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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Poesia: uma janela para ver o mundo
Autor Jaqueline Raquel de Lara Smaniotto
Escola de Atuação Colégio Estadual Euclides da Cunha
Município da escola Matelândia
Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu
Orientador Prof. Doutora: Martha Ribeiro Parahyba
Instituição de Ensino Superior Unioeste
Disciplina/Área (entrada no PDE) Português
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Educação Artística
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos de 6ª série
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Euclides da Cunha
Rua: Napoleão Laureano, número: 642, Centro
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Justifica-se a realização deste trabalho pela necessidade de nortear e enriquecer o trabalho em sala de aula, por isso este projeto vem auxiliar os professores de Língua Portuguesa a aproximar os alunos do texto poético, trabalhando com as peculiaridades do gênero. O poema será objeto de estudo na sala de aula, na turma de 6ª série, do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Euclides da Cunha, Matelândia, Pr. Os alunos lerão poemas com temas diferenciados, identificando os recursos estilísticos do poema, como também conhecer a vida e obra de autores renomados e contemporâneos. Desse modo, objetiva-se promover o resgate da poesia em sala de aula, valendo-se de vários recursos, olhando a poesia como obra de arte. Enfim, mostrar que a poesia traduz em palavras a maneira como o poeta vê o mundo; mostrar o encanto que a poesia proporciona.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Poesia, Poema, Literatura
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Jaqueline Raquel de Lara
Área PDE: Português
NRE: Foz do Iguaçu
Professor Orientador: Martha Ribeiro Parahyba
IES vinculada: Unioeste
Escola de Implementação: Colégio Estadual Euclides da Cunha
Município de Matelândia - PR.
Público objeto da intervenção: Alunos de 6ª série do Ensino Fundamental.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................ 2
2 METODOLOGIA...................................................................................................... 3
4 CRONOGRAMA ..................................................................................................... 3
UNIDADE 1................................................................................................................. 4
UNIDADE 2................................................................................................................. 6
UNIDADE 3................................................................................................................10
UNIDADE 4................................................................................................................14
UNIDADE 5................................................................................................................17
UNIDADE 6................................................................................................................19
UNIDADE 7................................................................................................................24
AVALIAÇÃO..............................................................................................................28
REFERÊNCIAS..........................................................................................................29
ANEXOS....................................................................................................................30
1
1 INTRODUÇÃO
Nesta Unidade Didática, buscar-se-á com o gênero Poema um dos caminhos
para a leitura e produção de poemas onde a intervenção do trabalho será
especificamente observada na realidade dos alunos para que eles se tornem mais
criativos, participativos, enfim, para que se formem leitores competentes. O ensino
da língua literária deve estar pautada em práticas significativas contextualizadas nos
três eixos da língua portuguesa: ler, escrever, falar. A literatura, juntamente com a
língua portuguesa, pode contribuir para desenvolver a expressão lingüística, a
construção do conhecimento, suscitar a imaginação, despertar emoções,
possibilitando a aprendizagem de forma lúdica e prazerosa, onde jogos e diferentes
atividades façam parte deste trabalho.
De acordo com Pondé (1983):
Acreditamos que a poesia é, por excelência, um dos meios de se criar novas linguagens e de se respeitar o mundo da criança, que tem uma lógica particular e característica. A criança possui um modo de perceber o mundo diferente do adulto. Sua apreensão é emocional e globalizante; por isso, a poesia, com sua linguagem altamente condensada e emotiva, sensibiliza-a de maneira extremamente intensa (PONDÉ, 1983, P. 96).
Como foco norteador é de suma importância que o aluno aprenda a olhar o
poema de forma lúdica e emotiva, fazendo leituras de textos poéticos e
reconhecendo suas características para dominar diferentes linguagens. Que no
decorrer do trabalho o aluno possa comparar o poema a outros gêneros. A pesquisa
envolverá diferentes recursos estilísticos, como: repetições, musicalidade,
sonoridade, rimas, estrofes, estrutura do poema, gênero do poema, ritmo, versos,
uso de figuras de linguagem e declamação de poesias. Haverá pesquisa sobre
alguns poetas, estudando-se sobre suas técnicas poéticas, suas vidas, suas obras,
suas histórias; o contexto histórico de suas produções abrangendo seus estilos
utilizados, sempre tendo em mente o leitor-alvo. Assim, é fundamental, também
pesquisar sobre o gênero poético lírico, observar e analisar os tipos de poesia da
história da literatura, seja ela tradicional ou contemporânea.
2
2 PROBLEMATIZAÇÃO
O estudo do gênero vem minimizar a problemática do leitor de se relacionar
com textos poéticos, fazendo com que o aluno se sinta motivado a ler este tipo de
gênero, analisando e produzindo seus próprios poemas. Sabe-se que os estudantes
não têm muita preferência por poemas, pois encontram dificuldades em interpretá-
las e até mesmo em produzi-las.
Pimentel (1984), comenta sobre a importância do trabalho com a poesia.
Assunto muito importante. Preocupante até, se observarmos que o mundo de hoje parece rejeitar a poesia, se considerarmos que nossos estudantes quase não leem poemas. Entretanto, a poesia se faz urgente num mundo de materialismo e de máquinas, como é o nosso. A poesia é uma porta para o sensível, para o belo. A poesia é música, ritmo, além de ensinar a beleza da língua. A poesia excita a imaginação e a criatividade (PIMENTEL, 1984, p. 177).
