feliz dia dos pais! · em homenagem ao dia dos pais esta edição de o jornal ba-tista traz textos...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 32 Domingo, 11.08.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Em homenagem ao Dia dos Pais esta edição de O Jornal Ba- tista traz textos que agradecem aos pais por sua dedicação ao cuidado com seus filhos. Bem como uma reflexão de um pai, pastor Manoel de Jesus The: “Tenho duas filhas e um filho, mas o olhar inocente do filho autista é o maior presente que recebo diariamente, como pai, pois eu mesmo gostaria de ter esse olhar. Esse olhar só é pos- sível quando tudo que fizer- mos, fizermos no Senhor”. O avanço da missão pelo mundo Feliz Dia dos Pais! Há 106 anos o compromisso de Missões Mundiais tem sido levar o amor de Deus aos povos que ainda não foram alcançados. A cada ano, este objetivo se torna mais forte e ganha mais espaço geograficamente. Novos campos estão sendo abertos e mais missionários estão atendendo ao chamado de Deus na obra de evangelização mundial. O Haiti, país mais pobre das Américas, vive a expectativa da chegada da primeira turma do projeto Radical Haiti (pág. 11).

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1o jornal batista – domingo, 11/08/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 32 Domingo, 11.08.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Em homenagem ao Dia dos Pais esta edição de O Jornal Ba-tista traz textos que agradecem aos pais por sua dedicação ao cuidado com seus filhos. Bem como uma reflexão de um pai, pastor Manoel de Jesus The: “Tenho duas filhas e um filho, mas o olhar inocente do filho autista é o maior presente que recebo diariamente, como pai, pois eu mesmo gostaria de ter esse olhar. Esse olhar só é pos-sível quando tudo que fizer-mos, fizermos no Senhor”.

O avanço da missão pelo mundo

Feliz Dia dos Pais!

Há 106 anos o compromisso de Missões Mundiais tem sido levar o amor de Deus aos povos que ainda não foram alcançados. A cada ano, este objetivo se torna mais forte e ganha mais espaço geograficamente. Novos campos estão sendo

abertos e mais missionários estão atendendo ao chamado de Deus na obra de evangelização mundial. O Haiti, país mais pobre das Américas, vive a expectativa da chegada da primeira turma do projeto Radical Haiti (pág. 11).

2 o jornal batista – domingo, 11/08/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Opinião

• Em O Jornal Batista edi-ção 30, a irmã Lêda Mainhard afirmou que minhas conside-rações sobre o Pastorado Feminino “destoaram” das demais páginas do jornal que é sem dúvida, um importan-te veículo de comunicação batista e como tal, democrá-tico. Ao apresentar minhas opiniões acerca de minha re-cusa em aceitar a ordenação feminina, o fiz totalmente embasado nas escrituras, e não em opiniões emocionais ou partidárias. O 1º Artigo de nossa Declaração Dou-trinária reza o seguinte: “A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a con-duta dos homens”. Ou seja, nossas decisões e opiniões deveriam ser elaboradas à luz das escrituras e não à luz de modismos totalmente

discutíveis. Isso é ser Batista.Como me alegro ainda, por

ser ministro em uma denomi-nação que nunca precisou copiar outras para ser o que é. Pelo contrário, o evangeli-

calismo brasileiro deve muito a nós batistas. Fomos nós os apedrejados, perseguidos, difamados e até mortos por causa do evangelho. Muitos de nossos templos foram

depredados e nossos cultos, realizados debaixo de árvo-res. As denominações pente-costais que me perdoem, mas já encontraram tudo pronto. Somos desbravadores num Brasil católico e idólatra e não poucos de nossos irmãos do passado, muito sofreram para que nossos preciosos princípios sobrevivessem.

Não me importo de ser chamado de retrógrado por uns ou de destoante por ou-tros. O meu compromisso assumido diante do concílio de pastores e depois, diante da Igreja de Cristo, foi o de defender nossas doutrinas, custe-me o que custar. Res-peito totalmente as opini-ões contrárias, mas opiniões pessoais desprovidas de ar-gumentação bíblica é por demais subjetivo.

Alex OliveiraPastor Auxiliar na

PIB em Divinópolis

Não me lembro o nosso primeiro olhar, nem o meu primeiro passo que

ele me ajudou a dar, mas o tempo todo me lembro de suas palavras, o seu cheiro re-conheço de longe e sempre sei quando chega em casa, afinal de contas ninguém tem passos fortes como ele. Sei que tenho muito do meu pai, isso não só porque tenho seu DNA, mas porque suas palavras ficaram tão marcadas na minha alma que é impossível não recordar de suas recomendações em cada atitude e decisão.

Não me lembro das noites que acordou ao me ouvir cho-rando, nem das vezes que me levou ao médico aflito quando eu ainda era um bebê, mas não me esqueço dos presentes que me deu. Isso não porque sou materialista, mas porque sei do seu desejo de realizar meus sonhos e me fazer fe-liz, isso é o melhor presente. Ouvir o seu parabéns quando tiro boas notas, ou quando você acha que o que eu fiz é espetacular, me traz ânimo e uma alegria verdadeira.

Não me lembro da primei-ra vez que ficou acordado

à noite toda me esperando chegar em casa, mas me lembro de todas as vezes que me fez ouvir um grande sermão, hoje sei que estava muito preocupado comigo. Não esqueço da veia que salta na sua testa toda vez que apronto alguma con-fusa, hoje sei que estava muito preocupado comigo. Não me esqueço da sua voz forte esbravejando comigo, sei que estava preocupado comigo. Também nunca me esquecerei da sua voz suave quando veio até o pé da minha cama me dar um

bom conselho, justamente o que achei que iria esbravejar contra.

Nunca me esquecerei do dia do meu casamento. Seus olhos marejados e sua voz embargada diziam tudo o que eu precisava saber. Com seus bons exemplos decidi construir uma família, assim como o senhor construiu a sua. Também será impossí-vel esquecer o seu abraço, o quão forte batia o seu co-ração, no dia em que eu me tornei pai também.

Obrigado pai por toda uma vida! (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 11/08/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

O pecado inocu-lou no coração h u m a n o t o d a sorte de maze-

las. Além das enfermidades, aumento da dor, violência, ódio, ingratidão; trouxe a injustiça. De todos os males a que maior desgraça gera na sociedade. Não há quem consiga escapar dos seus tentáculos arrasadores. Atin-ge a sociedade, tornando-a cruel em seu proceder. Os profetas no passado gastaram boa parte de seus ministérios pregando contra as injustiças sociais. Especialmente as praticadas pelos governan-tes. Aqueles que deveriam combatê-la, ou pelo menos aplacar os seus efeitos, eram os que mais injustiças prati-cavam. Usavam o poder e a força coercitiva para explorar e afligir os carentes. Alguns exemplos fornecem a con-dição social lamentável do povo de Deus, subjugado por governantes injustos. Isaias diz: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para prejudicar os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e para roubarem os

órfãos” (Is 10.1-2). As vítimas eram os mais fracos. As Leis elaboradas pelos mais fortes objetivavam prejudicar os menos favorecidos.

O profeta Miqueias pre-ga contra os juízes injustos: “Os seus chefes dão as sen-tenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas advinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq 3.11). A certeza da impunidade, a confiança de que Deus não está interessado no agir hu-mano, fornecem a coragem para continuar praticando o mal. Tudo semelhante aos nossos dias.

Habacuque em sua angús-tia ministerial confronta a Deus com perguntas inci-sivas: “Até quando, Senhor, clamarei, e Tu não me escu-tarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a iniquidade, e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o

justo e sai o juízo perverti-do.” (Hc 1.2-4). A corrupção, o uso do poder para se locu-pletar, a convicção de que a Lei jamais alcança os que praticam delitos geram no coração do salvo a revolta, o asco e o desejo de apressar a punição divina.

Em o NT encontramos Jesus pregando contra as autorida-des corruptas do seu tempo. Em Mateus 23.2 e seguintes, Jesus condena com veemên-cia os juízes e legisladores do seu tempo. Diz o Mes-tre: “Atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos ho-mens; eles, porem, nem com o dedo querem movê-los” (v. 4). Além das imposições reli-giosas eram acrescidas obri-gações que tornavam a vida do cidadão insuportável. Na parábola do juiz iníquo, que é convencido a fazer justiça, pela insistência da viúva que apelava por respeito aos seus direitos, Jesus deixa claro que Deus faz justiça aos seus.

Tais textos e muitos outros afloram à mente ao vermos as multidões saindo à rua a clamar por melhores condi-ções de vida. Desnorteada e sem liderança, a multidão que sempre é instável, tenta

fazer ouvir a sua voz. É a voz do oprimido, comprado por misera bolsa família, ou empréstimo irrisório para adquirir alguns móveis de ter-ceira categoria, mas, que vê os filhos sem escolas dignas e ensino de última qualidade. Saúde depreciável, insensí-vel que não se comove com a morte prematura de suas crianças. O triste abandono dos seus idosos. A zombaria dos que foram condenados, após excessivo esforço, mas, que recursos protelatórios im-pedem a aplicação da pena. É a realidade do profeta: “Sen-tença nunca sai, não é exe-cutada”.

