biografia dos pesonagens - siem - japão

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Nome: Marquês Kōichi Kido Data de nascimento: 18 de julho de 1889 Cargo: Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão Influência dentro das forças armadas: Influência no governo japonês: Kōichi Kido tem a política em seu sangue, tendo o seu avô participado ativamente da restauração da Era Meiji. Formou-se com grandes distinções pela Universidade de Kyoto e logo entrou para a política. Começou com pequenos cargos no governo local. Sua carreira foi crescendo até que, em 1937, tornou-se ministro da educação. Dentro do governo, Kido tornou-se muito próximo ao imperador, crescendo em sua estima e confiança. Em 1938, tornou-se ministro do Bem Estar e, um ano depois, Ministro de Assuntos Domésticos. Quando do início da guerra, já se tornara o principal conselheiro do imperador, sendo nomeado Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão. Apoiou a indicação de Tojo ao cargo de Primeiro Ministro como sucessor do pacifista Fumimaro Konoe. É um homem de grande lealdade e que faz de tudo para proteger o Japão e, principalmente, o imperador e sua honra.

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TOP (1942): Teatro de Operações do Pacífico - Comitê Duplo

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Page 1: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Nome: Marquês Kōichi Kido

Data de nascimento: 18 de julho de 1889

Cargo: Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Kōichi Kido tem a política em seu sangue, tendo o seu avô

participado ativamente da restauração da Era Meiji. Formou-se

com grandes distinções pela Universidade de Kyoto e logo entrou

para a política. Começou com pequenos cargos no governo local.

Sua carreira foi crescendo até que, em 1937, tornou-se

ministro da educação. Dentro do governo, Kido tornou-se muito

próximo ao imperador, crescendo em sua estima e confiança. Em

1938, tornou-se ministro do Bem Estar e, um ano depois, Ministro

de Assuntos Domésticos. Quando do início da guerra, já se

tornara o principal conselheiro do imperador, sendo nomeado

Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão. Apoiou a indicação de

Tojo ao cargo de Primeiro Ministro como sucessor do pacifista

Fumimaro Konoe. É um homem de grande lealdade e que faz de tudo

para proteger o Japão e, principalmente, o imperador e sua

honra.

Page 2: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: General Hideki Tōjō

Data de nascimento: 30 de dezembro de 1884

Arma: Exército do Japão

Cargo: Primeiro Ministro e Ministro da Guerra do

Império do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Tojo foi criado em Tóquio por um tenente-general do Exército

Imperial Japonês e logo se graduou com láureas na Escola Militar

como segundo tenente, em 1905. Sempre descrito como um oficial

ambicioso, ele também sempre partilhou ideais militaristas,

supremacistas e expansionistas com o Imperador. Após alguns

cargos burocráticos e após o comando da 24ª Brigada de

Infantaria, assumiu o comando do Exército da Manchúria em 1935,

hoje sob a batuta do general Umezu. A expansão para a Mongólia

foi sua única experiência efetiva em campos de batalha até hoje.

Na tentativa de golpe de Estado em fevereiro de 1936, o

deplorável incidente na capital, Tojo manteve-se fiel ao

Imperador e tomou parte da repressão aos militares revoltosos.

Já como Vice-Ministro da Guerra, Tojo esteve na liderança da

Segunda Guerra Sino-Japonesa e de seu planejamento estratégico,

para logo em seguida comandar por dois anos a Aviação de Guerra

do Japão, introduzindo modernizações a fim de equiparar o Japão

ao que o Ocidente tinha de melhor. Em 1940, Tojo foi nomeado

Ministro do Exército pelo governo Konoe, o qual Tojo sucedeu

como Primeiro Ministro em outubro de 1941. O imperador estava

convicto de que uma guerra com os EUA não somente seria

inevitável, como necessária, portanto nomeou um gabinete que

refletisse esta posição, no lugar de Konoe, que sempre foi visto

como um negociador da paz, e não um estrategista da guerra. Tojo

foi visto como a conexão entre o gabinete e as Forças Armadas

necessária para a condução de uma operação militar que

desferisse um golpe decisivo na frota americana do Pacífico:

Pearl Harbor. Agora Tojo terá em suas mãos o destino das

vontades de Sua Majestade no Pacífico.

