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Ficha para Catálogo Artigo Final
Professor PDE/2012
Titulo Psicomotricidade: intervenções lúdico / educativas no 6º ano de escolaridade como instrumento contribuinte do desenvolvimento psicomotor
Autora: Mariléia da Fonseca Marcelino
Disciplina/Área Educação Física
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual D.PedroII EFM- Rua: Acre nº609
Município da Escola Janiópolis – Pr.
Núcleo Regional de Educação Goioere – Pr.
Professor Orientador Vanildo Rodrigues Pereira
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá - UEM
Relação interdisciplinar Educação Física no Ensino Fundamental
Resumo O presente projeto configura-se na abordagem da psicomotricidade tendo ela como uma ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Entende-se, portanto, que a psicomotricidade contribui de forma relevante para o desenvolvimento psico-social, afetivo/emocional e cognitivo dos educandos em todas as faixas etárias. O objetivo do estudo foi investigar o efeito de intervenções lúdico-educativas centradas no desenvolvimento psicomotor de crianças do 6º ano, como instrumento para avaliação dos mesmos por meio da Escala de Desenvolvimento Motor EDM – Francisco Rosa Neto (2002) e comparar os desempenhos avaliados entre a situação inicial (Pré-teste) e final (pós-Teste). Em seguida foi proposto um programa prático com base na psicomotricidade. Os resultados após a aplicação do pós-teste indicaram que as atividades psicomotoras surtiram efeitos benéficos, tanto no nível psicomotor quanto no cognitivo. Assim, é possível concluir que as influências da participação em programas deste tipo sugerem avanços relevantes na capacidade psicomotora
Palavras-chave Psicomotricidade;Ensino Aprendizagem; Infância
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 6º ano do Colégio Estadual D. PedroII, EFM, de Janiópolis Pr.
IDENTIFICAÇÃO
PROFESSORA PDE: MARILÉIA DA FONSECA MARCELINO
ÁREA PDE; EDUCAÇÃO FÍSICA
NRE: Goioerê
PROFESSOR ORIENTADOR: VANILDO RODRIGUES PEREIRA
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Dom Pedro II – Ensino
Fundamental e Médio.
PÚBLICO ALVO DA INTERVENÇÃO: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental
TEMA: Psicomotricidade na Escola
TÍTULO: PSICOMOTRICIDADE: INTERVENÇÕES LÚDICO/ EDUCATIVAS NO 6º
ANO DE ESCOLARIDADE COMO INSTRUMENTO CONTRIBUINTE DO
DESENVOLVIMENTO PISCOMOTOR
PSICOMOTRICIDADE: INTERVENÇÕES LÚDICO/EDUCATIVAS NO 6º ANO DE ESCOLARIDADE COMO INSTRUMENTO CONTRIBUINTE DO
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
Marcelino, Marileia da Fonseca¹ Pereira, Vanildo Rodrigues²
Resumo:
O presente projeto configura-se na abordagem da psicomotricidade tendo ela como uma ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Entende-se, portanto, que a psicomotricidade contribui de forma relevante para o desenvolvimento psico-social, afetivo/emocional e cognitivo dos educandos em todas as faixas etárias. O objetivo do estudo foi investigar o efeito de intervenções lúdico-educativas centradas no desenvolvimento psicomotor de crianças do 6º ano, como instrumento para avaliação dos mesmos por meio da Escala de Desenvolvimento Motor EDM – Francisco Rosa Neto (2002) e comparar os desempenhos avaliados entre a situação inicial (Pré-teste) e final (pós-Teste). Em seguida foi proposto um programa prático com base na psicomotricidade. Os resultados após a aplicação do pós-teste indicaram que as atividades psicomotoras surtiram efeitos benéficos, tanto no nível psicomotor quanto no cognitivo. Assim, é possível concluir que as influências da participação em programas deste tipo sugerem avanços relevantes na capacidade psicomotora. ___________________________________ ¹Professora da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná e-mail:
[email protected]. ²Docente da Universidade Estadual de Maringá UEM.