Desse modo, ofertar-se-á poemas de poetas renomados e até mesmo
modernos, de modo que os alunos possam compreendê-los e apreciá-los mais e
melhor, escrevendo com mais clareza e organizando melhor suas ideias para
posteriormente estimulá-los a recitar em público com mais fluência.
Podemos então nos perguntar: Por que os alunos do Ensino Fundamental
quase não lêem poesia? Como buscar estratégias para motivar os alunos a lerem
poemas?
3 METODOLOGIA
É por meio do universo da poesia que o aluno desenvolve a sensibilidade, a
fantasia, desperta o lúdico explorando ritmo e sonoridade. Este trabalho pretende
fazer com que o convívio com a poesia de fato seja colocada em prática, há que
permitir que o aluno tenha contato com diferentes autores e suas obras, trabalhando
com atividades que busquem ressaltar a importância da poesia, compreendendo a
linguagem poética e seus recursos estilísticos. Primeiramente será feito uma
3
investigação sobre o que o aluno sabe sobre poesia. Nesse intuito dá-se a
importância de trabalhar atividades de leitura, escrita e oralidade, como por exemplo:
leitura de poemas e de pequenos versos, interpretação, declamação, conversação,
troca de idéias e por fim, composição de poemas. Que a aprendizagem seja
prazerosa, favorecendo o aprendizado do educando com atividades referentes ao
universo poético. Fernando Paixão (1984) exprime seus sentimentos em relação à
poesia:
Afinal, que sentimento é esse que se cria dentro de mim, dentro de você, quando a gente lê um poema de Fernando Pessoa ou de Carlos Drummond de Andrade, por exemplo? Quanta artimanha é essa que a poesia tece dentro do nosso chamado coração e despertando encanto, consegue nos revelar uma vida mais nua, mais viva, cheia de detalhes deslumbrantes? Parece até que a poesia age como um fogo rápido que esquenta a frieza do dia-a-dia e desvenda fatos reais através de uma lente especial: a sensibilidade. Todos nós já fomos tocados um dia por essa emoção esquisita. Na leitura de algum poeta, cantando ou escutando as letras de música, vivemos momentos em que as palavras adquirem uma força incomum, estranha, como se das coisas banais, elas revelassem um lado escondido, poucas vezes visitado pelo nosso pensamento (PAIXÃO, 1984, P. 7).
É importante também salientar que a literatura possibilita o reconhecimento
da realidade que está ao seu redor, como também ela é retrata o mundo ficcional.
Interagindo com o texto poético o leitor ampliará as suas experiências de vida e sua
visão de mundo.
4 CRONOGRAMA
A Unidade Didática será desenvolvida durante um trimestre, a partir do
segundo semestre do ano de 2011.
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DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
Aula 1 Primeiramente haverá uma apresentação de pessoas que participam do
CTG de Matelândia, para que recitem a poesia gauchesca.
Aula 2 Para completar o trabalho, será convidado um poeta que irá declamar
alguns poemas.
Aula 3 A etapa seguinte será uma pesquisa sobre vida e obras de autores
brasileiros, por meio do laboratório de informática, onde em grupos, os alunos
pesquisarão textos poéticos como atividade extra-classe.
Na antiguidade, a poesia nasce ligada à música. A poesia lírica, para
compreender as mudanças em relação à poesia basta ter uma visão histórica-social
da época, observando o avanço da ciência e da tecnologia. Mudou o conceito de
poesia e o poeta tem um novo papel na sociedade em que está inserido. De acordo
com Stalloni (2001):
Lembremos que originalmente, a poesia destinava a ser cantada com o acompanhamento musical da lira- de onde derivou a palavra lirismo (...) No sentido moderno do termo, o lirismo será definido como a expressão pessoal de uma emoção demonstrada Poe vias ritmadas e musicais (...) Mas convém acrescentar a essa particularidade uma outra: o lirismo é a emanação de um eu- que o romantismo gostava de confundir com a pessoa do poeta, mas que pode se apagar por detrás de uma de suas personagens (STALLONI, 2001, pg. 151).
Tempo previsto
para esta
Unidade:
4 horas/aula
5
É dessa perspectiva histórica que o poeta moderno assume a diferença entre
o eu real do poeta com o eu lírico que aparece no poema. Para o poeta e crítico
moderno a poesia lírica se organiza.
Salete de Almeida (1995) diz que para o poeta e crítico moderno a poesia
lírica vai-se concretizar, de fato, no modo como a linguagem do poema organiza os
elementos sonoros, rítmicos e imagéticos.
Aristóteles acreditava numa visão estética clássica, onde inventou regras
como ordem, equilíbrio, lógica e harmonia. Assim, passa a crença de que se poderia
aprender a fazer poesia, como se fosse uma ciência poética. Porém, mais tarde,
Aristóteles aceitou diálogos dentro da Teoria Literária.
