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________________ ________________ GOVERNO DO ESTADO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ UESPI VESTIBULAR 2004 PROVA I Português – Literatura - Inglês DATA: 18/01/2004 – HORÁRIO: 8h às 12h LEIA AS INSTRUÇÕES: 1. Você deve receber do fiscal o material abaixo: a) Este caderno com 60 questões objetivas sem repetição ou falha. b) Um encarte para rascunho e elaboração da REDAÇÃO – Folha da Prova II. c) Uma FOLHA DE RESPOSTA destinada às respostas objetivas da prova. 2. Observe se as questões referentes a LÍNGUA ESTRANGEIRA correspondem à opção informada no ato da inscrição, caso estejam em desacordo, pedir outra prova ao fiscal. 3. Verifique se este material está em ordem e se seus dados pessoais conferem com os que aparecem na FOLHA DE RESPOSTA. 4. Após a conferência, você deverá assinar, no espaço próprio da FOLHA DE RESPOSTA utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 5. Na FOLHA DE RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita preenchendo todo o espaço compreendido. 6. Tenha muito cuidado com a FOLHA DE RESPOSTA, para não dobrar, amassar ou manchar, pois esta é personalizada e em hipótese alguma poderá ser substituída. 7. Para cada uma das questões são apresentadas cinco alternativas classificadas com as letras

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GOVERNO DO ESTADOUNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

UESPIVESTIBULAR 2004

PROVA IPortuguês – Literatura - InglêsDATA: 18/01/2004 – HORÁRIO: 8h às 12hLEIA AS INSTRUÇÕES:1. Você deve receber do fiscal o material abaixo:a) Este caderno com 60 questões objetivas sem repetição ou falha.b) Um encarte para rascunho e elaboração da REDAÇÃO – Folha da Prova II.c) Uma FOLHA DE RESPOSTA destinada às respostas objetivas da prova.2. Observe se as questões referentes a LÍNGUA ESTRANGEIRA correspondem à opção informadano ato da inscrição, caso estejam em desacordo, pedir outra prova ao fiscal.3. Verifique se este material está em ordem e se seus dados pessoais conferem com os queaparecem na FOLHA DE RESPOSTA.4. Após a conferência, você deverá assinar, no espaço próprio da FOLHA DE RESPOSTAutilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta.5. Na FOLHA DE RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de suaopção, deve ser feita preenchendo todo o espaço compreendido.6. Tenha muito cuidado com a FOLHA DE RESPOSTA, para não dobrar, amassar ou manchar,pois esta é personalizada e em hipótese alguma poderá ser substituída.7. Para cada uma das questões são apresentadas cinco alternativas classificadas com as letras(A), (B), (C), (D) e (E); somente uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você deveassinalar apenas uma alternativa para cada questão: a marcação em mais de uma alternativaanula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta; também serão nulas asmarcações rasuradas.8. As questões são identificadas pelo número que fica à esquerda de seu enunciado.9. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem a prestar esclarecimentos sobre oconteúdo das provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir.

10. Reserve os 30(trinta) minutos finais para marcar sua FOLHA DE RESPOSTA. Os rascunhos eas marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão levados em conta.11. Quando terminar, entregue ao Fiscal o CADERNO DE QUESTÕES, FOLHA DE RESPOSTA eassine a LISTA DE FREQÜÊNCIA.12. O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTA PROVA É DE 4h.13. Por motivos de segurança, você somente poderá ausentar-se da sala de prova após decorridauma hora do início da mesma.PortuguêsTEXTO 1Os substratos do Português do BrasilEmbora desde o século XVI tivessem os portuguesesiniciado a colonização da Terra de Santa Cruz, o tupi, comolíngua geral, coexistiu com o português, e em situação desuperioridade, até o século XVIII. Segundo TeodoroSampaio, até meados desse século todos os paulistasfalavam o tupi.Não foi o tupi a única língua indígena que se falou no Brasil.Seu estado de maior adiantamento, contudo, tornou-o asegunda língua das tribos que não o tinham como línguaprópria.Justamente por isso, os jesuítas, ao se dedicarem aotrabalho de catequese dos índios, procuraram aprender otupi, para se dirigirem aos nativos. As escolas fundadaspelos missionários ensinavam, a par do português, a línguageral. Tal fato, e o número relativamente pequeno decolonizadores que para aqui vieram inicialmente, explicam aresistência do tupi ao português.“A situação de inferioridade do Português era tão flagrantee clamorosa que o rei de Portugal chegou a baixar umdecreto proibindo o uso da língua tupi, o que, aliás,adiantou muito pouco” (Chaves de Melo, 1946).Só com o incremento do seu ensino nas escolas, que foiuma decorrência do aumento do número de colonizadoresno Brasil, a partir da segunda metade do século XVIII, vai oportuguês implantar-se como a única língua oficial de nossapátria, desterrando o tupi, mas dele conservando grandenúmero de vocábulos, que constituem o que se poderiachamar de substrato indígena do português do Brasil.Na antroponímia essa contribuição se representa porgrande contingente. Citemos, para exemplificar: Araci,Araripe, Jaci, Juraci, Ubirajara, Iara etc.Ficaram-nos também alguns substantivos comuns: buriti,carnaúba, capim, cipó, jacarandá, jacaré, arapuca, lambarietc.Mas onde a contribuição tupi se mostra mais pujante é natoponímia. Vejam-se alguns exemplos: Maracanã, Tijuca,Pará, Pernambuco, Maranhão, Ceará, Sergipe, Mogi,Bauru etc.A contribuição indígena não foi somente vocabular: ficaramnosdo tupi modismos e outras expressões culturais.(Sami Sirihal. Constituição do vocabulário português. BeloHorizonte, 1959, p. 51-55. Mimeo. Adaptado.)01. O texto 1 apresenta-se, fundamentalmente, como umtexto:A) narrativo, centrado em uma seqüência de

