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Leonardo 0 FERTILIDADE DO SOLO

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FERTILIDADE DO SOLO

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SOLOS - FERTILIDADE

EMATER MG

CURSO TEÓRICO COM RESOLUÇÕES DE QUESTÕES

Prof. Leonardo

Olá, meus amigos e amigas!

Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito

bom tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos

concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de

qualidade para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso

objetivo e preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma

vaga, e estar entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os

principais concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA)

(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL

(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc),

POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos

elaborando aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para

que possamos gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas,

como engenharia agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil, engenharia

elétrica, arquitetura etc.

ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO

INTRODUÇÃO

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Prof. Leonardo

Acompanhe nossa página no Facebook

Agronomia concursos

APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na

Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG

(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas

Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o

Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o

mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui

professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e

forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou

professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos

para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,

olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura

de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando

projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou

responsável pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente

bancário pelo sistema COPAN.

Fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização

agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 –

agronomia, Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui

reprovado em outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na

Emater-MG, onde estou até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se

o nosso ponto de encontro, nosso espaço de estudo para gabaritar todas

as provas de agronomia. Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos

que os alunos que adquirirem nossos cursos avaliem-nos no final, para que

possamos melhorar a linguagem e os temas que não ficarem tão claros.

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Espero que vocês também aprovem e gostem do nosso material, e que ele

possa ajudar na sua aprovação!

AULAS PROGRAMA DATA

AULA 0 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FERTILIDADE DO SOLO,

AMOSTRAGEM DO SOLO

IMEDIATO

AULA 1 ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM: CONCEITOS FUNDAMENTAIS.

ORIGEM DA ACIDEZ. TIPOS DE ACIDEZ. CORREÇÃO DA ACIDEZ.

CALAGEM X DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES. MÉTODOS

PARA DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE DE CALAGEM. USO

EFICIENTE DE ADUBOS E CORRETIVOS.

IMEDIATO

AULA 2 RECOMENDAÇÕES DE ADUBAÇÃO: RESULTADOS DE ANÁLISES

DE SOLO, UNIDADES, RELAÇÕES, INTERPRETAÇÃO (PH, N, MO,

P, K, CA, MG, S E MICRONUTRIENTES). RECOMENDAÇÕES PARA

AS PRINCIPAIS CULTURAS.

IMEDIATO

AULA 3 NUTRIÇÃO MINERAL: HISTÓRICO E CLASSIFICAÇÃO DOS

NUTRIENTES, FUNÇÕES GERAIS E CRITÉRIOS DE

ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES, ABSORÇÃO E

ASSIMILAÇÃO DE NUTRIENTES: SISTEMA RADICULAR DE

PLANTAS E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES.

IMEDIATO

AULA 4 MACRONUTRIENTES CATIÔNICOS: POTÁSSIO, CALCIO E

MAGNESIO NO SOLO.

IMEDIATO

AULA 5 MACRONUTRIENTES ANIÔNICOS: NITROGENIO, FÓSFORO E

ENXOFRE NO SOLO

IMEDIATO

AULA 6 MICRONUTRIENTES: DISPONIBILIDADE DO BORO, CLORO,

COBRE, FERRO, MANGANÊS, MOLIBDÊNIO E ZINCO

IMEDIATO

CRONOGRAMA

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O solo sendo uma camada superficial intemperizada, consiste num

meio de vida para as plantas, sendo esse composto por uma mistura de

materiais minerais e orgânicos, olhando o solo na perspectiva de fator de

produção ele possui duas características básicas que revelam seu valor

agronômico: A fertilidade como sendo o primeiro fator e responsável pela

capacidade do solo em fornecer nutrientes às plantas em quantidades

adequadas para seu crescimento, conduzidas em condições ideais através

de práticas de calagem e adubação, o outro fator se refere a produtividade

de um solo sendo a sua capacidade em proporcionar rendimento às

culturas, sendo possível de ser melhorada apenas pela intervenção

humana.

A prática de adubação visa corrigir deficiências dos solos fornecendo

nutrientes a planta para que tenha o máximo de desenvolvimento e

produtividade, para isso é preciso conhecer como está a disponibilidade

destes nutrientes no solo, através de uma análise é possível avaliar real

situação dos nutrientes no solo avaliando assim as características físicas e

propriedades químicas como o pH, a CTC e a quantidade de matéria

orgânica. Devemos também lembrar que os solos são ecossistemas

complexos formados por microrganismos e outros organismos além das

próprias plantas.

De acordo com estudos de Guilherme (2000), a presença de

nutrientes constitui-se em um dos aspectos fundamentais para garantir a

boa qualidade do solo e seu adequado funcionamento. Em ecossistemas

nativos, a ciclagem natural de nutrientes é responsável pela manutenção

do bom funcionamento do ecossistema como um todo, mantendo o estoque

de nutrientes e evitando a perda da fertilidade natural do solo. As plantas

necessitam de diversos elementos químicos para completar seu ciclo de

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FERTILIDADE DO SOLO

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vida, sendo esses indispensáveis, assim, a elaboração de programa de

adubação para as lavouras agrícolas brasileiras e de vital importância para

a obtenção de altas produtividades, principalmente em solos “pobres” em

termos nutricionais como os solos de Cerrado, vale destacar que mais de

70% dos solos brasileiros apresentam alguma limitação séria de fertilidade,

principalmente nas regiões tropicais e subtropicais em que os solos são

geralmente muito intemperizados, sendo a lixiviação dos sais solúveis o

principal processo pedogenético que ocasiona acidez e a deficientes em

nutrientes.

Assim, o crescimento vegetal envolve diversos fatores que controlam

o crescimento das plantas podem ser: Genéticos como a seleção de

variedades mais resistentes ao ataque de pragas e doenças sendo um fator

de grande importância no processo produtivo. E os fatores Ambientais,

como a umidade, a aeração, a energia solar, a temperatura, o solo, as

pragas e doenças, os microrganismos do solo e as práticas culturais. Assim,

o conjunto de características observáveis em uma planta é denominado de

fenótipo, como a cor da flor, a altura da planta, ciclo de desenvolvimento,

etc.

O fenótipo é resultado de dois fatores sendo a genética (genótipo) e o

ambiente, bem como da interação entre eles. Em relação à genética, é

conhecido o fato de que a mudança de ambiente altera o conjunto de genes

ativos na planta. Por isso que existe cultivares de uma mesma espécie

vegetal que se adaptam melhor a determinadas ambientes. Já em relação

ao ambiente, é de fundamental importância termos ciência de que todos os

processos fisiológicos (germinação, fotossíntese, respiração, transpiração,

floração, frutificação e senescência) são controlados, em parte, pelos

fatores ambientais, como a luz, temperatura, água, gás carbônico,

oxigênio, nutrientes, etc. Assim, podemos controlar os processos

fisiológicos através da alteração desses fatores ambientais.

Vamos exercitar!!

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1 - FUNDEPIFNMG Engenheiro Florestal – 2014

Os fatores que afetam a produtividade das culturas podem ser classificados em

genéticos e ecológicos. Assinalar a alternativa que cita os fatores ecológicos

que têm efeito sobre o desenvolvimento:

a) Umidade, adubação, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

b) Umidade, aeração, aplicação de fungicida, temperatura,

características de subsolo e fatores bióticos.

c) Umidade, aeração, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

d) Umidade, aeração, energia radiante, movimento intenso de máquinas,

características de subsolo e fatores bióticos.

SOLUÇÃO

Principais fatores ambientais que afetam o crescimento vegetal são a Luz,

Temperatura, Disponibilidade de água, Salinidade, Gases Oxigênio, Gás

carbônico, características de subsolos e Fatores bióticos são todos os

organismos vivos presentes no ecossistema e suas relações.

Desta forma a fertilidade do solo vem ao longo do tempo, recebendo

diversas tentativas de ser conceituada. Com isso, sempre existiu a

tendência de se expressar a fertilidade do solo em termos de

produtividade, de se utilizar, indiscriminadamente, os termos fertilidade e

produtividade como sinônimo, Assim sendo, a produtividade é definida

como a produção por unidade de área.

Com o desenvolvimento de técnicas analíticas, o homem adquiriu

maior facilidade e capacidade preditiva da disponibilidade dos nutrientes,

RESPOSTA C

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fato que lhe permitiu desvincular, parcialmente, a produção da planta da

fertilidade do solo como índice para medir a quantidade de nutrientes

passíveis de serem absorvidos. Agora, podemos esclarecer a diferença

entre produtividade e fertilidade, suponha-se que um solo fértil gere altas

produções de milho na época de verão, quando as temperaturas são

elevadas, disponibilidade de água suficiente para planta e com dias mais

longos.

Sem dúvida, no inverno sucederá o contrário e os rendimentos cairão

substancialmente. Pode-se, então, perguntar qual o motivo dessa queda,

pois a fertilidade do solo não foi responsável por este menor rendimento, já

que ela permanece adequada. Pode-se concluir que o uso de um solo fértil

nem sempre implica na obtenção de alta produtividade, pois se têm casos

de solos férteis com impedimentos físicos, que provocam restrições ao

transporte e ao desenvolvimento do sistema radicular, em razão de altos

teores de argila, de declividade pronunciada, de elevada pedregosidade,

compactação do solo etc.

Por outro lado, um solo produtivo deve apresentar fertilidade elevada,

ou ter sido, previamente, corrigido. A noção atual de fertilidade do solo foi

delineada por Saussure em 1804, quando deu forma ao conceito moderno

que a fertilidade depende da disponibilidade dos elementos solúveis no solo

e pode ser regenerada com a adição desses mesmos elementos ou de

substâncias capazes de liberá-los na forma solúvel, para restituir ao solo o

exportado pelas colheitas. Saussure demonstrou que o alimento das

plantas não era o húmus, mas os sais solúveis contidos nele e, à época,

detalhou a absorção de vários nutrientes. No entanto, foi Liebig (1842),

cerca de 40 anos depois, quem transformou dois enunciados de Saussure:

que “o alimento das plantas são os sais solúveis” e que “é necessário

restituir ao solo os elementos exportados pelas colheitas” e o conhecimento

das substâncias necessárias às plantas identificadas por Sprengel, entre

1823 e 1832, em postulados de extraordinária importância científica na sua

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teoria mineralista.

