ffiffiffikffiffiffi - mozambique history net · 2010. 10. 30. · meios de transporte e...

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G{}ffiffiruffiffiffia ffiffiffiKffiffiffi ffiffiffiffiffiffiffiffi 1-Q.'1i,4 A iroite tinha caido havia lrcuco quando sete' ho- mens alrra.dos chegaram & uma aldeia comunal si- tuada a alguns quilómeüros da, Vila da Gorongos&, na província do sofala. a sua missão era aterrorÈar e intimidar os campones€s ali residentes, par& os fazer abandonar a aldeia. Não estiveram lô rnuito tempo. A aproxima@o de uma força das FpLM forçou-os ffiffiffi ffiffi r\.' "vFtJ H;'z ...--.. a bater em retirada, abandon&nclo no terreno be:::r roubados a,o poyo e rnaterial núliüar. hf,as, ant*s *le partirem, queimaram dczen&s de lnbiüações, s:ìqp;rir,- ram uma, Loja do Povo e, nrun acto de selvajarla cr, racterística, corta.rum lmbes as orelh&s a dois (Ì&(;{i- poneses, um deles umÍL rnulher. il-u-+1 TEMPO N." 474 - peg. 'i3

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  • G{}ffiffiruffiffiffia

    ffiffiffiKffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi

    1-Q.'1i,4

    A iroite tinha caido havia lrcuco quando sete' ho-mens alrra.dos chegaram & uma aldeia comunal si-tuada a alguns quilómeüros da, Vila da Gorongos&,na província do sofala. a sua missão era aterrorÈar eintimidar os campones€s ali residentes, par& os fazerabandonar a aldeia. Não estiveram lô rnuito tempo.A aproxima@o de uma força das FpLM forçou-os

    ffiffiffi

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    H;'z. . . - - . .

    a bater em retirada, abandon&nclo no terreno be:::rroubados a,o poyo e rnaterial núliüar. hf,as, ant*s *lepartirem, queimaram dczen&s de lnbiüações, s:ìqp;rir,-ram uma, Loja do Povo e, nrun acto de selvajarla cr,racterística, corta.rum lmbes as orelh&s a dois (Ì&(;{i-poneses, um deles umÍL rnulher.

    il-u-+1TEMPO N . " 474 - peg . ' i 3

  • "{)rÌnct d,as casas cl.a Fsla,çao'i 'ecuqrict',de xtotçatitbiq?rc*ori, i '-",r J e s e e n c o n t r a u ? o r o r i e ' I n . t n i g a - . '

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    Estes sete band;' los eram parte

  • Os contbi t tes forat t t ar lu i p: t r t i -cularmente violentos. Os soldadosdas FPLÌ\Í cercaranÌ o efectivoinimigo, que se elÌcoÌrtrava insta-la lo nas proprias instalaqões daestação pecuária, e lancaram umaofensiva a part i r das c inco horascla manhã.

    O tiroteio, quase à queima-rou-pa, prolongou-se atê às 11.00 ho-Ì'as, quando as FPLM reagrupa-ram as suas forças e lanqaram o

    Lcrilrl de gucrÌ'a.Ocupacla a" posição estratógica

    dc Morombc,lze, as forças rnoQam-bicanas prepararam-se para a ofenslva final contra o acampamentocìo inimigo,

    () A1'AQUI| CON'I'IÈAA GOITONGOSA

    Flste, entretanto, desencadeouuma série de acções de diversão,

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    i.,..1"ï' , : i

    mina a picada quase intransitávelque vai da Vila da Gorongosa, eqr' :onstitui a única via"de acesso ip?.- viaturas e carros militares: ipor outro, a partir da pequena pla- 'q

    taforma ali existente, a nossa arti-lharia podia atingir o acamparnen-to central do inimigo no topo daserra (as condições de acesso ter-restre a este local são de tal modo,Jifíceis eü€, para se percorrer apé os poucos quilómetros que o se-param de Morombodze, são neces-sârios cerca de três dias).

