fisiopatologia e farmacologia clínica e · 2019. 9. 30. · individualizada responde mal ao...
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Fisiopatologia e
Farmacologia Clínica e
Terapêutica
Ementa
• Descrever e analisar as condições fisiopatológicas do paciente nos
diferentes sistemas, bem como favorecer a compreensão das
principais características de manifestação das doenças no
organismo.
• Revisar os fundamentos de farmacodinâmica e farmacocinética
envolvidos na administração dos medicamentos comumente
demandados no atendimento farmacêutico e na interação destes
com o organismo. Estudar a elaboração de protocolos clínicos e
desenvolver estratégias para o acompanhamento
farmacoterapêutico dos pacientes, permitindo a identificação de
reações adversas e interações medicamentosas.
Juliana Miranda Ferreira
• Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal
de São João Del Rei/ UFSJ;
• Graduada em Farmácia pela Universidade Federal de São
João Del Rei/ UFSJ;
• Membro do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e
Avaliação de Novas Tecnologias em Saúde – GPEANTS/ UFSJ
Farmácia como
estabelecimento
de saúde(RDC nº 44/2009)
Farmacêutico
prescritor(Resolução 586/13 e
Portaria nº 338/2014)
Fisiopatologia e Farmacologia Clínica e
Terapêutica
• Febre
• Dor
• Cefaleia
• Dismenorreia
• Congestão Nasal, Coriza, Tosse e Espirro
• Distúrbios Oftálmicos
• Distúrbios Otológicos
Febre
Regulação da temperatura
• Alterações na temperatura → interferem nos processos
bioquímicos do organismo
• Normalmente mantida numa variação de 36°C até 37,5°C
Fonte: Porth, Fisiopatologia (2004)
Regulação da temperatura
• Produção de calor: tecidos internos mais profundos (músculos
e vísceras)
• Proteção contra a perda de calor: tecidos subcutâneos e
pele
– Tecido adiposo → bom isolante
• Perda de calor
– Calor transferido para a superfície pelo sangue circulante
• T(°C) difere nas diversas partes do corpo (melhor local para
medida?)
Regulação da temperatura
• Vias de medição
– 1-2 anos: retal
– 1 a 5 anos: axilar
– >5 anos: bucal
• Variações
– Axilar = Bucal – 0,5 °C
– Axilar = Retal – 0,8 a 1 °C
Regulação da temperatura
• Centro termorregulador: temperatura corporal interna
– Ponto de ajuste termostático: regulada na variação normal
Elevação
da T(°C)Dissipar
Diminuição
da T(°C) Produzir
Regulação da temperatura
• Capacidade de termo regulação comprometida:
– T(°C) > 41°C
– T(°C) < 34°C
– Ex: Causa = Lesões na medula espinhal
ENCAMINHAR
Regulação da temperatura
MECANISMOS DA PRODUÇÃO DE CALOR
• Metabolismo: principal fonte de calor
• Epinefrina e norepinefrina: ↑ calor; ↓ energia (febre: fraqueza
e fadiga)
• Hipotálamo → aumento do tono muscular → tremor
Mulheres e
ovulação
Regulação da temperatura
MECANISMOS DA PERDA DE CALOR
• Superfície da pele (sangue circulante) – dissipa calor
• Contração dos músculos pilomotores (pele arrepiada) -
↓perda de calor
EXALAÇÃO DE
AR AQUECIDO E
UMIDIFICADO
URINA E FEZESEVAPORAÇÃO
DO SUOR
Febre
É um aumento regular da temperatura corporal acima de 38ºC,
mantido pelo hipotálamo, em resposta a um pirógeno.
• Deslocamento do ponto de ajuste do centro termorregulador
• Diferente de hipertermia
Pirógeno
Exógeno
Endógeno
Febre
• Caracterização:
– Temperatura normal média axilar: até 37,5°C
– Febrícula (medida axilar): até 38°C
– Febre (medida axilar): >38°C
– Hiperpirexia: >41ºC
• Causas:
– Infecções
– Condição inflamatória não-infecciosa: Erupção dentária
– Vacinação (48 horas)
– Alguns tipos de câncer
– Medicamentos (7 a 10 dias)
– Doenças multisistêmicas
Febre
• É a razão mais comum dos pacientes procurarem
atendimento
• Crianças têm febres por mais vezes que adultos
• Maioria → problema auto-limitado
• Pode indicar graves patologias
• Importantes funções:
– Estimula a função imunológica
– Inibir o crescimento do patógeno
– Muito elevada = dano no SNC (convulsões)
Febre
FISIOPATOLOGIA - Mecanismo
Pirogêniosexógenos
(microrganismos, exotoxinas)
Células do hospedeiro (macrófagos,
linfócitos, outras)
Pirogêniosendógenos
(citocinas)
Hipotálamo(liberação de
prostaglandina E) Mudança no
ponto de ajuste
Febre (aumento da T°Cinterna até novo ponto de ajuste)
Função
protetora
Febre
MANIFESTAÇÕES ASSOCIADAS
• Cefaleia
• Delírio → T(Cº) ≥ 40ºC
MAL-ESTAR
GERAL
CALAFRIO
TREMORRUBOR TRANSPIRAÇÃO
Febre
Fatores de risco e complicações
• Idade
• Sintomas associados
– Gastrointestinais
– Otorrinolaringológico
– Irritabilidade
– Erupções cutâneas
• Pronto Atendimento
– Dificuldade de respirar
– Letargia/Sonolência
– Rigidez na nuca
Febre
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Vestimentas mais leves
• Ambiente com T(°C) menor que a do corpo (~20°C)
• Compressas de água morna (~32ºC)
• Banho (10 a 20 min – 32ºC)
• Líquidos de reposição (hidratação): água açucarada, suco
de frutas
Febre
Fonte: KRINSKY et al, Handobook non prescription drugs (2011)
Febre
Fonte: BRASIL. Medicamentos Isentos de Prescrição / Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde (2010)
Dor
Dor
Experiência sensorial e emocional desagradável associada a
dano real ou potencial de um tecido, ou descrita em termos de
tais danos.
