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- . "" '/ p.. -, -, > , FEDERATIVA DO BRAS·IL olARIO DO CONGRESSO NACIONAL 'SEÇÃO I .. ANO XXVIII - N9 146 CAPITAL FEDERAL QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 1973 CÂMARA DOS DEPUTADOS .----------------SUMARIO 1- 154." SESSÃO DA 3." SESSÃO LEGISLATIVA DA 7." LEGISLA'l'URA EM 21 DE NOVEMBRO DE 1973 (EX· TRAORDINARIA MATUTINA) I- Abertura da Sessão II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III - Leitura do Expediente PROJETOS A IMPRIMIR Projeto de Decreto Legislativo n. O 132-A, de 1973 (Da Co- missão de Relações Exteriores) - Mensagem n. o 344173 - Aprova o texto do Convênio entre a República Federativa do Brasil e Banco Interamericano de DesenvolvImento sobre Privilégios e Imunidades do Banco, assinado em Brasília, a 21 de janeiro de 1972; tendo parecer, da Comissão de e pela constitucionalidade e juridicidade. pendente de parecer da Comissão de Economia, Indústria e comércio. Projeto de Lei n. o 1. 676-A, de 1973 (Do Senado Federal) - Fixa os valores de vencimentos dos cargos dos Grupos-outras Atividades de Nivel Superior e Artesanato, do Quadro Perma- nente do Senado Federal, e outras providências; tendo pare- ceres: da Comissão de Constituição e pela constitucio- nalidade, juridicidade c boa técnica legislativa: e. das Comissões de Serviço Público e de FInanças, pela aprovação. Projeto de Lei n. o 1.680-A. de 1973 (Do Poder Executivo) - Mensagem n.? 415/73 - Fixa os valores de vencimentos dos cargos dos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário, Au- xlllares, de Transporte Oficial e portaria, Artesanato, Outras Atividades de Nível Superior e Outras Atividades de Nível Médio do Quadro Permanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal, e outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Consti- tuíção e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e, das Comissões de Serviço Público e de Finanças, pela aprovação. Projeto de Lei n. o 1.681-A, de 1973 (Do Poder Executivo) - Mensagem n. O 416173 - Fixa os valores dos níveis dc vencimen- tos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores do Quadre> Permanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal, e outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela consti- tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; da Comis- são de Serviço Público, pela aprovação, com emenda' e da Co- missão de Finanças, pela aprovação. ' , Mensagem n. o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Subme- te à consideração do Congresso Nacional, nos termos do artigo 72, § 7. 0 , da Constituição Federal, a execução do ato que conce- deu reforma ao segundo Sargento João Lino Pereira do Minis- tério da Marinha. ' Projeto de Lei n. O 1.687, de 1973 (Do Poder Executivo) _ Mensagem n. O 428/73 - Altera o Decreto-lei n. O 610 de 4 de junho de 1969, que criou os Quadros Complementares de Oficiais da Marinha. Projeto de Lei n. O 1.688. de 1973 (Do Poder Executivo) _ Mensagem n.O 430/73 - Dispõe sobre a utilização ea exploração dos aeroportos, das facilidades à navegação aérea e dá outras providências. Projeto de Lei n.o 1.689, de 1973 (Do Poder Executivo) - Mensagem n,o 431/73 - Dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dá outras providências. Comunicações das Lideranças DELSON SCARANO - Extensão da previdência social ao trabalhador rural. ATHIJ1: eOURY - Ameaça de despejo do Instituto Histórico e Geográfico São Vicenté, São Pauio. ORENSY RODRIGUES - Problemas da economia rural bra- sileira. WALTER SILVA - O VIII Congresso Brasileiro de Agrono- mia ea reforma agrária no Brasil. 2- l\-IESA (Relação dos membros) 3- LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação dos membros) . 4- COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Per. manentes, Especiais, Mistas e de Inquérito) ATA DA 154. Cl SESSÃO 21 DE NOVEMBRO DE 1973 Extraordinária Matutina n. o 13 PRESIDENCIA DO SR.: FERNANDO GAMA, 2. o-VICE-PRESIDENTE 1- AS 10:00 HORAS COMPARECEM OS SENHORES: Flávio Mareílio Aderbal Jurema Fernando Garoa Dayl de Almeida Petrônio Figueiredo José Carlos Fonseca Dii:f Cherem Vinicius Cansanção Teotônio Neto João Castelo Jarmund Nasser Acre Joaquim Macêdo - ARENA: Nosser AI.. meída - ARENA; Ruy Lino MDB. Amazonas Joel Ferreira - :MOB; Leopoldo Peres - ARENA; Raimundo Parente - ARENA. Pará América Brasil - ARENA: Edison Bonna - ARENA; Júlio Viveiros - MDB. Maranhão Freitas Dlnlz - MDB; Henrique de La Rocque - ARENA. Piauí Correia Lima - ARENA; Milton Brandão _ ARENA; Pinheiro Mac11ad<L- ARENA. Ceará Edilson Melo Távora - ARENA; Furtado Leite - ARENA; Hildebrando Guimarães > ' LI t

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Page 1: FEDERATIVA DO BRAS·IL olARIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD22NOV1973.pdf · Mensagem n.o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Subme te à consideração

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FEDERATIVA DO BRAS·IL

olARIO DO CONGRESSO NACIONAL'SEÇÃO I..

ANO XXVIII - N9 146 CAPITAL FEDERAL QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 1973

CÂMARA DOS DEPUTADOS.----------------SUMARIO--------------~__:

1 - 154." SESSÃO DA 3." SESSÃO LEGISLATIVA DA 7."LEGISLA'l'URA EM 21 DE NOVEMBRO DE 1973 (EX·TRAORDINARIA MATUTINA)

I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

III - Leitura do Expediente

PROJETOS A IMPRIMIRProjeto de Decreto Legislativo n.O 132-A, de 1973 (Da Co­

missão de Relações Exteriores) - Mensagem n.o 344173 ­Aprova o texto do Convênio entre a República Federativa doBrasil e ,« Banco Interamericano de DesenvolvImento sobrePrivilégios e Imunidades do Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972; tendo parecer, da Comissão de Constitui~ãoe Justi~a, pela constitucionalidade e juridicidade. pendente deparecer da Comissão de Economia, Indústria e comércio.

