fendas gloticas
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Fendas Glóticas
UNIME- União Metropolitana de Educação e CulturaFaculdade de Ciências Agrárias e da SaúdeDistúrbios da Voz – 4o semestreProfa. Fga. Émile Rocha
Proporção glótica
Fechamento glótico normal e adequado ou coaptação glótica completa – aquele no qual não existe nenhum espaço entre as PPVV. Mais comumente encontrado em homens.Proporção glótica (PG): proporção entre dimensão Fonatória ou
parte membranácea e dimensão Respiratória ou parte cartilagínea das PPVV Homem PG = 1,3; Mulher PG = 1; criança PG = 1Criança e mulheres– encontra-se frequentemente fenda triangular posteriorPG das mulheres favorece maior predisposição a formação de
nódulos vocais
PPVV FemininaCoaptação glótica incompletaPresença de fenda triangularposterior fisiológica ou tipo I
PPVV masculinaCoaptação glótica completa
Fendas glóticas
Alterações posturais das PPVV ocasionadas por aumento ou diminuição da atividade de grupos musculares, presenças de inadaptações fônicas, ou alterações orgânicas maiores;Caracterizada por falta de coaptação glótica;Também chamadas de hiatos glóticos.A maior parte das fendas responde a fonoterapia. Lesões mais extensas podem requer procedimentos adicionais para conseguir uma coaptação glótica completa, tais como injeção de gordura, implante da fáscia muscular ou realização de tireoplastia para medialização (tipo I).
Tipos de Fendas
Fendas triangularesFendas fusiformesFendas paralelasFendas duplasFendas em ampulhetaFendas irregulares
Fendas Triangulares
Fenda triangular posterior fisiológica ou grau I – restrita a região cartilagínea e quase nunca interfere na qualidade vocal. Comumente encontrada em mulheres e crianças. Não é indicado terapia fonoaudiológicaFenda triangular posterior grau II ou médio posterior – desde o terço médio das PPVV. Decorrente de hipercinesia, ou seja, contração excessiva dos intrínsecos das PPVV. Fenda típica de disfonia por tensão muscular ou por Sd. de tensão músculo esquelética. Também associada a presença de nódulos, sendo consideradas precursoras destes. Voz soprosa podendo ser também rouca. Fonoterapia é o tratamento indicado.
Fendas Triangulares
Fenda triangular anterior-posterior – menos comum das fendas triangulares. Decorrente de hipocinesia ou hipocontração da laringe. Encontrada em casos de inadaptações fônicas, presbifonia, distúrbios psicogênicos e certas disfonias neurológicas. Voz ésoprosa, de baixa intensidade e projeção vocal restrita.
Fendas Fusiformes
Tem a forma de fuso com maior separação na região mediana. Também denominada fenda ovalFusiforme anterior: restrita a região anterior, com fechamento completo dos dois terços posteriores. Atribuída a deficiência na atividade dos CTs. Voz com freq. mais elevada e qualidade vocal soprosa ou áspera
Fendas Fusiformes
Fusiforme antero-posterior: fuso ao longo de toda a glote. Associadas a alterações estruturais mínimas, tal como sulco vocal, mas pode também estar associada a presbifonia. Voz pode se mostrar rouca, soprosa, áspera e diplofônica.Fusiforme posterior: geralmente variação da antero-posterior, apenas com menos rigidez na região anterior, onde ocorre primariamente o fechamento glótico.
Fendas Paralelas
Falta de coaptação praticamente uniforme ao longo de toda a borda livre das PPVV. Resultante de interação de inadaptações miodinâmicas e orgânicas. São incomuns e comumente confundidas com fendas triangulares antero-posteriores. Há pouco impacto vocal. Fenda produzida na emissão do registro falsete.
Fendas DuplasApresenta duas regiões de coaptação insuficientes, formando um pequeno fuso na região anterior e um triângulo na região posterior. São geralmente fendas triangulares medio-posteriores com lesões de massa (predominantemente, nódulos). Após absorvida a lesão, ela desaparece. Qualidade vocal rouco-soprosa, diminuição de potencia.
Fendas em Ampulheta
Apresenta também duas regiões de abertura glótica. Difere-se da duplo fuso na sua região posterior, a qual observa-se aproximação dos processos vocais das aritenóides. Geralmente associadas a junção de alterações estruturais mínimas e lesões de massa.
Fendas Irregulares
Comumente encontrada nas lesões orgânicas. Pode ser encontrada em qualquer inadaptações fônicas, associadas a diferenças em tamanho de PPVV, além de alterações estruturais mínimas.
Referencias BibliográficasBEHLAU, M- Voz O Livro do Especialista, vol I. Ed . Revinter, 2001.PINHO, S. M. R. – Fundamentos em fonoaudiologia. Tratando os distúrbios da voz, Ed. GuanabaraKoogan, RJ, 1998.BEHLAU,M. S. E PONTES,P. A . L. Avaliação e Tratamento da Disfonias. São Paulo: Lovise, 1995.Software -Vocal Pathology
Casos
Teleoperadora, 25 anos, 6 meses de trabalho. Voz soprosa e tensaEngenheiro, 57 anos, recém operado de carcinoma (in situ) em PV. Voz aspera e soprosa.Estagiaria, 18 anos, com lesão de massa unilateral e reação contralateral, voz rouco-soprosa.Dona de casa, 62 anos, não esta realizando reposição hormonal, voz soprosa e astenica.Analista de sistema, 23 anos, voz levemente soprosa quando realiza abuso vocal.Estudante 8 anos, com lesão de massa bilateral, voz rouco-soprosa.Cantora lírica, emite voz levemente soprosa em notas agudas.Professor de inglês, voz rouco-soprosa com diminuição de massa vibrante bilateral.