ficha para identificaÇÃo - operação de migração para ... · língua portuguesa e história...
TRANSCRIPT
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃOPRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título:UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E PRATICAR ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no Cotidiano Escolar.
Autor Elisana Beatriz Borges
Disciplina/Área (ingresso no PDE) ARTES
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Professora Ângela Sandri Teixeira.
Município da escola Almirante Tamandaré
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Renato Torres
Instituição de Ensino Superior EMBAP
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Língua Portuguesa e História
Resumo
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Este caderno pedagógico, busca despertar o aluno para a pesquisa, reflexão e crítica através da arte em seu cotidiano. Ele está divido em duas partes, sendo a primeira para fundamentação teórica e sugestão de leituras e a segunda com sugestões de atividades que comple-mentam a primeira parte. Escolheu-se o artista Heitor dos Prazeres, por ser um artista múltiplo que em sua trajetó-ria artística e profissional, desenvolveu o gosto pela Música e pela Pintura. Através de sua arte é possível desenvol-ver propostas pedagógicas nas áreas da arte bem como demais disciplinas, como a Língua Portuguesa através de seus versos e da História e a produção cultural que per-meia o período em que o artista viveu. A interdisciplinari-dade busca dialogar com os demais profissionais da edu-cação. Através dos conceitos da cultura visual busca-se subsídios teóricos para estabelecer uma metodologia de ensino da arte que proporcione um posicionamento críti-co aos alunos perante as imagens que nos cercam. Co-
nhecer, analisar, interpretar e praticar ações no processo de ensino aprendizagem que possibilitem uma reflexão e conhecimento de si e do mundo. A avaliação aqui propos-ta, é através da criação do portfólio, onde o professor é mediador e também pesquisador neste processo de ava-liação.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Cultura visual; interdisciplinaridade
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo
(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)
6º Ano do Ensino Fundamental
CADERNO PEDAGÓGICO ITEXTOS
Autor: Maurício Nascimento / Título:Borboleta(gravura)
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=152605
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINOFUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
ELISANA BEATRIZ BORGES
Curitiba/ 2012
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL ÁREA METROPOLITANA NORTE
COLÉGIO ESTADUAL PORFESSORA ÂNGELA SANDRI TEIXEIRA E.F.M.
P D E - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROFESSORA: ELISANA BEATRIZ BORGES
ORIENTADOR: Ms. RENATO TORRES
IES: Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA:
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINO
FUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
Para o 6º Ano do Ensino Fundamental.
CURITIBA/2012
CADERNO PEDAGÓGICO I
TEXTOS
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINOFUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
ELISANA BEATRIZ BORGES
ORIENTAÇÃO:Professor Mestre Renato TorresIES:Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
SUMÁRIO
• APRESENTAÇÃO• A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA ARTE• A CULTURA VISUAL• TRABALHO POR PROJETOS• INTERDISCIPLINARIDADE (PORTUGUÊS E HISTÓRIA)• PORTFÓLIOS
UNIDADE I
1 Conhecendo o artista• biografia• obras• leitura de imagens
UNIDADE II
2 Trabalhando de forma Interdisciplinar• A poesia e a música• Um pedacinho de nossa história• Trabalho por Projetos
UNIDADE III
3 As linguagens da arte aplicadas à pesquisa• Artes Visuais, Música, Dança e Teatro
UNIDADE IV
4 O que é o portfólio• Aplicação do portfólio em sala de aula• Os resultados
Caro Professor
As Orientações Pedagógicas sugeridas neste Caderno Pedagógico foram
elaboradas durante etapas do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, ao
longo do ano de 2012.
Através deste caderno pedagógico, busca - se despertar o aluno para a
pesquisa, reflexão e crítica através da arte em seu cotidiano; um participante ativo na
conquista de uma convivência social mais feliz e justa para todos.
Este Caderno Pedagógico está divido em dois livros, sendo o primeiro para
fundamentação teórica e para ampliar o conhecimento do professor e o segundo com
sugestões de atividades que complementam o livro I.
Através de temas atuais e pertinentes ao cotidiano escolar, este caderno apre-
senta sugestões de atividades que buscam despertar no educando, através da arte, um
olhar mais reflexivo e crítico de tudo que ele vivencia em seu cotidiano.
Escolheu-se o artista Heitor dos Prazeres, por ser um artista múltiplo que em
sua trajetória artística e profissional, desenvolveu o gosto pela Música e pela
Pintura. Através de sua arte é possível desenvolver propostas pedagógicas nas áreas
das artes bem como nas demais disciplinas, como por exemplo na Língua Portuguesa
através de seus versos ou na História, pois toda sua produção cultural permeia o período
em que o artista viveu.
Neste caderno a interdisciplinaridade é apresentada buscando uma forma de
dialogar com os demais profissionais da educação. Através do conceito de cultura visual
busca-se subsídios teóricos para estabelecer uma metodologia de ensino da arte que pro-
porcione um posicionamento crítico dos alunos perante as imagens que nos cercam.Nes-
te sentido busca-se: Conhecer, analisar, interpretar e praticar ações no processo de ensi -
no aprendizagem que possibilitem uma reflexão e conhecimento de si e do mundo.
As atividades desenvolvidas neste caderno buscam contemplar as áreas da
disciplina de Artes, porém há uma dedicação especial para as artes visuais, visto que o
tema da pesquisa neste Programa de Desenvolvimento Educacional envolve o cotidiano
do educando.
A avaliação proposta neste caderno se dará por meio da criação do portfólio,
onde o professor terá um contato mais próximo com o aprendizado do aluno, sendo medi-
ador e também pesquisador neste processo de avaliação.
Os quatro pilares da educação, neste século, segundo Delors (2001), aprender
a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, são os fundamen-
tos basilares desta pesquisa, que busca a contextualização de conhecimentos úteis ao
aluno, que é desafiado a pesquisar, entender o conteúdo e interagir.
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA ARTE
Pensar o ensino da arte é pensar na leitura e produção de uma linguagem que
desconhece fronteiras, que esta presente em todo mundo quaisquer que sejam as etnias,
os credos, as épocas, e que, como toda a linguagem possui seus códigos próprios, em
um sistema estruturado de signos. (SILVEIRA, 2006, p.93).
A arte e o ensino englobam inúmeros desafios, pois arte é conhecimento a ser
construído incessantemente. (FRANGE, 2002, p.47)
Como sugerem Lowenfield e Brettain (1997), o ensino da arte proporciona o
desenvolvimento da capacidade criadora, através da sensibilidade, a qual possibilita ao
indivíduo crescer com autonomia e sentir-se capaz junto ao grupo, realizando mudanças
significativas em seu meio.
Para Duarte Júnior (1991), a educação é uma atividade estética e criadora em
sí própria. O acesso à diferentes linguagens, materiais e técnicas, possibilitam a criação
de formas que refletirão os prazeres, a imaginação, ou até mesmo as frustrações de
cada grupo ou indivíduo. As omagens produzidas podem despertar para novas
possibilidades , nas quais identifiquem problemas e encontrem soluções.
O ensino da arte busca descobrir as potencialidades de cada indivíduo e criar
oportunidade de explorá-las, trabalhando a autoestima, a autonomia, as ideias, os
sentimentos, a segurança, por meio das linhas e das pinceladas e do próprio corpo.
Neste sentido, indica-se aceitar o feio se lhe convém e renegar o “belo” se este é
colocado como impedimento ao desenvolvimento sensível da expressão. Para tanto, é
possível buscar uma parceria com os pais e trabalhar de maneira interdisciplinar junto aos
projetos desenvolvidos. O ensino da arte, busca respeitar as capacidades de cada um e
estimular a superar barreiras, na qual o indivíduo é catalizador de mudanças. Ter suas
expressões respeitadas faz parte da luta pela garantia dos direitos de todo cidadão.
(DUARTE JÚNIOR, 1991)
Dicas de Leitura complementar :
A arte como expressão criativa faz ver a visão, faz falar a linguagem, faz ouvir
a audição, faz sentir nas mãos, o corpo. A arte revela e manifesta a essência da
realidade, amortecida e esquecida em nossa existência cotidiana. No mundo da arte
cores, formas, massa, gestos, sons, palavras nos fazem conhecer nosso próprio mundo.
Se a arte é tudo isso, educar por meio da arte é descortinar esse universo de expressões
e possibilidades. É desvendar, imaginar e conhecer um universo que sempre se encontra
em inovação.”
(Disponível em: http://www.escolainterativa.com.br/canais/02_arte_estudo/paginas/arte-
educacao/oquee-arte.asp ).
CULTURA VISUAL
Segundo Hernández (2007), a cultura visual trata de práticas e interpretações
críticas que levam à reflexão que relacionam as maneiras de ver o mundo e a si mesmo,
analisando, interpretando, avaliando e criando, através de experiências reflexivas críticas
de suas identidades no contexto sócio-histórico. Também vinculam experiências de prazer
que contribuem para a construção sobre si e sobre o mundo. Ressalta a lacuna que se
forma entre os modos como a escola educa e os meios da cultura visual popular. Sugere
ainda, que se leve em conta o interesse de jovens e crianças pelas novas mídias,
especialmente as tecnologias visuais e que se valorize a experiência adquirida fora do
contexto escolar. Segundo Martins (2009), vivemos num mundo rodeado de objetos ora
pessoais, fotos de família, bordados, músicas, revistas , imagens variadas e digitalizadas,
a tecnologia em avanço constante, que apontam várias orientações estéticas que sempre
estão em transformação. Essa percepção visual, compõem um conjunto de elementos
nos espaços públicos têm demandado uma postura interdisciplinar entre grupos de
pesquisa e pensadores.
