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PEDAGÓGICA
PROPOSTA POLÍTICA PEDAGÓGICA
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GOVERNO DO MUNICÍPIOPREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMEDESCOLA MUNICIPAL PAULO RODRIGUES DO NASCIMENTO
LAGARTO – SE
Lagarto/Se2014
______________________________________________________________________Praça São Francisca de Assis S/N, Bairro Matinha – Telefone: (79) 3631-5671
SITE: escolapaulorodrigues.webnode.com.br E-mail: [email protected]
“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.”(Paulo Freire)
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Lagarto/Se2014
______________________________________________________________________Praça São Francisca de Assis S/N, Bairro Matinha – Telefone: (79) 3631-5671
SITE: escolapaulorodrigues.webnode.com.br E-mail: [email protected]
GOVERNO DO MUNICÍPIO PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMEDESCOLA MUNICIPAL PAULO RODRIGUES DO NASCIMENTO
LAGARTO – SE
José Wilame de FragaPrefeito
Islene Santos PrataSecretária Municipal de Educação
Joalbe Bernardo dos SantosDiretor
Roseli Mendonça BorgesPedagoga
Fábia Santos LibórioCoordenadora Pedagógica
Vanessa Chaves de Oliveira SantosCoordenadora Pedagógica
Andréa Santana Meneses FontesCoordenadora do Mais Educação
Maria de Fátima dos Santos PereiraSecretária
Ednalva Gonzaga de Lima SantosAuxiliar de Secretaria
Maria Pureza Dias Nascimento Assistente de Aluno
Claudicea Monteiro dos SantosAssistente Administrativa
Docentes
Lagarto/SE2014
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GOVERNO DO MUNICÍPIOPREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMEDESCOLA MUNICIPAL PAULO RODRIGUES DO NASCIMENTO
LAGARTO – SE
Proposta Pedagógica
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................061.ORIGEM.....................................................................................................................09
2.FUNDAMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA EDUCATIVA...............................112.1 Fundamentos legais..............................................................................................112.2 Fundamentos Norteadores da Prática Educativa..................................................16
3. DIAGNÓSTICO ESCOLAR.......................................................................................23A – Análise situacional................................................................................................23B – Resultado do ano anterior....................................................................................24C – Indicadores e metas.............................................................................................31
D – Programas que financiam a escola......................................................................32
4. MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS.............................................................324.1 Nossa Missão.......................................................................................................324.2 Objetivo Geral da Escola......................................................................................324.3 Objetivos Específicos da Escola...........................................................................334.4 Visão Estratégicas da Escola...............................................................................344.4.1 Nossa Visão de Futuro......................................................................................35
4.2 Nossos Objetivos Estratégicos.............................................................................35
5. PRINCIPAIS PROJETOS..........................................................................................35 5.1 Projeto Bola pra Frente..........................................................................................35 5.2 Projeto “eu sou esperto, escolho viver sem drogas...............................................36 5.3 projetos de leitura ..................................................................................................43 5.3.1 contadores de história.........................................................................................43 5.3.2 varal de leituras...................................................................................................45 5.3.3 o livro em cena....................................................................................................46 5.4 Projeto Banda de Percussão..................................................................................47 5.5 Projeto Junino Paulo Rodrigues.............................................................................47 5.6 Projeto de Inserção Social dos Professores...........................................................48 5.7 Projeto de Parcerias e Sustentabilidade................................................................49
6. LEVANTAMENTO DE CONCEPÇÕES.....................................................................50
7. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS.............................................................................51
8. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO OFERECIDO.................................................................................................................55
8.1 O Trabalho Pedagógico.........................................................................................568.2 Sistemática de Ensino...........................................................................................57
4
9. ORGANIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS...................................................................................................................59
10. VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR......................................................60
11. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE..............................................................................................................65
12. GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA......................................................66
ANEXOS
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GOVERNO DO MUNICÍPIOPREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMEDESCOLA MUNICIPAL PAULO RODRIGUES DO NASCIMENTO
LAGARTO – SE
INTRODUÇÃO
A presente Proposta Pedagógica da Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento está baseada nas legislações vigentes, servindo de documento
orientador para que esta unidade de ensino do município de Lagarto/SE possa
nortear seu trabalho pedagógico.
O objetivo deste documento é clarificar os princípios pedagógicos
subjacentes ao Ensino Fundamental de nove anos, fundamentado nas Leis
Federais Nº 11.114/2005 e Nº 11.274/2006 e atendendo o disposto na
Resolução CMEL Nº 13 de 03 de Dezembro de 2009.
A referida Resolução, no art. 1º, considera a proposta pedagógica “como
um instrumento da gestão que expressa o projeto educativo da escola, define o
rumo, a intenção e os processos que a unidade de ensino utilizará para cumprir
as metas e objetivos estabelecidos, e por se constituir, na sua essência, um
processo educativo, estará em permanente avaliação e reelaboração”.
Ressaltamos os objetivos gerais e específicos da unidade de ensino
permanentes ao sistema municipal tendo como premissa subsidiar o ensino.
Os pais que optarem matricular seus filhos nesta unidade de ensino
acreditam nos valores que norteiam a educação oferecida por ela e almejam
que seus filhos absorvam a cultura e desenvolvam competências e habilidades
que proporcionem o seu pleno crescimento intelectual e social.
O discente da Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento de
Lagarto/SE deve se destacar pela postura cidadã, capaz de refletir sobre os
acontecimentos sociais e contribuir para o crescimento do município.
Mais do que facilitar o acesso ao conhecimento, esta instituição preza
pelo desenvolvimento absoluto de cidadãos como seres autônomos, reflexivos,
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éticos, críticos, solidários nos campos afetivos, cognitivos, psicomotor,
sociopolítico e filosófico e atuante na construção coletiva do trabalho.
A construção do conhecimento em um sentido mais amplo só se fará
através de propostas de ensino significativas, para que os discentes possam
estabelecer um elo não arbitrário e substanciado entre conteúdos
sistematizados e os conhecimentos previamente construídos, num processo de
articulação dos significados, para que os conteúdos possam ser trabalhados de
forma que possibilitem o desenvolvimento de competências e habilidades.
Por se tratar de um documento que expressa à identidade da escola, mais
do que uma obrigação, a Proposta Pedagógica passou a ser uma necessidade
e para a sua elaboração é preciso por parte da instituição o desejo e a vontade
de ampliar a participação da comunidade educativa, no sentido da construção
do mapeamento de suas ações futuras para então, iniciar a sensibilização dos
envolvidos, contextualizando as ações e definindo os valores e conhecimentos
que serão externados aos alunos para que todos entendam quais as intenções
e metas a serem alcançadas.
Com o objetivo de atender as novas necessidades e as demandas que
se apresentam a Proposta Pedagógica nunca está pronta e acabada, o que
torna essencial a sua contínua avaliação e reelaboração num processo de
diálogo contínuo. Para definir o que caracteriza a Proposta Político
Pedagógica, nos pautamos nas palavras de Vasconcelos (2004, p.169):
É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a
sistematização, nunca definitiva, de um processo de
planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na
caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que
se quer realizar.
A Proposta Pedagógica, aqui apresentada, tem a intenção de traduzir o
exercício permanente de reflexão de uma comunidade escolar, sobre a sua
realidade e necessidades e, a partir destas, apontar ações e estratégias
conjuntas, que favoreçam uma prática educativa humanizada e comprometida
com os reais princípios de cidadania e bem comum.
Há consciência, por parte de todos que compõem a Escola Municipal
Paulo Rodrigues do Nascimento, de que esse documento representa apenas
7
uma semente e se encontra aberto a qualquer tipo de sugestão e
encaminhamentos. Sabemos que nenhuma Proposta Político Pedagógica pode
ser dada como pronta e acabada sob pena de cristalizar e deixar de
acompanhar os movimentos da história.
Portanto, nossa reflexão continua baseada na prática pedagógica
cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para
uma prática comprometida com uma escola pública de qualidade.
“É função da escola fazer com que o tamanho dela pareça menor quando se alargam os horizontes do aluno em relação ao conhecimento”. (Fernando José de Almeida)
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1. ORIGEM HISTÓRICA, NATUREZA E CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento, instituição da rede
pública de ensino, da cidade de Lagarto, desenvolve seu trabalho
coletivamente, voltado para o interesse dos vários segmentos presentes no
estabelecimento de ensino, cumprindo de forma democrática, suas funções
pedagógicas e sociais.
Segundo o Sr. José Erivaldo do Nascimento, o bairro surgiu com a doação
de um terreno para fazer uma rua a qual recebeu o nome de “Corte”, hoje Rua
Tancredo Neves. O doador do terreno, Sr. José Erinaldo do Nascimento,
conhecido por Zé de Paulo, também ofertou um espaço a pedido do
Monsenhor Mário Rino Siviere, para ser construída uma igreja que tem como
padroeiro São Francisco de Assis. A pedido do ex-prefeito José Raimundo
Ribeiro (Cabo Zé), foi solicitado ao Sr. José Erivaldo do Nascimento, que na
época era vereador e Presidente da Câmara, um terreno para construir uma
escola, sendo a solicitação prontamente atendida. O ex-prefeito propôs que o
nome da Escola seria o do pai do Sr. Erivaldo do Nascimento, em
agradecimento e homenageando também o Sr. Paulo Rodrigues do
Nascimento pela pessoa humana, e de caráter e personalidade ímpar.
Construída no decorrer do ano de 1994 e inaugurada em março de 1995, na
gestão do Prefeito José Raimundo Ribeiro (Cabo Zé), e como Secretária de
Educação Maria da Piedade Hora, a Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento localizada na Praça São Francisco de Assis, S/N, Bairro Matinha,
Lagarto/SE, tinha como Coordenadora responsável pela escola, Luzinete da
Costa Nascimento no período de 1995 e 1996. Em 1995, ano de inauguração,
havia da Pré-escola a 3ª série do ensino fundamental com um número de 267
alunos.
A escola foi construída com as seguintes dependências: seis salas de aula,
uma cozinha, uma despensa, um banheiro feminino, um banheiro masculino,
uma secretaria, um almoxarifado, uma sala dos professores, dois banheiros no
setor administrativo, uma sala especial, sendo que a escola não era murada.
Em 2006 funcionava da 1ª série a 6ª série com um número de 321 alunos.
De 1997 a 2008 a escola foi dirigida por Gleide Selma Fontes Silva. De 2009 a
2011 esteve à frente da direção o Professor Hélio dos Anjos Santana e em
2012 a escola foi dirigida pela Professora Gicelda de Carvalho Santana.
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Atualmente (2013 até então) a escola é dirigida pelo Professor Joalbe Bernardo
dos Santos (Diretor), auxiliado pelos seguintes profissionais: Professora Fábia
dos Santos Libório (Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental Menor),
Professora Vanessa Chaves de Oliveira Santos (Coordenadora Pedagógica do
Ensino Fundamental Maior), Professora Roseli Mendonça Borges (Pedagoga),
Professora Andréa de Santana Menezes Fontes (Coordenadora do Programa
Mais Educação), Maria de Fátima dos Santos Pereira (Secretária), Ednalva
Gonzaga de Lima Santos (Auxiliar de Secretaria), Claudicea Monteiro dos
Santos (Assistente Administrativa) e Maria Pureza Dias Nascimento (Assistente
de Alunos).
Conta ainda com 15 professores (tendo 100% dos docentes nível superior e
destes mais de 80% atuam nas suas respectivas áreas). São 06 pessoas que
executam serviços gerais e 04 vigilantes e 01 Auxiliar Educativo totalizando o
corpo social da escola com 35 colaboradores.
Até o presente momento do corrente ano, trabalhamos com os seguintes
projetos: Bola pra Frente, Intervenção para diminuir a reprovação, Não é Difícil
Resgatar Valores, Eu Sou Esperto, Escolho Viver Sem Drogas, Dia do Desafio,
Atleta na Escola, Alfabetização e Leitura: Elucidando a Concepção de Mundo,
São João na Escola. Todos os projetos são idealizados e realizados com a
participação de todo corpo social da escola, através de diagnóstico, visita, foto,
filmagens, relatórios documentados todos esses acontecimentos e o ápice dos
projetos tem a participação de nossos alunos em todas as séries e turmas.
A unidade escolar está situada num bairro que cresceu
significativamente no aspecto populacional nos últimos anos, porém apresenta-
se ainda, muito carente em opções de lazer, esporte e cultura. A escola é,
portanto, o grande referencial em relação a esses aspectos para as famílias
que residem na comunidade.
A maioria dos alunos tem acesso apenas a televisão e rádio como meios
de informação e nos últimos anos os alunos tem procurado, esporadicamente,
Lan House para obter entretenimento. A leitura se restringe apenas ao
ambiente escolar.
A escola caracteriza-se por uma prática de gestão participativa, por meio
dos colegiados como Conselho Escolar e Conselho de Classe que buscam
envolver a comunidade na tomada de decisões, o que já ocorre na elaboração
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do calendário escolar, com as reuniões por turma, de pais, na administração
dos recursos financeiros e pedagógicos.
Nesse ano de 2014 a escola está inserindo, dentro do contexto da escola, a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) para atender a uma gama da comunidade
que encontrava-se marginalizada do sistema educacional. Tal modalidade de
ensino entra em funcionamento com as seguintes séries: 1º ano, 6º ano e 7º
ano.
2. FUNDAMENTOS NORTEADORES
2.1 - Fundamentos Legais.
Na estruturação da presente proposta se faz necessário ter como base a
Constituição Federal Brasileira, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB 9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, os
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s, deliberações do conselho
Nacional de Educação e Conselho Municipal de Educação de Lagarto – CMEL.
Nesse sentido, o art.205 da Constituição Federal – CF (1988) destaca que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Em consonância com a CF a lei 9394/96 – LDB (art. 4 e 5) enfatiza que:
Do Direito e do Dever de Educar
Art. 4 [...] O dever do Estado com educação escolar
pública será efetivado mediante a garantia de:
[...]
Art. 5 [...] O acesso ao ensino fundamental é direito
público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de
cidadãos, associação comunitária, organização sindical,
entidade de classe ou outra legalmente constituída, e,
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ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para
exigi-lo [...].
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA nos artigos 53, 54 e 58
destaca:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação,
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:
[...]
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente:
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive
para os que a ele não tiveram acesso em idade própria;
[...]
III – atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de
zero a seis anos de idade;
[...]
Art. 58. No processo educacional respeita-se-ão os
valores culturais, artísticos e históricos próprios do
contexto social da criança e do adolescente, garantindo-
se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura (Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990).
Com relação à Organização da Educação Nacional a LDB em seu art. 11
destaca que:
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino,
integrando-se às políticas e planos educacionais da
União e dos Estados;
[...]
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IV – autorizar, credenciar e supervisionar os
estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-
escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental [...]
Com a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos.
Além disso, as Leis Federais Nº11.114/2005 e a Nº 11.274/2006 alteram a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para instituir a obrigatoriedade
da matricula no ensino fundamental aos seis anos de idade e a ampliação
deste nível de ensino para nove anos de duração.
A Lei Nº 11.114/2005 altera o dispositivo do artigo 6º da LDB que passa a
vigorar “É dever dos pais e responsáveis efetuar a matricula dos menores, a
partir dos 6 anos de idade, no Ensino Fundamental”
A Lei Nº 11.274/2006 manteve a obrigatoriedade da matricula no Ensino
Fundamental aos 6 anos de idade e tornou-se obrigatória a duração de nove
anos para este nível de ensino.
Então, o art. 32 da Lei Federal Nº 9.394, de20 de dezembro de 1996, passa
a vigorar com a seguinte redação: “ o ensino fundamental obrigatório, com
duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis)
anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: [...]” e
o art.87 passa a vigorar com a seguinte redação: “[...] § 2º O poder público
deverá recensear os educadores no ensino fundamental, com especial atenção
para o grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e de 15 (quinze) a 16
(dezesseis) anos de idade [...] I – matricular todos os educandos a partir dos 6
anos de idade no ensino fundamental”.
A Resolução CNE/CEB Nº 03/2005 estabelece a organização da Educação
Básica:
A organização do Ensino Fundamental de 9 anos adotará a seguinte nomenclatura
Etapa de ensino Faixa Etária Prevista Duração
Ensino Fundamental Até 14 anos de idade 9 anos
Anos iniciais De 6 a 10 anos de idade 5 anos
Anos finais De 11 a 14 anos de idade 4 anos
A Resolução Nº 06 de 20 de outubro de 2010 define Diretrizes Operacionais
para a Matricula no Ensino Fundamental:
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Art. 1º Os entes federados, as escolas e as famílias
devem garantir o atendimento do direito público subjetivo
das crianças com 6 (seis) anos de idade, matriculando-se
em escolas de Ensino Fundamental, nos termos da Lei nº
11.274/2006.
Art.3º Para o ingresso no primeiro ano do Ensino
Fundamental, a criança deverá ter idade de 6 (seis) anos
completos até o dia 31 de marços do ano em que ocorrer
a matricula (g.n.)
Art. 4º As crianças que completarem 6 (seis) anos de
idade após a data definida no artigo 3º deverão ser
matriculadas na Pré-Escola.
Art. 5º Os sistemas de ensino definirão providências
complementares para o Ensino Fundamental de 8(oito)
anos e/ou de 9 (nove) anos, conforme definido nos
Pareceres CEB/CNE nº 5/2007 e nº 7/2007, e na Lei nº
11.274/2006, devendo, a partir do ano de 2011,
matricular as crianças, para o ingresso no primeiro ano,
somente no Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
§ 1º As escolas de Ensino Fundamental e seus
respectivos sistemas de ensino que matricularam
crianças, para ingressarem no primeiro ano, e que
completaram 6 (seis) anos de idade após o dia 31 de
março, devem, em caráter excepcional, dar
prosseguimento ao percurso educacional dessas
crianças, adotando medidas especiais de
acompanhamento e avaliação do seu desenvolvimento
global.
