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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

Título: A escrita e a reescrita de textos no ensino fundamental: uma elaboração didática do gênero diário pessoal.

Autor: Lucélia Semensato

Disciplina/Área:

(ingresso no PDE)

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga

Município da escola: Colombo - PR

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Norte

Professor Orientador: Nívea Rohling

Instituição de Ensino Superior: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Relação Interdisciplinar:

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Não tem

Resumo:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

A presente unidade didática propõe atividades acerca da leitura, produção textual escrita e reescrita no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, instrumentalizada a partir do gênero discursivo Diário com enfoque nas práticas de relato pessoal. Tem como objetivo atender às necessidades dos estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga, município de Colombo – PR, que evidenciam dificuldades no que se refere à apropriação de práticas de leitura, e com isso o trabalho com a escrita é também afetado. Diante disso, propõe-se potencializar a reflexão sobre os diferentes usos da leitura e da escrita em diferentes gêneros discursivos por meio de atividades articuladas. A proposta assume a concepção interacionista de linguagem proposta pelas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Paraná e tem como unidade de ensino e

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aprendizagem o texto visto como enunciado na concepção bakhtiniana. Do ponto de vista metodológico, adota-se a abordagem qualitativa-interpretativista (MINAYO, 2010). Assume-se a orientação metodológica de Lopes-Rossi (2002) e Rodrigues (2008) acerca do trabalho com as práticas de leitura e escrita a partir de atividades de linguagem integradas a partir da noção de gêneros discursivos. Além disso, será dada ênfase no trabalho com a reescrita de textos com vistas à apropriação das convenções da escrita a partir dos estudos de Menegassi (2001); Ruiz (1998) e Serafini (1994).

Palavras-chave:

(3 a 5 palavras)

Gêneros discursivos; leitura; escrita; reescrita

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público: (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS- PDE IES-UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR

IMPLEMENTAÇÃODO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PDE

A escrita e a reescrita de textos no ensino fundamental: uma

elaboração didática do gênero diário pessoal

Produção Didático-pedagógica apresentada à Secretaria de Estado Educação do Paraná- SEED, Diretoria de Políticas e Programas

Educacionais – DPPE, ao Núcleo Regional Área Metropolitana Norte, como requisito obrigatório ao cumprimento do Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE, sob orientação da Profª Drª Nívea Rohling.

Colombo -2016

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Professor(a),

Esta produção didático-pedagógica intitulada: “A escrita e a reescrita de textos no

ensino fundamental: uma elaboração didática do gênero discursivo diário pessoal” tem por

objetivo apresentar um conjunto de atividades de leitura, escrita e revisão/reescrita a partir

do gênero diário pessoal nas aulas de Língua Portuguesa. Esperamos que as atividades

propostas possam desenvolver, nos educandos do 6º ano do Ensino Fundamental, do

Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga, do município de Colombo – PR., uma maior

apropriação de práticas de leitura e de escrita, produzindo também uma compreensão

mais ampliada acerca das convenções da escrita. Para tanto, o trabalho com os gêneros

discursivos se faz relevante, tendo em vista que possibilita o entendimento dos diferentes

usos de linguagem em relação a determinados contextos interlocutivos. Ao apresentar

possibilidades de trabalho com as práticas de leitura, escrita e reescrita a partir do gênero

discursivo diário pessoal em sala de aula, será possível ampliar o conhecimento sobre

esse gênero no que se refere à função social, contexto de produção e circulação, sua

organização composicional e suas marcas linguísticas.

A escolha do gênero discursivo diário pessoal deu-se por observar que os

estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental, possuindo idades entre 10 e 12 anos,

identificam-se com o gênero por se tratar de uma leitura informal, fluida, interessante e

atrativa pelas linguagens não-verbais que apresentam. Dessa forma, acredita-se que

assimilarão com maior facilidade suas características e intencionalidade nas produções

propostas.

Assim sendo, propomos um trabalho pautado na metodologia de Unidade Didática

(UD), conforme proposta de Lopes-Rossi (2002), de enfocar, em sala de aula, o trabalho

com textos de diferentes gêneros, provocando reflexões sobre seu contexto de produção,

evidenciando seus aspectos discursivos mais que suas propriedades formais, valorizando

o estudo da situação de produção, do contexto e da circulação dos textos.

A elaboração didática do gênero discursivo diário pessoal, apresentada nesta

unidade didática, tem como base a proposta de Rodrigues (2008, p.173), que propõe os

seguintes passos metodológicos:

1º - Pesquisar o gênero do discurso; 2º - Selecionar os textos do gênero a ser trabalhado; 3º - Realizar leitura do texto como enunciado (se colocar como interlocutor do texto em foco); 4º - A prática da leitura - estudo do texto e do gênero; 5º - A prática de produção textual; 6º - A prática de revisão e reescrita de textos.

Esta unidade didática (UD) apresenta um conjunto de textos comentados,

estudados, com a finalidade de solucionar as dificuldades encontradas no 6º ano do

Ensino Fundamental, na qual o gênero diário pessoal será o principal gênero abordado

nesta unidade didática, utilizando concomitantemente como suporte para tais atividades o

gênero relato. Ao término do processo de produção de diários pelos alunos, os textos

serão expostos num blog que os próprios alunos criarão e/ou postados no site do colégio

para acesso da comunidade escolar, com o intuito de socializar o trabalho realizado por

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eles. Desta forma propõe uma abordagem sociointeracionista da linguagem e tem por

procedimento metodológico a unidade didática (UD), a partir da orientação teórico-

metodológica de Lopes-Rossi (2002), Rodrigues (2008) e estudos sobre a reescrita de

Menegassi (2001); Ruiz (1998) e Serafini (1994), a unidade didática se organizará a partir

de módulos com enfoque na leitura, escrita e reescrita de textos.

Apresentação da situação: este é o momento em que os estudantes serão informados que participarão do Projeto de Implementação e que tarefas realizarão no decorrer do mesmo. Módulo I – Leitura: constitui-se nos conhecimentos a serem produzidos sobre o gênero

acerca de suas propriedades discursivas, temáticas e composicionais, com o objetivo de

levar o estudante a discutir, comentar e conhecer as condições de produção e de

circulação do gênero a partir de diferentes textos e que possa ter contato com o seu

portador. Na perspectiva de ensino atual, é fundamental que consideremos como parte

das características composicionais dos gêneros não apenas o texto verbal, mas também

todos os elementos não verbais que os compõem. A sequência de atividades desse

primeiro módulo didático contribui para o desenvolvimento de habilidades de leitura dos

alunos e os prepara para a produção escrita no sentido de dotá-los dos conhecimentos,

ainda que básicos, sobre o gênero.

Módulo II – Escrita: a elaboração didática inclui planejamento da produção (definição do

tema, do esboço geral do texto, da forma de obtenção de informações, dos recursos

necessários), coleta de informações, produção da primeira versão, revisão colaborativa do

texto, produção da segunda versão, revisão colaborativa e produção da versão final,

incluindo o suporte para circulação do texto. Observa-se que, nessa etapa de atividades

de escrita, o aluno já está imbuído de conhecimentos adquiridos no módulo de leitura.

Revisão e correção participativa dos textos produzidos pelos estudantes, envolvendo o

professor, outros colegas de sala e até mesmo outros leitores são atividades muito

importantes nesse módulo. A refacção do texto e uma revisão colaborativa com a

intervenção do professor são necessárias e primordiais para melhor apropriação e

domínio da escrita.

