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PROVA OBJETIVA 2 FÍSICA/GRAMÁTICA/LITERATURA/GEOGRAFIA 2017 2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO Dia: 05/12 - terça-feira Nome completo: Turma: Unidade: 3º Trimestre

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PROVA OBJETIVA 2

FÍSICA/GRAMÁTICA/LITERATURA/GEOGRAFIA

2017

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Dia: 05/12 - terça-feira

Nome completo:

Turma: Unidade:

3º Trimestre

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FORMA

ERRADA DEPREENCHIMENTO

FORMA

CORRETA DEPREENCHIMENTO

É PROIBIDO COLOCAR QUALQUER TIPO DE INFORMAÇÃO NESTE LOCAL

PREENCHIMENTO DO CARTÃO RESPOSTA

SOMENTE COM CANETA AZUL

ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA PROVA OBJETIVA - 3º TRI

1. A prova terá duração de 2h30min.

2. O aluno não poderá sair para beber água ou ir ao banheiro.

3. O aluno não poderá levar a prova para casa.

4. O preenchimento do gabarito deve ser feito com caneta AZUL. NÃO É PERMITIDO O USO DE

CANETAS COM PONTAS POROSAS.

5. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de todo o gabarito.

6. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser lápis,

caneta e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto ao quadro.

Não será permitido empréstimo de material entre alunos.

7. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova recolhida,

caso o mesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na base do quadro

durante a prova.

8. O fiscal deve conferir o preenchimento do gabarito antes de liberar a saída dos alunos.

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2017 – PROVA OBJETIVA – 2ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

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FÍSICA 1. A figura a seguir apresenta um diagrama p × V que ilustra um ciclo

termodinâmico de um gás ideal. Esse ciclo, com a realização de trabalho de 750 J, ocorre em três processos sucessivos. No processo AB, o sistema sofre um aumento de pressão mantendo o volume constante; no processo BC, o sistema se expande mantendo a temperatura constante e diminuindo a pressão; e, finalmente, no processo CA, o sistema retorna ao estado inicial sem variar a pressão.

A variação da energia interna no ciclo termodinâmico foi a) 1 310 J b) 750 J c) 560 J d) 190 J e) 0 J GABARITO: E 2. Um gás ideal sofre transformações segundo o ciclo dado no

esquema p × V a seguir. Dado: 1 atm = 1 · 10

5 N/m²

O trabalho total no ciclo ABCA é:

a) igual a –0,4 J, sendo realizado sobre o gás.

b) igual a –0,8 J, significando que o gás está perdendo energia.

c) realizado pelo gás, valendo +0,4 J.

d) realizado sobre o gás, sendo nulo.

e) nulo, sendo realizado pelo gás.

GABARITO: A 3. Um técnico de manutenção de máquinas pôs para funcionar um motor térmico que executa 20 ciclos por

segundo. Considerando-se que, em cada ciclo, o motor retira uma quantidade de calor de 1 200 J de uma fonte quente e cede 900 J a uma fonte fria, é correto afirmar que o rendimento de cada ciclo é, aproximadamente,

a) 15% b) 25% c) 35%

d) 55% e) 65%

GABARITO: B

4. Durante um experimento, um gás perfeito é comprimido, adiabaticamente, sendo realizado sobre ele um

trabalho de 800 J. Em relação ao gás, ao final do processo, podemos afirmar que

a) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão aumentou. b) o volume diminuiu, a temperatura diminuiu e a pressão aumentou. c) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pressão diminuiu. d) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pressão aumentou. e) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão diminuiu. GABARITO: D

5. Um garoto foi ―encher o pneu‖ da sua bicicleta, no entanto, se distraiu e deixou a bomba ligada mais tempo que o necessário. Percebendo que o pneu ficou muito cheio, apertou a válvula com o dedo para esvaziar um pouco. Sentiu gelado o vento que saía do pneu e batia em sua mão. Considerando o ar dentro do pneu como um gás ideal, pode-se dizer corretamente que isso aconteceu porque ao sair do pneu o ar sofreu, durante um curto tempo,

a) uma compressão adiabática. b) uma expansão adiabática. c) uma compressão isobárica. d) uma expansão isobárica. e) uma compressão isocórica. GABARITO: B

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6. Um sistema gasoso recebe 500 cal de uma fonte de calor e utiliza 500 J para realizar trabalho. Considerando 1 cal = 4 J, o valor da variação da energia interna e o rendimento desse sistema são, respectivamente,

a) 1000 J e 0,25% b) 1500 J e 0,25 % c) 1000 J e 25 % d) 1500 J e 25% e) 1000 J e 4 % GABARITO: D 7. O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas tem exigido a produção cada vez maior de energia,

principalmente de energia elétrica. Além das hidrelétricas, outras fontes como painéis fotovoltaicos, usinas eólicas, termoelétricas e baterias têm sido usadas para produzir energia elétrica.

São fontes de energia que não se baseiam na indução eletromagnética para produção de energia elétrica: a) pilhas e painéis fotovoltaicos. b) termoelétricas e usinas eólicas. c) pilhas, termoelétricas e painéis fotovoltaicos. d) termoelétricas, painéis fotovoltaicos e usinas eólicas. e) usinas nucleares, pilhas e usinas hidrelétricas. GABARITO: A 8. Pela primeira vez, cientistas detectaram a presença de partículas de poluição que interferem no

funcionamento do cérebro, podendo inclusive ser uma das causas de Alzheimer. A conexão entre esses materiais e o mal de Alzheimer ainda não é conclusiva. Um desses materiais poluentes encontrados no cérebro é a magnetita, um óxido de ferro que constitui um ímã natural.