Hernandez (2000) chama de “racionalidade” o conjunto de argumentos e
evidências que justificam a inserção da prática artística no contexto escolar. A
racionalidade expressiva considera a arte essencial para a projeção de emoções e
sentimentos que não poderiam ser comunicados de nenhuma outra forma. Concebe-se a
prática artística como uma forma de conhecimento que favorece o desenvolvimento
intelectual para a racionalidade cognitiva. Por fim, a racionalidade cultural entende o
fenômeno artístico como manifestação cultural, e vê nos artistas os responsáveis por
realizar as representações mediadoras de significados para cada época e cultura. Essa
forma de racionalidade está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), onde
as imagens são como produção cultural, documento do imaginário humano, de sua
historicidade e de sua diversidade (Brasil, 1997, p. 45).
Para Mirzeoff, a cultura visual é uma estratégia para compreender a vida
contemporânea, que a noção de cultura visual centra-se no visual, como lugar onde se
criam e se discutem significados focando sua atenção na experiência cotidiana, nos quais
o consumidor busca informação, significado e/ou prazer conectados também com a
tecnologia visual. (2003, p.19).
Segundo Hernandez (2000), a importância da Cultura Visual não é só como
campo de estudo, mas também em termos de economia, negócios, tecnologia,
experiências da vida diária, de forma que tanto produtores como intérpretes possam se
beneficiar do seu estudo. Para Hernandez, um estudo sistemático da cultura visual pode
proporcionar uma compreensão crítica do seu papel e de suas funções sociais, como
também de suas relações de poder, indo além da apreciação ou do prazer que as
imagens nos proporcionam. Uma compreensão de sua realidade e um posicionamento
crítico ante ao fato .
Para Martins (2011, p.21), a cultura visual tem a preocupação com as
possibilidades de percepção que ocorrem através de diversas imagens, transpassando o
mundo em várias direções e atravessam espaços abrindo-se para novas e diversas
interpretações e aprendizagens.
A cultura visual quando se refere à educação articula-se de tal forma que
permite indagar sobre as formas culturais de olhar e seus efeitos sobre cada um de nós.
(HERNANDEZ, tradução de ASSIS, 2011, p.64).
Dicas de Leitura Complementar: Cultura Visual e Afirmações identitárias: Novos
processos de reconhecimento social, segundo o texto de Sergio Silva.
A proposta do trabalho é apresentar uma reflexão sobre a produção de
identidades visuais como forma estética de reconhecimento e representação. Afirmamos
que as formas de reconhecimentoe interações culturais têm se pautado em processos
imagéticos, como fotografia e vídeo documentário, contribuindo para a afirmação cultural,
nos espaços públicos midiáticos, de grupose comunidades. Com isso, argumentamos que
as imagens, em suas formas estéticas de percepção, têm sido utilizadas como
instrumentos de afirmação identitária na era da sociedade da informação. Para
compormos uma base de interpretação sobre estética e cultura na formação da
identidade, utilizamos recursos conceituais e metodológicos dos campos das
representações sociais, hermenêutica visual e estudos culturais.
Cultura Visual e Afirmações identitárias: Novos processos de reconhecimento social.
(Anais do II Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia 25 a 27
de abril de 2007, UFSC, Florianópolis, Brasil Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais
- NPMSISSN 1982-4602, disponível em:
http://www.sociologia.ufsc.br/npms/sergio_silva.pdf
O TRABALHO POR PROJETOS
Uma das características do trabalho por projetos é a participação do grupo de
alunos nas definições dos objetivos a serem pesquisados. Para Hernández (1998) a
construção da trajetória do desenvolvimento do projeto nunca é fixa, mas serve de fio
condutor nesta construção do conhecimento com a participação entre o professor e o
aluno. A educação, possibilitará à este aluno a aquisição de estratégias de
conhecimento, que lhe permitam ir além do mundo escolar, da sala de aula, das
disciplinas em que estão representados nossos currículos, indo além dos códigos
culturais do grupo social em que está inserido. Segundo Hernàndez (1998, p.72), o
trabalho por projetos, “geram um alto grau de auto-consciência e de significatividade nos
alunos com respeito à sua própria aprendizagem”
Barthes (1998) coloca a necessidade da relação entre o pesquisador e o
objeto de pesquisa como uma relação de paixão. Esta relação só acontece quando o
pesquisador se apropria, como sua, da pesquisa. Para que esta relação aconteça, é
necessária a participação dos alunos - pesquisadores nas definições das metas do
trabalho.
Para o trabalho por projetos, o professor e o grupo, irão buscar e selecionar
fontes de informações, bem como precisarão ser definidos critérios para organização e
interpretação dessas fontes. Cabe ao professor acompanhar o processo de
desenvolvimento do projeto, já que ele ocorre dentro e fora da escola, com o objetivo de
criar um ambiente desafiador, com um nível adequado de problematização e interesse do
grupo. No processo de pesquisa do trabalho, o papel do professor é mais que de um
pesquisador, cabe a ele estabelecer, juntamente com os alunos, as relações com
problemas vividos pelo grupo, buscando dar sentido e significado, apresentando soluções
que se conectarão com novos problemas e temas para pesquisas. Fazer uma retomada
de todo o processo de desenvolvimento do projeto, avaliando o que foi aprendido durante
o trabalho e mostrando a importância do que se aprendeu durante a trajetória. Também
participará do processo de planejamento da sua própria aprendizagem e, pelos
relacionamentos no grupo, reconhecerá o papel de cada um dos participantes,
compreendendo seu próprio meio pessoal e cultural. O aluno, que trabalha por projeto,
será capaz de ir além das informações pesquisadas, reconhecendo que os fatos possuem
diversas versões, buscando explicações para solucionar seus problemas e formulando
hipóteses sobre esses pontos de vista. (HERNÀNDEZ, 2000).
Dicas de Leitura complementar:
A Organização do Currículo por Projetos de trabalho. (Kátia Aparecida Campos Portes).
Disponível em: http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a3.pdf .
INTERDISCIPLINARIDADE (PORTUGUÊS E HISTÓRIA)
Observando as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, nota-se que a
interdisciplinaridade integra as diferentes matérias levando os alunos a compreenderem
os conteúdos curriculares. Nas diretrizes, as disciplinas escolares são entendidas como
campos do conhecimento, com conteúdos estruturantes (teórico e conceitual), os quais
são pressuposto para a interdisciplinaridade. Desta perspectiva, a interdisciplinaridade é
uma questão epistemológica presente na abordagem teórica e conceitual dada ao
conteúdo em estudo, na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas
enriquecem a compreensão do tema, onde os conteúdos de uma disciplina interagem
com outra em conjunto , assim ampliam a abordagem dos conteúdos numa totalidade,
em que a prática pedagógica desfrute das dimensões científica, filosófica e artística do
conhecimento. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização
sócio histórica como princípio integrador do currículo.
Por meio destas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico.O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra que privilegia as contradições entre a História apresentada nos currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.Entende-se que a consciência histórica seja uma condição da existência do pensamento humano, pois sob essa perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição humana em sua diversidade.Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História: • Relações de trabalho;• Relações de poder;• Relações culturais.No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio do processo pedagógico, busca se construir uma consciência histórica que possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição. ( PARANÁ, 2008).
Na disciplina de Língua Portuguesa, dá-se preferência pelos exercícios
estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossitáticas e
correção. Os Conteúdos Estruturantes estão relacionados com o momento histórico-
social, dando-se a preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que
exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido, discurso como
prática social, que pode ser visto como um diferente modo de conceber e estudar a
língua, uma vez que ela é vista como um acontecimento socio-cultural, onde a localização
geográfica, temporal, social e etária também fazem parte deste contexto. Na abordagem
de cada gênero, é preciso considerar o tema (conteúdos ideológicos), a forma
composicional e o estilo (marcas linguísticas e enunciativas), onde o aluno fará análise
crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionando conteúdos específicos,
seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que explorem
discursivamente o texto.A forma composicional dos gêneros será analisada pelos alunos
no intuito de compreenderem algumas especificidades e similaridades das relações
sociais numa dada esfera comunicativa. Para essa análise, é preciso considerar o
interlocutor do texto, a situação de produção, a finalidade, o gênero ao qual pertence,
entre outros aspectos.
As Diretrizes Curriculares visam o discurso como prática social, e a partir dele,
advém os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas
discursivas. Na tabela, o conteúdo básico é composto pelos gêneros discursivos; A tabela
sugerida de gêneros contempla uma diversidade de esferas sociais, buscando atender a
diferentes realidades. Como exemplo: ora a história em quadrinho será levada para sala
de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e suas marcas
lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um trabalho de intertextualidade; ora para
fruição, ou seja, dependerá da intenção, do objetivo que se tem com esse gênero.
Segundo o Caderno de Expectativas de Aprendizagem 2012 (Seed/DEB-PR),
na disciplina de História, entre os conteúdos estruturantes estão as Relações Culturais,
de trabalho e de poder com suas experiências socioculturais locais, no qual o educando
tenha a noção de compreensão de sujeitos e suas relações com o outro no tempo, em
diferentes espaços históricos. Compreendendo o processo e organização social, política,
econômica e cultural. Que compreenda as manifestações culturais locais, suas relações
com outras esferas sociais.
Para a Língua Portuguesa, o Caderno de Expectativas de Aprendizagem 2012
(Seed/DEB-PR), apresenta como conteúdos estruturantes para o 6ºano o Discurso como
prática social e gêneros discursivos nos quais possa utilizar os recursos extralinguísticos
em favor do discurso ( gestos, expressões faciais, postura, etc) e que reconheça e utilize
a forma composicional pertencente a cada gênero (elementos da narrativa,
argumentatividade, exposição, etc).
Dicas de Leitura:
A ideia de interdisciplinaridade, companheira da cultura visual, considera que
diferentes disciplinas tem por afinidade, ou proximidade, fundamentos e/ou elementos
comuns … a interdisciplinaridade se constitui em objeto e essa percepção a torna um
objeto de conhecimento.( Oliveira,Marilda O.; Hernàndez F(Orgs). A Formação do
Professor e o Ensino das Artes Visuais. Santa Maria,Ed. UFSM, 2005, p.135).