Nota-se que a autora trabalha escrita e reescrita textual num único módulo, pois

entende que com as atividades de leitura desenvolvidas no primeiro módulo, pressupõe-

se de que o aluno ainda não conhece suficientemente o gênero discursivo proposto pelo

professor, logo, com a apropriação de suas principais características pela leitura e, na

sequência, com a explicitação dos movimentos retóricos e passos para a produção, torna-

se desnecessária a primeira produção do gênero para diagnóstico das capacidades

adquiridas pelos alunos em um outro módulo. Assim sendo, pode-se trabalhar produção

textual escrita e sua refacção em um único módulo, visto que nessa fase o aluno já se

mostra mais atento às formalidades da escrita em função do objetivo pretendido.

Essa fase de correção dos textos permite ao professor selecionar dificuldades

gramaticais dos alunos e usá-las em exercícios de análise linguística, em outros

momentos da aula, conforme sugere Lopes-Rossi (2002), no entanto, a autora não

especifica como acontece a análise linguística.

Módulo III – Divulgação ao público: a divulgação ao público das produções dos alunos

de acordo com a forma típica de circulação do gênero requer algumas providências, como

expor ou distribuir os textos ao público alvo. É uma etapa de grande satisfação por parte

de todos os envolvidos no projeto, gerando orgulho e sentimento de tarefa cumprida. Essa

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exposição encerra um processo que contribuiu para o desenvolvimento das habilidades

comunicativas dos alunos e para a ampliação de seu conhecimento de mundo.

Para tanto, a implementação dessa unidade didática (UD) de ensino, prevê a

realização de três módulos, sendo o 1º. módulo de análise e debate do Projeto de

Intervenção Pedagógica; o 2º. módulo é composto pelas atividades didático-pedagógicas

e o 3º. módulo compreende a avaliação dos dois primeiros módulos. Já os conteúdos

estão divididos em oito (8) oficinas que podem ser adaptadas para aulas. Essas oficinas

enfatizam o trabalho com a leitura, a produção (oral e escrita) e a análise linguística de

textos do gênero diário pessoal, totalizando trinta e duas (32) aulas, com atividades que

contemplarão questões importantes para a compreensão e produção textuais quanto aos

propósitos comunicativos, condições de produção e de circulação, contexto político,

social, ideológico e histórico de cada texto, além da interpretação e inserção de elementos

não-verbais nas produções. Após a realização das oficinas, os resultados serão

analisados e interpretados qualitativamente.

UNIDADE DIDÁTICA

Gênero Discursivo Diário

1º módulo: análise e debate do Projeto de Intervenção Pedagógica e

leitura.

Professor, segundo Lopes-Rossi (2002), a leitura de gêneros discursivos na escola não pressupõe sempre a produção escrita, mas, esta, pressupõe sempre atividades de leitura para que os estudantes se apropriem das características dos gêneros que produzirão. Sendo assim, para um melhor desenvolvimento e apropriação das regularidades do gênero diário, na produção escrita, deve sempre ser iniciado por um módulo didático de leitura.

Oficina 1 - Apresentação da situação (1 aula)

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Objetivo:

Possibilitar práticas de leitura e escrita com enfoque nas regularidades

discursivas, textuais e linguísticas do gênero diário.

Antes de iniciar o trabalho de implementação pedagógica, em sala de aula, os alunos serão informados que participarão de um projeto, no qual trabalharão com a leitura e análise de diversos textos com ênfase no gênero textual diário pessoal. O projeto pretende desenvolver atividades diversificadas de leitura, bem como atividades de compreensão e interpretação que buscam relacionar o texto com a realidade, numa visão dialógica.

Oficina 2 - Produção inicial – Apresentação do Projeto de Intervenção

Pedagógica (1 aula)

Objetivo:

Apresentar aos alunos o projeto de intervenção pedagógica e o papel de

cada um deles nas diferentes etapas a serem desenvolvidas.

Professor, neste momento do trabalho, você deve apresentar aos alunos os motivos que o levou a escolher esse projeto, em que consiste o projeto, seus objetivos, os procedimentos metodológicos, como ele será realizado, o tempo de duração e como ele será finalizado. Em seguida, deve-se iniciar a discussão sobre que é Gênero Diário pessoal para levantamento dos conhecimentos prévios sobre o gênero proposto.

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Oficina 3 - Filme: Diário de um banana I – (Disparador) – (3 aulas)

Objetivo:

Despertar o interesse do gênero Diário pessoal nos estudantes, visando

maior apropriação de sua regularidade.

Será proposto que assistam ao filme “Diário de um banana I”. Ao término do filme

será realizado um roteiro de debate focalizando questões de suas práticas de relatos e

diários, perguntando se eles têm diários, se alguém da família como pais, avós ou irmãos

se têm essa prática diarista e como fazem, como eram esses diários e se eram trancados

“a sete chaves”, resgatando assim as práticas de relatar.

Na sequência, os alunos serão conduzidos à biblioteca do colégio para visitação,

conhecimento do espaço e de suas normas de funcionamento, visto que são estudantes

novatos nessa instituição de ensino e precisam desta orientação. Para o início do

trabalho, será solicitado aos discentes, que façam um levantamento dos diários existentes

na biblioteca para que observem seus aspectos composicionais e discutam por que e

quando as pessoas escrevem diários e se podem ou não virar livros suas composições.

Vale destacar que na biblioteca encontram-se vários exemplares do gênero abordado: O

diário de um banana, Diário de Anne Frank, Diário de Zlata, Querido diário otário, Diário

da Julieta, Diário de um mago, Diário secreto de uma mulher, entre outros. Os alunos

poderão nesse momento fazer a ficha de leitura individual na biblioteca e escolher um

livro no formato contemplado para leitura em casa e em sala para assimilação do gênero

diário. Terminada a visitação na biblioteca, os alunos conhecerão o laboratório de

informática, espaço em que posteriormente desenvolverão atividades relativas ao trabalho

proposto.

Filme: O Diário de um banana 1: Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=bimhFMWgAdo – Acesso em 28/08/2016

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Professor, neste momento, os alunos já tomaram conhecimento do seu projeto, de seus objetivos, conheceram a biblioteca e tiveram contato com a prática de produzir diários seja por meio de livros ou filmes. Na sequência, iniciaremos com o conhecimento dos gêneros discursivos que circulam em várias esferas, sobretudo na digital, mas para isso precisaremos prepará-los para a importância do ato de ler. Para aguçar a curiosidade e prazer pela leitura de diversos gêneros, eles assistirão ao filme “A importância da leitura”.

Oficina 4 – Apresentação do vídeo “A importância da leitura”. (3 aulas)

Objetivo:

Observar e reconhecer o uso da linguagem em diferentes gêneros

discursivos, que circulam em diversas esferas de comunicação, com

enfoque na prática diarista.

Vídeo: A importância da leitura - Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=3UuQzUKUU-M – Acesso em 15 de setembro de

2016.

Sugestão de vídeos relativos ao tema:

A importância do ato de ler – Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=HnSFicBz7Mc – Acesso em 15 de setembro de 2016.

A revolta dos livrinhos – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5_jENpVBvMo

– Acesso em 15 de setembro de 2016.