<http://tinyurl.com/hzvm3fh> Acesso em: 30.09.16. Adaptado.

Sobre o óxido citado no texto, é correto afirmar que ele apresenta a) dois polos magnéticos: norte e sul, e ambos atraem o ferro. b) dois polos magnéticos: norte e sul, mas apenas o polo sul atrai o ferro. c) dois polos magnéticos: norte e sul, mas apenas o polo norte atrai o ferro. d) quatro polos magnéticos: norte, sul, leste e oeste, e todos atraem o ferro. e) quatro polos magnéticos: norte, sul, leste e oeste, mas apenas o norte e o sul atraem o ferro. GABARITO: A 9. O anel saltante ou anel de Thomson é uma interessante demonstração dos efeitos eletromagnéticos. Ele

consiste em uma bobina, um anel metálico, normalmente de alumínio, e um núcleo metálico que atravessa a bobina e o anel. Quando a bobina é ligada a uma tomada de corrente alternada, o anel de alumínio salta e fica levitando em uma altura que pode ser considerada constante. A figura mostra o dispositivo. Um dos fatos que contribuem para a levitação do anel metálico, apesar de não ser o único, é a fonte de corrente elétrica ser alternada, pois o anel não levitaria se ela fosse contínua.

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A força sobre o anel metálico e sua consequente levitação devem-se ao fato de a bobina percorrida por corrente elétrica alternada gerar a) uma polarização elétrica variável em função do tempo no núcleo metálico que induz uma carga elétrica no

anel metálico. b) um campo elétrico constante em função do tempo no núcleo metálico que induz uma diferença de potencial

no anel metálico. c) uma polarização magnética constante em função do tempo no núcleo metálico que induz um polo magnético

no anel metálico. d) um campo magnético variável em função do tempo no núcleo metálico que induz uma corrente elétrica no

anel metálico. e) um campo magnético constante no núcleo o que gera uma corrente contínua no anel. GABARITO: D 10. Dispõe-se de três ímãs em formato de barra, conforme mostra a figura a seguir:

Sabe-se que o polo A atrai o polo C e repele o polo E. Se o polo F é sul, pode-se dizer que

a) A é polo sul, e B polo Sul.

b) A é polo sul, e C é polo norte.

c) B é polo norte, e D é polo norte.

d) A é polo norte, e C é polo sul.

e) A é polo norte, e E é polo sul. GABARITO: B 11. Tem se tornado cada vez mais comum o desenvolvimento de veículos de transporte de passageiros que

flutuam sobre o solo. Um dos princípios que permite a esses veículos ―flutuarem‖ sobre os trilhos é chamado de levitação eletrodinâmica, que ocorre quando há o movimento de um campo magnético nas proximidades de um material condutor de eletricidade.

Segundo essa tecnologia, a levitação do veículo ocorre porque a) o movimento relativo de um material condutor gera força elétrica sobre o material magnético, criando um

campo elétrico, o qual, com base na Lei de Coulomb, gerarará em efeito repulsivo entre trem e trilhos, permitindo a ―flutuação‖.

b) a corrente elétrica gerada pelo material condutor cria um campo magnético sobre o material magnético, que estabelece uma diferença de potencial entre os trilhos e o trem, com base na Lei de Ohm, o que gera a repulsão.

c) o movimento relativo de um material magnético gera correntes em um material condutor, que criará um campo magnético, o qual, com base na Lei de Lenz, irá se opor à variação do campo criado pelo material magnético, gerando a repulsão.

d) a corrente elétrica induzida no material magnético irá criar um campo magnético no material condutor, o qual, com base na Lei de Faraday, gerará uma força elétrica repulsiva sobre o material magnético, permitindo a ―flutuação‖.

e) A corrente elétrica constante dos cabos de alimentação dos condutores geram campos magnéticos variáveis que fazem o veículo flutuar.

GABARITO: C 12. Um professor do curso de Eletrônica Industrial da FATEC decide apresentar aos alunos a eficiência da

bateria de um telefone celular hipotético, modelo smartphone. Ele destaca que alguns fatores são determinantes para que a carga elétrica da bateria seja consumida mais rapidamente. O professor mostra que há um aumento de consumo devido à conexão WiFi, ao uso permanente de Bluetooth e de NFC (Near Field Communication), à elevada luminosidade de fundo de tela, à instabilidade das conexões 3G e 4G, ao localizador GPS ligado constantemente, ao uso de toque vibratório e ao excessivo armazenamento de apps (aplicativos diversos).

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Os dados são apresentados aos alunos por meio de um infográfico, contendo o quanto a bateria fornece de energia, quanta energia o aparelho celular consome (utiliza) e o valor da dissipação de energia.

Desprezando quaisquer outras perdas do sistema, e considerando apenas as informações apresentadas no texto e no infográfico, é correto afirmar que

a) o rendimento do sistema é de 25%.

b) o rendimento da bateria na utilização do aparelho é de 80%.

c) a potência nominal máxima gerada pela bateria em 1,5 h é

de 5 W.

d) a energia dissipada pelo dispositivo independe do uso das funcionalidades descritas no texto.

e) funcionalidades como Bluetooth e NFC são as maiores consumidoras de energia.