Dentro da poesia lírica, observa-se dois outros gêneros de poesia: a épica e a
dramática. Pode-se distingui-las da seguinte maneira: o poema lírico é quando o
poema retrata a voz do poeta; o gênero épico é quando há um narrador que narra a
história; o gênero dramático seriam as peças teatrais em versos. Alguns autores
dizem que a poesia lírica se distingue por ser um Poema curto, divididos em
estrofes, o qual exprime os sentimentos do poeta.
Antigamente as poesias eram escritas para serem cantadas acompanhadas
de um instrumento musical.
Entre as poesias líricas gregas é destacada a poesia mélica, por meio de Safo
e Alceu, foi a que destacou pelo mais completo acompanhamento musical e onde na
composição teve maior liberdade.
Usavam também a poesia de coro e as elegias, se utilizavam da poesia épica,
com jogos, quando glorificavam deuses e vencedores de jogos.
A flauta e a lira e os instrumentos de corda eram utilizados para acompanhar
a poesia. Daí advém o nome poesia lírica.
A poesia lírica romana recebeu grande influência da lírica grega (63 a. C).
Apesar de receber esta influência, a poesia lírica romana consegue separa
instituições sociais, políticas, econômicas, e ainda assim, a criação de um mundo
imaginário.
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O contato com a poesia está impregnado em nós. A poesia faz parte da
primeira linguagem de todo ser humano. Seja por meio das cantigas de roda que
trazemos gravados em nossa memória ou em mensagens de amor que escrevemos
na adolescência nas cartas escritas aos namorados, amigos, enfim, a poesia está
presente no nosso dia-a-dia. Está no nosso olhar, nos nossos sentimentos, nos
nossos cantos de amor a Deus ou até mesmo de alegria. A poesia exerce o poder
de encantar as pessoas, nela há ludicidade. Há que observar na poesia a
ambigüidade e o que está escrito nas entrelinhas, o que está subentendido,
implícito. Podemos sentir prazer em ler poesia, pela imagem, pelo sentimento, ou
ainda por jogos de palavras. Ao lermos um poema, obtemos um olhar com mais
sensibilidade, mais atento às coisas divinas. É pena que poucos professores dele se
utilizam ao ministrarem suas aulas. A leitura de poemas é um dos caminhos para a
formação do leitor e produtor de texto. A linguagem poética está nas letras de
música, nos repentes, nas propagandas, nas cartas de amor... A poesia é feita por
grandes poetas, mas também por pessoas que gostam da linguagem poética.
Tempo previsto
para esta
Unidade:
4 horas/aula
7
Poesia é a emoção, o entusiasmo do poeta que, ao escrever revela seus
sonhos, suas fantasias, enfim, coloca seus sentimentos no poema, A poesia está no
olhar, na sensibilidade. A origem da palavra poesia é grega. Em grego, poiésis
significa “produzir”. Desta forma, poesia é criação. “Ora, poesia é pra gente nadar
dentro, ler, reler, ouvir. Tal como certas músicas, algumas poesias precisam ser
conhecidas, relidas, ouvidas, bailadas até tornarem-se frutas maduras do pomar das
delícias!” Sylvia Orthof (2009, pg. 260).
O poema é a forma de se dispor o texto no papel. É um texto escrito em
versos. Tem uma estrutura textual formada por versos, estrofes e rimas (quando há).
Poemas são textos que necessitam de muito espaço a sua volta. Para identificar um
poema basta olhar para sua forma. As linhas (os versos) do poema, não são escritos
até o final da página. A cada grupo de versos dá-se o nome de estrofe. Os poemas
podem ser escritos por uma ou mais estrofes; com ou sem rimas (versos livres). São
marcados por recursos sonoros e rítmicos.
As rimas são muito utilizadas nos poemas. Elas marcam ritmo e sonoridade
no poema Rimas são sons que se repetem no final dos versos. São chamadas de
finais, com sons idênticos são consideradas perfeitas. Quando os sons não são
iguais são chamadas de imperfeitas. Se aparecem no meio de dois versos chamam-
se rimas internas.
8
Linguagem denotativa: Além de informar, dá o sentido real das palavras, encontrado
nos dicionários. Não possibilita dupla interpretação.
Linguagem conotativa: Tem como objetivo emocionar o leitor; possibilita várias
leituras. É a linguagem se é muito utilizada nos poemas, textos publicitários, música.
É o emprego da palavra com sentido figurado, poético.
todo momento estamos usando a linguagem poética com as pessoas com
quem nos relacionamos. Utilizamos esse recurso quando queremos enfatizar
uma situação ou mesmo até quando queremos caracterizar uma pessoa. Um bom
exemplo disso é quando falamos a alguém “ele é bravo como um leão”, estamos
fazendo uma comparação. E quando dizemos “Esta menina é uma flor” utilizamos a
metáfora. Quando dizemos “o vento baila no ar” estamos usando a personificação.
As figuras de linguagem são muito usadas nos textos poéticos, nos textos
publicitários, na narração e na descrição.
1- Adjetivação _ Cria expressividade quando qualifica alguém ou quando atribui a
coisas características.
2- Assonância _ É a repetição da mesma vogal nos versos de um poema. A
assonância ajuda a construir a melodia no texto poético.
3- Aliteração – É usada a repetição de sons das consoantes em diferentes
palavras para produzir efeito de sentido. Reforça o ritmo da letra.