episódios históricos.B) expositivo, orientado para trazer informaçõesacerca de um tema.C) expressivo, voltado para a revelação deimpressões interiores do autor.D) poético, direcionado para provocar efeitosestéticos e emotivos.E) metalingüístico, caracterizado pelo propósito deapresentar uma terminologia.02. Pela compreensão global do texto, é correto concluirque:1) a história das línguas tem seu próprio fluxo; éalheia, portanto, às circunstâncias externas desua evolução.2) interesses políticos podem direcionar a formaçãoe a trajetória de uma língua; as línguas são, pois,flexíveis.3) as línguas são constituídas por um acervo depalavras que refletem o espaço cultural em quesão usadas.4) línguas nativas jamais poderão ser subjugadaspor falares alienígenas; é a cultura local que seimpõe.Estão corretas:A) 2 e 3 apenasB) 2 e 4 apenasC) 1 e 3 apenasD) 1 e 4 apenasE) 1, 2, 3 e 403. Considerando a idéia central em torno da qual o texto1 se desenvolve, um outro título adequado a elepoderia ser:A) O trabalho de catequese dos missionáriosjesuítasB) A resistência dos colonizadores às ordens dePortugalC) O ensino das línguas nativas nas escolas doBrasil-colôniaD) Os rastros indígenas de uma convivênciahistóricaE) A pluralidade cultural que a colonizaçãoestimulou04. Analisando as estratégias de construção do texto,podemos dizer que o autor:A) centrou-se em analogias que justificassem seuspontos de vista.B) recorreu a considerações fortuitas, sem o aval dedados reais.C) preferiu uma linguagem essencialmentemetafórica e erudita.D) cuidou em fundamentar, por diferentes fontes,suas observações.E) estendeu sua descrição a aspectos subjetivos,particulares e impressionistas.05. Pode-se reconhecer uma relação de ‘causa’ e‘conseqüência’ nas seguintes afirmações do texto.1) “o tupi, como língua geral, coexistiu com oportuguês, e em situação de superioridade, até oséculo XVIII.”2) “A situação de inferioridade do Português era tãoflagrante e clamorosa que o rei de Portugal

chegou a baixar um decreto proibindo o uso dalíngua tupi, o que, aliás, adiantou muito pouco”.3) “Só com o incremento do seu ensino nas escolas,(...) vai o português implantar-se como a únicalíngua oficial de nossa pátria.”4) “Na antroponímia essa contribuição se representapor grande contingente.”Estão corretas apenas:A) 1 e 3B) 2 e 3C) 1 e 4D) 2 e 4E) 2, 3 e 406. Analise as justificativas que são apresentadas abaixopara alguns recursos usados pelo autor do texto 1.Assinale a justificativa que corresponde corretamenteao recurso em questão.A) O uso do conector ‘embora’ (início do texto):marca a relação semântica de comparação quese estabelece no trecho.B) O uso do conector ‘contudo’ (2º parágrafo):marca a relação de conclusão estabelecida entredois segmentos do parágrafo.C) A inversão do sujeito em: “tivessem osportugueses”: indica que o autor quer deixarindefinido o elemento em referência.D) O uso das aspas no 4º parágrafo: indica que oautor do texto 1 transcreveu, literalmente, umtrecho de um outro autor.E) A repetição de palavras como ‘português’ e ‘tupi’:sinaliza que a linguagem do texto 1 se aproximados padrões da fala informal.07. Observe o trecho: “O tupi tornou-se a segunda línguadas tribos que não o tinham como língua própria.” Combase no princípio de que as palavras sãopolissêmicas, assinale a alternativa em que a palavrasublinhada aparece sem alteração de sentido.A) Chegamos ao local na própria hora combinada.B) Nem a própria Constituição previu concessões.C) A minoria dos brasileiros é que reside em casaprópria.D) A diversidade é uma prerrogativa própria daslínguas naturais.E) Eu própria soube como explicar certas questõeslingüísticas.08. Dizendo que “o ensino do português foi incrementadonas escolas”, o autor quis dizer que esse ensinotornou-se mais:A) impoluto.B) interino.C) exânime.D) execrável.E) apurado.TEXTO 2ArabescosOs tempos estão difíceis (sempre estiveram, o ser humanosempre viveu chorando à beira do precipício) e um dia, prasobreviver, você arranja um bico com o brigadeiro Piva,acaba no Iraque e vira hóspede do Presidente.Quando uma pessoa se encontra só em países estranhos éque percebe que a cultura, no caso o conhecimento de