Palavra chave: Psicomotricidade;Ensino Aprendizagem; Infância
INTRODUÇÃO
Para Fonseca, (2004, p.14), “a psicomotricidade como processo de
intervenção educativa e reeducativa e terapêutica tem sido considerada, em
inúmeros países, uma medida indispensável em múltiplas estruturas de educação,
reabilitação, saúde e segurança social”.
Sabemos que as dificuldades de aprendizagem estão intimamente ligadas ao
nosso dia a dia escolar, e isso faz com que aconteça muita tensão diante das
situações do aprender e do não aprender, gerando inúmeras vezes ao fracasso
escolar.
Vigotsky (1998) definiu a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) como;
(...) a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com os companheiros mais capazes (p.97).
A ZDP pode ser entendida como sendo o limite existente entre o que a
criança consegue fazer sozinho entre o que ela pode fazer ajudada pelo o outro.
Buscar o ponto em que a criança conseguirá resolver sozinha e iniciar a
construção as respostas a demais situações. Qualquer resposta mostra um norte um
caminho, à distância e a maneira de aprender e ensinar.
Fonseca, (2008, p.563) define aprendizagem como:
Mudança permanente de comportamento provocada pela experiência, visando à aquisição de alguma habilidade ou competência. Em termos sensoriais, a aprendizagem pode envolver a distinção de sensações e de percepções, por observação, identificação, discriminação ou reconhecimento. Em termos motores, a aprendizagem pode envolver a imitação e a realização de movimentos assim como a assimilação, a diferenciação, a generalização e a sistematização de programas motores simples, compostos e complexos.
Para aprender de maneira significativa, é primordial que haja uma relação
entre o novo e o que já sabe, pois a aprendizagem da criança depende também de
uma boa intervenção do professor, para que aconteça um conhecimento de
excelência, onde a criança construirá uma base sólida e muito significativa para a
sua vida toda.
PSICOMOTRICIDADE: CONCEITO
No 1º congresso Brasileiro de Terapia Psicomotora, em 1982, hoje sociedade
Brasileira de Psicomotricidade, propôs-se uma definição do que vem a ser
psicomotricidade: “Psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo do
homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com o seu mundo
interno e externo” (p.5).
Para Oliveira (1997) “A psicomotricidade é um caminho, é o desejo de fazer,
de querer fazer, o saber fazer e o poder fazer”.
O conceito de psicomotricidade passou a ter uma expressão muito relevante,
que traduz o original entre a atividade psíquica e a atividade motora.
Para Ajuriaguerra (1970), a psicomotricidade é a ciência do pensamento
através do corpo preciso, econômico e harmonioso.
Fonseca (2007, p.36) define a psicomotricidade como:
A psicomotricidade tem por objeto de estudo a globalidade do ser humano, no plano teórico e prático, ela combate a dicotomia da soma e do psíquico, ensaiando pelo contrário a sua fusão e unificação complexa e dialética.
PSICOMOTRICIDADE: DESENVOLVIMENTO
Coordenação motora fina
A coordenação visuomanual denota uma atividade freqüente e comum no ser
humano, a qual exerce influência ao pegar um objeto e lançá-lo, para escrever
desenhar, pintar, recortar, etc.
A atividade manual, seguida por intermédio da visão, faz interferir, ao mesmo
tempo, o conjunto de músculos que asseguram a manutenção dos ombros e do
antebraço e da mão. Que são particularmente responsáveis pelo ato manual de
agarrar ou pelo ato motor, assim como os músculos oculomotores que se ajustam a
fixação do olhar, as sacudidas oculares e os movimentos de perseguição.
Para a coordenação desses atos, é necessária a participação de diferentes
centros nervosos motores e sensoriais que se transpõem pela organização de
programas motores e pela intervenção de várias sensações originárias dos
receptores sensoriais, articulares e cutâneos do membro exigido.