• Variação de intensidade
• Acomete todas as idades
• Relato do paciente é muito importante
FÍSICA PSÍQUICA SOCIAL ESPIRITUAL
Dor
• Interfere
– Capacidade funcional– Imunidade– Apetite– Qualidade de sono– Lazer– Prazer de viver– Ansiedade, medo– Depressão, angústia– Preocupação excessiva– Auto–controle– Relacionamentos, Isolamento– Redução da função sexual– Prejuízo da aparência– Sofrimento– Reavaliação crenças religiosas
Fisiopatologia da dor
• Dor nociceptiva
– Somática (pele, ossos, articulações, músculos, tecido conjuntivo)
– Visceral (órgãos internos)
Delta A(rápida)
Estímulo
NociceptivoFibra C(lenta)
Medula
espinhal
Tálamo
Córtex Límbico(experiência
emocional)
Córtex
Somestético
Primário(localização e
intesidade)
Córtex de
associação
somestético(percepção e
significado)
Dor
DOR AGUDA DOR CRÔNICA
Causa LesãoEstímulo nociceptivo
Multifatorial
Características TemporalLimitada
PersistenteMal localizada
Duração < 30 dias > 30 dias
Resposta Orgânica
Adrenérgica:- Freq cardíaca
- Freq respiratóriaAnsiedade
Vegetativa:AnorexiaInsônia
Depressão
Objetivo terapêutico
Cura Alívio e adaptação
Doses dos analgésicos
UniformeResponde bem ao
tratamento habitual
IndividualizadaResponde mal ao tratamento
habitual
Dor
• Dor aguda
– Características fornecem indicações diagnósticas essenciais
• Dor crônica
– Maiores prejuízos ao indivíduo
• Limiar da dor x Tolerância
• Limiar é razoavelmente uniforme, enquanto a tolerância é
extremamente variável
Dor
• O que é necessário saber?
IrradiaçãoLocal
Início
Periodicidade
Tipo
Duração
Dor
• Escalas de dor
Questionário
McGill de dor
Dor
FARMACOTERAPIA
• Via Oral
• Administração regular (estabelecer doses e horários fixos)
• Dose de reforço
• Reavaliação diária
• Orientar e prevenir efeitos adversos
Febre e Dor
Farmacoterapia ADULTO
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Acetaminofeno(Paracetamol)
650 a 1.000 mg, ORAL, a cada 4 a 6 horas, conforme necessário
4000 mg/ dia
Ibuprofeno 200 a 400 mg, ORAL, a cada 4 a 6 horas, conforme necessárioRA: exantema, tontura, distúrbios GI, pirose ou
indigestão
1200 mg/ dia
DipironaSÓ FEBRE
500 mg a 1g, ORAL, a cada 8 horasRA: hipotermia, hipersensibilidade
3 a 4 g/ dia
• Ibuprofeno 600 mg não deve ser prescrito pelo farmacêutico
• Dipirona não é indicada para o tratamento da dor pois tem sido
associada com toxicidade grave, e não oferece nenhuma vantagem
clínica em relação a outros analgésicos fortes
Febre e Dor
Farmacoterapia ADULTO
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Ácido
acetilsalicílico
(AAS)
325 a 650 mg por via oral a cada 4
ou 6 horas, conforme necessário
4000 mg/ dia
• AAS pode causar distúrbios gastrointestinais → tomar logo antes ou
logo após refeições
• As formas solúveis agem mais rapidamente do que formulações de
comprimidos e são menos “irritantes”
• Instruir paciente para relatar sangramento anormal ou excessivo
durante uso de AAS
Febre
Farmacoterapia PEDIÁTRICA (6 meses a 12 anos)
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Acetaminofeno
(Paracetamol)
< 60 kg: de 10 a 15 mg/ kg/ dose,
ORAL, a cada 4 ou 6 horas
Bebês: 75 mg/kg/dia
Crianças:
100 mg/kg/dia
Ibuprofeno 5 a 10 mg/ kg, ORAL, a cada 6 ou
8 horas
Máx: 4 doses/ dia
Não usar por mais
de 10 dias
Dor
Farmacoterapia ADULTO
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Naproxeno Inicial: 500 mg
Manutenção: 250 mg a cada 6 ou 8
horas, ou 500 mg a cada 12 horas,
conforme necessário
1.000 mg/ dia
Febre e Dor
FARMACOTERAPIA - PRECAUÇÕES
• > 6 meses
• Uso concomitante de acetaminofeno e álcool aumenta o
risco de hepatotoxicidade
• Dipirona deve ser administrada pelo menor tempo possível
• RA comuns dos AINEs: eventos gastrointestinais diversos,
incluindo a indução de ulceração gástrica ou intestinal
Febre e Dor
FARMACOTERAPIA - PRECAUÇÕES
• Evitar o uso concomitante: aipo, alcaçuz, alfalfa, alho,
angélica chinesa, artemísia, bromelaína, castanha-da-índia,
chá verde, cogumelo reishi, cóleo, cordyceps, cúrcuma,
erva-doce, feno-grego, freixo de espinho, fuço, gengibre,
ginkgo biloba, ginseng, guggul, melitoto, mirtilo, prímula, raiz-
forte, salgueirobranco, semente de uva, trevo-vermelho e
unha-de-gato, pois aumentam a atividade antiplaquetária
• Colestiramina reduz a absorção de AINEs (administrar com
intervalo de 2 horas)
• Consumo com álcool aumenta a irritação gástrica
Febre e Dor
FARMACOTERAPIA - PRECAUÇÕES
• Ibuprofeno: usar a menor dose eficaz, pelo menor tempo
possível para reduzir o risco de efeitos adversos graves. Após
resposta inicial ao tratamento, ajustar a dose e frequência
• Administrar com alimento
– Risco de irritação gastrointestinal
– Pessoa com histórico de úlcera péptica
• Agitar suspensões
Febre e Dor
INTERAÇÕES
FÁRMACO INTERAÇÃO CONSEQUÊNCIA
AAS
(Fator de risco na gravidez:C/D)
Ácido valpróicoMetotrexato
Toxicidade (↑ níveis séricos)
Varfarina, heparina, verapamil, álcool
Sangramento
β-bloqueadores, diuréticos de alça (ex: furosemida), diuréticos tiazídicos e probenecida
Redução dos efeitos
DipironaFator de risco na gravidez:C/)
Ciclosporina ↓ nível ciclosporina
Clorpromazina Hipotermia grave
Febre e Dor
INTERAÇÕES
FÁRMACO INTERAÇÃO CONSEQUÊNCIA
Ibuprofeno
(Fator de risco na gravidez:C/D)
AAS ↓ nível séricos do ibuprof.
bosentana, dapsona, fenitoína, fluoxetina, glimepirida, glipizida, losartana, montelucaste, varfarina, zafirlucaste
↑ nível séricos
Antagonistas da angiotensina, diuréticos, β-bloqueadores,inibidores da ECA e hidralazina
↓ efeito AH
Aminoglicosídeo e vancomicina Reduz excreção
Acetaminofeno(Fator de risco na gravidez: B)
Varfarina ↑ efeitos
Álcool, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, hidantoínas, isoniazida, rifampicina e sulfimpirazona
Risco maior de hepatotoxicidade
Cefaleia
Cefaleia
• Sintomática ou sem causa definida
• Afeta mais as mulheres e tem maior frequência nos anos de
maior produtividade
• Cefaleia do tipo tensional é a mais prevalente, seguida da
enxaqueca (migrânea)
CefaleiaP
rim
ária
s • Sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais
• Desequilíbrio de neurotransmissores
• Ex: migrânea(enxaqueca), a cefaleia tensional, a cefaleia em salvas.