Page 3: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Nome: Shigenori Tōgō

Data de nascimento: 10 de dezembro de 1882

Cargo: Ministro das Relações Exteriores do Império

do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Filho de uma tradicional família japonesa, Shigenori Togo

saiu de Kagoshima para estudar letras na Universidade Imperial

de Tóquio e alemão na Universidade Meiji, onde ele iniciou sua

carreira, entrando para o Ministério das Relações Exteriores

após algumas tentativas frustradas.

Em 1913 recebeu o seu primeiro cargo fora do Japão, no

consulado de Mukden na região da Manchúria. Nos anos que se

seguiram, trabalhou na Alemanha, nos Estados Unidos e na Suíça,

retornando ao Japão para fazer parte do Escritório para Assuntos

Norte Americanos. Em 1932, fez parte da missão japonesa para a

Conferência Mundial de Desarmamento em Genebra.

No período pré-guerra, Togo serviu como embaixador japonês

em Berlim e em Moscou, tendo um papel importante na conclusão do

Pacto de Neutralidade Nipônico-Soviético, em 1941, após as

batalhas de Khalkhin Gol. No mesmo ano, voltou ao Japão para

assumir o Ministério das Relações Exteriores.

Togo havia se declarado contrário à guerra antes que essa de

fato se iniciasse, porém vem, desde então, buscando alianças e

tentando políticas que causem menores tensões entre as potências

– inclusive declarando à comunidade internacional que o Japão

respeitaria as Convenções de Genebra sobre a guerra, apesar de

seu país não ser signatário. Recentemente manifestou-se contra a

criação de ministérios especiais dedicados aos territórios

ocupados.

Page 4: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Marechal Naval Isoroku Yamamoto

Data de nascimento: 4 de abril de 1884

Arma: Marinha do Japão

Cargo: Comandante da Frota Combinada do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Nascido em Niigata, Isoroku Yamamoto já é considerado como o

maior militar japonês dos mares da história. Responsável pela

modernização da Marinha nipônica após as vitórias sobre os

russos no começo do século XX, ele se formou na Academia Naval

Imperial Japonesa em 1904. Filho adotado da família Yamamoto, de

samurais leais ao imperador, Isoroku serviu em um cruzador

durante a Guerra Russo-Japonesa. Após a guerra, o jovem militar

estudou na Universidade de Harvard nos EUA e tornou-se adido

naval no mesmo país, o que certamente influenciou sua política

pacifista em relação aos ianques. Já no fim dos anos 1920, em

virtude de suas experiências no exterior, Yamamoto trocou de

especialização, deixando de lado a artilharia naval e se

dedicando à aviação embarcada: seu primeiro comando do tipo foi

o porta-aviões Akagi.

Apesar de deter o importante posto de comandante da 1ª

Divisão de Porta Aviões, e apesar de sempre ter sido fiel às

políticas imperiais, o almirante se contrapôs à invasão da

Manchúria em 1931 e à guerra com a China em 1937. Como se não

bastasse, Yamamoto se opôs à aliança Tripartite com Roma e

Berlim e mesmo assim continuou escalando na hierarquia, uma

prova de seu talento, popularidade entre a tropa e a família

real: foi promovido a comandante da Frota Combinada, um posto de

comando naval direto, mais relevante na prática que o Chefe do

Estado-Maior da Marinha.

Conhecido por repetir nos corredores do poder em Tóquio que

as chances de vitória japonesas na guerra seriam limitadas pelo

tempo e pelo petróleo, o almirante foi o planejador do ataque a

Pearl Harbor: a ideia era destruir a frota americana logo no

início, juntamente à tomada de regiões do Sudeste Asiático ricas

em recursos naturais, como Borneo, Malásia e as Filipinas.

