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BREVE HISTÓRICO DO BREVE HISTÓRICO DO CONCEITO E IGUALDADE E CONCEITO E IGUALDADE E
DESIGUALDADE DE GÊNERO DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL:NO BRASIL:
José Eustáquio Diniz AlvesENCE/IBGE
“Venho até vocês hoje arriscando uma ‘condenação penosa’ , como uma pessoa que somente tem paradoxos a oferecer e não problemas fáceis de serem resolvidos”.
Olympe de Gouges (1791) apud Joan Scott (2005)
Olympe de Gouges, pseudônimo de Marie Gouze (7/05/1748 -3/11/1793) escreveu a Declaração dos direitos das mulheres e da cidadã (1791)
Condenada à morte na guilhotina (1793): “Olympe de Gouges, nasceu com uma imaginação exaltada, confundindo seu delírio como uma inspiração da natureza. Ela queria ser um homem de Estado. Ela aderiu aos projetos do povo pérfido que queria dividir a França. Parece que a lei puniu esta conspiradora por ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo”.
Em 1790, no início da Revolução Francesa, o matemático, filósofo e iluminista
Marquês de Condorcet (1743-1794), defendeu o voto universal, incluindo o voto feminino: “Ou nenhum indivíduo da espécie humana tem verdadeiros direitos, ou todos têm os mesmos; e aquele que vota contra o direito do outro, seja qual for sua religião, cor ou sexo, desde logo abjurou os seus”
William Godwin - (1756-1836) - Enquiry concerning Political Justice, and its Influence on General Virtue and Happiness – o perigo da “explosão populacional” poderia ser evitado com o projeto de mudança na estrutura da ação humana mediante e o desenvolvimento material e intelectual (perfectibilidade dos seres humanos), especialmente das mulheres.
No início do século XIX o socialista e revolucionário francês Charles Fourier (1772–1827) escreveu: “O grau de emancipação da mulher numa sociedade é o barômetro natural pelo qual se mede a emancipação geral de um povo”.
CITAÇÕES MasculinasCITAÇÕES Masculinas
Mary Wollstonecraft ( 27/04/1759 – 10/09/1797)Frontispício de A Vindication of the Rights of WomanA Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)
Mary Wollstonecraft via a educação como um caminho para as mulheres conquistarem um melhor "status" econômico, político e social. Defendia não apenas que elas tinham direito à educação como afirmava que, da igualdade na formação de ambos os sexos, dependia o progresso da sociedade como um todo. Via no casamento uma espécie de "prostituição legal". Mas casou com William Godwin (ateu e protoanarquista) e tiveram uma filha Mary Wollstonecraft, mas, no parto, morreu de “morte materna”.
Mary Shelley (nascida Mary Wollstonecraft Godwin 30/08/1797 – 01/02/1851)
Projeto de Frankenstein ("Foi numa noite triste de novembro que eu contemplei meu homem completo ...")
Por um desafio de Byron, Mary Shelley começou a escrever o que achou que
seria uma história curta. Com o encorajamento de Percy Shelley, ela expandiu este
conto em seu primeiro romance, Frankenstein: The Modern Prometheus, publicado em 1818. Mais tarde ela descreveu o verão na Suíça como
o momento "Quando eu saí da infância para a vida".
Emma Goldman (27/06/1869 – 14/05/1940) nascida em Kovno/Lituânia, emigrou para os EUA em 1885 Goldman tornou-se uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas sociais e a luta sindical. Goldman foi presa várias vezes por "incentivar motins", contra o serviço militar obrigatório e distribuir informações sobre contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista Mother Earth. Apoiou e participou da Revolução Bolchevique, mas expressou sua oposição ao uso de violência dos sovietes e à repressão das vozes independentes e escreveu o livro Minha Desilusão na Rússia
Margaret Sanger (14/09/1879 – 06/09/1966) foi uma ativista estadunidense do controle de natalidade e do direito ao aborto legal para evitar a gravidez indesejada e nascimentos de crianças com doenças hereditárias graves. Em 1923 formou a Comissão Nacional de Legislação Federal de Controle de Natalidade. Em 1927, Sanger ajudou a organizar a primeira Conferência Mundial sobre População, em Genebra (Base da atual IUSSP).
A British suffragette (c. 1910)
Suffragette é um termo cunhado para designar as militantes do movimento pela conquista do sufrágio das mulheres. Movimento político para conquista do voto feminino começou durante a guerra.
Em 1918, o Parlamento do Reino Unido passou a Representação do Povo Lei 1918, que concede o voto às mulheres com idade acima de 30 anos que foram chefes de família, as esposas dos chefes de família, os ocupantes da propriedade com uma renda anual de £ 5, ou graduados em universidades britânicas. direito das mulheres americanas de voto foi codificada na alteração XIX a Constituição dos Estados Unidos em 1920. As mulheres no Reino Unido alcançou finalmente o sufrágio nas mesmas condições que os homens em 1928.
Bertha Maria Julia Lutz (02/08/1894 – 1976) foi a principal responsável pela organização do movimento sufragista no Brasil. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, criada em 1922 (centenário da Independência).
Conquista do voto feminino no Brasil (24/02/1932).
Carlota Pereira de Queiroz (13/02/1892 – 14/04/1982) formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1926), foi comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética Infantil em centros médicos da Europa. Foi a primeira deputada federal da História do Brasil, eleita pelo estado de São Paulo em 1934.
Nísia Floresta Brasileira Augusta (Papari, atual Nísia Floresta /RN, 12/10/1810 – França 24/04/1885) foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. É considerada pioneira do feminismo no Brasil. Em 1853, publicou Opúsculo Humanitário, com apreciação favorável de Auguste Comte. Esteve de volta no Brasil entre 1872 e 1875, participando da campanha abolicionista.
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Simone Beauvoir (1949): “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
Simone de Beauvoir com Sartre e Che Guevara
Eleanor Roosevelt (11/10/1884 – 7/11/1962) - esposa Franklin Delano Roosevelt - diplomata e ativista dos direitos humanos. Enquanto embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, entre 1945 e 1952 (por nomeação do presidente Harry Truman) articulou a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Artigo 1° - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Artigo 2° - Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.