Interdisciplinaridade: O que é isso? De Jairo Gonçalves Carlos disponível em:
http://vsites.unb.br/ppgec/dissertacoes/proposicao_jairocarlos.pdf
PORTFÓLIOS
O uso de portfólios na educação constitui uma estratégia que busca
aprofundar o conhecimento no processo de ensino-aprendizagem, de modo a melhorar a
compreensão dos temas abordados, como estratégia de formação, de investigação, de
avaliação, promovendo a reflexão, a conscientização do educando . Hernández ( 1998)
sugere o portfólio como forma de avaliar o trabalho por projetos. O portfólio apresenta
múltiplos aspectos e dimensões da aprendizagem, enquanto construção de
conhecimentos pessoal . Assim esta estratégia não apenas vai contribuir para uma
estruturação inter - pessoal do conhecimento, como também vai facilitar, se desenvolvida
ao longo de um período de tempo, a compreensão dos processos de ensino-
aprendizagem. Através do portfólio se pode estruturar os processos de reflexão,
estimulando a criatividade e originalidade dos estudos sobre determinado tema, bem
como compreender o processo de ensino-aprendizagem como um todo. É um processo
de avaliação constante dos objetivos a serem atingidos durante o projeto de trabalho.
Demonstra conhecimentos, capacidades, disposições e desempenhos específicos
alcançados durante um período de tempo, com o objetivo de fazer uma reflexão crítica,
visando a melhoria das atitudes a serem tomadas na busca de conhecimento.
Segundo Hernández (2007), a utilização do portfólio é uma modalidade de
avaliação retirada do campo da arte e reflete a trajetória de aprendizagem de cada
estudante. Essa trajetória tem finalidades: constar de temas a serem estudados, as
dúvidas pesquisadas, fontes guardadas e apresentadas, objetivos concluídos e reflexões
do que se foi estudado e aprendido . Esta reflexão se dará na medida em que se observar
a evolução do aprendizado, através dos componentes presentes no portfólio como, o
propósito do projeto, os documentos pesquisados durante o processo, as reproduções
encontradas em outros meios de comunicação, as anotações e reflexões durante este
processo. Por isso, é importante deixar claro aos estudantes que critérios se utilizarão
para julgar sua avaliação, antes da montagem de seus portfólios.
O uso de portfólios na educação constitui uma estratégia que tem procurado
corresponder às necessidades de aprofundar o conhecimento sobre a relação ensino-
aprendizagem, de modo a assegurar-lhe, a cada vez, melhor compreensão e mais
elevados índices de qualidade. E o que se pretende é que a avaliação estimule a
capacidade de pesquisa onde os alunos apliquem em situações reais os conhecimentos
adquiridos e respondam em carater produtivo. O portfólio apresenta múltiplos aspectos e
dimensões da aprendizagem, enquanto construção de conhecimentos e, desta, enquanto
condição de desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes. Assim, com o
aprofundamento e a apreciação das perspectivas educacionais, esta estratégia não
apenas vai contribuir para uma estruturação inter-pessoal do conhecimento, como
também vai facilitar, se desenvolvida ao longo de um período de tempo, a compreensão
dos processos de ensino-aprendizagem.
Dicas de Leitura:
LINS, Marly. O que é um Portfólio? Disponível em:http://www.marylins.eev.com.br/?area=texto&pg=O+QUE+%C9+PORTF%D3LIO%3F, acesso em 15.10.2012.
CONHECENDO O ARTISTA
(Texto na íntegra disponível em: http://www.heitordosprazeres.com.br/index.asp . Acesso em 18/10/2012 .)
Filho de marceneiro, clarinetista e de costureira, aos 23 de setembro de 1898,
UNIDADE I
nascia, na Praça Onze, no Rio de Janeiro, Heitor do Prazeres. Era chamado de Lino
pelas irmãs Acirema e Iraci, que ajudaram em sua criação. Aos sete anos seu pai
faleceu, deixando muitas lembranças. Dona Celestina contou com a ajuda de amigos e
familiares após a morte de seu marido. Entre eles o tio Hilário Jovino (Lalu de Ouro) que
deu a Lino o primeiro cavaquinho. Heitor cresce admirando o tio, sendo mais tarde
influenciado por ele em suas primeiras composições, despertando o interesse do pianista
Sinhô . Heitor do Cavaquinho, que na época já participava das reuniões nas casas das
tias, onde se cultuavam ritmos afros como candomblé, jongo, lundu, cateretê, samba etc.,
improvisava versos, ritmando nos instrumentos de percussão e harmonizando em seu
cavaquinho. Essas reuniões eram feitas nos fins de semanas em casas de parentes e
amigos, onde aconteciam reuniões das mais famosas da época e onde se encontravam
vários bambas, como Lalu de Ouro, José Luiz de Moraes (Caninha), João Machado
Guedes (João da Baiana), José Barbosa da Silva (Sinhô), Getúlio Marinho (Amor),
Ernesto Joaquim Maria dos Santos (Donga), Saturnino Gonçalves (Satur), Alfredo da
Rocha Viana (Pixinguinha), Paulo Benjamim de Oliveira e muitos outros sambistas
daquela época. (LIRIO; PRAZERES FILHO, 2003)
A partir daí Heitor caiu no mundo: cavaquinho em punho, caixa de engraxate e
a bolsa ao lado de carregar os jornais, saiu ele na conquista de sua cidade. Nas
redondezas de seu bairro, preferia os pontos onde existia música, como as cervejarias da
Praça Onze, com suas sessões de cinema mudo, dos cafés nos arredores da Lapa, onde
ia ouvir as orquestrinhas de valsas e choros que animavam as noites do Rio de Janeiro.
Nos carnavais, ia se destacando entre os bambas. Heitor costumava sair fantasiado de
baiana, tocando seu cavaquinho, arrastando foliões que dançavam animadamente. Isso
inspirou Heitor dos Prazeres a criar um estandarte para outros carnavais. (LIRIO;
PRAZERES FILHO, 2003)
Na década de 20, passou a ser conhecido como Mano Heitor do Estácio,
devido ao fato de andar sempre acompanhado de sambistas e compositores como João
da Baiana, Caninha, Ismael Silva, Alcebíades Barcelos (Bide), Marçal, ajudando a fundar
e a organizar vários agrupamentos de samba no Rio Comprido, no Estácio , chegando até
a Mangueira e Oswaldo Cruz, onde havia reuniões a que compareciam Cartola, Paulo de
Oliveira (Paulo da Portela), João da Gente, Mané Bambambam e muitos outros,
participando assim da criação das primeiras escolas de samba: Deixa Falar, De Mim
Ninguém se Lembra e Vizinha Faladeira, no Estácio; Prazer da Moreninha e Sai como
Pode, em Madureira, que se transformaram na sua querida Portela, à qual ele deu as
cores azul e branco. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Heitor participou também dos primeiros passos da Estação Primeira de
Mangueira, com seu amigo e parceiro Cartola. Em 1925 compôs “Deixaste meu lar” e
“Estás farto de minha vida”, gravada por Francisco Alves. Em 1927 começou sua famosa
polêmica com Sinhô (a primeira polêmica na música popular brasileira). Apresentando-se
em uma das mais populares festas do Rio de Janeiro, a de Nossa Senhora da Penha,
onde eram lançadas as músicas que o povo cantaria durante o carnaval, foi surpreendido
quando ouviu a música “Cassino maxixe”, gravada por Francisco Alves, sendo a autoria
atribuída exclusivamente a Sinhô. Heitor dos Prazeres ficou chateado e foi reivindicar sua
parceria na música. Sinhô, meio desconcertado, desculpou-se com aquela célebre frase
no mundo do samba: “Samba é como passarinho, a gente pega no ar”, o que levou Heitor
a compor a música “Rei dos meus sambas”. Sinhô tentou inutilmente impedir que o
samba fosse gravado e distribuído. Embora tivesse vencido a questão, e com isso o
reconhecimento público pela autoria, Heitor não conseguiu a indenização prometida por
Sinhô. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Em 1931, casou-se com Dona Glória, com quem viveu até 1936, nascendo
como fruto desta união três filhas: Ivete, Iriete e Ionete Maria. Com a morte da esposa em
1936, Heitor dos Prazeres descobriu o pintor ao ilustrar, através de um desenho colorido,
sua mais nova criação musical: “O pierrot apaixonado”. Morando na Praça Tiradentes,
conheceu o estudante de medicina e compositor de sucesso, Noel Rosa, surgindo aí,
uma nova parceria. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
A prefeitura do Distrito Federal, em 1943, promoveu o Primeiro
Concurso Oficial de Música para o Carnaval, do qual Heitor dos Prazeres foi vencedor
com o samba “Mulher de malandro”, interpretado por Francisco Alves. Heitor já
trabalhava nas primeiras emissoras de rádio do Rio de Janeiro, com seu grupo chamado,
“Heitor dos Prazeres e Sua Gente”. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Carlos Cavalcante, juntamente com o pintor Augusto Rodrigues,
foram os incentivadores do artista plástico Heitor dos Prazeres. Em 1937 começou a se
projetar como pintor, participando de exposições, incentivado pelos amigos. Começava
assim a dupla atividade de sambista e pintor. No ano de 1939, participa em São Paulo,
nas rádios Cruzeiro do Sul e Cosmo, do “Carnaval do Povo”, com mais de 100 artistas.