Liebig instituiu a ideia de que “a fertilidade é o efeito da riqueza do

solo em elementos minerais” como meta da pesquisa agronômica (Saltini,

1984c). Assim, se estabeleceu o conceito de que a fertilidade é a

capacidade do solo de fornecer nutrientes às plantas, em quantidades e

proporções adequadas e de manter a ausência de elementos tóxicos para o

seu desenvolvimento.

Figura 3. Atual concepção de solo e de fertilidade do solo dos humanus, com base

na relação entre características e propriedades do solo e produtividade da planta

(Nicolodi, 2007a).

Como, na época, o revolvimento do solo era uma prática rotineira,

assim como a rotação de culturas, as “faces” física e biológica da fertilidade

deixaram de ser enfatizadas intensificando-se as pesquisas sobre os

principais elementos que deveriam ser restituídos ao solo, a solubilidade

deles, o balanço da fertilidade, os produtos e os modos de aplicação.

Embora o termo fertilidade signifique produzir abundantemente, a noção

mineralista que restringe a fertilidade às condições químicas do solo é

amplamente adotada no mundo há mais de 150 anos.

Esse conceito estabelece uma relação direta entre a quantidade de

nutrientes no solo e a produtividade das culturas, quando os outros fatores

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de crescimento são adequados. Na prática, estabeleceram-se teores (ou

valores) críticos ou faixas adequadas (ou de suficiência) para o bom

desenvolvimento das culturas. Assim, é consenso que solos cujos valores

dos indicadores da fertilidade estão fora das faixas adequadas, em geral

produzem menos ou não produzem, enquanto os de fertilidade adequada

tendem a produzir próximo do seu potencial máximo.

A avaliação é feita principalmente pela interpretação de resultados de

análises químicas em amostras de solo, embora possa ser feita também

pela análise de tecido de plantas, observação de sintomas visuais de

deficiência, ensaios em vasos e de campo.

Assim, alguns autores (Malavolta, 1976; Raij, 1981) acrescentam que

a capacidade da planta, para não apresentar limitações, devem ser mantida

durante todo o crescimento e desenvolvimento da planta, mesmo que está

deixe de absorver ou utilizar, numa determinada fase de seu ciclo. Além

das condições físicas e microbiológicas, a fertilidade é um componente do

fator solo na equação de produção:

Produção = f (solo, clima, planta e manejo)

que envolve além desses fatores, outros como a mineralogia e a química.

Podemos ver outro conceito de fertilidade considerando o estudo da

capacidade em suprir (ter e fornecer) nutrientes às plantas, estudando

quais os elementos essenciais, como, quando e quanto eles podem

interagir com a planta, os que limitam sua disponibilidade e como corrigir

deficiências e excessos.

Assim, cada nutriente é estudado profundamente para entender

melhor as transformações, a mobilidade e a sua “disponibilidade” junto as

plantas. A Fertilidade é uma importante disciplina enquadrada na Ciência

dos solo, que estuda a eficiência dos adubos minerais e orgânicos e como

eles são influenciados por reações de equilíbrio inorgânicas e por processos

metabólicos de microrganismos do solo. Desta forma, o conceito de

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fertilidade do solo como sendo a capacidade de ceder nutrientes, poderia

ficar restrito à fase sólida e líquida, e tendo como limite a solução do solo

perto da fase sólida, a partir de onde são efetuados os processos de

transporte de nutrientes como a difusão, fluxo de massa, interceptação

radicular e absorção.

Assim, as plantas absorvem os nutrientes, na forma de íons, presente

na solução do solo, sendo que suas reservas se encontra na fase sólida, a

qual e responsável pela sua reposição quando a concentração é diminuída

no solo, em razão da absorção pelas plantas, ou de alguma perda

provocada pela lixiviação.

Fig. 1 – representação esquemática das fase sólida e líquida

Assim, devemos conhecer o teor de íon-nutrientes em solução, a

reserva do mesmo na fase sólida e o poder de reposição para a solução,

pela reserva da fase sólida. Estas três grandezas, inter-relacionadas,

determinam a disponibilidade do nutriente e são denominadas:

Fator Intensidade (I): é a concentração, ou, mais precisamente, a

atividade do íon em solução.

Fator quantidade (Q): é a reserva do íon disponível na fase sólida do

solo (íon em forma lábil).

Fator capacidade tampão: é a relação entre os fatores quantidade e

intensidade, numa dada faixa de concentração (atividade)

considerada (ΔQ / ΔI). Uma representação gráfica desses fatores é

mostrada na Figura 2.

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Outra forma de apresentar a interrelação entre fatores é a de

apresentá-los segundo uma visão hidrodinâmica (Figura 3), sendo que a

fertilidade não característica estática e sim processo altamente dinâmico. A

Figura 3 pode ser interpretada tomando como exemplo o fósforo (F).

Assim, a figura indica a capacidade máxima de adsorção de fosfatos,

quanto desta capacidade está ocupada por íons fosfato na forma lábil,

sendo essa a capacidade de passar a solução e ser absorvidos pelas plantas

- Fator Quantidade - Q. Também apresenta, por um lado, as formas de

fósforo presentes no solo, mas que não estão disponíveis para as plantas -

P não lábil, e por outro, as formas presentes na solução do solo e que

podem ser absorvidas diretamente pelas plantas (Fator Intensidade, I).

Indica a capacidade tampão de fosfatos (CTF), que, ao relacionar os fatores

quantidade e intensidade (ΔQ / ΔI), medindo assim a resistência que tem o

solo em alterar a concentração do fósforo em solução.

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Assim, dada a necessidade de se avaliar a fertilidade do solo sob uma

visão holística e dinâmica, didaticamente tem-se empregado os termos

"Fertilidade Natural", "Fertilidade Potencial" e "Fertilidade Atual" vamos

conhecer estes conceitos então:

Fertilidade natural:

A fertilidade natural corresponde à fertilidade do solo que não sofreu

nenhum tipo de manejo, ou seja, não foi trabalhado, portanto, não sofreu

recente interferência antrópica como por exemplo adubação, sendo está

fertilidade decorrente do processo de formação do solo: material de

origem + ambiente + organismos + tempo. Este tipo de fertilidade é

muito utilizada na avaliação e classificação de solos onde não existe

atividade agrária, dando a ideia da capacidade que apresenta um solo ou

unidade de classificação para ceder nutrientes.

Assim, para exemplificarmos utilizaremos dois solos com diferentes

graus de saturação de bases, o solo distrófico (V < 50%) aparentemente

apresentaria menor capacidade de ceder nutrientes, comparado ao

eutrófico (V≥50%). Na verdade, estes índices pouco representam em

termos da real capacidade de ceder nutrientes como fosforo (P), enxofre

(S), zinco ( Zn), maganês (Mn), já que um solo pode ser distrófico e ter

uma CTC superior, com maiores teores de cátions trocáveis, do que um

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solo eutrófico e, portanto, ter condições de fornecer maior quantidade de

nutrientes para as plantas. Estes conceitos ficaram mais claros nas

próximas aulas.

b) Fertilidade potencial

No caso da fertilidade potencial, evidencia-se a existência de algum

elemento ou característica que impede o solo de mostrar sua real

capacidade de ceder nutrientes. Assim, persistindo essas condições

limitantes, a capacidade de ceder nutrientes estará obstruída, ainda que

a fertilidade potencial seja alta. Entre as características limitantes cita-se

o caso de solos ácidos, onde o teor de Al3+

é elevado e a disponibilidade

de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Fósforo (P) é baixa ou insuficiente, o

que se poderia corrigir com adição de calcário, gesso e fosfato. Assim,

também, os solos salino-sódicos apresentam conteúdos excessivos de

Na+, o que eleva o pH e ocasiona diminuição da disponibilidade de

micronutrientes, principalmente ferro (Fe), Mn, Zn e Cu. Na fig.: 4 temos

uma ideia desse tipo de fertilidade, pois se observa que a incorporação

de gesso, CaSO4.2H2O, aumentou significativamente a produção de soja

e de feijão, mesmo em diferentes solos, devido ao fornecimento de Ca e

S, efeito fertilizante, e a diminuição de saturação de Al no solo, efeito

corretivo.

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Fig. 3 - Produção de grãos de soja e de feijão pela aplicação de gesso agrícola em solos do Estado de São Paulo. * Em todos os ensaios foram aplicados 100 kg/ha de gesso. FONTE: Vitti & Malavolta, 1985.

c) Fertilidade atual

A fertilidade atual são solos que receberam práticas de manejo para

satisfazer as necessidades das culturas; aqui temos a idéia da fertilidade de

um solo já trabalhado, devendo ser consideradas as correções realizadas, por

exemplo, calagem, adubação fosfatada, etc. A fertilidade atual é caracterizada

pela determinação das formas disponíveis dos nutrientes do solo. Agora

veremos outros conceitos importantes relacionado com a fertilidade os

quais são:

Solo fértil

(A) aquele que contém todos os nutrientes em quantidades

suficientes e balanceadas em formas assimiláveis; possui boas

características físicas e microbiológicas e é livre de elementos tóxicos.

Solo produtivo

É um solo fértil situado em regiões com condições favoráveis, como

exemplos podemos citar o clima, declividade, pedregosidade, alta

compactação. Observe que um solo fértil não é necessariamente um solo

produtivo podem ter nutrientes e eles não estão disponível para absorção

das raízes, mas todo solo produtivo é um solo fértil pois tem nutrientes e

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eles são absorvidos pelas as raízes. Observe que podemos ter alguns

fatores como drenagem (umidade), pragas, doenças entre outros, limitam

a produção mesmo com fertilidade adequada.

Portanto, através dos conhecimentos gerados pela pesquisa em

fertilidade, solos aparentemente improdutivos podem se tornar grandes

produtores de alimentos. A aplicação dos conhecimentos de fertilidade do

solo pode conciliar a economicidade da atividade agrícola com a

preservação do meio ambiente.

LEIS GERAIS DA ADUBAÇÃO

O crescimento de uma planta está ligado, entre outros fatores, da

quantidade de elementos essenciais a ela fornecidos. A adição de

nutrientes ao solo por meio das adubações constitui, quando aplicada

científica e racionalmente, prática fundamental para o êxito de qualquer

exploração agrícola. A adubação tem como objetivo primordial manter ou

aumentar no solo a disponibilidade dos nutrientes e o teor de matéria

orgânica, já que a incorporação de elementos restitui aqueles perdidos

pelo solo em processos de lixiviação, erosão, complexação, imobilização,

fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas (Russell & Russell,

1973; Tisdale & Nelson, 1975; Sanchez, 1981; Thomas & Hargrove,

1984).