GABARITO: B

GRAMÁTICA 13. De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa e a gramática normativa, com relação às

concordâncias verbal e nominal, observe as placas apresentadas e, em seguida, assinale a alternativa correta.

a)

b)

c)

d)

e)

GABARITO: C 14. Assinale a alternativa correta quanto à norma culta da língua. a) Aquele era o homem do qual Miguel devia favores. b) Eis um homem de quem o caráter é excepcional. c) Refiro-me ao livro que está sobre a mesa. d) Aquele foi um momento onde eu tive grande alegria. e) As pessoas que falei são muito ricas. GABARITO: B

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Texto para a próxima questão: Quarto de Despejo

“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”

2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diário. Mas eu pensava que não tinha valor e achei que era perder tempo. ...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amável às crianças e aos operários. ...Recebi intimação para comparecer às 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. À noite os meus pés doíam tanto que eu não podia andar. Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos. 3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer. 6 de MAIO. De manhã não fui buscar água. Mandei o João carregar. Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia. ...o que eu aviso aos pretendentes à política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la. Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo. 9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando. 10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amável! Se eu soubesse que ele era tão amável, eu teria ido na Delegacia na primeira intimação. (...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas têm mais possibilidades de delinquir do que tornar-se útil à pátria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatório e envia para os políticos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades. (...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no próximo e nas crianças. 11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados matam mosquitos. 13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpático para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatórios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo. Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim: ―Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina‖ (...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetáculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos. E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)

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15. Assinale a opção cuja reescrita ficou totalmente de acordo com as regras gramaticais da Língua Portuguesa. a) ―Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz...‖ – Parece que até

a natureza quer homenagear as mães que, atualmente, sentem-se infelizes... b) ―Quando eles vê as coisas de comer eles brada.‖ – Quando eles vêm as coisas de comer, eles bradam. c) ―Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia‖ – Eu estava inspirada; os

versos eram bonitos e eu esqueci de ir à delegacia. d) ―Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos.‖ –

Dona Ida peço-lhe se podes me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. e) ―É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais – É o inverno que vem chegando. E no inverno a

gente comemos mais. GABARITO: A

16. No texto, dois balões da tirinha acima apresentam inadequação da norma culta referente à a) regência verbal b) regência nominal

c) concordância verbal d) concordância nominal

e) colocação pronominal

GABARITO: A Texto para a próxima questão:

O tempo e suas medidas

1O homem vive dentro do tempo, o tempo que ele preenche, mede, avalia, ama e teme. Para marcar a

passagem e as medidas do tempo, inventou o relógio. A palavra vem do latim horologium, e 2se refere a um

quadrante do céu que os antigos aprenderam a observar para se orientarem no tempo e no espaço. 3Os artefatos

construídos para medir a passagem do tempo sofreram ao longo dos séculos uma grande evolução. No início 4o

Sol era a referência natural para a separação entre o dia e a noite, mas depois os relógios solares foram seguidos de outros que vieram a utilizar o escoamento de líquidos, de areia, ou a queima de fluidos, até chegar aos dispositivos mecânicos que originaram as pêndulas.

5Com a eletrônica, surgiram os relógios de quartzo e de césio,

aposentando os chamados ―relógios de corda‖. O mostrador digital que está no seu pulso ou no seu celular tem muita história: tudo teria começado com a haste vertical ao sol, que projetava sua sombra num plano horizontal demarcado.

6A ampulheta e a clepsidra são as simpáticas bisavós das atuais engenhocas eletrônicas, e até hoje

intrigam e divertem crianças de todas as idades. 7Mas a evolução dos maquinismos humanos

8que dividem e medem as horas não suprimiu nem diminuiu a

preocupação dos homens com o Tempo, 9essa entidade implacável, sempre a lembrar a condição da nossa

mortalidade. Na mitologia grega, o deus Chronos era o senhor do tempo que se podia medir, por isso chamado ―cronológico‖,

10a fluir incessantemente. No entanto,

11a memória e a imaginação humanas criam tempos outros:

uma autobiografia recupera o passado, a ficção científica pretende vislumbrar o futuro. No Brasil, muito da força de um

12José Lins do Rego, de um Manuel Bandeira ou de um Pedro Nava vem do memorialismo artisticamente

trabalhado. A própria história nacional 13

sofre os efeitos de uma intervenção no passado: escritores românticos, logo depois da Independência, sentiram necessidade de emprestar ao país um passado glorioso, e recorreram às idealizações do Indianismo.

No cinema, uma das homenagens mais bonitas ao tempo passado é a do filme Amarcord (―eu me recordo‖, em dialeto italiano), do cineasta Federico Fellini. São lembranças pessoais de uma época dura, quando o fascismo crescia e dominava a Itália. Já um tempo futuro terrivelmente sombrio é projetado no filme ―Blade Runner, o caçador de androides‖, do diretor Ridley Scott, no cenário futurista de uma metrópole caótica.

Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia: o tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz estrelado por Judy Garland e eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris. Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação especial do tempo: as notas combinam-se, ritmam e produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.

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São diferentes as qualidades do tempo e as circunstâncias de seus respectivos relógios: há o ―relógio biológico‖, que regula o ritmo do nosso corpo; há o ―relógio de ponto‖, que controla a presença do trabalhador numa empresa; e há a necessidade de ―acertar os relógios‖, para combinar uma ação em grupo; há o desafio de ―correr contra o relógio‖, obrigando-nos à pressa; e há quem ―seja como um relógio‖, quando extremamente pontual.

14Por vezes barateamos o sentido do tempo,

15tornando-o uma espécie de vazio a preencher: é quando

fazemos algo para ―passar o tempo‖, e apelamos para um jogo, uma brincadeira, um ―passatempo‖ como as palavras cruzadas. Em compensação, nas horas de grande expectativa, queixamo-nos de que ―o tempo não passa‖. ―Tempo é dinheiro‖ é o lema dos capitalistas e investidores e dos operadores da Bolsa; e é uma obsessão para os atletas olímpicos em busca de recordes.

