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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
Ferramenta DSC (DesignSocialmente Consciente) e
Direções para umaPlataforma OpenDesign
José Valderlei da Silva Yusseli Méndez MendozaEmanuel Felipe Duarte Vanessa R. M. L. Maike
Breno Bernard Nicolau de França Roberto PereiraM. Cecília C. Baranauskas
Technical Report - IC-18-13 - Relatório Técnico
October - 2018 - Outubro
The contents of this report are the sole responsibility of the authors.O conteúdo deste relatório é de única responsabilidade dos autores.
Ferramenta DSC (Design Socialmente Consciente) e Direções para uma Plataforma OpenDesign
José Valderlei da Silva, Yusseli Méndez Mendoza, Emanuel Felipe Duarte, Vanessa R. M. L. Maike, Breno Bernard Nicolau de França, Roberto Pereira1, M. Cecilia C. Baranauskas
Instituto de Computação Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Caixa Postal 6176 13083-970 Campinas-SP, Brasil
1Departamento de Informática, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba-PR, Brasil
{vander.silva, emanuel.duarte, breno, cecilia}@ic.unicamp.br,
[email protected], [email protected], [email protected]
Resumo: Para o entendimento de um problema de design é necessário que a equipe se organize para o estudo e discussões ao mesmo tempo documentando as atividades desenvolvidas e conclusões. O projeto de pesquisa OpenDesign tem como objetivos caracterizar e formalizar um processo de design e desenvolvimento, e conceber e experimentar uma plataforma de apoio ao uso de técnicas e artefatos para o design socialmente consciente de sistemas computacionais inspirado na filosofia open source. Este relatório mostra como a equipe utilizou alguns artefatos do Design Socialmente Consciente disponíveis na ferramenta DSC para a clarificação e entendimento do problema de conceber uma plataforma de Open Design. Como resultados, a equipe identificou partes interessadas, demandas, requisitos e propósitos de uso para a plataforma, além de mapear os recursos da ferramenta DSC que dão suporte ao design socialmente consciente como base para a evolução de uma plataforma OpenDesign. Palavras-Chave: Design Socialmente Consciente; Plataforma; Software; Ferramenta; Entendimento de Problema; Open Design.
1. Introdução
Inspirado no movimento de desenvolvimento de software com código aberto e de modo
distribuído, o projeto OpenDesign [2] visa caracterizar e formalizar um processo aberto de
design e desenvolvimento de sistemas interativos nas atividades que precedem o
desenvolvimento de código propriamente dito, iniciando pela clarificação do problema de
design e proposição de soluções.
O projeto OpenDesign se propõe a alcançar seis metas, dentre as quais se destaca: 1)
Caracterização do Open Design; 2) Formalização de um processo de design e
desenvolvimento; 3) Desenvolvimento de uma Plataforma para Open Design; 4) Avaliação e
disseminação da proposta. Para satisfazer essas metas, o projeto está sendo conduzido de
forma participativa, iterativa e evolutiva, de modo que o avanço em uma das metas se
fundamenta no progresso já obtido e contribui para a evolução do progresso feito nas demais
metas. Para a meta 3, por exemplo, é preciso avançar na caracterização do conceito de Open
Design, vislumbrar possíveis processos de design e desenvolvimento em diferentes cenários,
e identificar funcionalidades que uma plataforma deve oferecer.
O entendimento das funcionalidades necessárias para viabilizar uma plataforma de
Open Design não é uma tarefa trivial e exige um entendimento sistêmico do problema,
reconhecendo as diferentes partes interessadas envolvidas, as atividades e ferramentas
necessárias, seus possíveis cenários de uso, impactos possíveis e desejados, etc.
Considerando a meta 3, se o problema é disponibilizar uma plataforma opensource
que possibilite que soluções em design sejam construídas e compartilhadas de forma aberta
para reuso (OpenDesign), é necessário entender o problema OpenDesign começando com
discussões para identificar e listar quem são as possíveis partes interessadas neste tipo de
plataforma. Após mapear os Stakeholders, é preciso fazer uma reflexão para identificar e
listar os problemas e antecipar ideias e/ou soluções para cada um deles no contexto da
plataforma.
