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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis

Autor: Cláudia Cristina Zaros Lessa Matheus

Escola de Atuação

Colégio Estadual Santo de Loyola – E.F.M

Município da escola

Terra Rica

Núcleo Regional de Educação

Paranavaí

Orientadora Carlos da Silva

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí

Disciplina/Área Português

Produção Didático Pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

não

Público alvo Alunos da 7ª série (8° ano)

Localização Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Rua 21 de Abril, 548 – Terra Rica – PR.

Resumo

Esta Produção Didático-Pedagógica foi desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria da Educação do Estado do Paraná e apresenta o Ensino e Aprendizagem da Leitura como tema de estudo. O gênero proposto é o conto, visto que é uma narrativa curta, assegurando um maior envolvimento do leitor não habituado a ler. O principal objetivo deste trabalho é proporcionar o conhecimento e o contato com texto literários infanto-juvenis que estimulem o processo de reflexão sobre os temas expostos nas obras estudadas.

Palavras- chave Língua Portuguesa; gênero discursivo; contos infanto-juvenis.

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NO PDE

Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis

PARANAVAÍ

2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL - PDE

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CLÁUDIA CRISTINA ZAROS LESSA MATHEUS

Leitura Literária de Contos Infanto- Juvenis

Produção Didático-Pedagógica

apresentada à SEED – Secretaria de

Estado da Educação, como parte

integrante do PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, sob a

orientação do Prof. Ms. Carlos da

Silva.

PARANAVAÍ

2011

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Produção Didático-Pedagógica

NRE: Paranavaí Município: Terra Rica

Professora: Cláudia Cristina Zaros Lessa Matheus

e-mail: [email protected]

Disciplina: Língua Portuguesa Série: 7ª EF

Conteúdo da disciplina: Ensino e aprendizagem da leitura

IES: Unespar – Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí

Orientador: Carlos da Silva

Relacionado à disciplina: Língua Portuguesa

Título: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA NO PDE

1 Introdução

Esta unidade didática é resultado de um projeto de intervenção pedagógica

denominado Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis desenvolvido no Colégio

Estadual Santo Inácio de Loyola, na cidade de Terra Rica. O conteúdo da unidade

refere-se à leitura de Contos Infanto-Juvenis como proposta para despertar o gosto

pela leitura nos alunos da 7ª série da Educação Básica.

O ato de ler é primordial para a apropriação de conhecimentos relativos ao

mundo exterior. Ele enriquece e aprimora o vocabulário e contribui para o

desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo, pois possibilita o contato com

diferentes ideias e experiências. Assim, é papel da escola desenvolver o gosto e o

prazer pela leitura, tornando os estudantes capazes de compreender diferentes

gêneros textuais que circulam na sociedade, de modo a formar leitores competentes

e autônomos, contribuindo para a sua inclusão e interação na sociedade. É sabido

que é através do texto literário que o hábito de leitura se forma. Porém, é preciso

reconhecer o fato de que a leitura de extensas obras literárias, sejam infanto-juvenis

ou a dita literatura adulta, tornaram-se exaustivas e desinteressantes para o aluno.

Caro(a) professor (a):

A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.

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O conto constitui unidade literária por excelência, uma vez que encerra uma

narrativa com começo, meio e fim, e oferece a vantagem de uma narrativa curta,

sem desvios do foco principal, concisa e de desenvolvimento mais instigante, com

mais agilidade e clareza do que uma narrativa longa. A leitura de um conto depende

de menor tempo e assegura maior envolvimento do leitor não habituado a ler.

Através dos contos, tem-se a oportunidade de entrar em contato com temas que

dizem respeito à condição humana vital e concreta, suas buscas, seus conflitos,

seus paradoxos, suas transgressões e suas ambiguidades.

Para sua realização, esta unidade didática foi dividida em seis atividades, as

quais procuram desenvolver as etapas de leitura em cada um dos textos escolhidos,

concluindo com a produção de um texto em cada um dos grupos.

A avaliação final dos grupos será realizada com a conclusão da produção

escrita, oportunidade em que a professora PDE poderá avaliar a criatividade, o

emprego da norma culta e a capacidade de elaboração textual.

2 Nome da Atividade: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis

3 Habilidade: Leitura e Escrita

4 Nível: 7ª séries do ensino fundamental

5 Objetivos:

5.1 Objetivo geral: Proporcionar aos alunos o conhecimento e o contato

com textos literários infanto-juvenis que estimulem o processo de reflexão sobre os

temas expostos nas obras estudadas.

5.2 Objetivos específicos: Permitir no aluno o desenvolvimento da leitura

dos temas presentes nos contos; possibilitar ao aluno o desenvolvimento de

habilidades de leitura, tornando-o leitor crítico e atento às possibilidades de

interpretação de textos; conduzir o aluno ao processo de produção textual e,

especificamente, a reescritura de alguns dos contos lidos.

