ficha técnica - biblioteca digital do ipg: página...

92

Upload: lykhanh

Post on 03-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,
Page 2: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

I

Ficha Técnica

Discente: Anabela Ribeiro dos Santos Fernandes

Nº de matrícula: 5006857

Estabelecimento de ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Licenciatura: Comunicação e Relações Públicas

Docente Orientador: Regina Gouveia

Local de estágio: SIC – Sociedade Independente de Comunicação

Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro

Nº 50, 6300 - 559 Guarda

Telefone: 271230046

Orientador do estágio na Organização: Madalena Ferreira

Duração: 3 meses

Início: 11 de julho de 2012

Conclusão: 11 de outubro 2012

Page 3: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

II

Agradecimentos

À equipa da SIC na Guarda, pelo importante contributo formativo, conhecimento e

experiência, e pelas amizades criadas.

A todos os docentes da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, por

terem sido fundamentais na minha vida académica e pessoal. Particularmente, à minha

orientadora, Professora Regina Gouveia, que me acompanhou e orientou enquanto

estagiária, e ao Professor Carlos Canelas, pela preocupação e disponibilidade.

MUITO OBRIGADA!

Page 4: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

III

Resumo

Este relatório é relativo ao estágio realizado na Delegação da SIC na Guarda, no âmbito

da licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, da Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. Decorreu ao longo de três

meses, de 11 de julho a 11 de outubro de 2012.

O estágio permitiu desenvolver, aplicar e consolidar conhecimentos e competências na

área do jornalismo televisivo de proximidade, nomeadamente, no âmbito da captação e

edição de imagem, através do programa EDIUS. Participar, ou observar, as diferentes

fases do trabalho jornalístico, desde a preparação, à recolha de imagens e à montagem e

edição das peças, obrigou à realização de pesquisas sobre conteúdos teóricos e técnicos,

necessários à compreensão dos processos.

A estrutura deste relatório comporta dois capítulos: um primeiro de enquadramento, ao

nível da televisão de proximidade e à entidade que me acolheu como estagiária; um

segundo centrado no estágio propriamente dito, apresentando as atividades

desenvolvidas. Termina com uma reflexão final, em que exponho algumas sugestões

relativamente às condições proporcionadas aos estagiários.

Palavras-chave: Jornalismo Televisivo; televisão de proximidade; captação de

imagem; reportagem noticiosa; comunicação de massas.

Page 5: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

III

Índice Geral

Introdução ..................................................................................................................... 1

Capítulo 1 - Enquadramento ..................................................................................... 3

1.1. Televisão de Proximidade ...................................................................................... 4

1.2. A SIC – Sociedade Independente de Comunicação ............................................... 5

1.2.1. Historial ........................................................................................................ 7

1.2.2. Missão, Valores e Visão ............................................................................... 7

1.2.3. Estrutura Orgânica ........................................................................................ 8

1.2.4. Imagem Corporativa ..................................................................................... 9

1.2.5. Perfil de audiência ...................................................................................... 12

1.2.6. Outros canais SIC ....................................................................................... 13

1.2.7. Entidades associadas ................................................................................... 16

1.3. Espaços e Equipamentos ...................................................................................... 17

1.4. A Delegação da SIC na Guarda ........................................................................... 19

1.4.1. Análise SWOT ............................................................................................ 20

Capítulo 2 - Estágio ................................................................................................... 23

2.1. Jornalismo Televisivo .......................................................................................... 24

2.1.1. Captação de imagem ................................................................................. 24

2.1.2. Géneros Jornalísticos ................................................................................ 28

2.2. Atividades desenvolvidas .................................................................................... 29

2.2.1. Ética e metodologia de trabalho................................................................ 31

2.2.2. Reportagens de curta duração ................................................................... 33

2.2.3. Grande Reportagem .................................................................................. 37

2.2.4. Projeto ....................................................................................................... 37

Reflexão Final ............................................................................................................. 39

Bibliografia ................................................................................................................. 41

Sitiografia .................................................................................................................... 42

Page 6: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

III

Page 7: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

IV

Índice de Figuras

Figura 1 – Organograma da SIC ...................................................................................... 8

Figura 2 – Gráfico de share de audiências em Agosto de 2012 .................................... 12

Figura 3 – Gráfico de perfil de audiências da SIC em 2011.......................................... 13

Figura 4 – Foto da Delegação da SIC na Guarda ........................................................... 19

Figura 5 – Foto da sala de Edição de Vídeos ................................................................. 20

Figura 6 – Foto da sala de Diretos da delegação da SIC na Guarda............................... 20

Figura 7 – Sala de Diretos da Delegação da SIC na Covilhã ......................................... 20

Figura 8 – Representação esquemática dos planos de captação de imagem .................. 27

Índice de Quadros

Quadro 1 – Evolução do Logótipo da SIC ..................................................................... 11

Quadro 2 – Evolução do Logótipo da SIC Radical ........................................................ 15

Quadro 3 – Análise Swot da Delegação da SIC na Guarda............................................ 21

Quadro 4 – Cronogramas das atividades desenvolvidas ................................................ 29

Quadro 5 – Divisão das notícias por temas e caracterização das mesmas segundo os

critérios de noticiabilidade.............................................................................................. 35

Page 8: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

1

Introdução

O presente relatório surge na fase de conclusão da licenciatura em Comunicação e

Relações Públicas, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do

Instituto Politécnico da Guarda. Representa, por isso, o culminar de três anos de

aprendizagem.

Como registo de um primeiro contacto com a realidade profissional na área do

jornalismo televisivo, no formato de estágio curricular, este documento deverá permitir

a avaliação do trabalho realizado enquanto estagiária, efetuar a ligação entre a prática e

a teoria e relacionar objetivos, meios e ações das atividades desenvolvidas com os

resultados.

A delegação da SIC na cidade da Guarda foi a entidade que escolhi para realizar o

estágio. O desejo de descobrir este mundo que tanto me fascinava, aliado à

proximidade, justificou tal opção.

Durante o estágio naquela Delegação, tive a oportunidade de compreender e consolidar

técnicas, ferramentas e formas de atuação na área jornalística, nomeadamente: o direto,

falso direto, talking head1 e grande reportagem. A familiarização com o papel do

repórter de imagem, com a câmara e o programa de edição EDIUS possibilitou uma

aprendizagem ainda mais completa. Ademais, o acompanhamento da equipa

possibilitou a aquisição de conhecimentos técnicos que permitiram a produção de uma

peça de televisão, que retrata o trabalho feito pela jornalista e pelo repórter de imagem.

De acordo com o Regulamento em vigor2, este relatório está dividido em dois capítulos

distintos: o primeiro pretende ser de enquadramento, ao nível da televisão de

proximidade e da entidade que me acolheu como estagiária; o segundo capítulo centra-

se no estágio propriamente dito.

1 Na impossibilidade de ter boas imagens ou quando não é permitido filmar num dado local, apenas se

gravam pequenos testemunhos (informação cedida pela jornalista, Madalena Ferreira).

2 Regulamento de Estágio/Projeto da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto

Politécnico da Guarda, aprovado pelo Conselho Técnico- Científico em 20 de outubro de 2010.

Page 9: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

2

No âmbito da televisão de proximidade, saliento a importância dos órgãos de

comunicação social de âmbito local e regional. Já na caraterização organizacional,

apresento sucintamente o historial da SIC, a estrutura orgânica, a missão, os valores e a

visão, bem como a imagem corporativa, os canais e empresas associadas, os espaços e

equipamentos da sede, em contraponto com a realidade das delegações. Termino com

uma análise SWOT, básica, da delegação da SIC na Guarda.

No segundo capítulo, a apresentação dos conteúdos do estágio é antecedida do devido

enquadramento teórico ao nível de conceitos do jornalismo televisivo e da captação de

imagem, por terem sido fundamentais no desenvolvimento e observação de atividades

práticas. Relaciono ainda essas atividades com os critérios de noticiabilidade apontados

por alguns autores.

A pesquisa documental, baseada em livros e sítios como fontes, foi a principal

metodologia de investigação que adotei ao longo do estágio, para clarificação e

aprofundamento de termos técnicos, e durante a elaboração deste relatório,

nomeadamente na área da televisão de proximidade e dos critérios de noticiabilidade

com que relaciono as reportagens em cuja produção participei.

Page 10: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

3

Capítulo I

Enquadramento

Page 11: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

4

A delegação da SIC na Guarda foi a entidade que me acolheu como estagiária. A

Guarda, sendo uma cidade do Interior, necessita sobremaneira de meios e ações que a

abram ao exterior e promovam o seu desenvolvimento. Como salienta o jornalista da

SIC Pedro Coelho, na obra A TV de Proximidade e os Novos Desafios do Espaço

Público (2005), a televisão de proximidade assenta na ideia de que a comunidade não

passa apenas pelas caraterísticas particulares do espaço público, de menor dimensão e,

por isso, porventura mais coeso e forte, mas, também, pela partilha de interesses.

1.1. Televisão de Proximidade

Os meios de comunicação social abrangem toda a humanidade, difundindo mensagens à

escala global e alterando a opinião pública, aumentando as discussões e o debate.

Contudo, a relação que estabelecem com o público é apenas formal, um meio para

atingir um fim: as audiências que pretendem conquistar. A maximização do lucro, e das

audiências, está, também, por detrás da criação dos grandes impérios empresarias

mediáticos transnacionais (Coelho, 2005: 72).

Com a transnacionalização dos meios de comunicação social, o Estado vai perdendo

prioridade e, por consequência, a influência na sua gestão, acabando, porém, por

ficarem reféns do mercado. Aproveitando o mesmo contexto, mas num sentido

contrário, os media locais vão-se desenvolvendo, intentando criar e aumentar a sua

ligação às comunidades.

Ainda assim, como refere Pedro Coelho, o movimento de interação social que permite a

progressão da comunidade não tem sido suficientemente motivado em Portugal,

sobretudo no interior (2005: 139). Por outro lado, o subdesenvolvimento do Interior

leva ao despovoamento e ao abandono dos campos, gerando marginalidade social e

económica, e nenhuma política nacional foi capaz de inverter esta situação. As

assimetrias regionais entre o Interior e o Litoral do país aumentam. O Alentejo, a Beira

Interior e Trás-os-Montes destacam-se como territórios excluídos.

Os meios de comunicação social regionais e locais são considerados meios de

comunicação social de proximidade, uma vez que são compartilhadas experiências

entre os meios e os destinatários. Segundo Moragas, entende-se por meios de

Page 12: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

5

comunicação social de proximidade todos os que se dirigem a uma comunidade humana

de tamanho médio ou pequeno, delimitada territorialmente, com conteúdos relativos à

sua experiência quotidiana, às suas preocupações e aos seus problemas, ao seu

património linguístico, artístico e cultural e à sua memória histórica (2000: 26).

Pedro Coelho defende a necessidade dos meios de comunicação social de proximidade

nas regiões mais pobres, para assim dinamizar esse espaço público. Uma comunidade

regional, ou local, evolui e recria-se por ação da comunicação, projetando-se para o

exterior, promovendo a comunicação e reforçando a sua identidade.

Para o mesmo autor e jornalista, é necessária uma televisão que se adapte à cultura e à

estrutura económica de cada região. A televisão de proximidade poderia quebrar o ciclo

depressivo das regiões pobres, ou em desenvolvimento, sobretudo por ser um elemento

de fomento regional e um agente impulsionador da identidade, sendo também um

agente cultural, político e económico. É preciso que exista uma televisão que sirva os

cidadãos, contribuindo para a sua cidadania e, em simultâneo, para a sua progressão

social (Coelho, 2005: 203).

Em suma, a televisão (anexo I) de proximidade, elo de ligação dos membros da

comunidade, meio de fortalecimento da identidade, potenciador da atividade local e

palco de debate e discussão, deve ser considerada como um motor de progresso para

cada região.

A SIC, o primeiro canal independente de televisão em Portugal, criado em 1992, tem

vindo a afirmar-se no mercado, nomeadamente, através da criação de várias delegações

regionais, num total de catorze3, de que a da Guarda é exemplo, com o objetivo de

conseguir uma relação de proximidade com os seus telespectadores.

1.2. A SIC – Sociedade Independente de Comunicação

A SIC é atualmente um universo televisivo, de que fazem parte vários canais e que

ganhou relevância no meio audiovisual português. A sua dimensão atual foi o resultado

3 Informação cedida pela jornalista, Madalena Ferreira.

Page 13: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

6

de um percurso já longo, cuja história só é possível traçar neste relatório de forma muito

sinóptica.

1.2.1 Historial

Francisco Pinto Balsemão cria em 1972 a Sojornal/Expresso, com o sonho de

«combater a censura e conceber um semanário de qualidade». Este foi o ponto de

partida para a criação do grupo de comunicação social IMPRESA.

Em abril de 1988, é constituída a Controljornal, a empresa Holding de todo o grupo de

comunicação social chefiado por Francisco Pinto Balsemão.

Um empreendimento conjunto com o grupo brasileiro concretiza-se em abril de 1989,

originando a primeira revista de negócios em Portugal, a Exame, que marca a entrada do

Grupo na área das revistas.

O capital social da Controljornal expande-se a investidores externos em março de 1991,

gerando uma super holding – a IMPRESA - uma das acionistas fundadoras da SIC,

Sociedade Independente de Comunicação.

Em outubro de 1992, arrancam as emissões da SIC, o primeiro canal de televisão

privado em Portugal. A SIC torna-se líder das audiências em 1995, devido à aposta em

programas de informação, entretenimento, documentários e programas de ficção (anexo

II).

Procurando a inovação, a SIC integra em 2000 o universo dos canais por cabo e, em

2007, entra em plena era digital, realidades que ainda marcam o seu presente e a sua

missão4.

4 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Page 14: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

7

1.2.2. Missão, Valores e Visão

A missão deve responder ao que a organização se propõe fazer e para quem orienta a

sua atividade, ou seja, é a razão pela qual a organização existe ou foi criada e sobre a

função ou tarefa fundamental que dela se espera (Daychoum, 2007: 35).

A informação institucional disponível no sítio da SIC permite concluir que a sua

missão, ainda que não se encontre formulada, reside em fornecer uma informação

inovadora, verdadeira e de qualidade ao seu público. Além da qualidade, verdade e

inovação, a sua atividade baseia-se num conjunto de outros valores.