    OS PRI}IEIROS CONÍBATT]S

    Loealizadas com precisão as Po-sições inimigas, as FPLM lança-

    i.'s-,:*"ç--'

    Otttra dos ccsas,da antlgo , em Motrornborlze

    #-4

    TEMPO N . " 474 - pá9 . 15

  • numa tentaüva de fazer dispersaras noss&s forças, a principãl dasquais foi o ataque.contra a própriaVila da Gorongosa,, no dia 18.

    Segundo nos declarou um com&ndante das FPLI{ estacionado nolocal, o grupo inimigo julgou pro-vavelmente que, como um impor-tante efectivo moçambicano se en-contrava na serra a proeeder aopèrações de ulimpezai, a üIa es-taria pelo menos parcialmente deg-guarnecida.

    Por outro lado, tentou aprovei-tar-se ao mâximo das característi-'as da vila, particularmente da5,rande dispersão das casas e ins-talações ali existentes. ;

    Assim a força inimiga, avaliarJaem cerca de 80 homens, dividiu-se

    r .três grupos: o primeiro. ata-. -cu directqmente o' quartel dasFPLM, o segundo uma â,rea resi-dencial, e o terceiro a zona do hos-pital.

    Os combates iniciaram-se cercadas rfez horas da manhã, e prosse-guiram até às cinco da tarde.

    mill|M[nB0 [0 ffiIff]il-HruüR $ffinffi $n$ Í.p.1$#.. O Estado-Maior General das Forgns Popularos de Libertação de Moçambiouo distribúr à In-

    ' forma,gãq no passado dir 2, o sêguinto comunisado sobre o recente aniquilamento do uma impor-

    Casos queímadag por u'm gruzo inimiqo numa Aldeiada Gorongosa

    Cornunal próúmo dã

    tante força inimiga na, serr& da Gorongosa,...l. No âmbito das suas agressões, contra a Re- tomaram posições em torno do mesmo,

    pública Popular de Moçambique, o regime ilegal rode a operação de cerco.siano tem tentado sistematicamento infiltraÍ grupos ar- O ataque às posições avançadas do

    iniciando assim

    mados no nosso Pais, com o obiectivo de praticarêmacções conira o nosso Povo, o nosso Estado Popularo a nossa Revoluçáo.

    Nesse contexto, um contingente Êvaliado em maisde um batalhão, incluindo oÍiciais rodesianos brancos,mercenários de vôriâs nacionalidades e alguns traido'Íes moçambicanos penetrou necentemente na ProvÍnciade Manica, onde iniciou uma sërÌà|de àcções crimino-sas, visando essencialmentc alvos econômicos e sociais.

    2. Logo que o efectivo inimigo Íoi detectado, asForças Populares de Libertação de MoçambQue, apoia-das pelas Milícias Popularss o pela população organi-zada, iniciaram o combate aos invasores com vista aoseu total aniquilamento.

    Acossadas pelas nossas Íorças, as tropas rodesianasreÍugiaram-se na serra da Gorongosa, na Provincia deSoÍala, onde estabeleceram um acampamento num lo-cal de diÍicil acesso no qual eram abastecidas por avi-ões e helicópteros vindos da Rodésia.

    3, Localizado o acampamento inimigo, as FPLM

    das na área de Morombodze, a cerca de l0 quilómetros da Vila da Gorongosa (ex-Paiva da Andrada) ea aproximadamente cem quilómetrbs da Íronteira, l ' í ;rl inha recta, Íoi iniciado no dia l0 de Outubro..As nos-sas forças submeteram o contingento rodesiano ao Ío-go de armas ligeiras e pesadas.

    Após intensos combates, as posições avançadas ini-migas Íoram tomadas, tendo os rodesianos soírido pe-sadas baixas e sido forçados a recuar para linhas dedeÍesa situadas mais acirna na serra. Os combates pros-seguiram nos dias seguintes, continuando o inimigo asofrer perdas severas.

    4. No dia | 8, e face à situação insustentável emque as suas íorças se encontrayam, o inimigo t*r:touromper o cerco lançando um contra-ataque contra aVila da Gorongosa.