Devido ao sucesso de tais espetáculos, esse tipo de música começou a ser requisitado
pelos grandes salões. E ao voltar das excursões o elenco foi contratado por cassinos,
teatros, rádios etc. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
No final da década de 30, além de trabalhar em emissora de rádio, Heitor fazia
parte do elenco do Cassino da Urca, onde tocava, cantava e dançava em companhia de
Grande Otelo e Josephine Backer, daí vindo a conhecer o cineasta Orson Welles, que o
contratou como arregimentador de figurantes para um filme sobre a cultura afro-brasileira,
mais precisamente o samba e o carnaval. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Nessa época, Heitor e Nativa Paiva, uma de suas pastoras, casam-se e desta
união nascem Idrolete e Heitorzinho dos Prazeres, um menino tão esperado que o
inspirou na composição da música “A coisa melhorou”. A música foi gravada numa das
primeiras produções independentes, lançando a cantora Carmem Costa. Outro destaque
em sua obra musical foi o samba Lá em Mangueira, de 1943, com parceria de Herivelto
Martins. No mesmo ano, Heitor dos Prazeres passa a integrar o elenco da rádio Nacional
do Rio de Janeiro e a participar de exposições de pinturas pelo Brasil e o exterior. Uma
delas foi a exposição da RAF em benefício das vítimas da 2ªGuerra Mundial, na qual
apresentou sua tela “Festa de São João”, participante da coletiva, que reunia artistas de
vários países. O quadro do mestre Heitor foi adquirido pela então princesa Elizabeth, em
Londres e no mesmo ano é convidado a expor individualmente no diretório acadêmico da
Escola de Belas Artes, em Belo Horizonte. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Em São Paulo, foi incentivado por Carlos Cavalcante a participar desse evento
de arte de repercussão internacional, lhe proporcionaram o terceiro prêmio para artistas
nacionais através do quadro intitulado “Moenda”, que até hoje faz parte do acervo do
museu. Foi homenageado com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em
1953. No ano seguinte, criou cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade
de São Paulo. Realizou sua primeira exposição individual, em 1959, na Galeria Gea, no
Rio de Janeiro. Em 1965, Antônio Carlos Fontoura produziu um documentário sobre sua
obra. (LIRIO;PRAZERES FILHO, 2003)
Em novembro do ano de sua passagem (1966), foram realizadas homenagens
póstumas ao artista, na cidade de São Paulo. Em comemoração do centenário de seu
nascimento, em 1999, foi realizada a mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu
Nacional de Belas Artes. Em 2003, é publicado o livro “ Heitor dos Prazeres: Sua Arte e
Seu Tempo”, da jornalista Alba Lírio e Heitor dos Prazeres Filho. (ITAÚ CULTURAL, 2010)
Dicas de Leitura:
“...Desde os sete anos tocou cavaquinho, instrumento que chegou a dominar com maestria. Com 14 anos já animava festas tocando em conjuntos de choro. Chegou
também a tocar banjo em conjuntos instrumentais...” Disponível em: http://aochiadobrasileiro.webs.com/Biografias/BiografiaHeitordosPrazeres.htm ; acesso
em 18/10/2012.
TRABALHANDO DE FORMA INTERDISCIPLINAR
Na busca de um significado para a vida, a arte, a ciência estão intimamente
ligadas, pois são produtos representativos do homem em sua construção, que se
renovam, e se completam. Logo, ciência e arte precisam da interdisciplinaridade nesta
construção promovida pelo homem.
Segundo o PCN (1997, p.28) “ [...] Apenas um ensino criador, que favoreça a
integração entre a aprendizagem racional e estética dos alunos, poderá contribuir para o
exercício conjunto complementar da razão e do sonho, no qual conhecer é também
maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses ousadas,
trabalhar duro, esforçar-se e alegrar-se com descobertas.”
Ao trabalhar com Arte é possível utilizar a interdisciplinaridade que pode ser
aplicada de forma fácil na arte, por possibilitar a ligação com outras áreas do
conhecimento. O professor poderá trabalhar com a arte e através dela as diversas áreas
do conhecimento, como, por exemplo, História, Geografia, Língua Portuguesa, Literatura,
UNIDADE II
Matemática, Ciências, etc. (BRASIL, 1997).
Para Demo (1999, p.45), “ O ambiente mais favorável à aprendizagem é o
interdisciplinar, ao mesmo tempo teórico e prático, socialmente motivador, pluralista e
crítico, implicando qualidade formal e política”. O professor na disciplina de arte é o
principal agente do saber, pois leva o aluno à pensar, pesquisar e refletir de forma crítica
sobre o que se aprende e qual o sentido para a vida diante do conhecimento adquirido.
Segundo BARBOSA (2003, p.14):
Somente à ação inteligente e empática do professor pode tornar a arte ingrediente essencial para favorecer o crescimento individual e ocomportamento de cidadão como fruidor de cultura e conhecedor daconstrução de sua própria nação.
A interdisciplinaridade está em constante movimento e aplicá-la no ensino de
arte, pode proporcionar ao aluno a reflexão, a experimentação e a criação, pois a arte é
um conhecimento dinâmico, de criação, sensibilização e transformação. Vale ressaltar
que esse contato artístico-cultural é importante para professores de todas as áreas,
levando em conta que o trabalho docente fica muito mais rico se o professor não limitar-
se apenas ao conhecimento formal e aos conteúdos curriculares pragmáticos, mas que
ao contrário, desfrute das inúmeras contribuições do mundo das artes. “[…] É uma forma
de o homem entender o contexto ao seu redor e relacionar-se com ele” (BUORO, 2010).
A interdisciplinaridade pode ajudar no desenvolvimento de pesquisa, ideias,
projetos, entre outros. Para Morin (2000), a proposta da interdisciplinaridade é
estabelecer ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens
entre os conhecimentos, através dos quais aconteça a integração do aluno com a
sociedade em que vive.
A interdisciplinaridade, não se resume a um único conhecimento, mas a uma
interação entre várias possibilidades de conhecimentos que as disciplinas são capazes de
abordar. Para Fazenda (2003), a proposta da interdisciplinaridade é de revisão, na qual a
educação cumpra seu papel na formação do cidadão.
Dicas de Leitura :
A poesia e a Música
A música e a linguagem aparecem ligadas por grandes laços de afinidade entre si... são capazes de gerar um sem número de sequências novas e originais, uma vastidão de frases ou de melodias distintas; demonstram ser espontâneas ao longo do crescimento das crianças, que entre um e dois anos começam a palrar e a cantar os seus primeiros sons; podem ser expressas oralmente e por escrito, uma vez que temos uma forma de linguagem oral e de música vocal, (a canção), e que ambas se podem registar mediante a utilização de sinais previamente convencionados para o efeito; permitem o desenvolvimento da capacidade de as manipular, dado que à medida que a criança vai crescendo, e desenvolvendo as suas potencialidades, vai também amadurecendo a sua forma de falar ou de cantar; diferem de acordo com as culturas nas quais se inserem, recebendo influências do meio envolvente; podem dividir-se em três componentes: fonologia, sintaxe e semântica.
AGUIAR, Maria Cristina. Música e Poesia: A relação complexa entre duas artes da comunicação. Assistente do 1º Triênio da ESEV.Arte e Expressões criativas/música. Disponível em: www.ipv.pt/forumedia/6/13.pdf ; acesso em 24.10.2012.
UM PEDACINHO DE NOSSA HISTÓRIA: A identidade cultural do
brasileiro na MPB
(Leia o texto abaixo, disponível no Portal http://www.historiazine.com, referente à
História da MPB).
A MPB ajudou a cunhar grande parte da identidade do povo brasileiro. Além
de cultural, a MPB foi, por vezes, instrumento político e ideológico. Em alguns momentos
ajudou na propaganda política. Em outros, lutou contra o silêncio imposto pelos
governantes. Refletiu mazelas que a população sofria. Expôs feridas. Caracterizou
elementos da população. Popularizou costumes e gírias. Dois dos maiores expoentes da
música popular brasileira: Pixinguinha e Vinicius. O primeiro, um verdadeiro maestro, um
gênio da música instrumental, considerado por muitos o “pai” da música popular
brasileira. O segundo foi um grande poeta compondo canções e poemas belíssimos.
Não dá para falar de música no Brasil sem citar um outro elemento
importantíssimo para a popularização de vários artistas: um objeto, cada vez mais
presente nas casas brasileiras a partir da década de 1930: o rádio. A primeira transmissão
radiofônica do Brasil aconteceu em 1922, com um pronunciamento do então presidente,
Epitácio Pessoa, e a transmissão da ópera “O Guarani” diretamente do Teatro Municipal
no Rio de Janeiro. Mas as primeiras radiodifusoras do Brasil inauguraram suas
transmissões somente em 1923. Na programação, além dos noticiários, as emissoras
começaram a investir na música. Programas eram transmitidos “ao vivo” diretamente dos
auditórios, com a participação dos melhores artistas da época. Gradativamente o rádio vai
tomando lugar como importante veículo de comunicação e entretenimento da população
brasileira. Comerciantes colocavam rádios em seus estabelecimentos “para atrair a
freguesia”. Era mais rápido transmitir fatos pelas ondas do rádio do que pelos jornais. Foi
pelo rádio que Getúlio Vargas aguardou o resultado das eleições. O governo, na época,
incentivou o desenvolvimento profissional, técnico e comercial dos profissionais que
trabalhavam diretamente nas rádios brasileiras. O governo Vargas também ficou marcado
por uma forte propaganda nacionalista, valorizou a cultura do país, a maior expressão
desta identidade nacional brasileira, propagada pelas ondas do rádio.E como o governo
incentivava o entretenimento, até mesmo para desviar o foco das críticas, as rádios
passaram a contratar artistas para seus programas de auditório. Artistas como Carmen
Miranda, Heleninha Costa, Ataulfo Alves, Dolores Duran, Nelson Gonçalves, Orlando
Silva, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Dalva de Oliveira entraram para a história da
música brasileira interpretando composições de Lamartine Babo, Ary Barroso, Braguinha,
Joubert de Carvalho, Noel Rosa e Cartola, entre outros.