Nos relógios primitivos, nos cronômetros sofisticados, nos sinos das velhas igrejas, no pulsar do coração e da pressão das artérias, a expressão do tempo se confunde com a evidência mesma do que é vivo. No tic-tac da pêndula de um relógio de sala, na casa da avó, os netinhos ouvem inconscientemente o tempo passar. O Big Ben londrino marcou horas terríveis sob o bombardeio nazista. Na passagem de um ano para outro, contamos os últimos dez segundos cantando e festejando, na esperança de um novo tempo, de um ano melhor.

(Péricles Alcântara, inédito)

17. O texto motivou a construção das frases abaixo, que devem ser consideradas independentes dele. A formulação que atende à clareza e à norma padrão escrita é:

a) Ainda que indispensável, como a vida contemporânea comprova à exaustão, os relógios acabam sendo símbolo de opressão e correria no mundo atual.

b) A peça (um relógio de quartzo), à qual se fez menção na aula, foi desmontada pelo tutor dos técnicos mais experientes, que queria demonstrar com minúcias a montagem do artefato.

c) Pelo que diz-se nos textos especializados, devem haver, mesmo, diferentes qualidades do tempo e das circunstâncias de seus respectivos relógios, em que todos devem dar atenção.

d) Se o fotógrafo vir até aqui e não encontrar o responsável pela vitrine de relógios raros, será excessão se não abandonar o projeto e dar o contrato por encerrado, sem mesmo se despedir.

e) Continui ou não a polêmica sobre a relevância da adoção do horário de verão no país, é certo: que não é implantado sem prejuízo do nosso ―relógio biológico‖.

GABARITO: B Texto para a próxima questão:

Fico Assim Sem Você

Avião sem asa Fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes Vão poder falar por mim (...) Tô louco pra te ver chegar, Tô louco pra te ter nas mãos. Deitar no teu abraço, Retomar o pedaço que falta no meu coração

Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo

Claudinho e Buchecha

18. A regência do verbo ―faltar‖ que aparece no verso ―Retomar o pedaço que falta no meu coração‖ não está de acordo com o que é indicado pela gramática normativa padrão que, nesse caso, indica a utilização da preposição ―a‖. Sendo assim, o verso ficaria ―...que falta ao meu coração‖. Desvios como esse são muito comuns no falar cotidiano. Sabendo disso, assinale a única alternativa cuja regência verbal segue o que preceitua a norma padrão.

a) Estou indo no banheiro, depois te ligo. b) Sai daí, menino! Que eu já aspirei ao pó do tapete. c) Não posso falar agora, estou assistindo o jogo. d) Eu acabei de pagar aquela conta a costureira. e) Pedro namora a vizinha da cunhada de Isabela. GABARITO: E

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As crianças, que não são de respeitar mistério, como você sabe, trataram de aproveitar a novidade. Sem pedir licença a ninguém (

1e a quem iam pedir?), retiraram a lona e foram subindo em bando pela máquina acima – até

hoje ainda sobem, brincam de esconder entre os cilindros e colunas, embaraçam-se nos dentes das engrenagens e fazem um berreiro dos diabos até que apareça alguém para soltá-las; não adiantam ralhos, castigos, pancadas; as crianças simplesmente se apaixonaram pela tal máquina.

VEIGA, J. J. ―A máquina extraviada‖. In: MORICONI, I. Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 229-232.

19. A sentença que mantém sua estrutura morfossintática, de acordo com a norma padrão, com a substituição do

verbo principal (destacado) em: ―e a quem iam pedir?‖ (ref. 1) é a) e a quem iam avisar? b) e a quem iam agir?

c) e a quem iam depender? d) e a quem iam discutir?

e) e a quem iam duvidar?

GABARITO: A 20. Com base nas estruturas linguísticas e nas relações argumentativas, em que opção a alteração proposta

manteve o sentido do trecho? a) ―[...] eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde...‖ / eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até tarde... b) ―[...] e dei-me conta de que me tornara marinheiro [...].‖ / e dei-me conta de que tornara marinheiro. c) ―[...] as durezas por que passamos são saborosas [...].‖ / as durezas pelas quais passamos são saborosas. d) ―[...] é uma das coisas mais belas, que só há entre nós [...]‖ / é uma das coisas mais belas, que pelo menos

há entre nós. e) ―[...] quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo [...].‖ / quando buscamos as boas

recordações elas veem desse tempo. GABARITO: C 21. Observe a imagem veiculada na internet:

O texto verbal contém uma passagem em desacordo com a norma padrão da língua portuguesa. Corrige-se essa inadequação com a substituição de a) ―tem‖ por têm. b) ―vitais‖ por vital. c) ―aprenda‖ por aprendes. d) ―a‖ por há. e) ―cuidá-lo‖ por cuidar dele. GABARITO: E 22. Leia o texto publicitário a seguir.

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I. A frase "Toda criança deve ser assistida quanto ao seu direito à atenção e ao carinho dos adultos" está correta quanto aos sentidos propostos no texto e também quanto à regência.

II. Deve-se interpretar a referência do pronome "você" como "criança", conforme sugerido pelo título do texto. III. As duas orações que compõem as perguntas estabelecem entre si relação de adversidade. Está correto apenas o que se afirma em a) I. b) II.

c) III. d) I e II.

e) II e III.

