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#94 Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de Matemática APMinformação Fevereiro de 2010 Editorial Quanto dura uma hora? O Ministério da Educação dá a notícia do «processo de definição das metas de aprendizagem a atingir pelos alu- nos de cada ciclo e o seu desenvolvimento por ano e por disciplina ou área disciplinar, tendo em conta os padrões internacionais, a experiência portuguesa e os resultados da investigação sobre factores que determinam a eficiên- cia dos sistemas educativos». Mais adiante, a notícia refere que esta definição de metas de aprendizagem «se integra num processo de aperfeiçoamento do Currículo Nacional, no quadro do qual o ME tomará outras medidas, nomea- damente relativas à articulação e à sequencialidade das aprendizagens, à gestão da organização curricular e da car- ga horária das áreas disciplinares». Ora, a gestão da organização curricular e da carga ho- rária das áreas disciplinares não pode ser feita por adapta- ção burocrática e importação de modelos em uso noutros países, nem recompondo áreas ou deslocando fronteiras entre ramos de saber ou por acertos na base de regularida- des metodológicas. Medidas tomadas sem ouvir as associa- ções profissionais de professores só por milagre serão mais que provisórias emendas, como repetidamente a vida se tem encarregado de mostrar. A carga horária das áreas dis- ciplinares exige mesmo uma apreciação complexa, não só da perspectiva da complexidade do currículo, mas também do ponto de vista dos saberes profissionais específicos dos professores. A tentação de mostrar trabalho já fez com que houvesse grande exposição pública do interesse em dimi- nuir cargas lectivas globais sem terem sido definidas as tais metas globais, promovendo atropelamentos da reflexão so- bre prática antecedente pela medida consequente. Não podemos deixar de saudar o parágrafo final da no- tícia em que se afirma que a par da «intervenção na área do currículo e visando proporcionar condições que permitam concentrar a actividade docente na prática pedagógica, o ME emitirá orientações destinadas a simplificar e a desbu- rocratizar procedimentos administrativos». A carga horária da disciplina de Matemática para o En- sino Básico é um problema por resolver. Ao ter determina- do a obrigatoriedade de sete horas semanais para o ensino de Matemática no primeiro ciclo, o Ministério da Educa- ção assume uma nova exigência sobre a formação básica. A exigência sobre o cumprimento do programa do Ensino Básico a um nível elevado referido a padrões internacionais não pode ficar-se pelos primeiros quatro anos de Matemá- tica. A pressão pública, nacional e internacional, sobre os resultados em Matemática vai tornar ridícula qualquer ten- tativa de passar de ânimo leve da situação actual de experi- mentação, em que se conjugam planos de excepção, para a aplicação generalizada do programa de Matemática em três horas semanais de leccionação. A exigência sobre a Educação e sobre os resultados do ensino da Matemática tem a ver com uma necessida- Quotas Avisamos os sócios que autorizaram o pagamento da quota por débito em conta que, que a respectiva cobrança será efectuada a 26 de Março. Aos restantes sócios, que ainda não procederam ao pagamento das respectivas quotas, apelamos a que o façam, podendo fazê-lo utilizando a página da APM.

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Page 1: Fevereiro de 2010 - APMcorrer, nos dias 4 e 5 de Setembro de 2010, na Universidade de Aveiro. No se guimento do que tem acontecido em anos anteriores, o XXI SIEM pretende constituirse

#94Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de MatemáticaAPMinformaçãoFevereiro de 2010

Editorial

Quanto dura uma hora?

O Ministério da Educação dá a notícia do «processo de definição das metas de aprendizagem a atingir pelos alu­nos de cada ciclo e o seu desenvolvimento por ano e por disciplina ou área disciplinar, tendo em conta os padrões internacionais, a experiência portuguesa e os resultados da investigação sobre factores que determinam a eficiên­cia dos sistemas educativos». Mais adiante, a notícia refere que esta definição de metas de aprendizagem «se integra num processo de aperfeiçoamento do Currículo Nacional, no quadro do qual o ME tomará outras medidas, nomea­damente relativas à articulação e à sequencialidade das aprendizagens, à gestão da organização curricular e da car­ga horária das áreas disciplinares». Ora, a gestão da organização curricular e da carga ho­rária das áreas disciplinares não pode ser feita por adapta­ção burocrática e importação de modelos em uso noutros países, nem recompondo áreas ou deslocando fronteiras entre ramos de saber ou por acertos na base de regularida­des metodológicas. Medidas tomadas sem ouvir as associa­ções profissionais de professores só por milagre serão mais que provisórias emendas, como repetidamente a vida se tem encarregado de mostrar. A carga horária das áreas dis­ciplinares exige mesmo uma apreciação complexa, não só da perspectiva da complexidade do currículo, mas também do ponto de vista dos saberes profissionais específicos dos professores. A tentação de mostrar trabalho já fez com que