Revolta ver homens, mu-lheres, jovens e crianças sob frio, chuva com faixas mal redigidas, clamando por me-lhores condições de vida. Exi-gindo o direito de sobreviver com dignidade. Mas ao final de cada passeata a multidão se dispersa ou é dispersa, sem conseguir vislumbrar êxito para seu clamor. Faltam lideres. Homens de Deus que empunhem a bandeira da jus-tiça em favor do pobre, das viúvas e dos órfãos. As Igrejas com suas mensagens de au-toajuda nada dizem, porque não sabem o que pregar.

Creio que este é o momen-to da bancada evangélica, se é que existe, assumir a liderança dos reclamos po-pulares. Estabelecer metas a serem alcançadas. Dar um basta à corrupção, a desones-tidade dos governantes, ade-quar as leis à realidade atual. Oferecer ao povo, que paga elevados impostos, atendi-mento à saúde e educação com dignidade. Colocar na cadeia os que surrupiam o erário, punir o administrador infiel, adequar a maioridade penal à realidade contempo-rânea, oferecer ao cidadão condições de vida com dig-nidade. Oferecer esperança ao povo. Ninguém melhor do que aqueles que foram elei-tos, para administrar os bens públicos com seriedade e com o temor de Deus, empu-nhar a bandeira da libertação popular.

Pelo voto livre foram es-colhidos para testemunhar de Cristo e como tais devem ouvir a ordem de Jesus: “Que é isso que ouço de ti? Dá conta da tua mordomia...” (Lc 16.2). As pessoas sem o temor de Deus e a Deus não tem como levantar tal bandeira.www.pastorjuliosanches.org

4 o jornal batista – domingo, 11/08/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Os pais e os dentes dos filhos

reflexão

Era uma crendice popu-lar, ainda nos tempos de Jeremias, que os filhos pagavam pelas

transgressões dos pais. O profeta prega uma mensa-gem revolucionaria, quando prevê: “Naqueles dias não se dirá mais: os pais comeram ovas verdes e os dentes dos filhos se embotaram” (Jere-mias 31.29).

Ainda hoje, de um certo modo, a mesma crendice continua: “Filho de peixe, peixinho é”. Esta declaração, que se afirma como científica é, na realidade, uma expres-são de preconceito. Todo preconceito sempre começa com uma experiência singu-lar, mas bastante negativa: daí, até chegar ao exagero injusto da generalização, sem

base em estatística, é apenas um pequeno passo.

Nossa comunidade cris-tã também é vítima dessa genética fantasiosa. Já vi moça ser hostilizada por membros da igreja, pelo fato de ter uma prostituta como mãe. Como já vi es-posa cair no ostracismo, porque seu marido se apro-priou do dinheiro da igreja. A mensagem do Senhor, pela boca de Jeremias, é de responsabilidade pessoal: cada um só deve pagar pe-las próprias transgressões. E somente pelas próprias. Mesmo assim, o arrepen-dimento e a mudança de conduta são honrados pelo Senhor, levando-o a nos res-taurar. Os dentes dos filhos são problema dos filhos.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Encontramos esta ordem na Bíblia. Em Gênesis 1.22, 28, 9.1,7 e 35.11. Sendo uma ordem divi-

na, não podemos questioná-la e sim cumpri-la. Quantos fi-lhos o casal deve ter? A Bíblia não limita o número de filhos, creio que este assunto deve ser resolvido entre o casal. Agora, não consigo entender casais que fazem a opção de não terem filhos, mesmo sendo saudáveis. Outro dia encontrei um blog em que especialistas apontavam 10 motivos que os casais alegam para não terem filhos.

Entre os motivos absurdos estão: “Filhos custam caro”,

“Tiram a privacidade do ca-sal”, “Não estão preparados para ser pai ou mãe”. Nada justifica, diz o Salmista no Salmo 127, filhos são bên-çãos de Deus, herança do Senhor. Enquanto casais que não podem ter filhos, lu-tam para tê-los, investindo altos recursos, lamentamos a atitude de casais saudá-veis. Quando Deus criou o homem ele ordenou para encher a terra, lá no Éden esta ordem foi dada. “Sede fecundos, multiplicai-vos.”

Louvo a Deus pelo privi-légio que Ele me deu de ser pai. Como aprendemos, cres-cemos no convívio dos filhos. Tenho uma única filha, que este ano completou 12 anos, já é uma adolescente e, como pai tenho acompanhado cada

fase de sua vida. Os casais devem obedecer à ordem de Deus e pedir sabedoria para criar os filhos no caminho e admoestação do Senhor.

Gosto da preocupação que Manoá teve ao saber que seria pai. Ele desejou que o anjo de Deus informasse qual seria a criação da crian-ça. Sabe quem foi Manoá? O pai de Sansão. Homem preocupado na educação do seu futuro filho, é assim que devemos nos portar.

Então, se você e sua esposa são saudáveis, não fiquem sem filhos por muito tem-po. Peça sabedoria a Deus e planejem a chegada do futuro bebê. Que Deus te dê sabedoria nas suas escolhas, e que a sua escolha glorifique a Deus.

Izaquiel MoraesPastor da PIB Engenho Pequeno – SG/RJ

A história de pai e filho, em alguns ca-sos se torna muito delicada e em ou-

tros mal sucedida. Não há regras definidas para isso por-que vai depender de muitos fatores. O primeiro casal da história sofreu com isso; um filho se levantando contra o outro ferindo o coração dos pais. Os pais da fé passaram por experiências que não foram as melhores nesta área,

se acentuando em Jacó que de forma inconsciente gerou ciúmes entre seus filhos, ao destacar José, o mais novo e sofreu muito por isso.

Mas o fato que se tornou mais bizarro, foi o de Davi com sua família, quando se instalou uma profunda cri-se entre ele e Absalão; que matou seu irmão por parte de pai, pelo fato de haver violentado sexualmente sua irmã legítima. Frente a este episódio, Absalão fugiu e mais tarde voltou e desejou muito se apresentar a seu pai e este o protelou por muito

tempo, até que o filho co-meçasse lhe chamar atenção com comportamentos estra-nhos para o que o pai, Davi, não atentou e quando resol-veu receber o filho o tratou friamente.

O filho talvez estivesse arre-pendido e desejoso em falar com o pai, lhes prestar algu-mas explicações, desabafar, abrir o coração e por um fim no impasse; muito embora o problema fosse gravíssimo, existiam sentimentos de perda por parte do pai; não era fácil para ele mas o filho foi cora-joso em querer confrontar o

problema. Vejo Davi um pai rancoroso, frente a um filho inconsequente. Mas cada filho tem por traz de si, pais. Ele sabia da história familiar do seu pai; muito embora da história positiva como líder político, crente, mas que não conseguiu mostrar isso na re-lação familiar; onde fracassou! Bom seria que os filhos pro-curassem se mirar nos acertos dos pais; mas há os que não agem assim.

Por fim essa história não teve um final feliz. O filho resolveu medir forças com o pai. E quando isso ocorre, o prejuízo maior é do filho; principalmente ao se tratar de servos de Deus e quem sempre perde é o filho e ao pai resta-lhe uma crise maior, seguida das lágrimas e la-mentos. Neste dia dos pais, é um bom momento para que pensemos seriamente sobre isso.

5o jornal batista – domingo, 11/08/13reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

No encerramento da EBF na Igreja Batista da Liber-d a d e , n o R i o ,

uma menina de seis anos, Suzana, muito graciosa e desinibida com sua falha de dentes, ofereceu-se para orar agradecendo a Deus pelo evento. Na sua oração de criança que desde pequena é trazida à Igreja pela irmã Davina, uma vizinha da sua casa, Suzana pediu a Jesus, com muita confiança: “Cura as pernas da minha mãe”. Já vi muitas orações de crian-ças que tiveram resposta de Deus. Com certeza, Deus vai ouvir a singela oração da Suzana e Jesus vai curar sua mamãe. Prosseguindo na sua oração, a menina foi franca e objetiva ao pedir: “Minha mãe fica nervosa, briga muito com a gente e a gente precisa aturar”. Em outras palavras, ela estava suplicando a Deus que lhe desse paciência para aturar as zangas da mãe.

Boa súplica. Oração que nós adultos deveríamos fazer. Sempre! O marido precisa pedir a Deus paciência para aturar as implicâncias de sua esposa, o que se torna mais raro quando ele não suja a pia com pasta de dente, não deixa roupas e sapatos espalhados pela casa e não deixa de ouvir sua esposa falar quando ele está lendo jornal ou vendo televisão. Enquanto pede a Deus que o ajude a aturar as zangas da esposa, o marido vai, ele mesmo, eliminando aqueles hábitos que a deixam aborre-cida. Esposas precisam pedir a Deus paciência para aturar seus maridos quando eles se aborrecem porque elas demoram tanto tempo para se aprontar, pintar as unhas e por outros motivos, ou quan-do eles chegam em casa de mau humor.

Pais devem orar pedindo a Deus amor e boa vontade para aturar as respostas, as desobediências e as indife-renças dos filhos. Enquanto os pais oram pedindo essa

paciência, Deus vai traba-lhando em seus corações para que possam dar menos motivos para provocar a ira dos filhos (Efésios 6.4). Na igreja, os crentes devem ter paciência para se aturar uns aos outros em amor, como recomenda o apóstolo Pau-lo: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis como é digno da vo-cação com que fostes chama-dos, com toda a humildade e mansidão, com longani-midade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Efésios 4.2).