Projeto de Lei n.o 1. 676-A, de 1973 (Do Senado Federal)- Fixa os valores de vencimentos dos cargos dos Grupos-outrasAtividades de Nivel Superior e Artesanato, do Quadro Perma­nente do Senado Federal, e dá outras providências; tendo pare­ceres: da Comissão de Constituição e Justi~a, pela constitucio­nalidade, juridicidade c boa técnica legislativa: e. das Comissõesde Serviço Público e de FInanças, pela aprovação.

Projeto de Lei n. o 1.680-A. de 1973 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n.? 415/73 - Fixa os valores de vencimentos doscargos dos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário, servi~os Au­xlllares, Seryi~os de Transporte Oficial e portaria, Artesanato,Outras Atividades de Nível Superior e Outras Atividades deNível Médio do Quadro Permanente da Secretaria do TribunalFederal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal, e dáoutras providências; tendo pareceres: da Comissão de Consti­tuíção e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boatécnica legislativa; e, das Comissões de Serviço Público e deFinanças, pela aprovação.

Projeto de Lei n.o 1.681-A, de 1973 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n. O 416173 - Fixa os valores dos níveis dc vencimen­tos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores do Quadre>Permanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e

do Conselho da Justiça Federal, e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; da Comis­são de Serviço Público, pela aprovação, com emenda' e da Co-missão de Finanças, pela aprovação. ' ,

Mensagem n.o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Subme­te à consideração do Congresso Nacional, nos termos do artigo72, § 7.0 , da Constituição Federal, a execução do ato que conce­deu reforma ao segundo Sargento João Lino Pereira do Minis-tério da Marinha. '

Projeto de Lei n.O 1.687, de 1973 (Do Poder Executivo) _Mensagem n.O 428/73 - Altera o Decreto-lei n. O 610 de 4 dejunho de 1969, que criou os Quadros Complementares de Oficiaisda Marinha.

Projeto de Lei n. O 1.688. de 1973 (Do Poder Executivo) _Mensagem n.O 430/73 - Dispõe sobre a utilização e a exploraçãodos aeroportos, das facilidades à navegação aérea e dá outrasprovidências.

Projeto de Lei n.o 1.689, de 1973 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n,o 431/73 - Dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dáoutras providências.Comunicações das Lideranças

DELSON SCARANO - Extensão da previdência social aotrabalhador rural.

ATHIJ1: eOURY - Ameaça de despejo do Instituto Históricoe Geográfico São Vicenté, São Pauio.

ORENSY RODRIGUES - Problemas da economia rural bra­sileira.

WALTER SILVA - O VIII Congresso Brasileiro de Agrono­mia e a reforma agrária no Brasil.

2 - l\-IESA (Relação dos membros)3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação

dos membros) .

4 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Per.manentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)

ATA DA 154.Cl SESSÃO~M 21 DE NOVEMBRO DE 1973

Extraordinária Matutina n.o 13PRESIDENCIA DO SR.: FERNANDO GAMA,

2.o-VICE-PRESIDENTE

1- AS 10:00 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:

Flávio MareílioAderbal JuremaFernando GaroaDayl de Almeida

Petrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaDii:f CheremVinicius CansançãoTeotônio NetoJoão CasteloJarmund Nasser

AcreJoaquim Macêdo - ARENA: Nosser AI..

meída - ARENA; Ruy Lino ~ MDB.

AmazonasJoel Ferreira - :MOB; Leopoldo Peres ­

ARENA; Raimundo Parente - ARENA.

ParáAmérica Brasil - ARENA: Edison Bonna

- ARENA; Júlio Viveiros - MDB.Maranhão

Freitas Dlnlz - MDB; Henrique de LaRocque - ARENA.

PiauíCorreia Lima - ARENA; Milton Brandão

_ ARENA; Pinheiro Mac11ad<L- ARENA.

CearáEdilson Melo Távora - ARENA; Furtado

Leite - ARENA; Hildebrando Guimarães

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Page 2: FEDERATIVA DO BRAS·IL olARIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD22NOV1973.pdf · Mensagem n.o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Subme te à consideração

9130 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Novembro de 1973

grantes do Grupo-Direção e Assessoramen­to Superiores, do Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Federal de Recur­sos e do Conselho da Justiça Federal, estru­turado nos termos da Lei n.o 5.645, de 10de dezembro de 1970, correspondem os se­guintes vencimentos:

Art. 2.° As diárias de que trata a Lein.O 4.019, de 20 de dezembro de 1961, erespectivas absorções, as gratificações denível universitário e de representação, re­ferentes aos cargos que integram o Grupoa que se refere esta Lei, são absorvidas, emcada caso, pelos vencimentos fixados noartigo anterior.

Parágrafo iínico. A partir da vigênciados atos individuais que incluirem osocupantes dos cargos reclassífícados outransformados, nos cargos que integram oGrupo de que trata a presente Lei, cessará,para os mesmos ocupantes o pagamentodas vantagens especificadas neste artigo,bem como de outras que, a qualquer título,venham percebendo, ressalvados apenas osalário-família e a gratificação adicionalpor tempo de serviço.

Art. 3.° Poderá o Tribunal Federal deRecursos, na implantação do novo plano declassificação de cargos, transformar, emcargos em comissão, funções gratifieadase encargos de gabinete a que sejam ineren­tes atribuições de direção, chefia ou assesso­ramento.

Art. 4.° Os vencimentos fixados 110 ar­tigo 1.0 vigorarão a partir da vigência dosatos de inclusão de cargos no novo Grupo.

Art. 5.° O exercício dos cargos em co­missão do Grupo de que trata esta Lei éincompatível com a percepção de gratifica­ção por serviços extraordinários e de repre­sentação de gabinete.