houvesse grande exposição pública do interesse em dimi­nuir cargas lectivas globais sem terem sido definidas as tais metas globais, promovendo atropelamentos da reflexão so­bre prática antecedente pela medida consequente. Não podemos deixar de saudar o parágrafo final da no­tícia em que se afirma que a par da «intervenção na área do currículo e visando proporcionar condições que permitam concentrar a actividade docente na prática pedagógica, o ME emitirá orientações destinadas a simplificar e a desbu­rocratizar procedimentos administrativos». A carga horária da disciplina de Matemática para o En­sino Básico é um problema por resolver. Ao ter determina­do a obrigatoriedade de sete horas semanais para o ensino de Matemática no primeiro ciclo, o Ministério da Educa­ção assume uma nova exigência sobre a formação básica. A exigência sobre o cumprimento do programa do Ensino Básico a um nível elevado referido a padrões internacionais não pode ficar­se pelos primeiros quatro anos de Matemá­tica. A pressão pública, nacional e internacional, sobre os resultados em Matemática vai tornar ridícula qualquer ten­tativa de passar de ânimo leve da situação actual de experi­mentação, em que se conjugam planos de excepção, para a aplicação generalizada do programa de Matemática em três horas semanais de leccionação. A exigência sobre a Educação e sobre os resultados do ensino da Matemática tem a ver com uma necessida­

QuotasAvisamos os sócios que autorizaram o pagamento da quota por débito em conta que, que a respectiva cobrança será efectuada a 26 de Março. Aos restantes sócios, que ainda não procederam ao pagamento das respectivas quotas, apelamos a que o façam, podendo fazê­lo utilizando a página da APM.

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� | Fevereiro �010 || n.º 94

Notícias

Uma boa notícia … Jaime Carvalho e Silva é o novo Secretário — Geral do ICMI

É sócio da APM e tem participado sem limitações na vida associativa, nas nossas iniciativas e nas reflexões con­juntas sobre a Educação Matemática e sobre o ensino da Matemática. Foi eleito e tomou posse recente­mente do cargo de Secretário — Ge­ral do ICMI (Comissão Internacional de Instrução Matemática), importan­te organização dedicada ao ensino da Matemática a nível mundial. Numa das suas recentes entre­vistas, enunciou as seguintes carac­

de real de resposta científica e tecnológica das sociedades desenvolvidas e se não pode ser confundida com qualquer interesse de classes profissionais também não pode ser es­grimida contra os profissionais que reconhecidamente não têm os meios necessários para responder à exigência. Um dos padrões internacionais integra tempo para ensinar e para aprender o que é preciso saber. Muitos dirão que o tempo gasto pelos portugueses para ensinar Matemática não é bem gerido e que os resultados dos testes internacio­nais o espelham bem. Nós podemos dizer que muitos dos que tal dizem bem precisavam de mais horas de Matemáti­

ca básica para aprender a contar horas de ensino dos diver­sos países e a ordenar os correspondentes números. Os professores de Matemática e a sua Associação reco­nhecem a necessidade primária da formação matemática dos cidadãos e não enjeitam a responsabilidade de ensinar nem fogem a responder pelos resultados reais da sua acção nas condições em que realizam o seu exercício. Não parti­lham da ideia de haver um problema sem solução, mas sa­bem que tem de haver tempo para a solução. Quem não sabe?

