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184 RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO Figura 136: Medidas em rua de fundos de vale: Caminhos Verdes Fonte: BARROS (2007, p. 125) DEPOIS ANTES Figura 134 e 135: Programa de Ação1 Reservatório Bananal – Bacia de detenção (a) e canalização do córrego Guaraú a montante do reservatório (b) Fonte: BARROS (2007, p. 35)

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RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

Figura 136: Medidas em rua de fundos de vale: Caminhos Verdes

Fonte: BARROS (2007, p. 125)

DEPOISANTES

Figura 134 e 135:

Programa de Ação1

Reservatório Bananal – Bacia de detenção (a) e canalização do córrego Guaraú a montante do reservatório (b)

Fonte: BARROS (2007, p. 35)

185

RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

Figura 139: Programa 2 – Programa de Preservação e Recuperação Ambiental

Fonte: BARROS (2007, p. 137)

Figura 140: Programa 2 – Programa de Preservação e Recuperação Ambiental. Parque Linear do Bananal e Parque Corumbé. Fonte: BARROS (2007, p. 138)

Figura 137: Programa 2: Preservação e Recuperação Ambiental – Situação atual

Fonte: BARROS (2007, p. 128)

Figura 138: Programa 2: Preservação e Recuperação Ambiental – Proposta

Fonte: BARROS (2007, p. 129)

DEPOISANTES

186

RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

DEPOISANTES

Figura 141: Programa 3 – Parque Linear do Bananal

Fonte: BARROS (2007, p. 141)

Figura 142: Programa 3 – Parque Linear do Bananal

Fonte: BARROS (2007, p. 142)

DEPOISANTES

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RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

20 Outorga: medida utilizada, neste caso, para cobrar uma taxa pela execução de obras que interferem no regime dos rios. De acordo com o plano: “A outorga deve ser vista também como uma medida de controle de cheias uma vez que ela benefi cia não só o sistema de drenagem local, mas evita a construção de obras que apesar de serem boas para uma dada região, podem ser prejudiciais para outros locais a jusante” (PHD / POLI - USP, p. 238-239).

As Medidas Não Estruturais propostas foram:

Outorga para controle de cheias20;

Planejamento de uso e ocupação do solo;

Fixação de critérios para projetos de drenagem;

Fixação de critérios para obras de infra-estrutura;

Medidas de controle de cheias no próprio lote ou medidas individuais de convi-

vência;

Restabelecimento parcial da capacidade de retenção de água nos lotes;

Sistemas de alerta;

Programas de educação ambiental;

Campanhas publicitárias voltadas à participação pública no controle de cheias.

O conjunto de Medidas Estruturais propostas foram:

Construção de bacias de detenção secas ou alagadas;

Pavimento poroso;

Uso de áreas ou canais cobertos de vegetação para infi ltração;

Obras de retenção de sedimentos nos locais em construção;

Criação de banhados ou alagadiços;

Minimização da área diretamente conectada (telhados e calhas);

Faixas gramadas ou plantadas;

Valetas gramadas;

Corredores verdes a partir de elementos lineares existentes: ruas, rios e torres de

alta tensão.

4.2.7 Implementação

Apesar de este Plano ainda não ter sido implementado, em virtude de não haver recursos

disponíveis até o momento, foram feitas algumas recomendações para a fase de implanta-

ção.

188

RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

Síntese das Ações Propostas: O Modelo de Decisão Multicritério

O modelo adotado visa à hierarquização de alternativas em que são considerados diversos

objetivos ou critérios de análise, que podem envolver aspectos econômicos, ambientais,

políticos, etc. Trata-se de uma ferramenta de auxílio à Tomada de Decisão quando existem:

Múltiplos Critérios e Múltiplos Decisores; além de várias alternativas e recursos fi nanceiros

escassos.

Pode-se verifi car a aplicação da decisão multicritério com relação ao Programa de Ação 1 -

controle de enchentes. Em 1993, a FCTH – USP havia concluído que a canalização deveria ser

substituída por canal aberto de 5,60 km de extensão ou ainda desviar a água por um túnel

de derivação, que iria desde a confl uência com o Guaraú até o Tietê, com extensão de 5,5km.

Essas medidas foram consideradas inconvenientes em função de prazos longos de implanta-

ção, custos muito altos e transtornos para o tráfego da Avenida Inajar de Souza. Feita essa

avaliação, a decisão adotada foi buscar soluções não convencionais, visando amortecer os

picos de cheia, ou seja, reservatórios de detenção ou piscinões.