4- Polissemia – É muito utilizada na linguagem poética. Atribui diferentes
significados as palavras.
A
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5- Metáfora – Usamos a metáfora quando fazemos comparação sem usar a
expressão como. Elas são encontradas em textos poéticos e em outros gêneros
também, as usamos em nosso dia-a-dia.
6- Comparação – Nela, geralmente há uma comparação. Usamos termos, como:
tal, qual, como, assim como, feito.
7- Ironia – Figura de linguagem utilizada para expressar o contrário do que se fala.
Causa um efeito de sátira.
8- Personificação – Quando os animais ou seres inanimados agem como se
fossem seres humanos.
9- Trocadilho – Jogo de palavras com sentidos diferentes, mas com sons
semelhantes.
10- Paralelismo _ É a figura de linguagem utilizada em poemas e letras de
música. É a repetição de palavras ou expressões em um texto, onde o mesmo
cria um efeito poético muito interessante.
Objetivos:
Através dos poemas sensibilizar e entreter.
Reconhecer os elementos característicos do poema.
Analisar os poemas.
Refletir a temática dos poemas.
Produzir poemas.
Recitar poemas por meio de recital.
rincando com as palavras, alguns autores como José Paulo Paes, Mário
Quintana, Roseana Murray, trabalham com o visual, o lúdico, com situações
inesperadas, o fascinante jogo de sons que faz com que divertem os leitores e ao mesmo
tempo os faz pensar. Note-se que o visual é explorado no espaço no espaço gráfico, por
formas, cores e elementos tipográficos. Exploram as virtualidades da linguagem poética,
prendendo a atenção do leitor. Essas poesias podem e devem ser lidas não somente o
público infanto-juvenil, elas ultrapassam esta faixa etária. Nelas há uso da linguagem
metafórica. Dessa forma, o leitor poderá fazer uso do lúdico, adentrando, mergulhando no
texto poético. A palavra, no sentido conotativo, transmuta-se em novos sentidos, novos
significados; são metáforas que enriquecem o poema.
B
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Foto: Jaqueline Raquel de Lara
Passaredo
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti.
Bico calado, muito cuidado
Que o homem vem aí.
Chico Buarque e Francis Hime
(Fragmento)
Tempo previsto
para esta
Unidade:
3 horas/aula
11
Primeiramente levar os alunos a observar como as palavras estão dispostas
no papel, uma espécie de coluna no meio da folha. Em seguida, propor que
observem os 33 versos dizendo-lhes que agrupados formam estrofes. Utilizar-se da
TV pen drive ou do data show para mostrar como o poema ocupa a página. Falar
aos alunos que se pode escrever poemas sobre qualquer assunto. Pode se falar de
animais, natureza, de pessoas, etc. A poesia não precisa falar somente de coisas
belas, ou amores, nela pode-se falar de tudo. Explicar que um poema pode ter rimas
ou não, ter uma ou mais estrofes de tamanhos variados; pode ter repetições de
letras, palavras ou expressões; os versos podem ter extensão variada; que pode
haver rima no início, meio e final dos versos. Perguntar-lhes se há diferença entre ler
um texto em prosa ou em um texto poético.
Retomando o poema, você sabe que a repetição de palavras chama-se de
paralelismo. Ele marca o ritmo no poema. Qual o sentido a repetição da palavra xô
possui no poema? As rimas também são um recurso sonoro muito usado nos
poemas. Observe como elas auxiliam e marcam o ritmo e a melodia nos versos
acima, ajudando a memorizar o poema. Neste caso, o poeta trabalha com rimas
imperfeitas, pois os sons não são exatamente idênticos. É o caso da primeira
estrofe das palavras uirapuru e inhambu, por exemplo. Também são chamadas de
rimas pobres, pois ambas as palavras pertencem a mesma classe gramatical. No
caso coleiro e trigueiro temos rimas perfeitas e rimas ricas, pois as palavras não
são da mesma classe gramatical. Neste poema podemos encontrar este dois tipos
de rimas. Veja você, leitor, como os poetas se utilizam de muitos recursos para
enriquecer seus poemas.
Agora, você, compositor, irá escrever em seu caderno rimas ricas e pobres,
perfeitas e imperfeitas para cada uma das palavras abaixo:
Andorinha - rouxinol - tico-tico - cotovia
Faça um acróstico com nomes de animais:
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Foto: Jaqueline Raquel de Lara
Verdes e vozes
Escutem as vozes
No meio dos ramos
Sabiás, tico-ticos,
Pardais, gaturamos...
Roseana Murray Foto: Jaqueline Raquel de Lara
Lendo este dois poemas (Memória e Verdes e Vozes), ambos da mesma
autora, estes falam sobre a natureza. Leia os textos como jogral. Observemos como
os dois poemas dialogam entre si, pois falam do mesmo assunto (natureza). Vamos
comentar um pouco sobre o poema (Memória). Roseana Murray utilizou a repetição
Memória
Há pouco tempo atrás,
Aqui havia uma casa,
Cheia de cantos,
recantos (...)
Roseana Murray
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no poema. Você acha que a repetição neste poema se faz necessário? Anáfora é o
nome da figura de linguagem que consiste na repetição da mesma expressão no
início dos versos. No caso do poema, “escutem”, se repete no decorrer do poema.
