fevereiro 2008 cor

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Page 1: Fevereiro 2008 Cor

UMA VISITA INSEPERADA ........... 27 de FEVEREIRO - UM ECLIPSE ..... 2ESTUDO ACOMPANHADO 5ºD ... 3COM DOCE OU CHOCOLATE ? ... 3

CANAVAL EM MOIMENTA ........... 6 REFLEXÃO ................................ 6

BIBLIOTECA .............................15

LUDOMANIA ............................ 22GALERIA DOS MATEMÁTICOS .... 19

NOTÍCIAS LOCAIS .....................24

DIA DOS NAMORADOS ............. 7

BRIGADA 6º A ........................... 8

PELA LEITURA........................... 10

JORNAL DO AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS & DA COMUNIDADE DE SOUSELOGRATUITO Ano IV Número 5 - FEVEREIRO 2007 / 2008

ELEFANTES EM SOUSELO

Páginas 8 e 9

NOVAS OPORTUNIDADES - AGORA PARA O SECUNDÁRIO ............................................ 8

VISITA DE ESTUDOVISITA DE ESTUDOVISITA DE ESTUDOVISITA DE ESTUDOVISITA DE ESTUDO - ALCOBAÇA ........................... 9 APRENDER A CRESCER - O AUTISMOAPRENDER A CRESCER - O AUTISMOAPRENDER A CRESCER - O AUTISMOAPRENDER A CRESCER - O AUTISMOAPRENDER A CRESCER - O AUTISMO ........................... 15CRIADA A ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE ESPADANEDO ....................................... 10

PROMOVER A SEGURANÇA NA INTERNET - UM CASO REAL ............................................................. 14

VISITA A VALADARES ...............17

A ASSOCIAÇÃ0 CULTURAL SERPA PINTOA ASSOCIAÇÃ0 CULTURAL SERPA PINTOA ASSOCIAÇÃ0 CULTURAL SERPA PINTOA ASSOCIAÇÃ0 CULTURAL SERPA PINTOA ASSOCIAÇÃ0 CULTURAL SERPA PINTO ................................... 2ONASCER EM SOUSELONASCER EM SOUSELONASCER EM SOUSELONASCER EM SOUSELONASCER EM SOUSELO

OSOSOSOSOSPRIMEIROSPRIMEIROSPRIMEIROSPRIMEIROSPRIMEIROS

BEBÉSBEBÉSBEBÉSBEBÉSBEBÉS

Page 2: Fevereiro 2008 Cor

Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 20082

Telefones ÚteisBombeiros Cinfães: 255 561 567Bombeiros Nespereira: 256 955 445GNR Cinfães: 255 561 438Câmara MunicipalCinfães: 255 560 560Junta Freguesia Souselo: 255 696 354Junta Freguesia Travanca: 255 688 292Centro de Saúde Cinfães: 255 561 275Centro de Saúde Souselo: 255 696 315Centro de Dia de Souselo: 255 695 011

Secretaria: 9 h às 16.30hAcção Social Escolar: 9h às 12.30h e das

14.30h às 17.30h

JORNAL DO AGRUPAMENTO VERTICAL DEESCOLAS & DA COMUNIDADE DE SOUSELO

Souselo, Cinfães, 4690-673 CinfãesTelefone: 255 690 370 Fax: 255 690 [email protected]

Ficha técnica:Coordenação:Marisa Moreira, Ana Campos, DanielaRamos, Maria João Maurício e AntónioSilva.Colaboração:Alunos EFA e CEF, Ana Coruche, AnabelaAlves, Anselmo Alves, António Fernandes,António Silva, Armando Mourisco, BeatrizTavares, Carla Alves, Clara Leiria,Colaboração especial dos alunos da EB 1e Jardim de Infância de Moimenta, DelfimGonçalves, Helena Tavares, José Cardoso,Luiza Valério, Manuel Mourisco, ManuelOliveira, Manuela Aguiar, Paula Ferreira,Pedro Nunes, Prof. Sandra, Quim Adegas,Sandra Coelho, Susana Damas, VítorSales, Vítor Sousa, Zélia Lopes, Ana Beatriz,Brigada do 6ºA, Carina Monteiro, CastroMonteiro, Cristiana Monteiro, Daniel Melo,Diogo Silva, Fernanda Pereira, João Diogo,Márcia Soares, Maria Barros, MariaGouveia, Mariana, Rafaela Sousa, SílviaMachado, Sónia Gomes, Tiago Daniel,Vanda Sofia.Auxiliares e Professores e Crianças dasEscolas e Jardins de Infância de Saímes,Tarouquela, Espadanedo, Côvelo, Lavra,Fonte Coberta e Moimenta. Todos os alunose professores do Agrupamento e osfuncionários da EB 2,3 que com maior oumenor contributo permitiram a elaboraçãodeste Jornal através da sua imagem e daajuda na produção e distribuição deste Riode Notícias.

editorial

O primeiro eclipse do ano ocorreuno dia 7 de Fevereiro, foi um eclipseparcial do Sol. Num raio de 300 Km2

(quilómetros quadrados) oshabitantes de algumas regiões daTerra puderam assistir a um eclipseanular do Sol. Este eclipse não foivisível a partir do nosso país.

No dia 21 de Fevereiro foipossível observar a partir de Portu-gal continental um eclipse total da Lua.Este, teve início logo após a meia noitee meia, às três da madrugada a Luaficou totalmente ocultada pela sombra

Fotografias do eclipse total da Lua, tiradas a partir de Souselo - Profª. Clara Leiria.

À caça de ratos na escola do Lavra.Ao dar uma vista de olhos pelo sótão

do edifício da Escola, fomossurpreendidos por encontrar um casalde corujas aí instaladas. As criançasficaram deliciadas com estas corujas ede seguida, com muita curiosidade forampesquisar informações acerca destasvoadores nocturnos. É que veio mesmoa calhar, porque andávamos a estudaros animais.

Tradicionalmente considerada um símbolo de sabedoria, a coruja-das-torres podeser observada ao fim da tarde percorrendo os campos em busca de pequenos roedores,que são a sua principal presa. É facilmente identificável pelo seu disco facial branco epela tonalidade alaranjada do corpo. É uma ave solitária, que mede cerca de 35cm.Nidifica em árvores ou em edifícios altos (daí o nome de coruja–das-torres) entre Marçoe Maio, pondo 4 a 7 ovos brancos que são incubados pela fêmea durante 32/34 dias.

Os alunos da EB1 do Lavra

uma visita inesperada

Prof. ª Luiza Valério

da Terra e terminou antes do nascerdo Sol.

A 1 de Agosto haverá outroeclipse do Sol, desta vez será total.Também não vai ser possívelobservar este fenómeno a partir donosso país. Mas passados 15 dias,ou seja, a 16 de Agosto poderemosobservar outro eclipse (o segundo)da Lua, desta vez parcial. Estecomeçará logo após o pôr-do-sol e,apesar de ser parcial, terá umaduração máxima de 3 horas.

7 de Fevereiro - um eclipse

Eclipses da Lua :- total: ocorre quando a Lua deixa de

se ver na totalidade;- parcial: ocorre quando a Lua deixa

de se ver parcialmente.Eclipses do Sol:

- total: ocorre quando se deixa dever o Sol totalmente;

- parcial: ocorre quando se deixa dever o Sol parcialmente;

- anular: apesar do Sol ser ocultadopela Lua, mantém-sevisível uma parte doSol (forma um anel).

"Rumo" foi a palavra que escolhipara iniciar este editorial. Mesmolutando e reflectindo por um novo"rumo", para a classe docente, foipossivel levar até vós este jornal...

Quero salientar o rumo que aAssociação Cultural Serpa Pinto temdado à divulgação da obra desteportuguês e, cá temos mais umcapítulo da sua obra para serapreciado.

É quando nascemos queiniciamos a decisão do nosso rumo.Um passo importante é a iniciativada Junta de Freguesia de Souselo,que nos diz em que moldes é possivelapoiar quem decide "Nascer emSouselo". Nascemos, crescemos epara alguns a ocasião pode serfavorável para agarrar uma novaoportunidade. Já é possível, na nossaescola, beneficiar do programa "No-vas Oportunidades" para osecundário, através dos cursos deEducação e Formação de Adultos denível Secundário, desde o início domês de Fevereiro.

Numa época em que todos nosdebatemos para conseguir recursosé com grande admiração, quedescubro como este concelho é ricoem movimentos associativos. Nasceumais uma associação. A Associação

de Solidariedade Social deEspadanedo que tem como objectivoajudar as pessoas com deficiência eas suas familias, uma vez que sãomuitos os portadores de deficiênciano concelho de Cinfães. Neste âmbitochamo a atenção para o artigodesenvolvido pela equipa deEducação Especial desteagrupamento escolar, subordinadoao tema "Autismo, o que é?"

Convido-vos a percorrer o "Riode Nótícias". Do desfile de Carnaval

na escola, passando pelos novosrumos da internet, que se pretendesegura e pela comemoração do diade S. Vatentim, conheçam aindaalguns momentos da visita de estudoa Alcobaça e um pouco da biografiade um mestre da Matemática, naturaldo Conselho de Armamar. O "rio deNotícias" pode não vos indicar umnovo rumo, mas certamente que vosajudará a seguir o vosso rumo decidadãos bem informados.

Daniela Ramos

Agradecimentos:

Juntas de Freguesia de Moimenta,Souselo, Espadanedo, Tarouquela eTravanca, Clube Desportivo de Travancae às Empresas Patrocinadoras destapublicação.

Impressão: Gráfica PaivenseTiragem: 1200 exemplares

Este e outros números emhttp://www.eb23-souselo.rcts.pt/

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 3

Estudo Acompanhado do 5º D

No âmbito da disciplina de Estudo Acompanhado, surgiram algunspoemas que, merecem ser lidos por todos.

Afinal, parece que entre nós, existem pequenos poetas.

Tema: Com as letras do teu nome e com os números...

ProfessoraZélia Lopes

Comi uma cerejaRecortei um desenho que tinha

uma cerejaInventei-me e caí

Saltei do chão e meti-me em péTive doente porque caí

Iluminou-me uma estrelaNão consegui resistir e comi um

chocolateAbri a boca e entrou-me uma coisa

muito azeda.

1 dia encontrei2 folhas caídas

3 gotas de orvalho sob4 Cd´s bonitos

5 laranjas bem docinhas6 ovos para o jantar

7 garrafas para brincar8 tomates para plantar

9 calças para usar10 pássaros a cantar

Sílvia Cristina Machado 5ºD, nº 14

Que está na varanda?Uma fita de ganga.Que está no poço?Uma casca de tremoço.Que está na janela?Uma fita amarela.Que está no telhado?Um gato pingado.Quê está na chaminé?

Ana Beatriz 5ºD, nº 1

Uma caixa de rapé.Que está na rua?Uma espada nua.Que está atrás da porta?Uma vara torta.Que está no ninho?Um passarinho.Deixa-o morno,Dá-lhe pãozinho.

Dia 7 de SetembroIa eu para a escola

Olhei e vi a minha colegaGostei do seu estilo

Olhei para os seus olhos

Suspirei fundoInventei um poema

Lembrando tudoVindo do meu coração

Através dela

1 dia encontrei2 folhas caídas

3 gotas de orvalho sob4 lágrimas perdidas

5 árvores tristes6 horas desperdiçadas

7 pássaros perdidos8 cadernos cheios9 canetas no lixo

10 cafés

Diogo Silva 5ºD, nº 4

Com doce ou comchocolate?

No passado dia 5 deFevereiro, organizado pelasProfessoras, Ana Figueiredo,Paula Ferreira e Sandra Coelho ecom a colaboração dos alunos do8ºB, membros do Clube deFrancês e alunos de outrasturmas que se disponibilizaram,decorreu com uma excelente

adesão de alunos, professores efuncionários uma confecção evenda de crepes, numademonstração desta deliciosatradição francesa.

Entre os vários saboresdisponíveis os de chocolate e osde pêssego foram os que tiverammais sucesso.

Reportagem efectuada porDiana Isabel eFlora Daniela

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 20084

“Os elefantes vencedores”

Alunos do 6.º C ganham o 1.ºlugar no seu nível de ensino, nodesfile de Carnaval, na escola EB2,3 se Souselo

No, final do 1.º período, osprofessores de E.V.T Clara Leiria eAntónio Jorge motivaram-nos paraapresentar projectos, os quais seriam

Primeiro, envolvemos a escolafazendo publicidade a fim de solicitarque todos nos guardassem pacotesde leite. Depois, abrimos os pacotes,lavámo-los e secámo-los.

Seguidamente, os professoresfizeram um molde em rede que serviupara dar forma ao início da colagemdos pacotes, que foram desenhandoo corpo dos elefantes.

Finalmente, decidimos os alunosque iriam dar corpo aos elefantespois levaram pacotes a envolver aspernas, que faziam as patas doselefantes. Quanto aos restantesalunos, vestiram um colete e usaramum chicote porque representavam osdomadores.

