flip 12/11/2012

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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XV NATAL-RN, 12 DE NOVEMBRO DE 2012 Nº 4.489 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,05 Dólar turismo R$ 2,10 Dólar/Real R$ 2,05 Euro x real R$ 2,60 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 ALE conquista prêmio nacio- nal por eficiência na comuni- cação com seus revendedores. Marcos A. de Sá Página 7 José Carlos Leite Filho Anísio Marinho Neto Ailton Salviano Ana Luíza Rabelo Spencer Alcimar de Almeida Silva Lúcia A. de Medeiros Chacon Velhas imagens mostram a Redinha há quase um século e casas que o mar levou. Vicente Serejo Página 13 PMDB é o partido com maior chance de indicar o novo Con- selheiro do TCE pela AL. Daniela Freire Página 12 O Fluminense, sem saber, estava inspirado por Nelson Rodrigues neste campeonato. Rubens Lemos F. Página 16 Creio que tinha onze anos quando cometi meu primeiro sacrilégio sentimental. Alex Medeiros Página 11 CONRADO CARLOS INTERINO Paulinho Freire pode permanecer no cargo de prefeito de Natal até final do mandato > OPINIÃO DE JURISTA EX -JUIZ DO TRE E ADVOGADO ATUANTE NA ÁREA ELEITORAL, FÁBIO HOLLANDA ASSEGURA QUE NÃO HÁ NECESSIDADE DO VICE- PREFEITO , EM EXERCÍCIO , RENUNCIAR PARA SER DIPLOMADO VEREADOR. "O QUE NÃO PODE É ACUMULAR CARGOS”, DIZ POLÍTICA 3 Gastos de Cláudia Regina na campanha foram o dobro dos apresentados por Larissa > ELEIÇÕES MOSSOROENSES POLÍTICA 5 Canteiros das principais vias de Natal são pintados com as cores do Brasil > PREPARATIVOS PARA A COPA CIDADE 8 Wellington Rocha Mutirão de limpeza iniciado pelo prefeito Paulinho Freire entra na fase de embelezamento. Canteiros centrais da Roberto Freire já estão "verde e amarelos" Petrobras afirma que o Pier das Dunas será desativado em fevereiro do próximo ano > OUTRO TERMINAL... ECONOMIA 7 Em solenidade no Centro Administrativo, governadora diz que objetivo é levar segurança para uma das regiões mais afetadas pela violência no Estado Fluminense bate Palmeiras e antecipa a comemoração > BRASILEIRÃO Restando três rodadas para o fim do cam- peonato, Flu abre 10 pontos de vantagem para o Atlético Mineiro. ESPORTE 16 Operários em greve planejam outro protesto para amanhã > CONSTRUÇÃO CIVIL Assembleia de hoje foi suspensa porque não houve proposta dos empresários e nem convocação do TRT. CIDADE 13 Rosalba anuncia o retorno da Operação Sertão Seguro e entrega mais 21 viaturas > SEGURANÇA PÚBLICA CIDADE 10 Divulgação

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Cidades, cultura, economia e esporte

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Page 1: FLIP  12/11/2012

Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XV w NATAL-RN, 12 DE NOVEMBRO DE 2012 w Nº 4.489

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,05Dólar turismo R$ 2,10Dólar/Real R$ 2,05

Euro x real R$ 2,60Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w ALE conquista prêmio nacio-nal por eficiência na comuni-cação com seus revendedores.

MarcosA. de Sá

Página 7

José Carlos Leite Filho

Anísio Marinho Neto

Ailton Salviano

Ana Luíza Rabelo Spencer

Alcimar de Almeida Silva

Lúcia A. de Medeiros Chacon

w Velhas imagens mostram aRedinha há quase um séculoe casas que o mar levou.

VicenteSerejo

Página 13

w PMDB é o partido com maiorchance de indicar o novo Con-selheiro do TCE pela AL.

DanielaFreire

Página 12

w O Fluminense, sem saber,estava inspirado por NelsonRodrigues neste campeonato.

RubensLemos F.

Página 16

w Creio que tinha onze anosquando cometi meu primeirosacrilégio sentimental.

AlexMedeiros

Página 11

CONRADO CARLOS

INTERINO

Paulinho Freire pode permanecer no cargode prefeito de Natal até final do mandato

> OPINIÃO DE JURISTA

EX-JUIZ DO TRE E ADVOGADO ATUANTE NA ÁREA ELEITORAL, FÁBIO HOLLANDA ASSEGURA QUE NÃO HÁ NECESSIDADE DO

VICE-PREFEITO, EM EXERCÍCIO, RENUNCIAR PARA SER DIPLOMADO VEREADOR. "O QUE NÃO PODE É ACUMULAR CARGOS”, DIZ

POLÍTICA 3

Gastos de Cláudia Regina na campanha foram o dobrodos apresentados por Larissa

> ELEIÇÕES MOSSOROENSES

POLÍTICA 5

Canteiros das principaisvias de Natal são pintadoscom as cores do Brasil

> PREPARATIVOS PARA A COPA

CIDADE 8

Wellington Rocha

Mutirão de limpeza iniciado pelo prefeito Paulinho Freire entra na fase de embelezamento. Canteiros centrais da Roberto Freire já estão "verde e amarelos"

Petrobras afirma que o Pierdas Dunas será desativadoem fevereiro do próximo ano

> OUTRO TERMINAL...

ECONOMIA 7

Em solenidade no Centro Administrativo, governadora diz que objetivo é levar segurança para uma das regiões mais afetadas pela violência no Estado

Fluminensebate Palmeiras e antecipa a comemoração

> BRASILEIRÃO

Restando três rodadas para o fim do cam-peonato, Flu abre 10 pontos de vantagempara o Atlético Mineiro. ESPORTE 16

Operários emgreve planejamoutro protestopara amanhã

> CONSTRUÇÃO CIVIL

Assembleia de hoje foi suspensa porquenão houve proposta dos empresários enem convocação do TRT. CIDADE 13

Rosalba anuncia o retornoda Operação Sertão Seguroe entrega mais 21 viaturas

> SEGURANÇA PÚBLICA

CIDADE 10

Divulgação

Page 2: FLIP  12/11/2012

Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012 Opinião

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OJORNALDEHOJE

Expectativa de vida - pesquisas e ironiasArtigo AILTON SALVIANO, geólogo e jornalista ([email protected])

Quem dobrou o cabo dos 60 anos,naturalmente é contumaz leitor de pes-quisas sobre expectativa de vida. Per-tenço a esse universo de pessoas. Façotambém questão de apresentar aos meusamigos de "faixa etária" (desculpem estaexpressão que já se tornou reles) algunsestudos recentes e inusitados sobre lon-gevidade humana. Alguns são bem rece-bidos; outros, por não atenderem às ex-pectativas permanecem e com razão, nodomínio do ceticismo.

Em setembro passado, apareceu comdestaque na imprensa mundial, o resul-tado de uma pesquisa realizada por cien-tistas coreanos sobre a longevidade doshomens e publicada no jornal "CurrentBiology". Estudando os eunucos (ho-mens castrados) que prestaram serviçosaos nobres coreanos da Dinastia Cho-sun (1392-1897), pesquisadores da Uni-versidade de Inha (Coreia do Sul) che-garam à conclusão que os hormôniosmasculinos são responsáveis por encur-tar a vida dos homens.

Tal estudo revelou que homens cas-trados propositadamente (eunucos) e ou-tros que perderam os testículos em aci-dente vivem de 14 a 19 anos a mais queos homens normais (inteiros). Enquan-to os nobres, contemporâneos aos eunu-cos, tinham vida média de 40 anos, trêsdos oitenta e um eunucos pesquisados

passaram dos 100 anos, valor conside-rado elevado até para as condições atuaisde vida. Além disso, o estudo deu a en-tender porque as mulheres têm longevi-dade maior que a dos homens.

Quando mostrei a notícia dessa pes-quisa aos meus amigos septuagenáriose octogenários houve polêmica. Algunsacharam que valia à pena desfazer-sedos testículos para ter como recompen-sa 15 ou mais anos de vida. Outrosacharam o preço muito alto e disseramque estavam satisfeitos com a idadeque tinham e que preferiam morrer in-teiro sem qualquer mutilação. A dis-cussão ainda provoca rodadas de risose deboches.

Agora, início de novembro de 2012,outra pesquisa sobre expectativa de vidadespontou na imprensa internacional.Vem da Universidade de Queensland naAustrália e foi publicada pela revista"The British Journal of Sports Medici-ne", edição de agosto. Um trabalho depesquisa sobre diabetes, obesidade e es-tilo de vida, ouviu 12 mil australianos queresponderam a um questionário com per-guntas relacionadas. Uma dessas per-guntas era quantas horas diárias o en-trevistado ficava diante da TV.

Os pesquisadores pretendiam saberapenas quantas horas por dia as pessoasficavam sentadas. Na compilação dos

dados, porém, foi verificado que as pes-soas que permanecem seis horas diáriasassistindo à televisão vivem de 4 a 5anos menos que as pessoas que não veemTV. Usando o método chamado "mode-lagem preditiva" (uso da estatística paraprevisões), o titular da pesquisa informaque cada hora diante da TV, o telespec-tador de maioridade reduz sua expecta-tiva de vida em 21 minutos.

O homem adulto moderno permane-ce de 57 a 70% do dia sentado. No em-prego, no lar ou no lazer. Segundo osmédicos, com a permanência do corpomuito tempo sentado, a taxa metabólicacai. Os músculos mais longos das per-nas por falta de contração consomemmenos energia. A energia que sobra seacumula no sangue sob a forma de açú-car e assim, eleva-se o risco de diabetese doenças cardiovasculares. Infelizmen-te, o projeto homem não contemplou osedentarismo.

Quando mostrei o resultado dessaoutra pesquisa aos meus amigos, um se-nhor de oitenta e poucos anos, rispida-mente me deu sua decisão: "Ora, nãovejo problema nessa nova pesquisa. Cas-trar-se é a solução. Afinal de contas, oganho com a castração é de 19 anos.Com esta operação, o tempo de vida per-dido diante da TV pode ser perfeitamen-te compensado!"

Royalties e fogos de artifícioArtigo ALCIMAR DE ALMEIDA SILVA, advogado, economista, consultor fiscal e tributário (aasconsulto-

[email protected])

Gente boa...Artigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada

([email protected])

Definitivamente o esforço em buscade nova cultura na administração públi-ca municipal é caso perdido para mui-tos, pois enquanto está em discussão asanção ou veto da presidente da Repúbli-ca à lei fixando novos critérios para dis-tribuição dos "royalties" do petróleo,abrem-se os jornais e se depara com oaviso de licitação na modalidade de pre-gão presencial da Prefeitura Municipalde Alto do Rodrigues, cujo objetivo é aaquisição de fogos de artifício para seremutilizados nas inaugurações de obras pú-blicas, festejos natalinos e reveillon, cujadespesa certamente será efetuada aque-les recursos. Pois se trata de município dereduzido FPM e cuja arrecadação pró-pria limita-se ao ISS retido na fonte pelaPetrobras no pagamento dos contratos aliexecutados, havendo renúncia de receitade IPTU, de Taxa de Licença (Alvará) ede ISS de outros contribuintes.

Aplicar os recursos dos "royalties" eminvestimentos públicos sustentáveis, comresultados para o futuro parece não estarna agenda de prioridades daquela admi-nistração municipal. Ao passo que os im-pactos negativos ambientais decorrentesda própria exploração de petróleo não sãoprevenidos ou corrigidos, ficando a popu-lação entregue a um destino de qualidadede vida questionável. Pois ali não há umainfraestrutura de bens públicos de usocomum e de uso especial que possam aten-der os direitos coletivos e difusos, assistin-

do-se apenas a expansão de negócios pri-vados de alguns poucos, pouquíssimos co-merciantes, que implantaram um verda-deiro oligopólio, fazendo os consumidoresdependentes da ganância de quantos têmou tiveram a oportunidade de melhorar ascondições de vida local e não o fizeram.

Repetem-se comportamentos já tantasvezes criticados, desprezando-se idéias detécnicos e profissionais com experiênciacomprovada quanto à mais adequada apli-cações dos "royalties" do petróleo, bemcomo deixando de ser aproveitada a mo-tivação da participação popular na indica-ção de alternativas mais recomendáveis.Isto somente para evitar pessoas que te-nham ou não votado em A ou B, lamenta-velmente assistindo-se ali a uma verdadei-ra vulgarização de recursos públicos quejá deveria ter sido estancada pelo Tribunalde Contas do Estado ou pelo MinistérioPúblico do Estado, muito embora aqueletenha divulgado no final do ano passadoque iria voltar a atenção para a qualidadedo gasto público com recursos de "royal-ties" pelos municípios produtores de petró-leo e gás natural, de forma a se fazer com-patível com a realidade e necessidade dapopulação.

Enquanto é notória a inexistência de in-vestimentos em áreas prioritárias e de formasustentável, incomuns não são as despesascom contratação de bandas e sofisticadasestruturas de som e luz para a promoção nãoapenas de festas tradicionais mas, como se

não bastassem estas, para as famosas "forade época". Aesta altura, as populações dosMunicípios produtores de petróleo e gásnatural estão se preparando para se diver-tir nas festas de Natal e Ano Novo às cus-tas dos "royalties", sem atentar para as de-ficiências que possam estar havendo naprestação dos serviços públicos e para aperspectiva de em futuro não muito lon-gínquo ser esgotada a fonte daqueles re-cursos, os quais faltarão não apenas para apromoção destas festas, como para o cum-primento das demais obrigações.

Tudo isso porque a legislação vigenteescancarou as portas para a aplicação da-queles recursos em tudo, ou quase tudo,vetando apenas em despesas com o quadropermanente de pessoal e dívidas, a menosque estas sejam com a União. Pois a Lei nº7.525/86 estabelecera que os "royalties"deveriam ser aplicados preferentemente emenergia, pavimentação de rodovias, abaste-cimento e tratamento de água, irrigação,proteção ao meio-ambiente e saneamen-to básico, logo após sendo alterada para de-terminar a aplicação não preferentemen-te mas exclusivamente naquelas despesas,até que a Lei nº 7.990/89 instituiu a libe-ralidade já mencionada que permanece.Com isso os municípios passaram a apli-car os recursos dos "royalties" quase queexclusivamente em despesas correntes (decusteio), com pessoal não pertencente aoquadro permanente, com material de con-sumo e serviços de terceiros.

Artigo

A ViolênciaUrbana

LÚCIA ALMIRA DE MEDEIROSCHACON, professora da UFRN, aposen-tada ([email protected])

Apopulação brasileira está bastan-te preocupada e temerosa com o quevem presenciando no dia a dia, em re-lação à violência que está se instalan-do no país, a qual, de forma gradati-va, se propaga assustadoramente, al-cançando índices inimagináveis.

Alguns poderão dizer que istoocorre na maioria dos países, portan-to é um comportamento internacional,resultado desta era globalizada. Atécerto ponto, talvez, esta afirmaçãoseja verdadeira, mas a realidade é queo Brasil sempre foi considerado umpaís pacato sem explosões de agres-sividade mórbida, ao contrário de ou-tros nos quais o terrorismo, religiosoou político, era, e continua sendo,uma constante.

Os relatos jornalísticos sobre oque está acontecendo na cidade deSão Paulo-SP expressam o motivoda preocupação de nosso povo, por-que o que vem realmente aterrorizan-do, é que aos poucos essas ocorrên-cias estão se expandindo em todas asregiões do país, em cidades de qual-quer porte.

Entendo que ainda está em tempoda população se unir, sem qualquertipo de preconceito, para tentar dar umbasta em tudo isto. Quando digo todaa população, imagino os poderes exe-cutivo, legislativo e judiciário, dosgovernos federal, estaduais e muni-cipais, onde tiverem representação,pensando e agindo em conjunto, usan-do as mesmas estratégias, preventivase combativas. O que não cabe maisé comportamento passivo, omisso edescompromissado por parte daque-les que têm a responsabilidade demanter a ordem social, preservação daordem pública e incolumidade daspessoas e do patrimônio, de confor-midade com o que dispõe o art. 144da Constituição Federal (CF).

Em síntese, os três poderes deve-riam sempre investir prioritariamen-te na defesa da vida do ser humano,que se traduz na dedicação exausti-va nas ações de Saúde e SegurançaPública, as quais, se bem executadas,resultariam em minimização da mor-tandade da população.

Assim, no que se refere à segun-da, assunto deste artigo, ao PoderExecutivo caberia a preocupação, ouinvestimento maciço, em ampliaçãodo acervo de pessoal dos órgãos dedefesa pública com equipamentos emateriais modernos e eficientes, ne-cessários para a eficácia dos resulta-dos; treinamento integrado dos agen-tes públicos desses respectivos ór-gãos; ampliação do número de pre-sídios, com estrutura adequada e ocu-pação do tempo dos presidiários emestudo e trabalho, entre outras preo-cupações;

Ao Poder Legislativo caberia umarevisão da nossa legislação, especial-mente do novo Código Penal que seencontra em sua fase final de análi-se, próximo, portanto, da sua implan-tação. Todos esses últimos episódios,ora vivenciados, precisam ser san-cionados de forma bastante enérgi-ca e clara, incluindo, também, a di-minuição da idade penal para 14 ou16 anos, de imediato. Caberia aindalegislar sobre a reforma e moderni-zação das estruturas dos presídios,com ações educativas, voltadas parao aproveitamento qualitativo dotempo do presidiário, entre outraspreocupações, e;

Ao Poder Judiciário caberia, fi-nalmente, a cobrança do cumprimen-to da lei de todos, indistintamente,e a exigência, dos setores compe-tentes, da ampliação do quadro dosÓrgãos da Justiça, com vistas à ado-ção de maior celeridade no julga-mento das ações judiciais. Ao Minis-tério Público, instituição permanen-te, essencial à função jurisdicional doEstado (Art. 127 da CF), caberiaexercer o papel de fiscalizar e pro-teger os princípios e interesses fun-damentais da sociedade, abrangen-do, também, a guarda e a promoçãoda democracia, da cidadania, da jus-tiça e da moralidade.

Concluindo, embora partes dasmedidas aqui sugeridas já estejamsendo adotadas, o que falta entenderé que todas elas, e muito mais, pre-cisam ser priorizadas e executadascom a maior urgência possível, emcombate ao grave comprometimentoda ordem pública nacional.

Por todo o exposto pode-se afir-mar que a sociedade, como um todo,encontra-se em estado de guerra coma marginalidade, em posição de in-ferioridade, em face desta última en-contrar-se mais organizada e equi-pada. "Urge, portanto, a adoção demedidas enérgicas e urgentes de com-bate ao caos instalado, para que nãoocorra de que a sociedade fique emdesigualdade com a marginalidade,bem equipada e organizada. Nãodeixa de ser, portanto, uma grandepreocupação, em função da legisla-ção vigente, imaginar a sociedade,vencida nesta batalha, assistindo osvencedores desestabilizando toda aordem pública do país."

Plano individualArtigo ANÍSIO MARINHO NETO, 1º procurador de Justiça Criminal, professor

e membro da ALEJURN e do IHGRN ([email protected])

O Plano Individual de Atendimento- PIA será elaborado sob a responsabi-lidade da equipe técnica do respectivoprograma de atendimento, com a parti-cipação efetiva do adolescente e de suafamília, representada por seus pais ouresponsável. Constarão do plano indivi-dual, no mínimo: os resultados da ava-liação interdisciplinar; os objetivos de-clarados pelo adolescente; a previsãode suas atividades de integração sociale/ou capacitação profissional; atividadesde integração e apoio à família; formasde participação da família para efetivocumprimento do plano individual; e asmedidas específicas de atenção à suasaúde. Para o cumprimento das medi-das de semiliberdade ou de internação,o plano individual conterá, ainda: a de-signação do programa de atendimentomais adequado para o cumprimento damedida; a definição das atividades in-ternas e externas, individuais ou coleti-vas, das quais o adolescente poderá par-ticipar; e a fixação das metas para o al-cance de desenvolvimento de atividadesexternas. O PIAserá elaborado no prazode até 45 dias da data do ingresso do ado-lescente no programa de atendimento.Para o cumprimento das medidas deprestação de serviços à comunidade e deliberdade assistida, o PIA será elabora-do no prazo de até 15 dias do ingressodo adolescente no programa de atendi-mento.

Para a elaboração do PIA, a direçãodo respectivo programa de atendimen-to, pessoalmente ou por meio de mem-bro da equipe técnica, terá acesso aosautos do procedimento de apuração doato infracional e aos dos procedimentosde apuração de outros atos infracionaisatribuídos ao mesmo adolescente. Oacesso aos documentos de que trata ocaput deverá ser realizado por funcio-nário da entidade de atendimento, devi-damente credenciado para tal ativida-de, ou por membro da direção, em con-formidade com as normas a serem de-finidas pelo Poder Judiciário, de formaa preservar o que determinam os arts.143 e 144 da Lei nº 8.069/90 (ECA). Adireção poderá requisitar, ainda: ao es-tabelecimento de ensino, o histórico es-colar do adolescente e as anotações sobreo seu aproveitamento; os dados sobre o

resultado de medida anteriormente apli-cada e cumprida em outro programa deatendimento; e os resultados de acom-panhamento especializado anterior. Porocasião da reavaliação da medida, éobrigatória a apresentação pela direçãodo programa de atendimento de relató-rio da equipe técnica sobre a evoluçãodo adolescente no cumprimento do planoindividual. O acesso ao plano indivi-dual será restrito aos servidores do res-pectivo programa de atendimento, aoadolescente e a seus pais ou responsá-vel, ao MP e ao defensor, exceto ex-pressa autorização judicial.

A atenção integral à saúde do ado-lescente no Sistema de Atendimento So-cioeducativo seguirá as seguintes dire-trizes: previsão, nos planos de atendi-mento socioeducativo, em todas as es-feras, da implantação de ações de pro-moção da saúde, com o objetivo de in-tegrar as ações socioeducativas, estimu-lando a autonomia, a melhoria das re-lações interpessoais e o fortalecimentode redes de apoio aos adolescentes esuas famílias; inclusão de ações e ser-viços para a promoção, proteção, pre-venção de agravos e doenças e recupe-ração da saúde; cuidados especiais emsaúde mental, incluindo os relaciona-dos ao uso de álcool e outras substân-cias psicoativas, e atenção aos adoles-centes com deficiências; disponibiliza-ção de ações de atenção à saúde sexuale reprodutiva e à prevenção de doençassexualmente transmissíveis; garantia deacesso a todos os níveis de atenção àsaúde, por meio de referência e contrar-referência, de acordo com as normas doSUS; capacitação das equipes de saúdee dos profissionais das entidades de aten-dimento, bem como daqueles que atuamnas unidades de saúde de referência vol-tadas às especificidades de saúde dessapopulação e de suas famílias; inclusão,nos Sistemas de Informação de Saúdedo SUS, bem como no Sistema de In-formações sobre Atendimento Socioe-ducativo, de dados e indicadores desaúde da população de adolescentes ematendimento socioeducativo; e estrutu-ração das unidades de internação con-forme as normas de referência do SUSe do Sinase, visando ao atendimentodas necessidades de Atenção Básica.

É um adjetivo engraçado, uma formacarinhosa e, de minha parte, pelo menos,uma maneira elogiosa de dirigir-se a al-guém. Quem é gente boa, é camarada,"boa praça", tranquilo. Porém, algumaspessoas "sem querer" confundem ser"gente boa" e ser tolo, "boboca" mesmo.Aí começa a inversão de valores.

"Ah, Fulano é tão 'gente boa'... entãovou me aproveitar disso...!" Interessan-te. Moramos num país onde as qualida-des humanas, tais como honestidade,discrição e moralidade, são vistas comodefeitos ou matéria de jornal. Se alguémencontra algo e restitui ao dono, ou é'besta' ou vai ser entrevistado no Fantás-tico. Se é corrupto, é sabido.

Tão complicado isso que as pessoasficam sem saber como agir. Ser honesto

ou ser sabido? Ser gente boa ou ser chato?A vantagem, muitas vezes, é o fator de-terminante para escolher o caráter.

Todo mundo aprende, pelo menosem teoria, a tratar os outros da mesmaforma que gostaria de ser tratado. Naprática, muitas lições importantes sãoesquecidas, e atropelar o próximo virauma máxima semelhante a um manda-mento religioso, porque ninguém quer sero 'boboca'.

Já foi dito em outros artigos, masacredito que nunca seja demais repetirboas lições: ser bom não é, necessaria-mente, ser tolo. Algumas das melhorespessoas que conheço sabem detectar umamentira de longe e isso não depõe con-tra o caráter de ninguém.

Esperteza não é sinônimo de safade-

za, de má fé. Esperteza é inteligência,só. Não sei por que se confunde tantoessas coisas. Do contrário, bastava fazerum teste de Q.I. para saber quem era 'dobem' e quem seria 'do mal'. Simples assim.A Força Policial bastava fazer psicologiae o mundo seguiria tranquilo.

Se tudo fosse preto e branco seriaassim mesmo. Ocorre que existem maisde 'cinquenta tons de cinza' e a verdadeé uma só, sobre várias nuances, porém.

Precisamos aprender tão somente quenão se dá ao outro nada do que não gos-taríamos de receber e, a partir disso, li-ções importantes de humanidade e ci-dadania serão repassadas por gerações,nos dando a chance de, se não vivermosnum mundo melhor, ajudarmos a cons-truí-lo.

Conjuntura ameaçadorae perniciosa

Não há como ignorar a indesejávelrealidade brasileira nem como justifi-car a paralisia dos sentidos das pes-soas desconectados da própria cons-ciência. Não é aceitável que o cidadãobrasileiro, fonte inesgotável de arreca-dação de impostos supostamente des-tinados ao bem estar social e ao cres-cimento e desenvolvimento do país, semantenha inconformado e, até mesmo,revoltado com a absurda situação rei-nante na capital federal e na maioria dosestados, mas permaneça passivamen-te à espera de dias melhores.

Já se tornou lugar comum enfatizaras mazelas dos deveres de estado quenão são cumpridos pelos governantes,a exemplo do que se observa na edu-cação, na saúde e, em escala ascenden-te, na segurança pública. Li, recente-mente, uma citação de Gustavo Corção,onde ele diz: "Quem quiser entender,menos superficialmente, as angústiase esperanças dos tempos presentes,para entrever as esperanças ou amea-ças do futuro, terá de volver às expe-riências passadas, recapitular as bus-cas, os erros, as conquistas fecundase as grandes expectações frustradas,tudo isto sentido como coisa passadae ao mesmo tempo atuante, peremptae atual". Em artigo de Anatoli Oliy-nik, publicado em 01/11/12, por Edi-tor, chamou-me a atenção a citação deGeorge Orwell em seu romance "1984":"Quem domina o passado domina ofuturo; quem domina o presente domi-na o passado."