Por isso, o crescimento das plantas depende, entre outros fatores,

da quantidade de nutrientes adicionados ao solo. Os princípios da

adubação são provenientes de três leis fundamentais:

LEI DA RESTITUIÇÃO,

LEI DO MÍNIMO

LEI DO MÁXIMO

Sobre a lei do mínimo surge duas derivações: lei dos incrementos

decrescentes e lei da interação.

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Quanto a lei do máximo surge uma derivação : lei da qualidade

biológica (Voisin, 1973). Vamos aprofundar estes conhecimentos.

LEI DA RESTITUIÇÃO

A lei da restituição baseia-se na necessidade de restituir ao solo aqueles

nutrientes absorvidos pelas plantas e exportados com as colheitas, ou seja,

aqueles que não foram reciclados. Essa lei considera o esgotamento dos solos,

decorrência de cultivos sucessivos, como uma das origens da redução da

produtividade. Esta lei foi enunciada por Voisin (1973) nos seguintes termos:

“É indispensável, para manter a fertilidade do solo, fazer a restituição, não

só dos nutrientes exportados pelas colheitas, mas, também, daqueles

perdidos do solo”.

Fig.: 4 - Representação gráfica da lei da Restituição.

Dentro de sua concepção, essa lei apresenta várias limitações à sua

completa aplicabilidade, posto que muitos solos são naturalmente pobres

em um ou mais nutrientes, ou apresentam problemas de acidez ou

problemas de salinidade. Portanto, o primeiro objetivo seria corrigir as

deficiências ou excessos existentes.

Os solos estão submetidos à perda de nutrientes por lixiviação e

mesmo por erosão, perdas que muitas vezes são intensificadas pela adição

de corretivos e adubos; por exemplo, pelo uso de gesso, que aumenta a

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mobilidade de cátions em profundidade, no perfil do solo. Em geral, essas

perdas são insignificantes para P, mas para N, K, S, Mg e Ca podem ser

muito importantes.

Lei do Mínimo

A lei do mínimo, também conhecida como lei de Liebig, foi enunciada

em 1843. Relaciona o crescimento vegetal com a quantidade do elemento

existente no solo. Segundo ela, o crescimento de uma planta está limitado

por aquele nutriente que se encontra em menor proporção no solo, em

relação à necessidade das plantas.

Esta aplicabilidade é complexa, porque em condições normais de

campo, muitas vezes são vários os nutrientes ou fatores que limitam a

produção, além da ação de suas interações. Esta lei estabelece uma

proporcionalidade direta entre a quantidade do fator limitante da produção-

nutriente, e a colheita, definida pela equação:

Y = b 0 + b1X

Onde Y corresponde a colheita obtida com a quantidade X do fator

limitante da produção, b0 corresponde a produção Y sem adição de X, e, b1

corresponde ao coeficiente angular da reta, e mede a influência maior ou

menor do nutriente aplicado. A Figura 5, representa o aspecto quantitativo

da lei que, sendo linear possui validade somente para a região "A" da curva

(N0 - N1), uma vez que doses adicionais geram resposta curvilinear (N1 -

N2).

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Figura 5 - Curva de resposta à adição de um nutriente. FONTE: Alvarez V.

(1985).

Segundo a interpretação quantitativa da lei de Liebig, o crescimento

é continuamente linear até um ponto onde se alcança um "plateau" devido

à insuficiência de outro fator que se torna limitante do crescimento, e que, se

suprido, provoca outro surto de crescimento, até que novo nutriente (ou fator)

se torne limitante e, assim, sucessivamente (Figura 8). Também pode

considerar-se que a produtividade aumenta linearmente, com o nutriente

adicionado, até que um "plateau" seja atingido, em conseqüência de ter outro

nutriente passando a ser mais limitante ao crescimento e, portanto, o único

limitante da produtividade (Figura 6). Assim, uma adubação com N e K não

traria aumento algum na colheita se o elemento mais limitante no solo fosse o

P. Somente após aplicação do P é que haveria possibilidade de resposta ao N

ou a K. Essa situação é bem representada por uma corrente que suporta certo

peso. Se há um elo mais fraco, a resistência da corrente não seria alterada

pelo reforço de outros elos. Para que a corrente suporte um peso maior deve-

se, portanto, reforçar, inicialmente, aquele elo mais fraco.

Figura 6. Resposta linear à adição de nutrientes baseada na Lei do Mínimo

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Essa lei tem sido também ilustrada, tradicionalmente, por um barril,

tendo algumas tábuas com diferentes alturas, sendo a tábua com a menor

altura a que representa o elemento mais limitante (fig. 7). O aumento

dessa tábua permitirá aumentar o nível de líquido no barril até o limite de

outra tábua, agora a de menor altura. Dessa maneira, a presença de um

nutriente em nível insuficiente no solo é responsável pela redução da

eficiência e não pela eliminação completa dos efeitos de outros nutrientes.

Atualmente, a lei do mínimo se exprime, com mais frequência,

considerando seu aspecto qualitativo, da seguinte forma (Voisin, 1973):

“A insuficiência de um elemento nutritivo no solo reduz a eficácia

dos outros elementos e, por conseguinte, diminui o rendimento das

colheitas”.

Lei de Mitscherlich, como Derivação da Lei do Mínimo

Em 1909, o alemão E. A. Mitscherlich, tomando como base uma série

de ensaios, desenvolveu uma equação relacionando o crescimento de plantas

ao suprimento de nutrientes (Tisdale & Nelson, 1975). A resposta linear à

aplicação de um nutriente, em nível insuficiente no solo, proposta por

Liebig, é complementada pela resposta curvilinear correspondente à

adição daquele nutriente, em doses adicionais, até atingir o ótimo

crescimento das plantas.

O modelo linear de Liebig foi substituído ou complementado por

Mitscherlich, que observou que, com o aumento progressivo das doses do

nutriente deficiente no solo, a produtividade aumentava rapidamente no

início com uma tendência a uma resposta linear e estes aumentos

tornavam-se cada vez menores até atingir um "plateau", quando não

havia mais respostas a novas adições (Malavolta, 1976; Braga, 1983;

Pimentel Gomes, 1985).

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As denominações de "lei dos excedentes menos que proporcionais"

ou "lei dos incrementos decrescentes" traduzem bem a forma de equação

que se representa na Figura 6.

Fig. 6 - Representação gráfica da equação de Mitscherlich, ou dos

incrementos decrescentes

Esta lei se expressa da seguinte maneira:

QUANDO SE ADICIONA AO SOLO DOSES CRESCENTES DE UM NUTRIENTE, OS INCREMENTOS DE PRODUÇÃO SÃO CADA VEZ

MENORES.

Vamos dar um exemplo de algodão x adubação nitrogenada.

Resultado médios de 15 ensaios em um Latossolo Vermelho

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A quantidade aplicada de nitrogênio foi sempre a mesma, mas os

aumentos foram cada vez menores.

Vamos exercitar!

2 - FUNDEP-IFNMG Engenheiro Florestal – 2014

No processo de cultivo de qualquer planta é importante que se obtenha índices

satisfatórios de produção, diminuição dos custos e incremento da margem de

lucro.

Em relação a essa afirmativa, que importante lei da fertilidade do solo está

representada na figura acima?

a. Lei de Liebieg.

b. Lei da restituição.

c. Lei do mais com menos.

d. Lei de Mitscherlich.

e. Lei do máximo.

SOLUÇÃO

a)

Quando se aplica doses crescentes de um nutriente, os aumentos de

produção são elevados inicialmente, mas decrescem sucessivamente”.

Assim, Mitscherlich, observou que, com o aumento progressivo das doses

de nutrientes que estão em falta no solo, a produtividade aumentaria

rapidamente no início tendente a uma resposta linear e estes aumentos

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tornavam-se cada vez menores até atingir um “plateau”, desta forma, não

haverá mais resposta a novas adições de adubos. Os fundamentos dessa lei

são básicos para análise econômica de experimentos de adubação, ou seja,

no cálculo da dose econômica. Produtividade econômica = produtividade

que proporciona maior lucro, ou seja, produzir mais unidade (kg ou

t)/hectare, com menores custos de produção por unidade. Normalmente, a

nível prático, a dose econômica é de 80 - 90% da produção máxima.

LEI DA INTERAÇÃO

Considerando o aspecto qualitativo da lei do mínimo, tem-se uma

variante moderna que é a lei da interação, que se expressa assim :

“ CADA FATOR DE PRODUÇÃO É TANTO MAIS EFICAZ QUANDO

OS OUTROS ESTANDO MAIS PERTO DO SEU ÓTIMO.”

Esta lei exprime que é ilusório estudar, isoladamente, um fator de

produção, e que, pelo contrário, cada fator deve ser considerado como

parte de um conjunto, dentro do qual ele está relacionado com os outros

por efeitos recíprocos, pois eles se interagem. Muitos experimentos têm

mostrado que existem interações entre os elementos e outros fatores de

produção, isto é, um ou mais elementos exercem influência mútua ou

recíproca. Essa influência pode ser positiva, sinérgica, como no caso de N x P;

N x K; P x Ca; P x S; P x H2O do solo; N x Irrigação; N x Controle de plantas

daninhas; ou, podem ter efeito negativo, antagônica, onde um fator ou

elemento limita a ação de outro elemento: Al x P; Al x Ca; P x Zn; P x Fe; P x

Cu; Ca x Zn; S x Mo; Ca x B; Zn x Fe. Estes efeitos dependem, em alto grau,

das concentrações existentes, como por exemplo, das modificações

provocadas na disponibilidade dos nutrientes pela aplicação de uma

supercalagem (Fassbender, 1978; Malavolta, 1980; Dibb & Thompson, 1985).

Na cultura de milho, por exemplo, a produtividade de 2.000 kg/ha da

RESPOSTA D

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testemunha sofre um incremento de 1.500 kg/ha com aplicação da "dose

ótima" de N, ou um incremento de 2.500 kg/ha com o uso da "dose ótima" de

P2O5, e pode elevar-se a uma produção de 7.000 kg/ha com aplicação dos

dois nutrientes em "doses ótimas". O efeito sobre a produtividade, no caso

da aplicação dos dois nutrientes, foi mais do que aditivo (5.000 kg/ha, em

lugar de 1.500 + 2.500 kg/ha), ou seja, houve um efeito interativo.