Os valores são princípios ou crenças que servem de ajuda à organização no exercício

das suas responsabilidades, guiando comportamentos, atitudes e decisões. Segundo

Gagliardi (1986), o surgimento e a consolidação de um sistema de valores resultam da

complexidade e distribuição diferenciada de informações e poder dentro da própria

estrutura.

Criatividade, humor e surpresas; credibilidade, verdade absoluta e solidez na

informação; qualidade, perfecionismo e qualidade de entretenimento; modernidade,

abertura a novas tendências; diversidade, variedade de programas; dinamismo em todos

os valores; proximidade, simpatia e boa disposição para que o público se sinta próximo,

são os valores que norteiam a SIC, determinando o seu agir presente e a sua visão para o

futuro5.

O modo como a SIC tem vindo a desenvolver a sua missão, sustentada nos valores

definidos, e dado o contexto em que atua, permite depreender que tenha como visão

tornar-se líder de audiências, ainda que não a tenha também encontrado explicitamente

formulada. Entende-se por visão o que proporciona à organização [logo, à SIC] um

sentido e uma orientação consistente ao futuro (Daychoum, 2007: 35).

5 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Page 15: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

8

1.2.3. Estrutura Orgânica

Para que uma organização funcione corretamente, prosseguindo a sua missão, é

necessário que as tarefas sejam divididas, coordenadas e organizadas. A gestão das

tarefas tem por base a estrutura orgânica ou organizacional, definida genericamente

como os padrões de trabalho e disposições hierárquicas que servem para controlar ou

distinguir as partes que compõem uma organização (Buono, 2004: 167).

A estrutura orgânica da SIC, ao nível da gestão de topo, encontra-se esquematizada no

organograma respetivo (Figura 1). Tal como o nome indica, o organograma é o gráfico

que representa a organização formal de uma empresa, ou seja, a sua estrutura

organizacional (Marques, 2003: 301).

Estrutura Orgânica

Conselho de

Administração

Assembleia Geral

Presidente

Presidente

Dr. Francisco José

Pereira Pinto Balsemão Dr. Luis Sáragga Leal

Vice-Presidente

Vice-Presidente

Dr. Pedro Norton

Dr. José Manuel

Pessoa de Amorim

Durão

Vogais

Secretário

Dr. José Alberto Belém

de Bastos e Silva

Dr. Vasco Marques

Correia

Dr. Rogério Paulo de

Saldanha Pereira Vieira

Eng.º Francisco Maria

Supico Pinto Balsemão

Eng.º José Manuel

Gonçalves Pereira

Dr. Luís Marques

Figura 1 - Organograma da SIC

Fonte: Elaborado pela estagiária

Page 16: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

9

Como se observa no organograma, os órgãos de gestão de topo da SIC são o Conselho

de Administração e a Assembleia Geral.

Integra o Conselho de Administração o Dr. Francisco José Pereira Pinto Balsemão,

como presidente, e o Dr. Pedro Norton, como vice-presidente. O Dr. José Alberto

Belém de Bastos e Silva, o Dr. Rogério Paulo de Saldanha Pereira Vieira, o Eng.º

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão, o Eng.º José Manuel Gonçalves Pereira e o Dr.

Luís Marques são os vogais do Conselho de Administração. Cabe a este Conselho

supervisionar as atividades da organização.

O Dr. Luis Sáragga Leal é o presidente da Assembleia Geral, tendo como vice-

presidente o Dr. José Manuel Pessoa de Amorim Durão e secretário o Dr. Vasco

Marques Correia. Este é o órgão que delibera sobre as políticas a seguir, nomeadamente,

no âmbito da imagem corporativa e da comunicação.

1.2.4. Imagem Corporativa

Um dos grandes desafios para as organizações consiste em compatibilizar a sua

identidade com a sua visibilidade. A visibilidade compreende o conjunto de

manifestações externas que tornam uma empresa visível e percetível aos olhos e

sentimentos da opinião pública. Uma boa imagem não é definitiva, evolui com o tempo,

e também não é universal, variando em função do público.

A imagem da empresa depende daquilo que é e do que parece ser. Uma imagem positiva

é criada a partir da forma como a empresa enfrenta as crises e da transparência que

demonstra quando é necessário.

Segundo Villafañe (1998: 56), a imagem corporativa ou institucional é o resultado do

conjunto de imagens integradas que a empresa projeta para o exterior e que ficam na

mente dos públicos com os quais a empresa se relaciona. Já para Joan Costa, a imagem

de empresa é a representação mental, no imaginário coletivo, de um conjunto de

atributos e valores que funcionam como um estereótipo e determinam a conduta e

opiniões desta coletividade (2001: 58).

A imagem corporativa ou institucional é influenciada por vários elementos: o humano, o

físico, o material, o psicossociológico, o de qualidade e o da identidade visual.

Page 17: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

10

O elemento humano engloba todas as pessoas que integram a organização e as suas

relações interpessoais com outros indivíduos no interior ou exterior da mesma. Os

colaboradores são um dos elementos mais preciosos na construção da imagem da

empresa e, quando convenientemente envolvidos nos projetos, podem ser o melhor

espelho da empresa face à opinião pública.

O elemento físico inclui o património visível e percetível pelos outros, incluindo as

instalações, assim como, todo o equipamento, maquinaria e mobiliário. Este elemento

está diretamente relacionado com a forma como os colaboradores se sentem no seu local

de trabalho. O espaço de atendimento ao público, a receção e as salas de reuniões

constituem uma primeira imagem da empresa.

O elemento psicossociológico é fundamental para a formação e consolidação da

imagem da empresa, pois influencia e determina a opinião pública. As políticas de

recrutamento e de formação assumem uma importância vital na edificação da imagem

da empresa.

O elemento qualidade reside na associação entre as características técnicas e

psicológicas, que permitem ao público classificar diretamente a empresa e formar a sua

opinião quanto aos seus produtos e serviços. A prestação de um bom serviço ou a

produção de um bem de qualidade são cruciais para a formação de uma imagem

favorável da empresa. Se a qualidade percecionada for duvidosa, dificilmente se criará e

manterá uma imagem empresarial saudável na comunidade onde se insere.

A identidade visual engloba os elementos que direta ou indiretamente identificam a

organização, sendo os mais básicos o nome, o logótipo e o slogan.

A marca de um produto ou o nome de uma empresa tem de ser um fator de rápida

identificação, pelo que a sua construção é um processo complexo. Os nomes de

empresa, ou corporativos, podem ser de vários tipos: nome individual, normalmente

referente ao fundador da empresa, podendo ser acoplado com outros nomes (exemplo:

João Russo & Filhos); associação de nomes em função das pessoas que integram a

sociedade inicialmente constituída (exemplo: Viúva Monteiro); nome descritivo, onde a

atividade da empresa é logo deduzida (exemplo: Air France); nome abreviado, de que

são exemplos as siglas como SIC; nome fabricado, mais usual em marcas que se

impõem como nomes de produto (exemplo: Kodak); e nome por analogia, onde se

Page 18: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

11

consideram aspetos ou atributos semelhantes entre coisas associadas (exemplo: Jaguar).

Os nomes podem mudar ao longo da vida de uma empresa, por várias razões (Lampreia,

1998).

O logótipo simples (logo) corresponde ao nome da empresa, do produto ou do serviço

desenhado e colorido de forma única e específica. Um bom logótipo deve ser de fácil

perceção, de grande clareza e rapidamente associado à marca e ao produto, podendo ser

constituído pelos seguintes elementos: nome, código gráfico, isto é, tipo de letra, cores e

símbolo. O logótipo da SIC foi inicialmente desenvolvido por Hans Donner da TV

Globo, tendo vindo a evoluir ao longo dos anos.

Quadro 1 – Evolução do Logótipo da SIC

De 1992 a 1998

De 1998 a 2002

De 2002 a 2006

2007

2008

Atual

Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012)

As cores predominantes do logótipo da SIC são o branco, o azul, o vermelho, o laranja e

o amarelo. O branco remete-nos para a paz, a sinceridade, a pureza e a verdade. O

Page 19: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

12

branco traz todas as cores, ilumina e transforma, estimulando a humildade, a limpeza e a

claridade. O azul é a cor do espírito e do pensamento, simboliza a lealdade, a fidelidade

e a personalidade; favorece as atividades intelectuais e a meditação; é a cor do bem-

estar e do raciocínio lógico. O vermelho fortalece o corpo e dá mais energia física, força

de vontade, conquista, liderança e senso de autoestima. O laranja é a cor do sucesso, da

agilidade mental, da prosperidade, da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da

segurança e da confiança. O amarelo expressa leveza, descontração, otimismo;

simboliza criatividade, jovialidade e alegria. Todas estas cores simbolizam,

prioritariamente, os valores que a SIC quer transmitir ao público telespectador. Com

uma forte comunicação visual, sustentada pela sua tridimensionalidade, o logótipo da

SIC pretende sobretudo transmitir criatividade, movimento e dinamismo6.

O slogan é uma espécie de grito de guerra destinado a incentivar os guerreiros ao ataque

e à vitória. Transformado num estímulo à compra, o slogan é uma frase curta, positiva,

clara, concisa e de fácil memorização, que permite uma relação rápida com o produto ou

com a empresa. Os logótipos da SIC são reforçados, desde o ano 2002, por um slogan

que tem vindo a acompanhar as suas estratégias de marketing e comunicação: «Veja

com os seus próprios olhos» ► «Mais do que uma televisão» ► Estamos juntos!» ►

«Crescemos juntos!».

Para além destes elementos básicos, a SIC possui ainda um hino. Com letra de Carlos

Paulo Simões e música de Zé da Ponte, o hino da SIC (anexo III) assinalou o início das

emissões no dia 6 de outubro de 1992.

1.2.5. Perfil de audiência

Desde a data em que iniciou as suas emissões, a SIC tem

procurado conquistar audiências, visando tornar-se líder

entre os canais generalistas de sinal aberto, em

conformidade com a sua visão.

6 Fontes: http://www.significadodascores.com.br/ http://vilamulher.terra.com.br/as-cores-e-os-seus-

significados12-1-3209-17.html (acedido em 23 outubro de 2012)

Figura 2 – Gráfico do share de

audiências em Agosto de 2012

Fonte:http://www.marktest.com/

wap/a/n/id~1a21.aspx

Page 20: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

13

Segundo os dados da Marktest, relativos ao mês de Agosto do presente ano, a TVI

deteve a liderança, com 25.3% de share de audiência, enquanto a SIC alcançou 19.2%,

a RTP1 18.3%, a RTP2 5.1% e canais por cabo e outros canais 32.0%.

No ano de 2011, foi

analisado o perfil de

audiências da SIC, tal

como podemos

verificar nos gráficos

2. Estes permitem

constatar que este canal

generalista era mais

visto por mulheres

(61.9%), prevalecendo

nestas as que não são

donas de casa (54.4%).

As pessoas

pertencentes à classe D

(35.4%) viam mais a

SIC em 2011, bem

como as que tinham

idades compreendidas

entre os 45 e os 54

anos (13.7%). A nível geográfico, contava com mais telespetadores no Interior (23.8%).

1.2.6. Outros canais SIC

A SIC possui diversos canais7, com uma vasta grelha de programas, permitindo ao

telespetador escolher segundo as suas necessidades e interesses.

7 A informação que serviu de base a esta parte, bem como os logótipos inseridos, foi retirada da seguinte

fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Figura 3 – Gráfico do perfil de audiências da SIC em 2011

Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de

2012)

Page 21: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

14

A SIC Internacional é um canal dedicado aos portugueses

espalhados pelo mundo chegando a ter mais de 4,5 milhões de

telespetadores (anexo IV).

Atualmente está presente em França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Estados Unidos,

Canadá, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Austrália e é distribuída através

dos sistemas de cabo, satélite e IPTV8.

Trata-se de um canal generalista, com uma grelha de programas de informação,

entretenimento e desporto.

O logótipo da SIC Internacional é o atual logotipo da SIC. Por baixo do logótipo, tem

em letras brancas “INTERNACIONAL”, com preenchimento a vermelho. As letras

reforçam a ideia de que é um canal da SIC que divulga notícias sobre o mundo, daí a

palavra “internacional”. O preenchimento vermelho reforça os conceitos de força,

agitação, conquista e liderança. A cor branca das letras revela sinceridade e verdade.

A SIC Notícias, um canal vocacionado para a informação,

está disponível para os assinantes da televisão por cabo.

Procurando responder ao público que pretende estar

informado, oferece edições especiais e programas temáticos

acerca de Economia, Saúde, Espetáculo, Moda e Desporto.

Os dez anos de atividade, completados em janeiro de 2011, motivaram a inauguração de

um novo estúdio e o lançamento de uma campanha de comunicação inovadora.

O logótipo da SIC Notícias cinge-se ao desenho do nome do canal a cinzento, cor que

simboliza estabilidade, sucesso e qualidade. No lado direito da palavra SIC, está um

globo dourado, sobre um fundo vermelho escuro, dado que o canal transmite notícias de

todo o mundo.

8 Abreviatura de Televisão por Protocolo de Internet (do inglês Internet Protocol Television). Esta é uma

tecnologia de transmissão de sinais televisivos para aparelhos de televisão digitais e outros meios.

Transmite o seu conteúdo através do protocolo de internet, conhecido também como IP (internet

protocol). Fonte: http://www.tecmundo.com.br/conexao/1529-o-que-e-iptv-.htm (acedido de 10 de

dezembro de 2012).

Page 22: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

15

A SIC Radical mostra alternativas, diversas perspetivas, e pretende que o seu público

decida por si, critique e defenda os seus próprios ideais. O canal tem vindo a apoiar

festivais de verão, nomeadamente, Rock in Rio, Sumol Summer Fest, Optimus Alive,

Super Bock Super Rock, Sudoeste e Super Bock Surf Fest.

Em 2011, no seu 10º aniversário, a SIC Radical surgiu com um novo grafismo, que

arrisca na ousadia e no risco.

Quadro 2 – Evolução do Logótipo da SIC Radical

2001

2008

Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012)

O atual logótipo da SIC Radical é desenhado com as letras do

canal “SIC Radical”, em cor verde, associado às energias da

natureza e da vida, conotando segurança, esperança e confiança.

A 8 de março de 2003, Dia Internacional da

Mulher, nasceu a SIC Mulher, o primeiro

canal temático português destinado à mulher.