No caminho do passado apontadopor Corção e referido por Orwell vamosencontrar a Revolução de Março de1964, fruto de um desejo coletivo dapopulação de por fim às nefastas açõesgovernamentais contrárias às liberda-des do povo brasileiro. Foi o clamor po-pular, ecoando incontestáveis líderescivis, que impulsionou as Forças Arma-das à reação.

Decorridas quase cinco décadas,volta a ser sentida a insatisfação popu-lar de então ao mesmo tempo em queparece se repetir uma tentativa de to-mada do poder mediante nova estraté-gia cujo alvo principal é o domínio dasmentes visando a aceitação de mudan-ças. Não é à toa que a moral e os bonscostumes vêm sendo modificados, vul-nerando o núcleo familiar até com aeliminação da figura do pai, e que sebusca o enfraquecimento das institui-ções tradicionais e suas substituiçõespor outras a ocupar os mesmos espa-ços, tais como as ONGs que já ultra-passam a cifra de 500 mil, com inspi-ração e origens financeiras nem sem-pre conhecidas. Ao mesmo tempo, di-reitos democráticos e constitucionais,como a propriedade, são paulatinamen-te menosprezados com a conivência

ou omissão do governo que os deveriapreservar. E assim parece seguir a des-truição da sociedade capitalista para aimplantação de um novo regime emescala mundial, nitidamente de feiçãocomunista-socialista!

Havendo uma ameaça à Democra-cia e aos seus valores intrínsecos, quedizer das Forças Armadas no papel per-manente de defensoras do sistema imu-nológico da vida livre da sociedade?Evidentemente que como instituiçõesnacionais terão que ser enfraquecidase neutralizadas para o êxito do proje-to de mudanças.

O término recente da campanhaeleitoral nos Estados Unidos evidenciouquão diferente é conduzido e se com-porta o seu povo. Desde logo, os doiscandidatos, em suas primeiras declara-ções buscam a união de esforços danação em prol de um melhor bem estarsocial. É a presença do estadista que nosfalta!

No Brasil, presidentes se sucedeminteressados em se locupletar e na per-petuação no poder, buscando, paratanto, o domínio da máquina estatal. Ovoto do cidadão não é instrumento deescolha do mais capaz para o fortale-cimento do povo, mais sim do maiscomprometido com a distribuição debenesses. As instituições sistematica-mente enfraquecidas, inclusive as For-ças Armadas, perdem a capacidade dedefender a nação e o que se vê são Po-deres Constitucionais abrigando elitesprivilegiadas que usam e abusam dosseus cargos, ignorando a populaçãoinerte, com uma parte anestesiada pelocontrole dos pensamentos e distribui-ção de benesses e a outra desmotiva-da entregue à própria sorte. No tocan-te às Forças Armadas, em especial oExército, basta lembrar o descaso como reequipamento e a modernizaçãoagravado pela continuada tentativa desolapar o prestígio conquistado junto àpopulação. Para tanto, a mentira repe-tida é a arma principal usada na farsade uma Comissão da Verdade, verda-de que só existe no título, em busca detorturadores militares respaldada nanotória questão ideologizada dita dosdireitos humanos com a participação desetores da OEA; e para piorar, com aagressividade governamental contan-do com a condescendência de chefesmilitares que parecem despreocupadoscom o novo registro histórico que se de-lineia.

Mudanças são imperiosas, mas parauma nação coesa, com cidadãos cons-cientes capazes de impor sua vontadena edificação do bem comum consen-tâneo com suas tradições, de desprezarpseudo salvadores e de verberar con-tra os maus políticos, máxime os go-vernantes.

Artigo JOSÉ CARLOS LEITE FILHO, general de Exército([email protected] Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 12 de novembro de 2012Política

Túlio LemosPOLÍTICA - TÚLIO LEMOS - [email protected] / www.tuliolemos.com.br / @tuliolemosrn

A discussão a respeito da renún-cia do prefeito de Natal PaulinhoFreire (PP) do cargo ganha um novocapítulo. O ex-juiz do Tribunal Re-gional Eleitoral (TRE), Fábio Hol-landa, especialista em DireitoEleitoral, assevera que se Paulinhoquiser, permanece no cargo até odia 31 de dezembro, sem qualquerprejuízo a sua diplomação ou àposse como vereador de Natal.

Indagado se Paulinho precis-aria renunciar para ser diploma-do, Fábio Holanda respondeu queele pode continuar no cargo deprefeito. O que não pode, segun-do o advogado, é acumular car-gos. Diploma, no caso, pode.

Para ilustrar, o advogado FábioHolanda cita dois exemplos. Oprimeiro é o do vereador de NatalAdenúbio Melo (PSB). Eleitovereador em 2008, Adenúbio secandidatou ao cargo de deputadofederal e ficou na primeira su-plência, sendo, sem nenhum em-pecilho, diplomado como primeirosuplente, acumulando o diplomacom o de vereador.

Outro exemplo citado por

Holanda é o da própria gover-nadora do Rio Grande do Norte,Rosalba Ciarlini (DEM). Eleita em2010, Rosalba foi diplomada gov-ernadora e acumulou o diplomade governadora com o de senado-ra da República até alguns diasantes da posse no cargo de gover-nadora do Estado, só então re-nunciando ao cargo, sem prejuízoa nenhum dos dois mandatos.

"O que não pode é acumularmandatos eletivos", continuaFábio, lembrando que na épocahouve uma discussão para saberse o vice-prefeito poderia ser dep-utado federal. "No começo enten-dia-se que podia; depois, que nãopodia devido ter salário e ficou de-cidido que não pode. Agora, serdiplomado vereador no exercíciode mandato de prefeito não tem omenor problema. Não fere nen-hum principio constitucional,nada", afirmou.

Fábio Holanda lembra que aprefeita Micarla de Sousa (PV) seencontra apenas afastada do cargode prefeita. "Inclusive ela deveestar recebendo remuneração de

prefeita. Ela está apenas afastadado exercício. A diferença entre issoe ter pedido licença para viajar, éque o afastamento é compulsório",

exemplificou. Entre advogados, cita-se a Lei

Orgânica do Município, que vedao exercício de cargos na estrutura

municipal desde a diplomação."Mesmo que a Lei Orgânica tenhaprevisão, é inconstitucional, e nãoprejudicaria Paulinho no exercí-

cio de vereador. Se quiser, Paulin-ho fica como prefeito até o final,sem nenhum prejuízo", afirmaHolanda.

Caso prevaleça o entendimen-to da Lei Orgânica, tanto Paulin-ho quanto o presidente da CâmaraMunicipal de Natal, Edivan Mar-tins (PV), ficariam proibidos deacumular diplomas. Neste caso, ovice-presidente da Câmara, overeador Ney Lopes Júnior, doDEM, poderá assumir o cargo deprefeito de Natal e governar acidade por 13 dias - de 17 dedezembro a 1º de janeiro.

O artigo 51, da mesma LeiOrgânica, em seu parágrafo único,dispõe que "em caso de impedi-mento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou de vacância dos re-spectivos cargos, são, sucessiva-mente, chamados ao exercício daChefia do Executivo Municipal oPresidente, o Vice- Presidente e oPrimeiro Secretário da CâmaraMunicipal", afirma o texto. Pelaordem, então, ficaria a critério deNey Júnior assumir a prefeitura deNatal.

Jurista afirma que Paulinho Freire podeficar na Prefeitura até o final do ano

Prefeito Paulinho Freire poderá permanecer no cargo até a posse de Carlos Eduardo, segundo o jurista Fábio Holanda

EX-JUIZ DO TRE AFIRMA QUE NÃO HÁ PROBLEMA EM ACUMULAR DIPLOMAS, DESDE QUE NÃO ACUMULE MANDATOS

A ação que o ex-prefeito Car-los Eduardo Alves (PDT) movecontra o Poder Legislativo Munic-ipal e que tramita na 3ª Vara daFazenda Pública de Natal recebeuna manhã de hoje uma nova movi-mentação. Atendendo ao pedido dopromotor de Justiça Christiano BaiaFernandes de Araújo, que na sem-ana passada proferiu um parecerpela improcedência da ação, osprocuradores da Câmara Tiago Fer-nandes, Leonardo Mello, DijoseteVeríssimo, Pedro de Alcântara, Ro-drigo Dantas e Eriberto Neves pro-tocolaram ao processo, nestamanhã, duas contestações e quatrodecretos municipais que fazem

parte de outra ação, desta feita Pop-ular, de autoria do ex-vereadorSalatiel de Sousa, datada de 2008,que questiona a chamada venda daconta única do município, por R$40 milhões, para o Banco do Brasil.

O promotor Christiano Baia, da33ª Promotoria da Comarca de Natal,emitiu parecer preliminar em quepede que o juiz Geraldo Motta rejeitea ação proposta por Carlos que visaanular o ato da Câmara que reprovousuas contas relativas ao exercício fi-nanceiro da Prefeitura de Natal doano de 2008. Para embasar seu pe-dido, o promotor instruiu que fos-sem anexadas aos autos as contes-tações do ex-prefeito e da ex-se-

cretária de Planejamento e Finanças,Virginia Ferreira - atual coordenadorada equipe de transição. Além disso,o promotor solicitou que fossemacrescentadas cópias dos decretosmunicipais n.º 7.348, de 13.01.2004;n.º 7.562, de 13.01.2005; n.º 7.839,de 09.01.2006; e n.º 8.097, de16.01.2007.

Em ambas as contestações, Car-los Eduardo e Virgínia Ferreiranegam qualquer irregularidade nachamada venda da conta única. Avenda da conta única faz parte dorol de irregularidades analisadaspela Câmara Municipal de Natalem março deste ano e que culmi-naram na reprovação das contas do

ex-prefeito pelos vereadores. Se-gundo os vereadores, a venda daconta única foi realizada sem lici-tação e com prejuízo de mais deR$ 9 milhões aos cofres públicos -verba que teve de ser devolvida àCaixa Econômica Federal (CEF)pelo distrato do contrato. Alémdisso, segundo o relator da re-provação das contas, Enildo Alves,os recursos da venda da conta únicaforam inseridos no orçamento mu-nicipal sem a existência de rubricaorçamentária. Da mesma forma, averba também foi gasta, sem quehouvesse dotação para tanto.

Além da venda da conta única,outras duas irregularidades em-

basaram a reprovação das contasdo ex-prefeito, sendo elas, os saquesde mais de R$ 22 milhões do sis-tema previdenciário dos servidoresda Prefeitura de Natal e também aimplantação de mais de três milbenefícios aos servidores do mu-nicípio em pleno período proibidopela Lei de Responsabilidade Fis-cal. Diante disso, o MinistérioPúblico, através do promotor Chris-tiano Baia Fernandes de Araújo,proferiu parecer contrário à açãodo ex-prefeito, que tenta anular odecreto da Câmara.

Em seu parecer, o representantedo Ministério Público questiona atese de defesa de Carlos Eduardo,

que afirma que a Câmara jamaispoderia ter reprovado suas contasdesconhecendo o parecer do Tri-bunal de Contas do Estado. Eledisse que "o parecer prévio do Tri-bunal de Contas não vincula, nemdelimita o que pode ser objeto defiscalização pela Câmara Munici-pal, uma vez que o papel da Cortede Contas, enquanto órgão auxiliar,é subsidiar o papel fiscalizador doLegislativo Municipal, não deter-mina-lo. Assim, tratando-se de jul-gamento de contas, todo e qualquerfato com relevo financeiro ou orça-mentário, ocorrido no exercício,pode ser considerado pela CâmaraMunicipal".

> JULGAMENTO DAS CONTAS

Processo de Carlos Eduardo contra a Câmara Municipalde Natal recebe nova petições na primeira instância

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O prefeito de Jucurutu, JúniorQueiroz, do PMDB, está defenden-do uma maior ampliação do espaçodo partido no governo Rosalba Cia-rlini, segundo ele, "como forma doPMDB ajudar a governadora sairdessa situação de dificuldade". Oprefeito fez essa declaração mo-mentos antes de participar do En-contro Estadual do partido, na manhãdesta segunda-feira no Imirá Plazana Via Costeira. Com relação ao en-contro, o prefeito Júnior Queiroz

afirmou ter o objetivo de preparar ecapacitar prefeitos e vereadores doPMDB para o exercício da admin-istração municipal.

Júnior Queiroz avalia que o rela-cionamento dos líderes peemede-bistas com o governo é o melhorpossível, entretanto, defende umamaior participação do PMDB naequipe de governo para ajudar nagovernabilidade. Sobre a situaçãodos municípios, que o prefeito con-sidera também de dificuldades,Júnior Queiroz diz que a crise sóserá superada com uma maior par-ticipação dos municípios na receita

da União. "No passado existia umadivisão de 50 por cento dos recur-sos entre Governo Federal e Mu-nicípios, atualmente, o Governo Fed-eral fica com quase 80 por centodeixando os Municípios em difi-culdades, já que a receita não acom-panha a despesa", constata o prefeito.

REELEIÇÃOQuestionado sobre a possibili-

dade da governadora disputar areeleição, o prefeito Júnior Queirozafirmou o seguinte: "Acredito que sea situação do Estado estiver boa, elaesteja bem avaliada e se for manti-

da a união, Rosalba certamente dis-putará o cargo em 2014", observa.

PROGRAMAÇÃOOs trabalhos do encontro do

PMDB foram iniciados às 9 horascom o Hino Nacional. Em seguidafalou o deputado Henrique Eduar-do Alves, presidente estadual da leg-enda e o senador Garibaldi Filho.Elisiane da Silva, presidenta da Fun-dação Ulisses Guimarães abordouo tema "Transparência e ControleSocial" e Leene Marques falou sobre"Emendas Parlamentares e Con-vênios". (JP)

> MAIS CARGOS

Prefeito eleito de Jucurutu defendemais espaço para o PMDB no Governo

Evento do PMDB reuniu dezenas de prefeitos e vereadores eleitos pelo partido

FORTALECIMENTOO deputado Henrique Alves se

fortalece para ser o próximo pres-idente da Câmara, mas precisa evi-tar defecções dentro do próprioPMDB e se livrar de eventuaisproblemas que possam arranhar suaimagem.

ALIANÇAO aumento da participação do

PMDB no Governo Rosalba Ciar-lini não é tão pacífica assim. Hálideranças que defendem distanci-amento estratégico com a gestãodesaprovada pela população; mas

há também quem defenda maioresespaços e comprometimento da leg-enda com a reeleição da Rosa. Osprincipais líderes, Henrique eGaribaldi, não expressam publica-mente, mas o desejo é de ficar longede Rosalba, para evitar contami-nação pelo desgaste.

QUEIXAA situação da saúde pública no

RN continua em dificuldades e pro-duzindo fatos negativos para oGoverno administrado por umamédica. A última foi de um médi-co que prestou queixa na Polícia

porque não havia material para pro-ceder uma cirurgia. Num Estadogovernado por uma médica, é ina-ceitável uma situação como essa.

MOSSORÓAs promotoras eleitorais de

Mossoró ingressaram com seisações contra a diplomação daprefeita eleita Cláudia Regina.Em todas elas, o uso e abuso damáquina pública ficam eviden-ciados. Cláudia foi beneficiadapela força da máquina munici-pal, com a prefeita Fafá Rosadoe pela máquina estadual, com

Rosalba Ciarlini.

AJUDAPor falar na governadora, é im-

pressionante como o Estado gostade pegar carona em outros órgãose entidades. A Rosa se apropria deobras do Governo Federal como sefossem dela. Agora, para recuper-ar o Atheneu, tradicional escola es-tadual, o Governo precisa do apoioda FIERN.

ESSE CARASherloquinho aproveita a músi-

ca de Roberto Carlos, trilha da nov-

ela das 9 da Globo, e faz paródiade "Esse cara sou eu" com os políti-cos: "Sabe aquele que promete tudoe quando chega ao poder não real-iza nada? Esse cara sou eu. Sabeaquele que encena sofrimento pelador dos pobres na campanha e de-pois de eleito mete a mão no din-heiro do povo? Esse cara sou eu".

DÍVIDASPaulinho Freire ficou ainda

mais impressionado com a situaçãofinanceira da Prefeitura de Natalapós ter acesso aos dados da gestão.É assustadora a situação de dívi-

das deixadas pela prefeita Micarlade Sousa. Os números ainda sãodesencontrados, mas fala-se em val-ores superiores a R$ 200 milhões.Presentão para o próximo prefeito.

LANÇAMENTOSerá lançado no próximo dia

23 de novembro, o livro "Proces-so Penal Eletrônico e Direitos Fun-damentais", de autoria da professorae juíza de Direito, Alba Paulo deAzevedo. O lançamento do livroda competente e respeitada mag-istrada será às 18hs na Escola daMagistratura, em Candelária.

Heracles Dantas

Adriano Medeiros/Divulgação

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Em entrevista concedida aO Jor-nal de Hoje, Fernando Lucena,porém, não falou apenas dos seusplanos futuros. O vereador do PTtambém comentou o afastamento daprefeita Micarla de Sousa, do PV, porenvolvimento no escândalo denun-ciado na Operação Assepsia. "Nin-guém pode ficar feliz com o queaconteceu. É muito triste ver umcaso como esse, uma divulgação na-cional como essa",avalia. Porém,como qualquer ve-reador de oposição,o petista não tentajustificar os atos daprefeita. Pelo con-trário: "A Câmaraperdeu o 'timing'.Acho que deveriater afastado a pre-feita naquele mo-mento (votação noano passado, sobreo impeachment deMicarla por nãoutilização integral da verba para Edu-cação). Porque lá ela teria um amplodireito de defesa e, de lá para cá, asitualção mudou muito pouco. Sópiorou", afirma.

Além do pedido de impeach-ment proposto pelo vereador Pro-fessor Luís Carlos, do PMDB, emque Lucena votou favorável, o pe-tista citou ainda o caso da Comis-são Especial de Investigação (CEI)dos contratos da Prefeitura. "A Câ-mara comeu mosca, foi omissa. OMinistério Público sobre os desviosda educação, a questão dos contra-tos levantados pela CEI, mas o queaconteceu? ACâmara se retraiu. Fal-tou ali cumprir o seu papel consti-tucional", afirma o petista, ressal-tando que "eu digo isso porque souda Comissão de Fiscalização e es-tamos acompanhando o processo daCEI. Encaminhado para o MP, TCUe CGU. ACEI já mostrava esse qua-dro que está aí".

Fernando Lucena também le-vanta a necessidade do presidenteda Câmara não integrar o mesmopartido do prefeito, como forma deevitar uma eventual submissão. "Atépara preservar o presidente, porqueficou 90% da população querendo

uma coisa e a Câmara decidindooutra. As vezes você tem que cor-tar da própria carne, mas tem quefazer. O povo não quer uma coisa,o povo é o patrão e eu vou ser con-tra o patrão? Não tem como".

Dentro dessa discussão, porsinal, Fernando Lucena reafirmoua importância do trabalho de fisca-lização da Câmara. "O orçamento daCâmara é de R$ 63 milhões, mas

nós vamos fisca-lizar mais de R$1,6 bilhão, entãoa medida que nósvamos fiscalizar adestinação corre-ta de recursos paraa educação, asaúde, os valoresvão chegar a seusdestinos e não seránecessário tirarmais recursos. Sea Câmara fiscali-zar e cumprir oseu papel, esse

valor fica pequeno, porque vai havera sua destinação correta, sem os des-vios que prejudicam tanto".

Fernando Lucena, por sinal,afirma discordar de alguns contra-tos e convênios firmados pela pró-pria Câmara Municipal, que acabampor desviar a função principal daCasa Legislativa Municipal. "Eu dis-cordo, por exemplo, de alguns con-tratos devido aos convênios que sefirma, porque são vários e, se vocêvai procurar um projeto hoje, numcomputador, não encontra. Queroque a Câmara volte a ser essencial-mente legislativa".

CARLOS EDUARDOEvitando fazer comentários ne-

gativos sobre o prefeito eleito Car-los Eduardo Alves, Fernando Luce-na ressaltou que vai se manter naoposição ao próximo gestor muni-cipal, mas vai se manter imparcialcaso consiga ser eleito presidenteda Câmara. "Nâo faço política pes-soal. Não vamos confudir o verea-dor de oposição Fernando Lucenacom o presidente da Câmara", ga-rante.

Por sinal, Fernando Lucena ofe-rece até mesmo uma trégua ao pró-

ximo prefeito. "Ele vai ter muita,muita dificuldade. Muito endividado,muito desorganizado. Por isso ele vaiter que ser o parceiro da Câmara. Euquero deixar bem claro que todos osvereadores têm que dar uma tréguae colaborar com a situação de Natal,que está muito dificil".

A relação entre Lucena e Car-los Eduardo começou a complicardepois que o vereador Enildo Alves,do DEM, denun-ciou o ex-prefeitopelas irregularida-des apresentadasna prestação decontas dele refe-rentes a 2008."Votei contratodos, mas não foicontra as contas de2008. Eu vou que-rer nos prazos daLei. Mandar e co-brar a volta dos re-latórios. Mandar evotar 12 anos de-pois? Sem mais nenhum resultadopolítico? Assim o vereador ficacaro", avalia.

Durante a discussão sobre lega-lidade ou não, não foram poucas as

trocas de acusações. "Ele falou demim e eu falei dele, então, estamosempatados", analisa. De qualquerforma, Lucena ressalta que não vaihaver trégua no que diz respeito aparticipação petista na próxima ges-tão: "está mantida a necessidade deafastamento do partido. Se insistir(em integrar a gestão Carlos Eduar-do), vai ser expulso".

Dentre as dificuldades que Car-los Eduardo vai en-contrar ao assumira Prefeitura deNatal, pelo menos,não vai estar a lim-peza urbana. Issoporque neste finalde gestão, coman-dada por PaulinhoFreire, o vereador,que também é pre-sidente do Sindica-to dos Trabalhado-res da Limpeza Ur-bana (Sindlimp),pretende tirar o

lixo da cidade. "Acredito que vaidar tempo. Está havendo uma mo-bilização muito grande. Acreditoque antes estava faltando decisão",avalia.

Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

Advogados de renome apóiam Aldo para a presidência da OAB

O advogado Herbert Spencer, que detém um dos mais im-portantes escritórios de advocacia formado pelos advogados,Hysaac Spencer, Sara Spencer, Maria Clara Spencer e Dyan-dro Pinheiro, declarou apoio à candidatura do advogado AldoMedeiros a presidência da OAB. O advogado Erick Pereira,que é uma das referências em direito eleitoral no Estado, éoutro que apóia a candidatura de Aldo Medeiros. Segundo Erick,Aldo é o único com possibilidades de unir a categoria.

Descaso governamental A 53ª Convenção Nacional do Comercio Lojistas aconte-

cerá em Natal, quarta, quinta e sexta-feira. Detalhe: a Em-presa "Espacial Eventos" teve que assumir despesas com alu-guel de aparelhos de ar-condicionado, instalação de tendase até colocação de pisos no Centro de Convenções, o queseria obrigação do Governo do Estado.

tO presidente IAPHACC/Instituto dos Amigos doPatrimônio Histórico e Ar-tístico, Cultural e da Cida-dania Ricardo Tersuliano(COBRA) e o seu viceCharles Machado firmaramparceria com o IFRN/Insti-tuto Federal de Ciência etecnologia do Rio Grandedo Norte na criação domuseu ferroviário ManoelTomé de Souza. t Constitui-se no primeiro

Museu do Trem do Estado.Os ferroviários que deseja-rem colaborar doando peçaspoderão telefonar para:9977-1920 (TIM), 9475-1591 ( Claro) 8726-7829 (Oi)ou enviar e-mail para ia-phacc@yahoo .com.brtPara refletir: "O planeja-mento de longo prazo nãolida com decisões futuras,mas com o futuro de de-cisões presentes". (PeterDrucker)

INTERINO - JOAQUIM PINHEIRO - [email protected]

LEITURA DINÂMICA

A coluna cede espaço hoje para o leitor Arthur Ribeiro.

Caro Joaquim Pinheiro,

Na coluna "Walter Gomes", do Jornal de Hoje de 05 de No-vembro de 2012, que o senhor escreveu como interino, foi feitaa seguinte pergunta: "No entendimento do Natalense, diante dasdificuldades enfrentadas pelo atual prefeito de Natal, qual deve-rá ser a prioridade de Paulinho Freire nesses dois meses à fren-te da administração municipal?" Essa chamada para um debateé bastante válida, pois fica a dúvida do que resta de útil para omunicípio depois que todas as ações administrativas possíveis quedemandam mais terem sido descartadas. Digo-lhe o que eu faria:

- Uma auditoria para exonerar os funcionários fantasmas.Estes são muitos, fruto de anos de hábito de empregar fun-

cionários através de apadrinhamento político.- Faria o possível para apressar a exoneração de funcioná-

rios incompetentes.O prefeito deve ter compromisso com os resultados de sua

administração, não com o emprego dos funcionários públicos.- Uma seleção através de currículo dos secretários munici-

pais e demais funcionários comissionados.Através do envio dos currículos pela internet seria possível

fazer essa seleção. Mesmo que ao final esses secretários traba-lhassem por poucos dias, seria válido para dar o exemplo paraa população, do que pode ser cobrado dos próximos prefeitos,governadores, presidentes, etc. A seleção através das "indica-ções políticas" nada mais é do que um caminho que leva à faltade assiduidade, à ineficácia, à corrupção e à impossibilidade doprefeito de cobrar resultados administrativos dos funcionárioscomissionados. Paulinho Freire contrata alguém "por indicação",para as empresas dele, ou contrata por competência?

- Permitiria a quebra do sigilo fiscal antes e depois do man-dato, e exigiria que os secretários e demais funcionários comis-sionados fizessem o mesmo.

- Renunciaria ao salário até o fim do mandato.Não sou favorável que qualquer trabalhador trabalhe de

graça, inclusive o prefeito. Nessa situação de penúria que viveo município de Natal, porém, essa seria uma maneira de mos-trar aos eleitores que os sacrifícios devem ser feitos. PaulinhoFreire tem dinheiro para se sustentar mesmo sem o salário deprefeito. Essa renúncia seria, na verdade, um investimento comretorno em capital político.

- Iria ao velório e ao enterro dos policiais que morressem emserviço.

- Chamaria os líderes sindicais dos diversos setores da ad-ministração municipal para conversar e explicar a situação, antesmesmo que esses líderes propusessem essas reuniões.

- Não me declararia oposição ao prefeito eleito logo de cara.Chamaria publicamente Carlos Eduardo para discutir a situaçãoda prefeitura.

- Colaboraria com o Ministério Público para elucidar quais-quer irregularidades cometidas pela administração de Micarlaou administrações anteriores.