Essas interações ocorrem não somente no solo, mas, também, na

planta, a exemplo da presença de enxofre em quantidades adequadas na

planta, favorecendo o metabolismo do nitrato (NO3-

), e sua redução para

constituir aminoácidos. Se ocorrer elevação na concentração de S, diminui

a de NO3 -

e, ao contrário, ocorrerá acúmulo de NO3-

na planta.

LEI DO MÁXIMO

Normalmente, ao se aumentar ainda mais as doses de um nutriente,

observa-se que os rendimentos começam a diminuir. Assim, é o excesso

que limita ou prejudica a produção, considerando esse aspecto,

especialmente em relação à produção, desta forma, André Voisin (1973)

anunciou a lei do máximo, nos seguintes termos:

“O excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros

e, por conseguinte, pode diminuir o rendimento das colheitas”.

Respostas negativas por meio do decréscimo da produtividade são

observadas em resultados experimentais, não sendo este tipo de resposta

previsto na lei de Mitscherlich, na sua primeira aproximação.

Matematicamente, a resposta da planta, neste caso, pode ser bem

representada pela equação de segundo grau:

Y = b0 + b1 X − b2X2 Eq. 6

onde: Y é a produção obtida em resposta à quantidade do nutriente X

aplicado ao solo. Tendo-se os resultados experimentais ajustados a este

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modelo, o cálculo da produção máxima estimada e da quantidade de

nutriente X a ser aplicada para esta produção, pode ser realizado pelo

cálculo de máximos e mínimos (Alvarez V., 1985). Como a função de

Mitscherlich, na sua primeira aproximação (1909) não considerava a

possibilidade de diminuição da resposta, por efeito negativo (tóxico) de

novas adições de um nutriente, em 1928 este autor propôs a uma correção

desta equação adicionando um fator de correção para esse efeito tóxico.

LEI DA QUALIDADE BIOLÓGICA

Considerando os efeitos negativos na alimentação animal pela

produção de pastagem com teores desequilibrados de nutrientes, pela

adição exagerada de certos corretivos ou adubos, Voisin (1973) propôs a

"lei da qualidade biológica", considerada importante por ele, mas de difícil

aplicação prática, considerando que a aplicação de adubos deva ter como

primeiro objetivo a melhoria da qualidade do produto, a qual tem

prioridade sobre a produtividade. A deficiência ou excesso de certos

nutrientes nas plantas pode causar problemas à saúde daqueles que a

consomem. Evidentemente, tem merecido pouca atenção por parte dos

pesquisadores que têm relegado a qualidade do produto a um nível de

menor ou de mínima importância. Dentre os efeitos do uso de fertilizantes

sobre a qualidade das plantas utilizadas pelo homem ou pelos animais,

destaca-se o exemplo da cultura do fumo, na qual a adubação potássica

não deve ser realizada com cloreto de potássio, pois, o Cl- prejudica a

combustão do fumo.

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

O solo possuem determinadas características físicas, químicas e

biológicas, constituíndo assim, por uma fase sólida, outra líquida e uma

terceira gasosa (fig.3). As propriedades físicas, químicas e biológicas do

solo são determinadas pelo processo geológico de sua formação, origem

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dos minerais, e sua evolução de acordo com o clima e o relevo do local,

além dos organismos vivos que o habitam. Desta forma, a análise do solo é

a medida mais prática, rápida, direta e barata de se fazer uma análise racional

da fertilidade do solo e de transferir tecnologia desenvolvida pela pesquisa

ao agricultor .

Portanto, para se saber se um solo tem os nutrientes necessários em

qualidade e quantidade, deve-se fazer sua análise, onde será detectado a

falta de algum nutriente ou mesmo seu excesso que também pode

prejudicar a cultura, em parte ou totalmente, assim, em caso de falta deve-

se aplicá-lo ao solo buscando minimizar os efeitos negativos na produção.

Embora seja comum se fazer adubação sem realizar a análise do solo, o

correto e planejar e realizar a adubação conforme a necessidade do solo

não colocando nem a menos e nem a mais, complementando assim, a

necessidade da planta e abastecendo os coloides do solo.

A maior utilização da análise do solo é no sentido de orientação no

emprego de fertilizantes e calagem, usando as informações para

acompanhar as modificações nos teores dos nutrientes pelas diferentes

práticas de manejo, possibilitando o uso eficiente dos adubos e evitando as

possíveis contaminações do ambiente.

Assim, para se obter um resultado correto e preciso fazer uma

correta amostragem do solo, para que os resultados de uma análise

química do solo tenha validade e representatividade, é indispensável o

máximo cuidado e critério na coleta de amostras que deverão ser enviadas

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aos laboratórios. Nenhuma análise é melhor que uma boa coleta de

amostras, pois ela é que irá representar toda a área da propriedade onde

deverão ser aplicados os corretivos e fertilizantes.

OBJETIVOS DA AMOSTRAGEM

A amostragem de solo é assim uma das etapas fundamentais para a

avaliação da fertilidade do solo, sendo mais importante que as próprias

determinações analíticas realizadas em laboratórios. Desta forma, o

procedimento da amostragem tem por objetivo coletar o material mais

representativo possível de determinado espaço físico e que tenha

influência sobre o crescimento das plantas. Com isso, dependendo da

magnitude do erro associado a amostragem do solo, decisões errôneas

poderão ser tomadas e, ao invés de se obter benefícios com o uso dos

resultados, é mais provável que haja prejuízo (Fig. 8).

Fig. 8 - etapas de uma amostragem de solos

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Assim, um volume de 10 gramas de solo, utilizado na determinação

analítica dos seus principais nutrientes, representa 2 mil toneladas de solo

se a amostra for retirada de uma área de apenas 1 há (100x100x0,20

=2000 kg), isso vem para exemplificar a importância da amostragem na

análise da fertilidade, pois quantidades utilizada no laboratório e muito

pequena (10 g).

Fig. 9 – Esquema representativo de uma gleba de 1 ha e quantidade de

terra enviada para o laboratório (300gramas).

Amostragem de Solos

Para a amostragem é necessário elaborar um plano, ou seja, estudar

previamente a forma como serão coletadas as amostras, devendo assim,

separar a área total em áreas mais homogêneas possível. Dentro de uma área

homogênea espera-se que a variação entre os nutrientes e outras

propriedades do solo seja mínima, de forma que as amostras compostas

possam ser suficientes para caracterizar corretamente a área. Para tal,

consideram-se a aparência superficial do solo, sua posição no relevo (topo,

meia encosta, fundo de vale, margens do rio), o tipo de vegetação (mata,

taboca, pluma), o tipo de uso (café, pastagem, capoeira) e o manejo dado à

área (áreas aradas e não aradas que receberam calcário). Para qualquer

variação observada quanto às propriedades do solo, deve-se separar a área

em glebas para obter amostras compostas. Essas verificações devem ser feitas

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no local, não sendo recomendado utilizar mapas pedológicos em escalas

menores que 1:100.000, nos quais 1 cm representa distâncias de 1 km, o

que normalmente é muitas vezes superior à distância média entre dois

pontos extremos de uma gleba homogênea.

Entre as variáveis que devem ser observadas, o relevo local é a mais

importante, visto a possibilidade de ocorrerem zonas de enriquecimento e

empobrecimento, devido à posição do solo no relevo. Assim, as partes mais

elevadas do relevo são mais propensas a perdas de solo e nutrientes (zona

de empobrecimento) do que as partes mais baixas. As áreas de baixada

podem denotar áreas de acúmulo ou enriquecimento, o que já serve para

estratificar tais ambientes.

A estratificação da área quanto ao tipo de vegetação e ao histórico de

uso e manejo do solo depende muito da sensibilidade do técnico e da

interação com o produtor. Normalmente, o produtor conhece bem a área

que maneja, assim como as variações de textura, cor do solo, presença de

impedimentos à drenagem ou ocorrência de plantas espontâneas

endêmicas, entre outras importantes características que devem ser usadas

para diferenciar as glebas.

Comumente o que se encontra em muitas áreas é um mosaico de uso

do solo, ou seja, áreas geralmente compostas de pastagem, capoeiras de

várias idades e áreas de cultivo, que evidentemente deve ser estratificado

de modo a se obter uma amostragem mais eficiente e eficaz. Algumas

plantas de ocorrência natural (invasoras ou erva daninha) em áreas

desbravadas podem servir como indicadoras para estratificar determinados

ambientes, assim como suas potencialidades e restrições. Entretanto, a

indicação obtida pela presença dessas planta não são por si sós suficientes

para quantificar a fertilidade do solo, contudo, podem ser usadas para

separar glebas homogêneas dentro de cada área amostrada (fig.9).

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Fig. 9 - Plantas espontâneas indicadoras de ambientes e características

relacionadas à fertilidade do solo.

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TIPOS DE AMOSTRA, ÉPOCA DE AMOSTRAGEM

As amostras podem ser simples ou compostas, sendo que a amostra

composta consiste na mistura de partes iguais de várias amostras simples

retiradas ao acaso em uma gleba homogênea (fig. 10). As amostras

simples devem ser coletadas na profundidade de 0 a 20 cm quando para

fins de recomendação de adubação e calagem de culturas anuais.

Fig. 10 – amostras simples e compostas

Recomenda-se também a coleta na profundidade de 20 a 40 cm no caso

de culturas perenes, com o propósito de identificar se há algum impedimento

químico ao desenvolvimento das raízes em profundidade. Uma vez que a

aplicação de corretivos ou fertilizantes a essa profundidade do solo é mais

onerosa e mais difícil de ser executada, as informações da análise muitas

vezes aplicam-se mais para determinar a viabilidade ou não da implantação de

determinado tipo de cultivo na área amostrada. Amostras de 0-5, 5-10, 0-10

ou de 10-20 cm de profundidade também podem ser retiradas, porém são

úteis apenas para se conhecer a distribuição da fertilidade ao longo do perfil do

solo. Para fins de formulação de adubação e calagem, a coleta de amostras

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homogêneas de 0 - 20 cm é mais indicada, visto que as quantidades de

corretivos e fertilizantes a serem recomendadas serão as mesmas, caso sejam

coletadas amostras em profundidades parciais.