Emitindo 24 horas por dia, pretende informar,

entreter, divertir e ajudar a mulher a aprender

mais sobre si mesma.

Possui uma grelha variada, baseada em ficção nacional e estrangeira, magazines,

talksows, séries e filmes. O ano 2011 foi o melhor da SIC Mulher em termos de

audiências.

Sendo um canal dedicado à mulher, o seu logótipo é cor-de-rosa, que significa romance,

sensualidade e beleza feminina. Transmite delicadeza e feminilidade. Entre o nome

Page 23: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

16

“SIC” e o nome “mulher”, está uma flor cor-de-rosa, que representa a sensibilidade da

mulher.

Nascida a 18 de dezembro de 2009, a SIC K foi o

primeiro canal pensado exclusivamente para jovens

entre os sete e os catorze anos. Sendo um canal de

entretenimento, privilegia a componente social para com o público a que se destina,

pretendendo ser um companheiro e um aliado do seu público.

O logótipo é desenhado com as letras do canal “SIC K”, a vermelho, uma cor quente,

ativa e estimulante, que remete para força e dinamismo.

1.2.7. Entidades associadas

A SIC tem várias entidades associadas9, duas delas relacionadas com a sua atividade

comercial, enquanto a terceira o está com a sua responsabilidade social10

.

A Global Media Technology Solutions – Serviços

Técnicos e Produção Multimédia (GMTS) criada

em 2002, tem como principal objetivo a prestação

de serviços de conceção, produção e distribuição

de conteúdos multimédia e a integração de

sistemas técnicos. A GMTS substituiu a SIC Serviços como prestadora de serviços

técnicos.

A Bloom Graphics é uma empresa da

GMTS criada em 2003, experiente na área

da criatividade e produção de cenografia

9 A informação que serviu de base a esta parte, bem como os logótipos inseridos, foi retirada da seguinte

fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

10 A responsabilidade social é um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária,

contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_social (acedido em 10 de dezembro de 2012).

Page 24: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

17

virtual. Apostando em novos mercado, tais como a produção de anúncios publicitários,

videoclips e web design, tornou-se uma referência no mercado audiovisual.

Em 2003, a SIC decidiu expandir a sua responsabilidade

social para o projeto de solidariedade SIC Esperança.

Ao longo do seu percurso, a SIC Esperança angariou

3.337.017,00 €, estabeleceu parcerias com 73 empresas, trabalhou com 69 instituições e

beneficiou mais de 24.200 pessoas.

No ano 2011, dedicado à Pobreza e Exclusão Social, a SIC Esperança desenvolveu

vários projetos, ajudando mais de 5300 pessoas com perto de 1.200.000,00 euros

angariados. Ainda neste ano, na sequência da catástrofe ambiental da Madeira, levou a

cabo a ação Uma Flor para a Madeira. Angariando 890.309,16€ para aplicar na ilha, a

SIC Esperança tornou-se, assim, a protagonista da maior ação de solidariedade nacional

dos últimos anos.

A SIC Esperança afirma-se como um motor de responsabilidade social, estimulando a

solidariedade em Portugal.

1.3. Espaços e Equipamentos

A sede da SIC possui diversos espaços e equipamentos, inerentes ao trabalho

jornalístico, nas suas diversas vertentes.

Estúdio e Régie

Na sede principal da SIC, em Lisboa, existem dois estúdios: o estúdio A (SIC) e o

estúdio B (SIC Notícias). Cada um deles possui uma régie própria que pode funcionar

em paralelo.

O estúdio A é composto por duas zonas e por um cenário onde se realizam o Primeiro

Jornal e o Jornal da Noite. Este estúdio possui cinquenta projetores e ar acondicionado.

Page 25: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

18

O estúdio B tem uma zona que possui a redação da SIC Notícias como pano de fundo,

estando preparado para emissões em direto. Possui 55 projetores.

No meio da redação da SIC, está localizada uma área destinada à emissão do programa

Edição da Manhã.

Nas régies, podemos encontrar todos os recursos necessários para a realização de um

bom trabalho, nomeadamente os programas de edição, uma mesa de mistura de vídeo, o

controlo de imagem, cinco câmaras, uma mesa para controlar projetores, gerador de

carateres, informática para alinhamento e coordenação de programas e uma sala de

áudio.

Maquilhagem e caraterização

Qualquer interveniente num programa de televisão tem de passar pela sala de

maquilhagem e caraterização, de modo a retirar brilhos e sombras do rosto.

Nos blocos informativos, os apresentadores são denominados de pivots. Estes são

apoiados pelo Teleponto, um monitor associado a uma câmara. Este sistema de

teleponto é controlado por um computador onde inicialmente são inseridos os textos das

notícias, podendo ser mudados pelos jornalistas caso seja necessário.

Caso o teleponto avarie, o pivot dispõe de outros recursos: uma impressora silenciosa

que se encontra por baixo da mesa, um monitor embutido no tampo da mesa,

alinhamento impresso, auricular e microfone para receber informações e contactar com

a régie.

Redação

A redação da SIC conta com a presença de profissionais que definem os assuntos/temas

que deverão ser tratados e a ordem de trabalhos.

Page 26: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

19

Apesar de ser tudo controlado ao mínimo pormenor com a antecedência de, pelo menos,

24 horas, na informação lida-se diariamente com o imprevisto, sendo necessário que

toda a equipa responda com a maior rapidez e eficácia.

A SIC, a SIC Notícias e a SIC Online são abastecidas pela única redação da SIC.

Os jornalistas da redação são coordenados por editores-executivos, incumbidos da

função de escolher as notícias que devem ser tratadas pelo jornalista. Em reuniões de

planeamento, os editores aconselham e orientam os editores-executivos na seleção das

notícias.

Na SIC Online, há um coordenador que tem como função alinhar as notícias segundo o

critério de importância, atualidade e relevância.

Esta é a realidade da sede da SIC. No entanto, a realidade das delegações é diferente,

existindo também desigualdades entre as delegações.

1.4. A Delegação da SIC na Guarda

A delegação da SIC na Guarda foi criada em

outubro de 2007. O espaço está situado no edifício

dos serviços centrais do Instituto Politécnico da

Guarda, tendo por base um protocolo entre as duas

entidades.

A equipa da delegação da SIC na Guarda é

composta pela jornalista, Madalena Ferreira, e pelo

repórter de imagem, Filipe Barbosa.

A equipa usufrui de um espaço pequeno e de poucos equipamentos. No início, como

referiu Filipe Barbosa, o espaço não tinha sequer mesas. Tal situação impossibilitava a

realização de um trabalho de qualidade por parte da equipa.

Figura 4 – Foto da Delegação da SIC na

Guarda

Fonte: Elaborada pela estagiária

Page 27: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

20

Durante as folgas ou as férias de algum dos meus

tutores, tive a oportunidade de cooperar com a

equipa da Delegação da Covilhã (Patrícia

Figueiredo, como jornalista, e Paulo Gabriel, como

repórter de imagem). A equipa da Covilhã dispõe

de espaço e equipamentos muito diferentes, em

quantidade e qualidade. Estando integrados na

Universidade da Beira Interior, não determinam

substancialmente os métodos e processos de

trabalho dos profissionais desta equipa, à exceção da passagem dos registos de imagens

das câmaras para os computadores. Enquanto na Covilhã este processo demora breves

minutos, por disporem de uma câmara com disco externo, na Delegação da Guarda

realiza-se em «tempo real», ou seja, o equivalente ao tempo de gravação, porque esta é

feita em cassete (BETACAM SX).

1.4.1. Análise SWOT

A análise SWOT consiste no levantamento rigoroso das características internas da

empresa e do contexto em que está inserida, em dado momento. A pesquisa tem por

base quatro vetores, traduzidos pelas palavras Strenghts (forças), Weaknesses

(fraquezas), Opportunities (fraquezas) e Threats (ameaças).

Figura 5 – Foto da sala de Edições de

Vídeo

Fonte: Elaborada pela estagiária

Figura 6 – Foto do interior da

delegação da SIC na Guarda (Sala de

diretos)

Fonte: Elaborada pela estagiária

Figura 7 – Foto da sala de Diretos da

delegação da SIC na Covilhã

Fonte: Elaborada pela estagiária

Page 28: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

21

Segundo Públio (2008), a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard

Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado, Tarapanoff

(2001) considera que a análise SWOT já existia há mais de dois mil anos e cita um

conselho de Sun Tzu11

: concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre

as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.

A análise SWOT consiste, pois, na identificação dos pontos fortes e fracos, como das

principais oportunidades e ameaças, permitindo assim uma previsão de acontecimentos

futuros, negativos ou não, orientando a sua posição estratégica.

Quadro 3 – Análise Swot da Delegação da SIC na Guarda

Análise Swot

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Equipa qualificada

- Cobertura de notícias sobre diversos

temas

- Maior facilidade em conhecer as fontes

- Falta de qualidade das infraestruturas

- Possíveis falhas do sistema informático

Oportunidades Ameaças

- Uso das novas tecnologias

- Progressão social da cidade

- Diminuição das assimetrias regionais do

país

- Concorrência dos outros canais

televisivos

- A crise do país

Fonte: Elaborado pela estagiária

Após o levantamento das caraterísticas da Delegação da SIC na Guarda, consegui

identificar os seus pontos fortes e fracos, bem como as principais oportunidades e

ameaças que a sua envolvente lhe coloca.

Como pontos fortes, que correspondem aos recursos e capacidades da organização,

podendo ser combinadas para gerar vantagens, destacam-se: uma equipa qualificada e

11

Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século IV A.C. enquanto comandava o exército real de

Wu acumulou diversas vitórias. Escreveu A Arte da Guerra, um livro sobre estratégias de combate e

táticas de guerra. Fonte: http://www.suntzu.com.br/cap0a.htm (acedido em 15 de outubro de 2012).

Page 29: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

22

ambiciosa; a cobertura de notícias sobre diversos temas e a maior facilidade em

conhecer as fontes, dado que é uma cidade pequena.

Os pontos fracos representam aspetos mais vulneráveis da organização, salientando-se:

a falta de qualidade das infraestruturas, o que por vezes pode afetar o trabalho da equipa

e as possíveis falhas do sistema informático.

O uso das novas tecnologias; a progressão social da cidade e a diminuição das

assimetrias regionais do país poderão ser aproveitadas como oportunidades para a

evolução e fortalecimento da organização. A Delegação deverá proteger-se contra a

concorrência dos outros canais televisivos, mormente da TVI e da RTP, que também

têm uma delegação na Guarda, e mudanças no ambiente socioeconómico que a crise do

país poderá determinar, ameaçando a sobrevivência organizacional (Daychoum, 2007).

Page 30: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

23

Capítulo II

Estágio

Page 31: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

24

Enquanto estagiária da delegação da SIC na Guarda, aprendi diversos conceitos

relativos ao jornalismo televisivo e à captação de imagem, que pude pôr em prática

enquanto acompanhava os meus mentores.

2.1. Jornalismo Televisivo

Segundo o Manual de Jornalismo Televisivo – UTAD TV (Universidade de Trás-os-

Montes e Alto Douro), a televisão engloba som e imagem, daí ser o mais poderoso meio

de comunicação de massas. Este seu poder exige também mais competências, mormente

ao nível da captação de imagem.

2.1.1. Captação de imagem

Uma notícia forte prende a atenção do telespectador e uma boa imagem deve ser

compreendida sem palavras. Tal como num filme sem som, se as imagens forem

realmente boas, não precisamos de ouvir as palavras para perceber o filme.

No entanto, no jornalismo televisivo, a imagem deve acompanhar as palavras, pelo que

é necessário um trabalho em equipa, para que o jornalista ao chegar à redação tenha as

imagens que pretende para formar o texto. O jornalista deve acompanhar o repórter de

imagem na hora das filmagens e na edição de cada peça, de modo a indicar-lhe o que

pretende e discutir ideias.

O jornalista não deve utilizar os primeiros nem os últimos três ou quatro segundos do

plano que pretende, pois existem movimentos ou respirações do repórter de imagem.

Por outro lado, na recolha de imagens para «pintar» a peça, o jornalista e o repórter de

imagem devem evitar estar perto da câmara para não estragarem o som ambiente.

Uma peça deve ter uma imagem forte, que permita agarrar e surpreender. O trabalho de

campo deve ser feito consoante a Pirâmide Invertida, no entanto, no fim, a peça é

construída com picos de interesse.

Page 32: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

25

É fundamental que exista uma coordenação da equipa, sendo dever do jornalista

explicar o local e as razões para se efetuar aquele trabalho. Assim, ambos possuem já

uma ideia inicial e não se sentem perdidos ao chegar ao local. O jornalista terá as

imagens que pretende para formar o texto quando voltar à redação.

O texto deve ser claro. Um bom texto é feito com frases pequenas e concisas. Não se

deve colocar demasiada informação no texto, pois torna-o massudo e sem interesse; não

se deve dar ordens, usar frases negativas e a voz passiva, nem tão pouco usar frases

feitas, tais como «onde há fumo há fogo», «mais vale tarde do que nunca».

O jornalista deve pronunciar todas as sílabas e atender à pontuação, pois facilita a

leitura do texto. A leitura frente à câmara deve ser feita num tom familiar, com um rosto

agradável, olhando nos olhos do telespetador. O jornalista deve fazer silêncio antes das

citações e acentuar as palavras-chave. O pivot deve estar sentado de costas, ligeiramente

oblíquas, devendo ter em atenção o barulho das folhas nos microfones, além de que não

deve gesticular demasiado, pois pode confundir o telespetador12

.

No momento da edição, o texto e a imagem não podem ser contraditórios e não pode

haver falta de raccord13

.

Iluminação

É necessário encontrar pontos de luz no momento da gravação. Uma imagem bonita

depende do momento em que é tomada (Cunha, 1930: 63).

A câmara de filmar possui quatro tipos de filtro, variando com as condições de

gravação. Sempre que muda o local de filmagem, o repórter de imagem deve fazer o

12

Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-

MANUAL3.pdf (acedido em 15 de outubro de 2012).

13 Raccord serve para designar os efeitos visuais, sonoros ou de linguagem cinematográfica utilizados

para garantir a coerência entre dois planos ou duas cenas subsequentes num filme ou vídeo. Fonte:

http://d1tempo.com/wiki/index.php?title=Raccord (acedido em 15 de janeiro de 2013).