línguas, não é uma ilusão de eruditos. Torna-se,visivelmente (audivelmente), uma coisa prática, ferramentade subsistência. Já imaginou o isolamento terrível de quem,retido num caravançarai, não sabe uma palavra de árabe?Mas não desespere:Se estiver cansado, peça uma almofada que lhe dãoimediatamente. Só não exagere querendo alcova. Seconfiscarem seu violão, peça o alaúde, diz que vai tocarsem alvoroço, sem alarde. Na hora do almoço, não seaperte – peça almoço. E escolha o menu, feito de, digamos,alcatra, almôndegas, umas alcachofras, alcaparras, alfacee, há gosto pra tudo, um tanto de alfafa. Jamais peçaálcool, a não ser para limpar as alparcatas. De preferência,peça uma almotolia e pergunte onde é o alambique. Acomida virá como um amálgama, num alguidar. Mesmo nãogostando, não faça alarido, nem algaravia, muito menosalgazarra. Se surgir um almirante, elogie seu alamares epergunte sua alcunha. Diga que tem alqueires de terra,peça pra tirar suas algemas e dar sua alforria, mostrandoque tem dólares na algibeira. Fale em “algarismos”.Cuidado, porém, com alcagüetes, que estão sempre dealcatéia. Diga que é um bom alferes e quer um alazão.Peça que ele chame um alfaiate, que não use alfinetes, pralhe fazer um albornoz. Se é supersticioso, peça tambémalecrim e alfazema. Fuja pelo alpendre, passe pela aldeia eatravesse a alfândega, gritando: “Alvíssaras”!Depois da turma da Mendes Júnior e do Brigadeiro Piva,todo árabe entende português.(Millôr Fernandes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 6/09/90, p. 3)09. Analisando o texto 2, como um todo, pode-sereconhecê-lo como um texto, em que sobressai:A) um propósito didático de divulgar princípios daciência lingüística.B) um alerta bem-humorado contra possíveisdificuldades na comunicação verbal.C) um conjunto de orientações acerca de comoenfrentar dificuldades ortográficas.D) uma abordagem humorística de definir certasnormas gramaticais.E) uma forma irônica de enaltecer os conhecimentoslingüísticos.10. Confrontando os textos 1 e 2, pode-se perceber que aquestão abordada em ambos diz respeito:A) à etimologia e à história das palavras.B) à fonologia e à prosódia do português.C) a aspectos da ortografia das palavras.D) aos neologismos do português em uso.E) à polissemia das línguas naturais.11. No texto 2, embora em curta passagem, o autor fazafirmações que poderiam fundamentar o princípio deque o conhecimento de línguas:A) é uma prova de evidente erudição.B) supera a mera competência conceitual.C) é estranho a determinadas culturas.D) revela-se capaz de iludir os incautos.E) é exclusivo de quem fomenta a cultura.12. Releia o trecho: “Quando uma pessoa se encontra sóem países estranhos...”. Observando a norma padrão,no que se refere à concordância nominal, outro trechoem que se respeitou tal norma seria:A) Quando uma pessoa mesmo se encontrasozinho...

B) Quando nós mesmos, meninas, nos encontramossó...C) Quando duas ou mais pessoas, elas mesmas, seencontram sós...D) Quando várias mulheres, elas própria, seencontram só...E) Quando homens e mulheres, eles mesmos, seencontram sozinho...13. Em português, ainda segundo a norma padrão, overbo deve concordar com o sujeito. Essa regra foirespeitada em:A) Qual dos brasileiros não se sentiram isoladosquando tiveram de viver no exterior?B) Nenhum dos brasileiros entendem facilmente asdiferenças entre o português e o tupi.C) Se houvessem menos palavras “importadas” deoutras línguas, o português seria mais pobre.D) Nos textos, foi mostrado, entre muitas outrascoisas, as influências do bilingüismo.E) O português é diverso: provieram do tupi e doárabe muitas palavras e expressões.14. O verbo ‘haver’ admite um padrão de concordânciaespecial com o sujeito. De acordo com esse padrão, eem situações de interação formal, a alternativaadequada será:A) As opressões: sempre há de acontecer. Que nãohajam, porém, os oprimidos conformados.B) As palavras indígenas haviam entrado na língua,naturalmente. Os colonizadores não haviam deresistir!C) Se não houvessem influências culturais tãodistintas, não seríamos o que somos hoje.D) Na história do Brasil colônia houveram distintasinfluências culturais.E) Os poderes que a língua tem resistem; mesmoque hajam ações contrárias.15. A pontuação tem relação com o sentido daquilo que sediz. Com base nesse princípio, assinale a alternativaem que a mudança nos sinais de pontuação acarretamudança de sentido.A) As palavras não vão mudar logo. Ficarão em uso,por algum tempo. / As palavras não vão mudarlogo; ficarão em uso por algum tempo.B) As palavras não vão mudar logo; ficarão em usopor algum tempo. / As palavras não vão mudar;logo, ficarão em uso por algum tempo.C) A língua tupi não desapareceu; apenas evoluiu. /A língua tupi? Não desapareceu. Apenas evoluiu.D) O tupi como língua geral coexistiu com oportuguês. / O tupi, como língua geral, coexistiucom o Português.E) A situação de inferioridade do Português era:flagrante e clamorosa. / A situação deinferioridade do Português era flagrante eclamorosa.16. Os prefixos e sufixos estão disponíveis na língua paraque possamos formar novas palavras. Nas alternativasabaixo, há uma série formada apenas com prefixosque expressam oposição.A) ‘ingerir, ‘insondável’’, ‘insolúvel’.B) ‘inabitual’, ‘inapto’, ‘irrelevante’.

