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DESEMBAR UE O REVISTA N.º 33 · PUBLICAÇÃO PERIÓDICA · JUNHO 2019

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Publicação Periódica daAssociação de Fuzileiros

Revista n.º 33 • Junho 2019

PropriedadeAssociação de Fuzileiros

Rua Miguel Pais, n.º 25, 1.º Esq.2830-356 Barreiro

Tel.: 212 060 079 • Telem.: 927 979 461email: [email protected]

www.associacaofuzileiros.pt

Edição e RedacçãoDirecção da Associação de Fuzileiros

DirectorManuel Seabra

Director Adjunto/Editor PrincipalBenjamim Correia

ColaboraçõesDelegações da AFZ, CM, JR, LS, BC,

Ribeiro Ramos, Miranda Neto, José Horta, Paulo Gomes da Silva, Adelino Couto,

Elísio Carmona, Jorge Monteiro e Vidal de Rezende

Fotografia: Ribeiro, Afonso Brandão, Mário Manso, António Fernandes e MLS

Capa: Manuel Lema Santos

Coordenação eprodução gráfica

Manuel Lema [email protected]

Impressão e acabamentoGMT Gráficos, Lda.

email: [email protected]

Tiragem2.000 exemplares

Depósito legal n.º 376343/14

ISSN 2183-2889

Não reconhecemos qualquer nova forma de ortografia da língua portuguesa mas, no respeito por diferente opção, manteremos os textos de terceiros aqui publicados que

configurem outra forma de escrita.

índice ficha técnica

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Editorial “No meu tempo é que era” 3

Dia do Fuzileiro Dia do Fuzileiro 2019 4

Assembleia Geral Assembleia Geral 5

Corpo de Fuzileiros Aprontamento da Força de Fuzileiros N.º 2 7

Curso de Especialização em Abordagem para Fuzileiros 8

Equipa de Abordagem ao porta-aviões “Charles de Gaulle” – Mar Mediterrâneo 9

Exercício Internacional de cooperação civil-militar da NATO – Exercício Double River 19 9

Exercício STRONG-IMPACT 19 10

Honra & Memória Centenário do Armistício da Grande Guerra – Participação da Marinha vs Corpo de Fuzileiros 11

Restauro de Placas Comemorativas – Mural da Escola de Fuzileiros 12

Homenagem Segundo-Grumete FZ Carlos Alberto Marques Mendes 13

Olé Fuzileiros! - Uma homenagem 14

Homenagem aos Combatentes de Sousel 15

Outra Perspectiva O 10 de Junho de 1974 e o… Abençoado Tique! 16

Pensamentos & Reflexões Como foi, o como era! – A propósito do 47.º aniversário do 20.º CFORN FZ/29.º CFE 19

Notícias Classe de Fuzileiros do 18.º CFORN 23

Associação de Fuzileiros – 42.º Aniversário – Um Dia Diferente 25

“Dia Nacional do Combatente” – Comemoração da Batalha de La Lys 83.ª Romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido 27

398.º Aniversário dos Fuzileiros e Dia do Corpo de Fuzileiros 29

Dia da Marinha 2019 – A Marinha desembarcou em Coimbra 30

Cadetes do Mar Unidade do Corpo de Cadetes do Mar FuzileirosDivisão do Mar 31

Divisões Divisão do Mar e das Actividades Lúdicas e Desportivas 34

Delegações Delegação de Fuzileiros do Algarve (DFZA) 35

Delegação de Fuzileiros da Beira Alta (DFZBA) 37

Delegação de Fuzileiros do Douro Litoral (DFZDL) 38

Delegação de Fuzileiros de Juromenha/Elvas (DFZJE) 40

Delegação de Fuzileiros da Polícia Marítima (DFZPM) 42

Núcleo de Fuzileiros Motociclistas (NFZM) 42

Rádio “Filhos da Escola” 43

Convívios Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 2 – Angola 1965/67 44

Filhos da Escola – Setembro de 1962 – 56.º Aniversário 44

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 13 – Angola 1965/67 – 53.º Aniversário 45

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 5 –Moçambique 1969/71 – 50.º Aniversário 46

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 9 – Moçambique 1967/69 – 50.º Aniversário 47

Filhos da Escola de 1970 48

Filhos da Escola – Abril de 1968 48

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 8 – Moçambique 1966/68 – 50.º Aniversário 49

Núcleo de Fuzileiros dos Templários de Tomar – 23.º Convívio 50

Obituário 51

Diversos 51

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editorial

3O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

A expressão “No meu tempo é que era” tende a ser utilizada pelas gerações que envelhecem em relação às gerações mais novas. Temos sempre a tendência em achar que o tempo em que vivemos foi melhor

ou mais duro do que aquele onde as novas gerações vivem. O ter vivido numa altura que parece cada vez mais remota e ter saboreado uma era com dificuldades acrescidas de tudo, até de ignorância, dá-nos um currículo de vida diferente e especial. No meu tempo é que era, no nosso tempo é que era, naquele tempo é que era. Acreditem ou não, deixou de o ser… Mas deixa muitas saudades!

Nas conversas entre amigos acabamos, quase sempre, por revelar a nossa saudade da velha portugalidade e do peso que teve no nosso percurso de vida. Apesar de se tratar de um filme a preto e branco, mostrado numa tela cinzenta para dar alguma cor, podia observar-se o mundo pouco mais do que até ao da nossa Aldeia. O resto do mundo não existia, estávamos orgulhosamente sós. Quando a notícia nos chegava, já não era notícia! Na Aldeia, havia uma mercearia e uma taberna que vendiam farinha, açúcar, copos de três… e fiados. Também havia um “lavadoiro” e um barbeiro onde a vida dos vizinhos era lavada diariamente e passada a pente fino! Os camponeses mais pobres, que eram quase todos, praticavam uma agricultura de subsistência e matavam um porco uma vez por ano. Os ovos da galinha eram vendidos e também contribuíam para a subsistência. Ah! O resto do mundo existia sim e chamava-se Ultramar! As mulheres e os filhos pequenos não sabiam onde ficava mas sabiam que era para lá que mandavam os seus maridos, pais, filhos, tios e amigos para combaterem. Alguns nunca mais regressaram!

“No meu tempo é que era” e falávamos de tudo isto com a firmeza cimentada numa ignorância que também ignorávamos!

Hoje, face à quantidade e velocidade como nos é debitada a informação através dos inúmeros equipamentos e meios de comunicação social ávidos de nos venderem todo o tipo de notícias, tornámo-nos detentores e difusores de opiniões e de verdades absolutas sobre todos os assuntos. Chegamos, até mesmo, a criar inimigos, mesmo que virtuais quando, no meu tempo, os problemas se resolviam com um palavrão ou com uns murros bem dados e duravam, apenas, até ao próximo jogo de futebol, com balizas marcadas por duas pedras, no meio da estrada!

Existirá, com certeza, um equilíbrio entre a lentidão “do nosso tempo” e esta sofreguidão dos tempos modernos. Julgo que este equilíbrio está no pensar várias vezes antes de opinar, o que nem sempre é fácil. E reparem, escrevo no plural, porque o “nosso tempo” é precisamente agora e é neste tempo que queremos viver! O passado apenas faz e sempre fará parte da história de cada um.

Claro que temos sempre a alternativa de nos refugiarmos “No meu tempo é que era”. A escolha é livre! A escolha é sua!

.

Manuel Leão SeabraPresidente da Direção

“No meu tempo é que era”Manuel Leão Seabra

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diadofuzileiro

4 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Dia do Fuzileiro 2019- 6 de Julho -

Camaradas,

Juntemo-nos nesta grande festa e partilhemos esta oportunidade de conviver no dia de todos os Fuzileiros e para todos os Fuzileiros, família e amigos que se queiram associar.

Vem participar na Cerimónia Militar, navegar no Rio Coina, de Bote ou de Lancha Anfíbia, fazer o Slide, subir a Torre de Escalada, rever o nosso Museu, recordar (ou experimentar) uma vez mais a mítica Pista de Lodo ou simplesmente rever os amigos que há muito não encontras.

Mas para que possas reviver algumas destas experiências, Passeio de LARC, Passeio de botes, Pista de Lodo, Pista de Combate, Tenda Airsoft, Torre de Escalada e Slide da Torre Anfíbia terás de preencher o respectivo “Termo de Responsabilidade”, tanto na qualidade de utilizador como de tutor, se for o caso.

Escola de Fuzileiros

O modelo do “Termo de Responsabilidade” será oportunamente divulgado nas plataformas da AFZ e do Corpo de Fuzileiros e bastará imprimir, preencher e assinar.

Fortes, Unidos, Zelosos, Orgulhosos, Simples – FUZOS!

Nota: O programa completo está a ser amplamente divulgado, por mail, na Página FB e Site da Associação mas, às 8 horas, os portões da Es-cola abrem-se de par em par para vos receber a todos.

Contactos para eventuais esclarecimentos:

– ASSOCIAÇÃO DE FUZILEIROS

Email: [email protected]

Tel: (+351) 212 060 079

(+351) 927 979 461

– ESCOLA DE FUZILEIROS

Sec. Protocolo:

Email: [email protected]

Tel: (+351) 210 927 288

(+351) 910 410 298

Oficial de Dia:

Tel.: (+351) 912 301 673

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assembleiageral

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No dia 16 de Março de 2019, na Sede da Associação de Fu-zileiros, realizou-se a Assembleia-Geral (AG) desta Associa-ção após convocatória do Presidente da Mesa da Assem-

bleia, Capitão de Mar-e-Guerra Vasco da Cunha Brazão.

A Ordem de Trabalhos (OT), difundida na íntegra no número ante-rior da nossa Revista, contemplava vários assuntos de interesse relevante nomeadamente:

– a apresentação para aprovação do Relatório de Actividades e Contas do exercício de 2018 e do Orçamento para 2019; a proposta de alteração ao artigo terceiro do Regulamento das Estruturas e Serviços Centrais e Regionais (RESCR) “Da criação de Núcleos, no âmbito das Delegações”, ao abrigo da alínea e), nº. 4, do artigo décimo segundo dos Estatutos;

– apresentação, para eventual aprovação, do Regulamento do Núcleo de Fuzileiros Motociclistas (NFZM) da Associação de Fuzileiros, já criado por deliberação da Direcção Nacional, nos termos estatutários e ao abrigo do artigo terceiro do RESCR;

– apresentação, para ratificação, da criação da qualidade pro-visória de “Sócio Institucional” em alteração ao artigo quinto dos Estatutos, após ultrapassado o período provisório de dois anos e após a ratificação;

– apresentação para eventual aprovação do “Regulamento In-terno de Atribuição de Medalhas e Condecorações da AFZ”, ao abrigo da alínea e), nº. 4, do Artigo Décimo Segundo dos Estatutos.

O Presidente da Mesa começou então por saudar todos os pre-sentes e pediu para ser guardado um minuto de silêncio em me-mória dos Fuzileiros e Sócios já falecidos.

De seguida deu a palavra ao Presidente da Direcção, Capitão de Mar--e-Guerra Manuel Seabra que, depois de algumas considerações sobre os princípios que nortearam a acção da Direcção no decor-rer do ano económico de 2018 que agora termina, enfatizou o ri-gor orçamental e os elevados padrões de execução conseguidos.

Com apoio do Power Point, uma novidade nestas Assembleias, descreveu e esclareceu as actividades desenvolvidas e manifes-tou a sua determinação em continuar a dar passos em frente.

Apresentou depois alguns quadros que evidenciaram de forma pormenorizada, a correcta gestão das rubricas orçamentadas e como foi executado o orçamento previsto evidenciando, mais uma vez, a elevada taxa de execução.

Perante esta apresentação o Presidente do Conselho Fiscal, Ca-pitão de Mar e Guerra Rocha e Abreu, leu o parecer daquele Con-selho, considerando que a Direcção tinha efectuado uma gestão financeira e patrimonial, excelente.

Submetidos pelo Presidente da Mesa à votação, foram os Rela-tórios de Actividades e Contas do exercício de 2018, aprovados por unanimidade.

Seguidamente o Presidente da Direcção apresentou o Orçamento para 2019 sublinhando, desde logo, a necessidade de aplicação de novas verbas em condecorações a sócios de acordo com pro-posta que seguidamente poria à aprovação da Assembleia, con-forme OT.

A proposta orçamental para 2019 foi também aprovada por una-nimidade, sendo de seguida apresentadas, esclarecidas e justi-ficadas, todas as outras propostas da Direcção incluídas na OT desta AG.

A primeira proposta a ser analisada dizia respeito à alteração ao artigo terceiro do Regulamento das Estruturas e Serviços Cen-trais e Regionais (RESCR), relativamente à criação de Núcleos, no âmbito das Delegações. A proposta foi votada e aprovada por unanimidade.

De seguida foi analisada, votada e aprovada por unanimidade a proposta de alteração ao artigo n.º 3 do RESCR a fim de permitir a integração do Núcleo de Fuzileiros Motociclistas (NFZM), agora com um regulamento próprio (Regulamento do Núcleo de Fuzilei-ros Motociclistas), na Associação de Fuzileiros.

Assembleia Geral

16 de Março de 2019

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assembleiageral

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O CFZM foi um grupo que nasceu de uma iniciativa particular do sócio Gonçalo Cambalhota, foi crescendo e actualmente tem grande visibilidade nos eventos em que participa em prol da divul-gação da AFZ, dos Fuzileiros e da Marinha em Geral.

A proposta foi também votada e aprovada por unanimidade.

Foi depois abordado e votado o ponto seguinte da OT que diz respeito à criação de uma nova categoria de sócio, a de “Sócio Institucional”. Esclarecidas algumas dúvidas pelo Presidente da Direcção, foi a proposta sufragada e ratificada.

O último ponto apresentado e sub-metido a aprova-ção da Assembleia dizia respeito ao Regulamento Inter-no de Atribuição de Medalhas e Conde-corações, ao abrigo da alínea e) do n.º 4 do art.º 12.º dos Estatutos da AFZ. Foram propostas e apresentadas em projecção as várias medalhas de acordo com as condecorações a atribuir aos sócios, premiando respectivamente o mérito e a fidelização. Tendo havido uma abstenção, foi a proposta aprovada por maioria.

Depois de entoado pelos presentes o Hino da Associação de Fuzi-leiros, o Presidente da Mesa da Assembleia, deu por encerrados os trabalhos e consequentemente a Assembleia Geral.

A Direcção

Nota da Redacção: Por razões de conveniência este artigo segue de perto o texto da acta elaborada pelo Secretariado da Mesa da Assembleia Geral.

Mensagem do Presidente da Direção NacionalCaros Sócios,

Camaradas e amigos,

Concluída mais uma Assembleia-Geral (AG) da AFZ, tenho de concluir que a mesma decorreu com o brio e a dignidade expectável, tendo-se atingido os objectivos propostos.

Durante o último ano de gerência estudamos, preparamos e apresentamos propostas, numa demonstração inequívoca de darmos “passos em frente” como é nossa obrigação.

A aprovação, por unanimidade (independentemente de ter havido uma única abstenção), dos temas apresentados, revelou credibilidade nesta Direção e vontade dos sócios nesta “aposta no futuro”, permitindo aumentar a estrutura organizativa (cria-ção do Núcleo de Fuzileiros Motociclistas), vincular várias instituições à AFZ (Sócios Institucionais) e, principalmente, permitir iniciar-se um processo de reconhecimento do mérito e da fidelização àqueles sócios que, de facto, são ou foram referências históricas da nossa Associação e Delegações.

Tudo isto só foi e é possível, graças ao empenho de uma Direção (também ela, de referência) e das suas Delegações e Núcleos, que não se poupam a esforços, dando tudo de si, principalmente o seu tempo retirado às famílias, para manterem esta “nossa casa”, neste patamar de referência.

Não vou falar em nomes, para não correr riscos de me esquecer de alguns, podendo ofendê-los sem intenção. Até neste capí-tulo, continuarei a afirmar que somos todos iguais... mas uns mais iguais que outros!

Assim, merecem especial referência, aqueles que marcam presença permanente nas reuniões mensais e intercalares da Di-reção, os que tratam das aparelhagens e dos sistemas de som, os que colaboram na elaboração de apresentações video, os que se empenham no arranjo da nossa sala multiusos, os que se preocupam com a nossa imagem e com os nossos meios de comunicação, os que mantém os sócios informados sobre os eventos planeados, os que planeiam e conduzem , com brio, as actividades desportivas, recreativas e culturais levadas a efeito nos quatro cantos do País, os que respondem sempre “Presen-te” nos encontros em que a AFZ é convidada, os que se “uniformizam” e, disfarçando as mazelas físicas que o tempo teima em mostrar, aparecem e exibem os nossos “Guiões”, quer isoladamente, quer em grupo desfilando, hoje, com a “cagança” dos Fuzileiros de ontem!

Foram e são todos vós que tornaram e tornam possível momentos como o de ontem, enchendo de orgulho qualquer “Presiden-te” da Assembleia-Geral ou da Direção Nacional.

É esse orgulho que quero, agora e aqui, partilhar convosco... esse orgulho também vos pertence.

Forte abraço “Azul-Ferrete”.

Manuel Leão de SeabraPresidente da Direção Nacional

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corpodefuzileiros

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Perante um novo paradigma de planeamento das operações, o Corpo de Fuzileiros (CF) alinhou, recentemente, com as dire-tivas emanadas nos documentos enformadores e estruturan-

tes da Defesa Nacional e das Forças Armadas, iniciando assim, um processo de mudança sem precedentes e do qual resultou a criação das Forças de Fuzileiros (FFZ).

Desde 15 de dezembro do ano transato, que decorre o processo de certificação da Força de Fuzileiros N.º 2 (FFZ2), formalizando a primeira fase de um ciclo operacional de três anos.

A certificação foi repartida em 3 fases, iniciando-se ao nível do escalão de Secção (8 elementos), evoluindo até ao escalão de Força (197 elementos), consolidando a integração das diversas valências (manobra, assalto anfíbio, apoio de combate e apoio de serviços em combate). A fase de certificação, permitiu aprontar uma FFZ de forma continuada e sequencial, segundo o conceito de emprego “full spectrum”.

A avaliação da fase I, que decorreu no período de 14 a 18 ja-neiro de 2019, nas áreas de Pinheiro da Cruz e Fonte da Telha, teve como objetivo assegurar que cada militar da FFZ2 possuísse conhecimentos consolidados e domínio da Técnica Individual do Combatente que lhe permitisse a total integração nos respetivos escalões de combate. As áreas técnicas de incidência desta ava-liação foram, a Infantaria de Combate, o desembarque e reembar-que em Costa Aberta e o Tiro. Pretendeu-se, ainda, garantir que cada militar estivesse apto a operar a arma ou sistema de armas que lhe está atribuído ou pelo qual é responsável, incluindo as armas de apoio.

A avaliação da fase II, que decorreu no período de 11 a 15 de fevereiro de 2019, nas áreas da Mata da Machada, de Pinheiro da Cruz e Fonte da Telha, destinou-se a avaliar o desempenho dos Pelotões da FFZ2 configurados apenas para Manobra. Desta for-ma, e com o intuito de garantir a uniformização de procedimen-tos em linha com a doutrina em vigor, foram executadas séries relacionadas com atividades ofensivas, defensivas e facilitadoras tendo ainda sido praticados procedimentos de desembarque e reembarque em costa aberta e tiro (incluindo armas de apoio).