O êxito dessa atividade em cada uma de suas etapas varia na criança
conforme o nível de aprendizado e conforme a evolução de seu desenvolvimento
motor.
O córtex pré-central correspondente à motricidade fina tem uma função
fundamental no controle dos movimentos isolados das mãos e dos dedos para pegar
o alimento. As informações cutâneas e articulares associadas à motricidade digital
proporcionam as indicações a partir das quais as formas podem ser reconstituídas.
Coordenação motora global
Oliveira (1997) diz que a coordenação global depende da capacidade de
equilíbrio postural do individuo. Este equilíbrio está subordinado às sensações
proprioceptivas cinestésicas e labirínticas.
Possibilidade do controle e da organização da musculatura ampla para a
realização de movimentos complexos. Exemplos: correr, saltar, pular, andar, etc.
A criança se expressa, de forma simultânea a sua afetividade e exercita sua
inteligência. Ela passa grande parte de sua vida na escola, e, por isso, sua conduta
está representada pela sua atividade motora.
Esquema corporal
Esquema corporal é a organização das sensações relativas ao seu próprio
corpo em associação com os dados do mundo exterior.
O esquema corporal pode ser definido no plano educativo como a chave de
toda a organização da personalidade.
Segundo Oliveira (1997) o corpo é uma forma de expressão da
individualidade. A criança percebe-se as coisas que a cercam em função de seu
próprio corpo. Isto significa que o conhecendo, terá maior habilidade para se
diferenciar, para sentir diferenças.
Lateralidade
A lateralidade é preferência da utilização de uma das partes simétricas do
corpo: mão, olho, ouvido, perna, a lateralização cortical é a especialidade de um dos
dois hemisférios quanto ao tratamento da informação sensorial ou quanto ao
controle de certas funções.
A lateralidade está em função de um predomínio que outorga a um dos dois
hemisférios a iniciativa da organização do ato motor, o qual desembocará na
aprendizagem e na consolidação das práxis.
Representa à conscientização integrada e simbólica interiorizada dos dois
lados do corpo, lado esquerdo e lado direito, o que pressupõe a linha média do
corpo, que no decorrer estão relacionados com a orientação face aos objetos.
Estruturação espacial
Oliveira (1997) refere que é através do espaço e das relações que nos
situamos no meio em que vivemos em que estabelecemos relações entre as coisas
que fazemos observações comparando-as, combinando-as, vendo as semelhanças
e diferenças entre elas.
É a orientação e a estrutura do mundo exterior, a partir do eu e depois a
relação com os outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento, é
a consciência da relação do corpo com o meio.
A orientação espacial designa nossa habilidade para avaliar com precisão a
relação física entre nosso corpo e o ambiente, e para efetuar as modificações no
curso de nossos deslocamentos.
Estruturação temporal
Para Oliveira (1997) as noções de corpo, espaço e tempo têm que estar
intimamente ligadas se quiser entender o movimento humano. O corpo coordena-se,
movimenta-se continuamente dentro do espaço determinado em função do tempo,
em relação a um sistema de referência.
É a capacidade de avaliar tempo dentro da ação, organizar-se a partir do
próprio ritmo, situar o presente em relação a um antes e a um antes e a um depois,
é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido do lento. Uma dimensão
convencional (sistema cultural de referências, horas, dias, semanas, meses e anos).
E saber situar o momento do tempo em relação aos outros.
Equilíbrio
O equilíbrio é a base primordial de toda ação diferenciada dos segmentos
corporais.
O equilíbrio é o estado de um corpo quando forças distintas que atuam sobre
ele compensam e anulam-se mutuamente. Do ponto de vista biológico, a
possibilidade de manter posturas, posições e atitudes indicam a existência do
equilíbrio.
Durante o movimento, o tono postural deve se ajustar a fim de compensar o
deslocamento de peso do corpo de uma perna a outra e assegurar, ao mesmo
tempo, o equilíbrio de todo o corpo.