    As FPLM reagiram irnediatarnente à acção ininniga,desbaratando por completo a íorça atacante. O inimi-go sofreu neste ataque nunnerosos mortos e feridos eabandonou muito material no terreno, tendo sido feitos .vários pr!sloneiros.

    TEMPO N. ' 474 - pá9. 16

  • Também aqui, resultaram numaderrc'ta estrondosa para os agres-sores-os dois primeiros grupos fo-ram rechaçados com numerosas'baixas,

    deixan'lo feridos que foram capturados pelas FPLM, e oterceiro 1_ que também sofreugrandes baixas -. conseguiu oúnico (sucesso, de toda a opera-ção: âlgumaS balas atingiram asparedes do hospital, e um roquetedestruiu por completo a casa mor-tuária, uma" pequena construqãode cimento situarja a cerc& de 20metros do hospital. Não houve,porém, feridos a lamentar.

    FALA UM TIÈAIDOR

    Entre os elementos capturadosrelas FPLM durante este ataque,-onta-se, Tudo Salteado Muchan-ga, de 3õ anos, natural de Pande,que foi entrevistado pelos jorna-listas.

    Este traidor foi levado para aRodésia do SuI enr Abril último,depois de uma força inimiga ter

    atacado o campo de reeducação deSacuze, onde se encontravai

    Já na Rodésia, foi levado parpum eampo militar na área de Um-'tali, onde recebeu durante os trêsmeses seguintes um treino militarintensivo, ministrado por instru-tores rodesianos.

    Neste campo, segundo rleclarou,encontram-se também mercená-rios oriundos de vários'países, no-meadamente alguns portugueses eoutros cuja nacionalidade nã.o sou.be precisar. Nele são preparadosos grupos inimigos para {e infil-trarem no interior de Moçambique,cujas armas são levadas para ocampo, ,Je semana a semana. porcamiões do exército rodesiano.

    Tudo Salteado Muchanga disseainda que no acampamento situa.do no topo da sema da Gorongosa.se encontravpm alguns oficiais ro-desianos, brancos, oue dirigiam asoperações. Aüões da força aérearodesiana traziam, três ou quatmvezes por semana, armas, munt-

    Tudo Salteado Muchanga, urn. dostrqidores moçambicanos capturados

    durante a operaçuo

    5. ,No dia 22, as nossas Íorças utilizando arrnasligeiras e pesadas, lançaram o ataque Íinal cvntra oacampamento principal do inimigo, que Íoi completa-m'ente arrasado e depois ocupado pelas FPLM.

    TamtÉm nesta acção os rodesianos soÍreram mui.tas baixas, entre mortos e Íeridos.

    6. Os soldados inimigos que sobreviveÍam ao com-bate procuraram dispersar-se pela serra, largando asÍardas o as armas. Alguns tentaram mesmo misturar-se

    r as populações da área.

    Denunciados pela população, muitos deles Íoramc. .urados pouco depois pelas nossas Íorças, enquan-to outros fugiam em direcção à fronteira. Prosseguemneste moinento as acçõef para capturar os que ainda

    encontram a monte.

    " 7. No conjunto dos combates,iodìtir igo soíreumais de cem mortos e inúmeros Íeridos. Um helicópte-ro que participou na tentativa de evacuação dos inva-soÍes foi abatido sobre a província de Manica, no dia18, ao tentar regÍessar à Rodésia.

    Vinte e dois sotdados inimigos foram feitos prisio-neiros, nas diversas fases das operações. É de salien-tar que os rodesianos não conseguiram, desta vez, eva-

    .cuar por via aérea todos os seus mortos e feridos, co-mo é norma nas suas agressões ao nosso País. Foramob'rigados a deixar no terreno numerosos cadáueres,muitas armas e outro material de guerra.

    As FPLM sofreram baixas ligeiras, durante as ope-

    rações que conduziram à neütralizaçao da força ini-miga.

    8.' O regime ilegal rodesiano tem uti l izado a inÍi l-tração de contingentes armados no nosso territóriopsra acções de terrorismo o sabotagem, como umatá,ctica paralela a outras operações militares de gran-de envergadura do tipo das que recentemente foramdesencadeadas contra Gaza e Manica.