- Chamaria a população para mutirões de limpeza das ruas,e inclusive eu e minha esposa também participaríamos. Pediria(não poderia obrigar) aos secretários e ocupantes de cargos dealto escalão da prefeitura que também participassem.

Os natalenses que não quisessem participar não poderiamdizer que o prefeito estava totalmente se aproveitando do povo,pois afinal ele também participou. Esses mutirões serviriam tam-bém para chamar a atenção da população que o lixo muitasvezes é jogado na rua pelo povo mesmo quando o recolhimen-to dos detritos está em dia. Caso o mutirão não tivesse umaadesão significativa, a "derrota" do prefeito seria sua vitória. Acausaé nobre e o prefeito daria um exemplo de humildade.

- Criaria uma auditoria médica dos pedidos de exames mé-dicos e referências médicas feitas no âmbito do município.

Essa auditoria, antes de bloquear um pedido de exame ouuma referência, deveria entrar em contato com o médico que so-licitou para discutir o caso.

- Faria um concurso para escolher a rua mais bem enfeita-da para o Natal.

O prêmio poderia ser, por exemplo, um desconto de 100%do IPTU das casas daquela rua. Seria uma maneira de enfeitara cidade mesmo sem as ações do "Natal em Natal" que, sabia-mente, Paulinho Freire já cancelou.

- Mandaria os fiscais municipais do trânsito, os chamados "ama-relinhos", serem muito rigorosos com as multas.

Só sentindo no bolso os motoristas dirigem com cuidado.- Vetaria qualquer aumento de salário dos vereadores ou ou-

tros gastos imorais ou irregulares propostos pela câmara dos ve-readores.

O terceiro mandato do vereadorFernando Lucena, do PT, tem tudopara ser diferente. E para melhor.Isso porque na semana passada opetista lançou a pré-candidaturapara a presidência da Câmara Mu-nicipal de Natal. O motivo?! Recu-perar a autonomia e a transparên-cia que deveriam ser o norte doPoder Legislativo municipal, rea-proximando-a do povo natalense.

"O estado republicano tem ostrês poderes, o Executivo, o Legis-lativo e o Judiciário. O que temosque mudar na Câmara é a questãoda autonomia. Essa autonomia nãoquer dizer que seja um polo de opo-sição ou de entrave para a gestão doprefeito seja ele quem for. O que aCâmara tem que fazer é ser respei-tada enquanto Poder Legislativo enão ser uma subsecretaria ou se-cretaria do Poder Executivo. Nosqueremos é dar independência, au-tonomia e transparência a Câma-ra", avalia o vereador, que foi elei-to pela primeira vez em 2004, em2008 foi suplente e só voltou paraa Câmara em 2010.

Segundo Fernando Lucena,hoje, são 18 vereadores que fazemparte do grupo a qual o petista estáfazendo parte sobre a escolha donovo presidente da Câmara. E aspropostas devem ser um diferen-cial para evitar a concorrência par-tidária. "Nenhum partido vai que-rer engessar ou obrigar um verea-dor a votar contra mim. Afinal, qualpartido vai ser contra a transparên-cia? Qual o partido vai ser contraa autonomia no Poder Legislativo?Ele vai estar votando contra os in-teresses da sociedade e não vejonenhum partido que queira votarcontra os interesses sociais. Queroo apoio de todos os partidos e detodos os vereadores".

Nessa busca pela transparên-cia, por sinal, Lucena pretende ino-var. "Nós vamos colocar um painelna Câmara para todo mundo ver

quanto está gastando. Porque, vejabem, o dinheiro é meu? Não é. Odinheiro é do povo. E como podeo 'patrão' não saber o quanto estágastando? Então nós vamos infor-mar tudo isso aí, os salários, os pro-jetos, todas as informações da Câ-mara", afirmou, justificando que"nenhum vereador quer escondero seu trabalho. Todos querem mos-trar o seu trabalho".

Transparência, claro, não é aúnica proposta do pré-candidato."O vereador é o parachoque, vamosdizer assim. Dificilmente você en-contra um deputado, federal ou es-tadual, ou senador, num bairro, maso vereador ele mora nos bairros,ele vive nos bairros. Todos os pro-blemas da cidade passam literal-mente pelo vereador. E o que acon-tece? Ele não tem o apoio da Câ-mara necessário para exercer o seumandato. A Câmara tem que ser

dos vereadores. E não tem sido",avalia.

Além disso, Lucena pretenderealizar a cada dois meses reuniãocom os 29 vereadores, para que elesfaçam uma análise de produção,qual foram seus problemas. "Temprojeto meu de 2007 que não foi sequer visto pelas comissões. Então,nós temos que analisar isso, discu-tir com os vereadores. As comissõestêm que ser bem constituídas, quemquer o que. Para que o vereadornão vá para aquela comissão e, sim-plesmente, deixe para lá".

Essa confusão não era paramenos. Segundo alerta Lucena, aCâmara de Natal é o único setorlegislativo que não é informatiza-do. "Se eu não souber o número domeu projeto, eu não tenho comoencontrar. Porque ele tem apenasuma papeletinha de controle e al-guém ainda pode chegar lá e tirar

aquilo ali e ele sumir. Ele some.Então a primeira medida que nósvamos tomar é informatizar os pro-jetos".

Para exemplicar as dificulda-des para um vereador acompanahro andamento de um projeto, porsinal, Lucena cita um caso pró-prio. "Os projetos de combustíveleu não sei em qual comissão ele seencontra, se ele vai ser votado esteano, se ele ainda pode ser votadoeste ano. É um absurdo e eu deve-ria saber, o povo deveria saber.Deveria poder entrar no site daCâmara e ver isso aí. Ver o nomedo projeto e saber onde ele anda,a quanto tempo está em determi-nada comissão, se o prazo é de 15dias, porque está há 20 dias lá?Queremos fazer como é na Câma-ra Federal. A Câmara (Municipal)tem que saber os projetos que sãode interesse dela".

Lucena quer ser presidente pararesgatar “autonomia” da Câmara

Lucena afirma participar de grupo que é formado por 18 nomes: votos serão suficientes para escolher futuro presidente

PRÉ-CANDIDATO PETISTA QUE RESGATAR PRESTÍGIO DO VEREADOR E TRANSPARÊNCIA

Para petista, houve omissão do PoderLegislativo no afastamento de Micarla

“Ninguém pode ficarfeliz com o que acon-teceu. É muito tristever um caso comoesse (afastamento da prefeita), uma

divulgação nacionalcomo essa”

“O dinheiro é meu?Não, o dinheiro é dopovo. E como pode opatrão não saber o

quanto está gastando?Vamos informatizar

tudo isso aí”

Wellington Rocha

Page 5: FLIP  12/11/2012

> QUESTÃO DE ORDEM

Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 12 de novembro de 2012Política

O PSDB recorreu junto ao Tri-bunal Regional Eleitoral (TRE) con-tra a decisão da Corte que cassou omandato do deputado estadual Dib-son Nasser (PSDB). O acórdão dacassação do parlamentar foi publi-cado na última sexta-feira. Hoje, oadvogado do PSDB, André Castro,interpôs embargo de declaração juntoao próprio TRE, sob a alegação deque o órgão deixou de analisar umaquestão de ordem pública.

"Existe uma questão de ordempública, nulidade absoluta, que nãofoi apreciada pela Corte. Essa nuli-dade precisa ser analisada antes dese dar cumprimento à decisão decassação", explicou o advogadoAndré Castro.

Na quinta-feira passada, o TRE-RN publicou no Diário da Justiça oacórdão da cassação do mandato do

deputado estadual Dibson Nasser,cassado sob a acusação de abuso depoder econômico e político nas elei-ções de 2010, quando foi eleito pelaprimeira vez para um cargo públi-co. Filho do ex-presidente da Câ-mara Municipal de Natal, então pre-sidente na época, vereador DicksonNasser (PSB), Dibson foi eleito com41.883 votos.

"Na realidade, ele foi cassadopor um motivo que não estava es-tampado na petição inicial. Ou seja,ele foi acusado de uma coisa e con-denado por outra, o que fere o di-reito de defesa", afirma André Cas-tro, apontando qual seria a questãode ordem. "Ele foi acusado de re-ceber doações ilegais e foi conde-nado por uma suposta despropor-ção entre a capacidade econômicados doares e as doações efetua-

das", completou.Segundo André Castro, o pro-

cedimento fere os artigos 128 e460 do Código de Processo Civil,que estabelecem o princípio da con-gruência. "O juiz não pode decidirsobre aquilo que não foi pedido.Existe um recente precedente doTSE (Tribunal Superior Eleitoral),da lavra do ministro Arnaldo Ver-siani, que num caso idêntico ao deNatal, anulou a sentença, exata-mente pelo mesmo vício", exem-plifica Castro.

O embargo de declaração foiprotocolado na manhã desta segun-da-feira no TRE. Ainda segundoAndré Castro, o próprio TRE teriaobrigação de analisar as questões deordem pública, ainda que de ofício,mesmo sem a provocação das par-tes. Contudo, como o órgão eleito-

ral não tomou a iniciativa, o advo-gado está embargando. "Aconteceque o próprio TRE poderá anular adecisão", esclarece.

Quanto à posse do primeiro su-plente de deputado estadual para olugar de Dibson Nasser, o atual pre-sidente da Companhia de Abasteci-mento do RN (CEASA), ex-depu-tado José Adécio (DEM), esta sópoderá acontecer após o julgamen-to desse recurso. "A posse do su-plente só poderá ser feita após o jul-gamento deste recurso e de um even-tual recurso para o TSE", acrescen-ta André Castro.

O embargo será relatado pelojuiz eleitoral Jailsom Leandro, apósa abertura de vista ao MinistérioPúblico. Em seguida, o embargoserá levado para apreciação do plenodo TRE.

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A coligação encabeçada porDEM e PMDB em Mossoró, queconseguiu levar a candidata demo-crata Cláudia Regina a ser eleitaprefeita, pode até dizer que nãohouve uso da máquina pública nadisputa eleitoral na cidade. Podedizer também que as seis represen-tações feitas pelo Ministério Públi-co Eleitoral (MPE) contra a candi-data são infundadas e que a gover-nadora Rosalba Ciarlini e o secre-tário-chefe do Gabinete Civil deMossoró, Gustavo Rosado, não usa-ram seus cargos para desequilibrara disputa. O que a coligação nãopode dizer, porém, é que o dinhei-ro não foi suficiente. Afinal, o nomeda democrata arrecadou R$ 3,154milhões, mais que o dobro que aprincipal adversária, Larissa Rosa-do, do PSB: R$ 1,424 milhão.

Dentre os gastos de Cláudia Re-gina, se destacam os investimen-tos feitos em publicidade. ForamR$ 525 mil só para a Art & C, agên-cia de publicidade de Natal, por"serviços prestados por terceiros".Publicidade por carros de som, sócom a Associação dos Supermerca-dos Queiroz, os gastos foram deoutros R$ 45 mil. Contudo, o valormais alto mesmo foi o pago ao PHSSuassuna Barreto Produções, para

a produção de programas de rádio,televisão ou vídeo. Foram R$ 650mil.

Chama a atenção também osgastos com gasolina da campanhade Cláudia Regina pelo fato delesterem sido feitos com o Posto MaisComércio de Combustíveis, naordem de R$ 146,5 mil. O curiosoestá no fato da campanha de Cláu-dia Regina ter recebido doações (no

total de R$ 375 mil) de outro posto,o Líder.

LARISSA ROSADOA deputada estadual Larissa

Rosado, do PSB, também tem nú-meros que se destacam na sua pres-tação de contas eleitoral. No casodela, eles estão na arrecadação. AUnião e Refinaria de Sal doou paraa campanha da pessebista quase

R$ 400 mil. Mais de R$ 260 mil,inclusive, foram feitos por meiode "depósito em espécie". No quediz respeito aos gastos, o destaquede Larissa Rosado são os valorespagos a ASMG Assistência Servi-ços e Manutenção. Foram 17 itensde despesa, que variam entre gas-tos com pessoal, a publicidade porcarros. Ao todo, a campanha dacandidata do PSB pagou R$ 264

mil a empresa.

REPRESENTAÇÕESPara quem não lembra, na se-

mana passada, o Ministério Públi-co Eleitoral ingressou com seisações contra Cláudia Regina pe-dindo, além do pagamento demulta, a cassação do registro ouda diplomação da candidata. O mo-tivo seria a atuação decisiva do

Governo do Estado, por meio dagovernadora Rosalba Ciarlini, e daPrefeitura de Mossoró, através dosecretário-chefe do Gabinete Civil,Gustavo Rosado, em prol da can-didata do DEM, representando ouso da máquina pública. Por isso,além do impedimento da posse daprefeita eleita, o MPE solicita arealização de uma nova eleição emMossoró.

Cláudia Regina arrecadou o dobro de Larissa Rosado durante campanha

Cláudia Regina foi beneficiada pelo volume de recursos arrecadados oficialmente na campanha Larissa Rosado liderou todas as pesquisas feitas durante a campanha, mas perdeu por 5 mil votos

PREFEITA ELEITA DE MOSSORÓ RESPONDE A SEIS AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO POR PARTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Não é apenas de quem as co-ligações de Cláudia Regina e La-rissa Rosado arrecadaram e comquem gastou que chama atenção naprestação de contas das duas can-didatas. A relação do total arreca-dado com as despesas também sedestacam, pelo fato das duas nãoterem explicado o destino de quan-tias consideráveis. O caso de Cláu-dia Regina, prefeita eleita de Mos-soró, por exemplo. A candidata do

DEM arrecadou R$ 3,145 milhões,contudo, divulgou os gastos ape-nas de R$ 3 milhões.

Ou seja: Cláudia Regina nãoexplica para onde foram R$ 140mil de diferença de caixa de suacampanha. Do outro lado, LarissaRosado também não foi totalmen-te transparente na prestação decontas. Afinal, assim como no quefoi divulgado pelo Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) da adversária

de Cláudia Regina também faltouexplicar o destino de R$ 47 mil. Acandidata do PSB arrecadou 1,424milhão e prestou conta de 1,377milhão.

Vale ressaltar que o prazo paraos candidatos que concorreram aoprimeiro turno apresentar presta-ção de contas de campanha acabouna semana passada e a Justiça Elei-toral se encontra na fase de julga-mento dessas contas, que deve

ocorrer antes da diplomação.Pouco disseminado no meio jurí-dico, o artigo 30-A foi introduzi-do na Lei Eleitoral com o objeti-vo de combater de forma efetivao Caixa 2 nas eleições. Essa ino-vação foi aprovada em 2006, apóso escândalo do Mensalão. Pela lei,os candidatos estão obrigados adeclarar todos os gastos de cam-panha, desde a produção do pro-grama eleitoral, jingles, assesso-

ria jurídica e contábil, locação deveículos e até a gasolina dos car-ros.

De acordo com o advogadoCaio Vitor Barbosa, "o Artigo 30-A determina a perda de mandatodo candidato que não declare todosos gastos de campanha e seja com-provado que ele tentou ludibriar aJustiça". O advogado ainda com-plementa afirmando o motivodessa ação ser mais efetiva para

perda do mandato. "Na ação fun-dada nesse Artigo não é avaliadaa potencialidade da conduta ilíci-ta influenciar no pleito. Quandoessa é analisada, o julgamento doprocesso pode ser mais comple-xo. O Ministério Público e os par-tidos adversários só podem acio-nar o candidato sobre algum errona prestação de contas até 15 diasapós a diplomação", explica CaioVitor Barbosa.

PSDB embarga cassação de Dibson Nasser na Justiça Eleitoral

Dibson Nasser foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral mas pode permanecer

Cláudia Regina não explica destinação de R$ 140 mil

José Agripino enviou mais de R$ 1,6 milhão para MossoróA disputa eleitoral em Mossoró

era mesmo importante para o DEM.Tanto foi assim que para eleger avereadora Cláudia Regina prefeita dacidade, o partido investiu bastante.Foram mais de R$ 2,3 milhões queos democratas tiraram dos seus co-fres para custear a campanha. Sóessa quantia já é quase R$ 1 milhãoa mais que o total arrecadado por La-rissa Rosado, do PSB, principal opo-sitora e que acabou derrotada,mesmo tendo liderado quase todasas pesquisas eleitorais divulgadas

durante o ano. Ao todo, a candidata do DEM

arrecadou para sua campanha maisde R$ 3,154 milhões. Foram R$ 62mil da Direção Municipal do DEM,contudo, os maiores valores foramrepassados pelo senador José Agri-pino, presidente estadual e nacionaldos Democratas. Da parcela esta-dual, foram R$ 650 mil repassadospara a campanha de Cláudia Regi-na, enquanto da nacional, foram R$1,6 milhão.

Dessa forma, o DEM gastou

mais em Mossoró que em outras ca-pitais do Nordeste, inclusive, capi-tais como Fortaleza e Maceió. Na ci-dade cearense, por exemplo, o repas-se total ficou na casa do R$ 1,4 mi-lhão do Diretório Nacional do par-tido. Do estadual, não recebeu nada.Pelo menos, não segundo a presta-ção de contas divulgada pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE).

De qualquer forma, o repassenacional feito pelo DEM é R$ 200mil menor em Fortaleza do que foiem Mossoró. Isso, mesmo a "Capi-

tal do Oeste" tendo apenas 164 mileleitores, enquanto a cearense temmais de 1,6 milhão de eleitores. Ouseja, para cada votante em Mosso-ró o DEM nacional enviou, quase,R$ 10, ao ponto que em Fortaleza,foram apenas 87 centavos.

Dessa forma, inclusive, há até dese justificar o fato do DEM ter feitoo caminho inverso em Mossoró eem Fortaleza. No Ceará, Moroni,candidato Democrata, começou adisputa eleitoral liderança as pes-quisas, mas terminou em 4º lutar.

Cláudia Regina foi o contrário. Co-meçou atrás de Larissa Rosado e,no dia 7 de outubro, ultrapassou aadversária, vencendo com umamaioria de 5 mil votos.

PSBA força que Mossoró demons-

trou ter para o PSB ao conseguirque o partido forçasse o apoio do PTa Larissa Rosado, desistindo inclu-sive de uma candidatura própria comJosivan Barbosa, a cidade não tevena hora de conseguir recursos do

próprio partido. Afinal, nas doaçõesfeitas pela iniciativa privada, o mon-tante destinado as duas candidatas foiparecido, mas a balança desequili-brou mesmo foi nos repasses parti-dários.

Afinal, se o DEM priorizou adisputa em Mossoró, enviando maisde R$ 2,3 milhões, o PSB não gas-tou tanto. Alias, nem perto. Foramapenas 54 mil doados pelo partido.Esse valor, inclusive, provenientedo Diretório Municipal. Do Esta-dual e do Nacional, não chegou nada.

O fato do presidente nacionaldo DEM ser o senador potiguar JoséAgripino Maia não quer dizer queo partido privilegiou o Rio Grandedo Norte na hora da destinação derecursos para a campanha eleitoral.Na verdade, no Estado, apenas Mos-soró foi ajudada por verbas do par-tido.

Não que Agripino não achasse

as disputas eleitoral em outras cida-des importantes. Afinal, ao final dacampanha, o senador mesmo enal-teceu algumas conquistas em "cida-des-polos". "O importante agoranão é o número de prefeituras e sima qualidade delas. E o Democratasconquistou municípios importan-tes, cidades-polo. Por isso, repre-sentamos quase a mesma coisa de

quem fez 50 prefeituras", afirmouo democrata após o dia 7 de outu-bro.

Na "cidade-polo" de Pau dosFerros, por exemplo, a conquistafoi do DEM, mas não graças aosrecursos do partido. Afinal, Fabrí-cio Torquato, candidato apoiadopelo atual prefeiro democrata, Leo-nardo Rego, recebeu ao todo R$

178 mil para gastar durante a cam-panha, mas nenhum centavo foi pro-veniente do DEM.

Outro exemplo de "cidade-polo"esquecida financeiramente pelo par-tido foi João Câmara, onde o atualprefeito, Ariosvaldo Targino, o Vavá,democrata, buscou e conseguiu areeleição, arrecadando cerca de R$68 mil. Lá, assim como em Pau dos

Ferros, não veio nenhuma "ajuda"dos diretórios municipal, estadual enacional do partido.

Porém, nem só de vitórias semdinheiro do partido pode ser conta-da a história da disputa eleitoral doDEM no RN. Em Currais Novos,que pode ser considerada mais uma"cidade-polo" do Rio Grande doNorte, a falta de recursos pode jus-

tificar a derrota do candidato de-mocrata. Isso porque o atual pre-feito, Geraldo Gomes, perdeu paraa oposição liderada.

A campanha do DEM, que nacidade arrecadou R$ 90 mil, masnada dos diretórios do partido, per-deu a disputa para o grupo do ex-prefeito Zé Lins, que indicou o can-didato Vilton Cunha, do PR.

No RN, DEM só enviou dinheiro para a eleição de Cláudia Regina

José AldenirDivulgação

Heracles Dantas

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CAROLINA SOUZA

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As obras de ampliação do Hos-pital Doutor José Pedro Bezerra, po-pularmente conhecido como Hospi-tal Santa Catarina, deverão ser con-cluídas ainda neste mês de novem-bro. A inauguração do novo pronto-socorro, que beneficiará centenas dosatendimentos diários da unidade es-tadual de saúde, está prevista para odia 28. Enquanto isso, médicos, ser-vidores e usuários do hospital recla-mam de alguns déficits da estrutura,como, por exemplo, a ausência decondicionadores de ar nos setores esuperpopulação nos corredores.

Os problemas de estrutura física,falta de médicos e abastecimentos deremédios vinham prejudicando o fun-cionamento do hospital, que é con-siderado o segundo maior hospitalde urgência e emergência do Estado.Entretanto, de acordo com o diretormédico da unidade, Leonardo Mota,os entraves da estrutura estão pertode serem sanados. "Por causa de pro-cessos burocráticos, essas reformasvieram se arrastando até os dias dehoje. Os problemas existem, nãoestou aqui para encobrir isso, mas aspessoas falam demais", disse o dire-tor.

As reformas de reestruturação doHospital Santa Catarina iniciaram le-galmente em 2009, conforme calen-dário do Estado. Problemas políti-cos, econômicos e de licitação difi-cultaram a conclusão da obra em umtempo hábil, disse o diretor médico."Isso dificultou um pouco a nossavida, já que somos responsáveis poruma demanda de mais de 1 milhãode habitantes, que inclui moradoresda zona Norte da capital, da GrandeNatal e municípios do litoral Norte",afirma Leonardo Mota.

Segundo Leonardo, a falência doSistema Único de Saúde (SUS) emtodo o Estado fez com que a deman-da do hospital aumentasse. Os pa-cientes que não conseguem atendi-mento em seus municípios de origem

acabam se voltando para a estruturaoferecida no Santa Catarina. "Com ademanda aumentada, precisamos me-lhorar a nossa estrutura física, mastambém a de recursos humanos. Sóque esse processo leva um longotempo e a Secretária de Saúde demo-ra a dar procedimento", disse.

Perguntado sobre o problemacom os condicionadores de ar, rela-tado por uma médica pediatra da uni-dade, o diretor afirmou que as medi-das cabíveis já foram tomadas. "Real-mente tivemos problemas aqui emdiversos setores, mas esse foi mais umcaso da burocracia licitatória. Já temos36 aparelhos que serão instalados atéo dia da inauguração do pronto-so-corro", disse Leonardo. De acordocom a pediatra, Hígia Macêdo, o caloré insuportável e prejudica o atendi-mento das crianças, que ficam in-quietas.

Os equipamentos de raio-X queestavam sem funcionamento no hos-pital deverão ter suas instalações con-

cluídas até quarta-feira. "Passamostrês anos sem o serviço de raio-X nohospital. Apenas em alguns casosforam utilizados um equipamentoportátil. Mas já temos dois equipa-mentos modernos de radiografia eduas salas amplamente adaptadas. Aempresa de engenharia elétrica res-ponsável pelas instalações estará en-tregando tudo funcionando ao hospi-tal ainda nesta quarta-feira", reforçaLeonardo.

Devido à reforma do hospital,um dos corredores principais do SantaCatarina divide o atendimento obs-tétrico, que fica de um lado do cor-redor, e a clínica médica, na locali-zação oposta. Para alguns usuários,isso prejudica o atendimento deambas as especialidades. "Fica umtumulto muito grande aqui por causadisso, além de nos deixar expostos aoutras doenças", disse Ana Maria,45, que acompanhava sua filha noatendimento clínico.

Para a direção do hospital, essas

reclamações são infundadas. "Nãohá uma mistura da parte obstétricacom a clínica. É apenas um corredorque divide as duas estruturas, masgarantimos que não há mistura depacientes. Entretanto, esse será maisum problema resolvido com estru-tura do novo pronto-socorro", garan-tiu o diretor médico.

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Com a inauguração do novopronto-socorro, algumas adaptaçõesdeverão ser feitas para melhorar oatendimento aos usuários do SUS.O Hospital Santa Catarina é classifi-cado como uma unidade de médiacomplexidade, tendo como priorida-de o atendimento de urgência e emer-gência, alto risco materno e UTI neo-natal. Entretanto, com o caráter dehospital de 'portas abertas', atualmen-te todos os pacientes que vão aoshospitais são atendidos.

"Atendemos uma média diária

de 300 a 350 pacientes. Além de sermuita gente, o número se torna insu-ficiente por causa da quantidade deprofissionais, os insumos são gastosmais rapidamente e, a partir disso,surgem os problemas de desabaste-cimento e reposição de material. Ousuário, por qualquer tipo de queixaque apresente, consegue atendimen-to no hospital", disse Leonardo Mota.

De acordo com o diretor, na po-lítica de urgência e emergência e noplano do Sistema Único de Saúdeesses atendimentos diversos são equi-vocados. "Com o novo pronto-so-corro, tivemos a ideia de implantaro Sistema de Classificação de Risco.Os pacientes que procurarem o hos-pital serão classificados por um pro-

fissional de enfermagem, com nívelsuperior, e, juntamente com o pro-grama que foi desenvolvido para estefim, ele será classificado em coresque indicam o grau de risco", afirmou.

As cores azul e verde serão des-tinadas aos pacientes de menor gra-vidade, que serão orientados junta-mente por assistente social e psicó-logo a procurarem o serviço básicode saúde. Os pacientes classificadosna cores amarela, laranja e vermelhaadentrarão no hospital e serão aten-didos em um plano de prioridade."Reduzindo a demanda, a gente es-pera melhorar a qualidade do atendi-mento e dar uma atenção mais inte-gral aos pacientes", explica Leonar-do Mota.