Foi um projecto em que gostámosmuito de trabalho e, pelos vistos, osprofessores (do júri) tambémgostaram do nosso trabalho uma vezque ganhamos o 1.º lugar.

o Carnaval das nossas escolas...

No passado dia 30 de Janeiro,realizou-se na E. B. 2,3 de Souseloum desfile de Carnaval.

A participação das turmas foibastante favorável. Desde a Préda Lavra e Fonte Coberta 1 e 2,passando pela quase totalidadedas turmas do 5º ao 9º ano,excepto 8ºC, 9º A e 9ºB, e com aparticipação do CEF – Apoio àFamília e de dois elementos dopessoal auxiliar, a D. Emília e o Sr.Vasco, com os mais variadíssimostemas: Piratas e Fadas; MáscarasVenezianas; Lutadores de Wres-tling; Profissões; Pintores;Socorristas da EB 2,3 de Souselo;ASAE; Monstros, entre outros.

As turmas desfilaram peranteum júri que, numa escala de 1 a 5,votou nos seguintes parâmetros:Criatividade, Concretização dosfatos, Dinâmica do grupo,Coreografia e Atitude, saindovencedores um de cada anodisciplinar.

Pré – Lavra - Índios5ºD – Walt Disney6ºC – Elefantes e seus

Domadores7ºA - Cientistas Loucos8ºB – Padres e Freiras9ºC – FuneralCEF /A.F. – CriadasOs Prémios vão ser

entregues, na actividade do diaMundial da Criança.

A Comissão de Festasaproveita a oportunidade paraagradecer todo o apoio/participação demonstrado portodos que, de algum modo,contribuíram para a realizaçãodeste evento, desde oacompanhamento das turmas àexecução dos fatos/máscaras.Agradecemos também ao PessoalAuxiliar do refeitório e ao Sr.Gomes, que, num tempo recorde,conseguiram servir almoços atodos os foliões.

amadurecidos no 2.º período,relativamente à nossa participação nodesfile de Carnaval da escola.

O João Marcos apresentou aideia dos elefantes e o António Luís aideia dos domadores, as quaistiveram a nossa aprovação. E,deitámos mãos à obra.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 20086

Moimenta

O Carnaval em MoimentaO Carnaval em MoimentaO Carnaval em MoimentaO Carnaval em MoimentaO Carnaval em MoimentaO Carnaval em Moimenta é

muito divertido. Na véspera dodia de Carnaval, festeja-se o diadas comadres e dos compadres.

Na nossa terra costuma fazer-se uma comadre e um compadrede palha e vestem-se com roupasvelhas, fornecidas pelas pessoasda aldeia. Nessa noite é tradição

fazer-se um baile, onde sequeimam os compadres e ascomadres. E bem divertido!!!

No dia de Carnaval, à noite,disfarçamo-nos com máscarasvariadas e vamos pelas casas daaldeia assustar as pessoas,enquanto elas tentam adivinharquem nós somos.

Crianças das Escola EB 1 e Jardim de Infância de Moimenta

No dia 1 de Fevereiro (sexta-feira), realizou-se um desfile deCarnaval em Moimenta, ondetodas as professoras, alunos eauxiliares participaramactivamente.

Nesse dia, toda a comunidadeeducativa se mascarou para odesfile.

Depois de andarmos pelasruas de Moimenta, voltámos paraa escola. Quando chegámosfomos almoçar.

A nossa aldeia recebeu-nos

com muitos aplausos, confetis eserpentinas. Nós íamos tãoengraçados!

Antes do desfile fizemos umbaile de máscaras, ondedançámos com as nossasprofessoras. Foi muitodivertido!!!

Nós gostámos muito dodesfile e esperamos que para oano que vem, o Carnaval seja tãodivertido como o deste ano ouaté ainda melhor!!!

O CARNAVAL NA MINHA ESCOLA... No dia 30 de Janeiro houve Carnaval cá na

escola. A partir das 13h00 fomos para as salas

a fim de nos vestirmos e prepararmos.

A realização desta actividade ocorreu no

campo de futebol, onde todas as turmas

inscritas desfilaram perante um juri que

avaliava. Foram muitas as turmas

participantes, com os seguintes temas:

meninos dos Jardins de Infância de Fonte

Coberta e Espadanedo estavam muito bem

O 6º A escolheu o tema das PROFISSÕES: Carina de militar; Cátia de cabeleireira;

Cláudio de ciclista; Cristiana e a Sónia de professoras; Diogo de futebolista; Fábio de

encarregado; Fernando de contabilista; Jorge de engelheiro; José Carlos de mecânico;

Juliana de fotógrafa; Marlene de cantora; Marta de médica e Nuno de advogado.

Este ano o Carnaval foi espetacular! Houve criatividade, participação, organização...

Conseguimos divertir-nos!

Escola E.B. 2,3 de Souselo

Nº3 Janeiro de 2008

Brigada do 6º A

Reflexão

A avaliação tem vindo aocupar a centralidade dos temasa discutir nas escolas.

Neste Agrupamento no dia 20de Fevereiro, os professores,desde o pré-escolar ao nono ano,mobilizaram-se e realizaram umcírculo de reflexão sobreAvaliação e políticas Educativas,tendo como ponto de partida alegislação emanada pelaAdministração central e a suaadaptação aos documentosproduzidos pelo Agrupamento.A saber: Projecto Educativo,projecto Curricular eRegulamento Interno.

De acordo com estesdocumentos que visavam aorganização e funcionamentodas escolas e que, de todo otrabalho produzido, culmina noprocesso de avaliação dosalunos, os professoresprocederam à sua articulaçãocom a Avaliação do desempenho

do Pessoal Docente, a fim de que,em conjunto consigam encontrarcaminhos que conduzam àcontinuidade de um trabalhoresponsável e sereno, apesar dasgrandes transformações econstrangimentos que se vivemno momento actual na Educação.

Como moderadores,estiveram os professores AnaCoruche e José AugustoCardoso que, sendo ambosprofessores desta escola, têmvindo, também a realizarinvestigação nesta área, de hávários anos esta parte, naFaculdade de Psicologia eCiências da Educação daUniversidade do Porto. Assim,fica aqui a nota de formaprofissional que está a nortearos professores desteAgrupamento, face aosconstrangimentos profissionaise sociais que se vivemactualmente neste país.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 7

pelo dia de São Valentim

Dia dos namorados

O Dia dos namorados celebra-se no dia 14 de Fevereiro.

Diz a velha lenda que no séculoII, um senhor de nome Valentim, foicondenado à morte por praticar ocristianismo. Conta-se que uma suaamiga plantou, na sua sepultura, umaárvore que dava lindas floresvermelhas. O hábito depressa sealastrou para uma grande parte domundo pois o amor é um sentimentomuito bom.

Criancinhas e adultos escrevema pessoas amigas ou amadas,demonstrando assim, o seu carinhoe afecto. Oferecem flores, corações

cartas de amor, bombons, presentes,lembranças, tudo depende daimaginação de cada um.

Quando falamos de amor,referimo-nos não só ao amor quesentimos pelo nosso apaixonadosecreto, mas também ao carinho quesentimos pelos familiares, pelosamigos e por todos com quemconvivemos.

São diferentes tipos de amor,mas eles podem existir sempre nonosso coração, mesmo quandoformos bem velhinhos. Amar alguémvale a pena, porque a vida sem amornão faz sentido.

É duro amar escondidoSofrer por quem não merece,passar perto de quem amofingindo que não se conhece,mas o mais duro ainda éamar sem ser amado. Porisso ama quem te ama eesquece quem não te quise quando o passado voltar,SABE AMAR E SER FELIZ

8º B

Tu és como o meu coraçãoPois sem ti eu não vivoGostava de ser tua namoradaMas tu só és meu amigo

8º B

Que noite serena!Que lindo luar!Que linda CarinaBailando no ar…

7º E

Um jardim para ser bonitoPrecisa de uma florEu para ser felizPreciso do teu amor

7º E

Ama quem te amanão ames quem te sorripor vezes quem te sorriengana e quem amachora por ti…

8º B

Lenda de São ValentimLenda de São ValentimLenda de São ValentimLenda de São ValentimLenda de São Valentim

A história de São Valentim assenta,simultaneamente, em tradições cristãs epagãs, sendo certo que há longa data omês de Fevereiro é consagrado àspaixões e ao romance. Há dois Santosreconhecidos com o nome de Valentim,ou Valentinus, ambos mártires.

Parece certo que, no que ao dia quehoje se reporta, estamos a falar de um

padre que viveu em Roma, no século III,da Era Cristã. Nessa altura o ImperadorCláudio II chegou à conclusão que osmelhores soldados eram os solteiros eassim, proibiu que se celebrassemcasamentos de jovens do sexo masculino.Valentim, que considerava que a medidaera uma injustiça, continuou a celebrarclandestinamente os casamentos dejovens. Ao saber das acções do padre, oImperador Cláudio ordenou a suaexecução. Foi decapitado a 14 deFevereiro de 270 d.C. .

Reza a lenda, que enquanto esperavaa morte, o padre se terá apaixonado pelafilha do carcereiro, que o visitavaregularmente. Ainda na prisão, ter-lhe-áescrito um bilhete que se pensa que teráestado na origem da tradição actual,assinado “do teu Valentim”, expressãoainda em voga nos dias de hoje entre osanglófonos (“from your Valentine”). Estemártir ficou conhecido como uma pessoa

piedosa, heróica e, acima de tudoromântica, características que o tornaramnum dos santos mais populares emInglaterra e França durante a IdadeMédia…

A carta mais antiga associada a estedia, que se conhece, data do século XV,mas o dia de S. Valentim apenas começoua ser popular 200 anos depois. Com aevolução das técnicas de impressão,depressa se substituíram as cartas porcartões impresso, sendo de destacarbelíssimos exemplares, que circulavam,em finais do século XIX, na InglaterraVitoriana.

O primeiro cartão verdadeiro foienviado em 1415 por Carlos, Duque deOrleães à sua esposa.

Cupido, outro símbolo desta data, estáassim associado porque é filho de Vénus,a deusa romana do amor e da beleza. Poreste motivo, Cupido aparece muitas vezesnos cartões de S. Valentim.

Esta tradição do dia de S. Valentimou do dia dos namorados sobrevive aosnossos dias, mantendo-se de uma maneiraou de outra, com o mesmo significado deoutrora, e é celebrado através da troca dedoces, flores e outros presentes entre oscasais apaixonados.

Hoje em dia, o número de saudaçõesenviadas nesta altura do ano apenas ésuplantado pelo que se refere a votos deFeliz Natal. É claro que não estamos acontemplar, os cartões virtuais disponíveisna Internet, que além de serem gratuitos,se adequam mais à postura namoriscadeirados nossos tempos. E como mote a estedia tão especial deixo-vos com um belopoema de Eugénio de Andrade queescreve como poucos do amor.

Prof.ª MariaJoão Maurício

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 20088

A nossa escola tem vindo aassumir, de acordo com os seusdesígnios, o papel de centro lo-cal de educação, assegurandoserviços educativosdiversificados, indispensáveis àelevação do nível educativo dapopulação do territórioeducativo em que se situa. Noseguimento desta linha deactuação, iniciada no decurso doano lectivo passado com olançamento dos primeiros Cursosde Educação e Formação deAdultos de Nível Básico,iniciámos no início do mês deFevereiro os Cursos deEducação e Formação de Adultosde Nível Secundário com doisgrupos de 15 formandos. Ocurso estrutura-se em torno detrês áreas de competências-chave – Cidadania eProfissionalidade (CP),Sociedade, Tecnologia eCiência (STC) e Cultura,Língua e Comunicação (CLC)– a partir dos seguintes núcleosgeradores:

A área de Cidadania eProfissionalidade assume umcarácter transversal ao reflectirconhecimentos, comportamen-

escola para Todos Professor Pedro Nunes

tos e atitudes articulados eintegradores das outras áreas decompetências-chave. As duasáreas – Sociedade, Tecnologiae Ciência e Cultura, Língua,Comunicação são consideradasde natureza instrumental eoperatória, envolvendo domíni-os de competências específicase cobrindo campos científicos etécnicos diversos, mas utilizandoestruturas iguais e os mesmoselementos de referência concep-tual. Cada área de competências-chave apresenta os seguinteselementos organizativos econceptuais de acordo com oreferencial para o secundário:

·Dimensões das Competências –Agregações das Unidades deCompetência e respectivos critériosde evidência em cada uma dasáreas de competências-chave;

·Núcleo Gerador – Tema abrangente,presente na vida de todos oscidadãos a partir dos quais sepodem gerar e evidenciar umasérie de competências-chave;

·Domínios de Referência para aAcção – Contextos de actuaçãoentendidos como referentesfundamentais para o accionamentodas diferentes competências-chavenas sociedades contemporâneas:

contexto privado, contextoprofissional, contexto institucional,contexto macro-estrutural;

·Tema – Área ou situação da vida naqual as competências são geradas,accionadas e evidenciadas.Resulta do cruzamento dos váriosnúcleos geradores com os quatrodomínios de referência para aacção;

·Unidades de Competência –Combinatóriascoerentes dos

elementos da competência em cadaárea de competências-chave;

·Critérios de Evidência – Diferentesacções/realizações através dasquais o adulto indicia o domínio dacompetência visada.A avaliação dos formandos

assenta essencialmente noPortefólio Reflexivo deAprendizagens (PRA). Trata-sede uma colecção de váriosdocumentos que revela o

Informações em:www.novasoportunidades.gov.pt

www.anq.gov.ptEscola E. B: 2, 3 de Souselo

desenvolvimento e progresso naaprendizagem, explicitando osesforços realizados para alcançaros objectivos acordados. É, porisso, representativo do processoe do produto de aprendizagem,sendo fruto de uma selecçãopessoal. O portefólio retrata opercurso de aquisição decompetências do formando e oselementos escolhidos devemrepresentar, de forma clara, ascompetências adquiridas peloformando. Os elementos sãoescolhidos, de modo regular, apartir de situações significativasde aprendizagem e avaliação. Oformando produz reflexões e

estabelece objectivos, desafiose estratégias. A reflexão sobredesafios estabelecidospreviamente é obrigatória. Oportefólio é um documento deavaliação em constantereformulação.

