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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DOS CONTEÚDOS
MATEMÁTICOS DE OITAVA SÉRIE
Autor Acil Batista Vilela
Escola de Atuação Colégio Estadual “Antonio Carlos Gomes” - EFMP
Município da escola Terra Roxa
Núcleo Regional de Educação Toledo
Orientador Orlando Catarino da Silva
Instituição de Ensino Superior Unioeste – Universidade do Oeste do Paraná – Campus de Foz do Iguaçu
Disciplina/Área (entrada no PDE) Matemática
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Público Alvo Alunos da 8ª Série B
Localização Colégio Estadual “Antonio Carlos Gomes” – EFMP
Rua Veriano dos Santos Dias, 401 - Centro
Terra Roxa-PR; CEP: 85990-000
Apresentação: O presente projeto tem como objetivo realizar um estudo
investigativo, com o qual se pretende verificar a eficiência da
utilização da metodologia da resolução de problemas, enquanto
perspectiva metodológica, para a introdução dos conteúdos
matemáticos, na oitava série (nono ano) do ensino fundamental,
com o intuito de sanar as enormes defasagens encontradas no
ensino da referida disciplina. A metodologia da resolução de
problemas oferece ao aluno oportunidades de construção de
conceitos matemáticos que estimule a sua curiosidade, permite
realizar aproximações e cálculos mentais por estimativa, possibilita a
investigação das ideias matemáticas e hipóteses, a esquematização
de figuras e gráficos a fim de obter maior compreensão e
visualização de uma situação matemática. Promove o prazer da
descoberta e eleva a autoestima, e a segurança necessária pra criar
suas próprias ferramentas e utilizá-las de modo adequado na busca
de resultados satisfatórios.
Palavras-chave resolução de problemas; perspectiva metodológica; ensino de
matemática.
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
ACIL BATISTA VILELA
A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DOS
CONTEÚDOS MATEMÁTICOS DE OITAVA SÉRIE
Proposta de Unidade Didática apresen-tada ao Curso PDE – Plano de Desen-volvimento Educacional – promovido pela SEED, como Produção Didático-Pedagógica na área de Matemática, sob a orientação do professor Ms. Orlando Catarino da Silva.
TERRA ROXA
2011
2
IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Acil Batista Vilela
Área PDE: Matemática
NRE: Toledo
Professor Orientador: Orlando Catarino da Silva
IES Vinculada: Unioeste/Campus de Foz do Iguaçu
Escola de Implementação: Colégio Estadual "Antonio Carlos Gomes" – E.F.M.P.
Público Alvo: Alunos da 8ª série do ensino fundamental
OBJETIVO GERAL
Vislumbra-se, com essa unidade didática, realizar um estudo
investigativo, com o qual se pretende verificar a eficiência da utilização da
metodologia da resolução de problemas, enquanto perspectiva metodológica,
para a introdução dos conteúdos matemáticos, na oitava série (nono ano) do
ensino fundamental, com o intuito de sanar as enormes defasagens
encontradas no ensino da referida disciplina.
Para tanto, pretende-se utilizar a metodologia da resolução de
problemas como ferramenta básica na construção de conceitos matemáticos
sistematizados capazes de promover a autonomia no educando, tornando-o
capaz de promover a segurança necessária que o estimule a criar suas
próprias ferramentas e utilizá-las de modo adequado na busca de resultados
satisfatórios, bem como capacidade para a utilização dos conhecimentos
matemáticos disponíveis para obter respostas coerentes em relação a
situações matemáticas variáveis e distintas.
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
2 PROPOSTA PEDAGÓGICA ........................................................................... 6
3 EQUAÇÕES .................................................................................................... 7
3.1 EQUAÇÕES DO 1º GRAU ........................................................................... 8
3.1.1 Atividades de Aplicação ........................................................................... 9
3.2 EQUAÇÕES DO 2º GRAU ......................................................................... 14
3.2.1 Atividades Sugeridas .............................................................................. 16
4 PROBABILODADE ...................................................................................... 23
4.1 EXPERIMENTO ALEATÓRIO .................................................................... 24
4.2 ESPAÇO AMOSTRAL ................................................................................ 24
4.3 CONCEITO DE PROBABILIDADE ............................................................. 25
4 4 ATIVIDADES SUGERIDAS ........................................................................ 26
5 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO ........................... 33
5.1 RELAÇÕES ................................................................................................ 34
5.2 ATIVIDADES SUGERIDAS ........................................................................ 36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 45
SITES CONSULTADOS .................................................................................. 46
4
1 INTRODUÇÃO
A Matemática é uma área do conhecimento que surgiu a partir das
necessidades humanas e tem-se desenvolvido de acordo com os problemas
que o homem encontra durante sua existência. Acredita-se que ensinar
matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento
independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Dessa
forma, a essência fundamental da matemática é a resolução de problemas. E,
por esse motivo, para o seu ensino não basta só conhecer, é necessário,
também, ter criatividade e, acima de tudo, fazer com que os alunos participem
das resoluções dos problemas que surgirem.
A resolução de problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os alunos para o estudo da Matemática. O processo ensino e aprendizagem pode ser desenvolvido através de desafios, problemas interessantes que possam ser explorados e não apenas resolvidos. (LUPINACCI e BOTIN, 2004, p. 1).
No processo de ensino e aprendizagem da matemática, os problemas
são fundamentais, visto que permitem ao aluno realizar questionamentos e
pensar por si próprio, elaborar conjecturas, possibilitando, dessa forma, o
exercício do raciocínio lógico e não apenas o uso padronizado de regras.
Mesmo assim, no entanto, a abordagem de conceitos matemáticos, ideias e
métodos sob a perspectiva da resolução de problemas ainda é bastante
desconhecida da grande maioria e, quando é incorporada à prática escolar,
aparece como um item isolado, desenvolvido paralelamente como aplicação da
aprendizagem, a partir de listagem de problemas cuja resolução depende
basicamente da escolha de técnicas ou formas de resolução memorizadas
pelos alunos (PCN, 1998).