Art. 6.° Ficam criados, no Quadro, da.Secretaria do Tribunal Federal ele Recur­sos, no Grupo-Direção e AssessoramentoSuperiores e na Categoria AssessoramentoSuperior, 13 (treze) cargos em comissão' deAssessor Judiciário, Código TFR-DAS-102.1.

Parágrafo único. Fica condicionado oprovimento dos cargos de que trata esteartigo à existência de recursos orçamen­tários próprios.

Art. 7.° Os cargos em comissão de Se­cretário do Tribunal, Diretor da Represen­tação, Diretor da Subsecretaria e Auditor,ressalvados os que estejam ocupados portitulares em comissão, somente serão pro­vidos. em cada caso, após a vacância doscargos efetivos de Vice-Diretor-Geral, PJ-O,Subsecretário, PJ-O, Diretor de Serviço,PJ-l e Auditor, PJ-3, respectivamente, doatual Quadro da Secretaria, os quais serãoextintos e suprimidos quando vagarem.

Parágrafo único. A gratificação de re­presentação, as diárias de que trata a Lein.O 4.019, de 20 de dezembro de 1961, erespectivas absorções, e outras vantagensque, a qualquer título, estiverem sendo per­cebidas pelos ocupantes efetivos a que serefere este artigo, serão absorvidas pelosvencimentos fixados nesta Lei.

Art. 8.° A gratificação adicional portempo de serviço dos ocupantes dos cargosefetivos a que se refere o artigo anteriorserá calculada na forma do disposto no ar-

'- ARENA; Januário Feitosa - ARENA; ;ro­nas Carlos - AREN1\.; Josias Gomes ­ARENA (SE); Leão Sampaio - ARENA;Manoel Rodrigues - ARENA; Ozlrís Pon­tes - MDB; Parsífal Barroso - ARENA.

Rio Grande do NorteGrlmaldí Ribeiro - ARENA; Pedro Lu­

eena-MDB.Paraíba

Marcondes Gadelha - MDB; WilsonBraga - ARENA.

Pernambuco

Aíron Rios - ARENA; Carlos Alberto Olt­veíra - ARENA; Gonzaga Vasconcelos ­ARENA; Joaquim Coutinho - ARENA; Ma­galhães Melo - ARENA; Marco Maciel ­ARENA; Marcos Freire - MDB.

Alagoas

José Alves - ARENA.Sergipe'

Eraldo Lemos - ARENA; Passos Pôrto.1- ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.

Babia

Djalma Bessa - ARENA; Fernando Ma­galhães - ARENA; Hanequím Dantas ­ARENA; Ivo Braga - ARENA; João Alves_ ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Ma­noel Novaes - ARENA; Odulfo Domíngues_ ARENA; Prisco Viana - ARENA; Rogé­rio Rêgo -' ARENA; Ruy Bacelar - ARE­NA; Vasco Neto - ARENA; Wilson Falcão-ARENA.

Espírito Santo

Argilano Dario - MDB; 15lcio Alvares ­ARENA; Parente Frota - ARENA.

Rio de Janeiro

Alair Ferreira - ARENA; Daso Coimbra- ARENA Hamilton Xavier - MDB; Joséda Silva Barros - ARENA; José Haddad ­ARENA; José sally - ARENA; Luiz Braz- ARENA; Mareio Paes - ARENA; MoacirChiesse - ARENA; Osmar Leitão - ARE­NA; Peixoto Filho - MDB; Rozcndo deBouza - ARENA; Walter Silva - MDB.

GuanabaraAlcir Pimenta - MDB; Bezerra de Norões

- MDB; Célio Borja ~ ARENA; EurípedesCardoso de Menezes - ARENA; Florim Cou­tinho - MDB; Léo Simões - MDB; Lísà­neas Maciel - MDB; Nina Ribeiro - ARE­NA; Osnellí Martinelli - ARENA; ReynaldoSantana - MDB; Rubem Medina - MDB.

Minas Gerais

Altair Chagas ~ ARENA; Aureliano Cha-• ves - ARENA; Bias Fortes - ARENA; Car­

los Cotta - MDB; Delson Scarano - ARE­NA; Elias Carmo - ARENA; Fábio Fonsêca- MDB; Fernando Fagundes Netto - ARE­NA; Francelino Pereira - ARENA; GeraldoFreire - ARENA; Homero Santos - ARE­NA; Hugo Aguir - ARENA; Jairo Maga­lhães - ARENA; João Guido - ARENA;Jorge Vargas - ARENA; Manoel de Almei­da - ARENA; Manoel Taveira - ARENA;Nogueira de Rezende - ARENA; ozananCoêlho - ARENA; Padre Nobre - MDB;Sinval Boav8ntura - ARENA; TancredoNeves - MDB.

São PauloAdalberto Camargo - MDB; Adhemar de

Barros Filho - ARENA; Aldo Lupa - ARE­NA; Alfeu Gasparíni - ARENA; AmaralFur'lan - ARENA; Arthur Fonsêca - ARE­NA; Athiê Coury -MDB; Cardoso de Almei­da - ARENA; Chaves Amarante - ARE­NA; Dias Menezes - MDB; Diogo Nomura- ARENA Francisco Amaral- MDB; Frei­tas Nobre - MDB: Ildélio Martins - ARE­NA; José Camargo - MDB; Mário Telles- ARENA; Mauricio Toledo - ARENA; Pa-

checo Chaves - MDB; Paulo Alberto ­ARENA; Roberto Gebara - ARENA; Ruy­dalmeida Barbosa - ARENA; Silvio Lopes- ARENA; Sylvio Venturolli - ARENA.

GoiásAnapolino de Faria - MDB; Ary Valadão

- ARENA; Brasílio Caiado - ARENA; Fer­nando Cunha - MDB; Henrinque Fansto­ne - ARENA; José Freire - MDB; JuarezBernardes - MDB; RezeIWc MonteiroARENA; Siqueira Campos - ARENA.