C) ‘injetável’, ‘insípido’, e ‘insalubre’.D) ‘inseminação’, ’insatisfação’, ‘irresponsabilidade’.E) ‘inserção’, ‘insano’, ‘inquisitivo’.TEXTO 3A perda abstrataO extraordinário professor de línguas passeando pelo Brasilpunha sempre ouvidos à maneira de falar dos nativos,fossem professores, como ele próprio, ou gente simples dopovo. E ficou fascinado com uma palavra que ouvia a todomomento – absurdo. E daí em diante, sempre que podia, atoda hora, dizia, absurdo! Absurdo. Absurdo! E sorriadeliciosa satisfação intelectual semântica.Pois não é que um dia, atravessando a Baía da Guanabaraa passeio, em direção a Paquetá, o professor achou apaisagem um absurdo de bonita e, que horror!, não lembroua palavra? Tentou, levantou-se, andou até a popa do barco,depois até a proa, procurando no mais fundo da memória,mas a palavra não veio. E estava ali, de cabeça baixa,andando pra lá e pra cá, sem nem mais olhar a paisagem,quando um taifeiro lhe perguntou:- Que foi, cavalheiro, está sentindo alguma coisa?- Não, nada, estou só aborrecido. Perdi uma palavra.- Uma palavra? Estava escrita num papel?- Não. Não estava escrito em lugar nenhum. Só na minhacabeça.- Perdeu uma palavra que estava na sua cabeça? Perdão,senhor, mas é um absurdo!- É isso! Encontrou! Obrigado, meu amigo, obrigado.Moral: A cultura está em toda parte.(Millôr Fernandes. 100 Fábulas fabulosas. 2 ed. Rio de Janeiro/São Paulo. Editora Record. 2003. p. 47-48)17. A propósito da tipologia do texto 3 e da forma como eleestá construído, podemos afirmar que se trata de:A) um texto expositivo, para servir de pretexto aensinamentos de ordem ética e moral.B) uma dissertação, com uma clara finalidadepersuasiva e, sobretudo, moralista.C) uma narrativa, escrita em linguagem informal,bem próxima de uma interação descontraída.D) um texto explicativo, em que se apontam normasde um bom comportamento social.E) um texto descritivo, em que se apresentam ascaracterísticas de paisagens e pessoas.18. Há trechos no texto 3 que trazem marcas da oralidadeem contextos não-formais. Essas marcas podem servistas na alternativa:1) “O extraordinário professor de línguas passeandopelo Brasil punha sempre ouvidos à maneira defalar dos nativos.”2) “E ficou fascinado com uma palavra que ouvia atodo momento – absurdo.”3) “Pois não é que um dia, atravessando a Baía deGuanabara a passeio, em direção a Paquetá, oprofessor achou a paisagem um absurdo debonita e, que horror! , não lembrou a palavra?”4) “Tentou, levantou-se, andou até a popa do barco,depois até a proa”.5) “E estava ali, de cabeça baixa, andando pra lá epra cá”, sem nem mais olhar a paisagem”.Estão corretas apenas:A) 1 e 3B) 3 e 5

C) 2 e 4D) 1 e 4E) 1 e 519. Entre as alternativas abaixo, há uma em que acomplementação do predicado fugiu a seu paradigmanormal: uma estratégia do autor para causar um certoefeito de estranheza. Essa alternativa é:A) “E ficou fascinado com uma palavra que ouvia atodo momento”B) “E sorria deliciosa satisfação intelectualsemântica.”C) “Que foi, cavalheiro, está sentindo algumacoisa?”D) “Perdeu uma palavra que estava na sua cabeça?”E) “A cultura está em toda parte.”20. Analise alguns casos de sistematização da ortografiaportuguesa. Marque a alternativa em que asobservações feitas estão corretas.A) Escreve-se ‘pretenção’; logo, ‘pretencioso’ e‘pretenciosamente’.B) Escreve-se ‘compreenção’; logo, compreencivo e‘compreencível’.C) Escreve-se ‘vê’, ‘lê’ e ‘dê’; logo ‘vêem’, ‘lêem’ e‘dêem’.D) Escreve-se ‘português’ e ‘francês’; logo‘portuguêsa’ e ‘francêsa’.E) Escreve-se ‘embriaguez’ e ‘solidez’; logo,‘freguez’ e ‘camponez’.TEXTO 4Ai, palavras, ai, palavras,que estranha potência, a vossa!Ai, palavras, ai, palavras,sois de vento, ides no vento,no vento que não retorna,e em tão rápida existência,tudo se forma e transforma!Sois de vento, ides no vento,E quedais, com sorte nova! (...)A liberdade das almas,ai, com letras se elabora ...E dos venenos humanossois a mais fina retorta:frágil, frágil como o vidroE mais que aço poderosa!Reis, impérios, povos, tempos,Pelo vosso impulso rodam...(Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência. de Janeiro: JoséOlympio, 1980, p. 12). Fragmento21. Uma análise do poema de Cecília Meireles nos fazperceber:1) a predominância de uma linguagem figurada,manifestada, por exemplo, na ‘personificação’com que ‘as palavras’ são tratadas.2) versos marcados por antíteses, como em ‘frágilcomo o vidro’ e ‘mais que aço poderosa’.3) oposições flagrantes, como em: ‘ides no vento’ e‘quedais’.4) o uso de expressões metonímicas, como em ‘Aliberdade das almas, ai, com letras se elabora...’5) uma idealização da palavra, em nenhummomento associada à iniqüidade ou à malícia.Estão corretas:

A) 2 e 3 apenasB) 3 e 4 apenasC) 1, 2 e 3 apenasD) 1, 2, 3 e 4 apenasE) 1, 2, 3, 4 e 522. O poema de Cecília poderia ilustrar a idéia de que:1) subjaz à linguagem uma força incomum, emboraum tanto quanto paradoxal.2) a linguagem só não liberta as angústias da alma.3) as palavras são voláteis, ainda que perduráveis.4) as palavras são um vetor que é capaz de mover aHistória.Estão corretas:A) 1, 2 e 3 apenasB) 3 e 4 apenasC) 2 e 3 apenasD) 1, 3 e 4 apenasE) 1, 2, 3 e 423. Observe os versos: “frágil, frágil como o vidro e maisque aço poderosa!”. Nesses versos, fica evidente umarelação semântica de:A) condicionalidade.B) conformidade.C) concessão.D) comparação.E) causalidade.24. Considere os versos seguintes: “Ai, palavras, ai,palavras, / que estranha potência a vossa! / sois devento, ides no vento”. A correspondência entre verbose pronomes está de acordo com a norma padrão,como, igualmente, na seguinte alternativa:A) “Ai, palavras, ai, palavras, / que estranhapotência a tua! / fostes de vento, irás no vento”.B) “Ai, palavras, ai, palavras, / que estranhapotência a tua! / és de vento, ireis no vento”.C) “Ai, palavras, ai, palavras, / que estranhapotência a tua! / foste de vento; não vai no vento”.D) “Ai, palavras, ai, palavras, / que estranhapotência a sua! / és de vento, vais no vento”..E) “Ai, palavras, ai, palavras, / que estranhapotência a tua! / és de vento, vais no vento”.TEXTO 5(Augusto de Campos)25. Analisando o jogo de palavras criado no poema deAugusto de Campos, podemos dizer que o poetaexplorou o recurso:1) da homonímia.2) do neologismo.3) da prefixação.4) do mesmo tempo verbal.Estão corretas:A) 1, 2 e 3 apenasB) 2 e 3 apenasC) 2 e 4 apenasD) 1, 3 e 4 apenasE) 1, 2, 3 e 4