NOVAS OPORTUNIDADES, agora para o secundário

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 9

Visita de estudo aAlcobaça

No dia 13 de Fevereiro, realizou-se uma visita de estudo aAlcobaça e as turmas participantes foram: os sextos e nonos anos, noâmbito da disciplina de EVT e Português.

Esta vista de estudo foi realizada com o objectivodos alunos das respectivas turmas ficarem com ummaior conhecimento da execução de peças de barro.

Aí conseguimos ver e aprender como setrabalhava o barro. O Sr. Jacinto e a sua esposaLeonor Santos, donos da “Olaria Viva”, mostraram-nos a grande diversidade de peças que se podeelabora com o barro, tivemos ainda a oportunidadede elaborar uma peça em barro para ser vendida.O senhor ensinou-nos a trabalhar com o barro:explicou-nos que havia barro branco e barrovermelho, e que podíamos fazer várias coisas, comopratos, flores, tigelas e muitas mais coisas. A esposadele até fez uma flor para nós vermos.

Há muitos tipos de formas para cozer o barro.Antigamente era o forno de lenha, depois era oforno com aquecimento e agora também existemfornos eléctricos. Depois das peças estarem feitas ecozidas deita-se um pó dentro de uma água emetem-se as peças lá dentro. Depois vão paravenda.

Antes desta maravilhosa visita à olaria, fizemosum grande almoço para aliviar a fome. Este decorreucom um grande convívio entre alunos e professores.

Para os alunos do nono ano, o objectivo davisita era observar Mosteiro de Alcobaça, tendo apossibilidade de ver de perto os túmulos de D. Inêsde Castro e D. Pedro e ouvir a história mais trágicae ao mesmo tempo mais romântico, que nunca seráesquecida em Portugal.

Até hoje foi um dos melhores passeios, pois gosteimuito e gostava que se repetisse.

Composto a partir dos textos sobre a visita deestudo elaborados por: Rafela Sousa nº 14 - 6º B,

Márcia Soares nº 19 - 6ºC, Sónia Gomes nº 18 - 6ºD, Mariana nº 14 e João Diogo nº 11 - 6ºE

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200810

pela Leitura...

Era uma vez três porquinhosque saíram pelo mundo paraconstruir as suas casas.

O segundo porquinhoconstruiu a sua com madeira.

Os outros dois porquinhosdançavam e cantavam:

- “Quem tem medo do lobomau, lobo mau?!...”

O terceiro porquinhotrabalhou dias e dias …

O primeiro porquinhoconstruiu a sua casa com palha. …e construiu uma casa forte

feita de tijolos, enquanto os seusirmãos brincavam.

Os dois porquinhosperguntaram ao irmão porquetinha trabalhado tanto.

- Eu estarei mais seguroquando aparecer o lobo mau! -disse o porquinho.

O lobo mau apareceu eaproximou-se da primeira casa.

Soprou com toda sua forçae a casa de palha foi logo peloar.

O primeiro porquinho fugiue foi para casa do seu irmão.

Na casa feita de madeira, osdois porquinhos refugiaram-sedo lobo.

Eles tremiam, cheios demedo.

A casa foi também pelo ar. Eos dois porquinhos continuarama fugir.

Chegaram a casa do outroirmão, que era uma bela casade tijolos. Tremendo esperaramo lobo. Este chegou, aspirouprofundamente e soprou comtodas as suas forças.

Mas a casa não se mexeu.O lobo subiu ao telhado

para entrar pela chaminé.Os porquinhos acenderam

uma grande fogueira.

O lobo desceu pelachaminé e caiu numa grandepanela com água a ferver. Osporquinhos ficaram muitocontentes e os dois porquinhospreguiçosos aprenderam alição:

primeiro as obrigações e sódepois a brincadeira.

Acção de Formação - 2007Fernanda Pereira, Maria Gouveia, Maria Barros, Marisa Oliveira“Bibliotecas Escolares, Leitura e Literacia nos Jardins de Infância – EB1”

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 11montanhas ao mar, a travez da floresta doCavaco, é ainda assim a grande fonte deBenguella, que os poços ali cavados dam àguaboa philtrada pêlas àreas calcàreas.

Nas ruas da cidade, largas e direitas, crecemdois renques de àrvores, pela maior partefigueiras sycòmoros, de pouco arraigadas, epor isso ainda pequenas. As praças sam vastas,e em uma ajardinada, crescem bonitas plantasde vistoso aspecto.

As casas, todas terreas, sam construidas deadôbes, e os pavimentos sam, em umas detijolos, e de madeira em outras.

A alfàndega é bom edificio, recentementeconstruido, e tem vastos armazens para asmercadorias do tràfico. Esta alfàndega, e olargo ajardinado, como outros melhoramentosde Benguella, fôram de um Governador, LeiteMendes, que de si deixou rasto.

Uma ponte magnìfica de architraves deferro, creio que encommendada pêlo mesmoLeite Mendes, mas muito posteriormentemontada pêlo Governador Teixeira da Silva, éguarnecida por dois guindastes e carrís, poronde, em vagonetes, se transportam asmercadorias das lanchas á alfàndega. Eu aquicommetti um erro de grammàtica, escrevendoo verbo transportar no presente do indicativo,quando no condicional é que era.

Transportariam, se houvesse pessôal paraisso; mas não transportam, porque o não ha.

Tem a cidade um templo decente, e umcemiterio bem collocado e murado.

A povoação Europêa é cercada, por todos oslados, de senzalas, ou povoações de prêtos, emesmo entre a povoação branca ha pequenassenzalas, em quintaes abandonados. O seuaspecto geral é agradavel e aceiado.

Tem Benguella má fama entre as terrasPortuguezas de Àfrica; e supõem muitos, seraquillo um paiz infecto, que exhala demiasmàticos pàntanos a peste, e com a peste amorte.

Não é assim. Eu não conhêci Benguellacomo ella fôra em tempos passados; mashôje, não é nem melhor nem peior do que outrosmuitos pontos d’Àfrica.

O aceio e as plantações de arvoredo, de certot[~e]m. modificado muito as suas anteriorescondições hygiènicas, e com uma pouca deboa vontade, não seria difficil o seusaneamento; o que estou certo se fará, porquenão pôde deixar de merecer verdadeira attençãoum ponto de tão subida importancia commer-cial, e em facil contacto com tão ricas terrasnos sertões.

Os principaes productos que alimentam ocommercio de Benguella sam cêra, marfim,borracha e urzella, que chêgam á cidadetrazidos pêlas caravanas dos sertões. Estascaravanas sam de duas espècies. Umas,dirigidas por agentes das casas commerciaes,trazem ás mesmas casas que os despacham osproductos do seu tràfico no interior; outras,exclusivamente compostas de gentio, descema negociar por canta propria, onde melhorganho encontram.

O tràfico com o gentío faz-se por permutaçãodirecta do gènero por fazenda de algodão,branco, riscado ou pintado. Os outrosproductos Europêos sam objecto de uma

segunda permutação pêla fazenda recebida; eassim, depois da primeira troca do marfim oucêra pelo algodão, é este trocado por armas,pòlvora, àgua-ardente, missanga, etc., ávontade do comprador; porque a fazenda dealgodão é, por assim dizer, a moeda correnten’este tràfico.

O commercio está entre mãos de Europêose crioulos, e felizmente já ali encontrámosmuitos d’esses rapazes que, aventurosos,deixam patria e familia, para ir em terraslonginquas buscar fortuna.

Alguns deportados de menor importanciatambem negociam, já por conta propria, jácomo empregados de casa alheia.

Os maiores criminosos do Reino, oscondenados por tôda a vida, sam deportadospara Benguella, do que resulta, encontrar-seali quantidade de patifes, de que é bomresguardar-se; não os confundindo com agente digna e capaz, que a ha.

A policia é confiada á fôrça militar, que umdos regimentos destaca para Benguella; sendoque de Benguella ainda sam espalhadasdifferentes fôrças nos concêlhos do interior;desfalcando a guarnição da cidade, já de sipequena.

Nós temos dois exèrcitos, um na Metròpoli,outro nas colonias, que nenhuma relaçãot[~e]m entre si.

O nosso exèrcito da Metròpoli é bom,porque o Portuguez é bom soldado; o nossoexèrcito das colonias é mao, porque o prêto émao soldado; e os brancos que ali servem demistura com prêtos, sam peiores ainda do queestes. Deportados por crimes que os excluíramda sociedade, fazendo-lhes perder na Europa ofôro de cidadãos, vam desempenhar em Àfricao posto nobre do soldado; sendo a nossaautonomía Africana, e a segurança pùblica eparticular, confiada á defeza de homens, quedam por garantía um detestavel passado.

Dahi as contìnuas scenas de caractervergonhoso que se presenceiam ali. Durante aminha permanencia em Benguella, houve umgrande roubo com arrombamento, no cofremilitar. O Governador houve-se com a maiorenergía na maneira porque procedeu paradescobrimento dos culpados, sendo muitocoadjuvado pêlo seu Secretario, o CapitãoBarata, que conseguio descobrir os ladrões, ehaver o dinheiro roubado. Fôra o rouboplaneado pêlo proprio sargento dodestacamento, e levado a effeito por elle ealguns soldados!!!

Se o nosso exèrcito Metropolitano não sepresta á censura do homem mais pichoso, asnossas fôrças coloniaes sam vìctimas dasmerecidas chufas de tôdos os estrangeiros, queas observam.

Por mais que tenha cogitado, nunca pôdeattingir ao prèstimo de tal exèrcito em nossascolonias, que para policia não serve; servindomenos para a guerra, que da minha lembrançatenho visto ser feita por côrpos voluntarios,levantados no reino, e que àlém vam servirpor certo praso. Hôje mesmo, em Lisboa, trêsbatalhões estam sempre prontos a marchar paraas colonias, e já lá t[~e]m ido; o que provasabermos nós, que o ter exèrcito no ultramar,tal como elle é, não passa de velha costumeira.

CAPÌTULO II.AINDA EM BUSCA DE

CARREGADORES.O Governador, Alfredo Pereira de Mello—

A casa do Governador—Cousas de que nãotem culpa o Governo da Metròpoli—O que éBenguella—O commercio—Sou roubado—Outro roubo—A Catumbela—Obtenhocarregadores—Chêgada de Capello e Ivens—Nôva alteração de itinerario—Outradifficuldade—Silva Porto, o velhosertanejo—Apparecem nôvos obstàculos—O Capello vai ao Dombe—Partida—O que éo Dombe—Nôvas difficuldades—Partimos emfim.

Alfredo Pereira de Mello,[1] Governador deBenguella, ao ouvir o meu pedido dehospedagem, mostrou um embaraço quepercebi, e disse-me, que não tinha meio de mereceber em sua casa. Sorprendeu-me o caso,sabendo eu que o Governador era bizarro degenio e de natureza franco. Tive convites, logoá minha chegada, já de Antonio FerreiraMarques, já de Cauchoix; mas persisti nointento de hospedar-me em casa doGovernador.

Elle disse-me, que não tinha cama aofferecer-me, e eu mostrei-lhe a minha camade viagem; porque fui logo pondo em casad’elle a minha bagagem. Disse-me, que nãotinha quarto; apontei-lhe para um canto da salaem que estàvamos, onde ficaria òptimamente.

Não havia mais que dizer, e fiquei. Aguçava-me a curiosidade a resistencia do Governadorem negar-me a hospitalidade que pedia; mascêdo desvendei o misterio.

