Finanças no Reino

A B I B L I A E A S F I N A N Ç A S

FA B I O O K A Z A K I

C A P Í T U L O 1

O REINO

Muitas vezes quando pensamos em finanças, achamos que isso não é um assunto a ser tratado na igreja, tão pouco o assunto pode ser comentado por pastores ou líderes eclesiásticos. E isso é um dos maiores enganos que existem, pois este é um dos temas mais comentados nas escrituras sagradas. Se fizermos uma análise da bíblia veremos que muitos são os versículos que fazem menção ao assunto! A palavra riqueza (s) aparece 110 vezes, a palavra ouro 415, prata 284, sendo que 16 das 38 parábolas de JESUS faziam referências as riquezas e cerca de um sexto dos versículos dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas falam do assunto. Apenas como efeito comparativo a palavra salvação aparece 147 vezes, não estou dizendo que riquezas sejam mais importantes que a salvação, e definitivamente não são, mas o com este número de citações, notamos a importância destas questões (Bíblia versão Almeida Revisada)

E por que a Bíblia fala tanto deste assunto? Pois notamos que a referência as riquezas na Palavra, muitas vezes aparece como um demonstrativo, ou compartivo do caráter do homem. Sendo

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o amor ao dinheiro, a raiz de todos os males. Nota-se também uma menção de riquezas, ouro, pedras preciosas como parte da glória de DEUS.

E qual é o nosso grande desafio ao tratarmos deste assunto? O nosso primeiro desafio é entender como isso funciona no mundo (Babilônia) e como é o funcionamento das questões financeiras no REINO de DEUS!

Existe uma lei espiritual que esta apontada no livro de Gênesis 2.8 “Então plantou o Senhor Deus um jardim,...” a semeadura, ou plantio tendo como consequência uma colheita ou ceifa, se estabelece com um princípio no REINO de DEUS, o qual é tratado em toda a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

Na carta aos Gálatas no capítulo 6.7 ”Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” este versículo nos mostra um exemplo claro de que este é um princípio de Reino. Ao avaliarmos o discurso do apóstolo Paulo no que se refere a questão ele nos apresenta uma ênfase, não erreis, afirmando que tudo o que o homem semear isso também ceifará.

Quando avaliamos este princípio de Reino, notamos que o entendimento no que se refere ao plantio é algo muito conhecido por alguns homens de DEUS mencionados na Bíblia:

NOÉ

Logo após sair da Arca e DEUS lhe dar direções no que diz respeito a autoridade do homem sobre a terra, Noé inicia o cultivo da terra, e obviamente a primeira coisa que ele faz: “E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha” (Gênesis 9.20).

ABRAÃO

O mesmo acontece com Abraão no livro de Gênesis 21.33 “ Abraão plantou uma tamargueira em Beer Seba, e invocou ali o nome do Senhor, o Deus eterno”.

O princípio de semeadura e plantio é visto em toda a Bíblia e o próprio SENHOR JESUS, nos ensinou em suas parábolas fazendo relação com o plantio e a colheita, assemelhando este processo ao REINO de DEUS, a Palavra ministrada, a relação de DEUS com o seu povo, entre diversas outras relações.

Com esta breve explicação podemos notar algo muito importante, uma lei de DEUS, pois é algo compravado por ELE, (pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6.7), e isto se estabelece como um princípio (algo a ser seguido), para nós Cristãos.

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JESUS

O próprio JESUS em diversas de suas parábolas faz menção ao plantio, entendo sim que ao mencionar isso em suas parábolas o SENHOR estava trazendo lições contextualizadas aos que ouviam. Vemos isso em Mateus 15.13, Mateus 21.33, Marcos 12.1, Lucas 20.9 na parábola do senhor da vinha. Entendo que as parábolas faziam referência à algo contemporâneo do que o JESUS queria passar como mensagem, mas sem dúvida este é um tema que se faz presente também no Novo Testamento. Temos este exemplo com muita clareza na carta de Paulo aos Gálatas 6.7. Poderíamos citar diversos outros homens de DEUS que mencionam plantio, como Isaías (5.2), Jeremias e Davi (Salmos 1).

Plantar e colher é um princípio muito importante, e por isso gostaria de compartilhar três princípios rápidos sobre o plantio e a colheita que certamente vão nos auxiliar no entendimento desta lei estabelecida por DEUS.

SEMENTE ESPÉCIE

Embora isso possa ser algo muito simples, é importante perceber que a nossa colheita é determinada de acordo com o nosso plantio. E não apenas determinada pelo nosso plantio, mas cada semente produz de acordo com a sua espécie. Temos esta

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descrição tanto no livro de Gênesis, quando DEUS determina como seria a reprodução da relva na terra:

Gênesis 01:11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e

árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.

Como também em JESUS ao exemplificar como seriam as colheitas:

Mateus 716 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos

espinheiros, ou figos dos abrolhos?17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má

produz frutos maus.18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má

dar frutos bons.

Ao avaliarmos esta passagem podemos entender que o fruto cresce, de acordo com a espécie, partindo deste pré suposto, aquilo que plantarmos será o que vamos colher, de acordo com a espécie (se material, se em emoções ou espiritual).

MULTIPLICAÇÃO - DAR

O Reino de DEUS também apresenta algo muito importante no que diz respeito a seu funcionamento e este se baseia no amor. Você deve estar se pensando: isso é óbvio, mas como o amor vai se aplicar em finanças? Partindo da afirmativa de que DEUS é

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amor, como explícito em 1 João 4.8, que toda a lei e os profetas se resumem a dois mandamentos amar a DEUS e amar ao próximo, como descrito por JESUS em Mateus 22.38-39. Notamos algo maravilhoso e uma outra Lei estabelecida por DEUS e citada pelo próprio JESUS em João 3.16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” ou seja, quem ama dá!

Notamos que esta é a relação de DEUS para com o homem desde a criação, o DEUS criador dos céus e da terra dá ao homem um local com toda a provisão, Jardim do Éden, o próprio DEUS lhe dá autoridade, governo, trabalho e uma esposa. O dar é algo que reflete diretamente o amor, JESUS vem para confirmar a lei e cumprir tudo o que os profetas estabeleceram e ELE mesmo resume a lei em dois mandamentos fazendo referência ao amor à DEUS e ao próximo, como já citado anteriormente, capítulo 22 do evangelho de Mateus.

Você pode estar se perguntando: Mas o que dar tem haver com finanças? E eu gostaria de te dizer que tudo!!! Pois o próprio JESUS CRISTO, ressalta que melhor é da dar que receber (Atos 20.35 texto também citado em outras partes da escritura).

No mundo (nossa sociedade de hoje- Babilônia), existe uma mentalidade, ou uma prática de ganha x` ganha, ou seja, muitos só querem receber, ou ter em troca, te dou algo se você me der algo de volta. No entanto no Reino de DEUS, tudo isso se estabelece de outra forma você dá (de coração por amor, por

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honra) e recebe, mas o melhor é dar do que receber! De acordo com JESUS o nosso maior benefício esta no dar e não no receber, e se avaliarmos isso com sinceridade, vamos identificar que este sentimento de amar, ajudar fisicamente (com um recurso, provisão, etc) é algo muito gratificante.

Baseado nestes dois princípios gostaria de propor algo que entendo como a dinâmica do Reino, que se estabelece no plantar e colher; dar e receber, o que honro recebo e de acordo com a justiça de DEUS, sendo o AMOR a atitude transversal dentro desta dinâmica.