Literatura26. Com relação ao Barroco, assinale a alternativa correta.A) O texto barroco primava, na forma, pela inversãosintática e pelo uso exagerado de paradoxos, enos temas, pela questão da efemeridade da vida.

B) A poesia barroca cantou apenas os valoresespirituais.C) O imaginário barroco apresenta-se povoado depastores e ninfas, num clima bucólico.D) No Barroco, não houve o gênero lírico.E) As obras do período, no Brasil, nãoapresentavam marcas de servilismo aos padrõesestéticos europeus.27. São características do Romantismo, como movimentoliterário, nascido na Europa:A) culto à forma, sentimentalismo, busca daveracidade.B) nacionalismo, presença do amor sensual,bucolismo.C) conceptualismo, cultismo, uso de vocabulárioerudito.D) nacionalismo, culto do passado histórico,sentimentalismo, culto à natureza.E) descritivismo, linguagem hermética, presença doamor platônico.28. Leia as alternativas abaixo sobre o Romantismo noBrasil.1) O romantismo expressou o sentimentonacionalista nascido com a Independênciapolítica do Brasil.2) No Romantismo, o índio brasileiro foi elevado àcategoria de herói, o que correspondia à verdadedos fatos.3) Os romancistas românticos criaram narrativasque expressam a sociedade urbana brasileira deforma superficial e fantasiosa, porém a linguagemjá refletia alguns usos diferenciados de Portugal.Está(ão) correta(s) apenas:A) 1B) 2C) 3D) 1 e 2E) 1 e 329. São características do Realismo brasileiro:A) personagens criados pela observação, tiposconcretos e preocupação com a verossimilhança.B) retorno ao passado, senso de mistério.C) imaginação criadora, objetivos lúdicos.D) descritivismo intenso e visualização idealizada deambientes e pessoas.E) subjetividade, temas espirituais, linguagemhermética.30. O Naturalismo pode ser entendido como umaprofundamento do Realismo, porque:A) é desvinculado da verdade social.B) estuda a natureza do ponto de vista científico.C) expressa apenas a vida simples de pessoasrústicas, em um mundo primitivo.D) analisa os desvios comportamentais do ponto devista moral.E) apresenta os fatores sociológicos e biológicoscomo principais determinantes do comportamentohumano.31. A respeito do Simbolismo, assinale a alternativaincorreta.A) Teve origem na França, como uma recusa aos

valores ideológicos da burguesia.B) Rejeitou a arte objetiva e descritiva. No Brasil,teve pouca repercussão.C) Busca a musicalidade dos versos, através derecursos como a rima, a aliteração, a assonância.D) Explora temas greco-latinos e cultua a forma,apelando para inversões sintáticas.E) Propõe a poesia pura, explorando imagens e nãoconceitos, com linguagem hermética e misteriosa.32. Considerando o tema do Pré-Modernismo, assinale aalternativa correta.A) Não se constitui um movimento literário: é umaépoca de tendências ecléticas.B) É um movimento literário com princípios estéticosrígidos.C) Caracterizou-se pelo ufanismo em relação àsnossas paisagens.D) Exalta a alegria e a criatividade do povo brasileiroE) Descreve a cultura das diversas regiões do país.33. Sobre o Modernismo, não podemos afirmar que:A) iniciou-se pela Semana de Arte Moderna em1922, em São Paulo, e abrigou várias tendênciasestéticas.B) é comumente dividido em três fases ou gerações:a pioneira, de 1922; a fase do romance regionalde 30, e a geração de 1945.C) trouxe para a literatura brasileira a liberdade daexpressão lingüística, a incorporação dos temasdo cotidiano, a linguagem coloquial e asinovações técnicas.D) rompeu com os padrões culturais do século XIX,porém cultivou a preocupação formal na poesia,mantendo a rima e a métrica.E) iniciou-se, na Europa, com movimentos devanguarda e anarquismo estético, entre eles, oFuturismo e o Dadaísmo, que tiveramrepercussão no Brasil34. Assinale a alternativa correta sobre o ModernismoBrasileiro, na década de 30.A) O movimento viu esgotados seus ideais estéticose retomou uma arte conservadora.B) Surgiu a narrativa que tomou a designação deRomance Regional, baseado sobretudo narealidade nordestina. rural.C) A poesia não se renovou, cedendo à estéticaparnasiana.D) O romance não foi um gênero praticado, nem oconto.E) Surgiu o Concretismo, dando lugar ao poemaobjeto.35. Sobre o Realismo/ Naturalismo Português, nãopodemos afirmar:A) iniciou-se em 1865 com a polêmica que ficouconhecida com a questão Coimbrã, oposiçãoentre o antigo e o moderno feita pelos estudantesde Coimbra, interessados nas novas correntes deidéia filosóficas, científicas e artísticas que jácirculavam na Europa.B) os adeptos do Realismo posicionavam-se contraa mesmice, o romantismo resistente, o apego aopassado e o desconhecimento das novidadescientíficas e culturais em Portugal

