fit - dmd - 1ª e 2 ª aulas 2012 1° semestre.pdf

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    ESQUEMA DE AULA

    (1 e 2 aula DMD - LEGISLAO)

    Tpicos a serem ministrados na 1aula:

    1.Cidadania;

    2. A cincia (espcies e classificaes);

    3. A cincia do direito;

    4. Noes de direito;

    5. Distino entre moral e direito;

    6. Objeto da cincia do direito.

    CIDADANIA

    Cidadania (do latim,civitas, "cidade") o conjunto de direitos e deveresao qual um indivduo est sujeito em relao sociedade em que vive.

    O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" noo de

    direitos, especialmente os direitos polticos, que permitem ao indivduointervir na direo dos negcios pblicos do Estado, participando demodo direto ou indireto na formao do governo e na suaadministrao, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargopblico (indireto).

    No entanto, dentro de uma democracia, a prpria definio de Direito,pressupe a contrapartida de deveres, uma vez que em umacoletividade os direitos de um indivduo so garantidos a partir do

    cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedadeCidadania, direitos e deveres.

    Os direitos polticos so regulados no Brasil pela Constituio Federal emseu artigo 14, que estabelece como princpio da participao na vidapoltica nacional o sufrgio universal. Nos termos da norma constitucional,o alistamento eleitoral e o voto so obrigatrios para os maiores dedezoito anos, e facultativos para os analfabetos, os maiores de dezesseise menores de dezoito anos e os maiores de setenta anos.

    A Constituio probe o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dosbrasileiros conscritos no servio militar obrigatrio, considera a

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    nacionalidade brasileira como condio de elegibilidade e remete

    legislao infra-constitucional a regulamentao de outros casos deinelegibilidade (lei complementar n. 64, de 18 de maio de 1990). Eis otexto da constituio:

    Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio

    universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual

    para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    (...)

    2 - No podem alistar-se como eleitores os

    estrangeiros e, durante o perodo do servio militar

    obrigatrio, os conscritos.

    A CINCIA DO DIREITO

    So vrias as alternativas de estudo aqui, pois cada cincia representasua prpria linguagem.

    A cincia do Direito , sem dvida, bastante complexa, embora setrabalhe apenas com o direito positivo (escrito).

    O sistema jurdico no fechado. Assim como o Direito no tem umadefinio padro para cada soluo de conflitos. Isto porque o sistemajurdico opera tambm com o acaso.

    A Cincia do Direito deve se preocupar com o homem como um todo:

    vida, sade, honra, liberdade, educao, etc.

    As normas jurdicas devem respeitar o homem e sua dignidade. A Cinciado Direito em sua acepo mais ampla uma cincia tica porexcelncia.

    NOES DE DIREITO

    No se pode comear a discorrer sobre o Direito sem traarmos, comopressuposto do nosso dilogo, uma definio acerca do tema.

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    Direito um conjunto de regras obrigatrias que garante a convivncia

    social graas ao estabelecimento de limites ao de cada um de seusmembros.

    O Direito corresponde exigncia essencial e indeclinvel de umaconvivncia ordenada, pois nenhuma sociedade poderia existir sem omnimo de ordem.

    Admitindo-se que as formas mais rudimentares da vida em sociedadeimplicavam num esboo da ordem jurdica, podemos afirmar que hmilnios o homem viveu e cumpriu o Direito sem se preocupar com o seu

    significado.

    somente num estgio bem maduro da civilizao que as regrasjurdicas adquirem estrutura e valor prprios, independentemente dasnormas religiosas e dos costumes. S ento a sociedade passou aencarar o Direito como algo merecedor de estudos mais profundos.

    H, portanto, em cada comportamento humano, a presena, emboraindireta, do fenmeno jurdico: o Direito est pelo menos pressuposto em

    cada ao do homem que se relacione com outro homem.

    O Direito , sob certo prisma, um manto protetor de organizao edireo dos comportamentos sociais.

    Em razo disso, como j at citamos anteriormente, o Direito, s vezes,parece ser conflitante entre si. E . Vejam que o direito garante aprivacidade e a intimidade e ao mesmo tempo a publicidade e aquebra da intimidade (de sigilos, por exemplo, fiscal, bancrio e

    telefnico).

    DISTINO ENTRE MORAL E DIREITO

    O juzo moral pressupe um ponto de vista voltado para o interior. Amoral impe ao sujeito uma escolha entre as aes que pode praticar,mas diz respeito apenas ao prprio sujeito. unilateral. Trabalha com umdever, sem, contudo, impor sanes, conseqncias em caso dedescumprimento.

    J o direito, ao contrrio, bilateral, pois se destina no mnimo a duaspessoas. Trabalha com um dever e impe tambm uma sano em caso

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    de no observncia ao estabelecido na norma jurdica. , por isso,

    imperativo.

    OBJETO DA CINCIA DO DIREITO

    A Cincia do Direito investiga e estuda normas jurdicas (dever-ser).Quando se cumpre a norma, o dever-ser transforma-se num ser ou, sedescumprida, em um outro ser (aparentemente contrrio aoordenamento jurdico).

    Exemplo: sinal de trnsito.

