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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 1 FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS - AEU COLETÂNICA DE LEGISLAÇÃO Versão: JANEIRO/2013 ELABORAÇÃO: WILSON FRANCISCO DE LIMA AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – RAF 2

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 1

FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADESECONÔMICAS - AEU

COLETÂNICA DELEGISLAÇÃO

Versão:JANEIRO/2013

ELABORAÇÃO: WILSON FRANCISCO DE LIMAAUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – RAF 2

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 2

INDICEConteúdo

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO............................................................................................................................................... 3

LEI 4457, DE 23/12/2009 – LEI DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO, ALT. PELA LEI Nº. 4.486 DE 08/07/2010 e LEI Nº.4.480 DE 11/07/2012....................................................................................................................................................................... 4DECRETO Nº 31.482/2010 - REGULAMENTA A LEI N° 4.457/2009.......................................................................................10LEI Nº 4.880, 12/07/2012, ANISTIA DE DÉBITOS - MULTAS ................................................................................................. 24DECRETO Nº 33.868, 22/08/2012 - CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA ........................................................................... 25LEI Nº 3.630, 28/07/2005, JOGOS ELETRÔNICOS E LAN HOUSES .......................................................................................36LEI Nº 3.896, 17/07/2006 – PRODUTOS PIRATEADOS ............................................................................................................ 37DECRETO Nº 28.463/2007 – FORÇA TAREFA PIRATARIA .................................................................................................... 38DECRETO N° 19.081/98 – HORÁRIO DE COMÉRCIO ............................................................................................................. 40DECRETO N° 29.446/2008 – PERÍMETRO ESCOLAR DODF DE 29.08.2008........................................................................ 42LEI 3.630/2005 – PERÍMETRO ESCOLAR ................................................................................................................................. 43CIRCULAR Nº 43/09-DFAE – PERÍMETRO ESCOLAR............................................................................................................ 44

ÁREA PÚBLICA ........................................................................................................................................................................... 45

DECRETO N° 17.079/95 – ÁREA PÚBLICA............................................................................................................................... 46DECRETO N° 17.078/95 – ÁREA PÚBLICA............................................................................................................................... 48INSTRUÇÃO NORMATIVA TC N.º 01/95 – ÁREA PÚBLICA ................................................................................................. 48

TRAILLERs e QUIOSQUES .........................................................................................................................................................50

LEI Nº 4.257/2008 – TRAILLERs e QUIOSQUES DODF DE 03.12.2008 – REPUB.DODF DE 04.12.2008 ...........................51DECRETO Nº 30.090/2009 – Traillers e Quiosques...................................................................................................................... 61DECRETO Nº 30.141/2009 – TRAILLERS E QUIOSQUES........................................................................................................ 66

PUBLICIDADE e PROPAGANDA............................................................................................................................................... 67

LEI N° 3.036/2002 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA............................................................................................................ 68DECRETO N°23.926/2003–CARROS DE SOM REVOGADO PELO DEC. 33868/2012...........................................................83LEI N° 967/1995 – PICHAÇÕES E CARTAZES.......................................................................................................................... 84LEI N° 1.771/1997–FAIXAS/OBJETOS EM LOGRADOUROS ................................................................................................. 86

LAN HOUSES................................................................................................................................................................................ 88

LEI N° 3.630/2005– LAN HOUSES e JOGOS ELETRÔNICOS..................................................................................................89LEI N° 3.437/2004– CADASTRO EM LAN HOUSES................................................................................................................. 90

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO...................................................................................................................................... 91

LEI N° 4.567/2011 – PROCEDIMENTO FISCAL........................................................................................................................ 92DECRETO Nº 33269/2011 – REGULAMENTA A 4567/2011 PAF........................................................................................... 115LEI Nº 2.834/2001 – RECEPCIONA A LEI 9.784/1999 AO DF ................................................................................................ 140LEI Nº 9.784/2001 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FEDERAL............................................................................... 140INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 027, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010.................................................................................. 151INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 047, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011. ................................................................................... 166INSTR. NORMATIVA Nº 48, DE 20/10/2011 – PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ................................................. 174

APREENSÃO DE PRODUTOS................................................................................................................................................... 175

INSTR. NORMATIVA Nº 53, DE 07/02/2012.(*) – APREENSÃO, REMOÇÃO E CUSTÓDIA DE BENS ........................... 176INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 14/2010 – FIEL DEPOSITÁRIO ........................................................................................... 185LEI N° 2.395/1999 – DOAÇÃO DE BENS APREENDIDOS..................................................................................................... 186

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ........................................................................................................................................... 187

LEI N° 613/1993 – TERRENOS BALDIOS................................................................................................................................ 188DECRETO N° 18.493/1997 – TERRENOS BALDIOS............................................................................................................... 190PORTARIA CONJUNTA Nº. 16-SEFAU/SUCAR/2004 – LOTES ABANDONADOS ............................................................ 192DECRETO Nº 944/69 – CODIGO DE EDIFICAÇÕES .............................................................................................................. 193DECRETO 2.078/1972 – FIXA PENALIDADES DO DECRETO 944/69 ................................................................................ 194

APÊNDICE................................................................................................................................................................................... 195

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LICENÇA DEFUNCIONAMENTO

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LEI 4457, DE 23/12/2009 – LEI DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO, ALT.PELA LEI Nº. 4.486 DE 08/07/2010 e LEI Nº. 4.480 DE 11/07/2012

LEI Nº 4457/2009LICENÇA DE

FUNCIONAMENTO

Dispõe sobre o licenciamento parafuncionamento de atividades econômicase atividades sem fins lucrativos noâmbito do Distrito Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A instalação, o licenciamento e o funcionamento de atividades econômicas e atividades sem finslucrativos no Distrito Federal serão regulados pela presente Lei.

Art. 2º A Licença de Funcionamento é o documento hábil que autoriza o exercício de atividades econômicas eatividades sem fins lucrativos no âmbito do Distrito Federal.

Art. 3º Os estabelecimentos em que for desenvolvida atividade de usos comercial de bens e de serviços,industrial, institucional e rural, agrupados de acordo com a Tabela de Classificação de Usos e Atividades vigentepara o Distrito Federal, somente poderão funcionar no Distrito Federal com a Licença de Funcionamento.

§ 1º Para o exercício de qualquer atividade econômica, será exigida a Licença de Funcionamento, inclusiveaquelas que tenham o benefício da imunidade ou isenção tributária no Distrito Federal, bem como as nãolucrativas, mesmo que em caráter assistencial, e aquelas instaladas em mobiliário urbano.

§ 2º Poderá ser expedida Licença de Funcionamento para empresas comerciais de bens e serviços, escritóriosde representação e outras atividades similares, que não tenham estabelecimento fixo ou desenvolvam suasatividades por meio da internet ou outro meio de comunicação virtual ou assemelhado, desde que possua, comoendereço legal e fiscal, o local da sua residência;

§ 3º Poderá ser expedida mais de uma Licença de Funcionamento para um mesmo local, desde que tenhanecessidade justificada em razão do comércio ou prestação de serviço, e mantenha a independência defuncionamento, em sala, loja ou parte do estabelecimento.

Art. 4º A Licença de Funcionamento será afixada em local visível do estabelecimento ou, em se tratando deatividade sem estabelecimento fixo, disponibilizada à autoridade competente que o exigir.

.CAPÍTULO IIDO LICENCIAMENTO

Seção IDa Consulta Prévia

Art. 5º Para o licenciamento da atividade requerida, a pessoa física, jurídica ou seu representante legal deverárealizar Consulta Prévia ao setor competente da Administração Regional de cada circunscrição ou solicitá-la viainternet, conforme modelo padrão.

Parágrafo único. As Administrações Regionais deverão manter à disposição dos interessados banco de dadoscontendo informações e orientações relativas às exigências para a obtenção da licença, segundo a natureza daatividade pretendida, o grau de risco, a localização e a situação do ponto.

Art. 6º A Consulta Prévia será gratuita e não serão exigidos documentos no ato de sua formalização.

Art. 7º Por meio da Consulta Prévia, o interessado ficará ciente de eventuais restrições que limitem ou impeçamo funcionamento da atividade no endereço pretendido, bem como acerca das exigências relativas à suaregularidade.

Art. 8º A Consulta Prévia deferida terá validade de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de suaexpedição.

Seção IIDa Licença de Funcionamento

Art. 9º Os procedimentos administrativos para emissão da Licença de Funcionamento serão iniciados por meiode solicitação do interessado ou seu representante legal, com preenchimento de formulário próprio e aapresentação da documentação exigida, junto à Administração Regional da circunscrição onde se localize aatividade.

Parágrafo único. O preenchimento do formulário previsto no caput será feito por meio eletrônico, via internet, e,excepcionalmente, de forma presencial junto às Administrações Regionais.

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Art. 10. Para emissão da Licença de Funcionamento, deverá ser observada, no que couber, a legislaçãoespecífica, bem como os critérios relativos:

I – à proteção ao meio ambiente;II – à localização do empreendimento em área urbana ou rural;III – à atividade permitida pela legislação urbanística;IV – à manutenção da segurança sanitária, ambiental e de proteção contra incêndio e pânico;V – à regularidade da edificação, nos termos do art. 16, III;VI – ao horário de funcionamento;VII – à preservação de Brasília como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Art. 11. Poderá o Distrito Federal conceder Licença de Funcionamento para o Microempreendedor Individual –MEI, as Microempresas – ME e as Empresas de Pequeno Porte – EPP que desenvolvam atividades nãoconsideradas de risco, conforme regulamentação e disposições constantes da Lei Federal nº 123, de 14 dedezembro de 2006, nas seguintes condições:

I – instaladas em área desprovida de regulação fundiária legal considerada de interesse público ou social;

II – em residência do Microempreendor Individual ou do titular ou sócio da Microempresa ou Empresa dePequeno Porte, na hipótese de que a atividade não gere grande circulação de pessoas;

III – que não possuam estabelecimento fixo ou que promovam suas atividades pela internet ou outro meio decomunicação virtual ou assemelhado.

Art. 12. Serão definidas em regulamento as atividades consideradas de risco.

Seção IIIDa Licença Eventual

Art. 13. Para as atividades de caráter eventual e para aquelas instaladas em vias e logradouros públicos, seráobrigatória a Licença de Funcionamento para realização de eventos, condicionada ao período de sua duração,com o máximo de 90 (noventa) dias, constatada pela Administração Regional a conveniência e a oportunidadedo evento.

§ 1º Para a realização de qualquer evento público ou privado, poderá ser solicitada aos promotores acomprovação de existência de:

I – grupo gerador;II – posto de atendimento médico, com profissionais habilitados e ambulância;III – equipes de segurança;IV – demais condições necessárias ao atendimento do público previsto.

§ 2º Os promotores, organizadores ou responsáveis por eventos em áreas públicas ou privadas deverãoapresentar previamente os seguintes documentos:

I – croqui do local do evento e o tamanho da área a ser utilizada;II – declaração de público estimado;III – laudo técnico atestando as condições necessárias de segurança e as medidas de prevenção contraincêndio e pânico, inclusive a quantidade de pessoas que trabalharão no evento, considerando-se equipes desegurança, brigadas, atendimento médico, entre outros, observado o disposto no art. 39.

§ 3º Caso não tenham sido implementadas as medidas constantes do laudo técnico ou sejam consideradasinsuficientes, os órgãos de fiscalização, segurança ou prevenção contra incêndio e pânico eventualmentepresentes, resguardadas as devidas competências, deverão exigir as medidas corretivas, podendo inclusiveimpedir a realização ou a continuidade do evento.

Seção IVDos Procedimentos

Art. 14. A Licença de Funcionamento será emitida por prazo indeterminado, ficando o titular do empreendimentoresponsável pela manutenção da segurança sanitária, do controle ambiental e da prevenção contra incêndio epânico.

§ 1º Para as atividades de risco, inclusive nos casos dos alvarás concedidos com base nas legislaçõesanteriores, será obrigatória, a cada cinco anos, a apresentação de laudo técnico que ateste a segurança daedificação e as condições de funcionamento, na forma do regulamento e observado o disposto no art. 39.

§ 2º O prazo para apresentação do laudo técnico de que trata o § 1º será contado da data de:

I – emissão da licença concedida com base nesta Lei;

II – vigência desta lei, para os alvarás de funcionamento concedidos com base em leis anteriormente vigentes.

§ 3º As vistorias dos órgãos de fiscalização do Governo do Distrito Federal serão objeto de verificaçãopermanente, podendo ser realizadas a qualquer tempo;

§ 4º Para as atividades consideradas de risco, será obrigatória a vistoria prévia dos órgãos competentes, nostermos do regulamento, resguardado o disposto no art. 16, § 4º.

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§ 5º Os órgãos técnicos competentes do Governo do Distrito Federal poderão solicitar, sempre que necessário,laudos técnicos de segurança da edificação, inclusive nos casos dos alvarás concedidos com base emlegislação anterior, sem prejuízo, quando for o caso, do disposto no art. 13, § 3º, e no art. 21, III.

§ 6º Nas atividades de Postos de Combustíveis, a apresentação de Licença de Operação – LO, expedida peloórgão competente, dispensa a exigência de outras vistorias já realizadas para a emissão da LO.

§ 7º O prazo de validade da licença de atividade em mobiliário urbano se extinguirá com o término da vigênciado respectivo contrato.

Art. 15. Será concedida, após verificação em Consulta Prévia do atendimento da legislação urbanística, aLicença de Funcionamento, de forma antecipada, por meio eletrônico, desde que a atividade não sejaconsiderada de risco e o estabelecimento, quando for o caso, possua Carta de Habite-se ou Atestado deConclusão da Obra.

Parágrafo único. O interessado deverá apresentar, dentro do prazo de noventa dias, sob pena de revogaçãoda licença emitida com base neste artigo, todos os documentos necessários à sua emissão de forma regular.

Seção VDa Documentação

Art. 16. Para solicitação da Licença de Funcionamento de que trata esta Lei, a pessoa física, jurídica ou seurepresentante legal, além do requerimento em modelo padrão, deverá apresentar os seguintes documentos:

I – Consulta Prévia deferida, quando exigida, acompanhada da declaração da pessoa física ou jurídica de quecumpriu as exigências discriminadas no resultado da consulta, ou acompanhada do Relatório de Vistoriaaprovado pelos órgãos competentes, conforme definido na regulamentação desta Lei;

II – Inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CFDF, quando as atividades pretendidas forem objeto deincidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviçosde Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, do Imposto Sobre Serviços deQualquer Natureza – ISS ou ambos;

III – Carta de Habite-se ou Atestado de Conclusão de Obras ou laudo técnico atestando as condições desegurança da edificação, exceto nos casos previstos no art. 3º, § 2º, e no art. 11, III, observado o disposto noart. 39;

IV – Relatório de Vistoria realizado e com manifestação favorável do órgão competente, para as atividadesconsideradas de risco.

§ 1º Em se tratando de empreendimento cuja inscrição no CFDF não seja obrigatória, será necessária aapresentação, ainda, dos seguintes comprovantes:

I – de registro na Junta Comercial do Distrito Federal ou em Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas doDistrito Federal;

II – do exercício legal da atividade profissional regular, em se tratando de profissional autônomo estabelecido;

III – de utilização regular do imóvel, nos termos do regulamento.

§ 2º Para a Licença de Funcionamento prevista no art. 3º, § 2º, e no art. 11, III, será exigido apenas orequerimento de instalação e, quando for o caso, a Inscrição no CFDF, podendo ser dado o mesmo tratamentoem outras situações definidas em regulamento;

§ 3º O laudo técnico previsto no inciso III do caput poderá ser individualizado por estabelecimento ou emconjunto, considerando-se a existência física da edificação e sua composição de salas e lojas, na forma doregulamento.

§ 4º O Relatório de Vistoria de que trata o inciso IV do caput poderá ser substituído, a critério do interessado,por laudo técnico, observado o disposto no art. 39 e ressalvados os casos exigidos em lei específica.

§ 5º No caso de Licença de Funcionamento vinculada ao Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo doDistrito Federal – Pró-DF e a outros programas instituídos pelo Governo, deverá ser apresentada declaração deregularidade do uso ou documento equivalente expedido pela Secretaria de Estado competente.

Seção VIDos Prazos de Expedição

Art. 17. Para expedição da Licença de Funcionamento de que trata esta Lei, deverão ser observados os prazosespecificados quanto à Consulta Prévia, às vistorias e à emissão de licenças, contados da data do respectivorequerimento:

I – até 2 (dois) dias úteis para Consulta Prévia;II – até 10 (dez) dias úteis para as vistorias em atividades de risco;III – até 3 (três) dias úteis para a Licença Eventual;IV – até 5 (cinco) dias úteis para Licença de Funcionamento.

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CAPÍTULO IIIDas Infrações e das PenalidadesSeção I - Das Infrações

Art. 18. Considerar-se-á infração toda ação ou omissão que importe inobservância dos preceitos desta Lei, desua regulamentação e demais instrumentos legais afetos.

Art. 19. Considerar-se-á infrator a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que se omitir oupraticar ato em desacordo com a legislação vigente ou que induzir, auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo.

Art. 20. A autoridade pública que tiver ciência ou notícia de ocorrência de infração na Região Administrativa emque atuar promoverá sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.

Seção IIDas Penalidades

Art. 21. As infrações às disposições desta Lei sujeitarão os infratores, respeitado o direito ao contraditório e àampla defesa e os direitos assegurados pela Lei nº 2.834, de 7 de dezembro de 2001, às seguintespenalidades, sem prejuízo das demais sanções previstas em lei:

I – advertência;II – multa;III – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade;IV – apreensão de mercadorias e equipamentos;V – revogação da Licença de Funcionamento.

§ 1º As sanções previstas neste artigo serão aplicadas, inclusive cumulativamente, pela autoridadeadministrativa competente, de acordo com o procedimento a ser definido em regulamento;§ 2º No caso de o proprietário ou o responsável se recusar a assinar o documento de notificação, o agentefiscalizador fará constar a ocorrência no próprio documento.

Art. 22. A advertência prevista no art. 21, I, será aplicada por meio de notificação, estabelecendo prazo de 30(trinta) dias, prorrogável por igual período, para regularização, ressalvados os casos de interdição sumária,conforme regulamentação.Art. 22. A advertência prevista no art. 21, I, será aplicada por meio de notificação, estabelecendoprazo de até noventa dias, prorrogável por igual período, para regularização, ressalvados os casos deinterdição sumária, conforme regulamentação. (Nova Redação dada pela LEI Nº. 4880/2012,publicada no DODF Nº. 137, pág. 1, de 12/07/2012)

Art. 23. A multa prevista no art. 21, II, será aplicada observando-se o disposto no art. 24 e obedecendo-se àseguinte graduação:

I – R$500,00 (quinhentos reais), nos seguintes casos:a) não fixação da Licença de Funcionamento em local visível no estabelecimento ou, em se tratando deatividade sem estabelecimento fixo, sua não disponibilização à autoridade competente quando exigido;

b) realização de eventos sem Licença Eventual de Funcionamento;

c) não apresentação de laudo técnico, quando solicitado pela autoridade competente nos termos do art. 14, §5º;

d) descumprimento de advertência;

II – R$1.000,00 (mil reais), nos seguintes casos:

a) desenvolvimento de atividade de usos comercial de bens e de serviços, industrial, institucional ou rural semLicença de Funcionamento; (Comentário: aplicar este item no caso de interdição sumaria, pois não temadvertência prévia)

b) não apresentação de laudo técnico atestando a segurança da edificação e as condições de funcionamento daatividade dentro do prazo previsto no art. 14, §§ 1º e 2º;

c) funcionamento do estabelecimento ou da atividade interditada sem o competente ato de desinterdiçãoexpedido após o cumprimento das exigências formuladas.

§ 1º As infrações aos dispositivos desta Lei não discriminadas nos incisos anteriores sujeitam os infratores amulta de R$500,00 (quinhentos reais).

§ 2º O valor da multa será aplicado uma única vez em dobro ou de forma cumulativa se houver má-fé, dolo,reincidência ou infração continuada.

§ 3º Considerar-se-á infrator reincidente aquele que for autuado mais de uma vez por qualquer infração aodisposto nesta Lei, no período de 12 (doze) meses, desde que tenha transitado em julgado administrativamenteeventual impugnação, sendo a multa calculada em dobro sobre a originária.

§ 4º Considerar-se-á infração continuada a manutenção do fato ou da omissão que gerou a autuação dentrodo período de 30 (trinta) dias da autuação originária.

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Art. 24. As multas serão aplicadas tomando-se por base os valores previstos no art. 23 multiplicados pelo índice“k” das seguintes categorias de empreendedores e de empreendimentos:

I – ambulantes, autônomos e microempreendedores individuais: k = 1 (um);II – microempresas: k = 3 (três);III – empresas de pequeno porte: k = 5 (cinco);IV – empresas de médio porte: k = 7 (sete);V – demais empresas: k = 10 (dez).

Art. 25. A desinterdição do estabelecimento ou da atividade ficará condicionada ao cumprimento das exigênciasformuladas.

Art. 26. Caberá interdição sumária nos seguintes casos:

I – estabelecimento sem Licença de Funcionamento em se tratando de atividade de risco;

II – estabelecimento sem condições de funcionamento, quando constatado nas vistorias por equipe defiscalização.

Art. 27. A apreensão de mercadorias ou equipamentos provenientes de instalação e funcionamento deestabelecimento ou atividade econômica irregular, de que trata o art. 21, IV, será efetuada, resguardadas asdevidas competências, inclusive as relativas às atividades tributárias, pela fiscalização, que providenciará arespectiva remoção para depósito público ou para o local determinado pelo órgão competente.

§ 1º A apreensão será feita por meio de Auto de Apreensão contendo o local da apreensão, a identificação doeventual proprietário, possuidor ou detentor, as quantidades e, de forma discriminada, o tipo e o modelo, alémde outros dados necessários à correta identificação das mercadorias ou equipamentos.

§ 2º A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos será condicionada à comprovação de propriedadee ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizados com remoção,transporte e depósito.

§ 3º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito dos materiais e equipamentosapreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valor calculado com base em preçosdefinidos em regulamento específico, independentemente da devolução do bem.

§ 4º O órgão competente fará publicar, no Diário Oficial do Distrito Federal, a relação dos materiais eequipamentos apreendidos, para ciência dos interessados.

§ 5º A solicitação para a devolução dos materiais e equipamentos apreendidos será feita no prazo máximo de30 (trinta) dias contados da publicação a que se refere o § 4º, sob pena de perda do bem.

§ 6º Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos apreendidos antes da publicação de quetrata o § 4º.

§ 7º Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para depósito não reclamados no prazoestabelecido no § 5º serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo, a ser publicado no DiárioOficial Distrito Federal.

§ 8º Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei serão incorporados aopatrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do Poder Executivo.

Art. 28. A autoridade fiscal poderá, a seu critério, mediante a lavratura de termo próprio, nomear fiel depositáriopara a guarda das mercadorias apreendidas, o qual ficará sujeito ao disposto no art. 647, combinado com o art.652, do Código Civil Brasileiro.

§ 1º O depósito se dará de forma a não onerar os cofres públicos.

§ 2º Em caso de apreensão de botijões de gás GLP cheios, os mesmos ficarão depositados nas empresasDistribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo devidamente licenciadas, à disposição do órgão que realizou aapreensão.

Art. 29. O proprietário arcará com o ônus decorrente de eventual perecimento natural, danificação ou perda devalor dos materiais e equipamentos apreendidos.

Art. 30. A revogação da Licença de Funcionamento de que trata o art. 21, V, pelo Administrador Regional sedará nos seguintes casos:

I – quando constatado nas vistorias que o estabelecimento ostenta insanável falta de condição defuncionamento, em vista do disposto nesta Lei, em sua regulamentação e em normas específicas;

II – em virtude do cancelamento da inscrição do estabelecimento no CFDF;

III – quando constatada a falsidade de qualquer dos documentos exigidos nesta Lei;

IV – sempre que o interesse público o exigir, desde que o motivo da revogação seja demonstrado prévia eexpressamente, respeitado o amplo direito de defesa.

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Parágrafo único. A revogação da Licença de Funcionamento de que trata o inciso I deste artigo implicará ocancelamento da inscrição no CFDF.

Art. 31. A fiscalização do cumprimento das disposições desta Lei será exercida pelos órgãos competentes, quepoderão requisitar aos órgãos de Segurança Pública o apoio necessário.

CAPÍTULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 32. A alteração de endereçamento do empreendimento ou de atividade econômica será precedida de novaLicença de Funcionamento.

Art. 33. Até que o sistema informatizado esteja em operação para emissão da Licença de Funcionamento, osprocedimentos constantes desta Lei serão realizados de forma presencial.

Art. 34. A Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal disponibilizará aos órgãos de licenciamento efiscalização o acesso às informações cadastrais dos contribuintes inscritos no CFDF e no Imposto sobre aPropriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, sem autonomia para alterar ou acrescentar informações nobanco de dados.

Art. 35. Fica proibida a emissão de Licença de Funcionamento para edificações que estejam interditadas porrisco em sua estrutura, ficando a fiscalização obrigada a informar a Administração Regional sobre essairregularidade constatada.

Art. 36. Fica o Poder Executivo autorizado a definir procedimentos simplificados para expedição de Licença deFuncionamento, para os seguintes casos:

I – órgãos públicos e atividades de uso institucional;

II – atividades educacionais, inclusive em áreas residenciais, quando autorizadas pelo órgão educacional e comanuência da comunidade;

III – atendimento de programas de geração de emprego e renda, desde que declarado e justificado o interessepúblico;

IV – instalação em áreas residenciais de representações de Estados federados ou estrangeiros, desde que nãoexerçam atividades comerciais e tenham a anuência da comunidade local;

V – atividades de caráter filantrópico, assistencial ou religioso;

VI – microempresas e empresas de pequeno porte;

VII – atividades exercidas por ambulantes, autônomos e outras atividades que não tenham estabelecimento fixoou desenvolvam suas atividades pela internet ou outro meio de comunicação virtual ou assemelhado;

VIII – atividades em áreas rurais;

IX – atividades em áreas públicas;

X – outras atividades previstas em lei federal.

Art. 37. Os alvarás com prazo indeterminado emitidos com base em leis anteriores deverão ser substituídos,automaticamente e mediante solicitação, pela Licença de Funcionamento de que trata a presente Lei, até 31 dedezembro de 2012, data em que perderão sua eficácia.

Art. 38. Os órgãos de segurança e prevenção contra incêndio e pânico poderão padronizar as exigências,levando-se em consideração a concentração de pessoas, o tamanho da área e outros critérios técnicos.

Art. 39. Os laudos técnicos de que trata esta Lei deverão ser expedidos por empresa ou profissional habilitado eregistrado em órgão de classe, atendidas as condições previstas em regulamento.

Art. 40. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias.

Art. 41. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 42. Revogam-se a Lei nº 4.201, de 2 de setembro de 2008, e as demais disposições em contrário, inclusiveas previstas em leis especiais.

Brasília, 23 de dezembro de 2009.122º da República e 50º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

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DECRETO Nº 31.482/2010 - REGULAMENTA A LEI N° 4.457/2009

DEC Nº 31.482/2010LICENÇA DE FUNCIONAMENTO

DODF DE 05.04.2010 (*)Republicação

Regulamenta a Lei nº 4.457, de 23 dedezembro de 2009, que dispõe sobre olicenciamento para funcionamento deatividades econômicas e atividadessem fins lucrativos no âmbito do DistritoFederal.

O GOVERNADOR EM EXERCÍCIO DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo93, incisos VII e XXVI, do artigo 100 da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A instalação, o licenciamento e o funcionamento de atividades econômicas e de atividades sem finslucrativos no Distrito Federal serão regulados pela Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e por este Decreto.Parágrafo único. A Licença de Funcionamento, na forma do modelo constante do Anexo I deste Decreto, é odocumento hábil que autoriza o exercício de atividades econômicas e de atividades sem fins lucrativos, inclusiveaquelas que tenham o benefício da imunidade ou isenção tributária no Distrito Federal, bem como as nãolucrativas, mesmo que em caráter assistencial, e, ainda, aquelas instaladas em mobiliário urbano, no território doDistrito Federal.

Art. 2º Os estabelecimentos em que for desenvolvida atividade de usos comercial de bens e de serviços,industrial, institucional ou rural, agrupados de acordo com a Tabela de Classificação de Usos e Atividadesvigente para o Distrito Federal, somente poderão funcionar nas áreas, dias e horários estabelecidos na Licençade Funcionamento.

§ 1º As disposições da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009 e deste Decreto também se aplicam àsempresas comerciais de bens e serviços, escritórios de representação e outras atividades similares, que nãotenham estabelecimento fixo ou desenvolvam suas atividades por meio da internet ou outro meio decomunicação virtual ou assemelhado, desde que possuam como endereço legal e fiscal, o local da residência deum dos titulares do empreendimento.

§ 2º A concessão da Licença de Funcionamento não desobriga o interessado de cumprir as exigênciasespecíficas previstas na legislação de regência da sua atividade.

Art. 3º. Poderá ser concedida Licença de Funcionamento para os Microempreendedores Individuais – MEI, asMicroempresas – ME e as Empresas de Pequeno Porte – EPP que desenvolvam atividades não consideradas derisco, nos termos do artigo 7º, parágrafo único, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de2006, nos seguintes casos:

I– atividades instaladas em área desprovida de regulação fundiária legal declarada de interesse público ousocial, mediante Decreto;

II– atividade instalada em residência do Microempreendor Individual ou do titular ou sócio da Microempresa ouEmpresa de Pequeno Porte, ressalvado o disposto no artigo 13.

Art. 4º. A Licença de Funcionamento será afixada em local visível do estabelecimento ou, em se tratando deatividade sem estabelecimento fixo, disponibilizada à autoridade competente que a exigir.

CAPÍTULO IIDO LICENCIAMENTO

Seção IDa Consulta Prévia

Art. 5º. Visando à obtenção de informações preliminares para a implantação da atividade no local pretendido, apessoa física, jurídica ou seu representante legal deverá realizar Consulta Prévia à Administração Regional darespectiva circunscrição ou solicitá-la via internet, conforme modelo padrão constante do Anexo II deste Decreto.

§ 1º As Administrações Regionais manterão à disposição dos interessados banco de dados contendo alegislação pertinente, acompanhado de informações e orientações, relativas ao licenciamento, especialmente asrelacionadas com:I – os usos permitidos para o local;II – numeração predial ou territorial oficial do endereço;III – regularidade da edificação;IV – ocupação de área pública;V – zoneamento do setor;VI – risco da atividade;VII – situação ocupacional do ponto;VIII – horários de funcionamento permitidos;IX – natureza da atividade;X – normas sanitárias, de educação, de segurança do trabalho, de meio ambiente e de segurança pública,pertinentes ao licenciamento, tais como as expedidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, pelaDefesa Civil e pela Policia Civil do Distrito Federal.§ 2º Na Consulta Prévia, o interessado será informado do deferimento ou não da instalação das atividades nolocal pretendido e, ainda sobre as restrições que limitem ou impeçam o seu funcionamento.

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§ 3º A Consulta Prévia será gratuita.

Art. 6º. A Consulta Prévia deferida terá validade de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de suaexpedição.

Parágrafo único. A Consulta Prévia deferida não habilita o exercício da atividade.

Seção IIDa Licença de Funcionamento

Art. 7º. A Licença de Funcionamento deverá ser solicitada, pelo interessado ou seu representante legal,mediante preenchimento de formulário próprio, constante do Anexo III deste Decreto, e apresentação dadocumentação exigida, junto à Administração Regional da circunscrição onde se pretende exercer a atividade ouutilizar como endereço legal e fiscal, nos casos tratados no § 1º, do artigo 2º deste Decreto.

Parágrafo único. O preenchimento do formulário será feito por meio eletrônico, via Inter-net, ou,excepcionalmente, de forma presencial, junto às Administrações Regionais.

Art. 8º. Poderá ser expedida mais de uma Licença de Funcionamento para um mesmo local, desde que anecessidade seja justificada em razão do comércio ou prestação de serviço, e independência de funcionamentode cada atividade, em sala, loja ou em parte do estabelecimento.§ 1º Entender-se-á como parte de um estabelecimento, para fins de concessão de Licença de Funcionamento,a divisão de uma unidade imobiliária, com ou sem separação física.

§ 2º O licenciamento de parte de um estabelecimento ocorrerá quando a licença for concedida para atividadeinstalada em unidade imobiliária, onde já exista outra atividade licenciada.

§ 3º Sem prejuízo do cumprimento das demais exigências legais pertinentes, a concessão da Licença deFuncionamento de parte de estabelecimento será condicionada à apresentação de anuência do titular ouresponsável pela atividade primeiramente licenciada para o local, conforme Anexo IV deste Decreto.

§ 4º O estabelecimento licenciado como parte de outro atenderá às exigências e parâmetros constantes doCódigo de Edificações do Distrito Federal, Lei nº 2.105, de 08 de outubro de 1998, quanto à área dos ambientesou compartimentos necessários à sua instalação.

§ 5º As atividades licenciadas nos termos deste artigo não poderão caracterizar a alteração ou extensão dosusos ou atividades permitidos na legislação urbanística para a unidade imobiliária.

§ 6º Ficam dispensados do atendimento aos parágrafos 3º. e 4º. deste artigo as atividades descritas comoserviço de escritório virtual, nos termos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.

§ 7º A Administração Regional poderá, em casos excepcionais devidamente justificados, conceder Licença deFuncionamento para atividades que sejam complementares ou de apoio ao exercício de outras, consideradasprincipais, observadas as características de cada setor urbanístico.

Art. 9º. Para a emissão da Licença de Funcionamento serão observados os usos e atividades permitidos para olocal pela legislação urbanística, a classificação da área como urbana ou rural, e no que couber, a legislaçãoespecífica da atividade, bem como as exigências dos órgãos públicos competentes relativamente a:

I – proteção ao meio ambiente;II – segurança sanitária e ambiental e proteção contra incêndio e pânico;III – regularidade da edificação, nos termos do artigo 33, inciso III, deste Decreto;IV – horário de funcionamento da atividade;V – preservação de Brasília como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Art. 10. As Administrações Regionais, em conjunto com a Coordenadoria de Serviços Públicos da Secretaria deEstado de Governo do Distrito Federal, estabelecerão as localidades, o quantitativo, as atividades, os dias ehorários em que os ambulantes poderão atuar.

§ 1º Para fins de aplicação deste Decreto, considerar-se-á ambulante aquele que, pessoalmente e por contaprópria, exercer atividade comercial de bens ou de serviços em áreas públicas ou privadas, em locais, dias ehorários permitidos, sem estabelecimento fixo, utilizando equipamentos precários e de fácil deslocamento, e emconstante circulação.

§ 2º Caberá à Coordenadoria de Serviços Públicos da Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal acriação e a manutenção de cadastro único de ambulantes licenciados.

§ 3º A Licença de Funcionamento de atividades exercidas por ambulantes observará o modelo de carteira deidentificação, constante do Anexo V deste Decreto.

Art. 11. Nos casos excepcionais de licenciamento em áreas residenciais, previstos na Lei nº 4.457, de 23 dedezembro de 2009, e na Lei Complementar nº 806, de 12 de junho de 2009, as atividades deverão preencher asseguintes condições:

I não sobrecarregar o(s) estacionamento(s) público(s) da rua ou quadra onde esteja(m) situada(s);

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II não provocar grande fluxo de veículos, ressalvadas as atividades de que trata o art. 36 e 38 desteDecreto;

III não envolver, direta ou indiretamente, o comércio físico de mercadorias;IV não utilizar produtos perigosos.

§ 1º Será permitida a expedição de Licença de Funcionamento, em áreas residenciais, de representações deEstados Federados ou Estrangeiros, desde que as representações não exerçam atividades comerciais e nãogerem grande circulação de veículos e pessoas.

§ 2º Em áreas residenciais, não será concedida Licença de Funcionamento para atividades consideradas derisco, ressalvadas as atividades de que trata o art. 36 e 38 deste Decreto.

§ 3º A concessão de Licença de Funcionamento em área residencial ficará condicionada, ainda, ao exame deconveniência e oportunidade por parte das Administrações Regionais.

§ 4º Ocorrendo reclamação fundamentada sobre transtorno causado à vizinhança por atividade instalada emárea residencial, devidamente confirmado pelos órgãos competentes, nos termos da lei, e havendoimpossibilidade ou recusa em resolvê-lo no prazo estipulado pelo órgão, a Licença de Funcionamento serárevogada.

§ 5º A Licença de funcionamento, em áreas residenciais, somente será concedida nos casos previstos na Lei nº4.457, de 23 de dezembro de 2009, e na Lei Complementar nº 806, de 12 de junho de 2009.

Art. 12. Fica proibida a emissão de Licença de Funcionamento para edificações que estejam interditadas porrisco em sua estrutura, ficando os órgãos de fiscalização e controle competentes obrigados a informar aAdministração Regional a irregularidade constatada.

Art. 13. Fica vedada, observado o disposto no artigo 75 deste Decreto, a expedição de novas Licenças deFuncionamento para atividades que estejam em desconformidade com o uso previsto na legislação urbanística,nas seguintes Regiões Administrativas:

I de Brasília e do Sudoeste/Octogonal, ressalvadas as atividades de que trata o artigo 40 deste Decreto;II do Lago Sul, do Lago Norte, do Cruzeiro e da Candangolândia, ressalvadas as atividades de que tratam

os artigos 37, 40, e 42 (quando for o caso), deste Decreto.

Art. 14. Serão consideradas de risco, para fins do disposto na Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e nesteRegulamento, as atividades constantes do Anexo VI deste Decreto.

Seção IIIDa Licença Eventual

Art. 15. Para as atividades de caráter eventual e para aquelas instaladas em vias e logradouros públicos, seráobrigatória a obtenção de Licença de Funcionamento Eventual. Parágrafo único. As atividades, de que trata ocaput deste artigo, são as atividades esportivas, culturais, sociais e religiosas, dentre outras, realizadas porperíodo de tempo e em local determinados.

Art. 16. O período de realização de atividades de caráter eventual será de 90 (noventa) dias corridos, nãopodendo ser prorrogado.

§ 1º A Administração Regional avaliará a conveniência e oportunidade de conceder a licença eventual, combase, entre outros, nos seguintes critérios:

I interesses, hábitos culturais e costumes da comunidade local;II espaço adequado e disponível;III cronologia dos pedidos;IV nível de incomodidade.

§ 2º No caso de feiras itinerantes e exposições com ocorrência em finais de semana, será emitida uma Licençapara cada período e local.

Art. 17. Caso não tenham sido implementadas as providências indicadas no Laudo Técnico de que trata o incisoII do artigo 43 deste Decreto, ou sejam elas consideradas insuficientes, os órgãos e entidades de fiscalização econtrole, presentes ao evento, exigirão, no âmbito das respectivas competências, as medidas julgadasnecessárias para a correção das irregularidades detectadas, podendo, inclusive, impedir a realização ou acontinuidade do evento.

Art. 18. O ambulante microempreendedor individual cadastrado na Coordenadoria de Serviços Públicos daSecretaria de Estado de Governo do Distrito Federal terá preferência no exercício de suas atividades em eventosou temporadas culturais, esportivas, religiosas e sociais, realizadas na Região Administrativa na qual estejalicenciado.

Seção IVDos Procedimentos

Art. 19. A Licença de Funcionamento será emitida por prazo indeterminado, ficando o titular do empreendimentoresponsável pela manutenção, em sua atividade, da segurança sanitária, da preservação ambiental, e daprevenção contra incêndio e pânico. Parágrafo único. Para os casos em que os Planos Diretores Locaisdeterminem prazos de validade para as Licenças ou Alvarás de Funcionamento, prevalecerão os prazosestabelecidos naqueles Planos.

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Art. 20. As vistorias dos órgãos e entidades de fiscalização e controle do Governo do Distrito Federal serãorealizadas de forma permanente, a qualquer tempo.

§ 1º Os resultados das vistorias serão registrados por meio de Relatórios de Vistoria.§ 2º As vistorias somente serão realizadas após o início de operação do estabelecimento, exceto quando setratar de atividade considerada de risco.

Art. 21. Para as atividades consideradas de risco, será obrigatória a vistoria prévia dos órgãos competentes, coma emissão dos Relatórios de Vistoria, resguardado o disposto no artigo 33, § 5º deste Decreto.

Art. 22. Os Relatórios de Vistoria, de que trata o artigo 20, § 1º, deste Decreto, conterão as exigênciasespecíficas de cada órgão ou entidade de fiscalização ou de controle para o funcionamento do estabelecimento eobservarão as disposições previstas no artigo 72 deste Decreto.

§ 1º O interessado deverá, dentro do prazo fixado, cumprir as exigências formuladas pelos órgãosfiscalizadores e de controle, ficando sujeito a posterior vistoria para verificação do seu atendimento.

§ 2º Do resultado do Relatório de Vistoria, de que trata este artigo, poderá resultar a interdição temporária ou arevogação da Licença de Funcionamento.

Art. 23. Para as atividades de risco, inclusive as licenciadas com base nas legislações anteriores à Lei nº 4.457,de 23 de dezembro de 2009, será obrigatória, a apresentação, a cada cinco anos, de Laudo Técnico que ateste asegurança da edificação e as condições de funcionamento da atividade, nos termos do modelo constante doAnexo X, e observado o disposto nos artigos 72, § 1º, e 74, todos deste Decreto.

Parágrafo único. O prazo para apresentação do Laudo Técnico, de que trata este artigo, será contado a partir:

I–

da data de emissão da licença concedida com base na Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009;

II–

do início da vigência da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, para os alvarás de funcionamentoconcedidos com base em leis anteriormente vigentes.

Art. 24. Os órgãos e entidades competentes poderão solicitar, sempre que necessário, Laudos Técnicos queatestem a segurança da edificação, inclusive nos casos de atividades já licenciadas, sem prejuízo, quando for ocaso, do disposto no inciso III do art. 55 deste Decreto e no inciso III do artigo 21 da Lei nº 4.457, de 23 dedezembro de 2009.

Art. 25. A qualquer tempo, não tendo sido consideradas suficientes as medidas indicadas nos Laudos Técnicos,de que tratam os artigos 23 e 33, § 5º, deste Decreto, os órgãos de fiscalização e controle, no âmbito de suasrespectivas competências, exigirão as medidas julgadas necessárias para a correção das irregularidadesdetectadas.Parágrafo único. O não atendimento das exigências, de que trata este artigo, poderá impedir a concessão dalicença ou a continuidade do funcionamento da atividade.

Art. 26. Para as atividades de postos de combustíveis, a apresentação de Licença de Operação – LO, expedidapelo órgão competente, dispensa a exigência de outras vistorias já realizadas para a emissão da LO.

Art. 27. As atividades estabelecidas em mobiliários urbanos somente poderão iniciar seu funcionamento após odevido licenciamento.

§1º

O prazo de validade da licença de atividade em mobiliário urbano se extinguirá com otérmino da vigência do contrato celebrado com o Distrito Federal.

§2º

O órgão responsável pela emissão dos contratos informará imediatamente às Adminis-trações Regionais os que forem rescindidos ou tiverem a sua vigência expirada, visandoà revogação das Licenças de Funcionamento respectivas.

§3º

Para a emissão da Licença de Funcionamento, as Administrações Regionaisobedecerão aos Planos de Ocupação de mobiliário urbanos elaborados em conjuntocom a Secretaria de Estado Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do DistritoFederal.

Art. 28. Será exigida Licença de Funcionamento para o exercício de atividades instaladas em próprios do DistritoFederal.

Art. 29. A emissão de Licença de Funcionamento em áreas desprovidas de regulação fundiária legal, declaradasde interesse público ou social, ou em áreas rurais, não implicará reconhecimento de posse ou de titularidade dedomínio, nem produzirá compromisso ou presunção de regularidade da ocupação.

Art. 30. Será concedida, após a verificação, em Consulta Prévia deferida, do atendimento à legislaçãourbanística, Licença de Funcionamento de forma antecipada, por meio eletrônico, desde que a atividade não sejaconsiderada de risco e o estabelecimento, quando for o caso, possua Carta de Habite-se ou Atestado deConclusão de Obra, nos termos previstos no Código de Edificações do Distrito Federal do Distrito Federal, Lei nº2.105, de 08 de outubro de 1998, observadas as condições previstas no § 8º do artigo 33 deste Decreto.

§ 1º O interessado deverá apresentar, no prazo de noventa dias contados da data de emissão, sob pena derevogação da Licença emitida com base no caput deste artigo, todos os documentos necessários à sua emissãode forma regular.

§ 2º A revogação, prevista no § 1º deste artigo, será efetivada automaticamente pela Administração Regionalque emitiu a Licença antecipada, devendo o ato ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.

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§ 3º Após a publicação, a Administração Regional dará ciência da revogação aos órgãos de fiscalização e decontrole competentes, para as providências cabíveis.

§ 4º Revogada a Licença de Funcionamento, o interessado deverá reiniciar o processo de licenciamento.

§ 5º A Licença de Funcionamento expedida por meio eletrônico, de forma antecipada, ocorrerá após aimplantação de sistema específico, que garantirá o fiel cumprimento dos requisitos definidos em Lei.

Art. 31. Será exigida nova Licença de Funcionamento quando ocorrer:

I alteração de endereço;II mudança ou ampliação do ramo de atividade.

§ 1º Nos casos de exclusão de atividade, mudança da razão ou da denominação social de pessoa jurídica jálicenciada, ou alteração de horário de funcionamento, o titular ou responsável pelo empreendimento deverásolicitar a averbação da alteração na respectiva Licença de Funcionamento.

§ 2º Em se tratando de atividades relacionadas a serviços de saúde, tais como drogarias, farmácias, clínicas,hospitais e laboratórios, a efetivação da averbação, a que se refere o § 1º deste artigo, ficará condicionada àanuência prévia do órgão de vigilância sanitária.Art. 32. As Administrações Regionais manterão registro dos atos de concessão, revogação e anulação dasLicenças de Funcionamento expedidas em sua circunscrição.

§ 1º As Administrações Regionais encaminharão mensalmente, por meio de formulário próprio ou meio digital,aos órgãos de fiscalização e de controle competentes, listagem das Licenças de Funcionamento por elasexpedidas, revogadas e anuladas.

§ 2º As Administrações Regionais fixarão em quadro de aviso, pelo período de 30 (trinta) dias, a listagem dasLicenças expedidas, revogadas e anuladas.

Seção VDa Documentação

Art. 33. Para obtenção da Licença de Funcionamento, a pessoa física ou jurídica ou seu representante legaldeverá apresentar requerimento, em modelo padrão constante do Anexo deste Decreto, devidamentepreenchido, bem como os seguintes documentos:

I– Consulta Prévia deferida, quando exigida;

II– inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CFDF, quando as atividades pretendidasforem objeto de incidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoriase sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação – ICMS, do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS ou ambos;

III– Carta de Habite-se, Atestado de Conclusão de Obra ou Laudo Técnico (conforme modeloconstante do Anexo VII) atestando as condições de segurança da edificação, para os casos deedificações que ainda não obtiveram Carta de Habite-se ou Atestado de Conclusão de Obra,observado o disposto no artigo 74 e ressalvadas as atividades previstas no artigo 2º, § 1º,todos deste Decreto;

IV– Relatório de Vistoria, com manifestação favorável do órgão ou entidade competente, para asatividades de risco listadas no Anexo VI, observado o disposto no artigo 72 deste Decreto.

V– declaração da pessoa física ou jurídica, conforme modelo padrão constante dos Anexos VIII eIX deste Decreto, com assinatura reconhecida em cartório ou aposta na presença do servidorpúblico competente, de que cumpriu as exigências discriminadas no resultado da ConsultaPrévia;

VI– comprovante de pagamento da Taxa de Funcionamento de Estabelecimento – TFE, de quetrata a Lei Complementar nº 783, de 30 de outubro de 2008, quando couber;

VII– Termo de Anuência de Parte, nos casos do artigo 8º, deste Decreto, conforme modeloconstante do Anexo IV deste Regulamento.

§ 1º Em se tratando de empreendimento cuja inscrição no CFDF não seja obrigatória, será necessária aapresentação, ainda, dos seguintes comprovantes:

I de registro na Junta Comercial do Distrito Federal ou em Cartório de Registro Civil dasPessoas Jurídicas do Distrito Federal;

II do exercício legal da atividade profissional regular, em se tratando de profissional autônomoestabelecido;

III de utilização regular do imóvel onde se pretende desenvolver a atividade, constituído por umdos seguintes documentos:

a) registro de propriedade em cartório de registro de imóveis;

b) documento referente a arrendamento, usufruto, comodato, promessa de compra e venda, contrato delocação ou sublocação, ou declaração de ocupação fornecida por órgão público;c) carnê de IPTU ou fatura de energia ou água, quando se tratar de atividades instaladas em área desprovidade regulação fundiária legal considerada de interesse público ou social; ou

d) certificado emitido por órgão público competente, atestando que a entidade religiosa ou de assistênciasocial se encontrava instalada no imóvel em 31 de dezembro de 2006 e continua realizando suas atividades nomesmo local.

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§ 2º Nos casos em que a atividade descrita no CFDF, nos termos do Código Nacional de AtividadesEconômicas - CNAE, não atender as especificações de atividades listadas na Consulta Prévia, a AdministraçãoRegional poderá solicitar a apresentação do Contrato Social.

§ 3º O Laudo Técnico, previsto no inciso III do caput deste artigo, deverá ser apresentado atendendo acaracterística da edificação, ou seja:

I para as edificações estritamente comerciais, compostas de lojas e/ou salas comerciais, o laudo seráapresentado para a edificação em sua totalidade, pelo condomínio quando constituído ou seurepresentante legal;

II para edificações compostas de unidades imobiliárias isoladas, o laudo será apresentado unicamentepelo responsável daquela unidade;

III para edificações mistas, o laudo será apresentado para a edificação em sua totalidade, pelocondomínio quando constituído ou seu representante legal.

§ 4º Estando o Relatório de Vistoria, de que trata o inciso IV, do caput, deste artigo, dentro do prazo de validadeda consulta prévia, por ocasião da data do protocolo do requerimento da Licença de Funcionamento, deverá serdispensada nova vistoria.

§ 5º Na falta do cumprimento do prazo, previsto no artigo 49, Inciso II, deste Decreto, poderá o interessadoapresentar, em substituição ao Relatório de Vistoria de que trata o inciso IV deste artigo, Laudos Técnicosatestando as medidas, já existentes ou a serem implementadas, de segurança sanitária, de preservaçãoambiental, de controle educacional e de segurança pública, necessárias ao funcionamento da atividade,conforme modelo constante do Anexo X deste Regulamento, observado o disposto nos artigos 72, § 1º, e 74deste Decreto, ressalvados os casos exigidos em lei específica.

§ 6º Existindo medidas a serem implementadas, o autor do Laudo Técnico, de que trata o § 5º deste artigo e oinciso II do artigo 43 deste Decreto, será responsável pelo acompanhamento de sua execução até o seu término,quando a Licença de Funcionamento da atividade passará a vigorar.

§7º Os Laudos Técnicos, de que trata o § 5º deste artigo, serão encaminhados imediatamente ao seurecebimento, aos órgãos técnicos competentes do Governo do Distrito Federal, não sendo necessária, contudo,a sua aprovação prévia para a expedição da Licença de Funcionamento.

§ 8º Para obtenção da Licença de Funcionamento, de forma antecipada e por meio eletrônico, nos termos deque trata o art. 30 deste Decreto, o interessado deverá apresentar, além dos documentos previstos nos incisos Ie II (quando for o caso), deste artigo, requerimento em modelo padrão constante do Anexo III, secomprometendo a observar os requisitos exigidos para funcionamento da atividade a ser licenciada e, dentro doprazo de noventa dias a contar da data de recebimento da Licença, todos os demais documentos necessários àsua emissão de forma regular, sob pena de revogação.

Art. 34. Em se tratando de órgãos públicos, administração direta ou indireta, o responsável deverá apresentar,além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Decreto, os documentos constantes dosincisos I e VII (quando for o caso), do artigo 33, deste Regulamento, bem como o comprovante de inscrição noCadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.

Art. 35. Em se tratando de atividades privadas de uso institucional, o responsável deverá apresentar, além dorequerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Regulamento, os documentos constantes dosincisos I, II (quando for o caso), III, IV (quando for o caso), V e VI (quando for o caso), VII (quando for o caso) docaput e dos incisos I (quando for caso) e III (quando for o caso) do § 1º, do artigo 33, deste Decreto.

Art. 36. Nos casos de atividades educacionais, inclusive em áreas residenciais, o titular ou responsável deveráapresentar, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Regulamento, os documentosconstantes dos incisos I, II, III, IV, V, e VI (quando for o caso), do caput do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I autorização do órgão educacional competente, em se tratando de atividade educacional privada;II Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo padrão constante do Anexo XI deste

Decreto, em se tratando de imóvel residencial;III anuência da comunidade local, em se tratando de área residencial.

§ 1º A anuência de que trata este artigo deverá ser de no mínimo 60% (sessenta por cento) dos vizinhos, sendoobrigatória a anuência de todos os defrontantes e confrontantes, conforme Anexo XII deste Decreto.

§ 2º A anuência deverá ser renovada de dois em dois anos, ressalvadas as disposições em contrário contidasem Plano Diretor Local, sob pena de revogação da Licença de Funcionamento concedida.

Art. 37. Para as representações de Estados federados ou estrangeiros, deverão ser apresentados, peloresponsável, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Decreto, os documentosconstantes dos incisos I, III e V do caput e do inciso III do § 1º do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I – Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo constante do Anexo XI deste Decreto, em setratando de imóvel residencial;

II – anuência da comunidade local, em se tratando de área residencial.

§ 1º A anuência de que trata este artigo deverá ser de no mínimo 60% (sessenta por cento) dos vizinhos, sendoobrigatória a anuência de todos os defrontantes e confrontantes, conforme Anexo XII deste Decreto.

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§ 2º A anuência deverá ser renovada a cada 2 (dois) anos, ressalvadas as disposições em contrário contidasem Plano Diretor Local, sob pena de revogação da Licença de Funcionamento.

Art. 38. Em se tratando de atividades de caráter filantrópico, assistencial ou religioso, o titular ou responsáveldeverá apresentar, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Regulamento, osdocumentos constantes dos incisos I, III, IV (quando for caso) e V, do caput, e dos incisos I (quando for o caso) eIII do § 1º do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I – Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo constante do Anexo XI deste Decreto, em setratando de imóvel residencial;II – anuência da comunidade local, em se tratando de área residencial.

§ 1º A anuência de que trata este artigo deverá ser de no mínimo 60% (sessenta por cento) dos vizinhos, sendoobrigatória a anuência de todos os defrontantes e confrontantes, conforme Anexo XII deste Decreto.

§ 2º A anuência deverá ser renovada a cada 2 (dois) anos, ressalvadas as disposições em contrário contidas emPlano Diretor Local, sob pena de revogação da Licença de Funcionamento.

Art. 39. Para o licenciamento de microempreendedor individual, microempresas e empresas de pequeno porte, oproprietário ou responsável deverá apresentar, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III,os documentos constantes dos incisos I, II (quando for caso), III (em se tratando de edificação com mais de umpavimento ou com área superior a 150 m2), IV (quando for o caso), V e VII (quando for o caso) do caput, e dosincisos I (quando for o caso) e II (quando for o caso) do § 1º, do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I – Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo constante do Anexo XI deste Decreto, emse tratando de imóvel residencial;

II – anuência da comunidade local, em se tratando de área residencial.

§ 1º A anuência, de que trata este artigo, deverá ser de no mínimo 60% (sessenta por cento), sendo obrigatóriaa anuência de todos os vizinhos defrontantes e confrontantes, conforme modelos constantes do Anexo XII desteDecreto.

§ 2º A anuência deverá ser renovada a cada 2 (dois) anos, ressalvadas as disposições em contrário contidasem Plano Diretor Local, sob pena de revogação da Licença de Funcionamento.

§ 3º No caso de habitação coletiva, a anuência deverá ser aprovada em assembléia do condomínio.

Art. 40. Em se tratando de atividades exercidas por ambulantes, autônomos, ou que não tenhamestabelecimento fixo ou sejam desenvolvidas pela internet ou outro meio de comunicação virtual ouassemelhado, deverão ser apresentados, pelo titular ou responsável, além do requerimento em modelo padrãoconstante do Anexo III, os documentos constantes dos incisos II (quando for o caso) e VII (quando for o caso) docaput do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I – documento de identidade ou carteira de identidade profissional, emitida por entidade de classe;II – comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF; e

III – Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo constante do Anexo XI deste Decreto;

Art. 41. Para o licenciamento de atividades em áreas desprovidas de regulação fundiária legal, declaradas deinteresse público ou social, os proprietários ou responsáveis deverão apresentar, além do requerimento emmodelo padrão constante do Anexo III deste Regulamento, os documentos constantes dos incisos I, II (quandofor o caso), III, IV (quando for o caso), V, VI (quando for o caso) e VII (quando for o caso) do caput, e do inciso I(quando for o caso), II (quando for o caso) e III, do § 1º, do artigo 33, deste Decreto, bem como:

I – Autorização de Acesso para a Fiscalização, conforme modelo constante do Anexo XI deste Decreto, em setratando de imóvel residencial;II – anuência da comunidade local, em se tratando de área residencial.§ 1º A anuência, de que trata este artigo, deverá ser de no mínimo 60% (sessenta por cento), sendo obrigatória aanuência de todos os vizinhos defrontantes e confrontantes, conforme modelos constantes do Anexo XII desteDecreto.§ 2º A anuência deverá ser renovada a cada 2 (dois) anos, ressalvadas as disposições em contrário contidas emPlano Diretor Local, sob pena de revogação da Licença de Funcionamento.

§ 3º No caso de habitação coletiva, a anuência deverá ser aprovada em assembléia do condomínio.

Art. 42. Para o licenciamento de atividades em áreas rurais, os proprietários ou responsáveis deverãoapresentar, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Regulamento, os documentosconstantes dos incisos I, II (quando for o caso), III (em se tratando de edificação com mais de um pavimento oucom área superior a 150 m2), IV (quando for o caso), V, VI e VII (quando for o caso) do caput, e do inciso I(quando for o caso), II (quando for o caso) e III, do § 1º, do artigo 33, deste Decreto.

Art. 43. Em se tratando de eventos em áreas públicas ou privadas, os promotores, organizadores ouresponsáveis deverão apresentar, com antecedência mínima de sete dias úteis, além de requerimento,especificando a atividade pretendida, local, período, horário de realização do evento e público estimado,conforme modelo constante do Anexo III, os documentos constantes dos incisos I, II (quando for o caso), V e VIdo caput, e do inciso I (quando for o caso) e II (quando for o caso), do § 1º, do artigo 33, deste Decreto, bemcomo:

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I – croqui do local do evento, com indicação precisa da área a ser utilizada;

II – Laudo Técnico atestando as condições necessárias, já existentes ou a serem implementadas, de segurançae de prevenção contra incêndio e pânico para a realização do evento, com a especificação da quantidade depessoas que nele trabalharão, consideradas as equipes de segurança, brigadas, e médicos, entre outros,conforme modelo constante do Anexo X deste Regulamento, observado o disposto nos artigos 72, § 1º, e 74deste Decreto.

§ 1º O Laudo Técnico, de que trata o inciso II do caput deste artigo, poderá ser apresentado até um dia útil antesda realização do evento.

§ 2º De acordo com a especificidade da atividade e do local pretendido, poderão ser exigidos ainda:

I – licença para a ocupação de áreas públicas ou de próprios do Distrito Federal, especificando ascondições de utilização, recuperação e limpeza dos imóveis;

II – autorização para a ocupação de imóveis de particulares;III – comprovante da existência de grupo gerador;IV - comprovante da existência de ambulância em quantidade suficiente para atender a realização do

evento;V – comprovante da existência de posto de atendimento médico;VI – comprovante da existência de banheiros químicos e outras condições necessárias ao

atendimento do público previsto.

VII – cópia dos ofícios protocolizados no Núcleo de Eventos da Subsecretaria de Operações Especiaisda Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal e em Vara da Infância e daJuventude do Distrito Federal;

VIII – anuência dos órgãos e entidades locais responsáveis pela preservação do Conjunto Urbanísticode Brasília, no caso de eventos realizados na Zona Cívico-Administrativa e em áreas do entornoimediato a de monumentos tombados isoladamente.

Art. 44. Para a obtenção da Licença de Funcionamento em mobiliário urbano, o interessado deverá apresentar,além de requerimento, conforme modelo constante do Anexo III do presente Decreto, os documentos previstosnos incisos I, II, IV (quando for o caso), V e VI, do caput, e dos incisos I e II (quando for o caso) do § 1º do artigo33, deste Regulamento, bem como:

I – contrato assinado com o Distrito Federal em vigor;

II – comprovante de pagamento de preço público relativo à área que será ocupada.

Art. 45. No caso de Licença de Funcionamento, vinculada ao Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivodo Distrito Federal – PRÓ/DF e a outros programas instituídos pelo Governo do Distrito Federal, deverão serapresentados, além do requerimento em modelo padrão constante do Anexo III deste Decreto, os documentosprevistos nos incisos I, II, III, IV, V e VI (quando for o caso) do caput, do artigo 33, deste Regulamento bem comoa declaração de regularidade de uso da área a ser ocupada ou documento equivalente expedido pela Secretariade Estado competente.

Art. 46. No caso de atividade relacionada com abate, industrialização e transporte de produtos de origem animalou com produção e comercialização de sementes e mudas, listadas em ato normativo do órgão públicocompetente, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, deverá ser apresentado, ainda, comprovante deprotocolo ou registro da atividade junto à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento doDistrito Federal.

Art. 47. Nas áreas em que haja contrato de arrendamento, concessão de uso, concessão de direito real de usoou outro instrumento equivalente, celebrado com entidades públicas do Distrito Federal ou da União Federal, aemissão da Licença de Funcionamento dependerá da apresentação do respectivo contrato, da anuência doórgão ou constar do Plano de Utilização da Área.

Art. 48. Em se tratando de atividade de risco, a Administração Regional poderá encaminhar, a pedido dointeressado, cópia do requerimento aos órgãos e às entidades competentes, sem taxas adicionais.Parágrafo único. O encaminhamento, de que trata o caput deste artigo, será encerrado após a implantação desistema eletrônico, a partir de quando todas as solicitações de vistorias ocorrerão por meio eletrônico.

Seção VIDos Prazos de Expedição

Art. 49. Para a expedição da Licença de Funcionamento, deverão ser observados, pelos órgãos e entidadescompetentes, os seguintes prazos, contados da data do respectivo requerimento:

I – até 2 (dois) dias úteis, para a Consulta Prévia;

II – até 10 (dez) dias úteis, para as vistorias em atividades de risco;

III – até 3 (três) dias úteis, para a emissão da Licença de Funcionamento Eventual;

IV – até 5 (cinco) dias úteis, para a emissão da Licença de Funcionamento.

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§ 1º Se constatada pendência relativa à documentação exigida para o ato, ficarão interrompidos os prazosdefinidos nos incisos anteriores, reiniciando a contagem a partir do saneamento da pendência.

§ 2º O descumprimento injustificado dos prazos estabelecidos neste artigo, por culpa ou dolo, implicaráresponsabilidade do servidor que o causar, cabendo à chefia imediata promover a apuração de responsabilidade,nos termos da legislação vigente.

CAPÍTULO IIIDAS TAXAS

Art. 50. A cobrança da Taxa de Funcionamento de Estabelecimento – TFE, referente à Licença deFuncionamento, obedecerá ao disposto na Lei Complementar nº 783, de 30 de outubro de 2008, e em suaregulamentação.

§ 1º O pagamento da Taxa, a que se refere o caput deste artigo, será efetuado por meio do Documento deArrecadação – DAR, em agências bancárias credenciadas.

§ 2º Os valores de cada exercício serão tornados públicos por meio da publicação, pela Agência deFiscalização do Distrito Federal, de Edital de Aviso de Lançamento, no início de cada ano, relativo às atividadesde caráter permanente e eventual.

§ 3º O interessado deverá apresentar declaração perante a Agência de Fiscalização do Distrito Federal,indicando as áreas públicas e particulares ocupadas pela sua atividade.

§ 4º Caso seja verificada discrepância entre a área declarada e a área efetivamente utilizada, o interessadoestará sujeito às sanções previstas em lei.

Art. 51. Ficam reduzidos a 0 (zero) os valores referentes às taxas, emolumentos e demais custos relativos àsfiscalizações e ao licenciamento da atividade do microempreendedor individual, nos termos do art. 4º, § 3º, daLei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

CAPÍTULO IVDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Seção IDas Infrações

Art. 52. Considerar-se-á infração, para os efeitos da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, toda ação ouomissão que importe inobservância às suas disposições.