A avaliação da fase III do processo de certificação, que decorreu no período de 09 a 15 de março de 2019 nas áreas do Estuário do Rio Sado e Pinheiro da Cruz, teve como objetivo a execução

Aprontamento da Força de Fuzileiros N.º 2

de uma incursão anfíbia e de um assalto anfíbio com projeção a partir dos navios da esquadra, utilizando os seus meios orgâ-nicos (botes Zebro III), visando a preparação para integrar uma Amphibious Task Force (ATF) como força de desembarque. A certificação final da FFZ2 culminou com a realização do exercí-cio de integração na esquadra, o “INSTREX 19”, que decorreu no período de 25 de março a 13 de abril de 2019 e que contou com a participação da 22nd Marine Expeditionary Unit (22nd MEU) do United States Marines Corps (USMC). O objetivo principal deste exercício foi a realização de de uma incursão anfíbia seguida de uma Non-Combat Evacuation Operations (NEO), impondo assim uma maior capacidade de comando e controlo entre a FFZ2, a componente Naval e a 22nd MEU.

Esta fase final da certificação permitiu consolidar várias técni-cas, táticas e procedimentos da FFZ2 e assim confirmar a sua prontidão e interoperabilidade em diversos cenários de atuação da NATO.

Resultante da certificação da FFZ2 podemos afirmar que esta For-ça estará apta a desempenhar missões em todo o espectro das operações militares, no âmbito do Conjunto Modular de Forças (CMF), e em prontidão permanente para empenhamentos no âm-bito dos compromissos e acordos de cooperação superiormente estabelecidos, estando neste momento em aprontamento para integrar as medidas de tranquilização da NATO da Lituânia no período de 01 de julho a 28 de setembro de 2019.

CCF

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corpodefuzileiros

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Em 2007, o Despacho do Comandan-te do Corpo de Fuzileiros, então o Contra-almirante Carvalho Abreu, de-

terminava que até 30 de junho de 2008 o Pelotão de Abordagem (PELBOARD) deve-ria aumentar o seu efetivo. Houve assim necessidade de preparar um Estágio de Adaptação ao PELBOARD alargado a mili-tares da especialidade de Fuzileiros.

Desde a criação do referido estágio em 2007, realizaram-se três edições, respe-tivamente em 2008, 2009 e 2010, tendo sido a estrutura do Estágio adaptada em 2012, passando a ser um Curso de Espe-cialização em Abordagem, realizado na Escola de Fuzileiros.

O Curso de Especialização em Abordagem tem uma duração de 180 horas, 30 dias úteis, com a finalidade de capacitar os formandos com conhecimentos e compe-tências na área da abordagem, cooperan-te e não-cooperante, proteção do navio e Combate em Espaços Confinados.

O curso é composto por seis módulos: Ar-mamento e tiro, Doutrina, Marinharia, Pro-teção do Navio, Educação Física, Aborda-gens e combate em espaços confinados, terminando com um estágio embarcado a bordo de uma unidade naval.

Durante este período, os alunos fazem exercícios de tiro em Carreira de Tiro e Campo de Tiro, abordagem a vários tipos de embarcações, combate em espaços confinados, técnicas de busca, revista e imobilização a suspeitos, rapel, fast rope, natação de sobrevivência, treino com meios de inserção de superfície (bote e

lancha de assalto rápida) e com meios aé-reos, através do helicóptero orgânico da Marinha, o Lynx Mk95.

Fora da estrutura formativa, o Curso de Especialização em Abordagem pretende desenvolver nos alunos o espírito de ca-maradagem, espírito de equipa e de en-treajuda, pois visa capacitar os forman-dos para desempenharem com sucesso todo o tipo de missões a bordo das várias unidades navais da Esquadra, que na sua maioria são longas e em condições adversas.

No período de 04 de fevereiro a 20 de março de 2019, realizou-se na Escola de Fuzileiros mais uma edição do Curso de Especialização em Abordagem, contando com um total de 13 formandos Fuzileiros; 2 Oficias, 3 Sargentos e 7 Praças e 1 Ofi-cial Fuzileiro Timorense).

O Curso terminou com o habitual estágio de embarque, realizado a bordo dos NRP António Enes e Figueira da Foz, tendo to-dos os formandos obtido aproveitamento no curso.

1SAR FZ Silva PessoaFormador do Curso de Especialização em Abordagem

Curso de Especializaçãoem

Abordagem para Fuzileiros

UMA ASSOCIAÇÃO VIVA E PARTICIPADA

Estimados sócios,

Como já vem sendo prática na nossa Asssociação, as Reuniões da Direcção são abertas aos sócios sendo, para o efeito, amplamente publicitadas.

A Direcção agradece todos os contributos que, de viva voz ou por qualquer outra via, os sócios nos queiram fazer chegar.

Os interessados devem, sempre que possível, inscrever-se préviamente no secretariado.

A Direcção da AFZ

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corpodefuzileiros

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No período de 18 a 22 de março de 2019, 11 militares dos três Ramos das Forças Armadas portuguesas,

pertencentes ao Destacamento Conjunto de Cooperação Civil-Militar (CIMIC) sob o comando do CTEN ST FZ Jorge Mar-tins (Segundo Comandante do Batalhão de Fuzileiros N. º 1 (BF1), participou no exercício multinacional de Cooperação Civil-Militar “Double River 19”, que de-correu em Motta di Livenza, Itália, sede do Quartel-general do Multinational CIMIC Group (MNCG).

Portugal faz parte do MNCG1, sendo esta uma unidade da NATO especializada na condução de operações CIMIC, em apoio a uma Força militar e o Destacamento con-junto nacional contribui para a Força de Reação da NATO.

A CIMIC dispõe de um conjunto de capaci-dades que apoiam o Comandante de uma

1 Para além de Portugal, participam os seguin-tes países: Grécia, Hungria, Itália, Roménia e Eslovénia.

operação militar na sua interação com os diversos atores não-militares presentes no teatro de operações, na partilha de informação, essencialmente, na ligação das populações e autoridades locais e organizações e agências internacionais, nacionais e não-governamentais. A CIMIC tem por principais funções: a ligação civil--militar; o apoio à estrutura civil; e o apoio à Força militar.

Este exercício, considerado pelo MNCG2 como maior evento para o ano de 2019, constituiu uma oportunidade ímpar de treino e integração do Destacamento con-junto, visou essencialmente testar a pron-tidão e interoperabilidade do quartel-ge-neral do MNCG e a sua capacidade para conduzir atividades e comandar unidades táticas CIMIC num conflito de alta inten-sidade, numa intervenção no contexto do Artigo 5.º da Aliança Atlântica. Contou, também, com a presença de participan-tes, civis e militares, da França, Grécia,

2 https://www.cimicgroup.org/full_news/

Uma Equipa do Pelotão de Abordagem (PELBOARD), chefiada pelo 1SAR FZ Silva Faustino, embarcou na Fragata NRP Corte Real, durante o período de 21 de fevereiro a 18 de março de 2019. O Navio teve como missão a escolta ao

porta-aviões da Marinha francesa “Charles de Gaulle”, durante o seu trânsito entre o porto de Toulon (França) até ao sul da ilha de Creta (Grécia).

A Equipa de Fuzileiros a bordo participou na segurança do navio perante ameaças externas que pudessem surgir e que colocassem em risco a sua navegação. A rotina diária da Equipa passava pela prática de treino físico coletivo e em diversas áreas técnicas, tais como: socorrismo em combate, manobra de cabos, combate em áreas confinadas e abordagens.

Exercício Internacional de cooperação civil-militar da NATO

Exercício Double River 19

Equipa de Abordagem ao porta-aviões

“Charles de Gaulle” Mar Mediterrâneo

No âmbito da execução da missão, a Equipa participou na proteção do navio em pontos sensíveis, efetuou treino de tiro com armamento portátil, realizou séries de simulação de ataques aéreos ao navio, e por último, a projeção da Equipa por heli-cóptero Lynx MK95 com inserção por fast rope, seguido de uma progressão tática até à ponte do navio.

1SAR FZ Silva FaustinoChefe da Missão

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corpodefuzileiros

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No período de 21 a 27 de março, o Corpo de Fuzileiros participou no exercício da Artilharia do Exército

Português, designado por “Strong Impact 19”, realizado no Campo Militar de Santa Margarida.

O exercício teve como objetivo primário, o desenvolvimento da capacidade operacio-nal das Unidades de Apoio de Fogos, cons-tituintes da Componente Operacional do Sistema de Forças do Exército, bem como, o acolhimento de outras forças interna-cionais e nacionais, tais como, o Exército Espanhol e a Marinha Portuguesa.

A Marinha representada pelo Corpo de Fuzileiros, participou no exercício “Strong Impact 19” com um elemento de avalia-ção e controle, e um Pelotão de Mortei-ros como audiência de treino, comandado pelo STEN FZ Lopes, do Batalhão de Fuzi-leiros N.º 2 (BF2), integrado no Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMEC).

A temática do exercício enquadrou-se num contexto militar de guerra híbrida e de conflito armado, realizando-se em

duas fases: a primeira no Regimento de Artilharia n.º 5 em Vendas Novas, direc-cionada para o planeamento da fase táti-ca. Nesta fase o Comandante de Pelotão de Morteiros dos Fuzileiros, integrou o Estado-Maior do BIMEC, permitindo gran-de partilha de aspetos doutrinários rela-tivamente a uma operação terrestre de grande envergadura.

A segunda fase, em formato Live Exercise (LIVEX), realizou-se no Campo Militar de Santa Margarida com o objetivo de colo-car em prática o que anteriormente fora planeado. Nesta fase o Pelotão de Mor-teiros dos Fuzileiros, juntamente com as diversas unidades de artilharia do Exérci-to, apoiou com fogos indiretos a manobra terrestre do BIMEC.

O exercício “Strong Impact 19” integrou diferentes armas do Exército na condução de um exercício, simulando uma operação em ambiente hostil, traduzindo-se numa excelente oportunidade à semelhança de edições anteriores, na partilha de técni-cas, táticas e procedimentos relativamen-te ao emprego de fogos indiretos em apoio às unidades de manobra.

A participação neste tipo de exercício permite aumentar o nível de treino com morteiros, nomeadamente com os mortei-ros de 120 mm e nivelar internamente os procedimentos entre as equipas de armas.

Vitor M. Borges Rodrigues2TEN FZ

Hungria, Noruega, Roménia, Eslovénia, Espanha e Turquia.

O “Double River 19” abordou essencial-mente temas relacionados com “Crianças e conflitos armados”, “Proteção do Patri-mónio Cultural” e a “Resiliência”.

Dos 11 militares que constituem este Des-tacamento, seis pertencem à Marinha,

provenientes do BF1, Escola de Fuzileiros (EF) e Escola Naval (EN), dois ao Exército e três à Força Aérea.

A participação neste evento, permitiu a to-dos os militares e, em particular da Mari-nha, desenvolver e aplicar as capacidades e perícias na área da cooperação civil-mi-litar, num ambiente internacional de gran-de visibilidade3. As tarefas atribuídas pelo MNCG, consistiram no contato direto com os atores civis no terreno, fazendo a liga-ção e partilhando informação devidamente autorizada, contribuindo para a aceitação e credibilidade dos militares, sempre em apoio à força militar.

3 Registando-se a visita da Ministra da Defesa de Itália

https://www.cimicgroup.org/full_news/mi-nister_of_defence_trenta_at_the_double_ri-ver_2019_exercise_conducted_by_the_mncg/

O profissionalismo, o rigor, a flexibilidade e competência dos nossos “marinheiros” e demais Camaradas dos outros Ramos permitiram realizar, com sucesso, as tare-fas atribuídas, prestigiando assim o Corpo de Fuzileiros e as Forças Armadas Portu-guesas.

BF1/CCF

Exercício STRONG-IMPACT 19

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honra&memória

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Centenário do Armistício da Grande Guerra

Participação da Marinha vs Corpo de Fuzileiros

4 de Novembro de 2018

A Grande Guerra teve um importante significado na história contemporânea portuguesa, com reflexos sociais que ex-cederam largamente o campo militar. Quando passam cem

anos sobre o fim deste conflito, as Forças Armadas portuguesas, evocando o Centenário do Armistício, prestaram homenagem a todos os portugueses que se bateram nos campos de batalha de África e da Europa, numa cerimónia militar realizada no passado dia 4 de novembro de 2018, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a qual foi presidida por Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas.

A convite de Sua Ex.ª o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e do Presidente da Liga dos Combatentes, a Associação de Fuzileiros marcou presença neste evento, sendo representada

pelo Presidente da Direção e por diversos sócios, quer integrados no desfile da Liga, quer entre o público assistente.

Como Ramo das FFAA e cumprindo o conceito previamente de-finido, a Marinha integrou este evento nacional, centrando a sua participação na componente de ensino e formação, nas unidades operacionais, bem como na componente operacional do sistema de forças. Associado a esta participação, apresentou algumas das suas capacidades, quer nos desfiles das forças apeadas e motori-zadas, quer na presença de meios navais.

A participação dos Fuzileiros neste evento militar considerado o maior dos últimos cem anos, traduziu-se no apoio e participação na organização, bem como nos treinos das forças da Marinha, a saber:

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Forças apeadas:

– Participação no Bloco de Estandartes Heráldicos de 25 antigas unidades combatentes e respetivos porta-es-tandartes;

– Participação no Bloco de Estandartes Nacionais e respetivos porta-estan-dartes, sendo 12 Estandartes da Ma-rinha (incluindo o Estandarte condeco-rado na Cerimónia Militar);

– Integração de um pelotão da Brigada Real de Marinha;

– Integração no “Bloco da Marinha”, comandado pelo Comodoro Soares Ribeiro, de duas Unidades de Escalão Batalhão (UEB.

Forças motorizadas:

– Participação com o elemento de pro-jeção anfíbia do Corpo de Fuzileiros, com 14 viaturas e meios demonstra-tivos das várias capacidades.

Como elemento estatístico, a Marinha integrou esta Cerimónia Militar com um

Bloco constituído pela Banda da Armada, com um Grupo de Comando, com uma UEB da Escola Naval, com uma UEB da Escola de Tecnologias Navais e com o Comando Naval constituído por duas UEB (forças apeadas), um elemento de proje-ção anfíbia, duas unidades navais, 1 Lynx MK95, 14 viaturas táticas e outros meios demonstrativos das várias capacidades totalizando 1169 militares.

Manuel Seabra Presidente da Direcção

Restauro de Placas Comemorativas

Mural da Escola de Fuzileiros

Todos sabemos que o tempo é implacável e que os materiais expostos ao tempo acabam, mais tarde ou mais cedo, por se corroerem.

Foi o que aconteceu com as placas comemorativas afixadas no Mural da Escola de Fuzileiros (EF), principalmente com aquelas viradas a NW sofrendo, mais que as restantes, os efeitos nefastos do tempo apresentando um aspeto pouco digno para o seu signi-ficado e importância.

De acordo com a sugestão veiculada na Acta N.º 258/09/2018, “… alguns sócios contactaram a Associação informando que em algumas placas comemorativas as inscrições já não estariam nas melhores condições, sugerindo que se encontre forma de se pro-ceder à sua beneficiação”.

Disso apercebeu-se a Associação de Fuzileiros quando, em ou-tubro de 2018, se deslocou à EF desencadeando, desde logo, negociações com o comando daquela Unidade no sentido de se restaurarem as placas que se encontravam mais deterioradas. Na altura, identificamos 18 a necessitarem de restauro urgente.

Face à indisponibilidade financeira da EF em assumir os cus-tos deste restauro, considerando que a maioria destas placas representam momentos de Destacamentos, Forças, Unidades, Companhias e Cursos de Fuzileiros, muitos deles nossos sócios,

a AFZ decidiu assumir a totalidade destes custos, identificando uma empresa habilitada para o efeito e solicitando, à EF, apoio na desmontagem e remontagem destas placas no mural. Acabaram por ser restauradas 12 placas e reproduzidas 4 novas por se en-contrarem totalmente irrecuperáveis.

Alguns meses depois, reflexo da excelente relação de proximida-de existente entre a AFZ e a EF, a dignidade voltou àquele Mural, facto que pode ser constatado pelos interessados, na sua deslo-cação à Escola de Fuzileiros, no próximo Dia do Fuzileiro.

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homenagem

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

A Associação de Fuzileiros não pode-ria deixar de estar presente, ao mais alto nível, nos diversos momentos

desta honrosa homenagem a um dos nossos camaradas e de colaborar com os organizadores, Município do Barreiro e Marinha Portuguesa, em tudo o que lhe foi solicitado.

Será oportuno lembrar que este militar do Barreiro faleceu há precisamente 32 anos, no acidente ocorrido a bordo do NRP An-tónio Enes, à entrada do porto da Horta, nos Açores.

Assim, o Presidente da Associação Capitão de Mar-e-Guerra Manuel Leão de Seabra, acompanhado de uma significativa repre-sentação da Associação a que preside, es-teve presente no descerramento de uma placa evocativa da Homenagem ao Militar colocada junto ao parque infantil, na Av. Bento Gonçalves e noutros momentos da homenagem.

O dia foi de emoções e gratidão, como muito bem referiu o Presidente do Câmara

Municipal do Barreiro (CMB), mas também de reconhecimento pela camaradagem e dedicação manifestadas por todos os an-tigos camaradas do militar homenageado, ao longo da preparação do evento. Foi também ocasião para lembrar todos os barreirenses que deram e dão a vida na defesa de todos nós.

Por parte da Marinha o Contra-Almirante Va-lentim Rodrigues agradeceu ao Município

do Barreiro o facto de se ter associado à homenagem que a Marinha decidiu reali-zar e recordou a mais trágica ocorrência que, a bordo de um navio da Marinha, mais vidas ceifou em tempo de paz e em que morreram seis camaradas.

Além das entidades acima referidas e dos familiares do militar homenageado, es-tiveram presentes o Vice-Presidente da CMB João Pintassilgo, o Comandante da Escola de Fuzileiros Capitão de Mar-e--Guerra Rogério Paulo Martins de Brito, entre muitos outros convidados e público em geral. Após odescerramento da placa evocativa, no mesmo dia, de manhã, de-correu uma Missa na Igreja de Nossa Se-nhora do Rosário, com a participação do Coro e do Septeto Clássico da Banda da Armada e uma Homenagem da Marinha no Cemitério do Lavradio.

A Banda da Armada deu um concerto me-morável no Auditório Municipal Augusto Cabrita.

AFZ

Segundo-Grumete FZ Carlos Alberto Marques Mendes

Barreiro, 10 de Março de 2019

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homenagem

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

As nossas atividades profissionais, como militares e, em particular como fuzileiros, constituíram, e constituem

para os ainda no ativo, o foco do dever. Po-rém, o apego obstinado em exclusivo pode até revelar-se desfavorável para o desem-penho, já que concorre para que nos alhe-emos de outras fontes de convivência e de contacto com demais entendimentos que, por desconhecidos, nos são estranhos.

Assim, quase todos temos ocupações de carácter lúdico que complementam a nos-sa vida profissional, sejam no domínio das artes, da cultura (e da agricultura…) em geral, dos desportos por mais singulares e arriscados que sejam - casos em que po-demos incluir uma diversidade de entrete-nimentos desafiantes.

É num misto de arte audaciosa e de des-porto temerário que se situa a, dita, Fes-ta Brava – A “Fiesta” de Hemingway, de Picasso, de Vargas Llosa, de Garcia Mar-quez, de Torga, de Alves Redol ou de Ma-nuel Alegre, entre outros. Na gíria: as tou-radas, termo que, para os eruditos, toca o depreciativo, semelhante a chamar “bola” ao futebol.

Foi neste domínio da tradição cultural por-tuguesa que, ao longo da carreira profis-sional, alguns camaradas se dedicaram nos seus tempos livres elegendo-a o ho-bby preferencial, como praticantes ou na qualidade de admiradores consequentes – estes, chamados aficionados.

Com a finalidade de reconhecer os per-cursos pessoais do CMG FZ Almeida Vie-gas, nesta qualidade, e do SMOR FZ José Coisinhas, principalmente como forcado amador (para os menos informados: até aos finais da década de sessenta houve profissionais), realizou-se no dia 11 de Maio uma corrida de toiros, na praça do Montijo, que os organizadores intitularam “I Corrida de Toiros do Ex-Combatente Fu-zileiro” – forma de, também, evocar todos os fuzileiros veteranos.

