fichas resumo aph - m100 e apendices

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P601 - ISOLAMENTO DE FLUÍDOS CORPORAIS (IFC) Sempre utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI): óculos, máscara e luvas de procedimento. Lave as mãos freqüentemente e após atendimentos, utilizando sabão neutro e água por, no mínimo 15 segundos. CONTATO ENTRE FLUÍDOS E PELE ÍNTEGRA: lave a região com água e sabão neutro, tão logo seja possível. CONTATO ENTRE FLUÍDOS E PELE NÃO ÍNTEGRA E/OU MUCOSAS: reporte o acidente ao CBU e procure serviço médico para que seja realizada avaliação, inclusive da vítima, bem como tratamento profilático anti-HIV. P/ ATENDIMENTO DE VÍTIMAS PORTADORAS DE PATOLOGIAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA: P613 - PRESUNÇÃO DE ÓBITO O Bombeiro Militar pode constatar óbito, sem que se inicie as manobras de RCP, nos seguintes casos / situações extremas: 1. Decapitação. 2. Decomposição. 3. Rigor mortis (endurecimento dos membros do cadáver). 4. Livor mortis / livor hipostático: aparecimento de manchas no corpo em contato com a superfície. 5. Secção de tronco com parada cardiorrespiratória. 6. Esmagamento total do crânio com parada cardiorrespiratória. 7. Carbonização. 8. Paciente adulto sem pulso e apnéico, P611 - OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA NA PRESENÇA DE PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA: a guarnição deve acatar suas orientações, desde que não contrariem o Protocolo de APH do Socorrista (ITO nº 23). EM CASO DE CONFLITOS: 1. Caso seja dada ordem pelo profissional de saúde que contrarie o protocolo, não podendo ser cumprida, solicite a intervenção do CBU / médico regulador. 2. Anote os dados do profissional (nome completo, nº CRM / COREN / outros conselhos). 3. Descreva o ocorrido no Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar (RAPH), incluindo os procedimento técnicos adotados pelo profissional. P612 - RECUSA DE ATENDIMENTO O socorrista deve levantar dados relativos à vítima antes que ela possa recusar formalmente o atendimento: 1. Deve-se observar se o paciente está alerta, orientado e sem sinais que o impeçam de compreender sua decisão. 2. Deve-se observar se os sinais vitais estão normais. 3. Deve-se verificar se a vítima entende as conseqüências da recusa ou se oferece resistência ao atendimento. 4. Deve-se verificar se o quadro é grave ou não. SE HÁ RECUSA, MAS A GUARNIÇÃO ENTENDE QUE DEVE HAVER O ATENDIMENTO: Tente convencer a vítima, contando com o auxílio de familiares APÊNDICE 02 - SINAIS VITAIS Movimentos respiratórios por minuto (MRPM) Adulto Criança Bebê Neonato 12 a 20 15 a 30 25 a 50 30 a 60 Pulso (Batimentos cardíacos por minuto - BCPM) Adulto Criança Bebê Neonato 60 a 100 70 a 150 100 a 160 Pressão arterial Adulto Criança/ bebê Sistólica (mm Hg) 110-140 80+2x idade Diastólica (mm Hg) 60-90 2/3 sistólica Temperatura Normal 36,6° a 37,2° C APÊNDICE 05 - ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) ADULTO Variáveis Escore Abertura ocular Espontânea À voz À dor Ausente 4 3 2 1 Resposta verbal Orientada Confusa Palavras desconexas Sons ininteligíveis Ausente 5 4 3 2 1 Resposta motora Obedece comandos Localiza dor Retira à dor Flexão anormal Extensão anormal 6 5 4 3 2

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Page 1: Fichas Resumo APH - M100 e Apendices

P601 - ISOLAMENTO DE FLUÍDOS CORPORAIS (IFC)

Sempre utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI): óculos, máscara e luvas de procedimento. Lave as mãos freqüentemente e após atendimentos, utilizando sabão neutro e água por, no mínimo 15 segundos. CONTATO ENTRE FLUÍDOS E PELE ÍNTEGRA: lave a região com água e sabão neutro, tão logo seja possível. CONTATO ENTRE FLUÍDOS E PELE NÃO ÍNTEGRA E/OU MUCOSAS: reporte o acidente ao CBU e procure serviço médico para que seja realizada avaliação, inclusive da vítima, bem como tratamento profilático anti-HIV. P/ ATENDIMENTO DE VÍTIMAS PORTADORAS DE PATOLOGIAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA: utilize a máscara N95 e, se possível, coloque máscara na vítima. FARDAMENTO CONTAMINADO: deposite em saco branco para posterior lavagem, separadamente de outras peças. Caso seja inviável, descarte-o e reporte ao CBU, para reposição.