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Agora é o momento de troca de ideias, questionamentos, um espaço

reservado para descobertas, onde o professor descobrirá as práticas de leitura de

seus alunos, afinal cada leitor possui uma experiência própria, cotidiana e pessoal,

tornando a leitura única, incapaz de se repetir, e este é o seu grande encanto. Para

isso, seguem algumas reflexões:

O que é ler?

O que é uma leitura prazerosa?

Você lê com frequência?

O que mais gosta de ler?

Em sua casa, há incentivos para leitura?

Que textos você costuma ler em casa?

Você frequenta a biblioteca com frequência?

O que você aprende com a leitura?

Você acha importante a prática de leitura?

Aluno(a),

responda:

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Qual a função da leitura em nossa sociedade? Por que as pessoas leem? (para

se informar, estudar ou para deixar fruir a imaginação?)

Professor, neste momento os alunos serão conduzidos à biblioteca para escolha de exemplares da obra “O diário de um banana”, para a apropriação da regularidade do gênero.

Oficina 5 – Primeiro contato com os diversos gêneros discursivos (6 aulas)

Objetivo:

Reconhecer os diversos gêneros discursivos que circulam em várias

esferas de comunicação, observando o uso do registro da escrita, com

enfoque em sua convenção.

Esta etapa consiste numa série de atividades de leitura e discussões de vários

exemplos do gênero para conhecimento de características verbais e não-verbais.

Para que o estudante se aproprie das regularidades discursivas, composicionais e

linguísticas do gênero diário pessoal, dando-lhe sustentação para uma produção textual

eficiente, é preciso que, em primeiro lugar, o professor selecione um conjunto de textos de

diversos gêneros, sobretudo, o diário pessoal com enfoque no relato. Elencamos os

fragmentos dos seguintes textos: O diário de Anne Frank (relato pessoal), O diário de um

banana (ficcional), A história de Anne Frank (biografia), Cem dias entre o céu e mar

(relato de viagem), A linguagem da internet prejudica a escrita? (entrevista), Pq jovens tc

axim? (reportagem) e um vídeo “Mãe na adolescência” (relato pessoal) , dentre esses

alguns serão trabalhados em sala.

Professor, os estudantes deverão ser separados em grupos com 3 integrantes para o início da atividade proposta. O docente deverá distribuir diversos textos de gêneros discursivos para leitura e análise,

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sendo de gêneros distintos para cada grupo, se possível. Cada estudante deverá ter o seu texto. Os gêneros deverão ser trocados entre os grupos.

Terminada a leitura/análise dos textos anteriormente propostos, abre-se para

discussão e reconhecimento de suas regularidades, com ênfase no gênero

discursivo diário – relato pessoal, onde observarão tipo de linguagem empregada;

marcas de tempo e de espaço; formas verbais; recursos semióticos; pontuação e

estratégias de contextualização.

Professor, nesse momento você deverá discutir com os alunos a diferença do livro de Anne Frank e o livro Diário de um banana, ressaltando que um é ficcional e o outro que por expor uma realidade por meio de relatos virou um livro muito famoso.

Roteiro para discussão e reconhecimento das regularidades do gênero Diário

pessoal.

Mas afinal, o que é Diário?

Você sabe o que é um diário

Já escreveu ou costuma escrever um diário?

Você deixaria alguém ler o seu diário? Por quê?

Há quem use a própria agenda como diário. Você tem agenda ou já teve?

Como a usa ou a usava? Você acha importante utilizar uma agenda?

Você sabe o que é um livro de memórias? O que ele tem em comum e de

diferente em relação a um diário?

Há indicações de lugar?

Há descrições dos espaços?

Está escrito em primeira pessoa?

Há marcações de tempo?

A linguagem utilizada é formal ou informal?

Há sequência de fatos?

Diário é um texto pessoal em que uma pessoa relata experiências,

ideias, opiniões, desejos, sentimentos, acontecimentos e fatos do

cotidiano.

Com a expansão da internet o diário manuscrito tem sido pouco explorado, porém, muitas pessoas preferem produzir seus textos com papel e caneta.

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Quem viveu antes da expansão da era da informática deve lembrar da produção de

diários, que além dos textos podiam incluir fotos, figuras, bilhetes, anotações, poesias. A

palavra “diário” (vem do latim diarium) está relacionada com o termo “dia” e pode ser

considerado uma autobiografia.

Os diários eram produzidos para serem lidos somente pelas próprias pessoas ou

por um amigo muito íntimo, pois ele reunia diversos segredos, trancados a “sete chaves”.

Além dos diários pessoais, podemos incluir na mesma categoria os diários de viagem, que relatam experiências sobre determinado passeio. Já os chamados "diários de ficção" são textos literários criados segundo o modelo confessional dos diários.

Observe que os diários podem ser importantes documentos históricos de testemunho que revelam uma época, por exemplo, o famoso “Diário de Anne Frank” em que a autora adolescente e judia aborda sobre os dias em que passou escondida na Holanda, durante o período do holocausto.

Características do Diário

As principais características dos diários são:

Relatos pessoais Histórias verídicas Registro de acontecimentos Escritos em primeira pessoa Registros em ordem cronológica Caráter intimista e confidente Subjetividade e espontaneidade Escrita confessional Vocabulário simples Presença de vocativo Linguagem informal Textos assinados

Como Fazer um Diário?

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Embora não apresentem uma estrutura fixa, os textos dos diários podem ser estruturados da seguinte maneira:

Data e Local: são indicadas no início do texto o local e a data em que foi escrito, como numa carta.

Vocativo: geralmente é incluído no começo do texto como: “querido diário”, “querido amigo diário”. Em alguns casos, as pessoas preferem inventar um nome fictício para ele, como se fosse um amigo íntimo.

Corpo de Texto: onde se desenvolvem os relatos diários, as ideias, sensações do autor.

Assinatura: normalmente, os diários são assinados a cada dia. No final do texto, aparecem o primeiro nome do autor. Antes disso, alguns apresentam uma expressão de despedida: “boa noite”, “abraços”, “até amanhã”.

Professor, na sequência será mostrado aos alunos um vídeo de

uma adolescente (youtuber) que faz um relato pessoal sobre como é ser mãe aos 17 anos, prática atualmente tão exercida pelos jovens por meio de vídeos na internet.

Vídeo: Mãe na adolescência: Preconceitos X Lições - Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=o0lLoiL3HtQ – Acesso em 20 de setembro de 2016.

Oficina 6 – Trabalhando com os gêneros discursivos (10 aulas)

Objetivo:

Analisar textos de diferentes gêneros discursivos, com enfoque na

prática diarista e relatos pessoais.

Atividade 1

Professor, explicar aos alunos que o fragmento abaixo trata-se de uma obra ficcional, do divertido livro Diário de um banana, que teve mais de cinco milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos e foi traduzido para mais de 20 línguas.

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O diário de um banana

Setembro

Terça-feira

Em primeiro lugar, quero esclarecer uma coisa: isto é um LIVRO DE MEMÓRIAS, não um diário. Eu sei o que diz na capa, mas, quando a mamãe saiu para comprar essa coisa, eu disse ESPECIALMENTE que queria um caderno sem a palavra “diário” escrita nele.

[...]

