fisioterapia na asma - cloud object storage · •inaloterapia •oxigenoterapia •relaxamento...
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Definição
Doença respiratória crônica:
Caracteriza-se por inflamação das vias aéreas , e hiperresponsividade das vias aéreas decorrente
de uma variedade de estímulos, crises de broncoespasmo com obstrução reversível ao
fluxo aéreo.
SCANLAN-2000
INCIDÊNCIA
• Cerca de 300 milhões de pessoas com asma no mundo.
• O Brasil está entre os países com prevalência maior que 10%
CLASSIFICAÇÃO
Atópica (extrínseca):
• Historia familiar
• Associado a eczema e renite alérgica
• Crise desencadeada por alergeno ambiental
• Teste de sensibilidade mediado por IgE +.
• Eosinofilia no sangue ou escarro
CLASSIFICAÇÃO
Não Atópica
• Etiologia complexa
• Sem relação com alérgeno ou IgE
• Incomum eczema ou renite
• Eosinofilia no sangue ou escarro
Etiologia
• Não existe causa única para a asma.
• A causa é resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e outros fatores específicos, que provocam e mantêm a inflamação brônquica e, por conseqüência, os sintomas da doença.
Fisiopatologia
Inflamação das vias áereas
(eosinofilia)
Redução do calibre brônquico
Hiper-reatividade Brônquica Alterações estruturais
Hiper- reatividade Brônquica
• Estreitamento das vias aéreas em resposta a estímulos em pessoas sensíveis. Causando um inflação persistente da via aérea.
Inalação ao alérgeno Inflamação com produção de IGE
Redução do calibre Brônquico.
Antígeno causador a alergia liga-se ao IGE nos mastócitos
Desgranulação dos mastócitos
Obstrução ao fluxo aéreo.
Liberação de mediadores químicos( leucotrienos,
prostaglandinas e histamina)
Contração do músculo liso Edema da mucosa
Inalação do alérgeno
• A resposta Tardia é caracterizada pelo influxo e ativação de células inflamatórias :
- Infiltração de eosinófilos
- Ativação dos neutrófilos
- Ativação dos linfócitos
- Ativação dos miofibroblastos.
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
• Decorrentes de reparações de inflamações crônicas das vias aéreas.
• Principais alterações:
• Fibrose subepitelial
• Hipertrofia e hiperplasia do músculo liso dos brônquios
• Hipersecreção mucóide- elevação das células caliciformes
SINTOMAS DA ASMA
É uma doença caracterizada por episódios (crises) recorrentes:
• Dispnéia
• Tosse seca
• Sibilância Torácica
• Aperto no peito, desconforto torácico ou opressão torácica.
• predomínio de tais sintomas durante a noite ou pela manhã, logo após o despertar.
• Sintomas ocorrem em episódios = CRISES
• Sintomas melhoram espontaneamente ou com medicamentos: broncodilatadores e anttiinflamatórios.
• Períodos intercrise = assintomáticos.
EXAME FÍSICO • Pode apresentar-se normal entre os
episódios.
• Principais achados:
• SIBILOS
• (“Silêncio Respiratório”)
• Taquipnéia (ortopnéia)
• Agitação e dificuldade para falar.
• Cianose.
• Tiragens.
• Hiperinsuflação.
• Redução da expansibilidade
• Expectoração Tipicamente escassa e branca.
• Muco espesso
• Nas formas mais graves e persistentes da doença podemos encontrar sinais de hiperinsuflação do tórax.
• Nas exacerbações, os sibilos e o prolongamento do tempo expiratório estão presentes e refletem a obstrução brônquica, embora não traduzam, necessariamente, a gravidade da crise.
Diagnóstico clínico
• Um ou mais dos seguintes sintomas:
dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã;
• sintomas episódicos;
• melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides);
• diagnósticos alternativos excluídos
Fonte :Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica Rev. Assoc.
Med. Bras. v.50 n.2 São Paulo abr./jan. 2004
Diagnóstico funcional
• Espirometria
Obstrução das vias aéreas caracterizada por:
- redução do VEF1 (inferior a 80% do previsto)
- Redução da relação VEF1/CVF (inferior a 75%);
• Diagnóstico de asma é confirmado :
- Pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece.
Ou melhora significativamente após broncodilatador.
- Aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200 ml em valor absoluto, após inalação de beta-2 agonista de curta duração).