A Direcção

terísticas de um «bom professor de Matemática»: «Sabe muita Matemá­tica, sabe comunicar, tem uma caixa de ferramentas matemáticas para usar em diferentes situações, trabalha com os colegas, vai a encontros de formação. Sabe o que se passa na sua cidade, no país e no mundo. E está sempre a ten­tar ver qual é a Matemática que anda por aí e que pode usar como exemplo na sala de aula.» (in Jornal Público, 01­02­2010). Parabéns, bom trabalho e boa sor­te, professor Jaime Carvalho e Silva!

Pagamento de quotas e actualização de dados pessoais

A Direcção renova aqui o apelo a to­das as sócias e a todos os sócios da APM no sentido de procederem à ac­tualização dos seus dados pessoais, de­signadamente a situação profissional, o local de trabalho, a morada e, muito em especial, o endereço electrónico.É também altura de cada sócia(o), que ainda o não tenha feito, proceder ao pagamento da quota anual 2010 cujo montante, conforme já anunciámos, voltou a não ser alterado. Este apelo perde oportunidade no caso de já ter sido feita a adesão à modalidade de dé­bito em conta.Lembramos que este pagamento e as actualizações podem ser feitos on-line, a partir do nosso portal www.apm.pt. Para isso, é necessário introduzir o número de associado e a respectiva password para acesso à Área de Sócios, Editar o Perfil Pessoal para proceder a alterações e aceder à Conta Corrente para actualizar a quota. Informamos que a modalida­de Cartão de Crédito não se encontra disponível.

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O ProfMat �010 é já em Setembro e, pela primeira vez, em AveiroO próximo Encontro Nacional de Professores realiza­se na Universidade de Avei­ro, nos dias 1, 2 e 3 Setembro. A 4 e 5, terão lugar os Cursos e o XXI SIEM. As conferências plenárias versarão temas como a educação no futuro e com futuro, os jogos matemáticos e os campeonatos, a Geometria e a história do ensi­no da Matemática. Os painéis e os simpósios de comunicações tratarão da expe­rimentação do novo programa do Ensino Básico e também da sua avaliação, da Matemática vista a partir de outras ciências, da Matemática formal para públicos não escolares e da Matemática não formal para públicos escolares, do Ensino Se­cundário, etc. Durante esses três dias, muitas sessões práticas sobre os mais diversos temas completarão o Programa. Para muitas comunicações e sessões práticas contamos com a iniciativa dos professores e dos sócios e activistas da APM, em primeiro lugar. Em Fevereiro ainda, hão­de publicar­se as informações mais importantes para que possa inscrever­se e preparar a sua participação no ProfMat. A Comissão Organizadora está a fazer tudo para que tenha um bom progra­ma científico, um bom programa cultural e de convívio e move céus e terra para que o clima seja favorável ao trabalho com alegria que o ProfMat de Aveiro vai ser.

A Comissão Organizadora

GT do 1º Ciclo

Encontro Primeiros Anos �010

�0 de Março – dia de Conselho Na-cional e de Assembleia – GeralNo próximo dia 20 de Março terá lu­gar uma reunião do Conselho Nacio­nal da APM. Nas instalações da ESE de Lisboa, estarão representantes dos núcleos regionais, dos grupos de tra­balho, representantes da APM em Conselhos Consultivos, antigos presi­dentes da nossa Associação e membros dos restantes corpos sociais, todos eles empenhados em debater os problemas do ensino e da educação matemática e o reforço da vida associativa e em con­tribuir para a definição das melhores linhas de actuação para a APM.Nesta reunião haverá também espa­ço para preparar o ProfMat 2010 e o XXI SIEM, as mais importantes ini­ciativas da APM, a par dos diversos encontros regionais que vão tendo lu­gar ao longo do ano, sustentados pela força e a dinâmica local dos núcleos.Na segunda parte do dia, vai reunir­se a Assembleia – Geral, conforme con­vocatória publicada neste boletim.O dia 20 de Março será dia de partici­par, debater, construir!

Este ano, o encontro anual organizado pelo GT1 realiza­se em apenas um dia. Será no sábado 24 de Abril na Escola Josefa de Óbidos em Lisboa, sede do Agrupamento de Escolas Padre Barto­lomeu de Gusmão. O programa do encontro girará em torno do Novo Programa de Ma­temática do Ensino Básico. Mantere­mos uma componente mais teórica e

reflexiva na parte da manhã, com um painel e conferências paralelas, e uma componente mais prática na parte da tarde, com várias sessões práticas. Em breve haverá mais informações na página da APM.