Aplicando esta dinâmica a nossas finanças, notaremos uma mudança no nosso modo de ver o assunto dentro da igreja. Muitos de nós temos a nossa mente presa aos princípios de nossa sociedade (mundo), só vou dar se ver onde vai ser aplicado, só ajudo se tiver algo em troca, etc... enquanto o REINO possuí outra dinâmica: eu planto e sei que certamente vou colher, eu dou e vou receber, mas não faço isso por interesse próprio, mas porque eu amo. Amando primeiramente a DEUS e amando ao próximo!

Ao estudarmos atentamente a Bíblia veremos diversas menções sobre finanças, riquezas, dinheiro, sendo que na grande maioria das vezes estas se estabelecem em um comparativo com nosso caráter e capacidade de administração. Buscando sempre estabelecer um paralelo entre a aplicação e uso destas riquezas e

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o coração do homem, pois onde está o seu tesouro, ali estará o seu coração (Lucas 12.34).

E como posso aplicar as finanças dentro do Reino de DEUS? Em toda a bíblia vemos que Aquele que inicia este processo de dar e receber, plantar e colher é o próprio DEUS. ELE nos deu vida, nos deu capacidades, nos deu autoridade, plantou para o homem um jardim, lhe deu autoridade sobre este jardim (guardar o jardim), lhe deu a administração do jardim (cultivar o jardim), notamos que DEUS nos deu tudo. E notamos que o homem naturalmente, por ser imagem e semelhança, sempre buscou honrar ao DEUS criador da mesma forma! Desde o gênesis notamos que as ofertas a DEUS, ou seja, as demonstração de amor com atitudes eram frequentes. A primeira vez que este assunto aparece na Bíblia esta em Caim e Abel e na apresentação de uma oferta ao SENHOR, não temos a descrição do fato, mas muitas Bíblias de estudo em seus comentários, dizem que este provavelmente era um comportamento comum e que foi ensinado por Adão e Eva aos seus filhos Caim e Abel.

Ao avaliarmos esta história vemos os dois filhos de Adão, trazendo a DEUS ofertas, mas um deles lhe trás uma oferta normal, o outro uma oferta de primícias. E gostaria de continuar falando deste tipo de oferta.

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PRIMÍCIAS

A palavra primícias, ou do original hebraico primeiros frutos é também a primeira palavra da bíblia se retirarmos o “B” do hebraico que muda a palavra de primeiros frutos para começo (início). Este tipo de oferta: primícias, é o primeiro tipo de oferta (veremos outros) que aparece na Bíblia, e acredito que isso não é por acaso! As ofertas de primícias ou primeiros frutos nos mostram algo muito lindo, o entregar a DEUS tudo aquilo que é o primeiro. O desejo de DEUS sempre foi o de estar em primeiro lugar em nossos corações, e as ofertas de primícias eram uma forma de honrá-lo de forma física, material (financeiramente), com os primeiros frutos do que ELE mesmo já havia provido ao homem (pois DEUS fez a terra, ELE molhava a terra, no início com uma névoa que pairava, pois ainda não havia chovido, ELE deu vida aos animais, ELE os faz gerar vida, etc).

A oferta de primícias tem o seu início no capítulo 4 de Gênesis, e se estabelece como uma das formas de ofertar à DEUS em diversos livros da Bíblia. Como podemos verificar em diversos textos:

Êxodo 24:26 As primeiras das primícias da tua terra trarás à casa do Senhor

teu Deus.

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L e v í t i c o 0 2 : 14 Se fizeres ao Senhor oferta de cereais de primícias, oferecerás, como oferta de cereais das tuas primícias, espigas tostadas ao fogo, isto é, o grão trilhado de espigas verdes.

N ú m e r o s 1 5 :20 Das primícias da vossa massa oferecereis um bolo em oferta alçada; como a oferta alçada da eira, assim o oferecereis.

E por que notamos que as ofertas de primícias são algo que o SENHOR valoriza tanto? Ao pensarmos nas ofertas que foram oferecidas por Caim e Abel, no capítulo quatro de Gênesis, onde DEUS se agrada da oferta de Abel, podemos notar e entender algo por trás da oferta, sim, o princípio de honra, de colocar a DEUS em primeiro lugar, de consagrar, santificar (separar para ele) aquilo que é primeiro. Demonstrando com esta atitude a posição que ELE ocupa em nossos corações.

Ao pensarmos que as ofertas de Abel eram de animais, vemos que tudo o ele havia colhido do ventre daqueles animais, Abel consagrou ao SENHOR, entendendo que ELE era o primeiro e dELE são todas as coisas. Se colocando na situação de Abel, percebo um alto nível de entrega e devoção à DEUS, pois este entregou os primeiros animais para DEUS, imagine para alguém que vivia da criação de animais, quantas coisas poderiam ter passado em sua cabeça? Como por exemplo: -E se este animal não der mais outras crias? Este animal poderia ser um bom reprodutor! Tão perfeito, sem manchas! entre outras dúvidas que

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poderiam ter surgido, ressalto que estas são especulações que não constam na Palavra, mas muitas vezes são estas as nossas dúvidas ao entregar algo para DEUS. Por esta razão é importante que possamos agir entendendo o que estamos fazendo, outro fator que poderia ser agregado a oferta de Abel é que havia sangue no seu altar, simbolizando para os nossos tempos que devemos fazer entendendo que o CORDEIRO, JESUS CRISTO derramou o sangue e tudo temos nELE. Primiciar tem como objetivo santificar, separar para DEUS aquilo que é para nós o primeiro.

Podemos notar o entendimento do ato de Abel, também no novo testamento, quando vemos Paulo citando aos Romanos:

R o m a n o s 1 1 :16 Se as primícias são santas, também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são.

O próprio apóstolo Paulo faz menção a JESUS CRISTO como as primícias dos mortos para a ressurreição:

I C o r í n t i o s 1 5 :20 Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele a s p r i m í c i a s d o s q u e d o r m e m . 23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

O termo também é usado pelo Apóstolo João, ao nos falar sobre a Revelação do fim dos tempos no Livro de Apocalipse:

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A p o c a l i p s e 1 4 :4 Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro.

E como seria o funcionamento das primícias nos dias de hoje??? Não existe ao certo uma regra específica para isso, em termos de cálculo, visto que ao avaliarmos as formas de renda dos tempos bíblicos, onde a grande maioria vivia da terra (plantio e criação de animais), e a consagração era da primeira parte de uma colheita, ou mesmo do primeiro animal ao nascer, etc... e isso não é o comum para a maioria das pessoas. Como muitas das ofertas de primícias eram entregues em períodos maiores, com uma freqüência anual:

N e e m i a s 1 0 : 35 Também nos obrigamos a trazer de ano em ano à casa do Senhor as primícias de todos os frutos de todas as árvores;

Isto se torna algo mais difícil de ser estabelecido para os nossos dias. Uma sugestão, que isso fique bem claro, estou sugerindo de acordo com o que aprendi de outras pessoas mais experientes e que se enquadra no cenário econômico que a maioria das pessoas vivem nos dias atuais. Uma forma de estabelecer um valor de primícias é dividindo o nosso ganho mensal por 30 e

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chegando então a um valor de consagração de um dia de trabalho. Outra opção para aqueles que trabalham com vendas, comissão, etc seria entregar a DEUS o seu primeiro trabalho do mês, sua primeira comissão de uma venda, etc.... Como não existe uma forma explícita de como ofertar em primícias o ideal é que você ore a DEUS e busque orientação de sua liderança para o assunto. Obviamente não existe uma regra bíblica para tal, no que diz respeito a valores, ou percentuais dos mesmos, entendemos que isto é um princípio e a forma como estabelecemos deve ser feita com base em oração e isso acontece entre você e DEUS.

Para quem devo entregar a oferta de primícias?