Presidiu ao evento o senhor Presidente da Câmara Municipal do Montijo, acom-panhado de outros autarcas e do senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia da cidade, proprietária da praça.

Após as cortesias (nos países de língua espanhola chamado “Paseo” - na prática uma parada e desfile dos intervenientes na

corrida… os tou-ros não!) foi ofe-recida ao CMG Viegas, pelos CMG Lhano Pre-to e CMG Vacas de Carvalho, em nome da organi-zação, uma placa alusiva à home-nagem.

Este ato teve como prólogo as palavras que se-guem e que tive a oportunidade de dirigir aos circunstantes:

«Senhor Presidente da Câmara Municipal do Montijo

Senhor Presidente da União de Freguesia do Montijo

Senhor Provedor da Santa Casa da Miseri-córdia do Montijo

Fuzileiros ex-combatentes

Aficionadas e aficionados

Em boa hora, um grupo de fuzileiros aficio-nados tomou a iniciativa de, com o apoio da empresa adjudicatária da praça de toi-ros do Montijo, montar esta corrida dedi-cada a todos os fuzileiros ex-combatentes, personalizados nos dois que hoje homena-geamos: o Capitão-de-Mar-e-Guerra Fuzi-leiro Almeida Viegas, antigo comandante do Corpo de Fuzileiros, aficionado e grande impulsionador das primeiras corridas de toiros da Associação de Fuzileiros; e o Sar-gento-Mor Fuzileiro José Coisinhas - de-tentor da Cruz de Guerra - emblemático e histórico forcado dos Amadores do Montijo.

Vem a propósito recordar que bastantes militares da Marinha foram, e são, aficio-nados e, mesmo, notáveis taurinos. Nes-tes, destaco o crítico tauromáquico Co-mandante Cristóvão Moreira, que, com o pseudónimo “Solilóquio”, foi o autor portu-guês que mais escreveu sobre toiros: mais de vinte livros com centenas de crónicas.

Dos marinheiros que pisaram as arenas há que nomear, essencialmente, numerosos forcados. Permitam-me que refira o mari-nheiro Manuel Faia, que foi um dos mais famosos forcados profissionais nas déca-das de cinquenta à de setenta do século passado.

Porém, foram fuzileiros e militares da ma-rinha que prestaram serviço em unidades de fuzileiros a maioria dos forcados que serviram na Marinha. Na natural impos-sibilidade de nomear todos, alguns aqui presentes, destaco o Comandante Vacas de Carvalho, ex-combatente condecorado com a Cruz de Guerra - grande forcado do Grupo de Forcados Amadores de Mon-temor; e que temos a oportunidade de ter hoje connosco.

Uma referência final que constitui um re-gisto histórico de ser fuzileiro, combatente e ser forcado, que dezenas associaram.

O primeiro oficial habilitado com o curso de fuzileiro-especial, em 1961, o 1º Tenente Coelho Metzener, comandante do primei-ro Destacamento de Fuzileiros-Especiais, com várias comissões no antigo ultramar, notabilizou-se como forcado da cara do Grupo de Forcados Amadores de Santa-rém, na década de cinquenta do século vinte.

Após estes breves sublinhados, com que pretendemos evocar todos os fuzileiros ex--combatentes, ligados ou não ao meio tau-rino, vamos então assistir à corrida mon-tada para o efeito, fazendo votos para que os toiros sejam bravos e nobres, os artistas estejam à altura dos seus pergaminhos e os forcados - figuras únicas da festa brava que partilham, como sabemos, muitos atri-butos e sentimentos do fuzileiro, sobretudo “grande coração e alma enorme” - este-jam bem e tenham sorte, porque valentia têm-na sempre.

Obrigado pela vossa atenção.»

(Para não alongar a missiva, ficou por re-cordar, entre outros aspetos, que na déca-

Olé Fuzileiros! - Uma homenagem

Fotos gentilmente cedidas pelo senhor Miguel Alvarenga, conhecido crítico e blogger tauromáquico.

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homenagem

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A convite da Câmara Municipal de Sousel um grupo representativo da Direcção da Asso-ciação de Fuzileiros e da sua Delegação de

Juromenha/Elvas (DFZJE), esteve presente nestas cerimónias onde foi descerrada uma placa alusiva aos combatentes deste Concelho falecidos no ul-tramar e em outros cenários de guerra.

Além das entidades civis locais, (Presidente da Câmara Municipal e Presidente da Junta de Fre-guesia) e diversas entidades militares, esteve presente a nos-sa Associação a que se juntaram, como acima foi dito, elementos representantes da DFZJE. A ceri-mónia foi acom-panhada por uma Guarda de Honra composta por elementos do

da de noventa a Revista da Armada publi-cou uma série de artigos sobre os taurinos da marinha, um especialmente dedicado aos forcados que prestaram serviço até então.)

Seguiu-se a função conforme o programa, sob um sol escaldante que, após uma se-mana de chuva, terá dissuadido alguns de comparecer, preferindo a briza marítima ou o ar condicionado dos centros comer-ciais, ambiência que ainda não está dispo-nível nos recintos tauromáquicos.

Em jeito de súmula do espetáculo, pois não cabe aqui uma exaustiva reportagem, ape-nas alguns realces.

O cartel (termo tauromáquico para elenco) era formado por três cavaleiros: Emídio Pinto, Luís Rouxinol Jr e António Prates - este novel artista teve o desempenho mais conseguido, em especial na derradeira atuação.

Foram lidados 6 toiros da ganadaria de Er-nesto de Castro, com pesos entre os 500 e os 600 quilos (indicador que não é obri-gatoriamente fator de qualidade), todos de boa estampa, bravos e nobres.

Quanto aos forcados - elemento da festa mais dileto dos portugueses - estiveram em praça 3 grupos de forcados: Amadores do Ribatejo, Amadores da Tertúlia Tauro-máquica do Montijo e Amadores do Mon-tijo. Ordenamento segundo a antiguidade dos agrupamentos a partir da data da fun-dação, sem interrupção de atividade.

O desempenho dos grupos, face ao poder dos toiros, não obstante a valentia e a en-trega, foi irregular.

Assim, a pega de abertura por parte de Mário Silva dos Amadores do Ribatejo foi ao primeiro intento, muito correta, tanto no geral como nos quatro itens de avalia-ção (citar, receber, fechar e o conjunto do grupo).

A seguir, não obstante a nobreza dos opo-nentes, os grupos estiveram aquém do esperado, o que levou a numerosas tenta-tivas de pega.

Realidade espelhada no registo do pre-sidente do júri – comandante Vacas de Carvalho, que assessorei com o José Luís Figueiredo, antigo fuzileiro que foi cabo de um dos grupos em praça. Numa escala de

cinco pontos, cifrava-se numa varredela a “zeros” e “uns”! Critérios de fuzileiro e de forcado de outros tempos…

No entanto, a sexta e última pega que cou-be aos Amadores do Montijo, tendo como forcado da cara João Damásio, executada à primeira tentativa e suportando enormes derrotes, empolgou a assistência e sa-tisfez em muito os critérios de avaliação, pelo que foi considerada a melhor da tarde merecedora do prémio em disputa – uma bonita estatueta de uma pega com o nome “Troféu José Coisinhas” - entregue pelo homenageado ao forcado vencedor peran-te todos os forcados formados na arena.

Terminou, assim, com este momento dig-no e agradável a corrida de toiros dedicada ao Ex-Combatente Fuzileiro, em que dis-semos “Olé, comandante Viegas!” e “Olé, sargento Coisinhas!”, pelo que fizeram como aficionados e como fuzileiros.

Homenagem aos Combatentes de Sousel

Exército e pela Fanfarra dos Bombeiros locais que proce-deu aos toques da “Ordenança.” Muito bem organizada, a cerimónia decorreu de forma dig-na e no final foram dirigidos elogios e agradecimentos à Associação pela sua presença. Terminada a cerimónia de Homenagem aos Combatentes a CM de Sousel convidou os presentes para um jantar-convívio que também decorreu em ambiente muito agradável e acolhedor.

Mário Gonçalves

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outraperspectiva

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É uma estória de namorada, de mulher, na guerra, igual à de tantas outras que viveram a guerra com os maridos, com os na-morados, com os…amigos!

Há coincidências que marcam as nossas vidas!

Quis o acaso que ambos tivéssemos começado a “trabalhar” no mesmo dia, 28 de Fevereiro de 1972, eu como terapeuta ocupa-cional no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, da San-ta Casa da Misericórdia de Lisboa e ele incorporado na Marinha e nos Fuzileiros.

Os dias foram passando e no dia em que terminou o curso e foram conhecidas as classificações, nesse dia, ao chegar ao pé de mim, em Lisboa – como é bom de ver à época não havia telemóveis e a comunicação era pessoal – disse apenas:

– Vou para Angola, para Luanda, na Companhia de Fuzileiros n.º 6, que passará ali metade da comissão, e o restante será em Santo António do Zaire ou no Leste, Chilombo ou Lungué Bungo.

De tacada respondi:

– Não vais sozinho, também vou, talvez possa trabalhar lá durante a comissão, pois há lá um centro de reabilitação!

Casámos dois meses antes da partida dele e eu fiquei, esperan-do que de Luanda me requisitassem para ali trabalhar enquanto durasse a comissão.

Como a requisição não chegava a Lisboa, logo nos primeiros dias da comissão, ele dirigiu-se ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação de Luanda (CMFR de Luanda), instituição a quem, e através do Ministério do Ultramar, havia sido pedida a requisição para comissão eventual de serviço, e pediu audiência ao Director. Recebido com lhaneza, é confrontado com o motivo do não envio para Lisboa da requisição, que se devia ao facto de já, por diver-sas vezes, isso ter sido solicitado e autorizado e depois, durante a comissão, quando os maridos iam para o interior, para o “mato”, as respectivas abandonavam o trabalho para os acompanhar.

Perante a promessa de que eu ficaria sempre em Luanda, fosse ele para onde fosse, e como era preciosa a colaboração de uma terapeuta ocupacional, a requisição seguiu para Lisboa, o que

permitiu que no dia 5 de Abril de 1973 aterrasse no aeroporto Presidente Craveiro Lopes, em Luanda (hoje e desde 1975, ae-roporto Internacional 4 de Fevereiro), ao encontro do meu mais que tudo…!

Os primeiros 5 meses de comissão, a dois, foram vividos em Luanda; ele no Quartel em Belas, nos arredores de Luanda e eu exercendo funções no CMFR de Luanda. Com condições econó-micas que se poderão considerar de excepção, deu para alugar casa, mandar ir um carro de Lisboa e desfrutar da vida em Áfri-ca, naquela altura transbordante de vivências face à diversidade de culturas, conhecimentos e condições de vida que a situação de oficial e de licenciada proporcionavam. E falo deste aspecto porque bem tive oportunidade de constatar o que era a nossa vida comparada com a das famílias dos Sargentos e das Praças da Marinha, diferenças que se anteviam logo nos locais onde estavam situadas as respectivas residências. Porque o observei várias vezes, alguns viviam em condições bem precárias, que bem recordo e que me permito referir porque eram uns heróis pela forma como encaravam essas dificuldades e condições de vida, numa procura de obtenção de melhorias económicas que lhes permitissem viver mais desafogadamente após o regresso à Metrópole, como falavam os brancos, ou ao “puto” como desig-nava a população negra!

As famílias, no longínquo Portugal, ainda hoje não imaginam como era a vida dos militares na guerra colonial, a que sacrifícios se sujeitavam para ali estarem com as suas mulheres, muitos também com os seus filhos, alguns até ali nascidos durante a comissão! Por isso assistimos de vez em quando a declarações de ignorantes e invejosos, que não estiveram lá, que nem por lá passaram, apesar de defenderem que aquilo era Portugal! Não sabem do que falam!

Pelo meio vivemos vicissitudes diversas e os causadores, pela nossa leitura, claro, eram comuns: – Os respectivos Chefes!

No meu caso as dificuldades resultaram de ter sido confrontada com um tipo de direcção, de condições de trabalho e organização bem diferentes daquelas que vivera no Alcoitão. Mas as dificul-dades vividas não nos desanimaram, não nos fizeram entrar em depressão, antes nos fizeram crescer, vacinar e preparar para outras vicissitudes que depois a vida nos permitiu ir vivendo ao longo de uma carreira profissional de 40 anos.

O 10 de Junho de 1974 e o… Abençoado Tique!

Olívia Carmona

Canal Porto Rico – rio Zaire

Sumba, na antiga serração 10JUN1974

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outraperspectiva

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No caso dele a “guerra” era outra, de liderança, quiçá de inveja por eu o acompanhar!

E nos primeiros dias de Setembro de 1973 ele partiu para o “mato”, para Santo António do Zaire (Sazaire).

Como prometido, ele partiu e eu permaneci em Luanda, expec-tante de quando e onde nos voltaríamos a encontrar ao longo des-se esperado longo ano.

Como a necessidade aguça o engenho, algumas vezes a salto, sem guia de marcha – como funcionária pública, em comissão em Angola, só podia sair de Luanda com guia de marcha – metia--me no avião a caminho dos braços queridos. Apenas dois ou três dias, mas que dias…

Recordo a primeira vez, a única em que levei guia, em Outubro de 1973, quando fui passar o mês de férias a Santo António do Zaire porque ele fora impedido de usar as férias a que tinha direito. Assim, quando ele estava em Sazaire e não na Pedra do Feitiço e a saudade apertava, graças ao atestado médico que o saudoso Dr. Luís passava, lá me punha eu ao caminho… Sem o ser, era um bom psicólogo o nosso amigo Dr. Luís!

Com mais ou menos sobressaltos, a vida foi decorrendo e acon-teceu que o 25 de Abril o apanhou em Luanda, numa estadia breve para mudar de óculos. Aí soubemos da revolução ocorrida e vivemos outras estórias à volta desse acontecimento, durante quase dois dias naquela terra, ignorado por parte dos órgãos de comunicação oficial….

O aniversário dele aproximava-se e ele estava a comandar o pos-to da Pedra do Feitiço, algures no meio do rio Zaire, a cerca de 60 milhas de Sazaire! Dessa vez, nesse dia, não poderíamos festejar juntos…!

Eis senão quando no dia 8 de Junho, ao regressar a casa já noite dentro desse sábado em que tinha ido ao cinema, passei o portão

do quintal, dirigi-me à caixa do correio - como acontecia sempre que chegava a casa, fossem que horas fossem! (era como que um tique…) - e…

- Um papel cor-de-rosa!?... dobrado e fechado? Um telegrama?

…o coração acelerou e tremeu e a angústia foi apenas breve, tão breve quanto o tempo que levou a abrir “o recado”, porque no texto, curto, apenas as palavras:

”Vou amanhã Sazaire. Espero-te avião sábado. Beijos. João”

- Sábado? Foi hoje!...

- É meia-noite! Amanhã é Domingo, está tudo fechado! Haverá avião para Sazaire? A que horas? Haverá lugar? E o bilhete?......

Entrei em casa, mostrei o telegrama à Ana e ao Chico (o outro casal com quem vivíamos em casa alugada na Vila Alice, ele tam-bém oficial da Reserva Naval…) … subi ao quarto, com um ner-voso miudinho fiz a mala e pus o despertador nas 5 horas. Deitei--me. Nem dormi tal era o receio de não acordar… e o despertador nem chegou a tocar. Antes disso já estava a pé…

Às 6 horas estava no aeroporto!

Tudo fechado. Esperei. Pouco tempo depois chegou um senhor, com uma pasta. Sentou-se, a esperar também.

Pelas sete e meia começou a haver algum movimento, limpezas, e pouco depois abriu-se o balcão da TAAG. Levantei-me e dirigi--me à funcionária perguntando se haveria avião para Santo Antó-nio do Zaire e, perante a resposta afirmativa, perguntei se havia lugares e pedi o respectivo bilhete. O avião sairia pelas 9 horas…

O tal senhor que também esperava, seguiu-me e pediu bilhete para o mesmo avião… já não teve lugar!... por pouco mais dum quarto de hora ganhara o único lugar para Sazaire!!!

Conseguem imaginar o que senti naquele momento!?

Afinal, sempre iríamos estar juntos no 24.º aniversário dele!

Foi um fim-de-semana em cheio! Porque quiseram os acasos que, no dia 10 de Junho, 2.ª feira – que melhor dia de aniversário poderia ele desejar! – os oficiais da Marinha e suas famílias fos-sem almoçar ao Sumba, a casa dum velho colono, o Senhor Coe-lho, um daqueles repastos de comer e chorar por mais, um cozido à portuguesa com tudo e mais alguma coisa, e que o regresso dele à Pedra do Feitiço só ocorresse na 4.ª feira, 12 de Junho.

Que grande fim-de-semana, mesmo sem o sábado!

Tendo vindo de Luanda, desenfiada, sem qualquer autorização e respectiva guia de marcha, teria de meter atestado médico e apresentar-me na 5.ª feira, da doença que me “retivera em casa”.

Do atestado tratou o médico naval que já referi acima, um cama-rada e amigo que nos deixou apenas dois ou três anos depois do regresso a Portugal. Deixou-nos cedo o doutor Luís A.S.!

Para a viagem de regresso a Luanda, na 4.ª feira, era necessário estar cedo no aeroporto e tentar um lugar no Nord Atlas da Força Aérea que nesse dia fazia o MVL Luanda-Sazaire-Cabina-Sazaire--Luanda ou no DC 3 da TAAG.

O Nord Atlas vinha cheio que nem um ovo e o DC 3 que se lhe seguiu de igual modo, o que levou a que muitos passageiros fi-cassem em terra.

Porque às vezes a TAAG fazia desdobramento de carreiras para acorrer às necessidades dos passageiros, seguiu-se a deslocação para o escritório da companhia, onde o funcionário, via telefone, tentava obter informações relativas a um eventual voo de des-dobramento. O tempo passava sem se vislumbrar alternativa e a

Confluência dos canais Fuma-Fuma e Porto Rico (rio Zaire)

Ilha Cutelambeje em frente Sazaire e para onde havia plano para uma vacaria da Marinha

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outraperspectiva

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preocupação pelo “desenfianço”, o espectro do processo disci-plinar, apareceu…

Eis senão quando um civil se lhes dirigiu e perguntou se precisa-vam de boleia para Luanda! Que sim, que queria, respondi!

– Então, siga para o aeroporto que um táxi aéreo já vem a cami-nho! … descobrimos um novo poço de petróleo e a papelada de registo do mesmo tem de dar entrada nos serviços ainda hoje, antes das cinco da tarde!

Pelas 13 horas, a bordo dum CESSNA de 7 lugares, rumo a Luan-da, lá do alto, olhando o rio que sobrevoava, no canal de acesso a Sazaire uma lancha de fiscalização, a NRP Altair, ou a Pollux, uma delas, sulcava o rio levando o meu Amor de volta à Pedra do Feitiço, enquanto eu feliz e tranquila e após dois abençoados dias de “desenfianço”, lá estaria no dia seguinte no serviço, no CMRLuanda!

Sem mais incidentes, apreciando a paisagem, que ali tão perto se desenrolava, observando as pacaças e gazelas que corriam por entre o mato fugindo ao ruído do avião que passava, cheguei a Luanda com uma estória feliz para contar…Olha se eu não tivesse ido à caixa do correio!?Que …. ABENÇOADO TIQUE!

Olívia Maria Carmona

Nord Atlas no aeroporto de Sazaire 12JUN1974

Aeroporto SAZAIRE 12JUN1974

Rectificação

Na Revista “O Desembarque” N.º 32 foi publicado um texto, da autoria de Alice Guerra, que saiu com uma pequena impre-cisão que, a pedido da autora, agora se corrige apresentando as devidas desculpas.