Page 33: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

26

balanço dos brancos, utilizando uma folha branca ligeiramente inclinada, uma parede

branca ou, até mesmo, uma peça de roupa branca.

Na hora de gravarem os vivos ou os diretos, os jornalistas devem estar sempre com a

cara virada para o sol e nunca devem usar óculos de sol. Existem também vários

cuidados a ter com o posicionamento da câmara: a luz deve estar nas costas do repórter

de imagem, nunca se deve filmar contra o sol; não se deve ter como fundo um espelho

nem uma superfície branca; o entrevistado nunca deve estar debaixo de uma lâmpada;

deve-se evitar os sítios com pouca luz.

A câmara não deve apanhar chuva, pó ou qualquer outra substância. Antes da filmagem,

deve-se verificar se a objetiva está limpa e se o tripé está trancado, de modo a evitar

quedas. O uso do tripé é sempre aconselhável, para garantir a qualidade das imagens14

.

Enquadramentos, planos e contra planos

O enquadramento é o campo visual capturado pela objetiva da câmara. Ao elemento

capturado damos o nome de plano. Por outras palavras, o enquadramento significa

harmonizar, combinar, condizer, quadrar, abrangendo a posição do sujeito da ação em

relação às margens da imagem e à sua consequente escolha de ponto de vista (Cunha,

1930: 119).

Os planos de corte são essenciais na construção de uma peça, dado que permitem a

mudança de planos, locais e momentos. Devem ser utilizados planos abertos e fechados

ou o plano e contra plano do jornalista e do entrevistado.

Nos contra planos, capta-se o entrevistado calado, enquanto o jornalista lhe coloca a

questão. No caso do jornalista, este olha para o entrevistado, ouvindo-o numa atitude

neutra. Nestas situações, se o jornalista usar microfone de mão, deve colocar o

microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a questão.

14

Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-

MANUAL3.pdf (acedido em 15 de outubro de 2012).

Page 34: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

27

Os planos são agrupados em ambiente, ação e expressão. Os planos de ambiente podem

ser: PMG – plano muito geral; plano bastante geral, que contém essencialmente o

ambiente e o elemento humano quase não é visível; e PG – plano geral, que também se

centra no ambiente, mas contém alguma ação, pois já se vê o elemento humano.

Os planos de ação podem ser: PGM – plano geral médio, em que a figura humana surge

sempre completa, dando para perceber as ações executadas; PA – plano americano,

quando o limite inferior corta a figura humana pela coxa, sendo o conteúdo principal a

ação das pessoas; e PM – plano médio, se é cortado

pela cintura. Este plano é caracterizado pela ação da

parte superior do corpo.

Os planos de expressão podem ser: PP – plano

próximo, cortado um pouco abaixo das axilas,

privilegiando a expressão facial; GP – grande plano,

cortado pela parte superior dos ombros, sendo

primordial a expressão facial, enquanto se retiram a

ação e o ambiente; MGP – muito grande plano,

cortado pelo queixo e pela testa, permitindo a carga

emocional da imagem; e PD – plano de detalhe, que

permite aumentar a carga emotiva da imagem, por

exemplo, através de uns olhos a chorar ou um

sorriso. Podemos criar outros tipos de planos ao

criar movimento na câmara, por exemplo: o foca–desfoca, ao focar-se o primeiro

elemento, desfoca-se o segundo elemento e vice-versa; o zoom, aproximação ou

distanciamento de um determinado objeto; as panorâmicas, um movimento feito de

acordo com a nossa leitura, isto é, da esquerda para a direita, podendo ser feito no

sentido contrário; os tilts, movimento feito de acordo com a nossa leitura, ou seja, de

cima para baixo, podendo ser feito ao contrário; o travelling, quando a câmara efetua

um determinado percurso, de modo a explicar uma certa situação; e, por último, o

tracking, movimento que segue uma personagem ou um objeto.

Um dos erros habituais é o entrevistado ficar de lado para a câmara e metade do visor

ficar vazio. Para solucionar este erro, o jornalista tem de se colocar sempre do lado da

Figura 8 – Representação esquemática

dos planos de captação

Fonte:http://cadernos.comunicamos.org/

wp-content/plugins/downloads-

manager/upload/UTADTV-

MANUAL3.pdf (acedido em 15 de

outubro de 2012)

Page 35: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

28

câmara, pois, assim, o entrevistado olha nos olhos do jornalista e fica bem enquadrado.

Não se deve filmar um entrevistado de cima para baixo (picado) ou de baixo para cima

(contra picado), já que o olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da câmara.

O jornalista deve ficar num dos lados do cenário em fundo, para que o ponto de fuga

possa ser aproveitado. Para que exista qualidade no trabalho realizado, os movimentos

do repórter de imagem e do jornalista devem ser sincronizados15

.

2.1.2. Géneros Jornalísticos

Os diferentes géneros jornalísticos enriquecem a comunicação, combatem a monotonia

e melhoram o ritmo das produções televisivas. Os principais géneros jornalísticos

televisivos são: peça de telejornal; reportagem de telejornal ou de curta duração;

documentário ou grande reportagem; entrevista; debate; e apresentação16

..

Uma pequena peça não tem uma duração superior a 1’20”. O tema nem sempre é o mais

importante e não exige muita investigação e trabalho exterior, pois assume fundamental

importância a rapidez na sua produção, de modo a encaixar-se na cobertura de uma

atualidade muito presente. Os meios utilizados são rudimentares, pois não implica

diretos nem pós-produção de vídeo ou áudio.

A duração de uma reportagem de telejornal ou de curta duração varia entre os 1’20” e os

1’50”, sendo geralmente sobre temas de grande importância.

O documentário e a grande reportagem são trabalhos de longa duração. Não são sobre

temas urgentes, mas que se ligam à atualidade. É necessária uma investigação profunda

e demorada.

15

Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-

MANUAL3.pdf (acedido em 15de outubro de 2012).

16 Fonte: http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido em 15 de

outubro de 2012)

Page 36: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

29

A entrevista resulta da relação entre um entrevistador e um ou mais entrevistados,

podendo ser transmitida em direto ou gravada.

O debate carateriza-se pela relação entre um entrevistador e vários convidados, com ou

sem público, e pode também ser apresentado em direto ou gravado.

A apresentação baseia-se na relação entre o jornalista e a câmara de televisão. Pode ser

gravada ou em direto, no estúdio ou no exterior17

. Quando transmitida a partir do

estúdio, a apresentação cabe ao pivot.

Durante o estágio, tive a oportunidade de participar na produção de 22 reportagens

curtas e uma reportagem de longa duração, para além de ter desenvolvido um projeto

próprio.

T Q Q S S D

JULHO 1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

S T Q Q S S D

AGOSTO

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 14 22 23 24 25 26

27 28 29 30 31

S T Q Q S S D

SETEMBRO

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

S T Q Q S S D

OUTUBRO

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

Preparação e tratamento de conteúdos

Projeto

Reportagens de curta duração

17

Fonte: http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido em 15 de

outubro de 2012).

Page 37: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

30

Reportagem de longa duração

Folgas

Quadro 4 - Cronogramas das atividades desenvolvidas

Fonte: Elaborado pela própria

2.2. Atividades desenvolvidas

O meu estágio começou no dia 11 de julho de 2012. Decorreu na delegação da SIC, na

Guarda, com mais uma colega de curso. Esta situação, que se deveu ao fato de ambas

termos escolhido o mesmo local para estagiar, revelou-se positiva, pois era necessário

despendermos dinheiro para a gasolina, dado que nos foi solicitada a carta de condução

e viatura própria para a realização deste estágio.

No meu primeiro dia de estágio, conforme o combinado, apresentei-me às 9:00 horas na

consulta externa do Hospital Sousa Martins. O principal objetivo era medir o impacto

da greve na vida dos utentes e no normal funcionamento do hospital. Uma vez que as

razões da greve já tinham sido divulgadas, foram feitas perguntas diretas para que as

respostas fossem breves e precisas.

Acompanhei a jornalista e o repórter de imagem em todo o processo. Enquanto

esperava, o repórter de imagem ensinou-me algumas noções sobre a utilização da

câmara de vídeo. Em primeiro lugar, como atrás referi, é necessário encontrar um ponto

branco para fazer o equilíbrio dos brancos, dado que as gravações são feitas a preto e

branco. Quanto à escolha dos filtros: os filtros 1 (interiores com pouca luz) e 3

(interiores que tenham janelas com luz) são para interiores, e os filtros 2 (exteriores com

pouca luz) e 4 (exteriores com muita luz) são adequados para exteriores.

Depois da recolha das imagens e das entrevistas, fomos para a Delegação para

prepararmos a peça e editarmos as imagens.

Este dia foi longo e com muita informação para assimilar, nomeadamente, no âmbito da

preparação da peça e ao funcionamento do sistema de edição de imagem – EDIUS

versão 4.6 (anexo V).

Page 38: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

31

Para a preparação da peça, é necessário conceber o texto lido pelo pivot no telejornal;

definir o local e a situação temporal; estabelecer a ordem das entrevistas; preparar as

legendas com o tema e a informação mais importante; por último, é preciso preparar o

esqueleto da peça, ou seja, a estrutura da peça, para posteriormente proceder à edição de

vídeo. Para a realização da estrutura devemos fazer um script, isto é, passar para o papel

o que o vivo (entrevista retirada do vídeo em bruto) diz, para uma futura construção do

texto e posterior voz off.

Quanto ao funcionamento do sistema de edição, o formato de imagem utilizado é

BETACAM SX e o conversor de imagem é CANOPUS; para capturar as imagens através

do programa, é necessário ir ao menu principal e desenvolver o seguinte processo:

Capture - generic OHCI input - input settings – DV 50I 4:3; as teclas I (in) e O (out),

servem para selecionar onde queremos que o nosso vivo comece (in) e acabe (out). Para

mudar o volume, clicamos no botão direito do rato – Scale all (a escala ambiente fica

em 7, passando a 4 quando entra no vivo). Os efeitos permitidos são: White balance

(correção de cor), dissolve e linear out áudio. Para que a imagem permaneça sempre no

mesmo sítio, é necessário ativar o botão Over write mode. Exportar a peça implica fazer

in/out na peça completa - file – print – print file – DV AVI ou MPEG e guardar a peça

com o nome da delegação e o tema da peça, sem assentos, por exemplo:

GUARDA_greve dos médicos. O sistema de envio de reportagens é o Filezilla: abrimos

o servidor da SIC – Nacionais (secção da peça) – delegações – SIC Guarda. Para

contactar a produção da SIC, basta ligar para o número 800204944.

Durante as folgas ou as férias de algum dos meus tutores, tive a oportunidade de

cooperar com a equipa da Delegação da Covilhã (Patrícia Figueiredo, como jornalista, e

Paulo Gabriel, como repórter de imagem). Foi enriquecedor, dado que lidei com

profissionais com pontos de vista e táticas de trabalho diferentes.

2.2.1. Ética e metodologia de trabalho

Ao longo da produção jornalística, os profissionais devem, de acordo com Kovach e

Rosentiel, reger-se por diversos princípios, de que se destacam os da verdade, lealdade,

verificação e independência. Devem apurar a verdade dos factos, pois as notícias devem

Page 39: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

32

ser utilizáveis e fiáveis. Devem manter-se leais, acima de tudo, aos cidadãos, para quem

trabalham. A essência do trabalho jornalístico deve assentar numa disciplina de

verificação, para que venha a ser relatado o que realmente aconteceu. Devem manter a

independência em relação às pessoas que cobrem, preservando a liberdade de espirito e

de pensamento (2004: 10).

Os jornalistas devem também servir como controlo independente do poder, respeitando

o princípio da vigilância, facultar informação que as pessoas precisam para

compreender o mundo que as rodeia e servir de fórum para a crítica e compromisso

públicos, promovendo o debate público e servindo de árbitros e intermediários honestos.

Devem lutar para tornar interessante e relevante aquilo que é significativo, garantindo

notícias abrangentes e equilibradas, pois o valor do jornalismo depende do facto de ser

completo e proporcionado. Aqueles que o exercem devem ser livres de seguir a sua

própria consciência, com responsabilidade e orientação moral (Kovach e Rosentiel,

2004: 170).

Descobrir a verdade implica que os jornalistas se desloquem até aos locais onde os

factos acontecem ou as fontes a privilegiar se encontram, trabalhando no terreno. Muitas

vezes, não sabia qual a atualidade que íamos cobrir, sendo informada já no terreno do

acontecimento sobre o tema e os objetivos da reportagem. Sempre que tinha tempo,

ligava a rádio ou acedia à internet para saber se algo de importante se passava.

No local da cobertura, a rotina consistia em: localizar as autoridades, questionar os

presentes procurando conseguir testemunhos credíveis. Sem fontes de informação, sem

testemunhas, não há jornalismo, cabendo ao jornalista perceber se as fontes estão a

servir o interesse geral dos cidadãos ou a servir-se dele em proveito próprio. Quando se

tratava de fontes oficiais, a jornalista fazia um telefonema prévio para se informar do

sucedido e, assim, preparar-se para a cobertura. Estando a trabalhar numa comunidade

pequena, era-lhe mais fácil conhecer as fontes e saber se eram fidedignas.

O bloco de notas e a caneta tornaram-se os meus melhores amigos, dado que tinha de

anotar as ideias principais, os nomes das fontes e, caso fosse preciso, os respetivos

contactos. Apesar de apenas estar a acompanhar os meus mentores, tinha de ser bem

educada e mostrar-me aberta a ajudar sempre que necessário. Em casos de perdas

Page 40: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

33

humanas ou de bens, tinha de me mostrar solidária. No âmbito de assuntos que

implicassem entidades públicas, tinha de ser atenciosa e fazer boa figura, dado que a

jornalista me apresentava sempre como a nossa estagiária da SIC. A SIC tem uma

imagem a defender e eu queria transmitir que era capaz de a honrar.

Com a câmara de vídeo da ESECD, tentava filmar tudo o que o repórter de imagem

filmava e questionava o porquê. Neste trabalho, foi importante a presença da minha

colega de curso - enquanto eu realizava uma tarefa, ela realizava outra. Assim, nunca

perdíamos nada que os nossos mentores faziam, seguindo todos os seus passos.

