festa cinco chagas - oficio divino

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7 de Fevereiro AS CINCO CHAGAS DO SENHOR Festa O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto , as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apstolos depois da ressurreio, foi sempre uma devoo muito viva entre os portugueses, desde os comeos da nacionalidade. So disso testemunho a literatura religiosa e a onomstica referente a pessoas e instituies. Os Lusadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim os Romanos Pontfices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular que ultimamente veio a ser fixada neste dia. Invitatrio Ant. Cristo foi trespassado por nosso amor: vinde, adoremos. Salmo invitatrio. Laudes Hino. Cinco chagas, cinco fontes. Com gua de vida eterna, Onde as almas sequiosas Podem matar sua sede! Depois de ressuscitar, Guardou Cristo estes sinais Do combate glorioso Em que venceu o inimigo; Para que as chagas visveis Mostrassem s geraes A ferida invisvel Do amor mais forte que a morte: Chagas puras e santssimas Que o nosso povo venera E que na sua bandeira So penhor da salvao. Pelas chagas de seu Filho, Louvado seja Deus Pai E o Esprito divino Agora e sempre adoremos. Salmodia Salmos e cntico do Domingo I. Ant. 1 Quando chegaram ao monte Calvrio, crucificaram Jesus. Ant. 2 Um dos soldados trespassou-Lhe o lado com a lana, e logo saiu sangue e gua. Ant. 3 Ho-de olhar para Aquele que trespassaram, ho-de chor-lO todos os povos da terra.

Leitura breve Zac 12, 10 Derramarei sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalm um esprito de piedade e de orao, e eles voltaro os olhos para aquele a quem trespassaram. Lamentar-se-o por ele como se lamenta um filho nico, ho-de chor-lo como se chora a morte do primognito. Responsrio breve V. Foi trespassado por causa das nossas culpas; pelas suas Chagas fomos curados. R. Foi trespassado por causa das nossas culpas; pelas suas Chagas fomos curados. V. Suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores. R. Pelas suas Chagas fomos curados. V. Glria ao Pai e ao Filho e ao Esprito Santo. R. Foi trespassado por causa das nossas culpas; pelas suas Chagas fomos curados. Cntico evanglico (Benedictus) Ant. Bendito seja Deus, que pelas Chagas de Cristo redimiu o seu povo. Preces Oremos a Cristo, nosso Redentor, que pelas suas Chagas nos salvou; e digamos confiadamente: Pelas vossas santas Chagas, salvai-nos, Senhor. Jesus, Salvador do mundo, ferido pelos pecados do vosso povo, salvai as nossas almas, porque somos pecadores. Jesus, Mdico da humanidade, homem de dores e acostumado ao sofrimento, curai as feridas do vosso povo. Jesus, Mestre de todos os homens, que aprendestes a obedecer at morte, ensinai-nos a obedecer aos vossos mandamentos. Jesus, bom pastor, que destes a vida pelas ovelhas, reuni-nos a todos num s rebanho sob um s pastor. Pai nosso Orao Deus de infinita misericrdia, que por meio do vosso Filho Unignito, pregado na cruz, quisestes salvar todos os homens, concedei-nos que, venerando na terra as suas santas Chagas, mereamos gozar no Cu o fruto redentor do seu Sangue. Ele que Deus convosco na unidade do Esprito Santo. Hora Intermdia Salmos do dia ferial correspondente. Trcia

Ant. Suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores. Leitura breve Gal 2, 19-20 Com Cristo estou crucificado. J no sou eu que vivo, Cristo que vive em mim. Se ainda vivo dependente de uma natureza carnal, vivo animado pela f no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim. V. Trespassaram as minhas mos e os meus ps, R. Posso contar todos os meus ossos. Sexta Ant. Foi trespassado por causa das nossas culpas, foi esmagado de dor por causa das nossas iniquidades. Leitura breve Col 1, 19-20 Aprouve a Deus que em Cristo residisse toda a plenitude e nEle fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo Sangue da sua cruz, com todas as criaturas, na terra e nos cus. V. Ho-de olhar para Aquele que trespassaram, R. Ho-de chor-lO como se chora o primognito. Noa Ant. Caiu sobre Ele o castigo que nos salva: pelas suas Chagas fomos curados. Leitura breve Hebr 9, 14 O Sangue de Cristo, que pelo Esprito eterno Se ofereceu a Si mesmo a Deus, purificar a nossa conscincia das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo. V. Jesus Cristo a Testemunha fiel que nos ama R. E com seu Sangue nos lavou dos nossos pecados. Orao como nas Laudes Vsperas Hino Cinco chagas, cinco fontes. Com gua de vida eterna, Onde as almas sequiosas Podem matar sua sede! Depois de ressuscitar, Guardou Cristo estes sinais Do combate glorioso Em que venceu o inimigo; Para que as chagas visveis Mostrassem s geraes A ferida invisvel Do amor mais forte que a morte: Chagas puras e santssimas Que o nosso povo venera E que na sua bandeira So penhor da salvao. Pelas chagas de seu Filho, Louvado seja Deus Pai