“Foi com muito orgulho e alguma vaidade, que li na nossa Revista nº 32, a páginas 42 e 43, o meu artigo ali publicado, o qual foi uma pequena forma de dar voz a quem cá ficou e que nunca vos esqueceu e que também sofreu.

Só queria corrigir a data do meu casamento que por lapso na Revista está escrito 40 anos, mas não, serão 48 anos no dia 17 de Julho de 2019.”

Aproveitamos a oportunidade para incentivar a autora e os muitos familiares de militares da Guerra do Ultramar, a es-crever.

Teremos muito gosto em “partilhar” estas vivências que sabe-mos serem do interesse e agrado dos nossos leitores!

O Desembarque

PRACETA FERREIRA DE MIRA, 1CQUINTA NOVA2820-273 CHARNECA DA CAPARICA

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CONTACTOS:910 263 545 · 218 209 602

PROTOCOLO COMASSOCIAÇÃO DE FUZILEIROS

MEDICINA DENTÁRIA

IMPLANTOLOGIA

ORTONDONTIA

PERIODONTOLOGIA

DENTISTERIA

ENDODONTIA

ODONTOPEDIATRIA

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19O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Mais uma vez os cadetes do 20.º Curso de Formação de Oficiais FZ da Reserva Naval e por consequência o 29.º Curso de Fuzileiros Especiais se juntaram à volta da

mesa para, recordando histórias das suas vidas, as VIVEREM DE NOVO!

Cada encontro que passa ficamos com a sensação, talvez pela época da idade que vamos vivendo, que cada vez mais VIVEMOS DE NOVO e ainda com maior intensidade, as histórias relembra-das por nós ou por aqueles que as viveram ao mesmo tempo depois de um Curso de Fuzileiros que a todos nos marcou.

Desde o primeiro encontro que os Comandantes e Imediato da Companhia de Instrução responsável pela execução do Curso de Fuzileiros, na altura 1.º Tenente Gomes Pedrosa e 2.º Tenente RN FZ Vidal de Re-zende, são convidados especiais dos se-nhores cadetes que jamais esquecem os ensinamentos que nos foram proporcio-nando dos quais salientamos o primeiro e ao mesmo tempo o último, que era “IR e VOLTAR, cumprindo o dever pátrio”.

Também desde há uns anos a esta par-te que o Chefe de Turma, o cadete Vas-concelos Raposo, incumbe um de nós de preparar uma alocução alusiva às experi-ências e/ou aos sentimentos de cada um. Este ano o escalado foi o 2.º Tenente RN FZ Vidal de Rezende, o nosso imediato, que não poderia ter tido melhor ideia se-não a de por no papel COMO ERA, COMO ERA MINISTRADO o curso de Fuzileiros naqueles anos de guerra e para a guerra.

É um trabalho sublime que em apenas duas páginas consegue resumir quais

os objectivos, como atingi-los, como se leva os instruendos a sentirem-se “entre pares” desde a primeira hora, esquecendo no minuto a seguir a agrura ou dificuldade porque acabava de pas-sar naquela aula, instrução, corrida, marcha, na travessia do lodo ou na pista de obstáculos. Era efectivamente um curso diferente! Após o curso passámos a ser efectivamente diferentes!

Por razões de força maior, à última da hora o Imediato não pode acompanhar-nos no convívio e assim foi o cadete Sérgio Tavares de Almeida escalado para ler a “oração do Tenente Rezende”...

Sentado à mesa e ao ouvir aquele conteúdo, logo para mim ficou claro que a oportunidade de publicar aquela LIÇÃO não poderia ser perdida. Ainda desde a messe de Cascais, nesse dia, naquela hora e pelo whatsapp enviei o pedido:

– “Parabéns pelo excelente texto que aqui foi lido. Merecia fazer parte da notícia alusiva ao encontro no próximo DESEMBARQUE!? Abraço”.

Nem falo de qual foi a resposta porque o que a seguir se transcre-ve em si mesmo a contém... mas com a recomendação ao editor de se manter fiel à mesma, no estilo, na letra, nos sublinhados e nos apartes!

Através do Capitão-de-mar-e-guerra FZE reformado Vidal de Rezende, aqui fica o COMO FOI, o como era!

E o próximo encontro ficou desde já apalavrado para o próximo ano bem como foi lançado o desafio de, pelos 50 anos, em 2022, sermos capazes de, com o contributo escrito de cada um, cons-truirmos e editarmos o livro do 20.º CFORN RN FZ/29.º CFE.

João A. Pires Carmona Cadete RN FZ/Cmg FZ Ref

Como foi, o como era!

A propósito do 47.º aniversário do 20.º CFORN FZ/29.º CFE

Messe de Cascais – 6 de Abril de 2019

Da esq. para a direita:Correia Fernandes, Melo e Sousa, Mamede, Sérgio Almeida, Joaquim Feijó, Vasconcelos Raposo,

Gomes Pedrosa, Gonçalves Cardoso, Campos Coelho, Ferraz Pinheiro, Pires Carmona

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20 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Exmo Senhor AlmiranteExmo Senhor Comandante Gomes Pedrosa

Caros Amigos, Camaradas e (carinhosamente), ex-Cadetes do – Ver mail PC 13/4 - (20º CFORN FZ e 29º Curso de Fuzilei-ros Especiais (CFE))?- 29º Curso de Oficiais Fuzileiros:

Agradeço ao Chefão desta ainda aguerrida turma de cadetes, o nosso prof Vasconcelos Raposo, ter-me escalado como orador oficial deste nosso agradabilíssimo encontro. Vou procurar cumprir, com satisfação e grande respeito por factos que abordarei.

Não irei falar, contudo, sobre vós; isso já o fiz, em outros encontros de Amizade e de Camaradagem. Vou sim abordar nesta pequena conversa, o tipo de formação a que foram sujeitos e, também, o resultado do nosso empenhamento colectivo em 13 anos de combates e de protecção de populações locais, estas, como sempre em qualquer conflito armado, o lado mais sofredor da guerra.

Foi na Escola Naval, no Grupo 2 de Escolas da Armada, mas, sobretudo na Escola de Fuzileiros que, trabalhando com jo-vens e experimentados instrutores, foram moldando a vossa passagem de cidadãos civis a militares aptos a entenderem e a praticarem, os teatros do conflito e de guerra africanos. A instrução era dura, sem dúvida, mas permitia-vos tempo e oportunidade para pensar.

Lembram-se quando após o jantar, em dias em que não estavam programados exercícios nocturnos, depois de uma tradi-cionalmente boa e farta refeição, se podia tomar café e conversar com oficiais asilantes, já carimbados pelo combate? Isso ficava a dever-se ao facto de serem entendidos como futuros pares e, nesse sentido, a formação prolongava-se ali mesmo, através de saberes sobre as realidades de cada cenário operacional. Era o tempo de absorver o que vos era passado em cada dia. Sempre foi este o entendimento da Marinha e dos Fuzileiros, pensamento distintivo em relação ao que se pas-sava, então, em outras corporações e em outras forças especiais.

Claro que havia o chamado empenhamento inopinado, a qualquer hora da noite, mas isso fazia parte da preparação para a inconstância do ambiente africano e, também, de um determinado odiozinho de estimação aos instrutores, ao imediato, o que também funcionava a preceito.

Na EFUZIL tiveram a parte mais dura da formação, como seria expectável. Mas, seria conduzida sob particularismos deveras trabalhados.

Primeiro, os instrutores eram oficiais e sargentos chegados da guerra, sabiam como adestrar, treinar e exigir. Os homens do tratamento físico e da agressividade contida, eram profissionais credenciados e cinturões negros nas suas especialidades.

Segundo, os cursos de especialização, formação e de qualificação ali ministrados, estavam organizados no sentido de juntar nos exercícios semanais e na quinzena de exercícios finais, as seguintes categorias de alunos: - oficiais dos quadros

Como era o Curso de Fuzileiros em 1972 ou o... PORQUE SOMOS DIFERENTES!

permanentes ou em regime de continuidade de serviço, ca-detes, grumetes, sargentos enfermeiros e telegrafistas dos cursos de especialização em fuzileiro; cabos e marinhei-ros já especializados, em cursos de promoção na carreira. Todos estes, aos quais se viriam a juntar vários dos seus instrutores, iriam englobar o próximo ciclo das unidades a mobilizar para África. Este modelo não tinha paralelo em qualquer outro ramo das Forças Armadas. Desenhava-se pois, ainda na Escola de Fuzileiros, o extraordinário poder de combate das Unidades de Fuzileiros, como também, a aquisição do humanismo que, sempre em crescendo, fo-mentámos em África, com resultados excelentes, os quais, não estranhamente, permanecem nos dias de hoje.Terceiro, cumpridas as sessões de instrução na Mata da Machada, adjacente à Escola, e duas semanas de prática de técnicas e de tácticas de combate ao nível de secção, pelotão e de Destacamento na Serra da Arrábida, o curso culminava com duas semanas na região dos troços médio e baixo do rio Vouga.

Descida do Vouga

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21O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Neste ponto, é pertinente sublinhar a especial atenção com que foram seleccionadas as áreas do treino. O objectivo fixou--se na escolha de áreas tão próximas quanto possível dos três cenários de combate africanos, estes, bastante afastados en-tre si, configurando a maior cadeia logística contemporânea, a partir de um só país.

O emaranhado de canais do delta, vulgo Ria de Aveiro, com extensas margens lodosas, demasiado longe da orla da mata, eram cópias muito próximas da bolanha guineense. Es-sas mesma margens, com o seu alto caniço, correspondiam às chanas que bordejam os meandros dos rios do planalto do Moxico, elementos aos quais se devem acrescentar os quar-teirões da mata protegida de São Jacinto que lembram, com grande proximidade, a traiçoeira savana do Leste de Angola. As cotas elevadas, as dificuldades de progressão de viaturas através de picadas recheadas de curvas da morte, a exigirem penoso esforço de patrulhamento lateral apeado, executado por escalões de manobra dos alunos, frequentes na região de

Descida do Vouga

Sever do Vouga, forneciam cenários muito próximos aos das montanhas do sector Leste do Lago Niassa, ou às montanhas que circundam Cahora Bassa, em Tete, Moçambique.

Era pois nestes cenários, que se desenrolava a quinzena dos exercícios finais.

Fruto da experiência alcançada no curso anterior ao vosso, foi proposto organizar uma semana de manobra temática em São Jacinto na qual, Destacamentos e grupos de Guerrilha, ambos constituídos por alunos, trabalhavam consoante os ob-jectivos de cada qual. A guerrilha era reforçada com instrutores, assumindo eu próprio o seu comando. O nosso Comandante Pedrosa havia concordado com a proposta, proposta passada a texto melhorado nos cursos seguintes.

Este modelo criava cenários de farta inconstância para a manobra dos Destacamentos, mesmo quando nada acontecia, enquanto a guerrilha era impulsionada a dar mostras da sua criatividade ofensiva, beneficiando do conforto da proximidade dos instrutores, instrutores esses que dividiam a sua actuação entre ambos os grupos oponentes, à excepção do Imediato. O objectivo destes saltos entre grupos oponentes, devia-se à necessidade dos instrutores exercerem controlo e pedagogia nas manobras executadas e conduzirem os Destacamentos a acções de confronto com a guerrilha. Ao Imediato estava destinado o papel de desestabilizador e a propaganda da guerrilha e dele próprio, centrada no slogan - nunca haverem sido capturados.

Verdade, algum odiozito acontecia, dinamizando a situação.

Verdade também, acreditem, toda esta dinâmica era bastante cansativa, exercida de dia e de noite, mas, resultava. A boina estava próxima. Para nós instrutores, já tinhamos uma ideia quanto aos cadetes que seriam especiais. Os entendidos como mais criativos, englobavam a guerrilha. Os que pareciam mais seguros, resistentes, englobavam os Destacamentos. Os tidos como navais, mas ainda em observação, estavam em igualdade, divididos por ambos os lados.

No final, mesmo no final, já conhecem o padrão. O Imediato dizia-vos: - a partir daquele momento, passariam a tratá-lo por tu.

Completava-se então, o ciclo que atrás designei como - os cadetes eram reconhecidos como pares. As Unidades de Fuzi-leiros, em combate ou na protecção das populações locais, deveriam ter uma bitola de manobra e de atitude similares, em cada ciclo de 2 anos por terras africanas. E, nós fizemos isso. Neste ponto, fomos verdadeiramente distintivos em relação às outras forças especiais, asseguro-vos.

Por fim, o resultado do nosso empenhamento:

A nossa geração logrou obter, em 13 anos de contendas e de adversidade, condições para maior desenvolvimento, bem--estar e segurança no então império, do que durante séculos os nossos antepassados o fizeram e, infinitamente mais do que qualquer outro colonizador, intruso, ou qualquer outro epíteto que queiram aplicar alguns intelectuais apressados da História, afastados das vivências, das gentes e daqueles locais. Não ficámos pelo litoral. Fomos ao muito interior. Acaso exista um modo português de estar no mundo, e aqui acrescento os que optaram por emigrar buscando um nova vida, foi esta geração que melhor o protagonizou, a nossa.

Em 13 anos de guerra, os resultados obtidos nos 3 teatros de operações, sempre permitiram o diálogo para a paz com os Movimentos Independentistas, com um posicionamento bem positivo para o nosso País. Os militares portugueses viram o Estado desperdiçar o tremendo esforço doado em prol do princípio mais precioso para justificar o uso do poder militar: - uma Nação só deve fazer a guerra durante o tempo estritamente necessário à criação da solução política para o conflito que gerou.

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Não menos determinante naqueles anos, foram os relevantes resultados obtidos no que tange ao Bem-estar e à Segurança que os militares portugueses fizeram chegar às populações mais recônditas daqueles territórios, repita-se. Foi esse um marco distintivo do seu dedicado empenhamento em tempo de guerra e, sem dúvida, o que determinou o decisivo balanço daquelas populações para o lado português, conforme reconhecido, posteriormente, pelos próprios Movimentos de Liberta-ção e o demonstram hoje, livres de tutelas, os povos que compõem aqueles territórios quando lá voltamos.

Neutralizámos a guerra em Angola (estava ganha, no entendimento de J. Venter). A guerra estava controlada em Moçambique (segun-

do Norrie Mac Queen, a Frelimo não tinha qualquer expressão urbana) e, mesmo quando ultrapassados em qualidade bélica pelo opositor na Guiné, em caso algum deixámos de manobrar onde necessário.

S. Jacinto – exercícios finais/ /planeando os movimentos

Que país era aquele, interrogaram muitos, que de tão insig-nificante era entendido nos mapas e nas agendas internacio-nais, cujos jovens, soldados e marinheiros, lograram desafiar os manuais do combate subversivo, permitindo aos seus responsáveis políticos decidirem pelo melhor caminho, o mais seguro e pensado caminho rumo à autonomia e independên-cia dos territórios que compunham o império?!

Depois da independência, a guerra voltou, agora de forma bem mais fratricida e entre povos irmãos, impulsionados pelos poderes globais dominantes e seus agentes, aqueles que antes nos impunham a imediata independência daqueles territórios.

A nossa geração celebrou um pacto de genuína coesão entre um vasto mosaico de povos, com os quais comungou viveres, trabalho, descanso sob a mesma árvore protectora, alguma alegria e, também, a guerra.

Muito obrigado. Um abraço muito grande do vosso Imediato.

Vidal de Rezende (em 06 de Abril de 2019) Cmg FZE

Revista “O Desembarque”

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Os artigos (cartas ao Director, notícias, crónicas, lendas e narrativas, opinião, cultura e memória, pequenas histórias, poesia, etc., etc.) serão publicados se a Direcção da AFZ e a Redacção de “O Desembarque” considerarem que têm qualidade e estiverem de acordo com a sua linha editorial, sem prejuízo de os textos poderem ser revistos, adaptados e reduzidos se os respectivos autores, expressamente, a tal se não opuserem, quando da remessa dos seus artigos.

No caso de, na Redacção da revista, se juntar um número de trabalhos que ultrapasse a dimensão de “O Desembarque” (em princípio, 52 páginas) publicar-se-ão os artigos pela ordem de entrada ou dos registos dos acontecimentos, se a qualidade for considerada equivalente, designadamente, no caso de relatos de convívios ou encontros de que disponhamos de textos e fotos, nas condições de qualidade já definidas.

Quanto às Delegações, torna-se imprescindível a sua colaboração atempada, enviando fotos (com qualidade gráfica) dos eventos da sua responsabilidade, acompanhadas de um texto simples e sintético mas que permita aos responsáveis pela edição/publicação da Revista perceberem, minimamente, o evento, ou seja: identificação das Entidades e outros convidados presentes; estimativa total de presenças; impacto do evento na Região/Delegação/AFZ; entre outros aspectos que entendam, por bem, deverem ser tornados públicos.

Contamos com todos!

A Direcção da AFZ e Redacção de “O Desembarque”

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notícias

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Na Revista “O Desembarque n.º 29” dei conta do nosso último Encontro no Corpo de Fuzileiros, realizado

precisamente há um ano. E em jeito de re-mate escrevia: Mais uma bela jornada de amizade e camaradagem findou. Para o ano, queira Deus e queiramos nós, haverá mais. E a coisa promete! O Alentejo único e, neste caso Beja, serão a centralidade do nosso Encontro, sob a batuta magistral do anfitrião e amigo Carlos Sanina. Não tenho dúvidas do êxito, com tão talentoso maestro…

A profecia cumpriu-se e de que maneira! Não é tarefa fácil delinear a programação dos Encontros. Uma vez decidido o local, os esforços da Comissão visam gizar um programa que, satisfazendo o grupo, não perca de vista a matriz das nossas Jor-nadas, qual seja a busca de eventos que favoreçam a convivialidade e, sempre que possível, a visita a lugares ligados à Ma-rinha.

O Sanina vinha demonstrando uma vonta-de inquebrantável de nos receber em Beja, sua terra natal. Que estava para acontecer já em 2017, não fosse uma arreliadora le-são, de tratamento prolongado e que de forma irremediável o impossibilitou, para sua e nossa tristeza, de tratar das dili-gências indispensáveis para a realização deste tipo de acontecimentos. Felizmente este ano aconteceu e duma forma que, mais uma vez, nos fez sentir felizes e or-gulhosos do grupo amigo e solidário que soubemos construir.

Como nos apraz sempre enfatizar, os nos-sos sucessivos Encontros buscam uma vertente digamos que lúdica, de apelo à confraternização sã e bem-disposta, sem nunca descurar porém uma perspectiva, melhor dizendo, uma preocupação cultu-ral, corporizada numa visita guiada a uma instituição ou monumento emblemático da localidade que visitamos.

E foi precisamente isto que aconteceu com a denominada “Operação Pax Julia”. Crê--se que a cidade de Beja foi fundada cerca de 400 anos A.C. pelos celtas, sendo que mais tarde passou a fazer parte do Império Romano, ao qual pertenceu durante mais de 600 anos. Depois de várias passagens de poder, em 1162 foi reconquistada de-finitivamente pelos cristãos, recebeu foral em 1524 e foi elevada a cidade em 1517.

Classe de Fuzileiros do 18.º CFORNEncontro anual

Beja – 22 de Setembro de 2018

Além de ser uma cidade muito antiga é igualmente uma cidade cheia de histó-ria, sem embargo de ter sido significati-vamente destruída durante as Invasões Francesas, que delapidaram muito do seu património antigo, nomeadamente no cen-tro histórico.

Desde há alguns anos a Comissão deci-diu convidar os oficiais que connosco fi-zeram o curso de Fuzileiros, neste caso os comandantes Matias Cortes e Amadeu Anaia, em apreço pela sua simpatia e ge-nerosidade, sendo que este último, por ra-zões familiares, não pôde estar presente.