Se
cu
nd
ária
s • Provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais
• Consequência de uma agressão ao organismo
• Ex: cefaleias associadas às infecções sistêmicas, disfunções endócrinas, intoxicações, ainda à hemorragia cerebral ou a lesões expansivas do SNC.
Cefaleia
MIGRAINE
-Com aura
-Sem aura
CEFALEIA DO
TIPO
TENSIONAL
CEFALEIA EM
SALVAS
CEFALEIA DE
CAUSAS
ASSOCIADAS
http://www.curapelanatureza.com.br/post/07/2015/saiba-como-diferenciar-uma-enxaqueca-de-uma-dor-de-cabeca-emocional
Cefaleia – Fisiopatologia
DOR
Vasoconstrição
arterial
intracerebral
Vasodilatação
reativa
AURA
• Alterações na função de serotonina
• Ocorrência de distúrbios inflamatórios no sistema
vascular trigeminal
Migraine
• Prevalência maior em homens e mulheres entre as idades de
25 e 45 anos
• Latejante, de um lado da cabeça e associadas a alterações
visuais, náuseas, vômitos, sensibilidade a luz e sons
• Desencadeantes: alimentação rápida ou omitida, bebida
alcoólica, cafeína, privação de sono, tensão emocional,
menstruação, mudança na altitude e alguns medicamentos
(reserpina, nitratos, indometacina, contraceptivos, hormônios
de reposição)
Migraine
• Com ou sem aura, áreas brilhantes ou claras, dificuldade de
falar, alucinações auditivas ou visuais, cansaço muscular de
um lado do corpo
• Pródromo (2 a 48 h): fadiga, estresse, euforia, humor alterado
• Aura: imediatamente antes da crise (cerca de 31% dos casos)
• Próximos 2 dias: dor de cabeça
• Fatores genéticos
• Dura de 4 a 72 h se não tratada
Migraine
Farmacoterapia ADULTO
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Ibuprofeno 400 mg, ORAL, uma vez ao dia por
até 10 dias OU 200 – 400 mg de 4/4 h
2,4 g/ dia
Naproxeno Inicial: 500 mg OU 550 mg
Manutenção: 250 mg a cada 6 ou 8
horas, ou 500 mg a cada 12 horas,
conforme necessário 1.000 mg/ dia
AAS 1000 mg, uma vez ao dia
• Mais efetivos quando administrados no início da dor
• Rebote
Cefaleia tensional
• É o tipo mais comum de cefaleia primária
• A dor leve a moderada, descrita como uma pressão bilateral
• Localização pode variar (frontal e temporal são mais comuns;
regiões occipital e parietal também podem ser afetadas)
• Atividade física não afeta sua severidade
• Palpação dos músculos pericranianos ou cervicais pode
revelar pontos sensíveis ou nódulos localizados em alguns
pacientes
Cefaleia
http://cefaleias.com.br/enxaqueca/sintomas-da-
enxaqueca
Tensional ou Enxaqueca?
Cefaleia
TRATAMENTO
• Resultados esperados
– Alívio e moderação da dor
– Prevenção e aborto da dor
• A absorção e eficácia dos fármacos administrados por via
oral podem estar comprometidas
• Uso de terapias agudas limitado a 2 ou 3 dias/ semana →
risco de efeito rebote
Cefaleia
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Evitar os acionadores da migraine (jejum, chocolate, laranja,
comidas gordurosas e lácteas, privação da cafeína,
medicamentos vasodilatadores, ruídos altos, odores fortes ou
temperaturas elevadas, mudanças súbitas da pressão
atmosférica, alterações climáticas, exercícios intensos, queda
dos níveis hormonais)
• Aplicação de gelo
• Períodos de descanso ou sono
• Diário de dor → identificação do fator desencadeante
Cefaleia
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
AINES
• Acetaminofeno monoterapia: não recomendado porque o
apoio científico não está bem estabelecido e comparações
com outras alternativas farmacoterapêuticas são limitadas
• Potencial de toxicidade gastrointestinal e renal pode limitar o
uso diário ou prolongado destes agentes
Alertas para encaminhamento
• Dor na nuca
• Sintomas associados: febre, náuseas, vômitos, rigidez do
pescoço, erupção cutânea, sintomas neurológicos
• Crianças e idosos
• Pacientes com HIV ou câncer
Cefaleia
AINE
Cefaleia
Migraine
Migraine
Dismenorreia
Dismenorreia
Desconforto abdominal baixo ou cólica, de natureza
espasmódica e frequentemente se irradiando para a região
lombar, grandes lábios ou parte superior das coxas.
Dismenorreia
• Afeta aproximadamente 50% das mulheres em idade
reprodutiva,
– Em 10% delas: apresenta-se com intensidade suficiente para interferir nocotidiano
• Maioria não procura assistência médica → sintomas são
suportáveis
Dismenorreia
• Pode vir associada a dor de cabeça, náusea e vômitos,
desconforto digestivo (como diarreia ou constipação),
desmaios, dor mamária e inchaço abdominal que pode
durar toda a menstruação
• Severidade → duração do fluxo menstrual, tabagismo,
consumo de álcool, história de abuso sexual e obesidade,
além de estresse e distúrbios emocionais.
Dismenorreia
• Sintomas podem começar com um ou dois dias antes das
menstruações, com o pico no primeiro dia de fluxo, e cedem
dentro de algumas horas até alguns dias
• Primária– Dor menstrual não associada a alteração física ou patologia
• Secundária– Dor menstrual causada por condições orgânicas específicas, como
endometriose, DIU, DIP, entre outros
Dismenorreia - Fisiopatologia
↓Progesterona(fim do ciclo)
Liberação de
ácido aracdônico
Cascata de
prostaglandinas e
leucotrienos
↑ Prostaglandinas
E2 e F2-a no útero
Vasoconstrição e
contração
muscular
DISMENORREIA
Dismenorreia
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Prática de atividade física
• Aquecimento local
• Usar roupas largas
• Massagem
• Cessar tabagismo
• Dieta com baixo teor de gordura
Dismenorreia
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• Uso de ACO reduz a ocorrência
AINES
• Redução da atividade da via da cicloxigenase, inibindo a
síntese de prostaglandinas.