P613 - PRESUNÇÃO DE ÓBITO

O Bombeiro Militar pode constatar óbito, sem que se inicie as manobras de RCP, nos seguintes casos / situações extremas:1. Decapitação.2. Decomposição.3. Rigor mortis (endurecimento dos membros do cadáver).4. Livor mortis / livor hipostático: aparecimento de manchas no corpo em contato com a superfície.5. Secção de tronco com parada cardiorrespiratória.6. Esmagamento total do crânio com parada cardiorrespiratória.7. Carbonização.8. Paciente adulto sem pulso e apnéico, mesmo após permeabilização das vias aéreas, em ocorrências com múltiplas vítimas, onde não é possível atender todas elas.

* Em caso de mulher grávida, mesmo com lesão incompatível com a vida, com parada cardiorrespiratória testemunhada, deve-se iniciar a RCP e transportá-la ao hospital.

P611 - OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA

NA PRESENÇA DE PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA: a guarnição deve acatar suas orientações, desde que não contrariem o Protocolo de APH do Socorrista (ITO nº 23). EM CASO DE CONFLITOS: 1. Caso seja dada ordem pelo profissional de saúde que contrarie o protocolo, não podendo ser cumprida, solicite a intervenção do CBU / médico regulador.2. Anote os dados do profissional (nome completo, nº CRM / COREN / outros conselhos).3. Descreva o ocorrido no Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar (RAPH), incluindo os procedimento técnicos adotados pelo profissional.4. Faça uma relatório ao CBU, citando dados completos da ocorrência e de testemunhas.

P612 - RECUSA DE ATENDIMENTO

O socorrista deve levantar dados relativos à vítima antes que ela possa recusar formalmente o atendimento:1. Deve-se observar se o paciente está alerta, orientado e sem sinais que o impeçam de compreender sua decisão.2. Deve-se observar se os sinais vitais estão normais.3. Deve-se verificar se a vítima entende as conseqüências da recusa ou se oferece resistência ao atendimento.4. Deve-se verificar se o quadro é grave ou não. SE HÁ RECUSA, MAS A GUARNIÇÃO ENTENDE QUE DEVE HAVER O ATENDIMENTO: Tente convencer a vítima, contando com o auxílio de familiares / médico regulador / médico do paciente. Em último caso, solicite auxílio policial. SE NÃO HÁ LESÕES GRAVES, O MECANISMO DE LESÃO NÃO FOI SIGNIFICATIVO E HÁ RECUSA:1. Anote os dados do paciente e da ocorrência.2. Arrole 02 (duas) testemunhas e anote seus dados.3. Oriente a vítima quanto às conseqüências do não atendimento

APÊNDICE 02 - SINAIS VITAIS

Movimentos respiratórios por minuto (MRPM)Adulto Criança Bebê Neonato12 a 20 15 a 30 25 a 50 30 a 60

Pulso (Batimentos cardíacos por minuto - BCPM)Adulto Criança Bebê Neonato

60 a 100 70 a 150 100 a 160

Pressão arterial Adulto Criança/bebê

Sistólica (mm Hg) 110-140 80+2x idadeDiastólica (mm Hg) 60-90 2/3 sistólica

TemperaturaNormal 36,6° a 37,2° CFebre discreta 37,3° a 38,4° CFebre moderada 38,5° a 39° CFebre elevada 39,1° a 40,5° CHiperpirexia > 40,5° C

APÊNDICE 05 - ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) ADULTO

Variáveis EscoreAbertura ocular Espontânea

À vozÀ dorAusente

4321

Resposta verbal OrientadaConfusaPalavras desconexasSons ininteligíveisAusente

54321

Resposta motora Obedece comandosLocaliza dorRetira à dorFlexão anormalExtensão anormalAusente

