado alguns recursos a mais em seus televiso-res. Um deles é o LED Pro, que apaga LEDs nas áreas escuras da imagem para proporcionar maior contraste. Há também o Ambilight, para ilumi-nar a parede em volta do aparelho com as cores da imagem. O recurso até agrada algumas pessoas, porém deixa a TV grossa, como se percebe em sua foto de perfil.

E como você já deve ter imaginado, dói só de pen-sar no dinheiro necessá-rio para ter uma dessas. Ela deve chegar à Europa por 4.000 euros, ou seja, 5.112 dólares. Ao Brasil, ela chega em outubro. Não sabemos o preço por enquanto. Para servir de comparação, a versão an-terior da Cinema Display custa 13.000 reais por aqui.

InfoGadjets

TV com tela de cinema da Philips ganha 3D

Origin coloca Xbox 360 dentro de desktop

A Origin, fabricante de PCs americana, acabou de lançar um desktop para do-minar todos os outros. Ou até, quem sabe, para domi-nar o mundo. O The Big O simplesmente exagera. Ele não se contenta em ter uma das melhores configurações imagináveis. Ele também faz questão de ter um Xbox 360 dentro do gabinete.

Na configuração de base, o desktop conta com um Core i7 com overclock para 4 GHz, duas placas de vídeo GTX480 da Nvidia e a pla-ca-mãe Rampage III Extre-me, da Asus, todos resfria-dos por líquido. Era preciso justificar o preço inicial de 7.669 dólares.

A torre, com pelo menos o dobro do tamanho de um desktop regular, ainda pode vir em outros modelos ou com outros “órgãos inter-nos”: dois processadores Intel Xeon X5680 (cada um com seis núcleos), até qua-tro placas gráficas e com 12 GB de memória, o dobro de RAM do modelo de entra-da. Essa brincadeira sai por 17.999 dólares. Veja as con-figurações completas aqui.

Mas já que colocar as pe-ças mais agressivas do mer-cado dentro de um gabinete não tem nada de original, a Origin teve uma ideia um pouco diferente. Nas fotos com o Big O aberto e de per-fil, dá para ver como foi en-caixado um Xbox 360 Slim na parte de baixo do PC, o que permite também seu resfriamento por líquido. Segundo a Origin, o conso-le foi modificado para que suas portas ficassem acessí-

veis na parte da frente.A ideia parece legal, mas

não conseguimos ver exa-tamente qual é o benefício disso, a menos que o con-sole tenha uma grande in-tegração com o computador e seus discos rígidos, por exemplo. A Origin não dei-xou claro qual será o nível de interação entre os dois,

apenas disse que “será pos-sível jogar Xbox enquanto o PC trabalha em outras tare-fas”. Mas também podería-mos fazer isso com um con-sole fora do desktop, não? O jeito é esperar um pouco para ver do que esse híbrido é capaz.

InfoGadjets

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 SOCIAL 07

Casamento realizado no último Sábado, no clube SEIS, pela Flor e Laço Buffet e Decoração da cidade de Fernandópolis

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SOCIAL 08Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 CULTURA E ENTRETENIMENTO 09

Dicas de moda: Moda NavyPor Carla D’Almeida

Numa repaginação dos clássicos, a moda navy volta com força no verão 2010, esbanjando sofisti-cação. Boa parte da inspi-ração para a estação que se aproxima vem dos anos 1920 e dos anos 1950, dé-

cadas que nos remetem a melindrosas e marinheiros.

As listras em tons mari-nheiros, combinadas com vermelho, surgem revita-lizadas e ganham as ruas em looks mais casuais, como a regata e a bermu-dinha, ou em vestidos ele-gantes. O navy deste verão

ressurge com um aspecto mais sofisticado, menos marinheiro e mais balne-ário chique. O navy, sem dúvidas, é um clássico. En-tão aproveite a tendência e abuse da elegância desse estilo no verão 2010.