Mato GrossoEmanuel Pinheiro - ARENA; Marcilio

Lima - ARENA.Paraná

Agostinho Rodrigues - ARENA; AlípioCarvalho - ARENA; Antônio Anníbellí ­MDB; Ary de Lima - ARENA; Arthur San­tos - ARENA; ítalo Conti - ARENA; LuizLosso - ARENA (SE); Mário Stamm ­ARENA; Olivir Gabardo - MDB; RobertoGalvani - ARENA; Túlio Vargas - ARE­NA.

Santa CatarinaAbel Ávila - ARENA; Adhemar Ghisi ­

ARENA; Cesar Nascimento - MDB; JaisonBarreto - MDB; João Linhares - ARENA;Pedro Colin - ARENA; Wílmar Dallanhol- ARENA.

Rio Grande do SulAldo Fagundes - MDB; Antônio Bresolin

- MDB; Célio Marques Fernandes - ARE­NA; Getúlio Dias - MDB; Helbert dos San.tos - ARENA; Lauro Rodrigues - MDB;Sinval Guazzelli - ARENA.

AmapáAntônio Pontes - MDB.

RondôniaJerônimo Santana - MDB.

RoraimaSilvio Botelho - ARENA.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- A lista de presença acusa o compareci­mento de 174 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos.

O Sr. Secretário procederá à leitura da atada sessão anterior.li - O SR. JOSÉ CARLOS FONSECA,

S.o-Secretário, servindo como 2.0-Secret á rio,procede à leitura da ata da sessão antece­dente, a qual é, sem observações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Passa-se à leitura do expediente.

Não há expediente a ser lido.

PROJETO DE LEIN.o 1.681-A, de 1973

(Do Poder Executivo)

MENSAGEM N.o 416/73Fixa os valores dos níveis de venci­

mentos do Grupo-Direção c Assessora­mento Superiores, do Quadro Permanen­te da Secretaria do Tribunal Federal deRecursos e do Conselho da .JustiçaFederal, e dá outras providências; ten­do pareceres: da Comissão de Oonstí;tuição e Justiça, pela constitueíonallda­de, juridicidade e boa técnica legislati­va; da Co~issão de Serviço PtíbJico.pela aprovaçao, com emenda; e, da Co­missão de Finanças, pela aprovação.

(PROJETO DE LEI N.o 1.681, DE 1973, AQUE SE REFEREM OS PARECERES).

Càngresso Nacional decreta:Art. 1.0 Aos niveis de classificação dos

cargos de provimento em comissão, ínte-

Níveis

TFR-DAS-4TFR-DAS-3TFR-DAS-2TFR-DAS-l

Vencimentos MensaisCr$

7.500,007.100,006.600,006.100,00

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Novembro de 19'13 D1ARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9131..tigo 10 da Lei n.O 4.345, de 26 de junho de1964.

Art. 9.° As despesas decorrentes da apli­cação desta Lei, serão atendidas pelos re­cursos orçamentários próprios do TribunalFederal de Recursos, bem como por outrosrecursos a esse fim destinados, na formada legislação pertinente.

Art. 10. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação.

Art. 11. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, em de de 1973.

LEGISLAÇAO CITADA

LEI N.o 4.019DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961

Oompíementa o artigo 6.° da EmendaConstitucional n,v 3, e dá outras provi­dências.

O Presidente da República:Faço saber que o Congresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte Lei;Art. 1.0 Aos membros do Supremo Tribu­

nal Federal, do Tri1:.unal Federal de Recur­sos, do Tribunal de Contas da União, ao

rProcurador, aos Auditores e aos Procurado­r zes-Adjuntos do Tribunal de Contas da, União é atribuída, pelo efetivo exercício emBrasília, uma diária correspondente atél/20 (um vinte avos) de seus vencimentos.

,Art. 2.° Aos funcionários públicos fe­derais e autárquicos, pelo efetivo exercicíoem Brasília, é concedida uma diária na basede até 1/30 (um e trinta avos) dos respec­tivos vencimentos.

Parágrafo único. O COnsultor-Geral daRepública, o Procurador-Geral da Repúbli­ca, o 1.0 Subprocurador da República, osProcuradores da República lotados em Bra­sília, bem como os Consultores-Jurídicos eos demais membros do Serviço Jurídico daUnião que exerçam na atual Capital daRepública, em caráter permanente, as fun­ções do seu cargo, também perceberão umadiária na base de até 1/30 (um trinta avos)de seus vencimentos.

Art. 3.° No Cálculo da remuneracão dosProcuradores da República, Iotados emBrasília, observar-se-á um limite -de 95%(noventa e cinco por cento) sobre o venci­mento do Procurador-Geral da República,previsto no parágrafo único do art. 5,0 daLei n.O 3.414, de 20 de junho de 1958, ex­cluídas do referido cálculo as diárias e agratificação mensal de represtntaçâo deque trata esta lei.

'Art. 4.° As diárias referidas nos artigosanteriores irão sendo gradual e obrigatoria­mente absorvidas, na razão de 30% (trintapor cento), dos aumentos ou reajustamentosdos atuais vencimentos dos beneficiadospor esta lei.

§ 1.0 Os funcionários públicos federais eautárquicos, que venham a ser transferidospara Brasília na vigência desta lei, não po­derão, em qualquer hipótese, perceber diá­rias superiores à parcela ainda não absorvi­da, no momento, das diárias já concedidasaos funcionários de igual nível de venci­mentos.

§ 2.° A soma mensal das diárias mencio­nadas nos artigos anteriores não poderá,em qualquer caso, ser inferior ao total dasvantagens concedidas mensalmente, até es­ta data, aos servidores beneficiados por es­ta lei, e em cujo gozo se encontrem.

'( Art. 5.° Somente na proporção em quelforem sendo absorvidas, as diárias eonce­,didas por esta lei serão incorporadas aos.proventos da inatividade.