Cristina Loureiro

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Grupos de Trabalho

GT do Secundário

Relançar e aprofundar o debate sobre novas (e velhas) questões…

Discutir todas as temáticas relacio­nadas com o Ensino da Matemáti­ca é vocação e responsabilidade da APM. Tendo ocorrido, na última dé­cada, mudanças significativas no Ensi­no Secundário consideramos que será útil reflectir sobre o que aconteceu e o que deveria e era suposto ter aconteci­do e sobre quais os ajustamentos que, visando melhorias, pensamos serem desejáveis. Neste sentido o Grupo de Traba­lho do Ensino Secundário definiu uma linha de trabalho para contribuir para a reflexão em torno deste ciclo de ensi­no. A implementação generalizada de percursos formativos diferenciados no Ensino Secundário trouxe novos de­safios à Escola, coloca aos professo­res novas questões e, em concreto no ensino da Matemática, criou lacunas que importa tentar colmatar. Assim, o Grupo de Trabalho irá dinamizar

çada — para além do Joaquim Félix, que já era o coordenador, o Gonçalo Espadeiro e o Paulo Correia integram também a coordenação conjunta do Grupo. Todas as opiniões, sugestões e co­mentários relacionados com estes ou outros assuntos serão bem­vindos e podem ser enviados por correio elec­trónico para secundá[email protected].

A coordenação do GT

um seminário interno sobre os Cursos Profissionais no Ensino Secundário. Outras questões como as implica­ções do alargamento da escolaridade obrigatória para o Ensino Secundário, a análise da situação actual da Mate­mática A, Matemática B e MACS, são assuntos que merecem a nossa aten­ção, quando mudanças curriculares se parecem avizinhar. O Grupo de Trabalho do Secundá­rio tem agora uma coordenação refor­

XXI SIEM, Setembro de �010 — Universidade de AveiroO XXI SIEM — Seminário de Investigação em Educação Matemática — vai de­correr, nos dias 4 e 5 de Setembro de 2010, na Universidade de Aveiro. No se­guimento do que tem acontecido em anos anteriores, o XXI SIEM pretende constituir­se como um espaço de divulgação e discussão de temáticas actuais re­lativas à investigação em Educação Matemática. O Seminário terá três conferências plenárias, uma delas a cargo de um con­vidado estrangeiro, um painel temático, comunicações e posters. No momento em que a Educação em Matemática ganha em Portugal um dinamismo conside­rável — patente, por exemplo, na criação de um novo Programa de Matemática do Ensino Básico em fase de generalização, na implementação de um Programa de Formação Contínua em Matemática de Professores dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico em progresso, na construção de novos materiais didácticos e no desenvolvimento de projectos de investigação — convidam­se professores e in­vestigadores a apresentarem os seus trabalhos já realizados ou em curso no âmbi­to da Educação em Matemática. As inscrições, bem como as propostas de participação (comunicação oral e comunicação em poster), decorrem até 30 de Abril de 2010, no sítio do encon­tro (http://siemxxi.apm.pt). O texto integral da comunicação e o resumo do conteúdo do poster devem ser enviados para [email protected], até à mesma data.

Comissão Organizadora e Comissão Coordenadora do GTI

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Núcleos Regionais

Reunião de Núcleos �010Reunião anual dos Núcleos da APMteve formato diferente

No passado dia 23 de Janeiro, em Cas­telo Branco, realizou­se mais uma reu­nião anual de Núcleos Regionais com a Direcção. Estiveram presentes re­presentantes dos Núcleos de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Leiria, Porto, Viana do Castelo, Viseu e, de forma muito particular, de Castelo Branco. Com efeito, o local escolhido, a ida até à capital da Beira Baixa, teve um ob­jectivo bem definido, pensado que foi, primordialmente, revigorar a semente associativa nos sócios locais. O debate foi, como habitualmente, muito parti­cipado e útil. Reflectiu­se sobre o que é, presentemente, a vida e a actividade de uma associação profissional de pro­fessores como a APM e destacou­se a importância de chamar os professo­res à participação activa neste grande debate quotidiano que a nossa profis­são exige. A APM vive da actividade dos professores nas suas escolas, nos seus Núcleos, da sua participação nos encontros e numa enorme diversida­

