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FILOLOGIA ROMÂNICA I
Profª. Liliane Barreiros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES
COLEGIADO DE LETRAS
Introdução conceitual
TEXTO (01) – A Revolta das Palavras, de
Adair Pimentel Palácio.
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
“A formação das línguas românicas é, por um
lado, resultado da relaxação dos laços exteriores e
da debilitação da vitalidade cultural do Império
Romano e, por outro lado, da formação de novas
comunidades lingüísticas “nacionais” nascidas no
tempo subseqüente, comunidades estas que
restabelecem e vivificam, de maneira
independente, a tradição cultural antiga.”
(LAUSBERG, 1974, p. 26).
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
“Chamam-se línguas românicas aquelas que são
diferenciações no tempo e no espaço de uma
língua comum primitiva, o latim vulgar”
(ELIA, 1979, p. 3).
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
Algumas indagações...
Qual a area do saber que se ocupa do estudo das
línguas e das literaturas de uma determinada
comunidade?
Qual a importância de se conhecer a trajetória
histórica de diversas línguas?
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
A Filologia...
A palavra Filologia provém de dois radicais gregos:
philos ‘amigo, amante’; lógos ‘estudo, ciência’
Na língua portuguesa:
Lat. philologus -‘amigo das letras’
(sig. etimológico é ‘amor da ciência’, ‘culto da erudição’).
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O termo FILOLOGIA tem um
significado amplo e abrange diversas
atividades, pois se trata de uma ciência que
se ocupa da linguagem de muitas e
diferentes maneiras (AUERBACH, 1972).
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
Cinco definições de Filologia
no Dicionário Houaiss (2001):
Filologia é (1) o “estudo das sociedades e civilizações antigas
através de documentos e textos legados por elas, privilegiando
a língua escrita e literária como fonte de estudos”. Século
XVI;
(2) o “estudo rigoroso dos documentos escritos antigos e de
sua transmissão, para estabelecer, interpretar e editar esses
textos”. Século XIX;
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
Cinco definições de Filologia
no Dicionário Houaiss (2001):
(3) o “estudo científico do desenvolvimento de uma língua ou
de famílias de línguas, em especial a pesquisa de sua história
morfológica e fonológica baseada em documentos escritos e
na crítica dos textos redigidos nessas línguas (p.ex., filologia
latina, filologia germânica etc.); gramática histórica”. Século
XX;
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
Cinco definições de Filologia
no Dicionário Houaiss (2001):
(4) o “estudo científico de textos (não obrigatoriamente
antigos) e estabelecimento de sua autenticidade através da
comparação de manuscritos e edições, utilizando-se de
técnicas auxiliares (paleografia, estatística para datação,
história literária, econômica etc.), especialmente para a edição
de textos”.
Profª. Ms. Liliane Lemos Santana Barreiros
Cinco definições de Filologia
no Dicionário Houaiss (2001):
(5) a “parte da lingüística histórica que trata do estudo
comparado das línguas, não só através de sua origem e
evolução, como também do confronto com línguas modernas;
gramática comparada, linguística comparada.
Etimologicamente, do latim: philolog a,ae ‘amor às letras,
instrução, erudição, literatura, palavrório’; do grego:
philología, as ‘necessidade de falar, conversação’”.
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O início da Filologia...
Grécia, século III a.C. – necessidade de
constituir textos autênticos e o desejo de preservá-
los;
Eruditos da Biblioteca de Alexandria;
“[...] aqueles eruditos encarregaram-se de restaurar
os textos literários antigos, tornando-os inteligíveis
às gerações da época (SPINA, 1994, p. 66)”.
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A tradição da edição de textos antigos
se manteve durante toda a Antiguidade e se
mantém até os dias de hoje...
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La escritura romana más antigua, a juzgar por las inscripciones, estabacompuesta enteramente de letras capitales. La variante más formal de ellas erauna letra mayúscula (o capital , del latín caput) que actualmente denominamos“capital cuadrada” o simplemente “capital romana” usada fundamentalmentepara inscripciones en monumentos, por lo que es también conocida comoscriptura monumentalis.
LA ESCRITURA MAYÚSCULA ROMANA
Columna de Trajano 113-114 d.C.
En torno al siglo III d.C. todafvía en la época romana, surgió otra escrituramayúscula libraria conocida bajo la denominación de uncial (uncialis), con clarainfluencia de la escritura griega de la época y utilizada en un principio casiexclusivamente para textos religiosos. Las formas de las letras sondecididamente redondeadas.
LA UNCIAL
Era la escritura usada para asuntos comunes en la vida diaria, tales como losniños haciendo sus ejercicios escolares, libros de cuentas, anuncios decomerciantes a la puerta de sus negocios exponiendo los precios y nombres desus productos, cartas para amigos, etc.De aspecto redondeado, ligera inclinación a la derecha, altura desigual ytendencia a ligar las letras.
LA CAPITAL CURSIVA (SIGL. I-III d.C.)
La capital cursiva con el tiempo fue acentuando su tendencia a la formaminúscula dando lugar a nueva escritura.
LA MINÚSCULA CURSIVA
Escrita libraria de los siglos V al IX de tipo intermedio entre las forma solemnesde las pitales y de la uncial, y aquellas de la la minúscula cursiva.
LA SEMIUNCIAL
Con el progresivo declive del imperio romano y las subsiguientes invasionesbárbaras, no sólo se quebró la unidad política sino también la unidad culturallatina.Precarolina (territorio de los francos)
Merovingia
LAS ESCRITURAS NACIONALES – A partir del siglo VI d.C.
Denominación dada por los humanistas italianos y deriva directamente de lacarolina de los últimos tiempos.
LAS ESCRITURAS GÓTICAS (SIGLOS XII-XV d. C.)
Contribuições para o ensino e a aprendizagem de línguas
Muitos dos fenômenos que acreditamos ser atuais
já aconteciam na época dos romanos, quando
estes estavam levando a língua latina para
diversas partes da Europa,
África e Ásia, e que se repetem em outras épocas
e outros lugares, com outros povos;
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Contribuições para o ensino e a aprendizagem de línguas
O vocabulário é constituído de termos da língua
erudita, da língua popular, das línguas dos povos
dominados, das línguas dos povos que mantém
intercâmbios, ou seja, de todos envolvidos direta
ou indiretamente.
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As línguas estão sempre em processo de
intercâmbios, de empréstimos, mesmo entre
línguas de origens aparentemente distintas,
pois elas evoluem, se diferenciam, tomam
empréstimos, são substituídas, dominam e
são dominadas, a exemplo da própria língua
latina.
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Para Saussure (2006 [1916], p. 7) “A
língua não é o único objeto da
filologia, que quer, antes de tudo,
fixar, interpretar e comentar os textos;
este primeiro estudo a leva a se
ocupar também da história literária,
dos costumes, das instituições, etc.;
em toda parte ela usa seu método
próprio, que é a crítica.”
O conceito de Filologia