§ 2º Os sistemas de ensino poderão, em caráter
excepcional, no ano de 2011, dar prosseguimento para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos às crianças de 5
(cinco) anos de idade, independentemente do mês do
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seu aniversário de 6 (seis) anos, que no seu percurso
educacional estiveram matriculadas e frequentaram, até o
final de 2010, por 2 (dois) anos ou mais a Pré-Escola.
(g.n)
§ 3º Esta excepcionalidade deverá ser regulamentada
pelos Conselhos de Educação dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal, garantindo medidas
especiais de acompanhamento e avaliação do
desenvolvimento global da criança para decisão sobre a
pertinência do acesso ao início do 1º ano do Ensino
Fundamental (Resolução CNE/CEB, nº 06 de 20 de
outubro de 2010).
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento oferta a modalidade de
ensino Educação Especial em consonância com as diretrizes do MEC, através
do documento norteador Educação Especial – Nota técnica:
SEESP/GAB/Nº11/2010, na perspectiva da Educação Inclusiva no ano de 2010
e demais leis vigentes.
Compreende-se a Educação Especial como modalidade de ensino
transversal a todas as etapas e outras modalidade como parte integrante da
educação regular. Dessa forma, a escola deve assegurar a matrícula de todos
os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, cabendo à escola organizar-se para esse
atendimento, garantindo as condições para uma educação de qualidade para
todos, devendo considerar suas necessidades educacionais especificas
conforme estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica parecer CNE/CEB Nº 7/2010.
Sobre a oferta do atendimento educacional especializado – AEE previsto
pelo Decreto Nº 6.571/2008, esta escola coaduna com as orientações
emanadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica Parecer CNE/CEB Nº 7/2010, bem como no documento norteador da
política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva e na Nota
Técnica SEESP/GAB/Nº 9/2010.
Em função do contingente de alunos com Deficiência Intelectual e Autismo
matriculados na Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento, adotar-se-á
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o que está disposto na PORTARIA Nº 006/2013 – SEMED, que apresenta
orientações para avaliações de alunos com deficiência intelectual e autismo.
Na tentativa de uma organização dos três anos iniciais do ensino
fundamental buscando uma avaliação e não interrupção dos três anos iniciais,
bloco pedagógico, a Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento far-se-á
o cumprimento do que propõe a PORTARIA 07/2013 – SEMED – Organização
dos três anos iniciais do ensino fundamental.
A modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos) passa a ser ofertada a
partir do ano de 2014 na Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento
com as seguintes séries/ano: 1º ano, 6º ano e 7º ano. O Parecer da CEB
11/2000, aprovado em 10/05/2000, regulamenta as diretrizes curriculares para
Educação de Jovens e Adultos no que condiz com o Pacto Internacional sobre
os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da Assembleia Geral da ONU.
2.2 - Fundamentos Norteadores da Prática Educativa
Os princípios norteadores desta proposta em conformidade com a
legislação vigente, as quais descrevem que a educação possibilita o
desenvolvimento harmonioso do indivíduo em todas as dimensões, visam o
desenvolvimento de pessoas e da sociedade, garantindo o exercício pleno da
cidadania, através da construção do conhecimento e da aprendizagem
significativa. Para tanto, as práticas pedagógicas, devem assegurar uma
educação de qualidade, promovendo o respeito às diferenças.
A prática educativa perpassa os princípios de desenvolvimento do ser
humano, como direito inalienável fundamentada nos valores políticos, éticos,
epistemológicos, pedagógicos e estéticos.
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento visa à formação do
cidadão crítico e ativo, acreditando no fortalecimento da autoestima, como
defesa no processo de decisão, em relação às diferentes influências do meio
social.
Os níveis e modalidades de ensino desta unidade escolar destina-se à
formação do sujeito, visando o desenvolvimento de suas potencialidades, como
elemento de autorrealização, qualificação para o trabalho e preparo do
exercício consciente da cidadania, tendo como finalidade desenvolver
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processos educacionais que favoreçam o crescimento pessoal, social e cultural
do aluno.
A educação desta escola no Sistema Municipal de Ensino de Lagarto/SE
procura inovar constantemente e capacitar seus alunos e os profissionais da
educação para a mudança de postura, buscando formar seres críticos e
conscientes dos seus papéis na construção de um mundo mais humano e
solidário.
Assim, em consonância com o Plano Nacional de Educação Lei Nº
10.172/2001 em relação aos objetivos e prioridades o município busca
valorização dos profissionais da educação. Particular atenção deverá ser dada
à formação inicial e continuada, em especial aos professores. Faz parte dessa
valorização a garantia das condições adequadas de trabalho, entre elas o
tempo para estudo e preparação das aulas, salário digno, com piso salarial e
carreira de magistério.
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento posiciona-se como um
Órgão Educacional voltado para a oferta da melhoria dos serviços essenciais a
comunidade, oportunizando o desenvolvimento econômico, cultural e
educacional da mesma, assumindo os princípios estabelecidos no art. 3º da Lei
Nº 9394/96:
I - igualdade de condições para acesso e permanência da
escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura o pensamento a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apresso a tolerância;
[...]
VII – valorização do profissional da educação escolar;
[...]
IX – garantia do padrão de qualidade;
X – a valorização da experiência extraescolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
Assim, os princípios filosóficos, éticos-políticos, epistemológicos e didático-
pedagógico parte da relação entre o processo e Procedimento, constituídos
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como elementos substanciais para a oferta do ensino em todos os níveis e para
a eficácia do processo educativo almejado a saber.
A EDUCAÇÃO
A educação desenvolvida na escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento deve ser considerada como processo para o desenvolvimento
humano e integral, como instrumento gerador das transformações sociais. É
base para a aquisição da autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de
progresso econômico, político e social. É o elemento de integração e conquista
do sentimento e da consciência de cidadania.
Nesta concepção de educação, a finalidade é introduzir os alunos na vida
comunitária e participativa de maneira que estes sejam capazes de analisar,
compreender e intervir na realidade, visando o bem-estar do homem, no plano
pessoal e coletivo. Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o
espírito crítico, a capacidade para análise e síntese, o autoconhecimento, a
socialização, a autonomia e a responsabilidade.
Desta forma, é possível a formação de um homem com aptidões e atitudes
para colocar-se a serviço do bem comum, possuir espírito solidário, sentir o
gosto pelo saber, dispor-se a conhecer a si mesmo, a desenvolver a
capacidade afetiva, possuir visão inovadora a partir do despertar da
sensibilidade artística, cultural, político e comunitário.
O EDUCANDO
O educando é um ser biológico, sociológico e cultural, que possui
necessidades materiais, relacionais e transcendentais.
Dentro deste sentido amplo e complexo, o aluno deve ser atendido em toda
sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam as suas
necessidades, para que analise, compreenda e intervenha na realidade, de
maneira prática e vivencial.
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O EDUCADOR
Os educadores desta escola são mediadores entre o aluno e o
conhecimento, sendo um profissional formador, reflexivo, consciente da
importância do seu papel, comprometido com o processo educativo, integrado
ao mundo de hoje, responsável socialmente pela formação do cidadão e
principalmente, um eterno aprendiz, aquele que busca “inovar e inovar-se”.
A ESCOLA
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento é uma unidade de
ensino que possibilita o crescimento humano nas relações interpessoais, bem
como propicia a aquisição do conhecimento elaborado, tendo como referência
a realidade do aluno.
A escola contemporânea é um lugar do convívio e legitimação de diversos
saberes e fazeres considerando a socialização do conhecimento formal
historicamente construído. Assim, a escola é um espaço de ampliação da
experiência humana, que traz novos conhecimentos, metodologias e as áreas
de conhecimentos contemporâneos. Sua função é promover crescimento e
desenvolvimento humano, criando possibilidades para que os sujeitos
socializem experiências, realizem aprendizagens e construam sua identidade
numa perspectiva de pleno exercício da cidadania.
No contexto de entendimento de que se aprende compreendendo,
aproveitando o emocional, intelectual e espiritual, esta escola, oportuniza a
vivência relacional com aceitação das diferenças, desenvolvendo o espírito de
solidariedade e a ajuda da aprendizagem mútua, para proporcionar aos alunos
o princípio do aprender-educando.
PRINCÍPIO ÉTICO-POLÍTICO
Somos uma escola reconhecida pela excelência nos serviços oferecidos
a comunidade escolar, pautada na transparência, na gestão dos processos,
trabalhando com respeito aos direitos individuais do cidadão de formas éticas,
visando à formação integral do educando.
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Nesse sentido, temos princípios Éticos da Excelência, da
Transparência, da Autonomia, da Responsabilidade, do Respeito ao Bem-
Comum e da Identidade, que são trabalhados de forma a assumir os princípios
da igualdade, por isso requer o desenvolvimento da mutualidade de interesses
e deveres com total responsabilidade.
O Ensino Fundamental da Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento, adota uma educação voltada para a constituição de identidades
responsáveis e solidárias, compromisso com a inserção em seu tempo e em
seu espaço, pressupondo o aprender a ser, objetivo máximo da ação que
educa e não se limita apenas a transmitir conhecimentos prontos.
Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício
da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática.
Política de Igualdade, que consagra o estado de direito e a democracia,
alicerçada no aprender a conviver, na construção de uma sociedade solidária
que busca ações cooperativas e não individualistas. Em suma: é o fim do
preconceito, prevalecendo os direitos e deveres de cidadania e o exercício da
criticidade.
Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade, da
Qualidade e da Diversidade de manifestações Artísticas e Culturais
constituindo-se no aprender a fazer, reconhecer a importância da identidade
pessoal do aluno e de sua família. Resgatar a parte sensível do professor, dos
outros profissionais e dos referidos alunos, com vista à criatividade e ao
espírito inventivo que está sempre presente no aprender a conhecer e aprender
a fazer.
De acordo com estes princípios, a Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento propicia aos sujeitos e suas famílias um ambiente físico e humano
por meio de estruturas e funcionamento adequados, experiências e situações
planejadas intencionalmente, prevendo momentos de atividades que envolvam
aspectos como: amor, aceitação, segurança, estimulação, apoio e confiança.
O Ensino Fundamental baseia-se em princípios, citados abaixo, como
norteadores de suas ações pedagógicas, porém dentro da especificidade do
que lhe é peculiar como:
Levar o educando a consciência de si mesmo, de sua própria vida, dos
outros, do mundo;
Propiciar a liberdade de movimento, autodisciplina e autodeterminação;
20
Levar o educando a ser educador de si mesmo, tendo a possibilidade de
escolher o seu trabalho, de se mover por conta própria, de se tornar
responsável pelo seu conhecimento;
Guiar o educando no caminho para a independência e liberdade, numa
atividade auto dirigida;
Deixar a criança escolher o seu trabalho e executá-lo em seu ritmo
próprio, silenciosamente.
Em consonância com o Sistema Nacional de Ensino, a Escola Municipal
Paulo Rodrigues do Nascimento trabalha de acordo com a seriedade do teor da
legislação de ensino em vigor, primando pelos seus princípios, quais sejam:
A individualidade e da construção coletiva, pelo qual a escola de
conscientizar-se de que a educação é a construção existencial de indivíduos e
da coletividade, onde cada cidadão tem o direito de ser o que é, e, ao mesmo
tempo, a completa realização do grupo;
A cidadania e do respeito à ordem democrática, pelo qual o sistema
contribui para a participação do educando na vida em sociedade, por meio de
ações pedagógicas que o levem à compreensão, à criticidade, à ética, à
responsabilidade, à solidariedade e ao respeito ao bem comum;
A democratização do saber, pelo qual se possibilitará ao aluno a
apropriação e a transformação dos conhecimentos historicamente acumulados,
como condição necessária à construção de uma escola sintonizada com o seu
tempo e comprometida com uma sociedade em mudança, mais justa, fraterna e
solidária;
O dinamismo e melhorias progressivas, pelo qual o sistema de ensino
tenderá a tornar-se laboratório de experiências pedagógicas em um movimento
permanente de interação com a realidade, visando aperfeiçoar-se
qualitativamente;
A fraternidade humana e solidariedade nacional e internacional;
A historicidade entre o passado e o presente, pelo qual se renovará
constantemente o sistema de ensino e se preservarão os valores mais
significativos das tradições, nacionais, regionais e locais;
A coparticipação, pela qual a família, escola e comunidade envolver-se-
ão efetivamente na discussão e na definição das prioridades, estratégias e
ações do processo educativo enquanto instrumento essencial para a defesa da
dignidade humana e da cidadania;
21
A transcedentalidade, pelo qual a escola contribuirá para a discussão
dos fins transcendentais da passagem do homem na terra, firmando um
sistema de valores éticos livres de quaisquer sectarismos e preconceitos,
considerando a essencialidade da natureza humana;
A valorização dos profissionais da educação, pelo qual o sistema
municipal de ensino oferece condições para o crescimento profissional e
realização pessoal, uma vez que, está valorização é garantida na qualidade da
educação.
PRINCÍPIOS EPISTEMOLÓGICOS
O ensino é ministrado também, com base em princípios epistemológicos:
“Aprender a aprender, o aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a
ser” (o conhecimento como uma condição coletiva, dentro e fora da escola);
A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
O pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
O respeito a liberdade e apreço a tolerância;
A garantia de padrão de qualidade;
A valorização de experiências extraescolares;
A vinculação entre a educação, trabalho e as práticas sociais.
PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
Com referência aos princípios pedagógicos, é importante identificar as
relações que existem entre os conteúdos do ensino e das situações de
aprendizagem com os muitos contextos de vida social e pessoal, de modo a
estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento,
desenvolvendo, assim, a capacidade de relacionar o aprendido com o
observado.
O Projeto educacional da Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento é fundamentado na ideias de que é importante desenvolver as
competências cognitivas dos alunos, oferecendo um currículo que preserve a
herança cultural, os valores cívicos e a integração das informações adquiridas.
22
Deve-se observar a identidade de cada um, e levar em conta que cada aluno é
um ser único.
Tudo isto precisa ser trabalhado dentro das salas de aula, respeitando a
autonomia e levando em consideração as características da realidade da
escola e das metodologias que a mesma desenvolve.
3. DIAGNÓSTICO ESCOLAR
A – Análise situacional
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento possui, em 2014,
303 alunos, os quais estão distribuídos nos turnos matutino e vespertino,
ofertando o Ensino Fundamental e EJA no turno noturno. O município implantou,
gradativamente, a partir do ano letivo de 2006 o ensino Fundamental de nove
anos de duração em 17 escolas, sendo que, no ano letivo de 2010 esta unidade
de ensino passou a ofertar vagas para o primeiro ano. Já a Educação de Jovens
e adultos está sendo implantada gradativamente nesse ano de 2014.
a) - matricula inicial da escola, em 2014, está distribuída da seguinte forma:
Ensino Fundamental Menor: 148
Ensino Fundamental Maior: 97
Educação de Jovens e Adultos: 58
Correção de Fluxo:0
Total: 303 alunos
TOTAL
Fundamental Maior Fundamental Menor Educação de Jovens e Adultos
97 148 58
b) – Resultados do Ano Anterior
Aprovados Reprovados Educandos
Admitidos
Educandos
Transferidos
Abandono
23
190 71 13 43 02
c) - matricula inicial da escola, em 2013, está distribuída da seguinte forma:
Ensino Fundamental Menor: 178
Ensino Fundamental Maior: 115
Correção de Fluxo: 19
Total: 293 alunos
TOTAL
Fundamental Maior Fundamental Menor
115 178
B – Resultados do Ano Anterior
Aprovados Reprovados Educandos
admitidos
Educandos
Transferidos
Abandono
185 87 08 30 01
ÍNDICE DE MOVIMENTO E RENDIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL PAULO RODRIGUES DO NASCIMENTO.