De acordo com a palavra, as primícias sempre foram entregues aos sacerdotes, como podemos ver nos dois textos abaixo:

L e v í t i c o 2 3 : 10 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega;

D e u t e r o n ô m i o 1 8 :4 Ao sacerdote darás as primícias do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e as primícias da tosquia das tuas ovelhas.

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E atualmente para quem eu devo entregar as primícias? Como não temos um padrão bem claro para os nossos dias, pois não temos mais necessariamente sinagogas e sacerdotes que seu sustento total seja exclusivamente da casa do SENHOR (embora existam Pastores de tempo integral na obra), o que torna esta pergunta um tanto complexa. Não temos o intuito de estabelecer uma doutrina a este respeito, por isto a melhor forma para responder esta questão é: pergunte e busque orientação/visão de seu ministério, enquanto alguns entregam as primícias ao seu sacerdote, no caso a liderança espiritual sobre a sua vida (pastor, apóstolo, bispo, etc.), outros podem fazê-lo na Casa do SENHOR. Por não haver uma ordenança específica a respeito de primícias no Novo Testamento, embora também não exista algo abonando este princípio, sugiro que você possa meditar na Palavra e deixe que DEUS fale com você sobre o assunto, este deve ser o procedimento para tudo o que nos propomos a fazer diante de DEUS. Escrevo isso pois entendo que se você esta buscando esta leitura, seu desejo é honrar a DEUS e entender mais desta área a luz da Palavra de DEUS. Creio e pratico este princípio entendendo que estou fazendo-o de acordo com a Palavra de DEUS, consagrando nossas primícias, estamos cumprindo com um princípio espiritual e consagrando à DEUS o nosso primeiro. No caso dos que entregam suas primícias aos seus sacerdotes, pastores líderes, a própria palavra de DEUS nos diz que os que nos instruem bem na palavra são dignos de dupla honra, ou algumas traduções de dupla paga:

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I Timóteo 0517 Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de

duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino.

Por isso se os que praticam este princípio desta forma, não sendo algo imposto, pois DEUS não nos obriga a nada, e se os que praticam o fazem com intuito de honrar a DEUS, não cabe a nenhuma espécie de julgamento a este respeito.

Independente do valor que você estabelece para as primícias, seja um dia de trabalho, uma hora, um período e se você vai entregar ao sacerdote da igreja, ou no próprio gazofilácio para a igreja, sugiro que busque a orientação de DEUS e ore sobre o assunto, identifique qual a visão de sua igreja local para este princípio e se realmente você sentir paz neste sentido, coloque o em prática, pois na perfeita vontade DEUS opera a paz.

OFERTAS

A palavra oferta ou ofertas aparece em mais de quinhentos versículos na bíblia, e só este número de versículos fazendo referencia já seria algo importante, mas neste momento vamos voltar um pouco ao Éden para falarmos de oferta.

Apesar de pensarmos que as ofertas para DEUS começam apenas depois da queda, acredito que isso não é verdade. Após assistir uma ministração do Pastor americano chamado T.D

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Jaques, DEUS revelou algo que impactou muito a minha vida. Eu realmente acreditava que as ofertas sempre existiram na história da humanidade, e esta afirmativa poderia ser comprovada pelo exemplo da oferta de Caim e Abel, visto que estes estavam ofertando e certamente aprenderam com alguém, e isso só poderia ter sido ensinado por seus pais ou DEUS. Embora este seja um texto muito utilizado, algo começou a fazer sentido em meu coração e gostaria de compartilhar rapidamente deste assunto e creio que o seu conceito de ofertas vai ser modificado.

A Bíblia nos mostra que DEUS não é apenas um deus de amor, mas o próprio DEUS é Amor. E a descrição do amor de DEUS tem sua raiz no amor ágape, ou um amor de atitude de doar-se. E no segundo capítulo de Gênesis a palavra de DEUS diz que o homem foi criado a imagem e semelhança de DEUS, partindo desta premissa e entendendo que DEUS é amor, acredito que certamente Adão e Eva também eram amor ou tinham amor em sua essência.

Ao entender sobre isso, que o amor é dar e Adão e Eva eram amor, me coloco na situação deles no início da criação. DEUS faz para os dois um jardim especial (Éden), onde eles tem ali toda a provisão, toda a espécie de árvores frutíferas, todas boas aos olhos e boas para se comer e além de tudo isso não tinham inicialmente nenhuma necessidade! Se eles tinham toda a provisão e o próprio DEUS que é o mesmo hoje, sendo dono de

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tudo, o eles poderiam dar para DEUS?! Visto que o amor é dar, como eles poderiam demonstrar amor para DEUS?!?!!?

Quem ama, quer dar!!! Isso podemos notar desde a criança na mais tenra idade, até alguém nos seus últimos dias de vida, uma das formas de demonstrar amor é dar!! Se você já amou alguém ou foi amado por alguém, certamente já deu algo para essa pessoa! Uma bala, um desenho, um presente, uma mensagem escrita em um papel…. pois o amor ágape é um amor de doar-se!!! Agora imagine Adão e Eva no paraíso com tudo, e sabendo que tudo o que estava ao seu redor foi feito por DEUS e era de DEUS!! Como eles poderiam demonstrar amor!?!? Pois esta era a essência deles, pois foram feitos imagem e semelhança deste DEUS.

E entendo que em uma atitude de amor, o próprio DEUS que é amor, coloca no jardim uma árvore, conhecida como a árvore do conhecimento do bem o do mal, e diz ao homem para que este não coma desta árvore, permitindo então ao homem que é amor demonstrar (dar) amor por meio de sua obediência à DEUS. E esta era a oferta diária do homem, sua obediência à DEUS não comendo da árvore do conhecimento do bem o do mal, desta forma demonstrando o seu amor e confiança em DEUS

Infelizmente podemos notar com isto que o pecado além de mostrar a desobediência a DEUS, também exemplifica o roubo de algo que era de DEUS. Pois o homem (Adão e Eva) tinha

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tudo, mas resolve trocar todas as frutas do jardim por apenas um fruto, o qual não lhe era destinado. O roubo da adoração é algo que esta com a serpente, e na realidade também é uma das razões de sua queda. O homem troca a sua oportunidade de ofertar algo para DEUS, e o pecado, desobediência, a morte entram na história da humanidade.

E quando pensamos por esta ótica, notamos que hoje muitas vezes somos tentados da mesma forma que Eva foi tentada. No Jardim ela podia comer do todas as árvores e nem precisava se preocupar com mantimento, saciedade, etc… pois tinha tudo a sua disposição. Então a serpente chama a atenção dela para algo não era dela, e ela deixa tudo o que tinha todas as árvores do Jardim e a troca pela proposta da serpente.

Como podemos ver este tipo de situação acontecendo, isso se faz quando vamos entregar o que é de DEUS, quando nos propormos a honrá-lo com os nossos bens, através de ofertas, primícias, dízimo e ao invés de olharmos para toda a provisão que temos, toda quantia que fica conosco, nosso olhar (preocupação) fica no valor que entregue na casa do SENHOR.

A bíblia nos mostra diversos tipos de ofertas, esta é inclusive uma prática que acontece desde o antigo testamento, e poderia dizer desde o início da humanidade como descrito anteriormente. A questão chave é que o ofertar a DEUS é uma maneira de demonstrar amor para com o nosso criador. DEUS é Espírito e como podemos demonstrar amor a um DEUS que não

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vemos, como a própria Palavra de DEUS nos instruí, demonstrando amor para aqueles que vemos.