É possível afirmar que o ensino da disciplina de matemática tem
mostrado que grande parcela dos alunos não desenvolve raciocínios que
contribuem para a construção e efetivação do saber matemático. Isso ocorre
porque fazer o aluno pensar produtivamente, desenvolver o raciocínio,
enfrentar situações novas e tornar as aulas mais desafiadoras e interessantes
5
tem sido a grande dificuldade enfrentada por professores durante seu trabalho
em sala de aula.
Ao mesmo tempo, a resolução de problemas tem contribuído para o
insucesso escolar do indivíduo, visto que, de modo geral, os problemas
trabalhados em sala de aula são exercícios repetitivos para fixar os conteúdos
que acabaram de ser estudados, motivando o uso de procedimentos
padronizados para serem utilizados na resolução de problemas semelhantes.
Essa atividade não desenvolve, no aluno, a capacidade de transpor o raciocínio
utilizado para o estudo de outros assuntos.
A metodologia de resolução de problemas, conforme o proposto por
Pozo (1998), Echeverría (1998) e Onuchic (1999), entre outros, é uma
importante contribuição para o processo de ensino e aprendizagem da
matemática, porque o aluno desenvolve o raciocínio participando das
atividades e isso estimula a capacidade de desenvolver o pensamento
matemático, não se restringindo a exercícios rotineiros desinteressantes que
valorizam o aprendizado por reprodução ou imitação.
A importância da resolução está no fato de
[...] possibilitar aos alunos mobilizarem conhecimentos e desenvolverem a capacidade para gerenciar as informações que estão a seu alcance dentro e fora da sala de aula. Assim, os alunos terão oportunidades de ampliar seus conhecimentos acerca de conceitos e procedimentos matemáticos bem como do mundo em geral e desenvolver sua autoconfiança (SCHOENFELD apud PCN, 1998).
Sob essa mesma óptica, Dante (1991) argumenta que:
[...] é possível por meio da resolução de problemas desenvolver no aluno iniciativa, espírito explorador, criatividade, independência e a habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela. (DANTE, 1191, p. 25).
Desse modo, os alunos, ao resolverem problemas, podem descobrir
fatos novos sendo motivados a encontrarem várias outras maneiras de
6
resolverem o mesmo problema, despertando a curiosidade e o interesse pelos
conhecimentos matemáticos e assim desenvolverem a capacidade de
solucionar as situações que lhes são propostas.
Despertar no aluno o gosto pela resolução de problemas não é tarefa
fácil, pois muitos são os momentos de dificuldade, obstáculos e erros. Isso
acontece porque professores e alunos não conseguem distinguir um problema
matemático de um exercício matemático.
2 PROPOSTA PEDAGÓGICA
Este trabalho será realizado no Colégio Estadual "Antônio Carlos
Gomes" – EFMP, de Terra Roxa, com alunos da 8ª série B, período vespertino
e tem como proposta pedagógica a seleção de uma coletânea de atividades
matemáticas cujo processo de resolução esteja de acordo com a metodologia
da resolução de problemas. Para viabilizar o trabalho pretendido, realizar-se-á
um estudo investigativo, estudo com o qual se pretende verificar a eficiência da
utilização da metodologia da resolução de problemas, enquanto perspectiva
metodológica, para a introdução dos conteúdos matemáticos na oitava série
(nono ano) do ensino fundamental, com o intuito de sanar as enormes
defasagens encontradas no ensino da referida disciplina.
A investigação que aqui se propõe será baseada nos estudos do
professor Luiz Roberto Dante, da professora Lourdes de la Rosa Onuchic, bem
como nos de outros estudiosos do assunto, que servirão de base nessa
pesquisa.
Para Dante (1991, p. 25), é preciso “[...] desenvolver no aluno a
habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos
recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções às questões
que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela.” Onuchic (1999, p. 208),
em conformidade com Dante, atesta que: “À medida que a compreensão dos
7
alunos se torna mais profunda e mais rica, sua habilidade em usar matemática
para resolver problemas aumenta consideravelmente”.
O ensino de matemática baseado na abordagem da resolução de
problemas como uma metodologia de ensino permite que o aluno tanto
aprenda matemática resolvendo problemas como aprenda matemática para
resolver problemas. O entendimento correto é o de que a resolução de
problemas não pode ser vista como uma atividade para ser desenvolvida em
paralelo ou simplesmente como aplicação da aprendizagem, mas como
orientação para a aprendizagem.
Acredita-se que a matemática deve ser ensinada relacionando
problemas matemáticos com o cotidiano dos alunos, por meio de uma
abordagem que, inicialmente, é intuitiva, e, depois, gradativamente se torna
conceitual. Isso faz com que o raciocínio lógico se desenvolva, ao invés do
trabalho mecânico. Assim o estudante terá consciência do porquê do processo
de resolução, e não apenas aplique as fórmulas matemáticas com o intuito de
obter um resultado que não signifique nada para ele.
3 EQUAÇÕES
Definições
Em matemática, uma equação é uma sentença aberta expressa por
uma igualdade envolvendo expressões matemáticas. As equações
normalmente propõem um problema sobre sua validade. Grosseiramente
falando, uma equação é composta por incógnitas e coeficientes. Os
coeficientes são entidades matemáticas conhecidas. Resolver a equação, ou
seja, ou problema por ela proposto consiste em determinar quem são os
elementos de um determinado conjunto (o das possíveis soluções) que tornam
a equação verdadeira.
8
Toda sentença matemática expressa por uma igualdade, na qual exista
uma ou mais letras que representem números, é denominada equação. Cada
letra que representa esse número desconhecido é chamada de variável ou
incógnita (GIOVANNI & GIOVANNI JR, 2002, p. 139).
A expressão matemática situada à esquerda do símbolo = é
denominada 1º membro da equação (ou igualdade).
A expressão matemática situada à direita do símbolo = é denominada
2º membro da igualdade (ou equação).
3.1 Equações do 1º grau
* Resolução de uma equação do 1º grau
Resolver uma equação do primeiro grau significa determinar valores
que estejam em seus domínios e que satisfaçam à sentença do problema, ou
seja, será preciso encontrar, de forma correta, a raiz da equação.
Na forma simples de entender a solução de equação do 1º grau, basta
separar as incógnitas dos números, colocando-os de um lado do sinal de igual
(=). Dessa forma, os números ficam de um lado da igualdade e do outro lado
as constantes.