Pronto-socorro do Hospital Santa Catarinadeverá ser inaugurado no final deste mês

Após 3 anos sem realizar raio-X, equipamentos devem ser instalados até 4ª feira

> SEM ACORDO

Cidade Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012

Em mais uma tentativa de ne-gociação na Prefeitura de Natal,desta vez com a presença do atualprefeito Paulinho Freire, o Sindi-cato dos Servidores Públicos Mu-nicipais de Natal (Sinsenat) nãoobteve grandes resultados em suasreivindicações. Com isso, os servi-dores mantiveram o indicativo degreve para o próximo dia 20, casonenhuma resposta seja dada peloExecutivo Municipal.

Na pauta de hoje, os temas dis-cutidos foram os mesmos das reu-niões anteriores, com a categoriareivindicando o pagamento dos sa-lários do mês de outubro, que atéagora não foi efetuado, e, ainda, opagamento referente ao desconto nafolha de pagamento dos servidores

da Secretaria Municipal de Traba-lho e Assistência Social (Semtas)que tiveram pontos cortados poraderirem à última greve. Outra rei-vindicação, que também já dura hámeses é referente à revogação daredução de 80% do adicional no-turno dos servidores. Esta tambémnão foi definida.

No entanto, apesar de todas asreivindicações serem reapresenta-das aos gestores do Município, ape-nas uma delas foi aparentementesolucionada. Nesta manhã, a Pre-feitura se comprometeu a efetuar opagamento de uma folha adicionalaos servidores da Semtas, referen-te ao desconto irregular de seus sa-lários devido à greve, até o próxi-mo dia 14 de novembro.

Já em relação ao adicional no-turno, a Prefeitura afirmou que iráfazer um estudo de um projeto delei sobre o benefício, para apresen-tar ao sindicato até o próximo dia20. Para a mesma data, ficou esta-belecida a apresentação do calendá-rio de pagamento dos atrasados domês de outubro, bem como a datado pagamento dos meses de novem-bro, dezembro e do 13° salário.

De acordo com a presidentedo Sinsenat, Soraya Godeiro, aPrefeitura tem um prazo para cum-prir os acordos e evitar a greve."Tentamos em mais uma reuniãochegar a um acordo com a Prefei-tura, sem precisar recorrer nova-mente à Justiça. Demos um prazopara o cumprimento do que foi

acordado, e caso isso não aconte-ça, uma nova greve será deflagra-da", disse Soraya Godeiro.

A categoria, composta por ser-vidores das secretarias de Servi-ços Urbanos (Semsur), Obras Pú-blicas e Infraestrutura (Semopi),Mobilidade Urbana (Semob),Meio Ambiente e Urbanismo (Se-murb), de Trabalho e AssistênciaSocial (Semtas) e por agentes daGuarda Municipal, plantonistasda Saúde, técnicos de Enferma-gem e agentes patrimoniais, votoua favor do indicativo de greve noúltimo dia 31, em assembléia ex-traordinária, e caso a Prefeituranão atenda às reivindicações, agreve será deflagrada no próximodia 20 de novembro.

Sinsenat mantém indicativo de greve para dia 20

Durante reunião esta manhã, apenas uma pauta foi parcialmente atendida

> APÓS DEZ DIAS

O grupo de estudantes que ocu-pava a Reitoria da UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte(UFRN), em protesto contra o sis-tema de segurança da unidade, fi-nalmente desocupou o prédio. Osjovens tomaram conta do espaçopor dez dias, preocupando algunssetores da Universidade quanto àpostura adotada por alguns dos ma-nifestantes. Na última visita aolocal feita pela equipe de O Jornalde Hoje foi vista uma criança decinco de anos que convivia noclima de protesto junto com os pais.

Os manifestantes deixaram aReitoria na última sexta-feira, apósdiversas rodadas de negociaçãocom representantes da instânciamáxima da universidade. O pro-testo estava relacionado à perma-nência da empresa Garra Vigilân-cia na UFRN, que presta serviçosde segurança particular à Univer-sidade. O contrato com a empresavinha sendo contestado pelos ma-nifestantes, que descobriram algu-

mas irregularidades no processoque envolve R$ 25 milhões entrea Garra e a UFRN. A equipe de vi-gilantes circula armada pela Uni-versidade, sendo culpada por umincidente ocorrido com um estu-dante, onde foram disparados trêstiros contra ele.

Foi assinado um documentoentre estudantes e reitoria, onde osocupantes aceitaram as propostasde garantia da não represália amembros da universidade; proces-so de desarmamento dos seguran-ças em espaços de sociabilidadeseja feito imediatamente no campusde Natal; criação de um fórum quediscute sobre o comportamento dosseguranças na UFRN e que os de-bates sejam abertos à comunidade;e participação dos alunos nas dis-cussões sobre o Plano Nacional deAssistência Estudantil (Pnae).

Mensagens de protesto contraa reitoria que estavam expostas nosarredores do prédio começaram aser retiradas no local. Cartazes com

mensagens truculentas pedindoatenção para a segurança da univer-sidade já não são mais vistas nasparedes. De acordo com servido-

res da UFRN, hoje pela manhã foifeita uma limpeza geral da sala uti-lizada pelos ocupantes. Muita su-jeita e pichações nos quadros e mó-

veis foram encontradas.Os ocupantes da Reitoria soli-

citaram que fosse providenciadauma capacitação profissional da

segurança, através da formação po-lítica e humanística junto ao grupoTirésias, núcleo interdisciplinar emestudos em diversidade sexual, gê-nero e direitos humanos da UFRN;Ampla participação dos estudan-tes nas políticas de segurança e fimdas perseguições políticas, com agarantia da liberdade de expressãoe real democracia.

O Jornal de Hoje tentou entrarem contato com a reitora ÂngelaMaria Paiva e um dos mediadoresdas negociações, mas eles não re-tornaram as ligações. As opiniõessobre o acampamento na reitoriaestavam divididas. Alguns mem-bros da Universidade falaram quea atitude dos ocupantes foi exage-rada, outros afirmaram que essaatitude foi uma forma correta dereivindicar direitos. Os jovens ti-veram apoio de alguns professo-res e servidores da instituição deensino superior, além de advoga-dos e do Conselho Estadual de Di-reitos Humanos.

Manifestantes desocupam prédio da Reitoria da UFRN

Mesmo após limpeza geral do local, sinais da ocupação como mensagens de protesto contra a reitoria, ainda foram encontradas

USUÁRIOS RECLAMAM DE PROBLEMAS ESTRUTURAIS COMO A ‘MISTURA’ DO ATENDIMENTO OBSTÉTRICO E CLÍNICO

Área que abrigará novos leitos do pronto-socorro está sendo concluída. Obras foram iniciadas há mais de três anos

Fotos: José Aldenir

José Aldenir

Divulgação/Adriano Medeiros

Page 7: FLIP  12/11/2012

ALE conquista prêmioda ABT pela comunicaçãoeficiente com seus clientesn A ALE Combustíveis, quartamaior distribuidora de derivadosde petróleo do país, presidida peloempresário natalense MarceloAlecrim, recebeu no último dia6, em São Paulo, o XII PrêmioABT (Associação Brasileira deTelecomunicações), que este anoteve como tema "Pratique Ex-celência no Relacionamento como Cliente".nO "case" que classificou a ALEentre os três melhores trabalhos dacategoria "Motivacional" foi de-senvolvido por executivos e co-laboradores do Call Center da dis-tribuidora e teve como foco umacampanha interna de incentivoaos atendentes do FALE (o cen-tro responsável pela política derelacionamento com os revende-dores dos produtos ALE).nO trabalho relata ações que pos-sibilitaram maior integração entreos colaboradores, ampliação doconhecimento, aumento da ca-pacitação profissional e amanutenção de um ambiente detrabalho saudável e acolhedor.nApós receber o prêmio da ABT

em nome da ALE, o presidenteMarcelo Alecrim afirmou que "in-vestir no bom relacionamento coma clientela é um diferencial cadavez mais necessário para o suces-so nos negócios, principalmentediante de um mercado altamentecompetitivo como é o caso da dis-tribuição de combustíveis".n E prosseguiu: "O investimen-to na comunicação e relaciona-mento com a rede de revenda fazparte da rotina da ALE. Procu-ramos sempre otimizar ferra-mentas, sistemas e processos paraatender nossos revendedores deforma ágil e precisa, o que nosobriga a cuidar da constante ca-pacitação profissional do nossoquadro de pessoal para que elesempre esteja apto a ofereceratendimento de alta qualidade.nEm 2012, pela décima vez con-secutiva, o FALE conquistou o"Prêmio Consumidor Modernode Excelência em Serviços aoCliente". A premiação é um re-conhecimento às empresas quepraticam as melhores estratégiasde atendimento aos clientes emtodos os pontos de contato e quebuscam a excelência como difer-encial competitivo na prestaçãode seus serviços.n A ALE Distribuidora possuiuma rede de 1,8 mil postosrevendedores de combustíveis es-palhados por 22 Estadosbrasileiros, com perspectivas de al-cançar este ano o faturamento deR$ 8,5 bilhões.

Miranda Computação é amais lembrada entre todas asmarcas do comércio do RNn Pesquisa aplicada em Natal

pelo Instituto Consult neste se-gundo semestre aponta a rede delojas Miranda Computação como"a marca mais lembrada" entretodos os segmentos do comérciolocal.n A classificação rendeu à em-presa dirigida pelos irmãosAfrânio, Luciano e Paulo Mi-randa o prêmio "Top dos Tops",no evento promovido semanapassada no Olimpo Recepçõespelo jornal "Tribuna do Norte",que foi entregue pela gover-nadora Rosalba Ciarlini aos di-retores da rede de revenda deprodutos e serviços de infor-mática.n Na ocasião, a empresa tam-bém recebeu - pelo nono ano con-secutivo - o prêmio "Top Natalde Informática" como a marcamais lembrada da categoria, com72,5 por cento de "recall" dosnatalenses.

Presidente da Assurn assume DiretoriaRegional da Abrasn O presidente da Associaçãodos Supermercados do RioGrande do Norte (Assurn), Ger-aldo Paiva Junior, foi eleito no úl-timo final de semana, em SãoPaulo, para ocupar uma das Di-retorias Regionais da AssociaçãoBrasileira de Supermercados(Abras).n A eleição ocorreu durante a102ª. Reunião do Conselho De-liberativo da Associação, na qualtambém foi eleito novo presi-dente da Abras o empresário Fer-nando Yamada, que passará a ex-ercer o cargo a partir de 1º. dejaneiro de 2013.

> HOJE À NOITE

Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 12 de novembro de 2012Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Pier das Dunas fecharáem fevereiro de 2013INFORMAÇÃO É OFICIAL E VEIO, POR E-MAIL, DA PETROBRAS

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

"A Petrobras está realizandoinvestimentos para produção degasolina no Terminal de Guama-ré. O projeto contempla a desati-vação do terminal de Natal. A pre-visão é que o terminal de Natalopere até fevereiro de 2013."

Assim, economicamente, a Pe-trobras negou, por e-mail, a in-formação de que o Pier das Dunas,no Canto do Mangue, seria desa-tivado imediatamente, paralisan-do toda a entrega por ali de gaso-lina e óleo diesel. A notícia foiventilada pela tripulação do navioMarta, o último a atracar no píerusado pela Transpetro, subsidiá-ria da Petrobras.

Em sua resposta à consultafeita por este JH, a Petrobras nãorespondeu a pergunta sobre quan-tidade de combustíveis desembar-cados ali por seus navios, quefazem escalas a cada oito dias emNatal. Em 2011, a empresa já haviase comprometido com a Prefeitu-ra que desativaria sua área de tan-ques localizada no bairro de San-tos Reis.

Desde então, não foi divulga-do um plano alternativo para man-ter o abastecimento da Transpetro,

cujo combustível também encheos tanques dos rebocadores a ser-viço da Petrobras. O boato de queo Marta seria o último ou o penúl-timo navio a atracar no Pier dasDunas gerou mal estar na pratica-gem do porto, por representarmenos quatro navios por mês na ro-tina dos profissionais, que ganhampor embarcação que entra no ter-minal. Esse problema nada tem aver administrativamente com a Co-dern, que é a autoridade portuária.

Está sendo aguardado paraamanhã, 13,o anúncio de um pa-cote para os portos. Faz parte dasmedidas investimentos emergen-ciais nos portos e nos acessos aeles por rodovias e ferrovias. Co-gitam-se cortes desde tarifas dautilização de faróis e canais, atéas cobradas pela Polícia Federal epela Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) , conside-radas mais delicadas e as quais en-contram-se em análise.

Os valores associados à prati-cagem também estão na mira.Hoje, com os recursos da moder-na tecnologia, como a localizaçãopor satélite, a presença de práti-cos poderia ser mais restrita, se-gundo a lógica do governo, quebusca competitividade do custoportuário.

Atualmente, existem cinco prá-ticos habilitados e outros três pra-ticantes, que precisam concluir umestágio de um ano antes de assu-mir a responsabilidade de guiarum navio sozinho. O salário delesnão é pago pelo governo, mas emacordos com os próprios armado-res e contratantes.

Segundo o capitão dos portos,Rodolfo Góis, a dispensa do prá-tico só pode ser feita mediante auma consulta à Capitania dos Por-tos, mas só ocorre em operaçõesde rotina em embarcações meno-res. "Jamais em caso de navioscom capitães estrangeiros e até poruma exigência da Companhia deSeguros que cobre o armador", ex-plicou Góis.

Ao todo, o País conta com 18portos ligados a sete CompanhiasDocas, 13 portos administradospor Estados, três de responsabili-dade de municípios, um porto pú-blico privado (Imbituba-SC), alémdos terminais privativos, que per-tencem a companhias como Trans-petro (da Petrobras) e Vale. Paramelhorar e padronizar a gestão, atendência é que seja criada umaAutoridade Portuária nos moldesda extinta Portobras, segundo ven-tilou na semana passada o jornalO Estado de S.Paulo.

Associação Comercial doEstado comemora 120 anos

O vice-governador de São Pauloe presidente de honra da Confede-ração das Associações Comerciais eEmpresariais do Brasil (CACB), AfifDomingos, vem a Natal participarhoje a noite da cerimônia em come-moração aos 120 anos da Associa-ção Comercial do Rio Grande doNorte, no Teatro Alberto Maranhão.Afif Domingos irá proferir palestrasobre o atual momento da econo-mia brasileira.

O evento contará ainda com aparticipação do presidente do Se-brae/SP, Alencar Burti, e do presi-dente da Confederação da CACB,José Paulo Cairolli. O jornalistaWoden Madruga e o jurista e escri-tor Heider Furtado comandarão umtalk show sobre "O bairro da Ribei-ra e os 120 anos da ACRN".

Durante a cerimônia, serão ho-menageados dez empresários do RNcom a Medalha do Mérito dos 120anos para aqueles que mais se des-tacaram no desenvolvimento dos se-tores do comércio, indústria e ser-viços. A mesma comenda será ofe-recida in memoriam a cinco perso-nalidades do RN.

Hoje, o presidente da Associa-ção Comercial de RN, Sérgio Frei-re, lembrou que a entidade potiguaré a sexta em antiguidade no Brasil.A primeira é a da Bahia, com 201anos seguido da do Rio de Janeiro."É importante que saibamos dissopara festejar o pioneirismo da orga-nização comercial no Estado, quejá enxergava longe seu potencial decrescimento", afirmou Freire.

AAssociação Comercial do RioGrande do Norte foi fundada em1892, inspirada em entidades si-milares às que já existiam na Eu-

ropa e América do Norte - as Câ-maras de Comércio. Logo estavainstalada num prédio situado àPraça Marechal Deodoro, tendocomo primeiro presidente Fabrí-cio Gomes Pedroza.

Quase que simultaneamente, ou-tras entidades do gênero surgiramno Rio de Janeiro, Bahia, Pernam-buco, São Paulo e Maranhão, vol-tados para a defesa do empresaria-do e do desenvolvimento econômi-co, tendo como suporte básico a'Livre Iniciativa' e de desenvolverno cidadão a capacidade de criar etransformar sua criação em agentede progresso e do bem estar comum.

Em 24 de julho de 1927, aACRN mudou-se para a rua Dr. Ba-rata, e, em 10 de março de 1929, foiapresentado aos associados, em As-sembleia Geral, pelo presidente JoséLagreca, a sugestão para constru-

ção de sede própria, com o intuitode abrigar a Associação Comercialdo Rio Grande do Norte.

O projeto de construção foi or-çado em 180 contos de réis. Em 19de abril de 1944, o presidente Ma-noel Gurgel de Amaral inauguravao prédio da Associação Comercialdo Rio Grande do Norte, na rua Sa-chet, hoje avenida Duque de Ca-xias, denominado Palácio do Co-mércio, atual Casa do Empresário.

AAssociação Comercial e Em-presarial do RN é filiada à Federa-ção das Associações Comerciais doRN e à Confederação das Associa-ções Comerciais e Empresariais doBrasil. Ao longo da sua existência,a entidade teve 27 presidentes, e nodia 2 de outubro de 2008 empossousua atual diretoria que tem comopresidente, o empresário Sérgio Ro-berto de Medeiros Freire. (MH)

Sérgio Freire: potencial de crescimento da entidade foi visto há muito tempo

José Aldenir

Heracles Dantas

VAGNER JAIME RODRIGUES

MESTRE EM CONTABILIDADE, SÓCIO DA TREVISAN

GESTÃO & CONSULTORIA E PROFESSOR DA TREVISAN ESCOLA

DE NEGÓCIOS, COM SEDE NA CAPITAL PAULISTA

Em numerosos países, em especial na Europa e nosEstados Unidos, os consumidores sempre sabem quan-to pagam de imposto na compra de um produto ouserviço, pois o valor vem discriminado com clareza nanota fiscal. Ou seja, o Estado presta conta ao con-tribuinte dos tributos que ele paga. E não faz mais doque sua obrigação, pois é seu dever informar, atendendoao direito dos indivíduos de saberem o que, quanto epara quem estão pagando.Somente não há essa obrigatoriedade no Brasil porquecontinua tramitando a passos letárgicos na Câmarados Deputados projeto, aprovado há cinco anos noSenado, que estabelece a inclusão nas notas fiscaisdos impostos federais (IPI e PIS/Cofins), estaduais(ICMS) e municipais (ISS) recolhidos em cada oper-ação de vendas. Seria, de fato, um grande avanço nasrelações de consumo e também na transparência dopoder público ante os cidadãos.Por uma questão de clareza, no Brasil, onde três in-stâncias de poder - municipal, estadual e federal - leg-islam sobre tributos e taxam simultaneamente a mesmabase de contribuintes, a discriminação dos impostosnas notas fiscais é ainda mais importante do que nospaíses que têm o IVA (Imposto de Valor Agregado),taxação única incidente sobre as operações de venda.É importante que, em cada nota fiscal, o contribuintesaiba que impostos está pagando.Por outro lado, esse projeto é particularmente impor-

tante, pois nasceu de um instrumento altamentedemocrático consagrado em nossa Constituição, queé o direito de a própria sociedade apresentar propostasde leis aos legislativos dos municípios, dos estados, Câ-mara dos Deputados e Senado. Foi durante a cam-panha "De olho no imposto", criada em 2007 por en-tidades empresariais paulistas, que 1,5 milhão de con-sumidores enviaram ao Congresso Nacional abaixoassinado no qual reivindicavam o direito de saber quaistributos constavam de suas compras. Desse processoexemplar de democracia participativa surgiu o Proje-to de Lei nº 1.472, que aguarda votação - há cinco anos!A transparência dos impostos nas notas fiscais é umprincípio constitucional, a ser regulamentado, que nemprecisaria, portanto, ter tamanho apelo popular para serimplementado pelo Parlamento. Considerando essapremissa, o empenho da sociedade em se mobilizar emdefesa da lei e a aprovação no Senado, é de se esper-ar que os deputados, representantes diretos da popu-lação no Congresso Nacional, cumpram seu dever devotar a matéria, cuja aprovação ampliará o conheci-mento das pessoas sobre os tributos e colocará à dis-posição da sociedade informações importantes paraque possa cobrar ações e programas dos municípios,estados e União.Seria ótimo se a aprovação e colocação em práticadesse projeto estimulassem o poder público a realizara reforma tributária da qual o Brasil precisa. Ademais,ter plena consciência sobre os tributos recolhidos éum direito mais do que legítimo de quem, como osbrasileiros, trabalha quatro meses e meio por ano sópara pagar impostos, bancando carga tributária de 35por cento do PIB.

A necessidade do cidadão/contribuinte terpleno conhecimento dos valores que lhes sãocobrados de impostos a cada vez que realizauma compra no comércio ou que paga pelaprestação de um serviço, é fundamental paraque os brasileiros se tornem conscientes do

seu direito - e dever - de cobrar dos admin-istradores públicos a aplicação honesta dasreceitas tributárias em ações que beneficiem asociedade. Por tratar dessa questão de formaprecisa e atual, a coluna abre espaço para apublicação do artigo abaixo.

Transparência tributária é direito da sociedade

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O desrespeito dos condutores àsinalização e às leis de transito vemgerando uma série de transtornospara quem circula pela AvenidaAlexandrino de Alencar. O grandenúmero de carros estacionados ir-regularmente em vagas destinadas aportadores de deficiência física,sobre canteiros e até mesmo ob-struindo retornos começam a pre-ocupar os que fazem trafegam cor-retamente pela via.

O problema parece evidenciaruma questão de ignorância e falta debom senso de boa parte dos mo-toristas que, a despeito das inúmerasações educativas já realizadas e daintensa sinalização ao longo da via,continuam cometendo infrações. Deacordo com denúncia do jornalistaChristiano Couceiro, aconteceramdiversos exemplos de descumpri-mento às normas do Código de Trân-sito Brasileiro (CTB), na manhãdeste domingo, próximo ao Parquedas Dunas.

Na ocasião, estava sendo real-izada a 2ª Caminhada pela SaúdeAuditiva e o tráfego de veículos eraintenso. A Secretaria Municipal deMobilidade Urbana (Semob) chegou

a ser acionada e registrou dezenas deinfrações. O ponto mais crítico acon-teceu quando um ônibus que trans-portava portadores de deficiênciafísica, após horas procurando umretorno sem sucesso, colidiu comum carro estacionado em localproibido.

A ação dos flanelinhas orien-tando motoristas a estacionaremfechando retornos ao longo da viatambém é revoltante. "É impres-sionante como os flanelinhas daquiincentivam o desrespeito ao Códi-go de Trânsito. Buscando mais lu-cratividade nos estacionamentosirregulares, eles contribuem comesta falta de respeito e prejudicamtodos os demais", declara IveteLima, dona de casa.

Para o diretor de fiscalização detrânsito da Semob, Kennedy Diniz,o reduzido número de agentes detrânsito e a falta de educação doscondutores contribuem para agravara situação. "Natal tem hoje 343 milveículos e apenas 87 fiscais de trân-sito. Realizamos constantementecampanhas educativas e implemen-tamos sinalização em todos os pon-tos da cidade. Mas a conduta do mo-

torista natalense ainda é o nossomaior entrave para um bom trânsi-to", desabafa Kennedy.

8 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012

C M Y K

Segunda-feiraCidade

VÍTOR AZEVEDO

[email protected]

As ações de limpeza e conser-vação das grandes vias de Natalentraram hoje em uma nova fase,que teve início na avenida Enge-nheiro Roberto Freire. Os canteiroscentrais do corredor que dá acessoa um dos principais cartões postaisda cidade começaram a ser pinta-dos com as cores do Brasil, com oobjetivo de deixar o espaço urba-no mais colorido e bonito para oMundial de 2014.

Os canteiros centrais que divi-dem os oito quilômetros da aveni-da deverão ser inteiramente pinta-dos nos próximos dias, nas coresverde, amarela, azul e branco. Con-forme informado pelo diretor deoperações da Urbana, Márcio Ata-

liba, o colorido se estenderá por,pelo menos, mais cinco vias degrande circulação da cidade.

"Hoje estamos contando comuma equipe de 350 garis e pintoresnas principais ruas de Natal, traba-lhando em um mutirão de limpezae conservação das mesmas. Nospróximos dias, a pintura dos meiosfios deverá ser realizada nos can-teiros da avenidas Prudente de Mo-rais, Hermes da Fonseca e das viasque compõem o eixo principal doPlano Palumbo, que corresponde abairros nobres como Tirol e Petró-polis", explica Márcio Ataliba.

A zona Norte da cidade tam-bém é um dos focos da equipe delimpeza organizada pela Urbana,que deverá atuar nas vias de maiormovimento, incluindo a avenidaItapetinga e a João Medeiros Filho.

As ruas de acesso às praias urbanas,viadutos e pontes também deverãoganhar as cores que já começam aestampar a Roberto Freire.

Espalhar as cores do Brasilpelas ruas da cidade é uma formade estimular os natalenses e turis-tas a entrar no clima da Copa doMundo que se aproxima. O diretorda Urbana acredita que as medidasde 'embelezamento' deverão mudara cara da cidade, exatamente naépoca e nos locais de maior demaior fluxo turístico.

Questionado a respeito do queserá feito com os canteiros quandodo início das obras de mobilidadeurbana, Márcio Ataliba espera queo trabalho ganhe continuidade coma nomeação do prefeito CarlosEduardo, em janeiro de 2013. "Osentimento é de vontade que ações

como essa sejam constantes, aindaque as cores pintadas pela cidadepossam representar uma marca daatual gestão do prefeito Paulo Frei-re", ressalta o diretor de operaçõesda Urbana.

Aexpectativa do órgão é que atéo final do próximo mês os princi-pais corredores da cidade estejamcom seus canteiros e calçadas lim-pos e pintados, a despeito da situa-ção de total abandono em que se en-contravam. A operação 'LimpaNatal' deverá passar pelos 15 bair-ros da cidade, aplicando os servi-ços de varrição, capinação e pintu-ra dos canteiros, em uma parceriaentre a Urbana e o Sindicato dosEmpregados em Empresas de As-seio, Conservação, Higienização eLimpeza do Rio Grande do Norte(Sindlimp).

Canteiros da avenida Roberto Freireganham cores da Copa do Mundo 2014EXPECTATIVA DA URBANA É DE QUE ATÉ O FINAL DE DEZEMBRO, OS PRINCIPAIS CORREDORES DA CIDADE ESTEJAM COLORIDOS

Garis estão intensificando trabalho para pintar os 8 km de extensão da avenida

Motoristas estacionam de qualquer forma, inclusive em locais proibidos

Desrespeito ao Código de Trânsito é recorrente em vários trechos da via e atrapalha até os pedestres que tentam atravessar

> DESRESPEITO

Infrações de trânsitocometidas na Alexandrinode Alencar são comuns

Wellington Rocha

Fotos: Wellington Rocha

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GÉSSICA RIBEIRO

[email protected]

Em defesa da necessidade depriorização da saúde pública pelosgovernos Federal e Estadual, estáem andamento um projeto de leide iniciativa popular para garantira correta aplicação dos recursos pú-blicos no Sistema Único de Saúde(SUS). O movimento 'Saúde+10' éde iniciativa de servidores, técnicose gestores da saúde de todo o Bra-sil que fazem parte do MovimentoNacional em Defesa da Saúde Pú-blica, que luta por melhorias nestaárea. O movimento 'Saúde+10' temcomo objetivo coletar assinaturaspara a criação de um Projeto de Leique assegure o repasse efetivo e in-tegral de 10% das receitas corren-tes brutas da União para a saúdepública brasileira.