Caro(a) professor (a):

A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.

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1ª Atividade

Esta atividade consiste em apresentar o gênero aos estudantes ressaltando

a importância de conhecer e ser capaz de produzir textos narrativos. Em seguida, a

professora PDE incentivará os alunos para que eles participem de todas as

atividades, propondo que façam a leitura dos textos que serão apresentados.

Os alunos entenderão dessa forma que eles serão os construtores da

atividade, com vistas à elaboração final de um texto criado a partir dos contos lidos.

A reescritura servirá como complementação do ato de ler.

Na sequência da atividade, a professora PDE fará com os alunos alguns

questionamentos sobre o gênero conto a fim de saber quais conhecimentos eles têm

sobre os textos que serão lidos. Com o propósito de informar ou relembrar, os

alunos receberão da professora esclarecimentos sobre as características principais

do gênero conto, como tempo, espaço, personagens envolvidas, presença ou não

de diálogos, a linguagem utilizada em cada época e outras situações, conforme a

temática do texto. Como complemento desta atividade, os alunos serão

questionados quanto às seguintes situações:

Quais contos costumavam ouvir quando eram pequenos?

De quais ainda se lembram para contar aos colegas?

Caro(a) professor (a):

A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.

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Há algum conto marcante?

Qual o nome do autor?

Quem são as personagens principais?

Onde e quando os episódios se sucedem?

Como é a trama?

Há conflito?

O que é possível pensar sobre o final do conto?

Após essa atividade será criado um quadro com os estudantes para o registro

das informações.

Caro (a) professor(a):

O quadro de registro abaixo, além de documentar a proximidade, ou

não, dos alunos com o gênero, permite fortalecer a conversa sobre os

recursos narrativos, escolha de linguagem, estrutura e elementos que o

autor usa para envolver o leitor na trama, tornando o conto inesquecível.

Podem,também, caracterizar as personagens de cada conto.

Quadro de registro das informações coletadas:

Título do

conto

Autor Personagens Espaço/Tempo Trama Desfecho

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Fragmento do Conto: Lolo Barnabé

No tempo em que as pessoas moravam em cavernas, existiu um homem muito criativo e inteligente chamado Lolo Barnabé.

Aos vinte anos, Lolo casou-se com Brisa. Ela também era como ele, criativa e inteligente. Casaram-se por amor. Muito amor.

Depois da lua-de-mel, escolheram a melhor caverna da região para morar e,

logo no primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé, também

criativo e inteligente. Todos os dias, Lolo saía para caçar e colher frutas. À noite,

sentavam-se todos em volta da fogueira, assavam a carne, cantavam canções e

agradeciam a Deus pela beleza da vida.

Eram muito felizes.

Eram muito felizes... mas nem tanto.

A caverna era úmida.

Por essa razão, Lolo e Brisa acharam melhor construir uma casa no alto do

morro. Teriam mais conforto e poderiam viver melhor.

Esta atividade servirá apenas para despertar nos alunos a expectativa para

as leituras subsequentes. A professora PDE fará a leitura oral, enfatizando os

aspectos mais importantes do texto, de forma a preparar os alunos para outras

leituras. Algumas perguntas poderão ser feitas, tais como:

Caro(a) professor (a):

Em cada uma das unidades será interessante

anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de

que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.

2ª Atividade:

Leitura e compreensão do conto “ Lolo Barnabé“, Eva Furnari.

Disponível em:

http://pt.scribd.com/doc/7074306/Literatura-Em-Minha-Casa-

Contos-Varios-Autores-has-Pescadas

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Identifique no conto lido as características do gênero.

O que você pensa sobre o final do conto?

Fragmento do texto: Tadeu x Maria Angélica

À primeira vista, Tadeu e Maria Angélica formavam um casal normal.

Gostavam de cinema, de música e de viagens. Mas, acima de tudo, amavam o

futebol.

Só que, infelizmente, torciam para times rivais.

No começo, isso não era um grande problema. Maria Angélica não se importava

quando Tadeu comemorava as vitórias do time dele e Tadeu até dava parabéns

para Maria Angélica quando o clube dela vencia. Mas talvez isso só acontecesse

porque os dois times eram muito ruins, e as vitórias, muito raras.

Então, no campeonato deste ano, as coisas mudaram. Novos reforços foram

apresentados, técnicos foram contratados, as equipes melhoraram e as torcidas

começaram a ter esperanças.

Nesta atividade, o grupo será preparado para a leitura do conto,

oportunidade em que a professora falará sobre o autor, época, finalidade do texto,

informações que contextualizem a obra, estreitando o diálogo do autor com o leitor.