Durante as décadas de 1930, 40 e 50, músicas como “Aquarela do Brasil”,
“Ave Maria no Morro”, “Estatutos da Gafieira“, “Mulata assanhada” e “Carinhoso”
cantavam a alegria, as belezas naturais do Brasil, as mazelas, a malandragem do povo
brasileiro. Junto a isso, no final da década de 1950 inicia-se no Brasil um grande
movimento musical: a bossa nova, nascida entre os músicos da classe-média do Rio de
Janeiro.Após o suicídio de Getúlio Vargas em 1954,Juscelino Kubitschek, é eleito, e o
presidente bossa nova, como era conhecido, mudou a capital do Rio de Janeiro para
Brasília, cidade no planalto central projetada e construída para servir de centro
governante do país. Durante a década de 1950 o Brasil viveu o ápice do rádio, presente
na imensa maioria de lares brasileiros. (CABRAL, 2010)
A MPB e a História do Brasil no século XX: Ajudando a definir a identidade cultural do
brasileiro. Disponível em:http://www.historiazine.com/2010/07/mpb-e-historia-do-brasil-no-
seculo-xx.html . Acesso em 24.10.2012.
Dicas de Leitura Complementar:
História do Rádio no Brasil.(Estrutua em tópicos dos principais acontecimentos
históricos). Disponível em: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/historia-do-radio-no-
brasil.html ; acesso 25/10/2012.
TRABALHO POR PROJETOS
Os projetos de trabalho significam, um enfoque do ensino que tenta ressituar a
concepção e as práticas educativas na escola. Busca formar indivíduos com uma visão
mais global da realidade. Vincular a aprendizagem a situações e problemas reais,
trabalhando a partir da pluralidade e da diversidade, preparando para que aprendam
durante toda a vida. Essa posição implica, em primeiro lugar, que a aprendizagem seja
concebida como uma produção ativa (não passiva) de significados em relação aos
conhecimentos sociais e à própria bagagem do aprendiz. Os temas selecionados são
apropriados aos interesses e ao estágio de desenvolvimentos dos alunos. Necessita a
realização de algum tipo de pesquisa. É necessário trabalhar estratégias de busca,
organização de estudos de diferentes fontes de informação; Implicam atividades
individuais, grupais e de classe, em relação ás diferentes habilidades e conceitos que são
aprendidos.
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM UM PROJETO DE TRABALHO:
• Parte-se de um tema ou de um problema negociado com a turma;• Inicia-se um processo de pesquisa;• Busca-se e selecionam-se fontes de informação;• São estabelecidos critérios de organização e interpretação das fontes;• São recolhidas novas dúvidas e perguntas;• São estabelecidas relações com outros problemas;• Representa-se o processo de elaboração do conhecimento vivido;• Recapitula-se (avalia-se) o que se aprendeu;• Conecta-se com um novo tema ou problema. (Hernàndez, 2000)
Para desenvolver um projeto de trabalho é preciso saber o percurso por um
tema-problema que favoreça a análise, a interpretação e a crítica; Onde predomine a
atitude de cooperação entre professor e aluno. Um percurso que procure estabelecer
conexões e que questione a idéia de uma versão única da realidade; Ensinar a aprender e
aprender a ensinar.(Hernàndez, 2000)
Dicas de Leitura Complementar:
Os projetos de trabalho enfoca o ensino vinculado as mudanças sociais que
situa a concepção e a prática da educação como meio de organizar a gestão do espaço e
de tempo entre docentes/alunos sobre o discurso do saber escolar.A isso se deve a
mudanças da realidade vivida em relação a quantidade fazendo a Escola uma
redescoberta sobre os conteúdos do saber.Devido às informações não se restringir
apenas nos livros-textos e sim aprender a selecionar e pesquisar e relacionar com outras
práticas.
HERNÀNDEZ, Fernando.Transgressão e Mudança na Educação: Os Projetos de
Trabalho.Porto Alegre. Artmed, 1998.
AS LINGUAGENS DA ARTE APLICADAS À PESQUISA
Artes visuais, dança, teatro e música devem ser abordados no
ensino da arte, que se baseia na reflexão, na apreciação e na produção. Segundo as
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual do
Paraná:
Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área. Devido ao fato dessa disciplina ser composta por quatro áreas (artes visuais música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência sua formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e experiências artísticas, será possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas. (PARANÁ, 2006, p.88).
A aprendizagem de diversos temas, requer do estudante reconstruir esses
conceitos em interações sucessivas, além de pesquisar, escutar narrativas, participar da
fruição de obras, executar trechos de peças musicais compostas, expressar-se através do
corpo, ler e redigir textos, entre outras atividades... Ao propor projetos, é preciso prever a
apreciação e a pesquisa Mirian Celeste Martins, docente da Universidade Presbiteriana
Mackenzie e diretora do Rizoma Cultural, ambos em São Paulo, acrescenta que nessa
fase da escolarização o ideal é trabalhar com base em projetos ... "Cada um deve
focalizar um conceito, que pode ser desenvolvido numa determinada linguagem", afirma.
É interessante que o trabalho provoque o que a especialista chama de "nutrição estética",
ou seja, que o mesmo conceito possa ser ampliado em conexões com outros conceitos,
obras e linguagens...O importante nessa fase da vida é o aluno "fazer pensando" e
"pensar fazendo". Ou seja, não apenas priorizar a prática e deixar que a aula de Arte seja
"lazer", mas refletir sobre ela, das mais variadas formas. (BALDI,2012)
Dicas de Leitura Complementar :
...O professor deve trabalhar em busca da totalidade do conhecimento em arte, cumprindo com os
conteúdos básicos da sua formação e relacionando-os com os conteúdos das outras áreas, quando
possível...
UNIDADE III
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Caderno de Expectativas. Curitiba: Seed/DEB-PR, 2012.
Referências:
BALDI, Neila. O que ensinar em Arte do 6º ao 9º ano. Nova escola, Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/trabalhe-com-todas-linguagens-
artisticas-artes-visuais-danca-teatro-musica-542873.shtml
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba:Seed/DEB-PR, 2008.
ÁREAS AFINS (Educação Física, Ciência, Matemática, Geografia)
Segundo Japiassu (1976), a reflexão crítica sobre um conhecimento e sua estrutura,
possibilita um avanço no ensino tradicional mediante à interdisciplinaridade, visto que
possibilita uma mudança na forma de conceituar e aplicar formas pedagógicas
diferenciadas à este conhecimento. Seguindo este pensamento Fazenda declara em seu
livro:
O pensar crítico leva o homem a se descobrir em situação, a admirar a realidade, e assim, apropriar-se da temática do conhecimento que não é fixa por não serem fixas as relações homem - mundo. (FAZENDA, 2003,p.36)
A interdisciplinaridade, não se resume a um único conhecimento, mas a uma
interação entre várias possibilidades de conhecimentos que as disciplinas são capazes de
abordar. Para Fazenda (2003), a proposta da interdisciplinaridade é de revisão, na qual a
educação cumpra seu papel na formação do cidadão.
A produção científica, as manifestações artísticas e o legado filosófico da
humanidade, bem como dimensões para as diversas disciplinas do currículo, possibilitam
um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua
relação com o cotidiano. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de
contextualização sóciohistórica como princípio integrador do currículo.
Refletindo sobre o homem sendo um ser sensível em seu viver na sociedade, a
arte contribui no sentido de instigar este ser a construir um novo olhar, a observar de
novo, a sentir, a expressar. Neste sentido, a arte se torna fundamental, um eixo de
possibilidades de interdisciplinaridade na medida que possa questionar e reformular os
conhecimentos estudados, passíveis de reflexãoe de atitudes de mudança no seu viver e
na sociedade. Para Correia (2004, p.7), a arte é a base da vida e está presente em todos
os momentos existenciais do ser humano. Através da produção artística, o aluno pode
relacionar diversos temas e aprendizados múltiplos, o que leva a afirmar a importância da
arte para que o aluno se torne um pesquisador que faz reflexões, que identifica,que
analisa, classifica, e aplica no seu dia a dia.
Dicas de Leitura Complementar:
( O texto abaixo apresenta uma análise pessoal e histórica da dança segundo Ana Lucia
Oliveira do Nascimento).
Quem é que nunca dançou ou movimentou o corpo com o batuque de uma música? Bem, é difícil encontrar uma pessoa que nunca se remexeu ou contorceu ao ouvir um som. Sabendo disso, ao certo é interessante conhecer ou saber um pouquinho sobre essa arte que envolve a maioria dos povos e que muitas vezes é utilizada não só como distração, mas como exercício e até mesmo como terapia. A dança é considerada uma das artes mais antigas, é também a única que despensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função, enquanto instrumento de afirmação dos sentimentos e experiências subjetivas do homem... No antigo Egito, 20 séculos antes da era cristã, já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem ao Deus Osíris. O caráter religioso foi comum às danças clássicas dos povos asiáticos. Na Grécia Clássica, a dança era frequentemente vinculada os jogos, em especial aos olímpicos. Com o renascimento, a dança teatral, virtualmente extinta em séculos anteriores, reapareceu com força nos cenários cortesãos e palacianos. No século XIX apareceram a Contradança (que se transformou na quadrilha), a Valsa, a Polca, a Mazurca, o Scottish, o Pas-de-quatre, etc. No século passado surgiu o Boston, só destronado pelas danças exóticas (Cake-Walk, Maxine, One Step, Fox-Trot, e Tango). A divulgação da dança se deu também fora do espetáculo, principalmente nas tradições populares.
NASCIMENTO, Ana Lúcia Oliveira do. História da Dança. Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/artes/historia-danca.htm
O QUE É PORTFÓLIO
É uma forma de identificar a qualidade do ensino-aprendizagem mediante a
avaliação do desempenho do aluno e do professor, que compreende a compilação dos
trabalhos realizados pelos alunos, durante o projeto.
O objetivo é ajudar os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu
próprio trabalho e desempenho, oportunizando a documentação e registro de forma
sistemática e reflexiva. Através dos portfólios, o professor cria o diálogo com cada aluno .
Com isso, eles melhoram sua habilidade de redigir textos e posicionar-se frente aos
temas desenvolvidos; aprendem a revisar seus trabalhos de forma organizada;
conseguem ter mais clareza na comunicação através do relato de experiências e
realizações; melhoram seu aprendizado, no processo da elaboração de seus portfólios.