Dessa forma, o projeto preten-de alterar a Lei Complementar n°141, de 13 de janeiro de 2012, quedetermina a obrigatoriedade de re-passe sobre os valores mínimos aserem aplicados anualmente pelaUnião, Estados, Distrito Federal eMunicípios em ações e serviços pú-blicos de saúde. Assim, ficam es-tabelecidos os critérios de distri-buição proporcional dos recursosde transferências para a saúde e asnormas de fiscalização, avaliação econtrole das despesas com saúdenas três esferas de governo. Apesardessa obrigatoriedade, a Lei Com-plementar n° 141 não há vincula-ção sobre os 10% da União para aSaúde e atualmente os recursos re-

passados da União para os Estadose Municípios não chega nem a 5%.

Para que o projeto de Lei sejaimplantado, é necessário que o mo-vimento 'Saúde+10' arrecade 1,5milhão de assinaturas de eleitoresde todo o País. Para que esse totalseja alcançado, formulários de as-sinatura estão sendo distribuídosem diversos pontos do País, espe-cialmente em instituições integra-das à saúde pública.

No Rio Grande do Norte, oConselho das Secretarias Munici-pais de Saúde (Cosems/RN) enca-beça a campanha e para divulgá-la,distribuiu formulários em todos osmunicípios do Estado, em órgão li-gados à saúde, além de apresentá-

los a diversas instituições, comouniversidades e faculdades queestão colaborando com a adesão demais pessoas ao movimento, bus-cando mais assinaturas.

De acordo com a presidente doCosems/RN, Solane Costa, os mu-nicípios sofrem com as altas de-mandas e os poucos recursos in-vestidos na área refletem direta enegativamente na saúde da popu-lação. "Os municípios não têm maiscondições de arcar com a saúde pú-blica. Estão sobrecarregados comtantas demandas e isso dificulta oatendimento das pessoas, seja pelalonga espera por exames ou atémesmo na estrutura básica do ser-viço. O nosso Estado arca com

16% dos gastos com saúde, quan-do este deveria ser de até12%. Sa-bemos que a corrupção existe noPaís, mas mesmo que exista umEstado ou município 'limpo', os re-cursos repassados pelo GovernoFederal ainda não seriam suficien-tes. Todos esses problemas, em con-junto, resultam na crise da saúdepública que estamos vivendo háanos", disse Solane Costa.

Para possibilitar a implantaçãodo Projeto de Lei de iniciativa po-pular, cada Estado brasileiro temuma quantidade de assinaturas paraarrecadar, proporcional à quantida-de de habitantes. No Rio Grande doNorte, onde o número de habitan-tes gira em torno de 3 milhões,

serão necessárias, em média, setemil assinaturas. A contagem finaldas assinaturas será realizada nodia 7 de abril de 2013 e caso o nú-mero de 1,5 milhão em todo o Paísseja alcançado, assim como no pro-jeto "Lei da Ficha Limpa", será es-tabelecida a nova Lei.

Para Solane Costa, a presiden-te do Cosems/RN, é importante quea população se mobilize em proldessa grande mudança na gestãoda saúde pública, que lhe trará re-tornos positivos. "Infelizmente apopulação brasileira ainda não temessa consciência de vestir a cami-sa e participar de mobilizaçõescomo essas, que buscam trazer be-nefícios a eles. Como aconteceu na

campanha em prol da 'Lei da FichaLimpa' seria ideal que todos assi-nassem essa emenda em prol dasaúde pública, mas não é o queacontece. Estamos nos mobilizan-do para conseguir o máximo deadesão possível e buscamos cons-cientizar a população que este é umdireito que ela tem. Direito aos ser-viços de saúde dignos e eficientes.Temos esperança que até abril de2013 teremos mais assinaturas doque o necessário e esse projeto deLei será estabelecido", afirmou So-lane Costa.

Quem deseja apoiar a campa-nha, pode preencher o formuláriodisponível no site do www.saude-maisdez.org.br .

C M Y K

Segunda-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 12 de novembro de 2012Cidade

> EVENTO

Centro de Convenções precisou serampliado

Para garantir a realização da 53ªConvenção Nacional do ComércioLojista, que deverá ter a participaçãode mais de cinco mil participantes noCentro de Convenções de Natal(CCN), a partir desta quarta-feira, aorganização do evento teve que "es-tourar" em R$ 100 mil o orçamen-to previsto de R$ 2 milhões.

O organizador Neiwaldo Gue-des, da Espacial Eventos, explicouque a área do Centro de Convençõesestá sendo ampliada provisoriamen-te em 2 mil metros quadrados, cercade 20%, aproveitando regiões queservem de estacionamento e miran-te (com aluguel de tendas, aparelhosde ar condicionado, e até mesmo co-locação de piso).

Em paralelo à convenção acon-tecerá a 41ª Feira Nacional de Pro-dutos, Serviços e Soluções para oLojista, com a presença de pales-trantes conhecidos da mídia como otécnico de futebol Luiz Felipe Sco-lari; o diretor do Grupo Guararapese Lojas Riachuelo, Flávio Rocha; aescritora, roteirista e apresentadoraFernanda Young; entre empresáriose consultores de sucesso. O temacentral dos painéis girará em tornodo tema "Craques do Varejo, Cam-peões na Vida".

O custo adicional será bancadopelos patrocinadores, CNDL,FCDL/RN, CDLNatal, CDLJoveme SPC Brasil, que concordam que jáé hora do Governo do Estado reto-mar o projeto de ampliação do Cen-tro de Convenções, a exemplo doque fez há alguns anos com a cons-trução do Pavilhão Morton Mariz.Neiwaldo lembra que em 2007, como atraso da expansão, quase perde-ram o maior evento que Natal rece-beria: de dermatologia. Diante dosapelos, o Poder Executivo investiutambém em uma estrutura provisó-ria, quando climatizaram uma áreacriada no estacionamento em frenteao Pavilhão das Dunas.

Para Neiwaldo Guedes, que étambém vice-presidente do Conse-lho Curador do Natal Convention &Visitors Bureau, a necessidade destaampliação é cada vez mais presen-te, diante da alta competitividadecom estados vizinhos do Nordeste,que estão investindo na ampliaçãodos seus centros de convenções, alémdos bem estruturados pólos do Cen-tro-Sul e Sudeste do País. "Os even-tos estão cada vez maiores. Esta é aquarta vez que esta convenção acon-tece aqui (1988, 1993, 2007 e 2012),mas no início era realizado para cercade mil pessoas e agora para mais decinco mil", lembrou.

Movimento ‘Saúde+10’ quer coletar 1,5 milhão de assinaturasPROJETO PREVÊ CRIAÇÃO DE LEI QUE ASSEGURE REPASSE DE 10% DAS RECEITAS DA UNIÃO PARA SAÚDE PÚBLICA

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Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Uma nova fuga em massa foiregistrada no precário sistema car-cerário do Rio Grande do Norte,ontem. Desta vez, a evasão acon-teceu na Cadeia Pública de Caraú-bas, onde oito detentos conseguiramsair através de um túnel cavado apartir de uma cela. Conforme infor-mações da direção da unidade, onúmero de fugitivos só não foimaior porque um dos guariteirospercebeu a movimentação e atiroupara o alto, assustando os outros.

Os presos cavaram o túnel em-baixo do vaso sanitário da cela denúmero 6 do pavilhão B, que foi ar-rancado do solo, em direção à rualateral à unidade. Além disso, asgrades das demais celas do prédioforam serradas pelos próprios de-tentos, que por muito pouco nãoconseguiram fugir também.

Segundo André França, agen-te administrativo da unidade, não hámuro entre a parede da cela seis ea rua, o que facilitou a fuga dos de-tentos. E o número de fugitivos po-deria ser maior, já que os detentosdas outras celas conseguiram ser-rar as grades e se arrastaram até ocômodo onde havia o túnel, tam-bém para se evadirem do local.

No entanto, no momento emque os oito presidiários corriampara a rua, um dos guariteiros queestava de plantão na unidade prisio-nal percebeu a movimentação sus-peita durante a madrugada de onteme efetuou tiros de advertência parao alto. Isso alertou os agentes pe-nitenciários e policiais que esta-vam nas demais guaritas, que en-traram em ação.

"Se não fosse isso, todos teriam

fugido, porque eles conseguiramsair das celas e alguns já estavamdentro do túnel, mas ficaram commedo de serem atingidos pelos dis-paros e voltaram, desistindo doplano. Nesse meio tempo, os agen-tes penitenciários e policiais doCorpo de Guarda entraram em açãoe conseguiram dominar os presos",afirmou França.

Imediatamente após a fuga, aPolícia Militar foi avisada sobre ofato e iniciou as diligências paralocalizar os oito fugitivos, que sãoconsiderados pessoas perigosas.São presos que foram condenadospor assaltos a mão armada, tráficode drogas e homicídios. No entan-to, até a manhã de hoje, nenhumdeles havia sido recapturado ainda.

São eles: Francisco WendelCarneiro Sales, mais conhecido peloapelido de "Graúna"; FranciscoGleison Dantas de Oliveira, "Peba";Lucas Soares Pereira, o "Madru-ga"; Leonardo Tomaz de Aquino,acusado de assaltos, tráfico de dro-gas e homicídios; Luciedson Soa-res da Silva, o "Pirrola", assaltan-te perigoso; Edivaldo José Ferrei-ra da Silva, assaltante; Janiere Fran-cisco Maia, homicida e Ikaro Mi-kael da Silva Jácome, traficante dedrogas.

Segundo França, a Cadeia Pú-blica de Caraúbas abriga hoje 148detentos, mas possui capacidadeapenas para 96 pessoas. São cincoagentes penitenciários e nove po-liciais militares para fazerem a guar-da do local. Ele disse que, apesarda fuga em massa, os detentos quenão conseguiram se evadir estãotranquilos e que a direção já se pre-para para uma nova revista nascelas.

"Todas as semanas fazemos

duas revistas nas celas e sempreencontramos alguma coisa nova. Aúltima foi na quinta-feira passadae temos certeza de que eles cava-ram o túnel entre a sexta e o sába-do, porque no dia da revista esta-va tido normal", explicou o agen-te administrativo.

CONFUSÃO TERMINOU COMTRÊS FERIDOS EM OUTUBRO

Há cerca de um mês, um desen-tendimento entre detentos e agentespenitenciários da Cadeia Pública deCaraúbas, no Oeste Potiguar, termi-

nou com um policial e dois presosferidos. O princípio de motim acon-teceu em uma cela do Setor de Tria-gem, onde nove homens estão iso-lados, e foi controlado após a che-gada da Polícia Militar.

Segundo André de França, aconfusão teve início quando osagentes penitenciários tentaram re-vistar a cela onde os nove detentosestavam. Irritados com a presençados servidores, os presidiários pas-saram a desacatá-los e ameaçar demorte quem entrasse no local apósos agentes terem dito que, quem

impedisse a entrada deles na celaseria levado para a delegacia.

"Eles ameaçaram, jogaram co-mida e pedras contra os agentes,dando início ao confronto, que sóterminou após a chegada dos poli-ciais militares, que negociaram comeles para que desse fim à confu-são. O problema só não se tornoumaior porque aconteceu na ala detriagem, que fica distante do pavi-lhão onde estavam confinados 150homens", explicou André.

Na confusão, um policial mili-tar e dois presidiários sofreram es-

coriações, sem maior gravidade.Após o fim da revolta, os três feri-dos foram encaminhados para ohospital local, para curativos. Andréinformou ainda que os nove pre-sos estavam isolados na triagemporque haviam sido expulsos dopavilhão onde estavam internados,após terem se metido em brigascom outros detentos. Depois que otumulto foi extinto e os feridos, le-vados para o hospital, os revolto-sos foram levados para a Delega-cia de Polícia Civil de Caraúbas,onde foram autuados.

Oito fogem da Cadeia de CaraúbasACESSO AO TÚNEL FOI CAVADO EMBAIXO DO VASO SANITÁRIO DA CELA 6 E GUARITEIRO EVITOU QUE OUTROS FUGISSEM

> PROMESSA DA GOVERNADORA

A Operação "Sertão Seguro",deflagrada ano passado, retorna-rá à região de Mossoró a partir dodia 1º de janeiro de 2013. A notí-cia foi dada pela governadora Ro-salba Ciarlini, durante solenida-de de entrega de 21 viaturas à Po-lícia Civil, nesta manhã, no Cen-tro Administrativo Estadual, emNatal.

Segundo Rosalba, o objetivo élevar segurança para uma das re-giões mais afetadas pela violênciano Estado. Para isso, serão envia-dos homens que atuam no Bata-lhão de Operações Policiais Es-peciais (Bope) e no Batalhão dePolícia de Choque (BPChoque).

O comandante geral da Polí-cia Militar do Estado, coronelFrancisco Canindé de AraújoSilva, disse que a corporação iráreceber um reforço extra de 220novas viaturas, algumas para o“Sertão Seguro”, além do efetivonormal que atua na região de Mos-soró, que abrange importantes mu-nicípios do Oeste Potiguar.

"Serão 20 caminhonetes e 200veículos Renault Sandero, que irãoreforçar o policiamento em toda aregião, que recebe um grande nú-mero de visitantes e turistas duran-te o período de férias e Carnaval.Uma boa notícia que também po-demos dizer é que esses veículosserão integrados ao policiamentoefetivo na região, ou seja, a ope-ração será realizada de forma per-manente e não apenas em um pe-ríodo do ano", explicou o coman-dante.

Rosalba disse ainda que as via-turas entregues hoje tambémfazem parte dos investimentos queestão sendo feitos na SegurançaPública do Estado e afirmou queestá aguardando o resultado do le-vantamento que está sendo feitosnas secretarias e órgãos estaduaispara a convocação dos 824 apro-vados no concurso público para aPolícia Militar.

Ela disse que há muitos poli-ciais cedidos para secretarias eprefeituras municipais no RN eque precisa saber quantos estãonestas condições para que possa

dar encaminhamento à convoca-ção dos aprovados. "Somente comestes dados é que posso fazer algo.Sem ele, não dá", explicou a go-vernadora, sem dizer se havia umadata prevista para o anúncio.

PARA O INTERIORAo todo, foram entregues vinte

picapes e um caminhão-baú distri-buídos para as unidades regionaisde São Paulo do Potengi, Caicó,Pau dos Ferros, Macau, Nova Cruz,Patu, Alexandria, Santa Cruz e JoãoCâmara, além das delegacias deExtremoz, São José do Mipibu,

Macaíba, Ceará-Mirim, São Gon-çalo do Amarante, Parnamirim,plantões Zona Sul e Zona Nortede Natal, bem como as DelegaciasEspecializadas do Turista (Deatur)e de Furtos e Roubos (Defur), alémda Divisão Estadual de Narcóticos(Denarc) de Mossoró.

Segundo o delegado geral daPolícia Civil, Fábio Rogério daSilva, além das 21 viaturas entre-gues hoje, a instituição deve rece-ber outras 30 até o final deste ano."Sabemos que esses veículos sãode suma importância para valori-zar e dar melhores condições aos

trabalhos dos nossos policiais,além disso, as investigações serãofeitos com maior agilidade e comesse caminhão-baú poderemosfazer o transporte de materiaisapreendidos", afirmou.

Para o secretário estadual ad-junto da Segurança Pública e De-fesa Social (Sesed), ClidenorCosme da Silva Júnior, isso de-monstra os avanços que vemsendo realizado na área de Segu-rança. "Nós avançamos esse ano,isso é verdade, isso é patente. Hojetoda delegacia tem uma viaturapara efetuar suas diligências e eu,

como parte da Polícia, sei dessaimportância", afirmou.

No último dia 19 de outubro,a governadora Rosalba Ciarlinientregou 49 novas viaturas à Po-lícia Civil, em solenidade realiza-da na Degepol. Os veículos foramdistribuídos entre as delegaciasdistritais e especializadas de Natal,Região Metropolitana e do interiordo estado. Até o final do ano onúmero de novas viaturas recebi-das pela Polícia Civil em 2012deve chegar a 163 veículos, tota-lizando um investimento de R$1,8 milhões.

‘Sertão Seguro’ será retomada em 2013Assessoria de Imprensa da Degepol

Edivaldo José Ferreira da Silva

Leonardo Tomaz de Aquino

Francisco Gleison Dantas, o “Peba” Ikaro Mikael da Silva Jácome Janiere Francisco Maia: homicida

Francisco Wendel Carneiro: ‘Graúna’Lucas Soares Pereira, o “Madruga” Luciedson Soares, o “Pirrola”

Delegado geral de Polícia Civil, Fábio Rogério Silva, ressaltou a importância dos novos veículos para agilizar as investigações, oferecendo melhores condições de trabalho para os policiais do Estado

Cedidas: Assessoria de Imprensa da Degepol

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 12 de novembro de 2012CidadeCidade

João Ricardo [email protected] / @joaoricardo_rn

Avenida Bermardo Vieira, Tirol, nesta manhã. O cochilo foi ali mesmo, na velha rede ar-mada do caminhão à árvore. Uma cena comum, simples, mas cheia de contexto, num cená-rio onde o cansaço não esperou mais e venceu o homem. É da simplicidade que retiramosas belezas puras, porque no conteúdo é que se encontra o valor de cada um. O resto é pas-sageiro e apodrece rápido.

Soneca matinal

SANEAMENTOOs recursos para as obras do

esgotamento sanitário de Parna-mirim, previstas para 2013, estãoassegurados. A garantia foi dadaao prefeito Maurício Marquespela ministra do Planejamento,Miriam Belchior, durante au-diência solicitada pela deputa-da federal Fátima Bezerra. Osrecursos vão permitir levar a redede esgotos aos três bairros maispopulosos da cidade: Nova Par-namirim, Emaús e Parque In-dustrial, onde moram cerca de100 mil pessoas.

SANEAMENTO 2“A ministra é sensível e se

comprometeu em trabalhar pelaliberação dos recursos para quepossamos concluir o saneamen-to”, disse Maurício, que estevesemana passada em Brasília paratratar também de outras parce-rias com o governo federal. Oprefeito lembrou que a primei-ra etapa do esgotamento sanitá-rio já está funcionando desde odia 20 de julho atendendo aosmoradores de Liberdade e Pri-mavera. Em média são tratados1 milhão de litros por dia pelosistema aeróbico.

ELEITOSA Escola de Contas do Tri-

bunal de Contas do Estado pro-moverá no dia 10 de dezembroo ‘Encontro dos PrefeitosEleitos’ e daqueles que estão en-cerrando o mandato. Será no au-ditório do Centro de Referên-cia em Educação Aluízio Alves(Cemure), na Cidade da Espe-rança. O objetivo é dar boas vin-das aos novos prefeitos e opor-tunizar espaço de informação edebate de temáticas sobre a boagovernança.

ATENTADOO DNIT precisa instalar um semáforo na BR-101, se quiser evitar

novos acidentes, inclusive alguns fatais. O retorno em frente ao Parque deExposições Aristófanes Fernandes é um atentado; o risco de uma colisão,ou atropelamento, é constante, principalmente no horário de pico. Um se-máforo na altura das madeireiras Zani e Gigante da Madeira resolveria afalta de uma passarela no local, onde centenas de pessoas se arriscam dia-riamente, como também melhoraria a situação no retorno em frente ao Par-que. Fica a sugestão.

MORTALA pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos

e chega a ser responsável por 18% do total de mortes nessa faixa etária.De acordo com a Organização Mundial da Sáude, mais de 99% dos óbi-tos provocados pela pneumonia são registrados em países em desenvol-vimento, onde a maioria das crianças não tem acesso ao sistema de saúde.No Dia Mundial contra a Pneumonia, lembrado hoje, a OMS pediu queos governos deem prioridade a esforços para reduzir as mortes provoca-das pela doença, consideradas preveníveis. De acordo com a organização,a pneumonia é um dos problemas mais passíveis de solução no cenário dasaúde global. Ainda assim, uma criança morre pela infecção a cada 20 se-gundos.

MORTAL 2A pneumonia é uma forma aguda de infecção respiratória que afeta os

pulmões e pode ser tratada por meio de antibióticos, mas apenas 30% dascrianças infectadas recebem o tratamento adequado. Segundo a AgênciaBeasil, a estimativa é que a doença mate 1,2 milhão de crianças menoresde 5 anos todos os anos no mundo, mais que os óbitos provocados pelaaids, pela malária e pela tuberculose juntas.

PETRÓPOLISA arte ganhará as ruas de Petrópolis. No dia 01 de dezembro, a Praça

das Flores recebe a primeira edição da Feira de Artes de Petrópolis. Um even-to com o melhor do artesanato local e regional, antiguidades, gastronomia,apresentações artísticas, oficinas culturais e sustentabilidade ambiental.

CONSTATAÇÃONesses tempos de globalização e numa época em que “com certeza”

virou resposta para quem não tem vocabulário, a competência, nos antrosempestados pela babaquice, tem sido deixada em segundo plano, por causado puxa-saquismo.

De virara cabeça E as obras de mobilidade para a Copa 2014 em Natal?

Wellington Rocha

VIOLÊNCIAInvestigação do Coaf (Conselho de controle de atividadesfinanceiras) detectou que aproximadamente 4 mil pessoastêm ligação com o PCC. Com a tática de minar movimen-tações bancárias para iniciar o processo de desmantelamen-to do grupo que envergonha o país afrontando o Estado maisrico da nação, a notícia é assustadora. Os 151 mortos dosúltimos quinze dias são uma pequena mostra do poder pa-ralelo que governos insistem em negar.

MORTES DE POLICIAIS NO RNPor aqui, os números são menores, mas não a porcentagem.Onze policiais perderam a vida neste ano. Em qualquerpaís sério, a guerra estaria declarada pelo Estado. Mas in-vestir em inteligência não é muito nossa praia.

ANIVERSÁRIOPaulinho da Viola completa 70 anos nesta segunda-feira (12).Não é preciso gostar da obra de artista para reconhecer suaimportância, certo? É meu caso com Paulinho que, além deser um ícone da Música Popular Brasileira, é uma figurasimpática e de uma leveza ímpar.

FLUMINENSEQuem também sopra velas hoje é o campeão brasileiro de2012. Fundado em 1902, o clube da elite carioca tem mo-tivo de sobra para comemorar a data. Se até a década pas-sada, via Vasco e Flamengo na linha de frente do futebolcarioca, nos últimos anos, o clube deixou os rivais paratrás e virou um dos clubes mais poderosos do continente.

MÃO DE GALOOs erros de arbitragem nos jogos do Atlético-MG, durantetodo o campeonato, foram gritantes. Ontem, o Vasco mar-cou um gol legítimo, enquanto o pênalti convertido porRonaldinho foi pra lá de esquisito. Ficou feio.

ILHA-PRESÍDIOEm seu blog (www.desdecuba.com/generationy), traduzi-do para vinte idiomas, dentre eles, romeno, persa, húnga-ro, russo, coreano, finlandês e búlgaro, a cubana Yoani Sán-chez comenta a nova política do regime para viagens ao ex-terior no texto "¿De quién es el cerebro?". Como sempre,no alvo.

SEM TRAGÉDIASFora as derrotas para Palmeiras e Ponta Preta, ambas por2x1, ainda no primeiro turno, em casa, o Glorioso não tevesobressaltos neste ano. Mesmo que não ultrapasse o SãoPaulo, atual quarto colocado, oito pontos à frente, o que vejocomo impossível, a campanha merece comemoração. Ficarentre os seis no Brasileirão (atualmente é o quinto), com aestrutura que tem, é quase título. A lamentar, aqueles em-pates com o Corinthians e Palmeiras (semana passada) nofinzinho.

PRIMAVERA DE LIVROSSão Paulo voltará a ter, depois de três anos, sua versãocompleta da Primavera dos Livros, evento promovido poreditoras independentes da associação Libre e que no Riojá está na 11ª edição. Será entre os próximos dias 22 e 25,na tenda de eventos ao lado da Biblioteca São Paulo, comas editoras vendendo livros com até 50% de desconto.

CAMINHÃO PIPAOuvir a presidente Dilma alardear que o Governo Federalestá fazendo "o maior investimento da história do país" emcaminhões com água para distribuir entre os fariseus do se-miárido, em pleno 2012, é decepcionante.

MALIBerço de alguns dos principais impérios da África Ociden-tal ao longo dos séculos, o país desértico está prestes a ga-nhar espaço no noticiário internacional após nações africa-nas concordarem com uma intervenção militar no norte dopaís, ocupado por extremistas islâmicos.

Creio que tinha onze anos quando cometimeu primeiro sacrilégio sentimental. Estudava noMaristella, colégio administrado pelas irmãs Iva-neide e Iraneide. Como toda criança nessa faixaetária, ansiava pela adolescência. Enxerido ounão, eu estava nessa. Morria de amores por umacoleguinha de sala. D. era das meninas mais bo-nitas e conhecidas de Natal, neta de uma famo-sa cafetina dos anos 1980.

Certo dia, sem saber o que fazer, entrei na ca-pela da escola com meu amigo Gustavo e resol-vi suplicar por ajuda divina. Acreditava que OOnipresente empurraria aquela gatinha popularpara os braços do boy convencional. Caí na bes-teira de contar o motivo da reza para meu amigo.

No outro dia, todos sabiam da história. In-clusive ela, que não tardou em me procurar du-rante o recreio. "Nem rezando, meu filho!", virouaté bordão humorístico na turma. Minha recupe-ração foi longa, sofrida e incompleta. O primei-ro fora ninguém esquece.

Relembrei o episódio ao ler "A FantásticaVida Breve de Oscar Wao", de Junot Diaz - prê-mio Pulitzer de Ficção em 2008. Para quem co-nhece, estou aberto a comentários. Mas paraquem o ignora, segue a dica: foi um dos melho-res romances que já li. O drama de Oscar, jovemapaixonado por mulheres, ficção científica e li-teratura, e sua família, é sufocante.

Ele é um jovem desengonçado, não dominanenhuma atividade esportiva, não tem talentopara música, negócios, dança, nem malícia, papo,grana. Charme passa longe - usa óculos fundo degarrafa, um repulsivo bigodinho ralo e tem olhospequenos e centralizados.