Em seguida, algumas questões serão formuladas, tais como:

O que sugere esse título?

Qual será o tema do conto?

Caro(a) professor (a):

Em cada uma das unidades será interessante

anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de

que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.

3ª Atividade:

Leitura e compreensão do conto “Tadeu X Maria

Angélica, Roberto Torero. Disponível em

www.revistanovaescola.com.br

Caro(a) professor (a):

Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala

de forma circular, afim de que ouçam a contação da história

e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.

Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo

com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.

S

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E a finalidade dessa narrativa? (emocionar, divertir, informar, instruir)

É possível, com base no título e no autor, imaginar o cenário, as

personagens, a trama do conto?

A que conclusão é possível chegar com este conto?

Fragmento do Conto Biruta

Alonso foi para o quintal carregando uma bacia cheia de louça suja. Andava cm

dificuldade, tentando equilibrar a bacia que era demasiado pesada para seus

bracinhos finos.

- Biruta, eh, Biruta! - chamou sem se voltar.

O cachorro saiu de dentro da garagem. Era pequenino e branco, uma orelha em pé

e a outra completamente caída.

Sente-se aí, Biruta, que vamos ter uma conversinha - disse Alonso pousando a

bacia ao lado do tanque. Ajoelhou-se, arregaçou as mangas da camisa e começou a

lavar os pratos.

Caro(a) professor (a):

Em cada uma das unidades será interessante

anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de

que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.

4ª Atividade:

Conto “Biruta” de Lygia Fagundes Telles

www.scribd.com/literaturaemminhacasa

Caro(a) professor (a):

Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala

de forma circular, afim de que ouçam a contação da história

e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.

Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo

com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.

S

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A professora fará o seguinte questionamento aos estudantes: O que torna

uma história tão interessante? ( Explicando aos alunos que o conto a ser trabalhado

contém uma carga dramática envolvente.)

O conto em questão é Biruta, de Lygia Fagundes Telles, cuja leitura e estudo

permitirão conhecer melhor os recursos de que o autor de narrativas normalmente

se utiliza para enredar seus leitores.

Será proposta uma leitura silenciosa pelos estudantes para que conheçam a

história.

Será interessante que, após esse momento, as dificuldades quanto ao

significado de palavras sejam anotadas no quadro de giz e, através da discussão

com a classe, da inferência do sentido pelo contexto ou da pesquisa em dicionário,

sejam esclarecidas.

Em seguida, será proposta uma segunda leitura, agora voltada para

referências do texto aos personagens, à sequência de ações, ao espaço, ao tempo e

ao foco narrativo.

Análise do texto Biruta.

1. identificação

Caro(a) professor (a):

Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala

de forma circular, afim de que ouçam a contação da história

e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.

Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo

com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.

S

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nome do autor:

nome da obra:

2 Estrutura da obra

2.1 Assunto: é o principal acontecimento a partir do qual se desenvolve a

história.

Qual é o assunto do conto Biruta?

2.2 Enredo: é a organização dos fatos e ações vividas pelas personagens,

numa determinada ordem. Essa ordem pode ser linear, quer dizer, o que acontece

antes vem contado antes, o que acontece depois vem contado depois. Às vezes,

essa ordem linear pode ser interrompida para voltar ao passado, relembrando algo

que aconteceu antes do momento que está sendo narrado.

No conto Biruta, é usado esse procedimento: o narrador utiliza a técnica da

retrospectiva ou flash-back, fazendo com que Alonso se recorde de coisas

passadas.

Você seria capaz de dizer em que momentos isso acontece?

Observe os fatos abaixo e anote presente ao lado dos que são

contados no momento em que acontecem; e passado nos que são relembrados por

alonso.

Alonso lava a louça numa bacia.

Alonso volta à garagem triste e sozinho.

No asilo, Alonso recebe a visita da madrinha.

Alonso empresta Biruta a dona Zulu.

Animado, Alonso conversa com Leduína sobre o pedido de Zulu.

Zulu bate em Alonso por causa da carne que Biruta roubou.

Leduína conta para Alonso a verdade sobre Biruta. Alonso entrega a

louça a Leduína na cozinha.

Biruta é colocado no carro e parte com Zulu e o doutor.

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2.3 Verossimilhança: é a coerência ou lógica interna da história. Os fatos

narrados, mesmo inventados, devem decorrer uns dos outros de forma que o leitor

aceite que possam ter ocorrido; o leitor precisa ser convencido de que os fatos

narrados são possíveis, dentro da história.

Como você avalia a verossimilhança do conto Biruta? O que é narrado

é verossímil, ou seja, você aceita que pudesse acontecer?