2013APROVADOS REPROVADOS EDUCANDOS
ADMITIDOSEDUCANDOSTRANSFERIDOS
ABANDONO
190 71 13 43 02
2012APROVADOS REPROVADOS EDUCANDOS
ADMITIDOSEDUCANDOSTRANSFERIDOS
ABANDONO
185 87 08 30 01
24
DISTRIBUIÇÃO DE MATRICULA POR ANO/SÉRIE 2012 E 2013
2012
matricula final 2012 - total 296 alunos0
10
20
30
40
50
60
1º ano2º ano3º ano4º ano5º ano6º ano7º ano7ª série9º ano
2013
matricula final 2013 -total 302 alunos0
10
20
30
40
50
60
1º ano2º ano3º ano4º ano5º ano6º ano7º ano8º ano8ª sériefluxo de correção
2014
25
Matricula antes do censo 2014 - Total: 303 alunos
13
19
3335
48
40
2218 17
15
28
15
1º ano2º ano3º ano4º ano5º ano6º ano7º ano8º ano9º anoEJA - 1ªEJA - 5ªEJA - 6ª
% DE REPROVAÇÃO DO 2º AO 5º ANO – ESCOLA 2013
2º Ano3º Ano
4º Ano5º Ano
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Taxa de Reprovação
Reprovados
Matriculados
30
37
43 43
Taxa de ReprovaçãoReprovadosMatriculados
% DE REPROVAÇÃO DO 2º AO 5º ANO – ESCOLA 2012
26
2º Ano3º Ano
4º Ano5º Ano
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Taxa de Reprovação
Reprovados
Matriculados
35 35
43
33
Taxa de ReprovaçãoReprovadosMatriculados
% TAXA DE REPROVAÇÃO DO 6º ANO À 8ªSÉRIE/ANO – ESCOLA 2013
6º Ano7º Ano
7ª Série8ª Série
0.00%
500.00%
1000.00%
1500.00%
2000.00%
2500.00%
3000.00%
3500.00%
4000.00%
Taxa Reprovação
Reprovados
Matriculados
Taxa ReprovaçãoReprovadosMatriculados
% TAXA DE REPROVAÇÃO DO 6º ANO À 8ªSÉRIE/ANO – ESCOLA 2012
27
6º Ano7º Ano
7ª Série8ª Série
0.00%
500.00%
1000.00%
1500.00%
2000.00%
2500.00%
3000.00%
3500.00%
4000.00%
4500.00%
5000.00%
Taxa Reprovação
Reprovados
Matriculados
Taxa ReprovaçãoReprovadosMatriculados
% DE APROVAÇÃO/ REPROVAÇÃO/ ABANDONO DE 5º ANO A 8ª SÉRIE/ANO 2013
5º Ano 6º Ano 7º Ano 7ª Série 8ª Série
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Taxa de AbandonoTaxa de Reprovação
Taxa de Aprovação
Taxa de AbandonoTaxa de ReprovaçãoTaxa de Aprovação
28
% DE APROVAÇÃO/ REPROVAÇÃO/ ABANDONO DE 5º ANO A 8ª SÉRIE/ANO 2012
5º Ano 6º Ano 7º Ano 7ª Série 8ª Série
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
Taxa de AbandonoTaxa de Reprovação
Taxa de Aprovação
Taxa de AbandonoTaxa de ReprovaçãoTaxa de Aprovação
% TAXA DE ABANDONO 2013
Categoria 10
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
0.012
0.014
0.016
0.018
0.02
1º Ano2º Ano3º Ano4º Ano5º Ano6º Ano7º Ano7ª Série8ª Série
29
% TAXA DE ABANDONO 2012
Categoria 10
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
1º Ano2º Ano3º Ano4º Ano5º Ano6º Ano7º Ano7ª Série8ª Série
TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DA ESCOLA 2013
72%
27%
1%
Aprovação Reprovação Abandono
30
TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DA ESCOLA 2012
97%
3%
Aprovação Reprovação
C- INDICADORES E METAS
Indicadores Meta por turma Meta 2013
Realizados 2013
Meta 2014
Realizados2014
% % %
Dias letivos/horas aula.200 dias/800h
1º ao 5º ano 100 100 100
Frequência de professor
1º ao 5º ano 100 100 100
6º ao 9º ano 100 95 100
Frequência de aluno
1º ao 5º ano 99 93 99
6º ao 9º ano 95 93 99
Reprovação por falta
1º ao 5º ano 20 0 0
6º ao 9º ano 20 0 0
Índice de 1º ao 5º ano 83 75,58 85
31
aprovação
6º ao 9º ano 80 74,79 85
Correção de Fluxo 1º ao 5º ano
Distorção 20 20 20
20 20 20
Atendimento 20 20 20
Alfabetização 1ª série
Alfabetizados 80 80 85
Promoção/aprovados 80 100 85
D – Programas que financiam a escola
PDDE: Acessível; Mais Educação; Escola Sustentável; PDDE Qualidade (Atleta na Escola)
4. MISSÃO E OBJETIVOS DA UNIDADE ESCOLAR
4.1 - Nossa Missão
Preservar o nome da escola como referência na comunidade, assegurando
aos nossos alunos um ensino de qualidade e participativo, garantindo o acesso
e a permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes
capazes de agir na transformação da sociedade.
4.2 - Objetivo Geral da Escola
I - Integrar a escola, família e a comunidade escolar com vista em uma
educação plena que busque o desempenho mais eficaz do processo educativo,
adequando o currículo às necessidades de aprendizagem do discente, bom
como considerar valores culturais, estimulando a sua participação consciente,
32
criativa e cooperativa, preparando-o para o pleno exercício da cidadania,
através da mediação e produção de conhecimentos sistematizados
historicamente pela humanidade, a partir da renovação da prática pedagógica.
4.3 - Objetivos Específicos da Escola
I – Desenvolver a consciência individual e coletiva dos educandos, para que
percebam o seu papel enquanto cidadão que têm direitos e deveres para
consigo mesmo e para com os grupos em que estão inseridos;
II – Propiciar o acesso e a permanência de crianças e adolescentes à
escolarização;
III – Promover a integração entre a escola e a comunidade;
IV – Oportunizar a participação em atividades culturais e esportivas
realizadas na escola;
V – Estimular a reflexão sobre os meios efetivos de preservação do meio
ambiente;
VI -Promover ações que enfatizem o desenvolvimento da criança e do
adolescente nos aspectos cognitivos, afetivo e social;
VI – Oferecer um espaço pedagógico onde todos tenham oportunidade de
participar da totalidade das atividades planejadas;
VII – Fortalecer a viabilização de ações integradas e concretas entre a
escola, as famílias e a comunidade;
VIII – Enfatizar os valores culturais da comunidade, da cidade de Lagarto, do
Estado de Sergipe e do Brasil;
IX – Fornecer subsídios teórico-práticos para o estudo, reflexão e discussão
acerca do processo ensino-aprendizagem, visando a instrumentalização do
professor no uso de uma nova metodologia de ensino, buscando a melhoria da
prática diária;
X –Dinamizar o processo de avaliação do ensino através de diversidades
dos instrumentos de avaliação;
XI – Acompanhar de forma sistemática, através da Coordenação
Pedagógica, o desenvolvimento das ações educativas dos docentes;
XII – Permitir ao discente desenvolver atitudes e incorporar valores
familiares e sociais que lhe garantam um futuro de cidadão consciente de seus
valores e direitos, qualquer que seja o campo profissional de sua preferência;
33
XIII – Propiciar ao educando a busca e a pesquisa continuada de
informações importantes;
XIV – Desenvolver nos alunos da escola a visão crítica dos fenômenos
políticos, econômicos, históricos, sociais e científico-tecnológicos, ensinando-
os, pois, a aprender para atuar na vida;
XVI – Preparar o aluno para ser um sujeito reflexivo capaz de compreender
os fenômenos e não, meramente, memorizá-los;
XVII – Capacitar o aluno à assimilação de pré-requisitos essenciais a
continuação dos estudos acadêmicos e não conhecimentos desnecessários
que se encerram em si mesmos;
XVIII – Estimular os alunos para uma rotina saudável de exercícios físicos,
buscando o seu desenvolvimento físico e incentivando a prática esportiva;
XIX – Sistematizar o acompanhamento do trabalho pedagógico;
XX – Realizar a integração e expansão do uso de tecnologia de informação
e comunicação na Educação Pública.
4.4 - VISÃO ESTRATÉGICA DA ESCOLA
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento por estar inserida em
uma comunidade carente da cidade de Lagarto/SE, elege como seus valores:
COMPROMISSO - Honrarmos com o compromisso de socialização
de conhecimentos com um ensino de qualidade;
A PARTICIPAÇÃO – proporcionamos entre nossos profissionais o
trabalho em equipe, onde cada pessoa dentro da escola contribui e
partilha suas tarefas de conhecimento, para enriquecimento do
processo ensino-aprendizagem;
A CRIATIVIDADE - valorizamos e incentivamos a criatividade e a
inovação na realização das atividades dos profissionais e doas
alunos.
4.4.1 - Nossa Visão de Futuro
34
Ser uma escola que prima pela qualidade e pela criatividade no ensino que
ministramos, pelo trabalho participativo, eficaz e responsável desenvolvido pela
nossa equipe, respeitando os nossos alunos, pais e comunidade escolar,
contribuindo para uma sociedade onde se efetive o princípio da igualdade.
4.4.2 - Nossos Objetivos estratégicos
Melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem;
Melhorar o resultado da escola.
5 – PRINCIPAIS PROJETOS
5.1 - PROJETO BOLA PRA FRENTE Apresentação:
Preocupados com a ociosidade dos alunos que não participavam do
Programa Mais Educação, Educação Integral, e percebendo a vulnerabilidade
dos alunos às drogas. Pois o bairro em que a Escola está inserida possui um
alto índice de usuários de drogas. O projeto Bola pra Frente busca fomentar a
educação dos alunos carentes através da prática esportiva supervisionada e
racional. O Treinador espera servir de exemplo para que não só os esportistas,
mas todos aqueles que se sintam hábeis, possam dar a sua parcela de
contribuição para a melhoria das condições de vida dos nossos jovens.
Objetivos
Promover a integração entre membros da comunidade, com participação
direta ou indireta dos mesmos (pais, educadores, alunos, parentes e amigos);
tira-los da ociosidade; Estimular o bom desempenho escolar dos participantes;
Descobrir novos talentos; Proporcionar uma opção de lazer aos alunos
carentes.
Público Alvo
Alunos, crianças e adolescentes carentes, residentes no bairro em que a
escola está inserida. O aluno deve estar regularmente matriculado dentro faixa
etária 10 a 17 anos.
35
Funcionamento
Bola pra Frente será desenvolvido no contraturno, preferencialmente,
aproveitando espaços físicos internos e externos à escola, como centros e
campos comunitários. Tais espaços serão conseguidos através de parcerias
com o governo estadual e/ou municipal.
5.2 – PROJETO “EU SOU ESPERTO, ESCOLHO VIVER SEM DROGAS”
APRESENTAÇÃO:
Nos últimos vinte anos, o consumo de drogas, principalmente o de bebidas alcoólicas, vem aumentando no Brasil. O mesmo tem acontecido com o uso de maconha, cocaína e crack.
É muito importante observar que o uso de drogas está associado a um número muito grande de problemas, principalmente violência, acidentes e AIDS.
Todos concordam que a Escola tem um papel fundamental em nossa sociedade, e é certo que a sua importância tem aumentado cada vez mais nas últimas décadas pela ampliação das possibilidades de melhorias que o espaço escolar tem proporcionado em nossa sociedade.
Assim, o “Projeto Escolha viver sem drogas” oferece subsídios teóricos e práticos para auxiliar significativamente aos educadores nos seus esforços que possam reduzir e prevenir os danos à saúde e à vida, bem como as situações de violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de drogas (bebidas alcoólicas, fumo, crack etc.) em nossa comunidade.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
Promover um amplo trabalho de educação para prevenir e reduzir os problemas decorrentes do uso e comercialização de álcool, fumo e entorpecentes em nossa cidade e região.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Enriquecer o currículo escolar com atividades práticas e teóricas na exploração do tema transversal “Educação Antidrogas”;
- Estabelecer diversas parcerias com entidades e órgãos públicos para ampliar os trabalhos e projetos desenvolvidos na Escola;
- Promover o interesse e participação da comunidade próxima nas ações e projetos da Escola;
36
- Incentivar aos alunos a adoção de posturas e hábitos que valorizem uma vida saudável, seja em casa, seja na Escola, e por onde eles forem;
- Melhorar a qualidade do ensino, reduzindo os problemas dentro e fora da Escola;
- Oferecer atividades voltadas para o desenvolvimento integral da criança e do adolescente, estimulando o aprendizado e o desenvolvimento de atitudes sociais positivas, tais como: disciplina, hierarquia, respeito ao próximo, ética, cooperação mútua, amizade, cidadania, entre outras;
- Despertar nas crianças, pré-adolescentes e adolescentes o reconhecimento de valores positivos associados à família, à vida espiritual, aos estudos escolares, ao trabalho profissional, à saúde física e mental, ao respeito ao patrimônio público, às pessoas de modo geral, e às leis e demais normas;
JUSTIFICATIVA
Não se pode mais pensar a Educação com a simples visão reducionista de ensinar a ler, escrever e tão somente com o vislumbre da formação profissional. Mais que isso, a Escola precisa se comprometer com a cidadania, formando seres humanos plenos e pensantes, que certamente terão maiores oportunidades na vida dos tempos modernos. Nessa visão de uma Educação que busca a formação plena do aluno há uma gama de possibilidades de ações e trabalhos que podem ser realizados com foco na criação de oportunidades e melhorias.
A Escola deve criar estratégias que possam envolver toda sociedade no enfrentamento coletivo dos problemas relacionados ao consumo de drogas lícitas e ilícitas. A “Educação Antidrogas” é um tema transversal e multidisciplinar, o que implica que a abordagem dessa questão deve se dar de forma integrada entre as disciplinas.
Os professores e todos os demais funcionários devem se envolver, trazendo as diversas instituições públicas e entidades da sociedade civil para dentro da Escola, de modo a ocorrer integração das políticas educacionais com as demais políticas públicas que visam reduzir os danos sociais, à saúde e à vida causados pelo consumo, bem como as situações de violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas, fumo e entorpecentes.
PARCEIROS
O “Projeto Escolha Viver sem Drogas” será executado pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da Unidade de ensino, e contará com a parceria de diversas instituições.
- Câmara Municipal de Vereadores;- Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS);- Secretaria Municipal de Saúde;- Departamento de Trânsito e Transporte Urbanístico (DTTU);- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA);- Conselho Tutelar;
37
- Secretaria Estadual de Saúde;- Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN);- Polícia Militar;- Corpo de Bombeiros;- Ministério Público Estadual - Procuradoria da Criança e do Adolescente;- Universidades Federais, Estaduais e Locais;- Igrejas Evangélicas e Igreja Católica;
Sabemos que o encaminhamento dos temas de interesse social só será efetivo com a aliança entre as ações do Poder Público e a sabedoria e o empenho de cada pessoa e de cada comunidade.
METODOLOGIA
O “Projeto Escolha Viver sem Drogas” será desenvolvido por uma equipe de educadores da Unidade de Ensino, tendo duração de 3 meses.
O Projeto será desenvolvido em 08 (oito) etapas previstas e estão detalhadas para que cada parceiro desse Projeto possa saber exatamente como e quando contribuir. Destacamos que cada uma das oito etapas propostas estará ocorrendo de acordo com o “Cronograma do Projeto” que se encontra ao final desse trabalho.
A PRIMEIRA ETAPA a ser cumprida se refere à elaboração e reprodução do Projeto para ser encaminhado a cada um dos parceiros.
NA SEGUNDA ETAPA do “Projeto Escolha Viver sem drogas” a equipe organizadora fará contato com todos os possíveis parceiros, através do protocolo na entidade ou órgão visitado de uma cópia do Projeto, para que assim cada parceiro possa conhecer todos os detalhes.
A TERCEIRA E QUARTA ETAPAS ocorrerão simultaneamente, pois tem objetivos semelhantes que é a sensibilização do público envolvido. A diferença entre essas duas etapas se diz apenas ao local e ao tipo dos dois públicos, pois o primeiro (gestores, professores e funcionários) estão presentes na Escola todos os dias, e o segundo grupo (comunidade em geral) vem à Escola, principalmente, nas reuniões de pais e em eventos especiais ao longo do tempo previsto para execução do projeto. Dessa forma, serão elaborados convites apresentado o Projeto para cada um dos funcionários da Escola e para que cada aluno leve também para sua casa. Além disso, nas reuniões dos “Conselhos de Classe” serão repassadas informações sobre o Projeto que será executado na Escola.
A QUINTA ETAPA será executada pelos funcionários convidados das entidades parceiras, que executarão diversas palestras na Escola, todas com a temática “educação antidrogas” e “vida saudável”. Nesse período, esperamos que a comunidade de entorno da Escola participe também das palestras. Nessa etapa haverá a participação de diversos profissionais e técnicos que apresentarão:
As ações do Conselho Tutelar no apoio às famílias que passam com problemas por causa de alcoolismo e drogas;
A atuação dos profissionais de Saúde no tratamento de pessoas viciadas;Os trabalhos das Igrejas e instituições filantrópicas na recuperação dos
dependentes e auxílio às famílias;
38
As propostas dos Vereadores na criação de leis no combate às drogas;As ações do Departamento de Trânsito e da Polícia Militar no combate à
violência e prevenção de embriaguez ao volante;
OBSERVAÇÃO: essas palestras serão direcionadas para púbicos distintos e em momentos diferentes. Para alunos e para comunidade.
Nesta etapa sugerimos que os educadores realizem as seguintes atividades:
A - LINGUA PORTUGUESA
- Leitura de textos sobre violência no trânsito e álcool;- Elaboração de redações e poesias com essa temática,- Debates e apresentação de vídeos.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: propor que os alunos façam uma redação com essa temática. Ou, então, dividir a sala em grupos e pedir que cada grupo elabore um programa de rádio que pode abordar: noticias e informações sobre o uso de drogas, acidentes de trânsito por causa de bebida, crimes e violência doméstica.
B – MATEMÁTICA
- Organizar gráficos com números de acidentes de trânsito e consumo de álcool;- Organizar tabelas com dados de ocorrências policiais nos dias de festas e feriados.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: organizar uma visita ao estabelecimento de saúde para que os estudantes vejam a quantidade de pessoas vitimas de trânsito e por violência associada ao uso de álcool. Após a visita, o professor pode trabalhar os dados usando gráficos, tabelas e cálculos diversos. (FORA DA ESCOLA)
C – INGLÊS
- tradução de textos com a temática “educação antidrogas”;- traduzir e comparar letras de músicas que falam de problemas sobre drogas;- propor aos alunos que pesquisem artistas e músicos de língua inglesa que tiveram problemas com abuso de remédios, álcool e drogas.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: Sugerir que os alunos tragam letras de música de diversos estilos que falem do uso remédios, de bebidas, de fumo e demais entorpecentes. Além disso, a turma pode assistir a vídeos com essa temática, como por exemplo: (1) A Corrente do Bem (2000), Direção de Mimi Leder; (2) 28 Dias (2000), Direção de Betty Thomas; (3) Quando Um Homem Ama Uma Mulher (1994), Direção de Luis Mandoki; e (4) Todos os Corações do Mundo (1995), Direção de Murilo Salles.
D – CIÊNCIAS
- Poluição do ar;- Componentes do cigarro;- Processo de destilação e fermentação de bebidas;- Verificar o teor alcoólico de soluções (perfume, vinagre, vinho etc.);
39
- Produção de remédios;- Males do consumo excessivo de remédios;- Males do consumo de drogas;- Risco do consumo de álcool e cigarro durante a gravidez.