de de iniciativas e é nesse sentido que deve continuar a desenvolver­se todo o trabalho. Também houve espaço para troca de experiências quanto a acções reali­zadas ou a realizar pelos Núcleos, so­bre modalidades de formação e, ainda, um debate aprofundado sobre as prá­ticas organizativas e de gestão e a de­finição de algumas boas práticas já testadas e que se pretende generalizar.

Na manhã deste mesmo dia, a APM apoiou a realização de um de­bate, patrocinado pela DGIDC e pela Escola Secundária com 3.º Ciclo Ama­to Lusitano, sobre a implementação do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico. Nesta iniciativa, subor­dinada ao título «Uma manhã com o Novo Programa de Matemática do Ensino Básico» participaram cerca de cento e cinquenta professores dos en­sinos Básico e Secundário.

Núcleo de Braga

No passado dia 3 de Fevereiro, o nosso Núcleo promoveu, na Escola Secun­dária de Vila Verde, um momento de formação, a que chamámos «Fim de tarde de formação com o Núcleo — Quadros Interactivos». Este encon­tro teve como formadora a professora Isabel Leite, coordenadora do Núcleo Regional de Braga. A formação reuniu aproximada­mente vinte e cinco professores, na sua maioria sócios da APM, o que, aten­dendo ao facto de ter sido realizado após um dia de trabalho, foi uma agra­dável surpresa.

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ou através do e­mail [email protected] até às 23h30min daquele dia. As listas deve­rão ter entre 5 a 7 elementos com as seguintes funções: coordenador, se­cretário, tesoureiro e vogais. As eleições realizar­se­ão no dia 17 de Abril de 2010, sábado, na Escola B 2,3 de Boticas, entre as 14h 30min e as 17h. Contamos com a participação em­penhada de todo(a)s o(a)s sócio(a)s. Estamos ao vosso dispor para for­necer todos os esclarecimentos que considerem convenientes.

RealMat �010

E em Boticas, porquê? Porque este ano, o nosso XII Encontro Regional de Professores de Matemática, o Re­alMat 2010, vai realizar­se durante este dia, 17 de Abril, na Escola Sede do Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro, em Boticas. Como é habitual, temos temas e problemas para debater, partilhar e descobrir! Não deixem de participar!

Pela Equipa Coordenadora do Núcleo, Maria Manuel da Silva Nascimento

Núcleo de Viseu

ViseuMat �010

O Núcleo de Viseu da Associação de Professores de Matemática (APM) está neste momento a organizar o En­contro Regional de Professores de Matemática: ViseuMat 2010, que se realizará na Escola Superior de Tec­nologia e Gestão de Viseu (Campus Politécnico de Repeses), no dia 27 de Fevereiro de 2010 (sábado), dirigido a todos os níveis de ensino (do Pré­Es­colar ao Superior).

Programa:09:00h — Recepção e distribuição de

pastas09:15h — Sessão de Abertura09:30h — Conferência Plenária

«Dez ideias para o Ensino da Ge­ometria»

10:30h — Pausa para café11:00h — Painel »Novo Programa

de Matemática do Ensino Básico: balanço da experimentação e pers­pectivas para a generalização»

13:00h — Almoço (livre)14:30h / 17.30h — Sessões Práticas

SP1: Simetria na arte decorativa: um tema novo no Ensino Básico — in­trodução prática através de exem­plos (todos os níveis de ensino)

SP2: Desenvolvendo o sentido de nú­mero nos alunos (1º e 2º ciclos)

SP3: Tarefas Matemática com o Geo-gebra: potencialidades para a sala de aula (1º e 2º ciclos)

SP4: Geogebra (3º ciclo e Secundário)SP5: Autograph — Matemática dinâ­

mica no Secundário (Secundário)SP6: Quadro Interactivo MagicBoard

na aula de Matemática (todos os níveis de ensino)

SP7: Folha de Cálculo e Estatística com a TI-Nspire (3º ciclo e Secun­dário)

SP8: Geometria no espaço com o Ca-bri 3D (3º ciclo e Secundário)

SP9: Casio e o mundo real (3º ciclo e Secundário)

O Programa detalhado pode ser con­sultado em www.apm.pt/nucleos/viseu.