OFERTA ESPECIFICA

Temos tanto no Antigo Testamento (colocar texto oferta do tabernáculo), quanto no Novo Testamento (Paulo pedindo oferta). Temos demonstrações do povo de DEUS, tanto Israel quanto a igreja, se mobilizando e levantando uma oferta para um objetivo comum. Temos isso com muita clareza quando Moisés pede para o povo de Israel as ofertas para a construção do Tabernáculo, assim como Paulo solicitando aos membros da igreja para que possam auxiliar com recursos a outra igreja.

As ofertas específicas, são as ofertas que entregamos na casa de DEUS, com uma finalidade específica, podem tanto ser ofertas para a aquisição de algo que é necessário para a estrutura da igreja, quanto para abençoar um propósito, um grupo, uma obra missionária ou um missionário, um ministro ou um membro da igreja em necessidade. Em alguns textos bíblicos temos a demanda de algo em específico, principalmente no que diz respeito a construção do tabernáculo, onde o SENHOR pede ao povo por meio de Moisés, materiais específicos para a construção do tabernáculo.

É importante que possamos entender o contexto, pois acredito que o mesmo se aplica nos dias de hoje, se avaliarmos a

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construção do tabernáculo, podemos pensar em pessoas contribuindo com os materiais solicitados para a construção, de forma muito específica, mas também em pessoas contribuindo, ou ofertando os seus talentos. Com o objetivo específico da construção de um local que seria a representação da presença de DEUS no meio do povo (Tabernáculo e Arca).

As ofertas específicas, são entregues hoje na igreja, ou junto dos órgãos que organizam os recursos para a finalidade destinada (exemplo de uma oferta específica para uma obra missionária). A maioria das igrejas possuem hoje não apenas as suas necessidades locais, mas muitas também apoiam obras missionárias, sendo que algumas igrejas não realizam ofertas específicas para esta finalidade. Ofertar com uma finalidade específica pode ser feito a qualquer momento, de acordo com uma demanda. Como todas as ofertas que entregamos à DEUS, estas devem ser feitas em AMOR e com o objetivo de demonstrar o AMOR de DEUS ao propósito, grupo de pessoas ou pessoas que serão abençoadas com este tipo de oferta.

OFERTA DE ALÇADA

A oferta alçada é o tipo de oferta que entregamos conforme a medida da nossa generosidade, ela diz respeito a alegria do nosso coração com aquilo que o SENHOR tem nos dado. É um tipo de oferta que fazemos para demonstrar para DEUS o nosso amor, não necessariamente possui uma finalidade específica, mas

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certamente tem como finalidade a expansão do Reino de DEUS na terra, com a pregação do Evangelho, a implantação e ou manutenção de igrejas, etc.

Este tipo de oferta não possui nenhuma quantidade descrita na Bíblia, são ofertas que nos levam a uma atitude de plantar e colher, plantaremos e como Paulo disse aos Gálatas, certamente teremos a colheita. A Bíblia nos mostra no novo testamento uma passagem onde uma mulher faz uma oferta alçada, de acordo com a sua generosidade, ela entrega na sinagoga tudo o que tem. O próprio JESUS faz uma comparação entre esta mulher e um outro homem que entrega uma quantia aparentemente maior, de acordo com o que sobrava de suas finanças.

Quando JESUS conversa com seus discípulos a respeito do tema, notamos que o SENHOR se agradou mais da oferta da mulher do que daquele homem. Se estivéssemos avaliando a situação pela ótica do templo que recebeu as ofertas, poderíamos pensar que financeiramente a oferta daquele homem foi maior e mais importante, porém quando olhamos pela ótica de JESUS (que vê o coração), o mais valioso não foi o valor em si, mas a qualidade da oferta. Pois aquela mulher colocou no gasofilácio tudo o que tinha. Esta passagem é muito interessante, pois notamos um padrão diferente entre o DEUS, no caso representado por JESUS e o homem, pois o SENHOR não vê necessariamente a quantidade, mas a qualidade daquela oferta,

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enaltecendo a ofertante para seus discípulos independente do valor (monetário de sua oferta).

Gostaria de compartilhar um pouco outro ponto importante desta passagem, pois JESUS foi o próprio AMOR manifesto em carne, ELE sem dúvidas foi a pessoa mais amorosa que já existiu e o exemplo do AMOR para todos nós. Mas se o próprio JESUS é o AMOR , como ele pode deixar que aquela mulher desse para DEUS, tudo o que tinha!! Coloco este ponto para reflexão, pois se colocássemos esta situação nos dias hoje, em que alguém estivesse entregando tudo o que tinha para DEUS, certamente teríamos um escândalo, principalmente se quem estivesse ministrando aquela oferta soubesse que uma pessoa esta entregando tudo como oferta. Gostaria de deixar bem claro que não acredito que DEUS quer que você dê tudo o que você tem de material e nem estou dizendo que você deve fazer isso em sua igreja. Porém acho importante que possamos refletir quanto a atitude de JESUS que ao ver uma mulher pobre entregar tudo o que tinha, não a impediu, tão pouco a ajudou financeiramente. Enquanto refletia sobre estas questões, entendi que JESUS mesmo sendo DEUS, não impediu que aquela mulher agisse em fé, e penso que se ELE tivesse feito uma intervenção naquele momento, estaria impedindo aquela mulher de depender de DEUS. E realmente acredito que de alguma forma DEUS foi a provisão para aquela mulher e que ela não morreu de fome após aquela atitude.

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A Bíblia não nos dá estes dados, mas realmente acredito que se aquela atitude fosse gerar a morte daquela mulher, JESUS realizaria uma intervenção. Quando falamos de 100% de entregar tudo para DEUS, isto é literalmente o que ELE nos pede, não necessariamente nas questões materiais, mas quando entregamos nossas vidas para JESUS, realmente entregamos tudo o que temos.

Temos este mesmo exemplo ao avaliarmos a parábola dos talentos em Mateus 25, onde vemos que os servos fiéis foram aqueles que investiram 100% dos seus talentos para o seu SENHOR. Um dos servos desta passagem resolve apenas “esconder”, ou guardar o seu talento e este é tido como servo infiel.

Ao pensarmos neste investimento de 100%, temos também no antigo testamento o exemplo da viúva pobre e sua última alimentação, que lhe é pedida pelo profeta Elias. Mesmo sendo um valor em produtos, notamos que a entrega e obediência daquela mulher naquela situação, trouxe para ela mesma a provisão necessária. Esta provisão não apenas moveu em sua vida, mas também sustentou o seu filho.

Ofertar é e sempre será uma atitude de amor, não apenas as ofertas mas tudo o que fazemos em nosso relacionamento com DEUS deve ter o amor como denominador comum. Ofertar é um plantar que vai abençoar não apenas a casa do SENHOR e sua obra, mas também provisão para nossas casas.

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DIZIMO

Na bíblia a primeira citação sobre o assunto acontece no livro de Gêneses, o livro da Bíblia que contém o maior conteúdo histórico da bíblia. Muitos costumam falar que dízimo diz respeito a época da Lei, e faz sentido pois foi instituído por Moisés como Lei, mas o seu início se dá de uma outra forma.

Ao vencer uma batalha no capitulo 14 de Gêneses em uma demonstração da gratidão por ter vencido, Abraão dá o dízimo do que conquistou. O dizimar foi foi algo que iniciou no Antigo Testamento, sendo dado a Melquisedeque, sacerdote do DEUS altíssimo, por Abrão conhecido como o Pai, da Fé, embora a discussão sobre o assunto se faça falando de lei, o dízimo é anterior a isso, em um período também considerado como um período Graça de DEUS sobre a terra.