654321

TCE leve TCE moderado TCE grave13 a 15 9 a 12 3 a 8

Page 2: Fichas Resumo APH - M100 e Apendices

APÊND. 06 - ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) PEDIÁTRICA

Variáveis EscoreAbertura ocular Espontânea

À vozÀ dorAusente

4321

Resposta verbal BalbucioChoro irritanteChoro a dorGemido a dorAusente

54321

Resposta motora Movimento espontâneoRetira ao toqueRetira à dorFlexão anormalExtensão anormalAusente

654321

TCE leve TCE moderado TCE grave13 a 15 9 a 12 3 a 8

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DE PACIENTE DETRAUMA SEM MDL SIGNIFICATIVO

Dimensionamento da cena Avaliação inicial Histórico e exame físico

Avaliação dirigida à queixa principal

Sinais vitais

SAMPUM

ECG e TS

Reavalie a decisão de transporte

Exame físico detalhado

Avaliação continuada

Comunicações e documentação

APÊNDICE 07 - TABELA DE TRAUMA SCORE (TS)

ValorPontos na

ECGPressão arterial

sistólicaFreqüência respiratória

4 13-15 > 89 10-293 9-12 76-89 > 292 6-8 50-75 6-91 4-5 1-49 1-50 3 0 0

Trauma leve Trauma moderado Trauma grave0 a 6 7 a 10 11 a 12

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DE PACIENTE DETRAUMA COM MDL SIGNIFICATIVO

Dimensionamento da cena Avaliação inicial Histórico e exame físico

Rápida avaliação física

Sinais vitais

SAMPUM

Reavalie a decisão de transporte

Exame físico detalhado

Avaliação continuada

Comunicações e documentação

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DE PACIENTE CLÍNICO RESPONSIVO

Dimensionamento da cena Avaliação inicial Histórico e exame físico

Histórico da doença

SAMPUM

Avaliação dirigida à queixa principal

Sinais vitais

ECG e TS

Reavalie a decisão de transporte

Avaliação continuada

Comunicações e documentação

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DE PACIENTE CLÍNICO IRRESPONSIVO

Dimensionamento da cena Avaliação inicial Histórico e exame físico

Rápida avaliação física

Sinais vitais

SAMPUM

Reavalie a decisão de transporte

Avaliação continuada

Comunicações e documentação

Page 3: Fichas Resumo APH - M100 e Apendices

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTEDIMENSIONAMENTO DA CENA

1. Providencie o Isolamento dos Fluídos Corporais (IFC) (P601).2. Mantenha / torne a cena segura.3. Descubra a Natureza da Doença (NDD) ou o Mecanismo da Lesão (MDL): Verifique o motivo pelo qual o CBMMG foi acionado ou inspecione a cena sobre qual é o MDL; Determine o nº total de pacientes e solicite recursos adicionais, inclusive Suporte Avançado de Vida (SAV), se necessário. Inicie a triagem, se for o caso; Proceda à avaliação inicial.

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTEEXAME FÍSICO DETALHADO

O exame físico detalhado é feito para reunir informações adicionais e pode ser realizado a caminho do hospital. Avalie cabeça, face, ouvidos, pescoço, tórax, abdome, pelve, extremidades e região posterior do corpo procurando por DCAP-QELS:Deformidade QueimaduraContusão EdemaAbrasão LaceraçãoPunção/ Penetração Sensibilidade Avalie as 04 extremidades conferindo pulso distal, sensibilidade, motricidade e perfusão capilar. Nos casos de paciente de trauma com MDL significativo e paciente clínico irresponsivo a classificação na ECG e TS é feita durante o exame físico detalhado.

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTEAVALIAÇÃO INICIAL

1. Forme uma impressão geral do paciente (MDL/NDD, idade, sexo, queixa principal, etc.)2. Avalie o nível de consciência: AVDN = Alerta; Responde a estímulo Verbal; Responde a estímulo Doloroso; Não responde.3. Avalie as vias aéreas do paciente: SE RESPONSIVO: avalie se a respiração é adequada. SE IRRESPONSIVO: abra as vias aéreas (head-tilt chin-lift / jaw thrust / chin lift); retire objetos e próteses que possam vir a obstruir as vias aéreas; aspire as vias aéreas, se necessário; insira cânula orofaríngea (se ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito).4. Avalie a respiração do paciente (profundidade, freqüência, esforço, bilateralidade). Se inadequada, auxilie a respiração. Se não respira, inicie o SBV (módulo 200).5. Avalie a circulação do paciente: pulso, hemorragias e perfusão capilar. Se não tem pulso, inicie o SBV (módulo 200).6. Identifique a prioridade do paciente (Load and Go).