Ambientado entre Santo Domingo, na Repú-blica Dominicana, terra natal do autor, e Nova

Iorque e arredores, "A Fantástica Vida..." tem oseguinte enredo: Oscar está doido para beijar (etransar!) pela primeira vez. Acada semana, seu co-ração é dominado por um novo amor. E timideznão é com ele. Dá em cima das gatas com tama-nha intensidade que o reverso o deixa deprimido.

Isso em pleno Caribe, lugar sensual, onde"não se pode contar nem com energia elétrica,nem com a lei, mas com sexo, sim". A mudan-ça para os Estados Unidos renova suas esperan-ças. Porém, o filme se repete. Pior: assumindo operfil nerd, passa os dias entre livros, sonhandoem ser "o Tolkien dominicano".

Enquanto Oscar vive desilusões amorosas, suafamília é uma tragédia só. A mãe é uma órfã quedescobriu a sensualidade nos tempos de colégio.Transou com metade de Santo Domingo até co-nhecer um gângster de meia-idade, marido dairmã do ditador Trujillo, e ter sua reputação des-truída na cidade mais antiga do Novo Mundo.Lola, sua irmã, vira punk no Caribe, briga coma mãe e foge para a América.

Em latim, Senhor é domini, e cão, canis. Do-minicanis. Junot Díaz emoldura a desgraça da vidade Oscar e família na pequena e atrasada Repú-blica Dominicana, assolada pelo regime de Ra-fael Trujillo. Ao aceitar o apelido de Oscar Wilde,o "gordo gay" - na boca dos dominicanos semi-analfabetos, Oscar Wao - após fantasiar-se paraum baile, o protagonista define seu futuro.

Se Jorge Luis Borges escreveu que "Wildefoi o chefe dos estetas e dos decadentes", Nietzs-che diz que "O homem é mais sensível ao des-prezo que vem dos outros do que ao que vem desi mesmo". O sonho de Oscar Wao em ser aman-te e escritor deparou-se com a barreira da deca-dência e do desprezo em que viveu.

Cão do SenhorCão do Senhor

Alex [email protected] INTERINO - CONRADO CARLOS - [email protected]

GALERIA INGLESA ABREFILIAL NO BRASIL

Uma das maiores galerias de arte do ReinoUnido abre sua primeira filial na América Lati-na. A partir do próximo dia 01 de dezembro, aWhite Cube estreia na Vila Mariana, em São

Paulo, com a proposta de invadir o efervescen-te mercado paulistano - hoje, um dos mais ba-dalados do mundo. Um dos artistas representa-dos pela galeria é Damien Hirst, líder do movi-mento Young British Artists. Polêmico, dono detrabalhos que retratam, sobretudo, a morte, eleé dono do recorde de dinheiro levantado em umleilão individual, com mais de 140 milhões delibras esterlinas, em 2008 - o recorde anterior

era de Pablo Picasso.

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Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012 Cidade

Daniela Freire

...do Estadão: "PSB é siglaque mais sobrevive nopoder nas últimas eleçõesmunicipais";

...da governadora RosalbaCiarlini: "(A) Governo já in-vestiu R$ 15 milhões no apa-relhamento segurança públi-ca, segundo Rosalba";

...do deputado Ezequiel Fer-reira: “Veja: Dilma declarouapoio a Henrique Alves para apresidência da Câmara. Hen-rique também tem compro-misso oficial dos votos do PT.Ainda segundo a Veja, os par-tidos de oposição apoiam onome de Henrique”.

GIRO PELO TWITTER

w FORÇADALEGENDAPARAO TCEO PMDB deverá ser decisivo para a elei-ção da vaga de conselheiro no TCE entreos parlamentares da Assembleia Legis-lativa.

>>>A cadeira, que ficará aberta a partir dessasemana com a aposentadoria de ValérioMesquita, será ocupada por indicação daCasa.

>>>E com a maior bancada - Walter Alves, PotiJúnior, Nélter Queiroz (licenciado), Gusta-vo Fernandes e Hermano Morais -, o PMDBtem chances redobradas, inclusive pelo fatode o líder peemedebista Henrique EduardoAlves exercer também influência políticasobre deputados de outras legendas, comoEzequiel Ferreira (PTB), Fábio Dantas (PHS)e Tomba Farias (PSB).

>>>Apropósito, esses últimos têm parentes elei-tos prefeitos pelo PMDB em São José do Mi-pibu e Santa Cruz, respectivamente.

w NESSE CENÁRIO......os deputados Fábio Dantas, Nélter Quei-roz e Poti Júnior já vinham trabalhando dis-cretamente, porém de forma exaustiva, osseus nomes para indicação da Assembleiano cargo de Conselheiro do Tribunal deContas.

>>>E dentre esses, Poti era o peemedebista quevinha surgindo com força, devido aos atri-tos que o colega Nélter já colecionou den-tro e fora da Assembleia Legislativa. Nel-ter, inclusive, teria "algumas barreiras nosrequisitos" para se tornar conselheiro.

>>>Em contrapartida, Poti vinha surgindo como"pacificador" e poderia reunir a maioria dos24 votos, como aconteceu para a 1ª Secre-taria da Casa recentemente.

w AÍ FICA DIFÍCIL...Porém...

>>>...hoje começou a circular a informação deque Poti responde por vários atos de impro-bidade em Natal e São Gonçalo.

São ações de execução fiscal em Natal emais cinco ações de improbidade adminis-trativa movidas pelo Ministério Público doRio Grande do Norte.

>>>O parlamentar peemedebista também respon-de a três outras ações civis públicas movi-das pelo Ministério Público Estadual - MPE,na Comarca de São Gonçalo do Amarante.

w DEU VENCIMENTO O relacionamento entre o PT e PMDB noRN já não é mais o mesmo.

>>>E está cada vez mais tenso, já que os pee-medebistas vêm ganhando cada vez mais es-paço no governo federal de Dilma Rous-seff.

>>>Além do Ministério da Previdência, comGaribaldi Filho, o partido recentementeindicou o presidente do INSS, LindolfoSales.

>>>Uma relação nacional que acaba influen-ciando por aqui...

w OUTRO FATORAliás...

>>>...em 2013, Henrique deverá ser eleito pre-sidente da Câmara Federal e ainda não sesabe se nessa eleição ele poderá contar como apoio do PT local.

>>>Detalhe: a única apta a votar é a deputadaFátima Bezerra.

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

A blondíssima Liege Barbalho conseguiu arrastar até a governadora Rosalba Ciarlini para a farra no fim de semana:

na bombada festa The Best Of The Year, promovida pela jornalista. Além da Rosa, personalidades do RN como o ex-deputado Nelson Freire e o jornalista diretor deste

JH Marcos Aurélio de Sá marcaram presença...

Paulo Coutinho e Sérgio Freire

Renato Teles e Leila Vasconcelos marcando presença em festa da Officina Designers

Dodora Pessoa e Joacir Fonseca na festa da blonde Liege Barbalho no Pirâmide

Canindé Soares João Neto

Desaboya.com

Desaboya.com

Arquivo

A psicóloga Ana Tereza e o jornalista José Alves selaram amoreterno em linda cerimônia de casamento no último dia 7,

mesma data do aniversário da bela

Ex/futura secretária de Educaçãode Natal, a professora Justina Iva

comemora aniversário hoje

Cedida

w RAZÕESFátima, por sua vez, não esconde de nin-guém a insatisfação pelo fato de o PMDBser o principal partido da base de susten-tação do governo Rosalba (DEM) aomesmo tempo em que é o aliado deDilma com mais força em nível federal.

>>>Para a petista, o DEM, através do sena-dor José Agripino, presidente nacional dalegenda, faz uma oposição raivosa e ofen-siva ao governo da presidenta.w REFLEXO DA SITUAÇÃO...

É tanto que Fátima já começa a dar sinais deque seu relacionamento com o PMDB localestá esfriando.

>>>No TRT, por exemplo, vai haver a escolha donovo Desembargador e a deputada, que sem-pre incentivou a juíza Joseane Dantas a dispu-tar a vaga - já que o irmão de Joseane é filia-do ao PT e com Fátima fundaram o partido noRN -, deverá terminar apoiando outro candi-dato.

>>>O motivo é o que explica o distanciamento do

PT-PMDB no Estado.>>>

Bastou o PMDB dizer que também apoia Jo-siane para Fátima anunciar que o seu candi-dato é o juiz Bento Herculano.

w CONTAS FEITASA decepção de Josiane foi tão grande que ajuíza, apesar de estar na lista tríplice, se dedi-ca integralmente ao seu mestrado.

>>>Com isso a vitória de Bento Herculano já é dadacomo certa.

w NA CIDADE MARAVILHOSA...Encontro de poderosos potiguaresneste fim de semana em território ca-rioca...

>>>No chique restaurante Antiquários,Rio, na última sexta-feira, foram vis-tos em uma mesa o prefeito eleito deNatal Carlos Eduardo Alves, o vice-governador do RN Robinson Faria eo marqueteiro Alexandre Macedo.

>>>Conversas políticas sobre o futuro?

w FAMÍLIA REUNIDAJá neste domingo, a residência oficialamanheceu em clima de festa!

>>>É que com almoço em família, a go-vernadora Rosalba Ciarlini comemo-rou o aniversário da filha Lorena.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 12 de novembro de 2012Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

w NINGUÉM - IFonte da comissão de

transição da Prefeitura ga-rante: ninguém da gestãoMicarla de Sousa fica nanova equipe. Não é quetodos sejam suspeitos,mas basta manter um sópara desrespeitar o repú-dio popular.

w PRINCÍPIO - IIComo disse a mesma

fonte, seria um gesto morale eticamente reprovável al-guém pedir ou lutar para sermantido num governo deoposição e tendo integradouma gestão posta sob gravesuspeita de desmandos.

w CIFRA - IIIJá tem gente séria que

projeta em mais de R$ 300milhões de reais a dúvidaacumulada na gestão deMicarla de Sousa. Os maisexigentes chegam a admi-tir um patamar que pode al-cançar R$ 400 milhões.

w NOMESebastião Ronaldo

Martins Cruz, diretorgeral da Emater, é o nomemais contado para assu-mir a pasta da agricultu-ra. Uma solução que alémde legitimamente mosso-roense é da confiançatotal do governo.

w ANOTEMNinguém considere

impossível o retorno do ju-rista Paulo de Tarso Fer-nandes ao governo, agoracomo consultor geral. Con-vite já teve. Resta saber sequem foi chefe da CasaCivil deve retornar pormenos.

w SINALPode haver mudança na

Secretaria da Administra-ção e Recursos Humanos.Há quem admita o retornodo secretário Antônio Alberda Nóbrega a Mossoró, aconvite da prefeita CláudiaRegina. Em janeiro.

w METASAlguns vigários temem

o valor fixado pelo ecôno-mo, padre Antônio Gomesda Silva para os repassesmensais à Arquidiocese eque podem variar entre qua-tro e seis mil reais. Muitopara pequenas paróquias.

w PIPAOrmuz Barbalho Simo-

netti avisa: seu livro sobrea praia da Pipa do tempodos seus avós já está avenda nas livrarias Sarai-va, via e-mail - [email protected] ouainda via seu telefone:9928.1176.

w VALORA Unimed incorporou

à edição da 'RevistaCooperando' o artigo destecronista 'LitigânciaHospitalar', publicado dia18.10.2012. É o reconhe-cimento institucional da po-sição assumida livre e pu-blicamente.

w FORÇAOs negros já represen-

tam hoje 52% da classemédia brasileira, segundoapontou a Pesquisa Na-cional por Amostra de Do-micílio. E uma classemédia que já agregou 40milhões de pessoas nos úl-timos dez anos.

Devo a Eunélio Silva a remessa, via e-mail, de um pequeno álbum de retra-

tos da vila sempre velha da Redinha. Umas dos primeiros anos; outras das pri-

meiras décadas do século passado, de quando ainda existiam as ruas que o mar

levou. A pequena vila com duas ou três construções de palha em torno da pe-

quena capela de Nossa Senhora dos Navegantes, a procissão, o arruado numa

visão aérea, e o Rio Doce correndo manso entre dunas e manguezais. Redinha

derramada à margem do seu mar antigo na sua resistência sem trégua. E para

que essas fotografias não fiquem escondidas aqui, ainda que alguns possam co-

nhecê-las, vão todas como aqui chegaram. Vista do alto, a ponta do areal no en-

contro do rio com o mar, a capela grande, de pedras pretas, o clube, o merca-

do, as casas pioneiras feitas de alvenaria marcando a presença dos primeiros

veranistas das casinhas de palha dos pescadores e as gamboas do Potengi na

paisagem de fundo. O trapiche, a casa da esquina que o mar engoliu, a vila vista

do alto com as casas que também desapareceram e só retornam de tempos em

tempos, em forma de ruínas. Como se aqui existisse uma pobre Atlântida que

um dia desapareceu levada pelas ondas de um mar sem sossego.

Álbum de retratos

Vista aérea da Redinha

Casa que o mar levou

Redinha no início do século

Rio Doce

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

A assembleia dos operários daconstrução civil realizada namanhã desta segunda-feira (12),em frente ao Sindicato dos Traba-lhadores da Construção Civil Pe-sada, Montagens, Instalações eAfins do Rio Grande do Norte(Sintracomp/RN), no Alecrim, foisuspensa, haja vista que não houvenenhuma proposta do sindicato pa-tronal e nem uma convocação doTribunal Regional do Trabalho(TRT). Os trabalhadores reivindi-cam reposição salarial e o dissídiocoletivo, que devia ter ocorridoem outubro. Com isso, mais de 14mil operários da construção civilleve, que engloba as empresas queatuam em obras de menor porte,como os condomínios residenciais,

permanecem com suas atividadesparalisadas desde a última quinta-feira (8), quando rejeitaram a pro-posta de 3,5%. Nesta terça-feira(13), os operários realizarão umnovo protesto e sairão em caminha-da do Sindicato até o Tribunal doTrabalho, na Avenida Capitão MorGouveia, em Lagoa Nova.

De acordo com o diretor finan-ceiro do Sindicato, Luciano Ribei-ro da Silva, conhecido entre os ope-rários como Xuxa, a assembleia foisuspensa porque o Tribunal Regio-nal do Trabalho não convocou oSindicato para discutir as negocia-ções salariais e que a caminhadade amanhã tem o objetivo de pres-sionar o TRT a fazer a convoca-ção. Xuxa explica que a categoriaquer um reajuste de 12% mais umvale alimentação no valor de R$150, tal como foi oferecido aos tra-

balhadores da construção pesada. Osindicato também luta pela redu-ção no desconto do vale transpor-te de 6% para 3%.

Atualmente, o salário dos ope-rários da construção civil leve é deR$ 810 para pedreiros e R$ 630para serventes de pedreiros. Xuxagarantiu que os operários estão res-peitando a lei de greve e que 30%

dos trabalhadores estão nos cantei-ros de obras do Estado. “O restoestá parado e continuará na luta porseus direitos”, afirmou.

Em relação aos trabalhadoresda construção pesada, que reúne asempresas que atuam em obras deinfra-estrutura e em grandes em-preendimentos, como é caso daconstrução do Estádio Arena das

Dunas, os empresários ofereceramum reajuste de 12% e uma cestabásica no valor de R$ 150. O Sin-dicato acatou a proposta e os ope-rários, que passaram dois dias pa-rados, voltou ao trabalho desde aúltima sexta-feira (9). Na próxi-ma terça-feira (13), haverá umanova reunião entre o Sintracompe o sindicato patronal da constru-ção civil pesada, homologada, deforma definitiva, a proposta dosempresários.

Para Luciano Ribeiro, a luta dacategoria é a unificação da conven-ção coletiva de trabalho, que hojeé realizada separada. São dois sin-dicatos patronais, o Sindicato da In-dústria da Construção Civil do RN(Sinduscon-RN) e o Sindicato Na-cional da Indústria da ConstruçãoPesada (Sinicon), que oferecem rea-justes diferentes, para a mesma ca-

tegoria. Hoje são cerca de 40 miloperários, trabalhando em mais demil canteiros de obras espalhadasem todo o Rio Grande do Norte.Apenas na construção da Arena dasDunas são aproximadamente 1.500operários trabalhando.

Para o presidente do Sindicatoda Indústria da Construção Civildo RN, Arnaldo Gaspar Júnior,como as tentativas anteriores de ne-gociação com a categoria, tantocom o Sintracomp, quanto na De-legacia Regional do Trabalho(DRT), não chegaram a um acordo,“estamos caminhando para o dissí-dio coletivo no Tribunal Regionaldo Trabalho (TRT)”. O Sindicatoofereceu um reajuste de 3,5% à ca-tegoria. “Como não chegamos aum acordo a respeito do reajuste,vamos para o dissídio”, afirmou opresidente do Sinduscon-RN.

Operários da construção civil continuamparalisados e prometem nova mobilizaçãoASSEMBLEIA MARCADA PARA MANHÃ DE HOJE FOI SUSPENSA DEVIDO À FALTA DE CONVOCAÇÃO DO TRT PARA DISSÍDIO COLETIVO

Paralisação dos trabalhadores da construção civil leve começou na última quinta-feira (8), com adesão de 14 mil operários no RN Luciano Ribeiro, o “Xuxa”, diretor financeiro do Sintracomp/RN, garantiu que categoria está respeitando a lei de greve

"Queremos reajuste de 12%, vale alimentação de R$ 150 como foi

oferecido aos trabalhadores da construção pesada e lutamos pela redução no desconto

do vale transporte”LUCIANO RIBEIRO

DIRETOR FINANCEIRO DO SINTRACOMP/RN

Fotos: Canindé Santos

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MARCELO HOLLANDA

[email protected]

Num estado como o Rio Gran-de do Norte, onde 95% são microse pequenas empresas, aquelas querealmente cresceram, aumentaramsua fatia de mercado e prosperaramnas últimas décadas ainda enfren-tam um dilema - como manter eampliar suas conquistas a partir damesma base sobre a qual foi fun-dada a família.

Muitos negócios promissoresnão conseguiram se perpetuar e al-gumas conhecidas empresasgenuinamente da terra foram ven-didas ou tiveram as sociedades des-feitas, apesar dos bons resultadosostentados por algumas no balan-ço do fim de ano.

Mas o que parecia um proble-ma crônico envolvendo gestões fa-miliares, onde as disputas por es-paço extrapolam o ambiente do es-critório e vão parar na mesa da salade jantar, virou uma oportunidadepara o florescimento de novasideias no campo da governançacorporativa.

Para quem acha esse conceitosofisticado demais para a realida-de local, o caso a seguir vai mudarsua opinião. Com a experiência dequem pilota uma carteira de maisde 300 clientes, o consultor RuiCadete, da Rui Cadetes e associa-dos – consultores e auditores – re-solveu entender melhor esse ves-peiro que são as relações familia-res na empresa e oferecer novosserviços que fossem realmente ne-cessários. Afinal, faz parte das atri-buições dele e de seus sócios orien-tarem clientes no movediço terre-no dos negócios.

Mas, ao contrário de buscarinspiração na cartilha daquelesque acham a família incompatí-vel com empresa, ele trilhou orumo oposto. Bateu na porta deJohn Ward, um eminente profes-sor da Kellog School of Manage-ment, e um defensor incondicio-nal das vantagens que as empre-sas familiares têm sobre as não-fa-miliares. E como se trata justa-mente da quase totalidade de seusclientes, Rui Cadete se debruçousobre o ideário de Ward em buscade uma contribuição ao trabalhodiário do escritório.

A organização fundada por Ca-dete, há 21 anos, pode ser conside-rada pioneira na abordagem localdesse problema, pois ela mesmainoculou essa ideia ao introduzirdentro da própria empresa, há cincoanos, o processo de governançacorporativa.

Com a ajuda de uma auditoriacontratada para esse fim, a Rui Ca-dete e associados criou um re-gulamento na sociedade para pre-servar a empresa de possíveis tur-bulências causadas por desentendi-mentos ou saídas de alguns de seuscomponentes. Estabeleceu a supre-macia da gestão profissional, ondeos entes familiares são treinados aentender que o negócio deve sem-pre estar acima dos interesses fa-miliares e das vaidades pessoais.Há pouco mais de dois anos, comoconsequência do caminho já ado-tado, ele mergulhou de cabeça noideário de John Ward.

Na essência, Ward acredita queempresas familiares constroempontes eficientes entre os valorescultivados no núcleo familiar e aalta gestão e isso conduz aos me-lhores resultados. Para ele, a lide-rança baseada no longo prazo enão no imediatismo, enraíza a cul-tura empresarial, produzindo entãoas grandes diferenças em favor daempresa familiar. Ou seja, valoresmais humanos, duradouros e fun-damentais e que remetem a princí-pios como postura, moral, ética efilosofia.

Em suas palestras pelo mundo,Ward costuma dizer que enquantoempresas não-familiares falam eminovação, trabalho em equipe, qua-lidade e prestação de serviço aosclientes, empresas familiares abor-dam as mesmas coisas com outraspalavras: coragem, justiça, trabalhoduro, confiabilidade e – esta bemtipicamente americana – “fazer acoisa certa”.

Ward não acha casualidade

as empresas familiares estarementre os melhores lugares parase trabalhar, com 26% da parti-cipação nesse ranking, enquanto8% estão nas empresas de capi-tal aberto. E isso, é claro, refle-te integridade, respeito mútuo,responsabilidade social, diver-são e a tal “stewardship” (ges-tão para gerações futuras).

O professor acredita firmemen-te que nas empresas familiares a fi-nalidade é perpetuar o negócio edessa necessidade inerente derivasua cultura corporativa. E isso nãosignifica ignorar a importância dainovação, mas valorizar o aprimo-ramento contínuo dos processosaté que, em determinado momen-to, a inovação surja.

Essas são ideias de um ameri-cano e logo elas teriam que seradaptadas à cultura brasileira, ondea família gera o mesmo apego, masonde os valores nem sempre são osmesmos. Logo, Rui Cadete perce-beu que teria que incorporar umacartilha própria de boa convivên-cia empresarial em família, o quenem sempre é fácil.

Como superar rivalidades, ciú-mes, como estimular habilidadesinterpessoais na parceria, comoestabelecer respeito mútuo comovalor – tudo isso precisava ser ad-ministrado não só com esforçoeducacional, mas instrumentoscorporativos que garantissem agovernança.

A resposta estava na “holding”,uma sociedade criada especifica-mente para administrar um grupo

de empresas. “Quando uma em-presa começa a crescer é naturalque ela crie outras frentes de negó-cio e não há nada que harmonizemais uma sociedade do esse esfor-ço de crescimento”, diz Rui Cade-te. “Nesse modelo, negócios não semisturam e isso faz muito bem paraa saúde da empresa”, acrescenta.

Rui gosta de uma frase que dizo seguinte: “Uma coisa é separaras responsabilidade, jamais divi-di-la”. Essa nuance sutil sobrecomo se devem gerir empresas,onde decisões são frequentementecompartilhadas, mostra como éeducativa a governança corporati-va e como ela pode produzir valo-res caros e longo prazo.

Para Rui Cadete, que bem cedona vida começou a roer os ossosantes de atingir o filé, educar pormeio da história e do exemplo sãofundamentais quando o objetivo épreparar as gerações para assumiras responsabilidades de um negó-cio em crescimento.

“Foi o que eu tive na minhacasa e é o que eu passo para aminha família”, diz ele. “E quan-do eu digo em casa é no almoçosde domingo, nas conversas nos finsde semana, é no exemplo do dia adia”, acrescenta.

Aos 13 anos, o hoje consultorreconhecido ajudava no sustentoda casa. Essa experiência de vidaserviu para que ele estabelecesse oesforço como o grande mérito dequem quer chegar lá, independen-temente de ser da família ou não.“Agora - ressalta - o exemplo sem-pre deve vir de cima”.

Depois que travou contato comas ideias de John Ward, ele já fez doiscursos completos com o professor,em São Paulo, o que não é novida-de para Cadete que mantem uma ro-tina de reciclagens conhecida den-tro e fora da sua empresa. Isso fazcom que a cabeça esteja sempre agu-çada e a empresa sempre busque en-foques criativos para além das ques-tões contábeis e administrativas.

As questões de governança re-sumiram para ele os meios pelosquais os planejamentos ganhemconsistência e permitam ao empre-sário estabelecer melhor onde querchegar e o que será necessário fazerpara atingir os objetivos.

Dentro dessa perspectiva, fa-mília, empresa e proprietários sãorepresentados por conselhos, o quetorna a fluidez nas decisões maiore o risco de choques e danos cau-sados à vida da empresa menor.

Nesse sentido, entender agovernança é uma questão da em-presa familiar e a ela cabe adqui-rir habilidade para para participardo conselho.

Hoje, Rui Cadete sabe que aboa aplicação desses prinincípiospode salvar muitas empresas.

Segunda-feiraNatal, 12 de novembro de 201214 O Jornal de HOJE Cidade

As vantagens de serfamília nos negóciosOS ENSINAMENTOS DE UM ESPECIALISTA MOSTRAM QUE DIFÍCIL NÃO

É CRESCER, MAS MANTER E AMPLIAR AS CONQUISTAS ASSEGURADAS

Rui Cadete estuda a a arte de conciliar interesses e usar todas as qualidades que só empresas familiares podem ter

"O caminho é superar

rivalidades, ciúmes e

estimular a parceria,

o respeito"

RUI CADETE

"Você pode separar as

responsabilidades,mas jamais dividi-las...”

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 12 de novembro de 2012Esporte

Gabriel NegreirosGABRIEL NEGREIROS - [email protected] - twitter: @gabrielnegreiro

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

FÉRIAS? Há pelo menos um mês, desde que o

América se garantiu na Série B do CampeonatoBrasileiro, escrevo a respeito da necessidadede colocar os jogadores mais novos em campo.Tempo de dar rodagem, de fazer testes, dereal oportunidade. Mas, o América foi adian-do, esperando não sei o que. Segundo Rober-to Fernandes, era questão de honra enfrentaradversários da ponta da tabela com o timeprincipal. Até aí, tudo bem. O que não consi-go entender é o discurso do treinador depoisdo jogo afirmando que o time está de férias.Que ninguém tem mais motivação para treinar.Hora, então está tudo errado. Por que não daroportunidade aos garotos? Por que escalaratletas que não querem jogar? Neste mesmoespaço já escrevi por diversas vezes a respeitodo grande trabalho de Roberto a frente doAmérica, porém, algumas entrevistas de Rober-to são completamente sem nexo. A deste finalde semana foi apenas uma delas.

Resultado: restam apenas dois jogos daSérie B para o América. Nenhum jogador dabase foi para a vitrine. Nenhum titular. Osdois jogos restantes são suficientes para tes-

tar? A propósito, e o torcedor que investiu naTimemania, na promoção de ingressos, quefoi ao estádio, estava realmente interessadoem ver um time "em férias"?