Esta instituição de uma prática realizada por Abraão também reforçada por seu neto, Jacó, posteriormente Israel quando este tem um sonho com DEUS no capitulo 28 de Gênesis. Onde ele promete que de tudo que DEUS lhe desse ele daria o dizimo.

O Dízimo foi estabelecido como lei para que a tribo dos levitas pudessem viver entre a nação de Israel, estes não tinham herança e em Levíticos 27 os dízimos são instituídos.

Levítico 27:32 Quanto a todo dízimo do gado e do rebanho, de tudo o que

passar debaixo da vara, esse dízimo será santo ao Senhor.

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O dízimo como uma forma de adorar a DEUS com nossos bens e demonstrar com ele uma aliança, são tratados em todo o antigo testamento, o afastar da nação de Israel da pratica de entregar o dízimo é tratado diversos livros da Bíblia. Desde o reestabelecimento de algumas praticas também ligadas a adoração e os serviços na Casa do SENHOR, com a reconstrução do Templo, como nos períodos de voltas do exílio. A função dos dízimos era o sustento daqueles que viviam integralmente no serviço da casa, estes também apresentavam o dízimo destes dízimos.

Este é para alguns um assunto controverso, pois o mesmo não aparece com tanta freqüência no Novo Testamento, porém os ao avaliarmos alguns textos bíblicos, vamos encontrar o próprio JESUS em momentos de adoração a DEUS com ofertas, primícias e dízimo.

O próprio JESUS ao falar com os escribas e fariseus, considerados classes que tinha m grande conhecimento da lei (fariseus eram uma seita judaica), porém com um discurso diferente de sua pratica, temos a repreensão quanto a esta postura, mas uma ênfase em continuar com a pratica de devolver o dízimo.

Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da

hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.

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JESUS deixa bem claro que mais importante é agir com justiça, misericórdia e fé, porem enfatiza que o dar o dízimo é algo que deve ser feito. Temos a mesma passagem no Evangelho de Lucas.

Lucas 11:42 Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, e da

arruda, e de toda hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas.

É importante frisar que estes dois evangelhos foram escritos para públicos distintos, e o documentar desta passagem é de grande importância, pois o Evangelho de Lucas foi escrito para os judeus convertidos, e o autor considera algo importante deixar registrado a continuidade de um princípio que se inicia por um dos patriarcas. Ao falar do que é importante JESUS também cita o item fé, e o que inicia o princípio do dízimo, como citado anteriormente é uma atitude de gratidão e de fé.

No evangelho de Lucas, considerado um dos evangelhos mais completos e o único preocupado em organizar os seus escritos de uma forma cronológica, também registra a orientação de JESUS a este respeito.

Como o dízimo iniciou em Melquisequede, temos uma referencia muito interessante a este sacerdócio na carta aos Hebreus no capitulo 5, com uma definição clara e citando

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também outro texto das escrituras, informando que JESUS era um sacerdote da ordem de Melquisedeque. Esta afirmação é confirmada no capítulo 6:

Hebreus 06:20 aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito sacerdote para

sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Esta referecia pode nos levar a uma reflexão interessante no tocante ao dizimo, se o mesmo iniciou em uma oferta voluntária e feita como uma atitude de gratidão para Melquisedeque, não seria o mesmo para JESUS que foi feito nosso sacerdote para sempre? Não há textos bíblicos que retirem a pratica de devolver o dizimo para a casa de DEUS no Novo Testamento, tão pouco alguma orientação de JESUS para que este principio deixe de ser aplicado.

O dizimo é uma forma de honrar ao SENHOR com nossos bens, uma forma de independente da quantia (em valores), todos colocarem diante de DEUS uma oferta igualitária, pois trabalha com um percentual e não uma quantidade/valor especifico.

Dizimar é uma forma de demonstrar gratidão a DEUS e manter uma aliança com DEUS, no que diz respeito ao demonstrar isso de forma física, finanças, adorando-o com os nossos bens. Como tudo o que propomos, coloque em oração

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para que isto possa ser confirmado , mas procure aplicar os princípios ensinados na Palavra de DEUS.

Independente de qualquer crença ou do que você entende sobre este assunto, poderíamos colocar algumas vantagens naturais no que diz respeito da pratica de devolver o dízimo. Quando praticamos este principio, aprendemos algo extremamente importante: viver com menos do que você ganhamos. Pode parecer algo simples, mas muitos dos problemas financeiros que as pessoas enfrentam hoje em dia, se devem ao fato de gastarem tudo o que ganham, ou mesmo de gastar mais do que recebem. Quem gasta tudo o que ganha, provavelmente em algum momento da vida, irá se endividar, pois em qualquer situação não planejada de dificuldade financeira, será necessário recorrer a algum tipo de crédito, ou mesmo se desfazer de seus bens.

Outra vantagem a obrigação mínima de controlar um pouco as suas finanças, se nos dispostos a devolver uma determinada quantia, esta deve ser calculada, o que vai gerar a necessidade de ao menos calcular as suas entradas financeiras, o que já é um primeiro passo que você inicie um controle financeiro.

Mais um fator que pode ser citado faz menção ao seu senso de propósito, de saber que você esta contribuindo para algo maior do que os seus anseios particulares, para expansão do Reino de DEUS e para que vidas sejam salvas. Independente de como acontece com a administração das finanças dentro das igrejas

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cristãs, pois existem inúmeras características, o objetivo final é sempre levar o Evangelho para que pessoas sejam salvas e tenham suas vidas transformadas por JESUS e o Espírito Santo.

Além de todas estas vantagens, a possibilidade de demonstrar gratidão para DEUS, também nos possibilita uma sensação de dever cumprido, e é uma das formas de demonstrar amor e nos sentirmos amados, investindo financeiramente, presenteando.

A Bíblia certamente é a melhor fonte de informações a respeito de qualquer assunto, por isso este capítulo tentou de uma forma simples exemplificar e explicar alguns conteúdos a respeito de finanças na Palavra de DEUS.

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C A P Í T U L O 2

Finanças e o Reino

FINANÇAS E O REINO

Vamos utilizar uma parábola de JESUS para demonstrar algumas questões referentes a forma como devemos lidar com as finanças no Reino de DEUS. Existem diversos princípios escondidos nas parábolas que podem nos ensinar muito,

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estaremos adotando uma em específico, para que possamos compartilhar sobre este tema.

Mateus 2514 Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país,

chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens:15 a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um

segundo a sua capacidade; e seguiu viagem.16 O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com

eles, e ganhou outros cinco;17 da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois;18 mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o

dinheiro do seu senhor.19 Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez

contas com eles.20 Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe

outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.

21 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

22 Chegando também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.

23 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

24 Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e recolhes onde não joeiraste;

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25 e, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.

26 Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei?

27 Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.

28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos.29 Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância;

mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.30 E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e

ranger de dentes.

Vamos trabalhar pontualmente esta passagem, de modo que possamos entender sobre finanças e o Reino, nesta parábola JESUS esta falando sobre como é o Reino de DEUS, usando o cuidado com as finanças para exemplificar alguns princípios, e alguns estarão sendo avaliados nos pontos seguintes:

TUDO PERTENCE A DEUS

Mateus 2514 Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país,

chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens:

No versículo 14 Mateus descreve a instrução de JESUS fazendo referencia ao Reino dos Céus e ELE nos diz que o SENHOR entrega aos seus servos os seus bens.

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E aqui notamos um princípio, tudo vem de DEUS, este entendimento como já citado anteriormente é realmente algo muito importante. DEUS é o criador de toda a terra, partindo desta premissa, literalmente tudo o que existe é dELE. Podemos dizer que DEUS tem a patente de fabricação de tudo o que existe na terra, ao menos no que diz respeito a toda a matéria prima existe no planeta, contando também todos os seres vivos que são sua criação.