Art. 53. Considerar-se-á infrator a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que se omitir oupraticar ato em desacordo com a Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, ou que induzir, auxiliar ouconstranger alguém a fazê-lo.

Art. 54. A autoridade pública competente, que tiver ciência da ocorrência de infração às disposições da Lei nº4.457, de 23 de dezembro de 2009, promoverá sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.

Seção IIDas Penalidades

Art. 55. As infrações às disposições da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, sujeitarão os infratores,respeitado o direito ao contraditório e à ampla defesa e os direitos assegurados pela Lei nº 2.834, de 7 dedezembro de 2001, às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei:

I – advertência;

II – multa;

III – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade;

IV – apreensão de mercadorias e equipamentos;

V – revogação da Licença de Funcionamento.

§ 1º As sanções, previstas nos incisos de I a IV deste artigo, serão aplicadas, inclusive cumulativamente, peloresponsável pela fiscalização e no inciso V deste artigo pelo respectivo Administrador Regional.

§ 2º No caso de o proprietário ou o responsável se recusar a assinar o documento de notificação da infração, oagente fiscalizador fará constar a ocorrência no próprio documento.

Art. 56. A advertência, de que trata o artigo 55, inciso I, deste Decreto, será aplicada por meio de notificação,que estabelecerá o prazo de 30 (trinta) dias prorrogável por igual período, para a regularização, da situação.

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Art. 57. A multa, prevista no artigo 55, inciso II, deste Decreto, será aplicada com observância ao disposto noartigo 58 e obedecerá à seguinte graduação:

I – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos seguintes casos:

a) não fixação da Licença de Funcionamento em local visível no interior do estabelecimento ou, em setratando de atividade sem estabelecimento fixo, não disponibilização da Licença à autoridade competente,quando exigida;b) realização de eventos sem Licença Eventual de Funcionamento;c) não apresentação de Laudo Técnico, quando solicitado pela autoridade competente, nos termos do artigo24;d) descumprimento de advertência;

II – R$1.000,00 (mil reais), nos seguintes casos:

a) desenvolvimento de atividade de usos comercial de bens e de serviços, industrial, institucional ourural sem Licença de Funcionamento;

b) não apresentação de Laudo Técnico atestando a segurança da edificação e as condições defuncionamento da atividade, no prazo previsto no artigo 23 deste Decreto;

c) Funcionamento de atividade interditada pelo responsável pela fiscalização;

§ 1º As infrações aos dispositivos da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e deste Regulamento, nãodiscriminadas nos incisos anteriores sujeitam os infratores a multa de R$ 500,00 (quinhentos reais).

§ 2º A multa será aplicada com valor em dobro da originária ou de forma cumulativa se houver má-fé, dolo,reincidência ou infração continuada.

§ 3º Considerar-se-á reincidência, para efeito do disposto na Lei nº 4.457, de 23 de dezembro 2009, e nesteRegulamento, a infração praticada mais de uma vez, no período de 12 (doze) meses, desde que tenha havidotransito em julgado administrativo da primeira infração ou da infração anterior, sendo a multa calculada em dobrosobre a originária.

§ 4º Considerar-se-á infração continuada o prosseguimento de infração já autuada, dentro do período de30 (trinta) dias contados da autuação originária, sendo a multa aplicada de forma cumulativa.

§ 5º Enquadrando-se uma mesma infração em mais de um dos incisos deste artigo, deverá ser utilizado, paraefeito de cálculo da multa, aquele que conduzir ao maior valor.

Art. 58. As multas serão aplicadas tomando-se por base os valores previstos no artigo 57 deste Decreto,multiplicados pelo índice “k”, referentes às seguintes categorias de empreendedores e de empreendimentos:

I – ambulantes, autônomos e microempreendedores individuais: k = 1 (um);

II – microempresas: k = 3 (três);

III – empresas de pequeno porte: k = 5 (cinco);

IV – empresas de médio porte: k = 7 (sete);

V – demais empresas: k = 10 (dez).

§ 1º – Para efeito da aplicação das multas estabelecidas na Lei nº 4.457, de 2009, considerar-se-á:

I– microempresas: empreendimentos com área efetivamente utilizada para desenvolvimento da atividade deaté 100 m2 (cem metros quadrados);

II– empresas de pequeno porte: empreendimentos com área efetivamente utilizada para o desenvolvimento daatividade acima de entre 100 m2 (cem metros quadrados) até 500 m2 (quinhentos metros quadrados);

III– empresas de médio porte: empreendimentos com área efetivamente utilizada para o desenvolvimento daatividade acima de entre 500 m2 (quinhentos metros quadrados) até 1.000 m2 (um mil metros quadrados);

IV– demais empresas: empreendimentos com área efetivamente utilizada para o desenvolvimento da atividadesuperior a 1.000m2 (um mil metros quadrados).

§ 2º – A área, a que se refere o parágrafo anterior, corresponde ao somatório total das áreas utilizadas paradesenvolvimento da atividade, sejam elas privadas ou públicas, licenciadas ou não.

Art. 59. A interdição dar-se-á quando não forem cumpridas as determinações prescritas na advertência, noprazo estabelecido.

§ 1º A reincidência de descumprimento do horário estabelecido na Licença de Funcionamento sujeitará oestabelecimento infrator à interdição por 24 (vinte e quatro) horas, cumulativamente ou não.

§ 2º O período de interdição dobrará, a cada reincidência.

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§ 3º Quando ocorrer a interdição de atividade, o órgão ou entidade responsável pela sua realização acomunicará aos demais órgãos e entidades de fiscalização e controle e à Secretaria de Estado SegurançaPública do Distrito Federal, visando à garantia do exercício do poder de polícia administrativo.

§ 4º O descumprimento da interdição constitui crime de desobediência capitulado no art. 330 do Código PenalBrasileiro.

Art. 60. Caberá interdição sumária nos seguintes casos:

I – estabelecimento sem Licença de Funcionamento, em se tratando de atividade de risco, conforme Anexo VIdeste Decreto;

II – estabelecimento sem condições de funcionamento, nos termos atestados em Relatório de Vistoria dosórgãos e entidades de fiscalização e controle.

Art. 61. A desinterdição do estabelecimento ou da atividade ficará condicionada ao cumprimento das exigênciasformuladas no Auto de Interdição emitido pelo responsável pela fiscalização.

§ 1º Nos casos em que houver necessidade de nova vistoria para aferir o atendimento das exigências, estas,juntamente com o seu atendimento ou não, serão consignados em Relatório de Vistoria expedido peloresponsável pela fiscalização;

§ 2º Quando ocorrer a interdição de estabelecimento por órgão ou entidade de fiscalização e controle, estecomunicará aos demais órgãos e entidades competentes e à Polícia Militar do Distrito Federal, visando àgarantia do exercício do poder de polícia administrativo, nos termos do inciso II, do artigo 120, da Lei Orgânicado Distrito Federal.

Art. 62. A apreensão de mercadorias ou equipamentos provenientes de instalação e/ou funcionamento deestabelecimento ou atividade econômica irregular, de que trata o artigo 55, inciso IV, deste Decreto, seráefetuada pela fiscalização, observadas as competências legais, inclusive as relativas à fiscalização tributária.

§ 1º A fiscalização providenciará a remoção dos bens apreendidos para depósito público ou para local previstoem legislação específica.

§ 2º A apreensão será feita por meio de auto de apreensão contendo o local da apreensão, a identificação doproprietário, possuidor ou detentor, as quantidades e, de forma discriminada, o tipo e o modelo, além de outrosdados necessários à correta identificação das mercadorias ou equipamentos apreendidos.

§ 3º A devolução de mercadorias e equipamentos apreendidos ficará condicionada à comprovação depropriedade e ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizadoscom remoção, transporte e depósito.

§ 4º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito de mercadorias e equipamentosapreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valor calculado com base em preçosdefinidos em regulamento específico expedido pelo órgão ou entidade de fiscalização e controle, responsávelpela apreensão, independentemente da devolução do bem.

§ 5º O órgão competente fará publicar uma vez no Diário Oficial do Distrito Federal, a relação de mercadorias eequipamentos apreendidos, para ciência dos interessados.

§ 6º A solicitação para a devolução de mercadorias e equipamentos apreendidos será feita no prazo máximo de30 (trinta) dias contados da publicação a que se refere o § 5º deste artigo.

§ 7º Os interessados poderão reclamar as mercadorias e os equipamentos apreendidos antes da publicação deque trata o § 5º deste artigo.

§ 8º As mercadorias e os equipamentos apreendidos e removidos para depósito, não reclamados no prazoestabelecido no § 6º, serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo, a ser publicado no DiárioOficial Distrito Federal.

§ 9º As mercadorias e os equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos da Lei nº 4.457, de 2009, edeste Decreto serão incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do PoderExecutivo.

Art. 63. O responsável pela fiscalização poderá, a seu critério, mediante a lavratura de termo próprio, nomear fieldepositário para a guarda das mercadorias apreendidas, o qual ficará sujeito ao disposto no artigo 647,combinado com o artigo 652 do Código Civil Brasileiro.

§ 1º O depósito se dará de forma a não onerar os cofres públicos.

§ 2º Em caso de apreensão de botijões de gás GLP cheios, estes ficarão depositados nas empresasdistribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo devidamente licenciadas, à disposição do órgão que realizou aapreensão.

Art. 64. O proprietário não será indenizado por eventual perecimento natural, perda de valor ou danificaçãodurante o desmonte, a remoção ou a guarda das mercadorias e dos equipamentos apreendidos.

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Art. 65. A revogação da Licença de Funcionamento, de que trata o artigo 55, inciso V, deste Decreto, peloAdministrador Regional, se dará nos seguintes casos:

I – quando constatado, em vistoria oficial que o estabelecimento ostenta insanável falta de condição defuncionamento, em vista do disposto na Lei nº 4.457, de 2009, neste Regulamento e em normas específicas;

II – quando ocorrer o cancelamento da inscrição do estabelecimento no CFDF;

III – quando constatada a falsidade de qualquer dos documentos exigidos para a concessão da Licença;

IV – previstos nos artigos 11, § 4º; 22, § 2º; 30, § 1º; 33, § 8º; 36, § 2º; 37, § 2º; 39, § 2º; 41, § 2º, deste Decreto.

§ 1º A revogação da Licença de Funcionamento, de que trata o inciso I deste artigo, implicará o cancelamentoda inscrição da atividade CFDF.

§ 2º O ato de revogação, de que trata o caput deste artigo, será publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.

Art. 66. A fiscalização do cumprimento das disposições da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e desteRegulamento será exercida pelos órgãos ou entidades de fiscalização e controle, com apoio dos órgãos deSegurança Pública.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 67. Até que o sistema informatizado para emissão da Licença de Funcionamento esteja em operação, osprocedimentos constantes da Lei nº 4.457, 23 de dezembro de 2009, e deste Decreto serão realizados de formapresencial.

Art. 68. A Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal disponibilizará aos órgãos delicenciamento e fiscalização o acesso às informações cadastrais dos contribuintes inscritos no CFDF e ao bancode dados referente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU.

Art. 69. Os alvarás com prazo indeterminado, emitidos com base em leis anteriores, deverão ser substituídos,sem estabelecimento de novas exigências e mediante solicitação do proprietário ou do responsável pelaatividade, pela Licença de Funcionamento de que trata a Lei nº 4.457, 23 de dezembro de 2009, até 31 dedezembro de 2012, data em que perderão sua eficácia.

Art. 70. Os atos de fiscalização, iniciados na vigência da Lei nº 4.201, de 02 de setembro de 2008,permanecerão válidos e eficazes.

Art. 71. Para cumprimento do disposto no artigo 30, inciso II, da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009 e noartigo 65, inciso II, deste Regulamento, a Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento do Distrito Federalencaminhará, mensalmente, às Administrações Regionais, a relação dos empreendimentos cuja inscrição tenhasido cancelada.

Art. 72. Os órgãos e entidades de fiscalização e controle, no âmbito de suas respectivas competências,expedirão as instruções necessárias ao cumprimento do estabelecido neste Decreto, relativamente às suasrespectivas áreas de atuação.

§ 1º Os requisitos de segurança sanitária, controle ambiental, controle educacional e segurança pública deverãoser simplificados, racionalizados e uniformizados, levando-se em consideração a concentração de pessoas, otamanho da área e outros critérios técnicos relacionados com as atividades, pelos órgãos e entidades de quetrata o presente artigo

§ 2º As instruções de que trata o caput deste artigo, juntamente com os Termos de Referência contendo osrequisitos de que trata o § 1º deste artigo, deverão ser publicados no Diário Oficial do Distrito Federal, no prazomáximo de 30 (trinta) dias.

Art. 73. A realização de vistoria técnica ou apresentação de Laudo Técnico não desobriga o interessado deapresentar, ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, os projetos específicos de que trata o art. 16 doRegulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal, aprovado pelo Decreto nº 21.361, de20 de julho de 2.000.

Art. 74. Os Laudos Técnicos, de que tratam a Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e este Decreto, deverãoser expedidos por empresa ou profissional habilitado e registrado em órgão de classe.

Art. 75. Na aplicação das disposições previstas neste Decreto, relativas às atividades religiosas ou deassistência social, deverão ser observadas as condições estabelecidas na Lei Complementar nº 806, de 12 dejunho de 2009.

Art. 76. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 77. Revogam-se o Decreto nº 29.566, de 29 de setembro de 2008, o Decreto nº 30.632, de 29 de julho de2009, e as demais disposições em contrário.

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Brasília, 29 de março de 2010.122º da República e 50º de BrasíliaWILSON FERREIRA DE LIMA

Governador em exercício

(*) Republicado por haver saído com incorreção do original, publicado no DODF nº 61, de 30 de março de 2010,páginas 34 a 38.

ANEXO I Modelo de Licença de Funcionamento

ANEXO II Modelo de Consulta Prévia

ANEXO III Requerimento de Licença de Funcionamento

ANEXO IV Declaração de cessão de parte de imóvel

ANEXO V Carteira de Identificação de Ambulante

ANEXO IV atividades consideradas de risco para efeito de aplicação deste decreto com definição dosórgãos que realizarão vistoria prévia

ANEXO VII Modelo de Termo de Referência

ANEXO VIII Declaração de Responsabilidade e de Ponto Desocupado

ANEXO IX Termo de Declaração de Responsabilidade

ANEXO X Laudo Técnico para Atividade de Risco

ANEXO XI Autorização de Acesso para a Fiscalização

ANEXO XII Critérios para consulta à vizinhança

(ver estes anexos no DODF.

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AANNEEXXOO VVIIDDeeccrreettoo 3311..448822,, ddee 2299 DDEE MMAARRÇÇOO DDEE 22001100

AATTIIVVIIDDAADDEESS CCOONNSSIIDDEERRAADD AASS DD EE RRIISSCCOO PPAARRAA EEFFEEIITTOO DDEE AAPP LLIICCAAÇÇÃÃOO DDEESSTTEEDDEECCRREETTOO CCOOMM DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDOOSS ÓÓ RRGGÃÃOOSS QQUUEE RREEAALLIIZZAARRÃÃOO VVIISSTTOORRIIAA PPRRÉÉVVIIAA

DECRETO Nº 31.825, DE 22 DE JUNHO DE 2010.(*)

Altera o Decreto nº 31.482, de 29 de março de 2010, que regulamenta a Lei nº 4.457, de 23 de dezembrode 2009.O GOVERNADOR DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, inciso VII,da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:Art. 1º Acrescente-se ao anexo XII, do Decreto nº 31.482, de 29 de março de 2010, o seguinte texto:“CRITÉRIOS DE ANUÊNCIA NAS DEMAIS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO FEDERAL:*** Deverá ser apresentada anuência dos moradores no raio de 200 metros, medidos a partir do centrodo limite posterior do lote.”Art. 2° Fica substituído o Anexo VI, do Decreto nº 31.482, de 29 de março de 2010.Art. 3° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 22 de junho de 2010.122º da República e 51º de BrasíliaROGÉRIO SCHUMANN ROSSO

(*) o Decreto 31.482/10 foi alterado pelo Dec. 31.783/10 (DODF de 11/06/10 Pág. 2) e agora pelo Dec.31.825/10 (DODF de 22/06/10).

1. Estabelecimentos industriais de produtos inflamáveis, corrosivos ou perigosos; DEC E CBM2. Postos de combustíveis; DEC, CBM E IBRAM3. Postos de venda de gás liquefeito de petróleo – GLP; DEC e CBM4. Postos de venda e depósitos de fogos de artifício e estabelecimento de produtos explosivos; DEC, PC

E CBM5. Estabelecimentos com música ao vivo, mecânica ou eletrônica, Boates, Casa de Festas e

similares; CBM, PC E IBRAM6. Cinemas, teatros, auditórios e templos, com área construída superior a 200m2; CBM6. Cinemas, teatros e auditórios, com área construída superior a 200m2; CBM (alterado pelo Decreto

Nº. 31.783/10 – DODF de 11/06/2010, retirando os Templos)7. Feira de exposições itinerantes, casas de jogos e depósitos, com área construída superior a 750 m²;

CBM8. Hospitais e clínicas, com área construída superior a 1200 m²; SS9. Bares, lanchonetes, restaurantes e padarias, com área construída superior a 750 m² ou que utilizem

mais de 3 (três) botijões de 13kg de GLP; CBM10. Atividades circenses e parques de diversões; DEC e CBM11. Explosões, implosões e demolições; DEC e PC12. Hotéis e Motéis; CBM13. Serviços Funerários; COMISSÃO EXECUTIVA DE ASSUNTOS FUNERÁRIOS/SEJUS14. Matadouros e abatedouros de animais; SEAPA E IBRAM15. Comercialização de defensivos agrícolas e pecuários; SEAPA16. Indústrias Poluentes; IBRAM17. Usina de Asfalto; IBRAM18. Curtume; IBRAM19. Parque Aquático em Geral; SS

20. Bares localizados dentro do perímetro escolar; PC21. Venda de bebidas alcoólicas, dentro do perímetro escolar; PC22. Estabelecimento onde se pratica jogos eletrônicos, sinuca, bilhar ou similares, dentro doperímetro escolar; PC

23.Eventos artísticos, lúdicos, religiosos e desportivos realizados em feiras, quermesses, clubes, teatros,ginásios de esportes ou ao ar livre, em estádios ou outras praças nas quais venham a ser realizadoseventos congêneres, com ou sem utilização de fogos de artifício ou artefato explosivo, com utilização depalcos acima de 1,50m, arquibancadas, palanques, tendas e sistemas de som e elétrico, incluindoiluminação do local e geradores, em área pública ou privada; DEC, CBM E PC

24.Festas em área pública ou privada com venda ou cobrança de ingressos; CBM E PC

LEGENDA:DEC: Defesa CivilCBM: Corpo de Bombeiros MilitarSS: Secretaria de Estado de SaúdePC: Polícia CivilSE: Secretaria de Estado de EducaçãoIBRAM: Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – Brasília AmbientalSEAPA: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e AbastecimentoCOMISSÃO EXECUTIVA DE ASSUNTOS FUNERÁRIOS/ SEJUS”

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LEI Nº 4.880, 12/07/2012, ANISTIA DE DÉBITOS - MULTAS

LEI Nº 4880/2012LICENÇA DE FUNCIONAMENTO

DODF DE 12.07.2012

Dispõe sobre a anistia de débitos relativos amultas aplicadas pelo Poder Público e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º São anistiados, na forma desta Lei, os débitos relativos às multas por não possuir aLicença de Funcionamento exigida pela Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, aplicadaspelo Poder Público a ocupante de imóvel utilizado:

I – para o exercício de atividades econômicas;II – por instituições religiosas;III – por entidades de assistência social.

§ 1º A anistia abrange os débitos inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou por ajuizar.

§ 2º Para a concessão da anistia, deve ficar comprovado que o particular:I – requereu a Licença de Funcionamento junto a órgãos ou entidades competentes;II – cumpriu eventuais diligências determinadas pela Administração Pública.

§ 3º A anistia não é concedida nas hipóteses em que a Licença de Funcionamento tenha sidoindeferida por órgão ou entidade competente.

§ 4º A anistia fica condicionada a que a multa esteja motivada, exclusivamente, em:I – questões urbanísticas;II – questões de natureza ambiental;III – zoneamento;IV – questões fundiárias;V – providências administrativas referentes à vistoria e à emissão de laudos técnicos imprescin-díveis à expedição da Licença de Funcionamento.

Art. 2º A anistia depende de requerimento dirigido à Agência de Fiscalização do Distrito Federal– AGEFIS, em formulário próprio, disponível no sítio dessa Agência.§ 1º O requerimento deve ser protocolado na Administração Regional onde se localiza aatividade econômica objeto da infração, para instrução.§ 2º A Administração Regional, após instrução, deve encaminhar o Requerimento à AGEFISpara deliberação.

Art. 3º O art. 22 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, que dispõe sobre o licenciamentopara funcionamento de atividades econômicas e atividades sem fins lucrativos no âmbito doDistrito Federal, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 22. A advertência prevista no art. 21, I, será aplicada por meio de notificação,estabelecendo prazo de até noventa dias, prorrogável por igual período, pararegularização, ressalvados os casos de interdição sumária, conformeregulamentação.

Art. 4º O benefício de que trata esta Lei não dá direito a restituição ou compensação de valoresjá recolhidos.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 11 de julho de 2012124º da República e 53º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

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DECRETO Nº 33.868, 22/08/2012 - CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA

DECRETO Nº33.868/2012

POLUIÇÃO SONORADODF de 23/08/2012 p 03.

Regulamenta a Lei nº 4.092, de 30 dejaneiro de 2008, que dispõe sobre ocontrole da poluição sonora e os limitesmáximos de intensidade da emissão desons e ruídos resultantes de atividadesurbanas e rurais do Distrito Federal.

O VICE-GOVERNADOR NO EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,no uso das atribuições que lhe confere o artigo 92, incisos VII e XXVI, do artigo 100, da LeiOrgânica do Distrito Federal, DECRETA:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As normas gerais sobre o controle da poluição sonora e os limites máximos permitidos deintensidade da emissão de sons e ruídos resultantes de atividades urbanas e rurais no DistritoFederal serão regulados pela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Decreto.

Art. 2º É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela emissão de sonse ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapassem os níveis máximos de intensidadefixados na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento.

CAPÍTULO IIDAS DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS

Art. 3º Para os efeitos da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Decreto, serãoadotadas as seguintes definições:

I – poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nocivaà saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida o disposto na Lei nº 4.092,de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento;

II – atividades potencialmente poluidoras: atividades suscetíveis de produzir ruído nocivo ouincomodativo para os que habitam, trabalham ou permaneçam nas imediações do local de ondedecorrem;

III – atividades ruidosas temporárias: atividades ruidosas que assumem caráter não permanente,tais como obras de construção civil, competições desportivas, espetáculos, festas ou outroseventos de diversão, feiras, mercados, etc.;

IV – ruído de vizinhança: todo ruído não enquadrável em atos ou atividades sujeitas a regimeespecífico no âmbito do presente dispositivo legal, associado ao uso habitacional e às atividadesque lhe são inerentes, produzido em lugar público ou privado, diretamente por alguém ou porintermédio de outrem, ou de dispositivo à sua guarda, ou de animal colocado sob suaresponsabilidade, que, pela duração, repetição ou intensidade, seja suscetível de atentar contraa tranquilidade da vizinhança ou a saúde pública;

V – meio ambiente: é o conjunto formado pelo meio físico e os elementos naturais, sociais eeconômicos nele contidos;

VI – som: fenômeno físico provocado pela propagação de vibrações mecânicas em um meioelástico, dentro da faixa de frequência de 16Hz (dezesseis hertz) a 20kHz (vinte quilohertz), epassível de excitar o aparelho auditivo humano;

VII – ruído: qualquer som ou vibração que cause ou possa causar perturbações ao sossegopúblico ou produza efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos e animais;

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VIII – distúrbio por ruído ou distúrbio sonoro é qualquer som que:

a) ponha em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;b) cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada;c) possa ser considerado incômodo ou ultrapasse os níveis máximos fixados na Lei nº 4.092, de

30 de janeiro de 2008, e neste Decreto;

IX – ruído impulsivo: ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica com duraçãomenor do que 1s (um segundo) e que se repetem em intervalos maiores do que 1s (umsegundo);

X – ruído com componentes tonais: ruído que contém tons puros, como o som de apitos ouzumbidos;

XI – ruído de fundo: todo e qualquer som que seja emitido durante um período de mediçõessonoras e que não seja objeto das medições;

XII – nível de pressão sonora equivalente – LAeq: nível obtido a partir do valor médio quadráticoda pressão sonora (com ponderação A) referente a todo o intervalo de medição, que pode sercalculado conforme anexo A da Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT NBR 10.151.

XIII – limite real da propriedade: aquele representado por um plano imaginário que separa oimóvel de uma pessoa física ou jurídica do de outra ou de áreas, vias ou equipamentos públicos;

XIV – horário diurno: o período do dia compreendido entre as sete horas e as vinte e duas horas;

XV – horário noturno: o período compreendido entre as vinte e duas horas e às sete horas do diaseguinte ou, nos domingos e feriados, entre as vinte e duas horas e às oito horas;

XVI – fonte móvel de emissão sonora: qualquer veículo, comercial ou não, em que se instaleequipamento de som ou de amplificação sonora.

CAPÍTULO IIIDOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA E SUAS MEDIÇÕES

Art. 4º O nível máximo de pressão sonora permitido em ambientes internos e externos e osmétodos utilizados para sua medição e avaliação serão os estabelecidos pela ABNT NBR 10.151 epela ABNT NBR 10.152, conforme especificado nas Tabelas I e II, em anexo.

§1º Os níveis de pressão sonora serão medidos de acordo com a ABNT NBR 10.151.

§2º Quando a fonte emissora estiver em uma zona de uso e ocupação diversa daquela de ondeproceder à reclamação de incômodo por suposta poluição sonora, serão considerados os limitesde emissão estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento paraa zona de onde proceder a reclamação.

§3º Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, ambulatórios, casas de saúde ou similares deverãocomprovar o devido tratamento acústico, visando o isolamento do ruído externo, para adequaçãodo conforto, conforme os níveis estabelecidos pela ABNT NBR 10.152, ressalvado o disposto noart. 40, deste Decreto.

§4º Quando o nível de pressão sonora proveniente do tráfego ultrapassar os padrões fixadospela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Regulamento, caberá ao Departamentode Trânsito do Distrito Federal – DETRAN/DF, Departamento de Estrada de Rodagem do DistritoFederal – DER/DF, Departamento Nacional de Estrada de Rodagem – DNER e ao órgãoresponsável pela via buscar, com a cooperação dos demais órgãos competentes, os meios paracontrolar o ruído e mitigar o distúrbio.

§5º Independentemente do ruído de fundo, o nível de pressão sonora proveniente da fonteemissora não poderá exceder os níveis fixados na Tabela I em anexo.

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Art. 5º É vedado o uso de fonte móvel de emissão sonora em áreas restritas oupredominantemente residenciais ou de hospitais, bibliotecas e escolas, bem como o uso debuzinas, sinais de alarme e outros equipamentos similares.

§1º Os órgãos competentes do Distrito Federal implantarão sinalização de silêncio nasproximidades de hospitais, prontos-socorros, sanatórios, clínicas, escolas, bibliotecas e em outroslocais assemelhados que se façam necessários.

§2º Nas demais áreas, o uso de fonte móvel sonora será permitido, desde que se submetam aoslimites de emissão sonora especificados na Tabela I em anexo, observado o disposto no art. 11.

Art. 6º Não se incluirá nas proibições impostas pelos artigos 4º e 5º a emissão de sons e ruídosproduzidos:

I – por sirenes ou aparelhos de sinalização sonora utilizada por ambulâncias, carros debombeiros ou viaturas policiais;

II – por explosivos utilizados em pedreiras e em demolições, desde que detonados no períododiurno e com a devida licença do órgão ambiental competente, seguindo o que diz a NormaReguladora de Mineração – NRM 08/DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral;

III – por alarmes automotivos ou residenciais quando os mesmos forem acionados em razão detentativa de furto.

Art. 7º Os níveis de pressão sonora provocados por máquinas e aparelhos utilizados nos serviçosde construção civil não poderão exceder os limites máximos estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30de janeiro de 2008, e neste Regulamento.

§1º As atividades relacionadas com construção civil, reformas, consertos e operações de carga edescarga não passíveis de confinamento ou que, apesar de confinadas, ultrapassem o nível depressão sonora máximo para elas admitido somente poderão ser realizadas no horário de sete adezoito horas, se contínuas, e de sete a dezenove horas, se descontínuas, de segunda a sábado.

§2º Os serviços de construção civil, mesmo quando de responsabilidade de entidades públicas,dependerão de licença e/ou alvará de construção emitidos pela Administração Regional, em queconstará os limites de ruídos legalmente permitidos para a área, além da discriminação dehorários e tipos de serviços passíveis de serem executados, quando realizados:

I – aos domingos e feriados, em qualquer horário;II – em dias úteis, no horário noturno.

§3º As restrições referidas neste artigo não se aplicarão às obras e aos serviços urgentes einadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, de acidentes graves ou de perigoiminente à segurança e ao bem-estar públicos, bem como ao restabelecimento de serviçospúblicos essenciais de energia elétrica, telefone, água, esgoto e sistema viário.

Art. 8º Os níveis de pressão sonora provocados pelo funcionamento de veículos automotores eaeronaves e os produzidos no interior de ambientes de trabalho, obedecerão às normasexpedidas pelos órgãos federais competentes.

Parágrafo único. Quando o nível de pressão sonora proveniente do tráfego aéreo ultrapassar ospadrões fixados pela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Regulamento, caberá àAgência Nacional de Aviação Civil - ANAC, à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária –INFRAERO, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA e aos demais órgãoscompetentes buscar, com a cooperação dos órgãos ambientais e de planejamento urbano, osmeios mais eficazes de controle de ruídos e eliminação de distúrbios.

Art. 9º O medidor de nível de pressão sonora e o calibrador deverão ser certificadosregularmente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –INMETRO ou por laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Calibração – RBC, conforme aABNT NBR 10.151., devendo realizar a integração direta dos dados.

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CAPÍTULO IVDAS AUTORIZAÇÕES

Art. 10. Dependerão de prévia autorização da Administração Regional correspondente:

I – a obtenção de Licença de Funcionamento da atividade, conforme Lei nº 4.457, de 23 dedezembro de 2009, para as atividades potencialmente poluidoras;

II – a utilização dos logradouros públicos para:

a) o funcionamento de equipamentos de emissão sonora, fixos ou móveis, para quaisquerfins, inclusive propaganda ou publicidade;

b) a queima de fogos de artifício prolongada ou em larga escala;

c) outros fins que possam produzir poluição sonora.

§1º No período noturno, só poderá ser emitida Licença de Funcionamento para atividades até asvinte e três horas, de domingo a quinta, e uma hora da manhã do dia seguinte às sextas esábados, com exceção das festas tradicionais e aquelas que constem do calendário cultural dacidade.

§2º Na Licença de Funcionamento emitida para as atividades potencialmente poluidoras deveráconstar, em destaque, os limites de ruídos legalmente permitidos para a área e os respectivoshorários.

§3º Quando a realização do evento ou atividade for de responsabilidade de qualquerAdministração Regional, deverão ser observadas todas as condicionantes dos parágrafosanteriores.

Art. 11. O interessado, após a obtenção da Licença de Funcionamento para cada veículocomercial de som automotor, na qual deverá constar os limites sonoros a serem observados,deverá providenciar o cadastramento do mesmo junto ao DETRAN/DF, mediante vistoria.

§1º O cadastramento junto ao DETRAN terá validade de 01 (um) ano, observado o prazomáximo do término da validade da Licença de Funcionamento quando for o caso.

§2° A vistoria do veículo de som, o qual deverá estar em perfeitas condições de higiene, limpezae funcionamento, será baseada nas determinações do Código de Trânsito Brasileiro - CTB e nasResoluções do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.

§3° A altura máxima permitida do equipamento a ser instalado no teto do veículo de som nãopoderá exceder cinquenta (50) centímetros e suas dimensões não ultrapassarão o comprimentoe a largura da parte superior da carroceria.

§4° Deverá ser afixado no para-brisa do veículo comercial de som automotor, o documento decadastramento emitido pelo DETRAN/DF, no qual constará o número da Licença deFuncionamento da atividade, sua validade, os locais, dias e horários permitidos, placa do veículo,marca, modelo, categoria e nome do proprietário do veículo e do titular do empreendimento,além dos limites de emissão sonora permitidos.

§5° Os estabelecimentos comerciais, industriais e institucionais que possuam veículos de somautomotores, para transmitirem propaganda ligada à sua atividade, também deverão obter arespectiva Licença de Funcionamento e cadastrar os veículos de som junto ao DETRAN/DF.

§6° Somente poderão transmitir som, os veículos comerciais de som automotores adaptadospara este fim, com o respectivo cadastramento.

§7° Para preservar o estado de conservação e garantir as condições de segurança dos veículoscomerciais de som, só obterão autorização para circular após submetidos a inspeção técnica atécompletarem dez anos.

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§8º A referida inspeção será realizada anualmente ou a qualquer momento, no interesse doDETRAN/DF, a ser realizada por instituição licenciada pelo DENATRAN – Departamento Nacionalde Trânsito e credenciada pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial.

§9° Qualquer outra fonte móvel automotora que não possua caráter comercial e produzaemissões sonoras, deverá observar os limites e demais restrições previstas em lei e nesteDecreto.

Art. 12. Caberá a Administração Regional da circunscrição onde se der o exercício de atividadecom a utilização de fonte móvel de emissão sonora por intermédio de veículos de somautomotores, a expedição de Licença de Funcionamento da atividade com os limites deemissãosonora permitidos, com identificação das avenidas, ruas, quadras e logradouros públicosnos quais os veículos comerciais de som automotores estarão autorizados a transitar.

§1º Os veículos comerciais de som automotores somente poderão transmitir propaganda sonorade segunda a sexta-feira no horário das dez horas às dezessete horas.

§2º Fica vedada a transmissão de propaganda sonora aos sábados, domingos e feriados e, emqualquer dia, no período compreendido entre às dezessete horas e às dez horas do dia seguinte.

§3º A Administração Regional, observado o disposto no art. 6° deste Decreto, avaliará aconveniência e oportunidade de conceder a licença de que trata este artigo, com base, entreoutros, nos seguintes critérios:I – interesses, hábitos culturais e costumes da comunidade local;II – espaço adequado e disponível;III – cronologia dos pedidos;IV – nível de incomodidade.

§4° Durante o período de propaganda eleitoral deverão ser observadas as determinações daJustiça Eleitoral em relação aos veículos de som automotores.

§5° Fica vedada a utilização de fontes móveis não automotoras de caráter comercial.

Art. 13. Quando houver desvirtuamento de finalidade ou, na prestação dos serviços, ocorrerinfringência a quaisquer dos dispositivos deste Decreto e da Lei n° 4.092/2008, bem como dodisposto no art. 228, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB e da Resolução 204/2006 doConselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, aplicar-se-ão as penalidades previstas em lei,inclusive o cancelamento da Licença de Funcionamento por parte da Administração Regional.

Parágrafo único. Após o cancelamento da Licença de Funcionamento da atividade, aAdministração Regional comunicará o DETRAN/DF para o devido cancelamento doscadastramentos dos veículos comerciais de som automotores.

Art. 14. Os ambientes internos de quaisquer estabelecimentos, no caso de atividades sonoraspotencialmente poluidoras, devem receber tratamento acústico nas instalações físicas locais paraque possam atender aos limites de pressão sonora estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 dejaneiro de 2008, e neste Regulamento.

§1º A concessão da Licença de Funcionamento ou outra que vier a substituí-la ficarácondicionada à apresentação pelo requerente de laudo técnico feito por profissional habilitadopelo respectivo Conselho Profissional, mediante Termo de Referência expedido pelo órgãoambiental, comprovando o tratamento acústico compatível com os níveis de pressão sonorapermitidos nas áreas em que os estabelecimentos estiverem situados.

§2º As Licenças de Funcionamento deverão trazer, em destaque, a permissão para uso demúsica ao vivo e/ou mecânica, conforme comprovado pelo laudo técnico previamenteapresentado e aprovado pelo setor competente da Administração Regional.§3º As licenças de funcionamento porventura emitidas em desacordo com a Lei nº 4.092/2008deverão ser revistas em um prazo de 12 (doze) meses da data do início da vigência desteDecreto.

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§4º O Laudo Técnico citado no parágrafo primeiro deverá atender ao disposto nas NormasTécnicas 10.151 de 30 de junho de 2000 da ABNT NBR.

§5º É vedada a utilização de alto-falantes que direcionem o som exclusivamente para o ambienteexterno.

Art. 15. Em caso de comprovada poluição sonora, os técnicos dos órgãos de fiscalização econtrole, no exercício da ação fiscalizadora, terão livre acesso às dependências onde estivereminstaladas as fontes emissoras.

Parágrafo único. Nos casos em que os responsáveis pela fonte emissora impedirem a açãofiscalizadora, os técnicos ou fiscais dos órgãos de fiscalização e controle deverão solicitar auxílioa autoridades policiais para o cumprimento do disposto no caput.

CAPÍTULO VDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 16. A pessoa física ou jurídica que infringir qualquer dispositivo da Lei nº 4.092, de 30 dejaneiro de 2008, deste Regulamento e as demais normas dela decorrentes fica sujeita àsseguintes penalidades, independentemente da obrigação de cessar a infração e de outrassanções cíveis e penais:

I – advertência;II – multa;III – embargo de obra;IV – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidora;V – apreensão dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza

utilizados na infração;VI – suspensão parcial ou total de atividades poluidoras;VII – intervenção em estabelecimento;VIII – revogação de Licença de Funcionamento do estabelecimento ou outra que vier a substituí-

la;IX – restritivas de direitos.

§1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações ser-lhe-ão aplicadas,cumulativamente, as sanções a ele cominadas.

§2º No caso de comprovada poluição sonora proveniente do uso de áreas públicas porestabelecimentos comerciais caberá ação da AGEFIS, com a aplicação das sanções indicadasnos incisos IV e VII deste artigo.

§3º Caberá à AGEFIS, através da Fiscalização de Atividades Econômicas, verificar ocumprimento das condicionantes de horário e dia constantes na Licença deFuncionamento, além das previstas nos artigos 12 e 14.

Art. 17. A advertência será aplicada por escrito, mediante autuação/notificação, com fixação doprazo de até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por igual período, para que sejaregularizada a situação, inclusive a realização de tratamento acústico, quando for o caso, sobpena de punição mais grave.

Art. 18. A multa será aplicada sempre que o infrator, por negligência ou dolo:

I – após ter sido autuado, praticar novamente a infração ou deixar de cumprir as exigênciastécnicas no prazo estabelecido pelo órgão fiscalizador;

II – opuser embaraço à ação fiscalizadora.

Art. 19. A autuação da obra pela AGEFIS através da Fiscalização de Obras dar-se-á quando amesma estiver sendo executada com a emissão de ruídos em níveis acima do permitido na Lei nº4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento, ou sendo realizada fora do horárioprevisto no Alvará de Construção ou na licença de que trata o artigo 7º deste Decreto.

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Art. 20. A interdição ou suspensão parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidoradar-se-á quando não forem cumpridas as determinações prescritas na autuação anterior,independentemente da aplicação cumulativa de multa.

Art. 21. Quando ocorrer à interdição ou suspensão parcial ou total de estabelecimento ouatividade poluidora, ou a revogação da Licença de Funcionamento, a entidade autuantecomunicará aos demais órgãos de fiscalização e controle e à Secretaria de Estado de OrdemPública e Social – SEOPS e Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal,objetivando garantir o exercício do poder de polícia administrativa.

§1º Quando se tratar de autuação de fontes móveis de ruído, o DETRAN-DF ficará encarregadode impedir a circulação dos veículos automotores autuados, comerciais ou não, após comunicadopelo órgão autuante.

§2º A Administração Regional deverá comunicar ao DETRAN-DF sobre as Licenças deFuncionamento de veículos comerciais de som automotores cassadas.

§3º O descumprimento da interdição ou suspensão total ou parcial da atividade poluidoraconstitui crime de desobediência capitulado no art. 330 do Código Penal Brasileiro.

Art. 22. A intervenção, mediante interdição ou suspensão sumária, ocorrerá sempre que oestabelecimento ou atividade poluidora estiver funcionando sem a devida autorização ou emdesacordo com a mesma, observando-se os parágrafos 2º e 3º do artigo 16.

Art. 23. A desinterdição do estabelecimento ou da atividade poluidora ficará condicionada aocumprimento das exigências estabelecidas no Auto de Infração emitido pelo Auditor Fiscalresponsável.

Parágrafo único. Nos casos em que houver necessidade de nova vistoria para auferir acomprovação das exigências, estas, juntamente com o atendimento ou não, serão consignadasem Relatório de Vistoria expedido pelo Auditor Fiscal responsável.

Art. 24. A apreensão dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos de qualquernatureza utilizados na infração referida no inciso V do artigo 17 deste Decreto, obedecerão àscompetências legais, inclusive as relativas à fiscalização tributária.

§1º A fiscalização providenciará a remoção dos bens apreendidos para depósito público, quaissejam:

I - quando se tratar de veículos de qualquer natureza, deverão ser recolhidos ao depósito doDepartamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN-DF, que lavrará o respectivo Auto deInfração ou notificação.

II - quando se tratar de instrumentos, apetrechos, equipamentos deverão ser recolhidos para odepósito da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS, IBRAM, Órgãos de SegurançaPública e Administrações Regionais do Distrito Federal.

§2º A penalidade de apreensão será feita por meio de Auto de Infração/Apreensão devendoconter obrigatoriamente o local da apreensão, a identificação do proprietário, possuidor oudetentor, as quantidades e, de forma discriminada, o tipo e o modelo, além de outros dadosnecessários à correta identificação dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículosapreendidos.

§3º A devolução dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos ficarácondicionada:

I – Ao cumprimento das exigências formuladas no Auto ou à assinatura de Termo deCompromisso se comprometendo a regularizar a situação, quando for o caso;

II - À comprovação da propriedade dos bens apreendidos;III - Ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente

realizados com remoção, transporte e depósito.

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§4º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito dos instrumentos,apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediantepagamento de valor calculado com base em preços definidos em regulamento específicoexpedido pelo órgão ou entidade de fiscalização e controle, responsável pela apreensão,independentemente da devolução do bem.

§5º O órgão competente fará publicar, no prazo máximo de 10(dez) dias, no Diário Oficial doDistrito Federal, a relação dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos,para ciência dos interessados.

§6º A solicitação para a devolução dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículosapreendidos será feita no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados a partir do 1º dia útilsubsequente à data da lavratura do Auto de Apreensão.

§7º Os interessados poderão reclamar dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículosapreendidos antes da publicação de que trata o §5º deste artigo.

§8º Os instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos e removidos paradepósito, não reclamados no prazo estabelecido no §6º, serão declarados abandonados por atodo Poder Executivo, a ser publicado no Diário Oficial Distrito Federal.

§9º Os instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos e não devolvidos nostermos da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Decreto Regulamentador serãoincorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do PoderExecutivo.

Art. 25. O responsável pela fiscalização poderá, a seu critério, mediante a lavratura de termopróprio, nomear fiel depositário para a guarda das mercadorias apreendidas, o qual ficará sujeitoao disposto no artigo 647, combinado com o artigo 652 do Código Civil Brasileiro.

Parágrafo único. O depósito se dará de forma a não onerar os cofres públicos.

Art. 26. O proprietário não será indenizado por eventual perda de valor ou danificação durante odesmonte, a remoção ou a guarda dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículosapreendidos.

Art. 27. A revogação da Licença de Funcionamento, pelo Administrador Regional, se dará nosseguintes casos:

I – quando o interessado não cumprir, dentro do prazo fixado, as exigências formuladas pelosórgãos fiscalizadores e de controle;

II - Ocorrendo reclamação fundamentada sobre transtorno acústico causado à vizinhança poratividade instalada em área residencial devidamente confirmado pelos órgãos competentes, nostermos da lei, e havendo impossibilidade ou recusa em resolvê-lo no prazo estipulado pelo órgão;

III – quando ocorrer o cancelamento da inscrição do estabelecimento no Cadastro Fiscal doDistrito Federal – CFDF;

IV - Nos demais casos previstos no art. 65 do Decreto nº 31.482, de 29 de março de 2010.

§1º A revogação da Licença de Funcionamento, implicará o cancelamento da inscrição daatividade no CFDF.

§2º O ato de revogação, de que trata o caput deste artigo, será publicado, no prazo máximo de10 (dez) dias, no Diário Oficial do Distrito Federal.

§3º A Administração Regional comunicará aos demais órgãos de fiscalização envolvidos, no prazomáximo de 03 (três) dias, as revogações realizadas.

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Art. 28. Esgotadas todas as medidas punitivas previstas nos artigos anteriores, não tendo ointeressado regularizado os problemas acústicos apontados, poderão ser aplicadas, ainda, asseguintes sanções restritivas de direito:

I – suspensão de registro, licença ou autorização;II – revogação de registro, licença ou autorização;III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos

oficiais de crédito;V – proibição de contratar com a Administração Pública pelo período de até três anos.

Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo poderão ser aplicadas individualmenteou acumulativamente, de acordo com a gravidade da situação, sem prejuízo das demais sançõescíveis e penais aplicáveis.

Art. 29. Os valores arrecadados em razão da aplicação de multas por infrações ao disposto na Leinº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, serão revertidos ao Instituto do Meio Ambiente e dosRecursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental, por meio da Lei nº 3.984, de 28 demaio do mesmo ano.

Art. 30. Para efeito das aplicações das penalidades, as infrações aos dispositivos da Lei nº 4.092,de 30 de janeiro de 2008, e deste Regulamento classificam-se em:

I – leves: aquelas em que o infrator for beneficiado por circunstâncias atenuantes;II – graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;III – muito graves: aquelas em que forem verificadas duas circunstâncias agravantes;IV – gravíssimas: aquelas em que for verificada a existência de três ou mais circunstâncias

agravantes ou em casos de reincidência.

Art. 31. A pena de multa consiste no pagamento dos valores correspondentes seguintes:

I – nas infrações leves, de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais);II – nas infrações graves, de R$ 2.001,00 (dois mil e um reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);III – nas infrações muito graves, de R$ 5.001,00 (cinco mil e um reais) a R$ 10.000,00 (dez mil

reais);IV – nas infrações gravíssimas, de R$ 10.001,00 (dez mil e um reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil

reais).

Parágrafo único. A multa poderá ser reduzida em até noventa por cento do seu valor se oinfrator se comprometer, mediante acordo escrito, a tomar as medidas efetivas necessárias paraevitar a continuidade dos fatos que lhe deram origem, cassando-se a redução, com oconsequente pagamento integral da multa, se essas medidas ou seu cronograma não foremcumpridos.

Art. 32. Para imposição da pena e gradação da multa, a autoridade fiscalizadora ambientalobservará:

I – as circunstâncias atenuantes e agravantes;II – a gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para a saúde e o meio ambiente;III – a natureza da infração e suas consequências;IV – o porte do empreendimento;V – os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais;VI – a capacidade econômica do infrator.

Art. 33. São circunstâncias atenuantes:

I – menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;II – arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou

limitação significativa da poluição ocorrida;III – ser o infrator primário e a falta cometida ser de natureza leve;IV – desenvolver o infrator atividades sociais ou beneficentes.

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Art. 34. São circunstâncias agravantes:

I – ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;II – o infrator coagir outrem para a execução material da infração;III – ter a infração consequências graves à saúde pública ou ao meio ambiente;IV – se, tendo conhecimento do ato lesivo à saúde pública ou ao meio ambiente, o infrator

deixar de tomar as providências de sua alçada para evitá-lo;V – ter o infrator agido com dolo direto ou eventual;VI – a concorrência de efeitos sobre a propriedade alheia.

§1º A reincidência verifica-se quando o agente comete nova infração do mesmo tipo.

§2º No caso de infração continuada caracterizada pela repetição da ação ou omissão inicialmentepunida, a penalidade de multa poderá ser aplicada diariamente até cessar a infração.

Art. 35. A autoridade fiscalizadora que tiver conhecimento de infrações a esta Lei nº 4.092, de 30de janeiro de 2008, e a este Regulamento, diretamente ou mediante denúncia, é obrigada apromover a sua apuração imediata, sob pena de co-responsabilidade.

Parágrafo único. A apuração respeitará as atribuições e regulamentos inerentes às carreiras deestado incumbidas da aplicação da Lei nº 4092/2008 e deste Decreto.

Art. 36. A fiscalização do cumprimento das disposições da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de2008, e deste Regulamento será exercida pelos órgãos ou entidades de fiscalização e controle,com apoio dos órgãos de Segurança Pública.

Parágrafo único. Os órgãos e entidades poderão realizar ações conjuntas através da coordenaçãoprévia entre seus dirigentes.

Art. 37. No caso de flagrante perturbação da ordem pública em decorrência de emissões sonorase a vítima comparecer à Delegacia Policial mais próxima para registrar ocorrência, o fato seráapurado através da Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).

Parágrafo único. Na Delegacia Policial deverá ser feito o enquadramento legal e a vítima deveráser mantida longe do alcance do infrator.

CAPÍTULO VIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 38. As infrações ao disposto neste Decreto serão apuradas em processo administrativopróprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados os ritos e prazos estabelecidosnos arts. 56 a 67 da Lei nº 41, de 13 de setembro de 1989.

Parágrafo único. As autuações realizadas pela AGEFIS quanto ao cumprimento dascondicionantes da Licença de Funcionamento, bem como aquelas realizadas por outros órgãos defiscalização, seguirão ritos processuais e prazos próprios previstos nas respectivas legislações.

CAPÍTULO VIIDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 39. Os padrões adotados neste Decreto devem ser revistos a cada dois anos, a fim deincorporar novos parâmetros nacionais e internacionais, quando necessário.

Art. 40. Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, casas de saúde ou similares instalados em áreasnas quais os níveis de pressão sonora ultrapassem os limites estabelecidos neste Regulamentotêm o prazo de cinco anos para se adequar ao disposto no art. 4º §3º, deste Decreto.

Art. 41. Os estabelecimentos comerciais em que os níveis de pressão sonora ultrapassem80dB(A) em ambiente interno deverão informar aos usuários os possíveis danos à saúde humanarelacionados à poluição sonora, constando da Licença de Funcionamento a expressão“estabelecimento causador de ruído nocivo à saúde humana”.

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Parágrafo único. As informações deverão constar em placa afixada em local de visibilidadeimediata, com os dizeres explicitados na Tabela III do Anexo III deste Decreto.

Art. 42. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 43. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto n° 23.926 de 18 dejulho de 2003.

Brasília, 22 de agosto de 2012.124º da República e 53º de Brasília

TADEU FILIPPELLIGovernador em exercício

Este texto não substitui o original, publicado no DODF de 23/08/2012 p 03.

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LEI Nº 3.630, 28/07/2005, JOGOS ELETRÔNICOS E LAN HOUSES(Autoria do Projeto: Deputado Distrital Fábio Barcellos)

LEI Nº 3630/2005JOGOS ELETRÔNICOS

LAN HOUSE

Proíbe a concessão de alvará defuncionamento para exploração deserviços de diversões e jogos eletrônicosnas condições que especifica, e dá outrasprovidências.

LEI Nº 3686/2005Altera a LEI 3630/2005

O GOVERNADOR DO DISTRITOFEDERAL, FAÇO SABER QUE ACÂMARA LEGISLATIVA DODISTRITO FEDERAL DECRETA EEU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Fica proibido a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para exploração de serviços dediversões e jogos eletrônicos numa área inferior a quinhentos metros de distância de todo e qualquerestabelecimento de ensino.Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput será considerado infração grave, ficando oresponsável sujeito às penalidades previstas na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art.1º Fica proibida a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para exploração de serviços dediversões e jogos eletrônicos num raio de cem metros de distância de todo e qualquer estabelecimento deensino. (nova redação dada pela LEI 3686/2005 de 21/10/2005– DODF Nº. de 21/10/05);

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos,numa área inferior a quinhentos metros de distância de estabelecimentos de ensino fundamental e médio.Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput sujeita o infrator ao pagamento de multa diáriano valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), a ser revertida para o financiamento de programas e projetosvoltados para a ação social a serem executados pela Secretariade Ação Social.

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos,num raio de cem metros de distância de estabelecimentos de ensino fundamental e médio, ficandoexcluídos dessa exigência os shoppings e as rodoviárias do Distrito Federal. (nova redação dada pela LEI 3686/2005de 21/10/2005– DODF Nº. de 21/10/05);

Art. 3º O Poder executivo poderá editar normas complementares para cumprimento do disposto nesta Lei.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.Publicado no DODF do dia 29.07.2005

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LEI Nº 3.896, 17/07/2006 – PRODUTOS PIRATEADOSDODF DE 21.07.2006

LEI Nº 3896/2006PRODUTOS PIRATEADOS

Estabelece penalidades para acomercialização de produtos pirateadosno âmbito do Distrito Federal e dá outrasprovidências.

A GOVERNADORA DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DODISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:Art. 1º A comercialização de produtos pirateados no âmbito do Distrito Federal fica sujeita às penalidadesprevistas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, compreende-se por pirateados produtos falsificados ouadulterados e que burlam as normas relativas aos direitos autorais e industriais, tais como: jogoseletrônicos, combustíveis, bebidas, roupas, calçados, publicações, eletroeletrônicos, cigarros, programas ecomponentes de computador, cosméticos, perfumaria, gêneros alimentícios, medicamentos, materialfonográfico e cinematográfico, ou quaisquer outros produtos manufaturados.

Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei implicará ao infrator, no caso de pessoa jurídica, aaplicação das seguintes penalidades:

I – multa de R$ 1.000,00 (mil reais);II – multa de até cinqüenta vezes o valor previsto no inciso I, no caso de reincidência;III – caso persista a infração, poderá a Administração proceder à suspensão, temporária ou definitiva, doalvará de funcionamento do estabelecimento infrator.

§ 1º Os valores das multas serão reajustados anualmente com base no Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo - IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou emoutro índice que venha substituí-lo.

§ 2º Caso o infrator seja detentor de contrato de permissão ou de concessão de uso com o Distrito Federal,a Administração poderá realizar o destrato unilateralmente, sem prejuízo das penalidades previstas nesteartigo e em outras normas vigentes.

§ 3º No caso da comercialização de produtos pirateados em feiras livres ou “camelódromos”, fica aAdministração proibida de conceder licença para que o infrator se instale com suas mercadorias em áreapública, não sendo permitida, ainda, a participação do mesmo nos programas de desenvolvimentoeconômico promovidos pelo Governo do Distrito Federal até a reparação da infração.

§ 4º Caso o infrator seja pessoa física que comercializa os produtos itinerantemente, será aplicada multa deR$ 100,00 (cem reais), sendo vedado à mesma participar dos programas sociais realizados pelo Governo doDistrito Federal até a reparação da infração.

Art. 3º Havendo autorização expressa da Justiça, do fabricante original ou do detentor dos direitos autorais,as mercadorias pirateadas ou adulteradas apreendidas pela fiscalização do Distrito Federal serão destinadasa entidades que atuam na defesa e no amparo de comunidades de baixa renda, respeitadas as normas desaúde pública.

Art. 4º As penalidades instituídas nesta Lei não isentam o infrator de outras sanções previstas na legislaçãovigente.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de julho de 2006118º da República e 47º de BrasíliaMARIA DE LOURDES ABADIA

Este texto não substitui o publicado na imprensa Oficial

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DECRETO Nº 28.463/2007 – FORÇA TAREFA PIRATARIADODF DE 23.11.2007 - REPUBLICAÇÃO DODF DE 28.11.2007

DEC Nº28.463/2007

DE 22 DE NOVEMBRO DE 2007

FORÇA TAREFA PIRATARIA

Cria Força-Tarefa destinada adesenvolver ações defiscalização e repressão contra ocomércio de produtosfalsificados e adulterados e queburlam as normas relativas aosdireitos autorais e industriais,no âmbito do Distrito Federal edá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lheconfere o artigo 100, inciso VII da Lei Orgânica do Distrito Federal,DECRETA:

Art. 1º - Fica criada Força-Tarefa no âmbito da administração pública do DistritoFederal, com missão de uniformizar as ações de fiscalização e repressão ao comérciode produtos falsificados ou adulterados e que burlam as normas relativas aosdireitos autorais e industriais no Distrito Federal.

Art. 2º - Compõem a Força-Tarefa os seguintes órgãos:I - Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal;II - Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal;III - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Trabalho do Distrito Federal;IV - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo do DistritoFederal;V - Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal;VI - Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal;VII - Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DistritoFederal;VIII - Polícia Civil do Distrito Federal;IX - Polícia Militar do Distrito Federal;X - Agência de Comunicação Social;XI - Agência de Fiscalização;XII - Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal – PROCON.

Art. 3º - O Secretário de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal será oCoordenador-Geral da Força-Tarefa.

Art. 4º - O Coordenador-Geral da Força-Tarefa, nos casos em que houvernecessidade, dará ciência ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios dasações a serem desenvolvidas nos termos do artigo 1º deste Decreto.

Art. 5º - A Força-Tarefa poderá ser integrada por outros órgãos do Distrito Federalou da União e de segmentos da sociedade, a convite do Coordenador-Geral, deacordo com as ações a serem desenvolvidas.

Art. 6º - O Secretário de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal expedirá osdemais atos necessários à fiel execução deste Decreto.

Art. 7º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 22 de novembro de 2007120º da República e 48º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

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DECRETO N° 19.081/98 – HORÁRIO DE COMÉRCIO( Autor GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL )

PUBLICAÇÃO: DODF N° 47 - QUARTA-FEIRA - 11 MAR 1998

DEC. 19.081/98, DE 10 DE MARÇO DE 1998

HORÁRIO DO COMÉRCIO

Regulamenta o horário e dias defuncionamento de estabelecimentoscomerciais, industriais, institucionais eprestadores de serviço do Distritofederal e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100,incisos VII e XXVI da Lei Orgânica do Distrito Federal, eConsiderando que a legislação atual que trata da matéria é esparsa, gerando dificuldade em seuentendimento e aplicação;Considerando a necessidade de flexibilização do horário e dias de funcionamento de atividades econômicase institucionais, conforme a demanda da sociedade e ainda garantindo os direitos e deveres dos partícipes;Considerando, especialmente, a possibilidade de geração de novos empregos, face a atual situaçãoeconômica do país; DECRETA:

Art.1°

O funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais, institucionais e prestadores deserviços do Distrito Federal dar-se-á nos dias e horários declinados pelo interessado no ato dorequerimento do alvará de funcionamento.

§ 1° No exercício das atividades previstas no caput deste Decreto deverão ser observadas,dentre outras, a legislação referente à Política Ambiental do Distrito Federal, àperturbação do sossego, à proteção ao trabalho, bem como os acordos e convençõescoletivas de trabalho.

§ 2° Para as atividades localizadas fora do zoneamento específico, em área residencial,nos termos da Lei n° 1.171, de 24 de julho de 1996, deverão constar os dias e ohorário de funcionamento no documento de anuência da vizinhança atingida.

§ 3° As alterações dos dias e horários de funcionamento dar-se-ão mediante solicitação dointeressado e averbação, pela Administração Regional, no verso do alvará defuncionamento.

Art.2°

Os postos de abastecimento de combustíveis deverão observar os horários estabelecidos peloDNC - Departamento Nacional de Combustíveis ou órgão sucessor.

Art.3°

As farmácias e drogarias, sem prejuízo do horário previamente estabelecido no alvará, ficarãosujeitas a regime de plantão estabelecido neste Decreto e na legislação sanitária federal.

§ 1° Observado o interesse público coletivo, trinta por cento ( 30% ) das farmácias edrogarias são obrigadas a funcionar em regime de plantão, das 18 horas de sábado às18 horas do sábado seguinte, pelo sistema de rodízio, para atendimento ininterruptoda comunidade, nos termos do art.56 da Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973.

§ 2° O plantão de que trata o parágrafo anterior constará de escala a ser elaboradaanualmente, pela entidade sindical representativa da classe, e homologada pelaSecretaria de Saúde, por meio do Departamento de Fiscalização de Saúde.

§ 3° As farmácias e drogarias podem cerrar as portas das 22h às 9h do dia seguinte,mantendo o atendimento nos dias de plantão.

§ 4° As farmácias e drogarias de plantão são obrigadas a:

I-

afixar letreiro luminoso vermelho, com a inscrição “ plantão ”;

II-

manter campainha para atendimento, em caso de cerrar as portas;

III-

manter a escala de plantão, em lugar visível, ao usuário;

IV-

afixar, de modo visível, no principal local de atendimento ao público, placapadronizada indicando o nome e número do telefone do farmacêuticoresponsável técnico, bem como o número do órgão de vigilância sanitária doDF.

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§ 5° Não será homologada a escala de plantão que deixar alguma localidade sem farmáciaou drogaria de plantão.

§ 6° No Aeroporto Internacional de Brasília, na Estação Rodoferroviária e nos TerminaisRodoviários, o funcionamento das farmácias e drogarias será ininterrupto, sendo quedeverá ser prevista escala de plantão quando houver mais de um destesestabelecimentos.

§ 7° Nas localidades onde houver apenas uma farmácia ou drogaria, o funcionamento seráininterrupto.

§ 8° Nos Shopping Centers o funcionamento será de acordo com o horário defuncionamento desses locais.

§ 9° Para as demais farmácias e drogarias, excetuadas aquelas de que tratam os §§ 1°, 6°,7° e 8°, deste artigo, o funcionamento, fora do horário previamente estabelecido noalvará de funcionamento, é facultativo.

§ 10 A escala de plantão será publicada em março de cada ano, por edital, no DiárioOficial do Distrito Federal, para vigorar a partir do primeiro sábado do mês de abrilaté a primeira sexta-feira do mesmo mês, do ano seguinte.

§ 11 A escala de plantão, no interesse coletivo, poderá sofrer alterações no período de suavigência, com conseqüente publicação.

§ 12 A inobservância do horário da escala de plantão configura infração à Lei n° 5.991, de17 de dezembro de 1973, à Lei 6.437, de 20 de agosto de 1977, sujeitando o infratoràs penalidades ali previstas.

Art.4°

Terão o dever de fiscalizar os dias e horários de funcionamento regulados neste Decreto: asAdministrações Regionais, o Departamento de Fiscalização de Saúde da Secretaria de Saúdedo Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública, em conjunto ou não.

§ 1° A fiscalização do cumprimento do horário, inclusive de plantão, dos hospitais esimilares, das farmácias e drogarias, será feita pelo Departamento de Fiscalização deSaúde da Secretaria de Saúde.

§ 2° O descumprimento do horário estabelecido no alvará de funcionamento, configurainfração à Lei n° 1.171, de 24 de julho de 1996, sujeitando-se o infrator àspenalidades ali previstas.

§ 3° A reincidência sujeitará o estabelecimento infrator a multa e interdição por 24 ( vintee quatro horas ), cumulativamente ou não.

§ 4° O período de interdição dobrará,a cada reincidência.

Art.5°

Conforme especificidade de cada Região Administrativa e mediante justificativafundamentada, poderá o Administrador Regional emitir ordem de serviço, publicada no DiárioOficial do Distrito Federal, estabelecendo horários e dias de funcionamento diferenciados porsetor ou atividade, salvo quanto ao plantão de farmácias e drogarias.

§único

A justificativa de que trata o caput deste artigo, deverá ser fundamentada por meio delaudos, pareceres e demais instrumentos pertinentes, emitidos por órgãos técnicos daAdministração Pública.

Art.6°

Ficam revogadas as disposições em contrário e em especial os Decretos n° 2.866, de 21 demarço de 1975, n° 3.242, de 11 de maio de 1976, n° 3.632, de 04 de abril de 1977, n° 3.699, de17 de maio de 1977, n° 11.574, de 17 de maio de 1989, n° 12.834, de 27 de novembro de 1990,n° 17.827, de 14 de novembro de 1996.

Art.7°

Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de março de 1998110° da República e 38° de Brasília.

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CRISTOVAM BUARQUEDECRETO N° 29.446/2008 – PERÍMETRO ESCOLAR

DODF DE 29.08.2008

DEC. 29.466/2008DE 28 DE AGOSTO DE 2008

PERÍMETRO ESCOLAR

Altera o Perímetro de Segurança Escolarno Plano Piloto e Cidades Satélites doDistrito Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisosVII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal e, Considerando que, nos termos do Decreto n° 12.386,de 22 de maio de 1990, foi instituído o Programa de Segurança Escolar, a ser desenvolvido no âmbito daSecretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e da Secretaria de Estado de Segurança Públicado Distrito Federal, através da Polícia Militar do Distrito Federal, Considerando que o êxito do referidoPrograma depende, fundamentalmente, da conjunção de esforços de vários segmentos dos poderespúblicos; Considerando a competência da Agência de Fiscalização do Distrito Federal em realizar asinterdições e apreensões das irregularidades constatadas nas atividades econômicas instaladas;Considerando maior integração entre os órgãos do Governo do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1°. Fica estabelecido o Perímetro de Segurança Escolar, assim entendido a área contígua aosestabelecimentos de ensino da rede pública e particular.