• É menor o comprometimento das atividades diárias com o
uso de ibuprofeno e naproxeno
Dismenorreia
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• Ibuprofeno é superior aos demais por apresentar boa eficácia
com menores efeitos colaterais (tratamento de escolha)
• A utilização de AINEs não deve ser feita em pacientes com
sensibilidade às drogas, com passado de úlcera péptica ou
de sangramento gastrintestinal, por poder promover novos
episódios
• O acetaminofeno é inferior ao Ibuprofeno e Naproxeno
Dismenorreia - Farmacoterapia
Fármaco Dose Usual/ Posologia Dose Máxima
Ibuprofeno 400 mg, a cada 6** ou 8 horas,
conforme necessário
1200 mg/dia
Não tomar por
mais de 10 dias, a
menos que seja
acompanhado
por um médico
Acetaminofeno 650 – 1000 mg, a cada 4 ou 6 horas 4000 mg/ dia
Naproxeno
sódico
220 – 440 mg inicialmente, depois
220 mg a cada 8 ou 12 horas
550 mg a cada 24 horas
660 mg/ dia
Ácido
acetilsalicílico
650 – 1000 mg, a cada 4 ou 6 horas 4000 mg/ dia
Congestão nasal, coriza,
tosse e espirro
Congestão nasal, coriza,
tosse e espirro
• Crianças são mais susceptíveis a problemas no trato
respiratório superior
• Queixas consideradas como uma condição autolimitada ou
sinais e sintomas de outro problema de saúde como rinite
alérgica, gripe, resfriado
• Para o alívio desses sinais e sintomas, habitualmente o
paciente busca a automedicação, muitas vezes de forma
inadequada
Congestão nasal, coriza,
tosse e espirro
• Essas manifestações clínicas não devem durar mais do que
dez dias
• Recorrência dos sintomas de espirro e congestão nasal (mais
que sete episódios ao ano) são indicativos de necessidade
de encaminhamento ao médico
Congestão nasal e coriza
• Coriza
– Corrimento nasal: inicialmente um líquido aquoso claro, que pode serseguido pela produção de muco espesso e tenaz (amarelado ouesverdeado)
• Congestão nasal
– Dilatação dos vasos sanguíneos que leva ao inchaço da mucosa
– Restringe a passagem nasal que pode ser posteriormente bloqueadapelo aumento da produção de muco
– Pode provocar dor de cabeça
– > 80% dos casos de infecções agudas do trato respiratório superior
Fisiopatologia
• Trato respiratório → sistema de defesa (infecções e partículas
estranhas)
Nariz(↑irrigado e
inervado;
sensores
colinérgicos)
Infecção
Processo Alérgico
Sensores Histamina
Bradicinina
Gripe ou Resfriado?
GRIPE RESFRIADO RINITE ALÉRGICA
Início abrupto Início lento (várias horas) Início abrupto (contato)
Mialgia, artralgia, dor de cabeça, febre alta, tosse não produtiva, prostração, perda de apetite
Tosse, espirros, dor de garganta (leve a moderada), congestão nasal, rinorreia, febrícula, dor de cabeça, fadiga, mal estar
Lacrimejamento, coceira em olhos, nariz ougarganta, espirros “em salva”, congestão nasal, rinorreia aquosa e olhos avermelhados
Resfriado comum
• Infecções das vias aéreas superiores que afetam a mucosa
nasal e pode ser desencadeado por uma série de vírus
• Espirro e congestão podem ocorrer com um pico de 2 a 4
dias após o início do episódio, com remissão espontânea sem
sequelas.
• Complicações: sinusite, bronquite, pneumonia, exacerbação
da asma, outros
• Períodos anuais de maior incidência:
– início do outono
– meados do inverno e primavera
Rinite
FISIPATOLOGIA
ALÉRGENO
Indivíduo
sensibilizado
IgE
Mediadores
inflamatórios
Espirros
Coceira
Coriza
aquosa
Congestão
nasal
Tosse
FISIOPATOLOGIA
• Estimulada por receptores na laringe e porção proximal da
árvore traqueobrônquica
• Mediada pelo centro vagal
• Involuntária: controlada pelo centro de controle da tosse
localizada na medula oblonga
• Voluntária: controlada pelo córtex cerebral
• De acordo com o número de nervos ativados
Tosse
• Fases
– Inspiratória: rápida, volumosa
– Compressiva: glote, contração caixa torácica e abdominal
– Expiratória: abertura glote pressão, contração caixa torácica eabdominal, bronco constrição
– Relaxamento
• Causas
– Infecções vias aéreas (virais, bacterianas)
– Muco
– Alergias
– Mudanças bruscas temperatura
– Contaminação ambiental
– Tabaco, pó, medicamentos
– Doença trato respiratório
– Doença do trato digestório
Tosse
• Aguda
– < 3 semanas
• Subaguda
– 3 – 8 semanas
• Crônica
– > 8 semanas
• Produtivas ou Não produtivas
• Mecanismo de proteção
Tratamento não farmacológico - Tosse
• Exercícios respiratórios e posturais: estimular produção
– Inspiração longa seguida de sopros expiratórios curtos interrompidos porpausas
– 3 inspirações cada vez mais profundas, acesso de tosse voluntário
– 3 a 5 inspirações cada vez mais profundas, aumentar volume pulmonarpropiciar acesso de tosse involuntário
• Exercícios posturais– Eliminação passiva secreções
– Deslizamento por gravidade
• Hidratação, ingestão de bebidas quentes, elevar cabeceira
da cama, local ventilado, uso de mel
Farmacoterapia - Tosse
• Antitussígenos: suprimem ou inibem a tosse, deprimindo o
centro bulbar que controla o reflexo da tosse. Usados
tipicamente no tratamento da tosse seca e improdutiva.
• Expectorantes: estimulam os mecanismos de eliminação do
muco, como o movimento ciliar, que impulsiona a secreção
até a faringe. Tem ação irritante da mucosa brônquica para
facilitar a expulsão da secreção; podem aumentar a
atividade das glândulas secretoras, incrementando a
quantidade e fluidez do muco.