Art. 6.° Para efeito do cálculo das diá­rias a que se referem os arts. 1.0 e 2.°, osvencimentos são os fixados pela Lei n. O

3.414, de 20 de junho de 1958, acrescidosdos abonos de que tratam o art. 2.° letra n,da Lei n,v 3.531, de 1959, e art. 93 da Lei n.o3.780, de 12 de julho de 1960, e os arts. 6.0 e7.° da Lei n.O 3.826, de 23 de novembro ele1960, excluídas as gratificações Ou acrésci-mos. .

Art. 7.° 'Suspender-se-á o pagamento dadiária ao beneficiado pela presente lei quese afastar temporariamente, mesmo licen­ciado, do exercleío de suas funções em Bra­síüa, salvo nas hipóteses previstas nos itensI, II e III do art 88 da Lei IÍ,o 1.711, de 28de outubro de 1952.

Art. 8.° Perderá igualmente direito aopagamento da diária o beneficiado pelapresente lei que for removido ou passar ater exercicio fora de Brasília.

Art. 9.° Os Ministros do Superior Tribu­nal Militar e do Tribunal Superior do Tra­balho, desde que as referidas Cortes setransfiram para Brasílía, e a partir da ins­talação de seus trabalhos na nova Capitalda República, perceberão as diárias referi­das no art. 1.° da presente lei.

Parágrafo único. Por igual os Procura­dores-Gerais da Justiça Militar e da Justiçado Trabalho e os demais representantes doMinistério Público das referidas Justicasque, por força de lei devam servir junto 'àsrespectivas Procuradorias-Gerais, percebe­rão as diárias referidas no art. 2.° desta lei.

Art. 10. Aos Membros do Tribunal deJustiça e da Justiça de la. Instância do Dis­trito Federal e ao Juíz-Presídente da Juntade Conciliação e Julgamento de Brasílía fi­ca assegurada a percepção da diária pre­Vista no artigo 1.0 desta lei.

Parágrafo único. Por igual fica assegu­rada ao Procurador-Geral da Justica e de­mais Membros do Ministério Público do Dis­trito Federal,.a percepção da diária previs­ta no art. 2.0 da presente lei.

Art. 11. As disposíções, efeitos e benefi­cios previstos nos artigos anteriores não seestenderão:

a) aos inativos (Lei n,O 2.622, de 18 deoutubro de 1955);

b) aos Marechais (Lei n.O 1.488, de 20 dedezembro de 1951);

e) aos Membros do Conselho Nacional deEconomia (Lei n.o 2.696, de 14 de dezembrode 1955), enquanto não passarem a ter efe­tivo exereíeto em Brasília;

d) aos Magistrados, Membros do Minis­tério Público, Procuradores da Fazenda Na­cional e Procuradores de Autarquias quenão estejam em efetivo exercício na atualCapital da República;

e) aos Juízes e Procuradores do TribunalMarítimo ou a outros quaisquer servidoresequiparados, para efeitos de vencimentos,a Membros do Poder Judiciário ou do Mi­nistério Público, quer da União, quer daJustiça do Distrito Federal, salvo se es­tiverem em efetivo exercíeío em Brasília.

Art. 12. A gratificação mensal de repre­sentação devida aos Presidentes dos órgãosdo Poder Judiciário e aos Membros do Mi­nistério Público, em efetivo exercício emBrasília, será:

I) Presidente do Supremo Tribunal Fe­deral Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzei­ros);

rn Procurador-Geral da República Cr$40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);

!IIJ Presidente do Tribunal Federal deRecursOll, do TI1o_ ~..c'pntas da. TJwáoA

do Tribunal Superior Eleitoral, 1.0 Subpro.curador da República, Procurador-Geral doTribunal de Contas da União e Presidentedo Tribunal do Distrito Federal e Procura­dor-Geral da mesma Justiça, Cr$ 20.000,00<vinte mil cruzeiros);

IV) Presidente do Tribunal do Júri doDistrito Federal, Cr$ 6.000,00 (seis mil cru­zeiros).

Parágrafo único. Os Presidentes do Su­perior Tribunal Militar e do Tribunal Su­perior do Trabalho o Procurador-Geral daJustiça do Trabalho e Procurador-Geral daJustiça Militar terão direito à gratificaçãomensal de representação, no valor de Cr$20.000,00 (vinte mil cruzeiros) desde que asreferidas Cortes se transfiram para Brasíliae a partir da efetiva instalação de seustrabalhos na Capital da República.

Art. 13. Vetado.Art. 14. Aos Membros do Tribunal Su­

perior Eleitoral escolhidos dentre os juris­tas, quando exerçam função pública, seráassegurada a percepção de diárias, sob omesmo critério adotado relativamente aosMagistrados integrantes desse Tribunal.

Parágrafo único. Quando a escolha re­cair em jurista que não exerça função pú­blica, ser-lhe-á atríbuído diária igual à.mais elevada que vier a receber, nos termosdesta lei, o Membro do Tribunal que exer­cer função pública.

Art. 15. É o Poder Executivo autorizadoa abrir ao Ministério da Justiça e NegóciosInteriores o crédito especial até o limite deCr$ 250.000.000,00 (duzentos e cinqüentamilhões de cruzeiros) para atender, no cor­rente exercício, às despesas decorrentes des­ta lei.

Art. 16. Ficam aprovadas as diárias eajudas de custo concedidas até esta data,a qualquer titulo, aos beneficiados pelapresente lei, em razão da transferência daCapital da União para o Planalto Centraldo Pais.

Art. 17. A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

Brasília, em 20 de dezembro de 1961; 140.0da Independência e 73.0 da República.­JOÃO GOULART - Tancredo Neves - Al­fredo Nasser - Angelo Nolasco - João deSegadas Viana - San Tiago Dantas - Wal­ther Moreira SaIles - Virgílio Távora ­Armando Monteiro - Antonio de OliveiraBrito - A. Franco Montaro -. Clóvis M.Travassos - Souto Maior - Ulysses Guima­rães - Gabriel de R. Passos.