ASPECTOS PSICOMOTORES EM CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE
APRENDIZAGEM
As dificuldades de aprendizagens podem surgir em vários momentos ou em
várias situações, durante o período escolar. Para aprender exige persistência,
esforço, muitas tarefas escolares são rotineiras e requer motivação e perseverança.
Outras surgem com um pequeno grau de dificuldade, exigindo um esforço constante
na evolução do aluno.
Nas dificuldades de aprendizagem Oliveira (2002, p.120) esclarece:
Alguns alunos vêm para a escola com déficits, com nível de maturidade desigual e inferior ao que se espera em sua idade cronológica. Muitos trazem uma bagagem cultural, social, intelectual, neurológica muito defasada em relação aos seus companheiros, e isso constitui em desvantagens, às vezes cruciais para aprendizagens da leitura, escrita e cálculos.
A psicomotricidade dará meios para que a criança possa se desenvolver por
inteiro, pois ela contribui para melhorar a aprendizagem, explorando o
desenvolvimento motor ela é reeducada. A criança cresce e se constrói através do
meio e de suas próprias realizações.
A criança com algum tipo de dificuldade escolar também apresenta problema
psicomotor.
A psicomotricidade tem sido aplicada em inúmeros campos de intervenção teraêutico-reeducativa e de integração social, tais como: debilidade motora, crianças instáveis, inibidas, deficiência motora, debilidade mental, deficiência visual, dificuldades escolares e aprendizagem profissional (FONSECA, 1983, p.1).
A psicomotricidade pode ser utilizada como instrumento pedagógico, a atitude
da escola pode influenciar o processo de aprendizagem, pois a que trabalha com
especial atenção para o desenvolvimento motor da criança tende a contribuir com
um caráter preventivo do desenvolvimento integral da criança, visando um bom e
efetivo aprendizado.
EDUCAÇÃO FÍSICA E A PSICOMOTRICIDADE
Segundo as diretrizes curriculares do Paraná a educação física é parte de um
projeto geral de escolarização, e inserida no projeto político pedagógico.
Propõe-se que a educação física seja fundamentada nas reflexões sobre as
necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e
na valorização da educação.
Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física na educação
básica são os seguintes:
-Esporte, jogos e brincadeiras, Ginástica, Lutas e Dança.
Nas diretrizes curriculares os jogos e brincadeiras, como conteúdo
estruturante, estão inseridos em um conjunto de possibilidades que ampliam e
ajudam a contribuir para o desenvolvimento do ser humano,
HISTÓRICO DA ESCOLA
O Colégio Estadual D. Pedro II – Ensino fundamental entrou em
funcionamento a partir do ano de 1968, como ginásio Estadual de Janiópolis,
passando á denominação de ginásio Estadual D. Pedro II, através do decreto nº
13.771 de 11/01/69.
Em 1969, passou a funcionar uma sua extensão na cidade de Boa
Esperança, conforme portaria nº 1.399/69 publicada no Diário Oficial do Estado em
21/03/69. Em 1970, para viabilizar o funcionamento no período noturno, foram
tomadas de empréstimo cinco salas de aulas do grupo João XXIII e com o mesmo
objetivo, em 1973, quatro salas de aulas do Grupo Escolar Emílio Garrastazu Médici
do distrito de Arapuan. Em 1981, através do ato oficial de autorização de
funcionamento Resolução nº 3292/81 D.O E 05/4/82, o estabelecimento passou a
denominar-se Escola Estadual D. Pedro II – Ensino de 1º Grau. Em 1984, através da
Resolução n° 8.013/85 – D. O E. 13/12/85 teve o seu curso e Estabelecimento
reconhecidos. Em conformidade à Deliberação nº 003/98 – CEE a Resolução nº
3120/98 – SEED, alterou a nomenclatura passando a denominar-se Escola Estadual
D. Pedro II – Ensino Fundamental. Com a implantação, em 2010, da modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, fica alterada, por força da resolução nº 1.638/11-
SEED, de 25 de Abril de 2011, a nomenclatura para o Colégio Estadual D. Pedro II,
Ensino Fundamental e Médio.