O UNIFORME AZULQue o uniforme azul do América é real-

mente bonito, ninguém discute. Para o torce-dor, é ótimo. Porém, no time, ainda não con-segui me adaptar. Olho na TV e acho estran-ho. Olho as imagens do jogo e não "vejo" oAmérica. América é vermelho e branco e o ter-ceiro uniforme azul eu penso que deveria seruma edição especial apenas comemorativa,para a torcida.

ÉDERSONMais dois gols na conta de Éderson, que

vai realmente se consagrando como o artil-heiro dos gols decisivos. Pelo menos nestaSérie B do Campeonato Brasileiro o atacantetem sido fundamental e a cada jogo mostraque tem condições de ser titular do ABC. Opoder de finalização é a grande vantagemde Éderson, que tem uma facilidade incrív-el de arrematar bem em gol. O que é novi-

dade são as cobranças de falta. Esse é umrequisito novo.

PELADA DA IMPRENSAHoje tem pelada da imprensa no Jiqui

Countru Club. Das últimas vezes que eu fui lev-amos "pêia" grande do time da casa. O timeda imprensa é ruim de doer! Vamos ver se hojeconseguimos pelo menos fazer o de honra.

RALLYApós as etapas de Maceió, Aracaju e João

Pessoa, a cidade de Fortaleza definiu oscampeões do ano no Nordeste no MitsubishiMotorsports. A categoria Graduados foi ex-tremamente disputada e os três primeiros colo-cados terminaram a prova com 78 pontos.Pelos critérios de desempate, comemoraçãopara Omar e Bruno Dantas, daqui de Natal."O Mitsubishi Motorsports é um evento in-descritível. Um campeonato extremamentecompetitivo e isso faz com que nos motivemais", descreveu Bruno. A dupla ganhou umaviagem para Amazônia, uma aventura 4x4 deoito dias pelos misteriosos caminhos do RioNegro até a Reserva de Xixuaú.

"Para nós, férias. Para eles, finalde Copa do Mundo". Afrase do téc-nico Roberto Fernandes após oAmérica ser goleado em Goianinhapor 4 a1 pelo Criciúma retrata bemo momento vivido pelo time na SérieB do Campeonato Brasileiro. Garan-tido na competição do próximo anohá várias rodadas e sem condiçõesmatemáticas de buscar o acesso, osjogadores praticamente não entraramem campo na última rodada.

"Todo pontinho ajuda". Já essafrase, é do técnico do ABC, Gi-vanildo Oliveira. O alvinegro po-tiguar foi até Minas Gerais e en-frentou o América Mineiro. O em-pate em 3 a 3 poderia ter sido sufi-ciente para garantir matematica-mente o time na segunda divisão,porém, como todos os demais ad-versários que ainda lutam para nãocair venceram, a celebração vai terque esperar mais um pouco. Adifer-

ença é de seis pontos para o Z4,mesma quantidade de pontos queainda restam em disputa.

Os caminhos diferentes dos doisclubes nesta reta final de campe-onato é muito claro, porém, ambosainda tem dois confrontos. O Améri-ca enfrentará o xará mineiro noNazarenão na próxima rodada. OABC, fora de casa novamente, en-frenta o Boa Esporte, que tambémainda corre riscos. Para finalizar, o

clássico potiguar da última rodadaencerra o ano esportivo para osclubes, que já começaram a pensarna próxima temporada.

Com mais tempo, o América jácomeçou a negociar com os jo-gadores as férias antecipadas.Porém, alguns atletas preferem ter-minar o ano para não ter que re-tornar antes das festas de fim deano. As negociações com o treinadorRoberto Fernandes também

prosseguirão e é possível que novassituações sejam esclarecidas já nospróximos dias.

No ABC a permanência dotreinador Givanildo Oliveira para apróxima temporada é questão detempo. O técnico afirmou que sófalaria sobre o assunto após garan-tir a permanência, porém, depoisdo empate da última rodada, já citouque tem interesse em permanecer eque o presidente alvinegro, Rubens

Guilherme, também já se mostroupositivo para a renovação.

As duas últimas rodadas daSérie B do Campeonato Brasileiroserão disputadas nos dois próximossábados, inclusive nos mesmoshorários, sempre às 16h20 deBrasília (15h20 horário local).Porém, a CBF pode desmembraralguns jogos que não interferemmais diretamente nas disputas paraatender a solicitação das TVs.

“De férias”, América é goleado. ABC ainda luta para se manter

O FIM DE SEMANA DO FUTEBOL POTIGUAR FOI DE SITUAÇÕES BEM DIFERENTES. GOLEADO, O AMÉRICA

SE ENTREGA DE VEZ ÀS FÉRIAS DE FIM DE ANO. COM EMPATE FORA DE CASA O ABC SEGUE AINDA

COM PEQUENOS RISCOS DE SER REBAIXADO E NÃO GARANTE PERMANÊNCIA NA SÉRIE B

Zé Carlos, artilheiro da Série B, comemora gol contra o América mostrando a língua para a torcida americana. Quando jogou no América, Zé Carlos era extremamente vaiado pela torcida

Com dois gols, Éderson vai se consagrando como peça fundamental na permanência do ABC na Série B. Um verdadeiro artilheiro dos gols decisivos

"Foi um jogo de um time que veiopara a decisão de Copa do Mundocontra outro que está em ritmo deférias. Exceto o Isac, que aindabriga por algo pessoal, quem dotime tem mais motivação paratreinar? O foco é outro. Fizemosuma baita temporada, mas nãomerecíamos subir. O Acesso estánas mãos de quem tem mais poderde investimento, como o Goiás.Estávamos há quatro jogos invictose agora é hora de fechar o campe-onato e pensar mais a frente"

“No momento que estamos viven-do, todo pontinho ajuda. Vencer oAmérica aqui em Minas não é tarefafácil e fizemos um bom jogo.Poderíamos ter conquistado nossapermanência hoje, mas o árbitronão deixou. Além de amarelar nos-sos dois volantes (Serginho e Bileu)ele os eliminou do próximo jogo.Também teve o lance do impedi-mento (terceiro gol do AméricaMineiro estava impedido). Mas éassim, vamos enfrentar o Boa evamos buscar nossa permanência.”

As competições vão chegandoao fim e alguns times tem muito oque comemorar, outros a lamentar.A Série B do CampeonatoBrasileiro vai ganhando nova forma

e alguns times se despedem. Umtime já pode dar adeus feliz da vida.O Goiás foi o primeiro a conquis-tar matematicamente o acesso àSérie A do Brasileirão. A vitória

por 3 a 0 diante do Grêmio Baruerigarantiu a festa da torcida es-meraldina. Por outro lado, o próprioBarueri é só tristeza e já pode tam-bém arrumar a mala, mas para a

Série C. O Ipatinga-MG o fará com-panhia na terceira divisão.

Também tristes, mas vindo daSérie A, já reservaram suas vagasna Série B o Figueirense-SC e o

Atlético Goianiense. Há mais duasvagas disponíveis no rebaixamen-to da Série A e uma delas pode serdo Palmeiras. A Série C tambémchegou ao fim e quatro times

comemoram as vagas conquistadaspara a Série B: Icasa-CE, Paysan-du-PA, Oeste-SP e Chapecoense-SC estarão na segunda divisão dopróximo ano.

Série B: Uns sobem, outros caem e alguns chegam

Fotos: Wellington Rocha

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Segunda-feiraNatal, 12 de novembro de 201216 O Jornal de HOJE

C M Y K

Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Os números são incontestáveise o título do Fluminense era apenasquestão de tempo. O tricolor chegaa 76 pontos e não pode mais ser al-cançado nas próximas três rodadaspelo Atlético, que tem 65. No domin-go que vem, contra o Cruzeiro, noEngenhão, o técnico Abel Braga,Diego Cavalieri, Fred e todo o elen-co do Flu serão ovacionados com afaixa de campeões no peito. Fred,herói da conquista e artilheiro dacompetição com 19 gols, marcouduas vezes, a segunda delas nos mi-nutos finais, e Maurício Ramos fezcontra para o Flu - Barcos e PatrickVieira descontaram.

Como seus jogadores, o técnicoAbel Braga demorou um pouco asair comemorando após o Flu der-rotar o Palmeiras e confirmar o te-tracampeonato brasileiro. Um poucomais comedido que seus jogadores,o treinador saiu abraçando integran-tes da comissão técnica e alguns deseus comandados. Quando paroupara falar com os repórteres, dentrodo gramado do Prudentão, Abel re-clamou da imprensa, elogiou o grupode jogadores e disse que vai perma-necer na equipe.

"O grande problema da impren-sa é procurar dentro do ambiente doFluminense notícias bombásticas. Eisso não existe aqui. Nosso dia a diaé sempre igual, ganhando ou per-dendo. Chegou um momento dacampanha que as pessoas falavam defavorecimento de árbitros, tirando

o valor da nossa campanha. E aindafalaram que estava com contratoacertado com o Inter desde setem-bro. Isso são coisas que me aborre-cem, falam isso conhecendo meucaráter. Precisamos valorizr quem",discursou o treinador, de forma dura.

Com contrato por se encerrar nofim do ano, Abel garantiu ainda nogramado, que vai ficar no Flumi-nense para tentar o título da Liber-tadores do ano que vem. "Eu vouficar", disse ele à torcida que pediainsistentemente pela sua permanên-cia nas Laranjeiras para a tempora-da 2013.

BRIGASIrritados com a demora, os tor-

cedores primeiro se manifestaramcom gritos em coro de "falta de res-peito" e vaias a cada infomação nosistema de som que os jogadores es-tavam chegando, mas não apare-ciam. Em certo momento, algunsconseguiram invadir a área da ar-quibancada que estava fechada echegaram até o local reservado paraa imprensa e a tribuna de honra.

Para tentar conter o avanço, todaa segurança se deslocou para ondese formavam princípios de confusãoe deixou desguarnecido o estoque decervejas que abastecia a festa, atrásdo campo. Foi quando alguns torce-dores começaram a recolher os pro-dutos. Um deles foi vistos escon-dendo até nove caixas. Pequenasbrigas também foram registradas.

É TETRA! COM TRÊS RODADAS DE

ANTECEDÊNCIA O FLUMINENSE É O

CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2012

A felicidade era tratada por Nelson Ro-drigues como uma idiotice. A vida sem o trágicovalia tanto quanto um Chicabon, sorvete que che-guei a saborear na infância. O maior tricolor de todosos tempos recebeu um senhor presente do seu timeno ano do seu centenário.

Do seu túmulo, no cemitério São João Batista,no Rio de Janeiro, Nelson Rodrigues dedilha umacrônica espetacular em que compara o zagueiro Gumao vigoroso Pinheiro, do trio final com Castilho ePíndaro. O trio final iniciava as escalações dos tem-pos da bola de gomo marrom.

O Fluminense, sem saber, estava inspirado porNelson Rodrigues quando exuberou numa campa-nha incontestável, conquistando seu quarto campeo-nato brasileiro com três rodadas de antecipação.

Uma campanha de invejar o time limitado deMickey em 1970, o ótimo esquadrão de Delei, Ro-merito, Assis e Washington em 1984 e o campeãode dois anos atrás na liderança do baixinho argenti-no Conca.

E o Fluminense, desta vez, não manteve a es-crita patenteada de ganhar com timinhos, como aque-le que derrotou o Botafogo no Campeonato Cario-ca de 1971, gol de Lula, num escandaloso empur-rão do lateral Marco Antônio no goleiro Ubirajara.

O Fluminense, mantido com opulência pela Uni-med, poderoso plano de saúde, foi às compras no su-permercado escasso do futebol brasileiro e formou,dentro da mediocridade ululante que Nelson Rodri-gues jamais concordaria, um time excelente aos pa-drões nacionais.

Seu goleiro, Diego Cavalieri, é da linhagem deCastilho, a Leiteria, Veludo e Paulo Vítor, ou, se osfantasmas acompanhantes de Nelson Rodrigues fi-zerem questão, da elegância de Marcos Mendonça,do scratch de 1919.

Seu meio-campo exibiu a classe jazzística de umDeco, o meia-armador de antigamente, o cara quedomina a bola com uma categoria dos pianistas decafés europeus. E um Thiago Neves bem aceitávelna safra brasileira atual.

Seu ataque tem Fred, um artilheiro mascaradão

e eficiente e um ótimo Rafael Sóbis, revelado peloInternacional, e com uma técnica em corpo esquá-lido que só não consegue convencer Mano Mene-zes, admirador do mastodonte Hulk.

O Fluminense é campeão chupando Chicabon.O Campeão do Centenário de Nelson Rodrigues.Antecipado. De lambuja, saindo com duas mulatasde uma só vez, para humilhar adversários fracotese desmoralizados.

E como o fantasmagórico é o espírito voadorde Nelson Rodrigues, o Fluminense chega ao seu

quarto caneco levando para a imortalidade o zaguei-ro Abel Braga, que, jogando pelo Vasco, falhou nogol de Doval, que deu o bicampeonato carioca aotricolor.

Abel é campeão e aclamado como um Messiasem pó-de-arroz. Aquela Máquina, com Rivelino, Pin-tinho e Paulo César Caju, parou duas vezes nas se-mifinais do Brasileirão. O Fluminense tem sina decampeão. Nem precisa ser com um Barcelona ves-tindo grená, verde e branco.

>>> Nelson Rodrigues morreu no dia 21 de dezem-

bro de 1980, dia em que o Brasil jogou e venceu aSuíça em Cuiabá por 2x0. O cadáver genial e por-nográfico virava defunto fático. A última crônica deNelson Rodrigues foi escrita em 30 de novembro da-quele ano.

Muito doente, proibido pelo médico de ir ao

Maracanã, Nelson Rodrigues acompanhou a final doCampeonato Carioca ao lado do filho, Nelsinho, emcasa. O Fluminense vencia o Vasco por 1x0 com golde falta de Edinho, num frangaço do goleiro Maza-rópi.

O Fluminense de 1980, à exceção de Edinho,dos meias Delei e Mário e do centroavante CláudioAdão, era um timinho. Mas venceu. Nelson Rodri-gues conseguiu escrever seu derradeiro e belo texto,que reproduzo nesta segunda-feira, homenageandotodos os tricolores que conheço em especial o mé-dico Luiz Alberto Marinho, um primo muito maisirmão que a vida me deu.

Nelson Rodrigues, campeão do centenário, pelaúltima vez: "Amigos, em futebol, nunca houve umavitória improvisada. Tem sido assim através dostempos.Foi uma doce e santa vitória. Vocês viramcomo aconteceu o nosso triunfo. Foi uma tarde ma-ravilhosa.

Tudo começou há seis mil anos atrás. Vocêscompreenderam? Podia ser o Flamengo, o Botafo-go, o Vasco ou outro, mas estava escrito que a ar-rancada era tricolor.

Há quarenta anos antes do nada, Nelsinho foi cha-mado. E foi tão fulminante sua presença no túnel tri-color que merecia ser carregado numa bandeja comuma maça na boca.

Amigos, os idiotas da objetividade custaram aperceber a evidência ululante, segundo a qual sería-mos campeões. Eu lhes falei do Roberto Arruda. Poiso Arruda, desde o primeiro jogo do campeonato, meprocurou dizendo: - "Seremos campeões". E nestedomingo, o Arruda telefonou para dizer uma únicae escassa frase: - "Ninguém nos tira a vitória".

E desde o primeiro momento do jogo, ficouclaro que a vitória era tricolor. Foi 1 x 0 mas pode-ria ser dois ou três.O Edinho fez o gol e o Flumi-nense em vez de recuar para garantir o resultadopartiu para cima do Vasco como um leão faminto demais gols.

E vocês viram: nosso adversário não pode es-boçar a menor reação. Gostaria de falar dos campeões.Fluminense tem um elenco fabuloso do goleiro aoponta-esquerda, e só os lorpas e pascácios não veemque o futebol brasileiro está encarnado nos craquestricolores".

RIBAMARO primeiro eleitor a votar na

eleição dos melhores do EstádioJuvenal Lamartine é o militar eex-jogador Ribamar Cavalcante,colaborador de Passe Livre e umdos homens mais prestativos queo Rio Grande do Norte produziu.Riba é espécie rara.

A SELEÇÃORibamar escalou Erivan

(ABC), Gaspar(ABC/Alecrim),

Edson(ABC), Berilo de Castro(Ale-crim e América) e Marinho Cha-gas(ABC em 1970); Pedrinho(Ale-crim) e Véscio(América); Toinho deMacau(ABC), Alberi(ABC), Eval-do Pancinha(América) e Burunga(ABC/Alecrim/América). O siste-ma tático é o da época: O ofensi-vo: 4-2-4. Aguardamos votos peloe-mail da coluna.

ERIVAN Ribamar lembra que ontem

fez 11 anos da morte de Erivan, umdos mais carismáticos jogadores dofutebol potiguar. Baixinho, tinhaagilidade felina. Lembro de Erivanem 1977, na reserva do monstroHélio Show no ABC.

EDERSONSegue calando a boca de

quem o considerava um jogadorcomunzinho. No ABC de hoje,sobra. E Cascata, num lance, pro-vou que não se pode prescindir de

um craque.

ANDREY E RAULO silêncio grita: O goleiro

Andrey e o meia Raul, do ABC,podem ser contratados pelo Amé-rica para a temporada de 2013.

RODRIGUINHOO golaço de Rodriguinho deve

ter entrado goela abaixo das víbo-ras que o expulsaram do Frasquei-rão. A Lei do Retorno.

Campeão do Centenário

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Até meus quinze, dezesseisanos, vivi cercado de samam-baias. Minha mãe sempre adorouplantas e mesmo com a mudan-ça para um apartamento, em1989, jarros e xaxins foram ins-talados no teto da sala, o que di-vidia opiniões familiares – eu emeu pai gostávamos do cenárioluxuriante, mas o tráfego aéreode insetos nos assustava frequen-temente, o que abreviou a ideia.

Por isso, foi com um mistode curiosidade e nostalgia quemergulhei em Diário de Oaxaca(Cia das Letras), do neurologis-ta pop Oliver Sacks. Queria sabero que o médico-escritor, famosopor destrinchar a mente humanaem obras como Alucinações Mu-sicais e Tempo de Despertar(adaptado para o cinema), tinhapara contar sobre uma viagemque fez aos confins do México,em busca das pteridófitas maisantigas do mundo.

A botânica é o pano de fundopara um texto fluente, erudito eprazeroso. Pois além de saber queas samambaias têm mais de tre-zentos milhões de anos e cente-nas de variações, algumas esmiu-çadas no livro, mas sem abusar dapaciência de quem é leigo no as-sunto, somos envolvidos por umarede de informações que perpas-sam a história das civilizaçõespré-colombianas e suas peculia-ridades culturais.

A semana que Oliver Sackspassou em território mexicano foino começo de 2000. Integrou umgrupo de trinta intelectuais daAmerican Fern Society (Socie-dade Americana de Samambaias),que enfrentou a aridez, a misériae os perigos da região, perto dafronteira com a famigerada Gua-temala e vizinho ao conflituosoEstado de Chiapas, “mais quetudo, [para observar] a fascinan-te humanidade”.

A três mil metros de altitude,perseguiram raridades da floralocal com uma dedicação que sóos amadores apaixonados pos-suem. O que força uma compa-ração do universo sisudo e com-petitivo da neurologia e da neu-rociência com a camaradagem eharmonia entre botânicos, biólo-gos, geógrafos e naturalistas.

A mesma Oaxaca fora visi-

tada pelo polímata Alexander VonHumboldt, de quem Sacks é fã,na década de 1930 (o que gerouo clássico Narrativa Pessoal). Epi-centro de grandes civilizações in-dígenas, como zapotecas e azte-cas, aglomerações urbanas comoMonte Albán foram arrasadas porHernán Cortés, quando da Con-quista Espanhola, no século 16 –a atrocidade dos ibéricos ganhadestaque em Diário...

Assim como a gastronomiacentro-americana, muito pareci-da com a nossa. Alimentos tradi-cionais dos ameríndios, o cacau(chocolate era servido amargopara reis e nobres zapotecas, antesde atravessar o Atlântico e ser in-dustrializado e adocicado por in-gleses e holandeses) e o milhoganham a companhia de cactos,que funcionam como legumes esão indissociáveis da paisagemmexicana, e gafanhotos, “crocan-tes, com gosto de nozes, delicio-sos e nutritivos”.

Londrino radicado na BigApple há quarenta e dois anos,Oliver Sacks mostra nesse peque-no estudo antropológico que omundo verde e inodoro das sa-mambaias, se entendido em suarelação com outras plantas, ani-mais e seu habitat, explica o pro-cesso evolutivo do homem. “Opoder e a grandiosidade do que vitiveram grande impacto sobremim e alteraram minha noçãosobre o que é ser humano”.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 12 de novembro de 2012Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected] - INTERINO - CONRADO CARLOS - [email protected]

Cultura HOJE com Dani Pacheco

CONRADO CARLOS

[email protected]

Outro dia, uma amiga pediuum CD emprestado. Era o origi-nal de uma banda marcial italianaque ela viu ao vivo, em recenteviagem. Queria relembrar o mo-mento em todos os detalhes. Comscanner em casa, a cópia ficariacompleta, com capa e encarte àdisposição (texto introdutório; fichatécnica das gravações, dos músicose do estúdio; fotos; letras das mú-sicas, etc).

Por isso, fiquei surpreso quan-do disse que queria apenas o ar-quivo em sua Pen Drive. “Não fazdiferença”. Aos vinte e cinco anos,doutrinada pelo mundo virtual, aabstração do download satisfaz suaânsia por consumo rápido e simplesde uma arte cada vez mais semrosto – ou sem o culto elitista me-díocre, formulada como uma vaziasuperioridade intelectual?

Na mediação entre estabeleci-dos e outsides, especialistas lutamcontra a fetichização do passadoque afasta o público do presente;ao passo que têm a missão de se-lecionar, dentre incontáveis opções,aquelas que merecem atenção;além de saber tirar proveito dastécnicas modernas de execução. Éo caso de Alex Ross, crítico de mú-sica da New Yorker.

Em seu novo livro, “Escuta Só:Do Clássico ao Pop” (Cia das Le-tras), o embate entre tradição e con-temporaneidade é temperado porbiografias de ícones distintos como

Mozart e Björk, Schubert e o Ra-diohead, John Cage e Kurt Cobain;por movimentos artísticos e seuscontextos históricos; e muita teo-ria musical – antes de descobrir opunk, nos anos 1970, Ross só ouviamúsica clássica.

A expressão ‘clássica’, aliás, érefutada com veemência por ele.“[...] é uma obra-prima da publici-dade negativa”. Com a sacraliza-ção de sinfonias, óperas, minue-tos, sonatas, o gênero adquiriu as-pecto de culto, restrito a um refi-namento aristocrático que monopo-liza a fruição das obras, enquantoa massa tateia o vazio. “Não escu-to música para ser civilizado”.

Do ensaio inicial, “Escuta Só:Atravessando a fronteira do clás-sico para o pop”, escrito para sero prefácio de “O Resto é Ruído”(indicado ao Pulitzer de não fic-ção), Ross extraiu a base para umasérie de textos publicados na NewYorker. “O que me recuso a acei-tar é que um tipo de música acal-ma a mente, enquanto outro abran-da a alma. Depende da mente dequem, da alma de quem”.

Com profunda erudição e umalinguagem direta feito um númerodos Ramones, a evolução técnicae conceitual da música, nos últi-mos séculos, é contada sem espe-culação ou abuso dos clichês bio-gráficos dos grandes artistas - pormais que episódios entre Mozart eseu pai tenham semelhanças como conflito Joe x Michael Jackson,é na criação que Ross investe seucabedal.

Particularmente, quatro ensaioschamaram minha atenção. Em “OAntimaestro: Esa-Pekka Salonenna Filarmônica de Los Angeles”, otalento do regente finlandês à fren-te da orquestra da segunda cidadenorte-americana serve de pano defundo para Ross falar sobre o pa-norama da música clássica nacio-nal – como em todo lugar, emper-rada na eterna briga entre velhosaficionados e jovens ávidos por ex-perimentalismos.

Já “Sinfonia de Milhões: Amúsica clássica na China” é a ex-tensão de uma análise econômica,onde o gigante asiático transfereparte dos trinta anos de crescimen-to de dois dígitos para a formaçãode um exército de solistas – emdetrimento de abertura no proces-so criativo. Na regra do bom jor-nalismo, Ross convive com nomese instituições relevantes da cenachinesa para comentar sobre pres-sões políticas e comerciais.

“As garras de Verdi: A óperacomo arte popular” tem na vida docompositor italiano a matéria-primada velha contenda erudito-popu-lar. O autor de “Rigoletto” e“Aida”, cujo lema era: “É precisoser estrábico, com um olho no pú-blico e outro na arte”, revolucionouo meio com textos e melodias fá-ceis, que ativavam sentimentos pri-mais.

E “Eu vi a luz: Seguindo BobDylan” tem ótimas sacadas sobrecultura pop, essa manifestação depedófilos. O envelhecimento doídolo folk e a permanência de sua

obra é abordada em termos musi-cais, sem a mistificação em tornoda ‘poesia’, da ‘sabedoria’ de suascomposições. Em certos casos, opassar dos anos ofusca o apogeu.

Dizem que a propriedade afe-tiva da música depende de asso-ciações extramusicais. Na era tec-nológica, ela virou radicalmentevirtual. Se a possibilidade difuso-ra aumentou, a padronização e asuperfluidade seguiram o mesmocaminho. Alex Ross sobe e descea ladeira da arte que mais encantae escraviza.

ASSOCIAÇÕES EXTRAMUSICAISNO LIVRO “ESCUTA SÓ: DO CLÁSSICO AO POP”, CRÍTICO ALEX ROSS

DESMISTIFICA MÚSICA CLÁSSICA E QUESTIONA PAPEL DA ARTE ATRAVÉS DE

PERFIS DE NOMES COMO MOZART, BOB DYLAN, SCHUBERT E BJÖRK

“Escuta Só:

Do Clássico ao Pop”

Autor: Alex Ross

Editora: Cia das Letras

Preço médio: R$50,00

Diário de Oaxaca

Autor: Oliver Sacks

Editora: Cia das Letras

Preço médio: R$30,00

LIVRO

Sobre pteridófitase humanidade

PETISCOS A R$10,00Segue até dia 18 deste mês, o Festival Bar em Bar, realizado pela As-

sociação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O evento realiza-do em todo o país tem em Natal a participação dos estabelecimentosMarco Zero, Dom Vinícius, Dom Miguel, Tom Maior (Maturi), BotequimTá na Hora, Bud Bar, Pitanga e Paçoca de Pilão. Os bares participantesescolhem um petisco que simbolize o seu bar, usam a criatividade e ca-pricham no tempero, oferecendo um prato diferenciado pelo preço únicode R$ 10. Alguns petiscos são criações exclusivas para o Festival.