Alfredo Pereira de Mello era homem nôvo,ainda que tinha já uma patente superior naarmada. Sympàthico e intelligente, é estimadopor tôdos aquelles que o conhêcem de perto;porque a uma finissima educação, reune granderectidão de caracter, e a energía peculiár a tudobom marinheiro. Serviu na marinha Ingleza, etem de viagens larga pràtica.

Vio as Amèricas, e antes de ir para Àfricacomo Ajudante-de-Campo do GovernadorAndrade, tinha visitado a India, a China e oJapão.

O Governador, que já me conhêcia de nome,ao ouvir o meu pedido, esquèceu que tinhadiante de si o explorador, para só se lembrardo homem habituado a viver no meio do luxoe das commodidades. Pereira de Mello têvevergonha de hospedar-me.

Um Governador de Benguella, se é recto eprobo, vive mesquinhamente com a paga querecebe.

A casa do governo é arrendada. A mobilia,um pouco menos de modesta, guarnece a salae um quarto.

Na sala, destoa da mobilia, ricamenteamoldurado, um retrato d’El-Rei, o melhorque tenho visto.

E com-tudo a este porto, v[~e]m repetidas

vêzes navios de guerra estrangeiros, cujosofficiaes visitam o Governador, regalam-n-oa bordo; e elle nem um copo d’àgua lhes pôdeofferecer em sua casa, porque a prêta ou omuleque tem de trazer o côpo n’um pratovelho. O serviço de mesa era, creio eu, a espadade Damocles suspensa sôbre a cabêça de Pereirade Mello, ao ouvir a minha teimozía em ficar.Não tinha razão. O asseio que presidía a tudo,suppría o vidrado da louça gasto com o tempo,e os manjares simples, mas bem cozinhados,avivavam o appetite já derrancado pêlos aresAfricanos; e não se offenda o cozinheiro doHotel Central em Lisboa, se eu lhe dizer, quecomi melhór em casa do Governador deBenguella do que comia dos seus opìparosmanjares, ainda que a prêta Conceição,cozinheira do Governador, nunca ouvio falardo heroe das caçarolas, o cèlebre Brillat-Savarin.

Pereira de Mello, logo ao primeiro dia deconvivencia, abrio-me o seu coração,mostrando-me a menos que singeleza da suavida interior. Três officios dirigidos aoGoverno da Provincia, em que pediaautorização para fazer algumas reformascaseiras, tinham ficado sem resposta.

Isto não é de estranhar, porque foi sempreassim.

Em um copiador de correspondencia, queexiste nos archivos do Governo de Benguella,li eu uns officios datados de 1790, em que oGovernador de então já se queixava a El-Reidas mesmas faltas; por a ellas lhe não darremedio o Governador Geral da Provincia, eentre outras cousas que pede com urgencia,figuram os reparos para duas peças de bronzeque designa, e que ainda hôje os carecem.

Sam as mesmas de que fala Cameron; o queelle vai saber agora é, que os reparos já fôramencommendados e não podem tardar emchegar; porque, sendo a encommenda d’ellesfeita em 1790, dêve estar quasi concluida asua construcção.

Benguella é uma bonita cidade, que seestende desde a praia do Atlàntico até ao sopédas montanhas que formam o primeiro degraodo planalto da Àfrica tropical. É cercada deuma espessa floresta, a Mata do Cavaco, aindahoje povoada de feras; e isso não admira, queos Portuguezes, em geral, de caçadores nãot[~e]m manhas. As habitações dos Europêosoccupam uma grande àrea, porque todas ascasas t[~e]m grandes quintaes e dependencias.

Os quintaes sam cuidados; produzem todasas hortaliças da Europa, e muitos frutostropicaes.

Vastos pàteos cercados de alpendres servempara dar guarida ás grandes caravanas que dosertão descem á costa em viagem de tràfico, eque repousam três dias na casa onde effeituamas permutações.

Um rio, que na estação estía apenas é largafita de àrea branca, que se desenrola das

COMO EU ATRAVESSEI ÀFRICA DO ATLANTICO AO MARINDICO, VIAGEM DE BENGUELLA Á CONTRA-COSTA.

A-TRAVÈS REGIÕES DESCONHECIDAS;

Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008123 de Novembro. Nada fêz. Os Mundombesprestam-se com facilidade a ir a Quilenguespor caminho conhêcido d’elles; mas, forad’isso, não fazem outras viagens; e recusáramas pagas avultadas que lhes offerecìamos parairem ao Bihé.

Tornava-se necessario tomar uma resolução,e essa foi logo tomada; seguirìamos semprepara o Bihé, mas tomarìamos por Quillengese Caconda.

O Governador Pereira de Mello deu logoordem ao chefe do Dombe, que tivesse prontos50 carregadores, para seguirem com-noscopara Quillengues.

Silva Porto encarregou-se das cargas quedeviam ser mandadas ao Bihé, e eram umas400.

Poz o Governador á nossa disposição umalancha, para transportar por mar ao Cuio(Dombe Grande) as cargas que d’ali deviamser carregadas até Quillenges, e algunscarregadores de Benguella que estavamdoentes.

No dia 11 de Novembro, estàvamos prontosa deixar a costa, e fixámos a partida para o dia12. Nesse dia fugíram 4 carregadores de NôvoRedondo, e no seguinte 5 de Benguella.

Emfim, no dia 12 deixàvamos a Cidade,depois das mais cordiaes despedidas dosamigos, que se reuníram para nos dizer adeos.

Pouco antes tinha eu ido á praia, e por muitotempo tive os olhos fixos na vastidão doAtlàntico, d’esse mar enorme que ia perder devista; e mal cogitava então, que só o volveriaa ver dois annos depois, na França, em Bordeos.

Não sei se a outros tem acontecido omesmo; eu, no momento da partida, senti umapungente mágoa, uma indefinivel saudade,uma dôr profunda, que me produzíram comoque uma embriaguez, e confesso que não tenhomuito a consciencia de ter deixado Benguella.

A bandeira das Quinas estava desenrolada, eafastavase da cidade ao passo cadenciado dacaravana; seguí-a.

No dia 13, chegàvamos ao Dombe, tendofeito uma jornada de 64 kilòmetros. Tìnhamoscom-nosco 69 pessôas, e seis jumentos, quefôram, homens e burros, alojados na fortaleza.Nós três, com os nossos muleques de serviço,fomos obsequiosamente hospedados em casade Manuel Antonio de Santos Reis, distinctocavalheiro que porfiou em obsequiar-nos.

Dois dias depois, chegáram as cargas quetinham vindo por mar, e inventariando tudo,conhêci, que para seu transporte precisava de100 homens, àlém dos effectivos que comigotinha.

Isto proveio de termos abusado da facilidadeque nos offereceu a lancha, mettendo a bordomais cargas do que tìnhamos julgadoabsolutamente necessarias.

Decidímos partir a 18, depois de recebermoscartas da Europa, porque o paquete, de cos-tume, está em Benguella a 14; mas a 18 nemo vapor tinha ainda chegado, nem o chefe tinhatambem assalariado um só homem.

A 21 chêgou a mala, mas de gente sótìnhamos a trazida de Benguella. O chefedeclarou-nos, que no dia 26 poderìamos partir;mas, precisando nós de 100 homens, apenasnos mandou n’esse dia 19. No seguinte dia

aparecêram mais 27; e eu, receioso que ellesviessem a debandar se os fizesse esperar,despachei-os logo para Quillengues,acompanhados por dois soldados dos quecomigo tinha.

O chefe declara-me que lhe é impossivelconseguir mais gente. Faço reunir na fortalezaos três Sobas do Dombe, no dia 28, e fui eumesmo tratar com elles. Sam três typosmagnìficos.

Um chama-se Brito, nome que tomou deum dos Governadores de Benguella, que orestaurou no poder; outro, Bahita; o terceiro éBatara. Os meus companheiros perdem oassistir a esta scena joco-seria, porque desde odia 24 estam com febre.

O Soba Brito apresenta-se com três saias dechita, pintada de ramageus, muitoenxovalhadas; veste uma farda de capitão deinfanteria, desabotoada, deixando ver o peitonú, porque camisa não usa; e na cabêça, sôbreum barrete de lã vermelha, põe nobrementeum chapéo armado de estado-maiór.

O Bahita traja saias de lã de vistosas côres,uma rica farda de Par do Reino, quasi nôva, ena cabêça, sôbre o indispensavel barrete, umabarretina de caçadores 5.

O Batara está literalmente coberto deandrajos, e traz á cinta um espadão enorme.

Estes illustres e graves personagens estamrodeados dos séculos e altos dignitarios dassuas negras côrtes, que tomam assento no chãoem torno da cadeira do soberano. O Bahita eraacompanhado de um menestrel, que tirava deuma marimba, monòtona toada.

Esta marimba é formada de dois paos de 1metro de comprido, ligeiramente curvos, emque assentam em cordas de tripa taboinhaspequenas de madeira, cada uma das quaes éuma nota da escala. O som é reforçado por umafila de cabaças collocadas inferiormente, sendoa que corresponde á nota mais baixa dacapacidade de 3 a 4 litros, e á mais alta 3 a 4decilitros.

Os Sobas portáram-se com grandeseriedade, e eu fingi tambem que os tamava asério.

Depois de me prometterem carregadores,viéram acompanhar-me a casa, que distava unsdois kilòmetros da fortaleza; e como eu desseuma garrafa de àgua-ardente a cada um,mandáram elles dançar a sua fidalgaria, e oBahita mandou entrar na dança umas raparigasque haviam ficado de parte.

Eu pedi-lhes que dançassem elles; masrespondéram-me, que a sua dignidade lh’o nãopermittia; sendo isso contra as pragmàticasestabelecidas. Eu ardia em desejo de ver oBahita dançando, de saias e farda de Par; econhêcedor do imperio da àgua-ardente nosprêtos, mandei dar outra garrafa aos sobas.

Foi o bastante. Atropeláram as suas leis, eeil-os saltando em brutesça dança no meio doseu pôvo, que enthusiasmado por tal honra,redobra de contorsões e momices, que chegama atingir o delirio. O Bahita é magnìfico, e comcerteza o typo do rei Bobeche foi creado sobreeste molde. Fala continuamente em mandarcortar cabêças, sentenças estas que os seusescutam com a maior submissão, mas de queinteriormente se riem, porque bem sabem o

quizêssem conduzir as nossas bagagens, masnada conseguío.

Cabe aqui narrar um facto muito curioso.Os Bihenos sam os primeiros viajantesd’Àfrica, e nenhum outro pôvo estende maislonge as suas correrias, nem se lhe iguala emarrojo e robustez de caminheiros; mas osBihenos viajam só do Bihé para o interiorcomo assalariados; e se de maravilha v[~e]má costa, é por conta propria. Os Bailundosalugam os seus serviços entre a costa e o Bihé,e não vam ao interior para leste; mas ao norteestendem suas viagens até ao Dondo e Loanda.

Assim, pois, os negociantes sertanejosfazem transportar as mercadorias de Benguellaao Bihé por Bailundos, e d’ali aos pontosremotos do interior por Bihenos, que voltam,com os productos permutados, ao Bihé. D’esteponto á costa tornam a servir-se dos Bailundos.

Depois de informado d’isto, só me restavamandar assalariar Bailundos, para me virembuscar as cargas; e d’isso se encarregou SilvaPorto, despachando logo cinco prêtos aoBailundo, a ir buscar a gente. O velho sertanejodisse-me logo, que elles teriam muita demora,porque os enviados levavam 15 dias a chêgarao paiz, e outro tanto tempo, pêlo menos,gastariam a reunir os carregadores, e estes, 15dias para vir; fazendo uma somma de 45 dias;afiançando-me elle, que antes não os teria. Nósestàvamos em fins de Setembro, e por isso sópoderìamos partir por meado deNovembro.[2]

Vim participar isto aos meus companheiros,e depois de conferenciar com elles, resolvémosnão perder tanto tempo em Benguella; eentregando as cargas a Silva Porto, para quenol-as enviasse pelos Bailundos, partirmosimmediatamente com as cargasindispensaveis, indo esperar no Bihé; tempoque aproveitarìamos no arranjar decarregadores ali para seguir ávante.

Dos carregadores contratados em Benguellaapenas uns 30 mereciam alguma confiançapara seguir tal caminho; e estes, com 36 deNôvo Redondo, faziam um total de 66homens. Tìnhamos, àlém d’isso, 14 soldados;os meus muleques pequenos de serviço; unsCabindas de serviço de Capello, e Ivens; e 2chefes prêtos, um contratado por mim naCatumbella, o prêto Barros, e outro porCapello, em Nôvo Redondo, o Catão.

Em tôda esta gente não tìnhamos um sóhomem de confiança.