Simpaticamente, o Eng.º Matias Cortes anuiu a dar-me boleia, passando por Setú-bal na nossa deslocação para Beja. Duran-te o trajecto, com paragem para a tomada de café e pastel de nata, simbiose perfeita para um início de jornada, começamos por revisitar momentos e peripécias passados no curso na já longínqua década de se-tenta, derivando para a invocação dos per-cursos de cada um, em jeito dum melhor conhecimento mútuo. As cerca de duas horas do percurso passaram num ápice, tão agradável e interessante foi a conver-sa que se foi estabelecendo, pelo que me cumpre registar a simpatia do meu “mo-torista de ocasião”.

Logisticamente, o espaço adjacente ao parque da cidade - belo espaço, diga-se - serviu de ponto de encontro para que daqui

partíssemos, acantonados em menor nú-mero de viaturas, em direcção ao Museu da cidade, de acordo com o programa es-tabelecido, mas já com algum atraso da responsabilidade dos “homens do Norte” (Braga, Lucas Morgado, Eduardo e Mi-randa) que, esquecidos da bússola que tanto os acompanhou nos velhos tempos de fuzos, se desviaram inadvertidamente da rota e tiveram de percorrer mais uns quilómetros da sempre bela planície alen-tejana.

O nosso anfitrião lá estava, de braços abertos em gesto de amplexo fraterno, com sorriso de orelha a orelha que valia mais que mil palavras. Beja não quis ficar atrás e recebeu-nos luminosa e trigueira, como é timbre destas terras do além Tejo. E ala que se faz tarde porque, sendo sába-do, o Museu tinha um horário de funciona-mento mais curto e o nosso guia teria que ajustar o tempo disponível para optimizar a visita.

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O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Em tempo de cultura e de revisitação da História, rumamos ao Convento da Concei-ção, mandado construir em 1459 por D. Fernando e por sua mulher D. Beatriz, pais do rei D. Manuel I. Este edifício encontra--se classificado como Monumento Na-cional e alberga nas suas dependências, desde 1927, o Museu Regional de Beja, também conhecido como Museu Rainha Dona Leonor, o mais antigo não só da ci-dade de Beja, como do País.

O Convento da Conceição foi um impor-tante convento de freiras vindas das me-lhores famílias que entravam muitas ve-zes ainda em crianças, como aconteceu com Mariana Alcoforado (1640-1723) que ali chegou aos 11 anos, professou aos 16 e aí morreu em 1723, com 83 anos. Terá sido a partir da gradeada Janela de Mértola - assim chamada devido ao facto de estar virada para a Porta de Mértola, antiga entrada da cidade que foi buscar o nome à histórica vila alentejana - símbolo da clausura em que viviam as freiras do Convento, que Mariana Alcoforado viu pela primeira vez o cavaleiro francês por quem se viria a apaixonar, Nöel Bouton, futuro Marquês de Chamilly, a quem terá escrito pelo menos cinco cartas como prova da sua afeição. Curiosos, muitos estrangeiros visitam este monumento à busca da Ja-nela da Mariana, marco dessa história de amor não correspondido com centenas de anos, que hoje é contada em muitas lín-guas e dá um cunho de universalidade ao centro histórico da cidade.

Actualmente, o Museu de Beja tem vários espaços abertos ao público: o Coro Baixo, a Igreja, a Sala dos Brasões, o Claustro, a Sala do Capítulo e salas com pinturas. Al-berga um valioso acervo de arte e ciência, que inclui pintura, escultura, ourivesaria, azulejaria, têxteis, cerâmica, arqueologia e até um curioso conjunto ligado ao siste-ma de pesos e medidas, com peças com mais de 500 anos. Finda a visita, firmou--se a opinião de que os momentos aca-bados de viver foram uma bela surpresa, ademais porque não se imaginava aquela riqueza visual e patrimonial, concentrada num museu ainda pouco conhecido dos portugueses, pelo que se expressa o sin-cero conselho de que vale bem a pena ser visitado.

E desfrutando desta grata sensação, foi chegada a hora do almoço, não sem que antes houvesse lugar à já tradicional foto de grupo junto ao monumento em honra de D. Leonor, patrona das Misericórdias. Numa ementa tipicamente alentejana, so-bressaíram desde logo as entradas, onde dou nota de excelência ao presunto cravi-nho e aos queijos, bem como aos croque-tes recheados com alheira e aos ovinhos

mexidos com espargos. Seguiram-se açorda de bacalhau com ameijoas e bo-chechas de porco preto assado no forno, dois bons exemplos da gastronomia regio-nal, acompanhadas com vinhos locais de boa qualidade. A variedade das entradas, a qualidade dos produtos, os sabores dos cozinhados e o serviço profissional torna-ram este almoço um marco memorável, pelo que me atrevo a afirmar que, na sua globalidade, foi até agora o melhor repasto das nossas Jornadas.

Fez-se uma breve pausa para ler e entre-gar mais dois «Retratos a Aguarelas”, o do Silva Dores e o do Adelino Couto, este “pintado” pelos amigos Braga e Lima. Dos 25, exceptuando os dos 3 que já partiram e que serão entregues às famílias logo que possível, falta apenas entregar o do Dul-cínio que, perdido nas lonjuras da França e por razões insondáveis, não tem infeliz-mente dado mostras de querer participar. Foi igualmente distribuída a Ficha de Iden-tificação Pessoal para preenchimento com vista à elaboração de uma Brochura que possa ser um testemunho histórico das vivências do nosso grupo, sendo pedido a todos que o façam com zelo e diligên-cia, porque, também aqui, queremos mais uma vez ser diferentes…

Mas os “trabalhos” ainda não tinham aca-bado, já que o organizador do evento pro-gramara uma espécie de prolongamento do convívio, em final da tarde, numa sim-pática marisqueira, onde é cliente habitu-al. Para alguns resistentes, foi tempo das imperiais, das amêijoas à Bulhão Pato, das gambas e do camarão de Espinho. E ainda sobrou tempo para o autor destas linhas dar início à rubrica “10 Minutos à Fuzo”, onde o humorismo e a sátira social se en-trecruzam na abordagem de episódios do quotidiano, alguns deles ficcionalmente ligados a membros do grupo, que arran-caram sonoras gargalhadas bem demons-trativas da boa disposição reinante.

Mais uma vez a vertente cultural foi re-levante e nós temos sabido preservá-la.

Porém o espaço gastronómico é o pico da Jornada, não só pelo prazer da mesa que nos transmite a dimensão física e orgânica, mas também pelos momentos de convívio e felicidade que proporciona e nos eleva a uma dimensão intangível, mais espiritual, numa simbiose que nos caracteriza enquanto humanos fruindo o direito de serem amigos. Neste caso, um punhado de jovens, que num repente se tornaram homens e que já bem seniores continuam dependentes do suplemento vitamínico destas reuniões que, para seu gáudio, se vão realizando bianualmente.

Não posso terminar sem felicitar o amigo Sanina por esta grande Jornada. Pelo em-penho e prazer colocados no seu trabalho para que nos sentíssemos bem, apanágio dos amigos quando recebem alguém em casa. Sei das preocupações que lhe pro-vocaram nervoso miudinho, dos receios de que algo corresse mal, dos vários tele-fonemas que fizemos, os dele a relatar as diligências que vinha efectuando, os meus sinalizando alguma ideia, mas acima de tudo dando-lhe o incentivo que gostava de ouvir.

O que é bom acaba de-pressa e o final do dia estava já ali. A malta do Norte ia pernoitar local-mente e, por isso mes-mo, não contava os mi-nutos. Nós fizemo-nos à estrada e a planura alentejana, na acal-mia da noite, foi sendo testemunha do nosso regozijo por um dos En-contros mais cativantes e já levamos muitos.

Adelino CoutoSóc. Orig. n.º 2382

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A Associação de Fuzileiros (AFZ) comemorou no passado sá-bado, 30 de março, o seu 42.º aniversário.

Embora o dia de aniversário seja a 29 de Março, convém sempre alinhar as comemorações para um dia de “Fim-de-sema-na” para permitir uma presença mais massiva de sócios. E este ano assim foi... calhou a 30 de Março.

A presença significativa de largas dezenas de sócios, veio de-monstrar a importância deste evento e reforçar a credibilidade desta instituição, enquanto Associação de referência. Sem esque-cer os “obreiros” da Direcção Nacional que tornaram possível a realização deste evento, uma palavra de agradecimento é devida a todos, em especial aos Presidentes e demais membros das Di-recções das diversas Delegações e Núcleos de Fuzileiros, que se deslocaram de todo o país, saindo da sua zona de conforto para virem participar nestas comemorações.

Destaco e dou especial ênfase à presença de Suas Excelências o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Dr. Frederico da Costa Rosa, do Comandante Naval, Vice-almirante Gouveia e Melo e do Comandante da Escola de Fuzileiros, Capitão-de-mar--e-guerra Martins de Brito, nossos convidados de honra e, a partir desse dia, também nossos “Sócios Institucionais”, momento re-gistado numa cerimónia formal que marcou o início das activida-des planeadas para este dia.

Seguiu-se a homenagem aos Fuzileiros que já desembarcaram na última “praia de desembarque”, numa cerimónia de pleno sig-nificado ocorrida junto ao “Monumento do Fuzileiro”, sito numa

ASSOCIAÇÃO DE FUZILEIROS42.º Aniversário – Um Dia Diferente

30 de Março de 2019

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rotunda da cidade do Barreiro. A Fanfarra do Corpo de Fuzileiros e o nosso Capelão Licínio, contribuíram para que esta homena-gem, concluída com o nosso “grito”, chegasse onde queríamos. A presença e participação dos nossos convidados de honra nesta cerimónia, encheram-nos de orgulho e trouxeram ainda mais brio e lustre a esta importante homenagem.

Regressamos à AFZ, à nossa “Sala Multiusos”, onde o Presidente da Direcção brindou todos os presentes com uma “Apresentação Institucional”, avivando a nossa memória com factos que marca-ram a nossa trajectória desde a fundação da AFZ, em Março de 1977, até aos dias de hoje. Pelo interesse e atenção demonstrada por todos, durante a exibição deste resumo histórico, só podemos concluir que valeu a pena!

Seguiu-se a actuação do Grupo Coral da Aldeia da Luz – Mourão, com uma excelente exibição do “Cante Alentejano” declarado em 2014, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), como Património Imaterial da Huma-nidade. Tratou-se de um momento cultural de muito interesse e que pretendemos recriar, oportunamente, na nossa associação.

O jantar chegou na hora prevista… a actividade do dia mais de-sejada! Afinal de contas, este é o momento que permite maior aproximação entre os sócios por permitir trazer à memória várias estórias do passado, muitas vezes contadas e recontadas na pri-meira pessoa. Não há volta a dar, é mesmo assim e é mesmo assim que tem de ser. Tudo corria bem, as estórias e as sauda-des brotavam ao mesmo tempo que se enganavam os estôma-gos com presunto fatiado, azeitonas, um naco de pão e alguns sumos… Eis, senão quando, um “click” inesperado na corrente eléctrica, deixou-nos totalmente às escuras! Encarado como falha momentânea, esta situação até deu para brincar, ligar os telemó-veis e acender algumas velas. A brincadeira terminou abrupta-mente quando, ao fim de alguns minutos, chegou a informação que ninguém queria ouvir:

- O corte de energia eléctrica deve-se a um incidente verifica-do num PT de distribuição local havendo informação da EDP que a situação só será resolvida nunca antes das 22:30 horas, não sendo possível distribuir o jantar, porque não está concluído e porque os fogões do restaurante funcionam a energia elétrica! Em conclusão, só haverá jantar por volta das 23:00 horas e, mesmo assim, temos de contar com a ajuda da Nª Senhora dos Fuzileiros!

Impunha-se uma decisão urgente, numa luta contra o tempo até porque, em causa, estava o jantar de cerca de 80 pessoas cuja satisfação, marcaria o sucesso das comemorações e o encer-ramento do 42.º aniversário da AFZ. E foi isso que aconteceu! Ordeiramente e empregando as várias formaturas tácticas que nos ensinaram e que nós nunca esquecemos - em linha, em coluna por um e até mesmo a “granel”- arrancamos para um novo restaurante situado na Moita, também ele pertencente ao nosso concessionário, reagrupando nesta nova posição de “ata-que” onde continuamos com as nossas conversas como se nada tivesse acontecido. No final, não faltou o bolo de aniversário, o champanhe e o tradicional brinde que os Fuzileiros consagraram:

– Fuzos: Prontos! Do mar: p´rá terra! Desembarcar: ao assalto! Desembarcar: ao assalto!

O resto já todos nós sabemos… “botamos abaixo” e soube mes-mo muito bem! O orgulho de “ser” e de “pertencer” não podia ser melhor nem podia ser demonstrado doutra forma. Para o ano, haverá mais, preferencialmente sem incidentes!

A minha conclusão:– Tudo está bem quando acaba bem… e foi o caso! Contudo, prometo jamais convidar o “Murphy” para as nossas festas!

O Presidente da Direcção Nacional

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No dia da Associação,quarenta e dois anos depois,realizou-se um eventoque nos orgulha, ora pois!

Começou com a chegadados que foram convidados:- Chegaram todos sorrindoe muito bem-humorados!

Na entrada da cidade,mesmo junto ao Monumento,fez-se uma grande homenagem!E aí, nesse momento,

Depôs-se uma coroade flores belas e lindas para recordar aquelescujas vidas são já findas!

Pelo capelão Licíniohouve ainda uma oraçãoe o “toque de silêncio”para aqueles que já “lá” estão!

Seguiu-se a apresentaçãofeita pelo Presidentepara dar a conhecernossa história a toda a gente.42

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Depois houve uma “sessão”de “Cante Alentejano”que é sempre lindo de ouvire não pode haver engano!

E depois de um intervaloApressamo-nos p’ra jantarpois tinha chegado a horae o apetite a apertar!

E assim que nos sentámoslá voltámos a esperar…Foi nesse instante que a luzse lembrou de apagar!

E ficámos à esperap’ra ver o que sucedia…Mas ao fim de algum tempo,como a luz não se acendia;

poesiaResolveu-se esta questão

mudando de restaurante

“desembarcando” na praia

um pouco mais adiante!

Para qualquer Fuzileiro,

muito mais, se do passado,

mudanças de “objetivo”

não o deixam enrascado.

À ordem, como aprendemos,

em coluna ou a granel,

lá chegamos, lá vencemos…

Conquistamos o farnel!

Depois do jantar, o bolo

seguido do nosso grito:

– Do mar, p’rá terra… ao assalto!

Até ao último apito.

FUZILEIRO UMA VEZ…

FUZILEIRO PARA SEMPRE!

O dia 6 de Abril nasceu chuvoso e frio e assim continuou. As celebrações do Dia Nacional do Combatente 2019 e

do 101.º aniversário da Batalha de La Lys começaram com a Eucaristia celebrada pelo Bispo das Forças Armadas e de Se-gurança, D. Rui Valério e com as presen-ças do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ri-beiro, as mais altas patentes do Exército, Marinha e Força Aérea e do Presidente da Associação de Fuzileiros, entre outras, acompanhado do seu guião e de uma de-legação condigna.

A cerimónia militar foi presidida pelo Mi-nistro da Defesa Nacional, Prof. Dr. João Gomes Cravinho, acompanhado pela Se-cretária de Estado Dr.ª Ana Santos Pinto, foi recebido com as honras militares da praxe e passou revista às forças em pa-rada acompanhado das altas entidades presentes.

“Dia Nacional do Combatente”Comemoração da Batalha de La Lys

83.ª Romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido

Mosteiro da Batalha – 6 de Abril de 2019

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Executados os 19 tiros de salva, segui-ram-se os discursos do Presidente da Liga dos Combatentes e do Ministro da Defesa Nacional seguindo-se a imposição de con-decorações.

Dentre as medalhas e condecorações im-postas merece especial destaque a con-decoração atribuída à Liga dos Combaten-tes que passou a ser Membro Honorário da Real Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa.

A Comenda foi imposta no Estandarte He-ráldico da Liga dos Combatentes por D. Duarte Pio de Bragança, Grão Mestre das Ordens Reais Portuguesas, acompanhado pelo membro da Ordem, Paulo Vitorino. Esta Condecoração premeia o trabalho da Liga dos Combatentes em evidenciar e exaltar o amor à Pátria e aos símbolos nacionais.

Do termo de concessão consta o seguin-te: “Ao longo da sua existência a Liga dos Combatentes tem promovido a exaltação do amor à Pátria e a divulgação do signifi-cado dos símbolos nacionais assim como a defesa intransigente dos valores morais e históricos de Portugal evidenciando comportamento efectivo na defesa dos valores da Solidariedade e da Paz”.

Por sua vez, a Liga dos Combatentes atri-buiu condecorações de diferentes graus a diversas entidades que, ao longo dos anos, prestaram serviços relevantes.

Seguiu-se o desfile das Forças em Parada na sequência do qual desfilaram, também, os cerca de 80 guiões dos Núcleos da Liga dos Combatentes.

Entretanto, as entidades visitaram o Mu-seu das Oferendas onde foi assinado o Livro de Honra da Liga dos Combatentes tendo a cerimónia de deposição de Coro-as de Flores decorrido na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, junto ao túmulo do Soldado Desconhecido que se encon-tra nesta sala desde 1921 e que guarda os corpos de dois soldados, um morto na Flandres e outro em Moçambique, e está permanentemente iluminado pela “chama da Pátria”.

Uma especial menção ao discurso do se-nhor Ministro da Defesa Nacional que, a dado passo, defendeu que o Estado tem obrigação de dar apoio aos ex-combaten-tes e às suas famílias nas dificuldades que advenham da sua actividade ao serviço da Pátria. É um anseio de muitos e que urge levar por diante.

AFZ

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No passado dia 18 de Abril de 2019 realizaram-se as come-morações do 398.º aniversário dos Fuzileiros Portugueses e do Dia do Corpo de Fuzileiros.

As comemorações tiveram lugar na parada do Corpo de Fuzileiros – Pólo Alfeite – onde se realizou a cerimónia militar presidida por S. Ex.ª o Almirante Comandante Naval, Vice-almirante Gouveia e Melo e a que assistiram altos representantes dos diversos secto-res da Marinha e entidades civis.

A cerimónia militar, abrilhantada pela Banda da Armada, integrou Estandartes Nacionais, Estandartes Heráldicos e Guiões das actu-ais e antigas Unidades, Forças e Departamentos do Corpo de Fu-zileiros, uma representação da Associação de Fuzileiros, tendo-se procedido, em parada, à imposição de condecorações e a uma homenagem aos Fuzileiros mortos ao serviço da Pátria.

Paralelamente realizou-se a cerimónia de Entrega de Comando do Batalhão de Fuzileiros N.º 2 e, por inerência, do Batalhão Ligeiro de Desembarque (BLD), força que corporiza a matriz expedicioná-ria dos Fuzileiros e que contribui, maioritariamente, para o vector de Projecção de Força da Marinha.

O acto foi formalizado pelas alocuções dos comandantes inter-venientes e pela passagem do Estandarte Heráldico do Coman-dante cessante, Capitão-de-fragata Fuzileiro Fernandes Fonseca ao novo Comandante, Capitão-de-fragata Fuzileiro Esquetim Mar-ques.

A cerimónia ficou ainda marcada pela alocução do Comandante do Corpo de Fuzileiros, à sua guarnição, que culminou realçando a importância das efemérides que se comemoravam e registou o bom desempenho e prontidão do Batalhão de Fuzileiros N.º 2 sob o comando do Capitão-de-fragata Fernandes Fonseca, desejando igual sucesso ao novo Comandante.