§ 1º Onde não houver regra oficial estabelecida, o perímetro de segurança escolar abrangerá uma faixade 100 (cem) metros de extensão a partir dos portões de acesso de estudantes da área em que se situaro estabelecimento de ensino.

§ 2º Dentro do referido perímetro fica proibida a instalação de vendedores ambulantes eestabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas, cigarros e quaisquer tipos de jogos, em especialos jogos eletrônicos.

§ 3º Excetuam-se deste artigo os mercados que não tenham consumação no local e osrestaurantes.

Art. 2°. O Perímetro de Segurança Escolar tem prioridade especial nas ações de prevenção e repressãopolicial, objetivando a tranqüilidade de professores, alunos e servidores dos estabelecimentos de ensino,de modo a evitar o mau uso das cercanias das escolas por pessoas estranhas à comunidade escolar.

Art. 3°. Compete a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, estabelecerentendimentos com as Administrações Regionais, visando a disciplinar, onde houver regra estabelecida,a proibição da mercancia ambulante e atividade comercial que de qualquer forma possa comprometer ouprejudicar a tranqüilidade e segurança de estabelecimentos escolares.

Art. 4°. Os órgãos do complexo do Distrito Federal, em especial a Secretaria de Estado de SegurançaPública do Distrito Federal, através das Delegacias Policiais circunscricionais, a Secretaria de Estado deEducação do Distrito Federal e a Agência de Fiscalização do Distrito Federal deverão priorizar oatendimento de ocorrências verificadas no Perímetro de Segurança Escolar.

Art. 5°. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal, dentro de sua competência, deverá regulamentaro uso de vias públicas abrangidas pelo Perímetro de Segurança Escolar, objetivando:I. Instituir sentido único de trânsito, quando possível;

II. Estabelecer limites de velocidade; eIII. Determinar restrições de uso das vias ou parte delas, mediante fixação de locais, horários e períodosdestinados a embarque ou desembarque de passageiros.

Art. 6°. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário,especialmente o Decreto nº 12.387, de 22 de maio de 1990.Brasília, 28 de agosto de 2008

120º da República e 49º de BrasíliaJOSÉ ROBERTO ARRUDA

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.DODF 172, DE 29/08/2008, Pág. 04

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 43

LEI 3.630/2005 – PERÍMETRO ESCOLAR

LEI 3.630/2005PERÍMETRO ESCOLAR

DODF DE 29.07.2005

Proíbe a concessão de alvará de funcionamentopara exploração de serviços de diversões e jogoseletrônicos nas condições que especifica, e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALDECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:Art. 1º Fica proibido a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para exploração de serviços dediversões e jogos eletrônicos numa área inferior a quinhentos metros de distância de todo e qualquerestabelecimento de ensino.

Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput será considerado infração grave, ficando o responsávelsujeito às penalidades previstas na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos, numaárea inferior a quinhentos metros de distância de estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput sujeita o infrator ao pagamento de multa diária no valorde R$ 500,00 (quinhentos reais), a ser revertida para o financiamento de programas e projetos voltados para a açãosocial a serem executados pela Secretaria de Ação Social.

Art. 3º O Poder executivo poderá editar normas complementares para cumprimento do disposto nesta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de julho de 2005117º da República e 46º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

LEI 3.686/2005PERÍMETRO ESCOLAR

DODF DE 21.10.2005

Altera os artigos 1º e 2º da Lei nº 3.630, de 28de julho de 2005, que “proíbe a concessão dealvará de funcionamento para exploração deserviços de diversões e jogos eletrônicos nascondições que especifica, e dá outrasprovidências”.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALDECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Os artigos 1º e 2º da Lei nº 3.630, de 28 de julho de 2005, que proíbe a instalação e funcionamento deequipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos numa área inferior a quinhentos metros de distância deestabelecimentos de ensino fundamental e médio, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.1º Fica proibida a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para exploração de serviços dediversões e jogos eletrônicos num raio de cem metros de distância de todo e qualquer estabelecimento deensino.

“Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos, numraio de cem metros de distância de estabelecimentos de ensino fundamental e médio, ficando excluídos dessaexigência os shoppings e as rodoviárias do Distrito Federal”.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 20 de outubro de 2005117º da República e 46º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 44

CIRCULAR Nº 43/09-DFAE – PERÍMETRO ESCOLAR

CIRCULAR 43/09-DFAE

PERÍMETRO ESCOLAR

Encaminha Parecer Nº 083/2008-PROMAI/PGDF, sobre o perímetro escolar deque trata a Lei 3.630 e 3.886/2005.

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ÁREA PÚBLICA

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 46

DECRETO N° 17.079/95 – ÁREA PÚBLICA( Autor GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL )

DEC 17079/95DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995

ÁREA PÚBLICA

Dispõe sobre a cobrança de preçopúblico pela utilização de áreaspúblicas do Distrito Federal e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e tendo em vista o disposto no artigo 2º da Lei n.º 769,de 23 de setembro de 1994, decreta:

Art. 1º - A utilização de espaços em logradouros públicos ou uso de áreas públicas, obedecerá asseguintes condicionantes:

I. prévia anuência das Administrações Regionais, conforme as respectivas áreas decompetência;II. autorização a título precário, devendo cessar a qualquer tempo a juízo da AdministraçãoRegional, mediante revogação do termo, sem que assista ao usuário direito à indenização dequalquer espécie, inclusive por benfeitorias ou acessões;III. observação da legislação específica.Parágrafo Único – Ficam excluídas deste Decreto as ocupações de áreas públicas de usopredominantemente comercial que estejam inseridas dentro da área tombada ou que impliquem emalteração de loteamento registrado.

Art. 2º - A utilização, deverá ser previamente formalizada através de assinatura de termo de ocupaçãoentre a Administração e o usuário, sujeitando-se o segundo a uma contraprestação de preço, observadoo disposto no Parágrafo único, do art. 2º da Lei n.º 769, de 23 de setembro de 1994.

§ 1º - A Administração Regional estabelecerá, por meio de ordem de serviço, o preço correspondente àutilização de área pública, considerando os coeficientes previstos no Anexo I, II, III e IV, desteDecreto, bem como:a) área utilizada;b) localização;c) valor de mercado dos imóveis existentes nas mediações;

d) finalidade da utilização ou do uso, sendo onerada com maior valor aquela atividade com finalidadelucrativa.

§ 2º O preço será obtido pela aplicação dos coeficientes estabelecidos pela Administração Regional,incidentes sobre o valor da Unidade Padrão do Distrito Federal – UPDF, fixada para o mês depagamento.§ 3º Na fixação do preço público os Administradores Regionais indicarão a fonte de consulta utilizadapara definição do coeficiente arbitrado.

Art. 3º - Os valores da ocupação nos Terminais Rodoferroviários e Rodoviários do Distrito Federalserão cobrados aplicando-se os coeficientes elencados na tabela do Anexo II.

Parágrafo único – No caso dos permissionários, as despesas a serem rateadas relativas à utilização dasáreas de uso comum, corresponderão no terminal rodoviário a 30% e no terminal rodoferroviário a15% do total apurado.

Art. 4º - O pagamento do preço público obedecerá aos critérios abaixo estabelecidos:

I. Quando a utilização corresponder a período superior a 12 meses poderá o usuário optar por uma dasseguintes formas:

a) pagamento mensal;b) pagamento em período semestral.

II. Quando a utilização corresponder a período até 12 meses, o pagamento será feito por uma dasseguintes formas:a) pagamento mensal;b) pagamento antecipado, computados os dias efetivamente autorizados em cada mês;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 47

c) pagamento anual antecipado.Parágrafo único – Em qualquer das formas de pagamento deverá ser recolhida a primeira parcela, noato da assinatura do termo próprio, contando-se a partir dessa data os prazos subseqüentes fixados paraos demais pagamentos.

Art. 5º - O recolhimento do preço fixado, ou sua isenção, não desobriga o usuário de pagar as despesascom energia elétrica, água, limpeza ou outras, postas a sua disposição no logradouro público.

§ 1º - Os custos decorrentes dos danos da utilização da área pública, serão ressarcidos aos cofrespúblicos pelo autorizado, após orçamento apresentado pela Administração Regional, sob pena de nãolhe ser concedida uma nova autorização além de outras cominações legais.

§ 2º - Será de responsabilidade exclusiva do usuário, o custo relativo aos danos provenientes damanutenção de redes de serviços públicos, bem como seu remanejamento.

Art. 6º - A celebração de termo para utilização de espaço em logradouros públicos, não exime ousuário da obrigação de cumprir as normas de posturas, saúde, segurança pública, trânsito, metrologia,edificações, meio ambiente e demais normas existentes para cada tipo de atividade a ser exercida.

Art. 7º - Os termos celebrados em decorrência da utilização de áreas públicas, poderão ser prorrogadosa critério da Administração, obedecidas a legislação em vigor.

Art. 8º - O atraso no pagamento do preço ensejará a incidência, cumulativamente, de juros de mora,atualização monetária e multa, assim especificados:I- juros de mora de um por cento ao mês ou fração;II- variação da UPDF no período vigente;III- multa de dez por cento (10%).

Art. 9º - Não havendo o ocupante providenciado a regularização da ocupação no prazo de 30 diasapós a notificação da Administração Regional, sujeitar-se-á:I- a imediata desocupação da área utilizada;II- ao pagamento de multa de cinqüenta por cento (50%) acrescida sobre o preço correspondenteà utilização enquanto não for devolvida a área utilizada, sem prejuízo das penalidades previstasno artigo anterior, e das demais cominações legais.

Art. 10 - Na hipótese de licitação pública será observado o critério de preço base a ser fixado em razãodo disposto no § 1º, art. 2º deste Decreto.

Art. 11 – A normatização de ocupação a título precário de áreas públicas em especial as lindeiras alotes de uso predominantemente comercial, serão feitas por meio de Instrução Normativa Técnica aserem expedidas pelo Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – IPDF.

Art. 12 – Poderá ser dispensado o pagamento do preço público de ocupação se o usuário for órgão ouentidade da Administração Pública.

Parágrafo único – As dispensas do pagamento serão concedidas por ato do Subsecretário deCoordenação das Administrações Regionais, publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal.

Art. 13 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14 – Revogam-se as disposições em contrário especialmente os Decretos 10.923, de 18 denovembro de 1987, n. º 15.397, de 30 de dezembro de 1993 e n.º 16.959, de 22 de novembro de 1995.

Brasília-DF, 28 de dezembro de 1995.107º da República e 36º de Brasília

Cristovam Buarque

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 48

DECRETO N° 17.078/95 – ÁREA PÚBLICA( Autor GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL )

DEC 17.078/95DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995

ÁREA PÚBLICA

Aprova a Instrução NormativaTécnica n.º 1 do Instituto dePlanejamento Territorial e Urbano doDistrito Federal – IPDF.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL , no uso das atribuições que lhe confere o artigo100 inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e 24, da Lei n.º 353, de 18 de novembro de1992, decreta:

Art. 1º - Fica aprovada a Instrução Normativa Técnica n.º 1 do Instituto de PlanejamentoTerritorial e Urbano – IPDF, para fins de cobrança do preço público de que trata o Decreto n.º17.079, de 28 de dezembro de 1995.Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o Decreto n.º 16.960, de 22 denovembro de 1995.Brasília-DF, 28 de dezembro de 1995.107º da República e 36º de BrasíliaCristovam Buarque

INSTRUÇÃO NORMATIVA TC N.º 01/95 – ÁREA PÚBLICA( Autor GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL )

INSTRUÇÃO TC01/95

ÁREA PÚBLICA

Normatização de ocupação a títuloprecário de áreas públicas lindeiras alotes de uso predominantementecomercial.

1 – TÍTULO – NORMATIZAÇÃO DE OCUPAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO DE ÁREAS PÚBLICASLINDEIRAS A LOTES DE USO PREDOMINANTEMENTE COMERCIAL.

2 – OBJETIVOS:I. Regulamentar a Art. 11 do Decreto n.º 17.079, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre autilização ou uso de áreas públicas do Distrito Federal e dá outras providências.II. Definir parâmetros urbanísticos e arquitetônicos básicos, com vistas à disciplinar a ocupação deárea pública para atividades vinculadas a edificações de uso predominantemente comercial.

3 – CAMPO DE APLICAÇÃO:Nas regiões Administrativas do Distrito Federal, com exceção da área tombada regida pela Portaria n.º 314,de 08.10.92, do Instituto do Patrimônio Cultural – IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional – IPHAN.

4 – VIGÊNCIA:Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação pelo Diretor-Presidente vigindo até aaprovação dos Planos Diretores Locais – PDL’s das Regiões Administrativas e do Código de Posturas doDistrito Federal, no que couber a cada um deles.

5 – SEÇÃO ESPECIFICA:Os parâmetros estabelecidos nesta instrução dizem respeito à fixação de afastamentos, percentuais edimensões mínimas e máximas a serem respeitadas nos espaços ocupados, bem como às características demateriais que enfatizam a precariedade e provisoriedade da ocupação, possibilitando fácil remoção aqualquer tempo.Os parâmetros básicos a serem respeitados são os seguintes:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 49

5.1 – garantir a livre circulação de pedestres no espaço público em que ocorrer a ocupação a título precário,bem como o acesso franco ao mobiliário urbano das cidades e adequada visibilidade dos motoristas nasvias adjacentes, no sentido de melhor qualificar o espaço urbano;

5.2 – as praças Públicas previstas nas plantas de parcelamento urbano registradas em cartório não poderãoser objeto de ocupação a título precário, conforme prescreve a Lei n.º 245, de 27.03.92, da CâmaraLegislativa do Distrito Federal;

5.3 – para os lotes com até 300,00 m² (trezentos metros quadrados) a ocupação a título precário poderá serde até 50% (cinqüenta porcento) da área do lote;

5.4 – os casos que não se enquadram no item anterior serão considerados excepcionais, devendo ser objetode estudo especial pela Administração Regional, em conjunto com o IPDF, para avaliar o impacto daocupação proposta na estrutura urbana;

5.5 – a ocupação a título precário deverá ter a mesma atividade da unidade imobiliária da qual é extensão,sendo concedida somente ao detentor do Alvará de Funcionamento da atividade estabelecida na áreacontígua, com anuência do proprietário;

5.6 – a configuração do parcelamento urbano existente somado a ocupação a título precário não poderá terextensão superior a 150,00 m (cento e cinqüenta metros);

5.7 – os materiais utilizados deverão ter características provisórias e serem de fácil remoção;

5.8 – deverá ser garantida uma faixa externa livre no entorno da ocupação, com largura mínima de 1,50 m(hum metro e cinqüenta centímetros);

5.9 – deverá ser mantida uma área livre de no mínimo 3,00 m (três metros), quando limítrofe a abrigo parapassageiros de ônibus, não podendo a ocupação restringir ou interferir nos fluxos de pedestres;

5.10 – deverá ser mantido um afastamento mínimo de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros) das viasclassificadas na hierarquia viária como locais. Para as vias coletoras e para as vias arteriais esteafastamento mínimo deverá ser de 3,00 m (três metros);

5.11 – nos espaços livres entre os conjunto de lotes de uso predominantemente comercial, incluídos aquelesespaços em galerias e/ou sob marquises, a ocupação a título precário, quando existente, deverá garantir nomínimo 3,00 m (três metros) de largura de calçada para circulação de pedestres;

5.12 – deverá ser mantida uma faixa livre, com largura mínima de 6,00 m (seis metros), entre o limiteexterno da ocupação e os demais lotes previstos no parcelamento urbano, de modo a favorecer a circulaçãode pedestres;

5.13 – deverá ser garantido acesso a escadas e rampas, para circulação de pedestre e deficiente delocomoção, observada a legislação específica;

5.14 – as águas pluviais advindas das coberturas da área ocupada deverão ser captadas, sendo proibido odeságüe nas calçadas públicas;

5.15 – a ocupação deverá preservar as árvores existentes, de acordo com a legislação ambiental vigente;

5.16 – a ocupação não poderá prejudicar o acesso às redes de infra-estrutura e demais equipamentosurbanos existentes ou projetados, cabendo ao ocupante o ônus da recuperação de qualquer dano;

5.17 – deverá ser mantido o pé direito livre, com uma altura mínima de 3,00 m (três metros) sob marquise egalerias, e entre conjunto de lotes com uso predominantemente comercial;

5.18 – os casos omissos desta Instrução Normativa deverão ser solucionados pela Administração Regionalem conjunto com o Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – IPDF.

6 – DISPOSIÇÕES GERAIS:A ocupação se dará mediante autorização a título precário e oneroso, obedecendo aos parâmetrosestabelecidos nesta Instrução Normativa, sem prejuízo dos códigos de edificações e posturas e das normasde uso e ocupação do solo, ambientais, saúde, segurança pública, trânsito, metrologia, juntamente com asdemais legislações específicas para cada tipo de atividade a ser exercida.

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TRAILLERs eQUIOSQUES

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LEI Nº 4.257/2008 – TRAILLERs e QUIOSQUESDODF DE 03.12.2008 – REPUB.DODF DE 04.12.2008

LEI 4257/08DE 02 DE DEZEMBRO DE 2008

TRAILLERs e QUIOSQUES

Estabelece critérios deutilização de áreas públicas doDistrito Federal por mobiliáriosurbanos do tipo quiosque etrailer para o exercício deatividades econômicas e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARALEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Capítulo IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Esta Lei estabelece normas para utilização de áreas públicas pormobiliários urbanos do tipo quiosque e trailer para o exercício de atividadeseconômicas.Art. 1º Esta Lei estabelece normas para utilização de áreas públicas pormobiliários urbanos do tipo quiosque e trailer, bem como similares aestes, para o exercício de atividades econômicas. (Alterado pela Lei4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).

Art. 2° Para os efeitos desta Lei, consideram-se as seguintes definições:

I - área de consumo: área do quiosque e trailer adjacente ao balcão deatendimento, composta por banquetas, mesas, cadeiras, destinada aoatendimento da clientela;

II - Conjunto Urbanístico de Brasília: área abrangida pelo tombamento, definidano art. 1º, § 2º, da Portaria nº 314 do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural -IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, de 8 deoutubro de 1992;

III - mobiliário urbano: objetos, elementos e pequenas construções integrantesda paisagem, complementares às funções urbanas, cujas dimensões e materiaissão compatíveis com a possibilidade de remoção, implantados em espaçospúblicos, podendo ser fixo ou móvel;

IV - Plano de Ocupação: documento resultante do procedimento que definirá osespaços destinados à instalação dos mobiliários urbanos do tipo quiosque etrailer;

V - quiosque: pequena construção edificada em área pública, destinada aoexercício de atividade econômica;

VI - trailer: bem móvel acoplado a um veículo automotor, ou o próprio veículoadaptado destinado à comercialização de produtos e à prestação de serviços.

VII – similar a quiosque e trailer: carrinhos de sucos e lanches rápidos;estufas; churrasqueiras a carvão vegetal e a gás para o preparo deassados em geral; caixas térmicas para a venda de bebidas em eventosou temporadas culturais, artísticas, turísticas, esportivas, educativas oude negócios, bem como outros móveis e equipamentos utilizados naatividade comercial, desde que totalmente retirados após o horárioautorizado para o funcionamento. (Inserido pela Lei 4486/2010 de08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).

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Capítulo IIDOS MOBILIÁRIOS URBANOS

Art. 3° A instalação dos quiosques deve obedecer ao projeto-padrão dearquitetura que será elaborado e aprovado pelo Poder Executivo, obedecendo, nomínimo, aos seguintes parâmetros construtivos:

I - área máxima permitida de projeção da cobertura no solo, computado nessaárea o percentual destinado à manipulação de alimentos, aos banheiros e à áreade consumo, de:

a) quinze metros quadrados na poligonal da Região Administrativa do Plano Piloto- RA I;

b) sessenta metros quadrados nas demais Regiões Administrativas;

II - altura máxima permitida de três metros e oitenta centímetros, incluídas acumeeira e a caixa d'água não aparente.

§ 1º O projeto-padrão define o padrão construtivo e estabelece característicasdiferenciadas considerando as atividades a serem desenvolvidas no local e asespecificidades de cada Região Administrativa.

§ 2º O projeto-padrão dos quiosques localizados no Conjunto Urbanístico deBrasília deve ser submetido à anuência do órgão local de preservação dopatrimônio cultural.

§ 3º Aos ocupantes de quiosques com metragem superior a 60 m2 (sessentametros quadrados) fica assegurada a permanência das suas instalações defuncionamento da atividade exercida, num período de transição de 18 (dezoito)meses, contados a partir da publicação da presente Lei.

LEI Nº. 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de13/07/2010 em seu Art. 7º): Fica estabelecido em 30 (trinta) meses operíodo de transição de que trata o art. 3º, § 3º, da Lei nº 4.257, de 2dezembro de 2008. Prazo Final: 05/06/2011 (Circular Nº. 050/2010-DFAE, de 16/11/2010).

LEI Nº 5.015, DE 11 DE JANEIRO DE 2013. publicada no DODF Nº.15/01/2013, em seu Art. 1º): Fica prorrogado por vinte e quatro meseso prazo disposto no art. 7º da Lei nº 4.486, de 8 de julho de 2010. NovoPrazo Final: 05/06/2013.

§ 4º Comprovada a necessidade pelos ocupantes dos mobiliários urbanos,poderá o Poder Executivo autorizar a instalação de toldo retrátil nosquiosques, cabendo-lhe a responsabilidade pela definição de seutamanho e características. (Inserido pela Lei 4486/2010 de 08/07/10,publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).

Art. 4° O máximo de ocupação de área pública por trailer é de dez metrosquadrados, incluindo a área de consumo.

Parágrafo único. É permitida a utilização de parte da área máxima descrita nocaput para a colocação de toldo recolhível, com altura máxima de dois metros ecinqüenta centímetros.

Art. 5° A instalação de quiosques e trailers no Distrito Federal é permitidasomente se previstos em projeto urbanístico aprovado e registrado no cartório deregistro de imóveis, ou em projeto paisagístico aprovado, ou constante no Planode Ocupação.

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§ 1º Os documentos descritos no caput devem ser aprovados pelos órgãos ouentidades de planejamento urbano.

§ 2º No Conjunto Urbanístico de Brasília, os documentos descritos no caputdevem ter, também, a anuência do órgão ou entidade local de preservação dopatrimônio cultural.§ 3º Os quiosques e trailers localizados em Unidades de Conservação ficamcondicionados à prévia anuência do respectivo órgão ou entidade gestor.

Art. 5º-A A autorização para o funcionamento de unidade ou ponto devenda classificado como similar a quiosque e trailer somente seráconcedida a pessoa que a explore na condição de autônomo, vedada aoutorga de mais de uma autorização ao mesmo beneficiário.

§ 1º O similar a quiosque e trailer compreende dois tipos:I – o autorizado a funcionar em local pré-determinado;II – o ambulante, cadastrado pelo Poder Público, autorizado a exerceratividade comercial em eventos ou temporadas culturais, artísticas,turísticas, esportivas, educativas ou de negócios.

§ 2º Os locais de funcionamento dos similares a quiosque e trailer de quetrata o art. 2º, parágrafo único, I, serão definidos no plano de ocupação.

§ 3º No caso de eventos, o Poder Público estabelecerá a quantidade e oslocais onde os autorizatários poderão se instalar, observados osrequisitos de segurança, mobilidade e acessibilidade do público presente.(Inserido pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133de 13/07/10).

Capítulo IIIDO PLANO DE OCUPAÇÃO

Art. 6° O Plano de Ocupação, além de outros parâmetros definidos naregulamentação, deve:

I - definir os espaços públicos onde serão instalados os trailers e quiosques,respeitados os projetos de parcelamento aprovados e registrados em cartóriocompetente;

I – definir os espaços públicos onde serão instalados os quiosques,trailers e similares, respeitados os projetos de parcelamento aprovados eregistrados em cartório competente; (Aletrado pela Lei 4486/2010 de08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).II - estabelecer a atividade econômica de comercialização de produtos ou deprestação de serviços.

Parágrafo único. A atividade econômica a ser desenvolvida, preferencialmente,deve ser diversa daquela estabelecida para o local.

Art. 7° A definição dos locais no Plano de Ocupação deve:

I - ser precedida de consulta às concessionárias de serviços públicos, a fim depreservar a infraestrutura existente;II - observar o cone de visibilidade em intersecções viárias;III - garantir as condições de acessibilidade, de acordo com a legislação vigente;IV - manter uma faixa livre de circulação no entorno dos quiosques e trailerstratados nesta Lei, com largura mínima de dois metros livres de qualquer barreiraarquitetônica;V - harmonizar, quando necessário, as relações entre quiosques, trailers e demaisestabelecimentos comerciais;

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VI - respeitar o estabelecido em legislação específica referente ao Perímetro deSegurança Escolar;VII - manter afastamento de no mínimo dez metros do acostamento em relaçãoaos trailers, quando localizados na faixa de domínio das rodovias do SistemaRodoviário do Distrito Federal.

Art. 8° A definição dos locais no Plano de Ocupação não deve:I - comprometer o fluxo de segurança de pedestres e veículos;II - prejudicar a paisagem urbana da cidade e as visuais dos conjuntosarquitetônicos significativos;III - obstruir estacionamento público.

Art. 9° O Plano de Ocupação será elaborado pela Administração Regional eaprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente no prazomáximo de um ano, a partir da publicação da regulamentação desta Lei.

Parágrafo único. O Plano de Ocupação será revisto sempre que necessário,visando adequar a exploração das atividades econômicas à dinâmica docrescimento urbano da localidade.

Capítulo IVDOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS

Art. 10. A utilização de área pública por quiosques e trailers deve ser precedida delicitação pública, observadas as normas desta Lei e da Lei Federal nº 8.666, de 21de junho de 1993, com prazo máximo de dez anos, instrumentalizada por meio deTermo de Permissão de Uso.

Parágrafo único. Devem ser destinados dois por cento dos espaços definidos noPlano de Ocupação de cada Região Administrativa às pessoas com deficiência edois por cento às pessoas idosas.

Art. 11. O preço mínimo da área pública destinada para locação do quiosque etrailer no certame licitatório será estimado considerando a localização, asatividades econômicas a ser desenvolvidas e as características da RegiãoAdministrativa.

Art. 12. É vedada a participação no certame licitatório:I - de servidores públicos e empregados públicos ativos da Administração PúblicaDireta e Indireta federal, estadual, distrital ou municipal;II - de empresário, ou sócio de sociedade empresária ou de sociedade simples,salvo aqueles que exerçam suas atividades exclusivamente em quiosque outrailer;III - de permissionários, concessionários ou autorizatários de qualquer outra áreapública onde seja desenvolvida atividade econômica.

Capítulo VDAS OBRIGAÇÕES DOS PERMISSIONÁRIOS

Art. 13. É de inteira responsabilidade do permissionário a instalação do respectivoquiosque ou trailer, às suas expensas, sem direito a qualquer tipo de indenizaçãopelo Poder Público, obedecidos os prazos e as condições estabelecidas no edital delicitação ou no Termo de Permissão de Uso, bem como o projeto-padrão dearquitetura.

Art. 14. São obrigações dos permissionários:I - manter conservada e limpa a área permitida e a área limite adjacente de atédez metros;II - manter acondicionado o lixo, de forma adequada para os fins de coleta nostermos da legislação vigente;

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III - usar uniformes e equipamentos apropriados para a comercialização deprodutos alimentícios, conforme legislação sanitária específica;IV - manter o Alvará de Localização e Funcionamento e demais documentosrelativos ao quiosque ou trailer em local visível;V - exercer exclusivamente as atividades previstas no Termo de Permissão de Usoe Alvará de Localização e Funcionamento;VI - manter em dia o preço público e demais encargos relativos à ocupação;VII - recolher diariamente o trailer da área permitida, após encerrar as atividades;VIII - exercer as atividades somente em dias, horários e local permitidos, sendopossível àqueles que exerçam atividades que necessitam de deslocamento oatendimento externo, em caso de emergência;IX - obedecer às exigências de padronização impostas pelo concedente;X - utilizar exclusivamente a área permitida;XI - conservar o quiosque ou trailer dentro das especificações previstas nesta Lei;XII - não utilizar som mecânico ou ao vivo, sendo permitida a utilização detelevisão sem amplificação do som;XIII - desenvolver pessoalmente a atividade licenciada;XIV - não vender bebidas alcoólicas nas proximidades de escolas, hospitais erepartições públicas;XV - arcar com as despesas de água, luz, telefone e outras decorrentes dainstalação e do uso do quiosque ou trailer ou da atividade desenvolvida;XVI - não arrendar, ceder ou locar, a qualquer título, a permissão ou seurespectivo espaço físico;XVII - cumprir as normas de postura, de saúde pública, de segurança pública, detrânsito, de meio ambiente e outras estipuladas para cada tipo de atividade a serexercida, nos termos da legislação específica;XVIII - não residir no trailer ou quiosque.

Art. 15. É permitido o funcionamento da atividade econômica no quiosque outrailer somente após emissão do respectivo Alvará de Localização eFuncionamento, nos termos da legislação vigente, observado o prazo derequerimento disposto no art. 28 desta Lei.

Capítulo VIDAS SANÇÕES

Art. 16. O Permissionário que descumprir as normas desta Lei, bem como deixarde cumprir as obrigações do Termo de Permissão de Uso, total ou parcialmente,está sujeito às seguintes sanções, aplicadas isolada ou cumulativamente:I - advertência;II - multa;III - interdição;IV - apreensão de mercadorias, equipamentos, quiosque, trailer;V - cassação do Termo de Permissão de Uso;VI - cassação do Alvará de Localização e Funcionamento;VII - determinação de retirada do quiosque ou trailer;VIII - demolição das instalações do quiosque.

Art. 17. As sanções previstas no art. 16 serão aplicadas pelo órgão ou entidade defiscalização, constando do auto de infração o prazo para correção da infração.Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, trinta dias,podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período, desde quedevidamente justificada a prorrogação.

Art. 18. A multa é aplicada nos casos de:I - descumprimento desta Lei;II - descumprimento dos termos de advertência no prazo estipulado;III - desacato ao agente público;IV - descumprimento de determinação de retirada;V - descumprimento de interdição.

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Art. 19. As multas pelas infrações preceituadas nesta Lei serão aplicadas deacordo com a gravidade da infração, no valor de:I - R$ 200,00 (duzentos reais) por descumprimento do art. 14, I, II e III;II - R$ 400,00 (quatrocentos reais) por descumprimento do art. 14, IV, e dasinfrações não preceituadas nesse artigo;III - R$ 600,00 (seiscentos reais) por descumprimento do art. 14, V;IV - R$ 800,00 (oitocentos reais) por desacato a autoridade fiscal e pordescumprimento do art. 14, VI, VII e XII;V - R$ 1.000,00 (um mil reais) por descumprimento do art. 14, VIII, IX, X, XI,XIII, XIV, XVI e XVIII.

Art. 20. As multas deverão ser aplicadas em dobro e de forma cumulativa, seocorrer má-fé, dolo, reincidência ou infração continuada.

§ 1º Considera-se infração continuada a manutenção do fato ou da omissão, pormais de trinta dias da autuação originária, ou o cometimento de várias infrações,de mesma espécie, apuradas em uma única ação fiscal.

§ 2º Será considerado reincidente o infrator autuado mais de uma vez no períodode doze meses, após o julgamento definitivo do auto de infração originário.

Art. 21. A INTERDIÇÃO dar-se-á quando:I - não forem sanadas as determinações preceituadas na advertência no prazoestabelecido;II - o exercício da atividade causar transtorno à comunidade;III - o exercício da atividade apresentar risco de dano iminente à comunidade;IV - for cassado o Alvará de Localização e Funcionamento.

§ 1º O estabelecimento apenas será desinterditado quando forem sanadas ascausas que ensejarem a interdição, sendo que, nos casos em que houvernecessidade de vistoria para aferir o cumprimento da exigência, esta seráconsignada em Termo de Vistoria expedido pelo Poder Executivo.

§ 2º Dar-se-á interdição sumária por descumprimento ao disposto no art. 15desta Lei.

Art. 22. O Termo de Permissão de Uso será cassado quando o permissionário:I - não desenvolver atividade econômica no quiosque ou trailer por mais dequarenta e cinco dias sem justificativa;II - for advertido por escrito, por mais de três vezes no período de um ano porqualquer infração;III - deixar de recolher ao erário o preço público correspondente à área utilizada,por período superior a seis meses;IV - desatender à determinação do art. 14, XVI, desta Lei;V - descumprir a interdição;VI - obstruir a ação dos órgãos e das entidades de fiscalização;VII - descumprir o disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil de 1988, combinado com o art. 27, V, e artigo 78, XVIII, daLei nº 8.666/1993.

Parágrafo único. A cassação do Termo de Permissão de Uso implicará a imediatacassação do Alvará de Localização e Funcionamento.

Art. 23. Será determinada a retirada do quiosque ou trailer quando:I - o interessado não possuir o respectivo Termo de Permissão de Uso;II - for cassado o Termo de Permissão de Uso;III - estiver em mau estado de conservação e não puder ser reparado, apósprévia notificação.

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Art. 24. A apreensão dar-se-á nos seguintes casos:I - não-cumprimento da determinação estabelecida no art. 16, VII;II - instalação irregular em desacordo com a legislação;III - comercialização de produtos proibidos ou de origem irregular.Art. 25. A apreensão de materiais ou equipamentos provenientes de instalação efuncionamento de quiosque ou trailer irregular será efetuada pela fiscalização,que providenciará a remoção para depósito público ou para o local determinadopelo órgão ou pela entidade competente.

§ 1° A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-se:

I - à comprovação de propriedade;II - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastosefetivamente realizados com remoção, transporte, depósito.

§ 2° Os gastos efetivamente realizados com a remoção, transporte e depósito dosmateriais e equipamentos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público,mediante pagamento de valor calculado com base em preços definidos emregulamento específico, independentemente da devolução do bem.

§ 3° O valor referente à permanência no depósito será definido em legislaçãoespecífica.

§ 4° O órgão ou entidade competente fará publicar na Imprensa Oficial do DistritoFederal a relação dos materiais e equipamentos apreendidos, para ciência dosinteressados.

§ 5° A solicitação para a devolução dos materiais e equipamentos apreendidosserá feita no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da publicação a quese refere o § 4º, sob pena de perda do bem.

§ 6° Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos apreendidosantes da publicação de que trata o § 4°.

§ 7° Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para depósito nãoreclamados no prazo estabelecido pelo § 5° serão declarados abandonados porato do Poder Executivo a ser publicado na Imprensa Oficial Distrito Federal.

§ 8° Do ato referido no § 7º constará no mínimo a especificação do tipo e daquantidade dos materiais e equipamentos apreendidos.

§ 9° Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos destaLei serão incorporados ao patrimônio do Distrito Federal e posteriormente poderãoser doados ou alienados, a critério do Poder Executivo.

Art. 26. O proprietário não poderá reivindicar eventual reparação de danosdecorrentes de perecimento natural, danificação ou perda de valor dos materiais eequipamentos apreendidos.

Art. 27. A demolição do quiosque dar-se-á quando:I - houver instalação irregular, em desacordo com a legislação, e não for possívela retirada ou apreensão;II - for cassado o Termo de Permissão de Uso e não for cumprido o prazodeterminado para retirada por meios próprios.

§ 1º A demolição ocorrerá às expensas do ocupante da área ou do responsávelpela sua instalação.

§ 2º Se o ocupante não proceder à demolição por conta própria em vinte dias, o

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Poder Executivo o fará, cobrando os custos do respectivo ocupante da área ou doresponsável pela sua instalação.

Capítulo VIIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 28. Aqueles que exerçam atividades econômicas em quiosques e trailers até oinício da vigência desta Lei podem, no prazo máximo de noventa dias, requerer aoPoder Executivo Permissão de Uso não qualificada, desde que o ocupante:

Novo prazo previsto pela LEI Nº. 4972/2012, de 26 de novembro de2012, DODF Nº 240 de 28 de novembro DE 2012 Art. 1º O prazo previstono art. 28, caput, da Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008, ficaprorrogado até 31 de dezembro 2013.

I - esteja adimplente com as obrigações referentes ao preço público e aos demaisencargos relativos à ocupação;II - se permissionário, concessionário ou autorizatário de mais de uma áreapública, opte por apenas uma delas;III - não seja servidor público e empregado público ativo da Administração PúblicaDireta e Indireta federal, estadual, distrital ou municipal;IV - não seja empresário, ou sócio de sociedade empresária ou de sociedadesimples, salvo aqueles que exerçam suas atividades exclusivamente em quiosqueou trailer.

Parágrafo único. Fica assegurado aos antigos ocupantes de espaços públicos quejá exerciam, comprovadamente, as atividades de que trata esta Lei e foramremovidos em data posterior a 1º de janeiro de 2007 o direito a novas áreas emcondições semelhantes àquelas objeto da remoção, exceto os removidos porabandono ou por envolvimento em atividades ilegais.

Art. 29. Até que seja concluído o Plano de Ocupação e os devidos procedimentosadministrativos para a regularização da utilização de área pública por trailers equiosques no Distrito Federal, fica vedada a instalação de novos, bem como areforma, ampliação ou relocação.

Parágrafo único. Excetua-se do caput o caso previsto no art. 32.

Art. 30. Após a publicação do Plano de Ocupação e da aprovação do projeto-padrão, o permissionário contemplado no art. 28 deverá atender às exigências doPlano e do projeto no prazo máximo de quatro meses.

§ 1º Os quiosques e trailers que não estejam contemplados no Plano deOcupação, ou em projeto urbanístico aprovado e registrado no cartório de registrode imóveis, ou em projeto paisagístico aprovado, serão relocados para outrasáreas constantes do Plano de Ocupação, preferencialmente na mesma RegiãoAdministrativa, considerando-se os critérios de conveniência e oportunidade.

§ 2º Será garantida a relocação dos quiosques que estavam instalados na faixa dedomínio do Sistema Rodoviário do Distrito Federal preferencialmente para a áreada Região Administrativa lindeira.

Art. 31. O permissionário descrito no art. 28 deve pagar o preço públicodecorrente do uso da área estabelecida pelo Poder Executivo, considerando-se alocalização, as atividades econômicas a ser desenvolvidas e as características daRegião Administrativa.

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Capítulo VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32. As áreas destinadas a quiosques e trailers podem ser redefinidas, aqualquer tempo, por determinação do Poder Público, em atendimento ao interessepúblico ou coletivo, ou ainda quando da alteração ou elaboração de projetourbanístico ou paisagístico para o local.

Art. 33. Os produtos comercializados e os serviços prestados no quiosque outrailer serão definidos no Decreto regulamentador.

Art. 34. É facultada ao Poder Público a utilização de quiosques e trailers de quetrata esta Lei para a prestação de serviços públicos.

Art. 35. O permissionário é dispensado do pagamento dos valores de preçopúblico referentes à ocupação nos quatro primeiros meses, a título de fomento,contados a partir da assinatura do respectivo Termo de Permissão de Uso.

Art. 36. O Distrito Federal pode, por meio de programas de incentivo, financiaraos permissionários a construção do quiosque, desde que atenda ao projeto-padrão estabelecido pelo Poder Executivo, ou a aquisição do trailer.

§ 1º Obedecidas as disposições das Leis nº 3.035 e nº 3.036, de 18 dejulho de 2002, fica permitida a exploração de propaganda comercial naslaterais dos quiosques por parte dos permissionários, dentro dos padrõesestabelecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo, emcontrapartida à construção do quiosque.

§ 2º O contrato de parceria para construção do quiosque não poderá terprazo superior ao de sua concessão de uso. (Alterado pela Lei 4486/2010de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).

Art. 37. O Poder Executivo instituirá o cadastro único dos permissionários.

Art. 38. Após conclusão do Plano de Ocupação de que trata o Capítulo III, osórgãos e as entidades competentes, no prazo máximo de seis meses, realizarãoas licitações das áreas não contempladas no art. 30.

Parágrafo único. O prazo de que trata o caput será contado a partir da data dapublicação do Plano de Ocupação no DODF.

Art. 39. Os valores especificados nesta Lei serão corrigidos anualmente, ou emprazo menor autorizado pela legislação do Distrito Federal, pelo Índice Nacionalde Preços ao Consumidor - INPC, ou outro índice oficial que venha a substituí-lo.

Art. 40. Em caso de morte do permissionário, invalidez permanente ou doençaque determine a incapacidade para gerir seus próprios atos, o Termo dePermissão de Uso e o Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada serãotransferidos ao cônjuge sobrevivente ou ao companheiro que vivia com o de cujusou com o inválido, ao tempo do falecimento ou da invalidez, desde que ele não seenquadre nas vedações do art. 12, I, II e III, desta Lei.

Art. 41. O Poder Executivo instituirá, por meio de lei, programa de incentivoeconômico com o fim de estimular a transferência de atividades desenvolvidas emquiosques que ocupem áreas superiores às definidas para mobiliários urbanos,para áreas comerciais, sobretudo por meio de:I - utilização do imposto territorial urbano para estimular o uso de setores

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comerciais específicos, sobretudo de imóveis que se encontram vazios ousubutilizados nas regiões administrativas;II - reduções temporárias de impostos e taxas;III - inserção em programas de desenvolvimento econômico, inclusive no ProjetoOrla, abertura de linhas de crédito, treinamento profissional e demais medidasnecessárias à transferência das atividades para setores comerciais específicos.

Art. 42. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias.

Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 44. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 02 de dezembro de 2008121º da República e 49º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

LEI Nº 4.486, DE 08 DE JULHO DE 2010.(Autoria do Projeto: Deputados Paulo Tadeu e Raimundo Ribeiro)

Altera a Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008, que estabelece critérios deutilização de áreas públicas do Distrito Federal por mobiliários urbanos do tipoquiosque e trailer para o exercício de atividades econômicas e dá outrasprovidências.

Art. 8º Aplicam-se aos quiosques, trailers e similares instalados e emfuncionamento nos terminais rodoviários existentes no Distrito Federal asdisposições da Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008. (Disposto na Lei4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10).

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DECRETO Nº 30.090/2009 – Traillers e QuiosquesDODF DE 25.02.2009

DEC. 30090/09DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009

TRAILLERs e QUIOSQUES

Regulamenta o Capítulo VII daLei nº 4.257, de 02 dedezembro de 2008 e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere oartigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal e, em obediênciaao artigo 42 da Lei nº 4.257, de 02 de dezembro de 2008, DECRETA:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Este Decreto regulamenta o Capítulo VII da Lei nº 4.257, de 02 dedezembro de 2008, que dispõe sobre as disposições transitórias para regularizaçãoda ocupação de área pública por mobiliário urbano do tipo quiosque e trailer para oexercício de atividade econômica.

CAPÍTULO IIDO REQUERIMENTO

Art. 2º. O ocupante de área pública por mobiliário urbano do tipo quiosque ou trailerpoderá requerer Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada, até 02 de março de2009, mediante comprovação de que:I - exercia atividade econômica nesse tipo de mobiliário no Distrito Federal e tenhasido instalado até 03 de dezembro de 2008 ou;II - tenha sido removido entre 1º de janeiro de 2007 e 03 de dezembro de 2008.

Art. 3º. O requerimento deverá ser preenchido e entregue na Coordenadoria deServiços Públicos - Coorsep ou na Administração Regional da circunscrição onde omobiliário está instalado ou fora removido.

Parágrafo único. O protocolo do requerimento não autoriza a ocupação de áreapública por mobiliário urbano.

Art. 4º. O requerimento deverá:I - seguir o modelo do Anexo I;II - ser instruído com a documentação exigida no item 5 do Anexo I.

Parágrafo único. Terá o prazo de sessenta dias após a publicação deste Decreto paraapresentar o requerimento conforme estabelecido no Anexo I, o interessado que atéa publicação deste Decreto e dentro do prazo previsto na Lei 4.257 de 02 dedezembro de 2008, apresentou requerimento diferente do modelo do Anexo I, sobpena de indeferimento.

CAPÍTULO IIIDO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Art. 5º. A Administração Regional encaminhará o requerimento e a documentação àCoordenadoria de Serviços Públicos - Coorsep.

Art. 6º. Caso a documentação obrigatória entregue esteja incompleta, a Coorsepnotificará o requerente no endereço declarado, para entregá-la no prazo de trintadias, sob pena de indeferimento.

Art. 7º. A Coorsep solicitará, no prazo máximo de trinta dias, à Agência deFiscalização do Distrito Federal - Agefis, que, também, no prazo de trinta dias,informará acerca da:

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I - área ocupada pelo mobiliário urbano;II - existência de autuação;III - motivos e data da remoção do mobiliário urbano, quando for o caso.

Art. 8º. Após a manifestação de que trata o artigo anterior, a Coorsep analisará adocumentação no prazo máximo de trinta dias.

Parágrafo único. Caso o requerente não atenda a qualquer requisito, a Coorsep darápublicidade mediante publicação no DODF, para que o requerente sane a exigênciano prazo de trinta dias, sob pena de indeferimento.

Art. 9º. Após a análise da documentação, a Coorsep deverá, justificadamente, darpublicidade mediante publicação no DODF, quanto:I - ao atendimento ou não das exigências legais do artigo 28 da Lei nº 4.257, de 02de dezembro de 2008;II - à existência de autorização, permissão, concessão para ocupação de área públicano Distrito Federal, em nome do requerente;III - ao deferimento ou indeferimento do requerimento.

Parágrafo único. A comprovação de ocupação dar-se-á por meio dos documentosdescritos no item 5 do Anexo I.

Art. 10. Os ocupantes de área pública que já exerciam, comprovadamente, atividadeeconômica em quiosque ou trailer e foram removidos entre 1º de janeiro de 2007 e03 de dezembro de 2008 e que tiveram seu requerimento deferido receberãocomunicado da Coorsep quanto ao deferimento e deverão aguardar a definição daárea de instalação.

Art. 11. A Coorsep, constatando que:I - o requerente possui autorização, permissão, concessão para ocupação de áreapública no Distrito Federal diferente de quiosque ou trailer, deferirá o requerimento ecassará as demais autorizações;II - existem outras irregularidades, indeferirá o requerimento e arquivará oprocesso;III - o requerente ocupe mais de uma área pública com quiosque ou trailer,considerará como opção para a ocupação, a área objeto do primeiro requerimentoanalisado deferido.

Art. 12. Não sendo constatadas as irregularidades no processo, a Coorsep emitirá oTermo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 13. Nos casos de indeferimento do requerimento ou cassação de autorizações, aCoorsep informará à:I - Agefis para a realização das ações devidas;II - Administração Regional para cassar o Alvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO IVDO TERMO DE PERMISSÃO

Art. 14. Permissão de Uso não-Qualificada é ato administrativo unilateral,personalíssimo, precário, intransferível, podendo ser revogado a qualquer tempo,sem direito a nenhuma indenização.

Art. 15. O Termo de Permissão de Uso não-Qualificada de que trata este Decretovigerá por no máximo quatro meses após a publicação do Plano de Ocupação.

Parágrafo único. O Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada para quiosque etrailer com ocupação superior a sessenta metros quadrados vigerá até no máximo03 de junho de 2010.

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Art. 16. O Termo de Permissão de Uso não-Qualificada deverá obedecer a modelopadrão a ser definido pela Coorsep.

Art. 17. Após edição do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada, a Coorsepdeverá:I - dar publicidade e disponibilizar as informações no sitio oficial;II - efetuar o devido registro;III - encaminhar cópia do Termo à Agefis;IV - enviar cópia do Termo à Administração Regional competente para subsidiar aemissão do Alvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO VDO PREÇO PÚBLICO

Art. 18. Ocupante deverá pagar mensalmente o preço público referente à áreaocupada, conforme estabelecido no Anexo II.

Art. 19. O preço público será corrigido anualmente com base no Índice Nacional dePreços ao Consumidor – INPC ou outro índice que o substitua.

Art. 20. O pagamento será feito por meio de Documento de Arrecadação – DAR, nasAgências do Banco de Brasília – BRB, devendo a tarifa correspondente ao primeiromês ser calculado proporcionalmente até o quinto dia útil do próximo mês erecolhida no ato da assinatura do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.Parágrafo único. Os vencimentos subsequentes ocorrerão mensalmente no quinto diaútil.

Art. 21. O atraso no pagamento acarretará a incidência cumulativa de juros de morade um por cento ao mês ou fração, atualização monetária e multa de dois por centosobre o valor a ser recolhido, nos termos das normas vigentes.

Art. 22. A cobrança do Preço Público – PP será feita de acordo com a área ocupada –A e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação – V, com a seguintefórmula de cálculo:PP = A x V, sendo que:A é área pública ocupada em metros quadrados;V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, em funçãoda faixa progressiva de cobrança relativa ao tamanho da área pública ocupada e dopadrão da Região Administrativa, conforme as Tabelas 2 e 3 do Anexo II;

Art. 22. A cobrança do Preço Público = PP, será feita de acordo com a área ocupada= A, e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação = V, com a seguintefórmula de cálculo:PP = A x V, sendo que:A é área pública ocupada em metros quadrados;V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, e do padrãoda Região Administrativa, conforme os valores definidos na tabela do Anexo destedecreto.(ALTERADO - DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009)

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailerestá definido na Tabela 1 do Anexo II.

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailerestá definido na Tabela do Anexo deste decreto.(ALTERADO - DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009)

§ 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à ocupaçãonos quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei,somente será aplicada para os após a assinatura do Termo.

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§ 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à ocupaçãonos quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei,somente será aplicada após a assinatura do Termo.(ALTERADO - DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009)

Art. 23. Compete à Agefis o controle de pagamento e arrecadação de preço público.

Art. 24. Constatada a inadimplência do preço público por três meses consecutivos ouintercalados num período de seis meses, a Agefis notificará a Coorsep para cassaçãoimediata do Termo, que após adoção das providências administrativas necessárias,informará imediatamente à Administração Regional competente para a cassação doAlvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25. A atividade econômica permitida observará a atividade atualmente exercida,exceto na hipótese de não atender à legislação específica e ao interesse público.

Parágrafo único. É vedada a utilização do quiosque ou trailer como residência.

Art. 26. Considerar-se-á que o permissionário não desenvolveu a atividadeeconômica no quiosque ou trailer por mais de quarenta e cinco dias, nos termos doinciso I do artigo 22 da Lei, quando o mobiliário urbano for encontrado fechado, nohorário de funcionamento estabelecido no seu Alvará de Funcionamento, em trêsvisitas fiscais consecutivas, efetuadas com intervalos de quinze a vinte dias, em diasdiferentes da semana.

Parágrafo único. A Agefis, constatada a interrupção da atividade econômica,comunicará a Coorsep para que promova a cassação do Termo de Permissão de UsoNão-Qualificada.

Art. 27. Verificada a instalação de novos mobiliários urbanos do tipo quiosque outrailer, bem como a sua reforma, ampliação ou relocação após a publicação da Lei, aAgefis, sem prejuízo das sanções estabelecidas, ressalvadas as hipóteses previstasno artigo 32, comunicará à Coorsep para que indefira o requerimento e/ou promovaa cassação do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 28. A Coorsep instituirá cadastro único dos permissionários de ocupação de áreapública por mobiliário urbano do tipo quiosque e trailer e disponibilizará acesso paraconsulta aos órgãos e entidades do Governo do Distrito Federal, desde queautorizado pela Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal.

Art. 29. O ocupante terá o prazo máximo de trinta dias para requerer o Alvará deLocalização e Funcionamento, a partir da data de assinatura do Termo de Permissãode Uso Não-Qualificada, sob pena de cassação do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada e sua imediata remoção.

Parágrafo único. Indeferido o pedido de Alvará de Localização e Funcionamento, aAdministração Regional comunicará, imediatamente, à Coorsep para cassação,imediata, do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 30. Os requerentes serão formalmente informados de todos os atos deindeferimento.

Art. 31. O Poder Público poderá definir projeto padronizado de quiosque e trailer,cujo o termo de permissão tenha sido deferido com base neste Decreto.

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Art. 32. O permissionário que vender, alugar ou ceder a qualquer título, o quiosqueou trailer objeto de permissão de uso com base neste Decreto, terá canceladaimediatamente sua permissão, sem direito a qualquer indenização, ficando impedidode concorrer a nova permissão.

Art. 33. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 34. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 20 de fevereiro de 2009121º da República e 49º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Os anexos constam no DODF.

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

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DECRETO Nº 30.141/2009 – TRAILLERS E QUIOSQUESDODF DE 099.03.2009

DEC. 30141/09DE 06 DE MARÇO DE 2009

TRAILLERs e QUIOSQUES

Altera a redação do artigo 22do Decreto nº 30.090 de 20 defevereiro de 2009

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere oartigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1º. O artigo 22 do Decreto nº 30.090, de 20 de fevereiro de 2009, passa avigorar com a seguinte redação:

“Art. 22. A cobrança do Preço Público = PP, será feita de acordo com a área ocupada= A, e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação = V, com a seguintefórmula de cálculo:PP = A x V, sendo que:A é área pública ocupada em metros quadrados;V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, e do padrãoda Região Administrativa, conforme os valores definidos na tabela do Anexo destedecreto.

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailerestá definido na Tabela do Anexo deste decreto.

§ 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à ocupaçãonos quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei,somente será aplicada após a assinatura do Termo”.

Art. 2º Ficam definidas as tabelas do anexo I deste Decreto cuja vigência e aplicaçãoocorrerão, tão somente, até que se encerre o prazo de transição previsto no § 3º doartigo 3º da Lei nº 4.257/2008, findo o qual voltarão a vigorar as tabelas constantesdo anexo II do Decreto nº 30.090, de 20 de fevereiro de 2009, conforme publicadono DODF nº 38, de 25 de fevereiro de 2009.

Art. 3°. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4°. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 06 de março de 2009121º da República e 49º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

O anexos constam no DODF.

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 67

PUBLICIDADE ePROPAGANDA

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LEI N° 3.036/2002 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA(Autoria do Projeto: Poder Executivo)

LEI Nº 3036/2002DE 18 DE JULHO DE 2002

PUBLICIDADE

Dispõe sobre o Plano Diretor de Publicidadedas Regiões Administrativas do Gama – RA II,Taguatinga – RA III, Brazlândia – RA IV,Sobradinho – RA V, Planaltina – RA VI,Paranoá – RA VII, Núcleo Bandeirante – RAVIII, Ceilândia – RA IX, Guará – RA X,Samambaia – RA XII, Santa Maria – RA XIII,São Sebastião – RA XIV, Recanto das Emas –RA XV e Riacho Fundo – RA XVII.

Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, o Governador do DistritoFederal, nos termos do § 3º do art. 74 da Lei Orgânica do Distrito Federal, sancionou, e eu,Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, na forma do § 6º do mesmo artigo,promulgo a seguinte Lei:CAPÍTULO IDO OBJETO DA LEIArt. 1° O Plano Diretor de Publicidade é o instrumento básico que orientará a instalação dos meiosde propaganda nas Regiões Administrativas do Gama – RA II, Taguatinga – RA III, Brazlândia –RA IV, Sobradinho – RA V, Planaltina – RA VI - RA, Paranoá – RA VII, Núcleo Bandeirante –RA VIII, Ceilândia – RA IX, Guará – RA X, Samambaia – RA XII, Santa Maria – RA XIII, SãoSebastião – RA XIV, Recanto das Emas – RA XV e Riacho Fundo – RA XVII.Art. 2° Reger-se-ão por legislação específica:I - as propagandas veiculadas em radiodifusão, livros, jornais e outros periódicos, panfletos einternet;II - a propaganda eleitoral;III – a propaganda colocada na fuselagem de veículos, trailers, reboques, aeronaves eembarcações;IV - os meios de sinalização compostos pela sinalização de trânsito, sinalização oficial esinalização relativa à edificação.Art. 3° Integram esta Lei os Anexos I a XIV relativos aos parâmetros máximos especificados paraos meios de propaganda.Art. 4° Constituem objetivos do Plano Diretor de Publicidade:I - manter a estética da paisagem urbana por meio do ordenamento da publicidade;II - ordenar os meios de publicidade no espaço urbano considerando as particularidades de cadaRegião Administrativa;III - estabelecer parâmetros para instalação de meios de propaganda objetivando evitar os abusos ea sobreposição dos mesmos;IV - normatizar a utilização de meios de publicidade em área pública, de forma a evitar prejuízosquanto à circulação de veículos e pedestres;V - preservar a visibilidade do horizonte, característica fundamental na concepção da cidade.CAPÍTULO IIDA CONCEITUAÇÃOArt. 5° Para os efeitos desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos:I - altura da edificação: medida em metros entre o ponto definido como cota de soleira e o pontomais alto da edificação, observadas as normas de edificação, uso e ocupação do solo específicas eos Planos Diretores locais - PDL;II - área pública: área destinada a sistemas de circulação de veículos e pedestres e aos espaçoslivres de uso público, incluindo as faixas de domínio de rodovias e ferrovias;III - área máxima de exposição: área medida em metros quadrados da superfície destinada àcolocação da mensagem publicitária;IV - área total de exposição dos meios de propaganda: somatório de todas as áreas máximas deexposição;V - campanha de interesse público: publicidade ou propaganda realizada pelo Poder Público ou emparceria com este, de caráter educativo, informativo ou de orientação social;VI - castelo d'água: construção elevada, isolada da edificação, destinada a reservatório de água;VII - cercamento: elemento de vedação, construído nos limites das propriedades confrontantes comparticulares ou domínio público;VIII - emblemas: insígnia, símbolo, alegoria, representação, distintivo, divisa militar, símbolo deum conceito ou sentimento;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 69

IX - empena cega: fachada de edificação sem janelas ou aberturas;X - eventos: atividades culturais, religiosas, educativas e de lazer, de caráter temporário, abertas àpopulação em áreas públicas ou privadas;XI - faixa: meio de propaganda feito de tecido, destinado à pintura de publicidade ou propagandavisual ou ainda de manifestação de apoio, protesto, apelo ou solidariedade;XII - faixa de domínio: superfície lindeira às vias e rodovias, delimitada por lei específica e sobjurisdição do órgão competente com circunscrição sobre a mesma;XIII - galeria: passagem coberta, destinada à circulação de pedestres que se estende interna ouexternamente à edificação;XIV - identificação: elemento de informação visual que identifica através do nome, denominação,logotipos, emblemas os bens públicos ou privados e pontos turísticos;XV - logomarca: desenho que simboliza e identifica graficamente uma empresa ou instituição;XVI - logradouro público: toda parte pública da superfície urbana não constituída por unidadeimobiliária, destinada ao uso da coletividade e à circulação de veículos e pedestres, incluindo asfaixas de domínio de ferrovias, rodovias e/ou espaço aéreo;XVII - marquise: cobertura em balanço, ou não, na parte externa de uma edificação, destinada àproteção de fachada ou a abrigo de pedestres;XVIII - meios de propaganda: todos os elementos visuais utilizados para a divulgação de produtos,serviços, marcas, promoções e eventos, bem como para a identificação de bens públicos eprivados;XIX - meios de publicidade: conjunto formado pelos meios de propaganda e meios de sinalização;XX - meios de sinalização: todos aqueles destinados a informar os usuários a respeito deendereçamento ou fluxo de tráfego;XXI - mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes dapaisagem urbana, implantados mediante outorga do Poder Público, em espaços públicos;XXII - patrimônio cultural: bem de natureza material ou imaterial, tomado individualmente ou emconjunto, de valor histórico e cultural, cuja preservação assegure ao cidadão o direito à memória;XXIII - patrocinador: pessoa física ou jurídica que financia ou presta apoio financeiro pararealização de eventos abertos ao público ou para a instalação de meios de propaganda;XXIV - placa de identificação dos profissionais da obra: identificação exigida por legislação doConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA;XXV - propaganda inclinada à edificação: quando a superfície do meio de propaganda apresentarangulação diferente de 90° (noventa graus) ou 180° (cento e oitenta graus) em relação à superfíciena qual está afixada;XXVI - propaganda paralela à edificação: quando a superfície do meio de propaganda possuirdistância da edificação igual em toda a sua extensão;XXVII - propaganda perpendicular à edificação: quando a maior metragem linear de sua superfícieformar ângulo de 90° (noventa graus) em relação à edificação;XXVIII - sinalização oficial: meios de publicidade destinados a informar aos usuários sobre oendereçamento da cidade como: nomenclatura de vias, endereçamento de setores, quadras, lotes eprojeções, relativos a bens públicos e privados;XXIX - sinalização relativa à edificação: meios de propaganda destinados a informar os usuáriossobre fluxo ou percurso a ser seguido como entrada e saída de veículos; entrada de funcionários evisitantes; local de carga e descarga; circulação de pedestres e veículos; vagas de estacionamentopara pessoas portadoras de necessidades especiais, veículos oficiais, ambulâncias ou corpo debombeiros;XXX – tapume: proteção provisória feita em madeira ou outros materiais, destinada a limitar a áreanecessária para a construção de uma edificação;XXXI – toldos: cobertura de lona ou de outro material destinada a abrigar do sol e da chuva;XXXII – tombamento: instrumento jurídico de competência do poder Público Federal, estadual,municipal e distrital destinado a preservar de dano, descaracterização, perda ou destruição, os bensculturais de valor histórico, artístico, arquitetônico, ambiental e arqueológico, em conformidadecom o que estabelece a Constituição Federal e legislação específica;XXXIII – uso coletivo: também denominado uso institucional ou comunitário, refere-se àutilização de determinado espaço físico por um grupo ou coletividade em atividades de naturezaadministrativa, cultural, esportiva, recreativa, educacional, social, religiosa ou de saúde.CAPÍTULO IIIDA PROPAGANDAArt. 6° São considerados meios de propaganda, os elementos visuais utilizados para:I - divulgação de produtos, serviços, marcas, promoções e eventos;

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II - identificação de:a) pontos turísticos;b) bens públicos ou privados.Art. 7° Os meios de propaganda são classificados em função de sua:I - fixação;II - iluminação;III - dimensão.Art. 8° Quanto ao local de fixação, os meios de propaganda podem ser:I - fixos na edificação:a) no térreo;b) nos pavimentos superiores, incluindo torre de circulação vertical;c) nas empenas cegas;d) em marquises;e) em galerias;f) em toldos;g) em castelos d'água e silos;h) no cercamento.II - fixos no solo:a) em área pública;b) no interior do lote;III - fixos em bens móveis:a) em equipamentos utilizados nas atividades de ambulante.IV - fixos em mobiliário urbano.§ 1° Aplicam-se, para efeitos desta Lei, aos balões de eventos fixos no solo as regras referentes aosbens móveis.§ 2° Os meios de propaganda na edificação podem ser afixados de forma:a) paralela;b) inclinada;c) perpendicular.Art.9° Os meios de propaganda afixados na edificação nos locais estabelecidos no art. 8°, inciso I,poderão veicular os seguintes tipos de propaganda:I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação;II - identificação do estabelecimento, instalado na edificação, com ou sem patrocinador;III - identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação;IV - propaganda relativa a promoções e eventos a serem realizados no local.V - propaganda para divulgação de produtos, marcas e serviços.Art. 10. Os meios de propaganda fixos no solo em área pública ou no interior do lote poderãoveicular os seguintes tipos de propaganda:I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação;II - identificação do estabelecimento, instalado na edificação, com ou sem patrocinador;III - identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação;IV - divulgação de produtos, serviços, marcas e promoções;V - divulgação de eventos realizados no local;VI - placas de identificação obrigatórias por legislação específica.Art. 11. Os meios de propaganda fixos na edificação ou no solo serão classificados quanto à suailuminação em:I - sem iluminação;II - iluminado: quando a fonte luminosa do meio de propaganda for um foco de luz a ele dirigido;III - luminoso: quando a fonte luminosa for parte integrante do meio de propaganda com ou semalternância de movimento;IV - virtual: quando a mensagem publicitária for projetada em superfície visível de logradouropúblico.

