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Fisioterapia na Bronquiectasia Profas. Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt

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Fisioterapia na Bronquiectasia

Profas. Caroline de Campos Reveles

Walkiria Shimoya Bittencourt

Dilatação anormal e irreversível dos brônquios causada pelas alterações

destruição dos componentes elásticos e musculares das paredes das vias aéreas.

SCANLAN-2001

Etilogia• Congênita:

- Anormalidades de estruturas traqueobrônquicas.

- Defeito no mecanismo ciliar.

Adquirida:

– Episódios de infecção viral ou bacteriana.

“A principal causa de morte em pacientes com bronquiectasia é o

fato de doenças associadas estarem presentes”

Gava- 2007

FISIOPATOLOGIA

Alteração na composição da parede Brônquica

Destruição do tecido cartilaginoso e músculos.

Acúmulo de secreção PurulentaAumento na produção de

muco

Destruição dos cílios

Mucosa inflamada , edemaciada

Os vasos dilatam podendo ocorrer Hemorragias

Inflamação

Obs: Localiza se freqüentemente nos lobos inferiores e mais comumente são unilaterais.

• Ocorre obliteração sustentada das pequenas vias aéreas laterais- redistribuição da pressão

inspiratória em torno das vias aéreas.

Classificação

• Bronquiectasia clíndrica:a dilatação da via aérea é regular e uniforme.

• Bronquiectasia varicosa: via aérea irregular , alterando áreas de constrição com dilatação.

• Bronquiectasia cística-saculares: diltação tipo “saco”

Arvore Brônquica

Bronquiectasia cilíndrica

Bronquiectasia

Varicosa

Bronquiectasia

cística

Quadro clínico• Tosse crônica

• expectoração Purulenta / fétida

• hemoptises

• Febre

• estertores

Exame Físico

• Hemoptises

• AP:Estertores úmidos , sibilos e roncos.

• Baqueteamento Digital.

• Dispnéia.

• M.m. acessória hipertrofiada

• fadiga

• Ansiedade/Depressão

Diagnóstico

•HD é determinada pelos achados clínicos.

•Broncografia.

•TC

NORMAL BRONQUIECTASIA

RX• Imagem císticas com nível hidroaéreo.

• Brônquios dilatados com paredes espessas.(“Trilho de trem”)

• Áreas de atelectasia.

• Hiperinsuflação compensatória.

• Fibrose.

1 = traquéia

2 = clavícula

3 = arco aórtico

4 = espinha da escápula

5 = primeira costela

6 = costela posterior

7 = costela anterior

8 = artéria pulmonar direita

9 = artéria pulmonar esquerda

1 = corpo vertebral

2 = esterno

3 = artéria pulmonar direita

4 = artéria pulmonar

esquerda

5 = aorta descendente

6 = aorta ascentente

7 = coração

BRONQUIECTASIA

BRONQUIECTASIA CÍSTICA – TÓRAX PERFIL

l

BRONQUIECTASIA CÍSTICA – TÓRAX PA

BRONQUIECTASIA CÍSTICA – TÓRAX PABRONQUIECTASIA CÍSTICA – TÓRAX PARX – TÓRAX NORMAL

TC DE TÓRAX

É o método diagnóstico de escolha nas suspeitas de bronquiectasias, alcançando uma sensibilidade de 97%.

• Imagens paralelas em linhas ("trilhos de trem")

• Imagens anelares (“favos de mel”)

• Ausência de redução do calibre do brônquio, a medida que se dirige para a periferia

TC TÓRAX ALTA RESOLUÇÃO

• Imagem cística com nível hidroaéreo, brônquios dilatados com parede espessa, atelectasia, focos de broncopneumonia e fibrose.

BRONQUIECTASIA CÍSTICA – TC TÓRAX

ENFISEMA

BRONQUIECTASIA CÍSTICA – TC TÓRAX

BRONQUIECTASIA CILÍNDRICA – TC TÓRAX

BRONCOGRAFIA

-Exame radiológico da árvore brônquica, que utiliza a aplicação de contraste iodado nos brônquios através

de um cateter ou por broncoscopia, permitindo a identificação adequada das bronquiectasias.

Atualmente, está em desuso, por ser um exame invasivo, não isento de complicações, apresentar

dificuldades técnicas na sua realização e, principalmente, pelo surgimento da TC.

BRONCOGRAFIA

BRONCOGRAFIA

BRONCOGRAFIA

Fisioterapia• Drenagem Postural.

• Tapotagem.

• Estímulo da tosse.

• Inalação.

• Flutter.

Drenagem do segmento superior do lóbulo inferior esquerdo

INALAÇÃO

TAPOTAGEM

TOSSE FLUTTER

Reabilitação Cardiopulmonar.

HidroterapiaEfeitos:

Pressão Hidrostática e Cinesioterapia

- Diminuição do trabalho Respiratório.

- Melhora da cinética diafragmática.

- Deslocamento das secreções divido as respirações submersas.

TRATAMENTO CIRÚRGICO:

• Indicação: hemorragia recorrente e volumosa,infecção recorrente de difícil controle.

• Segmentectomia, lobectomia, bilobectomia oupneumectomia

FISIOTERAPIA PRÉ OPERATÓRIA:

OBJETIVOS:

Remoção de secreção

brônquica

Melhora ou manutenção

da função pulmonar

Melhorar o aprendizado em relação

aos exercícios

ORIENTAÇÕES:

• Orientações quanto a exercícios domiciliares.

• Deambulação diária de 30 minutos.

• Aumentar a ingestão hídrica.

• Controle medicamentoso conforme prescrição médica.

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA:

Saturação de oxigênio Escala de Borg

Medidas de pressões respiratórias Teste de caminhada de 6 minutos

Exame físico Ventilometria

CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA:

• Drenagem postural

• Manobras e recursos para remoção de secreção brônquica

• TEF

• Exercícios respiratórios

COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA

• Diminuição da complacência torácica

• Aumento das áreas de baixa relação V/Q.

• Inibição diafragmática

COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA

• Alteração da depuração mucociliar – aumentasecreção traqueobrônquica

• Redução de 50 – 60% dos volumes ecapacidades pulmonares

• Alteração do padrão ventilatório, perda dossuspiros periódicos, assincronia tóraco-abdominal

Bibliografia

• Gava.M.V.FisioterapiaPneumológica.São Paulo, ed.Manole:2007

• SCANLAN.C.L.Fundamentos da Terapia de Egan.São Paulo, ed.Manole:2001

• Tarantino, A. Doenças Pulmonares.

• Silva, Luís Carlos. Condutas em Pneumologia.