finalidades e práticas educativas em creche 1

16
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Rua Júlio Dinis, 931 - 3.º Esquerdo 4050-327 Porto www.cnis.pt [email protected] Tel 226 068 614 / 226 065 932 Fax 226 001 774

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Page 1: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Rua Júlio Dinis, 931 - 3.º Esquerdo 4050-327 Porto

www.cnis.pt

[email protected]

Tel 226 068 614 / 226 065 932 Fax 226 001 774

Gabriela PortugalUniversidade de Aveiro

Page 2: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

F INALIDADES E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM CRECHE

das relações, actividades e organização dos espaços ao currículo na creche

1

Gabriela PortugalUniversidade de Aveiro

Page 3: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

3

Page 4: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

4

índice

ÍNDICE

4 ONDE QUEREMOS CHEGAR

6 COISAS QUE SABEMOS SOBRE COMO LÁ CHEGAR

8 PARA LÁ CHEGAR práticas pedagógicas

a. Desde o nascimento até cerca dos 9 meses de idade

c. A partir dos 18 meses de idade

d. Aos 2 anos de idade

12 LÁ CHEGAREMOS

14 BIBLIOGRAFIA

Page 5: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

5

N -tir que as experiências e rotinas diárias da criança

assegurem a satisfação das suas ne-cessidades:

-ção da temperatura, descanso);

-ções calorosas e atentas);

saber o que se pode e o que não

contar com os outros em caso de necessidade);

-

aceite e apreciado, ser escutado, respeitado e ser tido em considera-ção, de ser parte de um grupo, sen-timento de pertença);

bem sucedido, experienciar suces-

a fronteira das actuais possibilida-

-

sentido, de se sentir bem consigo próprio, em ligação com os outros e com o mundo).

GARANTIDA A SATISFAÇÃO DAS SUAS NECESSIDADES, ES-TÃO REUNIDAS AS CONDIÇÕES BASE PARA A CRIANÇA CONHE-CER BEM-ESTAR EMOCIONAL E DISPONIBILIDADE PARA SE IM-PLICAR EM DIFERENTES ACTI-VIDADES E SITUAÇÕES, ACON-TECENDO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGENS, CONSUBS-TANCIADO EM FINALIDADES EDUCATIVAS.

Page 6: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

finalidades educativas em creche

_ onde queremos chegar?

6

FINALIDADES

EDUCATIVAS

NA CRECHE

O de segurança e auto-estima

próprio corpo, comportamento e mundo; sentimento de que nas dife-

de sucesso são maiores que as de insucesso e que os adultos podem

-ança e competência.

O

sentimento de que descobrir coisas

capacidade de ter um efeito nas coi-sas e de actuar nesse sentido com persistência.

A competência social e comunica-

do auto-controlocontrolar os comportamentos, de formas adequadas à idade), esta-belecimento de relações, o desejo

sentimentos com outros, sentido

conjugar as necessidades e desejos

situação de grupo).

Page 7: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

7

desenvolvimento do currículo em creche

coisas que sabemos sobre como lá chegar

Bebés ou crianças muito pe-quenas necessitam de aten-ção às suas necessidades

-põe uma relação com alguém em

interacção com outras crianças; li-berdade para explorar e descobrir o mundo, a experiência de um am-

ASSIM, TORNA-SE FUNDAMEN-TAL QUE O PROGRAMA DE CRE-CHE INCLUA:

-ças e uma ratio criança-adulto bai-

mobilidade dos técnicos, asseguran-do-se continuidade nos cuidados à criança.

-lorosos, estimulantes e promoto-res de autonomia, com formação

pequena, que compreendam a im-portância das relações precoces e

-

Page 8: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

8

desenvolvimento do currículo em creche

_ coisas que sabemos sobre como lá chegar

DELINEADAS AS FINALIDADES EDUCATIVAS, IMPORTA CONSIDERAR UM PLANO DE DESENVOLVIMENTO E DE APRENDIZAGEM. EM CRECHE, COMO TRABALHAR E ALCANÇAR

O importante, pois grupos pequenos permitem mais intimidade e segurança, permitindo ofe-

-quenos grupos, os diálogos entre adultos e crianças, atra-

--

fácil ir ao encontro das suas necessidades e capacidades.

BRINCAR, a ATENÇÃO À EXPERIÊNCIAa atenção ao seu BEM ESTAR e qualidade da IMPLICAÇÃO

QUALIDADE DAS RELAÇÕES que se estabelecem com

-

muito além de uma mera relação de “tomar conta”. Práticas

e focalizam-se na promoção da sua implicação e bem-estar,

do seu mundo.

-

Page 9: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

9

práticas pedagógicas

para lá chegar

A. Desde o nascimento até cerca dos 9 meses de idade a criança necessita antes de mais de experienciar segurança. A criança necessita de cuidados ca-lorosos que se estabelecem no seio de uma relação próxima com um adulto.

que as crianças entendem o mundo como um local seguro, interessante e

outros e em si próprias. O papel do adulto é aprender os ritmos de sono e alimentares do bebé, per-

suas preferências na forma de ser alimentado, posto a dormir ou confortado,

-

O dia de um bebé organiza-se em torno de experiências de cuidados diárias -

tos importantes oferecendo oportunidades únicas para interacções diádicas, e para aprendizagens sensoriais, comunicacionais e atitudinais. Quando as

aprendem que as suas necessidades e os seus corpos são importantes. Os bebés necessitam de amplas oportunidades para experimentar

-soriais e motoras. Antes de conse-

bebés dependem dos adultos para

apresentarem um objecto ou acti-

bem organizado, onde objectos es-

-

-raja a curiosidade, a exploração, e permite que cada criança estabeleça uma relação com o mundo ao seu próprio ritmo.