A outra coisa que eu quero esclarecer agora mesmo é que isso foi ideia da minha MÃE, não minha. Mas se ela acha que vou escrever meus “sentimentos” aqui ou coisa do tipo, ela está louca. Então, só não espere que eu seja todo “QUERIDO DIÁRIO” isso, “QUERIDO DIÁRIO” AQUILO.

Disponível em: http://www.espacoprofessor.com/2014/10/sequencia-didatica-o-diario-de-

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um-banana.html - Acesso em 29 de setembro de 2016.

Para download acesse também: https://sites.google.com/site/arquivosdakatia3/arquivos-da-katia-3/o%20diario%20de%20um%20banana.doc?attredirects=0&d=1 – Acesso em 29 de setembro de 2016.

KINNEY, Jeff. Diário de um banana. Vol. 1: Um romance em quadrinhos. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2008. p. 1-2; 4; 16-18. (fragmento).

1) Como você já sabe, em um diário ficcional, o autor do livro e o narrador da história são diferentes.

Quem é o autor do trecho lido?

Quem narra a história?

2) Quem narra os acontecimentos é uma personagem ou uma pessoa real? 3) Que palavras do texto indicam que os acontecimentos narrados ocorrem em dias

diferentes e não no mesmo dia? 4) Como você já viu, os relatos do diário costumam ser iniciados por um vocativo. Que

parte do texto que você acabou de ler fala dessa característica dos diários? Com que intenção Greg afirma que não vai usar o vocativo?

5) Em que ano escolar estão Gregory e Rowley? 6) Na sua opinião, por que Greg não quer mais que Rowley diga “brincar”? 7) Releia o último parágrafo.

Por que você acha que Rowley não está contribuindo para a boa imagem de Greg? 8) Que conselho Greg dá em relação ao primeiro dia de aula?

Atividade 2

Biografia e Vida – A história de Anne Frank

Anne Frank (1929-1945) foi uma jovem judia vítima do nazismo. Morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, deixando escrito um diário, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz (Polônia), intitulado "O Diário de Anne Frank".

Anne Frank (1929-1945) nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 12 de junho de 1929. Filha dos judeus, Otto Frank e de Edith Frank, saiu da Alemanha em 1933, para fugir das leis de Hitler contra os judeus, a família emigrou para a Holanda, quando seu pai se tornou diretor administrativo de uma empresa que fabricava produtos para fazer geleia. Anne e a irmã Margot estudaram na escola Montessori e depois foram para o Liceu Israelita.

Em maio de 1940, a Holanda foi invadida pelos nazistas, foi então que começaram as restrições contra os judeus com uma série de decretos antissemitas: deviam usar uma estrela amarela e eram submetidos a diversas proibições.

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No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos de idade, Anne ganhou um diário e nesse mesmo dia começou a escrever o seu cotidiano. No dia 9 de julho, para não serem presos, a família de Anne Frank se muda para um esconderijo, com mais quatro judeus, nos fundos de escritório de Otto Frank, na Prinsengracht, 263, permaneceu ali até 04 de agosto de 1944.

Anne Frank relatou em seu diário os conflitos de uma adolescente e a tensão de viver escondida sobrevivendo com a comida armazenada e com a ajuda de amigos. O sofrimento da guerra e os bombardeios que aterrorizavam a família, e com a possibilidade de o “anexo secreto” ser descoberto e serem mortos a tiros.

Na manhã de 04 de agosto de 1944 o esconderijo foi invadido pela Polícia de Segurança, e as oito pessoas foram levadas para uma prisão em Amsterdã, depois transferidos para Westerbork, um campo de triagem. Em 03 de setembro foram deportados e chegaram em Auschwitz (Polônia). Anne e sua irmã foram levadas para Bergen-Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha). A epidemia de tipo assolou o local no inverno, matando milhares de prisioneiros.

Anne Frank morreu de tifo, em Bergen-Belsen, Alemanha, em 12 de março de 1945, com apenas 15 anos. Seu pai foi libertado pelas tropas russas. Os escritos de Anne foram publicados por ele em 1947 com o título “O Diário de Anne Frank”. O livro foi traduzido em mais de 30 idiomas. O local do esconderijo de Anne Frank, em Amsterdã, é hoje um museu. Disponível em: https://www.ebiografia.com/anne_frank/ - Acesso em 27 de setembro de 2016 Sugestão de textos, imagens e vídeo de Anne Frank, acesse: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O-resumo-da-historia/ - Acesso em 27 de setembro de 2016.

Professor, explicar para os alunos que a biografia é um gênero discursivo, uma narração oral, escrita ou visual dos fatos particulares das várias fases da vida de uma pessoa ou personagem, no nosso caso aqui, a narrativa de vida de Anne Frank, que nos permitiu conhecer a vida e obras da autora.

O que é Biografia?

Biografia é uma palavra que tem sua origem etimológica na junção dos termos gregos βίος (bios), cujo significado é vida, e γράφειν (graphein), ou seja, grafia, escrita. É uma história contada sobre a vida de uma determinada pessoa. A biografia escrita ou filmada é o relato dos fatos que articularam a vida pessoal de alguém, desde seu nascimento, sua formação até a chegada à vida adulta com seus consequentes sucessos e fracassos.

A biografia de uma determinada pessoa pode, muitas vezes, mostrar fotos para comprovar o que aconteceu, sendo um documento cujo objetivo é mostrar a trajetória inteira da vida de alguém, com dados precisos, incluindo os nomes, locais e datas de todos os acontecimentos marcantes de sua vida.

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Na literatura, a biografia é uma narração, contando a história da vida de um indivíduo que teve papel preponderante na história, geralmente narrado por um autor, tratando o texto usando geralmente a terceira pessoa. A autobiografia é a obra em que uma pessoa narra sua própria vida, contando seus fatos mais marcantes e pessoais, situação em que, se em livro, é tratado utilizando a primeira pessoa.

Em sua estrutura, a biografia narra, em sua apresentação, quem é o personagem tratado, descrevendo os fatos principais que são os componentes da história de vida, com um desenvolvimento temporal, mostrando sua influência e suas intervenções na história e como esse personagem mudou os fatos. O final da biografia possui, geralmente, um caráter subjetivo, mostrando a importância (ou não) do personagem tratado.

De uma maneira geral, as biografias tratam da vida de personalidades públicas, de conhecido caráter ou de apresentação impecável perante a sociedade, com participação ativa nas áreas da política, da ciência, da literatura, dos esportes, dos espetáculos ou de certas pessoas que contribuíram significativamente para a evolução do ser humano, mostrando-os como exemplos a serem seguidos.

Sob outros ângulos, a biografia também pode tratar de personagens polêmicos, que atuaram de maneira errônea durante sua trajetória, podendo também se tornar exemplos de como não proceder.

Existem ainda as biografias que tratam da vida que interessa a todos, como personagens que influenciaram as artes e que o público busca informações, muitas vezes causando polêmica por sua atuação e criando até processos judiciais para que não sejam divulgados fatos que possam atingir pessoas ainda vivas.

Disponível em: https://www.significadosbr.com.br/biografia - Acesso em 27 de setembro de 2016.

Como vimos, a biografia é o relato dos fatos que articularam a vida pessoal de alguém, desde seu nascimento, sua formação até a chegada à vida adulta com seus consequentes sucessos e fracassos.

Agora é sua vez!!