C) apesar do liberalismo oficial, a sociedadeportuguesa encontrava-se estagnada do ponto devista tecnológico, científico, social e econômico.D) descrentes das possibilidades da burguesiadominante em estabelecer um sentido para avida, os escritores portugueses da épocaassumiram posições amarguradas de críticaradical da sociedade.E) a linguagem bem elaborada, a subjetividade, afantasia, o sonho e o otimismo foram traçospresentes no Realismo/ Naturalismo Português.36. Leia as informações abaixo sobre Eça de Queiroz.1) Um denominador comum à ficção queirosiana é acrítica ao tédio ocioso dirigida à burguesia da épocaem Portugal. Na sua obra, os males da sociedadeportuguesa da época, segunda metade do séculoXIX, são expostos, sem nenhuma lição de moral,com ironia e, às vezes, sarcasmo.2) Fazendo parte do Real–Naturalismo, adotou eaprofundou as tendências desta escola,descrevendo com pessimismo a família (doisegoísmos que se juntam), com as mulheresausentes da vida social, sem direito à educação, aoclero que converte a religião em exploração derecalques e hipocrisia e à política que reduz a umaintriga de indivíduos ignorantes e medíocres.3) É considerado pelos críticos como um dosprosadores mais completos do Real-naturalismo nomundo, só comparável aos mestres franceses. Pelasua teoria de arte realista desenvolveu aobservação perspicaz de tipos sociais e instituições.Está(ão) correta(s):A) 3 apenasB) 2 apenasC) 1 e 3 apenasD) 1e 2 apenasE) 1, 2, 337. Sobre José Matias, conto de Eça de Queiroz, analiseas proposições abaixo.1) É um conto realista, em que um narrador nãonomeadoconta, em monólogo, para um ouvinteque não interfere, a história de José Matias,personagem que dá nome ao conto.2) O personagem central é um jovem da altasociedade portuguesa, que se apaixonaperdidamente por Elisa Miranda, bela vizinha deum tio seu, o Visconde de Garmilde. A jovemsenhora era casada com um senhor de idade ecorrespondeu aos sentimentos do rapaz,estabelecendo um relacionamento duradouro,porém platônico.3) O conto se encerra com a narração do enterro deJosé Matias. Ele morreu, arruinado e só, pois,mesmo após a viuvez da amada, nunca tevecoragem de assumir seu amor.Está(ão) correta(s):A) 3 apenasB) 1 e 2 apenasC) 2 apenasD) 1, 2 e 3E) 1 e 3 apenas38. No conto José Matias, não está(ão) presentes:

A) Reaproveitamento da linguagem corrente daépoca, criando efeitos estéticos a partir dovocabulário habitual.B) Nexos inesperados e contraditórios entre o físicoe o moral, e o uso de recursos inovadores denarração, como o monólogo.C) Intencionalidade estética e ideológica através dasescolhas narrativas.D) Uso de adjetivos e advérbios como resultantes deanálise dos personagens e ambientesE) Alta freqüência de uso de silogismos e metáforas,que tornam a linguagem obscura.39. Recordações do Escrivão Isaías Caminha é umanarrativa de ficção de Lima Barreto, que pode serassim resumida:A) conta a história de um aposentado, cheio deideais nacionalistas, em uma luta ingênua einglória pela salvação do Brasil.B) o texto acompanha a trajetória de um jovemmulato que, vindo do interior, cheio de talento eilusões, procura vencer na capital federal. Sofrecom o preconceito de cor e de origem e sedesilude. Porém, protegido pelo diretor do jornal,em que é contínuo, perde sua ingenuidade edegrada-se, embora tenha tido êxito financeiro.C) um jovem pernambucano apaixona-se por umaprostituta. Apesar de sua condição à margem dasociedade, ele se dispõe a desposá-la porquepassa a admirar seu caráter.D) o livro tematiza o casamento por interesse,quando o noivo, ao saber ser a noiva pobre,abandona-a no altar. Casa-se com uma moçarica e recorda nas suas memórias este episódio.E) passada no sertão mineiro, a narrativa aborda oamor trágico de dois jovens que se amam desdea infância. Mas, obedecendo à vontade dos pais,ele entra para o seminário, e ela casa com outro.40. Analise as proposições abaixo, sobre A Hora e a Vezde Augusto Matraga, de Guimarães Rosa.1) Faz parte de um livro de contos, Sagarana, comque o autor estreou como escritor. Traz para aliteratura um universo diferente, um sertão dejagunços e bichos, dominado por visões econceitos arcaicos.2) É um texto em que se narra a história de AugustoMatraga, entremeada de diálogos. A linguagemprocura reproduzir a fala do sertão mineiro, comsuas expressões arcaicas e populares e torneiossintáticos inusitados.3) O personagem central passa por transformaçõesao longo da história. De homem violento eautoritário, transforma-se em ermitão quando sevê frente à morte. Ao final, voltando à cidade, elemorre para defender uma família desvalida.Está(ão) correta(s):A) 1 apenasB) 1 e 2 apenasC) 1, 2 e 3D) 2 e 3 apenasE) 1 e 3 apenas41. Segundo o próprio autor, o conto a Hora e a Vez deAugusto Matraga, inserido no livro de estréia