2.4 Tempo: uma história passa-se num tempo determinado, que pode ser

declarado pelo narrador ou que você pode inferir (descobrir qual é) a partir de pistas

que o texto fornece. No conto Biruta, menciona-se automóvel e, pelo que diz

Leduína, compra-se carne em açougues que fecham cedo (será que não havia

supermercados, como hoje, que fecham mais tarde?).

Você consegue deduzir a época em que acontece essa história?

Em que dia do ano se passa a história?Em que momento desse dia?

Por que a escolha desse dia para desfazer-se de Biruta torna mais

cruel a atitude de Zulu?

2.5 Personagens: os personagens são seres que vivem as ações. Através

do enredo, percebemos o relacionamento entre eles. Podem ser caracterizados

fisicamente (aparência, cor, idade etc.) e psicologicamente (qualidades, defeitos,

manias, gostos etc.), através do que fazem ou do que o narrador diz sobre elas.

O personagem principal é aquele em tomo do qual se desenvolve o enredo.

no caso do conto Biruta, Alonso é o personagem principal.

Como era Alonso fisicamente? E psicologicamente?

Que tipo de trabalho fazia e onde dormia?

Como era Biruta? Por que mexia nas coisas e as estragava?

Como era o relacionamento de Alonso com Biruta? Por que o cãozinho

era tão importante para ele?

Por que dona Zulu adotou Alonso?

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Compare dona Zulu e Leduína que diferença há entre elas, quanto ao

modo de tratar o menino?

Como o marido de dona Zulu se relacionava com Alonso?

2.6 Espaço: É o lugar onde se passam as ações e fatos vividos pelas

personagens.

Em Biruta, as ações acontecem na casa de dona Zulu, mas Alonso e Biruta não

compartilham do espaço ocupado pelo casal.

Qual é o espaço reservado a Alonso e Biruta?

Que relação há entre esse espaço e a forma como Alonso é tratado

pela dona da casa?

2.7 Narrador: quem conta uma história é sempre o narrador, que pode

participar dela como personagem ou então colocar-se de fora, narrando apenas

aquilo que se passa com todos as personagens.

No caso de Biruta, em que posição se coloca o narrador?

3.Opinião

Escreva algumas linhas dando sua opinião a respeito desse conto,

expondo em que medida ele o emocionou. Após o término do trabalho, cada grupo

irá expor suas respostas, no palanque dos contos, discutindo as várias

possibilidades de interpretação levantadas (não se pode esquecer o caráter

polissêmico da obra literária); os estudantes devem compreender que várias

interpretações são possíveis e aceitáveis, desde que respaldadas pelo texto.

Caso alguns estudantes façam interpretações que nada têm a ver com o

texto, procure dialogar com eles para descobrir o que os levou a tais interpretações

e, assim, poder ajudá-los. À medida que a discussão se desenvolve, caberá à

professora dar destaque para aspectos mais sutis ou ainda não mencionados pelos

estudantes e que tenham relevância para a análise do conto.

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Fragmento do Texto: O homem da cabeça de papelão

No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas

inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem

rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.

O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o

menos surpreendente em ideias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a

capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e

todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo

que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso

mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no

centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos

subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os

proprietários também.

A professora perguntará se já leram algum livro desse autor. Em seguida o

professor apresentará o título do conto ”O homem da cabeça de papelão” e proporá

as seguintes questões ao grupo:

O que sugere o título do conto?

Onde se passa a história?

Quais são os personagens principais?

5ª Atividade:

Conto “ O homem da cabeça de papelão- João do Rio

Disponível em: www.releituras.com.br

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Por que o personagem Antenor não era bem visto pela sociedade?

Como eram os habitantes do país que se chamavam de Sol?

Comente sobre a fala do patrão de Antenor: ”Depois, mesmo que seu

filho fosse águia, quem manda na minha casa sou eu.”

Por que Antenor decidiu consertar a sua cabeça?

Como agia Antenor com a cabeça de papelão?

Explique a fala de Antenor: “- As cabeças de papelão não são más de

todo. Fabricações por séries. Vendem-se muito”.

No desfecho do conto Antenor decide ficar com a cabeça de papelão.

Na sua opinião, Antenor agiu corretamente? Por quê?

A avaliação consistirá na produção de um texto tendo como parâmetro um

dos contos lidos pelos grupos. A atividade consiste na reescritura de um dos textos e

tem como propósito exercitar a capacidade imaginativa, conciliando-a com as

habilidades de escritura. Ao término desta atividade, a professora PDE fará as

devidas correções dos textos para posteriormente disponibilizá-los na biblioteca da

escola para leitura da comunidade escolar.

6ª Atividade:

Produção de um texto

(Avaliação)

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REFERÊNCIAS

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