Assim, é importante também considerar o tempo gasto no transporte

ao laboratório, a realização dos testes, o envio dos resultados analíticos e a

recomendação de calagem e adubação ao interessado, sendo aconselhável

coletar as amostras de solo com 2 meses de antecedência à época ideal

para a calagem e no mínimo 90 dias antes do plantio, se for para culturas

anuais. Para realizamos essas amostragem existem várias ferramentas que

podem ser utilizadas (Fig.11);

Assim, conseguiremos uniformidade no volume de solo coletado em

cada ponto, melhorando desta forma a amostragem coletando em cada

camada de profundidade do solo (primeiros centímetros, porção mediana e

últimos centímetros) também deve ser uniforme. Nesse sentido, os trados

não estão entre as ferramentas mais indicadas do ponto de vista da

representatividade da amostra, geralmente os trados deformam as

amostras e retiram menores quantidades que o enxadão ou a pá reta,

mesmo assim está entre os preferido devido a sua praticidade. Outro ponto

importante é que quanto maior a quantidade de solo coletada em cada

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ponto amostral, melhor será a representatividade da amostra simples

melhorando assim a amostra composta. Agora vamos descrever algumas

destas ferramentas:

trado holandês – bom desempenho em qualquer tipo de solo, mas exige

grande esforço físico.

trado de rosca – mais adequado para solos arenosos e úmidos.

calador – ideal para amostragem em terra fofa e ligeiramente úmida.

trado tubular – utilizado para solos secos e compactados.

pá de corte ou pá reta – mais disponível e simples para o agricultor. A pá

de corte deve ser usada isoladamente em terra úmida e fofa, ou com o

enxadão em solo seco e compactado. Esse conjunto de ferramentas é o

mais adequado para a amostragem de solos e deve ser preferido sempre

que possível.

Assim, sempre que possível, recomenda-se retirar amostras com o

uso do enxadão ou da pá reta. Se for utilizada a amostragem por trados, o

mais indicado é que o número de pontos amostrados seja maior.

Dependendo da ferramenta a ser utilizada, o número de pontos (amostras

simples) por gleba homogênea pode variar de 15 a 40, por amostra

composta.

Durante o processo de amostragem faz-se necessário tomar alguns

cuidados para que a amostra seja a mais representativa possível. Assim,

quando se tomam amostras em duas profundidades (0-20 e 20-40 cm),

deve-se cuidar para que as camadas não sejam misturadas, fato que pode

ocasionar graves erros nos resultados finais. Esse cuidado deve ser tomado

principalmente quando se realiza a amostragem com trado, retirando-se

sempre, após cada tradagem, o excesso de solo que fica retido na parte

superior, especialmente ao se amostrar a camada de 20 a 40 cm.

Assim, para cultivos de ciclo curto fazer uma amostra na camada de

0 a 20 cm. Para pastagem recomenda-se a amostragem de 0-10 cm. Para

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culturas perenes, como café e essências florestais a profundidade poderá ir

ate 40 ou 60 cm, fazendo a amostragem por camada, como por exemplo:

de 0 a 20 cm; 20 a 40 cm e 40 a 60 cm, constituindo-se uma amostra

composta por cada camada. As tabelas abaixo exemplifica, quantos pontos

deve ser retirado pelo tamanho da gleba e a profundidade da amostragem.

Tamanho da área homogênea

Nº de amostras simples para uma amostra composta

Bibliografia

10 m2 a vários hectares 20 COMISSÃO (1994)

Nunca superior a 20 hectares

20 RAIJ et al. (1996)

Menor ou igual a 10 hectares

10 a 20 IAPAR (1996)

Menor ou igual a 4 hectares (uniforme)

15 MACHADO (1999)

Cultura Profundidade (cm)

Plantio convencional 0- 20

Pastagem 0- 10

Pastagem degradada 0-20

Plantio direto Uma de 0-5, outra de 5 – 20

Outro aspecto importante a ser considerado é a distribuição dos

pontos de coleta das amostras simples dentro do extrato. É fundamental

que os pontos de coleta estejam distribuídos por toda a área para que a

amostra composta seja representativa do extrato. Recomenda-se que a

escolha dos pontos seja ao acaso, percorrendo em zigue-zague toda a área

da unidade de amostragem, conforme ilustra Figura 13. Apesar da

localização aleatória dos pontos de amostragem devem-se evitar acidentes

estranhos na área, tais como formigueiros, cupinzeiros, locais de queimada

e deposições de fezes em pastagens. Além deste aspecto os resíduos

vegetais sobre o solo devem ser removidos no ponto de coleta tomando o

cuidado para não remover nenhuma quantidade de solo, o qual deve ser

amostrado a partir de sua superfície. Deve-se também evitar o contato do

solo com o suor das mão que pode contaminar a amostra, o que pode

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resultar em alterações no teor de cátions trocáveis como o sódio.

Em muitos casos, quando a amostra necessitar permanecer

armazenada por algum tempo antes de ser processada para análise,

recomenda-se uma secagem prévia, de forma a evitar alterações na

composição química do solo. A secagem prévia consiste em colocar a

amostra para secar ao ar livre, na sombra, por 2 a 3 dias.

Depois de tudo isso, e preciso identificar corretamente cada amostra,

com etiquetas e caracterizadas em formulários próprios, fornecidos pelos

laboratórios de análises, para que ao final seja possível determinar a qual

gleba corresponde o resultado obtido. Recomenda-se que a etiqueta seja

preenchida utilizando lápis ou grafite, a fim de evitar que fique ilegível,

caso molhe. Podem-se também utilizar dois sacos plásticos: um com solo e

etiquetado do lado de fora e outro para proteger essa embalagem. Assim,

deve-se colocar nesse formulário os seguintes itens: nome do solicitante;

data e período da amostragem; local da amostragem (estado, município,

nome da propriedade e, se possível, as coordenadas locais); número da

amostra; profundidade de coleta e tamanho da área amostrada; tipo de

relevo (encosta de morro, terra plana, alto do morro, várzea ou baixada).

Figura 11. Estratificação de uma paisagem unidades (estratos) de amostragem.

Vamos exercitar!

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3 – FUNDEP-IFNMG Engenheiro Florestal – 2014

A amostragem é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação

da fertilidade do solo, pois é com base na análise química dessa amostra

que se realiza a interpretação e são definidas as doses de corretivos e

adubos. Em relação a esse processo, é CORRETO afirmar que:

a) no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir os erros cometidos

na amostragem do solo.

b) no laboratório, consegue-se corrigir os erros cometidos na amostragem

do solo com uma mistura média do solo da área.

c) no laboratório, se consegue minimizar os erros cometidos na

amostragem do solo sendo necessárias mais amostras simples.

d) no laboratório, não se corrigem os erros cometidos na amostragem do

solo, mas pode-se minimizar o erro realizando 3 (três) analises repetidas

da amostra composta.

SOLUÇÃO

a)

E comum o agricultor fazer a coleta indevida, não separa corretamente as

áreas, isso acarreta enorme prejuízo para ele mesmo, pois no laboratório

não se consegui corrigir os erros causados na amostragem.

RESPOSTA A

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AMOSTRAGEM DE SOLO NA AGRICULTURA DE PRECISÃO

AMOSTRAGEM GEORREFERENCIADA

Atualmente no Brasil, a amostragem de solo georeferenciada tornou-se

uma das principais ferramentas utilizadas na Agricultura de Precisão (AP),

garantindo geração de mapas de atributos do solo orientando a aplicações de

fertilizantes e corretivos em taxas variáveis, de acordo com os mapas gerados,

sendo que nas atividades agrícolas, esse é um processo imprescindível para o

levantamento de parâmetros da lavoura, uma vez que avaliar um campo de

produção em sua totalidade é normalmente uma tarefa inviável econômica ou

tecnicamente.

Dentro das aplicações da agricultura de precisão, a amostragem

representa uma das principais formas de levantamento de dados do campo,

fornecendo informações essenciais para a posterior aplicação dos insumos. Ela

tem como objetivo, não só caracterizar a condição da lavoura para certo

parâmetro, mas também estimar a distribuição espacial do atributo, ou

seja, determinar o quanto ele varia dentro do talhão. Essa amostragem

precisam ser representativas, sendo significativamente maiores que nas

práticas convencionais. Outro ponto a ser levado em conta é que ela deve ser

georreferenciada, ou seja, deve ter a sua posição conhecida no espaço, o que

permite o mapeamento daquele ou daqueles atributos.

Os demais procedimentos da amostragem, por exemplo, profundidade

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da coleta de solo, folha selecionada para amostras de tecido, deve seguir, na

medida do possível, as prescrições estabelecidas para a coleta de amostras já

utilizadas na prática convencional. Existem basicamente dois métodos para a

amostragem georreferenciada no contexto da agricultura de precisão, cada um

deles com algumas variações.

O primeiro denomina-se amostragem em grade, que por sua vez,

apresenta dois tipos, a amostragem por ponto ou por célula. Em ambos, os

locais de amostragem são distribuídos sistematicamente, de maneira a cobrir

todo o talhão. O segundo método é a amostragem direcionada, onde os locais

de coleta são atribuídos de acordo com mapas de outros fatores, como mapas

de produtividade, por exemplo, que indicam regiões que demandam

investigação por amostragem.

Amostragem em grade por ponto

A amostragem de solo em grade por ponto é o procedimento de

investigação que mais se popularizou no Brasil. Nessa técnica, uma grade

regular virtual é gerada sobre o talhão por meio de um sistema de

informação geográfica (SIG), dividindo o campo em polígonos regulares

(quadrados ou hexágonos, por exemplo). Dentro de cada polígono é gerado

um ponto amostral. Este pode estar localizado no centro ou aleatoriamente

no seu interior (Figura 1 e 2).

Figura 1 – Amostragem para agricultura de precisão (Grid).Fonte:

http://embracal.com.br/informacoes-tecnicas/qual-a-importancia-da-amostragem-de-solo/

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Figura 2 : Alocação de pontos no centro (a) e aleatoriamente (b) dentro dos polígonos da grade.