O Estabelecimento situa-se na Rua Acre, 609, na cidade e município de
Janiópolis. Inicialmente, compreendia quatro salas de aulas, secretaria, cozinha,
banheiro feminino e masculino, sendo ampliada em três salas de aula, biblioteca,
sala dos professores e cancha desportiva.
Conta, desde 1968, com os serviços a Associação de Pais e Mestres, que foi
registrada em 13/06/88, sob nº 1.246 no livro A-1, do 1º Ofício de protestos de
Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, da Comarca de Campo Mourão.
A partir de 1993, instituiu-se o funcionamento do conselho Escolar, em
observância à Resolução nº 2.001/91, que regulamenta o Regime Escolar, para os
Estabelecimentos da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. O conselho
Escolar foi aprovado de acordo com a Resolução nº 1.341/93 de 24/03/93, sendo
composto por:
a) Representante da comunidade Escolar;
b) Pais ou responsáveis
c) Representante da sociedade Civil
OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES
O colégio Estadual Dom Pedro II – oferta exclusivamente o Ensino
Fundamental do 6º ao 9º anos, nos períodos: matutino, das 7h40min às 1200min e
vespertino, das 13h00min às 17h20min.
Educação de Jovens e Adultos, (EJA) a partir deste ano de 2010, no período
noturno, das 19h00min às 22h20min.
OBJETIVOS GERAIS
-Executar a proposta pedagógica
-formação continuada dos trabalhadores em Educação
-Intervir para facilitar a participação dos professores e equipe
pedagógica, propiciar ao educando uma avaliação com função diagnóstica
(permanente e contínua) uma prática emancipadora.
Fazer do Colégio um espaço interativo e alegre onde o educando goste de
permanecer.
Articular as famílias e a comunidade um processo de integração da sociedade
com o colégio.
-Valorizar os talentos dos alunos.
-Identificar, monitorar e intervir nos casos de violência
-Administrar os recursos naturais e financeiros.
-Exercer as atribuições decorrentes do regime interno deste
estabelecimento de ensino no que concerne à especificidade da função.
Garantir os princípios:
-Da educação como direito de todo o cidadão.
-Da valorização do professor e todos os profissionais da Educação
-Do trabalho coletivo
-Da Gestão democrática
-do atendimento à diferença e a diversidade.
AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
A avaliação do Plano de Ação será realizada ao longo do período através
observação do comportamento dos envolvidos buscando feedback de cada ação
empreendida, visando sua continuidade ou retomada e publicação de resultados.
RELATO DA EXPERIÊNCIA
Para realização do presente trabalho foram convidados 25 alunos do 6º ano,
turma A, do Colégio Estadual D. Pedro II, do município de Janiópolis – Pr.
Foi realizado com a referida turma um pré-teste no dia 12/03/2013, a
aplicação da Escala de Desenvolvimento Motor EDM rosa Neto –(2002), com o
objetivo de se observar como estava o desenvolvimento motor dos educandos. Na
qual foi detectado que a maioria dos alunos teve dificuldades relevantes. Os códigos
da tabela de acertos por aluno serão as seguintes:
S: Sim N: Não
Tabela 1 : Acertos por aluno no Pré-Teste
Motricidade Fina
Motricidade global