Por André Santana

Os fãs de uma boa litera-tura policial, e que também cultivam bom senso de hu-mor, não podem deixar de ler “A Misteriosa Morte de Miguela de Alcazar”. O li-vro de Lourenço Cazarré é uma sátira muito bem construída sobre situações que envolvem o melhor e o pior dos romances poli-ciais. Cheio de referências, a trama se torna uma lei-tura deliciosa para aqueles que já estão inseridos neste universo (mas também é indicado para leigos).

O protagonista é o jorna-lista gaúcho Campestre de Campos Campelo. O sar-cástico personagem narra a história, sempre pontu-ando com comentários áci-dos e cheios de humor seco. Recrutado pelo chefe do jornal Correio de Brasília, o repórter é obrigado a com-parecer ao Brasília Palace e descobrir se o local está abrigando uma convenção de escritores de romances policiais. Campelo não ape-

nas descobre ser verdade, como acaba entrando numa investigação quando uma das convidadas, a espa-nhola Miguela de Alcazar y Casas de Bourbon, é miste-riosamente assassinada. O jornalista será testemunha de uma espécie de debate, em que os autores policiais darão suas próprias versões sobre o crime.

Uma das principais re-ferências ao universo dos romances policiais contido em “A Misteriosa Morte de Miguela de Alcazar” está nos autores que participam da tal convenção. Todos são inspirados em autores famosos de tramas miste-riosas: a inglesa Águeda Cristine; a russa Fedorova Smerdlova Dornascostas-viskáya; o francês Georges Sim Et Non; o americano Dax Chamber; o chinês Foo Lee Shi Man; o argentino Jorge Luís Borgias; além de Miguela de Alcazar, que é assassinada. “Os perso-nagens são baseados em escritores, só o chinês não era, mas eu estava lendo

coisas meio zen budistas e gostei daquela linguagem patife religiosa”, afirmou o autor na ocasião do lança-mento do livro.

Fã de literatura policial, Lourenço Cazarré brinca com os clichês do gênero e não poupa jocosidade, sar-casmo e ironia, presentes na narrativa seca e direta, dividida em vários capítu-los com títulos inusitados. Cazarré é gaúcho e autor de mais de 30 livros e conde-corado com 22 prêmios li-terários, incluindo o Jabuti de 2008.

“A Misteriosa Morte de Miguela de Alcazar” é uma publicação da editora Ber-trand Brasil.

“Miguela de Alcazar”: sátira de romance policial

Reprodução

Sempre preocupada em oferecer aos clientes o que há de mais moderno no universo dos penteados, a Equipe Édio se prepara para participar do Con-gresso Nacional da L’Oreal. A ideia é trazer para Ilha Solteira todas as novas ten-dências em cores de cabelo, cortes e penteados.

O Congresso da L’Oreal será realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, no Re-sort Blue Tree Park, na ci-dade de Lins, e vai reunir cabeleireiros de toda a re-gião. Na ocasião, uma equi-pe de docentes altamente capacitados, que ministram cursos e treinam profissio-nais de todo o Brasil, orien-tará os participantes sobre

as novidades do setor. En-tre os docentes estão Dar-lene Bráulio, formada em Paris e Milão e professora da Universidade Cruzeiro do Sul nas disciplinas de colorimetria e transforma-ções químicas (alisamen-tos e permanentes); Célio Faria, membro e coorde-nador regional da Inter-coiffure Mondial, e um dos integrantes da equipe de Coiffeurs Stars da L’Oreal Professional, especializado em forma, penteado e corte, com as técnicas desenvol-vidas nas academias Vidal Sassoon (Londres, UK); e Silvana Fernandes, atuan-do há 16 anos e técnica da empresa Taiff há mais de 14, formada pela Wella,

L’Oreal, Llongueras, na Ar-gentina, Pivot Point Brasil/Chicago, e visagista pela Universidade Cruzeiro do Sul.

Com a participação no Congresso da L’Oreal, a Equipe Édio reforça o com-promisso de sempre trazer novidades para os clientes de Ilha Solteira. Vale lem-brar que o cabeleireiro Édio acaba de participar de um curso na Academia Pivot Point, realizado há 15 dias.

A Equipe Édio está bas-tante animada para realizar seu sonho de mudança e, por isso, não mede esforços para ir em busca sempre do melhor para seus clientes.