1) Pesquise e traga para a próxima aula, a biografia do navegador brasileiro Amyr Klink que já realizou diversas façanhas, como passar um ano inteiro na Antártida e dar a volta ao mundo pela rota mais difícil: a circum-navegação em torno do continente antártico.

Professor, neste momento, os alunos serão conduzidos ao laboratório de informática para pesquisarem sobre o gênero proposto – Relato pessoal, assim como a biografia sugerida acima.

Atividade 3

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O diário a seguir foi escrito na época da Segunda Guerra Mundial, quando o povo

judeu teve todos os seus direitos desrespeitados e foi perseguido e assassinado

pelos nazistas. A autora do texto é Anne Frank, uma garota que, na época, tinha

treze anos.

O diário de Anne frank

12 de junho de 1942

Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero

que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda.

[...]

Domingo, 14 de junho de 1942

Vou começar com o momento em que ganhei você, o momento em que o vi na

mesa, entre meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto, quando você

foi comprado, mas isso não contava.)

[...]

Quarta-feira, 24 de junho de 1942

Querida Kitty,

Faz um calor sufocante. Todo mundo anda bufando e se esfalfando, e neste

calor eu tenho de andar para todo canto. Só agora percebo como é agradável um

bonde, mas nós judeus não temos mais permissão de usar esse luxo. Ontem, na

hora do almoço, eu tinha uma consulta com o dentista na Jan Luykenstraat. Fica

longe de nossa escola, na Stadstimmertuinen. Naquela tarde quase dormi em

minha cadeira. Felizmente, as pessoas automaticamente oferecem alguma coisa

para a gente beber. A assistente do dentista é realmente gentil.

[...]

Esta manhã ele estava me esperando de novo, e espero que daqui em diante

esteja sempre.

Anne

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Disponível em: https://issuu.com/ed_moderna/docs/singular-plural-amostra/31 -

Acesso em: 20 de setembro de 2016

Professor, realizar, caso seja conveniente, um debate acerca de todos os problemas enfrentados pela personagem Anne Frank e de toda a situação levantada por meio dessa leitura.

1) O texto lido é uma página do Diário de Anne Frank, escrita em 1942. O Diário de Anne Frank foi publicado pelo seu pai, Otto Frank, com a ajuda da escritora Mirjam Pressler, após o fim da segunda guerra mundial. Com o diário de sua filha em mãos, ele se dedicou a divulgar a obra de Anne. Em 1980 ele morre, mas deixa realizado um grande trabalho. a. Há quantos anos o diário foi publicado? b. Essa página do diário de Anne Frank é difícil de ser lida e compreendida hoje? c. O diário de Anne Frank foi escrito de acordo com a variante convencional (padrão) da língua. Transcreva do texto alguns dados biográficos, isto é, dados sobre a vida da menina, que justifiquem o domínio dessa variante linguística por ela. e. Compare a linguagem utilizada no “Diário de um banana” com a utilizada no “Diário de Anne Frank. Escreva as diferenças que há entre os dois textos em relação ao registro da linguagem: formal ou informal. A que se pode atribuir essa diferença? f. Em que pessoa o relato é feito? Que tempo verbal é empregado? Por quê? 2. Explique o que você entendeu da afirmação abaixo:

Além de obedecer a uma estrutura específica, o Diário encerra características

próprias. O protagonista e o narrador são coincidentes, ou seja, são a mesma

entidade. Por esse motivo, a modalidade de enunciação do discurso utilizada é a

primeira pessoa. O Diário é testemunha de uma situação de comunicação

unilateral.

4. Ao contrário de o “Diário de um banana”, “O Diário de Anne Frank” não é um diário ficcional, mas verídico, isto é, foi a própria Anne que o escreveu, registrando suas emoções e sentimentos em relação a sua vida familiar e mais tarde sobre os horrores da guerra. Qual é o nome que Anne dá ao diário, seu amigo e confidente? 5. Qual é a estrutura composicional? Como se apresenta a sequência dos fatos narrados? 6. O que os adolescentes costumam registrar nos diários? Com que intenção? 7. Qual é, então, a finalidade do gênero? 8. Qual parte do texto deixa claro que os judeus eram vítimas de discriminação durante a

Segunda Guerra?

9. Você acha correto alguém ser tratado de forma diferente por causa de sua origem,

religião, classe social, cor da pele ou sexo?

10. Uma palavra pode ter diferentes sentidos. Leia a seguir um verbete de dicionário que

mostra alguns dos sentidos da palavra Diário.

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Diário

1- adj. Que se realiza ou acontece diariamente (todos os dias): rotina diária. (do latim:

diarium) s.m. 2- Caderno utilizado para registrar os acontecimentos de cada dia (na vida de uma pessoa). 3- Periódico que tem publicações todos os dias; jornal. 4- Numa instituição, empresa, profissão etc., registro ou listagem dos acontecimentos

do dia a dia: diário de viagem. 5- [Popular] O que se gasta por dia: despesa diária.

Disponível em: https://www.dicio.com.br/diario/ - Acesso em 26 de setembro de 2016.

a) O texto de Anne Frank, que você acabou de ler, pode se referir a qual dos sentidos do verbete?

b) O que há no texto lido que justifica sua resposta? c) Que palavras do texto indicam a passagem do tempo? d) Algumas pessoas, quando escrevem diários, costumam iniciar o relato de cada dia

com um vocativo. Qual é o vocativo utilizado no texto lido?

Professor, explicar aos alunos que o vocativo é usado para chamar a atenção do nosso interlocutor. É uma espécie de chamamento e pode estar no início, no meio ou no fim da oração.

Atividade 4

Nos relatos pessoais, é comum o emprego da descrição para caracterizar pessoas, lugares, objetos; costuma conter episódios marcantes vividos ou presenciados pelo autor. Na sequência, você lerá um relato de viagem vivido pelo navegador brasileiro, o qual foi pesquisado por vocês, Amyr Klink. Estudaremos as principais características de textos que registram esse tipo de aventura, os relatos de viagem e os diários de viagem.

O texto a seguir faz parte de um livro chamado Cem dias entre céu e mar, em que o autor relata uma viagem de travessia do Atlântico Sul.

PARTIR

A situação a bordo era desoladora. O vento ensurdecedor, o mar difícil, roupas encharcadas, muito frio e alguns estragos. Pela frente uma eternidade até o Brasil. Para trás, uma costa inóspita, desolada e perigosamente próxima.

[...]

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Não pretendia desafiar o Atlântico – a natureza é infinitamente mais forte do que o homem - mas sim conhecer seus segredos, de um lado ao outro. Para isso era preciso conviver com os caprichos do mar e deles tirar proveito. E eu sabia como.

[...]

(Amyr Klink. Cem dias entre céu e mar. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 21-22 e 47-50.)

Disponível em: http://www.edicoessm.com.br/files/pnld/2014/reproducao_de_capitulo/vj/VJ_PORT_6_LA_PNLD_2014_Pag_154_187.pdf - Acesso em 27 de setembro de 2016.

Trabalhando com o texto

1.Com base nas informações do texto, responda: a) De que viagem trata o relato?

b) Quem está realizando a travessia?

c) Quem está relatando essa travessia?

d) Qual é o tipo de embarcação utilizada na travessia?

e) Como é a região por onde Amyr Klink estava navegando?