A equipe do projeto OpenDesign adota práticas do Design Socialmente Consciente
[5], uma abordagem teórica e metodológica para o design de sistemas computacionais
interativos capaz de lidar com os aspectos sociotécnicos do domínio do problema. Essas
práticas são conduzidas em um mode semio-participativo de design [6], utilizando artefatos e
métodos da Semiótica Organizacional [3], e propondo novos artefatos, como o Value Pie [8]
e o Quadro de identificação de valores [9]. Para apoiar o trabalho colaborativo e distribuído
em atividades de entendimento de problemas, a equipe já possui a ferramenta online DSC 1
[11] que oferece suporte ao Design Socialmente Consciente praticado pelo grupo.
Em sua versão atual, a ferramenta DSC oferece uma série de artefatos, como o
Diagrama das Partes Interessadas (DPI), a Cebola Organizacional e a Escada Semiótica (ES)
que fazem parte da Semiótica Organizacional [3], além de outros artefatos de apoio ao
entendimento de problema, como o Quadro de Avaliação (QA) e o Value Pie. Estes artefatos
são utilizados para apoiar na clarificação do problema de design e na proposição de ideias
e/ou soluções para diferentes partes interessadas, favorecendo o entendimento de questões
sociais e técnicas envolvidas no problema sem perder a sua relação com o contexto situado
do design que dá sentido ao problema e às demandas das partes interessadas.
O projeto OpenDesign foi cadastrado na ferramenta DSC para que a equipe de
trabalho pudesse utilizar seus artefatos para evoluir uma clarificação do problema e
identificar possíveis requisitos. O trabalho foi conduzido de forma distribuída e colaborativa
por 20 membros da equipe do projeto, e envolveu o uso de três artefatos: primeiro, foram
identificadas as partes interessadas por meio do DPI; na sequência foram discutidos os
problemas, ideias e/ou soluções relacionados à plataforma OpenDesign para as diferentes
partes interessadas por meio do QA; finalmente, a ES foi utilizada para organizar e prospectar
requisitos para a plataforma que puderam ser identificados nos artefatos anteriores. O
processo de preenchimento dos artefatos não foi linear, de modo que ao identificar uma parte
interessadas, os problemas e requisitos relacionados a ela já podiam ser explicitados nos
artefatos correspondentes, e de modo que novas partes interessadas, novos problemas e
requisitos poderiam surgir a qualquer momento do processo de entendimento do problema.
Neste relatório, apresentamos os primeiros passos para clarificação do problema
utilizando a base teórica do Design Socialmente Consciente e apontamos seus principais
resultados. Na seção 2, mostramos como a ferramenta DSC auxiliou no entendimento do
problema, apoiando a identificação de partes interessadas e de requisitos para uma
plataforma. Na seção 3, analisamos como os requisitos para a plataforma Open Design
1 http://www.nied.unicamp.br/dsc
podem sobrepor or estender a ferramenta DSC, e como podemos aproveitar dos modelos e
tecnologias utilizados para a estruturação e desenvolvimento da plataforma.
2. Open Design sob a lente do Design Socialmente Consciente
Com seis metas do projeto OpenDesign em mente [2], a equipe do projeto deu início a uma
série de atividades para cumprir a meta 1 e avançar nas demais. A primeira meta orienta a
caracterizar o conceito de Open Design por meio: i) da investigação em literatura sobre
conceitos, métodos, práticas e ferramentas potencialmente úteis à caracterização do Open
Design; ii) da conceitualização do Open Design; iii) da definição dos princípios arquiteturais
e organizacionais e um modelo conceitual para guiar o processo Open Design; iv) e da
elaboração de relatórios técnicos e artigos. Para tal, uma das atividades iniciais envolveu a
criação de um projeto na ferramenta DSC com a finalidade de entender e caracterizar o
problema de design. O uso da ferramenta permitiu a participação de todos de forma
democrática e colaborativa aplicando ao projeto um processo de meta-Open Design.
O cadastro do problema no no software DSC recebeu o título de “OpenDesign” com a
seguinte descrição colocada na ferramenta:
Técnicas e Artefatos para o Design Socialmente Consciente de Sistemas Computacionais
Objetivo: Viabilizar a prática acadêmica e profissional no design 'aberto' de sistemas interativos.