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTEHISTÓRICO E EXAME FÍSICO

Siga os fluxogramas do Módulo 100, para cada tipo de paciente (trauma com MDL significativo, sem MDL significativo, clínico responsivo, clínico irresponsivo), sendo que: A avaliação rápida deve durar no máximo 90 segundos. Nos casos de paciente clínico responsivo avalie OPQRST:Origem (onde está o problema);Provocado por...Qualidade(ir)RadiaçãoSeveridadeTempo* O tempo total de cena deve ser de no máximo 10 minutos! Exceção para vítimas em local de difícil acesso e ordem contrária da regulação médica.

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTEAVALIAÇÃO CONTINUADA

1. Repita a avaliação inicial, sendo 1 vez a cada 15 minutos para pacientes estáveis e no mínimo 1 vez a cada 5 minutos para pacientes instáveis. Reavalie:- Estado mental;- Vias aéreas pérvias;- Qualidade e freqüência da respiração e do pulso;- Cor e temperatura da pele;- Pressão arterial;- Oximetria.2. Repita o histórico e exame físico referentes às queixas e lesões do paciente.3. Cheque intervenções: confira o fornecimento de oxigênio e ventilação; confira o controle de hemorragias; etc.

MÓDULO 100 - AVALIAÇÃO DO PACIENTECOMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

1. COMUNICAÇÃO C/ A REGULAÇÃO MÉDICA: ao chegar à cena, repasse à regulação médica / COBOM / SOU: - A situação geral da ocorrência;- Quantidade e condição das vítimas;- Necessidade de apoio, inclusive de SAV;- Necessidade de acionamento dos hospitais de referência;- Dados do paciente (dados pessoais, FR, FC, PAS, PAD, ECG, TS, oximetria de pulso, etc.)2. COMUNICAÇÃO VERBAL: ao chegar ao hospital, repasse a situação à equipe médica (condição do paciente, queixa principal, condutas adotadas na cena, dados vitais, etc.)3. RELATÓRIO DE APH/REDS: ao chegar ao quartel, a GuBM deve confeccionar o Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar (RAPH) com os dados colhidos / observados na ocorrência e proceder ao encaminhamento conforme a Diretriz Integrada de Ações e Operações de Defesa Social (DIAO).

Page 4: Fichas Resumo APH - M100 e Apendices

FAIXAS ETÁRIAS SEGUNDO A AHA E MÓDULO 200 DA ITO23

Faixa etáriaNeonato Entre 0 e 28 diasBebê / Lactente Entre 29 dias e 1 anoCriança Entre 1 e 8 anosAdulto Acima de 8 anos

* Para fins de SBV, no entanto, a faixa etária da criança é de 1 ano até a puberdade e do adulto da puberdade em diante. As demais faixas etárias permanecem inalteradas.

* Para atendimento a paciente pediátrico (avaliação do paciente - P606), a ITO23 segue a classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente, no qual a faixa etária da criança é de 0 a 12 anos incompletos e a do adolescente é de 12 a 18 anos incompletos. Mas para fins de SBV, utiliza-se as classificações da American Heart Association (AHA).

SIGLAS UTILIZADAS NO APH

AVC / AVE - Acidente Vascular Cerebral / EncefálicoBVM - Bolsa Válvula MáscaraFC / FR - Freqüência cardíaca / Freqüência respiratóriaPAS / PAD - Pressão arterial sistólica / pressão arterial diastólicaPR / PCR - Parada respiratória / Parada CardiorrespiratóriaRCP - Ressuscitação CardiopulmonarSAMPUM - Sinais e sintomas; Alergias; Medicamentos; Problemas / passado médico; Última alimentação oral; Mecanismo da lesão (MDL) / Natura da doença (NDD).SBV / SAV - Suporte Básico de Vida / Suporte Avançado de VidaTCE - Trauma Crânio EncefálicoVNR - Válvula de não reinalação