(RAMOS, 2011).
Cada portfólio é único, tem a marca de quem o fez, com a história única,
irrepetível do seu autor; Um portfolio não deve ser visto como uma pasta onde se
guardam coisas que não se usa mais; é a l g o v i v o , d i n â m i c o , que se consulta
sempre, que é objeto de reflexão,de análise e de avaliação contínua.
APLICAÇÃO DO PORTFÓLIO EM SALA DE AULA
No início deste caderno pedagógico foi abordado sobre o portfólio, sua
importância no processo de ensino-aprendizagem, como forma de avaliação. Então em
sala de aula o uso do portfólio será constante, visto que o aluno sempre poderáfazer uma
reflexão sobre o aprendido, mas também vai além dos limites da escola. Não deve ser
uma cópia dos conteúdos estudados, mas caminhos que o aluno optou para chegar ao
conhecimento de determinado tema. Também deverá constar de pesquisas que ele
realizou através dos meios disponíveis (da internet, de recortes de revistas e jornais,
etc...).
UNIDADE IV
O professor deverá estar observando este portfólio regularmente, para poder
ajudar, orientar na construção do conhecimento e avaliar.
RESULTADOS
Durante o projeto, o portfólio realizado pelo aluno será avaliadoem quatro
momentos: sempre ao final de cada unidade, os alunos apresentarão um texto no qual
contemplará seu aprendizado, observando todo seu caminho percorrido nas anotações
realizadas no portfólio. A apresentação será para a classe e para o professor. O professor
poderá ao final da apresentação propor apontamentos da apresentação para um debate
e durante o mesmo poderá surgir novos temas de pesquisa que interessam ao aluno e
que poderão ser investigados numa nova proposta de trabalho.
Referências:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola . Editorial, 2003._____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
ASSIS, Henrique Lima (Org): e outros. Educação das Artes Visuais na perspectiva da
Cultura Visual: Conceituações problematizações e experiências. Goiania: Kelps, 2011.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999._____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003.______. (org.). Arte/Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais.São
Paulo: Ed. Cortez, 2001.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
BARTHES,R. O Rumo da Língua. São Paulo: Brasiliense, 1998.
BOTH, I. Avaliação-Ensino. Curso Normal Superior por Mídias Interativas. UEPG: 2000.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
arte/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BUORO, Anamelia. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CORREIA , Ayrton Dutra (Org). Ensino de Artes: múltiplos olhares. Ijuí : Unijuí, 2004.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo:ed. 34, 2001.
DELORS, Jacques. (2001). Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a educação para o século XXI. 5.ed. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC: UNESCO.
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. 9 ed. Campinas: Papirus, 1999.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:HISTÓRIA.Governo do Paraná.Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Paraná, 2008.
Diretrizes Curriculares . Disponível em:http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: LÍNGUA PORTUGUESA.Governo do Paraná.Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Paraná, 2008.
DUARTE JÚNIOR, JOÃO FRANCISCO. Porque arte-educação? 6ª ed. Campinas: Papirus, 1991.
Enciclopédia Itaú Cultural. Artes Visuais. Heitor dos Prazeres. Disponível em:http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2010
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: Qual o Sentido? São Paulo: Paulus, 2003.
FRANGE, Lucimar Bello P. Arte e seu ensino, uma questão ou várias questões?
In:BARBOSA, Ana Mae (Org). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo:
Cortez, 2002.
GRACE, C. ; SHORES, E. Manual do Portfólio: um guia passoa passo para o professor. Porto Alegre: Atrmed, 2001. Disponível em: http://www.uepg.br/uepg_departamentos/demet/disciplinas/Roteiro%20portf%C3%B3lio.pdf
HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da Cultura Visual. Porto Alegre: Ed. Mediação,
2007.
______. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
______. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto
Alegre: ArtMed, 1998.
______; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e Patologia do Saber. Rio de Janeiro: Imago Editora,1976.
JUNIOR, Raimundo da Silva Santos. A importância das Artes no Ensino Fundamental. Disponível em:
http://pt.shvoong.com/social-sciences/1806678-import%C3%A2ncia-das-artes-ensino-fundamental/
LIRIO, Alba; PRAZERES FILHO, Heitor, Heitor dos. Heitor dos Prazeres: sua arte e seu tempo. Rio de Janeiro: ND Comunicação, 2003.
LOWENFELD, V. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. São Paulo: Atual, 1997.
Disponível em:
http://quasarte.blogspot.com.br/2008/11/importncia-do-ensino-da-arte-na-escola.html
Acesso em 17/9/2012.
MARTINS, Raimundo;TOURINHO, Irene (Orgs).Educação da Cultura Visual: narrativas
de ensino e pesquisa. Santa Maria: Ed. UFSM, 2009.
______. Educação da Cultura Visual: Conceitos e contextos. Santa Maria: Ed. UFSM,
2011.
MIRZOEFF, Nicholas. Una introducción a la cultura visual. Barcelona: Paidós, 2003.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.2 ed. SP:
Cortez,2000.
NACHMANOVITCH, Stephen. Ser Criativo: O Poder da Improvisação na vida e na arte.
São Paulo: Ed. Summus, 1993.
PRAZERES, Heitor. Biografia. Disponível em: http://www.heitordosprazeres.com.br/index.asp . Acesso em 18/10/2012 .
RAMOS, Heloísa. Qual a finalidade dos Portfólios? . Nova Escola, 2011. Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/qual-finalidade-portfolios-627214.shtml, acesso em 24.9.2012.
SILVEIRA, Teresa Cristina Melo da. A arte na Educação: saberes e práticas educativas
em uma área de conhecimento conhecimento integrado às outras. Caderno de
Pedagogia, Ribeirão Preto, v 11, n.º 3, p.91-104, 2006.
SOUSA, Jussara. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais.Belo Horizonte, novembro de 2010. Disponível em:portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task...
THOMPSON, E. P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
CADERNO PEDAGÓGICO II
ATIVIDADES
Autor: Maurício Nascimento / Título:Borboleta(gravura)
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=152605
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINOFUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
ELISANA BEATRIZ BORGES
Curitiba/ 2012
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL ÁREA METROPOLITANA NORTE
COLÉGIO ESTADUAL PORFESSORA ÂNGELA SANDRI TEIXEIRA E.F.M.
P D E - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROFESSORA: ELISANA BEATRIZ BORGES
ORIENTADOR: Ms. RENATO TORRES
IES: Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA:
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINO
FUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
Para o 6º Ano do Ensino Fundamental.
CURITIBA/2012
CADERNO PEDAGÓGICO II
ATIVIDADES
UMA REFLEXÃO SOBRE O CONHECER E O PRATICAR ARTE NO ENSINOFUNDAMENTAL: Interdisciplinaridade e Cultura Visual no cotidiano escolar
ELISANA BEATRIZ BORGESORIENTAÇÃO: Professor Mestre Renato TorresIES: Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
SUMÁRIO
• APRESENTAÇÃO• A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA ARTE• A CULTURA VISUAL• TRABALHO POR PROJETOS• INTERDISCIPLINARIDADE (PORTUGUÊS E HISTÓRIA)• PORTFÓLIOS
UNIDADE I1 Conhecendo o artista
• biografia• obras• leitura de imagens
UNIDADE II2 Trabalhando de forma Interdisciplinar
• A poesia e a música• Um pedacinho de nossa história• Trabalho por Projetos
UNIDADE III
3 As linguagens da arte aplicadas à pesquisa• Artes Visuais, Música, Dança e Teatro
UNIDADE IV4 O que é o portfólio
• Aplicação do portfólio em sala de aula• Os resultados
Caro Professor
As Orientações Pedagógicas sugeridas neste Caderno Pedagógico foram ela-
boradas durante etapas do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, ao longo
do ano de 2012.
Através deste caderno pedagógico, busca - se despertar o aluno para a pes-
quisa, reflexão e crítica através da arte em seu cotidiano; com temas atuais e pertinentes
tornando um participante ativo na conquista de uma convivência social mais feliz e justa
para todos.
Escolheu-se o artista Heitor dos Prazeres, por ser um artista múltiplo que em
sua trajetória artítica e profissional, desenvolveu o gosto pela Música e pela
Pintura. Através de sua arte é possível desenvolver propostas pedagógicas nas áreas da
arte bem como demais disciplinas, como a Língua Portuguesa através de seus versos e
da História, partindo de toda produção cultural que permeia o período em que o artista vi-
veu.
Neste caderno a interdisciplinaridade é apresentada buscando uma forma de
dialogar com os demais profissionais da educação. Através dos conceitos da cultura visu-
al busca-se subsídios teóricos para estabelecer uma metodologia de ensino da arte que
proporcione um posicionamento crítico aos alunos perante as imagens que nos cercam.
Conhecer, analisar, interpretar e praticar ações no processo de ensino aprendizagem que
possibilitem uma reflexão e conhecimento de si e do mundo.
As atividades desenvolvidas neste caderno buscam contemplar as áreas da
disciplina de Artes, porém há uma dedicação especial para as artes visuais, visto que o
tema da pesquisa neste Programa de Desenvolvimento Educacional envolve o cotidiano
do educando.
A avaliação proposta neste caderno é através da criação do portfólio, onde o
professor terá um contato mais próximo com o aprendizado do aluno, sendo mediador e
também pesquisador neste processo de avaliação.
Os quatro pilares da educação, neste século , segundo Delors (2001), apren-
der a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, são os funda-
mentos basilares desta pesquisa, que busca a contextualização de conhecimentos úteis
ao aluno, que é desafiado a pesquisar, entender o conteúdo e interagir.
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA ARTE
Sugestão de atividades:
• Experimentando cores
Objetivo: aplicar atividades onde os elementos formais da disciplina sejam utilizados
visando a técnica, a observação e reflexão, que o educando tenha um olhar mais re-
flexivo e crítico de tudo que ele vivencia em seu cotidiano
• Materiais necessários: folha sulfite; pincel; tinta guache nas cores primárias e o
branco; lápis colorido; lápis preto; borracha e régua.
