figuras de linguagem_trabalho henrique
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Comparação:
Comparação é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.
É mais facilmente entendida como a aproximação de dois termos que se assemelham.
Exemplo:
“O Amor queima como o fogo” — Luís de Camões
Os dois termos: Amor e fogo. Mantém cada um, sua própria significação.
Antítese e Paradoxo
Paradoxo é a aproximação de ideias contrárias.
Ex.: Já estou cheio de me sentir vazio.
Antítese consiste na exposição de palavras contrárias.
Ex.: Ele não odeia, ama.
Na explicação do professor Paulo Hernandes fica evidente a diferença entre estas duas figuras de linguagem frequentemente confundidas:
"Como podemos ver, na antítese, apresentam-se idéias contrárias em oposição. No paradoxo, as idéias aparentam ser contraditórias, mas podem ter explicação que transcende os limites da expressão verbal."
Personificação ou Prosopopéia
É uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.
Ex.: O Sol amanheceu triste e escondido.
Metonímia ou Transnominação
Chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.
O meu irmãozinho adora danone. (Danone é a marca de um iogurte; o menino gosta de iogurte)
Antítese
Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas
Sendo antítese, as palavras “luz e noite escura” e “tristezas e alegrias”.
Catacrese
Catacrese é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum; são como gírias do dia-a-dia, expressões.
O pé da mesa estava quebrado.
ironia
A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor.
Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor! (Mário de Andrade)
Elipse
Elipse é a supressão de uma palavra facilmente subentendida. Consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase.
Exemplos
Na oralidade, quando alguém serve chá pode perguntar "com ou sem açúcar?" - ainda que a frase não explicite que se está a referir ao chá, o próprio contexto serve para esclarecer o seu sentido.
"No mar, tanta tormenta e tanto dano." (em "Os Lusíadas" de Camões) - onde se omite o verbo "haver", ainda que seja óbvia a intenção do autor.
João estava com pressa. Preferiu não entrar. (Ele, João, preferiu não entrar) "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados" (Machado de Assis) Quanta maldade na Terra. (Quanta maldade há na Terra) "O colégio compareceu fardado; a diretoria, de casaca." (R. Pompéia) Risco de vida. (Risco de perder a vida)
Elipse: Segundo o Tito, elipse é anisocronia resultante do fato de o narrador excluir do discurso determinados acontecimentos diegéticos, dando assim origem a mais ou menos extensos vazios narrativos. A elipse é um processo fundamental da técnica narrativa, pois nenhum narrador pode relatar com estrita fidelidade todos os pormenores da diegese.
Pleonasmo
Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.
Estou organizando uma torcida organizada.
Polissíndeto
Polissíndeto é o emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos de oração.
"Longe do estéril turbilhão da rua,Beneditino, escreve! No aconchegoDo claustro, na paciência e no sossego,Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!"com calma sem sofrer
anáfora
Anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia.
Exemplos
Nem tudo que ronca é porco,Nem tudo que berra é bode,Nem tudo que reluz é ouro,Nem tudo que se fala se pode.
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"Não cos manjares novos e esquisitos,Não cos passeios mole e ociososNão cos vários deleites e infinitos..." (Luz, 6,96)
Assíndeto
Assíndeto é uma figura de estilo que consiste na omissão das conjunções ou conectivos (em geral, conjunções copulativas), resultando no uso de orações justapostas ou orações coordenadas assindéticas, separadas por vírgulas. É uma figura de sintaxe, por omissão, tal como a elipse e o zeugma.
Por exemplo, em Os Lusíadas, de Camões, podemos ler: "Fere, mata, derriba denodado
Aliteração
Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons de sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas
Ex.: O vento vinha ventando
Hipérbole ou auxese
Hipérbole ou auxese é a figura de linguagem que incide quando há demasia propositada num conceito, expressa de modo a definir de forma dramática aquilo que se ambiciona vocabular, transmitindo uma idéia aumentada do autêntico.
Rios te correrão dos olhos, se chorares!"
Apóstrofe
Apóstrofe é uma figura de estilo caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano
"Ele disse a Leonor que não caísse"
gradação
gradação é uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).
"O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário." (Olavo Bilac)
perífrase
Em termos gerais, perífrase designa qualquer sintagma ou expressão idiomática mais desenvolvida (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra.
"O país do futebol acredita em seus filhos." (a expressão país do futebol expressa o termo Brasil)
Eufemismo
Eufemismo é uma figura de linguagem que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão. Consiste na visualização de uma expressa Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu)
Hipérbato
Hipérbato (do grego hyperbaton, que ultrapassa) também conhecido como inversão, é uma figura de linguagem que consiste na troca da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes. Aquela triste e leda madrugada" (Luís Vaz de Camões)
Assonância
Assonância é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons de vogais em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A assonância é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em
frases curtas. João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento
— Carlos Drummond de Andrade (assonância em O)
onomatopéia
onomatopeia é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som com um fonema ou palavra. A forma adjetiva é onomatopaico. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias
Ai! –dor ou grito emoção
Repetição
Repetição: Figura de harmonia tambem denominada como figura de som se dá, quando há repetiçao de sons ou de imitaçoes sonoras de coisas ou seres,resultando em algum efeito na linguagem. Entre as prinicpais figuras de som ou harmonia, destacam-se a aliteração, a paranomasia, a asonancia, a onomatopeia e o chamado isócolo.
Sinestesia
Sinestesia é uma figura de estilo ou semântica que relaciona planos sensoriais diferentes. Tal como a [metáfora] ou a [comparação por símile], são relacionadas entidades de universos distintos.
Latitude de uma montanha consiste a uma pedra
Solecismo
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma.
Exemplos
Eles é Brasileiro. (Eles são Brasileiros) Aqueles dia eu fui ao restaurante. (Aqueles dias eu fui ao restaurante) Vou no banheiro. (Vou ao banheiro) Eles são neurótico. (Eles são neuróticos)
Haviam seis meses que não via a minha mãe. (Faz seis meses que não vejo a minha mãe)
Observação: O Solecismo é por vezes classificado como um vício de linguagem.
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