fichamento caso airbusa3xx 2016.1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Fichamento de Estudo de Caso Reginaldo Batista de Almeida Gerenc iamento de Projetos Complexos Tutor: Prof. Mestre Rafael Dias Medeiros Rio de Janeiro Maio de 2016 Estudo de Caso : Airbus A3XX :Desenvolvendo O Maior Jato Comercial Do Mundo. 1

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Page 1: Fichamento Caso AirbusA3XX 2016.1

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁMBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso

Reginaldo Batista de Almeida

Gerenciamento de Projetos Complexos Tutor: Prof. Mestre Rafael Dias Medeiros

Rio de JaneiroMaio de 2016

Estudo de Caso : Airbus A3XX :Desenvolvendo O Maior Jato Comercial Do Mundo.

REFERÊNCIA: Esty, Benjamin C. Kane, Michael. Estudo do caso Airbus A3xxDesenvolvendo O Maior Jato Comercial Do Mundo. 26 de Abril de 2006.

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Em junho de 2000, o conselho de Administração da Airbus Industrie aprovou uma

autorização de oferta para o A3XX, uma proposta de jato superjumbo que acomodaria de 550

a 990 passageiros, teria um preço de US$ 216 milhões e cujo desenvolvimento custaria US$

13 bilhões. Era de expectativa da empresa garantir pedidos de 50 jatos pelas operadoras

aéreas. no mesmo mês e ano, a Air France, a Emirates Airlines e a International Lease

Finance, encomendaram dez, sete e cinco jatos respectivamente, sendo este evento anunciado

no Air-Show bienal de Farnborough, na Inglaterra. Este acontecimento foi inesperado por

parte da companhia.

A Boeing, principal concorrente e líder da área de fabricação de aeronaves na época, liderava

o setor com diversas aeronaves distribuídas no mundo. A empresa já tinha um jato, categoria

jumbo, que comportava 450 passageiros, era o 747. Este jato quase causou a falência da

Boeing, que apesar do otimismo em seu lançamento ao ver vários pedidos iniciais de venda,

não conseguir atingir as expectativas finais. As ações da empresa começaram a subir e saltou

5,1%, e já tinham 25 pedidos encomendas quando se comprometeu a construir o 747. A

fabricação e entrega foram atrasadas diversas vezes, e comprometeu a empresa, que quase

teve que pagar multas por entregas atrasadas, e alem disso não recebeu as significativas

últimas prestações até as entregas serem feitas. Privada de um adequado fluxo de caixa, a

Boeing viu-se com uma seria falta de fundos, embora obrigada a financiar um enorme

inventario de 747 parcialmente construídos.

A Boeing Company com sua produção alavancada na segunda guerra mundial tinha na época

seu faturamento representado por 2/3 com as aeronaves comerciais, a demanda era muito alta

o que fazia com que a empresa de fato crescesse e se tornasse boa no que produzia e

comercializava. A frota da Boeing era composta por 14 modelos, com suas divisões em Cinco

famílias de aeronaves com tecnologias variáveis.

A Airbus Industrie começou como um consórcio europeu para competir com companhias

americanas como Boeing, McDonnell Douglas e Lockheed8 . A companhia foi fundada em 18

de dezembro de 1970 em uma iniciativa dos governos do Reino Unido, França e Alemanha,

suas primeiras acionistas foram a francesa Aérospatiale com 36,5%, a alemã Deutsche Airbus

também com 36,5%, a britânica Hawker Siddeley com 20% e a neerlandesa Fokker com 7%,

o nome foi escolhido porque o termo airbus era utilizado na década de 1960 para aviões de

passageiros na Europa. Fundada em 1970 a Airbus como um negócio consorciado entre as

principais companhias aeroespaciais da Alemanha. Tinha sua sede em Toulouse, na França. A

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união consorciada dessas grandes potencias, visava com a combinação de seus recursos e

tecnologias a produção de uma linha mais competitiva para o mercado aero comercial. Desde

o início a Airbus tinha conquistado a reputação de uma empresa inovadora, seu primeiro

avião, o A300 serviu de modelo para os demais e em 1999 a empresa já tinha uma frota com

nove modelos e uma cartela com 171 operadoras e aproximadamente pedidos de 1445 aviões.

A primeira aeronave da companhia foi o Airbus 300, com o desenvolvimento dividido para

Aérospatiale com o cockpit, controles de voo e a parte central inferior da fuselagem, a

Deutsche Airbus coma fuselagem central e traseira, a Fokker com os flaps e spoilers, a

aeronave fez o seu primeiro vôo em 1972.

A Airbus começou a explorar a possibilidade de criar um jato jumbo em 1990. Inicialmente, a

Boeing e a Airbus colaboraram num estudo de viabilidade para o avião, mas a Boeing se

retirou em 1995, porque o projeto era muito caro e arriscado, dada a incerteza de demanda. A

Airbus persistiu no projeto e em 199 finalizou o projeto básico. A proposta era uma família de

aeronaves com modelos para cargas e também para passageiros. Realizando um comparativo

entre o projeto dos 747 e o A3XX o projeto do A3XX possuía mais espaço por assento e os

corredores seriam mais largos possibilitando assim um melhor conforto para a locomoção dos

passageiros dentro da aeronave, especialmente em viagens internacionais que tem duração

bem maior do que os voos interestaduais. A Airbus seguiu com o desenvolvimento e

finalizou o projeto básico em 1999. Ela se propôs a oferecer uma família de aeronaves com

modelos de passageiros e de carga. O Primeiro comportaria 550 passageiros na configuração

padrão de três classes.

Como grandes jatos normalmente levavam anos tanto para sua projeção como também no

desenvolvimento, os investimentos imediatos são necessários, as projeções de demanda eram

visualizadas por aproximadamente 20 anos para os grandes jatos comerciais. Em 2000 foi

visualizada um aumento considerável na demanda de transportes aéreos, a visão era que até o

ano de 2019 com crescimento anual de 4,9%( acredito que foi uma visão bem otimista para a

época).

Preço de corte não é uma solução, pois só pode desviar as vendas e, as margens também

reduziriam. Desenvolver um novo projeto vai exigir custos de desenvolvimento consideráveis.

O mercado para esses planos não é suficiente para sustentar e ganhar VPL positivo para 2

jogadores no segmento. Desenvolver uma versão maior daria o número de lugares

necessários, mas não será capaz de igualar a tecnologia mais nova, estilo, conforto e eficiência

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operacional trazidos pelos aviões da Airbus. Então, a melhor opção seria a de manter o

estatuto e capitalizar sobre seus produtos existentes.

Portanto, concluímos que investimentos muito altos são riscos muito altos, e um projeto desta

complexidade mal organizado ou até mesmo com uma gestão um pouco deficitária levaria

todo o projeto e seus investidores a ruína. Mas grandes investimentos também chamam

grandes retornos e assim vive os negócios. Quando a Airbus começou a receber os pedidos ela

tinha sim uma decisão crítica, 50 ou 100 pedidos não é garantia que o projeto ia ser próspero,

esse pensamento é mais defendido ainda pelo fato de normalmente as empresas terem

descontos no primeiro lote e também que o valor por produto é alto e também o fato do

mercado naquela época já está bastante dinâmico e o produto demoraria ainda anos para ser

entregue. No comentário do observador no final do texto verificamos a mais pura verdade.

“Nesse negócio, você tem que colocar a companhia em risco a cada três ou quatro anos”.

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