Tratámos de separar as cargas julgadasindispensaveis, e conhêcémos que eram 87;isto é, tìnhamos 21 cargas mais do quecarregadores. Foi de balde que trabalhei paraos haver, não me foi possivel obter um só.

Os prêtos, não comprehendendo o queìamos fazer, ao sertão, estavam receiosos, e coma sua desconfiança natural, imaginavamloucuras e recusavam-se.

Chêgou o fim de Outubro sem nada termosadiantado.

Resolvi, por consêlho de Silva Porto, ir aoDombe, experimentar se os Mundombesfaríam menos difficuldades, do que a gente deBenguella; mas, sentindo-me incommodado,pedi ao Capello ali fôsse por mim.

No dia 29, partio o Capello, e voltou no dia

Na noite da minha chegada a Benguella, fizo conhêcimento do Juiz de Direito Caldeira,que se associou ao Governador para mecertificar, que, como elle, empregaria tôda asua influencia para que eu não tivêsse vindode balde a Benguella, e assim o fêz.

O Governador convocou os moradoresimportantes a uma reunião em sua casa, eexpondo-lhes os motivos da minha viagem, eo meu projectado itinerario, pediu-lhes que ocoadjuvâssem na empresa de arranjarcarregadores; para que eu podêsse levar a caboa expedição. Todos assim o prometêram.

O Governador Pereira de Mello, e o JuizCaldeira, fôram incansaveis, e no dia 17, diaem que este ùltimo se retirou para Lisboa,tinha eu o nùmero de carregadores que pedira,cincoenta, que, com trinta esperados de NôvoRedondo, prefaziam um total de oitenta;tantos quantos eu havia julgado precisos parasubir da foz do Cunene ao Bihé.

O velho sertanejo, Silva Porto, encarregara-se de fazer transportar ao Bihé o grôsso dasbagagens, que nós encontrarìamos n’aquelleponto; onde deverìamos contratar maiscarregadores para seguir ávante.

N’esse dia mudei eu para a casa que antesoccupava o juiz, continuando a ir jantar com oGovernador, ou com Antonio FerreiraMarques, da Casa Ferreira e Gonçalves, queporfiavam em obsequiar-me.

No dia seguinte, um prêto meu serviçalfurtou-me uns 75 mil réis, e desappareceu, semque d’elle mais se soubesse.

A 19 chegáram os meus companheiros nacanhoneira Tâmega, e n’esse mesmo diaresolveu-se, que não irìamos á foz do Cunene,mas sim entraríamos directamente ao Bihé.

Esta nôva resolução que tomámos, alteravao que havia contratado com os carregadores, eàlém d’isso, a gente de Benguella, que,transportada a paiz distante, não pensaría emdesertar, não me inspirava garantía, viajandologo no comêço em paiz de que conhêcia alíngua e os costumes.

Comêçou nôva campanha. Eu tinhapresentes as narrações de Cameron e Stanleya respeito dos embaraços causados pordeserções, e até as do proprio Livingstone, quefoi abandonado por trinta homens na viagemde Tete com o D^{or.} Kirk.

Logo depois da chêgada dos meuscompanheiros, combinámos em ser o Ivensencarregado dos trabalhos geográphicos, oCapello de Meteorologia e Sciencias Naturaes,e eu do pessôal auxiliar da expedição,coadjuvando-nos mutuamente. Assim, pois,tive de me pôr logo em campo, e o primeiropasso que dei, foi ir tomar consêlho de SilvaPorto.

Narrei-lhe a nôva decisão que havìamostomado, de seguir directamente ao Bihé, eexpuz-lhe o meu embaraço. Silva Porto veioa Benguella comigo, pois que a sua casa daBemposta dista 6 kilòmetros da cidade, eprecorrémos as casas onde haviam caravanasde Bailundos, sem que elles quizêssem annuira levar as cargas ao Bihé. Á casa Cauchoix tinhachêgado uma grande caravana, e este cavalheirochêgou a offerecer uma avultada gratificaçãoao chefe, e paga dupla aos carregadores, se

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 13

Fonte:

http://www.gutenberg.org/wiki/PT_Principal

Governo Portuguez lh’o não consente.O Dombe Grande é um fertilissimo valle,

que se estende primeiro do Sul ao N., e depoisa Oeste, quasi em àngulo recto, até ao mar. Éenquadrado por dois systemas de montanhas,um por oeste, que borda a costa, e outro porleste, em cujo sopé corre o rio Dombe,Coporolo, ou Quiporolo, e até rio de S. Fran-cisco—que todos estes nomes tem.

Figura 1.—Mulhéres Mundombes,vendedeiras de carvão.

(De uma photographia do pharmaceuticoMonteiro.)

É rio que de inverno traz muita àgua, mas deverão é sêco; sendo que, mesmo nas maioresestiagens, àgua se encontra cavando poços; oque acontece em tudo o valle do Dombe, ondenão é preciso profundar mais de 3 metros paraa obter. Junto das montanhas de Oeste na parteem que o valle se estende N. S., ha uma lagôa,de 50 metros de largo por 1 kilòmetro deextenção, e da forma de S. Esta lagôa é curiosa,porque não é formada por depòsitos pluviaes,mas sim alimentada por uma forte nascentesubterranea, por nunca alterar o seu nivel, eproduzir infiltrações, que, um kilòmetroabaixo, vam formar nascentes, que samaproveitadas na rega de uma propriedade.Dizem que tem peixe bagre, tainha e muitoscrocodilos.

Tenho-a visitado muitas vêzes, e nunca viali crocodilos ou peixe; mas é certo que os ha,porque m’o afiançou o meu hospedeiro,dizendo-me mesmo, que sam muito vorazes;e que, tendo sido, em 1876, a sua propriedadeatacada por um bando de salteadores deQuilengues, estes, rechaçados pêlos seusprêtos, tentáram na fuga atravessar a nado alagôa, não logrando um só atingir á outramargem, porque tôdos fôram prêsa dosvorazes amphibios.

Nas montanhas de oeste junto á lagôa,montanhas formadas de carbonato calcàreo ealgum sulfato de cal, existem algumas grutas,uma das quaes nos afiançou o nossohospedeiro, nunca ter sido visitada, ser

enorme, e parecer, tanto quanto por fóra sepodia observar, que contém extensas galerias.

Fomos visital-a, eu, Capello, e o nossohospedeiro Reis, e verificámos não ter ellamerecimento.

É um salão pròximamente circular, de 14metros de diàmetro, architectado pêla naturezana immensa mole de calcàreo, que forma amontanha. Parece ser guarida habitual de feras,que o dá a entender o ar saturado do fedôralmiscarado de certos animaes, bem como astraças de leão impressas no pó impalpavel quecobre o chão, onde encontrámos algunsespinhos do Hystrix Africano.

No valle do Dombe ha algumas feitoriasagrìcolas importantes, sendo as principaes ado Loache, a de Paula Barboza, e a do nossohospedeiro Santos Reis. Esta ùltima contaapenas três annos de existencia, e produz canade açucar de que extrahe para cima de 40 millitros de àgua-ardente; e note-se, que o terrenoera antes mato, e foi desbravado ha só trêsannos. É uma feitoria que começa, tudo ali estáainda em construcção; mas pêlo resultado jáobtido se pôde aquilatar a riqueza do solo ali.

Tudo o valle é cultivado de mandioca, pêlosindìgenas, e tão fertil é, que depois de três annosde falta de chuva, não tem deixado de terproducção regular, exportando cerca de 70 mildecalitros de farinha por anno. É o celeiro deBenguella. Os indìgenas ali não permutam asfazendas, mas sim vendem a dinheiro, cujovalor já conhêcem.

Figura 2.—Mulhéres e Donzellas,Mundombes.

(De uma photo. de Monteiro.)A demora que ali tivémos foi

prejudicialissima á ordem, e disciplina daminha gente.

Tôdos os dias apresentavam nôvasexigencias, tôdos os dias levantavam querellasentre si; e eu não podia ser demasiado severo,de receio que me desertassem tôdos.

Vendéram os pannos para comprar àgua-ardente, e chegáram a vender as rações decomida para se embriagarem.

Os soldados eram os peiores. Os sobas nãomandáram gente, e eu principiei a ver arepetição das scenas de Benguella. Não

podìamos seguir.

Figura 3.—Homens Mundombes.(De uma photo. de Monteiro.)

No dia 1 de Dezembro, chegáram ao Dombe30 homens mandados de Quillengues pêlochefe militar, a buscar bagagem sua; mas eulancei mão d’elles, e decidi com os meuscompanheiros partirmos no dia 4.

Tinha havido mais três deserções, doishomens de Nôvo Redondo e um deBenguella.

Os nossos burros eram muito manhosos, enão havia ensinal-os; todavia resolvêmosconserval-os.

O PalhaçoO PalhaçoO PalhaçoO PalhaçoO Palhaço

Sou palhaço,Tocador de violino.Tenho molas no meu braço,Meu chapéu é pequenino.Sou palhaço,Desastrado e brincalhão.Meu sapato não tem laço.O olho é um botão.Sou palhaçoE alegria venho dar...Que bela musica eu faço!Vamos lá todos cantar?

Crianças das Escolas de Moimenta

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200814

Dia Europeu para uma Internet mais seguraDia Europeu para uma Internet mais seguraDia Europeu para uma Internet mais seguraDia Europeu para uma Internet mais seguraDia Europeu para uma Internet mais segura

Após deixar os livros no sofá eladecidiu lanchar e entrar online.

Assim, ligou-se com o seu nomede código (nick): Docinho14.

Procurou na sua lista de amigose viu que Meteoro123 estava ligado.

Enviou-lhe uma mensageminstantânea:

Doçinho14: Oix. Que sorteestares aí! Pensei que alguém meseguia na rua hoje. Foi mesmoesquisito!

Meteoro123: Lol. Vês muita TV.Por que razão alguém te seguiria?Não moras num local seguro dacidade?

Docinho14: Com certeza. Lol.Acho que imaginei isso porque nãovi ninguém quando me virei.

Meteoro123: A menos quetenhas dado o teu nome online. Nãofizeste isso, pois não?

Docinho14: Claro que não. Nãosou idiota, já sabes.

Meteoro123: Jogaste vóleidepois das aulas, hoje?

Docinho14: Sim e ganhamos!Meteoro123: Óptimo! Contra

quem?Docinho14: Contra as Vespas

do Colégio da Sagrada Família. LOL.Os uniformes delas são um nojo!Pareciam abelhas. LOL

Comemorou-se no passado dia 6 Fevereiro de 2007, o Dia Europeu para uma InternetDia Europeu para uma InternetDia Europeu para uma InternetDia Europeu para uma InternetDia Europeu para uma InternetMais SeguraMais SeguraMais SeguraMais SeguraMais Segura, que fez parte de uma acção mais global destinada a promover umaInternet mais segura para todos os utilizadores, especialmente para os jovens.

crianças e jovens na utilizaçãoda Internet. De acordo com orelatório final de um programapiloto financiado pela ComissãoEuropeia em 1999, no âmbito doseu Plano de Acção Para aUtilização Segura da Internet, aspreocupações com os perigosassociados à utilização daInternet por crianças e jovens,são bem reais e podem seragrupados em três categorias:

- Conteúdos impróprios,legais ou ilegais, tais como apornografia, pornografia infantil,violência, ódio, racismo e outrosideais extremistas, estãofacilmente disponíveis a criançase jovens através de uma grande

Um caso real para ler, divulgar e pensar muito bem no assuntoMeteoro123: Como se chama a

tua equipa?Docinho14: Somos os Gatos de

Botas. Temos garras de tigres nosuniformes. São impecáveis.

Meteoro123: Jogas ao ataque?Docinho14: Não, jogo à defesa.

Olha: tenho que ir. Tenho que fazeros TPC antes que cheguem os meuspais. Xau!

Meteoro123: Falamos maistarde. Xau.

Entretanto, Meteoro123 foi à listade contactos e começou a pesquisarsobre o Perfil dela. Quandoapareceu, copiou-o e imprimiu-o.Pegou na caneta e anotou o que sabiade Docinho14 até agora.

Seu nome: SusanaAniversário: Janeiro 3, 1994.Idade.: 13.Cidade onde vive: Porto.Passatempos: vólei, inglês,

natação e passear pelas lojas.Além desta informação sabia que

vivia no centro da cidade porque lhotinha contado recentemente. Sabiaque estava sozinha até às 6.30 todasas tardes até que os pais voltassemdo trabalho. Sabia que jogava vóleiàs quintas-feiras de tarde com aequipa do colégio, os Gatos de Botas.

O seu número favorito, o 4,

estava estampado na sua camisola.Sabia que estava no oitavo ano nocolégio da Imaculada Conceição. Elatinha contado tudo em conversasonline.

Agora tinha informação suficientepara encontrá-la. Susana não contouaos pais sobre o incidente ao voltardo parque. Não queria queralhassem com ela e a impedissemde voltar dos jogos de vólei a pé.