LEI NP 4.345DE 26 DE JUNHO DE 1964

Institui novos valores de vencimen­tos para os servidores públicos civis doPoder Executivo e dá outras providên-cias. "

• " , , ••• a " '

Art. 10. A gratificação adicional a quese refere o artigo 146 da Lei n.v 1. 711, de28 de outubro de 1952, passará a ser conce­dida, na base de 5% (cinco por cento), porqüinqüênio de efetivo exercícío, até 7 (sete),qüinqüênios.

§ I." A gratificação qüinqüenal será cal­culada sôbre o vencimento do cargo efeti­vo estabelecido nesta Lei, bem como sôbreo valor do vencimento que tenha ou venhaa ter o funcionário beneficiado pelo que es­tabelece a Lei n.o 1. 741, de 22 de novembrode 1952, ou pelo que dispõe o art. 7.° da Lein. O 2,188, de 3 de março de 1954.

§ 2.0 O tempo de. serviço píÍblico pres­tado anteriormente a esta Lei será compu­jado para efeito de aplicação deste artigo.

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9132 Quinta-feira 22 DIAnlO DO CONGRESSO NACIONAL (S"êÇio D. .Novembro de 19'13

não dando direito, entretanto, à percepçãode atrasados.

§ 3.° O período de serviço público, apu­rado na forma da legislação vigente, queexceder ao qüinqüênio ou qüinqüênios de­vidos, será considerado para integralizaçãode novo qüinqüênio.

§ 4.° O direito à gratificação instituídaneste artigo começa no dia imediato àqueleem que o servidor completar o qüinqüênio,observado o disposto no parágrafo segundodêste artigo.

§ 5.0 Sôbre a gratificação de tempo deserviço, de que trata êste artigo, não pode­rão incidir quaisquer vantagens pecuniárias..............................................

LEI N.o 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970

Estabelece diretrizes para a classifi­cação de cargos do Serviço Civil daUnião e das autarquias federais, e dáoutras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.0 A classificação de cargos do Ser­víeo Civil da União e das autarquias fede­rais obedecerá às diretrizes estabelecidasna presente lei.

Art. 2.° Os cargos serão classificados co­mo de provimento em comissão e de. pro­vimento efetivo, enquadrando-se, bàsíca­mente, nos seguintes Grupos:

De Provimento em ComissãoI - Direção e Assessoramento Superiores.

De Provimento EfetivoII - Pesquisa Científica e TecnológicalU - DiplomaciaIV - MagistérioV - Policia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fiscali-

zaçãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - outras atividades de nivel médio.

Art. 3.° Segundo a correlação e afinida-de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreende­rá:1- Direcão e Assessoramento Superiores:

os cargos de direção e assessoramento su­periores da administração cujo provimentodeva ser regido pelo critério da confiança,segundo Iôr estabelecido em regulamento.

I! - Pesquisa Científica e Tecnológica:0,9 cargos com atribuições, exclusivas oucomprovadamente principais, de pesquisacientífica, pura ou aplicada, para cujo pro­vimento se exija diploma de curso supe­rior de ensino ou habilitação legal equiva­lente e não estejam abrangidos pela legís­lação do Magistério Superior.

III - Diplomacia: os cargos que se des­tinam a representação diplomática.

IV - Magistério: os cargos com ativida­des de magistério de todos os níveis de en­sino.

V - Polícia Federal: os cargos com atri­buições de natureza policial.

VI - Tributação, Arrecadação e Fiscali­zação: os cargos com atividades de tnbu-

taçáo, arrecadação e fiscalização tributosfederais.

VII - Artesanato: os cargos de ativida­des de natureza permanente, principais ouauxiliares, relacionadas com os serviços deartífice em suas várias modalidades.

VIII - Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quan­do não de nível superior.

IX - outras atividades de nível superior:os demais cargos para cujo provimento seexija diploma de curso superior de ensinoou habilitação legal equivalente.

X - Outras atividades de nivelmédio: osdemais cargos para cujo provimento se exi­ja diploma ou certificado de conclusão decurso de grau médio ou habilitação equiva­lente.

Parágrafo único. As atividades relacio­nadas com transporte, conservação, custó­dia, operação de elevadores, limpeza e ou­tras assemelhadas serão, de preferência, ob­jeto de execução indireta, mediante contra­to, de acordo com o artigo !C, § 7.0, do De­creto-lei número 200, de 25 de fevereiro de1967.

Art. 4.° Outros Grupos, com caracterís­ticas próprias, diferenciados dos relaciona­dos no artigo anterior, poderão ser estabe­iecidos ou desmembrados daqueles, se o jus­tificarem as necessidades da Administraçáo,mediante ato do Poder Executivo.

Art. 5.0 Cada Grupo terá sua própriaescala de nível, a ser aprovada pelo Po­der Executivo, atendendo, primordialmen­te, aos seguintes fatôres:

I - Importância da atividade para o de­senvolvimento nacional.

II - Complexidade e responsabilidade dasatribuições exercidas; e

III - Qualificações requeridas para o de­sempenho das atribuições.

Parágrafo único. Não haverá correspon­dência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.

Art. 6.° A ascensão f! a progressão fun­cionais obedecerão a critérios seletivos, • se­rem estabelecidos pelo Poder Executivo, as­sociados a um sistema de treinamento cqualificação destinado a assegurar a per­manente atualização e elevação do nível deeficíência do funcionalismo.

Art. 7.° O Poder Executivo elaborará eexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediante de­erêto, observadas as disposições desta lei.

Art. 8.0 A implantação do Plano será fei­ta por órgãos, atendida uma escala de prio­ridade na qual se levará em conta prepon­derantemente:

I - a implantação prévia da reforma ad­ministrativa, com base no Decreto-lei nú­mero 200, de 25 de fevereiro de 1967;

II - o estudo quantitativo e qualitativoda lotação dos órgãos, tendo em vista a no­va estrutura e atribuições decorrentes daprovidência mencionada no ítem anterior;e

UI - a existência de recursos orçamen­tários para fazer face às respectivas despe­sas.