1ª SUGESTÃO DE ATIVIDADE: o professor pode fazer experimentos no laboratório ou nas proximidades da Escola, como por exemplo: pegar um guardanapo branco ou lenço e colocar próximo ao escapamento de um veículo e comparar a sujeira da queima de combustível com a sujeira do cigarro nos pulmões.2ª SUGESTÃO DE ATIVIDADE: dividir a turma em grupos e propor que cada grupo faça uma dramatização do uso de drogas, como por exemplo: (1) um pai de família que chega em casa bêbado e agride a família; (2) uma mulher que passa a gravidez abusando de remédios e tem um filho prematuro; (3) um filho viciado que comete pequenos crimes para sustentar o vício e traz problemas para dentro de casa, e após um tempo sai de casa por causa do vício e acaba sendo preso; (5) um viciado que é levado para uma clinica de tratamento e se recupera; e (6) um usuário de drogas que encontra apoio na Igreja. Visitar uma instituição de tratamento e recuperação de usuários. (FORA DA ESCOLA)
E – HISTÓRIA
- História da produção de medicamentos;- Males das drogas na história da humanidade;- Drogas nas civilizações antigas (gregos, romanos, babilônios, egípcios etc.);- Drogas em rituais mágicos nas comunidades indígenas;- Origem do Carnaval e demais festas nacionais e estaduais.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: Apresentar o problema da alta vulnerabilidade de alguns grupos sociais em relação aos malefícios do álcool e demais drogas. Dividir a turma em grupos e pedir que realizem pesquisas na internet ou na biblioteca tratando: (1) populações indígenas; (2) migrantes e êxodo rural no Brasil; e (3) crianças e moradores de rua. Cada grupo deve apresentar brevemente dando um contexto geral do assunto e, em seguida, mostrar que a exclusão socioeconômica deixa esses grupos mais vulneráveis.
F – GEOGRAFIA
- Origem das drogas no mundo e no Brasil;- Tráfico Internacional de drogas;- Patentes de medicamentos e biopirataria;- Visão das religiões e o consumo de álcool e fumo.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: Propor que os alunos façam vídeos com o uso de celulares e maquinas fotográficas digitais abordando a temática “Educação Antidrogas”. Essa atividade pode ser feita em grupo ou individualmente, e cada aluno pode registrar sua experiência familiar, na sua comunidade, em visita a uma instituição publica, Igreja
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etc.
G - EDUCAÇÃO FÍSICA
- Doping nos esportes nacionais e internacionais;- Prejuízos do uso de anabolizantes.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: propor aos alunos pesquisas com entrevistas e aplicação de questionários em academias e clubes para identificar a dieta, a suplementação alimentar e a prática de esportes. Outra sugestão é organizar um passeio ciclístico no “Dia Mundial Sem Tabaco”, ou uma blitz educativa com distribuição de panfletos e adesivos. (FORA DA ESCOLA)
H - ENSINO RELIGIOSO
- a visão da bebida e do fumo nas religiões;- o papel das igrejas no apoio aos usuários de drogas;
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: dividir a sala em grupos e pedir que os alunos pesquisem na internet os trabalhos desenvolvidos por Grupos de Autoajuda, como por exemplo: (1) Alcoólicos Anônimos - AA www.alcoolicosanonimos.org.br (2) AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos de alcoólicos) www.al-anon.org.br (3) Amor-exigente (Para pais e familiares de usuários de drogas) www.amorexigente.org.br (4) Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos para familiares e amigos de usuários de drogas) www.naranon.org.br (5) Narcóticos Anônimos – NA www.na.org.br (6) Associação Brasileira de Terapia Comunitária – ABRATECOM www.abratecom.org.br (7) Pastoral da Sobriedade www.sobriedade.org.br (8) Liga de Apoio ao Abandono do Cigarro www.vidasemcigarro.8m.com
I - EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
- Desenhos com a temática “educação antidrogas” e vida saudável;- Compor músicas, no estilo “hip hop” ou “repente do nordeste”.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE: convidar um “Bombeiro Militar” para um evento com a presença de pais e responsáveis para abordar os riscos de uso de substâncias químicas, mencionando produtos visíveis no cotidiano das crianças e adolescentes, como: (1) remédios; (2) produtos de limpeza, principalmente à base de solventes como benzina, álcool e thinner; (3) produtos de escritório, como corretivos (os “branquinhos”); (4) produtos de beleza (esmalte e acetona, principalmente) e produtos de higiene pessoal (desodorantes, por exemplo).
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A SEXTA ETAPA ocorrerá paralelamente à quinta etapa, pois as duas estão bem relacionadas. Quando os palestrantes convidados vierem à Escola para trazer informações e ideias, esse momento será aproveitado para o planejamento e execução de outras ações e atividades previstas no Projeto.
A SÉTIMA ETAPA ocorrerá à culminância das atividades complementares propostas que contarão com acompanhamento dos convidados são: (1) preparação de uma peça de teatro com temática “educação antidrogas”; (2) organização de um concurso de desenhos, com exposição e premiação dos melhores trabalhos; (3) concurso de poesias, redações e músicas com a temática “vida saudável sem drogas”, com a culminância de uma apresentação dos melhores trabalhos; (4) concurso para eleição da “miss da vida saudável” e o “galã da consciência limpa”; e (5) criar um “Acordo de Convivência na Escola”, conforme modelo em Anexo.
OBSERVAÇÃO: Vale destacar que caso seja identificado durante as ações desenvolvidas algum estudante com problemas pessoais ou familiares por causa do uso de entorpecentes, os responsáveis pelo Projeto farão contato com os técnicos da entidade parceiras (Secretaria Municipal de Ação Social, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Assistência Social etc.) para acompanhar a criança e sua família, buscando soluções e intermediando meios para oferecer ajuda através da orientação e encaminhamentos.
A OITAVA ETAPA será a avaliação do Projeto, que está bem detalhada em um tópico exclusivo que se encontra adiante.
RECURSOS UTILIZADOS
RECURSOS HUMANOS
- Equipe pedagógica da Escola;- Equipe administrativa da Escola;- Representantes da Secretaria Municipal de Educação;- Representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social;- Profissionais das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde;- Representante de Órgãos Estaduais e Federais;- Representantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros;- Representantes do Conselho Tutelar e demais Conselhos Municipais;- Pesquisadores e professores das Universidades Federal, Estadual e Municipal.
RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS
- Material didático: papéis variados, lápis de cor, pincel, tinta guache, tinta plástica de cores variadas, isopor, cartolina, TNT, cola branca, fita adesiva, tesoura, cola gliter, etc.;- Spray de cores diversas;- Aparelho de Data Show e computador portátil;- Equipamento de som, com caixas e microfone;- Aparelho de DVD e televisor tela plana;-confecção de camisas para a equipe organizadora, colaboradores e demais participantes;-Transporte coletivo para realização de visitas.
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5.3 – PROJETOS DE LEITURA
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento tem como
responsabilidade a efetivação de projetos de leitura que levem em
consideração a formação de leitores dentro de uma categorização específica
(pré-leitores, leitores iniciantes, leitores em processo, leitores críticos e
fluentes), tendo como meta a criação de hábitos e atos de leituras aos alunos e
professores.
5.3.1 - CONTADORES DE HISTÓRIAS
Introdução
As escolas brasileiras não tem sido capaz de ensinar a ler. A leitura é à
base de construção de outros conhecimentos. Se os alunos brasileiros não
sabem ler, não se pode esperar um bom desempenho na vida escolar. Os
resultados das pesquisas que envolvem a prática da leitura e da escrita
comprovam essa situação por meio dos últimos resultados do INAF 2011-2012
(indicador de alfabetismo funcional) realizada pelo Instituto Paulo Montenegro.
O INAF apresenta os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira
entre 15 e 64 anos de idade.
O problema é de base, ou seja, começa nas séries iniciais do ensino fundamental conforme aponta o INAF, 2011-2012:
Tabela IINíveis de alfabetismo da população de 15 a 64 anos por escolaridade
(em%)Níveis
Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
Ensino Superior
Analfabeto 21 01 0 0
Rudimentar 44 25 8 4
Básico 32 59 57 34
Pleno 3 15 35 62
Analfabetos funcionais (analfabeto e rudimentar)
65 26 8 4
Alfabetizados 35 74 92 96
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funcionais (básico e pleno)
Os dados nos chamam a atenção pelo fato de 44% dos brasileiros que
estudaram até as séries iniciais do ensino fundamental I atingiram o grau
rudimentar de alfabetismo.
Objetivo geral Transformar a sala de aula em um verdadeiro laboratório de Língua
Portuguesa. Onde o aluno possa experimentar a força das palavras que tecem
um texto.
Objetivos específicos: Recuperar a leitura em voz alta;
Explorar a oralidade;
Desenvolver a capacidade de ouvir;
Educar a sensibilidade
Divulgação de textos da literatura oral.
Justificativa: O baixo nível de letramento e o distanciamento do mundo das
linguagens verbais orais e escritas.
Considerações finaisA especialista da Unicamp Ingedore Villaça Koch, em entrevista à
revista Língua, diz que o brasileiro sempre teve dificuldade em ler e entender,
porque não foi escolarizado ou, quando foi, não foi treinado para isso na
escola. Há muito a fazer.
A expressão linguística escrita deve ser vivenciada em sala de aula
como ferramenta significativa de interação com o outro. Tais práticas devem
propiciar essa percepção de leitura interacional.
5.3.2 –VARAL DE LEITURAS
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Introdução
Um dos objetivos das legislações educacionais do nosso país é garantir
ao povo brasileiro o pleno domínio da leitura e da escrita, conforme inciso I do
artigo 32 da LDB. Qual a concepção de leitura que as escolas brasileiras têm?
O Brasil lê mal? A escola explora a leitura através da decodificação da língua
portuguesa, ou por meio de uma ação que garante ao indivíduo a possibilidade
de desfrutar da plena cidadania? Para o exercício da cidadania se faz
necessário saber ler questionando. Mas como criar uma concepção de leitura
crítica num país em que as pesquisas sobre leitura apresentam os piores
resultados?
Objetivo geral Transformar a sala de aula em um verdadeiro laboratório de Língua
Portuguesa. Onde o aluno possa experimentar a força das palavras que tecem
um texto.
Objetivos específicosEvidenciar a importância do leitor na recepção do texto. Observando a
idade cronológica, intelectual e grau de nível de conhecimento/domínio do
mecanismo da leitura;
Relacionar o mundo cultural dos alunos com a leitura selecionada;
Despertar uma prática livre, voluntária e dinâmica;
Fazer uso do dicionário.
JustificativaA indisposição a prática da leitura incita o desenvolvimento de ações que
possam formar leitores no decorre de sua vida estudantil.
Considerações finais
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A sala de aula, desde cedo, dever funcionar como um verdadeiro
laboratório de Língua Portuguesa. Onde o aluno possa experimentar a força
das palavras que tecem um texto e proporcione a prática de leitura interacional.
5.3.3 - O LIVRO EM CENA
Introdução
A formação do leitor a partir do horizonte cultural dos elementos
envolvidos nessa ação - professor, aluno e texto - serve de prática significativa
para esse encontro surtir o efeito esperado pelos documentos oficiais que
tratam do ensino de língua portuguesa no brasil.
Objetivo geralAproximar os alunos da linguagem escrita por meio de práticas
contextualizadas que gerem uma concepção interacional de leitura.
Objetivos específicos Ler contos da literatura brasileira;
Ampliar o vocabulário de palavras e ideias;
Construir a concepção de leitura interacional;
Compreender a literatura como arte de exprimir linguisticamente a vida;
Relacionar a literatura à vida social.
JustificativaA concepção sistêmica de leitura afasta o aluno da prática interacional e
o atrofia na simples decodificação de textos existentes no cotidiano.
Considerações finaisProjetar o universo cultural do aluno na obra lida propiciará um encontro
imensurável, ou seja, redução a universos culturais os quais ele está inserido.
E assim ocorre a interação dentro do processo dialético da leitura. “O processo
de comunicação assim se realiza não através de um código, mas sim através
da dialética movida e regulada pelo que se mostra e se cala”. (ISER)
5.4 - Projeto Banda de Percussão
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Apresentação A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento objetiva educar uma
criança, adolescente ou jovem para a sensibilidade, para a emoção, para o
sonho e criação, preparando-os para enfrentar os desafios da vida com uma
postura mais humanizadora, mais construtiva e mais criativa, condições essas,
essenciais para a prosperidade das novas gerações.
Este é um projeto que inclui as diversas facetas da expressão artística
musical: criação, improvisação, análise e performance, Todas devem e podem
ser estimuladas ou desenvolvidas, sobremaneira, à crianças, jovens e adultos.
O projeto contempla: educação musical, vivência, pesquisa e construção mais
refinada de sons, movimento e ritmo, culminando com a formação de uma
Banda Marcial.
Objetivo Geral:Trabalhar com todos os instrumentos de percussão em atividades
diversas; formar uma banda marcial, para o tradicional desfile cívico do 7 de
setembro, através da Educação musical e artística dos alunos da Escola
Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento, de forma a facultar-lhes
aprendizado, vivência, pesquisa e construção mais refinada de sons,
movimento e ritmo.
Considerações finais Promovendo a desinibição pessoal, o processo artístico permite maior
entrosamento de crianças e adolescentes, que se confraternizam, cooperando
e crescendo mutuamente. Contribui também valorizando os recursos
individuais no campo da sensibilidade. Sabendo que a criança em seu
processo de crescer revela bagagem multifacetada e talentos aflorados, ou
ainda adormecidos, à espera de situação onde o despertar ocorra com
naturalidade, de forma a promover este amadurecer.
5.5– PROJETO JUNINO PAULO RODRIGUES
Projeto Junino Paulo Rodrigues
Apresentação
47
O projeto junino pretende valorizar nossas raízes por meio de atividades socioculturais como quadrilhas, carroceatas e danças country. Tendo como data fixa o mês de junho. Objetivo Geral
Desenvolver ações efetivas de cidadania, reconhecendo possibilidades de intervenção na sociedade tendo como meio as festividades que ocorrem no Brasil durante o mês de junho.Considerações finais
O resgate dos valores culturais é uma proposta indelével desta Unidade de ensino. A equipe gestora deverá organiza antecipadamente quais serão as estratégias para efetivação do projeto. Cabendo também fazer uso de recursos do PDDE.
5.6 - PROJETO DE INSERÇÃO SOCIAL DOS PROFESSORES
Projeto de inserção social dos professores
Apresentação:Diante da realidade conflituosa das indisciplinas diversas no universo escolar
da unidade de ensino, a equipe escolar fixará datas para efetivação do projeto.
Objetivo geral: Promover a integração entre a Escola e a comunidade.
Objetivos específicos: Manter contato com a realidade cultural do Bairro;
Configurar a identidade escolar;
Integrar famílias e professores;
Aproximar e escola e comunidade;
Desenvolvimento: Elencaram os alunos mais vulneráveis aos problemas pedagógicos,
conflituosos e familiares. Posteriormente desenvolveram visitas e aplicaram
questionário conforme anexo.
Conclusão: Desde 2005, o Programa de Interação Família Escola da Secretaria de
Educação de Taboão da Serra incentiva os 600 professores da rede municipal
a visitar os estudantes. A ele é creditada boa parte do crescimento do
48
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos últimos dois
anos (aumento de 8,9% da nota da 4ª série e de 14,3% da 8ª). Um cruzamento
de dados feito pelo governo local indica que quem recebe o professor em casa tem desempenho em média 20% melhor do que aqueles cujos pais não estão inscritos no programa.
A nossa ideia não se propõe a fazer Assistência social, mas é uma
oportunidade para conhecer a realidade cultural, familiar e social do aluno.
Tudo isso a fim de aprimorar as nossas ideias e planejamentos didáticos.
5.7 – PROJETO DE PARCERIAS E SUSTENTABILIDADE
Apresentação:A Escola terá como compromisso anual o desenvolvimento de atividades
de preservação do patrimônio humano, material, ambiental e cultural da
comunidade escolar. As ações relacionadas ao meio ambiente serão
desenvolvidas com a Com-Vidas da escola. A conservação do meio ambiente e
do patrimônio escolar terão parceiros para tal efetivação. O conselho Escolar
deverá buscar e firmar parcerias dessa natureza.
Objetivo geral: Encontrar parceiros que possam ajudar a superação de problemas de
conservação do meio ambiente e do patrimônio escolar.
Considerações finais:Esse projeto de busca de parcerias e sustentabilidade viabilizará
reflexões acerca das possibilidades de se firmar vínculos concretos e formais
com personagens significativos da sociedade intelectual e propagadores
culturais que possuem potencialidades para transformar realidades locais. A
parceria representa uma troca de saberes para ambos os atores. Esse
momento oportuniza a escola se transforma em um laboratório de pesquisas, e
a Escola usufrui de projetos de aplicação cientifica nas áreas deficitárias
contempladas pelo projeto.
6. LEVANTAMENTO DE CONCEPÇÕES
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De Mundo: O mundo é um espaço propício as interações entre o ser humano e
o meio social classificadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Assim,
em função da rapidez dos meios de comunicação e tecnológicos e pela
globalização, ou seja, a mundialização passa a ser indispensável realizar ações
que proporcionem igualmente ao sujeito o alcance dos objetivos materiais,
políticos, culturais e espirituais possibilitando a superação das injustiças
sociais, diferenças, distinções e divisões na busca de formar cidadão. A
superação só será possível se a instituição escolar for um espaço que colabore
para a eficácia e a mudança social.
De Sociedade: É a expressão das relações sociais produzidas ao longo da
história, refletindo as contradições estabelecidas pelas relações de poder. É
através dessas contradições que são criados os conflitos que por sua vez
desencadeiam o processo de mudança permanente da realidade na busca por
condições mais justas e igualitárias. A sociedade que almejamos é entendida
como um grupo que se constitui no universo das relações sociais baseadas no
respeito à diversidade e aos princípios focados na dignidade humana, na
justiça e valorização da vida.
De Homem: O homem é um ser sócio-histórico, portanto social, capaz de
produzir suprir suas necessidades, produto e produtor das relações sociais
estabelecidas em um dado momento histórico. O indivíduo social é competitivo
e individualista, consequência das relações impostas pelo modelo de
sociedade capitalista. Porém, a luta precisa ser por um sujeito social, ligado
para o seu bem próprio, mas, antes de tudo, para o bem-estar do grupo do qual
faz parte. O homem, que realiza a modificação de si mesmo pela assimilação
dos conhecimentos, muda também a sociedade através do movimento dialético
“do social para o individual e do individual para o social”. Dessa forma, torna-se
sujeito da história.