Metas:
1. Caracterizar o OpenDesing, um modelo baseado no esforço comunitário (e.g. open source, crowd funding) para design do sistema interativo como um todo, desde a clarificação do problema de design e proposição de soluções (SAC);
2. Formalizar um processo de design e desenvolvimento nessa perspectiva;
3. Desenvolver uma plataforma de apoio ao seu uso.
Priorização do Backlog: OpenDesign (ConsiderIt) 2
Visão geral e andamento do projeto: OpenDesign (Trello) 3
Proposta aprovada pela Fapesp: Proposta OpenDesign 4
Na descrição do problema cadastrado no DSC foram adicionados os links “Priorização do
Backlog”, “Visão geral e andamento do projeto” e “Proposta aprovada pela Fapesp” para
2 https://opendesign.consider.it/ 3 https://trello.com/invite/b/NkixA1k2/54222b574de3a976e020568f48da42e5/projeto-opendesign 4 http://interhad.nied.unicamp.br/opendesign/documentos-oficiais-fapesp/opendesignproject-1.pdf/view
sistemas/materiais de apoio externos necessários para auxiliar os participantes pessoas nas
discussões, organização e condução da atividade.
No DSC foram selecionados três artefatos para a clarificação do problema: o
Diagrama de Partes Interessadas, o Quadro de Avaliação e a Escada Semiótica. Enquanto os
artefatos Diagrama de Partes Interessadas e Escada Semiótica fazem parte do PAM (Problem
Articulation Method) da Semiótica Organizacional [1][3], o Quadro de Avaliação é um
artefato criado para, a partir das partes interessadas levantadas, antecipar potenciais
problemas de design que estas teriam com o sistema prospectivo (ou a falta dele) e sugerir
ideias de soluções [4], estendendo a discussão em torno da clarificação/entendimento do
problema e, dessa forma, apontando potenciais soluções.
O Diagrama de Partes Interessadas (Figura 1) foi proposto por Stamper (1973) [1]
para apoiar a identificação dos stakeholders envolvidos em um projeto. A Figura 1 mostra
que a equipe identificou 33 partes interessadas que foram distribuídas nas 5 camadas do
artefato: Operação, Contribuição, Fonte, Mercado, e Comunidade.
Figura 1 - Diagrama das Partes Interessadas preenchidas para o projeto OpenDesign
Cada camada do diagrama permite identificar partes interessadas que possuem diferentes
tipos de envolvimento com o problema ou sua solução. A estrutura do artefato reflete o
entendimento de que as partes interessadas possuem um campo de força de informação que
atua sobre o problema e sua solução, refletindo as necessidades, valores, expectativas e
cultura dessas partes interessadas. Esses campos de força possuem diferentes naturezas e
estão representados por camadas no artefato, conforme descrito a seguir.
1. Na camada da comunidade estão as partes interessadas que não necessariamente
possuem ação direta na solução mas influenciam ou sofrem influência dela, como os
espectadores e legisladores. Para o projeto, destacamos as partes interessadas:
Comunidade open source e Legislação e Direitos Autorais. Notadamente as questões
regulatórias é que permitirão o uso de soluções por uma comunidade ativa de open
source que se mobiliza para construir soluções livres.
2. Na camada mercado estão as partes interessadas que possuem alguma relação de
parceria ou concorrência com o projeto, e podem ser destacadas as Empresas de
desenvolvimento de software e as Instituições de ensino. De um lado,
desenvolvedores de soluções e, do outro, formadores de mão-de-obra especializada.
3. Na camada fonte estão as partes interessadas que fornecem e demandam algum tipo
de recurso para a solução sendo projetada, como informação, financiamento,
processamento, recurso pessoal, etc. Dentre as partes interessadas destacamos os
Alunos de Computação, Professores e Pesquisadores na área de IHC, e Engenheiros
de software, que poderão contribuir para as questões de design aberto e poderão se
beneficiar de uma plataforma que o apoie.
4. Na camada de contribuição estão as partes interessadas que atuam como atores
responsáveis pelo andamento do projeto e desenvolvimento da solução. Podemos
destacar como partes interessadas o dono do produto, o designer e o programador, que
estão intimamente conectados às questões técnicas de um design aberto.