A Coordenação

Encontram­se previstos mais dois fins de tarde de formação a decorrer nos próximos meses de Março e Maio. Os temas serão «Jogos Matemáticos e Jogos Romanos» e «Origamis». Para o próximo mês de Abril, dias 17 e 24, está prevista a realização do MinhoMat 2010, no formato de cursos.

Pelo Núcleo Regional de Braga Paula Gomes

Núcleo do Porto

Conferência «Magia & Matemática» e Assembleia do Núcleo

No dia 20 de Fevereiro, realiza­se, no anfiteatro 0.07 do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, pelas 11:00 horas, a Assembleia — Geral dos só­cios da APM — Porto para apresen­tação do relatório de actividades do biénio 2008–2010 e eleição da nova comissão coordenadora. Esta Assembleia­Geral é precedi­da por uma palestra, subordinada ao tema «Magia & Matemática», profe­rida por José Paulo Viana, com início às 9:30, no mesmo espaço.

Núcleo de Vila Real

Próxima mudança de Sede

A Sede do nosso Núcleo vai ter de sair do edifício onde se encontrava instala­da e estamos a negociar um novo local. Para algum assunto urgente, pede­se aos sócios que se dirijam à Coordena­dora do Núcleo, usando os contactos disponíveis na página da APM, Nú­cleo de Vila Real.

Eleições para a Equipa Coordenadora do Núcleo

Informam­se os associados de Vila Real que, desde 15 de Fevereiro de 2010, está aberto o processo eleitoral no Núcleo. Assim sendo, as listas de­verão ser enviadas por correio para a Sede, impreterivelmente até ao próxi­mo dia 26 de Março (data do correio)

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Nota da Direcção: Informamos os sócios de que os documentos que constituem objecto de discussão e votação no ponto 2. da ordem de trabalhos desta Assembleia – Geral serão atempadamente divulgados na página da Associação (www.apm.pt) e aproveitamos para apelar a uma participação significativa nesta reunião do órgão deliberativo máximo da APM.

Ficha técnica: APMinformação | Fevereiro 2009, nº 94 | Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de Matemática e enviado gratuitamente aos sócios da APM | Edição Direcção da APM | Editores Ana Brito Jorge, Ilda Rafael, Liliana Costa | Paginação Gabinete de Edição da APM | Morada Rua Dr. João Couto, nº 27–A 1500­236 Lisboa | Telefones 21 7163690/21 7110377 | Fax 21 7166424 | E-mail [email protected] | APM na web www.apm.pt | Impressão APM | Tiragem 2700

CONVOCATÓRIA

Nos termos do disposto na alínea a) do artigo décimo nono, dos Estatutos da Associação de Professores de Mate­mática, convoco a Assembleia Geral da Associação de Professores de Matemática para uma reunião ordinária, na Escola Superior de Educação de Lisboa, sita na Rua Carolina Michaëlis de Vasconcelos, na freguesia de Benfica, em Lisboa, no dia 20 de Março de 2010, pelas 15 horas e 30 minutos, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Informações. 2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Contas do exercício do ano 2009 e da proposta de Orçamento para o ano 2010. 3. Outros assuntos.

Se à hora marcada não estiver presente o número de associados necessário ao funcionamento da Assembleia Ge­ral em primeira convocação, funcionará a mesma trinta minutos depois com qualquer número de associados.