A palavra suportar aqui usa-da por Paulo, comporta dois significados: Um é sustentar, dar suporte, o que podemos fazer com nossas orações e ajuda pessoal quando neces-sário. O outro sentido é o da oração da Suzana: Aturar, tolerar, relevar as fraquezas uns dos outros por causa do amor. O relacionamento sau-dável na família e na igreja depende da capacidade de tolerância mútua, de paci-ência no trato na persuasão de que assim como há coi-sas nos meus irmãos que eu preciso tolerar, com certeza há em mim coisas que os outros precisam aturar com paciência. Geralmente nós exigimos dos outros para conosco a paciência que não temos para com eles.

Nossa impaciência, que não nos dá a humildade re-comendada por Paulo para podermos suportar uns aos outros em amor, vai nos tor-nando irascíveis, intoleran-tes, de difícil convivência. Aprendamos a aturar para sermos aturados em casa, no trabalho e na igreja, fazendo sempre a oração da Suzana. Nós não podemos mudar os outros, mas podemos permi-tir que Deus faça as necessá-rias mudanças em nós para que possamos construir um relacionamento franco e fe-liz. Não posso esperar que os outros aprendam a me aturar até que eu aprenda a aturar os meus irmãos.

Samuel Rodrigues de SouzaGerontólogo pela Sociedade Brasileira de Geriatria e GerontologiaMinistro da 3ª e 4ª Idades da Igreja Batista Carioca, Méier, RJ

Milhares de jovens e adolescentes decidiram ir ás ruas clamando

por mudanças.David Kinnaman e Aly Ha-

wkins são os autores do livro “Fui - Por que jovens cristãos estão abandonando a igreja e repensando a fé”. Segun-do eles, metade dos jovens cristãos deixam de frequentar suas igrejas quando chega na adolescência. Baseiam-se em pesquisas ao longo de cinco anos, citam como uma das soluções, “equipes com fiéis de todas as idades, cultivando relacionamentos entre gera-ções, e toda a comunidade de fé, ao longo da vida inteira, trabalhando juntos para cum-prir os propósitos de Deus”.

Em “A Geração Incerteza”, reportagem da revista Veja (julho, 2013), do correspon-dente em Paris, Mario Sabi-no, é esclarecido que grande parte da juventude na Europa encontra-se desempregada. Já no Brasil, segundo infor-mações do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-da) os jovens brasileiros da atualidade são e serão a maior força de trabalho da história do país. Nos próximos dez anos, os jovens - de 15 a 29 anos - chegarão a cerca de 50 milhões de pessoas, represen-tando 26% da população. So-mente a partir de 2025, esse número começará a declinar, diz o estudo. O estudo tam-bém ouviu mais de dez mil jovens em diferentes partes do país para saber quais são suas prioridades em uma lista que inclui 16 temas. Para a maioria dos entrevistados (85,2%), educação de qua-lidade é o principal anseio, seguido por serviços de saúde (82,7%) e alimentação de qualidade (70,1%). Ter um governo honesto e atuante é a quarta prioridade do jovem brasileiros (63,5%).

Mas, as gerações encon-tram-se distanciadas. Nos espaços públicos não há inte-rações entre jovens e velhos. Ao contrário, predominam espaços exclusivos, nos quais gerações diferentes não são bem-vindas. Mesmo na famí-lia a convivência não é muito

fácil. Distanciamento e confli-to, muitas vezes, marcam tais relações.

As famílias precisam apren-der a conviver com mais de duas gerações presentes. A convivência entre as gera-ções ensina os mais jovens a conviver com os mais velhos. Algumas empresas começam a se preocupar e os trabalha-dores estão querendo ficar mais tempo nas empresas ou voltam para contribuir como consultores ou assessores, trabalhando com as novas gerações.

Uma sociedade vital re-quer justiça na alocação de recursos. Antes de falecer, no Congresso Mundial de Geriatria no Rio, Paul Baltes, talvez o maior cientista da ge-rontologia mundial, afirmou que “idosos a favor dos jovens deve ser um dos nossos obje-tivos. A otimização das condi-ções futuras da população que envelhece requer grupos de jovens que funcionem bem e que sejam produtivos, de for-ma a aumentar a probabilida-de de que os recursos sociais necessários ao amparo da velhice estejam disponíveis”.

Podem os idosos dar uma parcela de colaboração à juventude, mesmo nas con-dições mais difíceis pelos quais passam? Eduard Spran-ger (1882-1963), criador da Psicologia da Compreensão, determina que só é possível compreender o comporta-mento do adolescente se tentarmos compreender o adolescente em si e não tanto a situação, pois a situação passa, mas a pessoa permane-ce. Sabemos que o apóstolo Pedro passou por situações difíceis, mas por não se afas-tar da presença de Deus, con-seguiu alcançar a sabedoria em sua velhice.

Seria normal que os pais educassem seus filhos para que viessem a vencer na vida, tendo oportunidade até de ultrapassar os pais e, se possível, terem condições de auxiliá-los na velhice. Encontramos adultos já fei-tos, com barba na cara, com mais de 20 ou 30 anos, que se recusam a abandonar os lares paternos, onde vivem confortavelmente instalados. Sergio Sinay, autor de “A Sociedade dos Filhos Órfãos” (Best Seller, 2012), argumen-ta que os adultos de hoje têm horror a responsabilidade de educar e essa fuga cria uma massa de “órfãos funcionais”.

Ted Thompson, no livro “Pais Discipuladores”, assi-nala que os pais têm a vida inteira para cultivar a verdade nos corações de seus filhos. Mesmo que sejam adultos e tenham suas próprias famí-lias, é importante incentivar com amor e orações na cami-nhada com Jesus. A natureza da responsabilidade dos pais muda com o crescimento dos filhos, mas não sua essência. Fomos chamados para ser administradores fiéis por to-dos os dias que o Senhor nos confiou.

A ação dos idosos em prol dos jovens deve ser ampla, nos campos religiosos, polí-ticos, econômicos e sociais. Temos uma concentração de jovens diante de nós. Alguns têm preconceitos contra eles, achando que ser jovem é ter defeito, que os jovens não prestam, estão perdidos nas drogas, querem tudo e não podem nada.

Na condição de mãe e de avó, Lóide, colocou Deus em primeiro lugar em sua vida. Esse seu amor pelo Senhor, certamente, serviu de teste-munho a sua filha Eunice e a seu neto Timóteo. Mesmo sendo filho de um pai não crente, o jovem Timóteo teve o privilégio de ser orientado espiritualmente pelo após-tolo Paulo. Ao escrever sua segunda carta a Timóteo, ele era um idoso, e de uma prisão em Roma, insistiu ao seu bom amigo que o viesse visitar. Sabia que seu tempo era curto, sentia-se solitário e diz: “Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida” (II Timóteo 4.6).

Quando o jovem rico pro-curou o Senhor Jesus, nosso Salvador determinou que ele deixasse tudo e o seguisse. Jesus era, é e sempre será a resposta aquilo que a ju-ventude e família precisam para serem bem sucedidos em todas as áreas do viver. A igreja deve propiciar um bom relacionamento entre jovens e idosos, realizando-se como comunidade de Jesus Cristo, procurando seguir critérios e o modelo do próprio Cristo.

“E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são es-tes? E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-nos aqui, para que os abençoe” (Gênesis 48.8-9).

6 o jornal batista – domingo, 11/08/13 reflexão

Noélio DuarteEscritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

Um garoto t inha uma cicatriz no rosto e os colegas de seu colégio o

descriminavam, o rejeitavam e nem falavam com ele e muito menos sentavam-se ao seu lado. Na realidade quando os colegas o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais as au-las, o professor achou injusta a medida e levou o caso à diretoria do colégio.

A diretora ouviu a reclama-ção e apenas disse que não poderia tirar aquele aluno do colégio, e que conversaria com ele para que fosse o últi-mo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair. Desta forma nenhum aluno veria o seu rosto a não ser que olhassem para trás.

O professor achou magní-fica a ideia da diretora. Sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao co-nhecimento daquele aluno, a decisão foi imediatamente aceita, mas com uma con-dição: Que ele se dirigiria à

Pastor Manoel de Jesus TheColaborador de OJB

No livro de Efésios Paulo recomenda o seguinte: “Fi-lhos, obedeçam

a seus pais no Senhor, pois isso é justo, honra teu pai e tua mãe, este é o primeiro mandamento com promes-sa, para que tudo te corra bem e tenhas longa vida so-bre a terra” (Efésios 6.1-3). É interessante notarmos que este mandamento nos dá um precioso ensino, que, muitas vezes, passa despercebido. Dificilmente pais e filhos dei-xam de encontrar-se no fim de suas vidas. O livro Pérolas Esparsas conta uma história de um pai alcoólatra, que andava a beira do rio Mis-sissipi, e o filho de 10 anos choramingava dizendo que estava com fome. Enfurecido o pai o lançou às águas.

Por interferência divina, uma longa tábua deslizava pelo rio naquele instante. O garoto agarrou-se à tábua, e, meia hora depois, um ma-

frente daquela turma, para dizer o porquê daquela ci-catriz.

Todos concordaram e no dia marcado o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente e começou a relatar sua histó-ria, com riqueza de detalhes.

“Amigos, eu entendo vocês e também acho esta cicatriz muito feia, mas ela tem uma história que quero contar a vocês. A minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa ela lavava e passava roupa para algumas pessoas. Naquela época eu tinha 8 anos de idade... Na minha casa, havia mais três irmãozinhos, um de quatro anos, outro de dois e minha irmãzinha com apenas alguns dias de vida”.