5. Na camada operação (núcleo) estão as partes interessadas diretamente envolvidas com
o funcionamento da solução em uma perspectiva técnica e operacional. Para o projeto
em questão, foram representados os administradores de sistema e provedores de
serviços, que serão o suporte para que a plataforma se mantenha online e com seus
serviços disponíveis para todos.
As partes interessadas identificadas nos revelam a preocupação com uma plataforma
para Open Design que permite que uma diversidade de interessados possa participar e utilizar
soluções de design livres e responsáveis produzidas de acordo com um código ético baseado
em legislações e filosofias open source.
Ampliando o entendimento sobre as partes interessadas, foram levantadas questões no
Quadro de Avaliação (Figura 2) para antecipar problemas e sugerir ideias e/ou soluções
relativas a cada uma das partes interessadas que terão potencial impacto no desenho da
plataforma OpenDesign. A seguir, na Tabela 1, apresentamos um resumo de problemas,
ideias e/ou soluções destacados pela equipe.
Tabela 1 - Antecipando problemas de design - Quadro de avaliação
Parte Interessada Questão/Problema Ideia/Solução
Programador Como a ferramenta apóia na concretização das ideias discutidas?
A ferramenta deve oferecer recursos de gerenciamento de tarefas, atribuição de responsabilidades, acompanhamento do andamento, deliberação de decisões, notificação e pedidos de ajuda a membros específicos, geração de relatórios, etc.
Comunidade opensource
O que pode ser aproveitado da comunidade open source para essa nova comunidade do OpenDesign?
Pesquisar práticas e ferramentas potencialmente úteis na comunidade opensource, catalogar e classificar essas práticas, e identificar novas funcionalidades/recursos para a plataforma.
Profissionais IHC
Há princípios norteadores para o design da interação na plataforma OpenDesign? É possível ter uma ampla gama de técnicas e artefatos que apoiem diferentes atividades? É possível customizar/adaptar a plataforma de acordo com as necessidades de um projeto?
Investigar técnicas, guidelines, artefatos e modelos que possam ser disponibilizados na plataforma. Permitir que ao iniciar um projeto, o usuário escolha quais técnicas e artefatos deseja utilizar, e possibilitar modificar a seleção a qualquer tempo. Permitir que a plataforma exporte dados gerados.
FAPESP e CGI
Satisfazer os objetivos e alcançar as metas propostas para o projeto. Fapesp é rigorosa com seus relatórios e prestações de contas. Um processo bem organizado para a condução do projeto é necessário.
Utilizar o portal Interhad para documentar reuniões, resultados, responsabilidades, etc. Realizar relatórios semestrais com os resultados alcançados e agenda para o próximo semestre (primeiro semestre termina em Abril 18); Adotar um processo baseado no Scrum. Utilizar uma ferramenta como o Trello para organizar as tarefas e responsabilidades.
Engenheiro de Software
Podem não querer reusar soluções de design disponíveis.
A plataforma deve mostrar claramente para o Engenheiro o que pode ser reusado e como. A rastreabilidade dos requisitos, o rationale do projeto, e as deliberações de decisões devem ser fáceis de identificar e entender de modo a aumentar a confiança no trabalho a ser reusado. Permitir exportar o conteúdo produzido na ferramenta em diferentes formatos e modelos.
Engenheiro de Sistemas
Como o 'sistema' OpenDesign pode ser entendido? qual a 'visão' do sistema? Como saber os artefatos disponíveis na plataforma e como posso utilizá-los no meu projeto?
Disponibilizar tutoriais e/ou demos sobre as técnicas e artefatos disponíveis na plataforma. Desenvolver e oferecer materiais de uso prático para capacitar o usuário. Oferecer templates pré-preenchidos, projetos-modelo para que o usuário possa reusar ou se inspirar.
Alunos de Computação Podem achar que o design é só a "maquiagem" de um sistema, pode ser
Oferecer materiais didáticos, tutoriais e exemplos concreto.
feito depois, por cima. Disponibilizar versões simplificadas e versões fundamentadas e detalhadas dos materiais, com dicas práticas e exemplos. Sugerir “próximos” passos para o trabalho realizado.
Open Designer É uma ferramenta com identidade própria, ou um conjunto de ferramentas independentes?