E o Esprito divino Agora e sempre adoremos. Salmodia Ant. 1 Vede as minhas mos e os meus ps: sou Eu. Salmo 140 (141), 1-9 1 Senhor, a Vs clamo, socorrei-me sem demora, * escutai a minha voz quando Vos invoco. 2 Suba at Vs a minha orao como incenso, * elevem-se minhas mos como oblao da tarde. 3 Guardai, Senhor, a minha boca, * defendei a porta dos meus lbios. 4 No deixeis meu corao inclinar-se para o mal, * nem praticar a iniquidade com os malfeitores, nem tomar parte em seus lautos banquetes. 5 Castigue-me o justo * e repreenda-me com misericrdia, mas o leo dos mpios nunca me perfume a cabea; * enquanto fazem o mal, no deixarei de rezar. 6 Os seus chefes foram precipitados contra o rochedo * e compreenderam como eram suaves as minhas palavras. 7 Tal como terra cavada e lavrada, * foram seus ossos dispersos boca do abismo. 8 Para Vs, Senhor Deus, se voltam os meus olhos; * em Vs me refugio, no me desampareis. 9 Defendei-me do lao que me prepararam, * defendei-me das ciladas dos malfeitores. Ant. Vede as minhas mos e os meus ps: sou Eu. Ant. 2 Pe aqui o teu dedo e v as minhas mos. Salmo 141 (142) 2 Em alta voz clamo ao Senhor, * em alta voz imploro o Senhor. 3 Ponho diante dEle a minha aflio, * diante dEle descubro a minha angstia. 4 Quando me desfalece o nimo, * Vs conheceis o meu caminho. Na senda que vou trilhando * esconderam um lao. 5 Olhai direita, e vede: * no h quem se interesse por mim. No encontro refgio, * no h quem olhe pela minha vida.

6 Clamei por Vs, Senhor; * disse: Sois o meu abrigo, a minha herana na terra dos vivos. 7 Atendei o meu clamor: * estou reduzido misria. Livrai-me dos meus perseguidores: * eles so mais fortes do que eu. 8 Tirai-me desta priso * e darei graas ao vosso nome. Os justos ho-de rodear-me, * pelo bem que me fizestes. Ant. Pe aqui o teu dedo e v as minhas mos. Ant. 3 Mete a tua mo no meu lado e no sejas incrdulo mas fiel. Cntico Filip 2, 6-11 6 Cristo Jesus, que era de condio divina, * no Se valeu da sua igualdade com Deus, 7 mas aniquilou-Se a Si prprio. Assumindo a condio de servo, * tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, 8 humilhou-Se ainda mais, * obedecendo at morte e morte de cruz. 9 Por isso, Deus O exaltou * e Lhe deu o nome que est acima de todos os nomes, 10 para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, * no cu, na terra e nos abismos, 11 e toda a lngua proclame que Jesus Cristo o Senhor, * para glria de Deus Pai. Ant. Mete a tua mo no meu lado e no sejas incrdulo mas fiel. Leitura breve 1 Pedro 2, 21b-24 Cristo sofreu por ns, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos. Ele no cometeu pecado algum, e na sua boca no se encontrou engano. Insultado, no pagava com injrias; maltratado, no respondia com ameaas. Mas entregava-Se quele que julga com justia. Suportou os nossos pecados no seu Corpo sobre a cruz, a fim de que, mortos para os nossos pecados, vivamos para a justia. Pelas suas Chagas fomos curados. Responsrio breve V. Ns Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo. R. Ns Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo. V. Que pela vossa paixo remistes o mundo.