ATENÇÃO: PORTE DOS ENGENHOS PUBLICITARIOS

Art. 12. Os meios de propaganda fixos no solo serão classificados, quanto à sua dimensão, em:I - de pequeno porte: aquele que possua uma área total de exposição não superior a 6m² (seismetros quadrados) e altura máxima de 4m (quatro metros);II - de médio porte: aquele que possua uma área total de exposição acima de 6m² (seis metrosquadrados) e inferior ou igual a 20m² (vinte metros quadrados) e altura máxima de 6m (seismetros);

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III - de grande porte: aquele que possua uma área total de exposição acima de 20m² (vinte metrosquadrados) e inferior ou igual a 35m² (trinta e cinco metros quadrados) e altura máxima de 10m(dez metros);IV - especial: aquele que possua uma área total de exposição acima de 35m² (trinta e cinco metrosquadrados) e inferior ou igual a 70m² (setenta metros quadrados) e altura máxima de 12m (dozemetros).§ 1° Para os meios de propaganda de dimensão especial fixos no solo a área máxima de exposiçãode cada face não poderá ultrapassar 35m² (trinta e cinco metros quadrados).§ 2° A altura máxima dos meios de propaganda será contada a partir da base de fixação da haste,incluindo seu comprimento.§ 3° Não se aplica o disposto neste artigo aos meios de propaganda já instalados, devidamentelicenciados.Art. 13. Os meios de propaganda instalados no solo deverão conter, no mínimo, o nome e telefoneda empresa responsável por sua instalação.Parágrafo único. Ainda que instalado pelo próprio anunciante, é obrigatória a informação previstaneste artigo.CAPÍTULO IVDA PROPAGANDA E SEUS PARÂMETROSSeção IDos Parâmetros MáximosArt. 14. A instalação dos meios de propaganda fica condicionada aos parâmetros máximosdefinidos nesta Lei.§ 1° A definição da fixação, iluminação, distanciamento, quantidade, porte e demais parâmetrosnecessários será observada conforme o disposto nesta Lei e seus Anexos.§ 2° A indicação da localização individual dos engenhos publicitários, quando em área pública,será feita pelo órgão responsável pela jurisdição da área onde o ponto for alocado.§ 3° Na regulamentação da presente Lei pelo Poder Público, serão observados os Planos DiretoresLocais, as normas de edificação, uso e ocupação do solo e as características físicas da área.§ 4° Nos casos de áreas ou bens tombados localizados nas Regiões Administrativas de que trataesta Lei, a regulamentação prevista no parágrafo anterior, caso seja considerado necessário pelaautoridade competente, será submetida à apreciação dos órgãos de proteção ao patrimônio local efederal e do órgão competente de planejamento urbano.Seção IIEm Lotes ou Projeções Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial ouColetivo, também denominado Institucional ou Comunitário para os Meios de PropagandaFixos em EdificaçãoArt. 15. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em edificações de uso comercial debens e serviços, industrial ou coletivo, também denominado institucional ou comunitário são osconstantes do Anexo I desta Lei.Parágrafo único. Nos lotes ou projeções edificados cujos usos e locais de fixação sejam osestabelecidos nesta Seção serão permitidos os meios de propaganda definidos no art. 9°.Seção IIIEm Lotes Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial ou Coletivo, tambémdenominado Institucional ou Comunitário para os Meios de Propaganda Fixos no SoloArt. 16. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda diretamente no solo ou por haste desustentação, no interior do lote, são os constantes do Anexo II desta Lei, respeitado o seguinte:I - nos lotes ou projeções edificados, cujos usos e locais de fixação sejam os estabelecidos nestaSeção serão permitidos os meios de propaganda definidos no art. 10;II - a altura do meio de propaganda não poderá ultrapassar a altura máxima da edificaçãoestabelecida nas normas de edificação, uso e ocupação do solo específicas e nos Planos DiretoresLocais - PDL.Seção IVEm Área Pública para os Meios de Propaganda Fixos no SoloArt. 17. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda diretamente no solo ou por haste desustentação em área pública são os constantes do Anexo III desta Lei, respeitado o disposto nestaSeção.Art. 18. Quando os meios de propaganda estiverem instalados numa distância máxima de 10m (dezmetros) das divisas dos lotes, estes somente poderão veicular propaganda relativa a:I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação;II - identificação do estabelecimento instalado na edificação, com ou sem patrocinador;

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III - identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação, com ou sempatrocinador.Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser de pequeno oumédio porte, sendo que para o último, a área máxima de exposição de cada face deverá ser nomáximo de 10m² (dez metros quadrados).Art. 19. Em caráter excepcional, considerando a inexistência ou insuficiência de área verde e ascaracterísticas físicas da área pública, poderá ser instalado meio de propaganda:I - na circulação de pedestres, devendo, neste caso, ser respeitada a circulação mínima livre de1,10m (um metro e dez centímetros) de raio em relação à haste deste meio e altura livre mínima de2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) em relação ao nível do piso;II - no estacionamento público, respeitada a altura livre mínima de 4m (quatro metros) em relaçãoao nível do piso do estacionamento.Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo serão alocados pelo órgãoresponsável pela área urbana.Art. 20. A instalação de meio de propaganda ao longo das faixas de domínio do SistemaRodoviário do Distrito Federal deverá ser definida por meio de um Plano de Ocupação, elaborado,conjuntamente, pelo órgão responsável pelo Sistema Rodoviário do Distrito Federal, pelo órgãoresponsável pela administração da área urbana e pelo órgão central do sistema de planejamentourbano de acordo com esta Lei.Parágrafo único. O Plano de Ocupação de que trata este artigo deverá respeitar o espaçamentomínimo entre os meios de propaganda de 100m (cem metros), quando localizados na mesmamargem da rodovia.Art. 21. Será permitida a veiculação de meio de propaganda, fixado nos suportes de sinalização denomenclatura de vias, setores ou quadras, conforme definido no anexo XII.Seção VEm Lotes ou Projeções Edificados de Uso Residencial do Tipo Habitação Coletiva paraMeios de Propaganda Fixos em EdificaçãoArt. 22. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em edificações de uso residencialdo tipo habitação coletiva são os constantes do anexo IV desta Lei, respeitado o seguinte:I - serão permitidos apenas os meios de propaganda utilizados para identificação do edifício ousinalização oficial;II - não será admitido o tipo luminoso e virtual.Seção VIEm Lotes Edificados de Uso Residencial Habitação Unifamiliar com Alvará deFuncionamento a Título Precário para Meios de Propaganda Fixos em Edificação e no SoloArt. 23. Os parâmetros para a instalação de meios de propaganda fixos na edificação ou no solo emhabitações de uso residencial unifamiliar com alvará de funcionamento deverão respeitar odisposto no anexo V desta Lei.Parágrafo único. Os parâmetros estabelecidos nesta Seção não se aplicam às cidades que jápossuam Plano Diretor Local aprovado.Seção VIIEm Canteiros de Obras de Lotes ou Projeções de Uso Comercial de Bens e Serviços,Industrial, Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário, e Residencial doTipo Habitação Coletiva para os Meios de Propaganda Fixos em Edificação ou no SoloArt. 24. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em canteiros de obras de usocomercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também denominado institucional oucomunitário, e residencial do tipo habitação coletiva são os constantes do Anexo VI desta Lei.Parágrafo único. Para os meios de propaganda fixos na edificação não será permitida a forma defixação perpendicular e luminosa.Art. 25. Os meios de propaganda de que trata esta Seção poderão divulgar:I - informações sobre o empreendimento ali em construção;II - placas de identificação dos profissionais da obra;III - identificação das empresas prestadoras de serviços no empreendimento.IV - produtos, marcas e serviços.Art. 26. Os meios de propaganda instalados a que se refere esta Seção deverão ser removidosjuntamente com o canteiro de obras.§ 1° Após a retirada do canteiro de obras, somente será permitida a veiculação de propaganda pormeio de faixas fixas na edificação, referente à comercialização das unidades imobiliárias aliestabelecidas, por um período máximo de seis meses contados a partir da data de expedição dacarta de habite-se.

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§ 2° As faixas de que trata o parágrafo anterior não poderão ter área de exposição superior a 2m²(dois metros quadrados).Seção VIIIEm Estande de Vendas de Lotes ou Projeções de Uso Comercial de Bens e Serviços,Industrial, Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário, e Residencial doTipo Habitação Unifamiliar e Coletiva para Meios de Propaganda Fixos em Edificação ou noSoloArt. 27. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em estandes de vendas de lotes ouprojeções de uso comercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também denominadoinstitucional ou comunitário e residencial do tipo habitação unifamiliar e coletiva são os constantesdo Anexo VII desta Lei.§ 1° Os meios de propaganda de que trata esta Seção somente poderão divulgar informações sobreos empreendimentos comercializados no local;§ 2° Para os meios de propaganda fixos na edificação não será permitida a forma de fixaçãoperpendicular, luminosa e virtual.Seção IXEm Canteiros de Obras de Lotes de Uso Residencial do Tipo Habitação Unifamiliar paraMeios de Propaganda Fixos em Edificação ou no SoloArt. 28. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em canteiro de obras de usoresidencial do tipo habitação unifamiliar são os constantes do anexo VIII desta Lei.Art. 29. Os meios de propaganda de que trata esta Seção poderão divulgar:I - informações sobre o empreendimento em construção;II - placas de identificação dos profissionais da obra;III - identificação das empresas prestadoras de serviços no empreendimento.Art. 30. Os meios de propaganda instalados a que se refere esta Seção deverão ser removidosjuntamente com o canteiro de obras.§ 1° Após a retirada do canteiro de obras, somente será permitida a veiculação de propaganda pormeio de faixas fixas na edificação, referente à comercialização da unidade imobiliária estabelecidano local, por um período máximo de seis meses contados a partir da data de expedição da carta dehabite-se.§ 2° As faixas de que trata o parágrafo anterior não poderão ter área de exposição superior a 2m²(dois metros quadrados).Seção XEm Lotes ou Projeções não Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial,Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário e Residencial do TipoHabitação Coletiva para os Meios de Propaganda Fixos no SoloArt. 31. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda no interior de lotes ou projeçõesnão edificadas de uso comercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também denominadoinstitucional ou comunitário e residencial do tipo habitação coletiva são os constantes do anexo IXdesta Lei.Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser utilizados paradivulgação de produtos, serviços, marcas, promoções e eventos, bem como para divulgação dosempreendimentos a serem instalados no local.Seção XIEm Postos de Abastecimento de Combustíveis para Meios de Propaganda Fixos emEdificação e no SoloArt. 32. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em postos de abastecimento decombustíveis são os constantes do anexo X desta Lei.§ 1° Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser utilizados para identificação doestabelecimento, bandeira, preços ou outra informação que a legislação específica assim odetermine.§ 2° Para os meios de propaganda fixos no solo não será permitido o porte especial.Seção XIIEm Faixas Afixadas na Edificação ou no SoloArt. 33. Os parâmetros para implantação de faixas fixas na edificação ou no solo são os constantesdo anexo XI desta Lei.Art. 34. A instalação de faixas na edificação poderá ser:I - de identificação provisória da edificação, até a instalação de propaganda definitiva;II - alusiva a promoções em curso da mesma;III - destinada à venda de unidades imobiliárias;

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IV - alusiva a produtos ou serviços oferecidos no estabelecimento;V - alusiva a eventos devidamente autorizadosArt. 35. Os locais para instalação de faixas no solo, em área pública, serão definidos quando daregulamentação desta Lei, pelo órgão responsável pela administração da área urbana tendo carátertemporário.Parágrafo único. Nos locais a serem definidos poderão ser veiculadas propagandas relativas acampanhas de interesse público bem como divulgar produtos, marcas, serviços, promoções eeventos, respeitado o disposto nesta Lei.Seção XIIIEm Mobiliário UrbanoArt. 36. Os parâmetros para implantação de meios de propaganda em mobiliário urbano são osconstantes do anexo XII desta Lei.Art. 37. É permitida a veiculação de propaganda nos mobiliários urbanos como contrapartida doPoder Público ao particular que desejar construir, recuperar ou conservar os mesmos ou os espaçoslindeiros a esse.§ 1° Não será permitida a instalação de mobiliário urbano em locais onde sua utilização tenha ointuito exclusivamente de veiculação da propaganda.§ 2° A veiculação da propaganda prevista neste artigo conterá em seu projeto, além dascaracterísticas da obra, reforma ou manutenção a ser realizada, todos os elementosindividualizadores do tipo de propaganda a ser veiculada.§ 3° É vedada a subcontratação, total ou parcial, ou alienação, de qualquer forma, dos direitosrelativos à concessão de uso prevista neste artigo, bem como a cessão ou transferência, total ouparcial, da titularidade do contrato para outrem.§ 4° O contrato administrativo será imediatamente rescindido constatadas as hipóteses doparágrafo anterior, na forma dos arts. 78 a 80 da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.§ 5° A instalação de meios de propaganda a que se refere este artigo fica vinculada à instalação ourecuperação completa do referido mobiliário urbano ou os espaços lindeiros a esse.Seção XIVEm EventosArt. 38. Em caráter excepcional, durante eventos abertos à população em logradouros públicos ouáreas privadas, poderá ser autorizada a colocação de meios de propaganda para divulgar arealização do evento, promotores e de seus patrocinadores, em caráter temporário, respeitado odisposto nesta Lei.§ 1° A autorização de que trata este artigo fica condicionada à duração do evento.§ 2° Fica a critério do órgão competente, a definição de parâmetros para instalação de meios depropaganda em eventos.§ 3° Poderá ser autorizada, a critério do órgão competente, a instalação de meio de propaganda embem móvel, equipamento eólico ou mobiliário urbano dentre outros.Art. 39. Os meios de propaganda nos eventos autorizados pelo Poder Público deverão estarrestritos ao local onde será realizado o mesmo e deverão permanecer pelo período máximocompreendido entre os dez dias anteriores ao início do evento até os dois dias úteis subseqüentesao seu término.Seção XVEm Área Protegida pela Legislação AmbientalArt. 40. 0s meios de propaganda a serem instalados no interior de Unidades de Conservação,deverão ter prévia anuência do órgão ambiental, conforme definido em legislação específica.Seção XVIDos Parâmetros para Bens MóveisArt. 41. É permitida a veiculação de propaganda nos seguintes bens móveis:I - em veículos, trailers, reboques e similares em geral, de acordo com legislação específica;II - em equipamentos utilizados nas atividades de ambulantes fixa no próprio equipamento deacordo com modelo fornecido pelo órgão competente, desde que não ultrapasse o percentual de40% (quarenta por cento) da área da superfície onde se encontra.Capítulo VDOS MATERIAISArt. 42. Os materiais utilizados na execução dos meios de publicidade deverão:I - garantir condições de segurança ao público;II - resistir a intempéries;III - ter padrão mínimo de qualidade;IV - atender às normas técnicas de construção.

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Capítulo VIDAS PROIBIÇÕESArt. 43. Nenhum meio de propaganda poderá:I - desrespeitar os parâmetros definidos nesta Lei;II - usar gás inflamável;III - remover, danificar, encobrir, ser colado ou pintado, sobre outros meios de sinalização oupropaganda;IV - ter sua projeção horizontal avançando sobre a faixa de rolamento das vias públicas oucirculação de pedestres;V - apresentar formas ou padrões que possam ser confundidos com as placas de sinalização,especialmente as de trânsito;VI - ser instalado em edificações ou lotes com uso residencial unifamiliar, exceto quando for paraveicular a sinalização oficial ou este possuir alvará de funcionamento a título precário;VII - ser instalado em edificações ou lotes de uso residencial habitação coletiva, exceto paraveicular a sinalização oficial ou a identificação do edifício;VIII - ser instalado nas fachadas da edificação correspondente aos pavimentos residenciais e lotesou projeções, cujo uso seja misto.Art. 44. Nenhum meio de propaganda poderá apresentar conteúdo que:I - refira-se de forma desrespeitosa a pessoas, instituições, crenças ou profissões;II - desrespeite o disposto na legislação penal brasileira.Art. 45. É vedada a colocação de meios de propaganda de maneira a:I - causar risco ou prejuízo à população e ao meio ambiente;II - implicar em supressão e/ou corte de qualquer formação vegetal inserida em Área dePreservação Permanente, ou das espécies arbóreo - arbustivas tombadas em legislação específica;III - interferir na visibilidade da sinalização;IV - obstruir, total ou parcialmente, áreas mínimas de ventilação e iluminação de edificações;V - prejudicar a visibilidade dos motoristas que circulem em via pública;VI - avançar com sua projeção além da divisa do lote ou projeção em que estiver situado, para osmeios de propaganda fixados no solo;VII - obstruir o trânsito de veículos, pedestres ou ciclistas;VIII - danificar ou pôr em risco o funcionamento das redes de infra-estrutura das concessionáriasde serviços públicos;IX - localizar-se nas proximidades de redes de energia elétrica ou de telefonia, no caso deequipamento eólico com capacidade de flutuação no ar;X - avançar mais de O,20m (vinte centímetros) além dos limites da marquise ou galeria;Art. 46. Fica proibido afixar o meio de propaganda:I - acima das edificações, nas caixas d'água ou acima dos pavimentos superiores;II - no solo, com altura superior a 12m (doze metros);III - em canteiros centrais;IV - na forma de cavaletes, em área pública,V - em árvores ou arbustos;VI - em Área de Preservação Permanente, conforme definido em legislação específica;VII - em monumentos públicos, esculturas, fontes ou mastros;VIII - em interseções ou rótulas de vias urbanas e rodovias, exceto quando se tratar de sinalizaçãode trânsito;IX - em linhas e postes de transmissão ou em qualquer equipamento ou objeto de sinalização,ressalvados os casos permitidos nesta Lei;X - nos dutos de abastecimento de água ou hidrantes;XI - em distância inferior a 50m (cinqüenta metros) da cabeceira de pontes, viadutos, elevados ouvias sobrepostas;XII - em trevos, passagens de nível, viadutos, pontes, passarelas, túneis, muretas ou grades deproteção das rodovias ou ferrovias e metrovias;XIII - em alambrados, cercas ou muros de áreas, logradouros ou edifícios públicos, salvo quandoa Lei o permitir;XIV - nas zonas de aproximação de aeronaves, para os meios de propaganda com capacidade deflutuação no ar presos ao solo;Parágrafo único. O disposto no inciso III não se aplica aos eventos a que se refere o Capítulo IV,Seção XIV desta Lei, às campanhas de relevante interesse público, aos mobiliários urbanos e aoslotes já previstos no parcelamento, bem como aos casos especificamente dispostos de formadiversa nesta Lei.

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Art. 47. Fica proibida a instalação de faixas em área pública:I - nos locais mencionados nos arts. 45 e 46;II - nas faixas de domínio do Sistema Rodoviário do Distrito Federal;Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos eventos a que se refere a Seção XIV, doCapítulo IV desta Lei, nem a instalação de faixas para campanhas de relevante interesse público.CAPÍTULO VIIDOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOSSeção IDos Parâmetros de AnáliseArt. 48. Cabe ao órgão competente analisar os projetos e as características da instalação dos meiosde propaganda quanto à sua adequação aos parâmetros dispostos nesta Lei.Art. 49. A juízo do órgão competente poderão ser solicitados laudos técnicos sobre a segurança dasinstalações do meio de propaganda.Seção IIDa Aprovação do ProjetoArt. 50. O projeto do meio de propaganda em área urbana pública ou privada será submetido aexame no órgão competente para aprovação.Parágrafo único. O projeto de meio de propaganda aprovado tem validade de dois anos contados apartir da data da aprovação se não licenciado.Art. 51. A aprovação apenas do projeto de meio de propaganda fixa na edificação em separado doprojeto de arquitetura não configura autorização para instalação do mesmo.Art. 52. Os projetos de arquitetura da edificação submetidos à aprovação poderão indicar os locaisdestinados à veiculação da propaganda.Art. 53. O projeto dos meios de propaganda encaminhado ao órgão competente, que apresentedivergências com relação à legislação vigente, será objeto de comunicado de exigência aointeressado.§ 1° O comunicado de exigência será atendido no prazo máximo de trinta dias, contado a partir dadata do ciente do interessado, sob pena de arquivamento do processo.§ 2° Do comunicado de exigência constarão os dispositivos desta Lei não cumpridos em cadaexigência formulada.§ 3° O pedido será indeferido caso persista a mesma irregularidade após a emissão de 3 (três)comunicados de exigência.Art. 54. Cumpridas as exigências de que trata o artigo anterior, o órgão competente terá o prazomáximo de oito dias para apreciação do projeto, respeitado o detalhamento estabelecido naregulamentação.Parágrafo único. A contagem do prazo será reiniciada a partir da data do cumprimento dasexigências objeto da comunicação.Art. 55. Pode o interessado fazer pedido de reconsideração, no prazo máximo de trinta dias,contados da data da ciência do indeferimento da solicitação atinente à matéria disciplinada por estaLei, sob pena de arquivamento do processo.Parágrafo único. A resposta do órgão competente à solicitação de reconsideração do interessadoserá encaminhada no prazo máximo de trinta dias.Seção IIIDo LicenciamentoArt. 56. Os meios de propaganda em área pública, de que trata esta Lei, só podem serinstalados após a obtenção de licenciamento no órgão competente, salvo disposição expressaem contrário contida nesta Lei.Art. 57. O licenciamento dos meios de propaganda poderá ser feito por:I - autorização, concessão ou permissão, quando se tratar de área pública;II - licença, quando se tratar de área privada.§ 1° A autorização de uso de que trata este artigo será concedida em caráter precário e com prazopreviamente estipulado.§ 2° A autorização de uso na forma do parágrafo anterior, poderá ser revogada a qualquer tempo,por conveniência da Administração Pública ou por interesse público, independentemente deressarcimento ou indenização ao interessado.§ 3° A permissão ou concessão de uso será sempre precedida de licitação pública nos termos daLei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.§ 4° O Governo do Distrito Federal poderá rescindir o contrato referido no parágrafo anterior, noscasos de inadimplemento parcial ou total do mesmo ou do interessado público justificado.

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§ 5° A rescisão do contrato de permissão ou concessão de uso implicará cancelamento dolicenciamento.Art. 58. A exploração dos meios de propaganda em quaisquer bens privados que forem visíveis delogradouros públicos dependem de licenciamento do órgão competente.Art. 59. O licenciamento de que trata esta Lei terá os seguintes prazos de validade:I - para a instalação dos meios de propaganda em edificação e no interior do lote, o prazo devalidade será definido no licenciamento;II - para instalação de faixas em área pública será de sete dias;III - em bem móvel, nos termos da legislação específicaArt. 60. Os meios de propaganda fixos na edificação e no interior do lote ou projeção que estejamde acordo com os parâmetros estabelecidos nesta Lei, na data de sua publicação, ficam dispensadosda aprovação do projeto do meio de propaganda, devendo o licenciamento ser procedido daseguinte forma:I - apresentação pelo interessado ou seu representante legal de declaração que assegure ocumprimento dos parâmetros máximos estabelecidos nesta Lei;II - realização de vistoria pelo órgão competente pela fiscalização para verificação do cumprimentodos parâmetros de que trata o inciso anterior;III - expedição da licença.Art. 61. Consideram-se licenciados pelo Poder Público os meios de propaganda:I - previstos nos projetos de arquitetura aprovados pelo órgão competente;II - utilizados em contratos de publicidade com o Governo do Distrito Federal, desde que atendidasas exigências desta Lei.Art. 62. Ficam dispensados de licenciamento os meios de propaganda:I - instalados no interior de canteiro de obras, cercamentos e tapumes quando se referirem aosempreendimentos construídos no local;II - localizados no interior das edificações, quando não visíveis de logradouro público;III - utilizados em assembléias ou manifestações populares;IV - relativos à sinalização de endereçamento, identificação do edifício, dos órgãos ou entidadesinstaladas na edificação, conforme o disposto nesta Lei;V - fixos nos cercamentos de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos,quando se referirem às atividades específicas exercidas no local;VI - que veiculem propaganda referente a empreendimentos ou campanhas de interesse públicopromovidas pelo Poder Público.Art. 63. A solicitação encaminhada ao órgão competente, atinente à matéria disciplinada por estaLei, será devidamente instruída pelo interessado ou seu representante legal e analisada conforme anatureza do pedido, observadas as determinações desta Lei e sua regulamentação.Art. 64. O órgão concedente do licenciamento poderá reservar a si o direito de exigir até 10% (dezpor cento) da área de instalação de meio de propaganda licenciada para veicular propaganda deinteresse público, quando se tratar de área pública.Art. 65. Para cada meio de propaganda a ser licenciado será constituído processo individual doqual constem os pedidos referentes à instalação do referido meio, acompanhados da documentaçãodiscriminada na regulamentação desta Lei.Parágrafo único. Ficam dispensados de constituir processo individual de licenciamento os meiosde propaganda:I - objetos de concessão ou permissão;II - que integrarem uma mesma unidade imobiliária;III - de propriedade de um mesmo interessado.Art. 66. Procedimentos administrativos especiais e prazos diferenciados podem ser disciplinadospelo Chefe do Poder Executivo.Art. 67. O licenciamento para instalação de meio de propaganda em área pública poderá ser, aqualquer tempo, mediante decisão fundamentada, por ato da autoridade concedente:I - revogado, atendendo a relevante interesse público, com base na legislação vigente, ouvidos osórgãos técnicos competentes;II - cassado, em caso de desvirtuamento da finalidade do documento concedido;III - anulado, em caso de comprovação de ilegalidade ou irregularidade no procedimento delicenciamento ou na documentação apresentada ou expedida.

CAPÍTULO VIIIDOS PREÇOS DEVIDOS

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Art. 68. Os meios de propaganda objeto desta Lei ficam submetidos, cumulativamente ou não, aopagamento dos seguintes preços públicos:I - por interferência visual;II - por ocupação de área pública.Parágrafo único. O preço de que trata este artigo será cobrado da pessoa física ou jurídicalicenciada para exploração do meio de propaganda.Art. 69. Para os meios de propaganda objetos desta Lei instalados em área pública será cobradocumulativamente o preço por interferência visual e o preço por ocupação de área pública.Art. 70. Para o cálculo do preço público por interferência visual, multiplicar-se-á a área total deexposição do meio de propaganda pelo preço mínimo estabelecido no anexo XIII, desta Lei.Art. 71. Para fins de licenciamento dos meios de propaganda instalados em área pública serátomado por base o preço mínimo estabelecido no Anexo XIII e XIV.Art. 72. Ficam dispensados do pagamento dos preços públicos fixados neste Capítulo, os meios depropaganda:I - fixos nos muros de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos queveicularem somente propaganda relativa às atividades específicas exercidas no local;II - veiculados em eventos oficiais ou em parceria com o Poder Público;III - que veiculem propaganda oficial;IV - veiculados por meio de faixas;V - na edificação ou fixos no solo, no interior do lote ou projeções que veiculem:a) identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instaladas na edificação;b) identificação do estabelecimento ou propaganda relativa à atividade desenvolvida no local;VI - localizados nos canteiros de obras ou nas fachadas dos estandes de vendas que veiculemsomente propaganda relativa ao empreendimento realizado no local ou empresa construtora;VII - placas obrigatórias em função de legislação específica;VIII - localizados no interior da edificação quando não visíveis de logradouro público;IX - utilizados em assembléias ou manifestações populares.CAPÍTULO IXDAS INFRAÇÕES E PENALIDADESSeção IDas Disposições GeraisArt. 73. Para os efeitos desta Lei considera-se:I – infração, toda e qualquer ação ou omissão que importe inobservância dos limites e preceitosestabelecidos nesta Lei e sua regulamentação, a que seja cominada penalidade;II – infrator, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que praticar ato emdesacordo com a legislação vigente; que se omitir a praticar ato por ela exigido; ou que induzir,auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo ou a deixar de fazê-lo.Art. 74. A autoridade pública que tiver ciência da ocorrência de infração na sua área de atuaçãodeverá promover a apuração imediata, sob pena de responsabilidade.§ 1° Será considerado co-responsável o servidor público ou qualquer pessoa, física ou jurídica, queobstruir o processo de apuração da infração.§ 2° A responsabilidade do servidor público será apurada nos termos da legislação específica.Art. 75. Os encargos e as sanções previstos nesta Lei serão impostos à pessoa física ou aoresponsável pela pessoa jurídica licenciada para exploração do meio de propaganda.Parágrafo único. Caso o meio de propaganda não possua o licenciamento previsto neste artigo osencargos e sanções desta Lei serão aplicados à pessoa física ou responsável pela pessoa jurídicaque esteja fazendo uso do meio de propaganda.

Seção IIDas PenalidadesArt. 76. Os responsáveis por infrações decorrentes da inobservância aos preceitos desta Lei e suaregulamentação serão punidos, de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo das sanções civis epenais cabíveis, com as seguintes penalidades:I - advertência;II - multa;III - cancelamento do licenciamento;IV - determinação de retirada do meio de propaganda;V - apreensão do meio de propaganda;VI - demolição do meio de propaganda;

ATENÇÃO: MULTAS

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VII - cancelamento do alvará de funcionamento do infrator.Art. 77. Quando o proprietário ou responsável pela instalação do meio de propaganda se recusar aassinar documento referente às penalidades previstas nesta Lei, o responsável pela fiscalização faráconstar o fato no próprio documento, que será assinado por testemunha, quando possível.Art. 78. No caso de não ser localizado o proprietário ou responsável pelo meio de propaganda, oresponsável pela fiscalização registrará o fato no próprio documento.Parágrafo único. No caso previsto neste artigo a ciência ao responsável dar-se-á por meio depublicação no órgão oficial de imprensa do Distrito Federal.Art. 79. Eventuais omissões ou incorreções nos documentos imputadores da penalidade não geramsua nulidade, quando constarem elementos suficientes para a identificação da infração e doinfrator.Subseção IDa AdvertênciaArt. 80. A advertência será aplicada pelo responsável pela fiscalização por meio de notificação, naqual constará o prazo para correção da infração.Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, vinte dias, podendo serprorrogado, desde que devidamente justificado.Subseção IIDas MultasArt. 81. A multa será aplicada, mediante auto de infração, emitido pelo responsável pelafiscalização nos seguintes casos:I - por descumprir o disposto nesta Lei e sua regulamentação;II - por descumprir os termos da advertência no prazo estipulado;III - por falsidade de declarações apresentadas ao órgão responsável pelo licenciamento;IV - por desacato ao responsável pela fiscalização;V - por descumprimento da notificação de demolição.Art. 82. As multas referentes ao descumprimento do disposto nesta Lei e sua regulamentaçãoserão aplicadas obedecendo à seguinte graduação:I - R$ 200,00 (duzentos reais) se infringido o disposto no Capítulo IV, Seções II, III, V, VII,VIII, IX, X, XI; art. 43, incisos I, V, VI e VII; art. 45, incisos VI e X; art. 46, incisos IV e XIII; eart. 47;II - R$ 400,00 (quatrocentos reais) se infringidos o disposto no Capítulo IV, Seção VI; art. 43,incisos III e IV; art. 45, incisos III, IV, VII e IX; art. 46, incisos II, III, IV, V, VIII, IX, X, XI, XII eXIV;III - R$ 600,00 (seiscentos reais) se infringido o disposto no Capítulo IV, Seções IV, XII, XIII,XIV e XV; art. 43, inciso II; art. 44; art. 45, incisos I, II, V e VIII, art. 46, incisos I, VI e VII.Art. 83. As multas previstas nesta Lei deverão ser impostas em dobro e ou de forma cumulativa, seocorrer reincidência ou infração continuada.Art. 84. Considera-se infrator reincidente aquele autuado mais de uma vez no período de dozemeses, independentemente da infração cometida.Parágrafo único.A multa aplicada à infração reincidente será calculada em dobro, com base novalor da multa para a infração que gerou a reincidência.Art. 85. Considera-se infração continuada a manutenção ou omissão do fato que gerou a autuação,dentro do período de sete dias, tornando o infrator incurso em multas cumulativas pelo mesmoperíodo, impostas pelo responsável pela fiscalização.Parágrafo único. A multa aplicada à infração continuada será calculada em dobro, com base novalor da multa imediatamente anterior concedida pela mesma infração.Art. 86. As multas serão aplicadas tomando-se por base os valores previstos no art. 82, destaLei, multiplicadas pelo índice "K" proporcional à área do meio de propaganda, de acordocom o seguinte:I - para meios de propaganda de pequeno porte, K=1 (um);II - para meios de propaganda de médio porte, K=3 (três);III - para meios de propaganda de grande porte, K=6 (seis);IV - para meios de propaganda de dimensão especial, K=9 (nove).Parágrafo único. A dimensão a que se refere este artigo corresponde ao somatório das áreas deexposição do meio de propaganda constatado no local.Art. 87. O pagamento da multa não isenta o infrator de cumprir as obrigações necessárias parasanar as irregularidades que deram origem à infração e aquelas de outra natureza previstas nalegislação vigente.

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Art. 88. As multas decorrentes do Auto de Infração serão recolhidas pelo infrator conformeprocedimento definido em legislação específica.Art. 89. A reparação de danos causados pela instalação de meio de propaganda em logradourose/ou bens públicos deverá ser executada pelo responsável pela colocação do referido meio, deacordo com os padrões estabelecidos pelo Poder Público.§ 1° Os danos não sanados pelo particular no prazo determinado serão executados pelo PoderPúblico, sendo cobrado do responsável o valor do serviço executado acrescido de taxa deadministração de 10% (dez por cento).§ 2° O dano somente será considerado sanado após o aceite do Poder Público.Subseção IIIDo Cancelamento do LicenciamentoArt. 90. O licenciamento será cancelado nos casos de:I - instalação do meio de propaganda em desacordo com o licenciamento;II - o infrator deixar de sanar irregularidades pelas quais foi notificado.Subseção IVDa Determinação da RetiradaArt. 91. Será determinada a retirada do meio de propaganda nos casos de:I - estar em desacordo com os parâmetros definidos nesta Lei;II - estar em mau estado de conservação e não puder ser reparado.Subseção VDa ApreensãoArt. 92. A apreensão dos meios de propaganda dar-se-á nos seguintes casos:I - não ser cumprida a determinação estabelecida na Subseção IV desta Lei;II – se estiver em desacordo quanto ao local de fixação;III – se veicular conteúdos proibidos ou não permitidos para o local;IV - por exigências não sanadas.Art. 93. A apreensão de materiais ou equipamentos provenientes de instalação de meio depropaganda irregular será efetuada pelo responsável pela fiscalização, que providenciará arespectiva remoção para depósito público ou para o local determinado pelo órgão competente.§ 1° A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-se:I - à comprovação de propriedade;II - ao pagamento das multas provenientes do descumprimento desta Lei, bem como demais taxasafetas;III - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizadoscom remoção, transporte e depósito.§ 2° Os gastos efetivamente realizados com a remoção, transporte e depósito dos materiais eequipamentos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valorcalculado com base em preços definidos em regulamento específico, independentemente dadevolução do bem.§ 3° O valor referente à permanência no depósito será definido na regulamentação desta Lei.§ 4° O órgão competente fará publicar, no órgão de Imprensa Oficial do Distrito Federal, a relaçãodos materiais e equipamentos apreendidos, para ciência dos interessados.§ 5° A solicitação para a devolução dos materiais e equipamentos apreendidos será feita no prazomáximo de trinta dias, contado a partir da publicação a que se refere o parágrafo anterior, sob penade perda do bem.§ 6° Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos apreendidos antes dapublicação de que trata o parágrafo anterior.§ 7° Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para depósito, não reclamados no prazoestabelecido no § 5° deste artigo, serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo, a serpublicado no órgão de imprensa oficial do Distrito Federal.§ 8° Do ato referido no parágrafo anterior, constará no mínimo, a especificação do tipo e daquantidade dos materiais e equipamentos apreendidos.§ 9° Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei, serãoincorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do PoderExecutivo.Art. 94. O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural, danificaçãoou perda de valor dos materiais e equipamentos apreendidos.§ 1° Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, na forma dalegislação em vigor, serão utilizados na própria unidade administrativa ou transferidos para outrosórgãos da administração direta ou indireta, mediante ato do Poder Executivo.

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§ 2° Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do Distrito Federal constarão derelatório mensal discriminado, o qual será publicado em ato próprio, até o quinto dia útil do mêssubseqüente à data de sua incorporação.Subseção VIDa DemoliçãoArt. 95. A demolição total ou parcial do meio de propaganda será imposta ao infrator quando setratar de instalação em desacordo com a legislação e não for possível sua apreensão.§ 1° O infrator será comunicado a efetuar a demolição no prazo de até sete dias, exceto quando aconstrução ocorrer em área pública, na qual cabe ação imediata.§ 2° Caso o infrator não proceda à demolição no prazo estipulado, esta será executada pelaAdministração Regional em até quinze dias, sob pena de responsabilidade.§ 3° O valor dos serviços de demolição efetuados pela Administração Regional serão cobrados doinfrator e, na hipótese de não pagamento, o valor será inscrito na dívida ativa.§ 4° O valor dos serviços de demolição previstos no parágrafo anterior serão cobrados conformedispuser tabela de preço unitário constante da regulamentação desta Lei.Subseção VIIDo Cancelamento do Alvará de Funcionamento do InfratorArt. 96. O cancelamento do alvará de funcionamento do infrator ocorrerá na reincidência dasinfrações estabelecidas na Subseção VI.Subseção VIIIDos Procedimentos Administrativos das InfraçõesArt. 97. Constatada qualquer infração, lavrar-se-á o respectivo auto, do qual constará o dispositivode lei violado.Art. 98. O infrator terá prazo de até cinco dias, contados da data de ciência do auto de infração,para apresentar recurso.§ 1° O prazo previsto neste artigo não suspende a aplicação das penalidades estabelecidas nestaLei.§ 2° A comunicação poderá ser feita nos termos do art. 93 ou pelo correio, com aviso derecebimento.Art. 99. A autoridade que conhecer do recurso analisa-lo-á e ao auto de infração, levando emconta:I - a existência dos fatos alegados;II - os parâmetros desta Lei.Parágrafo único. É de quinze dias o prazo para proferir decisão relativa ao recurso apresentado.CAPÍTULO XDAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIASArt. 100. A documentação necessária para efetiva aplicação do disposto nesta Lei, será definida emsua regulamentação.Parágrafo único. Deverão constar da regulamentação desta Lei os meios de propaganda cujaaprovação e execução exijam a apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.Art. 101. Os casos omissos nesta Lei e sua regulamentação deverão ser solucionados pelo órgãocompetente pela administração da área em conjunto com o órgão de planejamento urbano,consultados os demais órgãos afetos à questão.Art. 102. É direito de qualquer cidadão, comunicar à autoridade responsável a ocorrência deirregularidades relacionadas aos meios de publicidade, no âmbito da respectiva RegiãoAdministrativa.Art. 103. Todos os meios de publicidade licenciados e instalados nas Regiões Administrativas deque trata a presente Lei, deverão adequar-se a esta legislação no prazo de três anos, a contar dadata de publicação da regulamentação desta Lei.§ 1° Os meios de propaganda que se encontrem licenciados e instalados em área pública quando dapublicação desta Lei, poderão ser mantidos, mediante renovação, pelo prazo de adequação de quetrata este artigo.§ 2° Os meios de propaganda instalados em área pública sem licenciamento deverão ser retiradosno prazo máximo de sessenta dias.Art. 104. Após a publicação desta Lei, não poderá ser autorizada a colocação de nenhum meio depropaganda em área pública, sem o devido licenciamento.Art. 105. Os valores previstos nesta Lei serão reajustados com base em índice que vier a substituira Unidade Fiscal de Referência - UFIR.Art. 106. Todos os prazos fixados nesta Lei são expressos em dias corridos contados a partir doprimeiro dia útil subseqüente ao fato.

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Art. 107. Os órgãos competentes pelo licenciamento e fiscalização da instalação de meios depropaganda deverão formular programas de divulgação e cronograma de atuação, durante o prazode adequação de que se refere esta Lei.Parágrafo único. As ações de que trata este artigo visam à consolidação de um procedimento detrabalho uniforme entre os órgãos afetos.Art. 108. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e vinte dias.Art. 109. Esta Lei entra em vigor na data de publicação.Art. 110. Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei n° 1.918, de 27 de março de1998.Publicado no DODF de 26.11.2002Ver anexo(s) no DODF

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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DECRETO N°23.926/2003–CARROS DE SOM REVOGADO PELO DEC.33868/2012

DEC 23.926/2003DE 18 DE JULHO DE 2003CARROS DE SOM

DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃODE CARROS DE SOM E DÁOUTRAS ROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 100, inciso XXVI, da LeiOrgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° Os estabelecimentos ou profissionais autônomos prestadores de serviço de som queutilizem veículos automotores ou assemelhados deverão obter o Alvará de Funcionamento daatividade na Administração Regional da circunscrição de sua sede.Parágrafo único. Para obtenção do Alvará de Funcionamento da atividade, deverão ser observados:I - as normas previstas na Lei 1.171/96 e seu regulamento;II - declaração de finalidade do serviço de som a ser executado.

Art. 2° Após a obtenção do Alvará de Funcionamento da atividade, deverá o interessado procederao cadastramento dos veículos, no DETRAN/DF, mediante:I - apresentação do Alvará de Funcionamento da atividade;II - vistoria do veículo.§1º Deverá estar afixado nos veículos, o documento de cadastramento emitido pelo DETRAN/DF,no qual constará o número do Alvará de Funcionamento, sua validade, e a placa do veículo.§ 2º Os estabelecimentos comerciais, industriais e institucionais que possuam veículos de sompróprios, para veicularem propaganda ligada à sua atividade, deverão cadastrar estes veículos noDETRAN/DF.§ 3° Somente poderão transmitir som, os veículos adaptados para este fim, com o respectivocadastramento.§ 4° Os veículos cadastrados poderão transmitir som em qualquer Região Administrativa.§ 5º O cadastramento de que trata este artigo terá validade de 01 ano.

Art. 3° Para a veiculação de mensagens de cunho comercial, religioso e de interesse comunitárioouclassista, por meio de trios elétricos, deverá ser observado o disposto neste Decreto, na legislaçãoespecífica e comunicar previamente à Administração Regional onde irão funcionar, nos termos daLei 380/92.

Art. 4° Os níveis sonoros emitidos pelos veículos, de que trata este Decreto, deverão observar alegislação pertinente.

Art. 5° Será cancelado o Alvará de Funcionamento da atividade e o cadastramento do veículo:I - quando houver desvirtuamento de finalidade ou quando, na prestação dos serviços, ocorrerinfringência a quaisquer dos dispositivos da lei penal, bem como do disposto no art. 229, doCódigo Nacional de Trânsito e da Resolução 37/98 do CONTRAN, aplicando-se a penalidadeali prevista;II - quando da reincidência de transgressão.Parágrafo único. Após o cancelamento do Alvará de Funcionamento, a Administração Regionalnotificará o DETRAN/DF, para o devido cancelamento dos cadastramentos dos veículos.

Art. 6° O funcionamento da atividade submete-se, ainda, às penalidades previstas na Lei 1.171/96e seu regulamento.

Art. 7° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° Revogam-se as disposições em contrário, e em especial o Decreto n° 22.127 de 15 de maiode 2001.Brasília, 18 de julho de 2003115° da Republica 44° de BrasíliaJOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEI N° 967/1995 – PICHAÇÕES E CARTAZES

LEI 967/1995DE 6 DE DEZEMBRO DE 1995

PICHAÇÕES-CARTAZES

Dispõe sobre a proteção dosbens públicos contra a açãode pichadores e cartazeiros edá outras providências

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARALEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO ASEGUINTE LEI:

Art.1°

A colagem de cartazes ou qualquer tipo de propaganda, bem comoa inscrição, desenho ou pintura que empreguem tinta, piche, cal ouproduto semelhante, em bens, sem a devida autorização,constituem infrações administrativas.

Art.2°

Entendem-se como bens públicos:

I edifícios públicos em geral, interna e externamente,incluídos muros e fachadas;

II equipamentos das empresas concessionárias deserviços públicos, tais como: postes, caixas decorreios, orelhões, cabines telefônicas, abrigos deônibus e caixas de coleta de lixo;

III placas de sinalização, endereçamento e semáforos;

IV equipamentos de uso público, como parques equadras de esportes;

V esculturas, murais e monumentos;

VI leito de vias, passeios públicos, meios-fios, árvores ouáreas plantadas;

VII Viadutos, portes, passagens de nível, inclusivetestadas e guarda-corpos;

VIII outros bens públicos, assim definidos em lei.

Art.3°

Aos infratores das disposições desta Lei, sem prejuízo de outrassanções a que estiverem sujeitos, serão aplicadas as seguintespenalidades:

I advertência;

II multa.

§1°

O infrator será primeiramente advertido, sendo intimado areparar o dano cometido no prazo de até 05 ( cinco ) dias.

§2°

Nos casos em que o infrator não atenda aos termos danotificação de advertência, serão aplicadas multascorrespondentes aos valores de 02 ( duas ) a 10 ( dez )

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Unidades Padrão do Distrito Federal, ou equivalente que,porventura, venha substituí-la, pelas Divisões de Fiscalizaçãodas Administrações Regionais do Governo do Distrito Federal,conforme a gravidade da infringência.

§3°

O infrator deverá recolher aos cofres do Distrito Federal ovalor correspondente à multa dentro do prazo de 10 ( dez )dias, contados a partir da data de sua aplicação.

§4°

O comprovante de recolhimento da multa deverá serapresentado ao órgão expedidor, nas 24 ( vinte e quatro )horas seguintes à sua quitação, ou no primeiro dia útilsubseqüente, sob pena de sua inscrição na Dívida Ativa.

§5°

O pagamento da multa não exonera o infrator de reparar odano cometido.

§6°

A não reparação do dano cometido no prazo de 30 ( trinta )dias, contados da intimação, torna o infrator incurso emnovas multas sucessivas, sendo obedecidos os mesmoscritérios dos §§ 2°, 3° e 4° deste artigo.

§7°

Caso a infração ocorra em esculturas, murais oumonumentos, a multa poderá ser aplicada em dobro.

§8°

Em caso de aplicação de multas, caberá recurso ao TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 20 (vinte)dias, contados a partir da notificação, sem efeito suspensivo.

Art.4°

No caso da infração decorrer de propaganda eleitoral, aAdministrção Regional deverá comunicá-la ao Juiz Eleitoral da Zonaonde a mesma se verificar.

Art.5°

Compete ao Poder Executivo, através das Administrações Regionais,aplicar as penalidades previstas nesta Lei, sendo-lhes devido, porparte da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio dasDelegacias de Polícia e Polícia Militar, e da Secretaria do MeioAmbiente Ciência e Tecnologia, todo auxílio necessário necessário àapuração das infrações.

Art.6°

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.7°

Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 6 de Dezembro de 1995107° da República e 36° de Brasília.

CRISTOVAM BUARQUE

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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LEI N° 1.771/1997–FAIXAS/OBJETOS EM LOGRADOUROS( Autor do Projeto: Deputado Distrital Peniel Pacheco )

LEI 1771/1997DE 14 DE NOVEMBRO DE 1997

FAIXAS

Dispõe sobre a colocação de faixas eobjetos em áreas, logradourospúblicos e em equipamentos urbanos.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETAE EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art.1°

A colocação de faixa com dizeres ou símbolos e de qualquer objeto em áreas elogradouros públicos, com utilização de suporte próprio ou afixados a mastros, postes,torres, relógios, passarelas e outros equipamentos urbanos ou a estes equiparados, bemcomo às margens das vias e rodovias do Distrito Federal, dependerá de préviaautorização da Administração Regional, respeitado o disposto no item 5.4 das NormasGerais de Construção 14 - NGC 14 - do Código de Obras e Edificações do DistritoFederal.

§ 1° Para efeito desta Lei, considera-se faixa o tecido ou assemelhado no qualestejam escritos dizeres, anúncios ou símbolos

§ 2° A autorização de que trata o caput dependerá da aquiescência da entidade aque esteja afeto o equipamento urbano ou a área pública, a qual seráconsultada pela Administração Regional.

§ 3° Será expedida uma única autorização para cada faixa, lote de faixas ou objetosque se refiram ao mesmo tema ou propósito.

§ 4° A autorização não poderá ser concedida por prazo superior a setenta e duashoras, vedada a renovação ou a expedição de nova autorização , ainda que sejamudada a localização da faixa ou objeto.

§ 5° O disposto no parágrafo anterior não se aplica a publicidade de espetáculos eeventos, para a qual será permitida a dilação por sete dias ou pelo prazo quedurar o acontecimento, considerado o menor tempo.

Art.2°

É terminantemente proibida a colocação de faixa ou objeto.

I que transmita mensagem colidente com a moral, a decência, o decoroe o sentimento religioso da sociedade, em local público ou que sejadeste visível;

II que obstrua a passagem de transeuntes ou veículos ou a dificulte;

III em posição que limite a visão de transeuntes ou motoristas,comprometendo a segurança;

IV em qualquer espécie arbórea localizada em logradouro público;

V cuja mensagem seja enganosa ou induza a erro;

VI no Plano Piloto definido pelo decreto n° 10.829, de 14 de outubro de1987, que “ regulamenta a preservação da concepção urbanística deBrasília ”, em locais que estejam em desacordo com a regulamentaçãoespecífica a ser aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e

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Artístico Nacional - IPHAN.

Art.3°

Excluem-se do escopo desta Lei outdoors, totens, backlights e similares.

Art.4°

A faixa ou objeto afixado sem a devida autorização ou que, autorizado, contrarie asprescrições desta Lei será apreendido e recolhido ao depósito da AdministraçãoRegional.

Art.5°

O responsável pela infração, se identificado e não reincidente, será notificado dadisposição infringida e, comprovada a boa-fé, terá a faixa ou objeto devolvido.

§ 1° Será considerado de boa-fé o infrator que não tenha sido anteriormentenotificado ou autuado com fulcro nesta Lei por qualquer das AdministraçõesRegionais.

§ 2° A responsabilidade pela infração recairá na pessoa que prestar o serviço deafixação da faixa ou objeto, admitida a co-responsabilidade do contratante e dequalquer pessoa que propositalmente tenha colaborado para a consumação doilícito.

§ 3° A devolução de item apreendido em conformidade com o caput caberáexclusivamente à autoridade responsável pela apreensão, em ato fundamentadoacompanhado de relatório a ser encaminhado à chefia imediata em dois diasuteis.

§ 4° Qualquer outro caso de item apreendido não previsto no caput dar-se-á pordecisão de instância, observado o devido processo legal.

Art.6°

Será apenado com multa:

I o infrator ou infratores reincidentes, nos termos do § 2° do artigoanterior,

II quem incorrer nas proibições enumeradas no art. 2°, dispensadas,neste caso, a notificação prévia.

§único

A multa será de R$ 50,00 ( cinqüenta reais ) por faixa ou objeto apreendido,lavrada independentemente para cada um dos infratores.

Art.7°

Compete as Administrações Regionais, por seus órgãos, a fiscalização do cumprimentodesta Lei, bem como a apreensão de itens e a aplicação de multas.

Art.8°

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.9°

Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 14 de novembro de 1997109° da República e 38° de Brasília.

CRISTOVAM BUARQUE

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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LAN HOUSES

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LEI N° 3.630/2005– LAN HOUSES e JOGOS ELETRÔNICOS

LEI 3630/2005DE 28/07/2005 – DODF 29/07/05

LAN HOUSES

Proíbe a concessão de alvará defuncionamento para exploração deserviços de diversões e jogoseletrônicos nas condições queespecifica, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DODISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Fica proibido a concessão ou renovação de alvará de funcionamento paraexploração de serviços de diversões e jogos eletrônicos numa área inferior a quinhentosmetros de distância de todo e qualquer estabelecimento de ensino. (ALTERADO PELA LEINº 3.686, de 20 de outubro de 2005)

Art.1º Fica proibida a concessão ou renovação de alvará de funcionamentopara exploração de serviços de diversões e jogos eletrônicos num raio de cemmetros de distância de todo e qualquer estabelecimento de ensino.Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput será considerado infraçãograve, ficando o responsável sujeito às penalidades previstas na Lei nº 8.112, de 11 dedezembro de 1990.

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicosdestinados a lazer ou jogos, numa área inferior a quinhentos metros de distância deestabelecimentos de ensino fundamental e médio. (ALTERADO PELA LEI Nº 3.686, de 20de outubro de 2005)

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentoseletrônicos destinados a lazer ou jogos, num raio de cem metros de distânciade estabelecimentos de ensino fundamental e médio, ficando excluídos dessaexigência os shoppings e as rodoviárias do Distrito Federal.Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput sujeita o infrator ao pagamentode multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), a ser revertida para ofinanciamento de programas e projetos voltados para a ação social a serem executadospela Secretaria de Ação Social.

Art. 3º O Poder executivo poderá editar normas complementares para cumprimento dodisposto nesta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de julho de 2005117º da República e 46º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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LEI N° 3.437/2004– CADASTRO EM LAN HOUSES

LEI 3437/2004DE 09/09/2004 – DODF 16/09/04

CADASTRO - LANHOUSES

Dispõe sobre o cadastro dos usuáriosdas empresas ou instituições que locamou cedem gratuitamente computadorese máquinas para acesso à Internet, noâmbito do Distrito Federal, conhecidastambém como “cyber-cafés”.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DODISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º As empresas ou instituições que locam ou cedem gratuitamente computadores emáquinas de acesso à Internet, no âmbito do Distrito Federal, deverão proceder aocadastramento dos usuários do serviço.

Art. 2° No cadastro a que se refere o artigo anterior deverão constar, no mínimo, osseguintes dados:

I - nome completo do usuário;

II - carteira de identidade e cadastro da pessoa física;

III - data de nascimento;

IV – filiação; CADASTRO

V – endereço;

VI – telefone; e

VII - dia, horário e máquina utilizados.

Parágrafo único. Cabe às empresas ou instituições constantes do art. 1° a verificação dadocumentação prevista no inciso II, sendo de sua inteira responsabilidade a veracidade dasinformações.

Art. 3° O cadastro deverá ficar no poder das empresas, pelo prazo mínimo de um ano, em localacessível às autoridades policiais, judiciais e do Ministério Público.

Art. 4° O não-cumprimento do estabelecido nesta Lei implicará ao infrator a multa de R$3.000,00 (três mil reais).

Parágrafo único. A reincidência ensejará a suspensão das atividades pelo prazo de seis meses,sem prejuízo da multa.

Art. 5° Cabe à Secretaria de Estado de Fiscalização observar o cumprimento desta Lei.

Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° Ficam revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 09 de setembro de 2004.116º da República e 45º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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PROCEDIMENTOADMINISTRATIVO

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LEI N° 4.567/2011 – PROCEDIMENTO FISCAL

LEI 4.567/2011DE 09 DE MAIO DE 2011

PROCEDIMENTO FISCAL

Publicada no DODF do dia 11.05.2011

Dispõe sobre o processoadministrativo fiscal,contencioso e voluntário,no âmbito do DistritoFederal e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei disciplina o Processo Administrativo Fiscal – PAF, dejurisdição contenciosa ou voluntária, no âmbito do Distrito Federal.

Art. 2º A Administração Fazendária obedecerá, entre outros, aosprincípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurançajurídica, interesse público, eficiência, publicidade, impessoalidade,instrumentalidade das formas, duração razoável do processo e devidoprocesso legal.

TÍTULO IIDOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 3º Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser pormotivo de ordem pública, caso em que será assegurada a participação dosujeito passivo.

Art. 4º O regulamento poderá dispor sobre o uso de meio eletrôniconos procedimentos e processos de que trata esta Lei, em especial quanto àcomunicação de atos e à transmissão e apresentação de documentos e peçasprocessuais, quando cabível.

Parágrafo único. O regulamento também poderá dispor sobre autuaçãopor meio eletrônico.

Art. 5º Ao intimado, nos termos desta Lei, é facultada vista dos autos,em qualquer fase do processo, vedada a sua retirada da repartição, nostermos do regulamento.

Art. 6º A intervenção do sujeito passivo se fará pessoalmente ou porintermédio de representante legal.

CAPÍTULO IIDOS PRAZOS

Art. 7º Os atos serão praticados no prazo de 30 (trinta) dias, salvodisposição em contrário.

Art. 8º Os prazos para a prática de atos não correm contra o Fisco napendência do cumprimento de diligências ou intimações expedidas pelaautoridade fiscal.

Art. 9º Os prazos fixados nesta Lei serão contínuos, excluindo-se dasua contagem o dia de início e incluindo-se o do vencimento.

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Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia deexpediente normal no órgão em que tramite o processo ou em que deva serpraticado o ato.

Art. 10. O documento remetido pelo sujeito passivo por via postal seráconsiderado entregue, para efeito de contagem de prazo, na data dorecebimento pela autoridade fiscal.

CAPÍTULO IIIDA INTIMAÇÃO

Art. 11. Far-se-á a intimação:

I – por servidor competente, provada com a assinatura do sujeitopassivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaraçãoescrita de quem os intimar;

II – por via postal, com aviso de recebimento;

III – por publicação no Diário Oficial do Distrito Federal – DODF;

IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante:

a) certificação digital;

b) envio ao endereço eletrônico atribuído ao contribuinte pelaadministração tributária;

V – pela publicação no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda doDistrito Federal, na Internet, nos casos de deferimento integral em processosde jurisdição voluntária ou quando o sujeito passivo for notificado porqualquer um dos meios dispostos nos incisos acima.

§ 1º A intimação quanto aos atos, procedimentos e processos previstosnos Títulos III, IV e V só será efetuada por publicação no DODF depois deesgotados os meios previstos nos incisos II e IV do caput deste artigo,ressalvado o disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo e no art. 36, § 2º.

§ 2º No caso de comprovada impossibilidade de intimação pelas viasprevistas nos incisos II e IV do caput, a intimação por publicação no DODFpoderá ser feita sem a observância do disposto no § 1º deste artigo.

§ 3º A intimação referente aos atos e decisões dos órgãos julgadoresde primeira e de segunda instâncias em processos sujeitos à jurisdiçãocontenciosa poderá ser efetuada diretamente por publicação no DODF.

§ 4º O regulamento disporá sobre as modalidades de intimação a seradotadas em cada processo de jurisdição voluntária, sem prejuízo do dispostono art. 58, § 2º, e no art. 60.

§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere a alínea b doinciso IV do caput deverá ser autorizada previamente pelo sujeito passivo.

Art. 12. Considera-se feita a intimação:

I – na data da ciência ou da declaração de que trata o art. 11, I;

II – na data da ciência no aviso de recebimento, na hipótese do art. 11,II, ou, se a data for omitida, 15 (quinze) dias após a entrega da intimação noscorreios;

III – 15 (quinze) dias após a publicação no DODF;

IV – no dia em que o intimado efetivar a consulta ao teor da intimaçãoou, caso a consulta não ocorra, 15 (quinze) dias após a data de envio ou dedisponibilização da intimação de que trata o art. 11, IV;

V – na data da publicação, na hipótese do art. 11, V.

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§ 1º O comparecimento espontâneo do contribuinte supre a falta deintimação.

§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 11, § 3º, a intimação dos atos edas decisões se considerará efetuada na data da publicação no DODF.

CAPÍTULO IVDOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 13. O servidor ou autoridade fiscal é impedido de atuar emprocedimento administrativo fiscal nos casos em que:

I – seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha atuado;

II – o cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo ou afim, emlinha reta ou colateral, até o terceiro grau, seja interessado, direta ouindiretamente, ou tenha atuado;

III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessadoou respectivo cônjuge ou companheiro.

§ 1º O termo “atuar” e a expressão “tenha atuado” mencionados nesteCapítulo referem-se aos seguintes atos: lavrar Auto de Infração ou Auto deInfração e Apreensão, expedir Notificação de Lançamento ou Aviso deLançamento, proferir parecer, relatório ou voto, decidir e julgar.

§ 2º O Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais –TARF deverá ainda declarar-se impedido de estudo, discussão, votação epresidência do julgamento dos processos que interessarem a sociedade deque faça ou tenha feito parte como sócio, advogado ou membro da Diretoria,do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal.

§ 3º Não está impedido de proferir:

I – juízo de admissibilidade o servidor ou autoridade que expediuNotificação de Lançamento;

II – voto no Pleno o Conselheiro do TARF que votou ou decidiuanteriormente nos autos no âmbito do TARF.

§ 4º Inexiste impedimento de servidor ou autoridade para prática deato que objetive complementar ato por ele iniciado ou realizado anteriormenteou para expedir a Notificação de Lançamento de que trata o art. 36, § 2º.

Art. 14. Incorre em suspeição o servidor ou a autoridade que tenhaamizade ou inimizade notória com o sujeito passivo ou com pessoainteressada no resultado do procedimento ou do processo administrativofiscal, ou com seus respectivos cônjuges, companheiros, parentes,consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 15. O servidor ou autoridade que incorrer em impedimento oususpeição deve declarar o fato e as razões:

I – no prazo de 2 (dois) dias contados:

a) da designação para atuar em procedimento administrativo fiscal;

b) do recebimento dos autos do processo administrativo fiscal pararelatório, voto, parecer, decisão ou julgamento;

II – antes de iniciado o julgamento do processo administrativo fiscal, nocaso de Conselheiro diverso do Conselheiro Relator.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o servidor ou aautoridade se absterá de atuar e comunicará o fato ao superior hierárquico ouao Presidente do Tribunal, que:

I – concordando, designará outro servidor ou autoridade;

II – discordando, determinará a atuação do servidor ou autoridade.

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Art. 16. O interessado, o requerente ou a Administração poderá arguir,por meio de exceção, em processo próprio, o impedimento ou a suspeição deservidor ou autoridade, especificando seus motivos, antes da conclusãodefinitiva do procedimento ou do processo administrativo fiscal objeto daarguição, ressalvado o disposto no art. 95, no prazo de até 30 (trinta) diascontados do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição.

§ 1º Caso o servidor ou a autoridade reconheça o impedimento ou asuspeição arguidos na forma do caput, deverá declarar o fato nos autos eencaminhá-los ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, quedesignará outro servidor ou autoridade.

§ 2º Não reconhecendo o impedimento ou a suspeição, o servidor ouautoridade declarará suas razões nos autos do processo de exceção,encaminhando-os ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal paradecisão.

§ 3º Em caso de procedência da exceção, serão considerados nulos osatos praticados pelo servidor ou autoridade.

§ 4º O processo fica suspenso até a decisão da autoridade competente,quando for oposta exceção de suspeição ou impedimento.

TÍTULO IIIDO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 17. O procedimento administrativo fiscal compreende as seguintesações:

I – orientação, verificação e controle do cumprimento das obrigaçõestributárias por parte do sujeito passivo, podendo resultar em:

a) lavratura de Auto de Infração;

b) lavratura de Auto de Infração e Apreensão;

c) expedição de Notificação de Lançamento;

d) expedição de Aviso de Lançamento;

II – arrecadação de documentos de qualquer espécie, coleta etratamento de informações de qualquer natureza de interesse daadministração tributária, inclusive para atender exigência de instruçãoprocessual.

Art. 18. O procedimento administrativo fiscal tem início com:

I – a cientificação, na forma do art. 11, do sujeito passivo ou seurepresentante, acerca de:

a) termo de início de ação fiscal;

b) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão;

c) qualquer ato da administração tributária relacionado com a infração;

II – qualquer ato da administração tributária relacionado à verificaçãoda regularidade do trânsito de mercadorias.

§ 1º A Secretaria de Estado de Fazenda praticará atos administrativosde monitoramento que buscarão o cumprimento espontâneo da legislaçãotributária.

§ 2º Os atos administrativos de monitoramento, sem prejuízo dodisposto em regulamento:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 96

I – compreendem a verificação periódica dos níveis de arrecadação dostributos administrados pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estadode Fazenda do Distrito Federal, em função do potencial econômico-tributáriodos contribuintes, assim como das variáveis macroeconômicas de influência;

II – serão realizados por intermédio do acompanhamento daarrecadação e do tratamento de quaisquer informações relacionadas com ocrédito tributário, utilizando-se os dados disponíveis nos sistemasinformatizados da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal e dasinformações coletadas junto a fontes externas.

Art. 19. O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade dosujeito passivo em relação aos atos anteriores relacionados com a infração.

§ 1º Para efeitos da espontaneidade, os atos que configurem o início doprocedimento fiscal serão válidos pelo prazo de 60 (sessenta) dias,prorrogáveis por igual período a critério do superior hierárquico.

§ 2º O sujeito passivo deverá ser cientificado da prorrogação do prazode que trata o § 1º deste artigo.

§ 3º Os atos administrativos de monitoramento não excluem aespontaneidade.

Art. 20. Os termos decorrentes da atividade de fiscalização serãolavrados, e deles serão extraídas cópias para entrega ao sujeito passivo epara anexação aos autos do processo, se for o caso.

Art. 21. O servidor do Fisco que tomar conhecimento de indícios deirregularidade fiscal e for incompetente para formalizar a exigência tributáriadeve comunicar o fato à autoridade competente, mediante representaçãocircunstanciada.

Parágrafo único. É facultado a qualquer pessoa registrar denúnciaquando da verificação de irregularidade fiscal.

Art. 22. Na hipótese de procedimento fiscal de monitoramento, odébito não declarado, constatado e não recolhido ensejará o lançamento pormeio de Auto de Infração lavrado em razão de ação fiscal.

Art. 23. O reconhecimento, pelo sujeito passivo, do cometimento dequalquer infração à legislação tributária do Distrito Federal e o pagamento dosvalores relativos a imposto, penalidade e acréscimos legais, no curso deprocedimento fiscal, serão relatados em Termo de Conclusão de Ação Fiscal ouem relatório circunstanciado, para fins de homologação.