Quanto à descrição, em todo o poema “Memória” há descrições, como por exemplo,
“aqui havia uma padaria, uma casa, uma farmácia, pronto - não há mais”. Há um tom
melancólico nos dois poemas, pois exploram a questão do comportamento do ser
humano que ao destruir de maneira desequilibrada o meio ambiente prejudicando o
meio em que vive. Como pode haver desenvolvimento sem que o homem destrua de
forma desmedida os recursos naturais? Uma boa parte da população em seu
desenfreado consumismo abusa dos recursos naturais desperdiçando-os. Há uma
discrepância entre conhecimento científico-tecnológico com o consumismo
exacerbado. Como podemos mudar isso? Mesmo sabendo que por outro lado, há
uma parcela da população que luta para salvar a natureza da mão do homem
ganancioso.
No segundo poema (Verdes e Vozes) levar os alunos a perceberem que o
poema é composto por cinco quartetos As rimas rimam entre os versos 2 e 4. Há
também repetição da expressão “Há pouco tempo atrás”... Essa figura de linguagem
é chamada de anáfora.
O que a autora quis dizer quando escreve:
Das águas correndo,
Das pedras cantando...
Há uma figura de linguagem chamada personificação. As águas correm, as
pedras cantam... Os alunos irão identificar a água e as pedras personificadas, pois a
autora faz com que esses elementos ajam como seres humanos.
Na quarta estrofe, o termo “monstros humanos” – metaforicamente presente
no poema, sugere homens maus, sem sentimentos. “há monstros humanos fazendo-
os calar”. Ambos os poemas usam figuras. Metáfora, no primeiro; personificação, no
segundo. Organizam-se em versos, agrupados em estrofes. Apresentam rimas,
ritmo, musicalidade e repetições. Qual a voz que o texto fala? Observe a repetição
da palavra escutem, no começo de cada verso. Que efeito isso causa no poema? É
uma palavra de ordem ou conselho? Observe a quarta estrofe “Há monstros
humanos...” Quem são os monstros humanos? Qual é o sentido metafórico a palavra
“calar” tem no poema? Escreva o que esse poema transmite para você. Poste um
comentário no mural.
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Quando eles souberem
Os meninos que brincam,
Talvez não saibam não
Que há meninos na luta
Por um pedaço de pão.
(...)
Maria Dinorah
Leia o poema “Quando eles souberem” e faça a análise do mesmo:
Tempo previsto
para esta
Unidade:
3 horas/aula
15
Canção do menino
Pra falar a verdade,
Nunca tive um pijama.
Pra quê,
Se nunca tive cama?
(...)
Maria Dinorah
Analise o poema acima:
Nesta primeira etapa vamos levar os alunos a observar a tipologia textual e as
características deste gênero e a perceber o assunto dos poemas envolvidos. O
professor escolherá um aluno para recitar o poema em voz alta. Refletir, discutir,
opinar criticamente diante da realidade do que o poema fala desenhando-o. Analisar
os argumentos e posicionamentos que o autor utilizou ao escrever este texto. A
poesia de Maria Dinorah poderá ser cantada com ritmo rap.
O primeiro poema (Quando eles souberem) retrata os meninos que tem “tudo”
não sabem da importância de tê-los; o segundo trata de um menino de rua que
comenta sobre sua vida, suas queixas. A autora escreve na segunda estrofe do
primeiro poema sobre o poder do estudo. O poema é composto por 5 estrofes de
quatro versos cada. Sendo que a rima acontece entre o segundo e quarto verso.
Trabalhar com o sentido metafórico da primeira estrofe:
“Que há meninos na luta
Por um pedaço de pão”(...)
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“Luta por um pedaço de pão” segundo o poema, pode significar dificuldades
de se conseguir o alimento para viver.
Quando o eu lírico se utiliza o verso “tudo isso vai passar” se refere que tudo
vai passar, pois as crianças podem mudar essa situação através do estudo.
É muito comum, no poema, se utilizar da repetição ou para o poeta enfatizar
algo, ou mesmo para dar ritmo, graça ao poema. No poema lido, a autora utilizou
este recurso para expressar a diferença entre os meninos que brincam, que estudam
e há os que não podem, pois precisam trabalhar. Dinorah ainda coloca que as
crianças poderão reverter esta situação.
No segundo poema, percebe-se quem fala é o eu lírico criança (menor
abandonado). Fazer com que os alunos façam inferências com outras leituras já
feitas. O eu-lírico termina o poema dizendo “é bom brincar de gente”, rompe com a
realidade e extrapola o significado do verso. Esse verso transmite a sensação de
que o homem não parece gente porque deixa crianças dormirem ao relento. O eu-
lírico inventa um cobertor e uma cama quente para romper com o sofrimento que ele
quer que evole. Assim, por meio da poesia, o eu-lírico transmite através das
palavras o sentimento humano que deveria haver em nós, seres humanos.
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Pela várzea
Verde-moita
Sob as cortinas
Da noite.
Henriqueta Lisboa
É uma ave rara
Pois o homem não pára
De ir ao mato caçá-la
José Paulo Paes
Tempo previsto
para esta
Unidade:
3 horas/aula
18
Observar a disposição do texto poético “A arara” na página. Comentar sobre o
jogo de palavras arara e a rara e arrara, onde através desse jogo de palavras, José
Paulo Paes mostra rimas que dão musicalidade ao poema. Mostrar o visual do texto
poético. Ler os poemas coletivamente. Poderão ilustrá-lo e expor na sala.