GABARITO: D 23. Assinale a alternativa em que a palavra em destaque está empregada de forma correta na frase

considerando-se a norma padrão escrita. a) Frederico recebeu uma carta com as fotos anexa. b) Elas mesmas assumiram a culpa e pagaram o prejuízo. c) Os alunos mesmo disseram à professora que queriam ler mais um livro. d) Todos os formandos estavam quite com a mensalidade da formatura. e) O acidente foi grave. O motorista ficou com o braço e a perna quebradas. GABARITO: B Texto para a próxima questão:

Celular liberado

Em 2010, a pesquisadora em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Glaucia da Silva Brito e o mestrando em Educação Marlon de Campos Mateus, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram uma pesquisa com professores de um colégio estadual de Curitiba (PR). A pergunta era: é possível usar os aparelhos celulares dos alunos com propósito pedagógico em sala de aula? A maioria não via nenhuma utilidade nos aparelhos, e ainda os considerava como um empecilho em suas aulas. Quatro anos depois, é crescente o número de professores que veem os celulares com outros olhos. E muitos os estão usando como aliados.

No Colégio Vital Brazil, de São Paulo (SP), costuma-se dizer que a liberação do uso dos smartphones e outros aparelhos eletrônicos em aula foi uma

1―necessidade‖. A coordenadora pedagógica do ensino médio, Maria

Helena Esteves da Conceição, conta que, desde 2013, o uso dos aparelhos eletrônicos passou a ser feito em

laboratórios e aulas específicas, como artes e matemática. ( ). Os pesquisadores da UFPR sugerem ainda

outras possibilidades de uso pedagógico dos smartphones: pesquisas em dicionários on-line ou aplicativos, a câmera como recurso nas aulas de artes, as redes sociais com geolocalização para as aulas de geografia.

2Tudo

depende do propósito pedagógico e da disponibilidade do professor. 3Mas será que esses aparelhos precisam ser usados em sala de aula? Não

4haveria outros meios para

chegar aos mesmos resultados de pesquisa? ( ) Para incorporar os smartphones nas classes, é preciso preparo

dos professores e planejamento para as aulas, acredita Vanderlei Cardoso, professor e assessor de matemática do Colégio Vital Brasil.

Mãe do aluno 5David, do 9º ano do Colégio Bandeirantes, Beatriz Silva,

6aprova a utilização dos aparelhos

eletrônicos em aula, ―já que fazem parte do dia a dia dessa nova geração‖ e, segundo sua percepção, houve mudanças no processo de aprendizagem de seu filho. ―Ele se tornou mais motivado para

7algumas atividades

escolares específicas nas 8quais usa os aparelhos e apresentou mais autonomia para fazer pesquisa na internet e

criatividade no uso de programas relacionados às artes gráficas‖, relata. Mas Beatriz não esconde suas preocupações, que são as mesmas de muitos pais e pesquisadores, preocupados com o uso excessivo da tecnologia no cotidiano de jovens e crianças. ―Minha preocupação é com o fato de os jovens permanecerem o tempo todo conectados aos smartphones. Considero que,

9dessa forma, há o risco de os recursos de informática

se tornarem os ‗protagonistas‘ do processo quando, na verdade, o foco deve ser sempre o recurso ‗humano‘‖, diz Beatriz.

Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br. Acesso em: 24.09.2015. Adaptado.

24. Assinale a alternativa verdadeira: a) Na referência 3, o termo ―Mas‖ poderia ser substituído por ―Ademais‖. b) Na referência 4, há um erro de concordância na palavra ―haveria‖. A escrita correta no contexto apresentado

é ―haveriam‖. c) O sujeito do verbo ―aprova‖ (ref. 6) é ―David‖ (ref. 5). d) O termo ―quais‖ (ref. 8) retoma a expressão ―algumas atividades escolares específicas‖ (ref. 7). e) ―Dessa forma‖ (ref. 9) expressa finalidade. GABARITO: D

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LITERATURA

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo.

27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prol Gráfica, 2012.

25. O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à

questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. b) forma clássica da construção poética brasileira. c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol. d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética. e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais. GABARITO: A A instalação ―Brasilidade em construção‖ explora elementos socioculturais defendidos pelos primeiros modernistas, fazendo referência ao futebol como instrumento de supremacia sobre os portugueses, nossos colonizadores. As anotações feitas em torno dos versos denunciam possíveis direcionamentos para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. Conhecer algumas das características da 1ª fase do Modernismo é fundamental para a resolução da questão.

O trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eras... As primaveras do sarcasmo intermitentemente no meu coração arlequinal... Intermitentemente... Outras vezes é um doente, um frio na minha alma doente como um longo som redondo... Cantabona! Cantabona! Dlorom... Sou um tupi tangendo um alaúde!

ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.

Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

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26. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é

a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como ―coração arlequinal‖ que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.

b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.

c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como ―Sentimentos em mim do asperamente‖ (v. 1), ―frio‖ (v. 6), ―alma doente‖ (v. 7), como pelo som triste do alaúde ―Dlorom‖ (v. 9).

d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.

e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os ―sentimentos dos homens das primeiras eras‖ para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.