DECLARAÇÕES, CONVENÇÕES E CONFERÊNCIAS DA ONU
• Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948); • Comissão sobre o Status da Mulher (CSW) da ONU (1946)• Ano Internacional da Mulher e I Conferência Internacional da Mulher (1975);• Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher – CEDAW – (1979);• II e III Conferências Mundiais da Mulher (1980 e 1985);• Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1989);• Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes (1989); • Convenção sobre os Direitos da Criança (1990);• Programa de Ação da Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena (1993); • Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994);• Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), Cairo/1994• Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim (1995); • Cúpula do Milênio – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM/2000)
STATUS DA MULHER E RELAÇÕES DE GÊNERO
O conceito de relações sociais de gênero representa um avanço teórico na medida em que busca “desbiologizar” os sexos, abandonando a analise dos papéis desempenhados pelos mesmos em troca da análise do inter-relacionamento entre homens e mulheres.
Primeira onda do feminismo: sufragismo, visibilidade “estudos de mulher”
Segunda onda do feminismo (a partir dos anos de 1960): surgimento do conceito de “Relações de Gênero” no bojo dos movimentos sociais, econômicos, políticos, direitos sexuais e reprodutivos e empoderamento das mulheres.
É uma categoria analítica relacional, envolvendo uma construção sócio-cultural, sendo um fenômeno multidimensional que se preocupa com as relações de dependência, poder e prestígio entre os sexos e que é determinado históricamente.
Categoria relacional: o gênero não existe no absoluto e fora do contexto das desigualdades entre homens e mulheres.
Construção sócio-cultural: os mecanismos sociais, econômicos e culturais é que são os responsáveis pela estratificação por gênero e não as caracterís-ticas biológicas. O gênero é um elemento constitutivo das relações socais.
Relações de dependência, poder e prestígio: a desigualdade de gênero se dá em várias dimensões, pois existem assimetrias e hierarquias nas relações entre homens e mulheres, com diferentes graus de acesso e controle sobre os recursos, com desigualdade no processo de tomada de decisões e com a presença de relações de dominação/subordinação entre os sexos.
Categoria historicamente variável: as relações entre os sexo são assi-métricas mas não estáticas, isto é, são relações dinâmicas, mutáveis e que sofrem variações tanto estruturais, quanto conjunturais e precisam ser contextualizadas historicamente.
CONCEITO DE RELAÇÕES DE GÊNERO
Joan Scott (1988): “Gênero é a organização social da diferença sexual”
Bila Sorj (1992): “O equipamento biológico sexual inato não dá conta da explicação do comportamento masculino e feminino observado na sociedade”
Bandeira/Oliveira (1990): “A introdução da questão de gênero nos estudos feministas é um avanço de caráter epistemológico, que marcou uma ruptura de ordem teórico-metodológica com conceitos pouco elaborados e com tendências empiricistas”
CONCEITO “Binário” DE RELAÇÕES DE GÊNERO
“Gênero se refere ao conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o que significa ser mulher ou homem na vida social. Na maioria das sociedades as relações de gênero são desiguais e desequilibradas no que se refere ao poder atribuído a mulheres e homens. As relações de gênero, quando desiguais, tendem a aprofundar outras desigualdades sociais e a discriminação de classe, raça, casta, idade, orientação sexual, etnia, deficiência, língua ou religião, dentre outras.
Os desequilíbrios de gênero se refletem nas leis, políticas e práticas sociais, assim como nas identidades, atitudes e comportamentos das pessoas. Os atributos e papéis relacionados ao gênero não são determinados pelo sexo biológico. Eles são construídos histórica e socialmente e podem ser transformados.” (HERA, Idéias para Ação, 1998)
CONCEITO “Binário” DE RELAÇÕES DE GÊNERO
• Butler: “o corpo biológico tanto produz sexo e gênero, quanto é ele mesmo produzido pela saturação dessas categorias”
• Como tratar a sexualidade difere da norma heterossexual e reprodutiva - especialmente travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais?(ver polêmica sobre casamento gay)
• Dificuldade para lidar com o conceito não-binário, mas com os dados binários.
CONCEITO “Não-Binário” de RELAÇÕES DE GÊNERO
Sociedade Pós-patriarcal
“A história do patriarcado no século XX é basicamente a de um declínio gradual, começando em diferentes pontos no tempo pelo mundo. A primeira ruptura ocorreu nos anos 1910, mediante ampla reforma consensual na Escandinávia e violenta revolução na Rússia. O final dos anos 1940 e o início dos anos 1950 proporcionaram outro importante degrau para baixo, nessa época centrado no Leste Asiático – no Japão, sob ocupação americana, e na China por meio da Revolução Comunista. A tomada comunista da Europa Oriental significou que os sinos lá também dobraram pelo patriarcado institucionalizado. Sem ser implementada em curto prazo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU assinalou importante vitória global e constitucional contra o patriarcado. Finalmente, os anos que se seguiram a ‘1968’, em particular os anos por volta de 1975 (Ano Internacional da Mulher), provocaram uma onda mundial contra os poderes e privilégios especiais de pais e maridos, com as primeiras rupturas vindas da Europa Ocidental e da América do Norte, mas sem deixar nenhuma parte do planeta intocada”
(Goran Therborn, 2006, p. 430).
PATRIARCADO
• Patriarcado é uma palavra derivada do grego e se refere a um território ou jurisdição governado por um homem/patriarca => Pátria. • “A língua é minha pátria (Língua/ Caetano Veloso)
e eu não tenho pátria, tenho mátriae quero frátria” (de Fraterno, amigável, cordial)
• Pai, Pátria, Padre, Padrinho, Patrono e Patrão
• Patrimônio = bens; Matrimônio = casamento
• Patriarcado = domínio do pai/marido (sobre as mulheres e os filhos) => Divisão sexual e social do trabalho => Desigualdades e Segregação
Legislação e Direitos no BrasilO Código Civil de 1916, no que se refere aos direitos femininos, representou o reco-nhecimento e legitimação dos privilégios masculinos; aqueles direitos de fato consistiam na organização coercitiva da dominação do homem na família e na sociedade. Através dele regulou-se e limitou-se o acesso das mulheres ao trabalho e à propriedade.
Este Código, que era a expressão jurídica do patriarcado no Brasil, prevaleceu plenamente em vigor até 1962, quando foi revogado pelo “estatuto da mulher casada” (Lei 4.121/1962).
“Lei do concubinato” (Lei nº 8.971) só entrou em vigor em 29/12/1994.
O direito ao divórcio só passou a vigorar no Brasil com a Lei n. 6.515 de 1977.
A Constituição Federal de 1988: marco fundamental na instituição da cidadania e dos direitos humanos das mulheres no Brasil => FIM DO PÁTRIO PODER!