Os pais sempre exageram e osseus eram os piores. Ela teria gostadonão ser filha única. Talvez se tivesseirmãos, os seus pais não tivessemsido tão superprotectores. Na quinta-feira, Susana já se tinha esquecidoque alguém a seguira.

O seu jogo decorria quando, derepente, sentiu que alguém aobservava.

Então lembrou-se.Olhou e viu um homem que a

observava de perto.Estava inclinado contra a cerca

na arquibancada e sorriu quando oviu.

Não parecia alguém de quemtemer e rapidamente desapareceu omedo que sentira.

Depois do jogo, ele sentou-senum dos bancos enquanto ela falavacom o treinador.

Ela apercebeu-se do seu sorrisomais uma vez quando passou aolado.

Ele acenou com a cabeça e eladevolveu-lhe o sorriso. Ele confirmouo seu nome nas costas da camisola.Sabia que a tinha encontrado.Silenciosamente, caminhou a umacerta distância atrás dela. Eram sóuns quarteirões até casa dela.Quando viu onde morava voltou aoparque e entrou no carro. Agora tinhaque esperar. Decidiu comer algo atéque chegou a hora de ir à casa damenina. Foi a um café e sentou-se.

Mais tarde, essa noite, Susanaouviu vozes na sala.

-”Susana, vem cá!”, chamou oseu pai.

Parecia perturbado e ela nãoimaginava porquê. Entrou na sala eviu o homem do parque no sofá.

-”Senta-te aí”, disse-lhe o pai.-”Este senhor nos acaba de

contar uma história muito Interessantesobre ti”.

Susana sentou-se. Como poderiaele contar-lhes qualquer coisa?Nunca o tinha visto senão nessemesmo dia!

“Sabes quem sou eu?”perguntou o homem.

“Não”, respondeu Susana.

Como Proteger Crianças eJovens Destes Riscos Online?

A segurança de crianças eadolescentes na Internet é hojealvo da atenção de famílias,escolas e comunidades. Isto para

não falar deg o v e r n o s(locais ec e n t r a i s ) ,empresas dosector dastecnologias dei n f o r m a ç ã o ,órgãos decomunicaçãosocial, etc.

P e r i g o sreais para

variedade de dispositivos. Paraalém de poderem serinadequados e prejudiciais a umdesenvolvimento harmonioso,podem mesmo ofender ospadrões e valores segundo osquais pretende educar os seusfilhos ou educandos.

- Contactos potenciais porparte de pessoas malintencionadas, que usam oemail, salas de chat, instantmessaging, fóruns, grupos dediscussão, jogos online etelemóveis para ganharem acessofácil a crianças e jovens e quepoderão desejar fazer-lhes mal eenganá-las, representam umaverdadeira ameaça.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 15

- Comércio - práticascomerciais e publicitárias não-éticas que, não distinguindo ainformação da publicidade, podemenganar crianças e jovens,promover a recolha de informaçõesque violam a sua privacidade epromover a venda directa acrianças, atraindo-as a fazeremcompras não autorizadas.

pelo Professor Delfim Gonçalves

“Sou polícia e teu amigo do Mes-senger - Meteoro123”.

Susana ficou pasmada.-”É impossível! Meteoro123 é um

rapaz da minha idade! Tem 14 e moraem Braga!”.

O homem sorriu.-”Sei que te disse tudo isso, mas

não era verdade.Repara, Susana, há gente na

Internet que se faz passar por miúdos;eu era um deles.

Mas enquanto alguns o fazempara molestar crianças e jovens, eusou de um grupo de pais que o fazpara proteger as crianças dosmalfeitores. Vim para te ensinar queé muito perigoso falar online.Contaste-me o suficiente sobre ti paraeu te achar facilmente. Deste-me onome da tua escola, da tua equipa ea posição em que jogas. O número eo teu nome na camisola fizeram comque te encontrasse facilmente”

Susana gelou.“Quer dizer que não mora em

Braga?”.Ele riu-se:-”Não, moro no Porto. Sentiste-

te segura achando que moravalonge, não é? Tenho um amigo cujafilha não teve tanta sorte: foiassassinada enquanto estavasozinha em casa. Ensinam-se ascrianças e jovens a não dizer aninguém quando estão sozinhos,porém contam isso a toda a gentepela Internet. As pessoas maldosasenganam e fazem-se passar poroutras para tirar informação de aquie de lá online. Antes de dares porisso, já lhes contaste o suficiente paraque te possam achar sem que teapercebas. Espero que tenhasaprendido uma lição disto e que nãoo faças de novo. Conta aos outrossobre isto para que também possamestar seguros”.

-”Prometo que vou contar!”.AGORA: Por favor, conta aos teus

amigos para não fornecereminformações sobre si próprios.

O mundo em que hoje vivemos émuito perigoso.

Cuidado com as informações quepassas no HI5, no MSN ou aindaoutros.

na Biblioteca da EB 2,3

No dia 30 de Janeiro, esteve presente na nossa escola a ProfessoraElisabete Carvalho, Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolaresafectas à DREN.

A docente supracitada para além de ter visitado a Biblioteca, fezuma acção de sensibilização para os professores.

Bibliotecas escolares

De Sophia de Mello Breynen Andresen“Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as

fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadasmás fazem coisas más.

As fadas boas regam as flores com orvalho, acendemo lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças quevão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar,inventam sonhos e, à noite, põem moedas de oiro dentrodos sapatos dos pobres.

As fadas más…”

Mais uma interessante história à tua espera na biblioteca da EB 2,3

O Livro do Mês - FADAS BOAS E FADAS MÁSO Livro do Mês - FADAS BOAS E FADAS MÁSO Livro do Mês - FADAS BOAS E FADAS MÁSO Livro do Mês - FADAS BOAS E FADAS MÁSO Livro do Mês - FADAS BOAS E FADAS MÁS

2º Ciclo - Na figura estão representados balões que vais numerar utilizando osalgarismos de 1 a 9, à excepção de um e sem os repetir, de modo a obteres a somados números dos balões indicada junto a cada orifício onde os balões estão presos.

3º Ciclo - “Pirâmide de números” - Sabendo que em cada rectângulo, onúmero mencionado é igual à soma dos dois números que se encontram nosdois rectângulos situados abaixo dele, reconstitui esta “Pirâmide de números”.

Os problemas matemáticos do mêsOs problemas matemáticos do mêsOs problemas matemáticos do mêsOs problemas matemáticos do mêsOs problemas matemáticos do mês

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200816

Aprender a crescer todos diferentes, todos iguais...

A equipa doA equipa doA equipa doA equipa doA equipa doEnsino Especial doEnsino Especial doEnsino Especial doEnsino Especial doEnsino Especial doAgrupamento deAgrupamento deAgrupamento deAgrupamento deAgrupamento de

Escolas de SouseloEscolas de SouseloEscolas de SouseloEscolas de SouseloEscolas de SouseloNo Agrupamento existe um grupo

diversificado de alunos comNecessidades Educativas Especiaise de Dificuldades de Aprendizagem.

Para assegurar uma realinserção dessas crianças/jovens nogrupo que é a Escola, esta tem-seorganizado, na sua estrutura e noseu funcionamento, tendo em contaas necessidades específicas de cadaum.

Todas as pessoas, com ou semincapacidade, partilham as mesmasnecessidades básicas. Enquantoseres humanos todos nósnecessitamos de ter experiências aolongo da nossa vida que nospermitam:

- ser autónomos eindependentes;

- ter a nossa individualidade;- ser aceites e amados através

da nossa presença eparticipação na família e nacomunidade;

- ter estabilidade;- continuar a crescer e a

aprender;- sentir segurança a ser

respeitados enquantopessoas.

As pessoas com incapacidadesnão têm necessidadesqualitativamente diferentes das “ditasnormais”. Elas apenas não têmcapacidade para, de uma formaindependente, criarem condições,situações e experiências nas suasvidas que permitam responder aalgumas ou a todas as suasnecessidades básicas.

Toda a equipa do Ensino Espe-cial tem-se empenhado para que oabstracto se torne concreto e ocomplicado se simplifique.Trabalhamos sempre para podermosser “Bons Modelos”.

As professoras:Carla Alves,

Susana Damas e Manuela Aguiar

O autismo é uma complexaperturbação doneurodesenvolvimento quedificulta a capacidade decomunicação do indivíduo, odesenvolvimento de relaçõessociais e é muitas vezesacompanhada por gravesdeficiências comportamentais,

Autismo, o que é?

associadas a comportamentosrepetitivos e estereotipados cujaorigem é, na grande maioria doscasos, desconhecida. Trata-se

podem ir desde a deficiênciamental severa, mutismo ouimportantes atrasos nodesenvolvimento da fala, atéformas muito leves, e quaseimperceptíveis, em que ascapacidades cognitivas e a falaestão praticamente preservadas.A taxa média de prevalência dotranstorno autista em estudosepidemiológicos é de 15 casospor 10.000 indivíduos. Quanto aogénero observa-se umaprevalência do autismo no sexomasculino.

Em Portugal, dados obtidospor uma equipa multidisciplinardo INSA, Hospital Pediátrico deCoimbra e Instituto Gulbenkiande Ciência, indicam que oautismo ocorre em cerca de umaem 1000 crianças em idadeescolar. Em relação às variáveissociodemográficas, o autismoapresenta a mesma prevalênciaem qualquer grupo social, cul-tural e racial da população.

CARACTERIZAÇÃOCARACTERIZAÇÃOCARACTERIZAÇÃOCARACTERIZAÇÃOCARACTERIZAÇÃOManifesta-se antes dos 3 anos de idade

comprometendo todo o desenvolvimentopsiconeurológico da criança.

Cada indivíduo com autismo é um caso único,existindo, igualmente, um amplo leque dealterações do desenvolvimento (que vão desde oautismo grave, moderado, e de altafuncionalidade). (CARS)

- Dificuldades na interacção (tendência para

o isolamento, défice na partilha e expressão deemoções, no contacto ocular e relação com o outro);

- Limitação na comunicação verbal e não verbal(ausência ou perturbação da fala e ou linguagem,ausência de jogo simbólico ou gestos interactivos,eventual linguagem ecolálica ou estereotipias);

- Imitação /restrição de interesses e actividades(tendência para a repetição de certas actividades erotinas, tolerando mal a mudança).

de umaper turbaçãoque possuid i v e r s o sgraus, que

Excertos doJornal “Ser

Autista” Área deprojecto do

6º F - 2006/7 daEB 2,3 deValadares

Prof.ª Alzira EB 2,3 de Valadares

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 17

No dia 25 de Janeiro, por iniciativa dos elementos da EducaçãoEspecial da Escola, alguns professores da EB 2,3 de Souselofizeram uma visita à unidade de alunos autistas da Escola EB 2,3de Valadares. Fomos guiados pela Professora Alzira, responsávelpela unidade, que nos mostrou e elucidou todo o trabalho adesenvolver com estas crianças.

De seguida fomos à EB 1 de Lagos, em que contactamos coma respectiva Unidade de Ensino Estruturado, desta feita guiadospela Dr.ª Noémia, que nos mostrou os primeiros passos deacompanhamento de crianças autistas e com síndroma deAsperger, após o que visitamos as salas de aula de turmas do 1ºao 4º ano, em que estas crianças estão completamente integradas.

Visita a Valadares

No dia 1 de Fevereiro de 2008pelas 21 horas teve início nasinstalações do centro paroquial deEspadanedo, a apresentação daAssociação de Solidariedade So-cial de Espadanedo.

O Presidente desta associaçãoé o Manuel António Rabaça, tendoo apoio do. Presidente da Junta deEspadanedo, o Sr. Carlos Alberto,oSr. Padre Luís Carlos, devereadores da Câmara Municipalde Cinfães, professor Carlos Brito,Dr. Rui Correia, e ainda, os Srs.Armindo Pinto, FernandoCardoso, Dr. Carlos. Da equipatécnica esteve presente aassistente Social Ana Bela Pinto,Filipa, Giga e Lúcia auxiliares,Marlene, Fisioterapeuta, AnaCarvalho, psicóloga e a Sr.ªMafalda Rojado da na rádioMontemuro, o Sr. Presidente daCâmara Municipal de Cinfães nãoesteve presente por motivos deforça maior.

A associação tem comoobjectivo ajudar as pessoas comdeficiência e as suas famílias.Numa primeira fase será aberto umcentro de actividades nasinstalações da Junta de Freguesiade Espadanedo. Para o ano, pensa-se alargar a actividade aNespereira, eventualmente comuma outra Associação e construirum lar.

Neste centro os utentesirão ter o apoio da equipatécnica das 9:00 horas até ás17:30 minutos, encerrando a

Associação deSolidariedade Social de Espadanedo

sua a actividade em Agosto, paraférias.