Sagarana, marca a descoberta de seu estilo inovador,de seu “dialeto” literário. Entre as alternativas abaixo,uma não faz parte desse “dialeto”. Assinale-o.A) A incorporação do falar sertanejo, resultante desua experiência como médico no sertão mineiro.B) A utilização de recursos poéticos comoaliteração, gradação, reiteração, mesmoescrevendo em prosa.C) As rupturas sintáticas e semânticas, assim comoo uso da derivação imprópriaD) O uso excessivo de anglicismos, proveniente desua experiência diplomática nos Estados Unidos.E) O emprego de neologismos (por derivação ecomposição) e o uso de diminutivos.42. Qual o ponto convergente e o divergente do par centralde A Hora da Estrela, de Clarice Lispector?A) São moradores da Favela da Rocinha. Elaestudou, ele é analfabetoB) São solitários à procura de um grande amor. Eleé solteiro, ela é casada.C) Revelam ambos fragilidade e insegurança paraenfrentar a vida na grande cidade. Macabéa émoradora de Copacabana, Olímpico reside nosubúrbio.D) Ambos são nordestinos, incultos e pobres, masenquanto Olímpico desenvolveu uma autodefesa,baseada na grosseria, Macabéapermanece vulnerável.E) Ambos já adotaram, com sucesso, o modo deviver carioca, mas enquanto ele enriqueceu, elacontinua pobre.43. Clarice Lispector, em seu romance A Hora da Estrela,coloca como personagem principal:A) uma cantora carioca que faz sucesso natelevisão.B) uma atriz do cinema americano já envelhecida edecadente.C) uma empresária paulista bem-sucedida que setorna fria e ambiciosa.D) uma imigrante nordestina, desprezada pelasociedade, que sonha em ser feliz e acredita emtudo que lhe dizem.E) uma bailarina outrora famosa e que fracassa aotentar reiniciar a carreira.Meus olhos são pequenos para verA massa do silêncio concentradaPor sobre a onda severa, piso oceânicoEsperando a passagem dos soldadosMeus olhos são pequenos para verO general com seu capote cinzaEscolhendo no mapa uma cidadeQue amanhã será pó e pus no arameVisão de 1944 (A Rosa do Povo)44. Sobre A Rosa do Povo, livro de poemas de CarlosDrummond, de 1945, podemos dizer que:A) contém apenas poemas que giram em torno deum pólo subjetivo, versando sobre amor, passadoe solidão.B) os temas versam sobre a segunda guerramundial, quando o poeta se posiciona contra ofascismo, em linguagem clara e tom inflamado.C) os poemas visam um ajustamento entre a

consciência política do homem e a arte poética;entre os temas do eu, do estar no mundo e dofazer poético.D) são poemas panfletários e vazios, de eloqüênciaprosaica e oportunista.E) os versos são impregnados de paixão; por issoresvalam para o populismo e o folclórico.Não faça versos sobre acontecimentos.Não há criação nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,Não aquece, nem ilumina.(Procura da poesia /A Rosa do Povo)45. Um dos traços da poesia de C. Drummond deAndrade, como demonstram os versos acima, é:A) usar a metalinguagem sobre o fazer poético.B) oferecer uma idéia de fragmentação da realidade.C) criar um clima de harmonia universal.D) falar sobre seus próprios sentimentos.E) prescrever como se deve fazer poesia.46. O Homem e sua Hora, de Mauro Faustino, é um livro:1) que constitui a única publicação feita em vidapelo autor. As demais são póstumas.2) tem linguagem cuidada, estilo inovador econteúdo original pela remontagem de soluçõestradicionais.3) que está dividido em três partes, sendo a últimaO Homem e Sua Hora, que dá título ao livro.Está(ão) correta(s):A) 1 apenasB) 2 apenasC) 3 apenasD) 2 e 3 apenasE) 1, 2 e 347. Ainda sobre a poesia de Mario Faustino e lendo o textoabaixo, é correto afirmar:Esse estoque de amor que acumuleiNinguém veio comprar a preço justoPreparei o meu castelo para um reiQue mal me olhou, passando, e a quanto custo.(Soneto Antigo/ O homem e sua Obra)A) O seu poema pode ser enquadrado comomodernista da primeira fase, porque não usamétrica nem rima.B) Move-se esteticamente entre a tradição e ovanguardismo, com uma linguagem poéticaburilada e erudita, porém compreensível e clara.C) Revelando influências simbolistas, trabalha maisa imagem que o conceito.D) A sua poética incluía a preocupação social.E) Sua poesia era objetiva e impessoal.48. Sobre Flores Ibiapina, é correto afirmar que:A) contista, romancista e estudioso das tradiçõespopulares piauienses, foi considerado herdeiro doRomance Regional de 30, escrevendo, além dePalha de Arroz, entre outros romances, comoSambaíba e Curral de Assombrações.B) folclorista, pesquisou o folclore do Rio Grande doNorte e publicou Beira Rio, Beira Vida.C) sociólogo, pesquisou a formação da famíliabrasileira escrevendo Nassau: Sangue e Amor noTrópicos.D) narrou sua experiência na prisão em Os que

bebem como cães.E) apesar de viver no Nordeste, nunca tomou comotema a seca e seus efeitos devastadores moral esocialmente sobre o homem do campo.49. Sobre o romance Palha de Arroz, de Fontes Ibiapina,não podemos dizer que:A) descreve a sociedade da capital do Estado,Teresina, misturando ficção e realidade.B) mostra a cidade sem eletricidade, na década de40, abrigando uma população atrasada e imersana escuridão.C) tem como enfoque o mundo suburbano dosdesempregados, das prostitutas e dos malandros.D) enfoca os incêndios criminosos nos subúrbios,provocando pânico na população miserável, cujascasas eram de palha.E) tem como pano de fundo a ditadura militarimplantada no país em 1964, época sociopolíticaem que se situa a ação descrita.50. Os personagens de Palha de Arroz são tipospopulares com nomes pitorescos:A) Sinhá Vitória, Baleia e Fabiano.B) Parente, Zeca Palito e Pedro Bala.C) Moleque Ricardo, Zé Pitoco e Perigo.D) Pau de Fumo (Chico da Benta), Maria Preá e ZéRemador.E) Maria Sipaúba, Zacarias da Mata e TomásBarrigudo.