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069 de 13/07/1990), Lei do Planejamento Familiar (Lei 9.263/1996), Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741 de 01/10/2003), o novo Código Civil brasileiro (Lei 10.406, de 10/1/2002), etc.
Estatuto das famílias (Sérgio Carneiro - PT-BA -notícia 14/07/10)
Após promulgar a Lei que modernizou o Divórcio...
• “O Brasil tinha um Código Civil de 1916. O regime militar decidiu reformar esse código. Criou uma comissão de notáveis. Elaborou-se, em 1969, um novo código. Só em 1975 o projeto foi ao Congresso. Levou 25 anos para ser aprovado. Quando o legislador do ano 2000 votou a reforma do código de 1916, pegou um texto que refletia a sociedade do final da década de 60. Um tempo em que não havia internet nem celular. Esse projeto protegia apenas a família do matrimônio –papai, mamãe e filhinhos”.
• “Por que ‘famílias”, assim, no plural? É para que o próprio título do estatuto já carregue o significado do que se pretende. Queremos abrigar na lei todos os arranjos familiares dos dias atuais, legalizando-os”.
• “Cuidamos de dois tipos de fertilização in vitro: a homóloga, com material genético do casal; e a heteróloga, com material de terceiros. O doador anônimo de sêmen tem o ânimo de ser pai? Na nossa opinião, não. Do mesmo modo, a mulher que doa um óvulo não pode reivindicar depois o direito de ser mãe do feto gerado. A barriga de aluguel tampouco tem o ânimo de ser mãe. São essas questões, hoje tratadas apenas na jurisprudência, que nos ensejaram a fazer essas proposições”.
• “Parto anônimo – para que as mulheres que desejam se livrar de seus bebês deixem de ser responsabilizadas civil e criminalmente. Elas vão poder se apresentar ao Estado, que vai lhes oferecer o pré-natal e assistência psicológica. Se ainda assim não quiserem seus filhos, o Estado providenciará uma família substituta, para a adoção. A mulher vai saber que a lei irá protegê-la, não criminalizá-la. Com isso, ajudamos as mães e, sobretudo, salvamos as crianças”.
• “O projeto trata da união entre homossexuais? A chamada união homoafetiva tinha sido incluída na proposta. Mas foi removida na Comissão de Seguridade Social”.
INTRODUÇÃO AO PANORAMA ESTATÍSTICO
O desafio foi incorporar plenamente as relações de gênero, em sua concepção não dualista, na multiplicidade de situações da dinâmica social em constante movimento.
Obviamente existem limitações na metodologia e na temporalidade dos dados disponíveis.
Buscamos analisar as desigualdade inter e intra gênero, de maneira conjunta com outras desigualdades transversais em termos regionais, geracionais, etc.
Não se deu destaque aos temas da pobreza, migração e cor/raça por definição do escopo e espaço do texto;
Também não fizemos uma avaliação mais ampla das políticas públicas nas áreas por falta de tempo e recursos para tal tarefa.
Diagnóstico estatístico das tendências em 10 temas:
• Redução da mortalidade e aumento da esperança de vida;
• Reversão do hiato de gênero na educação; • Tendências históricas e recentes da população
economicamente ativa, segundo características da ocupação e rendimento;
• Aposentadorias e pensões;• A questão do uso do tempo e dos afazeres
domésticos; • As dificuldades de conciliação entre trabalho
produtivo e família;• Família e domicílios; • Autonomia feminina e desigualdades nos espaços
de poder; • A presença feminina nos esportes e na mídia; • As questões de violência de gênero e homofobia.
Revolução (incompleta) Feminina
Despatriarcalização
Mudanças jurídicas – igualdades de direitos na Constituição de 1988.
Avanços na legislação nacional e internacional;
Mulheres superam os homens na saúde, educação, etc.
Maior autonomia feminina;
Maior diversidade familiar e de identidades sexuais.
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Total e grupos etários
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1991 2000 2007
Fonte: Censos demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e PNAD, 2007
Razão de sexo por grupos etários
A FEMINIZAÇÃO DA POULAÇÃO BRASILEIRA
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1970 1980 1991 2000 2007Anos
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Excedente de mulheres sobre homens
Esperança de vida ao nascer, por sexo, Brasil: 1950-2050
Fonte: UN/ESA
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1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
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Brasil NO NE SE SU CO
Fonte: DATASUS, IDB 2009, visitado em 01 de julho de 2009
Esperança de vida ao nascer, ambos os sexos, Brasil e regiões, 1991-2006
Mortalidade infantil (0-1 ano) e na infância (0-5 anos)
Número de óbitos por causas externas, Brasil
Fonte: Datasus
N % Taxa N % TaxaACIDENTES 47.354 42,6 50,8 12.978 57,8 13,5 Transporte terrestres 29.907 26,9 32,1 6.736 30,0 7,0 Pedestres 6.671 6,0 7,2 2.200 9,8 2,3 Motociclistas 7.659 6,9 8,2 907 4,0 0,9 Ocupante de veículo 6.970 6,3 7,5 1.994 8,9 2,1 Quedas 5.417 4,9 5,8 2.947 13,1 3,1 Demais acidentes 12.030 10,8 12,9 3.295 14,7 3,4VIOLÊNCIAS 52.258 47,1 56,1 5.781 25,8 6,0 Autoprovocadas 7.194 6,5 7,7 1.896 8,4 2,0 Agressões 45.064 40,6 48,4 3.885 17,3 4,0 Arma de fogo 32.652 29,4 35,0 1.983 8,8 2,1 Perfurocortante 6.766 6,1 7,3 955 4,3 1,0Intenção indeterminada 10.731 9,7 11,5 2.979 13,3 3,1Demais causas externas 722 0,7 0,8 709 3,2 0,7TOTAL DE CAUSAS EXTERNAS 111.065 100,0 119,2 22.447 100,0 23,3