A resolução de um problema deve ter em conta as seguintes fases:
1 - Interpretar o problema: definir o que se pretende obter (incógnita) e
os dados de que se dispõe;
2 - Traduzir o enunciado do problema para uma condição matemática
e, se necessário, faz-se um desenho ou um esquema;
3 - Resolver a condição determinando a solução do problema;
9
4 - Examinar a solução obtida: se é adequada ao problema (pode ser
impossível) e se existem mais soluções.
Teve-se o cuidado de iniciar este trabalho de implementação
pedagógico com o conteúdo de equações do 1º grau, porque se entende que
as equações são fundamentais para o processo de aquisição do conhecimento
algébrico. Além disso, reconhece-se que as equações são de fundamental
importância no que se refere à metodologia da resolução de problemas,
tendência matemática a que se propõe o nosso trabalho.
Embora os conteúdos a serem desenvolvidos a partir da
implementação pedagógica aqui proposta se refiram àqueles destinados a
alunos de 8ª série (nono ano) do ensino fundamental, optou-se pelo conteúdo
de equações do 1º grau, apenas para fazer uma retomada de conteúdos e,
consequentemente, preparar os alunos-alvo deste estudo para as etapas
subsequentes, visto que, muitas vezes, eles têm dificuldades até mesmo em
atividades bem simples.
3.1.1 Atividades de Aplicação
As atividades sugeridas a seguir deverão ser revolvidas pelos alunos
sem nenhuma preparação prévia. Elas têm como finalidade verificar a
capacidade individual de cada aluno na resolução de situações-problema a
partir de conteúdos já estudados. As atividades aqui propostas foram
selecionadas e apresentam um grau mínimo de aprofundamento de conteúdo,
partindo de uma situação bem simples para outra mais complexa, isto é, cada
atividade prossupõe maior grau de complexidade e, portanto, maior
desempenho por parte do aluno.
É preciso ressaltar, ainda, que os alunos serão informados que existem
fórmulas e meios da resolução de equações do 1º grau, após terem suas
resoluções divulgadas para os demais alunos e analisadas pelo professor
juntamente com todos os alunos envolvidos nessa intervenção.
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EXEMPLOS:
01 – Meu irmão é cinco anos mais velho do que eu. O triplo da minha idade
somado ao dobro da idade dele, dá 100 anos. Quais são nossas idade?1
Selecionando dados:
Minha idade: x anos
Idade de meu irmão: x + 5 anos
Montando a equação e resolvendo-a
Resposta: Desse modo, conclui-se que tenho 18 anos e meu irmão tem 23
anos.
02 – Numa turma de 46 alunos, o professor perguntou quem torcia pelo
Coritiba. Em resposta, 32 alunos levantaram a mão. A seguir, perguntou quem
torcia pelo Atlético Paranaense e 28 alunos ergueram a mão. Nessas
condições, quantos alunos torcem tanto para o Coritiba como para o Atlético?2
Dados
- torcedores do Coritiba: 32 alunos
1 Atividade retirada do site
http://www.celiomoliterno.eng.br/Arquivos/Santa/Exercicio/ex_sist_1g.pdf.
2 Atividade adaptada do livro Matemática pensar e descobrir: o + novo, 6ª série.
11
- torcedores do Atlético Paranaense: 28 alunos
- torcedores tanto do Coritiba como do Atlético: x alunos
- Total de alunos: 42
Montagem da equação por meio de um diagrama:
Figura 1
Fonte: Arquivo próprio
Resposta: Conclui-se que na turma há 14 alunos que torcem tanto para a
Coritiba, quanto para o Atlético Paranaense.
03 – Em um barril de forma cilindrica há uma certa quantidade de vinho que
ocupa a metade do barril. Retirando-se 50 litros de vinho, a quantidade restante
equivale a 30% da capacidade total do recipiente. Qual é a capacidade total do
barril?3
3 Atividade adaptada do livro Matemática pensar e descobrir: o + novo, 6ª série.
12
Dados:
capacidade total do barril: x litros
metade da capacidade:
30% da capacidade:
Resolvendo a equação, obtemos:
Figura 2
Fonte: Arquivo próprio
Resposta: O barril tem capacidade para 250 litros.
04 – Uma barra de ferro com 10 m de comprimento deve ser dividida em duas
partes. O comprimento da parte maior precisa ser o triplo do comprimento da
parte menor. Nessas condições, determine o comprimento que deve ter cada
uma das partes.4
O problema pede para encontrar dois números que representem o
comprimento de cada uma das partes em que a barra de ferro foi dividida.
Tais comprimentos serão representados por x (parte menor) e por 3x (parte
maior), conforme o esquema a seguir:
Figura 3
Fonte: Arquivo próprio
4 Atividade adaptada do livro Matemática pensar e descobrir: o + novo, 6ª série.
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Resposta: A menor parte (x) deve ter 2,5m e a parte maior (3x) deve ter 7,5m.
05 - O Flávio foi às compras e gastou metade do dinheiro que tinha na compra
de um livro e a quinta parte do restante em chocolates. Determine quanto
dinheiro levava o Fávio se lhe sobraram R$ 78,00.5
Como não sabemos quanto dinheiro tem o Flávio, vamos considerar
que inicialmente tem x (incógnita).
Como o Flávio gastou metade do dinheiro , então ficou com:
Comprou então o chocolate gastando , ficando com R$
78,00.
Assim, a condição matemática que se obtém
é:
5 Atividade adaptada do site http://www.angelfire.com/comics/cravas/indice/1.htm.
14
Resposta: A resolução do problema corresponde à resolução da equação do
1º grau. Resolvendo-o, corretamente, obtém-se a solução R$ 195,00,
correspondente à quantidade de dinheiro que o Flávio tinha inicialmente.
3.2 Equações do 2º grau
Definição:
Denomina-se equação do 2° grau, qualquer sentença matemática que
possa ser reduzida à forma ax2 + bx + c = 0, onde x é a incógnita e a, b e c
são números reais, com a ≠ 0. Então a, b e c são coeficientes da equação.
Observe-se que o maior índice da incógnita na equação é igual a dois e é isso
que a define como sendo uma equação do 2º grau.