Equipe Édio participa de Congresso da L’Oreal

No dia 18 de setem-bro, sábado, a Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ilha Solteira, apresentará o espetáculo “Coresgrafia – Pra Viver e Aprender”. A apresentação faz parte do Circuito Cul-tural Paulista 2010, e acon-tecerá na Praça da Integra-ção, a partir das 20 horas.

Confira a sinopse do es-petáculo: “Há muito tempo os seres humanos apren-deram que a natureza se repete: as chuvas, as flores, o frio, o calor e o próprio

aspecto do céu... tudo se re-pete com muita regu-laridade, com sua imensa variação de tons e co-res. Mas no decorrer de um simples dia a rotina do ser hu-mano gera insat is fa-ção, preci-samos ‘viver’ intensamente ‘pra aprender’: a amar, a sentir, a sorrir e principal-mente: ser humano”.

Circuito Cultural Paulista apresenta “Coresgrafia”Por André Santana

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Quinta-feira, 09 de Setembro de 2010 10CULTURA E ENTRETENIMENTO

“Passione”: Fred e Melina se casam

Por André Santana

Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) está enrola-da com os filhos que tem: Saulo (Werner Schune-mann) é um incompetente; Gerson (Marcello Antony) tem sérios problemas com seu computador; e Melina (Mayana Moura), definiti-vamente, não sabe perder. Nos próximos capítulos de “Passione” (Globo, 21h20), a caçula dos Gouveia decide provocar todo mundo se ca-sando com Fred (Reynaldo Gianechinni).

Tudo começa quando Melina some misteriosa-mente. A estilista, chateada com toda a família por con-ta do final do noivado com Mauro (Rodrigo Lombar-

di), desaparece, deixando Bete aflita. A matriarca não esconde sua preocupação ao dizer que tem um mal pressentimento com rela-ção à filha. Dito e feito! Ao regressar à mansão, Meli-na estará casada com Fred! Assim, Bete é obrigada a vi-ver sob o mesmo teto que o vilão.

Fred é quem mais se di-verte com essa “volta por cima”, e passa a desdenhar sobre Bete, chamando-a de “sogrinha”. Perturbada, Bete se recusa a fazer suas refeições com a família na mesma companhia do mau-caráter. Gerson tenta pro-teger a mãe e dá uma dura em Fred, mas o vilão ame-aça sumir no mundo com Melina, afastando-a de vez da família. Até Totó (Tony

Ramos) se preocupa com a situação da mãe, avisando Fred que não aceitará suas provocações.

Fred, claro, não se im-porta com nenhuma ame-aça e se diverte ao ver que seu plano de se vingar dos Gouveia está dando certo. E ele até conta com o apoio de Brígida (Cleyde Yáconis) e Antero (Leonardo Villar), que se encantam com o charme do malvado. Pobre Bete...

Por André Santana

Num mundo onde nin-guém mente, o que aconte-ceria se alguém descobrisse a mentira? Mais que um “O Mentiroso” às avessas, “O Primeiro Mentiroso” é uma quase desconhecida, porém eficiente comédia que brin-ca com a religião, o com-portamento humano e o ci-nema, entre outras sacadas inteligentes.

O longa conta a história de Mark Bellison (Ricky Gervais), um roteirista de cinema que vive em um mundo onde não existe

mentira. Todos são extre-mamente sinceros neste universo surreal. Decepções e frustrações são confessa-das sem medo. Até mesmo a famosa “mentirinha social” não existe aqui: todos sem-pre falam a verdade. Até mesmo cinema de ficção não existe: os filmes são, na verdade, documentários so-bre fatos históricos. E Belli-son, que é roteirista de cine-ma, acaba demitido porque seus filmes são considera-dos depressivos. Também pudera! Ele era encarrega-do de retratar o século 14, justamente a época da Peste

Negra.Não bastasse estar sem

emprego, Bellison acaba de viver um jantar frustrante com a bela Anna McDoo-gles (Jennifer Garner). Completamente desespera-do, ele acaba descobrindo uma maneira de se livrar das enrascadas: a mentira! Quando descobre que pode inventar coisas, sua vida muda, pois agora tem o po-der nas mãos. Acaba enri-quecendo e despertando a ira do colega bem-sucedido Brad Kessler (Rob Lowe), com quem nunca se deu muito bem.