De Educação: O processo educativo precisa estar voltado para um tipo de
ensino e aprendizagem que extrapole a mera reprodução de saberes
sistematizados, que valoriza a memorização sem significado e vá para um
processo de reprodução e de apropriação de conhecimento e transformá-lo,
50
possibilitando, assim, que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua
cidadania, refletindo sobre as questões sociais e procurando alternativas de
superação da realidade.
De Currículo: O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo
elementos como grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É
importante resgatar os saberes que os discentes trazem de seu dia a dia.
Estruturado o objeto do conhecimento, este não pode ser trabalhado de forma
superficial e desvinculado da realidade. Está enraizada, em nossa ação
pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento
como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando somente a
interação unilateral entre o professor e aluno. Todavia, é preciso que o objeto
do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a
interação/mediação entre educador/a educando/a como uma via de “mão
dupla” em que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente.
De Planejamento: Para planejar, considerando as reflexões anteriores neste
documento, o profissional deve mudar sua postura enquanto “homem” e
“Professor”. Primeiramente é preciso mudar a si próprio para, então, pensar em
mudar os outros. Planejar significa, a partir da realidade do estudante, pensar
as ações pedagógicas possíveis de serem realizadas no intuito de possibilitar a
produção e internalização de conhecimentos por parte do/a educando/a. além
disso, o planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de
ação-reflexão-ação na busca constante de um processo de ensino-
aprendizagem produtivo. Portanto, não cabe mais uma mera lista de conteúdo.
Deve-se dar ênfase as atividades pedagógicas; o conteúdo em sala de aula
será resultado da discussão e da necessidade manifestada a partir do
conhecimento que se tem do próprio estudante.
7. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS
Levando em conta que a educação é ao mesmo tempo um processo
individual e um processo social que acontece através das inter-relações, a
Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento, busca referências em
algumas tendências existentes no sistema pedagógico.
51
Objetivando suscitar no educando a consciência de si e do mundo, a
escola busca na pedagogia progressista (baseada nos estudos de Paulo
Freire), a teoria dialética do conhecimento, refletindo a prática e retornando a
ela para transformá-la. Educador e Educando aprendem juntos numa relação
dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta esta teoria, num
processo de constante aperfeiçoamento.
Para Paulo Freire "o homem é o sujeito da educação e, apesar de uma
grande ênfase no sujeito, evidencia-se uma tendência interacionista, já que a
interação homem - mundo, sujeito - objeto é imprescindível para que o ser
humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis". É refletindo sobre seu
ambiente concreto que o homem chegará a ser sujeito.
Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação
concreta, mais se torna progressivo e gradualmente consciente, comprometido
a intervir na realidade para mudá-la (MIZUKAMI: 86, 1986).
Em muitas atividades a Escola propõe, ao educando, o desenvolvimento
da consciência de si mesmo, do ambiente social em que está inserido e do
senso crítico, possibilitando que se torne um agente de transformação social.
Outra tendência pedagógica da Escola é o construtivismo, que se refere
ao processo pelo qual o indivíduo desenvolve sua própria inteligência
adaptativa e seu próprio conhecimento.
Para Piaget a noção de desenvolvimento do ser humano se dá por fases
que se relacionam e se sucedem, até que se atinjam estágios da inteligência
caracterizados por maior mobilidade e estabilidade.
A Escola proporciona situações de exploração, por parte do aluno, de
diferentes suportes portadores da escrita, tais como, revistas, jornais,
dicionários, livros de histórias, poesias, bilhetes, receitas, propagandas, etc.
Desenvolver nos alunos a capacidade de produzir ou de criar, e não
apenas de repetir, é uma forte tendência da escola. Por fim, sabendo que a
aprendizagem é um processo social e não só individual a escola busca nos
estudos de Vygotsky embasamento teórico para sua prática pedagógica.
Para Vygotsky a interação com o meio e com o outro acontece nas
relações cotidianas e histórico-sociais onde o homem é um ser essencialmente
social e histórico que, na relação com o outro, intermediado pela linguagem,
adquiri desenvolvimento enquanto sujeito. Um caminho em que o homem, à
52
medida que constrói sua singularidade, atua sobre as condições objetivas da
sociedade, transformando-as.
A escola entende que o aluno aprende com maior facilidade se for
ajudada por um colega que adquiriu antes dela a compreensão de determinado
conhecimento.
Enfim a tendência pedagógica da Escola Municipal Paulo Rodrigues do
Nascimento é a constante busca de um ensino de qualidade, que estimule e
desafie o aluno, partindo de sua inteligência, que se confronte com o que a
humanidade produziu, que propicie o espírito crítico, e crie situações para que
os alunos aprendam igualmente, cada um de acordo com seu talento e com
seu potencial.
PAPEL DO PROFESSOR
No contexto escolar está o professor, aquele que possibilita o acesso ao
conhecimento, tendo ele um papel de mediador do conhecimento. Nesse
sentido, a própria palavra professor quer dizer “aquele que professa, ou seja,
aquele que possui uma missão: a de formar pessoas”.
Saviani escreve no seu texto Escola e Democracia (1983) “o professor
deve antever com clareza a diferença entre o ponto de partida e ponto de
chegada do processo educativo” [...] “Sem o que não seria possível organizar e
implementar os procedimentos necessários para se transformar e possibilidade
em realidade”.
A intencionalidade educativa precisa ter um caráter de planejamento
prévio, em que se aplique o acompanhamento e avaliação. Pode-se dizer então
que o sucesso do processo de interação possibilita a “mediação” da eficiência
da instituição, já que foi criada com o objetivo de formalizar os processos
educativos.
Resumindo, em sala de aula, o educador tem um papel fundamental, pois
ele planeja, viabiliza, propõe, coordena e avalia o processo de realização das
atividades desenvolvidas.
Então, os projetos serão organizados pelos professores de cada ano/série.
Eles são efeitos do processo de interação dos docentes sobre a análise dos
objetivos e conceitos e das informações sobre os interesses e necessidades do
seu grupo.
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No decorrer do processo ensino/aprendizagem o educador necessita estar
voltado para desenvolver atividades que, na medida do possível, seus
discentes reflitam, repensem e refaçam o que for necessário. O docente
precisa argumentar e desafiar seus educandos para que estes levantem dados,
hipóteses e procurem encontrar formas para realizar o que foi proposto, ou
seja, sejam capazes de resolver situações problemas.
É importante perceber o momento de construção social do conhecimento,
para o qual os que fazem parte da comunidade escolar contribuam. O
professor necessita ser capaz de administrar as contribuições individuais,
gerenciando numa perspectiva coletiva, elevando o conhecimento a níveis mais
elaborados, é um dos papéis mais importantes dos professores da escola.
PAPEL DO ALUNO
O ser humano é um sujeito social, situado no tempo e no espaço,
elaborador da sua história e agente transformador. Seu desenvolvimento está
articulado ao processo de apropriação de conhecimento disponível em sua
cultura. Baseado neste e em outros princípios o papel dos discentes não
poderia deixar de ser interativo envolvido e corresponsável por todo o trabalho
desenvolvido na escola, em que de posse dos conhecimentos realizam ações
benéficas a sociedade.
PAPEL DA ESCOLA
A escola contemporânea é um lugar de convívio e legitimação de diversos
saberes e fazeres considerando a socialização do conhecimento formal
historicamente construído. Assim, a escola é um espaço de ampliação da
experiência humana, que traz novos conhecimentos, metodologias e as áreas
de conhecimento contemporâneas. Sua função é promover crescimento e
desenvolvimento humano, criando possibilidades para que os sujeitos
socializem experiências, realizem aprendizagens e construam sua identidade
numa perspectivas de pleno exercício da cidadania.
A escola municipal deve desenvolver o dinamismo para que os discentes
experimentem diferentes relações e interações com o mundo de forma
contextualizadas, sem perder, sem deixar de lado o todo, as contradições e
54
transformações. É por meio das interações, mediadas pelo docente, que os
conhecimentos significativos vão sendo adquiridos pelos discentes.
O espaço escolar é uma instituição valiosa, em que se percebe que cada
etapa possui seu valor por si mesmo e que deve observar às transformações
que os educandos vivem e com as que fazem relação com a vida cotidiana
sem deixar de lado o compromisso político com o saber e com as mudanças.
Então, a escola tem como razão de existência “ o discente” e como função
social a promoção de um ensino de qualidade, que passa por um conjunto de
atividades organizadas e executadas pelo professor, coordenador, pedagoga,
diretor, alunos e SEMED, convergindo para a promoção do desenvolvimento,
visando a transformação intelecto-afetiva dos alunos, para uma constante
construção e aplicação de conhecimentos, habilidades e atitudes, levando-os à
plena construção e aplicação de conhecimentos, habilidades e atitudes,
levando-os à plena liberdade já que esta não pode ser concedida e sim
conquistada.
8. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO OFERECIDO.
A organização pedagógica da escola deve estar coerente com as normas
estabelecidas pela legislação vigente. Deste modo, o planejamento é elaborado
com a finalidade de atender e respeitar os interesses, necessidades,
possibilidades e expectativas dos estudantes. Então, busca-se adequar o
conteúdo programático ao desenvolvimento das estruturas mentais, da
criatividade, propondo estudo de fatos socioculturais e dos fenômenos da
natureza.
A sala de aula deve ser um verdadeiro laboratório que possibilita o
aprofundamento e a ampliação dos conceitos estudados, mediante situações e
vivências curriculares que envolvem conhecimentos, informações, habilidades
ou destrezas diferenciadas.
Os conteúdos do Ensino Fundamental dos vários componentes curriculares
são desenvolvidos mediante o conhecimento de objetivos e o desenvolvimento
de orientações metodológicas de modo a assegurar o processo ensino-
aprendizagem.
55
8.1 - O TRABALHO PEDAGÓGICO
Quando se reflete sobre o papel da educação percebe-se que esta vai além
das quatro paredes de uma sala de aula. Assim, é necessário repensar a
organização pedagógica que permita:
Trabalhar valores culturais, éticos, morais e físicos;
Integrar elementos da vida social aos conhecimentos trabalhados;
Compreender o discente como um cidadão que deve ser agente
transformador da sociedade, além de crítico, responsável e
participante.
A escola necessita ser mais crítica, reflexiva e possibilitar a toda comunidade
um projeto solidificado no processo mútuo, em que a interação é a peça
principal.
O espaço escolar precisa ser um lugar de interação em que o trabalho
pedagógico possa favorecer a formação cidadã do sujeito, sendo necessário
repensar constantemente o papel pedagógico da escola, bem como suas
funções sociais, refletindo sobre a escola que temos e a escola que queremos
ter. tornando-se necessário:
Integração e participação da comunidade escolar;
Segmentos plenamente voltados à completa valorização do
educando;
Cursos de formação e qualificação dos profissionais de educação;
Criação e reorganização do espaço físico;
Material didático e outros que facilitem o trabalho do professor;
Número de discentes em sala de aula condizentes com a
metragem do ambiente;
Recursos humanos, pedagógicos e financeiros;
Cobrança de regras de convivência em grupo;
Melhor qualificação profissional.
8.2 - SISTEMÁTICA DE ENSINO
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Os aspectos metodológicos devem estar coerentes com os princípios
filosóficos, sociológicos, psicológicos assumidos pelas escolas municipais.
Nesse contexto, é oportuno destacar que os docentes possuem um papel
fundamental, já que por meio de suas ações, enquanto mediadores do
processo ensino/aprendizagem serão capazes de levar o discente a
desenvolver sua própria autonomia.
No âmbito escolar é importante que o processo de apropriação do
conhecimento por parte do aluno esteja ligado a diversidade e qualidade das
experiências interacionais. Neste contexto, o professor, enquanto mediador do
processo ensino-aprendizagem permite que o educando experimente
diferentes linguagens através da vivência, observação, transferências,
exploração, manipulação, criatividade, identificação reconhecimento,
participação, comparação, análise/síntese, generalização, sensibilização,
reflexão e do levantamento de hipóteses, contribuindo para a construção de
seu próprio conhecimento, baseando-se em um processo dialético, onde tenha
possibilidade de perceber as diferentes realidades.
Nesse contexto, os conteúdos socioculturais serão tratados como elementos
da mediação Sujeito/Conhecimento. Assim, trabalhar com os conteúdos da
cultura elaborada significa partir da vivência cotidiana do aluno, através de uma
continuidade e de uma ruptura com a cultura do aluno, através de uma
continuidade e de uma ruptura com a cultura do senso comum, essencial na
formação e apropriação; e as interações (aluno/aluno; aluno/texto;
aluno/professor; professor/aluno) objetivando mediar o conhecimento das
capacidades cognoscitivas (objetivos/conceitos) articuladas criticamente com
objetivos sociopolíticos, embasados nos valores éticos, políticos, sociais e
filosóficos.
Assim, dentro da sua autonomia as escolas municipais elaborarão sua
proposta pedagógica que definirá sua sistemática de ensino, atentando para
uma metodologia eclética em que a variedade se sobrepõe à uniformidade das
técnicas e relevância social dos conteúdos sobre a quantificação e a
experiência sobre a mera teoria de nossa sistemática de ensino.
9. ORGANIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS.
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A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração alterou a
sua organização, passando a ter os anos iniciais – 1º ao 5º ano – com cinco (5)
anos de duração, na faixa etária de seis a dez anos de idade, e os anos finais –
6º ao 9º ano com duração de quatro (4) anos, para os pré-adolescentes de
onze a quatorze anos de idade.
Desse modo, com a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos, a
escola passa a ter a seguinte nomenclatura:
Etapa de Ensino Faixa Etária Prevista
Ensino Fundamental de 9
anos
1º ano 6 anos
2º ano 7 anos
3º ano 8 anos
4º ano 9 anos
5º ano 10 anos
6º ano 11 anos
7º ano 12 anos
8º ano 13 anos
9º ano 14 anos
A organização curricular deve estar com a legislação vigente e o que
preconiza a Resolução Nº 14/2009/CMEL. Portanto, o currículo do Ensino
Fundamental abrange obrigatoriamente as seguintes áreas do conhecimento:
Língua Portuguesa, da Matemática, o conhecimento físico, natural e político
(Ciências, Geografia, História) refletindo a realidade social brasileira, e ainda
Língua Estrangeira, Arte, Educação Física e Ensino Religioso.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais devem-se constituir em instrumento
norteador dos conteúdos mínimos das áreas do conhecimento.
O ensino da Arte deverá formar e promover o desenvolvimento cultural dos
alunos de forma crítica e responsável para que sejam protagonistas de sua
história.
O ensino da Música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo,
do componente curricular Arte, conforme a Lei Federal Nº 11.769/2008.
A disciplina Educação Física deverá atender o § 3º do art. 26 da Lei Nº
9.394/1996 e o tratamento definido da Lei Federal Nº 10.793/2003.
58
No Ensino Religioso deve-se considerar o disposto nos Pareceres
CNE/CEB 5/1997, 12/1997 e no art. 33 da Lei Federal Nº 9.394/96, alterado
pela Lei Federal Nº 9.475/1997.
A Educação das relações étnico-raciais e o ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira, História da África e Indígena, conteúdos obrigatórios, deverão
ser ministrados de forma interdisciplinar em todas as disciplinas, ao longo do
ano letivo, especialmente nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileira, de acordo com as Leis Federais Nº 10.639/2003 e Nº
11.645/2008, a Resolução CNE/CP Nº 1/2004 e o Parecer CNE/CP Nº 3/2004.
Para a definição dos conteúdos curriculares, além daqueles exigidos pelas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a área de formação, deve-se contemplar
questões sociais como:
I – assegurar os conhecimentos sobre o respeito ao idoso, visando à
qualidade de vida no processo de envelhecimento, de acordo com a Lei
Federal Nº 10.741/2003;
II – dispor obrigatoriamente, conteúdos sobre os direitos das crianças e dos
adolescentes de acordo com Lei federal Nº 11.525/2007;
III – contemplar em seus níveis e modalidades de ensino a educação
ambiental, de forma prática, educativa, integrada e contínua de acordo com Lei
Federal Nº 9.795/1999.
O currículo em sua parte diversificada deverá atender às características
regionais, locais e de sua comunidade escolar, relacionando-o à realidade
sociocultural e aos interesses e expectativas dos alunos, observando as
diversidades, para que haja inclusão social.
A unidade de ensino deverá contemplar na parte diversificada do seu
currículo, projetos e atividades do interesse da comunidade escolar visando à
qualidade educacional.
Os conteúdos curriculares devem observar as seguintes diretrizes:
A difusão de valores fundamentais ao interesse social, os direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
democrática;
A consideração das condições de escolaridade dos alunos;
A orientação para o trabalho;
Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas
não formais;
59
A Base nacional Comum e a Parte Diversificada deve estar integradas em
torno do paradigma curricular do Ensino Fundamental.
A saúde, a Educação no trânsito, a Sexualidade, a Vida Familiar e
Social, o Meio Ambiente, o Trabalho, a Ciência e a Tecnologia, a
Cultura e as Linguagens;
Os componentes curriculares do Ensino Fundamental: Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Geografia, História,
Artes e Educação Física. Na parte diversificada: Inglês (a partir do 6º
ano), Redação e Cultura Sergipana.
As Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental são operacionalizadas no
planejamento, atendendo os critérios de organização e composição curricular
definidos na legislação educacional, na presente Proposta pedagógica e no
Regimento Escolar.
A organização curricular (em anexo) será desenvolvida, em no mínimo, 200
dias (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar com uma carga horária mínima
de 800 (oitocentas) horas anuais exigidas por lei.
Nesta Proposta Pedagógica está registrada os objetivos gerais dos
componentes curriculares que integram a Base nacional Comum do Currículo
do Ensino Fundamental (Português, Matemática, Ciências, História, Geografia,
Artes, ensino religioso e Educação Física) e os Objetivos Gerais da Língua
Estrangeira, Redação e Cultura Sergipana (Parte Diversificada), que
fundamentarão a elaboração do planejamento docente.
10. VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
A sistemática de avaliação desenvolvida pelas escolas municipais
necessita ver o educando como parte integrante do processo educacional.
Trata-se de uma análise relativa ao desenvolvimento dos estudantes e da
unidade de ensino como um todo, sendo resultado de um conjunto de
atividades que tem o papel de alimentar, sustentar e orientar a prática
pedagógica.
60
É com base nesse aspecto e em todas essas dimensões que se faz
necessário que a avaliação aconteça de forma sistemática durante todo o
processo de ensino-aprendizagem e não somente após o fechamento de
etapas do trabalho. Considerando esta colocação o professor pode realizar a
avaliação por meio de:
Observação sistemática: acompanhamento do processo de
aprendizagem dos alunos, utilizando alguns instrumentos, como
registro em tabelas, listas de controle, diários de classe, relatórios
individuais;
Análise das produções dos alunos: considerar a variedade de
produções realizadas pelos alunos, para que se tenha um quadro
real das aprendizagens conquistadas;
Acompanhamento diário e nas diversas atividades realizadas, já que
a avaliação ocorre constantemente e não em um dado momento.
Estas atividades podem ser pesquisas, pesquisas de campo,
dissertativas, entre outros.
Quanto mais os alunos tenham clareza dos conteúdos e do grau de
expectativa da aprendizagem que se espera, mais terão condições de
desenvolver, com ajuda do educador, estratégias pessoais e recursos para
vencer dificuldades.
A avaliação na Educação Infantil far-se-á mediante o acompanhamento e
registro, em fichas individuais, do desenvolvimento de habilidades, retratando o
processo de evolução dos discentes, sem o objetivo de promoção.
Dessa forma, de acordo com o nosso Regimento escolar a avaliação
processual no Ensino Fundamental e em suas modalidades de ensino na
Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento tem como premissa a
avaliação da prática pedagógica dos docentes e do desenvolvimento da
aprendizagem do discente, estabelecendo mecanismos que assegurem:
I – avaliação interna e externa;II – avaliação da aprendizagem ao longo do processo, sendo continua de modo a permitir a apreciação do desempenho de habilidades e atitudes dos alunos;III – atividades de recuperação ao longo do processo e no Período de Atividades Complementares;
61
IV- indicadores de desempenho;V – controle de frequência;VI – acompanhamento do processo educativo pela equipe técnica;VII – compromisso do Professor com a eficiência técnica na sua tarefa de ensinar;VIII – conscientização das famílias quanto as suas responsabilidades no âmbito do processo educativo;OBS: O período de Atividades Complementares tem por objetivo a retomada de aprendizagem (PORTARIA Nº 01/2011 – SEMED)
A avaliação externa será elaborada pelo MEC e SEMED, aplicada pelo
coordenador ou responsável designado pela SEMED.
A avaliação interna será realizada durante o processo ensino-
aprendizagem, de forma contínua, cumulativa e sistemática, com o objetivo de:
I – diagnosticar e registrar os progressos dos alunos e suas dificuldades;II – possibilitar que os alunos auto avaliem sua aprendizagem;III – orientar as atividades de replanejamento dos conteúdos curriculares;IV – fundamentar as decisões do Conselho de Classe.
A avaliação interna, no Ensino Fundamental, do 3º Ao 9º ano, será por
componente curricular, exceto Ensino Religioso, será composta por avaliação
bimestral (quantitativa equivale 6,0 pontos) e avaliação qualitativa (trabalhos
individuais e coletivos; portfólio; outras formas de registro equivale a 4,0
pontos).
Os três anos iniciais do Ensino Fundamental, que integram o Bloco de
Alfabetização conforme disposto em Portaria de nº 07/2013 de 21 de novembro
de 2013, serão avaliados da seguinte maneira:
Art. 3º - A avaliação dos alunos que integram o Bloco de Alfabetização deve ser considerada como um processo permanente, contínuo e sistemático, como recurso para orientação do trabalho do professor, para aferição dos progressos e dificuldades dos alunos em sua trajetória de aprendizagem e para o planejamento e replanejamento das ações educativas. [...]4º a partir do ano de 2014, os resultados avaliativos do 2º ano do Ensino Fundamental não serão expressos em notas, utilizando-se para registro a Ficha de Acompanhamento Processual, tal como no 1] ano.5º No final do terceiro ano do Bloco o aluno que obtiver média inferior a 5,0(cinco) ficará retido no 3º ano, devendo-lhe ser assegurado acompanhamento pedagógico. (PORTARIA Nº 07/2013 - SEMED)
62
A avaliação nos três primeiros anos do Ensino Fundamental não é apenas
a prova bimestral (para o 3º ano do Ensino Fundamental), mas também a
utilização de outros instrumentais para a verificação da aprendizagem e
dificuldades. Portanto, as escolas municipais de Lagarto/SE fazem uso de
instrumentos como: ficha de acompanhamento mensal, o qual possibilita ao
docente, a coordenação e direção da escola verificar quais são os alunos que
não fazem os deveres de casa, os infrequentes, os que mais leem e quais são
os docentes faltosos; a ficha de leitura e escrita. Nesse sentido, com o
monitoramento mensal, através dos instrumentais, o docente tem condição de
diagnosticar os problemas da sua turma, em que se volta para os discentes
que estão em desenvolvimento e os que ainda precisam desenvolver para que
a partir do diagnóstico traçar novos planejamentos que estejam compatíveis as
necessidades de aprendizagem dos discentes.
Vale ressaltar que o registro de notas acontecerá de forma qualitativa (4,0
pontos) e quantitativa (6,0 pontos) a partir do 3º até o 9º ano. A aprovação
automática se dá apenas no 1º ano e 2º ano:
Art. 2º - O Bloco de Alfabetização será implantado em 2013 para os estudantes matriculados no três anos iniciais do Ensino Fundamental e de frequência regular, com adoção da progressão continuada do 1º para o 2 ano e deste para o 3º ano e com possibilidade de retenção somente no final do 3º ano, caso não tenha desenvolvido as habilidades dos alunos em sua trajetória de aprendizagem e para planejamento e replanejamento das ações educativas. (PORTARIA Nº 07/2013 – SEMED)
Sobre a ausência do aluno no dia da prova ou este deixar de realizar
qualquer tipo de trabalho deve-se levar em consideração:
Art. 9º - O aluno que deixar de executar qualquer trabalho, exercício ou tarefa determinadas pelo professor relacionados a avaliação qualitativa, poderá ter redução de pontos, salvo nos casos devidamente justificados. Art. 10 – O aluno que não comparecer a avalição quantitativa bimestral deverá, no prazo de vinte e quatro horas, apresentar justificativa que será avaliada pela Direção/Coordenação no prazo máximo de quarenta e oito horas, após o recebimento da prova. (PORTARIA Nº 01/2011 – SEMED)
63
A avaliação de alunos com necessidades educacionais especiais nas
áreas de Deficiência Intelectual e Autismo terão avaliações prescritas em
Portaria:
Art. 3º - A avaliação curricular de alunos com Deficiência Intelectual e
Autismo é um processo contínuo e cumulativo, realizado ao longo do
ano letivo e através de diferentes abordagens metodológicas, que
deverá culminar a cada bimestre no preenchimento de uma Ficha de
Avaliação, cujo modelo encontra-se em anexo a esta Portaria.
[...]
Art. 4º - considerar-se-á aprovado o aluno que, avaliado nos termos
desta Portaria, obtiver ao final do ano letivo a média de 5,0 (cinco),
considerando-se as notas obtidas nos quatro bimestres.
Art. 5º - Quanto à frequência do aluno com Deficiência Intelectual e
Autismo, aplicar-se-ão os mesmos dispositivos legais que
regulamentam a avaliação na rede municipal de ensino. (PORTARIA Nº
006/2013 – SEMED)
As avaliações são instrumentos que permitem ao educador a organização
e/ou reorganização do planejamento para um melhor acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido a avaliação é um meio e não
um fim em si mesma, sendo, também, um meio para avaliar o trabalho
pedagógico.
Sobre os resultados bimestrais e finais a Portaria 01/2011 – SEMED
dispõe:
Art. 16º - A recuperação será oferecida da seguinte forma:I – contínua às atividades no momento em que se manifestar a deficiência de aprendizagem.II – paralela realizada no final de cada bimestre quando se verificar insuficiência do aluno na assimilação dos conteúdos curriculares, na avaliação quantitativa valor 6,0;III – no final do ano letivo, para o aluno que obtiver média anual inferior à cinco em cada componente curricular e frequência igual ou superior a 75% do total da carga horária.Art. 17º Para recuperação paralela deverá observar que:I – O aluno que não obtiver no mínimo 50% da pontuação destinada a avaliação individual dos conteúdos específicos da unidade será encaminhado as aulas de recuperação paralela, ambas realizadas em horários contrários as aulas regulares;II – A nota resultante dessa nova oportunidade de avaliação individual, se inferior a anterior, não será considerada e, se igual ou superior a anterior, será adicionada aos procedimentos aos outros procedimentos de avaliação para a obtenção da nota do bimestre, ficando anulada a nota anteriormente obtida;
64
III – A oportunidade de nova avaliação individual para recuperação da nota bimestral também será garantida ao aluno que, mesmo aprovado nos conteúdos específicos, não obtenha a nota cinco no total dos pontos, sendo-lhes facultada a frequência às aulas de reforço e recuperação paralela.Art. 18º Para recuperação final deverá observar que:I – A recuperação final será oferecida, concluídos os duzentos dias letivos para os alunos cuja média anual seja inferior a cinco, até três componentes curriculares;Parágrafo único. A escola deverá ministrar 5% da carga horária de cada componente curricular na recuperação final.II – O aluno poderá submeter-se à recuperação final até três componentes curriculares, desde que tenha frequência igual ou superior a 75%.
A frequência às aulas e a todas as atividades escolares serão efetuadas
diariamente, sendo vedada a atribuição de nota zero ao aluno que apresente
qualquer índice de frequência e aproveitamento.
11. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE.
A articulação entre escola, família e comunidade se faz a partir da
sensibilização e mobilização dos diferentes sujeitos que constituem a
comunidade escolar embasado em critérios, espaços e limites de participação
de cada um (professores, pessoal técnico-pedagógico e técnico-administrativo,
alunos, pais e parceiros), observadas as disposições contidas na Constituição
Federal/88, na LDB – Lei de Diretrizes e Bases.
Para articulação entre a escola, família e a comunidade torna-se
indispensável a utilização de mecanismos que possibilitem participação,
compromisso e partilhamento de decisões através de:
- Conselho Escolar – instituído através da Lei Municipal Nº 156/2004,
como órgão democrático e coletivo na escola, tem natureza deliberativa,
consultiva e fiscalizadora, sendo composto por representações de diretores,
professores, pais de alunos e servidores da escola.
- Conselho de Classe – formado por supervisores, orientadores,
professores e alunos que discutem acerca da aprendizagem, o desempenho
dos alunos, avaliando os pontos de dificuldade tanto do aluno quanto da escola
e dos professores. Dessa forma, busca-se a partir das reflexões, a
reformulação das práticas escolares.
65
- Plantão Pedagógico – momento destinado ao diálogo, esclarecimento
e troca de informações entre professores e pais ou responsáveis, sobre o
desempenho dos alunos no processo ensino aprendizagem.
Reuniões de Pais/Mães e Mestres – é compartilhar interesses e
missões, tendo como foco a atuação da escola e da comunidade na qual
encontra-se inserida, visando o sucesso do aluno.
12. GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Poder e Órgão de Vinculação
Poder: Executivo
Órgão de Vinculação: Governo Municipal de Lagarto – SE
Prefeito: José Willame Fraga
Secretária Municipal de Educação: Islene Santos Prata
Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento
Direção: Joalbe Bernardo dos Santos
Sistema Próprio de Ensino: Lei Nº 17/2004
Lei Nº 21/2009: Dispõe sobre a organização básica da Secretaria Municipal de
Educação
Situação: Ativa
Principal Atividade: Educação Básica: Ensino Fundamental: educação Especial.
Telefone: (79) 3631-5671
Endereço Postal: Praça São Francisco de Assis s/n, Lagarto –SE CEP 49400-000
A Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento, no ano letivo de 2013,
possui 302 alunos, e 15 professores em sala de aula e 06 monitores do Mais
educação, com o apoio administrativo/pedagógico de 01 Diretor, 01 Pedagoga,
02 Coordenadoras Pedagógicas,01 Coordenadora do Mais Educação, 01
Secretária, 01 Auxiliar de Secretaria e 12 funcionários da equipe de apoio. No
total de 41 funcionários, sendo que destes 35 são diretamente ligados à escola
e 06 monitores que são prestadores de serviços.
A escola em sua proposta pedagógica apresenta a sua organização
administrativa, de acordo com as Leis Municipais Nº 156/2004 e a Nº 395/2011,
destacando a estrutura física, as modalidades de ensino que ofertam e os
recursos humanos e financeiros.
66
ANEXOS67
Anexo – questionário de aplicação
68
Escola Municipal Paulo Rodrigues do Nascimento
Projeto de Inserção social dos professores
Aplicadores do questionário: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Lagarto/SEMarço de 2014
Tabela 1: Identificação Aluno visitado Série/ano Idad
eEndereço
01020304050
69
6
Tabela 2: Estrutura familiarEstrutura familiar: por favor, indicar númerosPaisIrmãosIrmãsAvósOutros
Tabela 3: Fonte de renda familiar A renda da casa é proveniente de:Emprego de salárioEmprego menos de um salárioApenas o benefício socialDesempregado
Tabela 4: Nível de educação do responsável direto pelo o aluno AnalfabetoPrimário incompletoPrimário completoEnsino médio incompletoEnsino médio completoCurso técnicoEnsino superior incompletoEnsino superior completo
Tabela 5: A maior dificuldade que enfrenta com o filho:01
02
03
04
05
06
Tabela 6: Os valores preservados pela família A família é praticante de alguma religião?CatólicaEvangélica
70
Não praticante
Tabela 7: Situações em que os pais comparecem às escolas Em que situação você vai à escola?
Quando sou chamado Em reuniões de paisNuncaRaramenteQuaseÀs vezesSempre
Tabela 8: a escola escuta as famílias Quando você faz reclamações na escola ou apresenta sugestões:
A escola sempre ouveA escola às vezes ouveA escola nunca ouve
Tabela 9: Ações realizadas sempre/quase sempre pelos pais em relação à vida escolar dos filhos
Como você participa da vida escolar do filho?Faço questão que ele tire boas notasAnaliso as notas do boletimLeio as comunicações da escolaMantenho-me informadoApóio as decisões da escolaAjudo com dinheiro ou compro coisas que ele precisaVerifico as tarefas escolaresAjudo nas tarefas escolaresPeço que outra pessoa o ajude nas tarefas escolares
Tabela 10: Diálogo entre pais e filhosCom que frequência você orienta o(s) seu(s) filho(s) sobre as escolhas e valores:NuncaRaramenteQuase sempreSempre
Tabela 11: Aspectos considerados muito importantes na escolha da escola pelas famíliasQual a importância de cada um dos aspectos abaixo para a escolha DESTA escola?A escola fica perto de casaA escola oferece ensino de qualidadeA escola é aberta ao diálogo com os paisA escola exige muito do alunoÉ uma escola bem faladaOs alunos dessa escola são motivados
71
Tabela 12: O que a escola precisa mudar?01
02
03
04
05
06
Tabela 13: O que é bom da escola?
01
02
03
04
05
06
Observações:
01
02
03
04
05
72
06
AREA DE LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
O componente curricular Língua Portuguesa no ensino Fundamental
é desenvolvido por intermédio de três práticas, a saber:
Prática de Produção de texto
Prática de Análise Linguística
Prática de Leitura
A Prática de Produção de Texto ocorre semanalmente nos Anos
Iniciais e quinzenalmente nos Anos Finais do ensino Fundamental.
Segundo Vygotsky “na aprendizagem da fala, assim como na
aprendizagem das matérias escolares, a imitação é indispensável. O que a
criança é capaz de fazer hoje em cooperação, será capaz de fazer sozinha
amanhã...”, razão pela qual toda atividade que desencadeia a produção de
texto ocorre por intermédio de um modelo de texto (conto, crônica, lenda, mito,
fábula, artigo, resenha, carta, biografia, ensaio, etc.) que será discutido com os
alunos possibilitando a aprendizagem e o desenvolvimento da habilidade da
escrita.
Nesta atividade, após a leitura do texto modelo o professor propõe
uma discussão perseguindo os seguintes objetivos:
A interpretação que sustenta o próprio texto;
As diversas interpretações que o texto suscitou.
73
Em seguida a discussão, o professor solicita aos alunos que iniciem
a produção de texto a partir da temática e dos objetivos propostos.
Para a corrente histórico-cultural todo o fenômeno deve ser
estudado enquanto processos em movimento e em mudança, razão pela qual é
fundamental enumerar os textos dos alunos para poder, no processo, realizar a
avaliação.
De modo a configurar uma recuperação contínua, o professor, após
alguns dias, apresenta aos alunos os textos produzidos na semana e
devidamente avaliados visando a sua reestruturação, momento fundamental
para a compreensão das dificuldades e dos recursos linguísticos a serem
aprendidos.
Para Vygotsky a escrita é um processo complexo, portanto, é
fundamental a necessidade dos rascunhos:
A evolução do rascunho para a cópia final reflete nosso processo mental. O planejamento tem um papel importante na escrita, mesmo quando não fazemos um verdadeiro rascunho. Em geral, dizemos a nós mesmos o que vamos escrever, o que já constitui um rascunho, embora apenas em pensamento...
Desse modo, na aula de produção de texto o aluno produzirá uma
rascunho, o qual será avaliado pelo professor e, por intermédio desta avaliação
comentada e dirigida, o aluno, na aula de reestruturação, será conduzido a
produzir seu texto final.
Além desse objetivo, a aula de reestruturação contribui de modo
efetivo, para que o aluno compreenda a estrutura textual e os recursos
linguísticos disponíveis e, aos poucos, vá superando as suas dificuldades.