Resolução de equações do 2° grau
A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos
os possíveis valores reais para a incógnita, que torne a sentença matemática
uma equação verdadeira. Tais valores são a raiz da equação.
Fórmula geral de resolução
Para a resolução de uma equação do 2º grau completa ou incompleta,
podemos recorrer à fórmula geral de resolução:
Essa fórmula também é conhecida como fórmula de Bhaskara.
O valor b2 -4ac é conhecido como discriminante da equação e é
representado pela letra grega Δ. Temos então que Δ = b2 -4ac, o que nos
permite escrever a fórmula geral de resolução como:
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Resolução de equações do 2° grau incompletas
Para a resolução de equações incompletas podemos recorrer a certos
artifícios. Vejamos:
Para o caso de apenas b = 0 temos:
⟹ ⟹ ⟹
⟹ ⟹ ⟹
Assim, portanto, para equações do tipo ax2 + c = 0, onde b = 0, podemos
utilizar a fórmula simplificada para calcularmos as suas raízes.
Observe-se, no entanto, que a equação só possuirá raízes no conjunto dos
números reais se .
Para o caso de apenas c = 0 temos:
Assim, portanto, para equações do tipo ax2 + bx = 0, onde c = 0, uma das
raízes sempre será igual a zero e a outra será dada pela fórmula .
Para o caso de b = 0 e c = 0 temos:
⟹ ⟹ ⟹ ⟹
⟹ ⟹ ⟹
Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos
apenas uma única raiz real, que será sempre igual a zero.
16
3.2.1 Atividades Sugeridas
As atividades aqui sugeridas têm como intuito introduzir o conteúdo de
equações do 2º grau através da metodologia da resolução de problemas. Elas
serão trabalhadas antes de qualquer menção ao conteúdo a ser estudado.
Para isso, elas serão apresentadas aos alunos como situações-problema para
que eles exercitem os seus conhecimentos matemáticos na tentativa de
encontrar uma solução para cada problema proposto.
Após resolverem as atividades, os alunos deverão apresentar aos
colegas os meios utilizados para chegar à solução. Esses resultados serão
discutidos e analisados pelo professor com toda a turma e somente ao fim das
análises e das discussões é que o professor irá demonstrar aos alunos o
desenvolvimento das formulações utilizadas pela matemática moderna para
facilitar o trabalho de resolução de equações do 2º grau. Será esse o momento
que o professor deverá aproveitar para realizar demonstrações que irão definir
os conceitos específicos do conteúdo em estudo.
Para que a construção do conhecimento sobre equações do 2º grau
seja realmente efetivado, tomou-se o cuidado de selecionar problemas com
diferentes graus de complexidade, partindo sempre de uma situação-problema
mais simples para outra mais complexa, oportunizando ao aluno a buscar o
saber cognitivo já efetivado para a elaboração de estratégias e conjecturas que
possibilitem a resolução das atividades sugeridas.
01 – O triplo do quadrado do número de filhos de Laura é igual a 45 menos 6
vezes o número de filhos. Quantos filhos Laura tem?6
Considerando x o número de filhos de Laura, temos que 3x2 equivale ao triplo
do quadrado do número de filhos e que 45 - 6x equivale a 45 menos 6
vezes o número de filhos. Montando a sentença matemática temos:
6 Atividade adaptada do site
http://www.matematicadidatica.com.br/EquacaoSegundoGrau.aspx.
17
Que pode ser expressa como:
Temos agora uma sentença matemática reduzida à forma ax2 + bx + c = 0, que
é denominada equação do 2° grau. Vamos então encontrar as raízes da
equação, que será a solução do nosso problema:
A raízes encontradas são 3 e -5, mas como o número de filhos de uma pessoa
não pode ser negativo, descartamos então a raiz -5. Logo, Laura tem 3 filhos.
02 – O produto da idade de Inácio pela idade de André é igual a 374. Inácio é 5
anos mais velho que André. Quantos anos tem cada um deles?7
Se chamarmos de x a idade de Inácio, teremos que x - 5 será a idade de
André. Como o produto das idades é igual a 374, temos que x . (x - 5) = 374.
Esta sentença matemática também pode ser expressa como:
7 Atividade adaptada do site:
www.matematicadidatica.com.br/EquacaoSegundoGrauExercicios.aspx.
18
Figura 4
Fonte: arquivo próprio
Primeiramente, para obtermos a idade de Inácio, vamos solucionar a equação:
Resposta: As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser negativa, a raiz -17
deve ser descartada. Logo a idade de Inácio é de 22 anos.
Como Inácio é 5 anos mais velho que André, André tem, então, 17 anos. Logo:
Inácio tem 22 anos e André tem 17 anos.
03 – Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. Sozinha, uma delas gasta
5 horas mais que a outra. Determine o tempo que uma delas leva para encher
esse tanque isoladamente.8
8 Atividade extraída do site
pessoal.educacional.com.br/.../Estudo%20Equações%20de%202°%20Grau
19
Solução
Consideremos x o tempo gasto para a 1ª torneira encher o tanque e x+5 o
tempo gasto para a 2ª torneira encher o tanque.
Em uma hora, cada torneira enche a seguinte fração do tanque:
1ª torneira: e 2ª torneira:
Em uma hora, as duas torneiras juntas encherão 1/6 do tanque. Observe a
equação correspondente:
mmc 6x(x + 5)
Resolvendo a equação, temos:
6( x + 5 ) + 6x = x ( x + 5 )
6x + 30 + 6x = x2 + 5x
x2 - 7x - 30 = 0
x'= - 3 e x''=10
Como a raiz negativa não é utilizada, teremos como solução x= 10.
Resposta: A 1ª torneira enche o tanque em 10 horas e a 2ª torneira, em 15
horas.
04 – Se, num jantar de confraternização, cada uma das pessoas presentes
trocar um aperto de mão com todas as outras e houver 190 cumprimentos,
quantas pessoas compareceram à confraternização?9
A princípio, é preciso considerar que, quando duas pessoas trocam um aperto
de mão, esses dois cumprimentos devem ser considerados como um só.