A associação irá para jábeneficiar 15 utentes, asassistentes sociais irão percorreras freguesias do concelhoassinalando os casos de maiorgravidade, com piores condiçõesde vida e os que correm maisriscos. A Associação têm o apoioda segurança social mas osutentes irão ter que pagar umamensalidade. Os pais dos utentessão importantes e espera-se queacompanhem todo o percurso queos utentes irão fazer. Os utentestêm que ter mais de 16 anos e arespectiva deficiência devidamentecomprovada. Todos as pessoascom deficiência, menores de 16anos podem inscrever-se ficandoem lista de espera As pessoas queestão interessadas em inscrever osseus filhos podem contactar osPresidentes das Juntas deFreguesia em que residem, ou ospárocos. O transporte dos utentesserá assegurado pelas carrinhasdas Juntas de Freguesia até queAssociação tenha disponibilidadeeconómica e material para o fazer.

Em Tarouquela estãoreportadas cerca de sessentapessoas com deficiência, emEspadanedo cerca de treze,estimando-se que no concelhoexistam cerca de novecentas.

Reportagem efectuada porCristiana Monteiro e

Carina Monteiro

ESPECIAL IDADES:AlergologiaCirurgia GeralClínica GeralDematologiaElectrocardiogramaEndocrinologiaEnfermagemGineologiaMedicina do TrabalhoObstetrícia

O R LOrtopediaPediatriaPsicologiaPsiquiatriaUrologia

MEIOS DEDIAGNÓSTICO:Análises ClínicasECG Simples

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200818

1 – Quantas crianças nascem emSouselo?

O ano de maior índice denatalidade na freguesia foi 1997,mas em 2007 nasceram apenas 22crianças, nestes últimos dez anosverificou-se uma gradualdiminuição da natalidade, naordem dos 50%.

2 - Qual é a estrutura etária dapopulação de Souselo?

Cerca de 65% da populaçãode Souselo é uma populaçãojovem e adulta, sendo que aspessoas com mais de 65 anosrepresentam apenas 10% dapopulação.

3 – Onde se inspirou para criaresta iniciativa?

Esta iniciativa deve-se emprimeiro lugar ao estudo e aoconhecimento profundo dafreguesia. Nesse estudo detecteia baixa natalidade ao longo daúltima década e tendo comopreocupação o crescimentosustentado da freguesia, garantiro seu desenvolvimento para ofuturo e procurando prevenir as

Acerca doProgramaNascer em Souselo

pela Natalidade

qualidade e homologados emtermos de segurança. Ofornecimento em géneros emdetrimento do apoio financeiro éa garantia de que o investimentoé canalizado para os fins a que sedestina e não para outros.

7 – Como as famílias se podemcandidatar?

Basta para o efeito dirigirem-se à Junta de Freguesia.

8 – Que outros apoios as famíliaspoderão receber para além deste?

O governo lançou um apoioà natalidade atribuindo um abonode família a partir do 3º mês degravidez. Parao efeito amulher grávidadeve dirigir-seao Serviço daSegurança So-cial a fim deobter essebenefício. Emc a s o sdevidamentecomprovadosde pobrezapoderão aindaser atribuídosoutros apoios,quer pelaA u t a r q u i aquer pelaSegurança So-cial.

9 – Quais as suas expectativasface a este programa? O que seriapara si um bom resultado?

Em 1º lugar ter a consciênciaque a Junta de Freguesia está atrabalhar para o futuro; em 2ºlugar sabendo que contribuímosactivamente para o bem-estar e obom desenvolvimento dasnossas crianças e das nossasfamílias. Estamos atentos àsnecessidades a aos problemas,participamos dentro das nossascompetências e das nossaslimitações financeiras para aresolução das mesmas.

consequências que possam advirdo envelhecimento da populaçãoachei prioritário dar incentivospara elevar a natalidade. Oenvelhecimento da populaçãodeve ser uma preocupação detodos e sobretudo de quem temresponsabilidade ao nívelautárquico e governamental,entendo que entre todos épossível lançar o alerta e surgirãoespaços e recursos necessáriospara uma maior sensibilização aeste nível.

4 – Porquê este tipo de apoio?Porque é uma forma de

incentivo, uma forma desensibilização e ao mesmo tempoum apoio importante, uma vez quepermite às famílias uma reduçãode custos no investimento inicialque o nascimento de um filhoexige. Por outro lado é uma formade garantir o desenvolvimentosaudável e em segurança dascrianças, por outro garantimosque as crianças oriundas dasfamílias mais desfavorecidastenham acesso aos mesmos meiose produtos que as outras crianças.

5 – Que condições as pessoastêm que reunir para terem direito aesse incentivo?

Têm acesso ao apoio e aoincentivo todas as famílias comcrianças nascidas a partir de 1 deJaneiro de 2008 cujos pais sejamresidentes na freguesia deSouselo.

6 – Porque é que o apoio é dadoem géneros e não em dinheiro?

Este apoio foi pensado nofornecimento de materiaisnecessários ao conforto,segurança e bem-estar do bebé.Os materiais são de primeira

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 19

entrevista com Armando MouriscoPresidente da Junta de Freguesia de Souselo

Estamos a promover e aalertar para a necessidade de sepensar e debater a problemáticada baixa da natalidade e doenvelhecimento da população edos problemas que o futuro nostrará.

Com as expectativas decontribuir para o crescimento edesenvolvimento saudável dasnossas crianças e com o intuitode diminuir assimetrias sociais efinanceiras das nossas famíliasde modo a ter um crescimentosustentado e um aumento de no-vas famílias na nossa freguesia.

10 – Que outras iniciativas, quenão só as da freguesia, poderão serimplementadas para aumentar anatalidade e diminuir oenvelhecimento da população?

Sobretudo passa pelacriação de melhores condiçõessociais, de emprego e

consequentemente económicas.Assim, poderemos ter famíliascom conforto, com podereconómico para fazer face àsdespesas com a educação e odesenvolvimento dos seusfilhos.

Por outro lado investir emequipamento de apoio às nossascrianças e investir em espaçosque as possam acolher –creches, infantários, escolas eequipamentos desportivos -(pois os pais trabalham), demodo a dar-lhes educação eformação.

O Governo para além destasresponsabilidades atrásreferidas, terá que criarincentivos que em concretofavoreçam as famílias maisnumerosas, sejam elesincentivos fiscais, habitacionaise educacionais.

Os bebés:Os bebés:Os bebés:Os bebés:Os bebés:João Matias, nascido a 1 de JaneiroRicardo Pinto, nascido a 14 de JaneiroBeatriz Mourisco, nascida a 22 de JaneiroNuno Duarte, nascido a 1 de Fevereiro.

Ouvidas as mães, estasforam unânimes quanto àboa qualidade e à grandevariedade da oferta,destacando todas a boaajuda que este tipo deiniciativa constitui para afamília.

Entrevista efectuada por Tiago Daniel eVanda Sofia (CEF-AF)

Fotos de Daniel Melo (CEF-D)

galeria dos Matemáticosgaleria dos Matemáticosgaleria dos Matemáticosgaleria dos Matemáticosgaleria dos Matemáticos

Nasceu a 28 de Janeiro de1851 na aldeia de S. Cosmado,freguesia de Armamar, no distritode Viseu. Fez os estudoselementares na sua terra natal edepois no Colégio do PadreRoseira, em Lamego. Seu paidestinava-o para a vidaeclesiástica e queria-o formadoem Direito e Teologia. Foi o paido futuro sábio aconselhado aque o mandasse formar antes emMatemática. O pai não se opôs eperguntou ao filho por qual dassituações optava (padre oumatemático). Franciscorespondeu ser-lhe indiferenteuma ou outra, e que seguiriaobedientemente aquela que seuPai quisesse. Quis o Pai “tirar àsorte”. E a sorte destinou aGOMES TEIXEIRA asmatemáticas!

No 1º ano , obteve prémio nacadeira de Álgebra e GeometriaAnalítica (único aluno a alcançaresta distinção) ; no ano a seguirna cadeira de Cálculo foi-lheconcedido “ Partido” (tambémúnico aluno a alcançar estahonrosa distinção).

Com apenas 20 anos, GOMESTEIXEIRA escreveu o seuprimeiro trabalho;“Desenvolvimento das Funçõesem Fracção Contínua”. Terminouo curso em 1874, com ainformação de “Muito Bom porunanimidade, com 20 valores”,nota esta que nunca naFaculdade de Matemática haviasido atribuída, nem mais voltou asê-lo (até 1901). No ano seguinte

FranciscoGOMES TEIXEIRA

realizou o Doutoramento,obtendo idêntica informaçãoclassificativa, o que constituiuum sensacional acontecimentouniversitário, pois nunca haviasido conferida esta mais altaclassificação nos dois actossimultaneamente.

Passado um ano, a Academiadas Ciências de Lisboa abria-lheas suas portas, elegendo-o sóciocorrespondente. Em 1876,ingressa no quadro da Faculdadede Matemática da Universidadede Coimbra, como Lentesubstituto. Os seus trabalhoscientíficos foram reunidos em1915 na “Obras de Matemática”,em 7 grossos volumes,publicados por “Ordem doGoverno da República”. Aí estãoentre outros, o “Curso deAnálise”, premiado com o prémioD. Luís I e “Memórias sobre ascurvas especiais notáveis”,premiada pela Academia Real dasCiências de Madrid.

Nos últimos anos dos seusestudos dedicou-se à História daMatemática em Portugal, tendoelaborado uma obra que constituiuma referência para osestudiosos das ciências em Por-tugal, a História das Matemáticasem Portugal.

Faleceu no Porto a 8 deFevereiro de 1933.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200820

Associação Cultural Serpa Pintouma Associaçãouma Associaçãouma Associaçãouma Associaçãouma Associação

Assim nasceu...

Qual o objectivo da fundação?Para dar a conhecer Serpa

Pinto na pessoa e na obrarealizada ao grande público, paraaprofundar cada vez mais oconhecimento científico sobreSerpa Pinto e criar um MuseuInternacional Africano aqui emCinfães, mobilizando instituiçõese investigadores nacionais eestrangeiros de forma a criar elose oportunidades de troca deconhecimentos e perspectivas,tendo a noção que muito há aindaa descobrir.

O que se faz na Associação?Estudamos a obra de Serpa

Pinto, inclusive com e através decontactos com universidades einvestigadores internacionais,fazemos recolha de materiais quese encontram dispersos e acçõesde divulgação.

Quem trabalha na Associação?Por enquanto apenas os

cerca de cem sócios fundadores,

Nasceu no ano 2007, emEspadanedo, na casa do Sr.Castro Monteiro e fomentadainicialmente por ele. Duranteanos, apesar de sempre se terdedicado com grande empenhoá sua profissão de médico,também apreciava e estudavaarte, escultura, pintura, música,literatura e sobretudo história. Aodesfolhar um dia as palavrasescritas de Serpa Pinto,desenvolveu uma tal paixão evontade de estudar a obra e apessoa que galvanizou muitos dosseus amigos. Vinte e dois deles,igualmente motivados pela obradeste Cinfanense, encontraram-se em sua casa e acabaram porfundar a Associação a que sejuntaram mais cento e sessentapessoas. No entanto, destes,destacam-se pelo seu maiorenvolvimento o Sr. Professor JoséOliveira, a Sr.ª Poetisa HelenaBranco, o Sr. Abílio Bessa, o Dr.Nuno Resende, a Drª Ester Vaz,e cidadãos holandeses residentesem Castelo de Paiva, Mr. SjerpMartin e Dr. Kees Van Zoelen.

com maior ou menor contributode cada um.

Que dificuldades encontram?Muitas, já passamos por

muitos obstáculos, mas nuncanem ninguém nos conseguiudemover de continuar hoje aconhecer cada vez melhor edivulgar Serpa Pinto.

Como é que se pode ser sócio?Apesar de já existirem

actividades de investigação emcurso na Associação, ainda nãotemos o processo administrativoa funcionar a cem por cento, mascertamente que para breve vamospoder realizar a inscrição denovos sócios.

Que vantagens é que poderão vira ter os novos sócios?

Sobretudo a possibilidade devirem a aprender cada vez mais,fomentando o conhecimento dahistória, da geografia, da

ecologia, da política, da cultura edo modo de vida Cinfanense,Portuguesa, Europeia e Africanado séc. XIX, tendo como nossoinspirador a obra e figura de SerpaPinto.

Quem são os corpos gerentes daAssociação?

Tal como todas asAssociações temos umaDirecção, uma mesa da

Percuso de Serpa Pinto

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 21

Entrevista com o Dr. Castro Monteiro Presidente da Direcção

Assembleia Geral, um Conselhofiscal, mas acrescido de outrosórgãos devido ao carácter cul-tural da nossa Associação, umConselho Científico e Cultural eConselho de Sócios Fundadores.