Reestruturação Coletiva é praticada durante todo o 3º ano/2ª série
(idade de 8 anos), todo o primeiro semestre do 4º ano/3ª série (idade de 9
anos) e no início do primeiro trimestre no 5º ano/4ª, 6º/5ª, 7º/6ª, 8º/7ª e 9º/8ª
ano/séries.
Objetivos:
74
Organização dos diálogos,
Coesão e coerência,
Adequação de estilo,
Concordâncias nominais e verbais.
Reestruturação Individual: ocorre no segundo semestre do 4º ano /
3ª série e a partir do segundo trimestre para o 5º ano/4ª série ao 9º ano/8ª
série.
É feita a partir das intervenções do professor no texto/rascunho do
aluno elaborado na aula de produção de texto.
O professor comenta o texto enquanto leitor e anota as
inadequações ortográficas utilizando um sistema de códigos ou grifando as
palavras. Estes procedimentos variam de acordo com o ano em que se
encontra o aluno.
Ao reestruturar o texto, os alunos poderão modificar a história se
quiserem, mas o importante é seguirem a orientação do leitor/professor.
Ao avaliar a produção de texto dos alunos, o professor está
avaliando processos, e deve perceber as mudanças, intervir, levantar
hipóteses, alavancar desenvolvimento.
Os critérios avaliativos serão os objetivos pretendidos e efetivamente
estudados, como por exemplo: estrutura de texto narrativo ficcional-discurso
direto, distinção narrador x personagem, coesão e coerência textual.
Mas, fundamentalmente, o que o professor deve ter em mente é o
conceito de zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky ao avaliar o
processo de ensino/aprendizagem dos alunos:
a zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente dos problemas e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes [...]
a zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presente em estado embrionário. Essas funções poderiam ser chamadas de ‘brotos’ ou
75
‘flores’ do desenvolvimento, ao invés de ‘frutos’ do desenvolvimento. O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente.
O professor avalia as questões de macro e micro estrutura textuais e
ao fazer isso terá elementos para o trabalho com a Prática de Análise
Linguística que envolve a reestruturação de texto e o estudo da gramática
privilegiando nos anos iniciais do Ensino Fundamental o estudo ortográfico.
A Prática da Leitura deve ser uma atividade constante na escola,
para tanto, deve-se considerar no trabalho com a leitura, os vários tipos
(narrativo ficcional, narrativo não-ficcional, dissertativo, poético) e modalidades
(oral, escrita, visual, sonora) de textos.
É preciso também uma diversidade de bens textos para que ocorra
avanço da quantidade para a qualidade da leitura. Trata-se aqui de estar atento
ao conceito de zona de desenvolvimento proximal desenvolvido por Vygotsky,
acima explicitado.
Quando um aluno encontra um livro e sente dificuldade em
compreender sua leitura e por isso o considera chato, seria um indício de que
estaríamos lidando com aquelas funções que anda não amadureceram, mas
estão em processo de maturação. Por esse motivo, é preciso estar junto com
os alunos no processo da leitura visando contribuir para o desenvolvimento
dessas funções. Por tanto, nem sempre um livro tido como fácil contribui para o
avanço da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.
A Prática de Leitura. Ela possui cinco finalidades:
Pretexto gerador de novas produções;
Prazer;
Leitura das produções de outros alunos;
Leitura estudo de obras literárias.
A finalidade de pretexto de texto gerador foi explicitada na prática de
produção de texto; quanto a leitura prazer será foco a visita periódica à
76
biblioteca visando oferecer aos alunos a opção d escolher a leitura que
desejam realizar; a finalidade da busca de informação diz respeito ao incentivo
de leitura de jornais, revistas e artigos científicos e ler a produção dos colegas
de classe deve ser incentivado porque escrevemos para alguém necessitamos
de leitores de nossa produção escrita.
A leitura estudo de uma literária merece uma explanação mais
esmiuçada, a saber: todo o Ensino Fundamental lê três livros de literatura por
ano, com atividade dirigida.
Os livros dos anos iniciais do Ensino Fundamental são de autores
brasileiros da literatura infantil cuja obra possui qualidade literária reconhecida
e os das séries finais do Ensino Fundamental são adotados os clássicos da
literatura universal.
É importante valorizar o livro enquanto objeto de arte estudando o
seu formato, diagramação, editoração, ilustração dentre outros aspectos que
compõem o objeto livro.
Alguns objetivos gerais que a prática de produção de texto, leitura e
análise linguística persegue durante o Ensino Fundamental:
Utilizar a linguagem na produção e compreensão de textos orais e
escritos, atendendo a múltiplas demandas sociais, respondendo a
diferentes propósitos comunicativos e expressivos, instanciados em
diferentes condições de discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,
operando sobre essas representações em várias áreas do
conhecimento;
Saber como proceder para ter acesso, compreender a fazer uso de
informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se
organizam em sistemas coerentes;
Ser capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos
identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando
roteiros, recursos, índices, esquemas etc.;
77
Analisar criticamente os diferentes recursos, desenvolvendo a
capacidade de avaliação dos textos;
Contrapor sua interpretação da realidade a diferentes opiniões;
Inferir as possíveis intenções de autor marcadas no texto;
Identificar referências intertextuais presentes no texto;
Perceber os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o
interlocutor/leitor;
Identificar e representar juízos de valor tanto socioideológicos
(preconceitos ou não) quanto histórico-culturais (inclusive estéticos)
associados à linguagem e a língua;
Conhecer e respeitar as diferentes variedades do português,
combatendo todo tipo de preconceito linguístico;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática da análise
linguística para expandir as possibilidades de uso da linguagem e a
capacidade de análise crítica.
A transversalidade em Língua Portuguesa é elaborada a partir de
duas questões nucleares: o fato de a língua ser um veículo de representações,
concepção e valores socioculturais e o seu caráter de intervenção social.
Os conteúdos dos temas transversais, assim como as práticas
pedagógicas organizadas em função da sua aprendizagem, contextualizam
significativamente a aprendizagem da Língua, fazendo com que o trabalho dos
alunos reverta em produção de interesse do convívio e da comunidade.
ARTES
No transcorrer do Ensino Fundamental, o aluno poderá desenvolver
sua competência estética e artística nas diversas modalidades da Arte (Artes
Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e
grupais quanto para que possa progressivamente, apoiar desfrutar, valorizar e
78
julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas produzidas ao longo da
história e na contemporaneidade.
O Ensino da Arte deve organizar-se de modo que, ao final do Ensino
Fundamental os alunos sejam capazes de:
Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma análise de
busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a
emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções
artísticas;
Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em
Artes (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), experimentando-se e
conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;
Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal
e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos
colegas, no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de
procedimentos e soluções;
Compreender e saber identificar a Arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e
podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as
demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a
existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos;
Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e
apreciando arte de modo sensível;
Compreender e saber identificar aspectos da função e dos resultados do
trabalho do artista, reconhecendo, em sua própria experiência de
aprendiz, aspectos do processo percorrido pelo artista;
Buscar e saber organizar informações sobre a arte em contato com
artistas documentos, acervos no espaço da escola e fora dela (livros,
revistas, jornais, ilustrações, diapositivos, vídeo, discos, cartazes) e
acervos públicos (museus, galerias, centros de cultura, bibliotecas,
videotecas, cinemáticas), reconhecendo e compreendendo a variedade
de produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das
diferentes culturas e etnias;
79
Art. 26- da Lei 9394/96 – A Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório
o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. [...] § 2º Os
conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e
histórias brasileiras.
A área da Arte, dada a própria natureza de seu objetivo de
conhecimento, apresenta-se como um campo privilegiado para o tratamento
dos temas transversais.
As manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade
cultural dos povos e expressam a riqueza criadora dos artistas de todos os
tempos e lugares. Em contato com essas produções, o aluno do Ensino
fundamental pode exercitar suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e
imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e estética. Ao
mesmo tempo seu corpo se movimenta, suas mãos e olhos adquirem
habilidades, o ouvido e a palavra se aproximam, enquanto desenvolve
atividade nas quais relações interpessoais preparam o convívio social o tempo
todo. Muitos trabalhos de arte expressam questões humanas, de sonhos,
medos, perguntas e inquietações de artistas documentam fatos históricos,
manifestações culturais particulares e assim por diante.
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS – INGLÊS
O ensino de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental pretende
possibilitar o aluno a:
Vivenciar uma experiência de comunicação humana para o uso de uma
Língua Estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar
e de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e
interagir e as missões de seu próprio mundo e despertando a
consciência crítica para o fenômeno da linguagem e para o pluralismo
linguístico.
80
Construir conhecimentos sistêmicos, sobre a organização textual e
sobre como e quando utilizar a linguagem nas situações de
comunicação, sendo como base os conhecimentos da Língua
Portuguesa.
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a
como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados,
possibilitando, assim, utilizar as habilidades comunicativas, quando
possíveis outras além da leitura, de modo a poder atuar em situações
diversas.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Espera-se que ao final do Ensino Fundamental os alunos sejam
capazes de:
Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características
físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por
características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
Adotar atitude de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em
situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de
violência;
Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de
manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as
como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes
grupos sociais;
Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando
hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação,
manutenção e melhoria da saúde coletiva;
Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,
regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as
possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o
81
desenvolvimento das competências corporais decorrem de
perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e
equilibrado;
Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de
crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os
outros, reivindicando condições de vida dignas;
Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal
que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção
dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os
padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o
preconceito;
Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem
como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais
de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser
humano e um direito de cidadão.
O trabalho de Educação Física abre espaço para que aprofundem
discussões importantes sobre aspectos éticos e sociais, articulando os Temas
Transversais.
O desenvolvimento moral do indivíduo, que resulta das relações
entre a afetividade e a racionalidade, encontra no universo da cultura corporal
um contexto peculiar. A intensidade e a qualidade dos estados afetivos
experimentados corporalmente nas práticas da cultura de movimento,
literalmente afetam as atitudes e decisões racionais.
O respeito mútuo, a justiça, a dignidade e a solidariedade podem ser
exercidos dentro de um contexto significativo estabelecido de maneira
autônoma pelos próprios participantes nos jogos e esportes, podendo, para
além de valores éticos tomados como referência de conduta e relacionamento,
tornar-se procedimentos concretos a serem exercidos e cultivados nas práticas
da cultura corporal.
A possibilidade de vivência de situações de socialização e de
desfrute de atividades lúdicas, sem caráter utilitário, são essenciais para a
saúde e contribuem para o bem estar pessoal e coletivo. Ao mesmo tempo que
82
são subsídios para o cultivo de bons hábitos de alimentação, higiene e
atividade corporal e para o desenvolvimento das potencialidades corporais do
indivíduo, os conhecimentos sobre o corpo, seu processo de crescimento e
desenvolvimento permitem compreendê-los com direitos de cidadãos. A
Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais
advindas das mais diversas manifestações culturais.
As interseções da Educação Física com o Tema Transversal Meio
Ambiente, no que diz respeito ao cuidado de si mesmo como um elemento
integrante do meio ambiente e a responsabilidade social decorrente, estão
diretamente vinculadas aos aspectos desenvolvidos no tema Transversal
Saúde.
O professor de Educação Física é um personagem do cotidiano
escolar que pode construir um interessante canal de comunicação com os
alunos para abordar questões relativas à sexualidade.
A formação de hábitos de autocuidado e de construção de relações
interpessoais colaboram para que a sexualidade seja integrada de maneira
prazerosa e segura. As aulas mistas de Educação Física podem dar
oportunidade para que meninos e meninas convivam, observem-se,
descubram-se e possam aprender a ser tolerante esteriotipadamente relações
autoritárias.
ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Objetivar a constituição de habilidades e competências que
permitam ao educando nos componentes curriculares de física, química e
ciências:
Compreender as ciências como construções humanas, entendendo
como elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de
paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a
transformação da sociedade;
83
Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências
naturais;
Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos
necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de
processos ou experimentos científicos e tecnológicos;
Apropriar-se do conhecimento da física e da química e aplicar esses
conhecimentos para explicar o funcionamento na realidade natural;
planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural;
Compreender o caráter aleatório e não determinante dos fenômenos
naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas,
determinações de amostras e cálculos de probabilidade;
Identificar, analisar e aplicar conhecimento sobre valores de variáveis
representando em gráficos, diagramas ou expressões algébricas
realizando previsão de tendências, extrapolações e interpolações e
interpretações;
Analisar qualitativamente dados quantitativos representados
graficamente ou algebricamente, relacionados a contexto
socioeconômicos, científicos ou cotidianos;
Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para o
aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a
realidade;
Entender a relação entre o desenvolvimento das ciências naturais e o
desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos
problemas que se propuseram e prop6e solucionar;
Entender o impacto das tecnologias associadas as ciências naturais na
sua vida pessoal, nos processos de produção no desenvolvimento do
conhecimento e na vida social;
Aplicar as tecnologias associadas as ciências naturais na Escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida;
Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do
indivíduo, da sociedade e da cultura entre as quais as de planejamento,
organização, gestão, trabalho de equipe e associá-los aos problemas
que se propõem resolver;
84
Entender a importância das tecnologias contemporâneas de
comunicação e informação para o planejamento, gestão, organização,
fortalecimento do trabalho de equipe;
Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na Escola, no
trabalho e outros contextos relevantes de sua vida;
CIÊNCIAS / FÍSICA / QUÍMICA
O ensino dos componentes curriculares que compõem a Área de
Ciências Naturais e suas Tecnologias deverá se organizar de forma que os
alunos tenham as seguintes capacidades ao final da Educação Básica.
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano
parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
Identificar relações entre conhecimentos científicos, produção de
tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução
histérica;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas
reais, a partir de elementos das Ciências Naturais colocando em pratica
conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado
escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia,
matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros,
dentre outras, para coleta, organização, comunicação e discussão de
fatos e informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e
cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser
promovido pela ação coletiva;
85
Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais
ao equilíbrio da natureza e ao homem.
Em Ciências, os temas transversais contribuem para destacar a
necessidade de dar sentido prático, para o trabalho e para a vida diária. As
teorias e os conceitos científicos trabalhados na Escola favorecem a análise de
problemas científicos atuais sob diferentes pontos de vista: do interesse
individual ou social, do coletivo cientifico ou da cidadania, das mulheres e dos
homens, dos ricos e dos pobres.
MATEMÁTICA
São objetivos do Ensino da Matemática no Ensino Fundamental
levar o aluno a:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
Compreender e transformar o mundo a sua Volta, e perceber o caráter
do jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que
estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o
desenvolvimento da capacidade de resolver problemas;
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos
do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número
possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento
matemático (aritmético, geométrico, algébrico, estatístico e
probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes
para interpretá-las e avaliá-las criticamente;
Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como dedução,
indução, intuição, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e
procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos
disponíveis;
Comunicar matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas
86
conjectures, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações
entre ela e diferentes representações matemáticas;
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes
representações matemáticas;
Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos desenvolvendo a autoestima e perseverança na busca de
soluções;
Interagir com seus pares da forma cooperativa, trabalhando
coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,
identificando aspectos consensuais ou não na descrição de um assunto,
respeitando o modo de pessoas, colegas e aprendendo com eles.
A interação do ensino de Matemática com os temas transversais é
desenvolvida na Escola.
A formação de indivíduos éticos é estimulada nas aulas de
Matemática ao direcionar-se o trabalho ao desenvolvimento de atitudes nos
alunos, como por exemplo: a confiança na própria capacidade e na dos outros
para construir conhecimentos matemáticos, o empenho em participar das
atividades em sala de aula e o respeito a forma de pensar dos colegas.
Ao ensino de matemática cabe fornecer instrumentos de
aprendizagem e de desenvolvimento de aptidões a todos, valorizando a
igualdade de oportunidades sociais para homens e mulheres.
A compreensão das questões ambientais pressupõe um trabalho
interdisciplinar em que a matemática está inserida. A quantificação de aspectos
envolvidos em problemas ambientais favorece uma visão mais clara deles,
ajudando na tomada de decisões e permitindo intervenções necessárias. A
compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente: poluição,
desmatamento, limites para o uso de recursos naturais, desperdício – terá
ferramentas essenciais em conceitos (medidas, áreas, volumes,
proporcionalidades, etc.) e procedimentos matemáticos (formulação de
hipóteses, realização de cálculos, coleta, organização e interpretação de dados
estatísticos, prática de argumentação, etc.).
87
Informações sobre saúde, o acompanhamento do próprio
desenvolvimento físico, dentre outros, são exemplos do Tema Transversal
Saúde articulado com o contexto da aprendizagem de conteúdos matemáticos.
No contexto do tema transversal: Pluralidade Cultural, a História da
Matemática, bem como estudos da Etno-Matemática são importantes para
explicar a dinâmica da produção desse conhecimento, histórica e socialmente.
AREA DE CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
A Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias são formadas
pelos seguintes componentes curriculares: História, Geografia e Cultura
Sergipana. Estes componentes objetivam levar o aluno a:
Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que
constituem a identidade própria e a dos outros.
Compreender a sociedade, sua gênese e transformação, e os múltiplos
fatores que nela intervém como produtos da ação humana; a si mesmo
como agente social; e os processos sociais como orientadores da
dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos.
Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do
indivíduo, da sociedade e da cultura, entre as quais as de planejamento,
organização, gestão, trabalho de equipe, e associá-las aos problemas
que se propõem resolver.
Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de
ocupação de espaços físicos e as relações da vida humana com a
paisagem, em seus desdobramentos políticos, culturais, econômicos e
humanos.
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,
políticas e econômicas, associando-as as práticas dos diferentes grupos
e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em
sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, a justiça e a distribuição
dos benefícios econômicos.
Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as
práticas sociais e culturais em condutas de indagação, analise,
88
problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas
ou questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural.
Entender o impacto das tecnologias associadas as Ciências Humanas
sobre sua vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento
do conhecimento e a vida social.