Independente do bem material que você acha que possua, na essência tudo isso pertence a DEUS. ELE criou a terra e os mundos como podemos verificar nos primeiros capítulos de Gênesis e como citado no livro de Salmos no capítulo 50 tudo pertence a ELE. Então tudo o que temos, mesmo que criado por homens, como nossos carros, celulares, ou qualquer outro bem material, não foi criado do nada, pois o homem não tem o poder ou capacidade de criar matéria, este é um atributo único e exclusivo de DEUS. ELE é o Criador. Partindo deste entendimento, temos o segundo ponto que será avaliado ainda utilizando este versículo:

SOMOS MORDOMOS

Se tudo o que existe não é nosso, temos uma função nesta terra, a função de servos ou mordomos de tudo o que nos foi dado. Podemos utilizar a Primeira Epístola de Paulo ao Coríntios no capítulo 4 para corroborar com a afirmativa de que somos

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apenas mordomos. Este aspecto também nos ensina muito, pois muda um pouco a perspectiva com que lidamos com tudo o que temos. Se somos mordomos, servos, temos um SENHOR e ELE deve ter um propósito para tudo o que ELE nos permite gerenciar, e administrar. Este entendimento nos leva a pensar um pouco além das nossas próprias vontades e dos nossos próprios anseios quanto ao que nos é dado materialmente.

Entendo que ao falar sobre o que nos é dado, muitos podem pensar: - Ninguém me deu nada, tudo o que tenho eu conquistei, foi o meu trabalho o meu suor, o meu esforço. E certamente honramos e respeitamos este pensamento, mas quando usamos a premissa anterior de que DEUS criou tudo, até mesmo a nós, podemos pensar que ELE nos dá a condição para adquirir todas as coisas, ou como citado por Moisés na bíblia, é o SENHOR quem nos dá força para adquirir riqueza (Deuteronômio 8.18).

Ao pensar que tudo nos é dado, e somos mordomos, fica também mais fácil nos desligarmos do que é material, o que nos permite viver com mais liberdade, pois literalmente os “tesouros” desta terra, literalmente se corroem. Riquezas vem e vão, bens materiais perdem o seu valor, podem ser roubados, tirados, e se a sua alegria esta atrelada a estas questões transitórias, muito provavelmente você já passou por mais estresse emocional e ansiedade do que precisava.

O amor ao dinheiro e as questões materiais, nos levam a estabelecer uma conexão com coisas e coisas não mudam, nós

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como seres humanos mudamos diariamente, não somos os mesmos ao assistir algo, ao ler algo, ao conversar com alguém, por isso a ligação com objetivos inanimados ou o amor a estes pode levar a frustração em um determinado momento. Pois nós estamos em constante mudança, tanto biologicamente, quanto emocionalmente, nas nossas vontades e em nossa aquisição de conhecimento (emoções, vontades e conhecimento dizem respeito a nossa alma), por isso uma aquisição, um bem material ou qualquer outra “coisa” vai nos trazer um contentamento momentâneo. Coisas não mudam, nós mudamos.

Salomão um dos homens mais sábios da terra, no livro de Provérbios no capitulo 22 no versículo 7, que: “O rico domina sobre os pobres; e o que toma emprestado é servo do que empresta.” No original do hebraico a palavra servo é a mesma de escravo, ou seja se você tem dívida com algo ou de algo, você se torna escravo deste objeto ou empresa. Obviamente a ideia não é a mesma daquele tempo, até porque as bases de valores daquela sociedade diferem muito da que vivemos hoje, justiça e honra eram questões importantes naquele tempo. Porém com este provérbio notamos que se temos algum tipo de divida, nos tornamos de certa forma escravos de alguém ou algo.

Quando nos colocamos nesta perspectiva, poderemos notar que em muitos momentos somos escravos de situações, empresas, nosso nível sócio econômico, entre outras coisas. Isto se torna real, quando em nosso discurso, dizemos que não podemos fazer

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algo, porque precisamos trabalhar mais, porque se não mantivermos determinado nível sócio econômico perderemos nossa família, etc… Na realidade nos tornamos escravos de alguma situação, trabalho, empresa quando não fazemos o que é prioridade, porque estamos em uma busca constante por dinheiro.

Um exemplo seria um pai de família que diz que não pode passar mais tempo com seu filho e esposa pois precisa trabalhar mais, precisa ser promovido, precisa trazer mais para dentro de casa. Não estamos dizendo que não devemos trabalhar, na verdade o trabalho é uma benção em nossas vidas, mas aqui estou apontando para as situações que literalmente nos afastam do que realmente deveríamos fazer, do que realmente deveríamos valorizar. O que acaba levando alguns para um cativeiro, tornando algumas pessoas literalmente escravas de determinadas situações, trabalhos, etc. É necessário identificar os tempos e estações de nossas vidas, há momentos de realmente nos dedicarmos ao trabalho, ao estudo, a busca de recursos, mas se isso se torna nosso único objetivo, é importante parar e refletir sobre quais são nossas reais prioridades.

A Palavra de DEUS nos orienta a buscar a ELE, seu Reino e sua Justiça em primeiro lugar! Isso coloca todas as outras coisas no seu devido lugar, não permitindo que venhamos a nos tornar escravos de nenhuma situação, nos levando a literalmente mesmo como mordomos, viver uma vida de liberdade.

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Outro fator importante que podemos ressaltar ao entender que somos mordomos é que os bens que nos são dados para gerenciar, mesmo que estando sob nossa autoridade, pertencem ao nosso SENHOR. Esta consciência também nos traz a oportunidade de ter a DEUS como o nosso sócio em tudo o que temos. Inicialmente pode parecer estranho, mas imagine a possibilidade de ter alguém que sabe de tudo, tem poder para fazer tudo e está em todo o lugar como seu parceiro/sócio em todos os seus bens, sua empresa e seus empreendimentos.

AS QUANTIAS NAO SAO IGUAISQuando analisamos esta parábola vamos notar algo muito

importante, as quantias que são dadas não são iguais para cada um dos servos. E quando pensamos nisso, podemos indagar que a distribuição no foi correta, mas quanto pensamos em Reino de DEUS, as estruturas não são as mesmas da nossa sociedade, no Reino é mais importante a justiça do que o conceito de certo ou errado, a justiça no padrão de DEUS é perfeita. ELE age com justiça, e por isso a distribuição das quantias não foi igual para cada um dos servos.

Antes de explicar de forma mais direta, seria interessante pensar na seguinte ilustração. Uma família que possui uma renda, com um pai, uma mãe e dois filhos, um de 12 anos de idade e outro de 8 anos. No momento em que os pais unem as rendas da família, ao invés de direcionarem para as despesas da

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casa, eles resolvem que todos são família e então dividem o salário em 4 em quantias iguais para cada um. Podemos até pensar que esta atitude foi linda, que os pais foram muito corretos, visto que entendemos todos como parte da família, porem a divisão não é justa, por quê? Pois as crianças não tem a capacidade de administrar estes valores, provavelmente gastariam em supérfluos, em doces, presentes para eles mesmos e as próprias contas da casa, necessárias para suas próprias necessidades básicas, poderiam passar fome, não ter água para beber, luz elétrica, etc. O que tornaria o processo injusto para eles mesmos!