Categoria de análise Masculino Feminino
Frequência absoluta (N) e relativa (%) de óbitos e taxa (ou coeficiente) de mortalidade (por 100 mil
habitantes) por causas externas, segundo tipos de causas, Brasil, 2008
Fonte: Datasus
Fonte: IBGE e UN/ESA
Excedente de pessoas (%), por sexo e grupos etários, Brasil, EUA e China, 2010
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Homem Mulher
Reversão do hiato educacional de gênero (gender gap) Brasil, 1960-2000
Fonte: Censos Demográficos de 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000 do IBGE
EDUCAÇÃO
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Fonte: Censos demográficos 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000 do IBGE. In: Beltrão e Alves, 2009
Anos médios de estudo por sexo e coorte de nascimento Brasil: 1960/70/80/91/2000
Grupos etários Sexo 20-29 30-39 40-49 50-59 60 e +
Mulheres 59,6 56,5 52,5 44,5 40,1 Homens 40,4 43,5 47,5 55,5 59,9
Fonte: censo demográfico de 2000, IBGE
Distribuição percentual da população com nível superior de educação, por sexo e grupos etários, Brasil 2000
Total Branca Preta Amarela Parda Ano H M H M H M H M H M
1940 41,1 32,8 49,7 41,0 21,1 14,5 64,4 48,2 28,3 21,0 1950 44,1 37,5 53,9 46,8 24,5 18,8 75,8 66,9 30,2 24,6 1960 55,8 50,7 64,2 59,2 34,8 29,8 83,5 77,7 37,1 64,2 1970 62,3 58,7 73,1 69,6 45,7 41,5 87,2 82,7 46,8 73,1 1980 69,7 68,6 80,4 78,4 57,1 54,3 90,2 86,7 56,6 56,2 1991 75,2 76,4 84,4 84,2 65,4 65,1 93,2 91,4 65,5 67,7 2000 82,6 83,9 90,6 90,5 73,7 74,0 96,1 94,7 73,5 76,2
Fonte: Beltrão, K., Novellino, M.S., TD ENCE, n. 1, 2002
Taxa de alfabetização da população com 5 anos e mais de idade, por cor e sexo, Brasil 1940-2000
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Total 4,6 4,8 5,0 5,1 5,3 5,4 5,8 5,9 6,1 6,2 6,3 6,5 6,5Masculino 4,5 4,7 4,8 4,9 5,1 5,3 5,6 5,8 6,0 6,0 6,2 6,3 6,3Feminino 4,7 4,9 5,1 5,2 5,4 5,6 5,9 6,1 6,2 6,3 6,5 6,7 6,7Total 5,5 5,7 5,8 6,0 6,2 6,3 6,6 6,7 7,0 7,0 7,1 7,3 7,4Masculino 5,4 5,6 5,8 5,9 6,1 6,2 6,5 6,7 6,9 6,9 7,1 7,2 7,3Feminino 5,5 5,7 5,8 6,0 6,2 6,4 6,7 6,8 7,0 7,1 7,2 7,5 7,5Total 3,5 3,7 3,9 4,0 4,1 4,3 4,7 5,0 5,1 5,3 5,4 5,6 5,7Masculino 3,4 3,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,6 4,8 5,0 5,1 5,2 5,4 5,5Feminino 3,6 3,9 4,1 4,1 4,3 4,5 4,9 5,1 5,3 5,5 5,6 5,8 5,9
Total
Branca
Negra
Total, cor e sexo
Fonte: Retrato das desigualdades de gênero e raça, 3ª ed. IPEA, com base nas PNADs do IBGENota: Anos de estudo como a média de séries concluídas com aprovação.
Média de anos de estudo da população por sexo, segundo cor/raça e faixa etária, Brasil - 1993-2007
A diferença entre brancos e negros caiu de 56% em 1993 para 31% em 2007 Os homens negros são o segmento com piores indicadores educacionais
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Total 10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60 - +Grupos de idade
Ano
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Mulher urbana Homem urbano Mulher rural Homem rural
Fonte: PNAD 2006, Sidra, IBGE
Número médio de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade(em anos), por sexo e situação de domicílio, Brasil: 2006
Homens
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Mulheres
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007%
0 a - 1 1 a 4 5 a 8 9 a 11 12 a 14 15 e +
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupos de anos de estudo e sexo, Brasil: 2001 a 2007
Graduação Especialização Mestrado Doutorado Ano Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
2000 51,4 48,6 43,8 56,2 48,5 51,5 62,6 37,4 2002 49,4 50,6 40,0 60,0 45,7 54,3 60,0 40,0 2004 51,4 48,6 40,6 59,4 46,1 53,9 57,7 42,3 2006 49,2 50,8 41,4 58,6 44,7 55,3 56,0 44,0
Fonte: CNPq, 2009
Percentual de pesquisadores por sexo segundo nível de aperfeiçoamento, Brasil: 2000-2006
CGEE. “Doutores 2010: estudo da demografia da base técnico-científica brasileira”http://www.cgee.org.br/atividades/redirect.php?idProduto=6401
Reversão do hiato de gênero nos titulados em cursos de doutorado, Brasil: 1996-2008
10.705
2.830
51,5
48,5
55,8
44,2
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Núm
ero
de d
outo
res
40
42
44
46
48
50
52
54
56
58
% p
or s
exo
Número de doutores titulados % de homens % de mulheres
Anos Total Homens Mulheres1950 17,1 14,6 2,51960 22,8 18,7 4,11970 29,6 23,4 6,21980 43,2 31,3 11,81991 58,5 39,5 192000 77,5 46,5 30,92007 98,8 55,8 43,1
POPULAÇÃO ECONÔMICAMENTE ATIVA – PEA
População Economicamente Ativa (PEA em milhão) Brasil, 1950 a 2000 e 2007
Fonte: IBGE - Censos demográficos de 1950 a 2000 e PNAD 2007
Entre 1950–2007 entraram na PEA: Homens = 41,2 milhões Mulheres = 41,6 milhõesEntre 2000-2007 Homens = 9,3 milhões Mulheres = 12,2 milhões
80,8 77,2
71,8 72,4 71,5 69,6 72,4
13,6 16,5 18,526,6
32,9
44,152,4
010
203040
506070
8090
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007
%
Homem Mulher Difernça H - M
Fonte: Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e PNAD-2007, do IBGE
Redução do hiato de gênero no mercado de trabalhoTaxa de participação na PEA por sexo e grupos etários,
Brasil: 1970-2000
Masculino
0
20
40
60
80
100
%
1950 1970 1980 1991 2000
Feminino
010203040506070
10 a
14
15 a
19
20 a
24
25 a
29
30 a
39
40 a
49
50 a
59
60 a
69
70 e
+
%
1950 1970 1980 1991 2000
Fonte: IBGE – Censos demográficos 1950 a 2000. Nota: por problemas de falta de desagregação dos grupos etários não apresentamos as TAE de 1960.