Silêncio na sala era total. A turma estava em silêncio e atenta a tudo.

“Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, co-meçou a pegar fogo! A minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de dois anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça e as paredes que eram de ma-deira, pegavam fogo e tudo estava muito quente. Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse--me para ficar com eles até

rinheiro o avistou, e ele foi recolhido por um vapor. O capitão do navio resolveu adotá-lo. Foi cuidado como filho, pela esposa do capi-tão. Vendo a inteligência do garoto encaminhou-o nos estudos. Anos depois, os Esta-dos Unidos foi abalado pela guerra civil. O garoto, agora médico, socorria os feridos da guerra. Um dos feridos clamava por socorro, e, quan-do o médico se aproximou, o moribundo afirmou: “Doutor, não quero remédio, pois vou morrer. Quero desabafar”. Contou que havia lançado o filho às águas e que agora queria o perdão. “Ore por mim para que Deus me per-doe, pois eu mesmo não con-sigo me perdoar”. O médico reconhecendo-o respondeu: “Não é preciso que eu ore, pois o senhor já está perdo-ado há muitos anos. Deus usou sua loucura para dar-me um futuro que eu jamais teria se o senhor não tivesse feito aquela loucura. Eu sou esse filho que o senhor lançou às águas, e contou-lhe o que

ela voltar. A minha mãe saiu correndo para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando ela tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não a deixaram entrar! A minha mãe gritava desesperada: “A minha filhinha está lá dentro! A minha filha está lá dentro!” Vi no rosto dela o desespero, o intenso sofrimento enquan-to gritava, mas aquelas pesso-as não deixaram a minha mãe buscar minha irmãzinha que estava morrendo...

Foi aí que tomei a decisão de pegar meu irmão de dois anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de quatro anos recomendando que eles não saíssem dali até eu voltar. Saí e passei por aquele monte de gente sem ser notado e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha! Eu sabia o quarto em que ela estava. E quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa de cima e eu acho que era o telhado que estava desabando... E então eu me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente era uma parte

acontecera”. Ambos chora-ram, mas, agora, de alegria. Aquele pai teve a chance de morrer em paz. Quantos filhos dão ao pai a felicidade de morrer em paz?

Ao lermos as Escrituras sempre lemos que Deus leva filhos rebeldes de encontro ao pai, e concede a ambos, a oportunidade do perdão. A parábola do filho pródigo era acontecimento muito comum nos dias de Cristo.

Um alerta também pode ser dado. Nem sempre a mi-sericórdia divina concede essa oportunidade. O pai do grande defensor da liberta-ção dos escravos no Brasil, Luiz Gama, que fora vendido como escravo, pelo próprio pai, não teve oportunidade de resgatar sua dívida. O melhor que um filho faz, en-quanto filho, é jamais deixar que haja rutura entre si e seu pai. A promessa de longa vida pode ser espiritualizada. Moisés honrou sua mãe, se-guindo os ensinos que a mãe lhe passou até os sete anos, e Deus o recolheu, prolongan-

da madeira do teto, em bra-sas que se encostou em meu rosto ferindo-me e causando essa cicatriz enorme...”

A turma estava silenciosa, atenta e muito reflexiva com a narrativa daquele gesto do garoto... Então, ele con-tinuou:

“Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando volto para casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de grande amor”.

O silêncio da sala foi que-brado com o som daqueles que choravam, sem saberem o que iriam dizer ou fazer. Então, humildemente, o ga-roto foi para o fundo da sala e sentou-se. Alguns alunos se levantaram, foram em sua direção e o abraçaram sem conter o soluço que vinha daqueles corações envergo-nhados.

Ao longo da vida vamos ad-quirindo algumas cicatrizes que são originadas de feridas. Nem sempre essas cicatrizes são visíveis. A maioria delas não se vê. No dia a dia, às vezes até mesmo sem per-cebermos, estamos abrindo feridas e gerando cicatrizes em pessoas que até mesmo nós amamos, seja com pala-vras ou nossas ações.

Há mais de dois mil anos Jesus Cristo, adquiriu muitas

do seus dias eternamente. Dificilmente um filho que aprendeu a obedecer seus pais, não tem sucesso em suas funções aqui na terra, seja espiritual ou material, pois aquele que desempenha bem suas funções familiares, certamente aprenderá a de-sempenhar suas funções em outras áreas.

A melhor escolha para o homem é a escolha que Cris-to fez. Ele viveu em si mesmo a oração que nos ensinou. Pai nosso. Deus não é meu pai somente. Deus distribuiu seu Filho entre nós, e nós devemos nos distribuir não somente entre nossos filhos, mas também entre nossos semelhantes. Ele jamais nos pede que façamos pelos ou-tros o que ele fez por nós, mas, pelo menos o míni-mo podemos fazer, ou seja, mostrar-lhes o amor que o Pai demonstrou por eles.

Gostaria de terminar lem-brando o que o grande mis-sionário John Paton respon-deu, quando lhe perguntaram como era seu pai. Ele respon-

cicatrizes em suas mãos, seus pés, no seu tronco e em sua cabeça. O pecado exercia um peso sobre nós e teria nos esmagado se Jesus, o Filho de Deus não pulasse sobre nós, protegendo-nos dessa fúria. Ele levou so-bre si as marcas que eram destinadas a nós e isso ge-rou muitas cicatrizes nEle. Aquelas cicatrizes eram nos-sas, mas Ele, protegeu-nos e ficou com todas elas. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas suas cicatrizes nós fomos cura-dos, afirmou o Profeta Isaías.

Essas também são marcas de amor.

Numa reflexão muito lúci-da, o apóstolo escreveu em II Coríntios 5.14 -17: “O amor de Jesus Cristo nos constran-ge, e interpretamos assim: Se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressusci-tou... Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo!”

É maravilhoso saber que para Jesus você é a pessoa mais importante deste mun-do. E Ele prova isto mos-trando-nos as cicatrizes que adquiriu por nossa causa.

Nunca se esqueça disso!

deu: “Papai teve oito filhos. De vez em quando pegava na vara, jamais o fez irado, mas, o que mais doía em nós, não era a vara, mas suas lágrimas em oração em favor de algum de nós que praticava uma traquinagem infantil, que ele julgara pecaminosa. O momento mais doloroso da minha vida foi quando parti para Missões. Ele estava feliz, mas quando fiz a curva na estrada, e desapareci de sua vista, ele caiu em prantos”. Paton, depois de Paulo, foi o cristão que mais sofreu neste mundo. Paton foi o que foi, em virtude do pai que teve.

Tenho duas filhas e um filho, mas o olhar inocente do filho autista é o maior presente que recebo diaria-mente, como pai, pois eu mesmo gostaria de ter esse olhar. Esse olhar só é possível quando tudo que fizermos, fizermos no Senhor. Filhos, no dia dos pais, deem como presente, a obediência no Senhor, pois ela lhes trará no rosto, um olhar tão inocente como o olhar de Cristo.

Marcas de amor

7o jornal batista – domingo, 11/08/13missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Mesmo após a operação Jesus Transforma, o P i a u í c o n t i -

nuou sendo impactado pela Palavra de Cristo por meio da Caravana da Alegria. Formada por 46 irmãos da Igreja Batista Memorial em Duque de Caxias (RJ), do Pr. Paulo Albuquerque, a caravana alcançou muitas vidas em diversos bairros de Teresina, capital do es-tado, entre os dias 12 e 26 de julho.

Logo no primeiro dia, 98 crianças manifestaram o desejo de receber a Jesus. No terceiro dia de ativida-des, a caravana alcançou 700 pessoas, das quais 153 (entre crianças, adultos e adolescentes) se converte-ram. No quarto dia, numa programação que reuniu 400 pessoas, 126 vidas se renderam ao Senhor. A cada dia, o Senhor ia acrescentando almas e no final do trabalho, após 12 apresentações realizadas, os voluntários da caravana contabilizaram o total de 1.326 decisões por Jesus.

“Milagres ocorreram o tempo todo. Em Morada Nova, poss ive lmente o maior público, com mais de 1000 pessoas, não ha-via luz na praça, mas ela voltou e permaneceu exata-mente até o fim do registro das decisões. Mesmo quan-do passamos por ameaças de chuva, nos trabalhos ao ar livre, só chovia quando o trabalho encerrava. Em tudo fomos guardados e protegidos pelo Senhor”, contou Luciana Albuquer-que, esposa do Pr. Paulo.

A Igreja Batista Memorial em Duque de Caxias mantém há cerca de 15 anos essa es-tratégia de evangelismo cria-tivo voltada para as crianças, adolescentes e toda a família. Por meio de músicas, brin-cadeiras, bonecos e volun-tários vestidos de palhaços, a Caravana da Alegria tem pregado a Palavra de Cristo em diversos estados brasilei-ros. As viagens acontecem durante 15 dias no mês de julho, porém a igreja também promove pequenas viagens ao longo do ano em lugares mais próximos à sua locali-zação.