Yamamoto se dedica agora aos seus planos de ataque ao resto da

frota americana, adotando a tática de agrupar todas as frotas

japonesas em uma única frota, engrossando o caldo de batalha. O

almirante definitivamente não aprecia as velhas batalhas navais

entre linhas de navios; a tática de uma batalha única e decisiva

– pelos ares do profundo Pacífico - parece ganhar força. Há

boatos de que, após os ataques a Pearl Harbor, o almirante teria

dito que “teme ter acordado um gigante adormecido”.

Page 5: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Almirante Matome Ugaki

Data de nascimento: 15 de fevereiro de 1890

Arma: Marinha do Japão

Cargo: Chefe do Estado Maior da Frota Combinada

do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Ugaki nasceu na província de Okayama. Formou-se na Academia

Imperial Naval Japonesa em 1912 e em 1924 no Colégio Naval de

Guerra, após assumir posições em alguns navios. Lecionou na

Escola de Artilharia Naval até 1928, quando foi promovido a

Comandante e enviado em missão à Alemanha. Retornou ao Japão em

1932 e, nomeado Capitão, assumiu seu primeiro comando, o

cruzador Yakumo e o encouraçado Hyuga. Antes apenas tinha

servido como oficial comandante de artilharia nos navios de

guerra.

Ascendeu ao posto de Contra-Almirante em 1938 e, logo depois

do início da Segunda Grande Guerra, tornou-se Chefe do Estado-

Maior da Frota Combinada da Marinha Imperial Japonesa sob o

comando do Almirante Yamamoto. Auxiliou a planejar e realizar o

ataque à Frota Americana do Pacífico em Pearl Harbor no dia 7 de

dezembro de 1941. A autorização ao ataque se deu quando as

perspectivas de negociação com os EUA pareciam esgotadas; a

guerra mostrava-se iminente. Ugaki também terá um papel

estratégico no planejamento das movimentações no Mar de Coral.

Page 6: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Almirante Shigetarō Shimada

Data de nascimento: 24 de setembro de 1883

Arma: Marinha do Japão

Cargo: Ministro da Marinha do Império do Japão

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Shimada nasceu em Tóquio e graduou-se na Academia Naval em

1904, onde teve Yamamoto como colega de classe, e no Colégio

Naval de Guerra em 1913. Serviu a bordo de um submarino na

batalha de Tsushima, durante a Guerra Russo Japonesa. Em 1916,

foi enviado à Itália como adido naval, onde serviu até o fim da

Primeira Guerra Mundial. Nomeado chefe de um esquadrão de

treinamento em 1919, permaneceu na Europa. Retornou ao Japão em

1920 no cargo de chefe da Equipe Geral da Marinha e depois

ocupou diversos cargos administrativos. No ano 1929 tornou-se

Contra-Almirante e foi nomeado Chefe do Estado Maior da Segunda

Frota e participou do incidente de Shanghai em janeiro de 1932,

uma escaramuça contra os chineses. Logo depois, foi transferido

para o comando do Departamento de Operações e para o comando do

distrito naval de Kure e Yokosuka.

Comandante em chefe da Segunda Frota em 1937, sucedeu o

Almirante Oikawa em maio de 1940 como Comandante em chefe da

Frota da China, sendo promovido ao posto de Almirante. Novamente

sucedeu Oikawa, como seu indicado, desta vez como Ministro da

Marinha, tendo sido nomeado um pouco antes dos ataques a Pearl

Harbor. Shimada não pretendia aceitar o cargo, havia passado

anos no mar, onde servira a maior parte da vida, de modo que

desconhecia as questões internas do Japão, especialmente as

políticas, com as quais não tinha interesse em se envolver.

Favorável às políticas expansionistas do gabinete do Primeiro

Ministro Tojo, o almirante aceitou o cargo sob a condição de que

a guerra teria início apenas caso as possiblidades de negociação

com os EUA fossem completamente esgotadas.