Seja x o número de pessoas presentes
9 Atividades adaptada do livro Novo praticando matemática, vol. 4, p. 62
20
Cada pessoa deve trocar apertos de mão.
Desta forma, temos:
Resposta: Desprezando o valor negativo, conclui-se que no jantar havia 20
pessoas.
05 – Numa festa de confraternização seria distribuído, em partes iguais, um
prêmio de R$ 24.000,00 entre os convidados. Como faltaram 5 pessoas, cada
um dos presentes recebeu um acréscimo de R$ 400,00 no seu prêmio. Quantas
pessoas estavam presentes nessa festa?10
Solução
Podemos representar por:
→O valor que cada um dos presentes receberia se não houvesse
faltas.
→O valor recebido por cada um dos presentes.
10
Atividade adaptada do site
http://www.somatematica.com.br/fundam/equacoes2/equacoes2_17.php.
21
Temos, então, a equação + 400
Resolvendo a equação:
+ 400 → Dividindo ambos os membros por 400 para
simplificá-la.
Após determinar o mmc = x(x – 5), temos:
Resposta: Nesse jantar deveriam estar presentes 20 pessoas. Como faltaram
5, então 15 pessoas estavam presentes no jantar.
06 – Um número de dois algarismos é tal que, trocando-se a ordem dos seus
algarismos, obtém-se um número que o excede de 27 unidades. Determine
esse número, sabendo-se que o produto dos valores absolutos dos algarismos
é 18.11
Solução
Representamos um número por 10x + y, e o número com a ordem dos
algarismos trocada por 10y + x.
Observe:
Número: → 10x + y
11
Atividade retirada do site
http://www.somatematica.com.br/fundam/equacoes2/equacoes2_16.php
x y
y
22
Número com a ordem dos algarismos trocada: → 10y + x.
Temos, então, o sistema de equações:
Resolvendo o sistema, temos:
Dividindo os coeficientes da 1ª equação por 9, obtemos:
Isolando o y na 1ª equação:
Substituindo y na 2ª equação:
Determinando y para cada um dos valores de x, obtemos:
Logo, o conjunto verdade do sistema é dado por:
Desprezando o par ordenado de coordenadas negativas, temos para solução
do problema o número
Resposta: O número procurado é 36.
y x
23
4 PROBABILIDADE
A palavra probabilidade deriva do latim probare (provar ou testar).
Informalmente, provável é uma das muitas palavras utilizadas para eventos
incertos ou conhecidos, sendo também substituída por algumas palavras como
“sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto.
Tal como acontece com a teoria da mecânica, que atribui definições
precisas a termos de uso diário, como trabalho e força, também a teoria das
probabilidades tenta quantificar a noção de provável.
Chama-se experimento aleatório àquele cujo resultado é imprevisível,
porém pertence necessariamente a um conjunto de resultados possíveis
denominado espaço amostral. Qualquer subconjunto desse espaço amostral é
denominado evento. Se esse subconjunto possuir apenas um elemento, nós o
denominamos evento elementar. Por exemplo, no lançamento de um dado, o
nosso espaço amostral seria U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Exemplos de eventos no espaço amostral U:
A: sair número maior do que 4: A = {5, 6}
B: sair um número primo e par: B = {2}
C: sair um número ímpar: C = {1, 3, 5}
O espaço amostral é também denominado espaço de prova.
Passa-se a tratar, aqui, dos espaços amostrais equiprováveis, ou seja, aqueles
onde os eventos elementares possuem a mesma chance de ocorrerem.
Por exemplo, no lançamento do dado acima, supõe-se que, sendo o dado
perfeito, as chances de sair qualquer número de 1 a 6 são iguais. Tem-se,
então, um espaço equiprovável.
Em oposição aos fenômenos aleatórios, existem os fenômenos
determinísticos, que são aqueles cujos resultados são previsíveis, ou seja, tem-
se certeza dos resultados a serem obtidos.
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Normalmente existem diversas possibilidades possíveis de ocorrência
de um fenômeno aleatório, sendo a medida numérica da ocorrência de cada
uma dessas possibilidades denominada probabilidade.
A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de
cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos
de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite
que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento
aleatório.
4.1 Experimento Aleatório
É aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode
fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso.
Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem
envolve cálculo de experimento aleatório.
4.2 Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento
aleatório. A letra que representa o espaço amostral é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço
amostral, constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, C1, C2, C3, C4, C5, C6}
1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par
aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar
aparece}.
2. Idem, o evento em que:
25
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos?
Resolução:
1. Para obter A, escolhem-se os elementos de S constituídos de um K e um
número par: A={K2, K4, K6}.
Para obter B, escolhem-se os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,C2,C3,C5}.
Para obter C, escolhem-se os pontos de S constituídos de um R e um número
ímpar: C={C1,C3,C5}.
2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,C2,C3,C5}
(b) B e C = B ∩ C = {C3,C5}
(c) Escolhem-se os elementos de B que não estão em A ou C;
B ∩ AC ∩ CC = {K3,K5,C2}
3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A ∩ C = Ø
4.3 Conceito de Probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente
prováveis então a probabilidade de ocorrer um evento A é:
26
Por exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer
de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2
= 50%.
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando
seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de
ocorrência de um evento E é sempre:
4.4 Atividades Sugeridas
Para as atividades aqui sugeridas, os alunos, antes de passar às suas
resoluções, serão orientados a fazer uma leitura minuciosa e atenta da parte
introdutória do conteúdo. Após realizarem a leitura sugerida, formarão grupos
de três alunos para discutirem e procurarem uma maneira de se chegar à
resolução de cada situação-problema proposta.
Para o desenvolvimento das atividades, eles terão o tempo de duas
horas- aula e, caso o tempo destinado para as atividades seja insuficiente, os
alunos deverão concluir suas tarefas como atividades de casa, visto que na aula
imediatamente seguinte o tempo disponível será destinado à discussão, análise
e interpretação dos resultados apresentados por cada grupo.
E, após as discussões necessárias, o professor irá expor à classe
métodos e estratégias que auxiliarão na resolução de exercícios que envolvam o
conteúdo „probabilidade‟.
1. Numa turma de 8ª série, de 35 alunos, a probabilidade de, numa escolha ao
acaso, se obter uma menina é 4/7. Quantos rapazes há na turma?12
12
Atividade adaptada do livro Novo praticando matemática.