GABARITO: D Um dos temas mais importantes para o modernismo, sobretudo para a primeira fase modernista, foi a identidade nacional, especialmente na obra de Mário de Andrade. Podemos notar uma visão problematizadora da questão, já que o escritor escapa da idealização do tema e propõe uma visão mais crítica, evidenciada no choque entre barbárie e civilização. 27. São características da primeira fase do Modernismo: a) Retomada da ficção regionalista, cultivo de uma poesia neobarroca e visão de mundo em perspectiva elitista. b) Libertação dos modelos acadêmicos, experimentalismo em novas formas de expressão e rompimento com o

nacionalismo tradicional. c) Cultivo de uma ficção de caráter intimista, revisão das regras de metrificação e retomada do

nacionalismo romântico. d) Predominância dos temas políticos, crítica ao uso indiscriminado das máquinas e visão de mundo em

perspectiva universalista. e) Pesquisa de lendas e narrativas folclóricas, valorização do índio enquanto mito romântico e cultivo de

fórmulas estéticas consagradas. GABARITO: B 28. Assinale a opção em que todos os movimentos artísticos listados, façam parte da Vanguarda Europeia. a) Simbolismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Realismo. b) Realismo, Cubismo, Simbolismo, Impressionismo e Futurismo. c) Surrealismo, Cubismo, Naturalismo, Expressionismo e Futurismo. d) Surrealismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Futurismo. e) Surrealismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo e Futurismo. GABARITO: D 29. Sobre o narrador de A hora da estrela, de Clarice Lispector, pode-se afirmar que a) é do tipo observador, pois revela não ter conhecimento sobre o que se passa no universo sentimental e

psíquico da personagem (Macabéa). b) é onisciente, pois assume o papel de criador de uma vida, sobre a qual detém todas as informações; o poder

da onisciência é, para ele, fonte de satisfação, pois Rodrigo S. percebe que os fatos dependem de seu arbítrio.

c) é do tipo observador, pois limita-se a descrever superficialmente as emoções de Macabéa, o que fica evidente nas ocorrências enigmáticas do termo ―explosão―, apresentado sempre entre parênteses.

d) constitui-se como um personagem, pois narra em primeira pessoa; não há, entretanto, referências à sua história pessoal, visto que seu objetivo é falar sobre um personagem de ficção (Macabéa).

e) é um dos personagens do livro; entretanto, ao apresentar-se não só como narrador, mas também como criador da história, problematiza a essência da literatura de ficção, que reside na recriação arbitrária do real.

GABARITO: E

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30. Identifique a afirmação correta sobre A hora da estrela, de Clarice Lispector: a) A força da temática social, centrada na miséria brasileira, afasta do livro as preocupações com a linguagem,

frequentes em outros escritores da mesma geração. b) Se o discurso do narrador critica principalmente a própria literatura, as falas de Macabéa exprimem sobretudo

as críticas da personagem às injustiças sociais. c) O narrador retarda bastante o início da narração da história de Macabéa, vinculando esse adiamento a um

autoquestionamento radical. d) Os sofrimentos da migrante nordestina são realçados, no livro, pelo contraste entre suas desventuras na

cidade grande e suas lembranças de uma infância pobre, mas vivida no aconchego familiar. e) O estilo do livro é caracterizado, principalmente, pela oposição de duas variedades linguísticas: linguagem

culta, literária, em contraste com um grande número de expressões regionais nordestinas. GABARITO: C O romance A Hora da Estrela tem início com uma série de autoquestionamentos radicais, tanto de caráter pessoal, quanto metalinguístico, feitos pelo narrador Rodrigo S. M. A história de Macabéa começa a se insinuar paulatinamente, até se tornar dominante na narrativa, que, porém, não abandona aqueles questionamentos críticos. 31. “A ação desta história terá como resultado minha transfiguração em outrem (…)”.

Neste excerto de A hora da estrela, o narrador expressa uma de suas tendências mais marcantes, que ele irá reiterar ao longo de todo o livro. Entre os trechos abaixo, o único que não expressa tendência correspondente é:

a) ―Vejo a nordestina se olhando ao espelho e (…) no espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto nós nos intertrocamos‖.

b) ―é paixão minha ser o outro. No caso a outra‖. c) ―Enquanto isso, Macabéa no chão parecia se tornar cada vez mais uma Macabéa, como se chegasse a

si mesma‖. d) ―Queiram os deuses que eu nunca descreva o lázaro porque senão eu me cobriria de lepra‖. e) ―Eu te conheço até o osso por intermédio de uma encantação que vem de mim para ti‖. GABARITO: C COMENTÁRIO: A alternativa C é a que não expressa identificação entre o narrador, Rodrigo S. M., e a protagonista, Macabéa. Reiteradas vezes, a comunhão entre o narrador e a personagem é expressada. Na hora da morte de Macabéa, porém, entre o criador e a criatura realiza-se uma cisão. Macabéa torna-se, por instantes, a "estrela", pela primeira vez é o centro das atenções, desvinculando-se de Rodrigo. 32. A exaltação da máquina e da "beleza da velocidade", associada ao elogio da técnica e da ciência, tornam-se

emblemática da nova atitude estética e política. Essa temática é defendida na pintura e na literatura pelo seguinte movimento de vanguarda:

a) Cubismo b) Futurismo c) Surrealismo d) Dadaísmo e) Impressionismo GABARITO: B 33. Verifique o texto:

“Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam o verde dos montes interiores.”

Esse fragmento da obra Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade, revela influência de uma corrente de vanguarda europeia do Modernismo. Marque-a: a) Futurismo, pela exaltação à velocidade e à tecnologia automotiva. b) Surrealismo, pois as imagens insólitas apresentadas parecem ter sido extraídas do sonho ou do inconsciente

do narrador. c) Cubismo, já que somente partes dos objetos e da paisagem são descritas, a imagem é fragmentária. d) Expressionismo, pela caricaturização, pela deformação da imagem através do exagero. e) Dadaísmo, pois o significado do texto é nenhum, já que as ideias estão misturadas ao acaso. GABARITO: E

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34. A peça Fonte foi criada pelo francês Marcel Duchamp e apresentada em Nova Iorque em 1917.