Art. 9.° A transposição ou transforma­ção dos cargos, em decorrência da sistemá­tica prevista nesta lei, processar-se-á gra­dativamente considerando-se as necessida­des e conveniências da Administração e,quando ocupados, segundo critêrios seletivosa serem estabelecidos para os cargos inte­grantes de cada Grupo, inclusive através detreinamento intensivo e obrigatório.

'S.

Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruçõesnecessárias e coordenará a execução do no­vo Plano, a ser proposta pelos Ministérios,órgãos integrantes da Presidência da Re­pública e autarquias, dentro das respectivasjurisdições, para aprovação mediante de ...ereto.

§ 1.0 O órgão central do Sistema dePessoal promoverá as medidas necessáriaspara que o plano seja mantido permanen­temente atualizado.

§ 2.0 Para a correta e uniforme implan­tação do Plano, o órgão central do stste­ma de Pessoal promoverá gradativa e obri­gatoriamente o treínamento de todos osservidores que participarem da tarefa, se­gundo programàs a serem estabelecidos comque êsse objetivo.

Art. 11. Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de colaboraçãoe execução do Plano de Classificação deCargos, haverá, em cada Ministério, órgãointegrante da Presidência da República ouautarquia, uma Equipe Técnica de alto ní­vel, sob a presidência do dirigente do órgãode pessoal respectivo, com a incumbênciade:

I - determinar quais OS Grupos ou res­pectivos cargos a serem abrangidos pelaescala de prioridade a que se refere o arti­go 8.0 desta lei;

Ir - orientar e supervisionar os levanta­mentos, bem como realizar os estudos e aná­lises indispensáveis à inclusão dos cargosno nõvo Plano; e

III - manter com o órgão central do­Sistema de Pessoal os contactos necessáriospara correta elaboração e implantação doPlano.

Parágrafo único. Os membros das Equi­pes de que trata êste arbígo serão designa­dos pelos Ministros de Estado, dirigentes deórgãos integrantes da Presidência da Re­pública ou de autarquia, devendo a escolharecair em servidores que, pela sua autori­dade administrativa e capacidade técnica,estejam em condições de exprimir os obje­tivos do Ministério, do órgão integrante daPresidência da República ou da autarquia.

Art. 12. O nôvo Plano de Classificaçãode Cargos a ser instituido em aberto deacôrdo com as diretrizes expressas nestalei, estabelecerá, par cada Ministério, ór-

_gão integrante da Presidência da Repúbli­ca ou autarquia, um número de cargos in­ferior, em relação a cada grupo, aos atual­mente existentes.

Parágrafo único. A não observância dada norma contida neste artigo somente se­rá permitida:

a) mediante redução equivalente em ou­tro grupo, de modo a não haver aumentode despesas; ou

b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Sis­tema de Pessoal, se inviável a providênciaindicada na alínea anterior.

Art. 13. Observado o disposto na SeçãoVIII da Constituição e em particular, no seuartigo 97, as formas de provlmento de car­gos, no Plane de Classificação decorrentedesta lei, serão estabelecidas e disciplina­das mediante normas regulamentares es­pecificas, não se lhes aplicando as dispo­sições, a respeito, contidas no Estatuto dosFuncionários Públicos Civis da União.

Art. 14. O atual Plano do Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Execu­tivo, a que se refere a Lei número 3.780, de12 de julho de 1960 e legislação posterior, é

considerado extinto, observadas as disposi­ções desta lei.

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~ove~bro de 1973 DtARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se(lão J)'

Parágrafo único. A medida que tôr sen­do implantado o nôvo Plano, os cargos re­manescentes de cada categoria, classifica­dos conforme o sistema de que trata êsteartigo, passarão a integrar Quadros Suple­mentares e, sem prejuizo das promoções eacesso que couberem, serão suprimidos,quando vagarem.

Art. 15. Para efeito do disposto no Ar­tigo 108, § 1.0, da Constituição, as diretrizesestabelecidas nesta lei, inclusive o dispostono artigo 14 e seu parágrafo único, se apli­carão à classificação dos cargos dos PoderLegislativo, do .fode. Judiciário, do Tribu­nais de Contas da União e do Distrito Fe­deral, bem como à clasatücacâo dos cargosdos Territórios e do Distrito Federal.

Art. 16. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrário.

-, Brasília, 10 de dezembro de 1970; 149.0 daIndependência e 82.0 da República. - EMí­LIO G. MÉDICI - A1fredo Buzaid - Adal­berto de Barros Nunes - Orlando Geisel _Mário Gibson Barboza - Antônio DelfimNetto - Mário David Andreazza - L. F.Cirne Lima - Jarbas G. Passarinho _ Jú­lio Barata - ~Iárcio de Souza e Mello ­F. Rocha Lagôa - Marcus Vinicius Pratt­ui de Moraes - Antônio Dias Leite Júníor- João Paulo dos Reis Vel1oso- José CostaCavalcanti - Hygi.no C. Corsetti.

MENSAGEM N.O 416

DE 1973, DO PODER EXECUTIVO

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

"Nos termos do artigo 51 da Constituiçãotenho_ a honra de submeter à elevada deli~beração de Vossas Excelências, acompanha­do de Mensagem do Senhor Ministro-Presi­dente do Tribunal Federal de Recursos oanexo projeto de lei que "fixa os valoresdgs níveís de vencimentos do Grupo-Dire­!f~0 e Assessoramento Superiores - do Qua­dro Permanente da Secretaria do TribunalF,ederal de Recursos e do Conselho da Jus­tIça Federal, e dá outras providências".

,Brasília, em 19 de novembro de 1973. _Emílio G. Médici.

MENSAGEM N.o 1.173, DE 13 DE NOVÉM-BRO DE 1973, DO TRIBUNAL FEDERAL

'DE RECURSOS.

,A Sua Excelência o Excelentíssimo Senhor,General-de-Exército Emílio GarrastazuMédici

·-Dlgníssímo Presidente da República"Excelentissimo Senhor Presidente da Re­

pública

· Tenho a honra de encaminhar à elevadaapreciação de Vossa Excelência, em confor­midade com o disposto no artigo 115, inciso11, da Constituição, o projeto de lei que fixaos valores dos níveis de vencimentos doGrupo-Direção e Assessoramento Superiores,do Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do Conselhoda Justiça Federal.