É importante ressaltar que as questões operacionais de

guerra ficavam a cargo da Marinha Imperial Japonesa, não sendo

da competência do Ministro da Marinha interferir nas operações

em si.

Page 7: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Almirante da Frota Osami Nagano

Data de nascimento: 15 de junho de 1880

Arma: Marinha do Japão

Cargo: Chefe do Estado-Maior da Marinha Imperial

Japonesa

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Vindo de uma tradicional família samurai de Kochi, Osami

Nagano sempre se destacou dentro das Forças Armadas pela pró-

atividade no comando de ações. Apresentando-se como um dos

poucos militares de alta patente imperial japonesa que prefere

os recursos práticos aos teóricos, Nagano teve o início de sua

carreira na Marinha durante a guerra russo-japonesa de 1904,

oportunidade em que desenvolveu inúmeros trabalhos em nível

estratégico. Após ter estudado artilharia naval e navegação como

especializações, Nagano se formou em 1909 no Colégio de Guerra

Naval do Japão.

Em meados de 1915, Nagano trabalhou e estudou nos Estados

Unidos, cursando a Faculdade de Direito da Universidade de

Harvard. Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, tornou-se

Comandante após servir no famoso cruzador Iwate, da Segunda

Frota do Japão, combatendo as forças alemãs pela Aliança Anglo-

Japonesa. A participação do jovem militar japonês no cenário de

guerra ao lado dos Estados Unidos ficou ainda mais frequente

quando ele foi indicado para o posto de adido militar em

Washington, em dezembro de 1920.

De volta ao Japão, Nagano logo ingressou para a Terceira

Seção do Estado Maior da Marinha Imperial, já com a patente de

contra-almirante, integrando o alto serviço de inteligência da

Marinha de Guerra nipônica. Após grandes e memoráveis

participações em conferências internacionais sobre forças navais

de guerra, principalmente sediadas na Europa e nos Estados

Unidos, Nagano solidificou sua participação na política japonesa

quando nomeado Ministro da Marinha pelo então Primeiro-Ministro

Koki Hirota, em 1936; logo depois ele acumulou o cargo de

comandante-em-chefe da Frota Combinada do Japão, um cargo

eminentemente de campo, hoje sob o comando do almirante

Yamamoto. Segundo Jon Parshall em sua obra Shattered Sword,

Nagano assumiu o timão de muitas empreitadas na Marinha Imperial

como Chefe do Estado Maior, apesar de nunca ter expressado

grande comprometimento com o planejamento estratégico da

instituição. Após desentendimentos com Yamamoto sobre os ataques

a Pearl Harbor, paira no ar a dúvida sobre seu comprometimento,

uma vez que Nagano sempre se posicionou contrário à guerra com

os americanos.

Page 8: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Almirante Chūichi Nagumo

Data de nascimento: 25 de março de 1887

Arma: Marinha do Japão

Cargo: Comandante da Kido Butai – Força de Ataque

Combinada de Navios Aeródromos

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Nagumo solidificou sua importância na Marinha do Japão por

ter comandado a esquadra que atacou base americana de Pearl

Harbor, apesar de alguns o culparem por não ter ordenado uma

terceira onda de ataque aéreo, que provavelmente teria

inutilizado por completo a base aeronaval. Nascido em Yonezawa

em 1887, graduou-se em oitavo lugar numa sala de 191 cadetes

pela Academia Naval Imperial do Japão já em 1908. Ainda como

tenente em 1917, já comandava destroieres da marinha japonesa, e

em 1920 formou-se no Colégio de Guerra Naval. Como vários de

seus colegas, Nagumo também estudou tática e estratégia de

guerra naval na Europa e nos Estados Unidos. Começou trabalhos

administrativos na Marinha no início da década de 1930 e,

durante a invasão japonesa da China, atuou no Mar Amarelo como

Comandante de uma Divisão de Cruzadores. Alinhava-se com o grupo

dentro da Marinha japonesa que se opunha às restrições de

armamentos e tonelagens impostas pelo Tratado Naval de

Washington.