27
Resposta: Na turma há 15 rapazes.
2. De um grupo de 9 pessoas, sendo 5 homens e 4 mulheres, qual é a
probabilidade de sortear, ao acaso, uma mulher?13
Para sortear uma dentre nove pessoas, temos:
n(S) = 9
Para que saia uma mulher:
n(E) = 4
E a probabilidade:
Resposta: Para que seja sorteada uma mulher tem-se 4/9 de probabilidade.
3. As pessoas presentes a uma convenção anual de uma empresa distribuem-
se assim:
Homens Mulheres
solteiros 29 27
casados 25 19
Ao final da convenção será sorteada uma viagem para um dos participantes.
Qual é a probabilidade de que uma mulher ganhe a viagem?14
n(E)=100 → pessoas presentes à convenção.
13
Atividade adaptada do livro Matemática, de Souza & Spinelli, vol. 2.
14 Atividade adaptada do livro Novo praticando matemática.
28
n(A) = 46 → mulheres presentes à convenção.
Resposta: A probabilidade de que uma mulher ganhe a viagem é de 46%.
4. No caso de um casal que tenha três filhos, não ao mesmo tempo, qual é a
probabilidade de que esses filhos sejam todos do mesmo sexo?15
Considerando que a cada gravidez há apenas duas possibilidades (masculino
ou feminino), temos:
n(S) = 2 . 2 . 2 ⟹ n(S) = 8
Para que todos sejam do mesmo sexo, devem ser três homens ou três
mulheres, portanto: n(E) = 2 (três homens ou três mulheres).
Resposta: A probabilidade de que os três filhos sejam do mesmo sexo é de
1/4 ou 25%.
5. Numa urna há bolinhas numeradas de 1 a 50. Uma bolinha será sorteada ao
acaso. Qual é a probabilidade de o número da bolinha sorteada ser múltiplo de
seis? A probabilidade de o número da bolinha sorteada ser um número primo é
maior ou menor que a probabilidade de ele ser múltiplo de seis?16
15
Atividade extraída do livro Matemática, de Souza & Spinelli, vol. 2.
16 Atividade extraída do livro Novo praticando matemática.
29
n(S) = 50
n(E1) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48} ⟹ n(E1) = 8
n(E2) = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47} ⟹ n(E2) = 15
Resposta: Nesse caso, há maior probabilidade de o número da bolinha
sorteada ser primo.
6. Uma urna contém exatamente 20 bolas, numeradas de 1 a 20. Retira-se, ao
acaso, uma bola da urna. Qual é a probabilidade de se obter um número
múltiplo de 2 ou de 3?17
O espaço amostral do experimento é:
E = {1, 2, 3, 4, ..., 20} ... n(E) = 20
A = {x E/x é múltiplo de 2} = {2, 4, 6,..., 20} ... n(A) = 10
B = {y E/y é múltiplo de 3} = {3, 6, 9,..., 18} ... n(B) = 6
Como a probabilidade pode ocorrer em algum elemento de A ou B, ou seja
P(AUB). Para tanto, necessita-se de A∩B.
A∩B = {6, 12, 18} ... n(A∩B) = 3
Logo:
17
Atividade adaptada do livro Coleção base: matemática, vol. único.
30
Resposta: Para que a bola sorteada seja múltiplo de dois ou múltiplo de três,
tem-se 13/20 de probabilidade.
7. No lançamento simultâneo de um dado e uma moeda, pede-se que
determine:
a) o espaço amostral.
b) o número de elementos do E1= {cara na moeda e face par no dado} e a
probabilidade de ocorrência do evento E1.
c) o número de elemento do evento E2= {face cinco no dado} e a probabilidade
de ocorrência do evento E2.18
a) A moeda tem duas faces, cara (k) e coroa (c), e o dado tem seis faces
numeradas de 1 a 6. Assim, portanto, o espaço amostral é:
S = {(k,1),(k,2),(k,3),(k,4),(k,5),(k,6),(c,1),(c,2),(c,3),(c,4),(c,5),(c,6)} e n(S)=12
b) O evento “cara na moeda e face par no dado” tem os seguintes elementos:
E1={(k,2), (k,4), (k,6)} e n(E1) = 3
Ou P(E1) = 25%
c) O evento “face cinco no dado” tem os seguintes elementos:
18
Atividade extraída do livro Matemática, de Souza & Spinelli, vol. 2.
31
E2 = {(k,5), (c,5)} e n(E2) = 2
ou P(E2) = 16,7%
8. José cria galinhas caipiras. São galinhas que vivem soltas e chocam seus
próprios ovos, o que não acontece com as galinhas de granja. Com base em
várias observações, José concluiu que a probabilidade de nascer um pintinho
de um ovo é: 7/9. No momento, há 18 galinhas chocando 13 ovos cada uma
(José é supersticioso!). Qual é o número esperados de pintinhos que irão
nascer?19
Número de ovos sendo chocados:
Cálculo do número de pintinhos esperados:
Resposta: São esperados, portanto, 182 pintinhos.
9. Um casal pretende ter filhos. Sabe-se que a cada mês a probabilidade de a
mulher engravidar é de 20%. Qual é a probabilidade de ela vir a engravidar
somente no quarto mês de tentativas?20
Sabe-se que a probabilidade de a mulher engravidar em um mês é de 20%, o
que, na forma decimal, é igual a 0,2. A probabilidade de ela não conseguir
engravidar é igual a 1 - 0,2, ou seja, é igual a 0,8.
19
Atividade extraída do livro Matemática, de Imenes & Lellis; 8ª série.
20 Atividade extraída do site http://www.matematicadidatica.com.br/.
32
Este exercício trata de eventos consecutivos e independentes (pelo menos
enquanto ela não engravida). Então a probabilidade de que todos eles
ocorram,é dada pelo produto de todas as probabilidades individuais. Como a
mulher só deve engravidar no quarto mês, então a probabilidade dos três
meses anteriores deve ser igual à probabilidade de ela não engravidar no mês,
logo:
O número decimal 0,1024 multiplicado por 100% é igual a 10,24%.