O primeiro poema nos fala da perda da liberdade da arara, que já não pode voar. O
eu-lírico expressa, no poema, uma preocupação com a extinção da ave e ao mesmo
tempo trabalha de forma lúdica, no poema, ao fazer uso da palavra escarcéu, que
traduz brincadeira. Nesse sentido, o eu-lírico se utiliza de termos parecidos para
soar sonoridade no texto, faz associações entre as palavras, utilizando-se de outros
recursos. A utilização da conjunção “ou” nos sugere a ideia de que devemos
preservar. O poeta busca sensibilizar o leitor, o faz pensar. Qual o sentido do termo
“arrara” no poema? No contexto do poema tem sentido de mudança, de renovação.
No poema “Várzea”, é visto nitidamente a personificação quando o poeta diz
em alguns versos, como:
Cortinas da noite
Vagalumes [...]
Conduzem os convidados [...]
É usado em outros versos, como:
Ventos sopram
Numa flauta [...]
E é utilizado em muitos outros versos no decorrer do poema. Esse poema
brinca com a linguagem, usam palavras em ritmo que difere o usual do dia-a-dia.
Quando Henriqueta Lisboa diz que o baile das acácias continua até o raiar do sol ele
se utiliza de um recurso bastante inovador, cria novos sentidos para as palavras, é
um convite à imaginação e à criatividade. É um poema que suscita alegria.
Poema concreto se define pelo espaço que o texto poético ocupa no papel, ou seja, o aspecto visual do Poema. A poesia se utiliza de um recurso gráfico diferente dos
outros poemas, sugerindo o significado do poema. A poesia que utiliza esse recurso é denominada poesia concreta.
Agora escreva um animal e componha um poema bem criativo. Pode escrever um poema concreto.
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...Dentro da maleta
Bailarina e três segredos (...)
Roseana Murray
Fotos: Marlom de Sousa
A mão do poeta
Poeta tem mão de fada.
Quando ele escreve, a caneta
Voa que nem borboleta,
Vira vareta encantada. (Leo Cunha)
Tempo previsto
para esta
Unidade:
4 horas/aula
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Desmontando o texto
1- O que o autor quis dizer com:
a- “Rouba os sonhos infantis”.
b- “Poeta tem mão de fada”.
c- “Será que isso vai dar pé”?
d- “Põe essa mão no fogo”!
e- “Põe essa mão na massa”.
f- “É sempre uma mão na roda”.
g- “Quer ficar em boas mãos”.
2- As palavras podem ter uma variedade de significações. Encontre no
poema expressões com duplo sentido.
3- Relacione os diversos sentidos da palavra pé:
a- Esta piscina não dá pé:
b- O pé da cadeira quebrou:
c- O pé de laranja está carregado:
d- Aquele pomar tem trezentos pés:
e- O avião voou a 600 pés:
f- Ele mora no pé do morro:
g- Todo mundo sabe onde aperta o pé:
h- Ele deu no pé:
i- Estou de pé atrás com ele:
j- Devemos nos cuidar para não trocar os pés pelas mãos:
k- Não arredo o pé daqui:
l- Entrou na sala pé ante pé:
m- Paulo tirou o pé da lama:
n- Andou com os pés de lã:
o- Os dois grupos estão em pé de igualdade:
p- Encostou o carro ao pé da linha:
q- Mariana entendeu tudo ao pé da letra:
r- A criança bateu o pé.
s- Carlos tem pé de chumbo.
t- Ele foi aos pés.
u- Vamos todos morar na cidade dos pés juntos.
v- Achava sempre pé para faltar.
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( a ) profundidade da água.
( h) saiu correndo.
( f ) sopé.
( t ) defecou.
( p ) bem pertinho.
( r ) teimou.
( o) estão no mesmo nível.
( s) pé pesado; que chuta forte.
(q ) no sentido real da palavra.
( v ) motivo.
( b ) pedestal, base.
( u ) cemitério.
( c ) laranjeira.
(d ) cada exemplar de uma planta.
( e ) medida linear.
( i ) desconfiado.
( g ) onde há dificuldades.
( n) pés leve; andar sem fazer barulho.
( j ) fazer algo errado.
(l ) bem devagar.
(m ) se saiu bem.
( k) ficar parado.
4- Observe os significados da palavra mão e escreva os seus respectivos
significados:
a- Dirija na sua mão para não acontecer acidentes.
b- Esta escultura foi moldada por mão de mestre.
c- João pediu a mão de Jéssica ao pai.
d- Coloco minhas mãos no fogo por ele.
e- Dê-me uma mão neste trabalho.
f- Tinha sobre sua mão muitos funcionários.
g- Pinte mais uma mão de tinta nesse prédio.
h- Pegue tudo que estiver à sua mão.
i- Não vou abrir mão do meu trabalho.
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j- O patrão disse: mãos à obra.
k- Não quero comprar uma moto de segunda mão.
l- Passe o material de mão em mão.
m- Larguei mão de tudo.
n- Veio abanando as mãos.
o- Li uma notícia de primeira mão.