Às vésperas da Guerra do Pacífico, em 1939, Chuichi Nagumo

foi promovido a vice-almirante. Apesar de ocupar uma posição

arcaica no comando da Marinha, Nagumo foi escolhido, sob

diversas críticas do Almirante Tsukahara, para chefiar a

Primeira Frota Aeronaval da Marinha Japonesa, corpo estratégico

com alguns dos principais porta-aviões do Oceano Pacífico à

época. Segundo Tsukahara, Nagumo era “um oficial da antiga

escola, um especialista de torpedo e manobras de superfície

[...] Ele não tinha a menor ideia da capacidade e potencial da

aviação naval”.

Sofrendo seriamente de artrite e cansaços pela velhice

aliada ao serviço incansável, Nagumo ainda seguiu seus trabalhos

pela flâmula imperial do Japão com características louváveis

reconhecidas por todos os seus companheiros de guerra: mesmo sob

os efeitos do passar do tempo, dedicava-se inteiramente aos

planos táticos das operações que encabeçava, avaliando de forma

quase que interminável seus trabalhos antes de completá-los. Por

fim, em fevereiro Nagumo comandou o bombardeio a Darwin.

Chuichi Nagumo é tido pela alta esfera das Forças Armadas

japonesas como uma referência da integração entre as forças

navais e aeronáuticas do Japão, firmando sua importância

singular para a vitória marítima do Império no Pacífico.

Page 9: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Marechal de Campo Hajime Sugiyama

Data de nascimento: 1º de janeiro de 1880

Arma: Exército do Japão

Cargo: Chefe do Estado Maior do Exército Imperial

Japonês

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Nascido em uma antiga família de samurais de Fukuoka, Hajime

Sugiyama serviu na Guerra Russo-Japonesa após sua formatura na

Academia do Exército Imperial do Japão, após a qual graduou-se

no Colégio de Oficiais do Exército. Na sequência foi postado

como adido militar nas Filipinas, Singapura e na Índia

Britânica, período no qual se dedicou aos estudos do emprego de

aeronaves em combate. Foi recompensado com uma promoção a

tenente-coronel em 1918 e recebeu o comando do Segundo Batalhão

Aéreo, tornando-se quatro anos depois o primeiro chefe do

Serviço Aéreo do Exército Imperial do Japão, o predecessor da

Força Aérea nipônica. Em 1930 ele se tornou o Vice-Ministro da

Guerra e após alguns anos voltou ao comando do braço aéreo do

Exército, quando logo depois foi promovido a general.

Sugiyama sempre foi considerado um hábil político

nacionalista, e foi um dos maiores responsáveis pela escalada do

conflito com a China, principalmente após a invasão da província

de Shanxi. Nomeado Ministro da Guerra em 1937, foi um dos

principais comandantes das forças japonesas na Segunda Guerra

Sino-Japonesa, que ainda transcorre. Já em setembro de 1940,

Sugiyama recebeu o fundamental cargo de Chefe do Estado-Maior do

Exército Imperial do Japão, sendo um dos principais defensores

da guerra com os Estados Unidos e seus aliados, além de defender

o expansionismo no Sudeste Asiático, uma política de Estado.

Após ter recebido reprimendas do imperador pela campanha ter-se

prolongado em demasia na China, ele é ainda prestigiado nos

círculos internos de poder da Terra do Sol Nascente.

Page 10: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: General Yoshijirō Umezu

Data de nascimento: 4 de janeiro de 1882

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do Exército do Kwantung (Manchukuo

ou Manchúria)

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Nascido em Nakatsu, Umezu graduou-se na Academia do Exército

Imperial Japonês em 1903, servindo na infantaria. Poucos anos

depois, formou-se no Colégio de Oficiais do Exército com

distinção, sendo enviado para a Europa para continuar seus

estudos e, durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como

observador militar. Ao fim da guerra, foi para a Suíça como

adido militar da missão diplomática.

