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Fisioterapia na Asma Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt

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Fisioterapia na Asma

Profª: Caroline de Campos Reveles

Walkiria Shimoya Bittencourt

Vias aéreas Inferiores

Anatomia das vias aéreas condutoras

Definição

Doença respiratória crônica:

Caracteriza-se por inflamação das vias aéreas , e hiperresponsividade das vias aéreas decorrente

de uma variedade de estímulos, crises de broncoespasmo com obstrução reversível ao

fluxo aéreo.

SCANLAN-2000

INCIDÊNCIA

• Cerca de 300 milhões de pessoas com asma no mundo.

• O Brasil está entre os países com prevalência maior que 10%

CLASSIFICAÇÃO

Atópica (extrínseca):

• Historia familiar

• Associado a eczema e renite alérgica

• Crise desencadeada por alergeno ambiental

• Teste de sensibilidade mediado por IgE +.

• Eosinofilia no sangue ou escarro

CLASSIFICAÇÃO

Não Atópica

• Etiologia complexa

• Sem relação com alérgeno ou IgE

• Incomum eczema ou renite

• Eosinofilia no sangue ou escarro

Etiologia

• Não existe causa única para a asma.

• A causa é resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e outros fatores específicos, que provocam e mantêm a inflamação brônquica e, por conseqüência, os sintomas da doença.

Fisiopatologia

Inflamação das vias áereas

(eosinofilia)

Redução do calibre brônquico

Hiper-reatividade Brônquica Alterações estruturais

Hiper- reatividade Brônquica

• Estreitamento das vias aéreas em resposta a estímulos em pessoas sensíveis. Causando um inflação persistente da via aérea.

Inalação ao alérgeno Inflamação com produção de IGE

Redução do calibre Brônquico.

Antígeno causador a alergia liga-se ao IGE nos mastócitos

Desgranulação dos mastócitos

Obstrução ao fluxo aéreo.

Liberação de mediadores químicos( leucotrienos,

prostaglandinas e histamina)

Contração do músculo liso Edema da mucosa

Inalação do alérgeno

• A resposta Tardia é caracterizada pelo influxo e ativação de células inflamatórias :

- Infiltração de eosinófilos

- Ativação dos neutrófilos

- Ativação dos linfócitos

- Ativação dos miofibroblastos.

ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS

• Decorrentes de reparações de inflamações crônicas das vias aéreas.

• Principais alterações:

• Fibrose subepitelial

• Hipertrofia e hiperplasia do músculo liso dos brônquios

• Hipersecreção mucóide- elevação das células caliciformes

SINTOMAS DA ASMA

É uma doença caracterizada por episódios (crises) recorrentes:

• Dispnéia

• Tosse seca

• Sibilância Torácica

• Aperto no peito, desconforto torácico ou opressão torácica.

• predomínio de tais sintomas durante a noite ou pela manhã, logo após o despertar.

• Sintomas ocorrem em episódios = CRISES

• Sintomas melhoram espontaneamente ou com medicamentos: broncodilatadores e anttiinflamatórios.

• Períodos intercrise = assintomáticos.

EXAME FÍSICO • Pode apresentar-se normal entre os

episódios.

• Principais achados:

• SIBILOS

• (“Silêncio Respiratório”)

• Taquipnéia (ortopnéia)

• Agitação e dificuldade para falar.

• Cianose.

• Tiragens.

• Hiperinsuflação.

• Redução da expansibilidade

• Expectoração Tipicamente escassa e branca.

• Muco espesso

• Nas formas mais graves e persistentes da doença podemos encontrar sinais de hiperinsuflação do tórax.

• Nas exacerbações, os sibilos e o prolongamento do tempo expiratório estão presentes e refletem a obstrução brônquica, embora não traduzam, necessariamente, a gravidade da crise.

Diagnóstico

• Diagnóstico clínico.

• Diagnóstico Funcional.

• Testes adicionais.

Diagnóstico clínico

• Um ou mais dos seguintes sintomas:

dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã;

• sintomas episódicos;

• melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides);

• diagnósticos alternativos excluídos

Fonte :Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica Rev. Assoc.

Med. Bras. v.50 n.2 São Paulo abr./jan. 2004

Diagnóstico funcional

• Espirometria

Obstrução das vias aéreas caracterizada por:

- redução do VEF1 (inferior a 80% do previsto)

- Redução da relação VEF1/CVF (inferior a 75%);

• Diagnóstico de asma é confirmado :

- Pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece.

Ou melhora significativamente após broncodilatador.

- Aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200 ml em valor absoluto, após inalação de beta-2 agonista de curta duração).