• Recursos: Tv Pendrive e reproduções de obras de arte.
• Instrução I: construir um disco de cores, fazendo variações de tons com ajuda da
tinta branca.
• Instrução II: a partir da observação de uma imagem (de preferência obras de Hei-
tor dos Prazeres), os alunos criarão uma imagem sobre o cotidiano, visando o uso
das cores.
• Instrução III: Assistir com os alunos um vídeo sobre como fazer a cor da pele a
partir das cores básicas. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?
feature=endscreen HYPERLINK "http://www.youtube.com/watch?
feature=endscreen&v=8AFask9stLI&NR=1" & HYPERLINK
"http://www.youtube.com/watch?
feature=endscreen&v=8AFask9stLI&NR=1" v=8AFask9stLI HYPERLINK
"http://www.youtube.com/watch?
feature=endscreen&v=8AFask9stLI&NR=1" & HYPERLINK
"http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=8AFask9stLI&NR=1" NR=1
• Após assistir disponibilizar tintas e imagens para análise de cores e propor a cria-
ção de uma nova imagem, explorando as cores pesquisadas.
CULTURA VISUAL
Sugestão de Atividades:
• Vivências: minha exposição
Objetivo da atividade é despertar o olhar estético para o nosso cotidiano, visando a
cultura visual.
• Materiais necessários: Papel sulfite, TNT preto (para forrar local da exposição), es-
paço físico e mesas.
• Recursos: Tv Pendrive, computador e impressora (laboratório de informática).
• Instrução I: Assistir o vídeo sobre cultura visual disponível em: Série sobre a Cul-
tura Visual (Filmes e Programas) Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br, ou
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=8918
• Instrução II: Pesquisar objetos em casa que tenham algum significado para o
pesquisador . Trazer para a sala de aula e justificar a escolha para os demais.
• Instrução III: No computador, criar um pequeno texto sobre o objeto, dar um título
e assinar.
• Instrução IV: Montar a exposição dos objetos, referenciados em mesas forradas
com TNT preto. Organizar a visitação da comunidade escolar.
•
O TRABALHO POR PROJETOS
Sugestão de Atividades:
• Eu e a obra
Objetivo da atividade é a leitura de imagens, a pesquisa e a criatividade a partir da leitura
de imagem e pesquisa realizada.
• Materiais necessários: Caderno de desenho, lápis preto e colorido.
• Recuros: Tv Pendrive
• Instrução I: Estudo de imagem (escolher uma imagem que possibilite diversos te-
mas para pesquisas)
• Instrução II: No caderno anotar as impressões da imagem quanto a descrição,
análise, interpretação e julgamento da mesma. Selecionar o tema da imagem que
gostou e pesquisar sobre o mesmo em outras fontes de pesquisa.
• Instrução III: Apresentar ao colegas da turma a pesquisa realizada juntamente
com uma representação da mesma (ou seja, crie uma representação, ou música,
ou poesia de modo a expressar a pesquisa realizada e seu entendimento).
INTERDISCIPLINARIDADE (PORTUGUÊS E HISTÓRIA)
Sugestão de Atividades:
• Brincando com cores
• Materiais necessários: Caderno de desenho, lápis preto e colorido.
• Recursos:Tv Pendrive, Texto poético, biblioteca e laboratório de informática.
Objetivos da Disciplina de Língua Portuguesa:
• Diversidade textual: texto poético;
• Trabalhar com a sonoridade do texto: rimas;
• Apresentar a estrutura do texto identificando versos e estrofes;
• Leitura e interpretação;
• Expressão oral.
Objetivos da Disciplina de Artes:
• Cores;
• Desenho e contorno;
• Pintura/Fundo;
• Coordenação motora fina;
• Despertar a criatividade.
• Instrução I: Pesquisar poemas, poesias, versos diversos para apreciação.
Obs: Textos curtos impressos e recortados para escolha.
• Instrução II: No caderno de desenho, ilustrar a poesia escolhida.
• Instrução III: Análise de textos e imagens
• Instrução IV: Pesquisando o autor ( aspectos históricos da vida e obra ).
Objetivos da Disciplina de História:
Pesquisa dos aspectos socio-político- econômico e cultural em que viveu o autor do texto
escolhido, fazendo um paralelo temporal dos períodos. Registrado em caderno.
PORTFÓLIOS
Sugestão de Atividades:
Objetivo da atividade é que o aluno trace seu aprendizado através do portfólio, onde
ele possa apontar dados de suas pesquisas e interesses pelos temas durante o processo
de aprendizagem e principalmente para que o professor possa acompanhar esse aprendi-
zado, sendo mediador e também auxiliador nesta construção do conhecimento.
• Meu Portfólio
• Materiais necessários: caderno de desenho, cola, tesoura, revistas, imagens pra
recorte e materiais diversos.
• Instrução I: Leitura de texto pré selecionado sobre o portfólio, sua importância pra
pesquisa e conhecimento adquirido, que caminhos serão percorridos e analisados
e que estrutura terá esse portfólio.
• Instrução II: Criação personalizada da capa do portfólio. (Sugerir atividades com
corte colagem de materiais diversos em justaposição.)
CONHECENDO O ARTISTA
Sugestão de Atividades:
• Exposição : Conhecendo Prazeres
Objetivo da atividade é a pesquisa, a leitura de imagem e a socialização da obra, artis -
ta e público.
• Materiais necessários: folha sulfite, lápis preto e colorido, giz de cera, papel cartão
preto.
• Recursos: Laboratório de Informática, TV Pendrive.
• Instrução I: A partir da leitura da biografia do artista, os alunos pesquisarão mais
sobre a produção plástica e musical do mesmo. Escolherão o objeto de sua pes-
quisa para uma leituprodução artística na linguagem que a equipe escolher(músi-
ca, artes plásticas..).
• Instrução II: Em sulfite farão a produção em desenho, depois será colado no papel
cartão ( moldura).
• Instrução III: As obras escolhidas deverão ser impressas em tamanho de
10X15cm , com legendas (dados sobre a obra).
• Instrução IV: Montar exposição, onde a produção artística a partir da obra, seja
colocada ao lado da cópia impressa. Obs: A produção da obra em desenho, deverá
ter um Título escolhido pelo aluno.
• Instrução IV: Caso o aluno em sua produção opte em expor letras e até instru-
mentos musicais, não esquecer de estarem devidamente referenciados.
• Instrução V: A exposição deverá contemplar a comunidade escolar. Para tanto, or-
ganizar a visitação na exposição, bem como cartazes que resumam a biografia do
artista (que deverão ser elaborados pelos alunos).
UNIDADE I
TRABALHANDO DE FORMA INTERDISCIPLINAR
Sugestão de atividades:
• Cantarolando a canção
Objetivo da atividade é a interdisciplinaridade. Os objetivos propostos nas Diretrizes Curri-
culares para cada disciplina foram selecionados nesta atividade para que promovam atra-
vés da Arte, da Língua Portuguesa e de História conhecimentos específicos através da bi-
ografia do artista Heitor dos Prazeres.
Material necessário: caderno; caneta e lápis.
Recursos: Laboratório de informática, aparelho de som, com entrada USB e/ou Tv pendri -
ve.
• Instrução I: Pesquisar letras de canções em verso e prosa.
• Instruçao II: Perceber através da análise do texto os tipos de forma poética
Objetivosda Disciplina de Língua Portuguesa:
• Diversidade textual: texto poético;
• Trabalhar com a sonoridade do texto: rimas;
• Apresentar a estrutura do texto identificando versos e estrofes;
• Leitura e interpretação;
• Expressão oral.
• Instrução III: Audiçao das canções pesquisadas pelos alunos.(se possível)
• Instrução IV: Criação de uma paródia em grupos com temas a serem escolhidos
pelos mesmos.
• Instrução V: Apresentação da pesquisa e canto das paródias em grupos.
UNIDADE II
Objetivos da Disciplina de Artes:
• Compreenda as formas de estruturação e organização da música contextualizando
-as com os períodos históricos e os movimentos artísticos.
• Perceba a estruturação dos elementos formais na paisagem sonora e na música e
compreenda os diferentes ritmos e escalas musicais.
• Aproprie os conceitos teóricos da música.
Desenvolva a percepção dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
UM PEDACINHO DE NOSSA HISTÓRIA: A identidade cultural do brasileiro na
MPB
Sugestão de Atividades:
• Nosso Rádio
Objetivo da Disciplina de História:
• Compreenda a noção de sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
• Compreenda a simultaneidade dos acontecimentos históricos em diferentes espa-
ços, por meio do estudo de sociedades que num mesmo tempo histórico vivencia-
ram contextos diferentes.
Objetivo da Disciplina de Artes:
• Compreenda as formas de estruturação e organização da música contextualizando
com os períodos históricos e os movimentos artísticos.
• Perceba a estruturação dos elementos formais na paisagem sonora e na música e
compreenda os diferentes ritmos e escalas musicais.
• Aproprie os conceitos teóricos da música,como por exemplo, seus elementos.
• Material necessário: Caderno e lápis
• Recurso : Aparelho de som.
• Instrução I: Elaboração de um roteiro de 15 minutos de um programa de rádio em
equipes, onde deverá constar: música, informações, notícias, um encontro com o
passado ( onde será abordado pelo locutor um tema pesquisado sobre a História
da música no Brasil),e se possível uma radio-novela.
• Instrução II: Organizar a apresentação da rádio pela equipe.
TRABALHO POR PROJETO
Sugestão de Atividades:
Objetivo da atividade é que apartir da leitura das imagens selecionadas, os alunos
pesquisem sobre temas ligados às linguagens da arte (música, dança, teatro e artes visu-
ais), visando conhecimentos específicos das mesmas, como seus elementos, gêneros,
período histórico/cultural...).
• Materiais necessários: caderno, lápis preto e colorido, hidrocor, régua, tesoura,
cola, revistas, livros, etc.