Taxa de participação na PEA por sexo e grupos etários Brasil: 1950-2000
Total
52
56
60
64
68
72
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Masculino
64
68
72
76
80
84
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Feminino
44
48
52
56
60
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Taxa de atividade total e por situação de domicílioBrasil: 2001-2007
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Taxas de Atividades Específicas de mulheres, Brasil: 2001-2007 Feminino
0
20
40
60
80
10-14 15-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60 +
%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Masculino
0
20
40
60
80
100
10-14 15-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60 +
%
2001 2002 2003 2004
2005 2006 2007
0
20
40
60
80
100
0-1 1-3 4-7 8-10 11-14 15-+
Níveis educacionais
%
Homem 2001 Homem 2007 Mulher 2001 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Taxas de atividades das pessoas de 10 anos ou mais de idade economicamente ativas na
semana de referência, por sexo e anos de estudo, Brasil: 2001 e 2007
0
5
10
15
20
25
30
35
0-1 1-3 4-7 8-10 11-14 15-+
Níveis de educação
%
Mulher 2001 Mulher 2007 Homem 2001 Homem 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade economicamente ativas na semana de
referência, por sexo e anos de estudo, Brasil: 2001 e 2007
Entre as pessoas com 11 anos e mais, as mulheres são maioria da PEA brasileira. Cerca de 50% da PEA feminina, 20 milhões de mulheres com 11 ou mais anos de estudo constituem uma “massa crítica” vanguarda da “Revolução feminina” no Brasil.
0
5
10
15
20
25
30
35
0 a 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 5 SM 5 e + SM
%
Homem 2001 Mulher 2001 Homem 2007 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana por sexo e classes de rendimento mensal
em todos os trabalhos Brasil: 2001 e 2007
250
450
650
850
1050
1250
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Ren
dim
ento
men
sal R
$
Mul NE Hom NE Mul NO Hom NO Mul SU
Hom SU Mul SE Hom SE Mul CO Hom CO
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Valor do rendimento médio mensal do trabalho principal
das pessoas 10 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, por sexo e regiões: 2001 a 2007
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
NE NO SU SE CO Brasil
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Hiato de rendimento entre homens e mulheres por regiões e Brasil: 2001 a 2007
Nordeste = Menor rendimento e menor desigualdade de gênero Sudeste e Sul = Maior rendimento com maior desigualdade
Homens
0
10
20
30
40
50
60
70
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Mulheres
0
10
20
30
40
50
60
70
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Percentagem de Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência
por sexo e posição na ocupação principal, Brasil: 2001 a 2000
0
30
60
90
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Hiato de rendimento entre homens e mulheres de 10 anos
ou mais de idade, ocupadas na semana de referência
segundo posição na ocupação principal, Brasil: 2001 a 2007
0
6.000
12.000
18.000
24.000
Até 14 hs 15-39 hs 40-44 hs 45-48 hs 49 ou + hs
Num
ero
pess
oas
ocup
adas
Homem Mulher
Fonte: PNAD 2007, Sidra, IBGE
Pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência (mil
pessoas), por horas trabalhadas Brasil: 2007
0
1
2
3
4
5
6
7
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Homem Mulher Total
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Taxas de desemprego, população de 10 anos e mais, por sexo Brasil, 2001 a 2007
Homens
0
6
12
18
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
10 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 19 anos
20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos
Mulheres
0
6
12
18
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%10 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 19 anos
20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Taxas de desemprego, por sexo e grupos etários Selecionados, Brasil, 2001 a 2007
52,154,6 53,854,6
48,650,7
53,4 53,155,7
50,752,5
54,4
30
40
50
60
2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Homem Mulher
Fonte: IBGE, PNADs 2002 a 2007
Grau de informalidade - Não contribuintes à previdência sobre as pessoas de 10 anos ou mais de idade, por sexo,
Brasil: 2002 a 2007
0
30
60
90
0 a 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 5 SM 5 e + SM
%
Homem 2001 Mulher 2001 Homem 2007 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas por contribuição para
previdência em qualquer trabalho, por sexo e classes de rendimento mensal, Brasil: 2001 e
2007
Ano População de 60 anos e mais Aposentados e/ou pensionistas Sexo
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 15.333 16.176 16.920 17.663 18.214 19.077 19.955 Homem 6.780 7.120 7.453 7.771 7.988 8.406 8.838 População de 60 anos e mais Mulher 8.553 9.055 9.466 9.892 10.225 10.672 11.115 Total 18.296 19.125 19.980 20.046 20.870 21.201 22.126 Homem 8.065 8.363 8.763 8.735 9.047 9.201 9.623
Total aposentados e pensionistas
Mulher 10.232 10.762 11.216 11.311 11.823 12.000 12.503 Total 13.252 13.829 14.328 14.206 14.531 14.853 15.273 Homem 7.627 7.907 8.235 8.201 8.403 8.557 8.771 Somente aposentadas Mulher 5.625 5.922 6.093 6.005 6.128 6.296 6.502 Total 4.059 4.202 4.416 4.567 4.856 4.757 5.292 Homem 341 347 395 406 477 437 642 Somente pensionistas Mulher 3.718 3.855 4.021 4.160 4.379 4.321 4.651 Total 986 1.094 1.235 1.273 1.482 1.590 1.561 Homem 97 108 133 128 166 207 210 Aposentadas e pensionistas Mulher 889 985 1.102 1.146 1.316 1.383 1.351
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
População de 60 anos e +, pessoas de 10 anos ou mais de idade aposentadas e/ou pensionistas na semana de referência por sexo
Brasil: 2001-2007
9,98,2 9,0 9,8
13,0
25,3
14,3
22,1
27,7
31,028,7
10,8
0
12
24
36
Total 10-17 18-24 25-49 50-59 60- +
%
Homem Mulher
Fonte: PNAD 2005, In: Soares e Saboia, 2007
Número médio de horas semanais gastas em afazeres domésticos das pessoas de 10
anos ou mais de idade por sexo e grupos de idade
Brasil - 2005
Proporção daqueles que se dedicam aos AD segundo sexo
N° médio de horas dedicadas aos AD por sexo (somente
quem dedica)
N° médio de horas dedicadas ao
Trabalho Produtivo por sexo (somente
ocupados)
Soma do n° médio de horas dedicadas
aos AD e ao Trabalho Produtivo
Arranjo Familiar
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher DINC 72,45 97,16 9,36 20,12 44,39 38,16 53,75 58,28 DR com 1 filho 63,74 97,18 10,01 25,24 45,01 36,44 55,02 61,68 DR com 2 filhos 57,71 96,95 9,92 27,44 45,00 34,90 54,92 62,33 DR com 3 ou + 50,46 96,78 10,34 29,71 42,91 30,84 53,25 60,55
Che
fe H
omem
Demais casais 51,31 98,20 9,98 35,74 45,48 28,68 55,46 64,42 DINC 63,94 95,04 8,61 17,72 44,73 39,87 53,34 57,59 DR com 1 filho 58,19 94,56 10,34 23,57 45,15 37,55 55,48 61,12 DR com 2 filhos 50,17 94,73 10,33 25,64 44,16 37,57 54,50 63,21 DR com 3 ou + 44,69 94,24 11,29 28,57 44,16 35,20 55,45 63,76
Che
fe M
ulhe
r
Demais casais 45,96 96,55 11,84 32,96 44,88 37,37 56,72 70,33 Fonte: microdados da PNAD 2006, In: Barros, 2009
Nota: DR: Dupla Renda; AD: Afazeres Domésticos; DINC: Duplo Ingresso, Nenhuma Criança
Número de horas dedicadas por semana aos afazeres domésticos (AD) e ao trabalho
produtivo segundo sexo e tipo de arranjo familiar (com base na família principal), Brasil,
2006.