Resposta: Então, a probabilidade de a mulher vir a engravidar somente no
quarto mês é de 10,24%.
10. Todos os 40 alunos de uma classe já leram pelo menos um dos romances
Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Dom Casmurro, ambos de Machado de
Assis. Vinte e oito alunos já leram Memórias Póstumas de Brás Cubas e 31
alunos já leram Dom Casmurro. Escolheu-se um desses alunos, ao acaso,
constatando-se que ele já havia lido Dom Casmurro. Qual é a probabilidade de
que o aluno escolhido tenha lido, também, Memórias Póstumas de Brás
Cubas?21
Montando um diagrama com a distribuição das informações, tem-se:
21
Atividade adaptada do livro Coleção base: matemática, vol. único.
33
Número de alunos que leram
Memórias Póstumas de Brás Cubas:
28 – x
Número de alunos que leram Dom
Casmurro: 31 – x
Número de alunos que leram ambos
os romances: x
Figura 5
Fonte: Arquivo próprio
Logo: 28 – x + x – 31 – x = 40
Resposta: A probabilidade de que o aluno selecionado tenha lido, também,
Memórias Póstumas de Brás Cubas é de 19/31.
5 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Para a geometria, um triângulo é denominado „triângulo retângulo‟
quando que possui um ângulo reto – de 90° – e outros dois ângulos agudos –
menores que 90°.
Na matemática, o triângulo retângulo é uma figura geométrica que
oferece várias possibilidades quando utilizado no cálculo de áreas, de volumes
e no cálculo algébrico. Por isso sua aplicabilidade tem grande importância no
processo de ensino-aprendizagem da disciplina de matemática.
34
Os elementos do triângulo retângulo possuem denominações
especiais: hipotenusa (a), catetos (b;c), altura relativa (h) à hipotenusa e
projeção dos catetos sobre a hipotenusa.
- A hipotenusa é o maior lado do triângulo retângulo, ou seja, é o lado oposto
ao ângulo reto.
- Os catetos são os menores lados do triângulo retângulo e juntos formam o
ângulo de 90°, ou seja, o ângulo reto.
- A altura relativa à hipotenusa é a distância entre a hipotenusa e o vértice do
ângulo reto.
- As projeções dos catetos são as partes formadas com a linha divisória que
representa a altura relativa à hipotenusa.
Figura 6
Fonte: Arquivo próprio
5.1 Relações
1ª – Em qualquer triângulo retângulo, o produto dos catetos é igual ao produto
da hipotenusa pela altura relativa a própria hipotenusa. b . c = a . h
Figura 7 Como os lados correspondentes dos
triângulos são proporcionais, tem-se a
seguinte proporção:
35
Fonte: Arquivo próprio
por isso, as relações: b . c = a . h
2ª – Em qualquer triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa é a média
proporcional entre os segmentos que ela determina sobre a hipotenusa. h² = m
. n
Figura 8
Figura 9
Fonte: Arquivo próprio
Como os lados correspondentes dos
triângulos são proporcionais, tem-se a
seguinte proporção:
por isso, as relações: h² = m . n
3ª – Em qualquer triângulo retângulo, cada cateto é a média proporcional entre
a hipotenusa e a projeção desse cateto sobre a própria hipotenusa. b² = a . m
ou c² = a . n
36
Figura 10
Fonte: Arquivo próprio
Como os lados correspondentes dos
triângulos são proporcionais, tem-se a
seguinte proporção:
por isso, as relações: c² = a . n e b²= a .
m
4ª – Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados dos catetos. a² = b² + c² (Teorema de Pitágoras).
Figura 11
Fonte: Arquivo próprio
No triângulo retângulo, tem-se as relações:
b² = a . m
c² = a . n, logo:
b² + c² = a . m + a . n
b² + c² = a(m + n) (note que m+n = a)
b² + c² = a . a
b² + c² = a² (Teorema de Pitágoras)
5.2 Atividades Sugeridas
Para a resolução das seguintes atividades, deve-se considerar que os
alunos já tiveram conhecimento dos conteúdos relativos a „congruência e
semelhança de figuras‟. Neste momento, portanto, o professor necessita,
apenas, demonstrar as principais relações métricas no triângulo retângulo, bem
como revisar o teorema de Pitágoras e o teorema de Tales.
37
Após a demonstração das relações métricas e das citadas revisões, os
alunos serão instigados a resolver as atividades propostas a seguir.
Novamente, em grupo de três, eles devem construir meios para resolver as
situações- problema adiante selecionadas.
Conforme as outras atividades aqui nesta unidade sugeridas, os alunos
irão desenvolver suas atividades e apresentá-las ao restante da turma, que, em
conjunto com o professor, farão as discussões pertinentes e os devidos
apontamentos para promover maior eficácia da aprendizagem do referido
conteúdo.
1. Um pedaço de arame de 60 cm de comprimento é dobrado
convenientemente na forma de um triângulo retângulo. Se a hipotenusa do
triângulo formado tem 26 cm, qual é o comprimento do menor dos catetos
desse triângulo?22
Pelo teorema de Pitágoras, tem-se:
Substituindo os valores no teorema, tem-se:
22
Atividade extraída do livro: Matemática – Marcondes, Gentil e Sérgio.
38
Resolvendo Bháskara
Resposta: Assim, o menor dos catetos mede 10 cm.
2. Um terreno tem a forma do quadrilátero ABCD da figura ao lado. Uma
medição feita nesse terreno mostrou, em metros, as medidas indicadas.
Usando √2 = 1,4, qual é o perímetro desse terreno?23
Figura 12
Fonte: Arquivo próprio
23
Atividade extraída do livro A conquista da matemática: 9º ano.
39
Resposta: O terreno, em questão, tem 76 m de perímetro.
3. Uma torre erguida perpendicularmente em um terreno plano é fixada por dois
cabos de aço, como mostra a figura. Os cabos, cujas medidas estão na figura,
formam no topo da torre um ângulo de 90º.
Figura 13
Fonte: Arquivo próprio
Com esses dados calcule:
a) A distância (BC) entre os pontos de fixação dos cabos de aço no solo;
b) As distâncias (BH e HC) desses pontos de fixação até a base da torre;
c) A altura (AH) da torre.24
24
Atividade extraída do livro: Matemática – Marcondes, Gentil e Sérgio.