A transformação de um urinol em obra de arte representou, entre outras coisas, a) a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e uma crítica às convenções artísticas então vigentes. b) a crítica à vulgarização da arte e a ironia diante das vanguardas artísticas do final do século XIX. c) o esforço de tirar a arte dos espaços públicos e a insistência de que ela só podia existir na intimidade. d) a vontade de expulsar os visitantes dos museus, associando a arte a situações constrangedoras. e) o fim da verdadeira arte, do conceito de beleza e importância social da produção artística. GABARITO: A

GEOGRAFIA 35. ―Todas as atividades humanas, desde o surgimento da humanidade na Terra, implicam no chamado

‗consumo‘ de energia. Isto porque para produzir bens necessários à vida, produzir alimentos, prazer e bem-estar, não há como não consumir energia, ou melhor, não converter energia. Vida humana e conversão de energia são sinônimos e não existe qualquer possibilidade de separar um do outro.‖

(WALDMAN, Maurício. Para onde vamos? S.d., p. 10. Disponível em: http://www.mw.pro.br/mw/eco_para_onde_vamos.pdf>)

Apesar de toda importância do consumo de energia para a vida moderna, podemos afirmar que sua forma de utilização no mundo contemporâneo continua a ser insustentável porque a) o consumo de energia é desigual entre ricos e pobres, sendo que os pobres continuam a utilizar fontes

arcaicas, que são muito mais danosas ao meio. b) as chamadas fontes alternativas que são não-poluentes são de custos elevadíssimos e só podem ser

produzidas em pequena escala para consumo muito reduzido. c) a energia hidroelétrica que assumiu a liderança no consumo mundial necessita da construção de grandes

represas que causam grandes impactos ambientais. d) as principais matrizes energéticas do mundo continuam a ser o petróleo e o carvão, que são fontes não-

renováveis e muito poluentes. e) a energia nuclear, que é a solução mais viável para a questão energética do mundo, depende do

enriquecimento do urânio, cuja tecnologia é controlada por poucos países e inacessível para a grande maioria.

GABARITO: D 36. Energia de Noronha virá da força das águas

A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e visitantes. É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês.

GUIBU, F. Folha de S. Paulo, 19 ago. 2012 (adaptado).

No texto, está apresentada a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. A escolha por essa nova matriz prioriza a(o) a) expansão da oferta de energia, para aumento da atividade turística. b) uso de fontes limpas, para manutenção das condições ecológicas da região. c) barateamento dos custos energéticos, para estímulo da ocupação permanente. d) desenvolvimento de unidades complementares, para solução da carência energética local. e) diminuição dos gastos operacionais de transporte, para superação da distância do continente. GABARITO: B

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37. A energia eólica passou a ser utilizada de forma sistemática para produção de eletricidade a partir da década de 1970, na Europa, e depois nos Estados Unidos.

No Brasil, essa energia a) apresenta um forte potencial no litoral nordestino. b) é largamente concentrada na Amazônia. c) representa cerca de 10% da matriz energética. d) tem maior produção concentrada no Sudeste. e) concorre diretamente com fontes tradicionais como o carvão. GABARITO: A 38. Os biocombustíveis de primeira geração são derivados da soja, milho e cana-de-açúcar e sua produção

ocorre através da fermentação. Biocombustíveis derivados de material celulósico ou bicombustíveis de segunda geração — coloquialmente chamados de ―gasolina de capim‖ — são aqueles produzidos a partir de resíduos de madeira (serragem, por exemplo), talos de milho, palha de trigo ou capim de crescimento rápido e se apresentam como uma alternativa para os problemas enfrentados pelos de primeira geração, já que as matérias-primas são baratas e abundantes.

DALE, B. E.; HUBER, G. W. Gasolina de capim e outros vegetais. Scientific American Brasil. Ago. 2009, no 87 (adaptado).

O texto mostra um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustíveis na atualidade, os quais a) são matrizes energéticas com menor carga de poluição para o ambiente e podem propiciar a geração de

novos empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a tecnologia da degradação da celulose nos biocombustíveis de segunda geração deve ser extremamente eficiente.

b) oferecem múltiplas dificuldades, pois a produção é de alto custo, sua implantação não gera empregos, e deve-se ter cuidado com o risco ambiental, pois eles oferecem os mesmos riscos que o uso de combustíveis fósseis.

c) sendo de segunda geração, são produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas sociais, sobretudo decorrente do fato de a matéria-prima ser abundante e facilmente encontrada, o que impede a geração de novos empregos.

d) sendo de primeira e segunda geração, são produzidos por tecnologias que devem passar por uma avaliação criteriosa quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta de espaço para plantio da matéria-prima e a outra impede a geração de novas fontes de emprego.

e) podem acarretar sérios problemas econômicos e sociais, pois a substituição do uso de petróleo afeta negativamente toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no transporte de petróleo e gasolina.

GABARITO: A 39. A geração de eletricidade é uma necessidade para o desenvolvimento econômico e social do país. No

entanto, a construção de usinas hidrelétricas pode causar enormes impactos ambientais. Com base nesse assunto, observe a figura que segue, a qual mostra a localização da usina de Belo Monte.

Em seguida, assinale a alternativa que melhor se relaciona com os impactos negativos desse tipo de empreendimento.