R. Ns Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo. V. Glria ao Pai e ao Filho e ao Esprito Santo. R. Ns Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo. Cntico evanglico (Magnificat) Ant. Jesus apareceu no meio dos seus discpulos e disse-lhes: A paz esteja convosco. E tendo dito isto, mostrou-lhes as mos e o lado. Preces Oremos a Cristo nosso Redentor, que pelas suas Chagas nos salvou; e digamos confiadamente: Pelas vossas santas Chagas, perdoai-nos, Senhor. Eterno Rei do mundo, que mostrastes aos Apstolos as Chagas das mos e dos ps, libertai o corao dos vossos fiis de toda a dvida e perturbao. Supremo Juiz da humanidade, que curastes a incredulidade de So Tom, fazendo-o tocar a Chaga do vosso lado, iluminai os olhos do nosso corao para Vos proclamarmos fielmente nosso Deus e Senhor. Vtima divina, que, pregado no madeiro da cruz, tomastes sobre Vs o castigo dos nossos pecados, convertei-nos a Vs, Pastor e Guarda das nossas almas. Filho de Deus, que do vosso Corao, ferido pela lana do soldado, fizestes brotar sangue e gua, renovai continuamente a vossa Igreja com o clice da salvao e a gua da vida eterna. Cordeiro de Deus, que pela vossa morte merecestes receber o poder, a sabedoria, a honra e a glria, fazei que descansem dos seus trabalhos os que morreram na vossa graa. Pai nosso Orao Deus de infinita misericrdia, que por meio do vosso Filho Unignito, pregado na cruz, quisestes salvar todos os homens, concedei-nos que, venerando na terra as suas santas Chagas, mereamos gozar no Cu o fruto redentor do seu Sangue. Ele que Deus convosco na unidade do Esprito Santo.

Oficio de leituras II leitura Das Homilias de So Joo Crisstomo, bispo sobre o Evangelho de So Joo (Hom. 87, 1: PG 59, 473-474) (Sec. IV) Cristo manifesta-Se com as suas chagas aps a ressurreio Se pueril acreditar ao acaso e sem motivo, tambm muito insensato querer examinar e inquirir tudo demasiadamente. E esta foi a sem-razo de Tom. Perante a afirmao dos Apstolos: Vimos o Senhor, recusa-se a acreditar: no porque descresse deles, mas porque julgava impossvel o que afirmavam, isto , a ressurreio de entre os mortos. No disse: Duvido do vosso testemunho, mas: Se no meter a minha mo no seu lado, no acreditarei. Jesus aparece segunda vez e no espera que Tom O interrogue, ou Lhe fale como aos discpulos. O Mestre antecipa-se aos seus desejos, fazendo-lhe compreender que estava presente quando falou daquele modo aos companheiros. Na censura que lhe faz serveSe das mesmas palavras e ensina como dever proceder para o futuro. Depois de dizer: Pe aqui o teu dedo e v as minhas mos; mete a tua mo no meu lado, acrescenta: No sejas incrdulo, mas crente. Tom duvidou por falta de f. Ainda no tinham recebido o Esprito Santo. Mas isso no voltaria a acontecer; a partir de ento manter-se-iam firmes na f. Cristo, porm, no Se ficou nesta admoestao e insistiu novamente. Tendo o discpulo cado em si e exclamado: Meu Senhor e meu Deus, disse-lhe Jesus: Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto, acreditaram. prprio da f crer no que no se v. A f o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que no se vem. Com efeito, o divino Mestre chama felizes, no s os discpulos, mas tambm todos aqueles que no decurso dos tempos acreditaro nEle. Dirs talvez: Mas na verdade, os discpulos viram e creram. certo; no entanto, no precisaram de ver para acreditarem. Sem quaisquer exigncias, bastou-lhes ver o sudrio para logo aceitarem o acto da ressurreio e acreditarem plenamente, antes mesmo de verem o corpo glorioso de Jesus. Portanto, se algum disser: Quem dera ter vivido no tempo de Jesus e contemplado os seus milagres, recorde as palavras: Felizes os que, sem terem visto, acreditaram. E aqui surge uma pergunta: Como pde o corpo incorruptvel conservar as cicatrizes dos cravos e ser tocado por mo mortal? No caso para espanto, pois se trata de pura condescendncia da parte de Cristo. O seu corpo era to puro, subtil e livre de qualquer matria, que podia entrar numa casa com as portas fechadas. Quis, porm, manifestarSe deste modo, para que acreditassem na ressurreio e soubessem que era Ele mesmo que fora crucificado, e no outro, quem tinha ressuscitado. Por este motivo conserva, na ressurreio, os estigmas da cruz, e come na presena dos Apstolos, circunstncia esta que eles especialmente recordariam: Ns que comemos e bebemos com Ele. Quer dizer: Antes da paixo, ao vermos Jesus caminhando sobre as ondas, no considervamos o seu corpo de natureza diferente da nossa; tambm agora, ao v-lO com as cicatrizes, aps a ressurreio, devemos crer na sua incorruptibilidade.