• Mucolíticos: atuam promovendo a liquefação do muco, de
forma a torná-lo mais fluido e facilitar sua expulsão. Diminuem
a viscosidade da secreção mucosa brônquica
Farmacoterapia - Tosse
Fármaco Dose Usual/ Posologia Indicação
Acetilcisteína(100 mg ou 600 mg
sachê; 20 mg/mL ou
40 mg/mL xarope)
Adulto: 600 mg/ dia, a noitePediátrico: 100 mg, 2 ou 3 vezes/ dia
RA: prurido, diarreia, náusea, vômito
Tosse produtiva(MUCOLÍTICO)
Carbocisteína(20 mg/mL; 50
mg/mL xarope)
Adulto: 900 a 3000 mg/ dia; 750 mg de 8/8 horasPediátrico - 5 mg/ kg peso, 3 vezes dia(Dose máxima diária: de 2 a 5 anos: 500 mg; de 6 a 12 anos: 750 mg)
RA: diarreia, náusea, vômito
Tosse produtiva
(MUCOLÍTICO)
Guaifenesina(200 mg/ 15 mL)
Adulto: 200 – 400 mg, a cada 4 horasPediátrico: 6 a 11 anos → 100 – 200 mg, 4/4 horas; 2 a 5 anos → 50 a 100 mg, 4/4 horas
RA: náusea, vômito, tontura, dor de cabeça,
rash, diarreia, dor de estômago
Tosse produtiva(EXPECTORANTE)
Farmacoterapia - Tosse
Fármaco Dose Usual/ Posologia Indicação
Ambroxol(15 mg/5 mL ou
30mg/5mL xarope)
Adulto: 30 mg 3 vezes/ diaPediátrico: 2 a 5 anos - 15 a 30 mg/ dia; 5 a 12 anos - de 30 a 45 mg/ dia
RA: prurido, diarreia, náusea, vômito
Tosse produtiva(MUCOLÍTICO)
Bromhexina(2 mg/mL - gotas;
4 mg/5mL;
8 mg/5mL xarope)
Adulto: 8 a 16 mg/ dia, 3 vezes diaPediátrico - até 5 anos: 4 mg, 2 vezesdia; 5 a 10 anos: 4mg, 4 vezes dia
RA: diarreia, náusea, vômito, tontura, dor de
cabeça, incontinência urinária
Tosse produtiva
(MUCOLÍTICO)
Farmacoterapia - Tosse
Fármaco Dose Usual/ Posologia Indicação
Dropropizina(7,5 mg/5 mL ou
15mg/5mL xarope)
Adulto: 30 mg 3 ou 4 vezes/ dia Tosse seca e irritativa(ANTITUSSÍGENO)
Congestão nasal, coriza,
tosse e espirro
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Remoção de secreções nasais
• Ingestão oral de fluidos
• Umidificação das vias aéreas e do ambiente
• Minimizar a exposição aos fatores desencadeantes
• Cessar tabagismo
• Resfriado: descanso e manutenção da alimentação saudável
• Rinite alérgica: minimizar a exposição aos fatores
desencadeantes
Congestão nasal, coriza,tosse e espirro
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• Escolha para sintomas específicos
• Suplementação com vitamina C pode reduzir a duração dos
resfriados
• Formas farmacêuticas de uso tópico nasal: avaliar vantagens
e desvantagens de cada uma, a experiência prévia do
paciente
• Não usar soluções geladas ou quentes
Tratamento farmacológico - Adultos
Fármaco Dose Usual/ Posologia Reações
Adversas
Solução cloreto de sódio (0,9%)
2-3 jatos em cada narina, quando necessário
Solução cloreto de sódio hipertônica (3%)
1-2 aplicações em cada narina, 3 vezes ao dia
Nas vias aéreas
superiores: irritação
local, prurido,
queimação, sensação
de pressão no rosto
Loratadina• comprimido
revestido 10mg
• xarope 1mg/1mL
10 mg, 24/24h OU 10 mL, 24/24h
Evitar atividades que necessitam de atenção
devido ao risco de acidentes.
Boca seca, cefaleia,
sonolência e fadiga.
Dexclorfeniramina• Maleato de
dexclorfeniramina
(0,4 mg/mL; 2,8 mg/
mL; 2 mg; 6 mg)
2 mg, 4/4h ou 6/6h, conforme necessário
Evitar atividades que necessitam de atenção
devido ao risco de acidentes.
Diarreia, desconforto
epigástrico, náuseas,
vômitos, ressecamento
da mucosa nasal.
Tratamento farmacológico - Pediátrico
Fármaco Dose Usual/ Posologia
Solução cloreto de sódio (0,9%)
Crianças >2 anos: 2-3 jatos em cada narina, quando necessário
Solução cloreto de sódio hipertônica (3%)
Crianças >2 anos: 1-2 aplicações em cada narina, 3 vezes ao dia
Loratadina Crianças de 2 a 5 anos: 5 mg, 24/24h ou 5 mL, 24/24hCrianças >6 anos:10 mg, 24/24h ou 10 mL, 24/24h
Dexclorfeniramina Crianças de 2 a 5 anos: 0,5 mg, 4/4h ou 6/6h,conforme necessárioCrianças >6 anos:1 mg, 4/4h ou 6/6h, conformenecessárioCrianças >12 anos: 0,15 mg/kg/dia ou 4,5 mg/metrode superfície corporal/dia, divididas em 6/6h
Tratamento farmacológico
Fármaco Dose Usual/ Posologia Observações
Nafazolina• Cloridrato de
nafazolina, solução
nasal 0,1% ou 0,05%
1 a 2 jatos ou gotas da solução nasal 0,05% em cada narina até de 6/6h, em até 5 dias
- Não exceder 3 a 5
dias para evitar
vasodilatação de
rebote, congestão e
rinite medicamentosa
- Evitar em pacientes
com: Asma, Doença
cardiovascular,
Isquemia cerebral,
Diabetes, Hipertensão,
Doença tireoidianaMenores de 12 anos: segurança e efetividade não avaliadaMaiores de 12 anos: 2 jatos ou gotas da solução nasal 0,05% em cada narina até de 6/6h, em até 5 dias
Tratamento farmacológico
Fármaco Dose Usual/ Posologia/ Observações
Clorfeniramina + Fenilefrina + Paracetamol* 4mg + 4mg + 400mg – Pó,
Comprimidos dispersíveis ou
Cápsulas
* 0,6mg/mL + 0,6mg/mL +
40mg/mL- Solução oral
* 0,6mg/mL + 0,6mg/mL +
40mg/mL- Xarope
* 2 mg/mL + 2mg/mL +
100mg/mL- Solução oral
gotas
* 4mg/mL + 4mg/mL +
40mg/mL- Solução oral
xarope
* 3mg/5mL + 3mg/5mL +
200mg/5mL - Solução oral
xarope
ADULTOS: 1 dose a cada quatro horas, não sendo recomendado administrar mais de 8 comprimidos ao dia
CRIANÇAS de 6 a 12 anos: meio comprimido a cada quatro horas, não sendo recomendado administrar mais de 4 comprimidos ao dia na pediatria
OBS: Evitar bebidas alcoólicas; evitar atividades quenecessitam de atenção devido ao risco deacidentes;Tomar com estômago cheio para evitar irritaçãogástrica; Possibilidade de insônia se tomar algumashoras antes de dormir.Reações adversas: efeitos anticolinérgicos, discrasiassanguíneas (agranulocitose e anemia,trombocitopenia) e icterícia
Tratamento farmacológico
• O uso frequente de medicamentos para o tratamento do espirro
e congestão nasal → necessidade de investigação diagnóstica
da condição de saúde.