OpenDesign deverá ser uma plataforma que envolve um conjunto de técnicas e artefatos para apoiar o processo de design de soluções computacionais. A plataforma deve ser flexível para atender à diferentes necessidades e naturezas de projetos, e permitir exportar os dados gerados para diferentes formatos.
Provedor de Serviços Como garantir disponibilidade da plataforma?
Contrato de Nível de Serviço. Custo? Criar algo parecido com gitlab (cada um pode instanciar/hospedar). Hospedar a plataforma na cloud do Instituto de Computação.
Agência de Design Agências poderão usar o material disponibilizado na ferramenta com fins comerciais? Como tratar esta questão?
Pesquisa sobre formas de licenciamento. Disponibilizar diferentes licenças no momento da criação de projetos. Assinaturas mensais para uso comercial.
Legislação de Direitos Autorais
Quais preocupações devemos ter com relação aos direitos autorais?
Pesquisa sobre o tema e consultas a instituições que tratam do assunto.
Professores e Pesquisadores na área de IHC
Como engajar professores e pesquisadores para contribuir com a plataforma?
Gamification. Possibilitar trabalho colaborativo e geração de relatórios/exportação de dados. Permitir o desenvolvimento de APIs que se comuniquem com a plataforma. Permitir o desenvolvimento e integração de novos artefatos/funcionalidades na plataforma para uso pessoal ou para uso geral quando homologadas.
Project Owner
Como lidar com mudanças de escopo? (Novas funcionalidades, alterações em requisitos, exclusão de funcionalidades) A ferramenta apoiará o controle e gestão disto? Como a ferramenta apoia as decisões que tenho que tomar? Como a ferramenta possibilita a comunicação entre as partes interessadas?
Criar mecanismos de controle e "log" das funcionalidades levantadas. Fornecer apoio à comunicação (incluindo feedback) e visualização das contribuições.
Algumas das partes interessadas não geraram questões para discussão no QA, como
Gerência de Patentes, UFPR - DInf, Políticas Públicas, Instituição de Ensino, Designer,
cgi.br, Start-ups, Empresas de desenvolvimento de software, Unicamp - IC, Alunos de
design, Profissionais de UX e Alunos de Sistemas de Informação. Algumas dessas partes
interessadas possuem questões semelhantes a outras partes interessadas situadas na mesma
camada (e.g., Alunos de Design, Alunos de Sistemas de Informação, e Alunos de
Computação) e outras .
Figura 2 - Recorte do Quadro de avaliação após a discussão de algumas das partes interessadas
Finalmente, alguns requisitos foram adicionados à Escada Semiótica (ES), conforme ilustrado
na Figura 3.
Figura 3 - Alguns requisitos da plataforma OpenDesign organizados na Escada Semiótica
A Escada semiótica permite a descrição e organização de requisitos relacionados à
infraestrutura técnica (os três inferiores) e às funções de informação humana (os três
superiores). Estendendo os 3 níveis básicos da Semiótica Pierciana (Sintaxe, Semântica,
Pragmática), o artefato considera também as questões físicas e de infraestrutura técnica para
plataformas de TI e as questões relacionadas aos efeitos do sistema técnico e da comunicação
no mundo social.
O preenchimento da Escada Semiótica foi iniciado pelo degrau “Mundo Social”,
percorrendo os degraus de baixo em direção ao “Mundo Físico” tendo em mente o requisito
“Contribuir com projetos de design”. Este requisito levou aos quatro primeiros requisitos
descritos em “Pragmática”: “Moderar contribuições”, “Propor ideias ou sugestões em
projetos de design”, “Discutir ou deliberar ideias de projeto”, e “Dar feedback sobre ideias de
projeto”. Indo para “Semântica”, o primeiro desses quatro requisitos foi especificado como
“Considerar contribuições como coerentes ou úteis para os objetivos do projeto”. Em
“Sintático”, o mesmo requisito foi ainda mais detalhado como “Moderadores de um projeto
podem classificar as contribuições ao projeto como, e.g., aceitas ou rejeitadas.” No penúltimo
degrau, “Empírico”, destrinchamos todos os requisitos em termos mais técnicos e de
eficiência, como, por exemplo, “A plataforma OpenDesign deve ter um banco de dados capaz
de armazenar dados de centenas de projetos e usuários”. Em “Mundo Físico”, o último
degrau, pensamos nos requisitos em termos de infra-estrutura e periféricos, como, por
exemplo, “A plataforma OpenDesign deve ter backup dos dados com redundância em mais
de um computador”.