Baseado nestas questões e analisando o versículo 15 de Mateus 25, temos descrito que ELE deu a cada um uma quantia: “…a cada um segundo a sua capacidade…”, e este é o padrão de justiça, notamos pelo resultado final desta parábola que realmente o que recebeu uma quantia menor, foi o que não administrou de forma correta esta quantia. Este padrão, embora inicialmente possa parecer “estranho” é para todos nós motivo de alegria, ou seja DEUS nos dá de acordo com a nossa capacidade, então se aumentarmos a nossa capacidade, temos a possibilidade de receber mais! Se você esta lendo este livro, esta buscando e certamente quem busca encontra! Isto indica que você está aumentando a sua capacidade, o que tendencialmente vai viabilizar maiores possibilidades de receber de DEUS.

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Posso usar um exemplo simples, se você esta hoje em uma situação de dividas e problemas na área financeira, quem sabe um dos pensamentos que temos nestes períodos é: se minha renda fosse maior, isso não teria acontecido, o que eu preciso é ganhar mais! Pode até ser, ou quem sabe se houvesse mais dinheiro para você administrar, muito possivelmente você poderia estar em uma dívida maior, pode parecer até um pré-julgamento, mas se você pensar bem, faz sentido uma afirmação como esta. Ela não é uma regra em todos os casos, mas se aplica em muitas situações.

A grande lição é que devemos crescer em capacidade, na mesma medida do anseio que temos por receber mais de DEUS, isso se aplica certamente a área financeira, mas pode ser replicado para outras áreas de nossa vida. Aumente a sua capacidade, busque conhecimento, busque sabedoria, busque mais de DEUS e aumente a sua capacidade, pois DEUS é uma fonte inesgotável e tem prazer em lhe dar, em cada área de acordo com a sua capacidade, vinho novo precisa de odres novos!

Concluindo este ponto, ao pensarmos no anseio de buscar mais recursos e a possibilidade de maiores conquistas na área financeira, a resposta esta literalmente no entendimento deste ponto, de que recebemos de acordo com a nossa capacidade, ou seja o simples desejo de receber mais não basta, mas é necessário o investimento em capacidade.

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RECURSOS DEVEM SER TRABALHADOS

A passagem também nos mostra algo muito interessante, os servos entendidos como servos fieis, foram aqueles que colocaram as finança para trabalhar. É interessante pois ambos trabalharam com os recursos que receberam, este investimento gerou para ambos o aumento das quantias que estavam sob seus cuidados. Um fator interessante é que o investimento de ambos foi de 100%, eles utilizaram os seus recursos colocando-os para trabalhar a seu favor.

Com esta atitude dos servos fieis, gostaria de comentar sobre algo muito interessante, estes servos foram senhores sobre aquelas quantias, se for possível resumir a ideia, podemos notar que as finanças/talento (dinheiro), trabalhou para estes servos enquanto o servos infiel, guardou o dinheiro, teve medo de lidar com situações referentes ao dinheiro, ou podemos dizer que deixou o dinheiro ser seu senhor.

Partindo desta linha de reflexão, podemos chegar a conclusão que as riquezas/finanças são um bom servo porém um mau senhor. Como citado anteriormente não podemos servir a dois senhores, a DEUS e ao dinheiro. As questões financeiras, não devem ser em nossas vidas um limitador, tão pouco algo que vai nos impedir de fazer o que é uma prioridade.

Quando as finanças nos impedem de fazer algo que é prioridade em nossas vidas, devemos nos questionar se realmente estamos sendo senhores sobre o dinheiro, ou se o dinheiro tem

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determinado quais são as nossas prioridades. Um exemplo mais claro é quando ao invés de passar tempo de qualidade com sua família, se for casado sua esposa ou marido, se tiver filho com os seus filhos, você tem de ficar fora sempre em busca de mais dinheiro, para que possa mudar o padrão de vida.

Gostaria de deixar claro que existem situações, estações, e algumas necessidades básicas que precisam ser supridas na vida de sua família, e se é necessário trabalhar intensamente para estas questões isso deve ser feito. No entanto quando esta é a rotina de sempre em nossas vidas, se sempre estamos buscando mudar o padrão financeiro a todo momento e em nosso discurso algumas frases aparecem, como por exemplo:

“- Não posso passar mais tempo com meus filhos, porque preciso trabalhar.”

“- Não tenho como estar com minha esposa pois não podemos baixar o nosso padrão e para isso preciso….”

Precisamos nos questionar se realmente estamos dominando, sendo senhores das riquezas, ou se estamos sendo dominados por elas. Quando o que realmente é prioridade para você, de acordo com os valores que você estabeleceu, ou se você é cristão, de acordo com o que DEUS coloca como prioridade, estão sendo deixados de lado em virtude de questões financeiras, é importante que possamos rever o modo como estamos vivendo.

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E se isso esta acontecendo, que possamos agir como os servos fieis, e colocar os recursos/talentos para trabalhar para nós e não o oposto. Assuma o controle destas questões, reavalie as suas prioridades, aumente a sua capacidade e assuma o controle! Lembre-se que o dinheiro é bom servo mas literalmente não é um bom senhor.

Todos os recursos colocados sobre as nossas vidas devem ser investidos de acordo com o padrão de DEUS, e qual é o padrão de DEUS para isto? A base esta nos dois mandamentos: Amar a DEUS de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo. Os recursos devem ser investidos no Reino de DEUS, para você (amar como a ti mesmo) e também deve ajudar o próximo (amor ao próximo). Invista no Reino em sua igreja local, pois você é a igreja, invista em você, sua família e que os seus recursos possam abençoar também os necessitados.

Estas orientações em nossa conduta com as finanças, nos colocam em condições favoráveis de cumprir com os propósitos destes recursos, beneficiando não apenas as nossas vidas, mas também tocando outras vidas. A importância desta postura é porque um dia haverá um acerto de contas, vamos prestar contas de tudo o que recebemos e de como lidamos com tudo o que recebemos, na própria parábola o SENHOR, o dono real de tudo pede contas sobre os talentos que haviam sido deixados. Foram encontrados como fieis aqueles que investiram, que

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multiplicaram, que dominaram sobre as finanças e não foram dominados.

O servo infiel não é tido apenas como infiel, mas como preguiçoso. Realmente quando pensamos em como gerenciar todas estas questões, reorganizar nossas prioridades, ser fiel a DEUS, contribuir em diversas esferas, etc… certamente tudo isso exige trabalho. O servo infiel preferiu enterrar seu talento, não fazer nada, não reproduzir ou multiplicar e para justificar a sua falta de atitude ele ainda culpa o SENHOR dos talentos. Saiba que haverá um acerto de contas, e que isso possa te motivar positivamente a agir em amor e cuidar de tudo o que foi colocado sobre a sua vida.

Outro ponto interessante para que possamos avaliar é que a má visão que o servo tem de seu SENHOR, se estabelece como uma desculpa para não fazer o que é correto. Isso é algo importante quando pensamos na área financeira, pois muitas vezes colocamos alguns objetivos para nossas finanças como: gostaria de ajudar nisso, ou de investir naquilo, mas vou fazer quando ganhar mais. Se você se encaixou de certa forma nestes dois exemplos, sugiro que estabeleça não apenas objetivos para o uso de suas finanças, dentro do que você julga prioridade, mas também metas (quando) você vai começar a investir, ajudar, contribuir. Comece agora, mesmo que você tenha apenas um “talento” invista, faça o dinheiro trabalhar para você e dê atenção para o uso correto das finanças no que é prioridade.

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Embora um dos servos tenha recebido uma quantia menor em relação aos demais, isso o valor de um talento equivalia a aproximadamente 59 kg de ouro.

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C A P Í T U L O 3

Como fazer na Prática

No capítulo anterior falamos sobre a dinâmica do Reino, e algumas questões referentes ao nosso papel e postura diante de leis espirituais e do ensino ministrado por JESUS na parábola

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dos servos. Neste capítulo estaremos trabalhando com dicas práticas que devemos ter ao nos referirmos a finanças!