De 2008 a 2011, e les levaram a Caravana da Ale-

gria ao Rio Grande do Sul, ajudando a alcançar vidas no estado que durante mui-tos anos foi apontado como um grande desafio missio-nário. Em 2012, a caravana esteve em Salvador (BA). “Temos notícias de que pelo menos em uma das igrejas de Salvador, onde trabalhamos em 2012, o número de membros da congregação triplicou após a passagem da Caravana da Alegria, com famílias inteiras sendo integradas a algumas igrejas”, contou ainda a irmã Luciana.

O que motivou o grupo a ir para o Piauí foi a com-preensão de que era ne-cessário apoiar a estratégia de Missões Nacionais, aju-dando a mudar as estatísti-cas que apontavam o Piauí como o menor percentual de evangélicos do país, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), “somando nosso trabalho às ações da Trans realizada antes de nossa chegada”, acrescentou Luciana.

“Após quatro anos de tra-balho no RS, os membros da Caravana da Alegria en-tenderam e sentiram no co-ração o desejo de cooperar com outra região: o nordes-te do nosso país. Sentimos que Deus foi conduzindo o nosso trabalho em parceria com a Junta, assim como o nosso encontro com o Pr. Eber Mesquita, gerente re-gional de missões no Nor-deste”, relatou Pr. Paulo. Ele também afirmou que o ministério da Caravana da Alegria tem mesmo a intenção de ir além da IB Memorial porque o ideal é continuar parceria com as convenções para promover o fortalecimento de outras igrejas. A parceria com a Junta visa auxiliar na aber-tura e ampliação de frentes de trabalho. “Temos a con-vicção de que precisamos pensar numa estratégia de consolidação dos resul -tados alcançados que, ao mesmo tempo, sejam feitos pela Caravana e pelas enti-dades denominacionais”. O pastor também frisou que um dos alvos da Caravana é treinar os voluntários de forma teológica e missio-lógica.

Rute Teixeira, integran-te da Caravana é um dos muitos exemplos de que as bênçãos estendem-se àque-les que participam.

Por onde passava, a Caravana reunia multidões

Momento de consagração da equipe

Muitas vidas se renderam a Cristo

Caravana leva alegria ao Piauí

8 o jornal batista – domingo, 11/08/13 notícias do brasil batista

9o jornal batista – domingo, 11/08/13notícias do brasil batista

10 o jornal batista – domingo, 11/08/13 notícias do brasil batista

Marcio SilvaMinistério Missionários com Alegria

No dia 25 de julho de 2013, o minis-tério Missionários com Alegria deu

início a Escola Bíblica de Fé-rias, na Segunda Igreja Batista em Padre Miguel, presidida pelo pastor Ronaldo Lima, que é pastor dos Missionários com Alegria também. Mesmo com chuva, a equipe chegou e arregaçou as mangas, e começou ornamentando a Igreja, que ficou linda, e a chuva caía lá fora. Isso não impediu que o evangelismo fosse feito, os integrantes do Grupo se caracterizaram, e colocaram a equipe na rua. Foi maravilhoso, Deus honrou nossa fé, e chegaram quase 40 crianças na hora da EBF, e continuava a chover.

Nosso tema esse ano é “Je-sus o amigo incomparável” e o versículo está em João 15.13. Com este tema foi dado início a devocional pela irmã Rosana Fuly, a partir daí começaram os louvores com Ministério de Música dos Missionários com Alegria, tivemos coreografias com o Grupo Happy Kids, da PIB da Vila Kennedy, que compõem nosso Ministério de Dança, que animaram as crianças. Daí passamos para história com o título da Mulher Sa-maritana. Logo depois a irmã Rosiane fez o apelo e para Glória de nosso Senhor Jesus Cristo, muitas mãozinhas se levantaram deixando-nos fe-lizes por saber que a mensa-gem foi pregada e fixada em seus corações. Distribuímos o lanchinho, e liberamos as crianças para voltarem para suas casas.

Na sexta-feira, dia 26, foi repetido o evangelismo, e caracterizados a equipe saiu às ruas, convidando as crian-ças, que atenderam o con-vite mais uma vez, e os que já haviam comparecido no primeiro dia trouxeram seus amigos, que gostaram muito também. Foram cantados corinhos, e nossa música

chave, que muitos conhecem “Quando eu venho andando para EBF venho alegre”. Os Missionários com Alegria in-teragiram muito com as crian-ças através dessa música, e eles ficaram radiantes em ver os bonecões dançando e inte-ragindo com eles. Depois da historinha com o título “Jesus acalma a Tempestade” foi fei-to o apelo com o irmão Josué Araújo, e mais mãozinhas se levantaram recebendo Jesus em suas vidas, e foram para o aconselhamento com o pastor Ronaldo Lima.

No sábado, dia 27, foi uma grande festa, toda a equi-pe chegou com disposição, montamos as tendas, e por volta das 10h30 da manhã foi dado início as atividades da Ação Social, que foi co-ordenada pelas irmãs Beth Mendes, Marcela Maia, e Ro-sane Lima, doamos roupas, calçados, fizemos testes de glicose, aferição de pressão arterial, aplicação de flúor e orientação jurídica, onde muitas pessoas foram alcan-çadas.

Foi realizado um grande trabalho evangelístico, com

os integrantes da equipe ca-racterizados. Foi adaptado pelos irmãos Ulisses Ferreira da Silva e Marcio Silva, uma caixa de som na Kombi da Igreja, e saímos pelas ruas anunciando as boas novas do evangelho a todos os mo-radores, o locutor foi o ir-mão Levi Carvalho, que foi anunciando e convidando as crianças a virem à Igreja. As crianças atenderam o convite e vieram, ouviram a história com o título do “Paralítico de Cafarnaum”.

Neste dia ainda foram feitas várias atividades, que tive-ram premiações por maior número de visitantes que trouxeram, por responder perguntas ligadas as histórias, desenhos e atividades feitas com capricho. O irmão Josué fez o apelo, e mais crianças levantaram suas mãos, e logo após Josué e sua esposa Ma-ria, foram ao aconselhamento com as crianças que se deci-diram no apelo.

O mais impactante para os Missionários com Alegria, é conhecer a história de vida dessas crianças, é ouvir o que eles têm a nos dizer, e

com isso levamos Jesus até as mesmas, e ver um sorriso surgir com um pequeno gesto de carinho feito pelo Grupo. É fazer as atividades com carinho, dedicação para que cada criança alcançada rece-ba a mensagem da salvação em suas vidas.

Sabemos que quando se ganha uma criança para Je-sus, ganhamos uma vida in-teira, e com isso damos a oportunidade da igreja local manter contato com a crian-ça evangelizada, e trazê-la para congregar, e chegar até sua família. E também evi-tando com que andem por caminhos tortuosos e acabem

fazendo tudo errado em sua trajetória.

Vamos orar por nossas crianças, pois elas serão nos-sos profissionais, nossos pas-tores e nossas igrejas num futuro bem próximo. Orem pelo ministério Missionários com Alegria, pois nossa traje-tória não tem sido fácil, pois não temos recursos, e mesmo assim seguiremos a pregar a Palavra de Deus.

Contatos: alegira.missioná[email protected]

Cel. 8822-2093 falar com Marcio ou Rosana.

Curta nossa página no Fa-cebook e veja um pouco de nossas atividades.

Missionários com Alegria realizam Escola Bíblica de Férias

Missionários com Alegria Bonecões Missionários com Alegria Crianças celebrando

Pastor Ronaldo Lima a esquerda e Missionários com Alegria indo evangelizar

11o jornal batista – domingo, 11/08/13missões mundiais

Sabrina SouzaRedação de Missões Mundiais

Há 1 0 6 a n o s o compromisso de Missões Mundiais tem sido levar o

amor de Deus aos povos que ainda não foram alcançados. A cada ano, este objetivo se torna mais forte e ganha mais espaço geograficamente. Novos campos estão sendo abertos e mais missionários estão atendendo ao chamado de Deus na obra de evange-lização mundial. Nesta longa caminhada de proclamação das boas novas, a JMM já está presente em 71 países e possui um total de 808 mis-sionários espalhados pelos continentes asiático, africa-no, europeu e americano.

Entrando em campo com Cristo

O esporte é uma das ferra-mentas que mais abre porta para o trabalho de evange-lização. Para este trabalho, Missões Mundiais desen-volve o PEM – Programa Esportivo Missionário. No primeiro semestre deste ano, o destaque do PEM foi o trei-namento de 52 líderes para atividades esportivas mis-sionárias no Haiti. Além do PEM, o país, o mais pobre das Américas, vive a expec-tativa da chegada da primeira turma do projeto Radical Hai-ti, prevista para este segundo semestre.

O avanço da JMM pelo mundo também chegou à Europa, apesar da forte crise financeira enfrentada pelo continente. Os europeus es-tão mais abertos, mais sensí-veis à Palavra de Deus. De lá, nossos missionários contam que 36 pessoas se batizaram

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Nossos missionários recebem o sus-tento enviado por Missões Mundiais

porque você oferta e contri-bui para que o Evangelho de Cristo seja testemunhado por eles pelo poder do Espírito Santo.

Além dos que já estão no campo, novos missionários se integram à equipe de Mis-sões Mundiais para anunciar a verdade que liberta. Para isso, eles também precisam de ofertas.