Fonte:http://www.agriculturadeprecisao.org.br/upimg/publicacoes/pub_boletim-tecnico-02---

amostragem-georreferenciada-03-02-2015.pdf

As coordenadas dos pontos são então transferidas para um receptor

GNSS de navegação que guiará a equipe de coleta até o local de amostragem.

Ao redor de cada ponto georreferenciado são coletadas subamostras. Orienta-

se que elas sejam retiradas dentro de um raio em torno do ponto equivalente

ao erro de posicionamento do receptor de GNSS utilizado, por exemplo, 3 a 5

m para um receptor de navegação comum. Com essa prática, pretende-se

diluir o erro do receptor para a representação do ponto amostral. A quantidade

de subamostras varia dependendo do fator amostrado. Quanto maior o

número de subamostras menor será o erro amostral, porém maior será o

tempo demandado para o trabalho e consequentemente, maior o custo.

Tem sido comum a coleta em torno de 8 a 12 subamostras por ponto

para a amostragem de solo, essas são homogeneizadas gerando uma

amostra composta, posteriormente, os resultados laboratoriais de cada

amostra são vinculados às respectivas coordenadas. Para geração do mapa

final é realizada a interpolação dos dados, que estima valores em locais não

amostrados, preenchendo assim toda a superfície do mapa (Figura 2).

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Figura 2: Geração do mapa de fertilidade por meio da interpolação de dados obtidos

por amostragem em grade.

Fonte:http://www.agriculturadeprecisao.org.br/upimg/publicacoes/pub_boletim-tecnico-02---

amostragem-georreferenciada-03-02-2015.pdf

Desta forma, a densidade amostral, ou seja, a quantidade de pontos

amostrais por unidade de área afetam diretamente a qualidade do mapa

final gerado a partir da amostragem. Então, quanto maior a quantidade de

pontos, melhor é a representação da área, porém mais cara e laboriosa fica

a coleta e a análise das amostras.

Figura 3: Mapa de diagnóstico e prescrição de calagem

Amostragem direcionada

Na amostragem direcionada, não existe uma disposição regular dos

locais de amostragem. Eles são escolhidos com base em mapas já obtidos

da área, buscando investigar locais específicos no talhão. Para definir os

pontos de amostragem é recomendado o uso de mapas de produtividade,

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índice de vegetação, relevo, mapas de tipo de solo, textura ou

condutividade elétrica do solo. Esses mapas podem evidenciar regiões que

necessitam investigação, por exemplo, áreas de baixa produtividade ou

baixo índice de vegetação (Figura 4). No caso de sistemas que empregam

unidades de gestão diferenciada (UGD), o direcionamento da amostragem

será realizado com base nas UGDs, ou seja, uma amostra composta por

unidade. A amostragem direcionada é recomendada para sistemas de

produção mais amadurecidos em AP, já que se exige histórico de dados

sobre a área.

EQUIPAMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE SOLO

Como a quantidade de amostras coletadas na agricultura de precisão

é significativamente maior do que na prática convencional, é natural que os

sistemas de coleta evoluíssem para ferramentas mais práticas e ágeis

(Figura 5). Os sistemas de amostragem de solo são normalmente

compostos por uma fonte de potência, um elemento sacador e em alguns

casos um veículo para transporte. Como fonte de potência tem-se

principalmente motores de combustão interna, que são autônomos, os

motores elétricos, que necessitam de alimentação externa, ou os

hidráulicos, que se utilizam do sistema hidráulico do trator, do veículo ou

de um motor e bomba hidráulica externos. Como elemento sacador, têm-se

os trados de rosca, caneca ou holandês e caladores ou sondas. Os mais

comuns em sistemas mecanizados de amostragem são os trados de rosca e

caladores. Como veículos, tem sido comum a utilização de quadriciclos,

caminhonetes, utilitários ou o próprio trator.

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Figura 5: Amostrador hidráulico automatizado montado em quadriciclo

Paramos por aqui, aguardamos vocês na nossa próxima aula. Até lá.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

Fertilidade potencial pode ser resumida em:

b) fertilidade estimada a partir da determinação dos teores de nutrientes

no solo por determinados extratores químicos.

c) fertilidade decorrente do processo de formação do solo: material de

origem + ambiente + organismos + tempo. Fertilidade de um solo nunca

trabalhado.

d) fertilidade do solo após a ação antrópica (do homem). Fertilidade

após práticas de manejo que visam fornecer nutrientes para as culturas

por meio de correção e adubação mineral ou orgânica.

e) fertilidade que tem ação direta na produção da cultura instalada.

f) fertilidade que pode se manifestar a partir de determinadas

condições. Nesse caso, alguma característica do solo pode estar

limitando a real capacidade do solo em ceder nutrientes para as plantas.

Ex.: Solos ácidos.

SOLUÇÃO

g)

Fertilidade é a capacidade do solo de ceder nutrientes para as plantas. A

fertilidade do solo pode ser dividida em quatro tipos:

a) Fertilidade Natural: É a fertilidade decorrente do processo de formação

do solo: material de origem + ambiente + organismos + tempo. Fertilidade

de um solo nunca trabalhado.

b) Fertilidade Atual: É a fertilidade do solo após a ação antrópica (do

homem). Fertilidade após práticas de manejo que visam fornecer nutrientes

para as culturas por meio de correção e adubação mineral ou orgânica.

c) Fertilidade Potencial: É a que pode se manifestar a partir de

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determinadas condições. Nesse caso, alguma característica do solo pode

estar limitando a real capacidade do solo em ceder nutrientes para as

plantas. Ex.: Solos ácidos.

d) Fertilidade Operacional: É a fertilidade estimada a partir da

determinação dos teores de nutrientes no solo por determinados extratores

químicos. Nem sempre a fertilidade operacional é exatamente a fertilidade

natural ou a atual do solo. Elas se correlacionam, mas podem não ser

exatamente iguais.

2 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

Os fatores que afetam a produtividade das culturas podem ser

classificados em genéticos e ecológicos. Assinalar a alternativa que cita os

fatores ecológicos que têm efeito sobre o desenvolvimento:

a) Umidade, adubação, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

b) Umidade, aeração, aplicação de fungicida, temperatura,

características de subsolo e fatores bióticos.

c) Umidade, aeração, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

d) Umidade, aeração, energia radiante, movimento intenso de

máquinas, características de subsolo e fatores bióticos.

SOLUÇÃO

Principais fatores ambientais que afetam o crescimento vegetal são a Luz,

Temperatura, Disponibilidade de água, Salinidade, Gases Oxigênio, Gás

carbônico, características de subsolos e Fatores bióticos são todos os

organismos vivos presentes no ecossistema e suas relações.

RESPOSTA E

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3 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

No processo de cultivo de qualquer planta é importante que se obtenha índices

satisfatórios de produção, diminuição dos custos e incremento da margem de

lucro.

Em relação a essa afirmativa, que importante lei da fertilidade do solo está

representada na figura acima?

a. Lei de Liebieg.

b. Lei da restituição.

c. Lei do mais com menos.

d. Lei de Mitscherlich.

e. Lei do máximo.

SOLUÇÃO

Quando se aplica doses crescentes de um nutriente, os aumentos de

produção são elevados inicialmente, mas decrescem sucessivamente”.

Assim, Mitscherlich, observou que, com o aumento progressivo das doses

de nutrientes que estão em falta no solo, a produtividade aumentaria

rapidamente no início tendente a uma resposta linear e estes aumentos

tornavam-se cada vez menores até atingir um “plateau”, desta forma, não

RESPOSTA C

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haverá mais resposta a novas adições de adubos. Os fundamentos dessa lei

são básicos para análise econômica de experimentos de adubação, ou seja,

no cálculo da dose econômica. Produtividade econômica = produtividade

que proporciona maior lucro, ou seja, produzir mais unidade (kg ou

t)/hectare, com menores custos de produção por unidade. Normalmente, a

nível prático, a dose econômica é de 80 - 90% da produção máxima.

4 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

A amostragem é a primeira e principal etapa de um programa de

avaliação da fertilidade do solo, pois é com base na análise química

dessa amostra que se realiza a interpretação e são definidas as doses de

corretivos e adubos. Em relação a esse processo, é CORRETO afirmar

que

a) no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir os erros

cometidos na amostragem do solo.

b) no laboratório, consegue-se corrigir os erros cometidos na

amostragem do solo com uma mistura média do solo da área.

c) no laboratório, se consegue minimizar os erros cometidos na

amostragem do solo sendo necessárias mais amostras simples.

d) no laboratório, não se corrigem os erros cometidos na amostragem do

solo, mas pode-se minimizar o erro realizando 3 (três) analises repetidas

da amostra composta.

SOLUÇÃO

E comum o agricultor fazer a coleta indevida, não separa corretamente

as áreas, isso acarreta enorme prejuízo para ele mesmo, pois no

laboratório não se consegui corrigir os erros causados na amostragem.

RESPOSTA D

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5 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

Com relação à química do solo, é CORRETO afirmar:

(A) Nos solos inundados, ocorre o fenômeno de autocalagem.

(B) O fósforo é bastante móvel nos solos brasileiros; portanto, é maior a

resposta das culturas ao parcelamento desse nutriente.

(C) Os solos brasileiros podem ser considerados de alta fertilidade natural,

em razão das múltiplas vantagens nutricionais que apresentam.

(D) A rotação de culturas, o uso de adubos verdes e a aplicação de nitrogênio

contribuem para a preservação e/ou aumento da matéria orgânica do solo.

SOLUÇÃO

Em solos alagados, a correção da acidez acontece naturalmente, como

consequência do processo de redução do solo. Disso resulta o fenômeno

conhecido como “autocalagem”, que depende diretamente da atividade

microbiana do solo e constitui-se em um processo gradual e progressivo,

até atingir um ponto de equilíbrio.

Com relação à fertilidade do solo e nutrição mineral das plantas, é

CORRETO afirmar:

(A) Por ser exigido em pequenas quantidades pelas plantas, o N não é

considerado um nutriente.

(B) Para avaliação da fertilidade do solo, a análise dos teores de nitrogênio

mineral no solo é pouco utilizada no Brasil.

RESPOSTA A

RESPOSTA A

6 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

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(C) O teor de água do solo e fatores ligados à planta não interferem na

disponibilidade de nutrientes para as culturas.

(D) A solução do solo é o compartimento ideal para avaliar a

disponibilidade de nutrientes para as plantas, uma vez que sua

concentração é pouco variável.