De seguida, S. Ex.ª o Almirante Coman-dante Naval proferiu um discurso onde reforçou as palavras do Comandante do Corpo de Fuzileiros e proferiu palavras de apreço que fizeram jus à prontidão dos Fu-zileiros, constatada por todos sempre que estes têm sido chamados às mais diversas missões, no País e no estrangeiro.

O evento terminou com o desfile das For-ças em Parada desfilando, por último, o Batalhão de Fuzileiros N.º 2 em marcha acelerada e entoando o grito do Fuzileiro, já sob o comando do novo comandante.

O Corpo de Fuzileiros, o mais antigo Corpo de Tropas com carácter permanente ao serviço de Portugal e dos portugueses, as-sinalou a efeméride destacando os feitos no mar e onde necessário, tanto no passa-do como no presente, sem esquecer todos aqueles que se encontram em missão pelo mundo.

CCF

398.º Aniversário dos Fuzileirose

Dia do Corpo de Fuzileiros18 de Abril de 2019

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O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O Dia da Marinha assinala-se a 20 de maio em homenagem ao grande fei-to de Vasco da Gama que, neste dia,

em 1498, pela primeira vez na história li-gou, por via marítima, a Europa ao Oriente, com a chegada a Calecute, na Índia.

Na semana de 11 a 19 de maio, a Marinha Portuguesa comemorou o Dia da Marinha, pela primeira vez numa cidade que, pela sua localização geográfica, não tem o mar como horizonte.

Conforme justificado na mensagem do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almi-rante Mendes Calado, “… a decisão de es-colher Coimbra como cidade anfitriã deste evento, teve como objetivo trazer a Mari-nha para junto da população desta bonita cidade em reconhecimento dos milhares de portugueses que, oriundos do interior do país, ao longo de muitos séculos, serviram e servem Portugal na Marinha com brio e merecido orgulho nas suas origens”.

Durante o evento que envolveu cerca de mil militares da Marinha, alguns deles ve-teranos de guerra, decorreram exposições

temáticas interativas sobre as atividades da Marinha, designadamente batismos de mergulho, torre de escalada, tenda de air-soft e simuladores de voo e de navegação, atividades náuticas no rio Mondego com ba-tismos de rio nas lanchas anfíbias (LARC V), botes dos Fuzileiros e embarcações do Ins-tituto de Socorros a Náufragos e da Polícia Marítima, concertos da Banda da Armada, entre outras atividades e eventos destina-dos ao público em geral. No cais comercial do porto de Figueira da Foz, estiveram aber-tos a visitas, navios da Marinha.

No dia 19 de maio, no culminar destas celebrações, realizou-se uma Cerimónia Militar na Avenida Emídio Navarro e que contou com a presença e participação de um pelotão de veteranos da Associação de Fuzileiros (AFZ), a convite do comandante da Marinha.

Nesta cerimónia militar, presidida pelo Mi-nistro da Defesa Nacional que se fez acom-panhar pela Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, João Gomes Cravinho realçou a importância do mar para

Dia da Marinha 2019

A Marinha desembarcou em Coimbra

Portugal ao longo dos séculos, defendendo que o país precisa de uma Marinha “bem equipada” face aos desafios atuais.

De regresso à mensagem do Almirante CEMA, através da qual resumiu o balan-ço dos seus últimos 14 meses ao leme e falou do futuro, apresentando a inovação como motor para a edificação de uma Ma-rinha Moderna deixou, ainda, o seu reco-nhecimento “…a todos os que no passado envergaram a farda do botão de âncora, pelo forte espírito de família naval unidos por um sentimento comum de paixão pela Nossa Marinha”.

Foi com este espírito inexplicável e este sentimento comum de paixão pela família naval que, mais uma vez, a AFZ e as suas Delegações, constituiram um pelotão de veteranos, formado por um punhado de amantes da boina azul-ferrete oriundos de todo o pais, exibindo os seus guiões e des-filando com garbo e com aquele orgulho de ser e de pertencer, herdado do passado e validado no presente… em Coimbra e onde necessário!

AFZ – Direção

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Foi a 4.ª sessão da Edição de 2018/2019, tendo contado com a presença de três Cadetes do Mar Fuzileiros. Tivemos também o privilégio de contar com a presença do Director de Instrução

do Corpo de Cadetes do Mar de Portugal, o Comandante Bellem Ribeiro, no período da tarde.

O cumprimento dos horários permitiu a que o arranque das acti-vidades ocorresse conforme planeado.

Assim, o período da manhã foi reservado à actividade de “Intro-dução à Liderança” com o apoio do Departamento de Formação em Comportamento Organizacional (DFCO) da Escola de Fuzi-leiros.

Sob orientação da 1TEN TSN Margarida Carvalho Lemos, foram realizadas quatro tarefas práticas com momentos de “debriefing” e de reflexão no final de cada uma delas.

As tarefas escolhidas e preparadas pelo DFCO tiveram a finalida-de de abordar a “Importância da comunicação objectiva, coorde-nação do trabalho, gestão de conflitos e motivação”.

Já no período da tarde, e em contexto de sala de aula, procedeu--se à análise e revisão do material recolhido no âmbito do traba-lho anual escolhido pelos Jovens Cadetes e cujo tema é a parti-cipação do NRP Corte-Real na SNMG1 (Standing NATO Maritime Group 1).

Foi a 5ª sessão da Edição de 2018/19 com a presença de 3 Cadetes do Mar Fuzileiros.

Tivemos também o privilégio de contar com a presença do Di-rector de Instrução do Corpo de Cadetes do Mar de Portugal, o Comandante Bellem Ribeiro.

Após o intercâmbio realizado na edição de 2017/2018 em que recebemos na Escola de Fuzileiros, a visita dos Infantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários da Azambuja, aceitámos o repto que nos foi lançado na altura e foi a nossa vez de visi-tar os Bombeiros Voluntários da Azambuja.

As actividades iniciaram-se com a for-matura matinal integrada também pe-los nossos Jovens Cadetes. De seguida foram-nos mostradas e explicadas as ca-racterísticas de algumas das viaturas exis-tentes na Corporação havendo a salientar: Ambulância de Socorro (ABSC), Ambulân-cia de Transporte de Doentes (ABTD), Veí-culo de Comando Táctico (VCOT) e Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI). Antes de terminarmos a visita aos meios

terrestres, um dos nossos Jovens Cadetes vestiu o Equipamento de Protecção Indivi-dual (EPI) dos Bombeiros usado no com-bate a incêndios. Foi-nos depois propor-cionada uma visita guiada às instalações do quartel sendo que no salão tivemos

uma formação em Suporte Bá-sico de Vida (SBV), conhecimen-tos básicos mas que poderão ajudar a salvar vidas.

Após uma manhã muito pro-veitosa, fomos agraciados com o almoço fornecido pelos fami-liares dos Infantes e Cadetes e pelos Bombeiros Voluntários de Azambuja, o qual publica-mente aqui se agradece. Já no período da tarde realizou-se um

peddy-paper com o objectivo de descobrir o património da vila, seguindo-se um re-conhecimento da área fluvial da respon-sabilidade da corporação. Para terminar e antes de nos despedirmos, houve ainda tempo para um agradável lanche de con-fraternização.

Foi um dia especial e cumpre-nos mais uma vez agradecer toda a atenção que nos foi dispensada e a calorosa recepção feita pelos Infantes e Cadetes, pelos seus familiares e pelos Bombeiros Voluntários de Azambuja .

Um bem hajam.

Unidade do Corpo de Cadetes do Mar Fuzileiros

4.ª Actividade 2018/19 – Escola de Fuzileiros16 de Fevereiro de 2019

5.ª Actividade 2018/19 – Bombeiros Voluntários da Azambuja23 de março de 2019

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32 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Foi a 6.ª sessão da Edição de 2018/2019, tendo contado com a presença dos quatro Cadetes do Mar Fuzileiros e de dois candidatos convidados.

Mais uma vez tivemos o privilégio de contar com a presença do Director de Instrução do Corpo de Cadetes do Mar de Portugal, o Comandante Bellem Ribeiro.

O período da manhã foi dedicado à tradicional actividade de “re-mos em botes” com o apoio da Unidade de Meios de Desembar-que (UMD), na pessoa do Sargento Miguel e do Cabo Rodrigues, aos quais desde já agradecemos a atenção e a disponibilidade, tendo os nossos Jovens começado por aprender a montar um bote Zebro Tipo III e a identificar as suas principais partes e ca-racterísticas.

Com o bote pronto foi então tempo para colocá-lo nas águas do rio Coina e munidos dos respectivos remos, ou pagaias como também se designam, começaram a remar e a verificar “in loco” a importância da coordenação e do trabalho em equipa. Apesar do início atribulado, assim que apanharam o jeito, puderam colocar em prática os ensinamentos recebidos.

Já no período da tarde, e em contexto de sala, os Jovens Cadetes fizeram um ensaio da apresentação que irão apresentar no “Dia Nacional dos Cadetes do Mar” que se aproxima.

Depois de recolhidas as opiniões sobre a experiência com botes, houve ainda tempo para um treino de Ordem Unida, proporcio-nando aos 2 convidados, uma experiência que certamente não mais irão esquecer.

6.ª Actividade 2018/19 – Escola de Fuzileiros27 de Abril de 2019

TEN Ricardo RosinhaCmdt. Unidade Cadetes do Mar Fz

LOJA MATOSINHOSTel.: 224 969 620

LOJA VIANA DO CASTELOTel.: 258 811 201

[email protected]

ORTOPEDIA MONTEIROFabrico de Próteses e Ortóteses

Unipessoal, Lta.

LOJA DAS PAIVASTel.: 211 818 829

LOJA DO MONTIJOTel.: 212 312 290

LOJA DA AMADORATel.: 214 345 576

[email protected]

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cadetesdomar

33O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O Dia Nacional dos Cadetes do Mar e do Exército de Portugal, teve lugar este ano, no dia 4 de Maio de 2019,

no Instituto Universitário Militar (IUM), em Pedrouços.

Presidiu ao evento S. Ex.ª o Almirante Ma-cieira Fragoso, na qualidade de Presidente do Conselho Superior da Liga dos Reser-vistas de Portugal, que foi acompanhado por S. Ex.ª o Comandante do IUM, General Rafael Martins, pelo Presidente da Assem-bleia Geral do Grupo de Amigos do Museu de Marinha (GAMMA), Almirante Leiria Pinto, pelo Presidente da Direção do GAM-MA, Comandante Rocha e Abreu e pelo Presidente da Associação de Fuzileiros, Comandante Leão Seabra. Esteve presen-te em representação de S. Ex.ª o Almirante CEMA, o Diretor da Comissão Cultural de Marinha, Almirante Valente dos Santos.

Os jovens Cadetes da grande Lisboa e os Reservistas Voluntários seus formadores apresentaram os trabalhos produzidos ao longo do ano escolar, neste seu dia fes-tivo anual, para o qual convidaram, para se juntarem a eles, os Pais, familiares e amigos dos Cadetes, os Professores das Escolas onde intervêm, os Formadores das associações cívicas e patrióticas suas parceiras e os Militares que os apoiam ao longo do ano.

Este ano os jovens Cadetes nas suas Es-colas e os Reservistas Voluntários seus formadores, organizaram-se pela primeira vez em Portugal, para responderem posi-tiva e entusiasticamente ao apelo que S. Exª. o Almirante CEMGFA, António Silva Ribeiro lhes dirigiu o ano passado, para que se empenhassem todos numa ação cívica e patriótica junto dos jovens das Es-colas onde atuam, com vista à divulgação

dos Deveres dos Portugueses para com a Defesa da nossa terra, face às ameaças crescentes a que a civilização ocidental que construímos está sujeita, nomeada-mente colaborando com o Estado-Maior General no seu programa de Divulgação das Missões das nossas Forças Armadas e seus aliados da NATO.

Ao início da manhã os jovens Cadetes e os Reservistas seus formadores, forma-ram na parada do IUM, numa cerimónia de demonstração do sentimento de identida-de nacional e solidariedade para com as nossos Forças Armadas. Todos cantaram o Hino Nacional, enquanto foi içada a Ban-deira Nacional.

Ao fim da manhã, nas salas de aula do IUM, Cadetes e Reservistas apresentaram os seus trabalhos como “Voluntários da Defesa”, junto dos outros alunos das suas Escolas. As apresentações constaram, ou de um alerta cívico contra as ameaças a Portugal, nos dias de hoje ou noutra épo-ca, ou de um apelo solidário, para uma causa comum aos Portugueses. Em todas as salas, estes jovens Cadetes corajosos e determinados, abordaram estes assuntos actuais que estudaram e apresentaram para debate, sobre os caminhos da defesa solidária do nosso Portugal de hoje e de sempre, perante júris das instituições que ao longo do ano apoiam a sua formação.

Ao início da tarde, após o almoço conví-vio dos familiares, Cadetes, Professores e Reservistas, o Instituto Universitário Mili-tar convidou todos a participarem num briefing de apresentação das suas atuais missões.

Comandante Bellem Ribeiro Diretor de Instrução dos Cadetes do Mar de Portugal

Sarg. Aj FZE/US Afonso Brandão Presidente do Núcleo da Liga dos Reservistas de Portugal para a imagem e publicações

O Dia Nacional dos Cadetes do Mar e do Exército de Portugal

4 de Maio de 2019

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divisões

34 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Realizou-se nos dias 11 e 12 de Maio, no Centro de Educação Física da Ar-mada na Base Naval de Lisboa, a já

habitual prova de tiro desportivo inserida nas Comemorações Oficiais do Dia da Marinha!

Esta prova de organização conjunta, foi este ano coordenada pela Associação de Fuzileiros (AFz) contando com o apoio do Clube de Praças da Armada (CPA) e do Clube Náutico de Oficiais e Cadetes da Ar-mada (CNOCA), contou também com o im-prescindível apoio da Base Naval de Lisboa e do Centro de Educação Física da Armada!

Disputada em duas modalidades, Pistola de Percussão Central (PPC) para Homens Seniores e Veteranos e em Pistola 25m (P25) para Senhoras e Junio-res, esta competição teve a participação de 16 atletas provenien-tes de vários Clubes de Tiro Nacionais!

Como não poderia deixar de o ser, esta competição foi acima de tudo um agradável convívio de atletas de tiro desportivo e que todos os anos fazem questão de estar pre-sentes na nossa casa a comemorar o Dia da Marinha desta forma em particular!

A eles e à Equipa de Arbitragem quere-mos agradecer a participação e apoio,

pois são imprescindíveis para a continu-ação deste evento de referência nacional no tiro desportivo!

Classificação PPC HS1.º Class.: Rui Antunes da ST-2 (Sociedade

de Tiro n.º 2 de Lisboa)2.º Class.: Francisco Algarvio do CPA (Clube de Praças da Armada)3.º Class.: Paulo Fernandes da ETE (Equipa de Tiro do Exército)

P25 S1.ª Class.: Ligia Trepado do CAPPSP (Clube

de Atiradores do Pessoal da PSP)2.ª Class.: Filipa Marracho do CNOCA (Clube Náutico de Oficiais e Ca-

detes da Armada)3.ª Class.: Teresa Azevedo do CAPPSP (Clube de Atiradores do Pessoal

da PSP)Espada PereiraSóc. Orig. n.º 445Chefe da DMALD

Divisão do Mare das Actividades Lúdicas

e Desportivas

Sócio da AFZParticipa, colabora e mantém

as tuas quotas em dia.

NIB

0035 0676 0000 8115 8306 9

IBAN

PT50 0035 0676 0000 8115 8306 9

Tiro Desportivo Torneio de Tiro “Dia da Marinha 2019

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Realizou-se em Olhão, no passado dia 2 de Março, o 8.º aniver-sário da Delegação de Fuzileiros do Algarve que contou com a

presença de cerca de 160 pessoas.

A recepção dos convidados foi efectuada na Capitania do Porto de Olhão, com a colaboração do Capitão do Porto, CTEN Cardoso de Morais, onde os camaradas, familiares e amigos iam chegando dando início a um grande dia de convívio com a troca de efusivos cumprimentos e lançamento das primeiras histórias e memórias de uma vida de camaradagem ao serviço da Armada.

À hora marcada, a comitiva deslocou-se para uma ligeira visita à zona histórica da “cidade cubista” através do “Caminho das Len-das”, brilhantemente acompanhado e explicado pelo Director do Museu de Olhão, Dr. Hugo Oliveira.

No final, houve ainda tempo para uma visita ao Museu do Compro-misso Marítimo de Olhão, antes da deslocação para o restaurante “Mistura Sertaneja” em Quelfes.

Uma vez chegados ao restaurante, houve tempo para a tradicional foto de família, seguindo-se um inesgotável almoço convívio com comida e bebidas à discrição que decorreu pela tarde fora.

O evento foi abrilhantado pelo Rancho Folclórico da Ria Formosa - Quelfes - Olhão e acabou com os discursos e o corte do bolo de aniversário.

Estiveram presentes entre outros, o Presidente da Junta de Freguesia de Quelfes, Miguel Dimas; o CMG Ova Correia, em

Delegação de Fuzileiros do Algarve(DFZA)

8.º Aniversário da DFZA

A Delegação de Fuzileiros do Algarve informa que foi renovado o Protocolo entre a Celoli – Actividades Turísticas, Lda. (Aquashow/Quarteira) e a Asso-ciação de Fuzileiros, ficando válido para a época 2019.

Este protocolo entre ambas as instituições visa a obtenção de descontos para todas as actividades do Aquashow/Quarteira para os sócios e familiares da AFZ devidamente identificados.

Para mais informações, contactar o Aquashow (tel.: +351 289 315 129) ou a AFZ (tel.: +351 212 060 079).

representação do Almirante CEMA; o Presidente da Associação de Fuzileiros, CMG Leão de Seabra; o 2.º CMDT da Zona Marítima do Sul; CTEN Afonso Martins; o CMDT do Porto de Olhão, CTEN Car-doso de Morais, assim como os representantes das nossas Dele-gações (Juromenha Elvas, Licínio Morgado; Douro Litoral - Hen-rique Mendes; Beira Alta - Benjamim Correia. Ainda o Presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas do Algarve, Horácio Luz e o Presidente do Núcleo de Fuzileiros Motociclistas da AFZ, Gonçalo Cambalhota.

Foi mais um fantástico dia de convívio e camaradagem sã entre várias gerações de filhos da escola, familiares e amigos, num am-biente agradável com música ao vivo, comida, bebida e muita vontade de voltar para o ano.

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Em 5 Maio 2019, realizou-se na Ilha da Culatra a II Operação Spark. A operação começou de manhã cedo com a preparação do equipa-

mento e montagem do Bote Zebro III.

A tripulação embarcou em Olhão com destino à Culatra com a missão de reconhecimento para o “Desembarque Anfíbio” a realizar nos próximos dias 28 e 29 de Junho 2019, nessa mesma ilha.

O grupo regressou com a missão cumprida ao fim do dia, deixando para trás um excelente dia entre filhos da escola.

Entre 18 e 19 de Maio, a DFZA também esteve presente na 1.ª festa do Vagaroso, em Quel-fes, a convite da Junta de Freguesia.

O evento gastronómico decorreu da melhor forma, estando esta delegação presente com 4 elemen-tos durante os 2 dias de festas.

No dia 30 de Maio, a Delegação de Fuzileiros do Algarve esteve presen-te nas comemorações oficiais do dia

do Município de Loulé com o Presidente da Direcção, Paulo Domingues e o Presiden-te da Mesa da Assembleia, Mário Martins, correspondendo ao convite do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Doutor Vítor Aleixo.

Realizou-se, de 17 a 19 de Maio, em Portimão, o Grande Prémio de Portugal de F1 de Motonáutica, prova apoiada pelo Clube Naval de Portimão e pela Delegação de Fuzileiros do Algarve, entre outros.

A DFZA esteve presente com 5 elementos no apoio ao Júri e à segurança do perímetro do circuito durante os 2 dias de prova.