Testes adicionais (quando a espirometria for normal)
• Teste de broncoprovocação
Com agentes broncoconstritores para demonstrar a presença de hiperresponsividade brônquica.
• Medidas de VEF1 antes e após o teste de exercício, Demonstrando-se após o esforço queda significativa da função pulmonar (acima de 10% a 15%).
• Medidas seriadas do pico do fluxo expiratório (PFE)
Auxiliam no diagnóstico de asma quando demonstra-se variabilidade aumentada nos valores obtidos pela manhã e à noite (acima de 20% em adultos e de 30% em crianças).
Classificação da Gravidade
Fonte :Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica Rev. Assoc. Med. Bras. v.50 n.2 São Paulo abr./jan. 2004
RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA ASMA
• A asma provoca alterações radiográficas nos casos mais graves:
• Hiperinsuflação pulmonar.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
Objetivos principais:
• Alcançar e manter o controle dos sintomas.
• Manter atividade física normal, incluindo a possibilidade de executar exercícios físicos.
• Manter a função pulmonar o mais perto possível do normal
• Melhorar a qualidade de vida.
• Prevenir as exacerbações da asma.
• Evitar os efeitos adversos das medicações utilizadas no tratamento da asma.
• Prevenir o desenvolvimento de obstrução irreversível das vias aéreas.
• Prevenir a mortalidade por asma.
EDUCAÇÃO NA ASMA
• Informar sobre a doença: conceitos básicos sobre a fisiopatologia e a clínica
• Informar sobre fatores desencadeantes de asma, ensinando como evitá-los.
• Abordar medos, crenças e outros sentimentos acerca da asma.
• Ensinar sobre os medicamentos:
• Uso dos dispositivos inalatórios.
• Conhecer efeitos colaterais.
MEDICAMENTOS
• Corticóides Inalados: Beclometasona,Budesonida.
• Antileucotrienos: montelucast
• BETA-2 Agonistas:
salbutamol (aerolin® ), terbutalina (bricanyl® ), fenoterol (berotec® formoterol (foradil® )
• Xantinas: teofilina e aminofilina
• Anticolinérgicos: ipratrópio (atrovent® )
DISPOSITIVOS
• Os dispositivos empregados para a administração de medicações por via inalada:
• Nebulizadores
• Aerossóis dosimetrados,
ou spray ("bombinha")
• Inaladores de pó
FISIOTERAPIA
• OBJETIVOS DO TRATAMENTO
• Minimizar o desconforto respiratório
• Facilitar uma expectoração eficaz com a glote aberta e menor gasto energético
• Manter ou melhorar a expansibilidade e elasticidade toracopulmonar.
• Manter ou melhorar força muscular respiratória
• Manter ou melhorar trocas gasosas.
• Melhorar a qualidade de vida do paciente
RECURSOS
• Posicionamento
• Inaloterapia
• Oxigenoterapia
• Relaxamento
• Tosse Huffing
• Manobras Torácicas: Compressão Torácica
• Exercício Respiratório com Freno Labial.
• Incentivadores
• Reeducação Diafragmática
• VNI (nas crises de dispnéia)
Programa de Treinamento físico.
• Melhorar a capaciadade aeróbica.
• Melhorar a resistência muscular.
• Melhorar a qualidade de vida.
• Cuidado:Asma induzida pelo exercício físico.(AIE)
Causas AIE
• Ressecamento das via aéreas cauasada pela hiperventilação ao ar seco.
• Resfriamento das VVAA, causada pelo ar frio.
“Quanto ao manejo, ressaltamos a importância de manobras como a realização de aquecimentos pré-exercício em função do período
refratário e também a utilização de beta-adrenérgicos para prevenir a AIE.”
• Fonte: Asma Induzida pelo Exercício Físico:Aspectos
atuais e recomendações.Rev Bras Med
Esporte v.13 n.1 Niterói jan./fev. 2007
Asma Ocupacional:
• É uma doença caracterizada por
limitação variável do fluxo aéreo e ou hiper-responsividade das vias aéreas devido à causa ou condições atribuídas ao ambiente do trabalho e não a estímulos encontrados fora dele.
Asma Ocupacional:
• O diagnóstico da asma ocupacional baseia-se principalmente na história ocupacional, caracterizada pelo início dos sintomas de dispnéia e sibilância que se acentuam com a continuidade da exposição no ambiente de trabalho, com melhora nos finais de semana.