• O uso prolongado de descongestionante nasal → rinite
medicamentosa ou de rebote → necessidade de educação
sobre o uso destes medicamentos
Tratamento farmacológico
Precauções
• Crianças, gestantes e idosos: prescrição deve ser feita na
menor dose terapêutica e pelo menor período de tempo
possível
• Escolher esquemas posológicos simples
• Avaliar comorbidades do paciente
• Risco de possíveis interações medicamentosas
Tratamento farmacológico
• Medicamentos que podem causar congestão nasal
– Anti-hipertensivos (alfa-bloqueadores e bloqueadores de canais decálcio)
– Hormônios tireoidianos (levotiroxina)
– Antidepressivos
– Benzodiazepínicos
– Inibidores da enzima fosfodiesterase do tipo 5 (sildenafil)
– Descongestionantes tópicos (a partir de 72 horas de uso)
Modo de Uso
SERINGA PARA LAVAGEM NASAL
1.Lavar as mãos
2.Separar os materiais a serem utilizados: seringa sem agulha (volume entre 3 a 10mL); solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%);
3.Colocar, em um recipiente limpo, uma quantidade de soro suficiente para oprocedimento nas duas narinas. Nunca aspirar o líquido diretamente do frasco;
4.Fechar o frasco após a utilização;
5.Encher a seringa com a solução;
6.Assoar vagarosamente o nariz para desobstruir as narinas antes da aplicação;
7.Solicitar o paciente a posicionar o pescoço de forma que fique hiper-extendido:sentar e inclinar a cabeça para trás ou deitar com um travesseiro embaixo dosombros;
8.Aproximar a ponta da seringa da narina, contudo sem encostá-la;
9.Aplicar a solução aos poucos;
10.Inclinar levemente a cabeça para o lado oposto em que o medicamento foiaplicado e permanecer nesta posição por dois minutos ou mais
Modo de Uso
SERINGA PARA LAVAGEM NASAL
11. Repetir técnica na outra narina;
12. Descartar o restante do líquido;
Técnica de higienização
• Em um copo com água filtrada ou fervida, encher a seringa, na posiçãovertical e esvaziá-la na pia. Repetir esse procedimento por várias vezes. Estarecomendação tem por objetivo prevenir a contaminação da solução com asecreção nasal.
• Colocar água filtrada ou fervida em um copo. Inserir a seringa dentro do copona posição vertical. Puxar o êmbulo da seringa para permitir seu enchimento.Pressioná-lo para permitir o esvaziamento da seringa na pia. Repetir por váriasvezes o processo. Esta recomendação tem por objetivo prevenir acontaminação da solução com a secreção nasal.
• Dica: Para os pacientes com dificuldade de utilizar a seringa, o farmacêuticopoderá comercializar embalagens de bomba de spray nasal para uso do soro.
Modo de Uso
FRASCO GOTEJADOR
1. Lavar as mãos;
2. Assoar vagarosamente o nariz para desobstruir as narinas antes da aplicação;
3. Abrir o frasco;
4. Inclinar a cabeça ligeiramente para frente;
5. Pressionar uma narina com o indicador;
6. Na outra narina manter o frasco na posição vertical (em ângulo de 90o),colocando delicadamente sua ponta na entrada da narina direcionada à paredeexterna e não ao septo nasal;
7. Comprimir o frasco;
8. Repetir o procedimento para a outra narina;
9. Se necessário, antes de guardar o frasco, limpar o bico com lenço de papel. Adireção do movimento de limpeza deve ser do bico para a base do frasco parareduzir o risco de contaminação da solução;
10.Fechar o frasco após a utilização.
Modo de Uso
BOMBA DE SPRAY NASAL
1. Lavar as mãos
2. Assoar vagarosamente o nariz para desobstruir as narinas antes da aplicação
3. Retirar a tampa protetora do frasco, puxando-a para cima;
4. Segurar o frasco, com o aplicador entre os dedos indicador e médio e a base domesmo apoiada sobre o polegar, conforme figura ao lado;
5. Na primeira vez em que o dispositivo for usado, acionar o seu aplicador voltadopara o ar, até o surgimento de névoa;
6. Inclinar a cabeça ligeiramente para frente;
7. Pressionar uma narina com o indicador;
8. Na outra narina manter o frasco na posição vertical (em ângulo de 90o),colocando delicadamente sua ponta na entrada da narina direcionada à paredeexterna e não ao septo nasal;
9. Pressionar o aplicador com os dedos indicador e médio;
10. Repetir o procedimento para a outra narina;
11. Para os frascos que apresentam aplicador removível: retirá-lo e higienizá-lo;
Modo de Uso
BOMBA DE SPRAY NASAL
12. Para os frascos que não apresentam aplicador removível: limpar o bico comlenço de papel, se necessário. A direção do movimento de limpeza deve ser dobico para a base do frasco para reduzir o risco de contaminação da solução.Nunca lavar o aplicador com água para reduzir o risco de contaminação domedicamento;
13. Tampar o frasco, após a higienização.
Técnica de higienização
• Puxe o aplicador delicadamente retirando-o do frasco. Lave o aplicador e atampa protetora com água filtrada ou fervida e sabão neutro. Deixe-o secarcompletamente ao ar livre sobre um papel toalha ou guardanapo. Estarecomendação tem por objetivo prevenir a contaminação da solução coma secreção nasal. Nunca remova a válvula.