Percorremos o mesmo caminho na Escada Semiótica, também de cima para baixo,
mas agora pensando no requisito “Acesso universal para o OpenDesign”. É certo que para
atender ao Design Universal [12] serão necessários outros requisitos, então aqui é destacado
apenas um requisitos a critério de exemplificação de como o conceito de Design Universal
aparece em cada degrau do artefato. No degrau “Pragmática”, este requisito foi colocado
como “O conteúdo gerado na plataforma deve ser inclusivo, no sentido de não se prender a
um único meio de comunicação (e.g. somente texto, ou figura, ou áudio).” No degrau
“Semântica”, é destacado que “Figuras e outros elementos não-textuais devem ter texto
alternativo para que usuários de leitor de tela consigam entendê-los.”. Descendo para
“Sintática”, especificamos que “As páginas web da plataforma OpenDesign devem ser
estruturadas de forma que, e.g., um usuário de leitor de tela consiga ter a visão geral da
página.” No degrau “Empírico”, escrevemos “A plataforma OpenDesign deve ser codificada
em conformidade com padrões de acessibilidade do W3C (e.g. WCAG 2.0).” Finalmente, no
degrau do “Mundo Físico”, especificamos que “A plataforma OpenDesign deve ser
compatível com tecnologias assistivas ou dispositivos/funcionalidades para acessibilidade.”
Existem muitos outros requisitos que podem ser elicitados por meio do exercício de
partir de um requisito ou de uma história de usuário e ver como ele pode ser refinado de
acordo com cada degrau do artefato, com diferentes resultados se esse refinamento ocorre de
cima para baixo (do social para o físico) ou se ocorre de baixo para cima (do físico para o
social).
3. Análise do DSC como base para a plataforma OpenDesign
Considerando os objetivos do projeto OpenDesign, uma plataforma para apoiar o conceito de
Open Design deve ser pensada e construída de forma inspirada pela filosofia de possibilitar
soluções de design livres, nas quais todos possam entrar em um projeto e utilizar soluções ou
parte de soluções compartilhadas. Na plataforma OpenDesign serão incorporados e
organizados artefatos para apoiar e favorecer o design de soluções computacionais em uma
perspectiva socialmente consciente.
Importantes pesquisas foram desenvolvidas pelo grupo de pesquisa InterHAD 5
utilizando a teoria do Design Socialmente Consciente e registradas em aproximadamente 20
Teses de Doutorado e 40 Dissertações de Mestrado. Enquanto as dissertações têm
demonstrado as contribuições da teoria e seus métodos para a resolução de problemas e
concepção de sistemas computacionais interativos, as teses têm ampliando os recursos,
artefatos, modelos, métodos e até mesmo as bases teóricas e metodológicas que compõe o
design socialmente consciente. Destacando algumas teses como: Bonacin [13] que, em 2005,
propôs um modelo de desenvolvimento de sistemas fundamentado no Design Participativo e
na Semiótica Organizacional; Melo [14], que em 2007 foi pioneira na pesquisa sobre design
inclusivo de Sistemas de Informação; Neris [15] que em 2010 apresentou um framework para
o design de interfaces de usuário ajustáveis, levando em conta a diversidade das partes
5 https://interhad.nied.unicamp.br/
interessadas; Miranda [16] que também em 2010 se fundamentou no design socialmente
consciente para conceber artefatos e linguagens de interação com diferentes dispositivos por
meio de gestos; Pereira [17] que em 2012 apresentou um meta-modelo de design e um
conjunto de artefatos criados para considerar cultura e valores humanos em um processo de
desenvolvimento de software; Hornung [18] que em 2013 apresentou contribuições para a
pesquisa e desenvolvimento na Web Pragmática; Posada [19] que em 2015 propôs uma
infraestrutura de interfaces tangíveis para o design de ambientes educacionais relacionados a
co-construção de narrativas; Hayashi [20] que explorou o design socialmente consciente e a
afetibilidade como um atributo de qualidade no design de sistemas interativos; Buchdid [21]
que propôs um modelo de design, e demonstrou a viabilidade da aplicação desse modelo em
contexto industrial e as contribuições das bases do design socialmente consciente na prática;
e Prado [22] que, em 2017, articulou as bases do design socialmente consciente com a teoria
Ator-Rede de Latour.