Equilíbrio Esquema Corporal
Organização espacial
Organização temporal
lateralidade total
Aluno1 S N S N S N S 3
Aluno2 S S S S S S S 7
Aluno3 S S S S S S N 6
Aluno4 S S S S S S S 7
Aluno5 S S S S S S S 7
Aluno6 S S S S S S N 6
Aluno7 S S S S S S S 7
Aluno8 S N S N S S S 5
Aluno 9 S S S S S S S 7
Aluno10 S S S S S S S 7
Aluno11 S S S S S S S 7
Aluno12 S S S S S S N 6
Aluno13 S S S S S S N 6
Aluno14 S N S N S S S 5
Aluno15 S N S S S S S 6
Aluno16 S N S S S S S 6
Aluno17 S N S S S S S 6
Aluno18 S N S S S S S 6
Aluno19 S S S N S S S 6
Aluno20 S S S N S S S 6
Aluno21 N N N S S S S 4
Aluno22 N S N N S N S 3
Aluno23 N S N S N N S 3
Aluno24 S N S S S N S 5
Aluno25 N N S N S S S 4
Total 21 15 22 18 24 21 21
Tabela 2: Acertos por aluno no Pós Teste
Motricidade Fina
Motricidade Global
Equilíbrio Esquema Corporal
Organização Espacial
Organização Temporal
Lateralidade Total
Aluno1 S S S S S S S 7
Aluno2 S S S S S S S 7
Aluno3 S S S S S S S 7
Aluno4 S S S N S S S 6
Aluno 5 S S S S S S N 6
Aluno 6 S S N S S S S 6
Aluno 7 S S S S S S N 6
Aluno 8 S S S S S S S 7
Aluno 9 S S S S S S S 7
Aluno10 S S S S S S N 6
Aluno 11 S S S S S S S 7
Aluno12 S S S N S S S 6
Aluno13 S N S S S S S 6
Aluno14 S N S S S S S 6
Aluno15 S N S S S S S 6
Aluno16 S N S S S S S 6
Aluno 17 S S S S S S S 7
Aluno18 S S S S S S S 7
Aluno 19 S S S S N S S 6
Aluno20 N S S N S N S 4
Aluno 21 N S N S S N S 4
Aluno22 S N S S S N S 5
Aluno23 N S S N S S S 5
Aluno24 S N S N S N S 4
Aluno25 S N N S S S S 5
Total 22 18 22 20 24 21 22
Tabela de Freqüência - Pré-Teste
Acertos 3 4 5 6 7
Freq. 3 2 3 10 7
Tabela de Freqüência - Pós-Teste
Acertos 3 4 5 6 7
Freq. 0 3 3 11 8
Gráfico 1: Pré e Pós Teste
Gráfico 2: Freqüência
Motric idade FinaMotric idade Global
EquilibrioEsquema Corporal
Organização EspacialOrganização Temporal
Lateralidade
0
5
10
15
20
25
30
21
15
22
18
24
21 2122
18
22
20
24
2122
Pré-Teste
Pós-Teste
03 04 05 06 07
0
2
4
6
8
10
12
3
2
3
10
7
0
3 3
11
8
Pré-Teste
Pós-Teste
Tabela 3: Percentual de variação de acertos em Pré-teste e Pós-teste
ATIVIDADE ACERTOS PRÉ-
TESTE (%)
ACERTOS PÓS-
TESTE (%)
VARIAÇÃO (%)
Motricidade Fina 84 88 + 4
Motricidade Global 60 72 +12
Equilíbrio 88 88 0
Esquema Corporal 72 80 +8
Organização Espacial
96 96 0
Organização Temporal
84 84 0
Lateralidade 84 88 +4
Durante a aplicação dos testes os alunos se sentiram à vontade, muitos
alunos se destacaram, pois já tinham uma motricidade bem desenvolvida, e o
restante da turma, percebeu-se que obtinham uma motricidade pouco desenvolvida.
Isso mostra a realidade desta sala. Vale destacar que no conselho de Classe desta
turma, realizado no 1º trimestre, chegou-se a conclusão de que os alunos que
estavam em defasagem pouco desenvolvida, são os mesmos que estão com o
desempenho escolar abaixo da média em várias disciplinas, e isso demonstra na
prática que a psicomotricidade pouco desenvolvida traz enormes prejuízos para toda
a vida escolar e pessoal dos alunos, sem dúvida, os professores precisam reverter e
mostrar esses dados para toda a equipe pedagógica para que assim, esse conteúdo
possa fazer parte do currículo nas séries iniciais, bem como em todas as séries
seguintes.