CAPÍTULO IIDO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUJEITO À JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Seção IDas Disposições Gerais

Art. 24. A exigência do crédito tributário sujeito à jurisdiçãocontenciosa será formalizada em Auto de Infração, em Auto de Infração eApreensão ou em Notificação de Lançamento.

Seção IIDo Auto de Infração e do Auto de Infração e Apreensão

Art. 25. O Auto de Infração e o Auto de Infração e Apreensão serãolavrados por servidor competente e conterão, obrigatoriamente:

I – identificação do autuado;

II – local, data e hora de sua lavratura;

III – descrição do fato;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 97

IV – disposição legal infringida e penalidade aplicável;

V – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou apresentarimpugnação no prazo de até 30 (trinta) dias;

VI – nome e assinatura do autuante, indicação do seu cargo ou funçãoe número da matrícula.

§ 1º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do incisoVI do caput será disciplinada na forma do regulamento.

§ 2º O Auto de Infração e Apreensão será lavrado quando foremencontrados bens ou mercadorias que constituam prova material de infração.

§ 3º Indicar-se-á, no Auto de Infração e Apreensão, o local em queserão depositados os bens ou as mercadorias apreendidos, assim como seusvalores, se for o caso.

Subseção IDa Retenção de Bens ou Mercadorias

Art. 26. Quando houver indícios de infração, os bens ou as mercadoriaspoderão ser retidos até que seja concluído o correspondente procedimento defiscalização, sendo o responsável cientificado da retenção e intimado a prestaras informações necessárias à identificação do sujeito passivo.

§ 1º Constatados os indícios referidos no caput, relativamente a bens emercadorias sob responsabilidade de empresa transportadora com inscriçãono Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF, a autoridade fiscal poderádeterminar que os bens ou as mercadorias sejam retidos nas dependências datransportadora.

§ 2º Os bens ou as mercadorias retidos poderão ser recolhidos aodepósito da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, nos termosque dispuser o regulamento.

Art. 27. Serão cobradas do sujeito passivo ou responsável pelos bensou mercadorias apreendidos ou retidos em depósito da Secretaria de Estadode Fazenda as despesas de retenção ou apreensão.

§ 1º Consideram-se despesas de retenção ou apreensão aquelascorrespondentes a transporte, carga, descarga, guarda e conservação dosbens ou mercadorias retidos ou apreendidos.

§ 2º Os recursos provenientes da cobrança prevista no caput serãodestinados ao Fundo de Modernização e Reaparelhamento da AdministraçãoFazendária – FUNDAF.

Subseção IIDa Liberação de Bens ou Mercadorias

Art. 28. Os bens e mercadorias retidos ou apreendidos serão liberadosapós a lavratura do competente Auto de Infração e Apreensão, ainda quependente o pagamento do imposto e das multas devidos, desde que oinfrator:

I – efetue o pagamento das despesas decorrentes da retenção ou daapreensão;

II – esteja regularmente inscrito no CF/DF, ou no Cadastro de PessoaFísica – CPF, ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ da ReceitaFederal do Brasil.

Parágrafo único. A exigência de que trata o inciso II deste artigosomente poderá ser excepcionada nos seguintes casos:

I – pessoa física em situação cadastral irregular ou com paralisação deatividade que comprove domicílio no Distrito Federal;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 98

II – pessoa jurídica em situação cadastral irregular ou com paralisaçãode atividade que comprove ter qualquer de seus sócios ou titularesdomiciliado no Distrito Federal ou que participe como sócio ou titular deempresa regularmente inscrita no CF/DF.

Art. 29. Não serão liberados equipamentos relativos ao registro deoperações com mercadorias ou de prestação de serviços que não seapresentem em condições de atender às formalidades previstas na legislaçãoespecífica do equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, bem como aquelesencontrados em estabelecimento de contribuinte diverso daquele para o qualfoi concedida autorização de uso.

Art. 30. Os bens ou as mercadorias apreendidos e não liberados naforma do art. 28 poderão, por requerimento, ser restituídos antes da decisãodefinitiva do processo, mediante depósito extrajudicial do valor do créditoconstituído, desde que cumprida a exigência de que trata o art. 28, I.

Art. 31. A critério da autoridade competente, poderá ser nomeado fieldepositário, na forma da lei civil, dos bens e das mercadorias apreendidos.

Subseção IIIDo Abandono de Bens ou Mercadorias Apreendidos

Art. 32. Considerar-se-ão abandonados os bens ou as mercadorias:

I – se não for impugnado o Auto de Infração e Apreensão no prazoprevisto no art. 25, V, nem retirados ou reclamados, nos termos desta Lei, osbens ou as mercadorias apreendidos no prazo de 30 (trinta) dias contados daapreensão;

II – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados do trânsito emjulgado da decisão administrativa contrária ao sujeito passivo;

III – de fácil deterioração cuja liberação não tiver sido promovida noprazo máximo de 72 (setenta e duas) horas ou, excepcionalmente, em prazoinferior fixado pelo autuante, à vista de sua natureza ou seu estado deconservação;

IV – quando faltarem menos de 30 (trinta) dias para expirar o prazo devalidade dos bens ou das mercadorias, observado o disposto no inciso IIIdeste artigo;

V – não reclamados pelo interessado no prazo de 60 (sessenta) diasapós decisão administrativa ou judicial definitiva favorável ao sujeito passivo;

VI – na impossibilidade de identificação do sujeito passivo.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos I, II, V e VI do caput, os bens ou asmercadorias poderão ser:

I – incorporados ao patrimônio de órgão ou entidade da Administraçãodo Distrito Federal ou da União, com precedência da Administração distrital;

II – doados a instituições beneficentes, campanhas públicas de cunhosocial, entidades ou órgãos públicos.

§ 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV do caput, os bens ou asmercadorias poderão ser distribuídos a órgão ou entidade da Administração doDistrito Federal ou a instituições sociais sem fins lucrativos.

§ 3º Os bens ou as mercadorias abandonados que não forem objeto deincorporação ou doação, nos termos do § 1º deste artigo, serão levados aleilão.

Art. 33. O crédito tributário e as despesas com transporte, carga,descarga, guarda e conservação dos bens e das mercadorias retidos ouapreendidos serão extintos proporcionalmente ao valor:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 99

I – da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doadosna forma do art. 32, §§ 1º e 2º;

II – da arrematação dos bens ou das mercadorias levados a leilão naforma do art. 32, § 3º.

§ 1º O contribuinte não terá direito ao ressarcimento da diferençaapurada entre o valor da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporadosou doados e o valor do crédito tributário acrescido das despesas deapreensão, caso aquele seja maior.

§ 2º O contribuinte terá direito ao ressarcimento da diferença apuradaentre o valor da arrematação dos bens ou das mercadorias e o valor docrédito tributário acrescido das despesas de apreensão, transporte, carga,descarga, guarda e conservação, caso aquele seja maior.

§ 3º A autoridade competente terá prazo de 30 (trinta) dias paraprovidenciar:

I – a inscrição em dívida ativa do crédito tributário remanescente nãoextinto na forma do caput;

II – a retificação da certidão de dívida ativa relativamente ao montantedo crédito tributário extinto proporcionalmente nos termos do caput desteartigo;

III – a extinção do processo quando não identificado o sujeito passivoda obrigação tributária.

Art. 34. Ato do Poder Executivo definirá:

I – os critérios e a forma de avaliação dos bens e das mercadoriasretidos ou apreendidos;

II – os procedimentos para guarda e depósito de mercadorias e benssujeitos a tratamento especial, nos termos de legislação específica.

Subseção IVDa Revelia

Art. 35. Na hipótese de não ser cumprida ou impugnada a exigência noprazo fixado no art. 25, V, e verificada a consistência material e formal doAuto de Infração ou do Auto de Infração e Apreensão, a autoridadecompetente declarará a revelia nos autos do procedimento, em termo próprio.

Seção IIIDa Notificação de Lançamento

Art. 36. A Notificação de Lançamento será expedida pelo órgão queadministra o tributo e conterá, obrigatoriamente:

I – identificação do notificado;

II – data de emissão;

III – disposição legal infringida, se for o caso;

IV – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou paraapresentar impugnação no prazo de até 30 (trinta) dias;

V – nome e assinatura do chefe do órgão expedidor, ou de servidorautorizado com indicação de cargo ou função e número da matrícula.

§ 1º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do incisoV deste artigo será disciplinada na forma do regulamento.

§ 2º Tratando-se de tributo sujeito a lançamento anual, a Notificaçãode Lançamento efetuada em caráter geral, por meio de edital publicado umaúnica vez no DODF, conterá:

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I – identificação geral dos notificados;

II – data de emissão;

III – data de vencimento;

IV – informações essenciais ao cálculo do tributo;

V – prazo de 30 (trinta) dias para impugnação, contado da publicação;

VI – nome do titular do órgão expedidor ou de servidor autorizado, comindicação de seu cargo ou função.

§ 3º A Notificação de Lançamento poderá ser utilizada para os tributosdiretos, em qualquer caso, e para os tributos indiretos quando não ocorrerinfração à legislação tributária.

TÍTULO IVDO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONTENCIOSO

Art. 37. São créditos tributários não contenciosos:

I – aqueles constituídos por intermédio de:

a) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, esgotado o prazofixado no art. 25, V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenhasido apresentada impugnação;

b) Notificação de Lançamento, esgotados os prazos fixados no art. 36,IV e § 2º, V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenha sidoapresentada impugnação;

II – aqueles sujeitos a lançamento por homologação, não recolhidos,total ou parcialmente, no prazo estabelecido, declarados pelo contribuinte:

a) por escrituração fiscal eletrônica;

b) em guias de informação e apuração;

c) nos livros fiscais exigidos antes da obrigatoriedade da escrituraçãofiscal eletrônica.

§ 1º A autoridade competente providenciará a inscrição do créditotributário de que trata o inciso I do caput em dívida ativa, com os devidosacréscimos legais, no prazo de até 30 (trinta) dias, contados de suaconstituição definitiva, sem prejuízo do disposto na Lei Complementar nº 4,de 30 de dezembro de 1994.

§ 2º Nos casos de que trata o inciso II do caput, a autoridadecompetente providenciará a inscrição do crédito tributário em dívida ativa,com os devidos acréscimos legais, no prazo de 30 (trinta) dias, contados apartir da data estabelecida na legislação para pagamento do tributo declaradoou, para os casos de declaração fora do prazo legal, a partir do recebimentoda declaração.

§ 3º Caso a impugnação não contemple integralmente o ato deconstituição do crédito tributário, a autoridade julgadora de primeira instânciatomará as providências necessárias para a inscrição em dívida ativa do créditotributário incontroverso.

§ 4º A declaração de débito de que trata o inciso II do caput importaconfissão de dívida, ressalvada a possibilidade de retificação prevista no art.31, parágrafo único, da Lei Complementar nº 4, de 30 de dezembro de 1994.

§ 5º Após a regular inscrição em dívida ativa do crédito tributário a quese refere o inciso II do caput, somente poderá ocorrer retificação dedeclaração de débito, por iniciativa do sujeito passivo, mediante processoadministrativo no qual seja apresentada prova inequívoca, a cargo do sujeito

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passivo ou do terceiro que a aproveite, do erro que fundamenta essaretificação.

Art. 38. Na hipótese prevista no art. 37, II, c, será expedido, porautoridade competente, Aviso de Lançamento, que, obrigatoriamente,conterá:

I – identificação do contribuinte;

II – data da lavratura;

III – descrição do fato que originou a lavratura;

IV – capitulação legal aplicável;

V – valor total do crédito tributário;

VI – intimação para comprovação do cumprimento da exigência noprazo regulamentar;

VII – nome, qualificação funcional, matrícula e assinatura da autoridadefiscal competente.

§ 1º O Aviso de Lançamento será expedido manualmente ou por meiomecânico ou eletrônico.

§ 2º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do incisoVII do caput será disciplinada na forma do regulamento.

TÍTULO VDA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

CAPÍTULO IDA IMPUGNAÇÃO

Art. 39. A interposição tempestiva de impugnação pelo sujeito passivoregularmente intimado da exigência do crédito fiscal inicia o contenciosoadministrativo fiscal e suspende a exigibilidade do crédito fiscal.

§ 1º A impugnação será dirigida ao titular do órgão responsável pelolançamento do tributo.

§ 2º A impugnação conterá:

I – a qualificação do impugnante;

II – os motivos de fato e de direito em que se fundamenta,acompanhados das provas que se entenderem necessárias;

III – identificação e assinatura do sujeito passivo, de seu representantelegal ou mandatário.

§ 3º Com a apresentação de impugnação, opera-se a preclusãoconsumativa, exceto quanto:

I – à adução de novas alegações relativas a direito superveniente;

II – à juntada de documentos novos, quando destinados a fazer provade fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que foramproduzidos nos autos;

III – ao acréscimo de provas que não puderam ser produzidas dentrodo prazo, desde que citadas na peça impugnatória e apresentadas antes dadistribuição do processo para análise de primeira instância.

Art. 40. Para elidir a incidência de juros moratórios, é facultado aosujeito passivo, em qualquer fase do processo, efetuar o depósitoadministrativo da totalidade do crédito tributário questionado, atualizado naforma da legislação aplicável e conforme dispuser o regulamento.

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§ 1º Esgotado o prazo para impugnação, sem que ela tenha sidoapresentada, ou após decisão transitada em julgado contrária ao sujeitopassivo, o depósito será convertido em renda.

§ 2º Em caso de decisão transitada em julgado favorável ao sujeitopassivo, fica-lhe assegurado o levantamento do depósito administrativo.

Art. 41. É facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase do processo,efetuar o pagamento da parte incontroversa do crédito tributário, à qual serádada quitação.

CAPÍTULO IIDA COMPETÊNCIA

Art. 42. O juízo de admissibilidade da impugnação contra o lançamentocompete ao titular da unidade responsável pela constituição do créditotributário.

Parágrafo único. A competência de que trata este artigo poderá serdelegada.

Art. 43. O julgamento administrativo do processo sujeito à jurisdiçãocontenciosa compete:

I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita;

II – em segunda instância, ao TARF.

§ 1º A competência prevista no inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º A autoridade julgadora formulará o julgamento do processoplenamente vinculado à legislação tributária, restringindo-se à matériaimpugnada.

§ 3º A competência fixada neste artigo exclui:

I – a apreciação quanto à constitucionalidade;

II – a apreciação de conflito entre lei tributária distrital e lei de outranatureza;

III – a aplicação da equidade.

CAPÍTULO IIIDA ADMISSIBILIDADE

Art. 44. Será proferido, nos termos do regulamento, juízo deadmissibilidade da impugnação contra o lançamento, o qual compreenderá averificação dos requisitos constantes do art. 39, caput e § 2º.

§ 1º Será reaberto prazo para apresentação de impugnação contra olançamento se, em razão do juízo de admissibilidade, houver agravamento daexigência.

§ 2º No caso de inadmissibilidade de impugnação contra o lançamento:

I – o interessado será cientificado na forma do art. 11;

II – caberá o recurso previsto no art. 110.

CAPÍTULO IVDO JULGAMENTO

Art. 45. Admitida a impugnação contra o lançamento, os autos doprocesso serão encaminhados, no prazo de 5 (cinco) dias, à autoridadejulgadora de primeira instância, que terá até 30 (trinta) dias para decidir, acontar da distribuição dos autos para elaboração de relatório e parecer.

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§ 1º Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal,nem convertido o julgamento em diligência, o Presidente do TARF poderáavocar o processo mediante requerimento do interessado.

§ 2º Em caso de avocação, competirá ao TARF, por intermédio de umade suas Câmaras, o julgamento do processo.

Art. 46. No julgamento em que for decidida questão preliminar, serátambém decidido o mérito, salvo quando incompatíveis, observado o dispostono art. 105, § 5º.

Art. 47. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderáformular quesitos ao autuante, cuja manifestação será obrigatória, observadoo disposto no art. 7º.

Art. 48. O autuante ou servidor designado poderá rever os seus atosantes de prolatada a decisão de primeira instância, observando-se o dispostona legislação tributária e sendo dada ciência ao diretor da área.

Art. 49. A decisão da autoridade julgadora de primeira instânciaconterá os fundamentos legais e a ordem de intimação e mencionará orelatório e o parecer acolhidos.

Art. 50. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas deofício ou por requerimento do sujeito passivo.

CAPÍTULO VDO RECURSO

Art. 51. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivocaberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, ao TARF, no prazo de até 30(trinta) dias contados da ciência.

Art. 52. A autoridade julgadora de primeira instância encaminhará osautos para reexame necessário, no prazo de até 30 (trinta) dias, ao TARF, sea decisão exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior aR$10.000,00 (dez mil reais), que será monetariamente atualizado na formada legislação específica.

§ 1º O despacho de encaminhamento constará da decisão.

§ 2º Se a autoridade julgadora deixar de encaminhar os autos, cumprea servidor que tomar conhecimento do fato providenciar a remessa ao TARF.

§ 3º A decisão somente produzirá efeitos após confirmada pelo TARF.

§ 4º Para os efeitos de reexame necessário, não constitui exoneraçãode pagamento a revisão de atos descritos no art. 48 da qual decorradesobrigação, total ou parcial, do sujeito passivo.

§ 5º Não será objeto de reexame necessário a decisão que resultar nadiminuição total ou parcial do crédito tributário em decorrência dacomprovação inequívoca de pagamento efetuado pelo sujeito passivo.

Art. 53. O disposto neste título não se aplica à exigência de créditotributário decorrente de imposto escriturado e não recolhido no prazoregulamentar, ou recolhido a menor, declarado pelo contribuinte em guias deinformação e apuração, nos livros fiscais próprios ou por escrituração fiscaleletrônica.

CAPÍTULO VIDA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 54. O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, aextinção de crédito fiscal por qualquer de suas modalidades, ou a propositura,pelo contribuinte, contra a Fazenda Pública do Distrito Federal, de ação

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judicial sobre o mesmo objeto caracteriza renúncia ao direito de recorrer oudesistência do processo administrativo fiscal de jurisdição contenciosa.

Parágrafo único. A existência de processo judicial não impede oprosseguimento do julgamento administrativo relativamente a matéria nãocontemplada na ação judicial.

TÍTULO VIDA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

CAPÍTULO IDO PROCESSO DE CONSULTA

Art. 55. Ao sujeito passivo é facultado formular consulta à autoridadefiscal em caso de dúvida sobre a interpretação ou a aplicação da legislaçãotributária do Distrito Federal a determinada situação de fato, relacionada atributo do qual seja contribuinte inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federalou pelo qual seja responsável.

Parágrafo único. A faculdade prevista neste artigo estende-se aosórgãos da Administração Pública e às entidades representativas das categoriaseconômicas ou profissionais, relativamente às atividades desenvolvidas porseus representados.

Art. 56. A consulta deverá conter:

I – identificação do consulente;

II – instrumento de procuração, se for o caso;

III – declaração de que a matéria consultada não versa sobre objeto dedecisão anterior, proferida em processo contencioso ou não, em que tenhasido parte o consulente;

IV – descrição clara e objetiva da dúvida e elementos imprescindíveis asua solução;

V – outros documentos e informações especificados em ato do PoderExecutivo.

§ 1º A consulta deverá referir-se a uma só matéria, admitindo-se acumulação somente de questões conexas.

§ 2º Somente serão recebidas as consultas que atendam ao dispostonos incisos I, II, III e V do caput.

§ 3º O regulamento disporá sobre as formas de apresentação daconsulta.

Art. 57. Não será admitida consulta:

I – em desacordo com o disposto no art. 55 e no art. 56, III;

II – que verse sobre assunto estranho à atividade desenvolvida peloconsulente ou pelos representados a que se refere o art. 55, § 1º;

III – formulada por quem esteja:

a) intimado a cumprir obrigação relativa ao objeto da consulta;

b) submetido a ação fiscal.

§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado deFazenda do Distrito Federal expedir Declaração de Inadmissibilidade deConsulta, sem análise de mérito, especificando o motivo que lhe tenha dadocausa.

§ 2º A competência a que se refere o § 1º deste artigo poderá serdelegada.

Art. 58. Será considerada ineficaz a consulta sobre fato:

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I – definido ou declarado em disposição literal de legislação;

II – disciplinado em ato normativo, inclusive em Solução de Consulta,ou orientação publicados antes de sua apresentação.

§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado deFazenda do Distrito Federal expedir Declaração de Ineficácia de Consulta,especificando os respectivos motivos.

§ 2º A declaração a que se refere o § 1º deste artigo, se acrescida deorientação ao consulente, poderá, a juízo da autoridade julgadora, serpublicada no DODF.

§ 3º Da decisão pela ineficácia de consulta não cabe recurso.

§ 4º A competência a que se refere o § 1º deste artigo poderá serdelegada.

§ 5º Será considerada ineficaz a consulta que apresente falsidade nadeclaração a que se refere o art. 56, III.

Art. 59. A decisão em processo de consulta compete:

I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita;

II – em segunda instância, ao Secretário de Estado de Fazenda.

§ 1º As competências de que tratam os incisos I e II deste artigopoderão ser delegadas.

§ 2º A autoridade poderá, a qualquer tempo, rever a decisão de quetrata este artigo, hipótese em que a decisão anterior será expressamenterevogada.

§ 3º A revisão a que se refere o § 2º deste artigo produzirá os efeitosprevistos nos art. 60.

Art. 60. A decisão em processo de consulta será publicada no DODF eterá eficácia normativa após seu trânsito em julgado.

Parágrafo único. A decisão transitada em julgado constitui-se normacomplementar, nos termos do art. 100, II, do Código Tributário Nacional, evincula os órgãos administrativos.

Art. 61. O sujeito passivo não será submetido a procedimento fiscal oucompelido a cumprir obrigação tributária principal ou acessória relativos àmatéria consultada, desde a data de protocolo da consulta até:

I – a ciência em Declaração de Inadmissibilidade de Consulta;

II – a ciência em Declaração de Ineficácia de Consulta;

III – o trânsito em julgado da decisão em processo de consulta eficaz.

Parágrafo único. O disposto neste artigo e no caput do seguinte, noscasos de consultas formuladas por entidades representativas das categoriaseconômicas ou profissionais, não se aplica aos representados que nãoatendam ao disposto no art. 57, III.

Art. 62. Não incidirão juros de mora ou multa de mora relativos àmatéria consultada enquanto inexistir trânsito em julgado em processo deconsulta, desde que protocolizada antes do vencimento da obrigação.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consultadeclarada inadmissível ou ineficaz.

Art. 63. Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário,com efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados de suapublicação.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consultadeclarada inadmissível ou ineficaz.

CAPÍTULO IIDO PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE BENEFÍCIO FISCAL DE

CARÁTER NÃO GERAL

Art. 64. O reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geraldependerá de requerimento formulado pelo interessado ou por seurepresentante, no qual se comprovem os requisitos legais exigidos.

§ 1º Os benefícios fiscais poderão ser reconhecidos a partir de dadoscadastrais fornecidos por órgãos da administração pública direta ou indireta.

§ 2º O benefício relativo a tributo lançado por período certo de tempo,uma vez reconhecido, poderá surtir efeitos para períodos posterioresenquanto perdurarem as razões que o fundamentaram.

Art. 65. A decisão deverá ser proferida no prazo de até 90 (noventa)dias, contados do recebimento do pedido pelo setor responsável pela análise.

Art. 66. Os beneficiários são obrigados a comunicar à administraçãotributária qualquer alteração das condições exigidas para a concessão dobenefício no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data da ocorrência.

Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput ensejará acobrança do tributo atualizado monetariamente, com os acréscimos legais,sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso.

Art. 67. O reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral sedará por Ato Declaratório ou por Despacho de Reconhecimento, na forma dalegislação.

Art. 68. O benefício fiscal será cassado sempre que se verificar odescumprimento das condições para a sua fruição.

Art. 69. A decisão sobre o processo de reconhecimento de benefíciosfiscais de que trata este Capítulo compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá serdelegada.

§ 2º A autoridade e o órgão de que trata o caput poderão determinar arealização das diligências que se fizerem necessárias.

Art. 70. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeitosuspensivo, ao TARF, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.

Parágrafo único. Terá efeito suspensivo o recurso contra a decisão quealtere, casse ou anule benefício fiscal.

CAPÍTULO IIIDO PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO DE ADOÇÃO DE REGIME ESPECIAL

Art. 71. A adoção de regime especial de emissão e escrituração dedocumentos fiscais e de apuração e recolhimento de obrigação tributária, como objetivo de facilitar o cumprimento das obrigações fiscais, poderá serautorizada, mediante requerimento do interessado na forma que dispuser oregulamento.

Art. 72. A decisão em processo de autorização de adoção de regimeespecial compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

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Parágrafo único. A competência de que trata o inciso I do caput poderáser delegada.

Art. 73. A decisão deverá ser proferida no prazo de 90 (noventa) dias,contados do recebimento do pedido pelo setor responsável pela análise.

Art. 74. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeitosuspensivo, ao TARF, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.

Parágrafo único. A critério da autoridade julgadora de segundainstância, nos casos de cassação ou alteração do regime especial, poderá serconcedido efeito suspensivo ao recurso, se a decisão acatada for suscetível decausar à parte lesão grave e de difícil reparação.

CAPÍTULO IVDO PROCESSO DE RESTITUIÇÃO

Art. 75. O sujeito passivo tem direito, independentemente de protestoprévio, à restituição total ou parcial do tributo, atualizado monetariamente,nos seguintes casos:

I – recolhimento de tributo indevido, ou maior que o devido;

II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação daalíquota aplicável, no cálculo do montante do débito, ou na elaboração ouconferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão contrária aocontribuinte.

Parágrafo único. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar àrestituição, na mesma proporção, das penalidades pecuniárias, salvo asreferentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa darestituição.

Art. 76. O deferimento da restituição fica subordinado à prova depagamento indevido e ao fato de não haver sido o valor do tributo recebido deoutrem ou transferido a terceiros.

§ 1º O terceiro que faça prova de haver suportado o encargo financeirodo tributo recolhido a maior ou em duplicidade sub-roga-se no direito àrestituição respectiva.

§ 2º Na hipótese de recolhimento em duplicidade, salvo prova emcontrário, terá preferência na restituição o contribuinte cujo nome conste doDocumento de Arrecadação – DAR.

Art. 77. Não será restituída a multa ou parte da multa recolhidaanteriormente à vigência de lei que abolir ou diminuir a pena fiscal.

Art. 78. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decursodo prazo de 5 (cinco) anos, contados:

I – da data da extinção do crédito tributário, nas hipóteses do art. 75, Ie II;

II – da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa outransitar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,revogado ou rescindido a decisão condenatória, na hipótese do do art. 75, III.

Art. 79. A restituição será feita mediante compensação, nasmodalidades de estorno contábil ou compensação financeira, ou ainda emmoeda corrente.

Art. 80. A restituição em moeda corrente será feita na hipótese derecolhimento indevido de:

I – tributos diretos;

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II – tributos indiretos, quando o titular do direito for contribuinte:

a) autônomo do ISS;

b) não inscrito no CF/DF;

c) optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –SIMPLES NACIONAL, quanto aos tributos de competência do Distrito Federal,sem prejuízo da regulamentação específica do Comitê Gestor do SimplesNacional – CGSN, com fundamento no art. 21, § 5º, da Lei Complementarfederal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 81. A compensação financeira terá precedência à restituição emmoeda corrente na hipótese de restituição de recolhimento indevido acontribuinte em débito de natureza tributária para com a Fazenda Pública doDistrito Federal.

Parágrafo único. A compensação financeira se fará nos termos delegislação específica.

Art. 82. O recolhimento indevido de impostos indiretos por contribuinteinscrito no CF/DF será compensado por meio do estorno contábil, na forma decrédito fiscal a ser utilizado nos períodos subsequentes, ressalvado o dispostono art. 80.

Art. 83. O saneamento do processo de restituição compete àautoridade designada em ato do Poder Executivo e será concluído no prazo de60 (sessenta) dias.

Art. 84. A decisão em processo de restituição se dará no prazo de 30(trinta) dias, contados do recebimento do processo pela autoridade julgadora,e compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá serdelegada.

§ 2º Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeitosuspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias contados de sua publicação.

CAPÍTULO VDA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 85. Caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência doprocesso administrativo fiscal de jurisdição voluntária a propositura pelocontribuinte contra a Fazenda Pública do Distrito Federal de ação judicial como mesmo objeto.

TÍTULO VIIDO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

CAPÍTULO IDA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA

Art. 86. O TARF é integrado por quatorze conselheiros efetivos e igualnúmero de suplentes, de reconhecida competência e possuidores deconhecimentos especializados em assuntos tributários, sendo seterepresentantes da Fazenda do Distrito Federal e sete representantes doscontribuintes, todos nomeados pelo Governador do Distrito Federal paramandato de 3 (três) anos, admitida uma única recondução, a critério daautoridade competente.

§ 1º Os representantes dos contribuintes e respectivos suplentes serãoescolhidos dentre lista tríplice apresentada pelas entidades representativas do

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comércio, da indústria, dos proprietários de imóveis, dos transportes, dasinstituições de ensino, dos serviços, da comunicação e da agricultura.

§ 2º Os representantes do Distrito Federal serão escolhidos dentreservidores integrantes da carreira Auditoria Tributária do Distrito Federal,com, no mínimo, cinco anos de efetivo exercício, mediante lista trípliceresultante de processo seletivo interno, na forma estabelecida emregulamento aprovado pelo Secretário de Estado de Fazenda.

Art. 87. O TARF elegerá seu Presidente e Vice-Presidente para ummandato de 1 (um) ano, dentre os Conselheiros efetivos, observando-se queo Presidente será escolhido dentre os Conselheiros representantes do DistritoFederal, e o Vice-Presidente dentre os Conselheiros dos contribuintes.

Art. 88. O TARF funcionará com duas Câmaras e um Pleno.

§ 1º O Pleno funcionará composto pela totalidade dos Conselheiros,sendo vedado o direito a voto do Vice-Presidente do Tribunal Administrativode Recursos Fiscais.

§ 2º As Câmaras funcionarão com a seguinte composição:

I – Primeira Câmara, com o presidente do Tribunal, três representantesdo Distrito Federal e três dos contribuintes;

II – Segunda Câmara, com o vice-presidente do Tribunal, trêsrepresentantes do Distrito Federal e três dos contribuintes.

§ 3º O Pleno e a Primeira Câmara serão presididos pelo Presidente doTribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 4º A Segunda Câmara será presidida pelo Vice-Presidente do TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais.

§ 5º As decisões do Tribunal Pleno e das Câmaras serão tomadas pormaioria de votos, cabendo ao respectivo Presidente o voto de qualidade.

Art. 89. Ao TARF compete julgar em segunda instância os processosadministrativos fiscais de jurisdição:

I – contenciosa;

II – voluntária de reconhecimento de benefícios fiscais de caráter nãogeral, de autorização de adoção de regime especial de interesse docontribuinte e de restituição.

Parágrafo único. A competência para julgamento dos processosadministrativos fiscais de jurisdição voluntária será exercida por intermédio doPleno do TARF.

Art. 90. O Presidente do TARF não receberá o recurso se:

I – for intempestivo;

II – a decisão de primeira instância ou cameral estiver em plenaconformidade com enunciado de súmula desse Tribunal.

Parágrafo único. O disposto no inciso II do caput aplica-se às decisõessujeitas ao reexame necessário.

Art. 91. A Fazenda Pública será representada junto ao TARF porintegrantes da carreira de Procurador do Distrito Federal.

Parágrafo único. A falta de comparecimento à sessão de julgamento derepresentante da Fazenda Pública não é obstáculo para que a decisão sejaproferida.

Art. 92. O julgamento no TARF se fará em conformidade com odisposto nesta Lei e em seu Regimento Interno.

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§ 1º O Conselheiro relator e o representante da Fazenda Pública terão oprazo de até 30 (trinta) dias para fazerem conclusos os processos que lhesforem distribuídos.

§ 2º O pedido de vista não impede que os Conselheiros que se sintamhabilitados possam votar.

§ 3º O Conselheiro que formular o pedido de vista restituirá os autos aoPresidente, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do recebimento.

§ 4º A realização de diligências interrompe a contagem dos prazosfixados neste artigo.

§ 5º As decisões do Pleno e das Câmaras serão tomadas por maioria devotos, cabendo ao respectivo Presidente o voto de qualidade.

Art. 93. O TARF poderá analisar o mérito ainda que a autoridadejulgadora de primeira instância não o tenha feito, desde que se verifiquem nosautos elementos que possibilitem o julgamento do recurso, sem retorno àprimeira instância.

Art. 94. Dos atos do Presidente do TARF ou dos Presidentes dasCâmaras cabe recurso ao Pleno, no prazo de 10 (dez) dias, contados da suaciência.

Art. 95. Ocorrendo impedimento de Conselheiro, quando não declaradotempestivamente, pode a parte opor-lhe exceção.

§ 1º A exceção será arguida:

I – no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da publicação no DODFda ata da sessão em que se der a distribuição do processo, se o arguido for oConselheiro Relator;

II – na sessão de julgamento do processo, no momento próprio parasustentação oral, se outro Conselheiro for o arguido.

§ 2º Na hipótese do § 1º, II, deste artigo, se a exceção for acolhida, ojulgamento do processo será adiado para a sessão subsequente.

Art. 96. Da decisão omissa, contraditória ou obscura cabem embargosde declaração, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do acórdão.

§ 1º Não serão conhecidos, e a sua oposição não interromperá o prazopara interposição de outros recursos, os embargos que forem apresentadosapós o prazo previsto no caput.

§ 2º Na hipótese de embargos manifestamente protelatórios, aautoridade julgadora ou o TARF conhecerá o recurso e consignará na decisãoque subsequentes embargos com o mesmo objeto não serão conhecidos e nãointerromperão o prazo para interposição de outros recursos.

CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DOS PROCESSOS DE JURISDIÇÃO

CONTENCIOSA

Art. 97. Da decisão da Câmara desfavorável à Fazenda Pública ou aocontribuinte em processo de jurisdição contenciosa, cabe recursoextraordinário ao Pleno no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data dapublicação do acórdão, nas seguintes hipóteses:

I – quando a decisão não for unânime;

II – quando a decisão, proferida com o voto de desempate doPresidente, for contrária à legislação ou à evidência dos autos;

III – quando a decisão, embora unânime, divergir de outras decisõesdas Câmaras ou do Pleno do TARF quanto à interpretação do direito em tese,

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ou deixar de apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sidosubmetida.

Parágrafo único. Na hipótese de recurso interposto pela RepresentaçãoFazendária, será aberto prazo de 20 (vinte) dias, a contar da publicação daadmissibilidade no DODF, para o contribuinte apresentar suas contrarrazões.

Art. 98. O Presidente da Câmara, na ausência de interposição derecurso extraordinário por parte da Fazenda Pública, encaminhará os autos doprocesso de jurisdição contenciosa ao Pleno para reexame necessário, noprazo de 20 (vinte) dias, se a decisão, não unânime, exonerar o sujeitopassivo de crédito tributário de valor superior a R$30.000,00 (trinta milreais), que será atualizado na forma da legislação específica.

§ 1º Se o Presidente da Câmara deixar de encaminhar os autos,cumpre a servidor que do fato tomar conhecimento providenciar a remessa aoPleno.

§ 2º O acórdão somente produzirá efeitos após confirmado pelo Pleno.

CAPÍTULO IIIDO ENUNCIADO DE SÚMULA DO TARF

Art. 99. Compete ao Pleno do TARF, por iniciativa de seu Presidente,do Subsecretário da Receita ou do representante da Fazenda Pública, editarenunciado de súmula de suas reiteradas decisões.

§ 1º As decisões proferidas em pelo menos seis julgamentos em mesesdiversos poderão ser objeto de enunciado de súmula se oriundas dasCâmaras, desde que unânimes, ou do Pleno do TARF, ainda que por maioria.

§ 2º A decisão pela edição de enunciado de súmula será tomada pormaioria de votos dos Conselheiros que integram o Pleno do TARF.

Art. 100. O enunciado de súmula, a partir da data de sua publicaçãono DODF, terá efeito vinculante em relação aos órgãos julgadores e aosdemais órgãos da administração tributária do Distrito Federal.

§ 1º O enunciado de súmula poderá ser revisto ou cancelado mediantesolicitação das autoridades previstas no art. 96, caput, obedecidos osprocedimentos previstos para a sua edição.

§ 2º A revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula produziráefeitos na data de sua publicação no DODF.

TÍTULO VIIIDA EXECUÇÃO DAS DECISÕES NA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Art. 101. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo deverá sercumprida no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data de ciência dessacondição pelo interessado, por meio de intimação.

§ 1º Na hipótese de não ser cumprida a exigência no prazo de que tratao caput deste artigo, a autoridade competente terá o prazo de até 30 (trinta)dias para providenciar a inscrição do débito em Dívida Ativa.

§ 2º No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpreà autoridade julgadora ou ao servidor designado exonerá-lo de ofício dosgravames decorrentes do contencioso fiscal, no prazo máximo de 20 (vinte)dias da ciência do interessado.

TÍTULO IXDA EFICÁCIA DAS DECISÕES

Art. 102. São definitivas as decisões:

I – de primeira instância, quando esgotado o prazo para recursovoluntário;

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II – de segunda instância, se não couber recurso ou, quando couber,não tiver sido interposto no prazo.

Parágrafo único. São também definitivas as decisões de primeirainstância quanto à parte que não for objeto de recurso voluntário ou que nãoestiver sujeita ao reexame necessário.

TÍTULO XDAS NULIDADES

Art. 103. São inválidos os atos que desatendam os pressupostos legaise regulamentares ou os princípios da Administração, especialmente nos casosde:

I – incompetência;

II – vício de forma;

III – ilegalidade do objeto;

IV – inexistência de motivo;

V – desvio de finalidade.

Art. 104. A motivação indicará as razões que justifiquem a edição doato, especialmente a regra de competência, os fundamentos de fato e dedireito e a finalidade objetivada.

Parágrafo único. A motivação do ato no procedimento administrativopoderá consistir na remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos.

Art. 105. A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou porprovocação do interessado, salvo quando:

I – da irregularidade não resultar qualquer prejuízo;

II – forem passíveis de convalidação.

§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que delediretamente dependam ou sejam consequência dele.

§ 2º A autoridade competente declarará a nulidade, especificando sedecorrente de vício formal ou material, mencionando expressamente os atosalcançados e determinando, se for o caso, as providências necessárias aoprosseguimento ou à solução do processo, nos termos do regulamento.

§ 3º As irregularidades, incorreções ou omissões que possam acarretarprejuízo serão sanadas, de ofício ou por requerimento, quando o sujeitopassivo não lhes houver dado causa ou quando não influírem no julgamentodo processo, não ensejando, nestes casos, a nulidade do ato respectivo.

§ 4º Na hipótese do § 3º deste artigo, tratando-se de ato deformalização de exigência, as irregularidades, incorreções ou omissões nãoacarretarão a nulidade do ato se dele constarem elementos suficientes paradeterminar com segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator.

§ 5º Quando puder decidir a favor do sujeito passivo a quemaproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora proferirá adecisão de mérito.

Art. 106. A Administração poderá convalidar seus atos nos casos de:

I – vício de competência, desde que a convalidação seja feita pelaautoridade titulada para a prática do ato e não se trate de competênciaindelegável;

II – vício formal, desde que o ato possa ser suprido de modo eficaz.

§ 1º Não será admitida a convalidação quando dela resultar prejuízo àAdministração ou a terceiros ou quando se tratar de ato impugnado.

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§ 2º A convalidação será sempre formalizada por ato motivado.

TÍTULO XIDOS ATOS NORMATIVOS

Art. 107. Compete à Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estadode Fazenda do Distrito Federal expedir atos de orientação, normatização,interpretação e aplicação da legislação tributária, nos termos do regulamento.

TÍTULO XIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 108. Das decisões proferidas nos processos normatizados nestaLei não cabe pedido de reconsideração, ressalvada a faculdade da autoridadeprolatora de reconsiderar a decisão.

Art. 109. Os recursos das decisões em processo de jurisdiçãovoluntária serão dirigidos à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não areconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, encaminhará os autos à segundainstância.

Art. 110. Salvo disposição específica, das decisões no âmbito daAdministração Tributária cabe recurso do interessado, no prazo de 30 (trinta)dias a contar da ciência, em face de razões de legalidade e de mérito.

§ 1º O recurso previsto no caput não é cabível em relação às decisõesproferidas em segunda instância ou para as quais a legislação prevejainstância única.

§ 2º A decisão relativa ao recurso de que trata o caput fará coisajulgada administrativa.

§ 3º O recurso de que trata este artigo será dirigido à autoridade queproferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, oencaminhará à autoridade superior, quando cabível.

Art. 111. Os autos de processo que verse sobre infração à legislaçãotributária somente serão arquivados após decisão final.

Art. 112. Ficam mantidos os cargos de Conselheiro criadosanteriormente a esta Lei, acrescidos de mais quatro, para ajuste dacomposição de que trata o art. 86.

Parágrafo único. Fica mantida a remuneração dos cargos de Conselheirorepresentante da Fazenda do Distrito Federal, correspondente ao de cargo emcomissão, símbolo DFA-14.

Art. 113. O Governador do Distrito Federal completará a composiçãodo TARF, no prazo de 90 (noventa) dias contados da entrada em vigor destaLei.

Parágrafo único. Ficam mantidos os mandatos remanescentes dosatuais Conselheiros do TARF, findos os quais as novas nomeações se darão naforma desta Lei.

Art. 114. Permanecem em vigor as disposições legais relativas aoprocesso administrativo de exigência de multas não relacionadas com odescumprimento de obrigações tributárias.

Art. 115. O Governador do Distrito Federal deve proceder, semaumento de despesa, ao remanejamento de cargos da Secretaria de Estadoda Fazenda para complementar o quadro de conselheiros remunerados naforma do art. 112.

Art. 116. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei os conceitos eprincípios estabelecidos no Código Tributário Nacional, bem como as normas

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do processo administrativo e do processo administrativo fiscal no âmbito daAdministração Pública Federal e as da legislação processual civil e penal.

Art. 117. Todas as remissões, em diplomas legislativos vigentes, aosdispositivos revogados pelo art. 120, consideram-se feitas às disposiçõescorrespondentes desta Lei.

Art. 118. Aplica-se esta Lei aos processos em curso, nos termos doregulamento.

§ 1º O disposto nesta Lei não prejudicará a validade dos atospraticados na vigência da legislação anterior.

§ 2º Não se modificarão os prazos iniciados antes da entrada em vigordesta Lei.

Art. 119. Esta Lei deve ser regulamentada no prazo de noventa dias,contados da data de sua publicação.

Art. 120. Revogam-se as disposições em contrário, em especial:

I – a Lei nº 657, de 25 de janeiro de 1994;

II – o art. 4º da Lei nº 989, de 18 de dezembro de 1995;

III – a Lei nº 1.080, de 15 de maio de 1996;

IV – a Lei nº 1.506, de 3 de julho de 1997;

V – a Lei nº 3.427, de 4 de agosto de 2004;

VI – a Lei nº 3.497, de 8 de dezembro de 2004.

Art. 121. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e produzefeitos, naquilo que depender de regulamentação, noventa dias depois depublicada.

Brasília, 9 de maio de 2011123º da República e 52º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de11/05/2011.

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DECRETO Nº 33269/2011 – REGULAMENTA A 4567/2011 PAF(Autoria do Projeto: Poder Executivo)

PUBLICAÇÃO DODF nº 203, de 19/10/11 – Págs. 7 a 17

DEC 33269/2011DE 18 DE OUTUBRO DE 2011

REGULAMENTA A 4567/2011PROCEDIMENTO FISCAL

Regulamenta a Lei nº 4.567, de 9 demaio de 2011, que dispõe sobre oprocesso administrativo fiscal,contencioso e voluntário, no âmbito doDistrito Federal.

DECRETO Nº 33.269, DE 18 DE OUTUBRO DE 2011.Publicado no DODF nº 203, de 19/10/11 – Págs. 7 a 17.Decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – DODF de 2/3/12 – Alterações.ÍNDICE analítico DO REGULAMENTO DO PAFTÍTULO I – Das Disposições Gerais (Do art.1º ao 2º)TÍTULO II – Dos Atos ProcessuaisCAPÍTULO I – Das Disposições Preliminares (Do art.3º ao 6º)CAPÍTULO II – Dos Prazos (Do art.7º ao 10)CAPÍTULO III – Da Intimação (art.11 ao 12)CAPÍTULO IV – Dos Impedimentos e da Suspeição (art.13 ao 16)TÍTULO III – Do Procedimento Administrativo FiscalCAPÍTULO I – Das Disposições GeraisSeção I – Das Ações Fiscais (art. 17 ao 19)Seção II – Do Início do Procedimento Administrativo Fiscal (art. 20)Seção III – Da Exclusão da Espontaneidade (art. 21)Seção IV – Dos Atos de Monitoramento (art. 22)Seção V – Da Ordem de Serviço (Do art. 23 ao 24)Seção VI – Dos Termos De Fiscalização (Do art. 25 ao 31)CAPÍTULO II – Do Crédito Tributário Sujeito à Jurisdição ContenciosaSeção I – Do Auto de Infração e do Auto de Infração e ApreensãoSubseção I – Das Disposições Preliminares (Do art. 32 ao 33)Subseção II – Da Apreensão de Bens e Mercadorias (Do art. 34 ao 35)Subseção III – Da Retenção de Bens e Mercadorias (art. 36)Subseção IV – Da Cobrança de Despesas de Apreensão (art. 37)Subseção V – Da Liberação de Bens e Mercadorias (Do art. 38 ao 41)Subseção VI – Do Abandono, Da Avaliação e da Destinação dos Bens e Mercadorias Apreendidas (Do art.42 ao 48)Seção II – Da Notificação de Lançamento (art. 49)TÍTULO IV – Do Crédito Tributário Não Contencioso (Do art. 50 a 52)TÍTULO V – Da Jurisdição ContenciosaCAPÍTULO I – Da Impugnação (Do art. 53 ao 58)CAPÍTULO II – Do Juízo de Admissibilidade Da Impugnação (Do art. 59 ao 60)CAPÍTULO III – Da Competência Para Julgamento (art. 61)CAPÍTULO IV – Do Julgamento de Primeira Instância (art. 62 ao 68)CAPÍTULO V – Do Recurso (art. 69 ao 71)CAPÍTULO VI – Da Desistência e da Renúncia (art. 72)TÍTULO VI – Da Jurisdição VoluntáriaCAPÍTULO I – Do Processo de Consulta (art. 73)Seção I – Do Pedido (art. 74)Seção II – Do Saneamento Processual (art. 75)Seção III – Da Inadmissibilidade da Consulta (art. 76)Seção IV – Da Consulta Ineficaz (art. 77)Seção V – Da Consulta Eficaz (Do art. 78 ao 80)Seção VI – Dos Efeitos da Consulta (Do art. 81 ao 82)CAPÍTULO II – Do Processo de Reconhecimento de Benefício Fiscal de Caráter não GeralSeção I – Do Pedido (Do art. 83 ao 88)Seção II – Do Reconhecimento de Imunidade (Do art. 89 ao 92)Seção III – Das Obrigações dos Beneficiários (art. 93)Seção IV – Da Decisão (Do art. 94 ao 98)CAPÍTULO III – Do Processo de Autorização de Adoção de Regime EspecialSeção I – Do Pedido (Do art. 99 ao 100)Seção II – Da Decisão (Do art. 101 ao 103)Seção III – Das Disposições Gerais (Do art. 104 ao 110)

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CAPÍTULO IV – Do Processo de RestituiçãoSeção I – Das Disposições Preliminares (Do art. 111 ao 114)Seção II – Do Pedido (art. 115)Seção III – Do Saneamento e da Análise Processual (art. 116)Seção IV – Das Modalidades de Restituição (Do art. 117 ao 120)Seção V – Da Decisão (art. 121)TÍTULO VII – Do Tribunal Administrativo de Recursos FiscaisCAPÍTULO I – Da Composição e da Competência (Do art. 123 ao 134)CAPÍTULO II – Das Disposições Especiais dos Processos de Jurisdição Contenciosa (Do art. 135 ao 136)CAPÍTULO III – Do Enunciado de Súmula do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais (Do art. 137ao 138)TÍTULO VIII – Da Prioridade na Tramitação de Processos (art. 139)TÍTULO IX – Das Diligências e da Perícia (Do art. 140 ao 142)TÍTULO X – Da Execução das Decisões na Jurisdição Contenciosa (art. 143)TÍTULO XI – Da Eficácia das Decisões (art. 144)TÍTULO XII – Das Nulidades (Do art. 145 ao 148)TÍTULO XIII – Dos Atos Normativos (art. 149)TÍTULO XIV – Das Disposições Finais e Transitórias (Do art. 150 ao 161)

Regulamenta a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal,contencioso e voluntário, no âmbito do Distrito Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100,inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e tendo em vista o disposto na Lei nº 4.567, de 9 de maiode 2011, DECRETA:TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º Este Decreto regulamenta o Processo Administrativo Fiscal – PAF, de jurisdição contenciosa evoluntária, no âmbito do Distrito Federal, de que trata a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011.Art. 2º A Administração Fazendária obedecerá, entre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,interesse público, eficiência, publicidade, impessoalidade, instrumentalidade das formas, duração razoáveldo processo e devido processo legal.

TÍTULO IIDOS ATOS PROCESSUAISCAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 3º Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser por motivo de ordem pública, caso emque será assegurada a participação do sujeito passivo.Art. 4º Compete ao Secretário de Estado de Fazenda dispor sobre o uso de meio eletrônico nosprocedimentos e processos administrativos fiscais, em especial quanto à autuação por meio eletrônico, àcomunicação de atos e à transmissão e apresentação de documentos e peças processuais.Parágrafo único. A competência a que se refere o caput poderá ser delegada.Art. 5º Ao intimado é facultada vista dos autos, em qualquer fase do processo, vedada a sua retirada darepartição.§ 1º É assegurada ao intimado a obtenção de cópias dos autos, mediante pagamento, nos termos dalegislação específica.§ 2º Estando o processo, no âmbito da unidade ou órgão responsável pelo julgamento, na situação dedistribuído ou concluso, não se aplica o disposto no § 1º.Art. 6º A intervenção do sujeito passivo far-se-á pessoalmente ou por meio de representante legal.

CAPÍTULO IIDOS PRAZOS

Art. 7º Os atos serão praticados no prazo de 30 (trinta) dias, salvo disposição em contrário.Art. 8º Os prazos para a prática de atos não correm contra o fisco na pendência do cumprimento dediligências ou intimações expedidas pela autoridade fiscal.Art. 9º Os prazos fixados neste Decreto serão contínuos, excluindo-se da sua contagem o dia de início eincluindo-se o do vencimento.Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no órgão ou unidade emque tramite o processo ou em que deva ser praticado o ato.Art. 10. O documento remetido pelo sujeito passivo por via postal será considerado entregue, para efeito decontagem de prazo, na data do recebimento pela autoridade fiscal.

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Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o documento será considerado recebido pela autoridadefiscal na data em que for protocolizado em qualquer unidade da Subsecretaria da Receita da Secretaria deEstado de Fazenda ou na data constante do aviso de recebimento, quando for o caso.

CAPÍTULO IIIDA INTIMAÇÃO

Art. 11. Far-se-á a intimação:I – pessoalmente, por servidor competente, mediante assinatura do sujeito passivo, seu mandatário oupreposto, ou, em caso de recusa, com declaração escrita de quem os intimar;II – por via postal, com aviso de recebimento;III – por publicação no Diário Oficial do Distrito Federal – DODF;IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante acesso por parte do contribuinte, utilizandocertificação digital, ao endereço eletrônico que lhe foi atribuído pela Administração Tributária.nova redação dada ao inciso iv do artigo 11 pelo decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – dodf de 2/3/12.IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante:a) certificação digital;b) envio ao endereço eletrônico atribuído ao contribuinte pela administração tributária.V – pela publicação no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda na Internet, nos seguintes casos:a) deferimento integral em processos de jurisdição voluntária;b) quanto a atos futuros, nas hipóteses de que trata o art. 20, quando o sujeito passivo for notificado porqualquer um dos meios dispostos nos incisos acima.§ 1º A intimação quanto aos atos, procedimentos e processos previstos nos Títulos III, IV e V só seráefetuada por publicação no DODF depois de esgotados os meios previstos nos incisos II e IV do caput,ressalvado o disposto no inciso V do caput, nos §§ 2º e 3º, no art. 49, § 2º, no art. 77, § 2º e no art. 80.§ 2º No caso de comprovada impossibilidade de intimação pelas vias previstas nos incisos II e IV do caput,a intimação por publicação no DODF poderá ser feita sem a observância do disposto no § 1º.§ 3º A intimação referente aos atos e decisões dos órgãos julgadores de primeira e de segunda instânciasem processos sujeitos à jurisdição contenciosa poderá ser efetuada diretamente por publicação no DODF.§ 4º Para efeito do disposto na alínea ”a” do inciso V do caput, o teor da intimação será disponibilizadopara ciência do sujeito passivo no correio eletrônico da área restrita do Serviço Interativo de AtendimentoVirtual (Agênci@Net) da Secretaria de Estado de Fazenda.§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere o inciso IV do caput deverá ser autorizadapreviamente pelo sujeito passivo mediante declaração constante da Ficha de Atualização Cadastral – FAC,onde constarão informações sobre as normas e condições de sua utilização.nova redação dada ao § 5º do artigo 11 pelo decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – dodf de 2/3/12.§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere a alínea “b” do inciso IV do caput deverá serautorizada previamente pelo sujeito passivo mediante declaração constante da Ficha de AtualizaçãoCadastral – FAC, onde constarão informações sobre as normas e condições de sua utilização.”(NR)Art. 12. Considera-se feita a intimação:I – na data da ciência ou da declaração de que trata o art. 11, I;II – na data da ciência no aviso de recebimento, na hipótese do art. 11, II, ou, se a data for omitida, 15(quinze) dias após a data da postagem da intimação nos correios;III – 15 (quinze) dias após a publicação no DODF, observado o disposto no § 2º;IV – no dia em que o intimado efetuar a consulta ao teor da intimação ou, caso esta consulta não ocorra, 15(quinze) dias após a data de envio ou de disponibilização da intimação de que trata o art. 11, IV;V – na data da publicação, na hipótese do art. 11, V, “a”.§ 1º O comparecimento espontâneo do contribuinte supre a falta de intimação.§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 11, § 3º, a intimação dos atos e das decisões considerar-se-á efetuada nadata da publicação no DODF.

CAPÍTULO IVDOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 13. O servidor ou autoridade fiscal é impedido de atuar em procedimento ou processo administrativofiscal nos casos em que:I – seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha atuado;II – o cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceirograu, seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha atuado;III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge oucompanheiro.§ 1º O termo “atuar” e a expressão “tenha atuado” mencionados neste Capítulo referem-se aos seguintesatos: lavrar Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, expedir Notificação de Lançamento ouAviso de Lançamento, proferir parecer, relatório ou voto, decidir e julgar.

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§ 2º O Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais deverá, ainda, declarar-se impedido deestudo, discussão, votação e presidência do julgamento dos processos que interessarem à sociedade de quefaça ou tenha feito parte como sócio, advogado ou membro da Diretoria, do Conselho de Administração oudo Conselho Fiscal.§ 3º Não está impedido de proferir:I – juízo de admissibilidade o servidor ou autoridade que expediu Notificação de Lançamento;II – voto no Pleno o Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais que votou ou decidiuanteriormente nos autos no âmbito do Tribunal.§ 4º Inexiste impedimento de servidor ou autoridade para prática de ato que objetive complementar ato porele iniciado ou realizado anteriormente ou para expedir a Notificação de Lançamento de que trata o art. 49,§ 2º.Art. 14. Incorre em suspeição o servidor ou a autoridade que tenha amizade ou inimizade notória com osujeito passivo ou com pessoa interessada no resultado do procedimento ou do processo administrativofiscal, ou com seus respectivos cônjuges, companheiros, parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta oucolateral, até o terceiro grau.Art. 15. O servidor ou autoridade que incorrer em impedimento ou suspeição deve declarar o fato e asrazões:I – no prazo de 2 (dois) dias, contado:a) da designação para atuar em procedimento administrativo fiscal;b) do recebimento dos autos do processo administrativo fiscal para relatório, voto, parecer, decisão oujulgamento;II – antes de iniciado o julgamento do processo administrativo fiscal, no caso de Conselheiro diverso doConselheiro Relator.Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o servidor ou a autoridade abster-se-á de atuar ecomunicará o fato ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, que:I – concordando, designará outro servidor ou autoridade;II – discordando, determinará a atuação do servidor ou autoridade.Art. 16. O interessado, o requerente ou a Administração poderá arguir, por meio de exceção, em processopróprio, o impedimento ou a suspeição de servidor ou autoridade, especificando seus motivos, antes daconclusão definitiva do procedimento ou do processo administrativo fiscal objeto da arguição, no prazo deaté 30 (trinta) dias, contado do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição, ressalvado o disposto noart. 133.§ 1º Caso o servidor ou a autoridade reconheça o impedimento ou a suspeição arguidos na forma do caput,deverá declarar o fato nos autos e encaminhá-los ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, quedesignará outro servidor ou autoridade.§ 2º Não reconhecendo o impedimento ou a suspeição, o servidor ou autoridade declarará suas razões nosautos do processo de exceção, encaminhando-os ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal paradecisão.§ 3º Em caso de procedência da exceção, serão considerados nulos os atos praticados pelo servidor ouautoridade.§ 4º O processo ficará suspenso até a decisão da autoridade competente, quando for oposta exceção desuspeição ou impedimento.título iiido procedimento administrativo fiscalcapítulo idas disposições geraisSeção IDas Ações Fiscais

Art. 17. O procedimento administrativo fiscal compreende as seguintes ações:I – orientação, verificação e controle do cumprimento das obrigações tributárias por parte do sujeitopassivo, podendo resultar em:a) lavratura de Auto de Infração;b) lavratura de Auto de Infração e Apreensão;c) expedição de Notificação de Lançamento;d) expedição de Aviso de Lançamento;II – arrecadação de documentos de qualquer espécie, coleta e tratamento de informações de qualquer na-tureza de interesse da Administração Tributária, inclusive para atender exigência de instrução processual.Art. 18. O servidor do Fisco que tomar conhecimento de indícios de irregularidade fiscal e forincompetente ou estiver legalmente impossibilitado de formalizar a exigência tributária deve comunicar ofato à autoridade competente, mediante representação circunstanciada.Art. 19. É facultado a qualquer pessoa, devidamente identificada, registrar denúncia de irregularidadefiscal, mantido o sigilo com relação ao objeto e à autoria da denúncia.

Seção II

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Do Início do Procedimento Administrativo Fiscal

Art. 20. O procedimento administrativo fiscal tem início com:I – a cientificação, na forma do art. 11, do sujeito passivo ou seu representante, notificado acerca de:a) termo de início de ação fiscal;b) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão;c) qualquer ato da Administração Tributária relacionado com a infração;II – qualquer ato da Administração Tributária relacionado à verificação da regularidade do trânsito demercadorias.

Seção IIIDa Exclusão da Espontaneidade

Art. 21. O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atosanteriores relacionados com a infração.§ 1º Para efeitos da espontaneidade, os atos que configurem o início do procedimento fiscal serão válidospelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por igual período, a juízo do chefe imediato do servidorresponsável pelo procedimento.§ 2º O sujeito passivo deverá ser cientificado da prorrogação do prazo de que trata o § 1º.§ 3º Os atos administrativos de monitoramento não excluem a espontaneidade.

Seção IVDos Atos de Monitoramento

Art. 22. A Secretaria de Estado de Fazenda praticará atos administrativos de monitoramento que buscarão ocumprimento espontâneo da legislação tributária.§ 1º Os atos administrativos de monitoramento, sem prejuízo de outras disposições estabelecidas em ato doSecretário de Estado de Fazenda:I – compreendem a verificação periódica dos níveis de arrecadação dos tributos administrados pelaSubsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em função do potencial econômico-tributáriodos contribuintes, assim como das variáveis macroeconômicas de influência;II – serão realizados por meio do acompanhamento da arrecadação e do tratamento de quaisquerinformações relacionadas com o crédito tributário, utilizando-se os dados disponíveis nos sistemasinformatizados da Secretaria de Estado de Fazenda e das informações coletadas junto a fontes externas.§ 2º O débito não declarado, constatado em procedimento fiscal de monitoramento, e não recolhido,ensejará o lançamento por meio de Auto de Infração a ser lavrado em razão de ação fiscal.

Seção VDa Ordem de Serviço

Art. 23. A execução de procedimento de fiscalização será precedida de Ordem de Serviço (OS) expedidapela chefia imediata do servidor.§ 1º Em situação que, inexistindo a OS a que se refere o caput, for necessária a adoção de providênciasimediatas a fim de resguardar o interesse da Fazenda Pública, o servidor competente deve agir de ofício,comunicado o fato ao seu chefe imediato, que decidirá a respeito da emissão do referido documento, noprazo máximo de 5 (cinco) dias.§ 2º Na hipótese do § 1º, a decisão quanto à emissão da OS orientar-se-á pelo disposto no Título XII e, casoa decisão seja por sua não emissão, cessarão de imediato as ações em desenvolvimento e os atos até entãopraticados perderão sua validade e eficácia.§ 3º A OS conterá, no mínimo:I – denominação “Ordem de Serviço”;II – número de ordem;III – data de expedição;IV – tipo de ação fiscal a ser desenvolvida;V – identificação da autoridade signatária;VI – identificação dos servidores fiscais designados;VII – prazo para conclusão dos trabalhos;VIII – identificação cadastral do contribuinte, se houver;IX – área geográfica a ser fiscalizada, no caso de fiscalização de mercadoria em trânsito;X – data da ciência e assinatura dos servidores fiscais designados.§ 4º Poderão ser anexadas à OS informações complementares, inclusive as relacionadas aos procedimentosmínimos a serem observados no desenvolvimento da ação fiscal e o período a ser fiscalizado.Art. 24. A OS poderá designar todos os componentes de uma equipe de fiscalização para desenvolver aação fiscal, vedado o desenvolvimento de qualquer ação por um único servidor fiscal.

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Seção VIDos Termos de Fiscalização

Art. 25. Os termos decorrentes da atividade de fiscalização serão lavrados em, no mínimo, duas vias, umadas quais destinada ao sujeito passivo, e uma à instrução do processo, se for o caso.Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica a termos lavrados após o Termo de Conclusão Fiscal, senão implicarem agravamento da exigência fiscal, caso em que se dispensa a entrega ao sujeito passivo.Art. 26. Lavrar-se-ão termos de início e de conclusão de ação fiscal, quando necessários.§ 1º O Termo de Início de Ação Fiscal conterá, no mínimo:I – denominação “Termo de Início de Ação Fiscal”;II – data e hora da lavratura;III – identificação cadastral do sujeito passivo;IV – identificação do representante legal do sujeito passivo;V – discriminação dos documentos e livros fiscais cuja exibição for determinada ou número da intimaçãoque os tenha discriminado;VI – qualificação funcional e assinatura do servidor fiscal responsável por sua lavratura;VII – assinatura do sujeito passivo ou de representante legal, a ser suprida, no caso de recusa, pordeclaração do servidor fiscal referido no inciso VI deste parágrafo.§ 2º O Termo de Conclusão de Ação Fiscal conterá, no mínimo:I – denominação “Termo de Conclusão de Ação Fiscal”;II – data e hora da lavratura;III – identificação cadastral do sujeito passivo;IV – identificação do representante legal do sujeito passivo;V – data do início do procedimento fiscal;VI – período fiscalizado;VII – livros e documentos examinados;VIII – descrição do tipo das verificações realizadas e das infrações apuradas, se for o caso;IX – valor do crédito tributário;X – número do auto de infração lavrado, se for o caso;XI – qualificação funcional e assinatura do servidor fiscal responsável por sua lavratura;XII – assinatura do sujeito passivo ou de representante legal, a ser suprida, no caso de recusa, pordeclaração do servidor referido no inciso XI deste parágrafo.§ 3º O reconhecimento, pelo sujeito passivo, do cometimento de qualquer infração à legislação tributáriado Distrito Federal e o correspondente pagamento dos valores relativos a imposto, penalidade e acréscimoslegais, no curso de procedimento fiscal, serão relatados em Termo de Conclusão de Ação Fiscal ou emrelatório circunstanciado, para fins de homologação.Art. 27. O Termo de Guarda de Bens e Mercadorias, a que se refere o art. 34, § 3º, conterá:I – identificação do contribuinte ou responsável;II – número do Auto de Infração e Apreensão correspondente;III – identificação dos bens e das mercadorias, com especificação de quantidade, peso, qualidade, marca,espécie, número de volumes, prazo de validade, se for o caso, e do valor registrado no Auto de Infração eApreensão;IV – indicação do estado em que se encontrarem os bens e as mercadorias, e da natureza de fácildeterioração, se for o caso;V – em caso de equipamentos utilizados para o registro de operações com mercadorias ou prestações deserviços, leitura da memória fiscal, quando possível;VI – local e data da lavratura;VII – identificação e assinatura do responsável por sua lavratura.Art. 28. O Termo de Retenção de Bens e Mercadorias (TRBM), a que se refere o art. 36, § 1º, conterá adescrição dos bens ou das mercadorias retidos e os demais elementos esclarecedores, inclusive, quando setratar de bens ou mercadorias de fácil deterioração, a menção expressa desta circunstância.Art. 29. Em caso de agravamento da exigência fiscal, lavrar-se-á Termo Aditivo, que conterá os itensespecificados no art. 33, e será intitulado “<número ordinal> Termo Aditivo ao Auto de Infração (ou Autode Infração e Apreensão) <número do AI (ou AIA)>”.Art. 30. Os demais termos deverão conter, além das informações constantes dos incisos II, III, IV, XI e XIIdo § 2º do art. 26, sua finalidade.Art. 31. Os demonstrativos lavrados acompanharão o Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, econterão:I – relação de todos os documentos que embasaram o levantamento e outras provas julgadas pertinentes;II – detalhamento de cálculo;III – indicação dos dispositivos da legislação que embasarem os acréscimos legais.