Tornou-se membro da chamada Tōseiha, - ao lado de Tojo e

Sugiyama – uma facção política conservadora dentro do Exército.

Durante o período entre guerras, cresceu em sua carreira militar

e lecionou no Colégio de Oficiais do Exército, após ter

comandado regimentos de infantaria. Durante a década de 1930,

participou de campanhas na China, até que, em 1936, foi chamado

de volta ao Japão para tornar-se Vice-Ministro da Guerra. Dois

anos depois, voltou à China com o comando do 1º Exército e, logo

depois, assumiu como comandante-em-chefe do Exército do

Kwantung, sendo, também, promovido a general. É um homem de

estratégias agressivas e pulso firme.

Page 11: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: General Conde Hisaichi Terauchi

Data de nascimento: 8 de agosto de 1879

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do Grupo de Exército Expedicionário

do Sul

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Terauchi nasceu Yamaguchi, filho do Primeiro Ministro

Terauchi Masatake. Graduou-se, em 1900, na Academia do Exército

Imperial do Japão, na sequência serviu na Guerra Russo-Japonesa

e logo depois novamente graduou-se no Colégio de Oficiais do

Exército. Antes de ser condecorado com o título de nobreza de

conde, Terauchi serviu como adido militar na Alemanha e alguns

anos depois já ostentava a patente de major-general.

Em 1927, Terauchi assumiu a chefia do Estado-Maior do

Exército Chosen, que ocupava a Coréia. Logo em seguida foi

promovido a tenente-general e tornou-se comandante da 4ª, 5ª

Divisões de Infantaria do Exército e do Exército Japonês de

Taiwan. Em 1935, já como general, Terauchi se envolveu com a

facção política Kodoha, promotora de ideias militaristas,

fascistas e expansionistas. Após o incidente de 1936, ele

assumiu o comando do Exército do Norte da China, onde serviu

bravamente na Segunda Guerra Sino-Japonesa, onde foi condecorado

com a Ordem do Sol Nascente, primeira classe.

Já no fim de 1941, Terauchi assumiu seu atual comando, o

Grupo de Exército Expedicionário do Sul, que atuará em toda a

área do Sudeste Asiático na Guerra do Pacífico.

Page 12: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Marechal de Campo Shunroku Hata

Data de nascimento: 26 de julho de 1879

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do Exército Expedicionário da

China

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Filho de um samurai de Fukushima, Shunroku Hata também

estudou na Academia do Exército Imperial do Japão. Logo cedo

lutou na Guerra Russo-Japonesa e, em 1912, serviu como Adido

Militar na Alemanha. Permaneceu na Europa como observador até o

fim do conflito, quando, em 1919, integrou a delegação japonesa

no Tratado de Versalhes. Hata acreditava que uma cooperação

entre a Europa e a Ásia levaria a comunidade internacional a uma

Nova Ordem Mundial. Foi em sua experiência no continente europeu

que Hata desenvolveu ideias e inclinações a um radicalismo

militar extremamente ligado ao discurso nacionalista e imperial,

armas preciosas que o militar utilizaria em sua retórica durante

toda a sua carreira.

Quando retornou ao Japão foi promovido a major-general e

comandou a Quarta Brigada de Artilharia de Campo Pesada no ano

de 1926. Logo ingressou na área estratégica das Forças Armadas

e, passando por diferentes escritórios, trabalhou no comando de

planejamentos do Estado Maior do Exército Imperial Japonês. Em

1928 foi nomeado Chefe do Primeiro Bureau do Estado Maior do

Exército. Às vésperas da Guerra do Pacífico foi promovido a

tenente-general e, paralelamente, iniciou trabalhos como

Inspetor Geral da Formação de Artilharia. No curto período entre

1939 e 1940 quando Hata assumiu o Ministério da Guerra, teve

papel importante na queda do governo Yonai por ter renunciado ao

seu cargo.