CONCILIAÇÃO TRABALHO PRODUTIVO E FAMÍLIA
As formas como as pessoas lidam com os desafios do trabalho e da vida familiar são marcadas pelas desigualdades de gênero. Algumas alternativas:
• Suporte público para as mulheres, especialmente as mães com filhos menores;• Barateamento e massificação de aparelhos domésticos substituidores do trabalho
manual;• Disponibilidade de métodos contraceptivos para evitar a gravidez indesejada;• Garantia de cuidados públicos para as crianças pequenas (especialmente de 0-3
anos), como creches e universalização do ensino da pré-escola;• Prolongamento da licença maternidade/paternidade;• Medidas de compatibilização entre trabalho produtivo e reprodutivo, com co-responsabilidade entre os cônjuges no cuidado dos filhos;• Diversificação dos contratos de trabalho por tempo determinado e a tempo parcial, que ajudem as mulheres a superar o trade off entre opção pela carreira profissional e opção pela maternidade
FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS
70,068,6
52,248,0 3,4
3,8
5,35,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
1960 1970 1980 1990 2000 2007
% d
omic
ílios
com
5 o
u +
côm
odos
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Núm
ero
de p
esso
as p
or d
omic
ílio
5 cômodos e + Pessoas por domicílio
Fonte: Censos demográficos de 1960 a 2000 e PNAD-2007, do IBGE
Número médio de pessoas por domicílio e domicílios com cinco ou mais cômodos, Brasil: 1960-2007
56,6
12,916,5
9,34,7
16,0 17,411,1
6,6
48,9
0
10
20
30
40
50
60
70
Casal com filhos Casal sem filhos Monoparentalfeminino
Unipessoais Outros
%
1997 2007
Fonte: Síntese de indicadores sociais do IBGE, 2008
Distribuição percentual dos arranjos familiares residentes em domicílios particulares, segundo o tipo de
arranjo familiar- Brasil - 1996/2006
Absoluto % Absoluto %DINC 1.065 2,7 2.009 3,7 88,6DR com 1 filho 1.999 5,0 4.292 7,9 114,7DR com 2 filhos 3.147 7,9 6.531 12,0 107,5DR com 3 ou mais filhos 5.584 14,1 9.584 17,6 71,6Demais casais 17.130 43,1 14.362 26,3 -16,2Demais arranjos 10.822 27,2 17.830 32,7 64,8Total de domicílios 39.745 100 54.610 100 37,4
1996 2006 Variação % 2006/1996Arranjos domiciliares
Fonte: PNAD, 1996 e 2006 e Barros, Alves, Cavenaghi, 2008
Tipos de arranjos domiciliares (em mil) Brasil: 1996-2006
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens MulheresDINC 72,45 97,16 9,36 20,12 44,39 38,16 53,75 58,28DR com 1 filho 63,74 97,18 10,01 25,24 45,01 36,44 55,02 61,68DR com 2 filhos 57,71 96,95 9,92 27,44 45 34,9 54,92 62,33DR com 3 filhos ou mais 50,46 96,78 10,34 29,71 42,91 30,84 53,25 60,55Demais casais 51,31 98,2 9,98 35,74 45,48 28,68 55,46 64,42DINC 63,94 95,04 8,61 17,72 44,73 39,87 53,34 57,59DR com 1 filho 58,19 94,56 10,34 23,57 45,15 37,55 55,48 61,12DR com 2 filhos 50,17 94,73 10,33 25,64 44,16 37,57 54,5 63,21DR com 3 filhos ou mais 44,69 94,24 11,29 28,57 44,16 35,2 55,45 63,76Demais casais 45,96 96,55 11,84 32,96 44,88 37,37 56,72 70,33
Che
fe m
ulhe
r
Soma das médias de horas dedicadas aos
AD e ao trabalho produtivo
Che
fe h
omem
Arranjo familiarProporção daqueles
que realizam AD (%)Média de horas
dedicadas aos AD
Média de horas dedicadas ao trabalho
produtivo
Fonte: microdados da PNAD 2006, In: Barros, 2009Nota: DR: Dupla Renda; AD: Afazeres Domésticos; DINC: Duplo Ingresso, Nenhuma Criança
Número de horas dedicadas por semana aos afazeres domésticos (AD) e ao trabalho produtivo segundo sexo,
sexo do chefe do domicílio e tipo de arranjo familiar (com base na família principal), Brasil, 2006.