Para reunir as contribuições do grupo e disseminar o uso de técnicas e artefatos do
design socialmente consciente, Silva projetou e implementou a ferramenta DSC online [11]
que está disponível para o uso público. A ferramenta incorpora diversos artefatos utilizados
no Design Socialmente Consciente (e.g., os três artefatos utilizados neste estudo) e possibilita
o trabalho colaborativo online. A ferramenta DSC tem sido usada em diferentes teses e
artigos, como em [21], [22] e [23].
O estudo para desenvolvimento da ferramenta DSC levou em conta alguns requisitos:
1. Oferecimento de artefatos e métodos do design socialmente consciente.
2. Possibilidade de trabalho online, colaborativo, distribuído, síncrono e assíncrono.
3. Possibilidade de criar novos artefatos para evolução da ferramenta.
4. Independência entre a interface de usuário e a lógica do sistema.
5. Disponibilidade 24/7, de forma que propicie o trabalho colaborativo, independente do
tempo e do espaço.
6. Geração de documentação com base nos resultados das atividades feitas na feramenta
(e.g., preenchimento dos artefatos).
No momento de concepção e projeto da ferramenta DSC, estes requisitos foram
identificados durante uma clarificação do problema usando os artefatos da Semiótica
Organizacional. Por exemplo, com a escada semiótica as decisões relacionadas ao mundo
físico exigiram um servidor web e computadores com acesso a internet para a disponibilidade
e uso do sistema. A camada empírica resultou na escolha de tecnologias relacionadas ao uso
da internet como meio de comunicação. Por fim, a camada sintática levou as escolhas de um
banco de dados com suporte a documentos, o MongoDB , a linguagem Javascript, e a divisão 6
do sistema em módulos backend e frontend independentes. Os padrões de comunicação
foram definidos utilizando um framework javascript denominado socket.io , possibilitando a 7
comunicação do recurso de chat e permitindo que os artefatos fossem preenchidos de forma
compartilhada e em tempo real. Para a interface do usuário, foi escolhido o framework
Angular Material da Google para padronização do design . 8
3.1. Arquitetura e aspectos tecnológicos da Ferramenta DSC
Para a configuração da arquitetura da ferramenta DSC foi utilizado o paradigma REST , 9
implementando webservices “Restful”. Para garantir a independência entre cliente e servidor
foi adicionada uma restrição para as interações entre ambos: a comunicação será
cliente-stateless-servidor (CSS). Assim, para cada requisição, será enviada toda informação
necessárias para o entendimento da requisição e não poderá reutilizar nenhum contexto
armazenado no servidor. Outra característica é a comunicação em tempo real, usando
websocket para o preenchimento de artefatos, de forma interativa por toda equipe
simultâneamente. A Figura 4, ilustra a arquitetura descrita e as tecnologias utilizada para a
implementação. Em seguida, é mostrada a Tabela 2 enumerando as tecnologias utilizadas na
ferramenta DSC com uma breve descrição.
6 https://www.mongodb.com/ 7 https://socket.io/ 8 https://material.angularjs.org/latest/ 9 REST é um acrônimo de: Transferência de Estado Representacional (Representational State Transfer).
Figura 4 - Arquitetura da ferramrnta DSC
Tabela 02 - Descrição das Tecnologias utilizadas na ferramenta DSC
Backend Frontend Base de dados
Nodejs - um interpretador 10
de código JavaScript para back-end. Framework Express - 11
Fornece um conjunto de recursos para atender uma aplicação web. Mongoose - conexão com 12
banco de dados MongoDB. Socket.io (server) - mantendo a conexão recebendo ou enviando dados em tempo real.
Material Design - Visual dos formulários. SVG (Scalable Vector Graphics) - Elementos gráficos como a cebola. Framework angularjs 1.x - 13
a lógica de controlador no front-end. Socket.io (client) - atuando para o trabalho coletivo em tempo real.
MongoDB - Banco de dados NoSQL orientado a documento.