5- Observe os significados da palavra bater e depois ordene a coluna:
a- Pedro bateu as botas.
b- Na sala, o menino batia o queixo.
c- Batiam seis horas quando ela acordou.
d- O sol bate na janela.
e- O pai bateu no filho porque ele quebrou a vidraça.
f- A empregada doméstica bateu a roupa.
( ) iluminar
( ) tremer
( ) surrou
( ) soar
( ) falecer
( ) lavar
6- Escreva nos parênteses (D) para sentido denotativo E (C) para sentido conotativo:
( ) Mergulhou de cabeça no novo emprego.
( ) Paulo está com dor de cabeça.
( ) Este professor tem um coração enorme.
( ) Meu avô operou o coração e colocou três pontes de safenas.
( ) A tempestade foi muito forte no Paraná.
( ) Não faças tempestade num copo de água.
( ) Laura é música e poesia.
( ) A música cantada era antiga.
( ) A roseira tem espinhos.
( ) Toda profissão tem espinhos.
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Brincando com as palavras, alguns autores como José Paulo Paes, Mário Quintana,
trabalham com o visual, o lúdico, com situações inesperadas, o fascinante jogo de
sons que faz com que divertem os leitores e ao mesmo tempo os faz pensar. Note-
se que o visual é explorado no espaço no espaço gráfico, por formas, cores e
elementos tipográficos. Exploram as virtualidades da linguagem poética, prendendo
a atenção do leitor.
Este poema foi escrito pelo grande poeta Mario Quintana e já emocionou muitas
pessoas até chegar a você, leitor. Abra seu coração e deixe a poesia fruir em você.
Tente descobrir o que este poema tem a nos dizer.
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam (...)
Mário Quintana
Este poema é cheio de comparações. Que tal você agora tentar escrever
um poema que fale sobre “o que é um poema”. Capriche para que seu poema fique
interessante. Após a produção, o Poema será afixado na parede pra que outras
pessoas leiam e apreciem o que vocês produziram.
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1- Fazer um poema utilizando jogos de palavras. Crie um título criativo ao Poema.
Afixe seu poema para que todos possam visualizá-lo.
2- Produza um poema utilizando-se de ideias como paz, amor, amizade, família,
natureza, circo, etc. Selecionem palavras que se relacionem com o tema escolhido.
Com as palavras previamente selecionadas, elaborar versos soltos. Posteriormente
agrupá-los em estrofes e finalmente podem transformá-las em um poema. Procure
utilizar alguns recursos poéticos, como: sonoridade, ritmo, repetições, pontuação,
metáforas, etc. Pode expressar suas opiniões. Ler para a classe para que a mesma
possa melhorar o poema e identificar os efeitos produzidos.
1- Montar painel decorativo com os poemas feito por eles.
2- Declamação de textos produzidos pelos alunos, bem como de autores
consagrados.
3- Escrever um jogral em grupos.
4- Com poesias, montar jogos de memória com peças formadas por versos de
poema e o nome do poeta.
5- Selecionar diversas quadrinhas, recortando-as em duas partes. Colocá-las
dispostas na mesa embaralhando-as. Pedir aos estudantes que tentem encontrar o
par das quadrinhas. As tiras podem ser colocadas em cartolina ou papelão, papel-
cartão.
6- Montagem de um livro com poemas produzidos por eles. Escrever a próprio
punho no caderno e depois ilustrar os poemas com recortes ou desenhos. Pode ser
feito também com papel sulfite e colocar espiral.
7- Dividir a turma em grupos para a produção de um poema coletivo. Escolher um
tema qualquer. Cada aluno escreve dois versos do poema. Escrever um título ao
Tempo previsto
para esta
Unidade:
10 horas/aula
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poema. Quando todos terminarem, cada grupo lerá seu poema para a turma.
Questionamentos:
8.1 - O poema possui algum dos recursos estudados?
8.2 – Os poemas ficaram bons? Qual dos produzidos pela turma ficou mais
engraçado? Mais criativo?
8.3 – O poema fala de um assunto específico?
ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
Construir um varal de poemas com textos escolhidos pelos próprios alunos,
para que os colegas da sala e de outras turmas compartilhem a exposição. Os
textos poderão ser copiados e ilustrados em folha de papel sulfite.
Perto do varal deixar poemas digitados para serem ilustrados. Os alunos de
outra sala também podem colorir, ilustrando-os para posteriormente pendurá-los
no varal.
O professor colocará os poemas na sala onde será feito o sarau de poesias
para expor a mostra.
A turma se dividirá e grupos. Cada grupo ficará responsável para
escrever uma parte do jornal, como: biografia, poemas de
autores renomados, poemas produzidos por eles próprios, etc.
Classificar o jornal por secções, como animais, natureza,
meninos de rua.
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Há alguns poetas que se utilizam como estrutura básica a onomatopeia. É o caso do poema
Canção dos tamanquinhos, de Cecília Meireles. Neste poema há rimas internas e finais. São
recursos estilísticos que agradam o leitor criança e adolescente. No poema Ou Isto ou Aquilo,
por exemplo, Cecília cria ludismo figurativo e profundo humanismo.