Modo de Uso
SPRAY NASAL
1. Lavar as mãos
2. Assoar vagarosamente o nariz para desobstruir as narinas antes da aplicação;
3. Destampar o frasco.
4. Para os frascos que apresentam o aplicador removível:
• Único modelo de aplicador - encaixar o aplicador na válvula;
• Mais de um modelo de aplicador (uso adulto/ pediátrico) - selecionar oadequado ao paciente e encaixá-lo na válvula.
5. Inclinar a cabeça ligeiramente para frente ou ereta;
6. Pressionar uma narina com o indicador;
7. Na outra narina manter o frasco na posição vertical, colocandodelicadamente sua ponta na entrada da narina direcionada à parede externae não ao septo nasal;
8. Com o dedo indicador, pressionar a base da válvula, manter o temponecessário para a higienização;
• Em bebês, o tempo de aplicação do spray deve ser curto;
Modo de Uso
SPRAY NASAL
9. Repetir o procedimento para a outra narina;
10. Tampar o frasco, após higienização.
Técnica de higienização
• Para os frascos que apresentam o aplicador removível: puxe o aplicadordelicadamente retirando-o do frasco. Lave o aplicador e a tampa protetoracom água filtrada ou fervida e sabão neutro. Deixe-o secar completamenteao ar livre sobre um papel toalha ou guardanapo. Esta recomendação tempor objetivo prevenir a contaminação da solução com a secreção nasal.Nunca remova a válvula
• Alguns dispositivos apresentam aplicadores anatômicos que limitam apenetração profunda na narina e portanto evitam a lesões da mucosa nasal.
MIP
Distúrbios Oftálmicos
Distúrbios Oftálmicos
• Olho seco é o mais comum
• Cuidado!!! Muitos sintomas estão associados a patologias
mais graves
Fisiopatologia
• Mecanismos naturais de proteção– Pálpebra
– Lágrima
– Camada lipídica externa
• Sistema de drenagem lacrimal– Altamente vascularizado
– Absorção na circulação sistêmica
– Efeitos potenciais sistêmicos da
administração tópica
Fisiopatologia
• Irritação → estimulação reflexa canal lacrimal → aumenta
produção– Dilui fármaco
– Dificulta administração da dose correta
Olho seco
• Sensação de corpo estranho, queimação, prurido, fotofobia,
embaçamento visual e lacrimejamento excessivo
• Associado/ Exacerbado:– Envelhecimento– Alterações córnea, conjuntiva, canal lacrimal – Artrite reumatóide– Terapêutica para oncologia– Pós-operatório– Medicamentos (anticolinérgicos, diuréticos, beta-bloqueadores)– Alérgenos– Condições ambientais
• Afeta porcentagem significativa da população
(principalmente adultos > 40 anos e mulheres)
• A prevalência é similar em todo o mundo: variando de 7% a
33%
MULTIFATORIAL
Olho seco
• Alteração na composição da lágrima: Hiperosmolaridade
• Instabilidade do filme → perda da camada hidrofílica
(superfície corneal) → alteração na barreira antimicrobiana,
terminações nervosas mais expostas
Fonte: FONSECA et al. (2010)
Função do filme- Proteção
- Lubrificação
- Renovação
das células
Olho seco
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Evitar ambientes secos, com poeira, quente, ar condicionado
• Usar umidificadores
• Evitar períodos longos na frente de computadores
• Proteção ao vento (óculos)
Olho seco
TRATAMENTO FARMACOLÓGICOFármaco Dose Usual/ Posologia
Systane® ULLacrima PlusLacrifilmTrisorbViscotearsFilmcel
1 – 2 gotas, conforme necessário
Lágrimas artificiais
• Preservar a tonicidade (eletrólitos)
• Manter o pH
Aplicação de gotas oftálmicas
1. Colocar a solução na geladeira antes de aplicar. (Não refrigerar
suspensões)
2. Se você tiver dificuldade em tolerar a gota gelada tocado a
superfície do olho, retire a solução da refrigeração 10 minutos antes
do uso.
3. Lavar as mãos e as áreas em volta dos olhos.
4. Remover lentes de contato a menos que o produto seja específico
para uso com as mesmas.
5. Inclinar a cabeça para trás.
6. Gentilmente segure pálpebra inferior abaixo cílios e a puxe para
criar uma bolsa.
Aplicação de gotas oftálmicas
7. Coloque o conta-gotas sobre o centro do olho, contudo sem
contato do bico com a superfície.
8. Aplicar somente uma gota por vez, pois o olho não comporta
volumes superiores.
9. Libertar lentamente a pálpebra. Fechar os olhos SUAVEMENTE
durante 3 minutos, colocando sua cabeça para baixo como se tivesse
olhando para o chão (usando a gravidade para puxar a gota sobre a
córnea).
– Piscar ou apertar da pálpebra.
– Usar um dedo para colocar uma leve pressão sobre a abertura
do canal lacrimal. Isto reduz a absorção do medicamento e as
suas reações adversas.
Conjuntivite
• Inflamação da conjuntiva devido a infecção, alergia ou
irritação.
• Conjuntivite infecciosa (viral ou bacteriana): dor e secreção
– Purulenta e viscosa: bacteriana
– Mais aquosa: viral
– Muitas vezes é difícil diferenciar entre os dois tipos de infecção
• Vermelhidão
Conjuntivite Alérgica
• Vermelhidão, secreção aquosa, coceira
• Visão turva, devido ao lacrimejamento
• Pode estar associada a rinite alérgica
• Às vezes é difícil diferenciar entre infecção e alergia e,
portanto, encaminhamento é importante nessas ocasiões
• Lentes de contato não devem ser usadas até que se resolva
Conjuntivite Alérgica
TRATAMENTO
• Remover o alérgeno
• Limitar ou reduzir a severidade da alergia
• Alívio dos sintomas
• Proteção da superfície ocular
Conjuntivite Alérgica
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Remover ou evitar o contato com o alérgeno
• Aplicar compressas frias (3 ou 4 vezes ao dia)
Conjuntivite Alérgica
FARMACOTERAPIA
• Lágrimas artificiais
• Se sintomas persistirem: Anti-histamínico/ Descongestionante
Conjuntivite Alérgica
FARMACOTERAPIA
Fármaco Dose Usual/ Posologia
Nafazolina (0.1%, 0.12%, 0.02%, 0.03%)
1 – 2 gotas, 4 vezes ao dia, por 3 dias
Nafazolina + Feniramina(0.025% + 0.03%)
1 – 2 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, por 3 dias
• RA: exacerbação dos sintomas como dor, irritação, ressecamento,
queimação, desconforto ocular, distúrbios visuais
• RA em pessoas com hipertireoidismo: eventos cardiovasculares
Distúrbios oftálmicos
PRECAUÇÕES
• Lentes de contato não devem ser usadas se o paciente tem
conjuntivite ou está usando colírios.