É importante salientar que, antes do desenvolvimento desse Plano, já haviam sido implan-

tados dois reservatórios, um junto ao córrego do Bananal, em área particular, mas não ur-

banizada, e outro junto ao córrego Guaraú, que exigiu desapropriações. Um dos fatores que

contribuíram para essa decisão foi a conformação da bacia do Cabuçu de Baixo em forma

de cálice, com 80% de sua área de drenagem a montante da foz do Guaraú, sendo que 71%

dessa área eram integrados pelas bacias do Bananal, Guaraú, e, em menor parcela, pela bacia

do Itaguaçu; havia também a disponibilidade de áreas livres para implantação de um dos

piscinões.

Implementação, Monitoramento e Gestão

Este estudo de caso permite analisar, com base em instrumentação de campo, os efeitos da

urbanização sobre a hidrologia, hidromorfologia e qualidade das águas superfi ciais.

A seguir, algumas considerações extraídas de Barros (2007) sobre as principais questões que

devem ser trabalhadas durante a elaboração e implantação dos planos de bacias hidrográ-

fi cas:

Importância de se trabalhar o planejamento urbano em parceria com o planeja-

mento ambiental da bacia, com destaque para as questões da água urbana;

Importância de projetos de preservação e de recuperação da cobertura vegetal e

da rede fl uvial das bacias urbanas;

Importância dos planos de bacias urbanas, com destaques para a drenagem urba-

na (plano diretor de drenagem urbana) e a poluição hídrica (pontual e difusa);

189

RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

Importância de se integrar planos de pequenas bacias urbanas com planos de

outra escala existentes na região;

Necessidade de se tratar tecnicamente as questões ambientais urbanas, de forma

centralizada, mas com discussão, participação e decisão colegiada (entidades pú-

blicas e entidades que representam a comunidade);

Necessidade de se abordar os problemas das populações que vivem tanto em

áreas de risco para inundação, como em áreas de risco de deslizamentos, porém

adotando soluções de projeto que objetivem renaturalizar áreas degradadas;

A renaturalização deve ser objeto de muito estudo, para verifi car onde esse pro-

cedimento é possível (junto com viabilidade técnica e econômica) e para defi nir

prioridades (áreas verdes em perigo devem ser priorizadas).

4.3 Parque Mangal das Garças21

O Parque Mangal das Garças é um projeto pontual que integrou um plano estadual de revi-

talização urbana de espaços públicos da área central de Belém. Teve início em 1997, sendo

desenvolvido pela Secretaria do Estado do Pará em parceria com o Governo Federal, Institu-

to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e empresas privadas.

Localizado às margens do rio Guamá, foi implantado com o objetivo de valorizar as caracte-

rísticas locais, proteger a vegetação ciliar e recuperar o caráter público de uma área aban-

donada e subutilizada, aproximando a população do rio e do ecossistema amazônico.

O parque foi inaugurado em 2005 e apresenta um índice crescente de visitação. A população

local dele se apropriou, sendo que, ao lado do centro histórico, tornou-se um dos pontos tu-

rísticos mais visitados de Belém. Assim, o Parque Mangal das Garças é um projeto referencial

e um estímulo para que outras intervenções desse tipo sejam implantadas.

21 O material utilizado para análise foi cedido pela autora do projeto, arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass. Outras fontes: KLIASS, 2006 e MARTIGNONI, 2006

190

RIOS E CIDADES: RUPTURA E RECONCILIAÇÃO

4.3.1 Contextualização

Caracterização do sítio

O Parque Mangal das Garças localiza-se às margens do rio Guamá, um tributário do rio

Amazonas, na baía do Guajará, em Belém (estado do Pará – Brasil), pouco mais a oeste do

centro da cidade, em local muito próximo ao primeiro núcleo original de assentamento

(Figuras 143 e 144).

Figura 143: Localização do município de Belém em relação ao estado do Pará

Disponível em: <http://www.pt.wikipedia.org>. Acesso em 10 out. 2007

Figura 145: Localização da área de intervenção antes da implantação do parque

Fonte: Google Earth. Acesso em 16 nov. 2007

Figura 144: Localização do rio Guamá em relação a cidade de Belém

Disponível em: <http://www.belem.pa.gov.br/>. Acesso em 10 out. 2007