No primeiro semestre deste ano, Missões Mundiais for-mou 25 novos missionários, que já estão prontos para se-guirem aos campos transcul-

nos últimos meses, 105 to-maram uma decisão ao lado de Cristo e 72 já estão sen-do discipuladas. Mais frutos surgiram na Europa. Houve a inauguração do templo da Igreja Batista no Parque das Nações, em Portugal. O evento lotou o auditório da Escola Vasco da Gama, com capacidade para 220 pessoas. Entretanto, o crescimento da religião islâmica naquela nação tem sido algo preocu-pante. O que exige de nossos missionários mais esforço, dedicação e sabedoria para ter a melhor forma de apre-sentar o amor do verdadeiro Deus.

O treinamento de novos líderes tem sido uma ótima ferramenta utilizada pelos missionários para atingir áreas onde há dificuldade de acesso ou até mesmo de

turais, alguns apenas aguar-dam o sustento necessário para lá viverem e pregarem o Evangelho.

O casal Américo e Talitha Monje integrou a turma de

aprendizado da língua. Assim como na África, recheada por aldeias em seus diversos dialetos. Por lá, os missioná-rios capacitaram 46 novos líderes. E ainda 115 africanos tomaram a decisão de seguir a Cristo, sendo que 14 já des-ceram às águas do batismo. Deus tem operado milagres em solo africano. As neces-sidades deste continente não são apenas materiais, são principalmente espirituais, tendo em vista que a maioria dos africanos está envolvi-da com obras de feitiçaria e bruxaria. Contudo, o social é peça fundamental para atingi--los. As unidades do PEPE (programa socioeducativo) oferecem atividades educati-vas pautadas em ensinamen-tos bíblicos. Só na África são 95 unidades em diferentes países.

capacitação missionária do primeiro semestre de 2013. Eles estão em período pro-mocional pelo Brasil compar-tilhando sua experiência com os crentes.

Em alguns lugares, há uma certa dificuldade para ma-nifestações religiosas. Tanto a Ásia quanto o Norte da África, há locais onde é ne-cessário ter muito cuidado para anunciar Cristo devido a restrições políticas e governa-mentais. Nesse contexto, os chamados pequenos grupos se encaixam perfeitamente para a evangelização local.

Para a Ásia, uma novidade: o projeto Radical Ásia, que a partir deste semestre auxilia-rá nossos missionários nesta missão de testemunhar Cristo aos asiáticos. Pela vontade, com o envolvimento dos batistas brasileiros, budis-tas, muçulmanos, ateus... Enfim, um grande número de pessoas está conhecendo o plano de salvação, e con-sequentemente, recebendo Jesus como único e suficiente

“Realizamos visitas a dife-rentes igrejas no Estado do Rio de Janeiro, participamos também de dois congressos Conexão Missionária, com-partilhando os desafios que Deus tem nos dado”, conta Américo, que é peruano. “Cada irmão que nos recebe é bênção em nossas vidas e está em nossas orações”, acrescenta.

Em breve, o casal missioná-rio irá seguir para o campo: a Bolívia, onde pretendem começar uma igreja entre universitários na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

“A Bolívia tem um cres-cente número de estudantes de ensino superior estran-geiros, aproximadamente 25 mil, e gostaríamos de compartilhar o Evangelho

Salvador. Apesar de muitas adversidades, três igrejas foram plantadas no conti-nente asiático com o apoio de missionários da JMM no primeiro semestre deste ano.

O avanço da obra de evan-gelização mundial é fruto do envolvimento de cada inter-cessor, ofertante, mobilizador e missionário que acreditam no comprometimento de Mis-sões Mundiais com o “ide” de Jesus. A meta é contribuir para a evangelização dos 3.800 povos não alcançados. E o aumento da força missioná-ria é uma das principais fer-ramentas para alcançarmos este objetivo. Seja amigo de Missões Mundiais e ajude-nos a ultrapassar a marca de 900 missionários em campos trans-culturais até o final de 2013. Não fique de fora do que Deus está fazendo no mundo!

de Jesus com eles”, conta Américo. “Também deseja-mos preparar esses jovens para que possam servir com suas profissões e onde es-tiverem, para que o Reino de Deus seja expandido em diferentes lugares e situa-ções”, acrescenta Talitha.

Para que tudo isso se tor-ne possível, você precisa orar e ofertar pelo casal Américo e Tali tha Mon-je, assim como por outros missionários que vivem a expectativa de anunciar Cristo às nações. Para saber como ajudá-los nesse senti-do, entre em contato com a Central de Atendimen-to de Missões Mundiais: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).

O avanço da missão pelo mundo

Jovens do Radical Haiti seguirão em breve para o campo

Novos missionários e novos desafios

Missionários Américo e Talitha Monje seguirão para a Bolívia

12 o jornal batista – domingo, 11/08/13 notícias do brasil batista

Pastor Manoel de Jesus TheColaborador de O Jornal Batista

Os batistas do Esta-do de São Paulo sempre tiveram sua Convenção

Anual com esse nome, mas agora, temos um outro nome. Agora temos a Semana Batis-ta. Algumas boas inserções aconteceram, e, aproveita-mos bastante as palestras que ocorreram nos intervalos das Assembleias Deliberativas.

Começamos informando o nome do novo presidente eleito e o seu vice. Pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, pastor da PIB de São Paulo, é o novo presidente. Pastor Carlos Water Marques da Sil-va, pastor da PIB de Ourinhos foi eleito vice-presidente.

Os representantes de nossas Organizações Missionárias da Convenção Brasileira em-polgaram os Convencionais com seus relatórios. Pastor

Sócrates, sempre esbanjando sua simpatia e cordialidade, quando fala como Secretário Executivo dos brasileiros. Que Deus reserve a nós, por longos anos a bênção de tê-lo como Executivo Nacional.

O local, sabiamente esco-lhido pela Associação das Igrejas de Sorocaba, foi uma dádiva divina. Amplo, muitos galpões, e amplas salas para reuniões, espaço para muitos carros e ônibus, e espaço-so auditório onde todos os convencionais ficaram bem acomodados.

As senhoras, como sempre, tornando as demais organiza-ções como pequenos riachos, enquanto elas se apresen-tam como um rio caudaloso, numa comparação numérica, no momento das Assembleias Anuais das organizações.

Tendo como divisa Colos-senses 1.10, e como tema: “Igrejas Frutificando nesta Geração”, tivemos vários pa-lestrantes abordando subte-

mas inerentes ao tema princi-pal. Foram estes os subtemas: “Respostas bíblicas às ques-tões desta geração”; “Capa-citando líderes para a nova geração”, e “Recuperando feridos pela religião”. O ora-dor oficial foi o pastor Carlos Water Marques da Silva.

Sorocaba é uma progressis-ta cidade. Seus serviços são de primeiro mundo, nada deixando a desejar, às outras grandes cidades do Estado de São Paulo. Todas as demais cidades do Estado têm acesso fácil a Sorocaba, razão pela qual foi grande a frequência, embora muito longe daquela que poderíamos ter. A respei-to desse detalhe, gostaríamos de sugerir que nas próprias Convenções, não somente nosso Estado, como também os demais, desafiassem as grandes igrejas a custearem as despesas de obreiros de pequenas, incapazes de cus-tear as despesas dos mesmos. Não podemos falar em amor

cristão sem que o exemplo não seja vivido entre nós.

Gostaria de mencionar um momento triste, quando o amado pastor e grande ad-ministrador, pastor Manoel Ramirez, pastor da Igreja Ba-tista de São Mateus, bairro da zona leste da capital paulista, rejeitou indicações para todos os cargos. Atualmente está grandemente empenhado em

fazer frente à grande fatalida-de ocorrida com sua Igreja. O grande templo, terminado a cerca de cinco anos, pegou fogo, nada sobrando, e, pior de tudo, a Prefeitura negou licença que novo templo seja erguido no mesmo local. Não nos resta outra coisa senão apoiarmos em nossas orações essa hora de grande perplexi-dade diante do ocorrido.

Convenção Paulistana realiza a Semana Batista 2013

13o jornal batista – domingo, 11/08/13notícias do brasil batista

DIRETORIAS CBESP 2013-2014:Presidente: Paulo Eduardo Gomes Vieira1º Vice-presidente: Carlos Water Marques da Silva2º Vice-presidente: Marco Antônio Peres3º Vice-presidente: Nelson de Andrade Pacheco1ª Secretária: Maristela Massacesi Sanches da Silva2ª Secretária: Eliete Antunes Ferreira3ª Secretária: Débora Silva Lins e Silva4ª Secretária: Sandra Regina Aires Gomes dos Santos Souza

ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASILSeção São PauloPresidente: Rubens Nazareth dos Santos1º Vice-presidente: Marcelo Gomes Longo2º Vice-presidente: José Valdemi Bezerra Lamarque3º Vice-presidente: João Martins Ferreira1º Secretário: Valdomiro Júnior2º Secretário: Joelito Santos3º Secretário: Adilson Brandão

ESPOSAS DE PASTORES:Presidente: Eliete Antunes Ferreira1ª Vice-presidente: Rita de Cássia Andrade2ª Vice-presidente: Valda Lenço1ª Secretária: Silvia Mara2ª Secretária: Mônica Henrique1ª Tesoureira: Eunice Romão2ª Tesoureira: Alcimara Prieto

UNIÃO MASCULINA MISSIONÁRIA CBESPPresidente: Cilas Alves1º Vice-presidente: Gedeão Alves2º Vice-presidente: Marcos Teodoro Dias1º Secretário: José Luiz Guerreiro2º Secretário: Edenir Firmino

UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA CBESPPresidente: Sandra Regina Aires Gomes dos Santos Souza1ª Vice-presidente: Eliete Antunes Ferreira2ª Vice-presidente: Nívia Farias Ribeiro Ávila Gimenez3ª Vice-presidente: Rita de Cassia Magalhães Odwer Andrade1ª Secretária: Débora Silva Lins e Silva2ª Secretária: Emiliana Leite Rosa3ª Secretária: Berenice Maria Silva4ª Secretária: Cristiane Gonçalves Rocha

JUVENTUDE CBESP:Presidente: Estevam Júnior1º Vice-presidente: Thiago Lima2º Vice-presidente: Fabrício Rabello1º Secretário: Ilson Júnior2ª Secretária: Fabrícia Alexandrino

DIÁCONOS:Presidente: Valdison Rodrigues Nascimento1º Vice-presidente: Antônio de Carvalho Nunes2º Vice-presidente: José Carlos Moura1º Secretário: Cilas Alves2º Secretário: Antônio Carlos Ramos1º Tesoureiro: Maria de Lourdes Serpa Monteiro2º Tesoureiro: Deusdeth de Jesus Silva

14 o jornal batista – domingo, 11/08/13 ponto de vista

Estamos vivendo um tempo muito difícil no Brasil, especial-mente. Um governo

perdido e uma população desejando reformas profun-das em várias áreas. Precisa-mos de uma revolução ética no Brasil, nossa pátria tão amada! Revolução significa mudança de rumo a partir de um conteúdo consistente comum a maioria. Quebrar paradigmas. Aspiramos as reformas na política, no có-digo penal, na educação, na saúde, na tributação e uma reforma social e, por que não dizer, um pacto social sem precedentes. Urge uma participação efetiva e criati-va da sociedade civil. Uma contribuição consistente das instituições bem estrutura-das. A arregimentação de ci-dadãos comprometidos com um projeto de Estado. Um projeto para a nação e um

Desde 1997 tenho trabalhado para le-vantar dados mais objetivos sobre as

condições de trabalho do ministério pastoral batista. O que me tem levado a isto é a preocupação em darmos mais atenção à vida pessoal, matrimonial e familiar dos pastores.

Depois de mais de 35 anos de ministério, envolvido com o trabalho de igrejas, denomi-nação e instituição de ensino teológico, tenho notado que a ênfase recai sobre a produ-tividade do pastor. Aliás, vejo que quando pastores se encon-tram, depois do cumprimento inicial, em geral o restante da conversa gira em torno de quantificações: Quantos membros tem a igreja? Qual o orçamento? Quantos batismos no ano? Quanto é o salário? Por outro lado, já vi pastores batendo no peito e se vanglo-riando ao dizer que não tiram férias há um bom tempo.

Penso que nós mesmos pastores precisamos, em ge-ral, promover com urgência um repensar sobre as priori-

pacto de desenvolvimento sustentável.

É mister que anulemos a política de assistencialismo, substituindo-a pela política de dignidade por meio da educação, da assistência profissional continuada, do emprego e da inclusão social pelo trabalho sério e comprometido com o de-senvolvimento em vários níveis. O povo brasileiro precisa de saneamento bá-sico, uma política séria de resíduos sólidos, seguran-ça pública constituída de agentes honestos, bem re-munerados e prontos para combaterem a corrupção e toda a sorte de violência. A nação brasileira aspira por um combate contundente e tolerância zero ao tráfico de drogas, o tráfico de seres humanos, a pedofilia, os cri-mes pela internet, a porno-grafia. Tolerância zero para

dades de nossa vida pessoal, matrimonial e familiar. Há um ditado que diz que traba-lho não mata, mas acredito que pode prejudicar e dani-ficar a vida irreparavelmente.

Para ajudar neste cami-nho, criei coragem para

os políticos e funcionários públicos corruptos.

A nossa revolução deve ser pela conscientização, mobi-lização e execução de pro-gramas eficientes nos vários setores da vida da população. Combater veementemente toda a sorte de desonestida-de. O povo precisa, urgente-mente, de uma saúde de qua-lidade, um transporte muito eficiente e barato, bem como um serviço público compro-metido com a excelência em servir com funcionários capacitados de forma conti-nuada. A sociedade brasileira está cheia dos políticos en-ganosos, engambeladores e aproveitadores. Não aguenta mais tanta incoerência, tanta corrupção e tantos desman-dos. Sonhamos com um país mais justo, mas solidário e mais igual. Somos chamados à revolução de ideias, de sonhos e ações propositivas.

publicar aqui nesta colu-na os resultados obtidos em levantamento de dados feitos em dois momentos separados por 11 anos, em reuniões da Ordem de Pas-tores de diversos Estados e na Ordem nacional. Sem

Que todas as forças demo-cráticas se unam na cons-trução de um Brasil novo. A construção pela revolução na ética e na eficiência em todas as áreas da vida do povo brasileiro. Que sejamos um país de vanguarda. Um país em que a tecnologia não está acima da ética, da moralida-de equilibrada. Um governo competente, honesto, íntegro e trabalhador; um povo que fiscaliza e age com dignida-de, que responde positiva-mente às ações corretas dos que os governa. Não o povo do jeitinho, mas a nação que aspira, deseja intensamente que a justiça seja feita doa a quem doer. Não um país de uma minoria privilegiada, mas um país que tenha jus-tiça social, distribuição de renda coerente com a Cons-tituição. Que todos tenham acesso aos melhores serviços públicos.

dúvida é um levantamento quantificativo, mas já dá para se ter uma ideia, é só ver a tabela em seguida e fazer a comparação entre os dois anos. Para não me de-longar muito neste momen-to, em próximo artigo vou

Que tenhamos uma revo-lução que produza padrão de qualidade, de excelência, tanto nas empresas públicas como nas empresas priva-das. Que direitos e deveres sejam assegurados. Que pri-memos por uma política de desenvolvimento sustentável - que é a união muito bem articulada entre produção com tecnologia de ponta e a preservação do meio am-biente, do ecossistema. Uma política que busque com in-sistência o trato com o meio ambiente digno de uma na-ção realmente desenvolvida. Que nesta revolução nossas armas sejam as da educação de qualidade, do trabalho com excelência e da ética, da integridade em todos os níveis, do diálogo sério, responsável. Esta revolução é possível com a participa-ção de todos no esforço de cada um.

tecer algumas conclusões provisórias que tenho obti-do por meio destes dados. Se você quiser me escrever dando suas impressões ini-ciais faça-o sem hesitação: [email protected]

Até o próximo artigo.

A verdadeira revolução

2011 2000 DESCRIçÃO472 (7%)

511 (10%)

Quantidade de pastores que responderamPorcentagem representativa aproximada

13% 13% o exercício do pastorado empobreceu a vida familiar23% 10% a igreja já foi responsável por desastres família do pastor65% 61% se sente incapaz para o exercício do ministério14% 16% o treinamento recebido no seminário pouco tem servido no ministério

30% 30%se sente mais inferiorizado hoje do que no passado. Se pudesse voltar atrás mudaria muita coisa na vida e ministério

13% 9% não tem nenhum amigo de verdade61% 51% tem de 1 a 5 amigos de verdade10% 8% se pudesse deixaria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência8% 6% já teve envolvimento sexual com pessoas da igreja

11% 14% quase teve envolvimento sexual28% 38% não tem desenvolvido uma perspectiva de vida para daqui cinco anos70% 77% não está contente e satisfeito com o tempo que investe na vida devocional74% 62% não tem culto doméstico regularmente em seu lar75% 78% não está satisfeito com a autodisciplina no uso do tempo68% 88% tem facilidade em perdoar os que ofendem

A SAúDE NO MINISTéRIO PASTORAL BATISTA NO BRASILDados levantados por Dr. Lourenço Stelio Rega ©

15o jornal batista – domingo, 11/08/13ponto de vista

Pr. Araúna dos SantosVitória, ES

Desejo opinar so-bre essa questão, proposta uma vez para debate de

ideias e interpretações, ten-do por cenário o ambiente eclesiástico batista em sua administração regular. Eis a questão:

Como batistas, aceitamos que as designações funcio-nais de pastor, bispo e pres-bítero são aplicáveis a uma única pessoa, singular, voca-cionada para o ministério de liderança espiritual na igreja e se referem a aspectos distin-tos desse ministério, quais se-jam: o pastoreio, a supervisão e o aconselhamento. Textos bíblicos como Atos 20.13-38 e I Pedro 5.1-4, entre outras ocorrências, confirmam o uso desses vocábulos para designarem um mesmo líder em função: o presbítero é chamado de pastor, o pastor é chamado de bispo e o bis-po é chamado presbítero.

SâmiaMissionária da JMM no Oriente Médio

A Teologia Bíblica da Missão objetiva-se em estudar “mis-sões” sob o prisma

das Escrituras Sagradas e a partir do Deus Trino, no qual se utiliza dos elementos sa-grados ou não para resgatar sua criação. A universalida-de da missão está revelada em toda Bíblia através da manifestação dos propósitos retentivos sinalizados de Gê-nesis a Apocalipse. Portan-to, Deus é o articulador da obra missionária. É através de sua Palavra revelada que compreenderemos a base da missão na perspectiva teo-cêntrica, onde Deus comis-siona, promove e envia. Ele é o Senhor da missão e deseja ser adorado em todo lugar.