• Recursos: Tv pendrive, aparelho de som, etc.
• Instrução I: através das obras de Heitor dos Prazeres: “Serenata” (1965,óleo so-
bre tela,50X61cm), “Moendo cana e pilando café”(1965,óleo sobre tela, 61X50cm)
e “Samba na Lapa” (1964,óleo sobre tela, 45X34cm). Buscar-se-á conhecimentos
específicos sobre música, dança e teatro. A ideia é fazer alguns questionamentos
sobre a obra que levem os alunos à pesquisa de possíveis temas como: estilos de
música e de dança, gêneros da música , representação cênica de fatos históricos,
políticos e sociais (elementos do teatro) e instrumentos musicais.
Obs: As imagens das obras citadas acima estão disponíveis nos seguintes endereços
(através do site de buscas Google):
www.weloverocknrollesamba.blogspot.com /search?q=heitor+dos+prazeres
( imagens) www.galeriaerrolflynn.com.br
www.africasaberesepraticas.blogspot.com
www.acervodearte.com.br
Vale lembrar, que acessando os sites de busca, há um vasto material sobre o artista dis-
ponível para pesquisas.
• Instrução II: A finalização do processo dos temas estudados se dará com a organi-
zação de grupos para uma apresentação para os demais da turma com música, te-
atro e dança, que deverá abordar os temas estudados.
• Obs: Após as apresentações, um último bate-papo reflexivo sobre o que aprende-
ram, anotações finais dos portfólios e propostas para um novo projeto de estudo.
AS LINGUAGENS DA ARTE APLICADAS À PESQUISA
Sugestão de Atividades:
• QUADRO VIVO
• Material necessário: caderno, lápis preto e colorido.
• Recursos: Aparelho de som, Tv pendrive, etc...
• Instrução I: A partir do estudo da imagem de uma obra os alunos em equipes re-
presentarão a cena da obra.Lembrando que as análises devem ser anotadas em
caderno, bem como pesquisar sobre a música do período em que a obra foi conce-
bida.
Obs: Para o estudo de imagens, ter no mínimo quatro obras que possibilitem um estudo
das linguagens da arte. Dê preferência aos artistas brasileiros.
• Instrução II: A partir da cena representada pelos alunos, eles criarão um texto cê-
nico e atuarão contando como eles imaginaram a sequência da imagem inicial da
obra.(elementos do teatro).
• Instrução III: Após as apresentações cênicas das equipes, cada aluno contará a
história em quadrinhos dos temas apresentados.
• Instrução IV : Audição de músicas relacionadas ao período em que as obras foram
realizadas com devidas explicações sobre o gênero, estilo, instrumentos, história...
ÁREAS AFINS (Educação Física, Ciência, Matemática, Geografia)
Sugestão de Atividades:
• Dançando nas disciplinas
UNIDADE III
O objetivo dessa atividade é trabalhar os elementos da dança, bem como os objeti-
vos descritos abaixo, pertinentes Às disciplinas de Educação Física, Ciência, Matemá-
tica e Geografia:
• Conheça a origem dos jogos e brincadeiras trabalhados como conteúdo específico,
como também das cantigas de roda.
• Reconheça a vivência lúdica
• Conheça os aspectos culturais atrelados à origem e à permanência das danças fol-
clóricas.
• Conheça o contexto da origem da dança de rua.
• Amplie seu repertório pessoal de movimentos
• Reconheça as características gerais dos seres vivos (Seu próprio corpo).
• Compreenda o conceito de espaço geométrico
• Identifique as relações existentes entre o campo e a cidade: questões econômicas,
ambientais, políticas, culturais e sociais.
• Reconheça as características que diferenciam o campo da cidade.
• Entenda o conceito de sociedade.
• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais e sua influ-
ência na sociedade atual.
(PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas .
Curitiba:Seed/DEB-PR, 2012).
• Materiais necessários: caderno, lápis preto.
• Recursos: Tv Pendrive, aparelho de som,laboratório de informática, espaço físico
para ensaio, figurinos, etc.
• Instrução I: Assistir a três vídeos pré selecionados que mostrem a dança em dife-
rentes estilos. Escolha um regional/folclórico, um contemporâneo e um de salão.
• Instrução II: Em equipes escolher um estilo de dança, onde através da pesquisa,
os alunos possam atingir os objetivos acima e tenham consciência que a ferramen-
ta mais importante para essa atividade é a pré-disposição em movimentar o corpo
com coerência.
• Instrução III: Após as pesquisas, organizar o ensaio das equipes, bem como espa-
ço para apresentação e figurino.
• Instrução IV: Apresentação das danças para algumas turmas da escola.
PORTFÓLIOS
Como o portfólio é um instrumento de avaliação constante, foi sugerido no início
deste caderno como elaborá-lo e sua aplicabilidade. Cabendo nesta unidade apenas que
o professor faça um último encontro com os alunos para apresentação individual de seus
portfólios. Caso tenha dificuldade em se localizar repito aqui a atividade proposta:
Sugestão de Atividades:
Objetivo da atividade é que o aluno trace seu aprendizado através do portfólio, onde
ele possa apontar dados de suas pesquisas e interesses pelos temas durante o processo
de aprendizagem e principalmente para que o professor possa acompanhar esse aprendi-
zado, sendo mediador e também auxiliador nesta construção do conhecimento.
• Meu Portfólio
• Materiais necessários: caderno de desenho, cola, tesoura, revistas, imagens pra
recorte e materiais diversos.
• Instrução I: Leitura de texto pré selecionado sobre o portfólio, sua importância pra
pesquisa e conhecimento adquirido, que caminhos serão percorridos e analisados
e que estrutura terá esse portfólio.
UNIDADE IV
• Instrução II: Criação personalizada da capa do portfólio. (Sugerir atividades com
recorte colagem de materiais diversos em justaposição.)
Referências:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola . Editorial, 2003._____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
ASSIS, Henrique Lima (Org): e outros. Educação das Artes Visuais na perspectiva
da Cultura Visual: Conceituações problematizações e experiências. Goiania: Kelps,
2011.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999._____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003.______. (org.). Arte/Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais.São
Paulo: Ed. Cortez, 2001.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
BARTHES,R. O Rumo da Língua. São Paulo: Brasiliense, 1998.
BOTH, I. Avaliação-Ensino. Curso Normal Superior por Mídias Interativas. UEPG:
2000.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
arte/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BUORO, Anamelia. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CORREIA , Ayrton Dutra (Org). Ensino de Artes: múltiplos olhares. Ijuí : Unijuí, 2004.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo:ed. 34, 2001.
DELORS, Jacques. (2001). Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a educação para o século XXI. 5.ed. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC: UNESCO.
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. 9 ed. Campinas: Papirus, 1999.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:HISTÓRIA.Governo do Paraná.Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Paraná, 2008.
Diretrizes Curriculares . Disponível em:http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: LÍNGUA PORTUGUESA.Governo do Paraná.Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Paraná, 2008.
DUARTE JÚNIOR, JOÃO FRANCISCO. Porque arte - educação? 6ª ed. Campinas: Papirus, 1991.
Enciclopédia Itaú Cultural. Artes Visuais. Heitor dos Prazeres. Disponível em:http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2010
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: Qual o Sentido? São Paulo: Paulus, 2003.
FRANGE, Lucimar Bello P. Arte e seu ensino, uma questão ou várias questões?
In:BARBOSA, Ana Mae (Org). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo:
Cortez, 2002.
GRACE, C. ; SHORES, E. Manual do Portfólio: um guia passoa passo para o professor. Porto Alegre: Atrmed, 2001. Disponível em: http://www.uepg.br/uepg_departamentos/demet/disciplinas/Roteiro%20portf%C3%B3lio.pdf
HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da Cultura Visual. Porto Alegre: Ed. Mediação,
2007.
______. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
______. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto
Alegre: ArtMed, 1998.
______; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e Patologia do Saber. Rio de Janeiro: Imago Editora,1976.
JUNIOR, Raimundo da Silva Santos. A importância das Artes no Ensino Fundamental. Disponível em:
http://pt.shvoong.com/social-sciences/1806678-import%C3%A2ncia-das-artes-ensino-fundamental/
LIRIO, Alba; PRAZERES FILHO, Heitor, Heitor dos. Heitor dos Prazeres: sua arte e seu tempo. Rio de Janeiro: ND Comunicação, 2003.
LOWENFELD, V. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. São Paulo: Atual,
1997. Disponível em:
http://quasarte.blogspot.com.br/2008/11/importncia-do-ensino-da-arte-na-escola.html
Acesso em 17/9/2012.
MARTINS, Raimundo;TOURINHO, Irene (Orgs).Educação da Cultura Visual:
narrativas de ensino e pesquisa. Santa Maria: Ed. UFSM, 2009.
______. Educação da Cultura Visual: Conceitos e contextos. Santa Maria: Ed.
UFSM, 2011.
MIRZOEFF, Nicholas. Una introducción a la cultura visual. Barcelona: Paidós, 2003.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.2 ed. SP: Cortez,2000.
NACHMANOVITCH, Stephen. Ser Criativo: O Poder da Improvisação na vida e na
arte. São Paulo: Ed. Summus, 1993.
PRAZERES, Heitor. Biografia. Disponível em: http://www.heitordosprazeres.com.br/index.asp . Acesso em 18/10/2012 .
RAMOS, Heloísa. Qual a finalidade dos Portfólios? . Nova Escola. Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/qual-finalidade-portfolios-627214.shtml, acesso em 24.9.2012.
SILVEIRA, Teresa Cristina Melo da. A arte na Educação: saberes e práticas
educativas em uma área de conhecimento conhecimento integrado às outras.
Caderno de Pedagogia, Ribeirão Preto, v 11, n.º 3, p.91-104, 2006.
SOUSA, Jussara. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais.Belo Horizonte, novembro de 2010. Disponível em:portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task...
THOMPSON, E. P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.