Para tal estaremos utilizando um dos milagres de provisão mais impressionantes que temos documentados na Bíblia, a multiplicação de mães e peixes. Este milagre que aconteceu duas vezes, é documentado ao menos uma vez em cada um dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Estaremos utilizando o texto descrito em Mateus no capítulo 14 para trabalharmos com princípios praticas de como lidar com a provisão que recebemos de DEUS.

Mateus 14.16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam ir embora; dai-lhes vós de

comer.17 Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois

peixes.18 E ele disse: trazei-mos aqui.19 Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva,

tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões.

20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios.

21 Ora, os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.

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IDENTIFICOU O CENÁRIO

Se você quer uma mudança na área financeira, se você esta bem, para melhorar mais, ou se você ainda precisa se estabilizar nesta área, a primeira coisa que precisamos fazer é identificar o cenário. JESUS identificou que havia uma demanda, ele pediu para que levantassem todos os recursos possíveis, o que era de comer, como a situação poderia ser resolvida, quem tinha alguma provisão, etc.

Quando pensamos em uma forma pratica para iniciarmos uma mudança financeira, é necessário avaliar o cenário. É preciso descobrir quais os recursos que temos disponíveis, quais são minhas fontes de renda, o que tenho de ativo (bem que me gera lucro), meus passivos (bens que geram gastos), quais as despesas, o que é realmente necessário, o que pode ser eliminado, é importante que possamos literalmente avaliar toda a sua entrada e saída na área financeira.

De acordo com o texto verificamos que os apóstolos fizeram uma busca minuciosa, chegando com precisão ao total de recursos que eles tinham. Cinco pães e dois peixes, para uma multidão como aquela esse era um recurso muito pequeno, mas não deixou de ser identificado. Aqui vemos a importância de um controle financeiro.

Se temos o anseio de ver uma mudança em nossas vidas nesta área é importante que possamos realmente verificar cada centavo tanto de nossas entradas quanto de nossas saídas. Antes mesmo

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de estabelecer um orçamento é importante que possamos, ter documentado todos os nossos gastos, desde os centavos dados em uma bala até as grandes quantias, gastos fixos, etc... e à partir disto estabelecer então um plano financeiro.

DEMONSTROU GRATIDÃO

Ao chegar ao conhecimento de JESUS que haviam apenas aquela quantidade limitada de pães e peixes, o Mestre pede aquele recurso. E aqui notamos outro fator importante dentro desta passagem, independente de que tamanho seja o seu recurso financeiro, lembre-se que tudo é de DEUS, tudo nos é dado por DEUS, por isso consagre estes recursos a ELE.

Na passagem vemos a obediência destes homens que entregam estes recursos na mão do SENHOR, eles confiam nELE e realmente depositam sobre ele os recursos adquiridos. E como fazer isso hoje em dia de forma prática? Simplesmente pergunte para o DEUS o que ELE quer os seus recursos, qual a forma de agir para com ELE. Já falamos nos capítulos anteriores, mas o colocar DEUS em primeiro lugar na área financeira é algo demonstrado aqui de forma prática por aqueles homens.

E o que acontece depois de consagrarem à DEUS os recursos? JESUS pega aqueles pães e peixes e agradece! Aqui temos um outro princípio bíblico muito forte, seja grato. A própria Palavra de DEUS nos diz:

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Em I Tessalonicenses 05: 18 Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

Quando JESUS recebe aquele recurso da mão dos seus apóstolos ELE não reclama da quantidade, não faz nenhum comentário depreciativo, tão pouco diz que os recursos não são suficientes, mas agradece à DEUS.

Esta atitude nos mostra como devemos agir com os recursos que recebemos de DEUS, quantas vezes ao invés de agradecer logo que recebemos nosso salário, comissão, lucro, vale, etc... a primeira palavra de nossas bocas acabado sendo de murmuração por aquele valor, ou até declaramos coisas como: não vai dar para fazer nada com isso, que salário horrível, etc. Nesta passagem tão rica em ensinamentos, vemos a postura do próprio JESUS quando se depara com qualquer recurso que ELE recebe, ELE agradece à DEUS.

Que possamos em todo o recurso que recebemos, entregar nas mãos dELE, pedindo para ELE a direção de como utiliza-lo e como o Apóstolo Paulo nos instrui que possamos ser gratos por tudo o que recebemos e temos. Em tudo agradeça.

REPARTIU

Logo após JESUS pedir por aquele alimento e agradecer por aquela quantidade, mesmo parecendo um recurso limitado para

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alimentar milhares de pessoas, JESUS tem uma atitude inusitada, Ele pega os pães o peixes e reparte!! E qual é o princípio aqui?

Reparta!!! Como vemos em Eclesiastes no capítulo 11, Salomão também nos instrui a jogar o pão sobre as águas e a reparti-lo. Se você tem achado que seus recursos são poucos, reparta-os! Muitas vezes uma atitude como esta pode parecer impossível de fazer sentido, pois se nossos recursos já parecem não serem suficientes para nós, como podemos repartir?

Gostaria de demonstra de forma pratica como isso funciona com uma rápida ilustração. Imagine que você vai fazer um churrasco em sua casa, algo comum para nós brasileiros, com recursos limitados você optou por uma “linguiçada com pão”, comprou o necessário para dez pessoas, pensando em cada uma comer algumas poucas linguiças e pão e de repente seus convidados chegam como mais convidados! Totalizando agora 15 pessoas. O que fazer??? Digamos que você havia pensado na proporção de dois pães por pessoa e pegou alguns a mais para um ou outro amigo, digamos que uns 24 pães, como resolver agora este problema. Simples, mande picar a linguiça quando sair do fogo e corte os pães no meio!!! Mesmo com os mesmos recursos em valores absolutos, agora você tem a possibilidade de trabalhar com 48 pequenas porções! Sei que no total absoluto, nada mudou, mas o efeito sim.

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O que JESUS esta nos ensinando aqui é que sempre temos a possibilidade, mesmo ainda sem contar com o milagre de DEUS, de dividir os recursos que temos. Muito provavelmente é com a intenção de nos tornamos mais parecidos com DEUS, um doador, que este ensinamento é colocado por JESUS. Quando dividimos os nossos recursos, não apenas com os outros, mas dividimos também em porções para que os mesmos sejam distribuídos dentro do nosso orçamento (uma porção para dar, uma porção para guardar, uma porção para investir), teremos a possibilidade de olhar para os mesmos recursos de uma forma diferente.

Após repartir os peixes JESUS também os repartiu entre os discípulos, repartir nos torna doadores, muda a nossa mentalidade que tende ao egoísmo e trabalha o caráter de DEUS em nós.

Nos tornamos mais parecidos com DEUS, pois isso demonstra generosidade, semelhantes ao nosso Criador.

DEU PODER AOS DISCÍPULOS

JESUS permitiu aos discípulos a participar de um dos milagres mais incríveis no que diz respeito a multiplicação de provisão. Note que JESUS permitiu aos discípulos a distribuição do que havia sido abençoado e repartido, ou seja quem

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realmente fez o milagre não foi exatamente JESUS, mas estes simples homens que distribuíram com fé a provisão abençoada.

CONCLUSÃO

A fé necessária aos discípulos para distribuir os pães e os peixes é a mesma fé que lhe é requerida para praticar os princípios apresentados neste livro. Espero que a exposição de alguns destes princípios contidos na Palavra de DEUS, possam trazer uma mudança duradoura em sua vida financeira. Que o SENHOR te prospere diariamente em Nome JESUS.

Fábio Okazaki

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