    Estes contingentes dividem-se com Írequência empequsnos grupos quo, abastecidos por aviões e helicó-pteros desencadeiam acções contra populações desar-madas, aldeias comunais, Lojas do Povo, hospttais,meios de transporte e vias de comunicação, unidadesde produção e outros alyos de importância económicae social para o nosso Povo.

    9. Este tipo de acções insere-se na estratégia glo-bal do imperialismo que visa debil itar a nossil econo-mia. Comprometer a nossa independência e enfraque-cer o apoio que o nosso Povo concede à justa luta doPovo irmão do Zimbabwe.

    10. As ForçasiPopulares de Libertaçáo de Moçam-bique. braço armado do Povo, estão Íirmemente deter-minadas a fazer Íracassar todas as acções do inimigo,seja qual for a forma que elas assumam, ê â continuara garantir, em todas as circunstâncias, a deÍesa intran-sigente da soberania nacional e das conquistas popu-lares.

    A lu ta cont inua!Maputo , 2 de Novembro de 1979u.

  • eram lançados de pâra-quedas.

    Nas últimas semanas - após oinício dd operação de cerco õ ani.guilamento - o abastecimento erafeito, numa base diária, por umaforça rJe quatro ou cinco helicó-pteros.

    Um destes helicópteros, .julga--se que do tipo uAllouette 2,,, defabrico francês, foi abatido sobrea província de Manica no dia L8,quando regressava à Rodésia vin.,lo da zona da Gorongosa.

    O ASSAT,TO FINAL

    Apesar de todas as tentativasde romper o cerco, e dos reforçosimportantes recebidos pelo inimi-g as Forças Populares de Liber-

    ao de Moçambique instalarama artilharia na plataforma de Mo-

    A seluajarla do inimigo: asr o . n t c o a t a q u e a u m a

    r:t tti,

    SE torelhas desles dois camTtonese.s loram cortadas

    Aldeia Cotnunal proi lrr to du ai la da Gorongosadu.

    Q :It

    \ * 4 r t r ' t r # d r + {

    t:?'

    caud,s, do heticópteío rodesiano abatldo sobre 4 ptoorncio d4 Manica, qua"do fegretsaua d& drea d4 Gorongosa

  • rombodze e, no dia 22, procederamaó bombardeamento sisternâticoCo campo no topo da rnontanla,lue foi completamente arrasado.

    No rlia 23, forças de infantariainiciararn a escalada da montanha,:ujo cimo atingiram a 26, limpan-do completamente a êncosta..

    Os sobreviventes do ataque dis-persaram-se em pequerÌos grupos,lentando fugir em direcçâo à fron-leira ou, abandonando armas e uniformes, fazendo-se passar por ele-mentos da população.

    Muitos deles, denunciados pelo'

    povo, vieram mais tarde a ser ca-pturados, tanto na província deSofala como já em Manica.

    'O número de mortos e feridossofrido pelo inimigo no alto damontanha foi também elevadíssi-mo, como demonstram nurnerosasligaduras cheias de sangue encon-tradas ali pelas FPLM. Cadáveresforam encontrados mais tarde emáreas vizinhas, nomeadamente numrio que corre nas proximidades.Outros elementos, nomeadamente

    krs::

    béIico, nomeadamente : pist.olas-metlralhadoras, Bazoo-morteiro, capturadai na operaçõo da Gorongosa

    os oficiais braneos, terão sido eva-cuados pelos helicópteros.

    O saldo global cla operação foipesado para o inimigo. Conformedissemos antes, o grupo infiltraciopelo exército rodesiano sofreumais de 100 baixas, urn númeroelevado de feridos e 22 prisionei.ros, sendo ainda abatido unr heli-cóptero e outro provavelmenteatingido.

    A tentativa de estabelecer umcampo militar no interior do nossoterritório, para servir de base parao deseneadeamento de acções deterrorismo e sabotagem, fracasSoucompletamente.

    Conforme sublinha o cÕmunica-' do emitido pelo trstado-Maior Ge-

    neral das FPLM, no dia 2 destemês,