Em 1941 comandou a Força Expedicionária do Japão na China, e

por ter feito parte do planejamento desse grupo de ações das

Forças Armadas Japonesas, Shunroku Hata esteve intimamente

envolvido com crimes gravíssimos contra a população chinesa

durante a invasão.

Mantendo a característica de obter rápidas promoções no

exercício de trabalhos estratégicos, Hata também ficou conhecido

pelo seu radicalismo no processo de tomadas de decisões. Segundo

o Marechal, “não devemos perder a oportunidade para sermos

culpados na posteridade”.

Page 13: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Marechal de Campo Príncipe Naruhiko

Higashikuni

Data de nascimento: 3 de dezembro de 1887

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do Comando Geral de Defesa Nacional

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Naruhiko Higashikuni nasceu em Kyoto e foi o nono filho na

linhagem de herdeiros do Príncipe Kuni Azahiko, sendo também

meio irmão do príncipe Kuniyoshi, o pai da imperatriz Kojun,

mulher do imperador Hirohito. Iniciou seus estudos na Academia

do Exército Imperial do Japão em 1908. No início da década de

1920 ingressou na Politécnica de Paris e na Escola Militar

Especial de Saint-Cyr, também na França. Há registros históricos

que afirmam que, na Europa, o Príncipe investiu em uma vida de

luxo e de distrações, escolha que o impediu de regressar ao

Japão até mesmo após a morte de seu segundo filho. Naruhiko foi

buscado à força por oficiais diplomáticos japoneses em Paris, e

quando retornou ao Japão ingressou no Estado Maior do Exército

Imperial Japonês como major-general.

Durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa obteve destaque após

trabalhar para o Serviço Aéreo do Exército Imperial Japonês até

1938, ano em que, segundo o historiador japonês Yoshiaki

Yoshimi, o Príncipe autorizou o uso de gases tóxicos contra

militares e civis chineses em agosto.

Ao início da Segunda Guerra Mundial, Naruhiko foi apontado

pelo então Primeiro Ministro Fumimaro Konoe para assumir o cargo

e primeiro ministro. Apesar de ter sido apoiado pela Marinha e

pelo Exército, Naruhiko não foi o preferido do Imperador

Hirohito e do Lorde Protetor do Selo Imperial, que encontraram

no General Tojo a melhor indicação para o ofício, além do que

indicar para o posto um membro da família real exporia a realeza

a críticas diretas pela condução da guerra.

Durante a Guerra do Pacífico, Naruhiko trabalha no Comando

Geral de Defesa Nacional, cargo encarregado da proteção e

segurança, mostrando ao Japão que a Casa Real de Higashikuni

lutou, durante a guerra, pela proteção de seu selo e de seus

súditos.

Page 14: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: General Hitoshi Imamura

Data de nascimento: 28 de junho de 1886

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do 16º Exército (Índias Orientais

Holandesas)

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Filho de um juiz de Sendai, Imamura se graduou na Academia

Imperial Militar do Japão em 1907 e no Colégio de Guerra do

Exército em 1915. Logo em seguida foi enviado ao Reino Unido

como adido militar, e em 1927 assumiu o mesmo posto na Índia,

protetorado britânico. No incidente de janeiro de 1932 na China,

Imamura comandou o 57º Regimento de Infantaria na repressão aos

chineses. Na volta ao Japão, foi nomeado comandante da Escola do

Exército de Narashino, e em seguida foi promovido a major-

general, podendo comandar brigadas. Em 1936 assumiu o vice-

comando do Exército do Kwantung, mas foi convocado de volta ao

Japão para comandar outra escola militar. Já na Segunda Guerra

Sino-Japonesa, Imamura comandou a 5ª Divisão de Infantaria.