CAPÍTULO IIDO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUJEITO À JURISDIÇÃO CONTENCIOSASeção I

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Do Auto de Infração e do Auto de Infração e ApreensãoSubseção IDas Disposições Preliminares

Art. 32. A exigência do crédito tributário sujeito à jurisdição contenciosa será formalizada em Auto deInfração, em Auto de Infração e Apreensão ou em Notificação de Lançamento.§ 1º Para a constituição de crédito relativo a tributo indireto, com ocorrência de infração à legislaçãotributária, será lavrado:I – Auto de Infração e Apreensão, quando forem encontrados bens, mercadorias, livros ou outros objetosque constituam prova material de infração;II – Auto de Infração, quando não aplicável o disposto no inciso I.§ 2º A Notificação de Lançamento será utilizada para a constituição de créditos relativos a:I – tributos diretos, em qualquer caso;II – tributos indiretos, quando não ocorrer infração à legislação tributária.Art. 33. O Auto de Infração e o Auto de Infração e Apreensão serão lavrados por servidor competente econterão:I – denominação, número de inscrição no CF/DF, no CNPJ do Ministério da Fazenda e endereço doautuado;II – local, data e hora de sua lavratura;III – descrição do fato;IV – disposição legal infringida e penalidade aplicável;V – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou apresentar impugnação no prazo de 30 (trinta)dias;VI – nome e assinatura do autuante, indicação do seu cargo ou função e número da matrícula.§ 1º O Auto de Infração e Apreensão conterá, além dos elementos referidos nos incisos I a VI do caput:I – descrição do objeto da apreensão, com a respectiva avaliação, se for o caso;II – discriminação dos motivos que determinaram a apreensão e fundamento legal;III – identificação da pessoa com quem foi encontrado o objeto da apreensão;IV – indicação dos bens ou das mercadorias de fácil deterioração, se for o caso;V – indicação do local em que será depositado o objeto da apreensão;VI – indicação do fiel depositário nomeado, se for o caso.§ 2º Prescindem da assinatura a que se refere o inciso VI do § 1º o Auto de Infração e o Auto de Infração eApreensão emitidos:I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo acesso por parte dosujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de certificação digital;II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio daSecretaria de Estado de Fazenda na internet.

Subseção IIDa Apreensão de Bens e Mercadorias

Art. 34. Os bens ou as mercadorias encontrados em situação irregular, assim definida na legislação, serãoobjeto de apreensão, que terá por fim a comprovação de infração à legislação tributária.§ 1º Os bens e as mercadorias apreendidos, salvo disposição em contrário na legislação, serão en-caminhados a depósito da Secretaria de Estado de Fazenda, que ficará responsável por sua guarda.§ 2º Será admitida, na forma da lei civil e nos termos da legislação específica, nomeação de fiel depositáriopara os bens e as mercadorias apreendidos.§ 3º Em caso de encaminhamento a depósito da Secretaria de Estado de Fazenda, lavrar-se-á Termo deGuarda de Bens e Mercadorias.§ 4º O Termo a que se refere o § 3º poderá constar do Auto de Infração e Apreensão.§ 5º Quando se tratar de apreensão de objetos ou equipamentos utilizados para o registro de operações commercadorias e/ou prestação de serviços, a nomeação do proprietário como fiel depositário somente ocorreráse os referidos objetos ou equipamentos atenderem às formalidades previstas na legislação específica doECF/TEF.§ 6º O risco de perecimento natural ou perda de valor do bem ou mercadoria apreendido correrá por contade seu proprietário ou de quem os detiver no momento da apreensão.§ 7º Quando a apreensão recair sobre bens ou mercadorias cujo armazenamento possa expor a perigo a vidaou a saúde humana ou causar lesão ao meio ambiente, a autoridade fiscal deverá acionar de imediato oórgão ou a entidade responsável pelo controle e fiscalização de tais bens e mercadorias, a fim de quedelibere sobre sua destinação.§ 8º Na hipótese do § 7º, os bens ou as mercadorias serão liberados independentemente da satisfação dasexigências previstas nos incisos I e II do art. 38, devendo tal fato ser consignado no Auto de Infração eApreensão.Art. 35. As disposições desta Subseção aplicam-se subsidiariamente, no que couber, ao procedimento deretenção de Bens e Mercadorias previsto na Subseção III.

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Subseção IIIDa Retenção de Bens e Mercadorias

Art. 36. Quando houver indícios de infração, os bens ou as mercadorias poderão ser retidos em localdeterminado pela autoridade fiscal, por tempo não superior a 2 (dois) dias, para fins de averiguação ouapuração, isolada ou cumulativamente:I – da sujeição passiva;II – do local da operação ou da prestação para efeito de determinação da sujeição ativa;III – dos aspectos quantitativos do fato gerador;IV – da materialidade do fato cujo indício se tenha detectado;V – de outros elementos imprescindíveis à correta emissão do Auto de Infração ou do Auto de Infração eApreensão.§ 1º A retenção será formalizada com a emissão do Termo de Retenção de Bens e Mercadorias (TRBM).§ 2º Quando os bens ou as mercadorias estiverem sob a responsabilidade de empresa transportadora cominscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF, a autoridade fiscal poderá determinar que estesfiquem retidos nas dependências da própria transportadora.§ 3º A autoridade fiscal responsável pela apuração a que se refere o caput dará ciência da retenção aoresponsável pelos bens ou pelas mercadorias e poderá intimá-lo a prestar as informações que se fizeremnecessárias.§ 4º Concluída a apuração a que se refere o caput, caso sejam confirmados os indícios de infração, lavrar-se-á o Auto de Infração e Apreensão e a retenção dos bens ou das mercadorias será convertida emapreensão.§ 5º Não se confirmando os indícios de infração, os bens ou as mercadorias retidos serão liberadosimediatamente, sem a cobrança de quaisquer despesas.

Subseção IVDa Cobrança de Despesas de Apreensão

Art. 37. Serão cobradas do sujeito passivo as despesas decorrentes de apreensão de bens ou mercadorias.§ 1º Consideram-se despesas de apreensão aquelas correspondentes a transporte, carga, descarga, guarda econservação dos bens ou das mercadorias apreendidos.§ 2º Na hipótese do § 4º do art. 36, as despesas serão devidas desde o momento da retenção.§ 3º Os recursos provenientes da cobrança prevista no caput serão destinados ao Fundo de Modernização eReaparelhamento da Administração Fazendária – FUNDAF.§ 4º Ato do Secretário de Estado de Fazenda disporá sobre outros aspectos relacionados à cobrança previstaneste artigo.

Subseção VDa Liberação de Bens e Mercadorias

Art. 38. Os bens e as mercadorias apreendidos serão liberados após a lavratura do competente Auto deInfração e Apreensão, ainda que pendente o pagamento do imposto e multas devidos, desde que,cumulativamente:I – tenha sido efetuado o pagamento das despesas decorrentes da apreensão;II – o infrator esteja regularmente inscrito no CF/DF, ou no Cadastro de Pessoa Física – CPF, ou noCadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ da Receita Federal do Brasil.Parágrafo único. A exigência de que trata o inciso II somente poderá ser excepcionada nos seguintes casos:I – pessoa física que, em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade, comprove domicíliono Distrito Federal;II – pessoa jurídica que, em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade, comprove terqualquer de seus sócios ou titulares domiciliado no Distrito Federal ou que participe como sócio ou titularde empresa regularmente inscrita no CF/DF.Art. 39. A liberação das mercadorias e bens retidos ou apreendidos far-se-á mediante termo de liberação,observado o disposto no art. 30.Art. 40. Não serão liberados os equipamentos utilizados para registro de operações com mercadorias ou deprestação de serviços que não se apresentem em condições de atender às formalidades previstas nalegislação específica do equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, bem como aqueles encontrados emestabelecimento de contribuinte diverso daquele para o qual tenha sido autorizado o uso.Parágrafo único. Ocorrida a revelia ou no caso de decisão definitiva desfavorável ao sujeito passivo quetenha impugnado a apreensão, os equipamentos referidos neste artigo serão inutilizados.Art. 41. Os bens ou as mercadorias apreendidos e não liberados na forma do art. 38 poderão, porrequerimento, ser restituídos antes da decisão definitiva do processo, mediante depósito extrajudicial dovalor do crédito constituído, desde que cumprida a exigência de que trata o art. 38, I.

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Subseção VIDo Abandono, da Avaliação e da Destinação dos Bens e Mercadorias Apreendidos

Art. 42. Considerar-se-ão abandonados os bens ou as mercadorias:I – se não impugnado o Auto de Infração e Apreensão e não pago o crédito tributário por este constituído,no prazo previsto no art. 33, V;II – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contado do pagamento do crédito tributário constituído;III – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que se tornar definitiva a decisãoadministrativa contrária ao sujeito passivo;IV – de fácil deterioração cuja liberação não tiver sido promovida no prazo de 72 (setenta e duas) horas,contado da apreensão, ou, excepcionalmente, em prazo inferior fixado pelo autuante, à vista de suanatureza ou seu estado de conservação;V – quando faltarem menos de 30 (trinta) dias para expirar o prazo de sua validade, observado o dispostono inciso IV;VI – não retirados no prazo de 60 (sessenta) dias após decisão administrativa definitiva, ou judicialtransitada em julgado, favorável ao sujeito passivo;VII – na impossibilidade de identificação do sujeito passivo.§ 1º O abandono será declarado em ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda,publicado no DODF, que especificará os elementos identificadores dos bens e das mercadoriasabandonados.§ 2º A competência de que trata o § 1º poderá ser delegada.§ 3º Quando se tratar de abandono de objeto ou equipamento relativo ao registro de operações commercadorias e/ou prestação de serviços deverão ser especificados, no ato a que se refere o § 1º, sua marca,tipo, modelo e número de série.Art. 43. Os bens e as mercadorias declarados abandonados serão avaliados pela comissão de que trata o art.47, para os fins do disposto no art. 44, I, II e § 1º e no art. 45.§ 1º O laudo da avaliação conterá, no mínimo, a descrição dos bens ou das mercadorias, com suascaracterísticas, a indicação do estado em que se encontram e os respectivos valores.§ 2º Quando a avaliação depender de conhecimentos especializados, a comissão poderá requisitar a atuaçãode servidores de outros órgãos do Distrito Federal, para subsidiar os trabalhos no que for necessário.§ 3º Será admitida nova avaliação quando:I – o proprietário dos bens ou das mercadorias arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro naavaliação;II – se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor dos bens ou dasmercadorias.Art. 44. Nas hipóteses dos incisos I, II, III, VI e VII do art. 42, os bens ou as mercadorias poderão ser:I – incorporados ao patrimônio de órgão ou entidade da Administração do Distrito Federal ou da União,com precedência da Administração distrital;II – doados a instituições beneficentes, campanhas públicas de cunho social, entidades ou órgãos públicos.§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e V do art. 42, os bens ou as mercadorias poderão ser distribuídos a órgãoou entidade da Administração do Distrito Federal ou a instituições sociais sem fins lucrativos.§ 2º A condição de instituição social sem fins lucrativos será comprovada mediante a apresentação decertificado, expedido por órgão ou entidade competente.Art. 45. Os bens e as mercadorias abandonados que não forem objeto de incorporação ou doação, nostermos dos incisos I e II do caput do art. 44, serão levados a leilão, para fins de extinção do créditotributário e pagamento das despesas de apreensão.§ 1º Antes de iniciado o leilão, é facultado ao infrator reaver os bens ou as mercadorias apreendidos, desdeque tenham sido pagos o crédito tributário e as despesas de apreensão.§ 2º O edital, indicando dia, hora e local em que se realizará o leilão, será publicado no DODF e afixado narepartição fiscal que o deva realizar.§ 3º As mercadorias a serem leiloadas deverão ser marcadas, numeradas e registradas em livro próprio, narepartição fiscal encarregada de realizar o leilão.§ 4º As ocorrências do leilão serão reduzidas a termo, a ser arquivado no respectivo processo.Art. 46. A arrematação far-se-á em moeda corrente, e os bens ou as mercadorias serão entregues aolicitante que oferecer o maior lance, a quem será fornecida, também, nota fiscal avulsa, que conterádescrição pormenorizada do objeto da arrematação.§ 1º O arrematante pagará no ato, a título de sinal, 20 (vinte) por cento do valor da arrematação, e assinarádocumento responsabilizando-se pelo recolhimento do saldo remanescente no prazo de 72 (setenta e duas)horas.§ 2º A entrega dos bens ou das mercadorias condiciona-se ao pagamento integral do valor da arrematação.§ 3º Se o arrematante não pagar o saldo remanescente no prazo estabelecido no § 2º, perderá a favor daFazenda Pública o valor do sinal, voltando os bens ou as mercadorias a novo leilão, do qual não seráadmitido participar o arrematante remisso.

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§ 4º Os bens e as mercadorias submetidos a leilão e não arrematados serão distribuídos a órgão ou entidadeda Administração do Distrito Federal ou a instituições sociais sem fins lucrativos, aplicando-se-lhes odisposto no inciso I do caput do art. 48.Art. 47. Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda instituirá comissãopermanente, composta por três titulares e igual número de suplentes, escolhidos dentre servidoresocupantes de cargos efetivos, encarregada de avaliar e leiloar os bens e as mercadorias abandonados.§ 1º Não serão indicados para compor a comissão de que trata este artigo os autores do procedimento quetenha originado a apreensão.§ 2º São obrigações da comissão:I – publicar o edital de anúncio da alienação;II – realizar o leilão no dia, hora e local indicados no edital;III – expor os bens e as mercadorias a serem leiloados, ou amostras destes, ao público;IV – reduzir a termo as ocorrências do leilão;V – prestar contas das suas atividades dentro de 2 (dois) dias, contados da data do pagamento integral dovalor da arrematação.Art. 48. O crédito tributário e as despesas de apreensão dos bens e das mercadorias apreendidos serãoextintos proporcionalmente ao valor:I – da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doados na forma do art. 44, I, II e § 1º;II – da arrematação dos bens ou das mercadorias levados a leilão na forma do art. 45.§ 1º A autoridade competente terá prazo de 30 (trinta) dias para providenciar:I – a inscrição em dívida ativa do crédito tributário remanescente;II – a retificação da certidão de dívida ativa relativamente ao montante do crédito tributário extintoproporcionalmente nos termos do caput;III – a extinção do processo quando não identificado o sujeito passivo da obrigação tributária.§ 2º O sujeito passivo não terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor da avaliação dosbens ou das mercadorias incorporados ou doados e o valor do crédito tributário acrescido das despesas deapreensão, caso aquele seja maior.§ 3º O sujeito passivo terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor da arrematação dosbens ou das mercadorias e o valor do crédito tributário acrescido das despesas de apreensão, caso aqueleseja maior.

Seção IIDa Notificação de Lançamento

Art. 49. A Notificação de Lançamento será expedida pela unidade que administra o tributo e conterá,obrigatoriamente:I – identificação do notificado, com endereço e CPF, ou CF/DF e CNPJ, conforme o caso;II – data de emissão;III – disposição legal infringida, se for o caso;IV – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou para apresentar impugnação no prazo de 30(trinta) dias;V – nome e assinatura do chefe da unidade expedidora, ou de servidor autorizado, com indicação de cargoou função e número da matrícula.§ 1º Prescinde da assinatura a que se refere o inciso V do caput a Notificação de Lançamento emitida:I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo acesso por parte dosujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de certificação digital;II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio daSecretaria de Estado de Fazenda na internet.§ 2º Tratando-se de tributo sujeito a lançamento anual, a Notificação de Lançamento, efetuada em carátergeral por meio de edital publicado uma única vez no DODF, conterá:I – identificação geral dos notificados;II – data de emissão;III – data de vencimento do tributo;IV – informações essenciais ao cálculo do tributo;V – prazo de 30 (trinta) dias para impugnação, contado da publicação;VI – nome do titular da unidade expedidora ou de servidor autorizado, com indicação de seu cargo oufunção.

TÍTULO IVDO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONTENCIOSO

Art. 50. São créditos tributários não contenciosos:I – aqueles constituídos por meio de:a) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, esgotado o prazo fixado no art. 33, V, sem que tenhasido pago o crédito tributário ou tenha sido apresentada impugnação;

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b) Notificação de Lançamento, esgotados os prazos fixados no art. 49, IV, e § 2º, V, sem que tenha sidopago o crédito tributário ou tenha sido apresentada impugnação;II – aqueles sujeitos a lançamento por homologação, não recolhidos, total ou parcialmente, no prazoestabelecido, declarados pelo contribuinte:a) por escrituração fiscal eletrônica;b) em guias de informação e apuração;c) nos livros fiscais exigidos antes da obrigatoriedade da escrituração fiscal eletrônica.§ 1º A autoridade competente providenciará a inscrição do crédito tributário de que trata o inciso I do caputem dívida ativa, com os devidos acréscimos legais:I – após o exercício, quando se tratar de crédito referente a tributo sujeito a lançamento anual;II – no prazo de 30 (trinta) dias, contado de sua constituição definitiva, nos demais casos.§ 2º Nos casos de que trata o inciso II do caput, a autoridade competente providenciará a inscrição docrédito tributário em dívida ativa, com os devidos acréscimos legais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado apartir da data estabelecida na legislação para pagamento do tributo declarado ou, para os casos dedeclaração fora do prazo legal, a partir do recebimento da declaração.§ 3º Caso a impugnação não contemple integralmente o ato de constituição do crédito tributário, aautoridade julgadora de primeira instância tomará as providências necessárias para a inscrição em dívidaativa do crédito tributário incontroverso.§ 4º A declaração de débito de que trata o inciso II do caput importa confissão de dívida, ressalvada apossibilidade de retificação prevista no art. 31, parágrafo único, da Lei Complementar nº 4, de 30 dedezembro de 1994.§ 5º Após a regular inscrição em dívida ativa do crédito tributário a que se refere o inciso II do caput,somente poderá ocorrer retificação de declaração de débito, por iniciativa do sujeito passivo, medianteprocesso administrativo no qual seja apresentada prova inequívoca, a cargo deste ou do terceiro que aaproveite, do erro que fundamenta essa retificação.Art. 51. Na hipótese prevista no art. 50, II, “c”, será expedido, por autoridade competente, Aviso deLançamento, que conterá:I – identificação do contribuinte;II – data da lavratura;III – descrição do fato que originou a lavratura;IV – capitulação legal aplicável;V – valor total do crédito tributário;VI – intimação para comprovação do cumprimento da exigência no prazo regulamentar;VII – nome, qualificação funcional, matrícula e assinatura da autoridade fiscal competente.§ 1º O Aviso de Lançamento será expedido manualmente ou por meio mecânico ou eletrônico.§ 2º Prescinde da assinatura a que se refere o inciso VII do caput o Aviso de Lançamento emitido:I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo acesso por parte dosujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de certificação digital;II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio daSecretaria de Estado de Fazenda na internet.Art. 52. Na hipótese do art. 50, I, “a”, verificada a consistência material e formal do Auto de Infração ou doAuto de Infração e Apreensão, o diretor da área responsável pelo lançamento declarará a revelia nos autosdo procedimento, em termo próprio.§ 1º A competência de que trata o caput poderá ser delegada.§ 2º A verificação a que se refere o caput limitar-se-á à análise quanto à:I – observância aos requisitos a que se referem os incisos I a VI do caput do art. 33;II – existência de causas de extinção ou exclusão do crédito tributário previstas na legislação tributária;III – competência do agente autuante;IV – legitimidade do sujeito passivo.§ 3º Se, em virtude da verificação prevista neste artigo, for necessário alterar o Auto de Infração ou o Autode Infração e Apreensão, caberá à unidade responsável pelo lançamento promover as retificaçõespertinentes, valendo-se de:I – Termo Aditivo, quando resultar em agravamento da exigência, assim entendido:a) o aumento do crédito tributário inicialmente constituído;b) a cobrança de obrigações tributárias ou a aplicação de penalidades e outros acréscimos legais que nãotenham sido objeto da exigência originária, ainda que determinem a redução do crédito tributárioinicialmente constituído;c) alteração da motivação da exigência;II – Despacho Retificador, nos demais casos.§ 4º Na hipótese do inciso I do § 3º, o autuado será cientificado da alteração, reabrindo-se prazo paraimpugnação no concernente à matéria modificada.

TÍTULO VDA JURISDIÇÃO CONTENCIOSACAPÍTULO I

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DA IMPUGNAÇÃO

Art. 53. A interposição tempestiva de impugnação pelo sujeito passivo regularmente intimado inicia ocontencioso administrativo fiscal e suspende a exigibilidade do crédito tributário.§ 1º A impugnação será dirigida ao titular da unidade responsável pelo lançamento do tributo.§ 2º A impugnação conterá:I – a qualificação do sujeito passivo;II – os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, acompanhados das provas que se entenderemnecessárias;III – identificação e assinatura do sujeito passivo, de seu representante legal ou mandatário;IV – documento que habilite o signatário a demandar na esfera administrativa;V – cópia da petição, se a matéria impugnada tiver sido submetida à apreciação judicial;VI – as diligências ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que asjustifiquem, com a formulação de quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso deperícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional de seu perito assistente.§ 3º A matéria não impugnada não será objeto de apreciação pelo julgamento, observado o disposto no art.61, § 3º.§ 4º Considerar-se-á não impugnada a matéria:I – que não tenha sido expressa e especificamente contestada pelo impugnante;II – contestada, exclusivamente, sob argumento de inconstitucionalidade de norma.Art. 54. Apresentada a impugnação, opera-se a preclusão consumativa, exceto quanto:I – à adução de novas alegações relativas a direito superveniente;II – à juntada de documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dosarticulados, ou para contrapor aos produzidos nos autos;III – ao acréscimo de provas que não puderam ser produzidas dentro do prazo, desde que citadas na peçaimpugnatória e apresentadas antes da distribuição do processo para análise de primeira instância.Art. 55. Para elidir a incidência de juros moratórios, é facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase doprocesso, efetuar, na forma da legislação específica, o depósito administrativo da totalidade do créditotributário questionado.§ 1º Para os efeitos do caput, a totalidade do crédito tributário questionado compreenderá o tributo,monetariamente atualizado, acrescido das penalidades e dos juros moratórios cabíveis no momento daefetivação do depósito.§ 2º No caso de impugnação parcial do crédito tributário, o depósito corresponderá apenas ao valorquestionado.Art. 56. Esgotado o prazo para impugnação, sem que ela tenha sido apresentada, ou após se tornardefinitiva a decisão administrativa contrária ao sujeito passivo, será observado o seguinte:I – o valor depositado será convertido em renda;II – o crédito tributário não extinto, porventura existente, será inscrito em dívida ativa, observado odisposto no § 1º do art. 50.Art. 57. Em caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, fica-lhe assegurado o levantamento dodepósito administrativo.Art. 58. É facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase do processo, efetuar o pagamento da parteincontroversa do crédito tributário, à qual será dada quitação.

CAPÍTULO IIDO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA IMPUGNAÇÃO

Art. 59. O juízo de admissibilidade da impugnação contra o lançamento competirá ao titular da unidaderesponsável pela constituição do crédito tributário.Parágrafo único. A competência de que trata o caput poderá ser delegada.Art. 60. O juízo de admissibilidade limitar-se-á à verificação dos requisitos constantes do art. 53, caput e §2º.Parágrafo único. No caso de inadmissibilidade de impugnação contra o lançamento:I – o interessado será cientificado na forma do art. 11;II – caberá o recurso previsto no art. 152.

CAPÍTULO IIIDA COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO

Art. 61. O julgamento administrativo do processo sujeito à jurisdição contenciosa compete:I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda;II – em segunda instância, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.§ 1º A competência prevista no inciso I do caput poderá ser delegada.§ 2º A autoridade julgadora formulará o julgamento do processo plenamente vinculado à legislaçãotributária, restringindo-se à matéria impugnada.

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§ 3º A autoridade julgadora conhecerá de ofício de matérias não impugnadas exclusivamente em relação à:I – decadência;II – competência do agente autuante;III – legitimidade do sujeito passivo.§ 4º A competência fixada neste artigo exclui a:I – apreciação quanto à constitucionalidade de normas;II – apreciação de conflito entre lei tributária distrital e lei de outra natureza;III – aplicação da equidade.

CAPÍTULO IVDO JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 62. Admitida a impugnação contra o lançamento, os autos do processo serão encaminhados, no prazode 5 (cinco) dias, à autoridade julgadora de primeira instância, que terá até 30 (trinta) dias para decidir, acontar da distribuição dos autos para elaboração de relatório e parecer.Art. 63. No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido o mérito, salvoquando incompatíveis, observado o disposto no § 5º do art. 147.Art. 64. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderá formular quesitos ao autuante, cujamanifestação será obrigatória, observado o disposto no art. 7º.§ 1º Para fins do disposto no caput, entendem-se por quesitos perguntas que tenham por objetivo esclarecerpara o julgador questões cujo perfeito entendimento não esteja ao seu alcance.§ 2º Deverá o diretor da área responsável pelo lançamento, em caso de impossibilidade de manifestaçãopor parte do autuante, por estar licenciado, aposentado, impedido legalmente ou afastado por qualquermotivo, designar servidor diverso.Art. 65. O autuante, antes de prolatada a decisão de primeira instância, poderá rever o lançamento,observando-se o disposto na legislação tributária, sendo dada ciência ao diretor da área.§ 1º A revisão a que se refere o caput poderá ser feita por servidor diverso, nas hipóteses listadas no § 2º doart. 64.§ 2º Se da revisão a que se refere este artigo resultar desconstituição, total ou parcial, do crédito tributário,caberá à unidade responsável pelo lançamento promover a devida exoneração do sujeito passivo dosrespectivos gravames decorrentes do contencioso fiscal.Art. 66. A decisão da autoridade julgadora de primeira instância conterá os fundamentos legais e a ordemde intimação para cumprimento da exigência fiscal ou interposição de recurso e mencionará o relatório e oparecer acolhidos.Parágrafo único. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas de ofício ou por requerimentodo sujeito passivo.Art. 67. Em caso de impugnação julgada procedente, compete ao diretor da área responsável pelolançamento do tributo indicar, no âmbito da respectiva diretoria, a unidade que promoverá as alteraçõesvisando à adequação do valor do crédito tributário aos termos da decisão, se assim determinado pelaautoridade julgadora.§ 1º Para os fins do disposto no caput, a autoridade julgadora fará constar da própria decisão a ordem deremessa dos autos à unidade responsável pelo lançamento do tributo, que terá o prazo de 15 (quinze) dias,prorrogáveis por outros 15 (quinze) dias, por despacho fundamentado do chefe da unidade, para promoveras alterações necessárias.§ 2º Ultimadas as alterações a que se refere o § 1º, os autos retornarão à unidade julgadora para intimaçãodo impugnante e, quando for o caso, encaminhamento ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais parao reexame necessário.Art. 68. O disposto neste Capítulo aplica-se, no que couber, aos julgamentos efetuados no âmbito doTribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

CAPÍTULO VDO RECURSO

Art. 69. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo caberá recurso voluntário, com efeitosuspensivo, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado daciência.Art. 70. A autoridade julgadora de primeira instância encaminhará os autos para reexame necessário, noprazo de 30 (trinta) dias, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, se a decisão exonerar o sujeitopassivo de crédito tributário de valor superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser monetariamenteatualizado, na forma da legislação específica.§ 1º O despacho de encaminhamento constará da decisão.§ 2º Se a autoridade julgadora deixar de encaminhar os autos, cumpre ao servidor que tomar conhecimentodo fato providenciar a remessa ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.§ 3º A decisão somente produzirá efeitos após confirmada pelo Tribunal Administrativo de RecursosFiscais.

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§ 4º Para fins do disposto no caput, não constitui exoneração de pagamento a revisão de atos descritos noart. 65 da qual decorra desobrigação, total ou parcial, do sujeito passivo.§ 5º Não será objeto de reexame necessário a decisão que resultar na diminuição total ou parcial do créditotributário em decorrência da comprovação inequívoca de pagamento efetuado pelo sujeito passivo.§ 6º Para fins de verificação da condição a que se refere o caput, será considerado o valor do créditotributário exonerado monetariamente atualizado até a data do julgamento.Art. 71. O disposto neste título não se aplica à exigência de crédito tributário decorrente de impostoescriturado e não recolhido no prazo regulamentar, ou recolhido a menor, declarado pelo contribuinte emguias de informação e apuração, nos livros fiscais próprios ou por escrituração fiscal eletrônica.

CAPÍTULO VIDA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 72. O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção de crédito tributário porqualquer de suas modalidades, ou a propositura, pelo contribuinte, contra a Fazenda Pública do DistritoFederal, de ação judicial sobre o mesmo objeto caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência doprocesso administrativo fiscal de jurisdição contenciosa.§ 1º A existência de processo judicial não impede o prosseguimento do julgamento administrativorelativamente a matéria não contemplada na ação judicial.§ 2º O crédito tributário referente a matéria contemplada em ação judicial será inscrito na Dívida Ativa,observado o disposto no art. 50, § 1º e, quando for o caso, no art. 52.

TÍTULO VIDA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIACAPÍTULO IDO PROCESSO DE CONSULTA

Art. 73. Ao sujeito passivo é facultado formular consulta em caso de dúvida sobre a interpretação eaplicação da legislação tributária do Distrito Federal a determinada situação de fato, relacionada a tributodo qual seja contribuinte inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federal ou pelo qual seja responsável.Parágrafo único. A faculdade prevista neste artigo estende-se aos órgãos da Administração Pública e àsentidades representativas das categorias econômicas ou profissionais, relativamente às atividadesdesenvolvidas por seus representados.

Seção IDo Pedido

Art. 74. A consulta será apresentada em uma das repartições fiscais de atendimento ao contribuinte daSubsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, e conterá:I – identificação do consulente;II – instrumento de procuração, se for o caso;III – declaração de que a matéria consultada não versa sobre objeto de decisão anterior, proferida emprocesso contencioso ou não, em que tenha sido parte o consulente ou empresa integrante de grupoeconômico a que pertença;IV – descrição clara e objetiva da dúvida e elementos imprescindíveis a sua solução;V – outros documentos e informações especificados em ato do Secretário de Estado de Fazenda.§ 1º A consulta deverá referir-se a uma só matéria, admitindo-se a cumulação somente de questõesconexas.§ 2º Somente serão recebidas e autuadas as consultas que atendam ao disposto nos incisos I, II, III e V docaput.§ 3º A consulta será apresentada em texto impresso ou em outra forma a ser definida em ato do Secretáriode Estado de Fazenda.

Seção IIDo Saneamento Processual

Art. 75. O saneamento do processo de consulta será concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, contado desua interposição, e compete:I – ao titular da repartição fiscal de atendimento ao contribuinte da Subsecretaria da Receita da Secretariade Estado de Fazenda, relativamente:a) à recepção e autuação do pedido, conforme o disposto no art. 74, § 2º;b) à existência de inscrição do consulente no Cadastro Fiscal do Distrito Federal, quando contribuinte dotributo sobre o qual versar a consulta;c) à verificação da situação do contribuinte quanto ao disposto no art. 76, III;

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II – ao titular da Diretoria de Tributação da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda,relativamente ao disposto no:a) art. 73, caput, ressalvado o disposto na alínea “b” do inciso I deste artigo;b) inciso IV do caput e § 1º, ambos do art. 74;c) art. 76, II.

Seção IIIDa Inadmissibilidade da Consulta

Art. 76. Não será admitida consulta:I – em desacordo com o disposto no art. 73 e no inciso IV do caput do art. 74;II – que verse sobre assunto estranho à atividade desenvolvida pelo consulente ou pelos representados aque se refere o parágrafo único do art. 73;III – formulada por quem esteja:a) intimado a cumprir obrigação relativa ao objeto da consulta;b) submetido a ação fiscal.§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, no prazo de 30 (trinta) dias,expedir Declaração de Inadmissibilidade de Consulta, sem análise de mérito, especificando o motivo quelhe tenha dado causa.§ 2º A competência a que se refere o § 1º poderá ser delegada, observado o disposto no art. 75.

Seção IVDa Consulta Ineficaz

Art. 77. Será declarada ineficaz a consulta:I – sobre fato:a) definido ou declarado em disposição literal de legislação;b) disciplinado em ato normativo, inclusive em Solução de Consulta, ou orientação publicados antes de suaapresentação;II – que apresente falsidade na declaração a que se refere o art. 74, III.§ 1º Compete ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda expedir Declaração deIneficácia de Consulta, especificando os respectivos motivos.§ 2º A declaração a que se refere o § 1º, se acrescida de orientação ao consulente, poderá, a juízo daautoridade competente, ser publicada no DODF.§ 3º A competência a que se refere o § 1º poderá ser delegada.§ 4º Da Declaração de Ineficácia de Consulta não cabe recurso.

Seção VDa Consulta Eficaz

Art. 78. A decisão em processo de consulta compete:I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, por meio deSolução de Consulta;II – em segunda instância, ao Secretário de Estado de Fazenda.§ 1º As competências de que tratam os incisos I e II poderão ser delegadas.§ 2º A autoridade poderá, a qualquer tempo, rever a decisão de que trata este artigo, hipótese em que adecisão anterior será expressamente revogada, mediante publicação no DODF.§ 3º A revisão a que se refere o § 2º produzirá os efeitos previstos no art. 80.Art. 79. Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, no prazo de 30(trinta) dias, contado de sua publicação.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada inadmissível ou ineficaz.Art. 80. A decisão em processo de consulta será publicada no DODF e terá eficácia normativa após setornar definitiva.Parágrafo único. A decisão definitiva constitui-se norma complementar, nos termos do art. 100, II, doCódigo Tributário Nacional, e vincula os órgãos administrativos.

Seção VIDos Efeitos da Consulta

Art. 81. O sujeito passivo não será submetido a procedimento fiscal ou compelido a cumprir obrigaçãotributária principal ou acessória relativos à matéria consultada, desde a data de protocolo da consulta até:I – a ciência em Declaração de Inadmissibilidade de Consulta;II – a ciência em Declaração de Ineficácia de Consulta;III – a data em que se tornar definitiva a decisão proferida em processo de consulta eficaz.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo e no art. 82, caput, nos casos de consultas formuladas porentidades representativas das categorias econômicas ou profissionais, não se aplica aos representados quenão atendam ao disposto no art. 76, III.Art. 82. Não incidirão juros ou multa de mora sobre tributos relativos à matéria consultada enquantoinexistir decisão definitiva em processo de consulta, desde que protocolizada antes do vencimento daobrigação.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada inadmissível ou ineficaz.

CAPÍTULO IIDO PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE BENEFÍCIO FISCALDE CARÁTER NÃO GERALSeção IDo Pedido

Art. 83. O reconhecimento do cumprimento dos requisitos legais para a fruição de benefícios fiscais decaráter não geral dependerá de requerimento formulado pelo interessado.Parágrafo único. A juízo da autoridade competente, o reconhecimento a que se refere o caput poderáocorrer, independentemente de requerimento, com fundamento em dados cadastrais da Secretaria de Estadode Fazenda ou disponibilizados por outros órgãos ou entidades da Administração Pública.Art. 84. O requerimento de que trata o art. 83 deverá ser protocolizado nas repartições fiscais deatendimento ao contribuinte da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda e conterá, nomínimo:I – identificação do interessado;II – tipo do benefício;III – especificação do tributo;IV – período de referência.§ 1º O interessado deverá anexar os documentos comprobatórios que se fizerem necessários.§ 2º O requerimento de reconhecimento de benefício fiscal relativo a tributo direto poderá ser apresentadoa qualquer tempo, enquanto não ajuizada a ação de cobrança judicial do crédito tributário respectivo.§ 3º Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda poderá dispor sobre saneamentoprocessual e documentos necessários à análise do requerimento de que trata esta Seção.Art. 85. Quando necessária a prestação de informações ou a apresentação de documentos ou provas pelointeressado ou terceiros, será expedida intimação para este fim, que mencionará prazo e forma deatendimento.§ 1º Poderá a autoridade competente, quando possível, suprir de ofício a necessidade a que se refere ocaput.§ 2º O não atendimento à intimação a que se refere o caput ensejará o arquivamento do processo, semprejuízo do disposto no § 1º.Art. 86. No reconhecimento de benefício fiscal levar-se-á em consideração as disposições legais contidasna Constituição Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal, na Lei Complementar Nacional nº 101, de2000, na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, na Lei Orçamentária Anual e na legislação tributária.Art. 87. O Ato Declaratório de reconhecimento de benefício fiscal relativo a tributo lançado por períodocerto de tempo poderá dispor sobre a continuidade de seu efeito para períodos posteriores, vinculada àmanutenção das razões que o fundamentarem.Art. 88. As disposições desta Seção aplicam-se, no que couber, ao reconhecimento de imunidade de quetrata a Seção II.

Seção IIDo Reconhecimento de Imunidade

Art. 89. No reconhecimento de imunidade levar-se-á em consideração a finalidade essencial do interessado,nas hipóteses previstas na Constituição Federal.Art. 90. Para efeitos do disposto no art. 89, consideram-se finalidades essenciais das entidades referidas nasalíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal, aquelas constantes de seu estatuto ou atoconstitutivo, desde que condizentes com a natureza da respectiva entidade.Art. 91. Para os efeitos do disposto nesta Seção, considera-se vinculado ou relacionado à finalidadeessencial das entidades religiosas, entre outros bens patrimoniais, o imóvel:I – destinado à construção de prédio para a celebração de cultos;II – destinado a escritório, estacionamento ou residência de seus dirigentes;III – alugado, cuja renda seja revertida aos fins da entidade.Art. 92. O reconhecimento da imunidade estender-se-á aos demais impostos que incidam sobre opatrimônio, renda ou serviços do interessado, se dispensável a análise de situação fática específica,observado o disposto no art. 90.Parágrafo único. Na hipótese da extensão a que se refere o caput, deverá a autoridade competente fazerconstar da decisão os termos em que aquela se opera e o patrimônio, renda ou serviço sobre os quais recai.

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Seção IIIDas Obrigações dos Beneficiários

Art. 93. Os beneficiários são obrigados a comunicar à Administração Tributária qualquer alteração dascondições exigidas para a concessão do benefício no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de suaocorrência.Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput ensejará a cobrança do tributo, monetariamenteatualizado, com os acréscimos legais.

Seção IVDa Decisão

Art. 94. A decisão sobre o processo de que trata este Capítulo compete:I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância;II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.§ 1º A competência de que trata o inciso I poderá ser delegada.§ 2º Na hipótese do inciso I do caput, a decisão será proferida no prazo de 90 (noventa) dias, contado dorecebimento do pedido pela unidade responsável por sua análise.§ 3º O prazo a que se refere o § 2º estender-se-á por até 90 (noventa) dias, mediante despachofundamentado.§ 4º A autoridade e o Tribunal de que tratam os incisos I e II do caput poderão determinar a realização dasdiligências que se fizerem necessárias.Art. 95. O reconhecimento de imunidade e de benefício fiscal de caráter não geral dar-se-á por AtoDeclaratório.Art. 96. O Ato Declaratório conterá, no mínimo:I – número;II – identificação do interessado;III – especificação da imunidade ou do benefício fiscal e do respectivo tributo;IV – período de vigência;V – condições para manutenção da imunidade ou do benefício, se for o caso;VI – número do processo;VII – fundamento legal;VIII – valor da renúncia de receita, se for o caso.Art. 97. O ato de reconhecimento será cassado sempre que se verificar o descumprimento de condição parasua fruição.Art. 98. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, ao TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência.Parágrafo único. Terá efeito suspensivo o recurso contra a decisão que altere, casse ou anule ato dereconhecimento de imunidade ou benefício fiscal.

CAPÍTULO IIIDO PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO DE ADOÇÃO DE REGIME ESPECIALSeção IDo Pedido

Art. 99. A adoção de regime especial de emissão e escrituração de documentos fiscais e de apuração erecolhimento de obrigação tributária poderá ser autorizada, mediante requerimento do interessado:I – para atender às peculiaridades do interessado no que se refere às operações ou prestações envolvidas,relacionadas a tributo do qual seja contribuinte, inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federal, ou peloqual seja responsável;II – nas hipóteses previstas na legislação tributária.§ 1º O regime especial terá eficácia de 5 (cinco) anos, a contar da data de sua concessão, caso não sejafixado outro prazo.§ 2º O prazo de vigência do regime especial poderá ser prorrogado, a juízo da autoridade competente,desde que o requerimento de prorrogação seja protocolizado na vigência do regime.§ 3º O requerimento de prorrogação do prazo de vigência do regime especial deverá conter a relação dosestabelecimentos beneficiários.§ 4° A protocolização do requerimento de prorrogação, nos termos do § 2º, assegura a vigência do regimeespecial até a data de ciência da decisão do pedido.Art. 100. O pedido de regime especial será apresentado a qualquer agência de atendimento da Subsecretariada Receita da Secretaria de Estado de Fazenda e conterá, no mínimo:I – órgão ou autoridade administrativa a que for dirigido;II – identificação completa do interessado e, se representado, de quem o represente;III – domicílio do interessado ou local para recebimento de correspondência;

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IV – ramo de atividade;V – informação quanto a ser ou não contribuinte de outro tributo;VI – data e assinatura do interessado;VII – procuração, se for o caso;VIII – descrição do sistema atual adotado relativamente à operação ou prestação a que se refere o pedido,inclusive sobre as obrigações acessórias;IX – descrição minuciosa, clara e objetiva do sistema pretendido, bem como a demonstração dascircunstâncias que o justificam, além dos modelos de documentos que pretende modificar ou adotar;X – indicação dos estabelecimentos que irão utilizar a sistemática pretendida;XI – informação quanto à existência ou não de regime especial em vigor ou pedido indeferido que trate damesma matéria, ainda que de outro estabelecimento do mesmo titular;XII – comprovação de que não esteja inadimplente com as suas obrigações e encargos referentes ao sistemada seguridade social;XIII – cópia de ato concessivo do regime especial aprovado por outras unidades federadas, se for o caso.§ 1º O pedido de regime especial não será admitido quando versar sobre assunto estranho à atividadedesenvolvida pelo interessado.§ 2º Aplica-se ao processo de que trata este Capítulo o disposto no art. 85.§ 3º É facultado ao interessado receber as intimações relativas ao pedido de regime especial por meio decorreio eletrônico, hipótese em que deverá deixar expressa a opção e informar o endereço eletrônico.§ 4º Tratando-se de regime que envolva obrigações relativas a mais de um tributo, essa circunstânciadeverá ser mencionada no pedido.§ 5º Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda poderá dispor sobre as formas deapresentação do pedido de regime especial.

Seção IIDa Decisão

Art. 101. A decisão em processo de autorização de adoção de regime especial compete:I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância;II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.§ 2º Tratando-se de decisão proferida por delegação, a autoridade delegada ou a unidade responsável pelaanálise poderá solicitar manifestação sobre o pedido às demais unidades da Subsecretaria da Receita daSecretaria de Estado de Fazenda.Art. 102. A decisão deverá ser proferida no prazo de 90 (noventa) dias, contado do ingresso do pedido nosetor responsável por sua análise.Parágrafo único. O prazo a que se refere o caput estender-se-á por até noventa dias, mediante despachofundamentado.Art. 103. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, ao TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência.§ 1º Nos casos de cassação ou alteração do regime especial, o Presidente do Tribunal Administrativo deRecursos Fiscais poderá conceder, liminarmente, efeito suspensivo ao recurso, se a decisão atacada forsuscetível de causar lesão grave e de difícil reparação, desde que requerido pelo interessado.§ 2º A concessão do efeito suspensivo ao recurso será imediatamente comunicada à autoridade de primeirainstância.§ 3º Não sendo concedido efeito suspensivo ao recurso, nos termos do § 1º, o processo será julgado compreferência sobre os demais feitos, se assim for decidido pelo Presidente do Tribunal Administrativo deRecursos Fiscais.

Seção IIIDas Disposições Gerais

Art. 104. O interessado receberá uma via do ato que autorizar a adoção de regime especial que lhe forconcedido e registrará no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências(RUDFTO), para controle do fisco, as seguintes informações relativas ao regime:I – número;II – objeto;III – data de concessão;IV – vigência;V – eventuais prorrogações e alterações.Art. 105. Quando houver necessidade de anuência do fisco de outra unidade federada, esta deverá serobtida no prazo de 90 (noventa) dias, contado da assinatura do regime especial.Art. 106. O ato que autorizar a adoção de regime especial será publicado no sítio da Secretaria de Estado deFazenda na Internet, e produzirá efeitos a partir da data nele prevista.

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Parágrafo único. Na hipótese do art. 105, o ato que autorizar a adoção de regime especial somente serápublicado e produzirá efeitos após a obtenção da anuência.Art. 107. A autorização de adoção de regime especial:I – não desobriga o beneficiário do cumprimento das demais obrigações previstas na legislação tributária;II – não dispensa o sujeito passivo da observância da legislação relativa a outros tributos.Art. 108. Por meio de comunicado escrito à autoridade fiscal concedente, o interessado poderá renunciar aoregime especial.Parágrafo único. Na hipótese de renúncia de que trata o caput, considerar-se-á sem efeito o regime especiala partir do primeiro dia do mês subsequente ao da protocolização do aviso.Art. 109. O regime especial poderá ser:I – cassado ou alterado pela autoridade competente quando:a) mostrar-se prejudicial ou inconveniente aos interesses da Fazenda Pública;b) o beneficiário incorrer em descumprimento de obrigação nele prevista;II – alterado, a requerimento do interessado.Art. 110. A superveniência de norma que conflite com o regime especial implicará sua revogação,independentemente de comunicação do fisco.

CAPÍTULO IVDO PROCESSO DE RESTITUIÇÃOSeção IDas Disposições Preliminares

Art. 111. O sujeito passivo tem direito, independentemente de protesto prévio, à restituição total ou parcialdo tributo, atualizado monetariamente, nos seguintes casos:I – recolhimento de tributo indevido, ou maior que o devido;II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montantedo débito, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão contrária ao contribuinte.Parágrafo único. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, daspenalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa darestituição.Art. 112. A restituição dependerá de prova de pagamento indevido e, em caso de tributo indireto, somenteserá feita a quem prove haver assumido o encargo financeiro ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro,estar por este expressamente autorizado a recebê-la.§ 1º O terceiro que faça prova de haver suportado o encargo financeiro do tributo recolhido a maior ou emduplicidade sub-roga-se no direito à restituição respectiva.§ 2º Na hipótese de recolhimento em duplicidade, salvo prova em contrário, terá preferência na restituiçãoo contribuinte cujo nome conste do Documento de Arrecadação – DAR.Art. 113. Não será restituída a multa ou parte da multa recolhida anteriormente à vigência de lei que abolirou diminuir a pena fiscal.Art. 114. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado:I – da data da extinção do crédito tributário, nas hipóteses dos incisos I e II do art. 111;II – da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar em julgado a decisão judicialque tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória, na hipótese do inciso III doart. 111.

Seção IIDo Pedido

Art. 115. O pedido de restituição será apresentado por escrito a qualquer agência de atendimento daSubsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, e conterá, no mínimo:I – identificação do requerente;II – discriminação do tributo;III – período de referência;IV – valor originário do tributo ou penalidade, quando identificado;V – motivo da solicitação;VI – assinatura do requerente ou de seu representante legal, acompanhado do instrumento de procuração,se for o caso.§ 1º No caso de divergência entre o valor requerido e o constante em registro da Administração Tributária,serão exigidos os documentos originais comprobatórios do recolhimento do tributo.§ 2º Tratando-se de Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis por Natureza ou AcessãoFísica e de Direitos Reais sobre Imóveis - ITBI ou de Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doaçãode Bens e Direitos – ITCD, deverá ser adicionado ao rol de documentos que instruirão o pedido derestituição:

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I – antes da lavratura da escritura pública, declaração do transmitente, com firma reconhecida, acerca docancelamento da transação;II – após a lavratura da escritura pública no ofício de notas e antes do registro no cartório de registro deimóveis, assentamento do ofício de notas que tenha lavrado a referida escritura acerca do distrato.§ 3º No caso do inciso II do § 2º, para fins de instrução processual, fica dispensada a apresentação dodocumento de arrecadação original, desde que perfeitamente transcrito nos instrumentos cartoriais.

Seção IIIDo Saneamento e da Análise Processual

Art. 116. Compete à agência de atendimento da circunscrição em que se localizar o contribuinte receber eautuar o pedido e, no prazo de 60 (sessenta) dias:I – promover o saneamento do processo, que compreenderá:a) verificação da identidade e assinatura do representante legal;b) verificação das informações cadastrais do requerente, se for o caso;c) confirmação do ingresso da receita nos cofres públicos do Distrito Federal;d) verificação e informação sobre a existência de débito inscrito em Dívida Ativa em nome do requerente;e) verificação quanto à assunção do encargo financeiro pelo requerente;II – emitir parecer técnico fundamentado na legislação vigente, em que se informe o valor a ser restituído,se for o caso;III – encaminhar os autos à autoridade de que trata o art. 121.Parágrafo único. A agência a que se refere o caput poderá, no cumprimento do disposto no inciso I,solicitar diligências ou manifestação de outras unidades da Subsecretaria da Receita da Secretaria deEstado de Fazenda.

Seção IVDas Modalidades de Restituição

Art. 117. A restituição será feita mediante compensação, nas modalidades de estorno contábil oucompensação financeira, ou, ainda, em moeda corrente.Art. 118. A restituição em moeda corrente será feita na hipótese de recolhimento indevido de:I – tributos diretos;II – tributos indiretos, quando o titular do direito for contribuinte:a) autônomo do ISS;b) não inscrito no CF/DF;c) optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, quanto aos tributos decompetência do Distrito Federal, sem prejuízo da regulamentação específica do Comitê Gestor do SimplesNacional – CGSN, com fundamento no art. 21, § 5º, da Lei Complementar federal nº 123, de 14 dedezembro de 2006.Art. 119. A compensação financeira terá precedência à restituição em moeda corrente na hipótese derestituição de recolhimento indevido a contribuinte em débito de natureza tributária para com a FazendaPública do Distrito Federal.§ 1º A compensação de que trata este artigo consiste na quitação do débito existente, até o limite do valor aser restituído.§ 2º Na decisão que autorizar a restituição na forma prevista neste artigo, a autoridade especificará, emdespacho fundamentado, a natureza dos tributos, os períodos de referência e os valores a seremcompensados.§ 3º Na hipótese de recolhimento indevido de tributos arrecadados no âmbito do Simples Nacional, acompensação de que trata este artigo terá precedência à restituição em moeda corrente e será efetivada comcréditos da Fazenda Pública do Distrito Federal, vedada a utilização daqueles relativos ao ICMS e ISScujos fatos geradores tenham ocorrido no período de opção pelo Simples Nacional, sem prejuízo daregulamentação específica do Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN, com fundamento no § 5º doart. 21 da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.Art. 120. O recolhimento indevido de impostos indiretos por contribuinte inscrito no CF/DF serácompensado por meio do estorno contábil, na forma de crédito fiscal a ser utilizado nos períodossubsequentes, ressalvado o disposto no art. 118.§ 1º O crédito do imposto, corretamente destacado em documento fiscal e não aproveitado na épocaprópria, não será objeto de compensação, devendo o contribuinte proceder conforme disposto na legislaçãoespecífica.§ 2º O estorno contábil de débito será registrado no período imediatamente posterior àquele em que forapurado o recolhimento indevido, transportando-se o saldo remanescente para os períodos subsequentes, sefor o caso.

Seção V

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Da Decisão

Art. 121. A decisão em processo de restituição dar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias, contado dorecebimento do processo pela autoridade julgadora, e compete:I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância;II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.§ 2º A decisão deverá especificar a forma de restituição, se em moeda corrente, estorno contábil oucompensação financeira.§ 3º Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias,contado de sua publicação.

CAPÍTULO VDA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 122. Caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência do processo administrativo fiscal dejurisdição voluntária a propositura pelo contribuinte contra a Fazenda Pública do Distrito Federal de açãojudicial com o mesmo objeto.

TÍTULO VIIDO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAISCAPÍTULO IDA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA

Art. 123. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais é integrado por quatorze conselheiros efetivos eigual número de suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados emassuntos tributários, sendo sete representantes da Fazenda do Distrito Federal e sete representantes doscontribuintes, todos nomeados pelo Governador do Distrito Federal para mandato de 3 (três) anos, admitidauma única recondução, a juízo da autoridade competente.§ 1º Os representantes dos contribuintes e respectivos suplentes serão escolhidos dentre lista trípliceapresentada pelas entidades representativas do comércio, da indústria, dos proprietários de imóveis, dostransportes, das instituições de ensino, dos serviços de comunicação e da agricultura.§ 2º Os representantes do Distrito Federal serão escolhidos dentre servidores integrantes da carreiraAuditoria Tributária do Distrito Federal, com, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo exercício, mediantelista tríplice resultante de processo seletivo interno, na forma estabelecida em regulamento aprovado peloSecretário de Estado de Fazenda.Art. 124. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais elegerá seu Presidente e Vice-Presidente para ummandato de 1 (um) ano, dentre os Conselheiros efetivos, observando-se que o Presidente será escolhidodentre os Conselheiros representantes do Distrito Federal, e o Vice-Presidente dentre os Conselheiros doscontribuintes.Art. 125. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais funcionará com duas Câmaras e um Pleno.§ 1º O Pleno é composto pela totalidade dos Conselheiros, sendo vedado o direito a voto do Vice-Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.§ 2º As Câmaras funcionarão com a seguinte composição:I – Primeira Câmara, com o presidente do Tribunal, três representantes do Distrito Federal e três doscontribuintes;II – Segunda Câmara, com o vice-presidente do Tribunal, três representantes do Distrito Federal e três doscontribuintes.§ 3º O Pleno e a Primeira Câmara serão presididos pelo Presidente do Tribunal Administrativo de RecursosFiscais.§ 4º A Segunda Câmara será presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal Administrativo de RecursosFiscais.§ 5º As decisões do Tribunal Pleno e das Câmaras serão tomadas por maioria de votos, cabendo aorespectivo Presidente o voto de qualidade.Art. 126. Ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais compete julgar em segunda instância osprocessos administrativos fiscais de jurisdição:I – contenciosa;II – voluntária de reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral, de autorização de adoção deregime especial de interesse do contribuinte e de restituição.Parágrafo único. A competência para julgamento dos processos administrativos fiscais de jurisdiçãovoluntária será exercida por meio do Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, observado odisposto no art. 131.Art. 127. O Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais não receberá o recurso se:I – for intempestivo;

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II – a decisão de primeira instância ou cameral estiver em plena conformidade com enunciado de súmuladeste Tribunal.Parágrafo único. O disposto no inciso II do caput aplica-se às decisões sujeitas ao reexame necessário.Art. 128. A Fazenda Pública será representada no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais porintegrantes da carreira de Procurador do Distrito Federal.Parágrafo único. A falta de comparecimento de representante da Fazenda Pública à sessão de julgamentonão é obstáculo para que a decisão seja proferida.Art. 129. O julgamento no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais far-se-á em conformidade com odisposto na Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, neste Decreto e no seu Regimento Interno.§ 1º O Conselheiro relator e o representante da Fazenda Pública terão o prazo de 30 (trinta) dias parafazerem conclusos os processos que lhes forem distribuídos.§ 2º O pedido de vista não impede que os Conselheiros que se sintam habilitados possam votar.§ 3º O Conselheiro que formular o pedido de vista restituirá os autos ao Presidente, no prazo de 10 (dez)dias, contado da data do recebimento.§ 4º A realização de diligências interrompe a contagem dos prazos fixados neste artigo.Art. 130. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais poderá analisar o mérito, ainda que a autoridadejulgadora de primeira instância não o tenha feito, desde que se verifiquem nos autos elementos quepossibilitem o julgamento do recurso, sem retorno à primeira instância.Art. 131. O Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, na hipótese de não ter sidoproferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertido o julgamento em diligência, poderáavocar o processo mediante requerimento do interessado.Parágrafo único. Em caso de avocação, competirá a uma das Câmaras o julgamento do processo.Art. 132. Dos atos do Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais ou dos Presidentes dasCâmaras cabe recurso ao Pleno, no prazo de 10 (dez) dias, contado da sua ciência.Art. 133. Ocorrendo impedimento de Conselheiro, quando não declarado tempestivamente, pode a parteopor-lhe exceção.§ 1º A exceção será arguida:I – no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da publicação no DODF da ata da sessão em que se der adistribuição do processo, se o arguido for o Conselheiro Relator;II – na sessão de julgamento do processo, no momento próprio para sustentação oral, se outro Conselheirofor o arguido.§ 2º Na hipótese do inciso II do § 1º, se a exceção for acolhida, o julgamento do processo será adiado paraa sessão subsequente.Art. 134. Da decisão omissa, contraditória ou obscura cabem embargos de declaração, no prazo de 5(cinco) dias, contado da publicação do acórdão.§ 1º Não serão conhecidos, e sua oposição não interromperá o prazo para interposição de outros recursos,os embargos que forem apresentados após o prazo previsto no caput.§ 2º Na hipótese de embargos manifestamente protelatórios, a autoridade julgadora ou o TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais conhecerá o recurso e consignará na decisão que subsequentesembargos com o mesmo objeto não serão conhecidos e não interromperão o prazo para interposição deoutros recursos.

CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DOS PROCESSOS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Art. 135. Da decisão da Câmara desfavorável à Fazenda Pública ou ao contribuinte em processo dejurisdição contenciosa, cabe Recurso Extraordinário ao Pleno, com efeito suspensivo, a ser interposto noprazo de 20 (vinte) dias, contado da data da publicação do acórdão, nas seguintes hipóteses:I – quando a decisão não for unânime;II – quando a decisão, proferida com o voto de desempate do Presidente, for contrária à legislação ou àevidência dos autos;III – quando a decisão, embora unânime, divergir de outras decisões das Câmaras ou do Pleno do TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais quanto à interpretação do direito em tese, ou deixar de apreciar matériade fato ou de direito que lhe tiver sido submetida.§ 1º Na hipótese de recurso interposto pela Representação Fazendária, será aberto prazo de 20 (vinte) dias,a contar da publicação da admissibilidade no DODF, para o contribuinte apresentar suas contrarrazões.§ 2º O Recurso Extraordinário ao Pleno será distribuído a Conselheiro distinto do que tiver redigido oacórdão da decisão recorrida e daquele que tiver sido relator no julgamento cameral.Art. 136. O Presidente da Câmara, na ausência de interposição de Recurso Extraordinário por parte daFazenda Pública, encaminhará os autos do processo de jurisdição contenciosa ao Pleno para reexamenecessário, no prazo de 20 (vinte) dias, se a decisão, não unânime, exonerar o sujeito passivo de créditotributário de valor superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a ser atualizado na forma da legislaçãoespecífica.§ 1º Se o Presidente da Câmara deixar de encaminhar os autos, cumpre ao servidor que do fato tomarconhecimento providenciar a remessa ao Pleno.

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§ 2º O acórdão somente produzirá efeitos após confirmado pelo Pleno.§ 3º Para fins de verificação da condição a que se refere o caput, será considerado o valor do créditotributário exonerado monetariamente atualizado até a data do julgamento.

CAPÍTULO IIIDO ENUNCIADO DE SÚMULA DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVODE RECURSOS FISCAIS

Art. 137. Compete ao Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, por iniciativa de seuPresidente, do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda ou do representante da FazendaPública, editar enunciado de súmula de suas reiteradas decisões.§ 1º As decisões proferidas em pelo menos seis julgamentos em meses diversos poderão ser objeto deenunciado de súmula, se oriundas das Câmaras, desde que unânimes, ou do Pleno do TribunalAdministrativo de Recursos Fiscais, ainda que por maioria.§ 2º A decisão pela edição de enunciado de súmula será tomada por maioria de votos dos Conselheiros queintegram o Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.Art. 138. O enunciado de súmula, a partir da data de sua publicação no DODF, terá efeito vinculante emrelação aos órgãos julgadores e aos demais órgãos da Administração Tributária.§ 1º O enunciado de súmula poderá ser revisto ou cancelado mediante solicitação das autoridades previstasno art. 137, caput, obedecidos os procedimentos previstos para a sua edição.§ 2º A revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula produzirá efeitos na data de sua publicação noDODF.

TÍTULO VIIIDA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS

Art. 139. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os processos administrativos emque figure como parte ou interessado:I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental;III – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisiairreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base emconclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo àautoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas.§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitaçãoprioritária.

TÍTULO IXDas diligências e da perícia

Art. 140. A autoridade julgadora determinará, de ofício ou a requerimento do interessado, a realização dediligências ou de perícia, quando as entender necessárias, indeferindo, mediante decisão fundamentada,aquelas que considerar protelatórias, prescindíveis ou impraticáveis.§ 1º Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou de perícia:I – não requerido no prazo da impugnação;II – que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso VI do art. 53.§ 2º O interessado será intimado da decisão que negar ou deferir a realização de diligência ou de perícia,que deverá indicar, neste último caso, o procedimento a ser observado.§ 3º Poderá constar da própria decisão de mérito o indeferimento de pedido de realização de diligência oude perícia, com os respectivos fundamentos.§ 4º Para a realização de diligência ou perícia será emitida OS própria.Art. 141. A autoridade julgadora indicará servidor da Carreira de Auditoria Tributária do Distrito Federalpara a realização de perícia e intimará o perito assistente do sujeito passivo para proceder ao examerequerido, fixando-lhes prazo, não superior a 60 (sessenta) dias, para a apresentação dos respectivos laudos.Parágrafo único. O prazo para a realização de perícia poderá ser prorrogado a critério da autoridadejulgadora.Art. 142. Na hipótese de o resultado de diligência ou da perícia implicar a necessidade de alteração do Autode Infração ou do Auto de Infração ou Apreensão, observar-se-á o disposto no §§ 3º e 4º do art. 52.

TÍTULO XDA EXECUÇÃO DAS DECISÕES NA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

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Art. 143. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo deverá ser cumprida no prazo de 30 (trinta) dias,a contar da data de ciência dessa condição pelo interessado, por meio de intimação.§ 1º Não cumprida a exigência no prazo de que trata o caput, a autoridade competente providenciará ainscrição do débito em Dívida Ativa, observado o disposto no § 1º do art. 50.§ 2º No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade julgadora ou aoservidor designado exonerá-lo de ofício dos gravames decorrentes do contencioso fiscal, no prazo máximode 20 (vinte) dias da ciência do interessado.§ 3º Para fins da exoneração de que trata o § 2º, a autoridade julgadora encaminhará o processo para aunidade responsável pelo lançamento, para adoção dos procedimentos necessários ao cumprimento dadecisão.

TÍTULO XIDA EFICÁCIA DAS DECISÕES

Art. 144. São definitivas as decisões:I – de primeira instância, quando esgotado o prazo para recurso voluntário;II – de segunda instância, se não couber recurso ou, quando couber, não tiver sido interposto no prazo.Parágrafo único. São também definitivas as decisões de primeira instância quanto à parte que não forobjeto de recurso voluntário ou que não estiver sujeita ao reexame necessário.