Ao estar no terreno, percebi que há sempre uma grande concorrência entre os

jornalistas. Todos procuram algo novo, diferente e insólito. Lutam para serem os

melhores e para terem a melhor notícia. Foi muito gratificante estar entre outros

jornalistas e ouvir os comentários.

Já os repórteres de imagem «são todos amigos». Ajudam-se uns aos outros, não

existindo qualquer tipo de rivalidade entre eles.

2.2.2. Reportagens de curta duração

As reportagens de curta duração aproximam-se das notícias em termos concetuais, dos

tipos de assuntos ou temas que têm por objeto, dada a sua relação com a atualidade. Tal

como a notícia, a reportagem breve versa sobre a função essencial de assinalar os

acontecimentos, ou seja, tornar público um fato (Sodré e Ferrari, 1986: 16).

Dada esta relação da reportagem de curta duração com a atualidade, a seleção dos temas

ou assuntos obedece a critérios de noticiabilidade. Nelson Traquina (2002: 186- 201)

elaborou uma lista de valores-notícia, que divide em duas categorias diferentes: os

valores-notícia de seleção e os valores-notícia de construção. Estes valores estão

presentes na produção jornalística, desde a seleção dos acontecimentos até à construção

das notícias.

Os valores-notícia de seleção são: morte, porque a negatividade é um critério

fundamental no jornalismo; notoriedade, pois o envolvimento de uma celebridade tem

Page 41: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

34

valor numa notícia; proximidade, já que quanto mais próximo o acontecimento, mais

possibilidade de ser selecionado; relevância, acontecimentos relevantes causam

impacto na vida das pessoas, das regiões e dos países; novidade, os acontecimentos têm

de ter algo de novo, de diferente; tempo, que pode ter três interpretações - atualidade,

efemeridade e continuidade; notabilidade, a qualidade de ser visível; inesperado,

relativa a um acontecimento que surpreende; conflito/controvérsia, porque a violência

chama a atenção.

Os critérios contextuais indicam como poderá ser abordado o acontecimento:

disponibilidade, relativa à facilidade de cobertura em termos de logística; equilíbrio,

respeitante à quantidade de notícias que já existe ou existiu em relação a um

determinado acontecimento; visualidade, já que é necessário haver bom material visual

para que o acontecimento seja noticiável; concorrência, podendo ser necessária a

exclusividade de um acontecimento; dia noticioso, pois uma boa notícia depende da

quantidade e importância das notícias de momento.

Finalmente, Traquina considera como valores-notícia de construção os seguintes:

amplificação, respeitante à dimensão do acontecimento; relevância, relativa à

importância e impacto do acontecimento; personalização, quanto mais personalizado,

mais possibilidades de um facto ser noticiado; dramatização, pois o acontecimento

deve despertar o lado emocional do público; consonância, já que a notícia deve ser

interpretada num contexto conhecido.

Para Bill Kovach e Tom Rosentiel (2004: 10), são critérios de noticiabilidade:

atualidade ou proximidade temporal, uma vez que são factos noticiáveis os atuais

próximos no tempo; notoriedade ou celebridade, pois quando uma pessoa, um animal

ou uma coisa tem fama, um acontecimento torna-se mais interessante para constituir

notícia; importância ou transcendência, já que uma notícia pode gerar outra notícia,

por exemplo, a realização de um evento pode gerar novos postos de emprego; raridade,

novidade, porque o sucesso insólito, o extraordinário, o bom ou mau inesperado, pode

constituir uma novidade por ser original; interesse humano, respeitante a factos

capazes de aumentar o dinamismo humano, com objetivo de entreter; conflito, ação,

luta, pois as polémicas e os enfrentamentos suscitam a curiosidade e o interesse do

público; entretenimento, porque a diversão alimenta os sonhos e as ambições;

Page 42: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

35

mistério, já que notícias que criam suspense tornam o público curioso e interessado;

amor, romance ou sexo, pois pode desenvolver casamentos, adultérios, separações,

raptos, violações, sendo que, quando alguém conhecido está relacionado com a notícia,

o público fica ainda mais interessado.

Tendo por base as tipologias anteriores, apresento no Quadro 5 a síntese

esquemática das reportagens curtas em que tive a oportunidade de participar,

relacionadas com os respetivos temas18

e critérios de noticiabilidade.

Quadro 5 – Divisão das notícias por temas e caracterização das mesmas segundo os critérios de noticiabilidade

Temas Reportagens curtas Critérios de noticiabilidade

Política Visita do Ministro da Defesa Nacional,

Aguiar Branco, a Gouveia.

Notoriedade, relevância,

Partidos

O Partido Socialista visitou o novo

hospital da Guarda.

O Partido Social Democrata da Covilhã

não pagava renda da sede há mais de um

ano.

- Personalização, notoriedade,

inesperado.

Economia

Os portugueses aproveitam as praias

fluviais para descasar e ir a banhos,

sendo Valhelhas uma das mais

frequentadas em tempo de crise.

Segundo o observador da Cetelem

constatou-se através de inquéritos que

os pais gastam mais dinheiro em

vestuário do que me material escolar.

Ideias Low Cost para vencer a crise.

Restaurante e cabeleireiro, no Fundão,

praticam preços mais em conta para a

combater a crise e estimular o

consumidor.

- Dramatização, proximidade,

amplificação, relevância,

novidade.

Problemas Sociais

Em abril uma idosa foi assaltada na

Mizarela. Em agosto, a SIC volta à

aldeia, para tentar perceber se os idosos

se sentem inseguros.

- Inesperado, dramatização,

continuidade.

Sociedade

Cobertura de um protesto em frente à

Câmara Municipal da Guarda, contra as

medidas de austeridade.

- Conflito, proximidade,

dramatização, ação.

Ambiente Incêndio em Vide, Seia.

Realização de um falso direto – Vídeo

- Proximidade, relevância,

amplificação, dramatização.

18

As categorias temáticas utilizadas foram adoptadas da pesquisa feita por Felisbela Lopes (1999: 179-

184) Fonte: http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/813/2/MONOGRAFIAJOANADIAS.pdf (acedido em

15 de novembro de 2012).

Page 43: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

36

on Tape.

Incêndios varrem culturas: fomos cobrir

a área ardida em Mangualde da Serra,

Gouveia.

Desporto

Cerca de setenta parapentistas

despediram-se dos céus de Sameiro, em

plena serra da Estrela.

- Personalização,

entretenimento, continuidade.

Festividades

Cobertura da festa Medieval de

Belmonte, tal como o nome indica em

pleno largo histórico foi retratada esta

época remota.

- Novidade, proximidade,

personalização; amplificação,

ação.

Cultura

XXII ACANAC – Acampamento

Nacional de Escuteiros em Idanha-a-

Nova, de dia 5 a dia 10 de agosto

Mais de dezassete mil escuteiros que

acamparam no ACANAC pretendem

ultrapassar o recorde do maior abraço

do mundo e entrar para o Guiness.

- Notoriedade, proximidade,

relevância, notabilidade,

personalização, amplificação,

inesperado, ação.

Vida

Entrevista a avós com filhos e netos

emigrantes.

- Personalização, proximidade

e dramatização,

entretenimento.

Religião Falta de padres em Ade - Proximidade, inesperado e

dramatização.

Fonte: Elaborado pela estagiária

País

O Call Center da segurança social de

Castelo Branco reabre com 50

trabalhadores.

Queijo de Castelo Branco ganha

medalha de ouro em Londres.

Acompanhamento da GNR até à

fronteira de Vilar Formoso.

Testes a cães da Serra

- Notoriedade, proximidade,

novidade, inesperado,

amplificação e relevância,

entretenimento.

Saúde Greve no Hospital Sousa Martins

- Proximidade, amplificação,

dramatização.

Page 44: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

37

2.2.3. Grande Reportagem

As grandes reportagens requerem uma investigação prévia mais profunda. A única que

os meus mentores produziram durante o estágio, e em que pude participar, intitulou-se

Paixão pela Escrita.

Os protagonistas foram dois profissionais da área da saúde que decidiram mostrar a sua

veia literária, publicando livros. Natural de Matas de Lobos, Álvaro Carvalho Figueira,

que já foi diretor do Hospital Garcia de Orta em Almada, publicou o livro Oito menos

um quarto, sobre o surto da migração como única forma de sobrevivência. Por seu lado,

João Lopes, técnico de radiologia, escreveu Porta da Baía, um romance que levou

quatro anos a concluir. Este livro fala da herança de um segredo que atravessa três

gerações da mesma família.

Os dois autores já estão a escrever novos títulos. A escrita desperta emoções e preenche

grandes vazios, porque a vida não pode ser apenas trabalho. Daí que esta grande

reportagem tenha sido proposta pela equipa da Delegação à direção da SIC, vindo a ser

aceite e a concretizar-se com sucesso.

Nesta grande reportagem, foi fácil encontrar as fontes. No caso particular do Dr. João

Lopes, este já tinha trabalhado com a jornalista Madalena Ferreira, na rádio Altitude, da

cidade da Guarda. Conheciam-se há muitos anos, mantendo uma relação de amizade.

Ainda assim, as filmagens com ambos os autores como protagonistas demoraram dois

dias, por todos, incluindo os jornalistas da SIC, terem vidas muito ocupadas, em

horários com algumas incompatibilidades.

2.2.4. Projeto

Depois de observarmos os nossos tutores, de aprendermos toda a teoria necessária à

realização de um bom trabalho, e de termos à nossa disposição uma câmara de filmar

facultada pela ESECD, desenvolvi com a minha colega de curso e de estágio um projeto

Page 45: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

38

que visava a aplicação de conhecimentos e o confronto com a necessidade de criar.

Decidimos, em conjunto, produzir uma peça sobre o regresso dos estudantes à Cidade e

ao Instituto Politécnico da Guarda, relacionando-o com a crise económica em que o país

se encontra. Coube-me fazer o trabalho de repórter de imagem.

Em termos de imagem, filmámos os caloiros enquanto efetuavam as suas matrículas, o

convívio dos alunos do curso de Comunicação e Relações Públicas e, por último, as

entrevistas que realizámos aos proprietários dos cafés mais frequentados por estudantes.

O nosso principal objetivo residiu em relacionar o aumento do lucro dos cafés com o

regresso dos estudantes à cidade. Importa referir que a crise influenciou a escolha dos

caloiros, na sua vinda para a Guarda, tal como consta no vídeo em anexo.

Ambas elaborámos o texto da voz off, mas a gravação coube à minha colega, dado que o

seu papel foi o de jornalista. A escolha dos vivos e a edição resultaram do trabalho de

ambas (anexo VI).

Page 46: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

39

Reflexão Final

O estágio, de três meses, foi o primeiro contacto com o mundo real do trabalho na

minha área de formação. Representou a oportunidade de aplicar conteúdos que aprendi

ao longo dos três anos curriculares. Sempre pensei que o meu curso era muito teórico,

mas, de fato, a teoria foi muito importante na prática que desenvolvi na Delegação da

SIC na Guarda.

Do estágio, trouxe comigo experiências, amigos e conhecimentos. Pude sentir de perto a

emoção e a ambição dos profissionais com quem trabalhei. Trazem com eles a paixão e

a força de vontade de singrar na vida, apesar de estarem numa cidade do Interior.

Sempre gostei muito de jornalismo, no entanto, ao longo dos três meses de estágio, senti

uma grande curiosidade pela imagem e a respetiva edição. Tive de efetuar a voz off para

a minha apresentação final, o que me foi bastante difícil.

Foi um desafio que me tornou muito mais responsável e convicta de que talvez a

carreira jornalística não seja aquela por que quero enveredar como futuro profissional,

para toda a vida.

Irritei-me várias vezes, porque houve muitos dias em que não fiz nada e desesperava por

um telefonema dos meus tutores pois desejava muito sair de casa, rumo à aventura e

fazer novas descobertas.

Descobri como funciona a SIC e, mais importante, descobri que sou capaz de integrar as

rotinas do jornalismo televisivo. Neste, como em tantas outras áreas da vida humana e

profissional, basta uma dose certa de esforço e dedicação. Porque a experiência que tive

enquanto estagiária poderá ajudar a que as de outros possam ser ainda mais plenas e

gratificantes, termino esta reflexão com algumas sugestões:

Seguro para alunos estagiários

Todos os estagiários deveriam ter um seguro financiado pela Escola ou pela entidade

que os acolhe. Ao estagiar num canal de televisão, e ao dispor do meu carro, tive de me

Page 47: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

40

deslocar para vários locais, onde, por alguma razão, algo poderia correr mal, tanto mais

quando fazíamos a cobertura de um incêndio ou de um conflito político.

Maior disponibilidade no empréstimo de equipamentos

A Escola tem o dever de nos facultar meios para que possamos realizar um bom

trabalho. Foi-nos emprestada uma câmara de filmar e um tripé, no entanto, inicialmente,

o pedido havia sido negado. Depois de insistência, por parte da tutora, o equipamento

foi emprestado com algumas condições. Uma delas obrigava a que o material tivesse de

ser entregue todos os dias ao responsável pelos audiovisuais da Escola, o que foi

impossível, porque um jornalista nunca tem horários.

Pagamento de um subsídio de alimentação

Os meios económicos são poucos, contudo, se fosse pago pelo menos o subsídio de

alimentação pela entidade que acolhe o estagiário, daria para cobrir os gastos com

deslocações.

Melhoria das instalações

As instalações da Delegação da SIC na Guarda são bastantes diminutas. Um espaço

maior seria importante do ponto de vista funcional, mas, também, para que a equipa se

sentisse mais motivada. As condições de trabalho determinam o empenho e a qualidade

dos resultados a obter, ainda que, como escreveu Antoine de Saint-Exupéry:

O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo19

.

19

Fonte: http://pensador.uol.com.br/motivacao/2/ (acedido em 10 de dezembro de 2012).

Page 48: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

41

Bibliografia

Buono, J. L. (2004). Elementos de comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning.

Coelho, Pedro (2005). A TV de proximidade e os novos desafios do espaço público: um

estudo sobre a situação portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte e CIMJ.

Colombo, F. (1998). Conhecer o Jornalismo Hoje. Lisboa: Presença.

Costa, Joan (2001). Imagen corporativa en el siglo XXI. Buenos Aires: La Crujía

Cunha, A. A. (1990). Tele-Jornalismo. São Paulo: Atlas.

Daychoum, M. (2007). 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. Rio de Janeiro:

Brasport.