2.Em relatos de viagens, os marcadores de tempo organizam as informações do texto, possibilitando saber quando e em que sequência os fatos ocorreram. Da mesma forma, a objetividade e a precisão das indicações de espaço possibilitam que o leitor acompanhe a viagem, associando as informações do texto aos locais visitados. 1) Localize, no relato de Amyr Klink, e transcreva em seu caderno expressões que

marcam o tempo em que os fatos ocorreram.

2) Que efeito a ausência dessas informações produziria no texto?

3) Leia o trecho a seguir, também extraído do livro de Amyr Klink.

[...] Os dias passaram voando e o rendimento melhorara enormemente. Estava

agora a 120 milhas da costa e a mais de 170 de Lüderitz; encontrava tempo

para tudo e não mais precisava voar sobre o jantar para terminar de lavar a

louça antes que escurecesse.

Esse foi um domingo de grandes comemorações. Completava uma semana no

mar, e fiz uma enorme festa [...].

(Amyr Klink. Cem dias entre céu e mar. São Paulo: Companhia das Letras,

1995. p. 54-55)

a) Transcreva para o seu caderno informações sobre as ações do autor e indicações

sobre o tempo e o lugar em que ocorreram.

b) Quais seriam os objetivos que, em sua opinião, um autor poderia ter ao escrever um

relato de viagem?

c) Amyr Klink certamente tinha algum objetivo ao escrever o seu relato. Assinale as

possíveis razões de Amyr, dentre as relacionadas abaixo.

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Relatar a sua aventura e expor a capacidade de superação do ser humano, pois

Amyr realizou uma viagem em que houve muitos desafios e perigos.

Contar a sua história somente para outros navegantes, pois ele não tem a intenção

de relatar a travessia para pessoas que não navegam e não têm a ousadia que ele

teve.

Fornecer ao governo do Brasil um registro oficial das condições de navegação de

navios brasileiros em contato comercial com países africanos.

4.O texto que você leu apresenta duas partes: em uma delas, Amyr Klink fala de seus sentimentos em determinado momento da viagem e, em outra, apresenta uma situação de perigo que enfrentou. Quais os títulos dessas duas partes, respectivamente? 5.Releia o título da segunda parte do fragmento. Que significado esse título adquire no texto? 6.Transcreva em seu caderno a alternativa correta em relação à viagem de Amyr Klink. a) Ele não planejou a viagem, simplesmente decidiu que partiria e foi em busca de aventura. b) Ele sentia confiança em seu projeto e tinha consciência dos desafios a serem superados. c) Amyr Klink planejou apenas parte da viagem e achou que não teria muitas dificuldades e desafios? 7.Mesmo sabendo das dificuldades que enfrentaria na viagem, o trecho relata situações em que o autor demonstra ter sido surpreendido. a) Como Amyr Klink se sente ao avistar as dunas do deserto da Namíbia? b) Por que ele demonstra esse sentimento? c) O que aconteceu com o barco, deixando o navegador totalmente incapacitado para agir? 8. Com base no trecho lido, é possível imaginar as situações que o navegador enfrentou nessa fase da viagem? Por quê? 9. No texto, Amyr Klink, com base em sua experiência como navegador, compara o poder do ser humano com o poder da natureza. Transcreva em seu caderno a afirmativa que mostra a visão do autor a respeito de seu relacionamento com a natureza. a) Amyr afirma a superioridade do ser humano em relação à natureza. b) Amyr afirma a igualdade entre o ser humano e a natureza. c) Amyr demonstra respeito à natureza. 10. Você acredita que Amyr Klink teve sucesso em sua travessia? Justifique sua resposta. 11.A linguagem utilizada pelo narrador é formal ou informal? Copie no seu caderno trechos que comprovem sua resposta. 12.Que efeitos o tipo de linguagem empregado nesse diário causa no leitor? 13.Qual é o perfil do interlocutor (quem escreve e para quem se escreve?) 14.Qual é o suporte/veículo em que os diários são publicados? 15. Agora responda: O que é um relato pessoal e quais são suas características?

Organizando as informações

1) Quanto tempo durou a viagem organizada por Amyr Klink?

2) Amyr Klink relatou em seu livro tudo o que lhe aconteceu e tudo o que viu durante a

travessia? Por quê?

3) Do que tratam as informações que compõem o trecho do relato que você leu?

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Professor, informar aos alunos que, além das informações presentes no texto, nos relatos de viagem é comum a utilização de imagens, para que o leitor possa compreender melhor o que está sendo relatado. As imagens ajudam na caracterização dos espaços e podem trazer novas informações ao leitor.

4) Observe, no mapa a seguir, a rota de Amyr Klink em sua travessia.

a) Escreva em seu caderno o lugar de onde Amyr Klink partiu e qual o seu destino.

b) De que modo esse mapa contribui para a compreensão da viagem relatada no

texto?

5) Observe as fotografias que acompanham o texto do navegador.

a) Essas fotografias são imprescindíveis para a compreensão dos fatos relatados?

Explique.

b) Que informações cada uma dessas fotografias acrescenta ao texto?

Professor, agora é o momento da realização da resenha oralizada, onde você poderá, se quiser e se permitido pelo estudante, gravar sua participação nessa atividade, porém, será livre a participação dele.

1) Conte aos seus colegas oralmente a história do livro escolhido por você,

destacando os momentos mais pertinentes.

Para realização das atividades 4 e 5 acesse: Disponível em: http://www.edicoessm.com.br/files/pnld/2014/reproducao_de_capitulo/vj/VJ_PORT_6_LA_PNLD_2014_Pag_154_187.pdf - Acesso em: 28 de setembro de 2016.

Atividade 5

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Professor, os textos a seguir fazem parte de uma reportagem. Leia-os com seus alunos, procurando identificar as opiniões dos autores sobre as novas formas de escrita advindas da internet. Lembrar os alunos que a reportagem faz parte dos gêneros discursivos.

Pq jovens tc axim? Quando surgiu, a linguagem típica dos jovens na internet, onde aqui vira "aki", não é

"naum" e beleza é "blz", parecia estar restrita aos chats, blogs e ICQs. O uso do "internetês", no entanto, já começa a influenciar a escrita de adolescentes em sala de aula e preocupa educadores.

De 12 escolas particulares do Rio e de São Paulo consultadas pela Folha, sete afirmaram que vícios típicos da internet já são comuns em redações e trabalhos, três disseram que eles aparecem raramente e somente duas nunca identificaram esse tipo de erro.

O uso dessa linguagem, com total desrespeito às normas cultas, não é uma invenção brasileira. Ela é fruto da primeira geração de jovens que foi alfabetizada ao mesmo tempo em que aprendia a se comunicar pela internet. A necessidade de conversar usando o teclado do computador de forma ágil fez com que, rapidamente, o "internetês" se alastrasse em quase todos os grupos de adolescentes com acesso à internet.

Os educadores ouvidos pela Folha foram unânimes em afirmar que não cabe à escola punir ou tentar proibir que, entre eles, os adolescentes se comuniquem assim. O risco, apontam todos, é de eles usarem essa linguagem em ambientes onde ela não é adequada, como é o caso das escolas.

Para "reagir" à entrada do internetês na sala de aula, alguns estabelecimentos de ensino têm adotado soluções criativas. No colégio Humboldt, de São Paulo, o problema foi identificado quando a escola pediu que seus alunos escrevessem cartas para estimular o diálogo com os estudantes de uma escola pública vizinha.