3.2. Discussão
A ferramenta DSC já possui diversos artefatos que são oriundos da Semiótica Organizacional
e fazem parte do arcabouço prático do Design Socialmente Consciente, e as tecnologias
utilizadas em seu desenvolvimento são recentes. A sua arquitetura permite modificações e a
10 https://nodejs.org/en/ 11 https://expressjs.com/ 12 https://mongoosejs.com/ 13 https://angularjs.org/
adição de novos artefatos. Essas características levou a equipe a uma discussão e em seguida
um mapeamento entre a ferramenta DSC e a plataforma OpenDesign.
Após discussões e análises, a equipe chegou concluiu que a ferramenta DSC possui as
características necessárias para fazer parte do OpenDesign. Assim, partiu-se do entendimento
de que a plataforma do OpenDesign pode estender a ferramenta DSC, oferecendo novos
artefatos, recursos de configuração, gerenciamento de projeto de design, mecanismos de
compartilhamento de soluções, possibilidade de extensão e APIs, exportação de dados para
outros formatos e, também, de recrutamento de voluntários para um projeto. As
configurações têm como objetivo organizar um processo distribuído de design com uma
equipe também distribuída, permitindo o reuso das soluções e a integração com novos
recursos/artefatos. O gerenciamento, por sua vez, se refere ao acompanhamento das fases de
design por meio de ferramentas e artefatos, além de permitir acompanhar as contribuições das
pessoas, a evolução do projeto etc.
Assim, os resultados da prática de entendimento de problemas usando a ferramenta
DSC trouxe duas contribuições-chave para o projeto: 1. o uso dos artefatos propiciou a
identificação de requisitos que uma plataforma para apoiar o conceito de Open Design deve
oferecer, e permitiu prospectar cenários de uso da plataforma com diferentes parte
interessadas. 2. a experiência indicou que a ferramenta DSC é adequada como núcleo base
para uma plataforma de Open Design, podendo ser estendida e atualizada para incorporar os
requisitos obrigatórias para tal plataforma. Portanto, estender a ferramenta DSC de modo que
ela se caracterize uma plataforma para o Open Design é um caminho viável e promissor para
este projeto.
4. Considerações finais
A solução de problemas que demandam o desenvolvimento de sistemas computacionais exige
um entendimento claro do problema a ser resolvido, com requisitos precisos e relevantes, que
possam resultar em uma solução que faça sentido às partes interessadas envolvidas.
Problemas causados pela falta de (ou falha no) entendimento do problema leva à
especificação de requisitos que não correspondem à solução que deve efetivamente ser
projetada, a modelos falhos, e a implementações que, mesmo estando corretas em termos de
compilação e execução, não atenderão aos propósitos para os quais foram desenvolvidas.
Uma plataforma para apoiar o conceito de Open Design requer um entendimento
sistêmico do problema, incluindo questões conceituais sobre o que torna um design “open”,
das diferentes partes interessadas e dos diferentes cenários de uso que podem existir, e das
questões técnicas, incluindo os requisitos necessários para a codificação da plataforma. Os
passos iniciais foram realizados por 20 membros da equipe com a utilização da ferramenta
DSC e as práticas do Design Socialmente Consciente. Conforme apresentado, a ferramenta
possui elementos arquiteturais e tecnológicos que podem ser utilizados em uma plataforma
OpenDesign. Além disso, o DSC já implementa artefatos de Design que serão úteis para as
práticas do OpenDesign na futura plataforma.
As informações produzidas na ferramenta DSC serão utilizadas como entrada para as
Histórias de Usuário (ou seu refinamento), e caracterizam as bases para as próximas etapas do
projeto que envolve a definição do mínimo produto viável para uma plataforma que possa ser
experimentada e disseminada.
Agradecimentos
Agradecemos ao grupo de Pesquisa InterHAD, que atua no projeto OpenDesign, e também ao
Instituto de Computação (IC) e ao Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED),
ambos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pela infraestrutura fornecida e
suporte técnico. Este trabalho recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (FAPESP) por meio dos processos de número #2015/24300-9,
#2015/16528-0 e #2017/06762-0, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) por meio do processo de número #306272/2017-2. As opiniões,
hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de responsabilidade
do(s) autor(es) e não necessariamente refletem a visão da FAPESP.
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