Ferrari, M. S. (1986). Técnica de Reportagem: notas sobre narrativa jornalística. São

Paulo: Summus.

Gagliardi, P. (1986). The creation and change of organizational cultures: a conceptual

framework. Organization Studies. S/ l: s/ed..

Ketele, Jean-Marie De & Roegiers, Xavier (1999). Metodologia da recolha de dados.

Lisboa: Instituto Piaget.

Lampreia, J. Martins (1998). Comunicação Empresarial, As Relações Públicas na

Gestão. Lisboa: Texto Editora.

Marques, W. L. (2003). Diário de um empreendedor. Brasil: s/ed..

Públio, M. A. (2008). Como Planejar e Executar uma campanha de propaganda. São

Paulo: Atlas.

Rasquilha, Luís (2005). Gestão da Comunicação. Porto: Quimera.

Rasquilha, Luís (2007). Gestão e Planeamento de Comunicação; Porto: Quimera.

Page 49: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

42

Rosentiel, B. K. (2004). Os Elementos do Jornalismo - O que os profissionais do

jornalismo devem saber e o público deve exigir. Porto: Editora.

Tarapanoff, K. (2001). Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília: Editora

UNB.

Traquina, N. (1988). As notícias: Revista Comunicação e Linguagens. Lisboa.

Traquina, N. (2002). Jornalismo. Porto: Quimera

Traquina, N. (1999). Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Lisboa: Vega.

Villafañe, Justo (1998). Imagem positiva, gestão estratégica da imagem das empresas.

Lisboa: Sílabo.

Sitiografia

http://sic.sapo.pt/online/sites%20sic/sic%20institucional (acedido em 20 de setembro de

2012)

http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012)

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/sicinternacional.htm

(acedido a 20 de setembro de 2012)

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/sicnoticias.htm (acedido em

20 de setembro de 2012)

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/sicradical.htm (acedido em

20 de setembro de 2012)

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/sicmulher.htm (acedido em

20 de setembro de 2012)

Page 50: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

43

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/SIC+K.htm (acedido em 20

de setembro de 2012)

http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+institucional/universo/sicesperanca.htm (acedido

em 20 de setembro de 2012)

http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-

manager/upload/UTADTV-MANUAL3.pdf (acedido em 15 de outubro de 2012)

http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido

em 15 de outubro de 2012)

http://www.suntzu.com.br/cap0a.htm (acedido em 15 de outubro de 2012)

http://www.academia.edu/385852/A_construcao_do_real_no_telejornalismo (acedido

em 23 outubro de 2012)

http://vilamulher.terra.com.br/as-cores-e-os-seus-significados12-1-3209-17.html

(acedido em 23 outubro de 2012)

http://www.significadodascores.com.br/ (acedido em 23 outubro de 2012)

http://www.ec.ubi.pt/ec/01/_docs/artigos/coelho-pedro-funcao-social-das-televisoes.pdf

(acedido em 23 outubro de 2012)

http://www.bocc.ubi.pt/pag/oliveira-roberto-midia-regional.pd (acedido em 12 de

novembro de 2012)

http://convergencia.jor.br/bancomonos/2008/camila_nunes.pdf (acedido em 12 de

novembro de 2012)

http://www.relem.info/edicoes/ed4/art1.pdf (acedido em 17 de novembro de 2012)

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6923/3/Tese.pdf (acedido em 15 de

novembro de 2012)

http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/813/2/MONOGRAFIAJOANADIAS.pdf (acedido

em 15 de novembro de 2012)

Page 51: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

44

http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/libero/article/viewFile/3191/3001

(acedido em 15 de novembro de 2012)

http://www.acg.pt/index.php?option=com_weblinks&view=category&id=42%3Ameios

-de-comunicacao&Itemid=209&lang=pt (acedido em 15 de novembro de 2012)

http://www.hotfrog.pt/Produtos/Media/Guarda (acedido em 15 de novembro de 2012)

http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido

em 1 de dezembro de 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_geral (acedido em 1 de dezembro de 2012)

http://www.tenil.com.br/blog/missao-visao-e-valores-de-uma-empresa/ (acedido em 1

de dezembro de 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_administra%C3%A7%C3%A3o (acedido em

1 de dezembro de 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_organizacional (acedido em 1 de dezembro de

2012)

http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1329/qualidade_-_visao_missao_e_valores

(acedido em 1 de dezembro de 2012)

http://www.tecmundo.com.br/conexao/1529-o-que-e-iptv-.htm (acedido em 10 de

dezembro de 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_social (acedido em 10 de dezembro de

2012)

http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1a21.aspx (acedido em 10 de dezembro de 2012)

http://www.tecmundo.com.br/conexao/1529-o-que-e-iptv-.htm (acedido em 10 de

dezembro de 2012)

http://pensador.uol.com.br/motivacao/2/ (acedido em 10 de dezembro de 2012).

Page 52: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Relatório de Estágio | 2012

45

http://d1tempo.com/wiki/index.php?title=Raccord (acedido em 15 de janeiro de 2013).

Page 53: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Lista de Anexos

Anexo I – Texto sobre o aparecimento da TV

Anexo II – Cronologia: Historial da SIC

Anexo III – Hino da SIC

Anexo IV – Mapa da cobertura atual da SIC Internacional

Anexo V – Janela do programa de edição EDIUS

Anexo VI – Texto da voz off do Projeto

Anexo VII – Texto da voz off da apresentação das atividades

Anexo VIII – DVD com Reportagens e Projeto

Page 54: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo I

Aparecimento da TV

Page 55: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

O aparecimento da caixa mágica surgiu nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, em

finais dos anos 20, início dos anos 30, em 1927 nos Estados Unidos com a Bell

Telephone Company e a RCA e, dois anos mais tarde, com John Baird, na Grã-

Bretanha (Coelho, Pedro, 1966:64).

Segundo Abercrombie, em 1936 estão registados três mil aparelhos de televisão em

Londres e 50 mil em Nova Iorque (1996:74).

A Segunda Guerra Mundial provoca principalmente na Grã-Bretanha uma quebra nesta

evolução, mas acabado o conflito, só na Grã-Bretanha o número de aparelhos

aproximava-se dos 100 mil.

Em 1953 é introduzida a cor na televisão norte americana, em 1955, existem mais de

100 estações de televisão nos Estados Unidos.

A aglomeração dos telespetadores frente à televisão, no final do dia depois do trabalho

ou ao jantar, convencionou-se chamar a esse período, o prime time televisivo.

Em Portugal, só em 1953, Salazar encarrega, Francisco Bordalo Machado, de formar os

primeiros projetos que levavam à criação de uma estação televisiva no país. No final de

1955, os estatutos da RTP assumem a concessão do serviço público de televisão.

Marcello Caetano luta contra as resistências de Salazar e, em 1957, o governo autoriza a

compra dos primeiros emissores e dos terrenos para a instalação da RTP. Finalmente no

dia 7 de Março de 1957, as emissões regulares iniciam-se. Salazar continua afastado

deste novo meio.

Após a queda de Salazar, a 7 de Setembro de 1968, Marcello Caetano ascende ao poder.

Em 1969, a informação era centrada em Marcello Caetano, iniciando-se nesse ano as

Conversas de Família, para assim ele conversar directamente com o público.

O tempo passa e a televisão torna-se parte do quotidiano das pessoas, transformando-se

num meio doméstico e, simultaneamente, familiar. A televisão promove o divertimento

e a informação às famílias portuguesas, permitindo o diálogo entre os membros da

família, quebrando barreiras entre os mesmos, pois temas tabus, como o consumo de

drogas, a sexualidade e os problemas na juventude são mais facilmente falados perante

programas que tratem esses temas.

Page 56: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

A televisão torna-se um veículo de convívio e de rotina da vida doméstica, facilitando a

vida dos pais perante os filhos1.

1 Informação retirada da seguinte fonte: Coelho, Pedro (2005). A TV de proximidade e os novos desafios

do espaço público: um estudo sobre a situação portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte e CIMJ.

Page 57: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo II

Cronologia: Historial da SIC

Page 58: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

1992 - Início de emissões como a primeira estação de televisão privada em Portugal.

1995 – A SIC ultrapassa as audiências da RTP.

1997 - A SIC Internacional iniciou as suas emissões com o objetivo de chegar à

comunidade portuguesa espalhada pelo mundo.

1998 - Criação da SIC Filmes.

2000 - Início das transmissões da SIC Gold.

2001 - Nasceram os canais temáticos: SIC Notícias, SIC Radical e surge na

internet com a SIC ONLINE

2003 - A 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, nasceu o canal temático

SIC Mulher; a 6 de maio tiveram início as transmissões da SIC Indoor ; 6 de outubro

nasceu o projeto de solidariedade da SIC, SIC Esperança.

2004 - A 18 de outubro nasceu a SIC Comédia, em substituição da SIC Gold. A

transmissão deste canal terminou a 31 de dezembro de 2006.

2006 – A GMTS (Global Media Technology Solution) substituiu a SIC Serviços

como prestadora de serviços técnicos.

2006 - A 3 de agosto de 2006, a SIC entrou no capital da ADTECH (Advertising

Technologies Comunicação, Multimédia S.A), que entretanto foi vendida.

2007 – Em janeiro, a SIC Esperança é reconhecida como IPSS (Instituições

Particulares de Solidariedade Social).

2007 – A SIC adquiriu 90% da Dialectus, empresa que presta serviços de

tradução, dobragem e legendagem. Em março, a SIC alienou a sua participação na

Dialectus.

2009 – A SIC assumiu a totalidade do capital da SIC Notícias.

2009 - A 11 de setembro, a SIC inaugurou novos estúdios no Parque Holanda.

2009 – A 18 de dezembro, a SIC lançou um canal novo, SIC K, dedicado aos

mais novos.

2011 – A 8 de janeiro, a SIC Notícias celebrou o seu 10º aniversário com um

novo estúdio, nova identidade visual e sonora2.

2 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Page 59: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo III

Hino da Sic

Page 60: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Nós nascemos juntos

Pudemos sorrir e chorar

Ai crescemos juntos

Soubemos perder e ganhar

Porque o tempo passa, passa a correr

O amanhã é o que hoje vamos fazer

Sempre juntos, juntos, numa só voz,

O futuro és tu e eu

Somos nós!

Quebrámos barreiras

Percorremos mundos sem fim

Cruzámos fronteiras

Por dentro de ti e de mim

E o tempo voa, voa, bem vês

O presente é nosso, é certo, outra vez

Sempre juntos, juntos numa só voz

O futuro és tu e eu

Porque o tempo passa, passa a correr

O amanhã é o que hoje vamos fazer

Sempre juntos, juntos, numa só voz

O futuro és tu e eu

Somos nós!

Sic sic sic

Letra e música de Augusto Madureira

Arranjos de Fernando Martin3

3 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Page 61: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo IV

Mapa da cobertura atual da SIC

Internacional

Page 62: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-

891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).

Page 63: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo V

Janela do programa de edição –

EDIUS

Page 64: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,
Page 65: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo VI

Texto da voz off do Projeto

Page 66: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Oráculos:

Diogo Seco – Presidente da Associação Académica da Guarda

Ana Lopes – Caloira Relações Públicas

Regina Santos – mãe de caloira Farmácia

Sara Oliveira, Caloira Educação Básica

Fátima Oliveira, Mae de caloira de Educação Básica

António Fonseca, Proprietário de café

Marco Loureiro, Coproprietário de Bar

Rui Ramos, Coproprietário de café

REGRESSO ÀS AULAS

Alunos para o ensino superior escolhem cidades mais baratas

REGRESSO ÀS AULAS

Para evitar despesas, pais aconselham filhos a estudarem na cidade onde residem

REGRESSO ÀS AULAS

Por causa da crise, residências têm mais procura do que oferta

REGRESSO ÀS AULAS

Pais apertam o cinto e têm que trabalhar mais pagar estudos dos filhos

REGRESSO ÀS AULAS

Cafés inovam imagem e fazem promoções para atração dos consumidores.

Voz Off:

Respiro: Hino de curso... mas estudar para quê??

Na receção aos caloiros, a pergunta ainda não tem resposta, mas em todo o caso, o Politécnico

da Guarda recebeu quase 300 novos alunos. Um número idêntico ao do ano passado.

Vivo Diogo Seco

Estudar no interior do país é mais barato e para muitos o fator é decisivo na hora de preencher

as candidaturas.

Vivo, Regina Santos/ Fátima Oliveira

Os alunos preocupam-se com o desemprego e na hora da decisão procuram o curso com mais

saídas profissionais.

Vivo Ana Lopes

Todos fazem contas e muitos esperam uma vaga nas residências onde o alojamento é mais

barato, mas há quem não chegue a tempo.

Vivo Sara Oliveira

Com o regresso às aulas, a cidade ganha vida e os cafés agradecem.

Vivo, António Fonseca/ Marco Loureiro/ Rui Ramos

Para atrair mais alunos, os comerciantes apostam na inovação e nas promoções. A receita é

repetida de ano para ano e os negócios não parecem ter razão de queixa.

Page 67: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo VII

Texto da voz off da apresentação

das atividades

Page 68: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

- Ao longo do meu estágio, idosos viviam com receio de serem assaltados ou agredidos nas suas

próprias casas.

- As famílias portuguesas preparavam-se para gastar uma boa parte do orçamento mensal na

compra de material escolar, o regresso às aulas eliminava outras intenções de compra.

- O queijo de Castelo Branco ganhava a medalha de ouro em Londres.

- Acompanhamos a GNR no patrulhamento até à fronteira de Vilar Formoso de modo a

resguardar a segurança de quem saía do país.

- A falta de padres levava a que um único sacerdote ficasse responsável por dez paróquias,

mesmo assim, arranjava tempo para celebrar a missa em cada uma delas.

- Foi avaliado o comportamento dos cães da Serra perante as ovelhas.

- O fogo rodeava várias aldeias do concelho de Seia. Na hora do rescaldo já se falava em

reflorestar a área ardida.

- Organizou-se um desfile de moda de modo a estimular as vendas dos comerciantes da Guarda.

- Aprendi que a SIC tem uma imagem a defender e com muito esforço e dedicação, o trabalho

resulta positivamente.

Page 69: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Anexo VIII

DVD com Reportagens e Projeto

Page 70: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Reportagens |

Page 71: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Hospital da Guarda Parado

O Grupo parlamentar do Partido Socialista visitou hoje o novo hospital da Guarda. As

obras estão concluídas mas o edifício não abre por falta de pagamento de quase nove

milhões de euros ao empreiteiro.