"A coordenadora da escola municipal nos ligou dizendo que estava havendo um problema de comunicação, já que muitos alunos de lá não entendiam a linguagem cifrada dos estudantes que têm acesso à internet. Isso aconteceu em mais da metade dos bilhetes e muitos tiveram que ser reescritos", conta Lucy Wenzel, coordenadora do ensino fundamental do Humboldt.

(GÓIS, Antônio. Folha, 24 abr. 2005. Folha Cotidiano, p. 5) - Disponível em: http://portal.aprendiz.uol.com.br/content/pq-jovens-tc-axim - Acesso em 28 de setembro de 2016.

Acesse também a reportagem “Especialistas defendem linguagem da internet” em: Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2404200531.htm - Acesso em 28 de setembro de 2016.

Professor, após a leitura dos textos, discutir com os estudantes se as

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novas formas de escrita na internet influenciam ou não na escrita dos adolescentes.

1) Depois da leitura dos textos propostos, volte a consultá-los e organize em seu caderno um quadro “Recolhendo argumentos das novas formas de escrita advindas da internet”, com opiniões e argumentos favoráveis e contrários a esse modo de interação. Você pode copiar partes do texto ou parafraseá-las, isto é, escrevê-las com sua própria redação, mas respeitando a ideia original.

Avaliação: Os alunos serão avaliados neste módulo a partir de suas leituras sobre os textos apresentados, participação e discussão dos mesmos, assim como o interesse nas atividades propostas.

2º módulo: escrita e reescrita

Professor, a autora Lopes Rossi (2002) propõe que o trabalho de escrita e reescrita textual seja realizado em um único módulo. As práticas de leitura realizadas até aqui devem oportunizar aos estudantes a apropriação das regularidades dos gêneros discursivos trabalhados. Assim sendo, pode-se trabalhar produção textual escrita, revisão e reescrita em um único módulo, visto que nessa fase o aluno já se mostra mais atento às formalidades da escrita em função do objetivo pretendido.

Oficina 7 – Planejamento, elaboração, produção e revisão textual do

Gênero Discursivo Diário Pessoal. (6 aulas)

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Objetivo:

Planejar, elaborar e revisar a produção textual (definição do tema, do

esboço geral do texto, da forma de obtenção de informações, dos

recursos necessários), coleta de informações e produção das versões do

texto.

Professor, comunicar aos estudantes que as atividades propostas, neste módulo, referem-se aos gêneros discursivos estudados anteriormente.

Análise Linguística

1. Em um relato, é comum o uso da primeira pessoa do singular, já que é uma forma de

resgatar o passado vivido por quem narra os acontecimentos.

a) Identifique os pronomes pessoais e possessivos em primeira pessoa presentes no

relato de Amyr Klink. Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.

Professor, explicar aos alunos que o relato pessoal sendo um gênero narrativo, ele apresenta um narrador-personagem. Portanto, é frequente o uso dos pronomes pessoais eu, me, nós, nos; e os possessivos meu(s), minha(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), etc.

2. Observe o seguinte trecho do relato de Amyr Klink. “De fato, nada colaborava para que eu achasse normal a paisagem à minha volta.

Ondas completamente descontroladas, águas escuras, tempo encoberto, um

barulho ensurdecedor.”

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a) A que classe gramatical pertencem as palavras destacadas no trecho? b) Procure no dicionário o significado dessas palavras e escreva mais dois sinônimos para cada uma delas. c) Qual a importância de palavras como essas em relatos de viagem? d) No trecho lido do Diário de um banana, não há adjetivos que descrevam Gregory. Mas, com base em suas falas, que adjetivos você usaria para descrevê-lo?

Professor, explicar aos alunos que em geral, nos relatos de viagem o autor registra suas impressões pessoais a respeito de lugares, de pessoas e de situações com os quais depara ao longo da viagem, procurando caracterizá-los. O uso dos adjetivos é importante para essa caracterização.

3.No trecho “Uma foca solitária”, o navegador Amyr Klink utilizou várias vezes o sinal de interrogação. a) Transcreva duas perguntas. b) A quem essas perguntas se dirigem? E o que elas expressam? 4. Ao relatar os acontecimentos, o EU-narrador, utiliza-se dos tempos verbais que são essencialmente pretérito perfeito e imperfeito. Destaque os verbos destes tempos verbais que estão presentes nos quatro primeiros parágrafos. 5. O gênero discursivo Diário possui uma estrutura bastante característica: a) O autor dirige-se a um confidente, sendo frequente o emprego do vocativo “Querido diário” ou até a criação de um nome para o saudar. Isso ocorre no Diário de Anne Frank? Justifique sua resposta. 6. O vocabulário de um texto mais antigo pode apresentar palavras que hoje não são mais usadas, ou que tiveram seu sentido alterado. a) Transcreva do texto palavras e expressões cujo significado você desconhece. A seguir, consulte um dicionário para obter o significado dessas palavras e ou expressões. b) Os registros são ordenados por ordem cronológica de ocorrência. Cada dia corresponde a um registro de situações e sentimentos diferentes e é identificado pela respectiva data. Em que ano, mês e dia da semana foi escrita a página do diário de Anne Frank? 7. Retire dos textos estudados anteriormente frases escritas numa linguagem mais informal. 8. Observe a linguagem empregada no relato de Anne Frank. Que tipo de variedade linguística predomina? Dê um exemplo retirando uma passagem do texto.

Agora é a sua vez!

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PRIMEIRA PROPOSTA DE PRODUÇÃO!!

Você vai escrever agora um texto como se fosse o registro de um diário de viagem. O primeiro passo será decidir sobre qual viagem você escreverá: uma viagem que você fez nas férias ou em um fim de semana. Caso você nunca tenha feito uma viagem longa, relate algum passeio marcante. Traga uma fotografia ou faça um desenho relacionado a algum episódio dessa viagem ou passeio. Com base na imagem, procure anotar suas lembranças sobre os lugares que visitou e os fatos mais relevantes.

Após a elaboração do texto, os alunos montarão um livro de viagens, no qual os textos serão reunidos e expostos em sala.

Planejamento e elaboração do texto

1) Para auxiliá-lo, responda as questões abaixo com as informações que

estarão presentes em seu diário de viagem.

Qual será o objetivo principal do texto?

Quais foram os lugares pelos quais você passou?

Quais eram as principais características desses lugares?

Quais foram seus sentimentos e sensações durante a viagem?

Em que data os fatos relatados aconteceram?

Qual foi a duração dos acontecimentos?

Em que sequência eles aconteceram?

Avaliação e reescrita do TEXTO

Professor, observa-se que, nessa etapa de atividades de escrita, o aluno já está imbuído de conhecimentos adquiridos no módulo de leitura. Revisão e correção participativa dos textos produzidos pelos estudantes, envolvendo o professor, outros colegas de sala e até mesmo outros leitores são atividades muito importantes nesse módulo. A refacção do texto e uma revisão colaborativa com a intervenção do professor

Aluno, o diário é seu! Crie à vontade, fazendo colagens, elaborando ilustrações, poemas, frases etc.

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são necessárias e primordiais para melhor apropriação e domínio da escrita.