Em porcentagemTipo de união 1960 1970 1980 1991 2000Civil e religioso 60,5 64,6 63,8 57,8 50,1Só civil 12,8 14,1 16,3 18,3 17,3Só religioso 20,2 14,4 8,1 5,2 4,3União consensual 6,5 6,9 11,8 18,3 28,3
Estado civil 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Casamentos (n. abs.) 705.651 673.452 755.809 694.872 696.716 711.155 748.981 806.968 835.846 889.828 916.006Estado civil do homem (%)Solteiro 95,02 95,76 96,23 96,36 92,62 90,44 90,31 89,97 89,54 89,1 88,23Viúvo 1,64 1,72 1,74 1,86 1,87 1,93 1,77 1,8 1,8 1,78 1,78Divorciado 5,86 6,12 6,34 7,18 7,22 7,67 7,84 8,17 8,61 9,06 9,91Estado civil da mulher (%)Solteira 98,09 98,86 99,3 99,71 95,99 94,44 93,77 93,5 93,16 92,77 92Viúva 1,01 1,06 1,14 1,19 1,19 1,2 1,15 1,14 1,18 1,18 1,27Divorciada 3,39 3,68 3,87 4,47 4,52 4,86 5,01 5,29 5,6 6 6,65
Fonte, IBGE, Registro Civil, Sidra, 2009
Número absoluto de casamentos, por Estado Civil por sexo, Brasil 1997-2007
Fonte: censos demográficos do IBGE, 1960 a 2000
Distribuição das pessoas de 10 anos e mais, segundo tipo de união
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2010
Reversão do hiato de gênero no eleitoradoBrasil: 1980-2010
Eleitorado feminino: de 22 milhões para 70 milhões de eleitoras
MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER
5,1
-4,9
22,1
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55,4 58,664,8 70,4
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1980 1990 1998 2000 2002 2006 2010
Milh
ões
de e
leito
res
Diferença Mulher - Homem Homens Mulheres
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br)
Feminização e envelhecimento do eleitoradoBrasil: 1992 e 2010
45,00
50,00
55,00
Total 16-17 18-24 25-34 35-44 45-59 60-+
Grupos etários
% d
e m
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res
no e
leito
rado
fevereiro 2010 outubro 1992
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1992 1996 2000 2004 2008
Anos das eleições municipais
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Prefeitas Vereadoras
Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres vereadoras e prefeitas 1992-2008
Cota: Lei 9.100/95
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1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010
%
Federais Estaduais
Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres deputadas federais e estaduais 1974-2010
Cota: Lei 9.100/95
A política de cotas no Brasil (1)
• Lei 9.100 de 29 de setembro de 1995:
“Vinte por cento, no mínimo, das vagas de cada partido ou coligação deverão ser preenchidas por candidaturas de mulheres”.
Política focalizada, pois dá tratamento diferenciado para as mulheres;
O partido era obrigado a reservar os 20% das vagas, mas não era
obrigado a preenchê-las;
As vagas subiram de 100% para 150% do número a preencher;
Houve possibilidade de aumento das candidaturas masculinas;
Houve crescimento das candidaturas “laranjas” de mulheres.
A política de cotas no Brasil (2)• Lei 9.504 de 30 de setembro de 1997:
“Do número de vagas resultantes das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação deverá reservar o mínimo de trinta por cento e o máximo de setenta por cento para candidaturas de cada sexo”.
Política universalista, pois dá o mesmo tratamento para os dois sexos;Garante a constitucionalidade da ação afirmativa, pois “todos são iguais
perante a lei” e apenas se estabelece regras de representação;
Mas mantêm as mesmas regras da Lei anterior e não garante o
preenchimento das candidaturas femininas;
Conseqüência: depois da Conferência de Beijing (1995) o Brasil ficou
atrás da maioria dos países, quanto à representação parlamentar.
A política de cotas no Brasil (3)
• Lei nº 12.034, de 29 de setembro de 2009:
"Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo".Modelos estatísticos mostram que quando aumenta o número de mulheres candidatas aumenta também o número de mulheres eleitas. Vamos acompanhar o resultado das listas eleitorais em 2010.
Mulheres nos parlamentos do mundoLiderança da América Latina
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5
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15
20
25January 1, 1997
Dezember 31, 2010
Regiões 1/1/1997 31/12/2010Americas 12,9 22,9Europe 13,8 21,9Asia 13,4 18,7Sub-Saharan Africa 10,1 18,3Pacífic 9,8 12,6Arab States 3,3 12,5Mundo 12,0 19,3
Fonte: IPU - Inter-Parliamentary Union. Situation at December 31, 2010
Fonte: IPU - Inter-Parliamentary Union. Situation at December 31, 2010
Mulheres nos parlamentos na América Latina31/12/2010
0
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Dilma total Serra total Marina total Serra homemSerra mulher Marina homem Marina mulher Dilma homemDilma mulher 3 por. Méd. Móv. (Dilma homem) 3 por. Méd. Móv. (Dilma mulher) 3 por. Méd. Móv. (Serra mulher)3 por. Méd. Móv. (Serra homem) 3 por. Méd. Móv. (Marina homem) 3 por. Méd. Móv. (Marina mulher)
Intenção de voto, 3 candidaturas, para eleitorado total e por sexo, eleições presidenciais, 1º turno, Brasil,2010
Fonte: 45 pesquisas de intenção de voto de quatro institutos: DataFolha, Vox Populi, Ibope e Sensus, de janeiro a outubro de 2010
Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres senadoras e governadoras Brasil: 1990-2008
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1990 1994 1998 2002 2006
Anos de eleições para governadores%
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1991-1999 1995-2003 1999-2007 2003-2011 2007-2015
Legislaturas do senado
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nado
ras
MULHERES NO EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
Mulheres são maioria no funcionalismo público, chegam a cerca de 50% dos DAS 1, mas somente 15% dos DAS 5 e 6.
Nas 26 prefeituras das capitais dos Estados as mulheres compõem 20% das secretarias municipais no total brasileiro, sendo 7,4% na região Sul e 32% na região Norte.
No poder judiciário as mulheres superam o número de homens na 1ª Instância, mas no:
STF apenas 1 mulher (em 9 membros);STJ 4 mulheres (em 28 membros);TST 1 mulher (em 16 membros).
Olimpíada Homens Mulheres Total % feminino
Pequim 2008 144 133 277 48,0
Atenas 2004 125 122 247 49,4
Sidnei 2000 111 94 205 45,9
Atlanta 1996 159 66 225 29,3
Barcelona 1992 146 51 197 25,9
H M T % H M T % H M T % H M T % Pequim 2008 1 2 3 66,7 3 1 4 25,0 5 3 8 37,5 9 6 15 40,0Atenas 2004 5 0 5 0,0 0 2 2 100,0 3 0 3 0,0 8 2 10 20,0Sidney 2000 0 0 0 0,0 5 1 6 16,7 3 3 6 50,0 8 4 12 33,3Atlanta 1996 2 1 3 33,3 1 2 3 66,7 8 1 9 11,1 11 4 15 26,7Barcelona 1992 2 0 2 0,0 1 0 1 0,0 0 0 0 0 3 0 3 0,0
Olimpíadas Medalha de Ouro Medalha de Prata Medalha de Bronze Total
Fonte: Comitê Olímpico Internacional, diponível em: http://www.olympic.org/uk/index_uk.asp
Medalhas brasileiras nas últimas 5 Olimpíadas, por sexo
Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em: http://www.cob.org.br
Número de atletas das delegações olímpicas brasileiras, por sexo
MULHER NA INTERNET
Acesso à Internet por sexo e regiões, Brasil: 2005
Acesso à Internet por sexo e grupos de idade Brasil: 2005
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
A violência contra as mulheres é uma questão social grave e com conseqüências diretas na vida em geral e na saúde sexual e reprodutiva. No Brasil, como em vários outros países Latino-Americanos, a violência não é somente praticada, como muitas vezes reconhecida e legitimada por parte da sociedade, principalmente quando envolve infidelidade conjugal. A forma mais comum de violência contra as mulheres é o abuso por parte do companheiro, que envolve desde agressão psicológica, física até relação sexual forçada.