Operação Spark

Festa do Vagaroso

Dia da Cidade de Loulé

UIM F1H20 World Championship Grand Prix of

Portugal

DFZA

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

A Delegação de Fuzileiros da Beira Alta marcou presença nas comemorações do 8.º Aniversário da sua congénere do Al-garve, no dia 2 de Março, correspondendo ao amável con-

vite que lhe foi dirigido.

A representação foi assegurada por um vogal da Direcção, Ben-jamim Correia, isto na impossibilidade momentânea, mas justifi-cada, de todos os outros elementos que integram aquela Direc-ção. Na altura própria este referiu ser com muito agrado e grata satisfação que ali estava a representar o “pessoal” da Beira Alta em tão importante data para a DFZA, que assim culmina um largo leque de actividades promovidas ao longo de todo o ano.

Do programa das comemorações salienta-se a visita ao Centro Histórico de Olhão, muito bem conduzida e onde se destacou o conhecimento e o entusiasmo do cicerone.

Viva “Olhão da Restauração” e viva a DFZA!

B. Correia

No dia 30 de Março a Associação de Fuzileiros comemorou o 42.º Aniversário da sua criação como Associação de Direito Privado. Quis a DFZBA associar-se a estas comemorações com a pre-

sença do seu Vice-Presidente Ilídio Magueja e sua família.

Foi um orgulho participar em todos os momentos destas celebrações onde a Câmara Municipal do Barreiro, cidade onde a AFZ está sedia-da, e a Marinha estiveram representadas ao mais alto nível.

A cerimónia militar junto ao Monumento ao Fuzileiro foi o ponto mar-cante do dia que no entanto teve muitos mais momentos de grande interesse associativo e cultural. Foi também uma excelente oportuni-dade para conviver com os camaradas que integram as Direcções das outras Delegações e Núcleos dispersos pelo País.

Parabéns à Associação de Fuzileiros.

Ilídio Magueja

A Delegação de Fuzileiros da Beira Alta esteve presente, atra-vés do seu Presidente e de outros elementos da Direcção, nas comemorações do IX Aniversário da sua congénere de

Juromenha /Elvas, cerimónias que tiveram lugar, desta feita, na linda cidade de Elvas, em 11 de Maio.

Foi uma jornada com muito interesse que permitiu um excelente convívio entre os camaradas das diversas delegações e sobretudo entre Fuzileiros e suas famílias.

Aqui ficam os Parabéns à DFZJE, na pessoa do seu Presidente Licínio Morgado, pela celebração de 9 anos de dedicação a uma causa que é também a nossa.

A DFZBA agradece a magnífica recepção e o excelente programa com que nos brindaram além de todo o apoio logístico disponi-bilizado.

Muitos Parabéns!Luís Castro

Delegação de Fuzileiros da Beira Alta (DFZBA)

8.º Aniversário da DFZA

42.º Aniversário da Associação Nacional de Fuzileiros

9.º Aniversário da DFZJE

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No âmbito das comemorações do Dia da Marinha, a Delegação da Asso-ciação de Fuzileiros da Beira Alta

(DFZBA), com a colaboração da Câmara Municipal de Viseu e do Núcleo de Viseu da Liga dos Combatentes, promoveu em Viseu, no dia 18 de Maio passado, pelas 17:00 horas, no Salão nobre da Associa-ção Comercial do Distrito de Viseu, a reali-zação de uma palestra evocativa proferida pelo Comandante José António Rodrigues Pereira (Académico Emérito da Academia da Marinha, Académico Honorário da Aca-demia Portuguesa de História, Vogal Efec-tivo da Comissão Científica da Comissão Portuguesa de História Militar), subordi-nada ao tema «Marinha Portuguesa: Nove Séculos de História».

O evento teve uma audiência digna de re-gisto onde marcaram presença, além das entidades civis e militares, ilustres figuras da cultura e das letras da cidade e muito público anónimo que quis estar presente e assim dignificou este acto de tão relevada importância.

A Direcção Nacional da AFZ, por impedi-mento do seu Presidente, esteve repre-sentada pelo Vice-Presidente Comandante

Benjamim Correia. Foi esta uma forma bo-nita de, mais uma vez, a DFZBA se mobi-lizar para trazer a Marinha a Viseu, região que tantos e tão bons filhos lhe tem dado ao longo da sua história.

Um agradecimento muito especial ao Co-mandante Rodrigues Pereira por se ter dis-ponibilizado a proferir esta palestra num

dia tão especial para todos os Marinheiros e para os que amam a sua Marinha.

No final foi servido um “Dão de honra” que permitiu um excelente convívio entre todos os presentes e... “Viva a Marinha”.

Luís Castro

Dia da Marinha 2019 “ecoou” em Viseu

No dia 2 de Março, na cidade de Olhão, decorreu o 8.º Aniver-sário da Delegação de Fuzileiros do Algarve. O Presidente da Delegação de Fuzileiros do Douro Litoral esteve presente

para honrar a festividade e visitar os camaradas.

O almoço decorreu em ambiente familiar e após os discursos houve lugar à troca de presentes.

De realçar a actuação do Rancho folclórico de Olhão que veio ani-mar este 8.º Aniversário.

No final foi cortado o bolo e cantado o Hino do Fuzileiro.

Aniversário da DFZA

Delegação de Fuzileiros do Douro Litoral(DFZDL)

Revista_33.indb 38 10/06/2019 20:50:03

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No dia 23 de Março, organizado por um grupo de Fuzileiros que residem naquela zona, decorreu o

encontro de filhos da escola.O ponto de encontro foi no castelo medieval da Fei-ra e tivemos a companhia do filho da escola, verea-dor do pelouro da Cultura e Desporto da Câmara de St.ª Maria da Feira, que teve a amabilidade de fazer a visita guiada.O castelo da Feira é imponente e após um vídeo de promoção, ficámos a saber um pouco mais da história local e também do seu importante papel na reconquista e na defesa e consolidação de Por-tugal. O encontro terminou com um almoço ser-vido no restaurante “o Cruzeiro”, em Fiães. Após o corte do bolo foi efectuado o grito do Fuzileiro.

No dia 2 de Abril de 2019, elementos da Delegação de Fuzileiros do Douro Litoral visitaram o Comando da Zona Marítima do Norte para apresentação de

cumprimentos.

Fomos recebidos pelo Capitão de Mar-e-Guerra, Cruz Martins a quem explicámos a tarefa da Delegação, os seus objectivos e a actividade desenvolvida ao longo do ano. Recebemos do Cmdt. Cruz Martins a promessa de apoio sempre que os eventos desenvolvidos pela Dele-gação, assim o justifiquem.

Obrigado ao Comandante da Zona Marítima do Norte por tão bem receber a Delegação de Fuzileiros do Douro Litoral.

Foi com muito orgulho que no dia 19 de Maio a DFZDL, juntamente com as restantes Delegações e Núcleos da

AFZ, participou nas comemorações do Dia da Marinha e nas cerimónias que tiveram lugar este ano em Coimbra.

No desfile o Guião da Delegação foi trans-portado pelo seu Presidente e vários ele-mentos da DFZDL integraram o Pelotão de Veteranos da Associação de Fuzileiros, chefiado pelo SMOR FZE José Talhadas.

Apresentação de cumprimentos ao CZMN

Dia da Marinha 2019

No dia 30 de Março al-guns elementos da Delegação de Fuzilei-

ros do Douro Litoral deslo-caram-se ao Barreiro para participarem no Aniversário da Associação Nacional de Fuzileiros.

As comemorações inicia-ram-se com a entrega, na sede da Associação, dos cartões aos sócios Institu-cionais, registado com muito agrado por todos os presen-tes.

O ponto alto da cerimónia decorreu no Barreiro, junto ao monumento ao Fuzileiro, onde estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, o Comandante Naval e diversas entidades convidadas.

Após o toque de silêncio, executado pela Fanfarra do Corpo de Fuzileiros, foi deposta uma coroa de flores em honra dos Fuzileiros que já partiram.

A noite foi cultural com a actuação do Grupo de Cantares Alentejanos da Aldeia da Luz.

Seguiu-se o jantar na sede da Associação. Apesar da falha de energia e da mudança de restaurante, os sorrisos e a camaradagem estiveram sempre presentes. Após o corte do bolo foi efectuado o grito do Fuzileiro.

42.º Aniversário da Associação Nacional de Fuzileiros

Encontro de Filhos da Escola em St.ª Maria da Feira

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

A 10 de Março 2019 a DFZJE esteve presente no almoço anual da “Asociación de Veteranos da Base Aérea de Talavera La Real “ - ALA 23 - realizada este ano em Mérida, Espanha.

Foi outro excelente convívio com os nossos camaradas espanhóis e suas famílias que, oriundos de toda a Espanha, se reúnem uma vez por ano para recordar a sua passagem pela base aérea de Badajoz.

Como sempre fomos recebidos com amizade e cordialidade num even-to que decorreu alegre e bem-disposto. Na fase dos discursos da praxe fomos presenteados com um excelente livro de memórias da Asociación de Veteranos escrita pelo nosso camarada e amigo Francisco Carrasco Vasquez, tesoureiro da referida associação. Em retribuição ofertamos um exemplar dom nosso mini guião. O evento continuou durante toda a tarde ao ritmo da dança e da boa disposição.

A 2 de Março 2019 a DFZJE esteve presente no 8.º aniversário da delegação de Fuzileiros do Algarve, este ano celebrada na cidade de Olhão.

Depois da recepção na Capitania do Porto realizou-se um passeio pelo bairro dos pescadores, adjacente ao porto, onde podemos observar pormenores muito interessantes da construção daque-las casas típicas e fazer uma rápida visita ao Museu Municipal.

Seguiu-se o almoço onde decorreu um excelente convívio entre ca-maradas e suas famílias com muita alegria, camaradagem e espíri-to de corpo. No fim da tarde tivemos o prazer de assistir à actuação do rancho folclórico da Ria Formosa-Quelfes. Foi um grande dia.

OBRIGADO CAMARADAS

Almoço anual da Asociasión de Veteranos da Base Aérea de Talavera La Real

8.º Aniversário da DFZA

Tradicional Matança do Porco

Dia 09/02/2019 a DFZJE realizou a já tradicional matança do porco em Juromenha. Foi um momento de encontro e parti-lha entre camaradas, familiares e amigos onde a alegria e a

boa disposição reinaram. Foram degustados vários pratos oriun-dos do nosso Alentejo, destacando-se, claro, a carne de porco grelhada na brasa e seus derivados que juntamente com o bom vinho Alentejano (15º) fizeram com que o dia passasse rapida-mente.

O evento envolveu também as entidades autárquicas como a Câ-mara Municipal de Alandroal com o seu presidente e vice-presi-dente, João Grilo e João Balsante; a Câmara Municipal de Elvas representada pelo Vereador Tiago Afonso, que nos contemplou com um recital de bem tocar e cantar algumas canções típicas do nosso Alentejo.

Um agradecimento também para a forte presença dos nuestros hermanos de la Asociasión de Veteranos de la Base Aérea Talave-ra La Real de Badajoz.

Delegação de Fuzileiros de Juromenha/Elvas(DFZJE)

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No dia 30 de Março de 2019 a DFZJE esteve presente nas comemorações do 42.º aniversário da nossa AFZ na cidade do Barreiro.

Depois da recepção na sede, realizou-se a cerimónia de Home-nagem aos Fuzileiros mortos pela pátria junto ao monumento do Fuzileiro, sito na rotunda com o mesmo nome. Já na sede, e depois de uma apresentação multimédia realizada pelo Presidente na Associação, Comandante Manuel Seabra, em que fez um breve resumo da história da AFZ e do que se pretende para o futuro da mesma, tivemos o momento cultural com a uma excelente actuação do grupo de cantares Alentejanos da Aldeia da Luz, Mourão.Seguiu-se o jantar convívio entre todos os presentes, este ano com a peculiaridade de ter sido realizado em dois restaurantes

diferentes, uma magnífica metáfora ao espírito do desenrascanço FZ quando surgem situações inopinadas. Isto não é para quem quer, é para quem pode. Gritemos mais uma vez: FUZILEIROS UMA VEZ, FUZILEIROS PARA SEMPRE

NA DFZJE esteve presente no dia 9 de Abril de 2019 nas ce-rimónias de comemoração do 101.º aniversário da batalha de La Lys.

As comemorações decorreram junto ao monumento ao comba-tente da I Grande Guerra, no jardim junto às portas de Olivença, em Elvas, numa cerimónia presidida pelo vereador Tiago Afonso.

Esta habitual cerimónia destina-se a relembrar os soldados que lutaram e morreram pela pátria nessa terrível batalha.

No passado dia 18 de Maio, a DFZJE associou-se ao gru-po representativo da AFZ, tendo assim marcado presen-ça, nas cerimónias de Homenagem aos Combatentes

daquele Concelho.

A presença das altas entidades civis e militares deram espe-cial ênfase à cerimónia que esteve muito bem organizada e foi reconhecida a nossa presença.

42.º Aniversário da AFZ

Homenagem aos Combatentes do Ultramar

101.º Aniversário da Batalha de La Lys

Homenagem aos Combatentes de Sousel

A DFZJE esteve presente na homenagem aos combatentes do ultramar no âmbito das comemorações do 25 de Abril de 2019 em Elvas, realizada pelo núcleo de Elvas da Liga dos

combatentes. A homenagem, dividida em 3 partes, começou na vila da Terrugem onde se prestou uma homenagem aos militares da freguesia que combateram no ultramar por Portugal e que cons-tou de deposição de ramos de flores e da realização de uma peque-na cerimónia militar junto ao monumento ali situado.

Seguiu-se para a vila de Vila Boim onde se efectuaram idênticas cerimónias em homenagem aos militares da vila. Por fim, chegados a Elvas, prestou-se homenagem aos militares do concelho mortos em combate e distinguiu-se com medalhas por cumprimento de missão ou feitos realizados durante o serviço militar, três elvenses, terminando a cerimónia com um pequeno discurso do Presidente da Câmara de Elvas em que sublinhou o espírito de sacrifício, a valentia e serviço à Pátria dos militares que passaram pelo Ultra-mar. Por último foi inaugurada uma exposição fotográfica sobre a guerra ultramarina nas instalações do Museu Militar de Elvas com fotografias oferecidas pelos próprios combatentes.

DFZJE

Revista_33.indb 41 10/06/2019 20:50:08

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delegações

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Delegação de Fuzileiros da Polícia Marítima(DFZPM)

Os membros da DFZPM encontram-se distribuídos por todo o País onde a Polícia Marítima cumpre a sua mis-

são.

Circunstancialmente muitos deles encon-tram-se destacados, no âmbito da Opera-ção POSEIDON, que decorre no âmbito da “Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira (FRONTEX)” no Mediterrâneo.

E é desses que ultimamente temos rece-bido notícias sobre o seu grande empenho e profissionalismo nas missões de resgate de migrantes ilegais nas águas daquele mar.

Ainda no passado dia 25 de Março de 2019, o jornal Diário de Notícias nos dava conta de mais um salvamento ocorrido na madrugada daquele dia ao largo da ilha de Lesbos. Nesse sal-vamento, num total de 47 pessoas, 21 eram crianças e 10, mulheres, um grupo de pessoas de vá-rias nacionalidades; afegãos, iranianos e outras.

De salientar que os migrantes resgata-dos ao mar foram detectados através de uma viatura de

vigilância costeira, segundo a Autoridade Marítima, que transmitiu ao navio Portu-guês que rapidamente agiu em conformi-dade.

No âmbito interno a DFZPM tem estado presente com o seu guião em todas as grandes cerimónias em que a Associação de Fuzileiros tem participado, nomeada-mente no Dia da Marinha.

DFZPM

núcleodefuzileirosmotociclistas

O Núcleo de Motociclistas Fuzileiros é já uma marca indis-pensável nos eventos da Associação e das suas Delega-ções e Núcleos, promovidos ao longo de todo o ano e quase

por todo o país.

São disso exemplos a presença no aniversário da Delegação do Algarve, no aniversário da Delegação de Juromenha/Elvas, onde até já tinham estado pela Tradicional Matança do Porco, e em muitos outros eventos.

Além dos eventos de natureza interna da Associação, o NFZM não descurou o convívio com outos grupos de Motociclistas con-géneres, sempre em salutar e fraterna confraternização, tais como: o Grupo Motard “Os Correias” de Portela de Azóia, o Grupo

Núcleo de Fuzileiros Motociclistas(NFZM)

Nota: A operação POSEIDON decorre no âmbito da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda

Costeira (FRONTEX) e destina-se a apoiar a Guarda Costeira grega no controle e

vigilância das fronteiras marítimas gregas e da UE.

A Polícia Marítima na Operação “Poseidon”

In http://bit.ly/2WRvkGQ

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43

núcleodefuzileirosmotociclistas

O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

A RFE – Rádio Filhos da Escola, Web Rádio criada no dia 18 de Janeiro de 2014, por um grupo de pessoas que tendo servido na Marinha de Guerra Portuguesa, se propunham

através da música, da palavra e da amizade, continuar a levar aos cinco continentes, e onde eventualmente pudesse estar um Filho da Escola, no Continente, nas Ilhas, na diáspora espalhados pelo Mundo, os ideais da MGP e o orgulho de ter servido a Pátria em tão nobre instituição.

Continua ao fim de mais de cinco anos de atividade, a cumprir os seus desígnios, com maior ou menor dificuldade, mas sem-pre com muita dedicação e empenho. Composta na atualidade, por uma equipa de 8 (oito) locutores, 1 (um) técnico informático e 1 (um) Web Designer, propomo-nos continuar a levar a nossa palavra e a nossa música, até onde haja, um filho da Escola, um familiar, um amigo.

Actualmente a RFE integra também a Associa-ção de Fuzileiros numa parceria que se pretende cada vez mais dinâmica e importante para am-bas as partes.

A Rádio Filhos da Escola, poderá ser escutada via Internet, nos seguintes links e aplicações:

No Stream (Motor de busca): http://176.9.43.216:2199/start/radiofilhosescolahttp://www.radioonline.com.pt/filhos-da-escola/

Na Aplicação Tunein: https://tunein.com/radio/Rdio-Filhos-da-Escola--s218413/

No Site da RFE: www.radiofilhosdaescola.webnode.com

Luís LopesLocutor e Coordenador de Programas e Conteúdos

A RFE ao Serviço dos Marinheiros espalhados pelo Mundo

Rádio “Filhos da Escola”

(RFE)

de Paraquedistas Motociclistas, no Dia da Unidade, o Motoclube do Montijo - XXVI Concentração. E outros ...

Também nas comemorações do 42.º aniversário da AFZ, em que o barulho dos motores não se fez ouvir, calou fundo a presença muito significativa de elementos do NFZM que, como já se tem dito anteriormente e se torna já legenda quase obrigatória, “con-tinuam a espalhar charme e alegria por onde passam, mos-trando o seu amor aos Fuzileiros e à Marinha que desta forma também divulgam”.

Reparação e Manutenção InformáticaVersátil & Transversal Unip. Lda.

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Sócios AFZ e Familiares

NFZM

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convívios

44 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

No passado dia 30 de junho de 2018 realizou-se o almoço de confra-ternização do DFE N.º 2, Angola

1965/67, que foi comandado pelo então primeiro-tenente António Emílio Rodri-gues Ponte.

O encontro teve lugar num restaurante da região de Fátima e foi, mais uma vez, magistralmente organizado pelo nosso camarada Joaquim de Almeida Campos, a quem estamos gratos pela sua dispo-nibilidade.

Tendo como mote este acontecimento a D. Cesarina Brandão, irmã do nosso ca-marada Afonso Brandão, fez um poema que dedicou a todos os elementos deste Destacamento.