O povo e as instituições locaisO povo e as instituições locaisO povo e as instituições locaisO povo e as instituições locaisO povo e as instituições locaiscom responsabilidades têmcom responsabilidades têmcom responsabilidades têmcom responsabilidades têmcom responsabilidades têmcolaborado com acolaborado com acolaborado com acolaborado com acolaborado com a Associação?Associação?Associação?Associação?Associação?

Sim, até têm, mas aAssociação ainda se formou hápouco tempo, certamente quecom o desenvolvimento donosso trabalho vamos contarcada vez mais com o seu apoio.

Acha que Serpa Pinto tem sidobem promovido na terra ondenasceu?

Sem dúvida que sim, tem sidomuito falado, tal como merece,mas há que aprofundar oconhecimento sobre ele edivulgá-lo não só nestas terrasmas também a nível regional,nacional e internacional.

Extracto de “A Vida Aventurosa de Serpa Pinto” por Fernando Bento

Entrevista preparada e efectuada porDanielaFilipa eSoraiaFilipa

CEF - AF

O chamado Mapa cor-de-rosa seria o documento representativo dapretensão de Portugal de soberania sobre os territórios sitos entre Angolae Moçambique, nos quais hoje se situam a Zâmbia, o Zimbabwe e oMalawi.

A disputa com a Grã-Bretanha sobre estes territórios levou ao ultimatobritânico de 1890, a que Portugal cedeu, causando sérios danos à imagemdo governo monárquico português.

Enquadramento históricoFace ao crescente interesse das potências europeias pela África, ao

final do século XIX, tornou-se claro que Portugal deveria também definiruma nova política africana já que a crescente presença inglesa, francesae alemã naquele continente ameaçava a tradicional hegemonia portuguesanas zonas costeiras de Angola e Moçambique.

Com base no chamado direito histórico, alicerçado na primazia daocupação europeia, Portugal reclamava vastas áreas do continente africano,embora, de facto, apenas dominasse feitorias costeiras e pequeníssimosterritórios ao redor dessas. Contudo, a partir da década de 1870 ficouclaro que apenas o direito histórico não seria suficiente e que a presençaportuguesa dependia do alargamento para o interior das possessõesreclamadas. Para tal começaram a ser organizados planos destinados apromover a exploração do interior da África. Em 1877 foi lançado, porJoão de Andrade Corvo, um conjunto de iniciativas de exploraçãodestinadas a conhecer a zona que separava as colónias de Angola eMoçambique, que levaram às famosas expedições de HermenegildoCapelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto, integradas numa nova, e entãopouco aceite, estratégia portuguesa para o continente africano queprivilegiava a ocupação efectiva através da exploração e colonização emdetrimento dos simples direitos históricos.

A génese do mapa cor-de-rosaPredominando em Portugal a visão colonial que assentava ainda nos

direitos históricos, o governo português começou por reclamar áreascada vez maiores do continente africano, entrando em colisão com asrestantes potências europeias, o que levou a um agudizar de tensões,enquanto eram desenvolvidos esforços para uma ocupação efectiva doterritório.

Nesse contexto, a Sociedade de Geografia de Lisboa, defendendo anecessidade de formar uma barreira às intenções expansionistas britânicasque pretendiam a soberania sobre um território que, do Sudão, seprolongasse até ao Cabo pelo interior da África, organizou uma subscriçãopermanente para manter estações civilizadoras na zona de influênciaportuguesa do interior do continente, definida num mapa como uma amplafaixa da costa à contra-costa, ligando Angola a Moçambique. Nascia assim,ainda sem sanção oficial, o chamado “Mapa Cor-de-Rosa”.

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O Mapa Cor-de-RosaFonte: Wikipédia.

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4694-909 SouseloCINFÃES

CONTACTOS

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200822

Acerca de “um abraço do tamanho de um rio...”

Estamos conscientes do Direito à Imagem de cada um e do seu eventual desejo de nãopublicação da sua foto neste Rio de Notícias. Sendo impossível ter o acordão prévio de cadapessoa, entendam que tal foto apenas se enquadra numa tentativa de conservar uma memóriados habitantes das Comunidades que são servidas por este Agrupamento de Escolas. Damosinício a esta rubrica na forma de espaço de imagens com o retrato de alunos do presente e dopassado, mas também dos seus familiares e amigos nas suas vivências, tentando construir umgrande “Album de fotografias colectivo desta grande família”. Foi com regozijo que osnossos alunos aderiram à ideia, ansiamos ter da comunidade uma resposta semelhante.

Encontra as 10 diferenças entre os dois desenhos ludomania

Ajuda o palhaço a encontrar o seu chapéu!...Ajuda o palhaço a encontrar o seu chapéu!...Ajuda o palhaço a encontrar o seu chapéu!...Ajuda o palhaço a encontrar o seu chapéu!...Ajuda o palhaço a encontrar o seu chapéu!...

Liga as palavras da coluna A ao significado na coluna BLiga as palavras da coluna A ao significado na coluna BLiga as palavras da coluna A ao significado na coluna BLiga as palavras da coluna A ao significado na coluna BLiga as palavras da coluna A ao significado na coluna B

Coluna AImplorarAliciar

TerminarDesabar

Coluna BAcabarPedir

SeduzirCair

SOLUÇÕES

Resposta: Baleia, Terceira Lâmpada, Papagaio

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 2008 23

colaboração das crianças do Jardim de Infância e da Escola EB 1 de Moimenta

AnedotasAnedotasAnedotasAnedotasAnedotasAjuda o palhaço a chegar aos lápis- O que diz um cromossoma a outro?- Cromossomas felizes!

-Qual é o cúmulo do sono?- O despertador.

Advinha lá!Advinha lá!Advinha lá!Advinha lá!Advinha lá!Sem ser peixe estou no marTenho esguicho sem ser fontePara a caça tenho dentesSó o homem me pode matar

Qual é a ilha qual é ela que tem onome de um número ordinal?

Qual é coisa qual é ela que tembarriga redonda e tripas de arame?

Qual é coisa qual é ela que é verdecomo o mato mas não é mato e fala?

jogar o sudoku, um fácil, um médio e um difícil

Urgentemente

É urgente o Amor,É urgente um barco no mar.É urgente destruir certasPalavrasódio, solidão e crueldade,alguns lamentos,muitas espadas.É urgente inventar alegria,multiplicar os beijos, as searas,É urgente descobrir rosas eriose manhãs claras.Cai o silêncio nos ombros,e a luz impura até doer.É urgente o amor,É urgente permanecer.

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Ano IV - nº 5 - Fevereiro de 200824

Associação “VELHAS GUARDAS DE SOUSELO”Associação “VELHAS GUARDAS DE SOUSELO”Associação “VELHAS GUARDAS DE SOUSELO”Associação “VELHAS GUARDAS DE SOUSELO”Associação “VELHAS GUARDAS DE SOUSELO”No passado dia 02/03/2008, a Associação velhas Guardas de Souselo,

no âmbito do programa de intercâmbio desportivo que vai desenvolvendocom Associações doutros pontos do País, levou a efeito um encontro de futebolcom os Veteranos de Fátima. No final do encontro que terminou com umempate a 3 golos, foi servido um jantar convívio, na Quinta de S: João de VilaMeã, em Souselo. O jantar foi abrilhantado com fados e guitarradas, numasurpresa apresentada pelo proprietário da Quinta Dr. Alberto Oliveira e Silva.

De regresso a Fátima os visitantes não pouparam elogios ao repasto esobretudo à forma como foram recebidos nesta terra.

Marcado ficou o encontro, para o dia 15 de Março, desta feita em Fátima.Assembleia GeralA Associação das Velhas Guardas de Souselo realizou a sua Assembleia-

geral no dia 26 de Janeiro.Nesta Assembleia marcada pela forte adesão dos sócios foi aprovado o

relatório de contas do ano 2007 e o plano de actividades para 2008.

Associação Desportiva de TravancaAssociação Desportiva de TravancaAssociação Desportiva de TravancaAssociação Desportiva de TravancaAssociação Desportiva de TravancaRealizar-se no próximo dia 8 de Março pelas 21h nas instalações do

Centro Social e Paroquial de Travanca, a Assembleia Geral Ordinária daAssociação Desportiva de Travanca, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 -Apreciação e votação do relatório e contas, relativo ao exercício do ano de2007; 2 – Apresentação e votação do plano de actividades para o ano de2008; 3 – Outros assuntos de interesse para a colectividade.

Futebol EspectáculoInscreve já a tua equipa para mais uma vitória!!!!! Olé…Terá início no próximo dia 15 de Março, um Torneio de equipas Masculinas

/Femininas /Juvenis e de Veteranos. As inscrições das equipas pode ser feitaaté dia13 de Março, tendo um custo de inscrição de 30 euros. Os jogosdecorrerão no complexo desportivo de santa Isabel (Contactos: Márcia 912773 769 e Nuno Miranda 913 048 875).

Programa “Nascer em Souselo”Programa “Nascer em Souselo”Programa “Nascer em Souselo”Programa “Nascer em Souselo”Programa “Nascer em Souselo”No âmbito do programa “NASCER EM SOUSELO”, no qual a Junta de

Freguesia local se encontra a apoiar e incentivar a maternidade e natalidade,através da entrega do KIT BÈBÈ, o qual engloba roupa, cadeira de bebé,cadeira para carro, diversos produtos de higiene e limpeza, fraldas e carícias,termómetros, biberões e chupetas, entre outros materiais, num total de cercade 600 euros, realizou-se no passado dia 01/03/2008, na sede da Junta defreguesia, a entrega do kit aos primeiros recém nascidos.

Na cerimónia, onde estiveram presentes os recém nascidos e pais, autarcaslocais, associações, familiares e Souselenses em geral, esteve também presenteum dos patrocinadores do programa, em representação da empresa Abilex,fábrica de confecções sita em Penafiel e que ofereceu algumas centenas depeças de roupa para as crianças da freguesia de Souselo abrangidas peloprograma.

Armando Mourisco, Presidente da junta de freguesia local, no uso dapalavra realçou os índices de desenvolvimento da freguesia e a importânciado programa para o bem-estar e desenvolvimento das crianças, para o combateá pobreza e exclusão social, assim como a importância do mesmo para odebate da baixa da natalidade e envelhecimento da população, apelando aoenvolvimento de todos para a resolução dos problemas.

Agradecendo o patrocínio da empresa Abilex, desafiou a mesma a investirna Freguesia e no Concelho de Cinfães, agora que este possui a primeirazona industrial, mostrando que a freguesia de Souselo possui mão-de-obradisponível e lançou o desafio para a contratação dessa mão de obra pelaempresa, ao qual Carlos Lucas, gerente da empresa mostrou interesse edisponibilidade de cooperação com a freguesia.

Festas em Honra de S. Sebastião e Santa EuláliaNos dias 18 e 19 de Janeiro decorreram na Freguesia de Souselo as

Festas em Honra de S. Sebastião e Stª Eulália.No dia 18 (Sábado) no adro da Igreja realizou-se um arraial popular com

o conjunto VOZES DO TAMEGA e no dia 19 (Domingo) saiu a ProcissãoSolene abrilhantada com a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Castelo dePaiva.

CarnavalNo dia 01 de Fevereiro de 08 os alunos do Ensino Pré primário e Primário

da Escola E.B.1 de Fonte Coberta realizaram um desfile de Carnaval, cobrindode cor, alegria e muita animação as ruas da Freguesia de Souselo.

No Pavilhão Gimnodesportivo da Escola E.B.2,3 de Souselo, a Casa dosCinfanense do Porto, realizou nos dias 3,4 e 5 de Fevereiro os já tradicionaisBailes de Carnaval.

Muitos foram aqueles que se deslocaram até Souselo para se divertiremum magnifico Baile onde actuou a Orquestra típica OS CINFANENSES.

No dia 16 de Janeiro, Pereira Pinto, Presidente da Câmara Municipal deCinfães, acompanhado pelo Presidente da Freguesia de Souselo, ArmandoMourisco, visitou a Rua 25 de Abril para definição dos trabalhos derepavimentação a realizar nessa rua.

Drenagens de águas, repavimentação, passeios e nova electrificaçãofazem parte dos trabalhos a realizar.

No dia 07 de Janeiro de 2008, o Presidente da Câmara Municipal deCinfães acompanhado do seu vereador e de técnicos do município, juntamentecom o autarca de Souselo Armando Mourisco, deslocou-se ao terreno doPassal para definir as intenções de intervenção futura nesse local,nomeadamente a construção das piscinas e zonas envolventes.

Complexo Escolar de Fonte CobertaNo dia 7 de Janeiro, Pereira Pinto e Armando Mourisco deslocaram-se ao

Complexo Escolar de Fonte Coberta para se inteirarem do andamento dasobras.

Decorrem as obras a bom ritmo estando previsto a conclusão para o Verão.

Explore as águas bravas do Rio Paiva...siga o espirito de Serpa Pinto!

200815 MarçoAETDP - Associação Eco-Turística DouroPaiva

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Uma parceria:

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