SOLUÇÃO

Iremos direto para a alternativa correta, pois a alternativa a dispensa

comentários, o item B, e o correto, assim a utilização da análise química de

solo para predizer as necessidades de corretivos e de adubos das culturas,

geralmente, atende a critérios de eficiência, praticidade e precisão, que a

tornam fundamental em uma agricultura competitiva e ambientalmente

responsável. Apesar disso, no Estado de São Paulo e na maioria dos estados

do Brasil, o nitrogênio, nutriente mais caro, exigido em maior quantidade pela

maioria das plantas cultivadas, poluente e potencialmente tóxico para plantas

e animais, não é recomendado com base em análise química de solo. No

Estado de São Paulo, a recomendação de adubação nitrogenada para culturas

anuais é baseada em expectativa de produtividade e histórico de cultivo (RAIJ

et al., 1996), enquanto nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina

e na região do Cerrado ela é feita com base na expectativa de produtividade,

no histórico de cultivo e também nos teores de matéria orgânica do solo

(CANTARELLA, 2007). Nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina,

pesquisas têm demonstrado relações positivas entre a matéria orgânica do

solo e o nitrogênio mineralizado em incubação de solo (PÖTTKER & TEDESCO,

1979; REICHMANN SOBRINHO, 1989; CAMARGO et al., 1997; RHODEN et al.,

2006a), a absorção do nitrogênio ou a resposta ao nutriente por culturas

anuais em casa de vegetação ou a campo (ANGHINONI, 1986; GIANELLO et

al., 2000; RHODEN et al., 2006a,b). Experimentos clássicos realizados no

Estado de São Paulo, particularmente com a cultura do milho, sustentam, no

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entanto, a decisão de não utilizar os teores de matéria orgânica para predizer

a resposta da cultura ao nitrogênio (RAIJ et al., 1981).

Quanto às afirmativas sobre solos, é correto afirmar, EXCETO:

(A) Em solos de regiões mais frias, predominam os minerais de argila de

maior atividade química.

(B) A matéria orgânica no solo tende a ser mais preservada nas áreas onde

é maior o teor de argila do solo.

(C) As taxas de mineralização da matéria orgânica do solo são menores nos

trópicos em relação àquelas dos solos de regiões temperadas.

(D) Entre todos os coloides encontrados no solo, é maior a chance de haver

grande densidade de cargas negativas nos coloides orgânicos.

SOLUÇÃO

A letra C está incorreto, a taxa de mineralização da matéria orgânica em

regiões temperadas (ex. Europa Central) é de aproximadamente 2% e nos

trópicos úmidos (ex. Amazônia) é de 4 a 5%. Por outro lado, a produção de

biomassa, ou seja, de vegetação, é maior nos trópicos úmidos. Desta forma, a

taxa de mineralização e maior nos trópicos e menor nas regiões temperadas

8 - técnico de Laboratório – Solos - UFRPE - SUGEP/UFRPE – 2016

Para amostragens de solos com fins de análises físicas, é correto afirmar que:

RESPOSTA B

7 - Engenheiro Agrônomo – PRGDP - UFLA – 2013

RESPOSTA C

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A) independente do atributo físico a ser quantificado, a coleta deverá ser realizada

via trado.

B) independente do atributo físico a ser quantificado, a amostra do solo deverá ser

coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico ou em forma de agregado (torrão).

C) caso o objetivo seja a quantificação das frações granulométricas do solo, a

amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico, com auxílio

do amostrador tipo Uhland.

D) caso o objetivo seja a quantificação da densidade de partículas sólidas do solo,

a amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, em forma de agregado (torrão).

E) caso o objetivo seja a quantificação da densidade do solo, sendo este com

textura argilosa, bem estruturado, a amostra deverá ser coletada,

obrigatoriamente, via anel volumétrico com auxílio do amostrador tipo Uhland ou

em forma de agregado (torrão).

SOLUÇÃO

Para avaliar a compactação do solo são utilizados alguns atributos físicos

como a resistência à penetração (RP) e densidade do solo (DS). Porém,

esses atributos variam muito de solo para solo dificultando o

estabelecimento de valores limitantes similares para todos os tipos de solo.

Por exemplo, para um mesmo valor de DS um solo argiloso pode estar

muito compactado, enquanto para outro tipo de solo com textura mais

grosseira, esse valor pode indicar solo extremamente solto (BEUTLER et

al., 2008). HÅKANSSON & LIPIEC (2000) afirmam que essas propriedades

não podem ser diretamente utilizadas para comparar o estado de

compactação de solos diferentes. A propriedade denominada densidade

relativa do solo (Dsr) tem sido utilizada para caracterizar o estado de

compactação, que é menos influenciada pelas características dos minerais

no solo e independe do tipo e granulometria do solo (HÅKANSSON &

LIPIEC, 2000).

Sabendo que a Dsr é uma importante ferramenta para caracterizar o

estado de compactação de um solo, e que a mesma consiste na divisão da

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densidade do solo atual pela densidade máxima do solo, é de suma

importância coletar o solo da melhor maneira possível, de maneira que a

amostra indique de fato a verdadeira densidade atual do solo, para que os

resultados representem a real situação da área em questão. A amostragem

do solo é o primeiro passo para o conhecimento e manutenção da

qualidade química e física do solo da área, e dessa forma, para que realize

uma correta recomendação do manejo do solo, visando uma boa

produtividade das culturas. Contudo, a maior fonte de erros de uma análise

de solo está na amostragem inadequada, o que pode conduzir a resultados

falsos (FRÁGUAS, 1992). Diante do exposto, temos diferentes tipos de

amostradores de solo que podem interferem no resultado da densidade do

solo e, consequentemente, na obtenção da porosidade total, implicando na

forma em que o solo deverá ser manejado. Temos assim, alguns exemplos

de amostradores de solo: trado de rosca e de impacto, trado de rosca,

trado Castelo, trado de encaixe e trado tipo Uhland, sendo esse com coletor

cuja capacidade é de um anel espaçador e um cilindro de alumínio, com

volume de 270 cm3. s amostras foram retiradas do cilindro do coletor, em

seguida foi realizado um corte no extremo excedente de solo na parte

inferior do anel, com a espátula, deixando apenas um pouco de solo

excedendo o tamanho do cilindro. Posteriormente as amostras são

embrulhadas em papel alumínio, e armazenadas em local fresco e lacrado

para não perder a umidade natural.

9 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório – 2015

Em um experimento laboratorial controlado, populações de uma espécie X

de minhoca apresentaram sobrevivência média de 90%, quando criadas em

condições ótimas de temperatura e oxigênio do solo. Por outro lado,

populações dessa mesma espécie de minhoca apresentaram, nas mesmas

RESPOSTA E

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condições de temperatura e umidade anteriores, sobrevivência média de

apenas 55%, quando a umidade do solo caiu para menos de 40%. As

diferenças encontradas podem ser explicadas por um importante conceito

ecológico, também denominado de:

A) Lei da Umidade Mínima.

B) Lei do Mínimo de Liebig

C) Lei da Temperatura Ótima.

D) Lei do Máximo de Alle

Lei do Distúrbio Intermediário

SOLUÇÃO

A Lei do Mínimo em questão foi proposta pelo biólogo alemão Justus Liebig

ainda no século XIX, e diz que “o sucesso de um organismo em um meio

ambiente depende de que nenhum fator de sobrevivência exceda seu limite

de tolerância”. Em outras palavras, para que um ser vivo continue vivo,

todos os fatores necessários à sua sobrevivência devem estar presentes, de

nada adiantando haver excesso de todos se um estiver em falta. Liebig

concluiu, acertadamente, que “o organismo não é mais forte que o elo mais

fraco de sua cadeia ecológica de necessidades”. Estudando a agricultura,

ele percebeu, por exemplo, que muitas culturas minguavam, não por falta

dos nutrientes necessários em grandes quantidades, como água e dióxido

de carbono, mas por insuficiência de uma substância que a planta necessita

em quantidades minúsculas, como o zinco. Sua afirmação de que “o

crescimento de uma planta é dependente da quantidade de alimento que se

lhe apresente em quantidade mínima”, foi adotada pela ciência como a “Lei

do Mínimo de Liebig”.

RESPOSTA B

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10 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório - 2015

A figura acima representa uma lei da ecologia populacional. Essa lei expressa a ideia

de que o sucesso de um organismo em um meio ambiente depende de que nenhum

fator de sobrevivência exceda seu limite de tolerância, explicando que, para que

um ser vivo continue vivo, todos os fatores necessários à sua sobrevivência

devem estar presentes e afirma que o fator que apresentar condições mínimas

poderá controlar o processo. Essa lei populacional representada consiste na:

(A) Lei de Malthus

(B) Lei de Allee

(C) Lei de Verhulst

(D) Lei de Liebig

(E) Lei de Fenchel

SOLUÇÃO

E o que víamos na questão anterior.

RESPOSTA D

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11 - IFRS - Professor Agropecuária – 2016

Com relação à amostragem de solo para frutíferas é CORRETO afirmar:

a) A recomendação geral é amostrar o solo nas camadas de zero a 30 cm e,

em alguns casos dependendo da cultura, de 30 a 60 cm de profundidade,

antes de iniciar o cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a

30 cm de profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

b) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de

corte, nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns casos (dependendo da

cultura), de 20 a 40 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o

plantio, podem - se coletar amostras de zero a 20 cm de profundidade para

a reavaliação da fertilidade do solo.

c) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo

(trado rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou

trado fatiador) amostrar o solo nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns

casos dependendo da cultura, de 20 a 40 cm de profundidade, antes de

iniciar o cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 20

cm de profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

d) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de

corte, nas camadas de zero a 30 cm e, em alguns casos (dependendo da

cultur(A), de 30 a 60 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o

plantio, podem-se coletar amostras de zero a 30 cm de profundidade para

a reavaliação da fertilidade do solo.

e) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo

(trado rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou

trado fatiador), amostrar o solo nas camadas de zero a 40 cm e, em alguns

casos (dependendo da cultura), de 40 a 60 cm de profundidade, antes de

iniciar o cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 40

cm de profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

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SOLUÇÃO

De maneira geral, a amostra é retirada à profundidade de 20 cm, devendo

representar uma porção uniforme de 0 a 20 cm. Em áreas ainda não

preparadas mecanicamente (aração, gradagem, etc.) ou com cobertura morta,

deve-se limpar a superfície do solo nos locais escolhidos para retirar as

subamostras, removendo-se folhas, ramos ou galhos com cautela suficiente

para não remover parte significativa do solo.