Missão nasce no coração de Deus, opera na história através do poder do Espírito Santo, e aponta para Jesus como Se-nhor (κύριος) de todo universo. Russell Shedd irá dizer que “o mundo inteiro está debaixo da esfera do interesse de Deus”. Para o cumprimento do seu propósito, Deus escolhe um povo específico que lhe será instrumento, não com a finali-dade de abandonar os demais povos, mas com o ímpeto de fazer seu nome conhecido na terra trazendo benção e salvação. Desta forma, tanto Israel na antiga aliança, como a Igreja redimida em Cristo, deveriam ser mediadores en-tre os homens pecadores e

Entre nós batistas, a deno-minação comum é pastor. Ele ministra a Palavra, atra-vés da pregação e do ensino, buscando o “aperfeiçoamen-to” (preparo) dos santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado (a igreja local). Ele também supervisiona o desempenho dos ministérios dessa igreja e é o principal conselheiro de seus mem-bros, mas não o exclusivo. Todavia, é bom lembrar que o Espírito Santo que capacita o pastor para suas tarefas “pastorais” é o mesmo Espí-rito que capacita, concede dons e “vocaciona” também os membros da igreja para o exercício de seus ministérios cooperativos. E aqui há tex-tos bíblicos igualmente ex-pressivos – Efésios 4.14-16, Romanos 12.1-8 e I Corin-tios 12 – entre outros. Mem-bros da igreja também são designados para o serviço do Senhor. Esse é o ensino claro do Novo Testamento (I Co 12.4-7). O pastor não é o

o Deus santo. Para que este plano de reconciliação cum-prisse aos propósitos divinos era necessário que seu povo desempenhasse o papel de sacerdotes, profetas e servos no testemunho da presença do Criador Todo Poderoso entre eles.

Numa perspectiva escato-lógica, a promessa de recon-ciliação completa da história humana ocorrerá depois da volta de Cristo. No entanto, a “plenitude dos tempos” já veio, porém ainda não de forma absoluta. Isso quer dizer que o plano reconci-liatório de Deus em Cristo já começou, mas não em sua totalidade.

Este é um tempo muito importante para a história, pois Deus quer que aqui e agora vislumbremos mani-festação visível de seu poder dinâmico, por meio de sinais que evidenciem seu Reino em antecipação a consuma-ção final. O conteúdo do Evangelho expressa a com-preensão de que, em Jesus Cristo, as profecias do Antigo Testamento se cumpriram, o que torna possível a realida-de presente e futura, sendo Ele mesmo as boas novas (Is 61.1-7). A igreja deve eviden-ciar o Reino de Deus através da proclamação, atos de jus-tiça e diversas outras formas de ação social reconciliando a sociedade humana ao se-nhorio completo de Jesus.

Conceituando a missãoO Deus único e trino, Cria-

dor dos céus e da terra, Se-

único vocacionado na igreja (Atos 6.1-7).

Agora, é preciso fazer uma distinção bem clara entre Igreja – Corpo de Cristo – en-tidade mística e a igreja – or-ganização social, instituição. Feita a distinção, torna-se mais fácil compreender as figuras representativas: pas-tor e presidente. O pastor é o líder espiritual – separado para isto: – O Ministério da Palavra. O presidente é líder institucional, organizacio-nal, estatutário, de acordo com a legislação pertinente. Não é questão bíblica ser o pastor presidente da igreja. Tem sido, apenas, uma das práticas batistas. Do mesmo modo que vice-presidentes, secretários e tesoureiros – membros da diretoria - são eleitos, periodicamente, em Assembleia Geral – assim, penso eu, deve acontecer com a presidência da igreja, enquanto instituição social, pessoa jurídica, sujeita às normas do Estado de direito.

Todo membro da igreja, em

nhor de todo universo, Deus todo-poderoso e eterno, que governa todas as coisas se-gundo seu propósito, através do poder e força do Espírito Santo é o Deus da missão. A centralidade da missão não está no homem e nem na igreja, mas no Deus trino. Ele que fez todas as coisas para o louvor de seu santíssimo nome, quem providenciou o plano de redenção, quem en-viou seu Filho, quem mani-festou sua graça, quem cum-priu a salvação, quem enviou o Espírito, quem preparou seu povo, quem delegou autoridade à igreja, edificou e equipou seu Corpo, quem chamou seus servos para a Missão, trará a glória para seu nome, santificará e preparará a noiva, cumprirá seus pro-pósitos eternos, convergindo todas as coisas Nele mesmo e culminando na adoração de todos os povos diante do Cordeiro, o qual finalmente entregará sua coroa ao Pai. A Missão, portanto, começa e termina em Deus.

É através da vontade reve-lada pela Palavra, que pode-mos conhecer objetivamente os propósitos de Deus. A Bíblia é inerrante, infalível e inspirada por Deus. Ela deve ser a forma como Deus fala com seu povo através do Es-pírito Santo. A autoridade das Escrituras, tanto Antigo como Novo Testamento, revelam as promessas e o cumprimento dos propósitos eternos de Deus para a humanidade. Portanto, ela é a mensagem divina na qual seu povo deve

comunhão com a igreja, com capacidade reconhecida e es-colhido, democraticamente, pela Assembleia da igreja, tem o direito de ocupar qual-quer cargo na diretoria da igreja ou, como queiram, no Conselho de Administração, inclusive o pastor. O que não se deve continuar fazen-do, principalmente numa Igreja Batista, de governo democrático congregacional, é restringir a presidência, exclusivamente, ao pastor. Ministério pastoral é uma coisa e presidência institu-cional é outra coisa. Demo-craticamente, o pastor pode ser eleito para a presidência, se o desejar, ou algum outro membro, de reconhecida competência para a função. Precisamos redescobrir o go-verno congregacional batista, a começar pela presidência das igrejas.

Pedro aconselhou aos pastores, por ele chamados presbíteros: “Pastoreai o re-banho de Deus que está sob seus cuidados. Olhem por

ter como regra de fé e prática. Nela contém toda verdade e tudo que ela afirma ilumina as mentes e corações dos servos do Senhor. A Palavra de Deus deve ser seguida em sua totalidade e nela conhe-cemos os planos presentes e futuros de Deus em Cristo para nós, seus eleitos.

Só existe um Deus Salva-dor de todo universo, Jesus Cristo o Senhor. Não há de forma alguma outra maneira do homem ser introduzido à presença de Deus, senão pelo único mediador. Jesus é verdadeiro Deus, e verdadei-ro homem, igual a Deus em natureza e essência, fazendo parte da trindade. Jesus é a revelação especial que Deus ofertou aos homens caídos, para redimi-los de seus pe-cados por meio da graça e mediante a fé. O cristianismo não é uma forma de diálogo entre os homens e Deus, mas um monólogo em que lhes é oferecido salvação para os que crerem no Filho, no qual morreu e ressuscitou da cruz por nossos pecados. Em Cristo, Deus revelou todo seu amor à humanidade perdida dando-lhe esperança. Um dia Jesus retornará a terra como Rei e Senhor absoluto de todas as coisas. Ele será visto e adorado por todos os homens, mesmo os que o rejeitaram, para juízo e con-denação eternos.

A fundamentação correta do que Deus quer realizar na terra, parte de uma consciên-cia clara da vontade de Deus expressa em sua Palavra. As

ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho” (I Pedro 5.1-3 NVI). Infe-lizmente, a presidência da igreja tem sido o palco onde acontecem conflitos de inte-resses e de personalidades, e prejuízos para a igreja. Posso dizer que é fácil o pastor envolver-se com a presidência e esquecer o pastoreio. Mas, não se deve esquecer que o pastor há de ser chamado a prestar contas de seu ministério pastoral Àquele que o vocacionou, e não a prestar contas da presidência administrati-va, burocrática, jurídica, da igreja enquanto organização social. A IGREJA – Corpo de Cristo – suplanta a igreja – pessoa jurídica. O pasto-reio é de maior relevância, significado e valor do que a presidência organizacional.

implicações estão no plano espiritual, físico, emocional, moral e nas mais diversas di-mensões da vida humana. A salvação é temporal – quanto à antecipação dos benefícios retentivos – e é também, para um cumprimento escatoló-gico futuro - de dimensões cósmicas e eternas.

Quem comissiona, capacita e envia é o Deus trino, Se-nhor absoluto da Missão. Os meios de graça que ele usa é para trazer a manifestação do Reino na Igreja, e, sendo parte dela, vocacionada e direcionada ao ministério transcultural, as implicações para o desenvolvimento des-te chamado incluem primor-dialmente: um relacionamen-to íntimo e permanente com o Senhor da seara; controle irrevogável do Espírito San-to na obra a ser realizada; prática de um Evangelho encarnacional e sacrificial; serviço comunitário (diaco-nal); promoção da justiça através da shalom - paz de Deus (dikaioma); pregação contextualizada (kerigma); promoção da dignidade hu-mana no cumprimento do mandato cultural (profetis-mo); e, revelando a verdade absoluta de Deus - Jesus Cris-to, que é a própria expressão do Reino (autobasileia). Esse é um ministério particular--humano (temporal), mas também é um chamado divi-no com dimensões globais, tendo como propósito fazer o nome de Jesus conhecido e glorificado até a eternidade (plano cósmico).

O valor do estudo de Teologia Bíblica da Missão

Pastoreio e presidência da igreja – Sim ou Não?