TÍTULO XIIDAS NULIDADES

Art. 145. São inválidos os atos que desatendam os pressupostos legais e regulamentares ou os princípios daAdministração, especialmente nos casos de:I – incompetência;II – vício de forma;III – ilegalidade do objeto;IV – inexistência de motivo;V – desvio de finalidade.Art. 146. A motivação do ato indicará as razões que justifiquem sua edição, especialmente a regra decompetência, os fundamentos de fato e de direito e a finalidade objetivada.Parágrafo único. A motivação do ato no procedimento administrativo poderá consistir na remissão apareceres ou manifestações nele proferidos.Art. 147. A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou por provocação do interessado, salvoquando:I – da irregularidade não resultar qualquer prejuízo;II – forem passíveis de convalidação.§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejamconsequência dele.§ 2º A autoridade competente declarará a nulidade, especificando se decorrente de vício formal ou nãoformal, mencionando expressamente os atos alcançados e determinando, se for o caso, as providênciasnecessárias ao prosseguimento ou à solução do processo, nos termos de ato do Subsecretário da Receita daSecretaria de Estado de Fazenda.§ 3º As irregularidades, incorreções ou omissões que possam acarretar prejuízo serão sanadas, de ofício oupor requerimento, quando o sujeito passivo não lhes houver dado causa ou quando não influírem nojulgamento do processo, não ensejando, nestes casos, a nulidade do ato respectivo.§ 4º Na hipótese do § 3º, tratando-se de ato de formalização de exigência, as irregularidades, incorreçõesou omissões não acarretarão a nulidade do ato se dele constarem elementos suficientes para determinarcom segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator.§ 5º Quando puder decidir a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, aautoridade julgadora proferirá a decisão de mérito.Art. 148. A Administração poderá convalidar seus atos nos casos de:I – vício de competência, desde que a convalidação seja feita pela autoridade titulada para a prática do ato enão se trate de competência indelegável;II – vício formal, desde que o ato possa ser suprido de modo eficaz.§ 1º Não será admitida a convalidação quando dela resultar prejuízo à Administração ou a terceiros ouquando se tratar de ato impugnado.§ 2º A convalidação será sempre formalizada por ato motivado.

TÍTULO XIIIDOS ATOS NORMATIVOS

Art. 149. Compete à Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, objetivando aorientação, normatização, e as corretas interpretação e aplicação da legislação tributária, expedir:

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I – Instruções Normativas;II – Atos Declaratórios Interpretativos.

TÍTULO XIVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 150. Das decisões proferidas nos processos alcançados por este Decreto não cabe pedido dereconsideração, ressalvada a faculdade da autoridade prolatora de reconsiderar de ofício a decisão.Art. 151. Os recursos das decisões em processo de jurisdição voluntária serão dirigidos à autoridade queproferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, encaminhará os autos à segundainstância.Art. 152. Salvo disposição específica, das decisões no âmbito da Administração Tributária cabe recursohierárquico do interessado, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência, em face de razões de legalidadee de mérito.§ 1º O recurso previsto no caput não é cabível em relação às decisões proferidas em segunda instância oupara as quais a legislação preveja instância única.§ 2º A decisão relativa ao recurso de que trata o caput fará coisa julgada administrativa.§ 3º O recurso de que trata este artigo será dirigido à autoridade que tenha proferido a decisão, a qual, senão a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, o encaminhará à autoridade superior, quando cabível.Art. 153. Os autos de processo que verse sobre infração à legislação tributária somente serão arquivadosapós decisão final.Art. 154. Permanecem em vigor as disposições legais relativas ao processo administrativo de exigência demultas não relacionadas com o descumprimento de obrigações tributárias.Art. 155. Aplicam-se subsidiariamente a este Decreto os conceitos e princípios estabelecidos no CódigoTributário Nacional, bem como as normas do processo administrativo e do processo administrativo fiscalno âmbito da Administração Pública Federal e as da legislação processual civil e penal.Art. 156. Todas as remissões, em diplomas legislativos vigentes, ao Decreto nº 16.106, de 30 de novembrode 1994, consideram-se feitas às disposições correspondentes deste Decreto.Art. 157. O Secretário de Estado de Fazenda e o Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado deFazenda, no âmbito de suas respectivas competências, poderão expedir normas complementares para ocumprimento do disposto neste Decreto.Art. 158. Para efeito do disposto no § 5º do art. 11, ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerácronograma de recadastramento dos sujeitos passivos inscritos no Cadastro Fiscal do Distrito Federal –CF/DF.Art. 159. Aplica-se este Decreto aos processos em curso, observadas as normas complementares editadaspela Secretaria de Estado de Fazenda e pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda.§ 1º O disposto neste Decreto não prejudica a validade dos atos praticados na vigência da legislaçãoanterior, em especial os relativos ao processo administrativo fiscal praticados com base no Decreto nº16.106, de 30 de novembro de 1994, no que não contrariar a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011.§ 2º Não se modificarão os prazos iniciados antes da entrada em vigor deste Decreto.Art. 160. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Art. 161. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 16.106, de 30 de novembro de1994.Brasília, 18 de outubro de 2011.123º da República e 52º de BrasíliaAGNELO QUEIROZ

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LEI Nº 2.834/2001 – RECEPCIONA A LEI 9.784/1999 AO DF(Autoria do Projeto: Poder Executivo)

PUBLICAÇÃO DODF Nº 234 DE 10/12/01(Folha nº 1)

LEI 2834/2001DE 7 DE DEZEMBRO DE 2001RECEPCIONA A LEI 9784/99PROCEDIMENTO FISCAL

Recepciona a Lei Federal nº 9.784, de29 de janeiro de 1999, que regula oprocesso administrativo no âmbito daAdministração Pública Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARALEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Aplicam-se aos atos e processos administrativos no âmbito da Administração direta eindireta do Distrito Federal, no que couber, as disposições da Lei Federal nº 9.784, de 29 de janeirode 1999.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de dezembro de 2001

114º da República e 42º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

LEI Nº 9.784/2001 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FEDERAL

LEI FEDERALDE 29 DE JANEIRO DE 1999.

9784/2001PROCEDIMENTO FISCAL

Regula o processo administrativo noâmbito da Administração PúblicaFederal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta eeu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo noâmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteçãodos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo eJudiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta eda estrutura da administração indireta;

II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

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Art 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios dalegalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, oscritérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial depoderes ou competências, salvo autorização em lei;

III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoalde agentes ou autoridades;

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigiloprevistas na Constituição;

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições esanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento dointeresse público;

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dosadministrados;

IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,segurança e respeito aos direitos dos administrados;

X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, àprodução de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possamresultar sanções e nas situações de litígio;

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dosinteressados;

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta oatendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de novainterpretação.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, semprejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar oexercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condiçãode interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos econhecer as decisões proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serãoobjeto de consideração pelo órgão competente;

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IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória arepresentação, por força de lei.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo deoutros previstos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

lI - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário;

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para oesclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO IV

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido deinteressado.

Art 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitidasolicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II - identificação do interessado ou de quem o represente;

III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento dedocumentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento deeventuais falhas.

Art 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ouformulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.

Art 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo efundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvopreceito legal em contrário.

CAPÍTULO V

DOS INTERESSADOS

Art 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interessesindividuais ou no exercício do direito de representação;

II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses quepossam ser afetados pela decisão a ser adotada;

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III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos einteresses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ouinteresses difusos.

Art 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoitoanos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.

CAPÍTULO VI

DA COMPETÊNCIA

Art 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos aque foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmenteadmitidos.

Art 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimentolegal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda queestes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, emrazão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação decompetência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Art 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Art 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limitesda atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente estaqualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Art 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantesdevidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgãohierarquicamente inferior.

Art 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais dasrespectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente emmatéria de interesse especial.

Art 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deveráser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

CAPÍTULO VII

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridadeque:

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I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ourepresentante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ouparente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivocônjuge ou companheiro.

Art 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar ofato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.

Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui faltagrave, para efeitos disciplinares.

Art 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizadeíntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivoscônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Art 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, semefeito suspensivo.

CAPÍTULO VIII

DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Art 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinadasenão quando a lei expressamente a exigir.

§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com adata e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quandohouver dúvida de autenticidade.

§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgãoadministrativo.

§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas.

Art 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal defuncionamento da repartição na qual tramitar o processo.

Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujoadiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano aointeressado ou à Administração.

Art 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridaderesponsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem serpraticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro,mediante comprovada justificação.

Art 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão,cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.

CAPÍTULO IX

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

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Art 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativodeterminará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação dediligências.

§ 1º A intimação deverá conter:

I - identifição do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;

II - finalidade da intimação;

III - data, hora e local em que deve comparecer;

IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;

V - informação da continuidade do processo independentemente do seucomparecimento;

VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à datade comparecimento.

§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com avisode recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência dointeressado.

§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílioindefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescriçõeslegais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.

Art 27. O desentendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdadedos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampladefesa ao interessado.

Art 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para ointeressado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício dedireitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.

CAPÍTULO X

DA INSTRUÇÃO

Art 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dadosnecessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão doórgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de proporatuações probatórias.

§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dadosnecessários à decisão do processo.

§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-sedo modo menos oneroso para estes.

Art 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meiosilícitos.

Art 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgãocompetente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública

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para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízopara a parte interessada.

§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, afim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazopara oferecimento de alegações escritas.

§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição deinteressado do processo, mas confere o direito de obter da Administração respostafundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmenteiguais.

Art 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância daquestão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria doprocesso.

Art 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderãoestabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meiode organizações e associações legalmente reconhecidas.

Art 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios departicipação de administrados deverão ser apresentados com a indicação doprocedimento adotado.

Art 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ouentidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com aparticipação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se arespectiva ata, a ser juntada aos autos.

Art 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo dodever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 destaLei.

Art 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados emdocumentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou emoutro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício,à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.

Art 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão,juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduziralegações referentes à matéria objeto do processo.

§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório eda decisão.

§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provaspropostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ouprotelatórias.

Art 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação deprovas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim,mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento.

Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, seentender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferira decisão.

Art 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado foremnecessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixadopela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento doprocesso.

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Art 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, comantecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local derealização.

Art 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecerdeverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial oucomprovada necessidade de maior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, oprocesso não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-sequem der causa ao atraso.

§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazofixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, semprejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

Art 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidoslaudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazoassinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico deoutro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.

Art 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazomáximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Art 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamenteadotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

Art 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópiasreprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados edocumentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honrae à imagem.

Art 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão finalelaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimentoe formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando oprocesso à autoridade competente.

CAPÍTULO XI

DO DEVER DE DECIDIR

Art 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processosadministrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de suacompetência.

Art 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem oprazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual períodoexpressamente motivada.

CAPÍTULO XII

DA MOTIVAÇÃO

Art 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos edos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

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IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem depareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de atoadministrativo.

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir emdeclaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meiomecânico que reproduz os fundamentos das decisões, desde que não prejudiquedireito ou garantia dos interessados.

§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisõesorais constará da respectiva ata ou de termo escrito.

CAPíTULO XIII

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ouparcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem atenha formulado.

§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica oprosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse públicoassim o exige.

Art 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida suafinalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fatosuperveniente.

CAPÍTULO XIV

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício delegalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos.

Art 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de quedecorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados dadata em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-áda percepção do primeiro pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridadeadministrativa que importe impugnação à validade do ato.

Art 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse públiconem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão serconvalidados pela própria Administração.

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CAPÍTULO XV

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidadee de mérito.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não areconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe decaução.

Art 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instânciasadministrativas, salvo disposição legal diversa.

Art 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisãorecorrida;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos einteresses coletivos;

IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

Art 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição derecurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisãorecorrida.

§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá serdecidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos peloórgão competente.

§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igualperíodo, ante justificativa explícita.

Art 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deveráexpor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos quejulgar convenientes.

Art 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparaçãodecorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá,de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Art 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimaros demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentemalegações.

Art 63. O recurso não será conhecido quando interposto:

I - fora do prazo;

II - perante órgão incompetente;

III - por quem não seja legitimado;

IV - após exaurida a esfera administrativa.

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§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente,sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofícioo ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

Art 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for desua competência.Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame àsituação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegaçõesantes da decisão.

Art 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos,a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos oucircunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento dasanção.

CAPÍTULO XVIDOS PRAZOS

Art 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial,excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se ovencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antesda hora normal.§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês dovencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se comotermo o último dia do mês.

Art 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazosprocessuais não se suspendem.

CAPÍTULO XVIIDAS SANÇÕES

Art 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão naturezapecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempreo direito de defesa.

CAPÍTULO XVIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por leiprópria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.

Art 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSOPaulo Paiva###LEI-009784-0-000-29-01-1999@@@RET01+++RETIFICAÇÃOLEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999(Publicada no Diário Oficial de 1º de fevereiro de 1999, Seção 1)Na página 5, 1ª coluna, nas assinaturas,LEIA-SE:FERNANDO HENRIQUE CARDOSORenan CalheirosPaulo Paiva

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 027, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010.PUBLICAÇÃO DODF Nº 244 DE 24/12/2010

INSTRUÇÃO027/2010

PUBLICADO NO DODF Nº244 DE 24/12/2010(Com Nova Redação dada pela InstruçãoNormativa Nr. 49/2011 – DODF de03/11/2011)

Dispõe sobre o ProcedimentoAdministrativo Fiscal no âmbitoda Agência de Fiscalização doDistrito Federal - AGEFIS.

A DIRETORA-GERAL DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, no usode suas atribuições que lhe confere o art. 5º, inciso V, da Lei nº 4.150, de 05 de junhode 2008, em conformidade com as determinações constantes da Instrução nº. 093, de28 de setembro de 2010, e, Considerando a necessidade de alcançar a excelência noque tange ao exercício da fiscalização de atividades urbanas e limpeza urbana doDistrito Federal em consonância com a política governamental e em estrita obediênciaà legislação aplicável;Considerando a inafastável necessidade de implementar rotinas de trabalho, normas epadrões eficazes e proficientes inerentes às atividades meio e fim da Autarquia,RESOLVE aprovar a seguinte INSTRUÇÃO NORMATIVA:Dispõe sobre o Procedimento Administrativo Fiscal no âmbito da Agência deFiscalização do Distrito Federal - AGEFIS.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta Instrução Normativa disciplina os procedimentos fiscais relativos aos atose sanções administrativos praticados e/ou aplicados no âmbito da Agência deFiscalização do Distrito Federal - AGEFIS, visando, em especial, a proteção dosdireitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins da Autarquia e da própriaAdministração.

Art. 2º. Entre os atos e sanções de que trata o artigo anterior, figuram as Ações deNotificações, Intimações Demolitórias, Autos de Interdição, Autos de Embargo, Autosde Infração e Interdições de obras e Ações e Autos de Apreensão, lançamentos decréditos tributários e não tributários, dentre outros, especificados por instrumentonormativo próprio.

Art. 3º. A AGEFIS obedecerá aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurançajurídica, interesse público e eficiência, dentre outros.

Parágrafo único. Nos Procedimentos Administrativos serão observados os critérios de:

I - atuação conforme a Lei e o Direito, de modo a primar pela celeridade eeconomicidade processual;II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial depoderes ou competências, salvo autorização em lei;III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal deagentes ou autoridades;IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigiloprevistas na Constituição;VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições esanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento dointeresse público e ao cumprimento da legislação;VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dosadministrados;

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IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,segurança e respeito aos direitos dos administrados;X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, àprodução de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possamresultar sanções e nas situações de litígio;XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dosinteressados;XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta oatendimento do interesse público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de novainterpretação.

CAPÍTULO IIDOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 4º. A AGEFIS assegurará ao administrado os direitos de:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores;II – cientificar-se da tramitação dos processos administrativos na condição deinteressado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos econhecer as decisões proferidas;III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, nos casos em quefor permitido, os quais serão objeto de consideração pela autoridade competente;IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória arepresentação, por força de lei.

CAPÍTULO IIIDOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 5º. São deveres do administrado perante AGEFIS, sem prejuízo de outrosprevistos em ato normativo próprio:

I - expor os fatos conforme a verdade;II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;III - não agir de modo temerário ou de modo a tumultuar o processo;IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para oesclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO IVDO PROCESSO FISCAL

SEÇÃO IDOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 6°. Dos termos decorrentes da atividade de fiscalização lavrados na forma destaInstrução Normativa, será extraída uma cópia para anexação ao ProcessoAdministrativo nos casos em que couber e for exigível ou, ainda, para inserção noSistema Informatizado, sede na qual haverá a pertinente tramitação, medianteprocedimentos estabelecidos em Instrumento Normativo Próprio.

Art. 7°. Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser por motivo deordem pública, devidamente fundamentada, caso em que será assegurada aparticipação do contribuinte ou fiscalizado, do responsável ou seu representante legal,devidamente constituído.

SEÇÃO IIDOS PRAZOS

Art. 8°. O servidor executará o ato processual de sua competência nos prazosespecificados nesta Instrução Normativa, salvo disposição contrária constante nopróprio Regulamento ou em ato normativo próprio.Parágrafo único – Em caso do não cumprimento, por dolo ou culpa, do disposto nocaput deste artigo, deverá ser instaurado o competente procedimento com vistas àapuração de responsabilidade, o qual será de competência do setor correcional doEnte.

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Art. 9º. Os prazos serão contínuos, excluindo-se da sua contagem o dia de início eincluindo-se o do vencimento.Parágrafo único - Os prazos só se iniciam ou vencem no dia e horário de expedientenormal. SEÇÃO III

DO PROCEDIMENTO

Art. 10. Os Procedimentos Administrativos Fiscais podem iniciar-se de ofício ou porrequerimento de interessado, sendo que, na primeira hipótese, dar-se-á com:

I - a lavratura do primeiro ato por servidor competente, cientificando da obrigaçãorespectiva o sujeito passivo ou seu preposto;II - a apreensão de documentos, mercadorias ou bens que constituam prova materialde infração;III - reclamação formal e motivada por cidadão junto à Ouvidoria da AGEFIS.

Art. 11. Nos casos de iniciativa do interessado, excetuado o último inciso do artigoanterior, deverá ser preenchido o pertinente requerimento, cujo modelo seráestabelecido por ato normativo próprio, o qual deverá conter os seguintes dados:I – setor ou autoridade administrativa a que se dirige;II - identificação do interessado ou de quem o represente, salvo as hipóteses em queo anonimato se justifique;III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;IV - formulação do pedido com exposição dos fatos e de seus fundamentos;V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

Art. 12. Para fins desta Instrução Normativa, são considerados legítimos interessadosno Processo Administrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direito, ou queapresentem interesses individuais ou terceiros no exercício do direito derepresentação;II - aqueles que, sem terem iniciado o Processo, têm direitos ou interesses quepossam ser afetados pela decisão a ser adotada.Parágrafo único. São capazes, para fins de Processo Administrativo, os maiores dedezoito anos, ressalvada previsão especial em Lei.

Art. 13. A exigência de créditos tributários e não tributários, em razão do poder depolícia administrativa, poderá ser formalizada em Notificação de Lançamento ou emAuto de Infração, conforme legislação específica.

Art. 14. A exigência de cumprimento de obrigações ou penalidades de caráter nãopecuniário será formalizada em termos de autuação específica para cada especialidadede Fiscalização, conforme modelos a serem definidos pela AGEFIS, por intermédio deato normativo próprio.§ 1º Os Termos de que tratam os artigos anteriores deverão conter,obrigatoriamente:

- elementos mínimos de qualificação e individualização do (s) sujeito (s) passivo(s) de fiscalização;

- local, data e hora de sua lavratura;- descrição do fato;- disposição legal infringida e penalidade aplicável;- ordem para sanar a(s) irregularidade (s) ou apresentar impugnação nos casos

previstos.- nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função e

número da matrícula registrado na AGEFIS.

§ 2º Fica estabelecido que o prazo para impugnação, nos casos em que couber, seráconcomitante ao prazo determinado para a correção da irregularidade constatada,devendo o mesmo estar expressamente assinalado no documento, salvo previsãoespecífica prevista nesta Instrução Normativa ou em Ato Normativo próprio.

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Art. 15. A Notificação será lavrada pela autoridade fiscal competente, e conterá,obrigatoriamente:

I - identificação do notificado;II - local, data e hora de sua lavratura;III - descrição do fato;IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável;V - a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo 14desta Instrução Normativa, restando estabelecido que o prazo para impugnação seráo mesmo determinado para sanar a irregularidade, nos termos do § 2º do artigoanterior.VI - nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função enúmero da matrícula.

§ 1º Da lavratura de notificação, salvo os casos de iminente risco e outros previstosem ato normativo próprio, caberá pedido de prorrogação, por uma única vez e nãomais do que por igual prazo, para o respectivo Gerente da especialidade, o qualdeverá decidir em 02 (dois) dias, após cumprido o disposto no § 1º do artigo 25 desteRegulamento.

§ 2º A decisão de que trata o parágrafo anterior será informada ao contribuinte em 05(cinco) dias contados da decisão, devendo o mesmo comparecer à sede da RegiãoAdministrativa correspondente, onde irá exarar ciência acerca da decisão.

§ 3º Em caso de decisão favorável a prorrogação iniciar-se-á ao fim do primeiro prazoestabelecido na notificação, não se computando o prazo relativo à avaliação do pedidode prorrogação. Art. 16. O Auto de Infração será lavrado pela autoridade fiscalcompetente, e conterá, obrigatoriamente:

I - identificação do autuado;II - local data e hora de sua lavratura;III - descrição do fato;IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável;V - a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo 14desta Instrução Normativa;VI - valor do crédito arbitrado, com discriminação de valores componentes eintimação para recolher ou apresentar impugnação, não podendo ser o prazoconcedido inferior a 20 (vinte) dias, salvo disposição em contrário a figurar em atonormativo próprio;VII - nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função enúmero da matrícula.

§ 1º O Auto de apreensão, Embargo, Interdição e/ou a Intimação Demolitória poderáser cumulado com Auto de Infração.

§ 2º Prescinde de assinatura da autoridade fiscal o Auto de Infração emitido porprocesso eletrônico.

Art. 17. O Auto de Apreensão será lavrado sempre que forem encontradosdocumentos, mercadorias ou bens que constituam prova material de infração, nostermos do artigo 12 da Lei nº. 657/ 94.

Art. 17. O Auto de Apreensão será lavrado sempre que forem encontradosdocumentos, mercadorias ou bens que constituam prova material de infração, nostermos do Art. 25 da Lei n° 4.657, de 09 de maio de 2011. (Nova Redação dadapela Instrução Normativa Nr. 49/2011 – DODF de 03/11/2011)

§ 1º Caberá impugnação contra o Auto de Apreensão, a qual deverá ser apresentadano prazo de 20 (vinte) dias.

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§ 2º Indicar-se-á, no Auto de Apreensão, onde serão depositados os bensrelacionados neste artigo, assim como seus valores e estado de conservação, se for ocaso.

§ 3º Os bens apreendidos, nos casos que couber, poderão ser restituídos antes dadecisão definitiva do processo, ficando retidos os espécimes necessários à prova, oque deverá ser precedido de decisão devidamente fundamentada por parte daautoridade competente.

§ 4º A devolução dos documentos, mercadorias ou bens apreendidos condiciona-se:

I - à comprovação de propriedade por intermédio de notas fiscais ou outro documentoequivalente, a juízo da autoridade competente, sendo vedadas declaraçõesparticulares;II - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamenterealizados com remoção, transporte e depósito.

§ 5º Os gastos efetivamente realizados com a remoção e transporte dos documentos,bens ou mercadorias apreendidas serão ressarcidos à Administração Pública, mediantepagamento de valor calculado com base em tabela de preços unitários definidos pelaAGEFIS, sendo assegurado ao interessado a proporcionalidade no rateio das custas desua responsabilidade.

§ 6º Os valores referente às diárias de permanência no depósito serão definidos pelaAGEFIS, por intermédio de ato normativo próprio.

§ 7º A AGEFIS fará publicar, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do DistritoFederal, a relação dos documentos, bens ou mercadorias apreendidas, para ciênciados interessados não identificados e não cientificados.

§ 8º A solicitação para devolução dos documentos, bens ou mercadorias apreendidasserá feita no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir do primeiro dia útilao subseqüente a data da lavratura do Auto de Apreensão ou, na falta de identificaçãode seus proprietários, da publicação a que se refere o parágrafo anterior.

§ 9º Os interessados poderão reclamar os documentos, bens ou mercadoriasapreendidas antes da publicação de que trata o § 6º.

§ 10 Os documentos, bens ou mercadorias apreendidas e removidas para depósito,não reclamados no prazo estabelecido, serão declarados abandonados por ato daAGEFIS, a ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, sendo as despesas dediária e demais custas previstas em ato normativo próprio, calculadas até a data dapublicação, de responsabilidade do Interessado.

§ 11 Na hipótese de não ressarcimento no prazo de 30 (trinta) dias, a contar dapublicação que trata o artigo anterior, promover-se-á a inscrição de dívida ativa daAGEFIS pelo setor competente (CR).

§ 12 Do ato Diretor Geral da AGEFIS, referido no § 6º, constará a especificação dotipo e da quantidade dos documentos, bens ou mercadorias, bem assim o seu estadode conservação, se for o caso.

§ 13 O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural,danificação ou perda de valor dos documentos, bens ou mercadorias apreendidas, nãosendo devido por parte do Poder Público nenhum ressarcimento em razão de taisocorrências.

§ 14 Os bens e mercadorias perecíveis apreendidos, quando não liberados no prazo devinte e quatro horas nem destinados à doação, serão destruídos, sem prejuízo dasmultas cabíveis.

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§ 15 Os bens e mercadorias apreendidos e recolhidos ao Depósito da AGEFIS eabrangidos pelo disposto no § 9º desta Instrução Normativa, serão levados a leilão,na forma da lei,

§ 16 É permitida a doação de mercadorias perecíveis, desde que haja préviaelaboração de laudo por autoridade competente, atestando o bom estado dasmesmas.

Art. 18. Nos casos em que for impraticável a lavratura imediata do Auto de Infração eou Termo de Apreensão, lavrar-se-á Termo de Retenção de Volumes, procedendo-se olacre com o respectivo Selo de Retenção de Volumes, conforme modelos a seremdefinidos pela AGEFIS.

§ 1º O Termo de Retenção de Volumes será utilizado pela fiscalização da AGEFIS paraa retenção de documentos, mercadorias e bens.

§ 2º O Selo de Retenção de Volumes será utilizado exclusivamente para lacrar caixase outros volumes, compartimentos de veículos, cofres de carga e semelhantescontendo mercadorias, documentos ou bens objeto do Termo de Retenção deVolumes.

§ 3º O Selo de Retenção de Volumes será numerado manualmente com o mesmonúmero do Termo de Retenção de Volumes a que corresponde e deverá conter aassinatura da autoridade fiscalizadora.

§ 4º Um Termo de Retenção de Volumes poderá se referir a um ou a vários Selos deRetenção.

§ 5º O Selo de Retenção de Volumes será removido pela fiscalização, na presença dointeressado, visando à identificação das mercadorias ou bens e adoção das demaisprovidências legais cabíveis.

§ 6º Para os fins a que se refere o parágrafo anterior, o interessado deverácomparecer à sede da unidade da AGEFIS indicada no Termo de Retenção deVolumes, em horário de expediente normal, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito)horas, contadas a partir do momento da lavratura do documento.

§ 7º No caso do não comparecimento do interessado no local e no prazo estabelecidosno parágrafo anterior, a fiscalização procederá de ofício à abertura dos volumes, paraas providências legais pertinentes, devendo o não comparecimento ser certificado peloServidor competente em documento a ser juntado ao Processo.

Art.19. A Intimação Demolitória será lavrada pela autoridade fiscal competente, econterá, obrigatoriamente:

- identificação do autuado;- local, data e hora de sua lavratura;- descrição do fato;- disposição legal infringida e penalidade aplicável;- a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo 14desta Instrução Normativa, restando estabelecido que o prazo para impugnação seráde 20 (vinte) dias, excetuado o caso de construção em área pública, que será de05(cinco) dias, salvo disposição em contrário a figurar em ato normativo próprio, ouem lei específica;- nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função e númeroda matrícula.

Art.20. O Auto de Embargo será lavrado pela autoridade fiscal competente, e conterá,obrigatoriamente:- identificação do autuado;- local data e hora de sua lavratura;

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- descrição do fato;- disposição legal infringida e penalidade aplicável;- a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo 14desta Instrução Normativa, estabelecendo-se o prazo para a apresentação deImpugnação de 20 (vinte) dias, nos casos específicos.- nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função e númeroda matrícula.Parágrafo único. Na hipótese de obra embargada em razão de ausência delicenciamento, nos casos em que a irregularidade for sanada, o Embargo estaráautomaticamente suspenso.

Art.21. O Auto de Interdição será lavrado pela autoridade fiscal competente, econterá, obrigatoriamente:

I - identificação do autuado;II - local data e hora de sua lavratura;III - descrição do fato;IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável;V - a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo 14desta Instrução Normativa, restando estabelecido o prazo para Impugnação de 20(vinte) dias.VI - nome e assinatura legíveis do autuante, indicação do seu cargo ou função enúmero da matrícula.

Art. 22. A Notificação de Lançamento conterá, obrigatoriamente:

- qualificação do notificado;- valor do crédito tributário e prazo de 20 (vinte) dias para o recolhimento ou para

impugnação;- disposição legal infringida se for o caso;- a ciência ao interessado de acordo com o disposto no inciso V do § 1º do artigo

14 desta Instrução Normativa.- assinatura e nome do Autuante com indicação de seu cargo ou função e número

de matrícula;- data de emissão.

Parágrafo único. Prescinde de assinatura a Notificação de Lançamento expedida porprocesso eletrônico

Art. 23. Ao interessado, ou seu representante legal devidamente constituído, nostermos desta Instrução Normativa, é facultada vista dos autos, em qualquer fase doprocesso, vedada a sua retirada da Autarquia.

SEÇÃO IVDAS IMPUGNAÇÕES E DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO

Art. 24. Lavrado qualquer dos atos indicados nos artigos 15 a 22 desta InstruçãoNormativa, terá inicio a contagem do respectivo prazo para apresentação deimpugnação constante no documento, nos termos do artigo 9º, a qual deverá serformulada por escrito e protocolizada, por meio de requerimento padrão.

Art. 25. A impugnação da exigência de cumprimento de obrigações ou penalidades decaráter não pecuniário, dos créditos tributários e não tributários resultantes dos atosadministrativos praticados por agentes de fiscalização, no âmbito da AGEFIS,instauram a fase litigiosa do procedimento.

§ 1º A impugnação será apresentada ao Núcleo de Atendimento ao Público darespectiva Região Administrativa Fiscal -RAF- ou na sede da AGEFIS, a qual aencaminhará ao setor competente, devidamente instruída, no prazo de 02 (dois) dias.

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§ 2º. A impugnação mencionará:

I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;II - a qualificação do impugnante;III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta acompanhados das provasque entender necessárias;

§ 3º É vedada à AGEFIS a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendoo servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

§ 4º No ato de recebimento da impugnação, desde que tempestiva e, estando amesma devidamente instruída, o servidor registrará este fato no sistemainformatizado, ou qualquer outro meio disponibilizado pela AGEFIS, assegurando-seem todos os casos o respectivo comprovante do interessado.

§ 5º Salvo disposição contrária estabelecida em ato normativo próprio, ou em leiespecífica e ainda, os casos de Ação de Interdição, Auto de Embargo ou IntimaçãoDemolitória, a partir do recebimento formal da impugnação, passa a vigorará asuspensão dos efeitos do ato impugnado, o qual perdurará até decisão definitiva.

§5º. Salvo os casos de Auto de Interdição, Auto de Embargo, Auto deNotificação e disposição contrária estabelecida em ato normativo próprio, ouem lei especifica, a partir do recebimento formal da impugnação, passa avigorará a suspensão dos efeitos do ato impugnado, o qual perdurará atédecisão definitiva. (Nova Redação dada pela Instrução Normativa Nr.49/2011 – DODF de 03/11/2011)

§ 6º A ausência ou deficiência de documentação a ser apresentada no ato deinterposição de impugnação não implica em prorrogação de prazo para a insurgência,devendo o interessado sanar a irregularidade dentro dos prazos de lei, sob pena depreclusão, salvo hipótese prevista no parágrafo único do artigo seguinte.

§ 7º Na hipótese de impugnação flagrantemente intempestiva, o Servidor competentereceberá a documentação e, mediante despacho devidamente fundamentado, desdejá não a conhecerá. Art. 26. A autoridade julgadora, motivadamente, poderádeterminar a realização de diligências, fixando prazo de 08 (oito) dias, podendo talprazo ser prorrogado por decisão devidamente fundamentada.

Parágrafo único. Será reaberto prazo para impugnação se, da diligência, resultaragravamento da exigência inicial.

Art. 27. A autoridade julgadora, se entender necessário, abrirá prazo de 05 (cinco)dias para que o responsável pelo ato impugnado, ou outro servidor designado, semanifeste sobre a impugnação, encerrando-se a fase de instrução do processo.

Art. 28. A autoridade julgadora declarará a revelia no processo, em termo próprio, nahipótese de não ser cumprida ou impugnada a exigência nos respectivos prazosfixados, no prazo máximo de 05 (cinco) dias a contar da constatação de ocorrência detais hipóteses, não havendo recurso contra tal ato, salvo demonstração inequívoca deerro por parte da AGEFIS.

Art. 29. Esgotados os prazos estabelecidos nos artigos 16 e 22 sem que tenha sidopago o crédito correspondente ou apresentada impugnação contra o auto de infraçãoou notificação de lançamento, a autoridade competente terá prazo de até 30 (trinta)dias para providenciar inscrição do débito em Dívida Ativa.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a tributos sujeitos a lançamentoanual, que deverão ser inscritos após o exercício em que foram lançados.

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SEÇÃO VDAS COMPETÊNCIAS

Art. 30. A instrução dos processos compete ao Núcleo de Atendimento ao Público ouao Encarregado do Núcleo de Fiscalização de Limpeza Urbana da RAF em que ocorreuo ato administrativo fiscal impugnado, no limite de suas atribuições, ou, na ausênciadestes, por servidor designado pelo superior hierárquico.

Art. 31. O julgamento administrativo dos requerimentos e impugnações aos atosadministrativos ocorridos no âmbito da AGEFIS compete:

I - em primeira instância:

Aos Gerentes de Fiscalização nos Requerimentos, Impugnações e ProcessosAdministrativos Fiscais oriundos do exercício do poder de polícia, referentes àsNotificações e prorrogações de prazo, Autos de Infração, Autos de Apreensão e Autosde Embargo.

Aos Diretores de Fiscalização, nos requerimentos, impugnações e processosadministrativos fiscais oriundos do exercício do poder de polícia, excetuados os casosda alínea anterior, bem assim as Intimações Demolitórias e Autos de Interdição.Ao Coordenador de Fiscalização de Limpeza Urbana nos dos processos administrativosfiscais oriundos do exercício do poder de polícia, no âmbito de sua competência;

II - em grau de recurso:

Aos respectivos Diretores das decisões das Gerências.

Ao Diretor-Geral da AGEFIS, das decisões de diretorias e coordenadorias relativas àaplicação de sanções administrativas, mediante provocação dos interessados,excluídos os recursos de julgamento de créditos tributários e não tributários decompetência do TJA.

Ao TJA, em segunda e última instância, dos recursos de julgamento de créditostributários e não tributários incluídos o julgamento da aplicação de autos de infração.

SEÇÃO VIDO JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 32. Estando o Processo devidamente instruído e saneado, a autoridade julgadorade primeira instância terá 10 (dez) dias para decidir pela manutenção do atoadministrativo ou sua reforma, revogação ou anulação, ressalvados os casos decompetência do TJA, os quais serão tratados em capítulo próprio.

§ 1º Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertidoo julgamento em diligência, pode o interessado requerer à autoridade de instânciasuperior a avocação do processo administrativo fiscal de exigência de cumprimento deobrigações ou penalidades de caráter não pecuniário, dos créditos tributários e nãotributários resultantes dos atos administrativos praticados no âmbito da AGEFIS.

§ 2º No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido omérito, salvo quando incompatíveis.

§ 3º Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora formará livre convencimento,podendo determinar diligências que entender necessárias.

Art. 33. A decisão conterá relatório resumido do Processo, fundamentos legais,conclusões e ordem de intimação do sujeito passivo de fiscalização.

Art. 34. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas de ofício ou porrequerimento do sujeito passivo.

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Art. 35. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo, caberá RecursoVoluntário nos termos do artigo 31, no prazo de 10 (dez) dias contados da ciência daDecisão, ressalvadas a hipótese de interdição, no qual será concedido o prazo de 05(cinco) dias.

§ 1º A autoridade julgadora de primeira instância recorrerá de ofício, no prazo de 08(oito) dias para a Autoridade julgadora de segunda instância, sempre que a decisãofor contrária à Administração Pública.

§ 2º O recurso será interposto na própria decisão administrativa de primeira instância,mediante simples declaração e remessa à Autoridade competente.

§ 3º Se a autoridade julgadora deixar de recorrer de ofício, cumpre ao servidor que dofato tomar conhecimento, encaminhar o processo, sob pena de responsabilizaçãoadministrativa, criminal e cível.

Art. 36. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo de fiscalizaçãoque trate de créditos tributários e não tributários caberá Recurso Voluntário, comefeito suspensivo, para o Tribunal de Julgamento Administrativo, no prazo de 10 (dez)dias contados da ciência da Decisão.

§ 1º Se a autoridade julgadora deixar de recorrer de ofício, cumpre ao servidor que dofato tomar conhecimento, encaminhar o processo, sob pena de responsabilizaçãoadministrativa, criminal e cível.

§ 2º Enquanto não interposto o recurso de que trata este artigo a decisão nãoproduzirá efeito. Art. 37. Da decisão de primeira instância não cabe pedido dereconsideração.

Parágrafo único. A contagem dos prazos fixados neste artigo será interrompida pararealização de diligências e pareceres.

SEÇÃO VIIDAS INTIMAÇÕES

Art. 38. A Comunicação das decisões relativas às impugnações apresentadas, apóscumpridos os prazos estabelecidos nesta Instrução Normativa, dar-se-ão:

Nos casos de Auto de Infração e Intimação Demolitória

I - em até 5 (cinco) dias após a decisão, pelo autor do procedimento ou servidor paratanto designado, provada esta com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatárioou preposto, ou, no caso de recusa, com certidão de quem os intimar, ficando cópiano local da ocorrência;II - não sendo possível ou restada infrutífera a tentativa de intimação constante noinciso anterior, por via postal ou telegráfica, com aviso de recebimento;III - por edital, publicado uma única vez no Diário Oficial do Distrito Federal.

§ 1º A intimação só será efetuada por edital depois de esgotados os meios previstosnos incisos I a II deste artigo.

§ 2º Considera-se realizada à intimação:

I - na data da ciência ou da declaração de que trata o inciso I deste artigo;II - na data da ciência no Aviso de Recebimento, por via postal ou telegráfica ou,faltando aquela, 10 (dez) dias após a entrega da intimação nos correios, sendoirrelevante a juntada destes aos autos do Processo Administrativo.III - 10 (dez) dias após a publicação do edital.nos demais casos, o Interessado deverá, após devidamente cientificado pelo Núcleode Atendimento ao Público, retornar no prazo 15 (quinze) dias para receber a decisão,

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prazo este que poderá ser prorrogado, a critério da Autoridade, restando estabelecidoque não se computa neste caso o prazo previsto para a instrução da impugnação.

CAPÍTULO VDO TRIBUNAL DE JULGAMENTO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS

DE SUA COMPETÊNCIASEÇÃO I

Art. 39. O Tribunal de Julgamento Administrativo – TJA/DF, órgão vinculado à Agênciade Fiscalização do Distrito Federal e criado pelo artigo 28 da Lei Distrital nº 4.150, de05 de junho de 2008, possui a competência de julgar, em segunda e última instânciaadministrativa do Distrito Federal, os processos administrativos fiscais e de exigênciade créditos tributários e não-tributários, de natureza pecuniária, oriundos do exercíciodo poder de polícia para cumprimento das normas relativas a atividades econômicas,obras edificações e urbanismo e limpeza urbana, ressalvadas as competênciasexpressamente previstas nos artigos anteriores.Parágrafo único. Conforme dispõe o inciso XXIII do Artigo 19 da Lei Orgânica doDistrito Federal, os Conselheiros do Tribunal de Julgamento Administrativo, emespecial os representantes do Distrito Federal, servidores da Carreira de Auditoria deAtividades Urbanas, terão independência funcional para manifestarem livre opinião deentendimento e voto no exercício de suas atribuições funcionais.

Art. 40. A estrutura orgânica do TJA será aquela estabelecida em ato normativopróprio.

DO PROCESSAMENTO DO JULGAMENTOSUB SEÇÃO I

DOS PROCEDIMENTOS

Art. 41. No julgamento dos Processos Administrativos Fiscais que lhe foremsubmetidos, o Tribunal de Julgamento Administrativo – TJA/DF aplicará a legislaçãotributária do Distrito Federal, considerando normas do Direito Tributário, princípiosgerais de Direito, legislação federal e distrital específica e jurisprudência dosTribunais, especialmente a do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiçae Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Art. 42. Será permitido vista de processos aos interessados, no Órgão de Apoio aoTribunal de Julgamento Administrativo – TJA/DF, sob assistência de servidor indicado.

Art. 43. Os documentos que os interessados fizerem juntar aos processos poderão serrestituídos, mediante requerimento do interessado apreciado pelo Presidente doTJA/DF, ficando nos autos cópias deles.

Art. 44. Os processos conterão súmulas das Sessões que tiverem sido julgadas.Parágrafo único: O Órgão de Apoio ao TJA/DF manterá em arquivo registros dasSessões realizadas, em Notas Taquigráficas, Gravações Magnéticas ou Digitais.

Art. 45. No caso de empate de votos nas Decisões de Câmara ou Pleno serão os autosdo processo administrativo encaminhados ao Presidente da Câmara ou Pleno paravoto de desempate ou de qualidade. Parágrafo único. Quando do julgamento porCâmara ou Pleno, o Presidente votará sempre por último.

Art. 46. As decisões do TJA/DF produzirão efeitos para fins de direito após publicaçãono Diário Oficial do Distrito Federal.

SUB SEÇÃO IIDOS PRAZOS PROCESSUAIS

Art. 47. Os prazos para interposição de recursos de competência do TJA obedecerãoao disposto no artigo 36.

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Parágrafo único: O pedido de vista não interrompe os prazos previstos nesteRegimento.

SUB SEÇÃO IIIDO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Art. 48. Do acórdão das Câmaras caberá Recurso Extraordinário ao Pleno, no prazo de20 (vinte) dias, contados da publicação no Diário Oficial do Distrito Federal - DODF,quando o valor da sanção administrativa aplicada pela Câmara for superior R$20.000,00 (vinte mil Reais), e a decisão preencher a algum dos seguintes requisitos:

Art. 48. Do acórdão das Câmaras caberá Recurso Extraordinário ao Pleno, noprazo de 20 (vinte) dias, contados da publicação no Diário Oficial do DistritoFederal - DODF, quando o valor da sanção administrativa aplicada pelaCâmara for superior R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), e a decisão preencher aalgum dos seguintes requisitos: (Nova Redação dada pela InstruçãoNormativa Nr. 49/2011 – DODF de 03/11/2011)

I - Não for unânime;II - For contrária à legislação ou à evidência dos fatos;III - Divergir de outras decisões, quanto à interpretação do direito em tese, ou deixarde apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sido submetida.Parágrafo único. O Recurso Extraordinário será distribuído ao Conselheiro distinto doque houver redigido o Acórdão da decisão recorrida.

SUB SEÇÃO IVDO EMBARGO DE DECLARAÇÃO

Art. 49. Da decisão do Pleno ou das Câmaras que se afigure ao interessado, omissa,contraditória ou obscura, caberá Embargo de Declaração, interposto no prazo de 05(cinco) dias, contados da publicação do Acórdão no Diário Oficial do Distrito Federal.

Art. 50. O Embargo de Declaração será distribuído ao Relator do Acórdão e julgado naprimeira sessão que se realizar após o seu recebimento, devendo ser dirigido aoPresidente do Tribunal de Julgamento Administrativo – TJA/DF.

SUB SEÇÃO VDA REVELIA

Art. 51. Na hipótese do sujeito passivo fiscalizado interpor recurso fora do prazo legalpara o exercício do direito subjetivo de defesa administrativa, em primeira ou segundainstância, deverá o Conselheiro relator despachar, nos autos, não conhecendo orecurso interposto por ser este intempestivo, ou seja, protocolizado fora do prazo.Parágrafo único. O despacho de que trata o caput deverá consignar o nãoconhecimento do recurso, por ser intempestivo, para, em seguida, haverdeterminação de inscrição em dívida ativa pelo setor competente da Agência deFiscalização do Distrito Federal - AGEFIS.

Art. 52. Na hipótese do sujeito passivo não interpor recurso, após a autuação daautoridade fiscal, deverá haver, nos autos, juntada de certidão de revelia, para, emseguida, haver decisão administrativa pela autoridade de primeira instância.

SUB SEÇÃO VIDOS ACÓRDÃOS

Art. 53. Concluído o julgamento, o Presidente designará o Relator, se vencedor, pararedigir o Acórdão.

Parágrafo único. Se o Relator for vencido, o Presidente designará Redator do Acórdãoum dos Conselheiros cujo voto tenha sido vencedor.

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Art. 54. Os Acórdãos terão ementa que indique a tese jurídica que prevaleceu nojulgamento, e poderão ser acompanhados da fundamentação de votos vencidos,desde que os prolatores dos mesmos os requeiram na sessão de julgamento.

Art. 55. As conclusões dos Acórdãos serão publicadas no Diário Oficial do DistritoFederal, sob designação numérica e com indicação nominal das partes.Parágrafo único. As decisões importantes, do ponto de vista doutrinário, poderão serpublicadas na íntegra, a critério do Presidente do TJA/DF.

SEÇÃO IIDA AVOCAÇÃO DE PROCESSO

Art. 56. A autoridade julgadora de primeira instância, após o preparo, terá 20 (vinte)dias para proferir decisão em julgamento

§ 1º Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertidoo julgamento em diligência, pode o interessado, o agente autuante ou qualquer outroservidor, requerer ao Presidente do TJA a avocação do processo.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, competirá ao TJA, por intermédio de uma desuas câmaras, o julgamento do processo.

§ 3º No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido omérito, salvo quando incompatíveis.

§ 4º Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderá formular para a réplicaos quesitos que entender necessários, de cumprimento obrigatório pelo fiscalautuante, que se manifestará no prazo de 10 (dez) dias.

§ 5º O agente autor do procedimento fiscal, ou servidor ad hoc, pode rever os atosantes de prolatada a decisão da autoridade julgadora de primeira instância,observando-se o disposto nos arts. 140, 141, 142, 144, 145, 146 e 149 do CódigoTributário Nacional.

SEÇÃO IIIDO IMPEDIMENTO DE CONSELHEIROS

Art. 57. O Conselheiro deverá declarar-se impedido de estudo, discussão, votação epresidência do julgamento dos processos que lhe interessarem pessoalmente, diretaou indiretamente, ou a seus parentes, consangüíneos ou afins, até o terceiro graucivil, inclusive, ou à sociedade de que faça ou tenha feito parte como Sócio,Conselheiro da Diretoria, do Conselho de Administração ou Membro RepresentanteFiscal, ou atuado como Advogado.

§ 1º Subsiste também impedimento quando, em instância inferior, o Conselheirohouver proferido decisão ou parecer sobre o mérito do processo.

§ 2º O impedimento do Relator deverá ser declarado por ocasião da proclamação doresultado da distribuição e os dos demais Conselheiros, quando o julgamento doprocesso for anunciado.

SEÇÃO IVDA RESTAURAÇÃO DE AUTOS

Art. 58. A restauração dos autos far-se-á mediante petição ao Presidente do TJA/DF,sendo distribuído, sempre que possível, ao Relator do feito.

§ 1º A restauração poderá ser feita, também, ex officio, por determinação doPresidente do TJA/ DF, sempre que tiver conhecimento do extravio de qualquerprocesso sob guarda do Tribunal ou de órgão da Agência de Fiscalização do DistritoFederal.

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§ 2º No Processo de Restauração observar-se-á, tanto quanto possível, o disposto noCódigo de Processo Civil.

SEÇÃO VDA EFICÁCIA E EXECUÇÃO DAS DECISÕES

Art. 59. São definitivas as decisões:

- de primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário;- de instância superior de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o

prazo sem a sua interposição.

Parágrafo único. Serão também definitivas as decisões de primeira instância na parteque não for objeto de recurso voluntário ou que não estiver sujeita a recurso de ofício.

Art. 60. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo será cumprida no prazo de 10(dez) dias a contar da data de ciência dessa condição pelo interessado, ressalvadas ocaso de interdições e embargos, por meio de notificação ou intimação.

Parágrafo único. No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre aautoridade julgadora exonerá-lo, de ofício, dos gravames decorrentes do contenciosofiscal, no prazo de 08 (oito) dias a contar da decisão final devidamente exarada.

CAPÍTULO VIDAS NULIDADES

Art. 61. São nulos:

- os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;- os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com

preterição do direito de defesa.

§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamentedependam, ou seja, conseqüência.

§ 2º A autoridade julgadora declarará a nulidade, mencionando expressamente osatos alcançados, e determinará se for o caso, as providências necessárias aoprosseguimento ou a solução do processo.

§ 3º As irregularidades, incorreções ou omissões não previstas neste artigo serãosanadas, de ofício ou por requerimento, quando acarretarem prejuízo para o sujeitopassivo, salvo se este lhes houver dado causa ou quando não influírem no julgamentodo processo.

CAPÍTULO VIIDA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 62. O Interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ouparcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem atenha formulado.

§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica oprosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse públicoassim o exige.

Art. 63. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida suafinalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fatosuperveniente.

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CAPÍTULO VIIIDA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art. 64. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício delegalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos.

Art. 65. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorramefeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em queforam praticados, salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á dapercepção do primeiro pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridadeadministrativa que importe impugnação à validade do ato.

Art. 67. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse públiconem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão serconvalidados pela própria Administração.

CAPÍTULO IXPRESCRIÇÃO DOS PROCESSOS E

ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 68. Nos moldes da orientação da Procuradoria Geral do Distrito Federal – PGDF,os Processos Administrativos de que trata esta Instrução Normativa prescreverão em05 (cinco) anos, tendo como termo inicial de contagem para fins de prescrição:

I – Constituição definitiva do crédito, a qual ocorrerá quando não mais for possível asua impugnação pela via administrativa, seja porque houve preclusão parainterposição de impugnação ou, seja porque houve decisão definitiva nos casosem que aquela tenha ocorrido.

II – Outras hipóteses previstas em ato normativo próprio ou lei.

Parágrafo único – A prescrição será declarada pela autoridade responsável pelacondução do processo, segundo os critérios de competência contidos nesta InstruçãoNormativa.

CAPÍTULO XDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 69. A instrução e o julgamento dos processos em curso passam a ser regido poresta Instrução Normativa, na forma como estão, preservando-se os atosadministrativos perfeitos, a coisa julgada administrativa e o direito adquirido.

Art. 70. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 71. Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 72. Todos os atos, decisões e despachos realizados no processo administrativoserão registrados em sistema informatizado da AGEFIS no prazo de até 2 (dois) diaspelo Servidor competente.

BRUNA MARIA PERES PINHEIRO, Diretora Geral; GLEISTON MARCOS DE PAULA,Diretor Adjunto; ALEXANDRE NAVES SENA, Diretor da Diretoria de Operações; JOSÉCAR-LOS DOS SANTOS BEZERRA, Diretor da Diretoria de Planejamento, Programação,Normas e Procedimentos; VALTÉCIO DE ALMEIDA BATISTA, Diretor da Diretoria deFiscalização de Obras; CLÁUDIO CESAR CAIXETA CRUZ, Diretor da Diretoria deFiscalização de Atividades Econômicas; RODRIGO DE ASSIS REPUBLICANO SILVA,Diretor da Diretoria de Administração e Logística.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 047, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011.PUBLICAÇÃO DODF Nº 212 DE 03/11/2011

INSTRUÇÃO047/2011

PUBLICADO NO DODF Nº212 DE 03/11/2011

Disciplina a execução daspenalidades de demolição,desobstrução e remoção de irre-gularidades executadas pelaAgência de Fiscalização do DistritoFederal, observados os critériosestabelecidos em legislaçãoespecífica.

INSTRUÇÃO NORMATIVA No. 47, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011.Disciplina a execução das penalidades de demolição, desobstrução e remoção de irre-gularidades executadas pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal, observados oscritérios estabelecidos em legislação específica.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

O DIRETOR GERAL DAAGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DIS TRITO FEDERAL, no uso desuas atribuições previstas nos incisos V e VI do Art. 3° e incisos II, IV e V do Art. SO, eem conformidade com o Art. 2°, ambos da Lei n° 4.1S0, de OS de junho de 2008,Considerando a urgente necessidade de organização dos órgãos e entidades do Estadocom o objetivo de atender de forma mais eficiente a crescente demanda por fiscalização;Considerando o poder-dever de atender ao princípio da administração pública dacontinuidade promovendo o prosseguimento das ações fiscais; Considerando que diversasações fiscais demandam a participação de outros órgãos e entidades do Estado para suaefetiva solução; Considerando que as ações fiscais devem agregar a responsabilidade pelagestão ambiental dos resíduos gerados nas operações de demolição, desobstrução eremoção, atingindo um padrão de qualidade nos serviços prestados; Considerando anecessidade de tornar mais eficientes as atividades de polícia administrativa, porintermédio do planejamento das ações em todos os níveis organizacionais, maisespecificamente da fiscalização relativa às atividades urbanas e de limpeza urbana emtodo o território do Distrito Federal, RESOLVE:Art. 1 ° A efetivação das penalidades de demolição, desobstrução ou remoção de irregu-laridades, por intermédio de operações fiscais executadas pela Agência de Fiscalização doDistrito Federal - AGEFIS -, decorrentes de Processo Administrativo Fiscal - PAF ou daaplicação do Art. 178 da Lei n" 2.105, de 08 de outubro de 1998, Código de Edificaçõesdo Distrito Federal - COE/DF, serão executadas observado os termos da legislaçãopertinente, os princípios da celeridade, da supremacia do interesse público sobre oprivado, do direito ao contraditório e a ampla defesa, bem como nos termos destaInstrução e da Instrução n° 027, de 20 de dezembro de 2010, que dispõe sobre oProcedimento Administrativo Fiscal - PAF no âmbito da AGEFIS.§ 1 ° - Para fins desta Instrução, considera-se:I - ÁREA EDIFICADA: superfície do lote ocupada pela a edifícação, considerada por suaprojeção horizontal;I! - ÁREA "NON AEDIFICANDI": faixa de terra com restrições para construir, edifícar ouocupar, vinculando-se seu uso a uma servidão;I!I - ÁREA PÚBLICA: área destinada a circulação de veículos e pedestres, a implantaçãode equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres de uso público, incluindo asfaixas de domínio de rodovias e ferrovias;IV - ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO; somatório das áreas de construção de todos ospavimentos da edificação, inclusive das áreas desconsideradas para cálculo da taxamáxima de construção ou do coeficiente de aproveitamento;V - DEMOLIÇÃO: derrubada parcial ou total de obra, edificação ou instalação;VI - EXECUTOR DA AÇÃO FISCAL: Diretoria de Operações - DOPE/AGEFIS - res ponsáveldireto pela a execução do objeto da ação fiscal a partir dos procedimentos e processosinstaurados pela Chefia da unidade de fiscalização da Região Administrativa Fiscal onde sesituar a irregularidade;VI! - OBJETO DA AÇÃO FISCAL: a irregularidade de qualquer natureza devidamenteidentificada em PAF ou, excepcionalmente, em documentação avulsa que suportará aação estatal para manutenção da ordem urbanística acarretando o desfazimento ou o

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desmonte da mesma e a destinação final ambientalmente adequada de todo e qualquertipo de resíduo gerado na ação, conforme preconiza legislação específica;VI! - OBRA EM EXECUÇÃO: toda e qualquer obra que não tenha sua conclusão atestadapelo respectivo certificado.

CAPÍTULO IIDOS REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 2° A operação fiscal será proposta pelo o Auditor ou Auditor Fiscal de AtividadesUrbanas, ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana ao titular da Chefia da unidade defiscalização onde se situar a irregularidade, mediante Relatório de Ação Fiscal, conformeestabelece o Manual de Procedimentos Fiscais, que conterá, no mínimo, as seguintesinformações:I - identificação do infrator quando possível;II - descrição completa e pormenorizada do objeto a ser demolido, desobstruído ouremovido;III - descrição das ações fiscais desenvolvidas em desfavor das irregularidades, quali-tativas e quantitativas;IV - razões que justifiquem a realização da operação fiscal;V - informações atualizadas quanto ao uso e destinação da obra, edificação ou instal açãoirregular;VI - comprovação da desobediência do ato administrativo que determinou a demolição dairregularidade ou da paralisação da obra, mediante caracterização fotográfica;§ 1° - Admite-se, por interesse público, condicionadas às garantias constitucionais eobservação ao PAF a realização de ação demolitória de imediato, quando a irregularidadese enquadrar no que prevê o § 1°, do Art. 178 do COEIDF.§ 2° Em se tratando de demolição por Descumprimento de Auto de Embargo, o processoadministrativo fiscal deverá conter: cópia do Laudo de Descumprimento de Embargo, doAuto de Infração lavrado em função do descumprimento da ordem de paralisação.§ 3° O Relatório de Ação Fiscal integrará o PAF que trata da irregularidade, objeto dasolicitação do Auditor ou Auditor Fiscal, mesmo nos casos em que não for possívelidentificar o responsável pela infração.§ 4° Após a instrução processual observando os princípios legais do PAF e os proce-dimentos elencados na Instrução n° 027/2010, e estando os autos conclusos, nos casosem que a Região Administrativa Fiscal - RAF não dispuser de meios para executar aoperação fiscal, a Chefia da unidade de fiscalização encaminhará o processo ao seusuperior hierárquico a fim de que o mesmo seja encaminhado a DOPE.§ SO O Diretor ou Coordenador de fiscalização a que pertence o processo do pedido dedemolição, desobstrução ou remoção deverá observar o cumprimento de todos osprocedimentos descritos no Manual de Procedimentos Fiscal, na Instrução n° 027/2010 eo exame formal e material dos autos, bem como, se foram respeitadas as garantiasprocessuais do intimado, e ainda:a) deverá submeter o processo a avaliação, verificando os requisitos mínimos paravalidade e continuidade do ato administrativo;b) havendo qualquer vício sanável o Diretor ou Coordenador de fiscalização deveráprovidenciar a retificação do processo antes de remetê-lo a DOPE;c) se o vício ensejar causa de nulidade absoluta do processo deverá o Diretor ou Coor-denador de fiscalização reconhecer de ofício a nulidade e determinar nova diligência a fimde verificar a existência da irregularidade e se necessário iniciar novo PAF.§ 6° A operação fiscal de que trata o Art. 1° desta Instrução poderá ser solicitada peloDiretor ou Coordenador de fiscalização ou pela Diretoria Geral, quando a urgência ou re-levância da ação fiscal visar resguardar o interesse público ou manter a ordemurbanística. § 7° As operações fiscais visando à realização de serviços ou execução dedemolição, desobstrução ou remoção de irregularidade a pedido dos órgãos ou entidadesde controle externo, do Poder Judiciário ou do Sistema de Defesa Civil deverão comporprocessos a ser instruídos pela Diretoria responsável em agir e coibir a irregularidadeobjeto da solicitação ou determinação destes órgãos ou entidades.Art. 3° Nos casos em que o pedido de operação fiscal não resultar da continuidade de umdocumento fiscal: Auto de Notificação, Auto de Embargo ou Intimação Demolitória, deveráo documento conter todos os elementos para caracterização da irregularidade e amotivação para a realização da operação, e deverão ser objeto de diligência paraconstatar e dimensionar a irregularidade.Parágrafo Único. Para os efeitos deste artigo considera-se esta situação excepcional,ficando a critério da autoridade fiscal a instauração do processo para reunir todos osdocumentos relativos à irregularidade, desde que o caso em questão requeira celeridade,

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todavia, após a realização da operação fiscal deverá ser formalizada a autuação de toda adocumentação, incluído obrigatoriamente, o Relatório de Operação.

CAPÍTULO IIIDA FORMALIZAÇÃO DA OPERAÇÃO FISCAL Seção I

Das Competências das Chefias das unidades de fiscalizaçãoArt. 4° O supervisor, o encarregado e a chefia da unidade de fiscalização, ao receber oRelatório de Ação Fiscal o qual solicita a realização de operação fiscal, deverão observarse o Manual de Procedimentos Fiscais e a legislação relativa ao assunto foramrigorosamente cumpridos.§ Ia O processo em que constar Relatório de Ação Fiscal informando o descumprimento deAuto de Notificação deverá obrigatoriamente conter:I - os requisitos formais previstos nos incisos I, II, lII, IV, V e VI, do Artigo 15 daInstrução na 027/2010;II - a qualificação do objeto da operação fiscal e seus elementos característicos com adescrição detalhada, objetiva, clara e precisa do que se pretende demolir, desobstruir ouremover acompanhado de relatório fotográfico;III - a comprovação da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento dostermos da Notificação, que deverá compor o processo, poderá ser feita por reprografiamecânica do Auto de Infração, despacho, relatório ou certidão informando o número edata do Auto de Infração;IV - quando houver solicitação de prorrogação de prazo, observado a legislação e o PAFconterá o processo prova inequívoca da ciência da parte intimada, quanto ao decidido pelaautoridade julgadora.§ 20 - O processo em que constar o Relatório de Ação Fiscal tratar de descumprimento deAuto de Embargo deverá obrigatoriamente conter:I - os requisitos formais previstos nos incisos I, Il, lII, IV, IV, V e VI, do Art. 20 daInstrução na 027/2010;Il - identificação de forma inequívoca do objeto de ação demolitória, com a descriçãodetalhada, objetiva, clara e precisa, acompanhado de relatório fotográfico e croqui decada parte executada após a lavratura do Auto de Embargo, observado o que dispõe o §30, do Art. 177 da Lei na 2.10511998;111 - comprovação:a) da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento do Auto de Embargoque deverá compor o processo, que poderá ser feita por reprografia mecânica do Auto deInfração, despacho, relatório ou certidão informando o número e data do Auto deInfração; IV - havendo impugnação administrativa, observada a legislação pertinente e oPAF, conterá o processo prova inequívoca da ciência da parte intimada, quanto aodecidido pela a autoridade julgadora.§ 30 - Quando o processo em que constar o Relatório de Ação Fiscal tratar de descum-primento de Intimação Demolitória, este deverá obrigatoriamente conter:I - os requisitos formais previstos nos incisos I, II, III, IV, V e VI, do Art. 19, da Instruçãona 027/2010;II - a qualificação do objeto da operação fiscal e seus elementos característicos com adescrição detalhada, objetiva, clara e precisa de que se pretende demolir, desobstruir ouremover, acompanhado de relatório fotográfico;III - a comprovação da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento dostermos da Intimação Demolitória que deverá compor o processo, esta poderá ser feitamediante reprografia mecânica do Auto de Infração, despacho, relatório ou certidãoinformando o número e data do Auto de Infração.IV - prova inequívoca da ciência da parte intimada quanto ao decidido pela a autoridadejulgadora de primeira instância, quando houver a impugnação administrativa daIntimação Demolitória, observada à legislação pertinente e o PAF.Art. 5º. Caberá a Chefia da unidade de fiscalização após análise e apreciação do processoobservado a sua competência, encaminhá-lo a Diretoria a qual está subordinado paracontinuidade da ação fiscal.Parágrafo único. Os processos e procedimentos, em meio físico ou através deGerenciamento Eletrônico de Documentos - GED, não poderão ser encaminhados a DOPEsem a prévia ciência e decisão do Diretor ou Coordenador de Fiscalização a que o Gerenteestá subordinado.Art. 60 A Chefia da unidade de fiscalização da RAF onde for desencadeada a operaçãofiscal expedirá Instrução de Serviço designando os Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscaisque atuarão na ação fiscal.§ P - A Instrução de Serviço de que trata este artigo conterá no mínimo:I - QUALIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO:

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1 - qualificação inequívoca do objeto da operação fiscal; 2 - data e horário do início daoperação;3 - previsão de duração da operação;4 - ponto de encontro das equipes dos órgãos ou entidades participantes. 11 -RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO:1 - identificação do Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal;2 - identificação da Chefia Imediata da unidade de fiscalização responsável; 3 -identificação do órgão ou entidade solicitante;III - DOCUMENTAÇÃO:1 - Processo e ou expediente que trata e qualifica o objeto da operação fiscal; 2 -Intimação Demolitória ou sua reprografia mecânica;3 - Auto de Notificação com ordem explícita ao destinatário da ação fiscal para promoçãoda desobstrução, desocupação ou remoção da irregularidade ou sua reprografiamecânica; 4 - quando se tratar de processo de Auto de Embargo o Relatório de AçãoFiscal deverá informar de forma inequívoca o que foi acrescido na construção;IV - RECURSOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO:1 - Humanos:- quantidade de Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais de que participarão da operação;- quantidade de apoios operacionais necessários;- Maquinário e Equipamentos;- Órgãos ou Entidades que participarão da operação fiscal;V -MISSÃO:1 - finalidade da operação;2 - providências a serem tomadas após a execução da operação fiscal ou em caso de seuimpedimento ou suspensão;3- Orientação quanto aos serviços de coleta e destinação final de todo e qualquer tipo deresíduo gerado na operação.§ 2° A Instrução de Serviço que trata este artigo poderá ser expedida, em se tratando deoperação fiscal que envolva mais de uma especialidade ou fiscalização, em conjunto pelasChefias das unidades de fiscalização envolvidas na ação fiscal, devendo portanto, estaInstrução delimitar o campo de autuação segundo a competência de cada especialidadeou fiscalização.Seção 11Da competência das Diretorias e CoordenadoriasArt. 7° Caberá às Diretorias e Coordenadorias acolher, processar e apreciar os processosque solicitam a execução de operação fiscal para desobstruir, demolir ou removerirregularidade verificando:I - a observância ao PAF e ao Manual de Procedimentos Fiscais na unidade de fiscalizaçãode origem do processo;II - a existência ou não de impugnação em grau de recurso contra decisão de primeirainstância.Art. 8° Antes do envio do processo a DOPE, para o agendamento de operação fiscal aDiretoria ou Coordenadoria deverá preencher formulário próprio e atribuir o grau deprioridade para execução de operação fiscal solicitada.§ P A formalização do grau de prioridade para o agendamento da operação fiscal obe-decerá aos critérios estabelecidos nesta Instrução ou em Ato Normativo próprio.§ 2° O Diretor ou coordenador de fiscalização que avocar processo que trata do pedido deoperação fiscal deverá observar no que couber o previsto nos Artigos 5° e 6° destaInstrução.Art. 9° Caberá à Coordenadoria de Receita o cálculo e a cobrança dos custos das ope-rações fiscais realizadas, observando as normas pertinentes.Seção IIIDa competência da Diretoria de OperaçõesArt. 10. Analisar os processos e procedimentos que solicitam a realização da operaçãofiscal obedecendo as seguintes etapas:I - vistoriar previamente o local da irregularidade;II - avaliar a viabilidade e a forma de execução da operação fiscal;III - fazer a classificação dos processos quanto aos critérios de prioridade;IV - informar a Diretoria ou Coordenadoria solicitante as adversidades, vulnerabilidades eimpossibilidades, ainda que momentâneas, para execução da operação fiscal, a qualdeverá proceder conforme estabelece o Manual de Procedimentos Fiscais autuando oinfrator no intervalo de tempo determinado na legislação pertinente.