40
a) Aplicando o teorema de Pitágoras,
obtém-se:
b) Usando as relações métricas do
triângulo retângulo, tem-se:
4. Dois prédios construídos no mesmo plano medem 20 m e 26 m de altura.
Deseja-se construir uma passarela que una os topos desses dois prédios.
Determine o menor comprimento dessa passarela se a distância dos prédios e
de 8 m.25
Figura 14
25
Atividade extraída do livro: Matemática – Marcondes, Gentil e Sérgio.
41
Fonte: Arquivo próprio
Resposta: A menor distância da passarela entre os dois prédio é de 10 m.
5. Dois teleféricos T1 e T2 partem de uma estação E situada num plano
horizontal em direção aos picos P1 e P2 de duas montanhas. Calcule a
distância entre P1 e P2, sabendo que os teleféricos fazem percurso de 1500 m e
2900 m, respectivamente; que a primeira montanha tem 900 m de altura, e a
segunda, 2000 m; e que as bases das montanhas e a estação E estão em linha
reta.26
Figura 15
Fonte: Arquivo próprio
Calculando P1
Calculando P2
26
Atividade extraída do livro Matemática e realidade, 9º ano.
42
Cálculo da distância entre P1 e P2
Resposta: A distância entre os picos P1 e P2 é de aproximadamente 1421 m.
6. Dois navios partem de um mesmo ponto, ao mesmo instante, e viajam com
velocidade constante em direções que formam um ângulo reto entre si. Depois
de uma hora de viagem, a distância entre os dois navios é de 13 milhas. Se um
deles é 7 milhas por hora mais rápido que outro, determine a velocidade de
cada navio.27
Resolvendo Bháskara
27
Atividade extraída do livro A conquista da matemática: 9º ano.
43
Resposta: Desse modo, um navio desenvolve velocidade constante de 5
milhas por hora e o outro, velocidade constante de 12 milhas por hora.
6 Considerações Finais
Todas as atividades sugeridas nesta unidade didática visam estimular a
curiosidade e a criatividade do aluno para que ele explore novas ideias e
descubra novos caminhos para a aplicação de conceitos adquiridos na
construção do conhecimento matemático.
Por isso as atividades selecionadas e aqui sugeridas têm como intuito
“desafiar” o aluno para que ele encontre meios de resolução para cada
situação-problema proposta, de modo que, ao buscar estratégias para resolver
o problema, ele reflita os mecanismos que possibilitaram sua resolução.
É preciso ressaltar que, quando se propõe a resolução de problemas
na sua concepção mais moderna, ou seja, a de uma estratégia metodológica
de ensino para se compreender e aprender os conteúdos matemáticos, tem-se
por base as considerações de teóricos que, como Gontijo, afirmam:
[...] a capacidade de apresentar inúmeras possibilidades de solução apropriadas para uma situação-problema, de modo que estas focalizem aspectos distintos do problema e/ou formas diferenciadas de solucioná-lo, especialmente formas incomuns (originalidade), tanto em situações que requeiram a resolução e elaboração de problemas como em situações que solicitem a classificação ou organização de objetos e/ou elementos matemáticos em função de suas propriedades e atributos, seja textualmente, numericamente, graficamente ou na forma de uma seqüência de ações. (GONTIJO, 2006, p. 4).
Valendo-se dessa estratégia da metodologia da resolução de
problemas, o professor tem a oportunidade de, no momento da resolução, da
discussão e da correção das atividades, avaliar se os alunos apresentam
dificuldades e identificar se essas dificuldades indicam possíveis lacunas no
44
processo de aprendizagem dos conteúdos matemáticos envolvidos na
resolução de cada atividade sugerida.
Essa avaliação é fundamental para que o professor possa elaborar
estratégias numa tentativa de procurar sanar as dúvidas e as dificuldades
apresentadas pela turma ou por algum aluno.
45
Referências Bibliográficas
ANDRINI, A.; VASCONCELLOS, M. J. Novo praticando matemática. vol. 4.
São Paulo: Editora do Brasil, 2007.
__________. Praticando matemática: coleção atualizada. São Paulo: Editora do Brasil, 2002. DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991. ________. Matemática – contexto e aplicações. v. 1. São Paulo: Ática, 1999. GIOVANNI, J. R.; GIOVANNI JR, J. R. Matemática - pensar e descobrir: o + novo. 1. ed. São Paulo: FTD, 2002. GIOVANNI JR, J. R.; CASTRUCCI, B. A conquista da matemática. Ed. renovada. São Paulo: FTD, 2009. GONTIJO, C. H. Resolução e formulação de problemas: caminhos para o desenvolvimento da criatividade em matemática. In: Anais do Sipemat. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 11 f. IMENES, L. M. P.; LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997. IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A. Matemática e realidade: 9º ano. 6. ed. São Paulo: Atual, 2009. LUPINACCI, M. L. V.; BOTIN, M. L. M. Resolução de problemas no ensino de matemática. Anais do VIII Encontro Nacional de Educação Matemática, Recife, PE. 2004, p. 1–5. MEC (1998) Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: matemática - 1998. Secretaria de Educação Fundamental, Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF. PAIVA, M. Coleção base: matemática: volume único. São Paulo: Moderna, 1999. SANTOS, C. A. M. dos; GENTIL, N.; GRECO, S. E. Matemática, 2º grau. volume único. São Paulo: Ática, 2003. SOUZA, M. H. S. de; SPINELLI, W. Matemática, 2º grau. vol. 2. São Paulo: Scipione, 1996.
46
SITES CONSULTADOS:
http://www.celiomoliterno.eng.br/Arquivos/Santa/Exercicio/ex_sist_1g.pdf. Acesso em: 6 jun. 2011. http://www.matematicadidatica.com.br/EquacaoSegundoGrau.aspx. Acesso em: 12 jun. 2011. http://www.matematicadidatica.com.br/ProbabilidadeExercicios.aspx#anchor_ex3. Acesso em: 27 jun. 2011. http://www.somatematica.com.br/fundam/equacoes2/equacoes2_16.php. Acesso em: 13 jun. 2001.