Page 10: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

10

B. -

-

a construir uma identidade enquanto exploradora, pro--

nesta fase as crianças necessitam de praticar a indepen--

pelo seu próprio pé têm um profundo efeito nas rela-ções entre as crianças e os adultos. Os bebés podem

-gar mas, à medida que brincam, procuram a segurança

adultos atentos e capazes de criar um ambiente de ex-

-ram muitas coisas sobre linguagem e comunicação. Ago-

uma competência básica numa situação de comunicação

crianças se expressam ainda com uma fala de bebé onde -

tra o seu interesse em compreender a criança, escutan-

-

-

práticas pedagógicas _ para lá chegar

Page 11: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

11

C. A partir dos 18 meses de idade a questão da autonomia e identidade

dominante para as crianças, muito associada às dimensões de indepen-dência e controlo. Claro que o sen-tido de segurança que se começou a

continuam. Os adultos podem aju-dar as crianças a encontrar as formas

-troduzindo orientações ou regras sociais quando pertinente. Torna-se

crianças que apoiem a autonomia e auto-estima, sem esquecer que na sua procura de independência e au-

de oportunidades para fazerem es-

atenção e compreensão de adultos

D. Aos 2 anos, a criança con--

mundo que descobre. Neste processo de compreensão da

da linguagem assume-se como uma ferramenta crucial, sendo

-das oportunidades para que a

-

-

-

No decurso do seu terceiro ano

gosta de imitar o jogo das outras crianças, surgindo comporta-mentos, mais ou menos esporá-dicos, de cooperação fugidia. O

-

e disputas, que surgem natural-mente à medida que as crianças entram em contacto umas com as outras, aprendendo pouco a

com os outros. Ajudada pelo adulto, a criança aprende a adiar a satisfação imediata de um de-sejo, a esperar, a alterar a forma de o satisfazer, percebe, pouco a pouco, que importa conside-rar as necessidades dos outros e as regras do funcionamento em grupo. Existindo uma gran-

às competências das crianças, o adulto necessita de perceber

ou quando pode dar espaço para

-mento da capacidade para lidar com a tristeza ou com o medo depen-de, em larga medida, da existência de uma relação segura com adultos

num clima de tolerância e que acei-tam a expressão de emoções.

“AOS 2 ANOS, A CRIANÇA

CONTINUA A AFIRMAR A SUA

AUTONOMIA E A ATRIBUIR SIG-

NIFICADO AO MUNDO QUE

DESCOBRE.”

Page 12: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

12

E. A organização do espaço na cre-

Sabemos bem que o ambiente, a parte -

pacial e oportunidades para aconteci--

jogo da criança e as suas interacções com os outros, pode facilitar ou não a sua autonomia e as rotinas, os mo-

bem-estar estético. A organização do espaço pode facilitar aprendizagens,

-de, potenciar autonomia e relações

um clima familiar, onde as crianças co--

dades para explorações, descobertas e estabelecimento de relações sociais, exercitando a sua autonomia e compe-tências, permite às crianças sentirem--se robustecidas na sua auto-estima. Na organização de um contexto que respeite as necessidades de todos

-ferentes idades…) é importante que os espaços ofereçam às crianças uma

gere confusão ou que seja posta em causa a segurança da criança; incluam

exemplo, a existência de um sofá na

elementos que introduzem uma nota de ambiente familiar e que predispõe à aproximação entre as pessoas, adultos e crianças); não se ignore ainda a necessida-

-mente descansar.

-riores é igualmente importante. Ao

--

cos, pedras, etc., as crianças encon-

situam no prolongamento das suas capacidades e realizam descobertas

-

Aliás, se se considerar a grande suscep-tibilidade das crianças muito pequenas

-

um maior usufruto dos espaços exte-

integração do espaço exterior no cur-

práticas pedagógicas _ para lá chegar

Page 13: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

13

TRequer ainda atitudes de respeito, compreensão e em-

-

na resolução de problemas.

-perior, que não se coaduna nem com uma abordagem baseada no senso comum, nem com uma abordagem

Page 14: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

14

Sabendo que cada bebé e criança muito pequena -

do esta a fazer parte da sua forma de sentir e

-

de qualidade.

“OBSERVAR, PERGUNTAR,

FLEXIBILIZAR SÃO

ATITUDES BÁSICAS NUM

ATENDIMENTO RESPONSIVO

E QUALITATIVAMENTE

SUPERIOR”

lá chegaremos

Page 15: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

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Prof. Doutora Gabriela Portugal

Associação Popular de Apoio à CriançaCentro Social ErmesindeCentro Social S. PedroObra Diocesana de Promoção SocialSanta Casa da Misericórdia de Chaves

Fábio RT Castro

ficha técnica

ImpressãoCasa de Trabalho

Depósito Legal339234/12

Autor

Finalidades e práticas esducativas em creche:das relações, actividades e organização dos espaços ao currículo na creche

Page 16: Finalidades e Práticas Educativas em Creche 1

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-

-

--

London.

-

-

Editora.

-

bibliografia

GEDEI, nº1, pp.85-106. Porto, Porto Editora.

-rada para a escola – transições e continuidades nas fundações emocionais da maturidade escolar. Aprender,

nº 26, Set/2002, p.9-16.

-

Escola Superior de Educação de Santa Maria, Porto), nº 10/11, 2005, 17-24.

-dizagem na infância. In A educação das crianças dos 0 aos

-

da criança dos 0 aos 3 anos. Pp. 47-60. CNE: Lisboa.

-bés em infantários – cuidados e primeiras aprendizagens.

Educação - Recomendação n.º 3/2011 – A educação dos 0 aos 3 anos. Diário da República, 2.ª série — N.º 79 — 21 de Abril de 2011.

bibliografia