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Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV, a DOPE encaminhará o documento ou processoà DAL solicitando a disponibilização dos meios necessários e adequados para execução daação.Art. 11. O Diretor de Operações formulará plano operacional que conterá:I - data, hora e local do início da ação fiscal;II - a quantidade de integrantes da Carreira de Auditoria Fiscal de Atividades Urbanas doDF ou da Carreira de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana do DF, incluindo osupervisor Operacional da Gerência de Operações - GEOPE e Auditores, Auditores Fiscaisou Fiscais;III - a necessidade da participação de outros órgãos ou entidades; III - natureza daoperação e procedimentos a serem adotados;IV - o objeto da operação e o que pode ser eventualmente alcançado nesta operação; VI -o grau de sigilo, confidencial ou reservado, atribuído à operação e aos expedientes queirão documentá-la;V II - os riscos pessoais e materiais envolvidos e os aspectos de segurança a seremcumpridos;V III - a necessidade de convocação de força policial ostensiva e a participação da PolíciaJudiciária;IX - a forma de relatar os resultados da operação, quais os dados importantes paraorganização, manutenção de estatísticas e resposta futuras.Parágrafo Único. Nas operações em que a Procuradoria Jurídica da AGEFIS ou a Pro-curadoria Geral do Distrito Federal informar que oficial de justiça acompanhará a açãofiscal o diretor da DOPE comunicará a PROJUI AGEFIS a data da ação operacional visandodar cumprimento a mandado judicial;X- a orientação quanto aos serviços de coleta e destinação final de todo e qualquer tipode resíduo gerado na operação, assim como do ônus decorrente desta operação.Art. 12. O Diretor de Operação designará o conteúdo e o momento da divulgação deinformações à imprensa, sendo que a Assessoria de Comunicação - ASCO M/ AGEFISresponsabilizar-se-á pela divulgação de informações públicas referentes à operação, aoefetivo e aos órgãos ou entidades que participarão da operação.Art. 13. Na hipótese de viabilidade da operação fiscal, considerando os recursos humanos,maquinário e equipamentos disponibilizados à DOPE, esta agendará em seu cronograma adata da realização da ação fiscal.Parágrafo Único - Após o agendamento a DOPE comunicará:a Diretoria ou Coordenadoria solicitante a data da operação e informará a necessidade departicipação de Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais;aos órgãos ou entidades que participarão da operação;aos órgãos ou entidades de Segurança Pública, solicitando o apoio logistico adequado enecessário para a intervenção estatal com segurança aos envolvidos na operação fiscal.Art. 14. Para realização das operações de médio e grande porte será expedida Instruçãode Serviço que conterá:I - QUALIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO:1 - qualificação inequívoca do objeto da operação fiscal; 2 - data e horário do início daoperação;3 - previsão de duração da operação;4 - ponto de encontro das equipes dos órgãos ou entidades participantes. II - RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO:1 - identificação do Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana; 2 -identificação da Chefia Imediata da unidade de fiscalização responsável;3 - identificação do órgão ou entidade solicitante;III - DOCUMEN1AÇÃO:1 - processo e ou expediente que trata e qualifica o objeto da operação fiscal; 2 -intimação Demolitória ou sua reprografia mecânica;3 - Auto de Notificação com ordem explícita ao destinatário da ação fiscal para promoçãoda desobstrução, desocupação ou remoção da irregularidade ou sua reprografiamecânica; 4 - Quando se tratar de processo de Auto de Embargo o Relatório de AçãoFiscal deverá informar de forma inequívoca o que foi acrescido na construção;N - RECURSOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO: 1 - Humanos:- quantidade de Auditores, Auditores Fiscais e ou Fiscais de Atividades de Limpeza Urbanaque participarão da operação;1.2 - quantidade de apoios operacionais necessários; - maquinário e equipamentos;- órgãos ou entidades que participarão da operação fiscal;V -MISSÃO:1 - finalidade da operação;

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2 - providências a serem tomadas após a execução da operação fiscal ou em caso de seuimpedimento ou suspensão.Art. 15. Depois de realizada a operação fiscal a DOPE deverá encaminhar à Coordenadoriade Receita o processo devidamente instruído para cálculo e a cobrança de seus custos.CAPÍTULO IVDA OPERAÇÃOArt. 16. Nas operações sob a responsabilidade da Chefia Imediata da unidade de fis-calização a DOPE será responsável em indicar os procedimentos necessários, restando aChefia da Unidade de Fiscalização ou a quem esse designar, mediante Instrução deServiço, indicar o objeto da operação;Art. 17. Na hipótese em que a coordenação da operação fiscal for atribuída a DOPE, estaatuará em conformidade com a formalização da operação fiscal, restringindo a ação destaDiretoria aos objetos descritos nos processos ou nos expedientes que motivam asolicitação de operação fiscal.Art. 18. Os responsáveis pela operação fiscal deverão:I - elaborar Relatório de Operação, descrevendo os fatos e circunstâncias da ação fiscal,ressaltando os resultados da operação;II - preencher o Relatório dos Meios Utitizados na Operação - RMU;III - fazer os lançamentos necessários no Sistema Informatizado de Serviços e AçõesFiscais - SISAF ou outro sistema que o suceder.Art. 19. Em caso de necessidade de apreensão de mercadorias, materiais e equipamentosos autos correspondentes serão lavrados pelo o Auditor ou Auditor Fiscal de AtividadesUrbanas, ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana da RAF onde ocorrer a operação;Parágrafo Único. Aplica-se o mesmo entendimento do caput em relação a lavratura deoutros documentos fiscais que se fizerem necessários durante a operação fiscal.

CAPÍTULO VDOS CRITÉRIOS PARA AGENDAMENTO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 20. Quanto aos solicitantes das demandas operacionais observarão as seguintesprioridades:I - a aos órgãos ou entidades de controle externos e órgãos do Poder Judiciário; II -atendimento à Ouvidorias;III - demandas geradas nos processos contínuos do serviço de fiscalização;IV - atendimento ás demandas da Defesa Civil ou de órgãos ou entidades que integremForças Tarefas ou grupos especiais de fiscalização e controle sobre o uso e a ocupação dosolo legalmente constituídos.Art. 21. Quanto aos aspectos operacionais e de localização da irregularidade a açãodemolitória observará às seguintes prioridades:I - obras e ocupações em estágio inicial, incluindo meios de propaganda, cercas, muros egrades, localizados em área de proteção ambiental, proteção permanente ou novosparcelamentos irregulares do solo;II - obras iniciais, incluindo meios de propaganda, cercas, muros e grades, em expansãode condomínios consolidados ou em áreas públicas, dentro de poligonal urbana, nãopassíveis de regularização;III - obra não habitada, sem utilização ou desocupada, em área de proteção ambiental oupermanente, em novo parcelamento irregular do solo;IV - obra não habitada, sem utilização em área pública ou em parcelamento irregular dosolo;V - obra em que o ato demolitório ocasionará impacto na própria estrutura física da obraou edificação, ou em edificações vizinhas, incluindo meios de propaganda, cercas, grades,muros, toldos, coberturas, centrais de gás e ocupações de área pública com mobiliário defácil remoção;VI - obra em área pública de qualquer espécie, ou parcelamento irregular do solo, ha-bitada ou com utilização, na qual órgãos de apoio e desenvolvimento sociat do Estadopromovam a desocupação, nos casos em que ocorrer resistência à ação fiscal.VII - obras e ocupações de áreas públicas ou privadas cuja demolição provocará danos,de baixo, médio ou alto impacto, nas instalações adjacentes ou na própria instalaçãoarquitetônica da edificação.V III - Demandas múltiplas agrupadas por amplitude de ocorrência, com a participação devários órgãos ou entidades do GDF ou obras onde houver de planejamento operacionalpara atuação em bloco.§ 1° - Na hipótese do inciso VII deste artigo, também deverá ser considerado o risco paraos executores da operação fiscal;

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§ 2° - A avaliação dos critérios de seleção de demanda para agendamento de operaçãofiscal deverá ser feita exclusivamente por Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal de Atividades deLimpeza Urbana.Art. 22. A programação fiscal poderá definir a prioridade para execução de operaçãofiscal, observadas as diretrizes gerais da política de fiscalização executada pela a AGEFIS,ou definidas pelas Diretorias e Coordenadorias da AGEFIS em decisão colegiada.Art. 23. Em se tratando operação para demolir obra de qualquer espécie inclusive emparcelamento irregular do solo, habitada ou não, sem ou com utilização para algumaatividade onde exista risco de conflito deve ser solicitado um plano de ação específico ou aelaboração de programação fiscal específica para o caso.

CAPÍTULO VIDA SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 24. Constitui motivo para suspensão e ou cancelamento de operação fiscal:I - determinação judicial, oficialmente informada à AGEFIS;Il - recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, III - orientaçãoda Procuradoria Geral do Distrito Federal;IV - orientação da Procuradoria Jurídica da AGEFIS;V - ausência de equipe das concessionárias para efetuar o corte de fornecimento dosserviços de água ou energia elétrica;V I - ausência de equipe de Órgãos ou Secretarias para participarem da operação;V II - condições adversas de segurança ou climática para realização da ação fiscal;V III - falta de condições técnicas para efetivação da ação fiscal com segurança paratodos os envolvidos;IX - existência de qualquer vício no processo ou expediente que solicitou a operaçãofiscal;X - falha no(s) equipamento(s) utilizado(s);XI - ausência ou quantitativo insuficiente de policiamento.Parágrafo único. As recomendações e orientações encimadas deverão obrigatoriamente,ser fundamentadas em texto legal.Art. 2S. Poderá, motivadamente, suspender ou cancelar a operação fiscal:I - O Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas, ou Fiscal de Atividades de LimpezaUrbana, designado em Instrução de Serviço como responsável pela operação fiscal,verificada a existência de um ou mais itens elencados no artigo anterior.11 - O Supervisor de Equipe da Gerência de Operações da DOPE, quando verificar que osequipamentos da DOPE não sejam adequados ou suficientes, ou ainda, quando ascondições técnicas de executabilidade oferecerem riscos ao patrimônio público ou deterceiros ou integridade física das instalações adjacentes ou dos participantes daoperação; III - o chefe da unidade de fiscalização da RAF onde se localiza airregularidade;IV - o Diretor ou Coordenador de fiscalização da AGEFIS solicitante da operação;V - o Diretor de Operações da AGEFIS;VI- o Diretor Geral ou Diretor Adjunto sob ordem do titular da AGEFIS;Parágrafo único. Na hipótese do inciso XI, do artigo anterior, em se tratando de quanti-tativo insuficiente está avaliação deverá ser feita em conjunto com o responsável pelopoliciamento designado para a operação.

CAPÍTULO VIIDA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO FISCAL

Art. 26. A função executiva da operação fiscal será exercida pela DOPE dentro do limiteestabelecido na documentação fiscal encaminhada a esta diretoria ficando assegurado aossupervisores de equipe da GEOPE/DOPE o poder discricionário de reorientar açõesindicando o procedimento adequado para a finalização da ação fiscal quando viável,considerando os equipamentos e recursos humanos disponibilizados a DOPE. Parágrafoúnico. A reorientação de que trata o caput deste artigo poderá ser levada a efeitoconsiderando os aspectos de segurança operacional do cenário da operação, bem comodos envolvidos na execução da ação fiscal.Art. 27. Nas Operações Fiscais sob a responsabilidade da Chefia Imediata da unidade defiscalização, a DOPE prestará apoio para realização da operação, conforme disponibilidadede equipamentos e recursos humanos, sem prejuízo da prerrogativa mencionada no artigoanterior.

CAPÍTULO VIIIDA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 28. O Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas, ou Fiscal de Atividades deLimpeza Urbana que for designado para acompanhar a operação fiscal, na forma es-

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tabe~ecida nesta Instrução, ficará responsável por apresentar Relatório de Ação Fiscal,que informará fatos e circunstâncias da operação, acompanhados de:I - relatório fotográfico documentando a realização da operação fiscal, compreendendo asituação inicial, a execução e a situação final;11 - cópias dos documentos fiscais lavrados durante a operação fiscal, quando houver;IIl- Relatório dos Meios Utilizados na Operação - RMU;IV - relação de bens apreendidos, quando houver.§ 1 ° Os Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais da unidade de fiscalização da RAF onde seencontra a irregularidade designados para a operação fiscal serão responsáveis porpromover as apreensões de bens, equipamentos e mercadorias, que se fizerem necessá-rias, conforme disposto na Instrução n° 027/2010.§2° O Supervisor de Equipe da Gerência de Operações fica dispensado de lavrar Auto deApreensão quando a apreensão for executada na forma especificada no parágrafoanterior, exceto nos casos excepcionais ou para garantir maior celeridade na ação fiscalArt. 29. Caberá ao Supervisor de equipe da DOPE, obrigatoriamente, independentementeda lavratura do Relatório de Ação Fiscal determinada no caput do artigo anterior, relatarsobre os fatos e circunstâncias da operação fiscal abordando os seguintes aspectos I -operacional - quanto à execução física e o atingimento dos objetivos da operação fiscal,podendo solicitar vistoria e informações adicionais a Diretoria ou Coordenadoria que dercausa a operação, para melhor embasamento e conclusão de seu parecer ou Relatório deOperação.II - quantitativo - especificar quantitativamente o alcance da operação fiscal na eliminaçãoda irregularidade.Art. 30. A informação especificada no item II do artigo anterior deverá ser o instrumentode coleta de dados objetivando: I - a formulação de controle estatístico da produtividadeda Diretoria de Operações; II - a formulação de política de atuação; III - avaliação dasações fiscais.

CAPÍTULO IX DAS DISPOSiÇÕES FINAISArt. 31. A exigência de execução imediata determinada no § 1 ° do Art. 178 da Lei n°2.10SI1998, não será objeto dos procedimentos estabelecidos nesta Instrução, devendoser feita pela unidade de fiscalização da RAF onde se localizar a irregularidade, que ficaráresponsável por buscar os meios para sua execução.Art. 32. A inobservância do disposto nesta Instrução quanto os pré-requisitos para soli-citação do agendamento da operação fiscal constitui motivo para que a DOPE devolva osprocessos ou expediente à Diretoria ou Coordenadoria solicitante a fim de sanear eadequar a solicitação ao previsto nesta Instrução e na legislação pertinente.Parágrafo único. Os processos encaminhados a Diretoria de Operações deverão obriga-toriamente estar saneados conforme esta Instrução e a Legislação Vigente.Art. 33. Ficam aprovados os formulários que constituem os anexos I a IV desta Instrução,que serão utilizados pelos Auditores, Auditores Fiscais, Fiscais, Chefes de unidades defiscalização, Coordenadores e Diretores para a formalização da solicitação de agenda-mento de operação fiscal para erradicação da irregularidade.Art. 34. Aplicam-se, no que couber, aos instrumentos regulamentados por esta Instruçãoas demais legislações pertinentes e em especial a Lei n° 2.10S, de OS de outubro de1998, a Lei n° 4.567, de 09 de maio de 2011 e a Instrução n° 027/2010.Art. 3S. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, excetuando-se o Art. 9°e o Art. lS que entrarão em vigor a partir de P de janeiro de 2012.Art. 36 Revogam-se as disposições em contrárioGLEISTON MARCOS DE PAULA Diretor Geral, EDU ARDO BARBOSA MOREIRA Diretor GeralAdjunto, JOSÉ CARLOS DOS SANTOS BEZERRA Diretor da Diretoria de Planejamento,Programação, Normas e Procedimentos, FERNANDO BARROS DA SILVEIRA Diretor daDiretoria de Operações, CLÁ UDIO CESAR CAIXETA CRUZ Diretor da Diretoria deFiscalização de Atividades Econômicas, JOSÉ AIRTON LIRA Diretor da Diretoria deFiscalização de Obras, JOZÉLlA PRAÇA DE MEDEIROS Diretora da Diretoria deAdministração e Logística

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INSTR. NORMATIVA Nº 48, DE 20/10/2011 – PROCEDIMENTOSADMINISTRATIVOS

INSTRUÇÃO048/2011

PUBLICADO NO DODF Nº212 DE 03/11/2011

Institui procedimentosadministrativos e dá outrasprovidências.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N" 48, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011.Institui procedimentos administrativos e dá outras providências.

O DIRETOR GERALDAAGÊNCIADEFISCALIZAÇÃO DO DIS TRITO FEDERAL, no uso de suasatribuições que lhe confere o art. 5°, da Lei n° 4.150, de 5 de junho de 2008, combinado como art. 30 da Instrução n" 1, de 13 de junho de 2008, do Regimento Interno da unidade e comos demais Diretores,

RESOLVE:

Art. 1°. À Diretoria de Planejamento, Programação, Normas e Procedimentos - DIPLAN, aelaboração, no prazo de 60 (sessenta) dias, de estudos para implementação de ProgramaçãoFiscal- PF e seu desmembramento em ações fiscais;

Art. 2° Que as atividades desenvolvidas pelos Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais sejamexecutadas em duplas.

Parágrafo Único. A dupla será formada por Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais responsáveispor trechos contíguos.

Art. 3° À Diretoria de Fiscalização de Obras - DFO, a partir de 1° de dezembro de 2011, a res-ponsabilidade de distribuição das demandas de vistorias para emissão de Carta de Habite-sede todas as Regiões Administrativas Fiscais.Parágrafo Único. As vistorias para emissão de Carta de Habite-se devem ser realizadas pordois servidores da Carreira de Auditoria de Atividades Urbanas da Especialidade Obras.

Art. 4° Aos Gerentes de Fiscalização de Obras, Gerentes de Fiscalização de Atividades Eco-nômicas e Chefes de Núcleos de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana, a realização derodízio quadrimestral dos Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais, lotados em sua unidade defiscalização, com mudança de Região Administrativa - RA, dentre as RA que compõem asrespectivas Regiões Administrativas Fiscais - RAF.

Art. 5° Aos Gerentes de Fiscalização de Obras, Gerentes de Fiscalização de AtividadesEconômicas, Chefes de Núcleos de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana e Gerentesde Sede, a realização de inventário dos blocos de autos distribuídos nas respectivas RegiõesAdministrativas Fiscais - RAF, no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 6" Aos integrantes da Carreira de Auditoria de Atividades Urbanas lotados naAGEFIS aobrigatoriedade do uso do Manual de Procedimentos Fiscais no exercício das respectivasatribuições;

Art. 7° Somente poderão ser utilizados autos confeccionados pela DAL.Parágrafo Único. Excluem-se deste artigo os autos utilizados em programação fiscal específicacom a devida autorização do Diretor ou Coordenador de Fiscalização.

Art. 8° Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário.

EDUARDO BARBOSA MOREIRA- Diretor-Geral em exercicio; FERNANDO BARROS DA SILVEIRA- Diretor da Diretoria de Operações; JOSÉ CARLOS DOS SANTOS BEZERRADiretor da Diretoriade Planejamento, Programação, Normas e Procedimentos; JOSÉ AIR TON LIRA - Diretor daDiretoria de Fiscalização de Obras; CLÁUDIO CESAR CAIXETA CRUZ - Diretor da Diretoria deFiscalização de Atividades Econômicas; JOZÉLIA PRAÇA DE MEDEIROS - Diretora da Diretoriade Administração e Logistica.

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APREENSÃO DEPRODUTOS

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INSTR. NORMATIVA Nº 53, DE 07/02/2012.(*) – APREENSÃO, REMOÇÃOE CUSTÓDIA DE BENS

INSTRUÇÃO053/2012

(*) PUBLICADA NO DODF Nº36 DE 17/02/2012

Dispõe sobre a apreensão,remoção, custos dos meiosutilizados, custódia e destinaçãode bens e mercadoriasapreendidas.

SECRETARIA DE ESTADO DA ORDEM PÚBLICA E SOCIALAGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2012.(*)

(*) Republicada por ter sido encaminhada sem os anexos, publicado no DODF nº 31, de 10 defevereiro de 2012, página 21.

ANEXOS NO DODF Nº 36, de 17 de fevereiro de 2012, páginas 33 a 37.

Dispõe sobre a apreensão, remoção, custos dos meios utilizados, custódia edestinação de bens e mercadorias apreendidas.O DIRETOR PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, emconjunto com os Superintendentes, no uso das atribuições previstas nos incisos V e VIdo Art. 3º e incisos II, IV e V do Art. 5º, e em conformidade com o Art. 2º, ambos daLei nº 4.150, de 05 de junho de 2008, RESOLVE:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. A apreensão, remoção e custódia de bens e mercadorias apreendidas porAuditores, Auditores Fiscais de Atividades Urbanas e Fiscais de Atividades de LimpezaUrbana, em exercício nesta Agência, obedecerão aos critérios estabelecidos por estaInstrução.

CAPÍTULO IIDA APREENSÃO, DO AUTO DE APREENSÃO E DO TERMO DE RETENÇÃO

Seção IDa Apreensão dos Bens e Mercadorias

Art. 2º. Os bens e mercadorias apreendidos serão, incontinenti, removidos para oDepósito de Bens Apreendidos desta Agência serão catalogados e permanecerão sobcustódia do Depósito de Bens Apreendidos – DBA, depois de conferidos e recebidos napresença do Auditor, Auditor Fiscal de Atividades Urbanas ou Fiscal de Atividades deLimpeza Urbana responsável pela autuação com base no respectivo Auto deApreensão,

Art. 3º. Excetua-se do disposto no artigo anterior os bens e mercadorias perecíveispara os quais caberá a doação ou a destruição imediata sem necessidade de entradano DBA.

Parágrafo único. Entende-se por bens e mercadorias perecíveis aqueles “in natura” ouque necessitem imediato acondicionamento apropriado.

Art. 4º. Quando se tratar de veículo de tração animal encaminhado peloDepartamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN/DF a guarda dar-se-á pelo oprazo de 30 (trinta) dias corridos.

Seção IIDo Auto de Apreensão

Art. 5º. A apreensão de bens e mercadorias decorrentes do exercício de atividadeirregular seguirá o disposto em legislação especifica e será realizada mediante alavratura de Auto de Apreensão, no qual, obrigatoriamente, constará:

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I – identificação do proprietário;II – local data e hora da apreensão;III – endereço detalhado do depósito desta Agência, para onde serão removidos osbens apreendidos;IV – prazo e condições para ser reclamados pelo proprietário definidos nestaInstrução;V – relação detalhada dos bens apreendidos, com quantidade de itens, sua respectivaunidade de medida, e o seu estado de conservação;VI – nome, matrícula, cargo, área de especialização e assinatura do Auditor, AuditorFiscal de Atividades Urbanas ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana responsávelpela autuação e apreensão.

Art. 6º. Quando não identificado o proprietário dos bens ou mercadorias apreendidos,ou quando este se recusar a assinar o Auto de Apreensão, seráo colhidas assinaturasde 02 (duas) testemunhas, qualificando-as com nome completo, número da carteirade identidade ou CPF e, quando possível, o seu endereço.

Art. 7º. Caberá impugnação contra o Auto de Apreensão, a qual deverá serapresentada no prazo de 20 (vinte) dias.

Seção IIIDo Termo de Retenção de Volumes

Art. 8º. Na impossibilidade da lavratura imediata do Auto de Apreensão lavrar-se-á oTermo de Retenção de Volumes, conforme modelo constante do Anexo I, procedendo-se o fechamento de sacos, caixas e outros volumes garantindo a inviolabilidade comrespectivo selo de retenção de volumes ou lacres numerados, conforme modelos aserem definido pela AGEFIS.

Art. 9º. O Termo de Retenção de Volumes será utilizado pela fiscalização da AGEFISpara a retenção de documentos, mercadorias e bens.

Art. 10. O selo de retenção de volumes ou lacres invioláveis numerados será utilizadoexclusivamente para fechar caixas e outros volumes, compartimentos de veículos,cofres de carga e semelhantes contendo mercadorias, documentos ou bens objeto doTermo de Retenção de Volumes.

Art. 11. O selo de retenção de volumes será numerado manualmente com o mesmonúmero do Termo de Retenção de Volumes a que corresponde e deverá conter aassinatura da autoridade fiscalizadora.

Art. 12. O Termo de Retenção de Volumes deverá conter os números dos lacresinvioláveis numerados utilizados para fechar os volumes aos quais se refere.

Art. 13. Um Termo de Retenção de Volumes poderá se referir a um ou a vários Selosde Retenção, a um ou a vários lacres invioláveis numerados ou a combinações destes.

Art. 14. O Selo de Retenção de Volumes ou lacre inviolável numerado será removidopela AGEFIS, na presença do interessado, para identificação das mercadorias ou bensretidos e lavratura do correspondente Auto de Apreensão.

Art. 15. O interessado deverá comparecer à sede da unidade da AGEFIS indicada noTermo de Retenção de Volumes, em horário de expediente normal, no prazo máximode 02 (dois) dias úteis, contados a partir do momento da lavratura do referido Termo,munido de comprovação da propriedade dos bens retidos.Parágrafo único. No caso do não comparecimento do interessado no local no prazoestabelecido no caput deste artigo, a AGEFIS procederá de ofício à abertura dosvolumes lacrados, para lavratura do correspondente Auto de Apreensão, preenchendoobrigatoriamente o Certificado de Abertura de Volumes Lacrados, conforme modeloconstante do Anexo II.

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Art. 16. Os procedimentos de abertura de volumes lacrados e lavratura docorrespondente Auto de Apreensão devem ser executados por Auditor, Auditor Fiscalde Atividades Urbanas ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana da especialidadeque executou a operação, sempre na presença de outros dois servidores públicoslotados na AGEFIS, os quais assinarão como testemunhas.

Art. 17. O Responsável pelo Depósito deverá solicitar à Superintendência deFiscalização responsável pela execução da operação, Auditor ou Auditor Fiscal deAtividades Urbanas ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana para execução dosprocedimentos previstos no artigo anterior.

CAPÍTULO IIIDA CUSTÓDIA

Seção IDo Termo de Conferência

Art. 18. O recibo dos bens apreendidos será utilizado pelo Depósito de BensApreendidos da AGEFIS para garantir a custódia de documentos, bens e mercadorias,imediatamente a sua entrada.

Art. 19. O responsável pelo recebimento de documentos, bens e mercadorias lavrarárecibo dos bens apreendidos no qual constará data, assinatura e identificação doservidor do depósito.

Parágrafo único. Em caso de divergências constatadas entre o apresentado no DBA e oAuto de Apreensão o responsável pelo o recebimento fará constar em relatório eencaminhará a Corregedoria para a apuração.

Seção IIDa Devolução

Art. 20. A devolução de documentos, bens e mercadorias apreendidas condiciona-se:I – ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamenterealizados com remoção, transporte e custódia dos documentos, bens e mercadorias;II – à comprovação de indébito para com a AGEFIS, mediante apresentação deCertidão Negativa expedido pela mesma.III – à comprovação de propriedade por intermédio de notas fiscais, sendo vedadasdeclarações particulares;

Parágrafo único – Nos casos em que o Auto de Apreensão ou Termo de Retençãopossuir identificação do interessado (nome completo e CPF) e o mesmo for retirardocumentos, bens e mercadorias, não haverá necessidade do disposto no inciso III.

Art. 21. A solicitação para devolução dos documentos, bens ou mercadoriasapreendidas será feita no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do primeiro diaútil subsequente à data da lavratura do Auto de Apreensão.

Parágrafo único. Os documentos, bens e mercadorias apreendidas e removidas para oDBA, não reclamados no prazo estabelecido, serão declarados abandonados por ato daAGEFIS, a ser publicado no DODF.

Seção IIIDos Custos

Art. 22. Os custos com remoção, apreensão, transporte de bens e mercadoriasapreendidas e mão-de-obra empregada para sanar as irregularidades, constarão doRelatório dos Meios Utilizados - RMU, conforme modelo constante do Anexo III.

§ 1.º Para cada Auto de Apreensão ou Termo de Retenção será emitido,individualmente, um RMU pelo Auditor, Auditor Fiscal de Atividades Urbana ou Fiscalde Atividades de Limpeza Urbana;

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§ 2.º Quando se tratar de operação que inclua demolição os custos decorrentesdeverão constar no respectivo Relatório dos Meios Utilizados na Operação.

Art. 23. Ficam estabelecidas as tabelas de preços unitários, na forma do Anexo IV,desta Instrução Normativa, a serem observadas pelas Superintendências deFiscalização, Superintendência de Administração e Logística – SUAL, e demais setoresenvolvidos quando da avaliação de gastos efetivamente realizados com demolição,apreensão, remoção, transporte e custódia de materiais apreendidos para depósitopúblico desta Agência, determinado pela autoridade fiscal.

§ 1º Excepcionalmente, quando for necessário, poderão ser locados equipamentos eveículos especiais, não disponíveis na AGEFIS, para execução das operações de quetrata esta Instrução Normativa;

§ 2º O custo das locações de que trata o parágrafo anterior comporá a base de cálculopara a cobrança da indenização, nos casos em que se aplicar.

Art. 24. A indenização dos custos dos serviços prestados será calculada pela Gerênciade Bens Apreendidos - GEAPRE, e sofrerá um acréscimo de 10% (dez por cento), atítulo de administração, concedendo-se o prazo de 02 (dois) dias úteis para opagamento, por meio de Documento de Arrecadação - DAR, na rede bancáriacredenciada.

Art. 25. Não havendo o pagamento, o ônus resultante será inscrito em Dívida Ativa daAGEFIS, na forma da legislação vigente.

Art. 26. A indenização dos custos relativos ao trabalho efetuado não eximirá o infratordo pagamento de quaisquer multas aplicadas ou do saneamento das irregularidades.

Art. 27. O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural,danificação ou perda de valor dos documentos, bens ou mercadorias apreendidas, nãosendo devido por parte da AGEFIS nenhum ressarcimento em razão de taisocorrências.

CAPÍTULO IVSeção I

Da Doação, Reutilização e Destruição

Art. 28. Os bens apreendidos e recolhidos ao depósito desta Agência, que não sejamreclamados, serão declarados abandonados por ato da Superintendência deAdministração e Logística – SUAL

Art. 29. A declaração de abandono será publicada no Diário Oficial do Distrito Federal -DODF, com as especificações do tipo, quantidade de bens e o número do respectivoAuto de Apreensão, em obediência ao prazo previsto para reclamação dos bensapreendidos não perecíveis, de 30 (trinta) dias contados a partir do primeiro dia útilao subsequente da data da lavratura do Auto de Apreensão ou da publicação noDODF;

Art. 30. Os bens apreendidos e não reclamados, poderão ser doados, reformados eincorporados ao patrimônio da AGEFIS, alienados em leilão público, destruídos ouinutilizados, a critério do Diretor Presidente da AGEFIS, obedecendo aos tramitesprevistos em lei.

Art. 31. Os bens e mercadorias apreendidos não reclamados na forma estabelecidanesta Instrução poderão ser doados aos órgãos e entidades da administração direta eindireta do Distrito Federal, bem como às instituições de caráter social e filantrópico,inscritas no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal que atendam àpopulação carente.

Parágrafo Único. Excluem-se do disposto no caput as Empresas Públicas e Sociedadesde Economia Mista por serem dotadas de personalidade jurídica de direito privado.

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Art. 32. Os órgãos e entidades interessados deverão formalizar o pedido de doaçãojunto à AGEFIS, por meio de expediente do respectivo dirigente, do qual deveráconstar:

I – Descrição dos bens solicitados e respectivo quantitativo, de acordo com a suacapacidade de utilização ou consumo para consecução dos objetivos da entidade;II – Especificação do programa, projeto ou situação a que pretende atender com osbens requeridos.

Art. 33. As instituições de caráter social e filantrópico interessadas deverão formalizaro pedido junto à AGEFIS acompanhado da seguinte documentação:

I – Comprovante de Inscrição no Conselho de Assistência Social do Distrito Federalvigente;II – Cópia do comprovante de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica –CNPJ;III – Certidão Negativa de débitos junto a AGEFIS;IV – Cópia autenticada do Estatuto Social ou de outro ato constitutivo da entidade,registrado em cartório;V – Cópia autenticada de Ata de Posse da atual Diretoria;VI – Cópia do recibo de entrega da declaração de Imposto de Renda referente aoúltimo exercício;VII – Comprovante da Declaração de Utilidade Pública ou da qualificação comoOrganização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, em nível Federal,Estadual ou Municipal, com cópia da respectiva publicação em Diário Oficial;VIII – Especificação dos bens e mercadorias solicitados com respectivo quantitativo.

Parágrafo Único. No ato do requerimento deverão apresentar apenas os documentosconstantes dos itens I, II e III, e depois de deferido o pedido deverá apresentar osdocumentos constantes dos itens IV a VIII.

Art. 34. Os pedidos de doação deverão ser entregues no Protocolo Central da AGEFIS,onde serão devidamente autuados e encaminhados à Superintendência deAdministração e Logística – SUAL, para análise da conformidade da documentação eencaminhamentos subsequentes.

§1º. Os pedidos que estiverem acompanhados da documentação estabelecida nestaInstrução serão encaminhados à GEAPRE para informar a disponibilidade dos bens emercadorias solicitados;

§2º. As solicitações em desacordo com o previsto nesta Instrução terão sua concessãoprejudicada, cabendo à SUAL comunicar o indeferimento do pleito à instituiçãosolicitante.

Art. 35. A análise dos pedidos de doação observará a ordem cronológica deprotocolização.

Parágrafo único. Em caso de solicitação de bens semelhantes protocolizados namesma data, terá precedência na doação os órgãos da administração direta e indiretado Distrito Federal, seguidas pelas instituições de caráter social e posteriormente asfilantrópicas.

Art. 36. Os bens e mercadorias recebidos passam a integrar o patrimônio dobeneficiário, a quem cabe observar a legislação específica quanto ao seu uso,consumo ou posterior desfazimento.

Art. 37. É vedada a comercialização dos bens e mercadorias recebidos, exceto quandorealizada em feiras beneficentes, bazares ou similares promovidos pelo beneficiário edesde que os recursos auferidos sejam aplicados em programas relacionados com asatividades fins da entidade.

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Art. 38. O Diretor Presidente da AGEFIS, sempre que julgar conveniente, determinaráa visita de dois servidores da AGEFIS à instituição requerente, para verificação danecessidade e utilização dos bens requeridos.

Art. 39. Os bens e mercadorias doados serão discriminados com respectivoquantitativo no Termo de Doação e Recebimento de que trata o Anexo V destaInstrução Normativa, que, depois de conferido, será assinado pelo beneficiário eanexado ao processo administrativo que originou o pedido.

Art. 40. Os gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos, e emcondições para o consumo humano, poderão ser doados às instituições de carátersocial e filantrópico, devidamente cadastradas junto à AGEFIS, em conformidade coma Lei nº 2.395, de 07 de junho de 1999.

Art. 41. Os gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos, e emcondições apenas para o consumo animal, poderão ser doados aos órgãos e entidadesda administração direta e indireta do Distrito Federal, que detenham competênciaespecífica pelo trato de animais.Parágrafo único. As doações de que trata o caput são de responsabilidade da GEAPRE.

Art. 42. A análise das condições de consumo dos gêneros alimentícios doados fica acargo do beneficiário.

Art. 43. Os casos omissos serão dirimidos pelo Diretor Presidente da AGEFIS.

Art. 44. A Superintendência de Administração e Logística – SUAL ficará responsávelpelo envio dos gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos, queestejam em condições para o consumo humano, às instituições de caráter social efilantrópico inscritas no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e queatendam à população carente, sem prejuízo da ação penal ou administrativacompetente.

Art. 45. Os bens perecíveis apreendidos, impróprios para o consumo humano, serãodestruídos ou doados a órgãos públicos para a alimentação de animais.

Art. 46. Sempre que doados, na entrega, os bens ou mercadorias deverão serconferidos e a quantidade registrada no Termo de Doação e Recebimento, conformeAnexo V.

Art. 47. Serão destruídos ou inutilizados:

I – todo tipo de mídia que contenha material fonográfico ou software, objeto dereprodução fraudulenta;II – os bens danificados, quando imprestáveis para fins de incorporação ao patrimôniodesta Agência, doação ou alienação em leilão público;III – outros bens, quando assim recomendar o interesse público, da Administração ouda economia do Estado.

Art. 48. A destruição de bens, na conformidade do que estabelece esta Instrução, seráfeita na presença de Comissão instituída para este fim, composta de três servidorespúblicos lotados e em exercício na AGEFIS.

§ 1º A comissão será responsável pela formalização dos meios necessários àdestruição dos bens e mercadorias, após prévio conhecimento e aprovação deproposta especifica pelo Diretor Presidente, ou servidor a quem tenha sido delegadacompetência para tais fins;

§ 2º Constará no Relatório de Destruição a descrição das especificações e da origemdos bens, quando possível o seu rastreio, bem como os custos da operação para talfim e deverá ser a ele juntado o respectivo Termo de Destruição, conforme Anexo VI.

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Art. 49. Os custos com a destruição dos bens e mercadorias, sempre que possível,serão cobrados dos respectivos responsáveis.Parágrafo único. Não havendo pagamento será o débito inscrito em Dívida Ativa daAGEFIS.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 50. Os bens inutilizados ou os resíduos resultantes de destruição de mercadoriasapreendidas, quando existentes, serão disponibilizados ao órgão responsável pelalimpeza urbana ou depositados em locais autorizados pelo órgão de controleambiental, quando for o caso.

Art. 51. Os bens e mercadorias perecíveis apreendidos, quando não liberados no prazode 24 (vinte e quatro) horas nem destinados à doação, serão destruídos, sem prejuízodas multas e custos cabíveis.

Art. 52. Os bens e mercadorias apreendidos e recolhidos ao DBA poderão ser levadosa leilão, na forma da legislação vigente.

Art. 53. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 54. Revogam-se as disposições em contrário em especial a Instrução Normativada AGEFIS nº 29, de 21 de dezembro de 2010, e Instrução Normativa da AGEFIS nº50, de 21 de outubro de 2011.

GLEISTON MARCOS DE PAULA-Diretor-Presidente; EDUARDO BARBOSA MOREIRA-Diretor-Presidente Adjunto; VALTERSON DA SILVA-Superintendente Executivo;FRANCISCO CÉLIO CARMO XIMENES-Superintendente de Operações substituto; JOSÉCARLOS DOS SANTOS BEZERRA-Superintendente de Planejamento, Normas eProcedimentos; JOSÉ AIRTON LIRA-Superintendente de Fiscalização de Obras;CLÁUDIO CESAR CAIXETA CRUZ-Superintendente de Fiscalização de AtividadesEconômicas; CLÁUDIO AGRA DE OLIVEIRA-Superintendente de Fiscalização deLimpeza Urbana; JOZÉLIA PRAÇA DE MEDEIROS-Superintendente de Administração eLogística _______________

(*) Republicada por ter sido encaminhada sem os anexos, publicado no DODF nº 31, de 10 de fevereiro de 2012, página 21.ANEXOS NO DODF Nº 36, de 17 de fevereiro de 2012, páginas 33 a 37.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 14/2010 – FIEL DEPOSITÁRIO

PORTARIA014/2010

DE 14 DE ABRIL DE 2010

FIEL DEPOSITÁRIO

Dispõe sobre os procedimentos paraconstituição de Fiel Depositário.

SECRETARIA DE ESTADO DA ORDEM PÚBLICA E SOCIALAGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 14 DE ABRIL DE 2010.Dispõe sobre os procedimentos para constituição de Fiel Depositário.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, no usodesuas atribuições que lhe confere o artigo 5º, inciso V, da Lei nº 4.150, de 05 de junho de 2008, enos termos da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e seu regulamento, o Decreto 31.482,de 29 de março de 2010, resolve:

Art. 1º. Nos casos em que for impraticável a guarda ou o depósito de bens apreendidos em açõesdefiscalização executadas pela AGEFIS, poderá a autoridade fiscal, a seu critério, mediante alavratura de Termo de Nomeação de Fiel Depositário, conforme modelo a ser definido pelaAGEFIS, nomear fiel depositário para a guarda das mercadorias apreendidas, conforme dispostono art. 28 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009.§1º Deverá ser lavrado um Termo de Nomeação de Fiel Depositário para cada Auto de Apreensãoemitido, por autoridade fiscal, em uma mesma ação fiscalizadora da AGEFIS.§2º no Termo de Nomeação de Fiel Depositário constará:I. Nome ou razão social do Fiel Depositário;II. CPF ou CNPJ do Fiel Depositário;III. Número do respectivo auto de apreensão;IV. Relação detalhada dos bens apreendidos confiados ao Fiel Depositário.

Art. 2°. Os bens apreendidos armazenados com o Fiel Depositário devem assim permanecer até ojulgamento final do respectivo Auto de Apreensão pela AGEFIS que, por meio de ofício,informará ao Fiel Depositário a destinação a ser dada ao referido material em seu poder.

Art. 3°. O Fiel Depositário deverá expressar sua anuência e concordância e reconhecer a obrigaçãode assegurar a integridade dos bens a ele confiados, conservá-los e guardá-los como se seusfossem,obrigando-se a comunicar à AGEFIS, em caso de irregularidade.

Art. 4°. O Fiel Depositário deverá reconhecer não fazer jus a qualquer comissão, remuneração oupagamento conforme estabelecido no §1º do art. 28 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009.

Art. 5°. O Fiel Depositário deverá expressar estar ciente que o não atendimento das determinaçõesconstantes no art. 28 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, o sujeitará às sanções previstasnoCódigo Civil.

Art. 6º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º. Revogam-se as disposições em contrário.

GEORGEANO TRIGUEIRO

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LEI N° 2.395/1999 – DOAÇÃO DE BENS APREENDIDOS( Autor do projeto: Deputado DistritaL Jorge Cauhy )

LEI 2395/1999DE 7 DE JUNHO DE 1999

APREENSÃO

Dispõe sobre a obrigatoriedade deenvio dos gêneros alimentícios eprodutos perecíveis apreendidos noDistrito Federal para as instituiçõesde caráter social e filantrópico queatendam à população carente.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARALEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1° Ficam os órgãos fiscalizadores do Distrito Federal obrigados a enviar os gênerosalimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos e em condições para oconsumo humano para as instituições de caráter filantrópico, inscritas no Conselhode Assistência Social do Distrito Federal e que atendam à população carente, semprejuízo da ação penal ou administrativa competente.

Art. 2° O órgão fiscalizador, autor da apreensão, encarregar-se-á da entrega imediata dosprodutos de que trata o artigo anterior.

Art. 3° No prazo de sessenta dias, o Poder Executivo adotará as medidas necessárias aocumprimento desta Lei.

Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de junho de 1999111° da República e 40° de Brasília.

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃOCOMPLEMENTAR

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LEI N° 613/1993 – TERRENOS BALDIOS

LEI 613/1993DE 09 DE DEZEMBRO DE 1993

TERRENOS BALDIOS

Determina que os proprietários deterrenos não edificados no DistritoFederal, devem mantê-los limpos,cercados e as respectivas calçadasconstruídas.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARALEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art.1°

Os proprietários de imóveis não edificados, em área urbanizada, no Distrito Federal,são obrigados a mantê-los limpos, cercados e construírem calçadas entre os limites doterreno e os da rua.

Art.1°

Os proprietários de imóveis não edificados, localizados em área urbana doDistrito Federal, são obrigados a construírem calçadas entre os limites doterreno e os da rua, mantê-los cercados e limpos.

§ 1° O proprietário que não cumprir as obrigações previstas no “ caput ” desteartigo será notificado pelo órgão competente, tendo um prazo de 30 ( trinta )dias corridos, após o aviso, para efetuar os serviços pertinentes.

§ 1° O proprietário que não cumprir as obrigações previstas no caput seránotificado pela Administração Regional respectiva ou pelo órgão defiscalização das normas de posturas do Distrito Federal, tendo umprazo de trinta dias corridos, após o aviso, para efetuar os serviçospertinentes. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 2° O Governo do Distrito Federal, pelo órgão competente, verificando que asobrigações estabelecidas neste artigo não foram cumpridas, executará osserviços, cobrando seus custos dos proprietários dos imóveis.

§ 2° O Governo do Distrito Federal, pelo órgão competente, verificando queas obrigações estabelecidas neste artigo não foram cumpridas,executará os serviços, cobrando seus custos dos proprietários dosimóveis. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 3° Não havendo pagamento, o ônus resultante da limpeza será inscrito na DívidaAtiva do Distrito Federal, em nome do proprietário, na forma da legislaçãopertinente.

§ 3° Não havendo pagamento, o ônus resultante dos serviços será inscritona Dívida Ativa do Distrito Federal, em nome do proprietário, na normada legislação pertinente. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de11/12/03);

Art.2°

Após o prazo estabelecido no art. 1°, o proprietário que não cumprir as obrigaçõesprevistas no “ caput ” daquele artigo será penalizado com multa de 0,1 ( um décimo ) a1% ( um por cento ) do valor de uma UPDF ( Unidade Padrão do Distrito Federal ) pormetro quadrado de terreno, cujo critério de valorização será fixado por ato doGovernador ou, por delegação deste, pelos Administradores Regionais.

Art.2°

Transcorrido o prazo estabelecido no § 1° do artigo anterior, o proprietário quenão cumprir as obrigações previstas no art. 1° desta Lei será penalizado commulta equivalente a 1,5% (hum e meio por cento) do valor penal do imóvel,cujo critério de valorização levará em conta a pauta de valores venais deterrenos e edificações para efeito de lançamento do Imposto sobre aPropriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU. (Alterado pela Lei. 3233/2003 –DODF de 11/12/03);

§ 1° As multas previstas serão impostas pelas Administrações Regionais erecolhidas pelo infrator junto à Secretaria da Fazenda e Planejamento doDistrito Federal.

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§ 1° As multas previstas serão impostas pelas Administrações Regionais erecolhidas pelo infrator junto à Secretaria da Fazenda e Planejamentodo Distrito Federal. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 2° O infrator deverá pagar a multa, no máximo, 20 ( vinte ) dias contados danotificação de pagamento, o que não exonera de cumprir as obrigações quederam origem à infração e as de outra natureza, previstas na legislação eregulamentos complementares.

§ 2° O infrator deverá pagar a multa no prazo máximo de trinta diascontados da notificação de pagamento, o que não o exonera decumprir as obrigações que deram origem à infração e as de outranatureza, previstas na legislação e regulamentos complementares.(Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 3° Dentro do prazo de 20 ( vinte ) dias após o recebimento das penalidadesimpostas, o infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo, ao órgãocompetente e finalmente, a Egrégia Junta de Recursos Fiscais do DistritoFederal.

§ 3° Dentro do prazo de vinte dias após o recebimento das penalidadesimpostas, o infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo,ao órgão competente e, finalmente, à Egrégia Junta de RecursosFiscais do Distrito Federal. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de11/12/03);

Art.3°

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.4°

Revogam-se as disposições em contrário.

LEI 3233/2003TERRENOS BALDIOS

Altera a Lei n° 613, de 9 dedezembro de 1993, e dá outrasprovidências

Art 1º < Vide alterações acima >

Art. 2° Os recursos provenientes das multas de que trata o art. 2° da Lei em referência, serãodestinados à Secretaria de Cultura, para equipar as bibliotecas públicas do Distrito Federal,compreendendo, além da aquisição de livros, a instalação de computadores interligados àInternet.

Brasília, 09 de dezembro de 1993105° da República e 34° de Brasília.

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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DECRETO N° 18.493/1997 – TERRENOS BALDIOS

DEC 18.493/1997DE 30 DE JULHO DE 1997

TERRENOS BALDIOS

Regulamenta a Lei n° 613, de 9 dedezembro de 1993, que determinaque os proprietários de terrenos nãoedificados no Distrito Federal, devemmantê-los limpos, cercados e asrespectivas calçadas construídas, edá outras providências.

A VICE-GOVERNADORA DO DISTRITO FEDERAL, no exercício do cargo degovernadora, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, inciso VII, da LeiOrgânica do Distrito Federal,

DECRETA

Art. 1° Os proprietários de imóveis não edificados, em área urbanizada, noDistrito Federal, são obrigados a mantê-los limpos, cercados e construircalçadas entre os limites do terreno e os da rua.

§ 1° Os proprietários que deixarem de atender ao caput, desteartigo estarão sujeitos às normas constantes desteregulamento.

§ 2° Para a aplicação do disposto neste artigo, a Divisão deFiscalização de Obras e Posturas da respectiva AdministraçãoRegional emitirá Notificação ao proprietário do terreno.

§ 3° Será concedido o prazo de trinta dias ao proprietário paracumprimento da notificação, contados a partir do primeiro diaútil posterior à data do recebimento da notificação.

§ 4° Esgotado o prazo, sem que o proprietário tenha cumprido aobrigação, a Administração Regional, pelo seu órgãocompetente, observadas as formalidades legais, providenciaráa execução da obra e, ou serviço, cabendo ao proprietárioindenizar o seu custo, acrescido de dez por cento, a título deadministração, concedendo-se o prazo de cinco dias para opagamento, por meio do Documento de Arrecadação - DAR,na rede bancária credenciada.

§ 5° Não havendo o pagamento, o ônus resultante será inscrito naDivida Ativa do Distrito Federal, em nome do proprietário, naforma da legislação vigente.

Art. 2° Após o prazo estabelecido no parágrafo 3°, do artigo 1°, deste Decreto,o proprietário que não cumprir as obrigações previstas, será apenadocom a aplicação de auto de infração, para o pagamento de multaproporcional às dimensões do terreno e de acordo com a sua localizaçãono DF.

Art. 3° Cada Administração Regional estabelecerá, por meio de Ordem deServiço, os valores utilizados para cálculo da multa obedecendo oquadro constante do Anexo Único deste Decreto:

§ único Para efeito deste artigo as Regiões Administrativas ficamassim agrupadas:

Grupo I Brasília, Lago Norte, Lago Sul;

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Grupo II Taguatinga, Guará, Cruzeiro, Sobradinho,Núcleo Bandeirante;

Grupo III Gama, Brazlândia, Planaltina, Ceilândia,Samambaia, Candangolândia;

Grupo IV Paranoá, Santa Maria, São Sebastião,Recanto das Emas, Riacho Fundo.

Art. 4° As multas serão lavradas por SERVIDOR DA CARREIRA DEFISCALIZAÇÃO E INSPEÇÃO, lotados nas Divisões de Fiscalização deObras e Posturas, da respectiva Administração Regional, e serãorecolhidas pelo proprietário por meio de Documento de Arrecadação -DAR, na rede bancária credenciada

Art. 5° O infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo, no prazode vinte dias, ao Administrador Regional, contados a partir do primeirodia útil posterior ao recebimento do Auto de Infração, ou de acordo coma legislação que vier a dispor sobre o Processo Fiscal no âmbito dasAdministrações Regionais.

Art. 6° O infrator deverá pagar a multa no prazo máximo de vinte dias,contados a partir do primeiro dia útil posterior ao recebimento do Autode Infração.

Art. 7° O pagamento da multa constante do Auto de Infração, não exonera oproprietário de cumprir as obrigações que deram origem ao Auto deInfração e ao disposto no parágrafo 4°, do artigo 1°, do presenteDecreto.

Art. 8° O valor da multa será atualizado anualmente, de acordo com a variaçãodo Índice Nacional de Preço ao Consumidor - INPC, por ato dosadministradores regionais.

Art. 9° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10 Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 30 de julho de 1997109° da República e 38° de Brasília

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PORTARIA CONJUNTA Nº. 16-SEFAU/SUCAR/2004 – LOTES ABANDONADOS

PEGAR NO DODF 151, DE 09 DE AGOSTO DE 2004

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DECRETO Nº 944/69 – CODIGO DE EDIFICAÇÕES

DEC 944/1969DE 14 DE FEVEREIRO DE 1969

CÓDIGO DE EDIFICAÇÕESDAS CIDADES SATÉLITES

EXTRATOAprova o Código de Edificaçõesdas Cidades-Satélites

O Prefeito do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o art. 20, itemII, da Lei n.° 3.751, de 13 de abril de 1960. e tendo em vista o disposto no art. 118do Decreto-lei n .º 82, de 28 de dezembro de 1966, DECRETA:..............................................Art. 167 - É proibido abrir ou levantar o calçamento, proceder a escavações ouexecutar obras de qualquer natureza nas vias públicas, sem prévia licença doGoverno do Distrito Federal.Parágrafo único - Fica sempre a cargo da Secretaria de Viação e Obras arecomposição do logradouro público, correndo as despesas por conta de quem deucausa ao serviço.Art. 168 - Em qualquer obra realizada em logradouros públicos é obrigatória acolocação de avisos de trânsito interrompido ou perigoso, bem como sinalizaçãoluminosa à noite.Art. 169 - O rampeamento do meio-fio para a entrada de veículos só poderá serexecutado mediante licença da Administração Regional e observadas asespecificações e medidas fornecidas pela Coordenação de Arquitetura e Urbanismo.

Art. 170 - É proibido o estacionamento de veículos sobre calçadas.

Art. 171 - A Administração Regional poderá, mediante exame de projeto eespecificações, conceder licença a particulares para a execução de calçadas quedêem acesso a prédio.Art. 172 - É expressamente proibida a utilização das árvores dos logradourospúblicos para suporte ou apoio de objetos de instalações de qualquer natureza oufinalidade.Art. 173 - A remoção, poda ou abate de qualquer árvore de logradouros públicossomente será feita pela Administração do Distrito Federal ou com autorização desta,após comprovada a necessidade da medida.Art. 174 - Nenhum material poderá permanecer em logradouros públicos senão otempo necessário para sua descarga e remoção, salvo quando se destinar a obras aserem realizadas no próprio logradouro.

Parágrafo único - Não é permitido o depósito, em logradouros públicos, de lixo oude entulho de obras.

Art. 175 - Não é permitida a depredação ou utilização dos logradouros públicospara fins alheios à sua finalidade.

Art. 176 - As fachadas ou outros elementos de um edifício, visíveis desdelogradouros públicos ou de outros edifícios, deverão ser convenientementeconservadas. A Administração Regional poderá exigir a execução de obras que setornem necessárias.

Art. 177 - proibida a instalação de alto-falantes irradiando para logradourospúblicos.

Art. 178 - Não é permitido escoar, para logradouros públicos, quaisquer águasservidas.

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DECRETO 2.078/1972 – FIXA PENALIDADES DO DECRETO 944/69

DEC 2078/1972

EXTRATO – DECRETO N.º 2.078,DE 13 DE OUTUBRO DE 1972

Define e Fixa as penalidadesaplicáveis aos responsáveis porinfrações do Decreto n° 944, de14 de fevereiro de 1969 ( Códigode Edificações das CidadesSatélites ), e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lheconferem o artigo 20 , item II, da Lei n° 3.751, de 13 de abril de 1960, DECRETA:

Art. 1° Os responsáveis por infrações de dispositivos do Decreto n° 944, de14 de fevereiro de 1969 ( Código de Edificações das CidadesSatélites ), poderão incorrer, sem prejuízos de outras sanções a queestiverem sujeitos, nas seguintes penalidades:

I Advertência;

II Multa;

III Embargo ou Interdição;

IV Demolição.

§ ÚnicoOcorrendo infração em decorrência de outra, seráaplicada a pena cominada para a mais grave.

Art. 2° A aplicação das penas previstas neste Decreto não isenta o infratorda responsabilidade civil ou criminal.

§ Único

Sem prejuízo do disposto neste artigo, incide nascominações previstas no art. n.º 330 do Código PenalBrasileiro, o infrator, proprietário ou preposto, que,apesar do embargo ou da interdição, der continuidadeà obra embargada ou utilizar o prédio interditado.

Art. 3° As penalidades serão impostas por agentes de Seção Fiscalização deDivisão Regional de Licenciamento e Fiscalização de Obras de RegiãoAdministrativa ( DRALF ).

Art. 4° Na imposição da pena Ter-se-á em conta:

I A gravidade da infração;

II As circunstâncias atenuantes ou agravantes;

III Os antecedentes do infrator, relativamente às disposições doCódigo de Edificações das Cidades Satélites.

Art. 5° Caberá advertência quando ocorrer a prática de pequenasinfringências do Código, não puníveis com penas mais gravesprevistas neste decreto.

§ Único

Havendo irregularidade a sanar pelo advertido, oagente o intimará a fazê-lo, marcando-lhe o prazo de 5(cinco) dias.

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Art. 6° As multas serão aplicadas conforme o grau da infração variando de1/10 (um décimo) a 5 (cinco) salários-mínimos vigentes no DistritoFederal, podendo ser impostas em dobro se ocorrer má-fé, dolo oureincidência, esta considerada sempre que a mesma infração forpraticada mais de uma vez dentro do período de 12 (doze) meses.

Art. 7° As multas aplicadas serão recolhidas pelo infrator na Exatoria localda Secretaria de finanças do Distrito Federal.

§ 1º O infrator deverá pagar a multa dentro de 10 (dez) diascontados da notificação e, nas 24 (vinte e quatro) horasseguintes, sendo dia útil, ou, se não o for, no dia imediato,apresentar à DRLFO a comprovação do pagamento feitosob pena de interdição da obra, até que efetive ecomprove o recolhimento da multa.

§ 2º O pagamento da multa não exonera o infrator de cumprirobrigações de outra natureza previstas no Código deEdificações das Cidades Satélites.

Art. 8° As multas previstas no presente Decreto obedecerão a seguintegraduação:

I dois décimos (2/10) do salário-mínimo mensal, arredondando-se os centavos para mais, nas infrações dos artigos 36 e 40,42, 43, 45 a 52, 56, 58 a 60, 63 a 71, 73, 74, 76 a 81, 105,107, 113, 118 a 121, 125, 127, 128, 137 a 140 e 142 a 144;( 1 )

II três décimos (3/10) do salário-mínimo mensal, arredondando-se os centavos para mais, nas infrações dos artigos 131 a136, 150 a 152, 154, 159 a 165; ( 1 )

III meio (1/2) salário-mínimo mensal, se infringidos os artigos166, 167, 169, 170, 172 a 175, 178, 183, 184, 186, 188, 190e 207, arredondando-se os centavos para mais. ( 1 )

§ único Não sendo sanada pelo infrator, no prazo fixado noparágrafo único do art. 5º, a irregularidade apontadano ato de advertência incorrerá o mesmo em multa de1/10 (um décimo) do salário-mínimo mensal,arredondando-se os centavos para mais. ( 1 )

Art. 9° As infrações de dispositivos do Código de Edificações das CidadesSatélites não discriminadas no artigo anterior, mas passíveis depena, sujeitam os infratores à multa, compreendida entre 2/10 (doisdécimos) e metade do salário-mínimo mensal, conforme a gravidadeda infringência, cabendo também o arredondamento para mais dasfrações de cruzeiros. ( 1 )

Art. 10° A não satisfação do motivo que deu origem a multa, dentro do prazode 30 (trinta) dias, torna o infrator incurso em novas multas,sucessivas, de 1 (um) a 5 (cinco) salários—mínimos mensais,impostas Pelo próprio Diretor da DRLFO, ante representação darespectiva Seção de Fiscalização, o qual marcará novo prazo a sercumprido depois de cada imposição. ( 2 )

Art. 11° O embargo ou interdição terá lugar toda vez que a infração importena execução de obras em total desacordo com as normas instituídaspelo Código de Edificações das Cidades Satélites.

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§ único O infrator multado que não venha a satisfazer o motivoque originou a autuação, poderá também vir a sofrer apena de embargo ou interdição da obra, por decisão doDiretor da Divisão de Licenciamento e Fiscalização deObras, se exauridas as penalidades previstas no artigo10º.

Art. 12° Caberá a pena de demolição sempre que se tratar de obrasexecutada sem prévia licença do órgão competente da AdministraçãoRegional ou de obra embargada que não possa ser enquadrada nasexigências do Código de Edificações das Cidades Satélites.

§ 1º A demolição, a cargo do infrator, poderá ser imposta pa-ra toda a obra ou parte dela, e se efetivará em prazoque não exceda de 30 (trinta) dias.

§ 2º Não atendida a intimação no prazo indicado noparágrafo anterior, a DRLFO cientificará o AdministradorRegional, que determinará o levantamento daconstrução e fará elaborar o seu croquis, encaminhandoos outros, devidamente instruídos, através da Secretariado Governo, a Procuradoria Geral do Distrito Federal,para a propositura da ação competente em Juízo.

Art. 13° Em caso de resistência ou desacato pelo infrator dos encarregadosda aplicação das penas cominadas neste Decreto, o agente da DRLFOdeverá proceder a representação criminal à autoridade policialcompetente contra o infrator, comunicando o fato com osdocumentos necessários ao seu superior hierárquico.

Art. 14° Nas penalidades de multas impostas pela DRLFO, caberá recurso,sem efeito suspensivo, no prazo de 20 (vinte) dias a contar danotificação, para a Junta de Recursos Fiscais.

§ 1º Nas demais penalidades impostas pela DRLFO caberárecurso, dentro do prazo de 10 (dez) dias a contar danotificação, para a Coordenação de Arquitetura eUrbanismo.

§ 2º O recurso inicial será apresentado no protocolo da Admi-nistração Regional competente, que o encaminhará aoÓrgão a que for dirigido com a devida instrução.

Art. 15° As dúvidas suscitadas na aplicação do presente Decreto serãodirimidas pela Secretaria do Governo, ouvidas, se for necessário, aCoordenação de Arquitetura e Urbanismo, da Secretaria de Viação eObras, e a Secretaria de Finanças,

Art. 16° A Secretaria do Governo baixará atos regulamentares deste Decreto,se considerados indispensáveis à sua perfeita aplicação.

Brasília, 13 de outubro de 1972

Observações:

( 1 ) alterado pelo Decreto n° 12.427, de 19 de junho de 1990.

( 2 ) valores atualizados pela Lei complementar n° 435, de 27 de dezembrode 2001

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APÊNDICE

TABELAS DE MULTASPREÇO PÚBLICO

CÁLCULOSGRADUAÇÃO

INDICES DIVERSOS

2013

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