    Este exemplo pode trazer muitas dificuldades para ns:

    - o sinal estava funcionando? Ele viu o sinal?- pode alegar que ultrapassou com medo de bandido?- pode a multa ser lavrada por indicao de um cidado a um guardade trnsito que no viu a ocorrncia? O valor da multa justo?- O valor pode mudar? Se primrio ou reincidente?

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    Tpicos a serem ministrados na 2aula:

    1. Organizao do Estado;2. Diviso de Poderes do Estado;3. Poder Executivo;4. Poder Legislativo.

    ORGANIZAO DO ESTADO

    Primeiro esclarecimento a ser feito de que a expresso Estado engloba,alm dos Estados Federados (Estados membros), o prprio Pas a que serefere.

    O Estado brasileiro adota a Repblica como forma e o presidencialismocomo sistema de governo.

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    Nosso Estado segue a diviso clssica de Montesquieu, ressaltando que

    todo o poder emana do povo, que o exerce atravs de representanteseleitos para esse fim.

    Quem foi Montesquieu:

    Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Charles de

    Montesquieu, senhor de La Brde ou baro de Montesquieu

    (castelo de La Brde, prximo a Bordus, 18 de Janeiro de

    1689 Paris, 10 de Fevereiro de 1755), foi um poltico, filsofo

    e escritor francs. Ficou famoso pela sua Teoria da

    Separao dos Poderes, atualmente consagrada em muitas

    das modernas constituies internacionais. Aristocrata, filho

    de famlia nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e

    cedo teve formao iluminista com padres oratorianos.

    Revelou-se um crtico severo e irnico da monarquia

    absolutista decadente, bem como do clero catlico.

    Adquiriu slidos conhecimentos humansticos e jurdicos, mas

    tambm frequentou em Paris os crculos da bomia literria.

    Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordus, quepresidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de

    1729 a 1731, esteve na Inglaterra. Proficiente escritor,

    concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas

    (1721), Consideraes sobre as causas da grandeza dos

    romanos e de sua decadncia (1734) e O Esprito das leis

    (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu tambm para a

    clebre Enciclopdia, juntamente com Diderot e

    D'Alembert.Morreu em Paris, no dia 10 de Fevereiro de 1755.

    Do Esprito das Leis(L'Esprit des lois), publicado em 1748, o livro no qualMontesquieu elabora conceitos sobre formas de governo e exerccios daautoridade poltica que se tornaram pontos doutrinrios bsicos dacincia poltica. Suas teorias exerceram profunda influncia nopensamento poltico moderno. Elas inspiram a Declarao dos Direitos doHomem e do Cidado, elaborada em 1789, durante a RevoluoFrancesa.

    DIVISO DE PODERES DO ESTADO

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    Artigo 2 da Constituio Federal:

    Art. 2 So Poderes da Unio, independentes eharmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e oJudicirio.

    Os trs Poderes que compem o Estado brasileiro so o Executivo,Legislativo e o Judicirio. Cada qual com a sua funo constitucional,lembrando sempre que todos so independentes e harmnicos entre si.

    PODER EXECUTIVO

    O Poder Executivo tem a funo de executar as leis e, principalmente, deimplementar as polticas pblicas elencadas pela Constituio.

    o Poder Executivo que arrecada a receita para o Estado e distribui comos demais entes.

    O Poder Executivo composto de trs esferas: Executivo Federal,Estadual ou Municipal.

    PODER LEGISLATIVO

    O Poder Legislativo tem a funo tpica de criar leis, isto , de legislar.Excepcionalmente, pode desenvolver atividades de investigao, como

    vemos frequentemente com as instalaes de CPIs.

    No plano federal, o Legislativo composto de duas casas Legislativas(por isso chamado de bicameral), que so a Cmara dos Deputados(composta de Deputados Federais) e o Senado Federal (composto deSenadores da Repblica). Juntas, as casas formam o CongressoNacional.

    Os deputados representam o povo, a sociedade, enquanto que ossenadores representam os Estados da Federao. No primeiro, o nmerode deputados oscila de acordo com a populao respeitando o

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    nmero mnimo e mximo estabelecido na Constituio Federal

    enquanto que no segundo a representao igualitria.

    No plano Estadual, o Legislativo composto pelas AssembliasLegislativas dos Estados, ocupadas por Deputados Estaduais. Acompetncia dos deputados est prevista nas Constituies Federal eEstadual respectiva.

    Finalmente, no mbito municipal o Legislativo se apresenta na forma deCmaras Municipais, tambm chamadas de Cmaras de Vereadores,que seguem a mesma sistemtica e metodologia das Assemblias

    Legislativas.

    As eleies para os ocupantes do Poder Legislativo nas esferas Federal,Estadual e Municipal obedecem ao critrio da proporcionalidade, comexceo dos Senadores, que seguem o critrio majoritrio (adotado naseleies dos representantes do Poder Executivo). Pelaproporcionalidade, nem sempre o mais votado eleito, diferentementedo que acontece na majoritria.

    BIBLIOGRAFIA:

    PINTO, Srgio Martins. Instituies de Direito Pblico e Privado. 11 ed. SoPaulo: Atlas, 2000.

    Obrigado.

    Professor: Rafael de Moura CamposE-mail: [email protected]: @rmouracampos

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