A adoção das amostragens a 20 cm apresenta vantagens na

uniformização do procedimento que permite a comparação de resultados

obtidos no passado, visando a constituição de um histórico da fertilidade

química, e também possibilita a comparação com resultados de análise de

solos de outras localidades. Amostragem nesta profundidade vem sendo

normalmente adotada em sistemas de cultivo convencional, onde o preparo do

solo, para a semeadura da cultura anual, consiste numa aração e duas

gradagens. Neste sistema, o solo sofre um revolvimento na camada de 0-20

cm. Objetivando averiguar o ambiente radicular no subsolo, recomenda-se

ainda que se faça a amostragem nas profundidades de 20-40 e 40-60 cm.

Há evidências de que nestas profundidades a presença de alta

quantidade de alumínio associada à deficiência de cálcio, possam atuar

como uma barreira química, impedindo o crescimento radicular em

profundidade. Para o algodoeiro, o conhecimento das condições de acidez

subsuperficial é muito importante, pois saturações de alumínio superiores a 20

% podem comprometer ou até inviabilizar a cultura nestas áreas. Este

procedimento de amostragem também é recomendado para áreas novas de

cultivo. Em pastagens sob manejo extensivo, onde raramente se faz

adubações ou renovações, também se recomenda a amostragem na

profundidade de 0-20 cm.

Em sistemas de plantio direto há uma tendência de concentração dos

nutrientes e da matéria orgânica nos primeiros centímetros de solo,

devendo-se basicamente ao padrão de mobilidade dos íons no solo, não

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incorporação de fertilizantes e corretivos através do revolvimento e ao

enriquecimento das camadas mais superficiais pela decomposição dos

resíduos das culturas. Assim, visando detectar a existência ou não de um

gradiente de fertilidade, torna-se necessário executar uma amostragem

mais estratificada: 0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm. Tal procedimento deve

ser adotado também para pastagens sob manejo intensivo.

Para culturas perenes (Ex. café e frutíferas) já instaladas, amostrar de

0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm na projeção da copa, que é o local da

adubação, podendo-se retirar uma segunda amostra entre as linhas de plantio

ou no centro das ruas, porque a aplicação por vários anos de fertilizantes sob

a projeção da copa causa não apenas um gradiente de fertilidade vertical,

como no plantio direto, mas também horizontal. Embora as culturas

perenes tenham um sistema radicular mais profundo, elas apresentam

menor demanda de nutrientes por volume de solo e por unidade de tempo

do que as culturas anuais, devido ao crescimento lento e à absorção

diferencial de nutrientes durante o ano. Isto torna necessário que se avalie

um maior número de camadas para o diagnóstico da fertilidade. Na

instalação das culturas, a amostragem deve ser feita na profundidade de 0-

20, 20-40 e 40-60 cm.

amostragem em lavouras para plantio de cana-de-açúcar deve ser

feita nas profundidades de 0-25 e 25-50 cm, cerca de dois meses antes do

plantio. Já para as soqueiras deve-se realizar a amostragem logo após o

corte, retirando as subamostras a cerca de um palmo (20 a 25 cm) da

linha. As amostras retiradas na linha irão superestimar os teores de P e K,

enquanto as na entrelinha superestimarão os teores de Ca e Mg (e,

portanto, a Soma de Bases e V%), e subestimar o P e K.

RESPOSTA C

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12 - Técnico em Laboratório – Solos - UFG – 2009

A amostragem constitui uma etapa importante em qualquer método analítico. Na

amostragem de solo para fins de fertilidade recomenda-se, para constituir uma

amostra composta, retirar, por área homogênea,

(A) 1 a 5 amostras simples.

(B) 5 a 10 amostras simples.

(C) 10 a 15 amostras simples.

(D) 15 a 20 amostras simples.

SOLUÇÃO

Considerando a variabilidade do terreno, a subárea não deve ser

superior a 20 ha; para cada subárea, coletar quinze a vinte amostras

simples a uma profundidade de 0 - 20 cm e outras vinte a uma

profundidade de 20 - 40 cm, colocando a terra em duas vasilhas limpas.

Misturar toda terra coletada de cada profundidade e, da mistura, retirar

uma amostra composta com aproximadamente 0,5 kg de solo e colocá-la

num saco plástico limpo ou numa caixinha de papelão. Identificar essas

duas amostras e enviá-las para um laboratório;

A amostragem de solo constitui etapa fundamental para o adequado preparo

do solo e correção da fertilidade. Assinale a alternativa correta a respeito do

processo de amostragem

RESPOSTA D

13 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

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A) A amostra deve ser representativa da área considerada, ainda que ocorram

pequenas contaminações ou alterações significativas no seu processo de coleta,

secagem e acondicionamento.

B) Devem-se retirar amostras de antigos caminhos, de locais próximos a

residências, galpões, formigueiros, estradas, pocilgas, currais etc., de forma a

representar os diferentes atributos da área.

C) Nas culturas convencionais, a época ideal para a amostragem de solo para as

culturas anuais é logo após o término das colheitas; para as perenes,

independente da época do ano.

D) A propriedade deve ser dividida em glebas uniformes quanto a cor, textura,

topografia, profundidade do perfil, cultura atual e manejos anteriores em

adubação e calagem.

E) Na maioria dos casos, as amostras devem ser retiradas dos 20 cm mais

superficiais do solo, não sendo necessária a remoção de folhas caídas, detritos e

restos culturais.

SOLUÇÃO

O recomendado é que a coleta seja feita no mínimo 3 meses antes do

plantio. Com isso tem-se o tempo adequado para levar a amostra ao

laboratório; receber os resultados; levá-los a um profissional da área para

que ele estabeleça as recomendações. Assim, a amostragem da

propriedade ou a área deve ser dividida em glebas de até 10 hectares,

numerando-se cada uma delas, devendo ser homogêneas quanto ao uso

anterior, tipo de solo e aspecto geral da vegetação. As glebas são

percorridas em ziguezague, retirando-se 20 amostras simples, que devem

ser misturadas, separando-se uma amostra composta de 300 grama para

ser enviada ao laboratório.

14 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

RESPOSTA D

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A amostragem de solo é considerada uma das etapas mais críticas de um

programa de recomendação de calagem e adubação para as diferentes culturas e

zonas agroecológicas do Brasil. Embora seja a etapa mais simples, é a operação

mais importante, pois uma pequena quantidade de solo coletada deverá

representar os atributos físico-químicos de uma grande área. Considerando a

importância da etapa de amostragem de solo em um programa de recomendação

de calagem e adubação, avalie as avalie as afirmativas abaixo:

I. O erro devido a uma amostragem de solo malconduzida é geralmente o mais

significativo, comparativamente às etapas de determinações químicas e físicas,

interpretação dos resultados das análises e recomendação de corretivos e

fertilizantes.

II. O erro devido à amostragem de solo poderá ser corrigido nas etapas

subsequentes de um programa de adubação e calagem, por exemplo, por ocasião

das determinações químicas e físicas do solo.

III. Dados obtidos em campo por meio da observação são suficiente para

determinar possíveis problemas nutricionais das plantas.

IV. Os procedimentos de amostragem não precisam ser seguidos rigorosamente, pois

as análises laboratoriais corrigem falhas cometidas na coleta de solo em campo.

V. O solo é heterogêneo em sua distribuição na paisagem, sendo essa

heterogeneidade ampliada pelas práticas de manejo do solo, cultura e fertilização.

É correto apenas o que se afirma em

A - I e V.

B - III e V.

C - I, II e IV.

D - I, III e IV.

E - II, IV e V.

SOLUÇÃO

Questão tranquila, a amostragem é considerada a fase mais crítica de

um programa de recomendação de correção e adubação baseado em análise

química de terra. O objetivo da amostragem é caracterizar a fertilidade de

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uma área ou gleba de grande dimensão, por meio da determinação das

quantidades de nutrientes e outros elementos presentes, através de uma

pequena fração de terra. A pesquisa tenta sistematizar certos procedimentos a

fim de minimizar os erros de amostragem, devido a heterogeneidade que os

solos apresentam. Os responsáveis pela coleta devem seguir com muito

critério os procedimentos sugeridos, principalmente com relação à escolha da

área a amostrar, número de subamostras a serem coletadas que representem

adequadamente o solo, e os cuidados pertinentes no momento da coleta.

15 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande carga

de agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas.

Considerando que aa amostragem é determinante para análise de resíduos de

agroquímicos, julgue as assertivas abaixo:

O principal objetivo da amostragem é obter uma amostragem representativa da

área em questão.

o CERTO

o ERRADO

SOLUÇÃO

Questão tranquila, o procedimento da amostragem do solo tem por objetivo

coletar o material mais representativo possível de determinado espaço

físico e que tenha influência sobre o crescimento das plantas. Por esse

motivo, a amostragem é considerada a etapa mais crítica de todo o

processo de análise. Se por qualquer razão a amostra não for

representativa, seus resultados não corresponderão à realidade da gleba

RESPOSTA D

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amostrada, já que no laboratório não há possibilidade de se efetuar

qualquer tipo de ajuste ou correção.

14 - Especialista em Recursos Minerais – Geologia - DNPM - MOVENS - 2010

16 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande

carga de agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas.

Considerando que a amostragem é determinante para análise de resíduos de

agroquímicos, julgue as assertivas abaixo:

O período de realização da amostragem é tão importante quanto a escolha

do ponto de coleta.

o CERTO

o ERRADO

SOLUÇÃO

Assim, é muito importância definir essa data, devemos considerar o

tempo gasto no transporte até o laboratório, a realização da análise das

amostras, o envio dos resultados analíticos e a recomendação de calagem e

adubação ao interessado esse é o ponto mais crítico, por isso é

aconselhável coletar as amostras de solo no mínimo 90 dias antes do

plantio, isso para culturas anuais.

RESPOSTA CERTO

RESPOSTA A

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http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html.acessado 2m 07/03/2017

http://embracal.com.br/informacoes-tecnicas/qual-a-importancia-da-amostragem-de-solo/. acessado 08/03/2018

BIBIOGRAFIA:

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