Ou isto ou aquilo (música: É pau, é pedra)
Ou se tem chuva e não se tem sol
Ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles.
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Não basta somente ler um texto literário, é preciso ir além do significado real das
palavras, pois neste gênero, as palavras podem estar sendo usadas no sentido
conotativo, diferente do usual. No texto poético são usados metáforas, as quais
servem para enriquecer a linguagem.
Parodiar o poema escrevendo sobre suas escolhas. Ao ler esse poema, que
imagem você constrói? Em ou Isto ou aquilo, o eu lírico revela suas dúvidas
quanto as suas escolhas. Que verso expressa claramente essas dúvidas por não
ter se definido ainda? E, você, escreva quais são as suas dúvidas. Escreva, com
suas palavras, o que o eu lírico expressa nos versos a seguir.
a) “É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares!”
b) “Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... E vivo escolhendo o dia inteiro!”
O que é um sarau?
É uma reunião festiva, onde as pessoas vão para cantar, declamar
poemas, dançar, etc. Há o sarau literário, que é onde ocorre criações
literárias. Há muito tempo atrás, nos saraus literários, os poetas
declamavam suas criações. Havia pessoas que declamavam os poemas
com muito entusiasmo, por isso se destacavam.
Exercícios para fazer o sarau de poesias:
1- Depois de ler e analisar tantos poemas pode ser feito um sarau de poesias.
2- Dividir a turma em grupos.
3- Propor a cada grupo que pesquise e que escolha 2 a 3 poemas de preferência.
4- Incluir no sarau os poemas que eles próprios produziram.
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5- O grupo poderá apresentar os poemas de diferentes formas: individualmente,
coletivamente, com fundo musical ou sob a forma de jogral, etc.
6- Ler o poema diversas vezes até memorizá-lo.
7- Treinar na escola e em casa para dar a entonação adequada.
8- Falar com clareza, em tom alto, sem gritar.
9- Gesticular ao recitar o poema com expressividade.
10- Olhar para frente de cabeça erguida.
Lembrete: O professor marcará o dia da apresentação, podem vir trajados a caráter,
ou seja, de acordo com a apresentação. Podem também fazer um cenário.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados por meio da participação efetiva durante a aplicação do projeto e também com atividades extra-classe. A intenção é promover atividades que possibilitem os alunos a se utilizarem do poema em situações de comunicação – análise – produção - declamação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELTRÃO Eliana Santos; GORDILHO Tereza. Diálogo.1ª Ed. São Paulo: FTD, 2009.
BOGATTO, Ana; BERTIN Terezinha; MARCHEZI, Vera. Tudo é linguagem. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2010.
CATTELAN Alice Rosália (Organizadora). Sequência Didática: uma proposta de ensino de Língua Portuguesa para as séries iniciais. Cascavel: Assoeste, 2007. Caderno 1, p. 91, 94 e 95.
CEREJA, Willian Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens. 5ª Ed. 6° ano, São Paulo: Atual , 2009.
_____ Português Linguagens. 5ª Ed. 7° ano, São Paulo: Atual , 2009.
DELMANTO, Dileta; CASTRO Maria da Conceição. Português Ideias e linguagens, 13ªed., 7º ano. São Paulo: Saraiva. 2009.
FRANTZ, Maria Helena Zancan. Vamos Brincar com poesia? Ed. Unijuí. 2ª Ed. 2007
GOÉS, Lúcia Pimentel. Poesia para crianças-Introdução à literatura Infantil e Juvenil. São Paulo: Pioneira, 1984.
PAIXÃO, Fernando. O que é poesia. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. QUINTANA, Mário. Nariz de vidro - Coleção Veredas. 2ª Ed. São Paulo: Moderna, 2006 SALOMÃO, Klede. Literatura Infanto-Juvenil-Um gênero Polêmico. Rio de Janeiro: vozes, 1983.
YES Stalloni. Os gêneros Literários. Rio de Janeiro: Difel, 2001.
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Anexos
MOMENTO CULTURAL
Regulamento do Concurso
Cláusula 1ª: inscrições
I - As inscrições ocorrerão na escola.
II - Para efetuar as inscrições no sarau, o aluno terá que se dirigir à orientação pedagógica
para fim de preenchimento da ficha.
III - Enviar um registro digitado, com as composições ou recitações em duas vias.
IV - A ficha de inscrição constará no site da escola.
V - Cada aluno poderá inscrever em duas categorias, se assim desejar.
VI Não serão aceitas inscrições que sejam efetuadas após o encerramento da mesma.
Cláusula 2ª: Inscritos
l- No concurso haverá somente duas categorias:
a- Recitação
b- Composição
Cláusula 3ª: Comissão Julgadora
l- A comissão julgadora será composta por seis membros ( professores, diretor, pais,
bibliotecários, comunidade, secretários).
ll- A escolha e a convocação julgadora ficará a cargo do professor que elaborou o sarau.
Cláusula 4ª: Resultados obtidos e premiação
l- Os resultados serão divulgados no mesmo dia.
ll- O prêmio para cada categoria consistirá em medalhas e outros prêmios.
Cláusula 5ª: Critérios para o julgamento
l- Os quesitos para a avaliação das apresentações serão: expressão corporal, postura,
clareza nas palavras, caracterização e memorização.