[Segue TH]

António Serrano, Deputado PS

HOSPITAL DA GUARDA PARADO

Deputados do PS exigem que Governo pague ao consórcio e resolva impasse

HOSPITAL DA GUARDA PARADO

Empreiteiro exige pagamento de 8,8 milhões de euros relativos à primeira fase da

empreitada

A visita dos deputados socialistas foi ainda aproveitada para reiterar o desacordo quanto

ao encerramento de maternidades e serviço de urgências.

[Segue TH]

António Serrano, Deputado PS

Combate à invasão fiscal

De uma maneira geral, a medida agrada aos contribuintes, mas os comerciantes já falam

em aumentar os preços para manterem as margens de lucro.

[Segue clip]

[Notes] Guarda, Hoje

Jorge Carvalho, Proprietário de restaurante

Repete Jorge Carvalho

Voxpop

Page 72: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Micael Oliveira, Cabeleireiro

Voxpop

COMBATE À INVASÃO FISCAL

Governo aprova dedução de 5% de IVA em despesas de alojamento, refeições,

cabeleireiros ou oficinas

COMBATE À INVASÃO FISCAL

A dedução aprovada em Conselho de Ministros prevê teto máximo de 250 euros por

família

COMBATE À EVASÃO FISCAL

Emissão de faturas passa a ser obrigatória em 2013 e as infracções podem ascender a

3750 euros cada

Despesas diárias e gestos simples como dormir ou comer fora passam a ser

compensados em sede de IRS. O Governo admite deduções globais de 5% e um teto

máximo de 250 euros por família.

Vivo, Jorge Carvalho

Não acontece e o fisco sabe disso. Daí que a emissão de faturas passe a ser obrigatória

já partir do ano que vem.

Vivo, Jorge Carvalho

Com a medida anunciada no final do conselho de ministros, os consumidores passam à

condição de fiscais e ajudam as Finanças a combate a evasão fiscal.

Vivo, Voxpop

Novas regras? Nada a opor responde quem garante pagar impostos sem fugas.

Micael Oliveira

As reparações automóveis estão também entre as despesas elegíveis pela dedução de 5

% no IRS.

Vivo, Voxpop

Page 73: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

No futuro a percentagem da dedução pode ser ajustada. O aumento do teto máximo e o

alargamento da medida a outras despesas não estão postos de parte.

TH António Aguiar Branco, Ministro da Defesa

O Ministro da Defesa, António Aguiar Branco reitera a ideia de que o Ministro Miguel

Relvas está disposto a prestar todos os esclarecimentos no parlamento. Declarações

feitas esta tarde em Trancoso, à margem das comemorações da batalha de São Marcos.

[Segue th]

António Aguiar Branco, Ministro da Defesa

MIGUEL RELVAS VAI AO PARLAMENTO

António Aguiar Branco reitera que o colega do governo está disposto a prestar

esclarecimentos no Parlamento

Regresso às aulas

Frequentar o 7º ano de escolaridade vai implicar o gasto de pelo menos 300 euros em

manuais escolares. É apenas um exemplo da nova fatura do regresso às aulas que

eliminam outras intenções de compra das famílias portuguesas.

[Segue clip]

[Notes] Guarda, Esta manhã

Guida Martins, Vendedora de Papelaria

Ricardo Rocha, Encarregado de Educação

Repete Guida Martins

Sandra Gonçalves, Operadora Hipermercado

Repete Ricardo Rocha

Telmo Ferreira, Vendedor loja de desporto

REGRESSO ÀS AULAS

Aquisição de manuais e material escolar monopoliza cabaz de compras das famílias

Page 74: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

REGRESSO ÀS AULAS

Alunos que vão frequentar o 7º ano vão gastar mais 300 euros só em manuais escolares

REGRESSO ÀS AULAS

Inquérito ao consumo revela que além dos manuais, o vestuário e calçado dominam

intenções de compra

(Respiro)

Em final de férias e a poucos dias do regresso às aulas, as famílias portuguesas

preparam-se para gastar uma boa parte do orçamento mensal na compra de material

escolar. Encomendas não faltam.

Vivo, Guida Martins

Com um filho de 10 anos, este pai procura já o essencial para o novo ano lectivo. O

essencial mesmo porque o regresso à escola implica gastos que interferem com o já

precário equilíbrio mensal.

Vivo, Ricardo Rocha

Esta sala de livros escolares mostra que, embora a maioria das reservas tenha sido feita

antes da partida para férias, as entregas podem demorar um pouco mais porque há

contas de muitas centenas de euros

Vivo, Guida Martins

Nesta papelaria do centro da cidade, pais e encarregados de educação compram os livros

escolares e ganham 5% do valor global da fatura em material escolar. Uma opção que

não dispensa no entanto uma ida aos hipermercados onde, regra geral, os preços são

mais baixos.

Vivo, Sandra Gonçalves

Ao material didáctico juntam-se ainda as compras de vestuário e calçado, setor em que é

cada vez mais difícil conciliar o interesse de pais e filhos.

Vivo, Ricardo Rocha

Page 75: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

E, o decréscimo de poder de compra nota-se também na aquisição de equipamento

desportivo

Vivo, Telmo Ferreira

O contexto económico é de contenção e os gastos inerentes ao regresso às aulas

eliminam outras intenções de compra.

Acampamento Nacional de Escuteiros

Milhares de escuteiros estão reunidos no acampamento nacional, em Idanha-a-Nova.

Até sexta-feira, o movimento escutista português explora a natureza e vive novas

experiências.

[Segue clip]

[Notes] Idanha-a-Nova

Voxpop

Carlos Pereira, Chefe nacional do acampamento

Voxpop

Repete Carlos Pereira

Adrian Didier, Delegação francesa

Sérgio Mota, diretor de comunicação do Acanac

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Entre escuteiros e voluntários, estão reunidas 17.100 pessoas no Monte Trigo, em

Idanha-a-Nova

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

As atividades na barragem concentram três mil e quinhentos escuteiros por dia

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Cada escuteiro pagou oitenta euros para participar no mega acampamento

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

A anterior edição realizou-se no mesmo local há cinco anos e reuniu quase dez mil

pessoas

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Estão representados os 18 distritos do país e as duas regiões autónomas da Madeira e

Açores

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Page 76: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Além da participação de Macau, as comitivas internacionais abrangem delegações de

doze países

ACAMPMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Até sexta-feira, o corpo nacional de escutas estima servir cerca de 306 mil refeições

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Movimento escutista de orientação católica nasceu há 89 anos em Braga

ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS

Www.acanac2012.org

(Respiro)

E a aventura já começou. Os setenta e nove hectares do Monte Trigo ganharam vida e

até sexta-feira o movimento escutista é aprofundado a muitas vozes. Pronúncia do norte

incluída.

Vivo, Voxpop

De Braga para Idanha. A viagem valeu pela estreia em mega acampamentos e pelo

retorno da experiência.

Vivo, Voxpop (2 entradas)

Entre escuteiros e adultos voluntários, são 17 mil e cem pessoas em convívio e

atividades que também se estendem à barragem de Idanha.

Vivo, Carlos Pereira

A natação, a canoagem ou um simples passeio de barco. Tudo é possível no espelho de

tanta diversão.

Vivo, Voxpop (3 entradas)

Dos 6 aos 22 anos, os escuteiros portugueses fazem a festa e trocam experiências com

quem vem de fora.

Vivo, Carlos Pereira/ Adrian Didier

Milhares de tendas e de participantes dão trabalho a cerca de 2600 voluntários e a uma

equipa de comunicação que monitoriza o acampamento e faz a ligação entre pais e

filhos.

Page 77: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Vivo, Sérgio Moita

Tudo disponível na internet.

Vivo, Sérgio Mota

O acampamento nacional de escuteiros prolonga-se até à próxima sexta-feira.

Desfile de moda na Guarda

Os comerciantes da Guarda também se queixam da quebra de poder de compra e do

consumo. A organização de um desfile de moda foi a primeira de várias iniciativas para

estimular as vendas.

[Segue clip]

[Notes] Guarda, ontem

Sandra Brízio, Agência Space Milan

Isabel Guerra, Cabeleireira

Rita Pires, Comerciante

Repete Sandra Brízio

Hugo Pinheiro, Comerciante

Voxpop

Voxpop

Voxpop

DESFILE DE MODA NA GUARDA

Comerciantes da cidade associaram-se para promover artigos das suas lojas

DESFILE DE MODA NA GUARDA

Desfile de moda teve como objectivo estimular o consumo no comércio tradicional

DESFILE DE MODA NA GUARDA

Cláudio Ramos da SIC apresentou o desfile na emblemática praça velha

Page 78: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Por uma vez, o centro comercial instalou-se a céu aberto. A Associação de comerciantes

e uma agência da especialidade prepararam um desfile com propostas para este

outono/Inverno e com manequins recrutados na cidade.

Vivo, Sandra Brízio

Na antecâmara da passerelle, os comerciantes mostravam ânimo, contagiados pelo

entusiasmo das crianças e adolescentes e pela exigência de estimular o comércio local.

Vivo, Isabel Guerra

Cá fora, a população concentrava-se enquanto os lojistas reafirmavam o interesse em

animar o centro histórico da Guarda.

Vivo, Rita Pires

O dia estava ameaçado pela chuva mas em tempo de crise e quebra de vendas os

comerciantes da Guarda arriscaram o desfile na rua.

(Respiro)

Vivo, Hugo Pinheiro

(Respiro)

Vivo, João Belo

Embora amadores, os pequenos manequins arrancavam grandes aplausos da assistência

que não ficou indiferente a uma iniciativa pouco vulgar na Praça Velha.

Vivo, Elizabete Batista/Patrícia Custódio

Vencer as quebras no consumo é tudo o que precisa o comércio da Guarda afetado

também pela falta de clientes e pela quebra geral de confiança.

(Respiro)

Dia dos avós

A poucos dias da chegada do mês de Agosto, as aldeias portuguesas começam a estar

apinhadas de emigrantes. As famílias reencontram-se e matam saudades como acontece

na Guarda. Avós e netos trocam os mimos que faltaram no resto do ano.

[Segue clip]

[Notes] Fernão Joanes, Guarda

Gracinda Sousa Tavares, Avó

Repete Gracinda Sousa Tavares

Page 79: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Repete Gracinda Sousa Tavares

Aline Vendeiro, Neta

Virgínia Gaspar, Avó

Altino Gaspar, Avô

Repete Virgínia Gaspar

Cíntia Lopes

Repete Virgínia Gaspar

Repete Altino Gaspar

Repete Gracinda Sousa Tavares

DIA DOS AVÓS

Os avós rezam para que os filhos e netos emigrantes regressem em segurança

DIA DOS AVÓS

A avó Gracinda de 83 anos só não gosta que alguns netos residentes em França não

falem português

DIA DOS AVÓS

Os pais dos pais confessam que têm mais paciência com os netos e que condicionam a

vida por eles

A espera anual é feita no largo das varandinhas. A avó Gracinda reúne sete filhos e 13

netos e bisnetos mas para muitos a viagem é longa e, por esta altura, a mulher de fé,

ergue as mãos para o céu.

Vivo, Gracinda Sousa Tavares

Aos 83 anos ainda se sente capaz de fazer o almoço para os vinte e oito que pode reunir

à mesa. O mais difícil é comunicar com os netos que vêm de França e da Suíça.

Vivo, Gracinda Sousa Tavares

Ainda assim, a comunicação acontece porque a avó preocupa-se, insiste e faz perguntas.

Vivo, Gracinda Sousa Tavares/ Aline Vendeiro

O parque da Senhora do Soito também reúne avós e netos. Por enquanto, as brincadeiras

ao ar livre reúnem quatro irmãos, mas m poucos dias vão ser mais. Todos, filhos de

emigrantes em França.

Page 80: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Vivo, Virgínia Gaspar

As férias em Portugal não mudam no entanto o papel dos avós. Aqui como no país de

acolhimento, são o grande apoio dos pais.

Vivo, Altino Gaspar/Virgínia Gaspar/ Cíntia Lopes

Os miúdos não largam os avós porque os pais ralham e avós estragam as crianças com

mimos.

Vivo, Virgínia Gaspar/Altino Gaspar

São a alegria de quem tem uma idade maior. Emocionam-se e, como se diz por estas

aldeias, reinventam o papel de pais a dobrar.

Vivo final, Gracinda Sousa Tavares

Feira Medieval de Belmonte

Centenas de pessoas assistiram ao arranque da nona feira medieval de Belmonte. O

centro histórico e o largo do castelo foram o palco privilegiado de um evento que vale

pela recriação de uma época remota.

[Segue clip]

[Notes] Belmonte

Paulo Martinho, Falcoeiro

João Ferreira, Monitor

Voxpop

Lurdes Cariano, Artesã

Voxpop

Voxpop

Voxpop

FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE

O cortejo real abriu a feira que vai prolongar-se até ao final do dia de domingo

FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE

Page 81: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

O centro histórico e o largo do castelo estão povoados de tendas de comes e bebes e

algum artesanato

FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE

Fim-de-semana vai ser animado por diversos espetáculos de recriação medieval

(Respiro)

O rei, a rainha, os músicos, os artesãos e os bobos da corte. Todos desfilaram pelas ruas

de Belmonte em sinal de abertura da nona edição da feira medieval.

(Respiro)

Entre tendas de comes e bebes e artesanato de vários pontos do país, os figurantes

rumaram ao largo do castelo onde a falcoaria improvisada recolhe boa parte das

atenções.

Vivo, Paulo Martinho

Aves de rapina para os nobres e outros jogos param o povo. Miúdos e graúdos

experimentam os mais tradicionais.

Vivo, João Ferreira

(Respiro)

Vivo, Voxpop (espanhol)

Tudo enquadrado em ambiente medieval onde os comerciantes e artesãos também

recuam no tempo e vivem à época.

Vivo, Lurdes Cariano

(respiro)

Vivo, Voxpop

Aproxima-se a hora do jantar e os cheiros gastronómicos misturam-se nas ruas de

Belmonte. O difícil é escolher.

Vivo, Voxpop

As temperaturas dos verões à moda antiga convidam a sair à rua e a experimentar o

tempo de festa.