Aplicar as tecnologias das Ciências Humanas e Sociais na escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
HISTÓRIA
Espera-se que, ao longo do Ensino Fundamental, os alunos possam
ler e compreender sua realidade posicionar-se, fazer escolhas e agir
criteriosamente. Assim, os alunos deverão ser capazes de:
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem
com outros tempos e espaços;
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam
localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a
formular explicações para algumas questões, do presente e do passado;
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em
diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,
econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e
diferenças entre eles;
Reconhecer permanências e mudanças nas vivências humanas,
presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas e
distantes no tempo e no espaço;
Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e
refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo
formas de atuação políticas institucionais e organizações coletivas da
sociedade civil;
Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo
histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos,
sonoros;
89
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos como um
elemento de fortalecimento da democracia;
Os conteúdos de História estarão articulados com os Temas
Transversais:
As relações de trabalho existentes entre os indivíduos e as classes,
envolvendo a produção de bens, o consumo, as desigualdades sociais,
as transformações das técnicas e tecnologias, apropriação ou a
expropriação dos meios de produção pelos trabalhadores;
As diferentes culturas, étnicas, de idade, de religião, costumes, gêneros,
poder econômico, na perspectiva de fortalecer os laços de identidade e
de refletir criticamente sobre as consequências históricas das atitudes
de discriminação e segregação;
As lutas e as conquistas políticas travadas por indivíduos, por classes e
movimentos sociais;
A relação entre o homem e a natureza, nas dimensões culturais e
materiais, individuais e coletivas contemporâneas e históricas,
envolvendo discernimento quanto às formas de manipulação, uso e
preservação da fauna, flora e recursos naturais;
As reflexões, em diferentes sociedades e tempos, sobre saúde, a
higiene, as concepções sobre a vida e a morte, as doenças endêmicas e
epidêmicas, as “drogas”;
As imagens e Valores em relação ao corpo, relacionados a história da
sexualidade, dos tabus coletivos, da organização das famílias, da
educação sexual e da distribuição de papéis entre os gêneros nas
diferentes sociedades historicamente constituídas;
Os acordos ou desacordos que favorecem ou desfavorecem
convivências humanas mais igualitárias e pacificas e que podem auxiliar
na disseminação da paz e do respeito pela vida.
O ensino de História também tratara das Relações étnico-raciais; a
História e Cultura afro-brasileiro; História da África e indígena de acordo
com a Lei 9394/96: (Art. 26- A Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório
o estudo da história e Cultura afro-brasileira e indígena.
90
§ 1° O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da Cultura que Caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais Como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a Cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil.§ 2° Os Conteúdos referentes a história e Cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA - DETERMINAÇÕES DE ACORDO COM CNE/CP 003/2004
CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA DIVERSIDADE
Este princípio deve Conduzir:
- a igualdade básica de pessoa humana Como sujeito de direitos;
- a compreensão de que a sociedade e formada por pessoas que pertencem a
grupos étnico-raciais distintos, que possuem Cultura e história próprias,
igualmente valiosas e que em Conjunto Constroem, na nação brasileira, sua
história;
- ao Conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da Cultura
afro-brasileira na construção histórica e Cultural brasileira;
- a superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os
povos indígenas e também as classes populares as quais os negros, no geral,
pertencem, são comumente tratados;
- a desconstrução, por meio de questionamentos e analises criticas,
objetivando eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela
ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal
fazem a negros e brancos;
- a busca, da parte de pessoas, em particular de professores não familiarizados
com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e
cultura afro-brasileira e africana, de informações e subsidies que lhes permitam
formular concepções não baseadas em preconceitos e construir ações
respeitosas;
91
- ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a
finalidade de negociações, tendo em vista objetivos comum; visando a uma
sociedade justa.
FORTALECIMENTO DE IDENTIDADES E DE DIREITOS
O princípio deve orientar para:
- o desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de
historicidade negada ou distorcida;
- o rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de
comunicações, contra os negros e os povos indígenas;
- o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana
universal;
- o combate à privação e violação de direitos;
- a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira
e sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;
- as excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser
oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os
estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e
nas zonas rurais.
AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO
O princípio encaminha para:
- a conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência
de vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagens vinculadas as
suas relações com pessoas negras, brancas, mestiças, assim como as
vinculadas as relações entre negros, indígenas e brancas no conjunto da
sociedade;
- a crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais,
professores, das representações dos negros e de outras minorias nos textos,
materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las;
- Condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem,
assumindo responsabilidade por relações étnico-raciais positivas, enfrentando
92
e superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os Contrastes
das diferenças;
- valorização da oralidade, da Corporeidade e da arte, por exemplo, como a
dança, marcas da Cultura de raiz africana, ao lado da escrita e da leitura;
- educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-
brasileiro, visando a preservá-lo e a difundi-lo;
- o cuidado para que se de um sentido construtivo a participação dos diferentes
grupos sociais, étnico-raciais na construção da nação brasileira, aos elos
culturais e histéricos entre diferentes grupos étnico-raciais, as alianças sociais;
- participação de grupos do Movimento Negro, e de grupos culturais negros,
bem como da comunidade em que se insere a escola, sob a coordenação dos
professores, na elaboração de projetos político-pedagógicos que contemplem a
diversidade étnico racial.
Estes princípios e seus desdobramentos mostram exigências de
mudança de mentalidade, de maneiras de pensar e agir dos indivíduos em
particular, assim Como das instituições e de suas tradições Culturais. E neste
sentido que se fazem as seguintes determinações:
- O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se
distorções, envolvera articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de
experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes
circunstâncias e realidades do povo negro. E um meio privilegiado para a
educação das relações étnico-raciais e tem por objetivos o reconhecimento e
valorização da identidade, história e Cultura dos afro-brasileiros, garantia de
seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes
africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas;
- O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana se tara por diferentes
meios, em atividades curriculares ou não, em que: - se explicitem, busquem
compreender e interpretar, na perspectiva de quem o formule, diferentes
formas de expressão e de organização de raciocínios e pensamentos de raiz
da cultura africana;
- Promovam-se oportunidades de diálogo em que se conheçam, se ponham em
comunicação diferentes sistemas simbólicos e estruturas conceituais, bem
como se busquem formas de convivência respeitosa, além da construção de
projeto de sociedade em que todos se sintam encorajados a expor, defender
sua especificidade étnico-racial e a buscar garantias para que todos o façam;
93
- Sejam incentivadas atividades em que pessoas – estudantes, professores,
servidores, integrantes da comunidade externa aos estabelecimentos de ensino
– de diferentes culturas interatuem e se interpretem reciprocamente,
respeitando os Valores, vis6es de mundo, raciocínios e pensamentos de cada
um;
- O ensino de História Afro-Brasileira Africana das relações étnico-raciais, tal
como explicita o presente parecer, se desenvolverão no cotidiano das escolas,
nos diferentes níveis e modalidades de ensino, como conteúdo de disciplinas,
particularmente, Educação Artística, Literatura e História do Brasil, sem
prejuízo das demais, em atividades curriculares ou não, trabalhos em salas de
aula, nos laboratórios de ciências e de informática, na utilização de sala de
leitura, biblioteca, brinquedoteca, áreas de recreação, quadra de esportes e
outros ambientes escolares;
- O ensino de História Afro-Brasileira abrangera, entre outros conteúdos,
iniciativas e organizações negras, incluindo a história dos quilombos, a
começar pelo de Palmares, e de remanescentes de quilombos, que tem
contribuído para o desenvolvimento de comunidades, bairros, localidades,
municípios, regiões (exemplos: associações negras recreativas, culturais,
educativas, artísticas, de assistência, de pesquisa, irmandades religiosas,
grupos do Movimento Negro). Será dado destaque a acontecimentos e
realizações próprias de cada região e localidade;
- Datas significativas para cada região e localidade serão devidamente
assinaladas. O dia 13 de maio, Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo,
será tratado como o dia de denuncia das repercussões das políticas de
eliminação física e simbólica da população afro-brasileira na pós-abolição, e de
divulgação dos significados da Lei áurea para os negros, no dia 20 de
novembro será celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra.
Entre outras datas de significado histórico e político deverão ser
assinalado o dia 21 de marco, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da
Discriminação Racial.
- Em História da África, tratada em perspectiva positiva, não só de denúncia da
miséria e discriminações que atingem o continente, nos tópicos pertinentes se
fará articuladamente com a história dos afrodescendentes no Brasil e serão
abordados temas relativos:
- ao papel dos anciãos e dos grupos como guardiães da memória histórica;
94
- a história da ancestralidade e religiosidade africana; - aos núbios e aos
egípcios, como civilizações que contribuíram decisivamente para o
desenvolvimento da humanidade;
- as civilizações e organizações políticas pré-coloniais, como os reinos do Mali,
do Congo e do Zimbabwe; - ao tráfico e a escravidão do ponto de vista dos
escravizados;
- ao papel de europeus, de asiáticos e também de africanos no tráfico;
- a ocupação colonial na perspectiva dos africanos; - as lutas pela
independência política dos países africanos; - as ações em prol da união
africana em nossos dias, bem como o papel da União Africana, para tanto; - as
relações entre as culturas e as histórias dos povos do continente africano e os
da diáspora; - a formação compulsaria da diáspora, vida e existência cultural e
histórica dos africanos e seus descendentes fora da África;
- a diversidade da diáspora, hoje, nas Américas, Caribe, Europa, Ásia; - aos
acordos políticos, econômicos, educacionais e culturais entre África, Brasil e
outros países da diáspora.
- O ensino de Cultura Afro-Brasileira destacara o jeito próprio de ser, viver e
pensar manifestado tanto no dia a dia, quanto em celebrações como congadas,
Moçambique, ensaios, maracatus, rodas de samba, entre outras.
- O ensino de Cultura Africana abrangera: - as contribuições do Egito para a
ciência e filosofia ocidentais; - as universidades africanas Timbuktu, Gao, Djene
que floresciam no século XVI; - as tecnologias de agricultura, de
beneficiamento de cultivos, de mineração e de edificações trazidas pelos
escravizados, bem como a produção cientifica, artística (artes plásticas,
literatura, música, dança, teatro) política, na atualidade.
- O ensino de História e de Cultura Afro-Brasileira, se fará por diferentes meios,
Petronilha 0215/SOS 12 inclusive, a realização de projetos de diferentes
naturezas, no decorrer do ano letivo, com vistas a divulgação e estudo da
participação dos africanos e de seus descendentes em episódios da história do
Brasil, na construção econômica, social e cultural da nação, destacando-se a
atuação de negros em diferentes áreas do conhecimento, de atuação
profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social (tais como: Zumbi,
Luiza Nahim, Aleijadinho, Padre Mauricio, Luiz Gama, Cruz e Souza, João
Candido, Andre Rebouças, Teodoro Sampaio, Jose Correia Leite, Solano
95
Trindade, Antonieta de Barros, Edison Carneiro, Lélia Gonzáles, Beatriz
Nascimento, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clovis Moura, Abdias do
Nascimento, Henrique Antunes Cunha, Tereza Santos, Emmanuel Araujo, Cuti,
Alzira Rufino, lnaicyra Falcão dos Santos, entre outros).
- O ensino de História e Cultura Africana se fará por diferentes meios, inclusive
a realização de projetos de diferente natureza, no decorrer do ano letivo, com
vistas a divulgação e, estudo da participacao dos africanos e de seus
descendentes na diáspora, em episódios da história mundial, na construção
econômica, social e cultural das nações do continente africano e da diáspora,
destacando-se a atuação de negros em diferentes áreas do conhecimento, de
atuação profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social (entre
outros: rainha Nzinga, Toussaint-L’Ouverture, Martin Luther King, Malcom X,
Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Leopold Senhor, Mariama Bâ, Amilcar Cabral,
Cheik Anta Diop, Steve Biko, Nelson Mandela, Aminata Traoré, Christiane
Taubira).
GEOGRAFIA
Espera-se que, ao longo do Ensino Fundamental, os alunos
construam um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos,
procedimentos e atitudes relacionados a Geografia, que lhes permitam ser
capazes de:
Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da
natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel
das sociedades em sua construção e na produção do território, da
paisagem, e do lugar;
Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade, e suas
consequências em diferentes espaços e tempo de modo a construir
referenciais que possibilitam uma participação positiva e relativa ao
socioambientais locais;
Compreender o espaço/tempo dos fenômenos geográficos estudados
em suas dinâmicas e interações;
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Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos
políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações
socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que
ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas
possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus
processos de construção, identificando suas relações, problemas e
contradições;
Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes
fontes de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar
informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens;
Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e
representar a especialidade dos fenômenos geográficos;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento
de fortalecimento da democracia.
Os conteúdos de Geografia articulam necessariamente com os temas transversais:
Ética: os principais conteúdos da Ética: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade também aparecem nos eixos de Geografia;
Pluralidade Cultural: as conexões entre Geografia e Pluralidade Cultural destacam-se, no campo da educação geográfica brasileira, um trabalho que busca explicar, entender e convencer com procedimentos, técnicas e habilidades desenvolvidas no entorno sociocultural próprio de certos grupos sociais, como por exemplo, as produções das culturas indígenas e afro-brasileira;
Orientação sexual: os conteúdos geográficos permitem a construção de um instrumental fundamental para a compreensão e análise de uma dimensão macrossocial das questões relativas à sexualidade e suas relações com o trabalho. Outra forma de transversalizar os conteúdos de Orientação Sexual com geografia é por meio da cartografia;
Meio ambiente: as questões ambientais se constituem em contextos
significativos, a partir dos quais são desenvolvidos conceitos e
procedimentos geográficos;
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Saúde: além de permitir a compreensão das questões sociais
relacionadas aos problemas da saúde, os estudos geográficos
relacionados a esse tema também favorecem o estabelecimento de
comparações e previsões que contribuem para o autocuidado. Os
levantamentos do saneamento básico e condições de trabalho e o
estudo dos elementos que campo e a dieta básica, os tipos de
agricultura, as desigualdades sociais nas cidades, a favelização são
alguns exemplos de trabalhos que podem ser\/ir de contexto para a
aprendizagem de conteúdos geográficos;
Trabalho e Consumo: o tema trabalho está presente em praticamente
todos os eixos propostos pela Geografia; sendo que na 8° ano e 9° ano
os eixos que tratam das tecnologia e da modernização sao os que
discutem trabalho e consumo de forma ampla, considerando a visão
crítica em relação a sociedade consumista.
Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais
que constituem a identidade própria e dos outros.
Compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os
múltiplas fatores que nelas intervém como produtos da ação humana; a si
mesmo como agente social; e os processos sociais como orientadores da
dinâmica dos diferentes grupos e indivíduos.
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,
políticas econômicas, associando-se as práticas dos diferentes grupos e atores
sociais, aos princípios que regulam a convivência em sociedade, aos direitos e
deveres da cidadania, a justiça e a distribuição dos benefícios econômicos.
Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a
economia, as práticas sociais e culturais em condutas de indagação, analise,
problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou
questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural.
Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento
do indivíduo, da sociedade e da cultura entre as quais as de planejamento,
organização, gestão, trabalho de equipe e associá-la aos problemas que se
propõem resolver.
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Entender o impacto das tecnologias associadas as ciências
humanas sobre sua vida pessoal, os processos de produção, o
desenvolvimento do conhecimento e a vida social.
Entender a importância das tecnologias contemporâneas de
comunicação e informação para o planejamento, gestão, organização,
fortalecimento do trabalho em equipe.
Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na escola, no
trabalho e outros contextos relevantes para sua vida.
CULTURA SERGIPANA
Espera-se que, ao longo do Ensino Fundamental, os alunos possam
ler e Compreender sua realidade posicionar-se, fazer escolhas e agir
criteriosamente. Assim, os alunos deverão ser capazes de, dentro do espago
sergipano:
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem
com outros tempos;
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam
localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a
formular explicações para algumas questões, do presente e do passado;
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em
diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,
econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e
diferenças entre eles;
Reconhecer permanências e mudanças nas vivências humanas,
presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas e
distantes no tempo e no espaço;
Distinguir os aspectos históricos, econômicos, sociais, bem como
salvaguardar o patrimônio material imaterial do Estado de Sergipe e do
seu próprio município;
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Refletir e estimular o sentimento de pertencimento das pessoas a
Lagarto, por meio do conhecimento de sua história e de sua cultura (dia
da lagartinidade 20 de outubro);
Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e
refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo
formas de atuação políticas institucionais e organizações coletivas da
sociedade civil;
Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo
histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos,
sonoros;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos como um elemento de
fortalecimento da democracia.
Os conteúdos da disciplina Cultura Sergipana estarão articulados
com os Temas Transversais:
As relações de trabalho existentes entre os indivíduos e as classes,
envolvendo a produção de bens, o consumo, as desigualdades sociais,
as transformações das técnicas e tecnologias, apropriação ou a
expropriação dos meios de produção pelos trabalhadores;
As diferentes culturas, étnicas, de idade, de religião, costumes, gêneros,
poder econômico, na perspectiva de fortalecer os lagos de identidade e
de refletir criticamente sobre as consequências históricas das atitudes
de discriminação e segregação;
As lutas e as conquistas políticas travadas por indivíduos, por classes e
movimentos sociais;
A relação entre o homem e a natureza, nas dimensões culturais e
materiais, individuais e coletivas contemporâneas e históricas,
envolvendo discernimento quanto és formas de manipulação, uso e
preservação da fauna. Hora e recursos naturais;
As reflexões, em diferentes sociedades e tempos, sobre saúde, a
higiene, as concepções sobre a vida e a morte, as doenças endêmicas e
epidêmicas, as “drogas”;
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As imagens e valores em relação ao corpo, relacionados 3 história da
sexualidade, dos tabus coletivos, da organização das famílias, da
educação sexual e da distribuição de papéis entre os gêneros nas
diferentes sociedades historicamente constituídas;
Os acordos ou desacordos que favorecem ou desfavorecem
convivências humanas mais igualitárias e pacificas e que podem auxiliar
na disseminação da paz e do respeito pela vida.
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