Viola ExtremaAdaptar clássicos do rock, como “In The Flesh”, do Pink

Floyd, “Master Of Puppers”, do Metallica e “Aces High”, do

Iron Maiden, para a viola caipira. É isso que os músicos Ricar-

do Vignini e Zé Helder apresentarão na próxima quinta-feira

(15) no Taverna Pub, a partir das 22h.

CalistogaUma das bandas mais legais de Natal está de videoclipe novo.

“Lost and Found” comemora os oito anos de carreira. Dirigi-

do por Gustavo Rocha, também baixista, a música foi extraída

do disco lançado em 2011, “Time and Understand”, e vale uma

conferida.

LivroLançado pela Companhia das Letras “O que o Brasil quer

ser quando crescer?”, de Gustavo Ioschpe. O livro traça um vasto

panorama sobre o sistema educacional brasileiro, sempre em-

basado no conhecimento formal e na literatura empírica sobre

o tema, deixando de lado as discussões filosóficas e ideológi-

cas que ainda dominam o debate nacional.

CINEMA E DIREITOS HUMANOSHoje é o penúltimo dia do Festival Cinema e Direito Humanos, no

IFRN da Cidade Alta. A programação do dia prevê os seguintes filmes:13h30, “Uma, Duas semanas”, de Fernanda Teixeira (Brasil, 17 min.,2012, fic.), 13h30 e “A Demora” (FOTO) - Rodrigo Plá (Uruguai / Fran-ça / México, 84 min., 2012, fic.). Classificação indicativa: 10 anos. Às15h30, “Com o Meu Coração em Yambo”, de María Fernanda Restrepo(Equador, 137 min., 2011, doc.). Classificação indicativa: 10 anos. 18h,“ Estruturas Metálicas”, de Cristian Vidal L. (Chile, 47 min., 2011, doc.)e “Saia se Puder”, de Mariano Luque (Argentina, 66 min., 2012, fic.). Clas-sificação indicativa: 12 anos. 20h, “Elvis & Madona”, de Marcelo Laf-fitte (Brasil, 105 min., 2010, fic.). Classificação indicativa: 12 anos.

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Page 18: FLIP  12/11/2012

Segunda-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012 Cultura

Canal 1POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery /[email protected] / http://twitter.com/flavioricco

BATE-REBATE

TV - TUDO>>

Leão 22/07 a 22/08Ou bem está se encerrandoum novo capitulo de sua vida,ou você está terminando uma

fase importantíssima na elaboração deprojetos de fôlego. Estes dependem dasua credibilidade e vice versa; portan-to, escolha bem os parceiros.

Virgem 23/08 a 22/09Preparativos de viagem,mesmo que seja corriqueira,

requer conferencia e revisão de dados,para evitar situações criticas nas próx-imas horas.. Cuidado com o que nãodiz ao seu amor; ser honesto e claroevitará situações pesadas.

Libra 23/09 a 22/10Harmonia astral favoreceganhos, vida financeira econvites para novos trabal-

hos. Você pode aceitar um novodesafio, pois tem o talento e o cont-role das circunstâncias e saberá pro-duzir muito com o que já sabe e tem.

Escorpião 23/10 a 21/11Sensibilidade maior hoje eamanhã, dias em que seu

signo está em total destaque. Cuidadospessoais são imprescindíveis para quese mantenha firme, centrado e inspira-do. Não bata de frente com ninguém,preserve-se.

Áries 21/03 a 20/04Comece a semana com o pédireito focando atenção nassuas finanças - especialmente

as compartilhadas. Noticias sobre umcorte de finanças deixam apreensivo seucoração. Mas é um ciclo que está termi-nando.

Touro 21/04 a 20/05Destaque total para seus rela-cionamentos estáveis, e paraas pessoas que você consulta

como medico, advogado etc. É precisoperceber que estas pessoas têm seuslimites. E que não vão com você até oinferno, como imaginava.

Gêmeos 21/05 a 20/06É véspera de eclipse,daqueles poderosos, quemudam algo e revelam o

que estava oculto. Prepare-se paranovos reposicionamentos,necessários na saúde, tarefascotidianas etc. Vale buscar o essen-cial apenas.

Câncer 21/06 a 21/07Juntinhos, Lua e Saturnoaprofundam decisões de

longo prazo relativas a filhos, amores eprojetos pessoais. Some instinto comemoção e descubra como se orientarem relação a tudo isto. Mais estabili-dade no amor.

Sagitário 21/11 a 21/12Mal estar passageiro podeser um efeito menor do

clima astral reinante nestes dias. Apressão aumenta, as cobranças semultiplicam, enquanto os problemasde comunicação também. Organizeseu tempo com calma.

Capricórnio 22/12 a 21/01Um dia marcante para esta-belecer novos limites com

cer tos amigos, e também imporalguns aos projetos que fez comeles. o problema é delegar poderpara uma pessoa apenas. Um ciclose encerra, prepare-se para aceitar.

Aquário 21/01 a 19/02Fique de olho na sua car-reira, profissão, rep-

utação, porque vem vindo por aialguma onda a fim de te desesta-bilizar - só pra ver como é que seuinstinto de sobrevivência funciona.Uma virada boa também pode serbenvinda, não?

Peixes 20/02 a 20/03Um dia criativo, exuberante,profundo, mas com os filhos

e com seu amor será essencial imporlimites, e não fraquejar. Tudo tem umpreço, tudo tem um tempo. Ensine-osenquanto pode. E atenha-se ao seupróprio poder. Não mais.

HORÓSCOPO

CINEMAGONZAGA DE PAI PARA FILHO (12 Anos)Cinemark 1 - Hora: 11h05 (ex-ceto sex); 13h45 / 16h30 /19h30 / 22h15Cinemark 6 - Hora: 13h00 /15h45 / 18h40 / 21h35; 00h15(sáb)Moviecom 4 - Hora: 15h50 /18h30 / 21h10

007: OPERAÇÃO SKYFALL(16 Anos)Cinemark 2 - Hora: 14h00 /17h10 / 20h20; 23h40 (sáb)Cinemark 3 - Hora: 14h40Cinemark 5 - Hora: 21h50Moviecom 2 - 16h10 e 19h (dub)

Moviecom 7 - 15h10/ 18h05/21h (leg)

ATIVIDADE PARANORMAL 4 (12 Anos)Cinemark 3 - Hora: 17h50 /20h00 / 22h05; 00h10 (sáb)

FRANKENWEENIE (10 Anos)Cinemark 3 - Hora: 12h40Moviecom 6 - Hora: 16h / 20h(3D)

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE (12 Anos)Cinemark 4 - Hora: 13h30 /15h50 / 18h20 / 20h50; 23h20 (sáb)

Moviecom 2 - Hora: 14h05(sáb/dom e feriado) e 21h50

DIÁRIO DE UM BANANA 3 LivreCinemark 5 - Hora: 11h00 (sáb);12h55 / 15h00 / 17h20 / 19h40

QUEEN - HUNGARIAN RHAPSODY(12 Anos)Cinemark 7 - Hora: 23h55 (sáb)

ARGO (14 Anos)Cinemark - Hora: 11h20 / 13h50/ 16h20 / 19h00 / 21h30Moviecom 1 - Hora: 14h25/16h50/ 19h15 e 21h40

As contas das TVs nunca fechamTelevisão, desde muito tempo se fala, é um brinquedo caro e toda asua operação é bastante complexa. Mas, no fundo, funciona comoqualquer comércio, que tem lá os seus produtos para vender.Produtos esses que além de pagar o custo, precisam obrigatoria-mente oferecer certa margem de lucro, para fazer a empresa rodar.Simples assim.No fundo, é conta de padaria. O problema é que, na grande maioriadas emissoras de TV, um mais um, definitivamente, não dá dois.Salvo raras e honrosas exceções, a prática de adiantar o faturamen-to, no fim de tudo, sempre acaba no comprometimento da mídia.Por mais que se tente mascarar, o caixa nunca bate.Um exemplo é a receita do carnaval, que acontece em fevereiro,mas sempre entra no faturamento três ou quatro meses antes.Um belo dia, quando se resolve colocar as coisas às claras, se veri-fica que a conta não é bem aquela. O que hoje assistimos naRecord, com as medidas anunciadas no decorrer dos últimos dias,lamentavelmente, está longe de surpreender ou ser uma novidadena televisão brasileira. A maioria delas, repito, age desta maneira.

w Batizada informalmente como"Lei Carolina Dieckmann", a Câ-mara, em Brasília, aprovou pro-jeto de lei que tipifica delitos co-metidos pela Internet.

w Por meio de sua página no Twit-ter, Tom Cavalcante pediu tam-bém "a proibição para crimesmostrados explicitamente na TV".Assino embaixo.

w A partir de hoje, o jornal do He-ródoto Barbeiro passa a ser reprisa-do em três horários diferentes naRecord News.

wEstreia do novo programa da Lucia-na Gimenez, o talk-show, agora tevea sua estreia marcada para o dia 20.

w A passagem da Lady Gaga pelo

Rio, como de praxe, foi meio tu-multuada.

w Teve muita gente reclamando datruculência dos seguranças da can-tora no Cantagalo.

w Amanhã, 5 da tarde, na Fnac, doBarra Shopping, a Xuxa vai lançaro Calendário Happy Down 2013.

wO diretor Jorge Fernando, em con-versas com o pessoal de "Guerra dosSexos", deixa claro que poderãoacontecer modificações na novela.

w Mas só depois do primeiro grupode discussão.

wAinda assim, tudo em acordo e namais perfeita sintonia com o autorSilvio de Abreu.

C´EST FINIA Espn Brasil promove o lançamento de sua programação 2013,

amanhã, terça-feira. Entre executivos e apresentadores, estarão

presentes, Germán Hartenstein - diretor-geral, e os jornalistas

João Palomino, Paulo Soares e Antero Greco.

Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w OLHA SÓRoberto Carlos e o empresárioUbirajara Guimarães, em novatabelinha, estão finalizando ne-gociações para a construção doCondomínio Emoções, em Indaia-tuba, São Paulo.Cada rua terá o nome de uma mú-sica do Rei.

w IDIOTICE É POUCOChris Matthews, apresentador e co-mentarista político da rede MSNBC,teve a coragem dizer no ar que es-tava muito feliz com a tempestadeSandy, porque ela ajudou a reelegerObama, mas esquecendo que elamatou 110 americanos.O fanatismo político chega a talponto na imprensa dos EstadosUnidos, que em alguns casos ul-trapassa todos os limites da estu-pidez.

w VAI TER QUE MUDARGugu Liberato tem que reforçar oseu tempo de palco e diminuir osquadros mais longos do programa,como o da "entrega de casa", quederrubam a audiência - é essa aavaliação da direção da Record,algo há tempos já constatado poresta santa coluna. A chegada do "Qual é a música?",

no dia 25, e a "Escolinha", que jáchegou, estão dentro deste novoprocesso.

w LIDERANÇA FEMININAUma mulher irá protagonizar o novoseriado de Aguinaldo Silva naGlobo, com estreia prevista paraoutubro de 2013. Portanto, uma"Doutora", chamada Priscila, nacasa dos 40 e poucos anos. Traiçãoserá um dos seus principais temas. Na última quinta-feira, o Aguinal-do comandou mais uma reuniãocom os colaboradores do programa.

w TV FAMÍLIAImagine a cena - o contato da RedeTV! chega na agência de propa-ganda para vender os produtos daemissora.Puxa da pastinha um catálogo comtudo o que tem direito e começa:"tenho aqui um programa da Lucia-na na segunda. Mas também vaiter um outro da Luciana, novo, naterça. Na quarta, a Luciana voltacom aquele mesmo da segunda. Naquinta, vamos estrear o programada Daniela, mulher do Amílcar e,que também apresenta o "Dr. Holly-wood", domingo. Ah! E, no sába-do, tem o do marido da Luciana".A gente brinca...

w NÚMEROS INTERESSANTESExistem 167 FMs e 89 TVs edu-cativas distribuídas no territórionacional, todas convenientemen-te mantidas com dinheiro público.Só em São Paulo, são 38 rádios e20 emissoras de televisão.Segundo dados do IBGE, divulga-dos em setembro, ainda temos cercade 12,9 milhões de analfabetos.

w VEM AÍSigilosamente, o SBT colocou al-gumas pessoas na produção de umnovo programa, que leva o singe-lo nome de "Amigos Sacanas".Nem são necessárias maiorespesquisas para se imaginar doque se trata.

w NOVA TEMPORADAComeçaram as gravações demais uma temporada da série"Globo Mar".Para a edição do ano que vem, aGlobo mantém na condução dasreportagens os jornalistas Polia-na Abritta e Ernesto Paglia.

Exibição nas noites de quinta-feira, no terceiro horário da linhade shows.

w ESQUEMADIFERENTE - 1 As gravações de "Carrossel" noSBT não seguem determinadaordem. Na verdade, obedecem a um pa-drão parecido com o do cinema oude séries americanas, em que al-guns cenários são utilizados nomesmo dia, para receber situaçõesde capítulos diferentes. Isso ace-lera os trabalhos.

w ESQUEMADIFERENTE - 2 Agora, só como exemplo, temuma equipe de "Carrossel" gra-vando cenas do 220 - que é o deencerramento, enquanto outra, estáàs voltas com o de número 121. Isso força também um cuidadomaior com a continuidade e a ne-cessidade de se manter o elenco.Não pode acontecer, no meiodisso, rigorosamente nada comninguém. Caso contrário, tempo etrabalho perdidos.

RETA FINALCom direção de Del Rangel, estão sendo

finalizadas em São Paulo as gravações do especial"A tragédia da Rua das Flores", baseado no

romance de Eça de Queirós. A história relata o incesto involuntário entre Jô Lisboa (Daniela Galli) e seu filho, Vítor (Arthur

Aguiar). Também no elenco Gabriela Durlo, Gui-lherme Lopes e Jonas Bloch. No ar, em dezembro.

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Page 19: FLIP  12/11/2012

> IRMÃOS DO CAMINHO

Para comemorar os 30 anosde sua fundação, o Centro Espí-rita Irmãos do Caminho (Ceic)promove no período de hoje a 17de novembro, a 16ª Semana Es-pírita de Ponta Negra (Semesp).Com entrada franca, o eventoacontecerá na sede da institui-ção, na rua Praia de Muriú,9150, e abordará o tema "CasaEspírita: Uma Fonte de Luz".

Para expor o tema, o Ceiccontará com a participação deexpositores de outros estados,dentre os quais Ana Guimarães,do Rio de Janeiro; Liszt Ran-gel, de Pernambuco e o parap-sicólogo baiano Clóvis Nunes,que tem em todo o país.

Serão ministradas seis pales-tras sobre a Casa Espírita e seusdiversos aspectos e caracterís-ticas, como: "Dimensões Espi-rituais da Casa Espírita", "UmaFonte de Luz", Templo de Amore Caridade", "A Casa Espírita ea Família do Terceiro Milênio","A Casa Espírita como Oficinade Trabalho e Crescimento Es-piritual" e "Os Trabalhadores daCasa Espírita e suas RelaçõesEspirituais".

De acordo com o presidenteda Entidade, José da Costa Jú-nior, mais conhecido comoDuda, a 16ª Semana Espírita dePonta Negra será um momentode confraternização e integra-ção de pessoas, independente desuas religiões, para conhecermais do plano espiritual. "Con-vidamos toda a comunidade aparticipar da nossa Semana Es-pírita, independente de sua reli-gião, para nos confraternizamose conhecermos a doutrina deuma casa espírita. Entendemosque toda casa religiosa, tem umadimensão espiritual e queremosapresentar essa dimensão noponto de vista de um plano ma-terial e espiritual aos participan-tes. Vamos lhes apresentar a di-mensão fantástica da estruturaespiritual de uma casa espírita econtamos com a participação detodos nesse momento de refle-xões, aprendizados e entendi-mentos acerca do plano espiri-tual", disse.

A programação da 16ª Se-mana Espírita de Ponta Negratambém contará com apresenta-ções artísticas, a partir das19h30, com foco na arte espíri-ta e não espírita, antes das pa-lestras, que terão início às 20horas.

CENTRO ESPÍRITAIRMÃOS DO CAMINHO

O Centro Espírita Irmãos do Ca-minho, fundado em 20 de outubro de1982, é uma Instituição filantrópica,civil, sem fins lucrativos, que tem porobjetivo estudar, praticar e difundir aDoutrina dos Espíritos, com base nos

ensinamentos de Allan Kardec. Outravertente da instituição é relacionadaà prática da caridade material e moral,com base os ensinamentos de Jesus,desenvolvendo atividades solidáriasvoltadas, principalmente para a co-munidade carente da Vila de PontaNegra e Favela do Alagamar.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 12 de novembro de 2012Cidade

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaMarta Brasil Petrobras No Porto Suape(PE) - - CombustívelLagoa Carioca Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Golia h Panamá Semaster Ao Largo MÉXICO Reabastecimento - -Global Iroquois Vanuato Semar Ao Largo MÉXICO Reabastecimento - -Pegasus Panamá Semaster Ao Largo MÉXICO Reabastecimento - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 17/11 Algeciras/ESP Contêineres - - Thais I.Marshall Petrobras 20/11 São Sebastião(SP) - - CombustívelMarfret Marajó França W. Sons 24/11 Algecira/ESP Contêineres - -Silver Cloud Bahamas Superservice 08/12 Recife(PE) - - Turismo

TBM Brasil Petrobras 16/11 Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)12 15:09 2.2

21:02 0.113 03:38 2.4

09:23 0.1

FASES DA LUAMinguante (06/11 - 21:36h)

Nova (13/11 - 19:08h)

Crescente (20/11 - 11:31h)

Cheia (28/11 - 11:46h)

Callio Panamá A. Marítima 14/11 Santos(SP) Sal - -TBN Itália A. Marítima 18/11 Santos(SP) Sal - -

Começa no próximo dia 27 a temporada de cruzeiros no Porto de Santos com o Navio Fantasia, de 333 metros de comprimento

O clima de festas natalinas jácomeça a aparecer na decoraçãodas casas e estabelecimentos co-merciais da cidade. Inspirado pelaatmosfera lúdica da época, ocoordenador do projeto OficinaGastronômica, Marcelo Dieb,convidou a chef Nívia Pedrozapara conduzir a última edição doevento em 2012, sábado passa-do, no Ocean Palace Hotel. Destavez, o tema da oficina foi a pre-paração de doces que vão encherde sabor a comemorações donatal.

A Oficina Gastronômica épromovida pela Unicred Natal,desde o início de 2012, e reúneos melhores chefs da cidade paraensinar, dar dicas e tirar dúvidasenquanto preparam um deliciosocardápio. As reuniões obedecema um eixo temático que varia deacordo com as épocas do ano.

No sábado pela manhã, oscerca de 60 participantes do even-to puderam acompanhar e apren-der o modo de preparo de sobre-mesas como a torta filo commaçã, nozes e amêndoas, mimosde amoras e tiramichoco, umaversão do famoso tiramissu, comum toque delicioso de chocolate.

Para o coordenador das ofici-nas, Marcelo Dieb, o balançodeste primeiro ano de projeto ul-trapassou as expectativas. "Esta-mos tendo uma participação ex-pressiva dos credenciados, quecomparecem em bom número einteragem com os chefs e entre si,de forma positiva. A escolha doschefs e os temas escolhidos acada edição também influencia-ram bastante no interesse dos par-ticipantes", avalia Dieb.

A dentista Lecy Gadelha par-ticipa das oficinas gastronômicasdesde o início do projeto e dizque passou a aplicar os ensina-mentos dos chefs na cozinha de

casa. "Meu gosto pela culinariavem desde que eu tinha oito anosde idade e chorava pra que minhamáe me deixasse usar o fogãopara preparar doces caseiros.Hoje em dia, sempre que tenhotempo livre, gosto de preparar asreceitas que aprendemos paraminha família e amigos. Depoisque comecei a freqüentar as ofi-cinas, me sinto mais segura paraousar nos pratos e dar o meutoque", conta Lecy.

A organização das oficinasgastronômicas adianta que o pro-jeto deve realizar novas ediçõesa partir de março do ano que vem.Os chefs já estão sendo selecio-nados e o coordenador MarceloDieb afirma que a expectativa éque o projeto reúna cada vez maiscooperados da Unicred, ao lado deoutras ações promovidas pela em-presa como cursos de degustaçãode vinhos, feirões de informáticae concursos de fotografia.

Semana Espírita de Ponta Negracomeça hoje a noite sua 16ª edição

Oficina gastronômica entra no clima natalinoSOBREMESAS GANHARAM ESPAÇO SOB O COMANDO DA CHEF NIVIA PEDROZA, SÁBADO PASSADO, NO OCEAN PALACE

A partir de março do próximo ano, projeto deverá promover novas edições das oficinas gastronômicas em Natal

Coordenador Marcelo Dieb: balanço do primento ano superou as expectativas

Fotos: Wellington Rocha

Page 20: FLIP  12/11/2012

Érika [email protected]

Cidade Segunda-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 12 de novembro de 2012

Moda & AtitudeAh, quer saber...Os 10 anos da Donna Donna

Essa semana será toda de come-

moração para os mais queridos

Thaysa e Beto Santos. É que a

Donna Donna comemora 10 anos

de sucesso no mercado de moda,

sempre buscando trazer o melhor

para seu consumidor exigente, que

conhece o mundo fashion e gosta

de se vestir bem. Comentaremos...

t t t

Primeira Eucaristia

Sábado, a Nova Catedral ficou

lotada com a Primeira Eucaristia

dos alunos do quinto ano do CEI,

que compareceram em peso junto

com suas respectivas famílias, que

prestigiaram o acontecimento tão

importante na vida religiosa de uma

criança.

t t t

Primeiros passos

Num mundo conturbado, onde

tudo é muito fácil, é dever dos pais

não só educar e amar seus filhos,

mas ensinar-lhes uma religião, seja

ela qual for. O que importa é acre-

ditar em Deus e apesar de não ser

um colégio católico, o CEI demons-

trou sim que está preocupado com

essas questões extra curriculares.

A coluna parabeniza toda a dire-

ção pelo cuidado e atenção de como

tem feito tudo isso e em nome de

Maria Lucia Azevedo faz essa ho-

menagem à todos que fazem dessa

escola, uma referência.

t t t

Seriedade

Muito emocionante ver nos

olhos de cada criança a responsa-

bilidade desse encontro religioso.

Apesar da pouca idade, todas esta-

vam levando muito à sério, esse se-

gundo encontro com Deus.

t t t

A Rua do Samba

O evento que reuniu no último

sábado todos que gostam de samba

de raiz foi o maior sucesso. Devi-

do a organização e cuidado com os

mínimos detalhes, a festa superou

as expectativas, levando um gran-

de público para o evento que acon-

teceu na Rua Ângelo Varela, bem

em frente aos bares: Pitanga, Dom

Vinicius e Cervantes.

t t t

Magrass chega a

Natal nesta terça

No próximo dia 13 de novem-

bro, terça-feira, o médico brasilien-

se Guilherme Lopes, membro da

Associação Brasileira de Nutrolo-

gia, inaugura em Natal a Magrass,

franquia da maior e melhor rede de

emagrecimento natural e saudável

do Brasil. Na ocasião oferece co-

quetel para convidados, a partir das

19h, com a assinatura de Simone

Silva.

Uma clínica diferente...

A clínica que mudará o concei-

to de emagrecimento dos potigua-

res está localizada na Prudente de

Morais, num espaço de cerca de

100m², distribuídos em sete am-

bientes. Como diferencial, a admi-

nistração de um método científico

e eficaz aliado aos mais modernos

equipamentos e tratamentos, como

a hidrolipoMagrass, e exclusiva

linha de estética corporal e facial,

além do monitoramentode nutri-

cionista e médico nutrólogo.

t t t

Acompanhamento

personalizado

Na Magrass o acompanhamen-

to é personalizado para atender a ne-

cessidade individual de cada pessoa,

começando por uma avaliação com-

putadorizada que determina o per-

centual de gordura corporal, risco

cardiometabólico, predisposição

para hipertensão arterial sistêmica,

entre outros. A mesma equivalen-

te a um laudo médico, que orienta

o cliente na adoção do melhor pro-

grama, visando atingir sua compo-

sição corporal ideal.

t t t

Dermage apresenta sua

sweetsummercollection para

um verão mais colorido

A Dermage celebra a chegada

da estação mais colorida do ano

com uma coleção divertida e deli-

ciosa, exatamente como o verão

deve ser. Foi pensando nesta tem-

porada despretensiosamente colo-

rida que a marca criou a Sweet

Summer Collection, com novidades

que vão fazer meninas de todas as

idades correrem para o espelho. É

hora de brincar com uma paleta de

cores suaves na produção!

t t t

Novidades

As novidades na linha makeup

são a sombra Tahiti, em tom verde

água, e a sombra Istambul na tona-

lidade rosa aquarelada. Os batons

ganham seis novas cores e tem aca-

bamento mate, FPS 15 e manteiga

de cacau em sua composição.

t t t

Summer Blue

Para as mãos, a Dermage apre-

senta o queridinho Summer Blue,

da novíssima coleção Nail Color, a

primeira de esmaltes hipoalergêni-

cos da marca, com exclusivo com-

plexo fortalecedor Pantenol + Que-

ratina, que aumenta a hidratação e

melhora a flexibilidade das unhas.

O vidrinho chega às lojas com mais

seis cores de arrasar.

t t t

Pra finalizar

E, para completar o visual fofo

que a temporada pede, lapiseira

HighlightEyes para destacar as so-

brancelhas, Blush Rose Mate, para

dar aquele ar de saúde e, por fim,

o Gloss iluminador 3D na cor Piña

Colada.

Até amanhã!

Reunião de famíia: Fernando Nesi, Fred Queiroz,AuxiliadoraNesi, Gabi Nesi, esta colunista e Matheus

As amigas reunidas antes de entrar na Catedral: Gabriella Nesi,JulianaOliveira Castro, Fernanda Galvão Braga, Rafaela Montenegro Shelman

de Souza, Dominique Feijó,Gabriela Porto Gaspar,Marina Sapucahi

Sábado em família: as queridas Cristine Rosado e Tatyanna Bulhões Depois da Eucaristia, Georgia Melo mima o filho George

Comemorando a primeira Eucaristia de Gabi: João Neto, Tales Rosado e Edward Garcia Matheus Santos recebendo pela primeira vez a hóstia sagrada

As queridas Cassinha Pontes e Chris Potter Cassio Paiva e Jota Oliveira

Fred Queiroz e Mário Barreto Pedro Henrique Alves na hora de acender as velas bentas