Imamura subiu no prestígio dentro do Exército ao ser nomeado

vice-inspetor geral de treinamento militar. Antes de assumir o

16º Exército, o general comandou o 23º. Liderou o ataque às

Índias Orientais Holandesas em 1941, mas, em um episódio muito

conhecido, teve que nadar até a praia após seu navio ter sido

afundado. Agora, Imamura também está envolvido nos planejamento

da operação de ataque à Nova Guiné.

Page 15: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: General Tomoyuki Yamashita

Data de nascimento: 8 de novembro de 1885

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do 25º Exército (Malásia e

Filipinas)

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Natural de Osugi, e formado tanto na Academia Militar de

Hiroshima como na Faculdade de Guerra Japonesa, Tomoyuki era um

oficial bastante habilidoso. Serviu como adido militar nas

capitais suíça e alemã. Entretanto, por conta de sua leniência

com os oficias rebeldes em 1936, perdeu parte da confiança do

imperador Showa. Mais tarde, por conta da sua campanha pelo fim

da guerra com a China e relações pacíficas com os Estados Unidos

e Reino Unido, o oficial foi enviado para o Exército do Kwantung

como comandante de brigada, onde combateu insurgentes chineses

contra a ocupação nipônica. Logo depois foi enviado para as

potências europeias do Eixo, onde se encontrou com Mussolini e

Hitler, carregando despachos do imperador.

No final de 1941, já tendo assumido o comando do 25º

Exército, liderou a vitória sobre as possessões britânicas no

Sudeste Asiático, derrotando os soldados da Commonwealth e

fazendo diversos prisioneiros. Por conta dessa vitória, ficou

conhecido como o “Tigre da Malásia”. Sua missão será manter a

ocupação japonesa da área.

Page 16: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Major-General Tadamichi Kuribayashi

Data de nascimento: 7 de julho de 1891

Arma: Exército do Japão

Cargo: Comandante do 23º Exército (Hainan, China e Iwo

Jima)

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Tadamichi Kuribayashi foi parte da quinta geração de sua

família a servir ao imperador como samurai. Desde muito cedo,

mostrou sua aptidão para a literatura, mas quando se formou, em

1911, foi persuadido a seguir a carreira militar e entrou para a

Academia Imperial do Exército Japonês.

Formado com distinção na Academia do Exército, na Escola

Militar de Cavalaria e no Colégio Militar de Guerra, Kuribayashi

foi designado, em 1928, para ser um adido militar à missão

diplomática em Washington. Durante os três anos nos quais esteve

nos EUA, viajou por todo o país em pesquisas e chegou a estudar

em Harvard. De volta ao Japão, foi promovido a major e, pouco

depois, foi para o Canadá, novamente como adido militar. Em

1933, novamente de volta a casa, tornou-se tenente-coronel e

passou a servir no Estado Maior do Exército Imperial Japonês.

Em 1941, já com a patente de major-general, Kuribayashi foi

designado como Comandante do 23º Exército, tendo importante

papel na invasão de Hong Kong.

Page 17: Biografia dos Pesonagens - SIEM - Japão

Patente e Nome: Major-General Kiyotomi Okamoto

Data de nascimento:

Arma: Exército do Japão

Cargo: Chefe da Seção Central Especial de Inteligência

Influência dentro das forças armadas:

Influência no governo japonês:

Tática e Estratégia:

Okamoto já representou os interesses militares do Império do

Japão em Berna, na Suíça, como adido militar no período

imediatamente anterior ao início da Segunda Guerra Mundial.

As principais tarefas de seu Bureau de Inteligência são

manter um canal de comunicação efetivo com os aliados alemães e

italianos e, principalmente, interceptar comunicações, quebrar

códigos e criar distrações entre a comunicação dos Aliados na

área do Pacífico. Quando da criação do Bureau, havia o intento

de conseguir uma paz duradoura entre soviéticos e alemães,

objetivo que foi abandonado em junho de 1941 quando do início da

Operação Barbarossa.