Afonso Brandão

Realizou-se em 29 de Setembro o Convívio dos Filhos da Escola incor-porados em Setembro de 1962.

A realização do evento deveu-se à inicia-tiva e muita dedicação do nosso amigo

Batalha a quem todos devemos um muito obrigado porque, mais uma vez, tudo fez para mobilizar a tropa.

Como responsável que é, assume as suas funções, desbrava todos os anos os

caminhos necessários para que todos convivam e cheguem ao objectivo em se-gurança.

MM

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 2 Angola 1965/67

30 de Junho de 2018

Filhos da Escola – Setembro de 196256.º Aniversário

29 de Setembro de 2018

DFE 2 - ANGOLA 1965/67 – Romagem de saudade

Realizou-se um almoçoEste ano mais uma vez Para se comemorarUm evento Português

Que foi protagonizadoPelos Fuzileiros de então;Vieram do UltramarPois findou a comissão!

E esses homens valentesAlguns inda umas criançasContinuam ainda hojeA se recordar das lembranças!

E assim sendo continuamEm junho, todos os anosRealizando um almoçoQue reúne os veteranos!

É romagem de saudadeOnde se podem rever Uns aos outros e às famílias;Eu gosto de ir, a valer!

Gosto daquele convívioDe verdadeira amizadeE de ver como se abraçamCom verdadeira saudade!

Já conheço bem algunsOutros nem tanto, mas queroAcreditar que o abraçoÉ muito puro e sincero!

É por todas estas coisasQue acompanho meu irmão;Acredito na amizadeDo fundo do coração!

Cesarina Brandão

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convívios

45O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O Destacamento de Fuzileiros Especiais n.º 13 (DFE 13), mais conhecido por “Os Barbudos”, foi, segundo informação fide-digna do autor deste artigo, a unidade mais jovem a passar

pelo Ultramar, já que das 67 praças que o constituíam (enquadra-das por 3 oficiais e 6 sargentos) 19 tinham 18 anos, 4 tinham 20, 30 tinham 22, 7 tinham 24, 6 tinham 25 e 1 tinha 29.

Reuniu-se no passado dia 13 de Outubro para mais um almoço de convívio, destinado a assinalar o 53.º aniversário da partida para Angola.

Estiveram presentes no evento 29 camaradas e 15 familiares.

O restaurante da Associação foi, uma vez mais, o ponto de reu-nião, com a concentração a ser marcada para as 12 horas mas este horário não impediu que alguns, mais madrugadores, se an-tecipassem para iniciar a reportagem fotográfica com todos os pormenores.

Passado um ano desde o último convívio as saudades já eram muitas e ficaram bem traduzidas nos fortes abraços e no relem-brar das peripécias que “os menos esque-cidos” logo começaram a trazer “à baila”. Um deles, pela sua gravidade, merece ser aqui recordado:

“Numa linda tarde de sol, este vosso ca-marada, na altura a praça mais antiga do destacamento, resolveu desafiar o Eusébio, o Martins, o Pincel e mais quatro ou cinco marinheiros para uma caçada. Prepararam três botes e, sem avisar ninguém, puseram--se a descer o rio Zambeze na direcção de Laripande-Zâmbia, cerca de três quilóme-tros a jusante. Abicam à margem esquerda e vai de caçar rolas com a G-3! Pelo cami-nho deparam-se com uma tangerineira car-regada de fruta madura e… foi um fartote!

Tão entretidos estavam – sem pensar se-quer na gravidade do acto – que nem se aperceberam que já estavam cercados do lado de terra por um pelotão de Cavalaria e do lado do rio lhes surgia uma equipa de fuzileiros comandada pelo oficial Imediato e por um sargento do mesmo Destaca-mento.

A sorte dos aventureiros foi terem sido es-tes os primeiros a chegar e a reconhecê--los prontamente, caso contrário as coisas podiam ter corrido mal. É que o pessoal do Exército, ao ouvir os tiros, estava con-vencido de que era o inimigo que andava por ali!

Fica, como moral da história, o mau exem-plo dado por cabos experientes que já ti-nham “no papo” uma comissão na Guiné, onde decerto não teriam feito o mesmo,

e estavam a terminar a comissão em Angola. Enfim, felizmente viveram para o contar!”

Antes de ser servido o almoço foram recordados, cumprido um minuto de silêncio, os camaradas já falecidos. Seguiu-se uma animada refeição, onde, em convívio, prosseguiu a evocação de histórias passadas.

No final, este vosso camarada, como mais antigo presente (pois assim mandam as regras), foi chamado a partir o bolo comemora-tivo, após o que prosseguiu a saudável confraternização.

A organização do evento esteve a cargo dos camaradas Gabriel Cabrita e Rui Barbosa, que não deixaram os seus créditos por mãos alheias.

Até ao próximo encontro!

Manuel Pires da SilvaSMOR FZE Ref

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 13Angola 1965/67 – 53.º Aniversário

13 de Outubro de 2018

Estrada das Palmeiras, 55 | Queluz de Baixo 1004 | 2734-504 Barcarena | Portugal | T.(+351) 214 349 700 | F. (+351) 214 349 754 | www.mjm.pt

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Revista_33.indb 45 10/06/2019 20:50:13

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46 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Fuzileiros (EF) estava integrada no G2EA, aí ocorrendo a presença do actual Comandante da EF CMG FZ Martins de Brito que a todos e aos respectivos famí-liares e amigos pre-sentes desejou boas--vindas. Este grupo dirigiu-se seguidamente para a entrada da EF, para junto do Monumento aos Fuzileiros, onde, a assi-nalar este evento, no decurso de uma cerimónia aí realizada conjuntamente com o Comandante da Escola, foi descerrada uma pequena placa e se colocada uma coroa de flores na base desse Monumento com as devidas honras militares e a presença do guião da nossa Unidade que se encontra nor-malmente no Museu.

Deslocaram-se seguidamente todos, familiares e amigos in-cluídos, para a capela, onde tal como previsto, o P.e Santos Oliveira capelão na BNL na impossibilidade do capelão da EF P.e Licínio, celebrou Missa em que foram recordados todos os elementos do nosso DFE5 já falecidos.

Concluída a Missa, todos se dirigiram para o passo seguinte do programa, a visita ao Museu do Fuzileiro já com o seu novo auditório (condicionado ao espaço existente), a que se seguiu o almoço festivo e de confraternização no refeitório - e o tradicional corte do bolo alusivo - com a presença do Co-mandante da EF, no início do qual, na escadaria da entrada, foram tiradas fotografias com todos os elementos do nosso DFE5 presentes neste excelente convívio, com pena de que muitos outros elementos da Unidade, por razões de distância ou de saúde não tivessem podido ter estado presentes.

Joaquim Paes de Villas-Boas

Oficial Imediato / CMG Ref

Realizou-se no Sábado, dia 23 de Março de 2019, o XVII Encontro do DFE5 Moçambique 1969/1071, que

dado coincidir com o 50.º aniversário da sua partida e início de Comissão em Moçambique no início de 1969, teve in-tegralmente lugar na Escola de Fuzileiros onde todos fizeram o Curso de Fuzileiros Especiais de que tanto nos orgulhamos. Este DFE5 foi comandado pelo 1.º Tenen-te de Marinha Luís Filipe Vidigal Aragão (hoje CMG Ref), especializado em Fuzi-leiro Especial como todos os restantes elementos.

A visita começou no salão nobre no edifí-cio do comando, onde como é sabido se encontram as fotografias de todos os co-mandantes e dos directores de instrução que os antecederam quando a Escola de

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 5Moçambique 1969/71 – 50.º Aniversário

23 de Março de 2019

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convívios

47O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O Destacamento de Fuzileiros Espe-ciais N.º 9 – Moçambique, 1967/69, que então foi comandado pelo co-

mandante Santarém da Cruz, comemo-rou no passado dia 6 de Abril, o cinquen-tenário da sua chegada a Lisboa depois de concluída a comissão de serviço que cumpriram em Moçambique.

A adesão do pessoal e de suas famílias foi muito significativa e reinou sempre a boa disposição. Das actividades do dia

comemorativo merecem referência a Re-cepção proporcionada pelo Comandante da Escola de Fuzileiros, que decorreu no Salão Nobre da Unidade, a celebração de uma missa de Acção de Graças lembrando também os camaradas do DFE que já nos deixaram, a cerimónia de Homenagem aos mortos com deposição de coroa de flores que decorreu junto ao Monumento ao Fuzileiro e o descerramento da placa comemorativa do cinquentenário colocada no Mural da Memória dos Fuzileiro.

Merece também destaque a visita ao renovado Museu do Fuzileiro que todos apreciaram.O almoço decorreu na Quinta D’ Alegria com excelente ambiente e com, fazendo jus ao nome do Restaurante, decorreu com muita alegria.

Benjamim CorreiaVP da Direcção da AFZ (1)

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 9Moçambique 1967/69 – 50.º Aniversário

6 de Abril de 2019

(1) AFZ agradece o convite que lhe foi dirigido para estar presente.

INFORMAÇÕES

Sócio da AFZ, actualiza os teus contactos e mantém-te informado

A Direcção Nacional elegeu como objectivo prioritário a comunicação contínua com os seus associados.

Para que a comunicação seja efectiva e o mais rápida possível, o Secretariado deverá dispor dos contactos necessários privilegiando,

sempre que possível e adequado, a comunicação via email.

Assim, solicita-se a todos que actualizem os seus dados pessoais, principalmente no que se refere aos contactos (endereço email,

morada, números telefónicos, etc.). Só assim poderemos manter os nossos associados informados, em tempo real, de tudo o que de

interesse a Direcção tem para divulgar e creiam que é muito.

Documentos de despesa com saúde

A Associação de Fuzileiros, através do seu Secretariado Nacional, disponibiliza aos seus associados o serviço de recepção e

encaminhamento, para os serviços competentes, dos documentos de despesas com saúde.

A Direcção

Revista_33.indb 47 10/06/2019 20:50:15

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convívios

48 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Os Filhos da Escola de 1968 celebraram o 51.º aniversário com um al-

moço no restaurante “O Tei-moso”, na Lourinhã.

Esta comemoração, que reu-niu perto de cem pessoas, ser-viu para se recordarem alguns momentos com Paz, Alegria e Tranquilidade, porque estáva-mos em falta para com a nossa instituição chamada Marinha.

Um agradecimento ao Duarte e amigos da organização. Bem hajam!

Para o ano haverá mais!José de Oliveira PintoSócio n.º 1049

Filhos da Escola – Abril de 1968

27 de Abril de 2019

Filhos da Escola de 1970

13 de Abril de 2019

Em Guimarães, no Campo da Batalha de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães, reuniu o “Batalhão da Ar-

mada de Abril 1970” festejando mais um ano de união e camaradagem.

Cerca de 90 Filhos da Escola, acompanha-dos das respectivas famílias, recordaram

momentos do passado e a promessa de estarem presentes em 2020 para come-morar os 50 anos da sua incorporação na Marinha.

Seguiu-se visita ao Alto da Penha com a vista panorâmica da Cidade-Berço, ao Santuário de Nossa Senhora da Penha e

às grutas. O almoço, num restaurante em Arões, foi muito animado e o encontro ter-minou em festa como o bolo de aniversá-rio.

Para o ano lá estaremos no cinquente-nário!

António Couto

Revista_33.indb 48 10/06/2019 20:50:16

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convívios

49O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Realizou-se, durante no passado dia 4 de maio, a visita à Escola de Fu-zileiros dos militares que perten-

ceram ao Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 8 que operou em Moçam-bique de 1966 a 1968, por ocasião do

50.º Aniversário da chegada a Portugal, acompanhados pelos Seus Familiares.

A visita, que contou com a participação de aproximadamente 73 pessoas, entre ex-militares e familiares, começou com

a receção dos convidados no salão nobre pelo Comandante da Escola de Fuzileiros, Capitão-de-mar-e-guerra Fuzileiro Mar-tins de Brito, ao que se seguiu a cerimónia de colocação de uma coroa de flores junto ao monumento do Fuzileiro como forma de homenagem aos Fuzileiros já falecidos.

“Manifesto a minha grande satisfação pela forma como tudo correu. O mais impor-tante foi a leitura que fiz em cada um dos nossos camaradas da “Aventura DFE8”, de Moçambique. Viveram-se momentos de estreita camaradagem, adesão profunda dos nossos familiares, acompanhamento sincero dos responsáveis da Escola e da Associação e, finalmente, de reconheci-mento ao mais alto nível da Armada, do que foi a nossa contribuição para a Missão da Marinha e, em especial dos Fuzileiros.

Envio em anexo a mensagem do CEMA, lida a todos pelo Comandante da Escola de Fuzileiros.Um abraço do...”

João Pereira BastosComandante do DFE 8

Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 8Moçambique 1966/68 – 50.º Aniversário

4 de Maio de 2019

MENSAGEM DO

CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA

AOS ELEMENTOS DO DFE 8(Moçambique 1966/68)

Como Chefe do Estado-Maior da Armada, na ocasião em que se assinala o 50.º aniversário do regresso do Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 8 do teatro de operações de Moçambique, quero, em nome da Marinha, saudar todos pelo vosso exemplo de coragem ecombatividade, sustentado num forte espírito de missão e na vontade de bem-servir, a par com um assinalável humanismo no relacionamento com as populações, que sempre evidenciaram no decurso das operações no Niassa e em Cabo Delgado, nos combates e em ousadas açóes de contra-guerrilha realizadas nos planaltos e nos vales, frequentemente a grande distância da costa ou dos rios navegáveis.

A vossa presença neste ato de exaltação da memória, comprova o forte espírito de corpo com que enfrentaram a dureza dos combates e homenageia os camaradas que já não estão entre nós. Às vossas Famílias, e também às Famílias dos Camaradas que já partiram, deixo uma palavra de reconhecimento pelo vosso sacrifício que ajudou a dar lustre à Marinha e a prestigiar os “Nossos FUZILEIROS”.

A Marinha acolhe-vos e abraça-vos, com profundo respeito e honra pelo vosso testemunho de combatentes na defesa dos nossos valores e da Nossa Pátria.

O Chefe do Estado-Maior da Armada

António Maria Mendes Calado

Almirante

Transcrição da mensagem do CEMA

4.Maio.2019

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convívios

50 O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

O Núcleo de Fuzileiros dos Templários de Tomar promoveu o seu 23.º Al-moço – Convívio e, como vem sendo

tradição, enviou convite ao Presidente da Direcção da Associação de Fuzileiros que, tendo outros compromissos já assumidos, delegou num dos seus Vice-Presidentes.A concentração e recepção às entidades convidadas ocorreu junto ao Quartel dos Bombeiros e o agradável almoço decorreu num restaurante da região, situado em localidade próxima de Tomar.Foi mais uma jornada de excelente con-vívio FZ com destaque para a sempre muito apreciada do CMG Martins de Brito, Comandante da Escola de Fuzilei-ros e Segundo Comandante do Corpo de fuzileiros, além do CAlm. Leiria Pinto e esposa que fazem questão de estar pre-sentes e apoiar este persistente grupo de camaradas.

O Núcleo de Fuzileiros dos Templários de Tomar continua muito activo e a marcar

presença nos maiores eventos anuais da Marinha e da cidade de Tomar.Um agra-decimento ao Presidente João Narciso, à sua equipa e a todos os elementos do

Núcleo, especialmente às senhoras, que não se poupam a esforços para que todos se sintam em casa. Muito obrigado!

BC

Núcleo de Fuzileiros dos Templários de Tomar23.º Convívio

12 de Maio de 2019

Foto cedida por Arlindo Santos - Tomar

Criados para servir esta nação...

Que em campo aberto defendem sem hesitar, o seu irmão...

Que deixam famílias e haveres...

Para cumprir o dever e o juramento que fizeram à sua Pátria Mãe...

À sua Bandeira...

Pátria essa que os tem esquecido e, muitas vezes, nem merecido essa doação...

Doação de corpo e alma, sem esperar recompensas...

Apenas um reconhecimento...

Pelas mães que choram, pelos filhos que já não estão presentes...

Somos Soldados...

Homens e Mulheres como tu meu irmão e irmã...

Que apenas, somos lembrados...

Quando precisam que estejamos na linha da frente...

Deixamos nossos filhos para trás...

Para defender os vossos...

Sim...

Mas tudo isso fazemos de coração...

Engolindo as lágrimas que teimam em cair...

Quando estamos em terreno aberto...

Com a artilharia a nos cobrir...

Nascemos com uma missão...

Nunca deixar para trás o nosso irmão ...

Nascemos com uma missão ... nunca negar a nossa Pátria e Nação...

Porque...

Apenas Somos Soldados!Som

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poesia

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obituário

51O DESEMBARQUE • n.º 33 • Junho de 2019 • www.associacaodefuzileiros.pt

Aqui se presta homenagem aos que nos deixaram

diversos

A Associação Nacional de Fuzileiros e a Revista “O Desembarque” apresentam sentidas condolências às Suas Famílias, publicando-se as respectivas fotografias que correspondem às que encontrámos nos nossos ficheiros.

Estes nossos Camaradas e Amigos permanecerão para sempre entre nós!

Novos SóciosNome do sócio N.º

Paulo Daniel Madeira Perdigão 2677Manuel Mendes Gonçalves de Freitas 2678Carlos Alberto Simões Mouro 2679Carlos Manuel da Costa Pinto Carrasqueira 2680Ruben Matias Daniel 2681Reinaldo José Brígida Marques 2682Manuel Agonia Terroso Torrão 2683António Raul Marques Silva 2684Rolando Luís Faria de Sousa 2685Marcos Alberto Pereira de Sousa 2686António Valter Sousa Santos 2687José Alberto de Silva Sousa 2688Fernando Paulo Sousa Freitas 2689Paulo Jorge Pereira da Silva 2690Carlos Alcino Costa Gomes Silva 2691Carlos Alberto Cruz Gomes Freire 2692José Pedro de Oliveira Marques 2693Reinaldo Félix Dias Silva 2694Lereno Félix V. da Silva 2695António Luís Sarmento Coelho 2696Paulo Leonardo Pedro dos Reis 2697Humberto Canhenha Soares 2698Ana Mª Pereira dos Santos de Andrade Gomes 2699Manuel José Trindade Veiga 2700Rui Vasco Jerónimo Ferreira Costa 2701José Ribeiro de Almeida 2702José Manuel Palma Coelho 2703

Carlos Alberto Garcia BernardoSócio n.º 680

1MAR FZ 1007613/03/1942 a 12/03/2019

António Pereira FelizSócio n.º 747

MAR FZ 1528/7026/04/1949 a 25/03/2019

José Rodrigues da Silva GuerreiroSócio n.º 1709

MAR FZ 1548/68(13/04/1950 a 20/10/2018)

Donativos à AFNome do sócio N.º Donativo

José Oliveira Pinto 368 10,00 €CMG Horácio Metelo de Nápoles 101 1000,00 €Artur Matos Polónio 2556 50,00 €

Sócios InstitucionaisNome do sócio N.º

Vice-Almirante Henrique Eduardo P. de Gouveia e MeloComandante Naval I 04

CMG FZ Rogério Paulo Figueira Martins de BritoComandante da Escola de Fuzileiro I 06

Dr. Frederico Alexandre Aljustrel da Costa RosaPresidente da Câmara Municipal do Barreiro I 08

Dr. Eduardo Vitor RodriguesPresidente da Câmara Municipal de V. N. de Gaia I 09

Dr. Joaquim de Almeida HenriquesPresidente da Câmara Municipal de Viseu I 10

Dr. João Maria Aranha GriloPresidente da Câmara Municipal do Alandroal I 11

Dr.ª Isilda Maria Prazeres Vargas GomesPresidente da Câmara Municipal de Portimão I 12

Dr. Nuno Miguel Fernandes MocinhaPresidente da Câmara Municipal de Elvas I 13

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