InglêsRead the following passage and answer items 51 to55.“Doctors, clinics and health departments across the countryhave started running out of flu vaccine as Americans rush toprotect themselves against what appears to be one of thenastiest flu seasons in years, officials said yesterday.As supplies dwindle, health providers in some places havebegun to ration the shots, giving priority to those mostvulnerable - the young, the elderly and the sick, officialssaid.‘We’re getting phone calls from practitioners who arestarting to run out of vaccine,’ said Margaret Rennels, whochairs the American Academy of Pediatrics committee oninfectious diseases. ‘Some have begun prioritizing vaccineto the highest-risk individuals.’The shortages follow an announcement last week by thetwo companies that produce flu shots that they had shippedtheir entire inventories -- 83 million doses. The nation hasnever used more than 80 million.The unprecedented demand has been triggered by anunusually early and intense flu season. Flu has beenreported coast to coast, and at least 13 states, mostly in theWest, have reported widespread cases. Texas andColorado have been hit hardest. The deaths of at least sixchildren in Colorado have triggered particular alarm.”(From the Internet, by Rob Stein, Washington Post StaffWriter, Tuesday, December 9, 2003, page AO3)51. The main idea of the passage is:A) complete running out of flu vaccine threatenscountry.B) excess of flu shots causes government donationsto other countries.

C) stealing of flu vaccine worries health authorities.D) delayed arrival of flu vaccine upsets healthofficials.E) shortage of flu shots prompts rationing.52. This specific flu seasonA) seems to be one of the worst in years.B) doesn’t seem to worry much health authorities.C) is a mild one, so doctors can keep control of it.D) appears to be a rather harmless one.E) will cause very little trouble to doctors in general.53. Both companies that make flu vaccines announced lastweek that they hadA) failed in delivering the vaccines in time.B) had laboratory problems in producing the flushots.C) shipped a great part of the total vaccines stock.D) sent all their vaccines stock – over eighty milliondoses.E) had problems with the shipping company.54. Doctors have been giving the most attention to thehighest-risk patients due toA) the high-defense metabolism of those patients.B) the sharp reduction in supplies of flu vaccine.C) the patients’ liability to heart diseases.D) vacancies in emergency rooms.E) the patients’ respiratory problems.55. The word ‘triggered’ in ‘The unprecedented demandhas been triggered by an unusually early and intenseflu season’ and ‘The deaths of at least six children inColorado have triggered particular alarm’ is similar to:A) stoppedB) reducedC) causedD) questionedE) protectedIt’s hard to imagine why the English language should needpublicising still further. Mandarin may have the largestnumber of native speakers at 800 million, but with 1.9 billionspeakers (including some 350 million native speakers)English is easily the world’s lingua franca. The nextlanguage on the list, Spanish, has 450 million competentspeakers around the globe, whereas French is spoken by ameasly 130 million.But the English Speaking Union exists for exactly thatreason. Founded as a charity in London after the First WorldWar, its rather grand mission is “to promote internationalunderstanding and human achievement through thewidening use of the English language throughout the world.”The English boom couldn’t have come at a better time forthe ESU. Created in 1918 when the British Empire was fastdisappearing, the ESU and its genteel yet ageing membersseemed to be going the same way. The turn-around came inthe early ‘80s when a number of ESU branches sprang up inwestern Europe. Then, at the end of the decade, thecollapse of the Soviet Union led to a flood of enquiries fromeastern European states. “These countries came to us”,explains ESU Director-General Valerie Mitchell, “becausethey felt they needed that bridge and that tool and that keyto the wider western world.”It has been said:“I wish the English-Speaking Union all success in its task of

strengthening further the bonds that unite the Englishspeaking peoples. Now more than ever it is of paramountimportance that we should maintain our unity of ideals andaction to which civilisation has owed so much and fromwhich there is yet more to hope.” (Sir Winston Churchill, aformer Chairman of the ESU)“In an era where the world is growing ever smaller and theemergence of the global village is increasingly evident, theimportance of maintaining one’s identity is clear. Languageplays an important part in this regard. At the same time, thevalue of language as a unifying force cannot be disputed.International understanding and reconciliation aredependent on the ability of people to communicate andconverse across cultural dividers.” (Nelson Mandela)(From Language English Speakers of the World Unite!,SPEAK UP, Year XVI, Nº 193, 2003, pages18-19.)56. The author states that “English is easily the world’slingua franca” because itA) has the largest number of native speakers of theworld.B) is spoken by almost two billion speakers, bothnative and nonnative.C) has hardly four hundred fifty million competentspeakers around the world.D) is spoken by a measly three hundred fifty nativespeakers.E) has over two billion speakers throughout theworld.57. The features that apply to the ESU are:1) international aid.2) British origin.3) agreements.4) misunderstandings.5) accomplishment.The correct features are:A) 2 and 4 onlyB) 3 and 4 onlyC) 4 and 5 onlyD) 1, 2 and 4E) 1, 2, 3 and 558. In his statement, Sir Winston Churchill1) expresses a positive opinion about the ESU.2) affirms that there is no longer hope to civilisation.3) desires that the ESU will be successful in itsgoals.4) incites the English speakers of the world to beunited.5) doubts that the ESU will ever accomplish its task.The right answers are:A) 1, 3 and 4B) 2 and 5 onlyC) 1, 2 and 3D) 2, 3 and 4E) 3, 4 and 559. Nelson Mandela believes thatA) the global village is in a state of emergency.B) each country should not maintain its identity in theglobal village.C) language plays an important role in internationalunderstanding.D) there is no reconciliation after an international

dispute.E) people are forced to use English to communicateworldwide.60. Mandela says: “The world is growing ever smaller.”This occurs mainly due to:A) overpopulation.B) ambition.C) globalization.D) conflicts.E) business.