Com esta inversão de re-alidade, “O Primeiro Men-tiroso” brinca com todas as diretrizes do comporta-mento humano, resultando numa curiosa reflexão. O longa ainda acaba alfine-tando a própria indústria do cinema. O estilo de humor é cínico e refinado, carac-terísticas de Ricky Gervais que, além de protagonista, é o roteirista e diretor. Para quem não conhece, Ricky Gervais é um famoso co-mediante inglês, criador da versão original inglesa da série “The Office”.

Além disso, “O Primei-

ro Mentiroso” ainda esconde algumas pontas de luxo. Repare bem e encontre Edward Norton vivendo um policial; Philip Seymour Ho-ffman, como um atendente de bar; a hilá-ria Tina Fey, como secre-tária de Belli-son; e Jason B a t e m a n , como um médico.

“O Primeiro Mentiroso”: pega na mentira!

Divulgação/TV Globo

Divulgação TV Globo

O remake de “Sinhá Moça”, atual reprise das tar-des da Globo, sai do ar na próxima sexta-feira, 10. Para substituí-lo, entra em cena “Sete Pecados”, trama de Walcyr Carrasco exibida en-tre 2007 e 2008, e que volta ao ar na próxima segunda-feira, 13, em “Vale a Pena Ver de Novo”.

“Sete Pecados” conta a história de Beatriz (Priscila Fantin), uma rica e mimada patricinha, acostumada a ter tudo o que sempre quis e é a personificação dos sete peca-dos capitais. Numa viagem, ela conhece o taxista Dante (Reynaldo Gianecchini), ho-mem cheio de virtudes, e se apaixona por ele. Mas ele é casado com Clarice (Giovan-na Antonelli), com quem for-ma uma família feliz ao lado dos dois filhos. Beatriz, en-tão, une-se à Agatha (Claudia Raia), uma misteriosa mu-lher, líder de uma sociedade secreta, que promete separar

Dante de Clarice, fazendo-o cometer os sete pecados. Mas os céus estão dispostos a sal-var Beatriz da vida de peca-dos: a anja Custódia (Claudia Jimenez) desce à Terra para tentar levar a moça para o ca-minho do bem.

“Sete Pecados” marcou a estreia do novelista Walcyr Carrasco no horário das sete da noite da Globo. Depois de ter emplacado sucessivos su-cessos às seis, como “O Cra-vo e a Rosa”, “Chocolate com Pimenta” e “Alma Gêmea”, o autor foi alçado ao novo ho-rário numa tentativa de es-tancar a queda de audiência da faixa. Porém, “Sete Peca-dos” não cumpriu sua mis-são, mas também não decep-cionou: sua média final foi de 30 pontos no Ibope. Carrasco só conheceu o verdadeiro su-cesso às sete com “Caras & Bocas”, de 2009.

“Sete Pecados” teve alguns problemas em seu desen-rolar. O mote de se mostrar

os sete pecados capitais não emplacou e, aos poucos, foi sumindo da história. Isso culminou com o desapareci-mento de um núcleo inteiro, o da gula, representada pelos personagens da pizzaria Rei da Gula. Agatha, a grande vilã vivida por Claudia Raia, acaba morta no meio da tra-ma, fazendo a novela perder uma das personagens prin-cipais ainda em desenvolvi-mento. Depois disso, a nove-la passa a andar em círculos e demora a se reencontrar. Mas a trama teve seus per-sonagens marcantes, como a anja Custódia, que se apaixo-na pelo DJ Adriano (Rodrigo Phavanello), formando um dos melhores pares românti-cos da novela. Regis (Malvi-no Salvador) e Elvira (Nívea Stelmann) também diver-tiram, assim como a tram-biqueira Otília (Rosamaria Murtinho).

“Sete Pecados” de volta em “Vale a Pena Ver de Novo”