• Lentes de contato gelatinosas podem absorver o
conservante cloreto de benzalcônio usado em gotas para os
olhos
Distúrbios Otológicos
Fisiopatologia
• Ambiente escuro e úmido: crescimento microbiano
• Lesões: entrada de patógenos
• Pêlos: proteção
• Cerume: barreira de proteção
- Coloração normal: marrom, laranja; se exposto ao ar fica
escuro
• Importante função do cerume
• Distúrbios dermatológicos comprometem a proteção
Fisiopatologia
Desordens otológicas
Distúrbio Dor Prurido Perda
audição
Otorreia Outros
Ruptura
tímpano
Aguda;
Forte
- Abrupta Se associado
otite média
Otite média
Otite
externa
Aguda; Varia;
Piora
movimento
X Raro Ocasionalmente Febre, edema no
canal, obstrução
Otite
média
Aguda; Forte;
Não piora
mov
As vezes Possível se
perfuração
Perfuração tímpano,
febre, vertigem
Objeto
estranho
Varia; Pressão/
Cheio
mastigar
X Sim Possível (infecção
20)
Otite externa e tinnitus
se não retirado
Trauma Varia Raro Varia Raramente Sensibilidade
Zumbidos Possível - Sim Não Sinos, rugido, zunido
apito, chiado,
Desordens otológicas
Distúrbio Dor Prurido Perda audição
Otorreia Outros
Rolha ceruminosa
Raro;
Leve se presente
- Frequente
Gradual
Não Pressão ou sensação de plenitude
Excesso água
Não - Frequente Não Pressão ou sensação de umidade
Furúnculo Frequente - Raro Raro Pústulas
Desordens otológicas
• Excluem auto-tratamento
- Sangramento
- Otorreia
- Dor
- Ruptura da membrana timpânica
- Cirurgia recente (nas últimas 6 semanas)
- Sinais de infecção (mal-estar, linfadenopatia)
- Trauma
Rolha ceruminosa
• Predisposição
Canal auditivo externo estreito
Excesso de pêlos
Glândulas super ativas
Aparelhos auditivos
Atenuadores de sons
• Idosos: atrofia das glândulas e cerume seco, mais difícil de
expulsar
Rolha ceruminosa
• Sintomas
Sensação de pressão no ouvido
Perda gradual auditiva
Mais raro: dor associada a vertigem, zumbido
• Idosos: perda da função cognitiva
• Tentativa inadequada de remoção pode empurrar o cerume
ainda mais
Rolha ceruminosa
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Não farmacológico: envolver o dedo com uma toalhinha
molhada e pressionar contra o canal auditivo externo durante
higiene diária
• Azeite de oliva: 5 gotas, 2 vezes/dia, por 3 dias
Rolha ceruminosa
FARMACOTERAPIA
• Emolientes
• Borato de 8-hidroxiquinolina 0,04% + trolamina 14%: agente
emoliente e ajuda na remoção do cerume
Posologia: 5 gotas, 3 vezes/dia, por 4 dias
• Peróxido de carbamida 100mg/mL: agente emoliente e
ajuda na remoção do cerume
Posologia: 5 gotas, 2 vezes/dia, por 4 dias
Entupimento por água
• Predisposição
Anatomia do canal auditivo
Excesso de cerume (aprisiona a água)
• Resulta de
Calor
Clima úmido
Transpiração
Natação
Banho
Uso inadequado de soluções para limpar o ouvido
Entupimento por água
• O contato por muito tempo com água pode levar a
Prurido
Dor
Inflamação
Infecção
• Dor intensa associada → Encaminhar
Entupimento por água
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO (prevenção)
• Manipular para tentar expelir o excesso de água após banho
ou piscina
• Usar secador de cabelos em um nível baixo ao redor e não
diretamente
Modo de uso
1. Lavar as mãos e secá-las por completo
2. Limpar com algodão úmido a parte externa da orelha; secar
3. Aquecer o frasco com as mãos
4. Agitar o frasco se indicado
5. Inclinar a cabeça ou deitar
6. Posicionar o frasco perto, mas não dentro do canal auditivo.
Não tocar o canal para evitar contaminação
7. Puxar a orelha para trás para abrir o canal. Crianças (puxar
para baixo)
8. Coloque o número de gotas indicado
9. Manter-se na posição por 5 minutos
10. Repetir o procedimento para o outro lado
11. Limpar o excesso com um algodão limpo e seco
12. Lavar as mãos
Modo de uso
Suspensões otológicas
1. Recomendar agitação do frasco antes do uso
2. Proceder conforme as instruções de solução
Referências
• BLENKINSOPP, A.; PAXTON, P.; BLENKINSOPP, P. Symptons in the pharmacy: aguide to the management of common illness. 6.ed. New Delhi: LWW, 2008,360p.
• BRASIL. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Resolução RDC nº 138, de 29 de maio de 2003. Dispõe sobre oenquadramento na categoria de venda de medicamentos. Diário Oficial daUnião, Poder Executivo, Brasília, DF, 06 jan. 2004. Disponível em:http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2003/rdc/138_03rdc.htm. Acesso em: 15maio 2012.
• BRASIL. Fascículo II - Medicamentos Isentos de Prescrição / Projeto FarmáciaEstabelecimento de Saúde / CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia doEstado de São Paulo; Organização Pan-Americana de Saúde - Brasília, 2010.
• DIPIRO, J. et al. Pharmacotherapy: a pathophysiologic approach. 9.ed. NewYork: McGraw-Hill Medical, 2014, 2848p.
• FONSECA, E. C.; ARRUDA, G. V.; ROCHA, E. M. Olho seco: etiopatogenia etratamento. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(2):197-203
• KRINSKY, D. L.; BERARDI, R. R. Handbook of Nonprescription Drugs: AnInteractive Approach to Self-Care. Washington: American PharmacistsAssociation,17ed., 2011, 1040p.
• TRUVEN HEALTH ANALITYCS.Micromedex® Drugdex System®.Truven HealthAnalitycs; 2016.