Page 82: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Vivo, Voxpop

A feira medieval é atração de todo o fim-de-semana em Belmonte. Animação de rua e

espetáculos musicais estão assegurados.

(Respiro)

Férias em tempo de crise

Longe do mar, os portugueses aproveitam as praias fluviais para descasar e ir a banhos.

Valhelhas a meio caminho entre a Guarda e a Serra da Estrela é uma das mais

frequentadas e em tempo de crise, ganha especial importância.

[segue clip]

[Notes] Praia fluvial de Valhelhas, Guarda, Esta manhã

Voxpop

Voxpop

Voxpop

Voxpop

Voxpop

Michel Florêncio, Empresário

Voxpop

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE

Centenas de pessoas escolhem a praia fluvial de Valhelhas para descansar

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE

Várias famílias convivem, fazem refeições e partilham as merendas

FEIRAS EM TEMPO DE CRISE

Em cada época balnear são esperadas 50 a 60 mil pessoas mas este ano podem ser mais

(Respiro)

Com o país mergulhado em dificuldades, a água doce de Valhelhas descansa os cortes

no orçamento e sublima a crise.

Page 83: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Vivo, Voxpop

A paisagem é de montanha e cativa centenas de pessoas por dia. Longe da areia e da

água salgada, a alternativa passa pelo rio Zêzere.

Vivo, Voxpop

(RESPIRO)

Vivo, Voxpop

Chamam-lhe a praia do garrafão. A maioria dos frequentadores traz o farnel e come por

ali mesmo.

Vivo, Voxpop

(RESPIRO)

Ao fim de semana, a lotação esgota na praia como no parque de campismo, mas a opção

ganha adeptos e não escolhe dia certo.

Vivo, Voxpop

Além dos banhos, breves ou nem tanto, o sol, a relva e as esplanadas convidam ao

repouso em férias tranquilas e mais baratas.

Vivo, Voxpop/ Michel Florêncio/Voxpop

Aberta como tal desde 95, Valhelhas é a praia fluvial do concelho da Guarda com

bandeira azul.

Em cada época balnear, passam por ali 50 a 60 mil pessoas, mas este ano, são esperados

mais banhistas por causa dos cortes nos orçamentos familiares.

Idosos com medo dos assaltos

Os idosos vivem com receio de serem assaltados ou agredidos. A conclusão é de um

estudo da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima que aponta o medo como causa

direta da perda de qualidade de vida.

[Segue clip]

Page 84: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

[Notes] Misarela, Guarda

Lurdes Veloso, Vítima de assalto

Voxpop

Voxpop

Voxpop

Voxpop

IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS

Estudo da APAV revela que os idosos vivem com medo de serem vítimas de assaltos

IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS

O receio é mais vincado entre as mulheres dos 45 aos 64 anos e na região do Algarve

IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS

Assaltos a residências aumentam o sentimento de insegurança entre os mais idosos

A viver sozinha e quase isolada numa quinta da aldeia de Pero Soares, esta idosa foi

assaltada em casa enquanto dormia. Os ladrões encapuzados levaram o dinheiro e o

ouro que tinha em casa. Aconteceu há quatro meses, mas o medo persiste.

Vivo, Lurdes Veloso

Casos como este passam de boca e boca. Na aldeia vizinha de Misarela o assalto ainda

está presente na memória da população e houve até quem logo tomasse precauções.

Vivo, Voxpop

O receio de ser vítima de assaltos e agressões está expresso num estudo recente da

APAV especialmente entre as mulheres dos 45 aos 64 anos de idade.

Vivo, Voxpop

Com os resultados do barómetro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima conclui

que o assalto a residência tem uma relação direta com o aumento do clima de

insegurança entre os mais idosos.

Vivo, Voxpop

Page 85: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Dispara a criminalidade e a qualidade de vida dos mais velhos é afetada pelo receio de

ser assaltado ou agredido.

Vivo, Voxpop

A GNR tem feito acções de sensibilização e de alerta para os perigos dos idosos abrirem

a casa a estranhos ou de acreditarem no conto do vigário, mas os perigos e os receios

mantêm-se.

Incêndio em Seia

Ainda por dominar, o fogo que começou ontem em Seia já rodeou várias aldeias do

concelho e continuar a queimar floresta protegida do parque natural da Serra da Estrela.

[Segue clip]

[Notes] Seia, Hoje

INCÊNDIO EM SEIA

O fogo lavra há pelo menos vinte horas e três bombeiros sentiram-se mal devido ao

cansaço

INCÊNDIO EM SEIA

Fogo rodeou várias aldeias do concelho de Seia e as populações temeram pela

segurança das casas

INCÊNDIO EM SEIA

No terreno estão centena e meia de bombeiros apoiados por um helicóptero

Há várias horas no terreno, os bombeiros começam a ser vencidos pelo cansaço e pelo

menos três homens sentiram-se mal e abandonaram a zona de fogo. Empurradas pelo

vento, as chamas já percorreram muitos quilómetros no parque natural da Serra da

Estrela.

Vivo, Voxpop

O incêndio começou na noite de Domingo em Carragosela. Logo depois rodeou a aldeia

de Torroselo e caminhou em direção a Furtado, de onde alguns idosos chegaram a ser

evacuados pela GNR.

Vivo, Voxpop

Page 86: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

A falta de limpeza das matas associada ao vento forte têm dificultado o combate deste

incêndio que por agora corre na direcção da povoação de Corgas e não tem hora para ser

dominado.

Incêndios varrem culturas

Na hora do rescaldo dos incêndios de Seia e Gouveia já se fala em reflorestar a área

ardida. Agricultores e povoadores florestais queixam-se que os apoios financeiros são

apenas canalizados para o combate e não para a prevenção dos fogos florestais.

[Segue clip]

[Notes] Mangualde da Serra, Gouveia

Voxpop

António Machado, Pres. Associação Distrital de Agricultores

Voxpop

Repete António Machado

José Mota, Pres. Associação Florestal “Urze”

Repete José Mota

Repete António Machado

INCÊNDIOS VARREM CULTURAS

Estima-se que os fogos de Seia e Gouveia tenham queimado cerca de cinco mil hectares

INCÊNDIOS VARREM CULTURAS

Os prejuízos de correm da destruição de pinhal, acácias, carvalhos, castanheiros e

terrenos agrícolas

INCÊNDIOS VARREM CULTURAS

Associação Distrital de Agricultores lamenta falta de apoios para construção de charcas

INCÊNDIOS VARREM CULTURAS

Impõem-se reflorestar aa zona ardida mas ouvem-se protestos por causa da falta de

apoios financeiros

Page 87: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Ainda em sobressalto, as mulheres de Mangualde da Serra espreitavam o fumo que

ontem ao final do dia escalava a serra.

(Respiro)

Bombeiros andavam acima e abaixo em vigilância porque a noite tinha sido traiçoeira.

O fogo aproximou-se da aldeia e ainda chamuscou algumas culturas.

Vivo, Voxpop/António Machado

Os meios aéreos são os mais eficazes para chegar a pontos íngremes mas para a

associação de agricultores podiam ser mais se a água estivesse mais à mão.

Vivo, António Machado

Arderam essencialmente vinhas e oliveiras que ainda são importantes para a economia

local.

Vivo, Voxpop/António Machado

Em pleno parque natural da Serra da Estrela arderam grandes extensões de mato e

floresta. O próximo passo será a reflorestação da área ardida, mas as queixas de falta de

apoios são recorrentes.

Vivo, José Mota

Em Gouveia as três equipas de sapadores florestais estão reduzidas a apenas uma pelo

que o trabalho de prevenção parece comprometido de ano para ano.

Vivo, José Mota

Os números ainda são provisórios, mas estima-se que nestes dias tenham ardido cerca

de 5 mil hectares de mato, floresta, castanheiros, acácias e carvalhos.

O maior abraço do mundo

O vigésimo segundo acampamento nacional de escuteiros encerrou ontem à noite de

forma inédita. Mais de dezassete mil pessoas deram um abraço que pretendeu ser o

maior do mundo.

[Notes] Idanha-a-Nova, Ontem

[Segue clip]

Voxpop

Voxpop

Duarte Pico, Co- Autor da ideia do recorde

Page 88: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Voxpop

Diogo Rodrigues, Co-autor ideia do recorde

O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO

Mais de 17 mil pessoas deram um abraço para obter o recorde do maior abraço do

mundo

O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO

O apresentador da SIC João Manzarra, conduziu a festa escutista em Idanha-a-Nova

O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO

O próximo acampamento nacional realiza-se em 2016 mas a localização ainda não está

decidida

(Respiro)

Levaram horas a organizar-se em redor do palco improvisado para a grande noite. Eram

afinal milhares, os escuteiros que queriam ficar na história do maior abraço do mundo.

Vivo, Voxpop

(Respiro)

De pé, sentados, aos gritos e a cantar. Todos pareciam encantados com a forma que a

moldura humana ía tomando e com as histórias vividas na última semana.

Vivo, Voxpop

Em compasso de espera para o mega abraço, o encerramento da festa escutista subiu ao

palco.

(Respiro)

Vivo, Duarte Pico

Contagiada pela ternura, toda a comunidade se abraçou para memória futura.

(respiro)

Vivo, Voxpop

O primeiro abraço da noite durou dez segundos mas o recorde pedia um minuto. A

proeza foi repetida na esperança de ser aceite como grande.

Vivo, Diogo Rodrigues

O próximo acampamento nacional está previsto para daqui a quatro anos, mas onde

ainda não se sabe.

Paixão pela escrita

Page 89: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Será a saúde fonte de inspiração para a escrita de romances? Vem a questão a propósito

de dois profissionais da área que, decidiram mostrar a veia literária e publicar livros. Do

casamento entre as ciências e as letras, podem, afinal, nascer novos escritores, como

está a acontecer na Guarda.

[Segue clip]

[Notes] Mata de Lobos, Figueira de Castelo Rodrigo

Álvaro Carvalho, Escritor

Repete Álvaro Carvalho

Repete Álvaro Carvalho

João Lopes, Escritor

Repete João Lopes

Repete João Lopes

Repete Álvaro Carvalho

Repete João Lopes

Madalena Ferreira

PAIXÃO PELA ESCRITA

Natural de Matas de Lobos, Figueira, Álvaro Carvalho já foi diretor do Hospital Garcia

da Orta

PAIXÃO PELA ESCRITA

O médico publicou o livro “Oito menos um quarto” sobre o surto de emigração na terra

natal

PAIXÃO PELA ESCRITA

O escritor defende o SNS e critica a contratação de profissionais de saúde a baixo custo

PAIXÃO PELA ESCRITA

João Lopes, técnico de radiologia de 53 anos diz que a escrita é uma forma de libertação

PAIXÃO PELA ESCRITA

Porta da Baía fala da herança de um segredo que atravessa três gerações da mesma

família

PAIXÃO PELA ESCRITA

Os dois livros são assinados por beirões que não resistem em colocar a Guarda no mapa

Page 90: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

São oito menos um quarto, e, tal como década de 50 do século passado, a carreira chega

à aldeia de Mata de Lobos.

(Respiro)

O ritual de cada partida remete o médico Álvaro Carvalho de 63 anos para a drama da

emigração, descrito no livro que acaba de publicar. Fala a experiência porque Lisboa

também foi a cidade onde fez carreira.

Vivo, Álvaro Carvalho

Volta, porque os afetos falam alto e a reflexão entre a emigração de ontem e de hoje

também se diz.

Vivo, Álvaro Carvalho

Pensamentos cruzados levam o autor a usar o bisturi e a dissecar o serviço nacional de

saúde.

Vivo, Álvaro Carvalho

[Notes] Guarda

(Respiro)

Também é no Hospital Distrital da Guarda que João Lopes absorve experiências e

recolhe histórias, mas para este técnico de radiologia, a vida não é só trabalho.

Vivo, João Lopes

Vivências e muita imaginação deram à estampa Porta da Baía, um romance que levou

quatro anos a concluir. As primeiras ideiam é que, confessa o autor, têm mais de 20.

Vivo, João Lopes

E, nem de propósito porque o livro também fala de heranças.

Vivo, João Lopes

Primeiro estranha-se e depois entranha-se. A escrita desperta novas emoções e preenche

os vazios.

Vivo, Álvaro Carvalho/João Lopes

Cresceu e vai multiplicar-se porque ambos escrevem já novos títulos.

Vivo final, Madalena Ferreira

Parapente na Serra da Estrela

Cerca de setenta parapentistas despediram-se hoje dos céus de Sameiro, em plena serra

da Estrela.

Page 91: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Nem todos entraram na competição internacional, mas a alegria de voar em pleno vale

do Zêzere, foi geral.

[Segue clip]

[Notes] Sameiro, Manteigas, Hoje

[Notes] É PRECISO LEGENDAR OS VIVOS

Vítor Baía, Organização

James, Piloto Britânico

Repete Vítor Baía

Alberto Rania, Pres. Federação de parapente da Venezuela

Pedro Moreira, Campeão Nacional de Parapente

Luíz Gomes, Piloto

Emma Casanova, Federação Inglesa de Parapente

PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA

Durante cinco dias o Open juntou 70 parapentistas e mais dez praticantes de Asa Delta

PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA

Sameiro recebeu pilotos portugueses, australianos, ingleses, venezuelanos e finlandeses

PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA

O venezuelano Luíz Gomes ganhou a manga mas o vencedor do Open foi Pedro

Moreira

Vivo, Vítor Baía

O último briefing do Open de parapente trazia boas notícias. Céu azul e vento fraco

antecipavam duas boas horas de voo e maior reputação para o lugar da asinha em

Sameiro na Serra da Estrela.

Vivo, James

Este inglês preferiu o lazer à competição mas as duas opções são bem-vindas no Open

que junta pilotos do mundo inteiro.

Vivo, Vítor Baía

Participantes que já tinham cruzado os céus da Serra da Estrela, planaram ao lado de

quem fez a estreia e ficou deslumbrado.

Vivo, Alberto Rania/Pedro Moreira/Luíz Gomes

Sameiro já foi palco do Open nórdico há dois anos e em 2013 pode receber o

campeonato britânico.

Page 92: Ficha Técnica - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1548/1/Anabela Fernandes... · fases do trabalho jornalístico, desde a preparação,

Vivo, Emma Casanova

Para o ano há mais emoções e de muitas cores no cimo do mundo.