1) Escreva uma primeira versão de seu texto. Lembre-se de que em um diário os registros são organizados por datas e de que, nesse caso, seu diário não será confidencial

2) Observe as características de seu diário de viagem:

A narração está em primeira pessoa?

Há indicações de lugares?

Há descrição dos espaços? (onde)

Há marcação de tempo? (quando)

Você apresentou suas impressões a respeito do que viu?

Usou expressões como “querido diário”, “meu diário”, “amigo diário”.

3) Os alunos poderão sentar-se em duplas para análise do texto do colega, realizando assim uma revisão colaborativa. 4) Revise outros aspectos do texto, como pontuação, ortografia, uso de parágrafos e letra maiúscula para escrever nomes próprios. 5) Finalizada as correções colaborativas, inicie a segunda versão de seu texto, fazendo as adequações necessárias. 6) Ilustre seu relato com fotografias ou desenhos. 7) Lembre-se de colocar legendas nas fotografias. 8) Por fim, a terceira versão poderá ser escrita pelo aluno e entregue ao professor para correção.

Professor, essa fase de correção dos textos nos permite selecionar dificuldades gramaticais dos alunos e usá-las em exercícios de análise linguística, em outros momentos da aula, conforme sugere Lopes-Rossi (2002), no entanto, a autora não especifica como acontece a análise linguística.

Segunda proposta de produção

A partir dos textos estudados, principalmente analisando “O Diário de um banana”, produza uma página de um diário relatando sobre seu primeiro dia no 6º ano do Ensino Fundamental, como relata Gregory em seu diário. Comece com o registro da data e em seguida dirija-se a seu diário como se ele fosse seu confidente. Leve em conta as funções, as características do gênero e as condições de produção. Faça um título, que estimule a curiosidade de seu leitor. Você poderá fazer um contraponto entre como gostaria que seu dia tivesse acontecido e como ele realmente aconteceu. Também pode

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escrever sobre seus sentimentos a respeito de suas ideias e pensamentos. Poderá incluir imagens, figuras, desenhos ou diálogos entre os participantes dos acontecimentos. Não esqueça que seu texto circulará na sala entre os colegas.

REVISÃO E REESCRITA DE SEU TEXTo

Você contou sobre o seu primeiro dia no 6º ano do colégio?

Utilizou uma linguagem simples, com palavras comuns do dia a dia?

Criou e apresentou um amigo do narrador-personagem?

Incluiu alguma dica para que o leitor possa superar alguma dificuldade ao

entrar no 6º ano?

As ações das personagens combinam com a descrição que foi feita delas?

Você colocou datas e outras expressões para marcar a passagem dos dias?

Iniciou a narrativa de cada dia com um vocativo?

O diário está bem pontuado:

a) Com uso adequado de pontos finais e vírgulas?

b) Com divisão em parágrafos?

Após a primeira versão de seu texto, entregue-o ao seu professor. Ele atuará como um avaliador de seu texto apontando pontos que poderão ser melhorados em sua produção. Também o ajudará a observar quais os efeitos de sentidos estão provocando aos leitores de seu texto.

Em seguida, após a devolução de seu texto pelo professor, caso deseje compartilhar o seu diário com um amigo, revise-o antes e reescreva-o fazendo as modificações necessárias. Se necessário ainda, peça uma revisão colaborativa ao seu colega.

REFLEXÕES SOBRE A REVISÃO E REESCRITA DE SEU TEXTO

Lembre-se: o diário deverá ser

narrado em primeira pessoa!

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1) Após a revisão feita pelo professor dos textos e a reescrita realizada pelos seus alunos, o professor abre a seguinte discussão para uma nova sondagem, oralmente: a) O que você achou da correção do seu texto? b) A sua produção atendeu ao gênero solicitado? c) Em que você concorda e em que você discorda com as correções feitas pelo professor? d) Como você poderia deixar seu texto mais adequado à situação de enunciação após as correções feitas pelo professor? e) Diante disso, conforme sua opinião, você acredita que seu texto ainda pode ser melhorado? Como? f) O que é revisão de texto? g) O que é reescrita? h) Qual a função de alguém revisar seu texto? i) Qual a função de você reescrever seu texto? 2) A partir dessa discussão, o professor solicitará a terceira e última versão do texto para o aluno.

Professor, após a correção classificatória que consiste na identificação não-ambígua dos erros através de uma classificação, (Serafini, 1994), você fará a correção textual interativa que corresponde a esclarecimentos mais longos escritos após o texto do aluno e se realiza em forma de bilhetes que tratam da tarefa de revisão pelo aluno ou da tarefa de correção do professor. (Ruiz, 1998). O texto, então, será devolvido ao aluno para sua reescrita e devolução. Novamente o professor fará observações, se achar necessário. Avaliação: Os estudantes serão avaliados conforme participação nas atividades, compreensão das tarefas, escrita e reescrita textual.

Professor, ao término das duas produções, os alunos serão conduzidos ao laboratório de informática para digitação dos textos que serão divulgados.

3º Módulo: Divulgação ao público

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Oficina 8 - Divulgação dos trabalhos desenvolvidos em sala pelos

estudantes. (2 aulas)

Objetivo:

Contribuir para o desenvolvimento de práticas de linguagem dos

estudantes e para a ampliação de seu conhecimento de mundo.

Os trabalhos desenvolvidos na primeira produção (Diários de viagem), onde

foi confeccionado o livro Diário de viagem pelos alunos, será exposto em sala e na

biblioteca para demais alunos de outras séries. A segunda produção sobre o

primeiro dia no 6º ano do colégio, será divulgada no site do colégio para a

comunidade escolar.

Professor, esse é o momento da divulgação do trabalho de seus alunos. Essa exposição encerra um processo que contribuiu para o desenvolvimento de práticas de linguagem dos estudantes e para a ampliação de seu conhecimento de mundo.

Avaliação metodológica

A Unidade Didática objetivou apresentar estratégias de leitura, escrita e

reescrita para se trabalhar o gênero textual diário pessoal numa perspectiva

sociointeracionista, a fim de proporcionar práticas de leitura e escrita que

contribuam para o desenvolvimento de práticas leitoras e escritoras dos

estudantes.

Com o intuito de despertar o interesse e a curiosidade dos discentes sobre

leitura e análise linguística do gênero discursivo diário pessoal, foram realizadas

reflexões, discussões e questionamentos sobre a importância dos mesmos, como

possibilidades de construir novas habilidades e saberes.

Para que os objetivos fossem alcançados neste trabalho, os textos

selecionados referentes aos gêneros discursivos, foram discutidos em diferentes

práticas que ajudaram os estudantes a analisá-los, promovendo discussões que

aprimoraram a capacidade linguístico-discursiva dos alunos, bem como a

compreensão dos mesmos.

Atividades de escrita e reescrita de textos dos diários foram atividades

trabalhadas para que os estudantes se apropriassem de conhecimentos acerca de

suas propriedades discursivas, temáticas, estilísticas e composicionais do gênero

em estudo.

A sequência didática adotada confere autonomia ao professor, pois ele pode

refletir sobre a sua prática pedagógica, desenvolvendo atividades que estimulem a

participação efetiva dos estudantes. Além disso, busca atingir as reais

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necessidades dos alunos, ao mesmo tempo que exerce o seu papel: formar

cidadãos que atuem de forma crítica, participativa e autônoma na sociedade.

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