O cenário mais real da violência doméstica ainda não é conhecido, pois na maioria das vezes a agressão não é denunciada às autoridades e a mulher busca ajuda com amigas ou dentro da família, quando não se silencia totalmente. Adicionalmente, a violência contra as mulheres não se encerra nos espaços domésticos, a violência sexual e a institucional também se mostram presentes em todas as esferas, mas ainda conhecemos pouco sobre elas.
Pesquisa Ibope (2009) sobre as percepções e reações da sociedade
sobre a violência contra a mulher * 55% conhecem casos de agressões a mulheres* 39% dos que conhecem uma vítima de violência tomaram alguma atitude de colaboração com a mulher agredida* 56% apontam a violência doméstica contra as mulheres dentro de casa como o problema que mais preocupa a brasileira* Houve expressivo aumento do conhecimento da Lei Maria da Penha de 2008 para 2009, de 68% para 78%* Maioria defende prisão do agressor (51%); mas 11% pregam a participação em grupos de reeducação como medida jurídica* Na prática, a maioria não confia na proteção jurídica e policial à mulher vítima de agressão* 44% acreditam que a Lei Maria da Penha já está tendo efeito* Para a população, questão cultural e álcool estão por trás da violência contra a mulher* 48% acreditam que exemplo dos pais aos filhos pode prevenir violência na relação entre homens e mulheres
GÊNERO E HOMOFOBIA
No Brasil, a violência por discriminação sexual mata em torno de 150 pessoas por ano, sendo que o país é o campeão mundial de assassinatos contra aqueles considerados das sexualidades não-naturais, sendo a média brasileira é de um assassinato a cada três dias.
A homofobia é um problema real entre a população GLBT (lésbicas,gays, bissexuais, travestis e transexuais ), contudo menos de 10% dos assassinos de homossexuais são presos. No Rio, 61,5% dos entrevistados afirmaram já terem sido agredidos, 65,7% em São Paulo e 61,4% dos entrevistados na capital pernambucana. Declararam-se terem sido discriminados 64,8% dos entrevistados no Rio, 72,1% em São Paulo e 70,8% em Recife.
11 eixos do IIº PNPM da SPM: I - Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho, com Inclusão Social;II - Educação Inclusiva, Não-Sexista, Não-Racista, Não-Homofóbica e Não-Lesbofóbica;III - Saúde das Mulheres, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos;IV - Enfrentamento de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres;V - Participação das Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão;VI - Desenvolvimento Sustentável no Meio Rural, na Cidade e Na Floresta, com Garantia de Justiça Ambiental, Soberania e Segurança Alimentar;VII - Direito à Terra, Moradia e Infra-Estrutura Social nos Meios Rural e Urbano,
Considerando as Comunidades Tradicionais;VIII - Cultura, Comunicação e Mídia Igualitárias, Democráticas e Não Discriminatórias;IX - Enfrentamento do Racismo, Sexismo e Lesbofobia;X - Enfrentamento das Desigualdades Geracionais que Atingem as Mulheres, com
Especial Atenção às Jovens e Idosas;XI - Gestão e Monitoramento do Plano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 1
Assim como em outras partes do mundo, o Brasil passou por uma onda de despatriarcalização, representada por uma longa mudança institucional que propiciou uma disrupção dos privilégios masculinos na família e na sociedade e a concessão de crescentes direitos às esposas e aos filhos. As regras de casamento e de parceria sexual se diversificaram e se tornaram mais equitativas no tocante às relações de gênero, entendidas de maneira não binária.
Os casais com filhos deixaram de ser maioria absoluta dos arranjos domiciliares e cresceu o percentual de casais sem filhos, famílias monoparentais, coabitação marital (inclusive do mesmo sexo) e pessoas vivendo sozinhas. A transformação mais marcante do século XX no Brasil – e que sintetiza as mudanças sociais, econômicas e demográficas – foi a alteração da presença da mulher de coadjuvante das decisões familiares para protagonista da sociedade em termos globais e institucionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 2
Como visto pelos dados apresentados, em uma perspectiva de longo prazo, o Brasil vem apresentando avanços sociais e nas relações de gênero nas áreas de saúde, educação, esportes, mídia, etc. Nestas áreas as desigualdades de gênero se reduziram bastante ou houve reversão do hiato de gênero (gender gap), como na educação. Na política os ganhos foram menores, pois embora as mulheres tenham se tornado maioria do eleitorado, ainda possuem uma das mais baixas presenças no parlamento entre os países da América Latina.
No mercado de trabalho houve conquista parciais, com uma inserção massiva das mulheres na PEA e uma ampliação do leque ocupacional, com redução dos diferenciais de salário e renda entre homens e mulheres. Já o sistema de previdência social tem atuado no sentido de contrabalançar desigualdades do mercado de trabalho e tem favorecido as mulheres das gerações mais velhas que podem contar com aposentadoria, pensões ou benefícios como o BPC/LOAS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 3
Parece existir um “desencontro/desajuste” (mismatch) entre as agendas de demandas sociais e mesmo de resposta de política pública. Crescem as “desigualdades reversas de gênero”.
Um exemplo pode ser identificado no caso da educação, pois embora continue sendo muito relevante superar os vieses sexistas, racistas e homofóbicos nas políticas de educação pública, o hiato revertido que vem desfavorecendo meninos e jovens homens -- que tem seguramente efeitos negativos nas relações entre gêneros – não tem sido tratado como um problema de gênero relevante que deveria receber atenção sistemática da sociedade e do estado.
Da mesma forma a questão crucial do equacionamento das responsabilidades quanto às tarefas da reprodução -- considerando-se inclusive as mudanças ocorridas nas famílias - não tem recebido atenção adequada, seja no debate público ou seja na formulação de políticas.