Testes adicionais (quando a espirometria for normal)

• Teste de broncoprovocação

Com agentes broncoconstritores para demonstrar a presença de hiperresponsividade brônquica.

• Medidas de VEF1 antes e após o teste de exercício, Demonstrando-se após o esforço queda significativa da função pulmonar (acima de 10% a 15%).

• Medidas seriadas do pico do fluxo expiratório (PFE)

Auxiliam no diagnóstico de asma quando demonstra-se variabilidade aumentada nos valores obtidos pela manhã e à noite (acima de 20% em adultos e de 30% em crianças).

Classificação da Gravidade

Fonte :Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica Rev. Assoc. Med. Bras. v.50 n.2 São Paulo abr./jan. 2004

RADIOGRAMA

RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA ASMA

• A asma provoca alterações radiográficas nos casos mais graves:

• Hiperinsuflação pulmonar.

OBJETIVOS DO TRATAMENTO

Objetivos principais:

• Alcançar e manter o controle dos sintomas.

• Manter atividade física normal, incluindo a possibilidade de executar exercícios físicos.

• Manter a função pulmonar o mais perto possível do normal

• Melhorar a qualidade de vida.

• Prevenir as exacerbações da asma.

• Evitar os efeitos adversos das medicações utilizadas no tratamento da asma.

• Prevenir o desenvolvimento de obstrução irreversível das vias aéreas.

• Prevenir a mortalidade por asma.

Tratamento

• Educação do Paciente e da Família.

• Tratamento Medicamentoso.

• Fisioterapia

EDUCAÇÃO NA ASMA

• Informar sobre a doença: conceitos básicos sobre a fisiopatologia e a clínica

• Informar sobre fatores desencadeantes de asma, ensinando como evitá-los.

• Abordar medos, crenças e outros sentimentos acerca da asma.

• Ensinar sobre os medicamentos:

• Uso dos dispositivos inalatórios.

• Conhecer efeitos colaterais.

MEDICAMENTOS

• Corticóides Inalados: Beclometasona,Budesonida.

• Antileucotrienos: montelucast

• BETA-2 Agonistas:

salbutamol (aerolin® ), terbutalina (bricanyl® ), fenoterol (berotec® formoterol (foradil® )

• Xantinas: teofilina e aminofilina

• Anticolinérgicos: ipratrópio (atrovent® )

DISPOSITIVOS

• Os dispositivos empregados para a administração de medicações por via inalada:

• Nebulizadores

• Aerossóis dosimetrados,

ou spray ("bombinha")

• Inaladores de pó

FISIOTERAPIA

• OBJETIVOS DO TRATAMENTO

• Minimizar o desconforto respiratório

• Facilitar uma expectoração eficaz com a glote aberta e menor gasto energético

• Manter ou melhorar a expansibilidade e elasticidade toracopulmonar.

• Manter ou melhorar força muscular respiratória

• Manter ou melhorar trocas gasosas.

• Melhorar a qualidade de vida do paciente

RECURSOS

• Posicionamento

• Inaloterapia

• Oxigenoterapia

• Relaxamento

• Tosse Huffing

• Manobras Torácicas: Compressão Torácica

• Exercício Respiratório com Freno Labial.

• Incentivadores

• Reeducação Diafragmática

• VNI (nas crises de dispnéia)

Programa de Treinamento físico.

• Melhorar a capaciadade aeróbica.

• Melhorar a resistência muscular.

• Melhorar a qualidade de vida.

• Cuidado:Asma induzida pelo exercício físico.(AIE)

Causas AIE

• Ressecamento das via aéreas cauasada pela hiperventilação ao ar seco.

• Resfriamento das VVAA, causada pelo ar frio.

Sintomas AIE

Recomendações

“Quanto ao manejo, ressaltamos a importância de manobras como a realização de aquecimentos pré-exercício em função do período

refratário e também a utilização de beta-adrenérgicos para prevenir a AIE.”

• Fonte: Asma Induzida pelo Exercício Físico:Aspectos

atuais e recomendações.Rev Bras Med

Esporte v.13 n.1 Niterói jan./fev. 2007

Asma Ocupacional:

• É uma doença caracterizada por

limitação variável do fluxo aéreo e ou hiper-responsividade das vias aéreas devido à causa ou condições atribuídas ao ambiente do trabalho e não a estímulos encontrados fora dele.

Asma Ocupacional:

• O diagnóstico da asma ocupacional baseia-se principalmente na história ocupacional, caracterizada pelo início dos sintomas de dispnéia e sibilância que se acentuam com a continuidade da exposição no ambiente de trabalho, com melhora nos finais de semana.