(Extraído de: http://eco4u.wordpress.com/2011/11/16/usina-de-belo-monte-algumas-vantagens-e-muitas- desvantagens-em-

sua-realizacao/m_01/)

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a) A obra implicará a relocalização das populações tradicionais ribeirinhas, inundação de imensa área de floresta, que provocará a perda de espécies de plantas e animais, destruição de patrimônio arqueológico, dentre outros problemas socioambientais.

b) As condições climáticas da Amazônia oriental não são propícias para a geração de hidreletricidade, pois, com os longos períodos de estiagem que são comuns nessa porção do país, o represamento do rio interromperá o fluxo d‘água no trecho a jusante da usina.

c) Por a área não ser povoada, os impactos negativos afetarão apenas a dinâmica natural, principalmente o transporte de sedimentos e a migração de espécies de peixes, além da inundação da floresta, comprometendo a flora e a fauna locais.

d) Toda usina hidrelétrica produz impactos ambientais negativos, mas, apesar disso, a construção de megausinas hidrelétricas, como Belo Monte, se justifica por seu impacto ambiental bastante localizado e pela otimização dos custos, já que os problemas ficam restritos a um único lugar.

e) Os impactos negativos da construção de usinas hidrelétricas na Amazônia são mais de natureza técnica, por conta da grande distância com os centros de consumo de energia nas outras regiões, do que de natureza ambiental ou social.

GABARITO: A 40. Analise os gráficos sobre meios de transporte no Brasil.

(http://exame.abril.com.br/arquivos/img_958/grandes-numeros1.jpg)

Comparando os gráficos, pode-se concluir que a) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a matriz I e a II é mínima. b) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos poluidora que a matriz I. c) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II, que, por sua vez, é mais econômica. d) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais segura, e a II garante economia de combustível. e) ambas têm pontos positivos: a matriz I maior capacidade de expansão, e a II permite maiores velocidades. GABARITO: B 41. Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora

este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou possível organizar a produção, e não apenas o comércio, em escala internacional.

HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

Um fator essencial para a organização da produção, na conjuntura destacada no texto, é a a) criação de uniões aduaneiras. b) difusão de padrões culturais. c) melhoria na infraestrutura de transportes. d) supressão das barreiras para comercialização. e) organização de regras nas relações internacionais. GABARITO: C

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42. A urbanização brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu uma radical alteração nas cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos. O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema ferroviário não foi muito diferente. O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.

JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado).

A relação entre transportes e urbanização é explicada, no texto, pela a) retirada dos investimentos estatais aplicados em transporte de massa. b) demanda por transporte individual ocasionada pela expansão da mancha urbana. c) presença hegemônica do transporte alternativo localizado nas periferias das cidades. d) aglomeração do espaço urbano metropolitano impedindo a construção do transporte metroviário. e) predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas. GABARITO E 43. Um turista inglês tem duas possibilidades de viagem: Punta Cana ou Lençóis Maranhenses. Analise essas

possibilidades apresentadas no mapa.

(Carta Capital. Ano XIX, n.o 766, 18 set. 2013. p. 64)

Os dados representados no mapa tornam evidente que no Brasil há a) deficiência na infraestrutura de transporte. b) fraca potencialidade turística. c) pequeno número de destinos turísticos. d) pequena importância econômica do setor de turismo. e) falta de segurança para os turistas estrangeiros. GABARITO: A 44. De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes,

interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal ―ferramenta logística‖ ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.

HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira. Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).

A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s) a) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção. b) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte. c) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal. d) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos. e) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais. GABARITO: B

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45. As ferrovias no Brasil estão geograficamente concentradas a) na região Nordeste, como resultado das políticas coloniais de transportes das commodities aqui cultivadas

pela metrópole. b) na região Sudeste, em razão das estruturas instaladas no auge da economia cafeeira. c) no Centro-Oeste, como uma obra de promoção da política da Marcha para o Oeste. d) no Sul, para atender os interesses das oligarquias gaúchas. e) em todo o litoral, como herança da concentração populacional nessa faixa do país. GABARITO: B 46. O governo comemorou como vitória o resultado do leilão do pré-sal, com forte peso da Petrobras. O leilão do

Campo de Libra, da Bacia de Campos, foi o primeiro sob o novo regime de partilha do pré-sal, em que uma parte do petróleo extraído fica com a União. Sobre a exploração e geopolítica do Petróleo no pré-sal é correto afirmarmos que

a) o pré-sal é uma área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, formando uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho.

b) a camada denominada de pré-sal compreende uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros de rochas ígneas. Engloba o Espírito Santo, Santa Catarina, abaixo do leito do mar, além das bacias graníticas do Espírito Santo, Campos e Santos.

c) ela é chamada de pré-sal, em razão da escala de tempo geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de petróleo do pré-sal se formou antes da outra rocha magmática de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois.

d) o consórcio vencedor é liderado pela Petrobras, que ficou com 70%, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 5% cada uma, e as estatais chinesas, CNPC e CNOOC, com 10% de participação cada.

e) a área leiloada hoje é a segunda maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil. No Campo de Libra, podem ser retirados do fundo do mar de oito a 12 bilhões de barris, a mesma fica atrás somente do complexo petrolífero de Santos.

GABARITO: A

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w w pvix.co .bw .u m r

JARDIM DA PENHA

(27) 3025 9150

JARDIM CAMBURI

(27) 3317 4832

PRAIA DO CANTO

(27) 3062 4967

VILA VELHA

(27) 3325 1001