Carregal do Sal, 2 de Fevereiro de 2010O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Hermínio Alexandre Ribeiro da Cunha Marques)

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A Matemática é notícia. Às vezes. Penso que sobre isto não há dúvidas! … As dúvidas surgem quando pretendemos encontrar res­postas para questões como estas: Quando é que a Matemá­tica é notícia? Quantas vezes ao ano? Que Matemática é notícia? E quem são as pessoas que fazem da Matemática notícia? Creio que, para quem, como nós, vive diariamente os problemas do ensino da Matemática e da educação mate­mática, há matéria de sobra para uma boa reflexão à volta destas questões. Não, no nosso país, a Matemática não é notícia por si mesma, nem pelo seu papel estruturante do pensamen­to, nem pela sua importância na formação integral dos cidadãos ou pela forma como serve de alavanca ao desen­volvimento científico e tecnológico das sociedades con­temporâneas. Não se escreve ou fala sobre a necessidade de as famílias e a sociedade em geral absorverem e assumi­rem, também, a ambição de uma cultura matemática ao al­cance de todos. Não há notícia dos projectos ganhadores, das pesquisas persistentes… (devem ressalvar­se, evidente­mente, alguns exemplos esporádicos de vozes que «remam contra a maré» e conseguem fazer­se ouvir.). As notícias sobre a Matemática são como os incêndios, ou os afogamentos, têm — infelizmente! — uma «época alta»… Às vezes tenho a sensação de que a Matemática só é no­tícia se houver «sangue»! Pelo insucesso, pelo escândalo, pela «vergonha»… Tantas vezes leio ou ouço opiniões de quem não é, nem nunca foi, professor(a) de Matemática… E falam sobre o ensino, sobre os programas, sobre o «facilitismo», sobre a «infantilização», sobre o «antigamente é que se apren­dia!»… É claro que todos(as) têm direito à opinião, ainda mais se ela lhes é solicitada ou, até, paga. Mas era bom que não ficasse a ideia de que são portadores(as) da verdade ab­soluta. Isso, como se sabe, nem sempre dá bom resultado…

Ora, em cada dia, em tantas e tantas escolas de todos os sectores de ensino, há como que um fervilhar permanente de trabalho, de cooperação entre pares, de iniciativas, de inovação e de investimento corajoso em novos projectos!…Mas esse tal «fervilhar» é anónimo, é discreto (em dema­sia? …), não chama as objectivas nem os microfones. É a Matemática que o motiva, mas, aí, a Matemática não faz notícia. Nunca. Em minha opinião, os professores de Matemática e, é claro, a sua Associação, devem apostar na inversão desta si­tuação e fazer o que está ao seu alcance para provar que o estado do ensino e da aprendizagem da Matemática não se avalia, de ano para ano, apenas na «época de exames» e, nela, apenas a partir de médias cegas e desviantes. É preciso que haja professores a darem publicamen­te conta do seu trabalho, das suas experiências, das suas aprendizagens, dos seus «sucessos» e, também, das suas preocupações e dos insucessos que testemunham e sabem caracterizar e interpretar, com verdadeiro conhecimento de causa!… E é preciso que as iniciativas de carácter local, regional ou nacional sejam conhecidas pelo seu conteúdo, pelos seus objectivos e pelas suas conclusões com vista à melhoria do ensino e da aprendizagem da Matemática. (Não resisto a abrir aqui um parênteses apenas para recordar que, em Se­tembro passado, o Encontro de mais de 500 professores de Matemática, durante três dias, em Viana do Castelo, não suscitou o interesse da comunicação social. Os debates, as palestras, as sessões práticas, as experiências partilhadas e as conclusões registadas não mereceram qualquer cobertu­ra por parte de órgãos que, cúmulo dos cúmulos!, até lá es­tiveram, mas com outro «fenómeno» na agenda…). Defendo que a APM deve ser, à partida, o espaço privi­legiado para a voz dos professores de Matemática se fazer ouvir. E os professores, com a sua intervenção, devem dar à APM cada vez maior capacidade de afirmação junto da opinião pública e dos poderes institucionais. No plano associativo interno, há que melhorar os ca­nais de informação e divulgação, para que, assim, se defina, com nitidez crescente, a palavra de quem vive, com empe­nho, deste ofício de ensinar Matemática. E, então, a notícia será feita pelos professores…Nota: Curiosamente, no dia em que termino este texto, pude ler, em dois jornais, matérias sobre um professor de Matemática português (sócio da APM) — Jaime Carvalho e Silva — que assumiu destacadas funções numa organização de ensino da Matemática de âmbito internacional. Boa notícia. Uma excepção.

Ana Brito Jorge Sócia nº 528

Quando (e como) a Matemática é notícia…

Reflexão