Com base nos resultados obtidos no pré-teste, foram aplicadas atividades de
psicomotricidade que irão amenizar as lacunas encontradas em cada aluno,
auxiliando de forma relevante para o desenvolvimento biopsicossocial e para um
aprendizado mais lúdico, prazeroso e eficaz.
Dentro das atividades propostas, os alunos desenvolveram as seguintes
atividades:
No dia 02/042013 – trabalhou-se Motricidade Fina, com recortes, colagens e
encaixes.
No dia 09/04/2013 – na Motricidade global foram trabalhados movimentos
mais complexos, tais como: saltar, pular e correr.
No dia 16/04/2013 – dentro da Estruturação Espacial, relação do corpo com o
meio, realizou-se desenho do corpo no chão, jogo do espelho.
No dia 23/04/2013 – Equilíbrio que é a base primordial de toda a ação
diferenciada dos segmentos corporais realizou-se jogos de amarelinha, corda e
bambolê.
No dia 14/05/2013 – no Esquema corporal objetivou-se despertar o raciocínio
rápido, concentração e agilidade, por exemplo: circuitos de atividades com cones,
cordas e bolas.
No dia 21/05/2013 – na Organização Temporal avaliou-se o tempo dentro da
ação. Exemplos: Cabo de guerra, peteca, jogo do ar.
No dia 28/05/2013 – na lateralidade tendo como preferência a utilização de
uma das partes do corpo. Exemplo: escravo de Jó, jogo de bola ao canto.
No dia 04/06/2013 os alunos foram submetidos ao pós-teste, sendo este a
Escala de Desenvolvimento Motor de Rosa Neto (2002), com o objetivo de certificar
os reais resultados obtidos no desenvolvimento motor dos educandos.
Segundo Oliveira (1997) diz que a coordenação global depende da
capacidade de equilíbrio postural do individuo. Este equilíbrio está subordinado às
sensações proprioceptivas sinestésicas e labirínticas.
Entende-se, portanto que as atividades de psicomotricida realizadas surtiram
efeitos benéficos. Houve avanços relevantes em algumas atividades, quais sejam:
Motricidade fina, Motricidade global, Esquema corporal e Organização Temporal;
sobressaindo a motricidade global onde no qual os alunos superaram as
expectativas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades psicomotoras podem conferir contribuições no desenvolvimento
motor, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental, onde as habilidades
mais importantes estão sendo consolidadas. Dentro desta perspectiva, de
habilidades motoras, a Educação Física, entre outros papéis, tem o de alargar a
fronteira destas habilidades.
Por meio deste estudo realizado no Colégio Estadual D. Pedro II, EFM, foi
possível desenvolver um programa de atividades psicomotoras e avaliar a
contribuição no desenvolvimento motor dos escolares selecionados.
A partir do programa desenvolvido e da aplicação do instrumento de medidas,
alguns pontos podem ser destacados deste estudo.
Os resultados, que se configuraram positivos, abrem a possibilidade de
propor programas organizados com base na psicomotricidade, no âmbito da
disciplina Educação Física, visando colaborar com o desenvolvimento pleno e a
futura autonomia do aluno.
REFERÊNCIAS
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BRACHT, V. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister,1992.
COSTE, J. C. A Psicomotricidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Interfaces com a Psicomotricidade. Fortaleza. Anais... Fortaleza CE. Sociedade Brasileira de psicomotricidade, 2007.
FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FONSECA, V. Psicomotricidade. Perspectivas Multidisciplinares. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FONSECA, V. Psicomotricidade. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
LE BOULCH, J. Educação Psicomotora a Psicociética na Idade Escolar: 2 ed. Porto Alegre: Editora Artmed. 1987.
OLIVEIRA, G.C. de. Psicomotricidade Educação e Reeducação num enfoque psicopedagógico. Petropolis: Vozes, 1997.
OLIVEIRA, G.C. de. Psicomotricidade Educação e Reeducação num enfoque psicopedagógico. Petropolis RJ: Vozes, 2002.
ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora: Porto Alegre: Artmed Editora.2002.
VIGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.