·Na elaboração do projeto, previamenteexammado pelo Departamento Administra­tivo do Pessoal Civil (DA8P), foram xígo­rosamente observadas as diretrizes de quetrata a Lei n.o 5.645, de 10 de dezembro de1970, e atendidas as exigências da paridadede vencimentos nos órgãos dos Três Poderesda União, em cumprimento aos artigos 98e 108, § 1.°, da Constituição e da Lei Com­plementar n.O 10, de 6 de maio de 1971.

Os cargos de Assessor Judiciário, de cujacriação se cogita no artigo 6.0 do projeto,em número de 13 (treze), correspondem areal necessidade desta Corte, que assim po-

derá dispor, com certa flexibilidade, paraeste tipo de auxílio aos órgãos de direção.

O projeto cuja conversão em lei ora sepretende, tem em Vista a implantação, noâmbito do Tribunal Federal de Recursos edo Conselho da Justiça Federal, do novoPlano de Classificação de Cargos instituídopela Lei n.O 5.645/70, de acordo com a esca­la de prioridade referida em seu artigo 8.0 ,

caput.

O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos a esse fim destinados, sendoabsorvidas, pelos novos valores de venci­mentos, todas as vantagens e retribuiçõespercebidas, a qualquer titulo, pelos ocupan­tes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o salário­família e a gratificação adicional por tempode serviço.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de meu maiselevado apreço. - Ministro Márcio Bibeiro,Presidente.

or. n. o 567-SAP/73.Em 19 de novembro de 1973

A Sua Excelência o senno».Deputado Dayl de AlmeidaM.M. Primeiro-Secretário da C.âmara dosDeputadosBrasília-DF.

Excelentissimo Senhor Primeiro Secre­tário:

Tenho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a Mensagem do Excelentissimo Se­nhor Presidente da República, acompanha­da de Mensagem do Senhor Ministro-Pre­sidente do Tribunal Federal de Recursos,relativa a projeto de lei que "fixa os valo­res dos niveis de vencimentos do Grupo­Direção e Assessoramento Superiores - doQuadro Permanente da Secretaria do Tri­bunal Federal de Recursos e do Conselho daJustiça Federal, e dá outras providências".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.

PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

I e II - Relatório e Voto do Relator

Com fundamento no art. 115, inciso II,da Emenda Constitucional n.o 1, de 17 deoutubro de 1969, o Poder Executivo enca­mínhou à apreciação do Congresso o pre­sente projeta de lei que visa fixar os va­lores dos níveis de vencimentos do Grupo­Direção e Assessoramento Superiores dasSecretarias do Tribunal Federal de Recur­sos e do Conselho da Justiça Federal.

De acordo com a exposição de motivosconstante de expediente enviado ao Presi­dente da República foram observadas asdíretrizes de que trata a Lei n.o 5.645, de10 de dezembro de 1970, dentro dos critériosde paridade de vencimento estabelecidos naConstituição (artigos 98 e 108) e na LeiComplementar n.> 10 de 6 de maio de 1971.

Na proposição são criados 13 cargos, deacordo com a real necessidade daquela Cor­te e está estabelecido que "o custeio do pro­jeto deverá ser atendido pelos recursos aesse fim destinados, sendo absorvidas, pe­los novos valores de vencimentos, todas asvantagens e retribuições percebidas, a qual­quer título, pelos ocupantes dos cargos aserem transformados ou transportas".

O mérito do projeto será examinado pe­las Comissões de Serviço Público e de FI­nanças.

Não existem objeções quanto aos asnee­tos constitucional, jurídico e de técnica le..gislativa.

Pela constitucionalidade e juridicidade ê'o nosso parecer.

Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Luiz Braz, Relator.

lU - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua Turma "A", realizada em21-11-73, opinou, unanimemente pela cons­titucionalidade, [urldícldade e técnica legis­lativa do Projeto n.? 1.681/73, nos termosdo parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercíclo da Presidência, Luiz Braz - Re­lator, Alceu Co1lares, Alfeu Gasparínl, Ar­lindo Kunzler, Célio Borja, Cláudio Leite,11:1cio Alvares, Hamilton Xavier, Hildebran­do Guimarães, Jairo Magalhães, José Sal1y,Lisâneas Maciel, Osnelli Martinelli e Ruy­dalmeída Barbosa.

Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presiden­te, no exercício da Presidência. - Luiz Braz,Relator.

PARECER DA COMISSÃODE SERVIÇO PÚBLICO

I - RelatórioEmbora seja, espectücamente. um proje­

to que objetiva fixar os valores dos níveisde vencimentos, é um projeto que cria car­gos, conforme se depreende do art. 6.°, oque não é, aliás, de boa técnica Ieglslatíva--

Mas não é a primeira vez que assim pro­cede o DASP.

Neste projeta, são criados no TribunalFederal de Recursos, 13 cargos em Comis­são de Assessor Judiciário.

As dístorções são de tal ordem que o pro­blema dos aposentados vem sendo tratadocom a maior displicência ou Insegurancapelos redatores dos projetos que são enca­minhados pelo Executivo ao Congresso.

A Comissão de Serviço Público tem pro­curado corrigir as ~iversas proposituras 011melhorar sua redação, porém as emendassão quase sempre rejeitadas em plenárioem razão da interferência daquele órgãodisciplinador do serviço público que, assim,de uma maneira quase geral. sobrepõe-seaos organismos técnicos das duas Casas doCongresso.

É certo que, algum tempo depois, o pró­prio DASP reconhece o erro ou a falha dapropositura anterior, como já o fez, atra­vés de proj eto que concede gratificação aosservidores de assessoramento e direcão in­termediárias, quando havia esquecido essesservidores na ocasião em que contemplouos cargos de direção e assessoramento.

Outro exemplo é o relativo aos aposen­tados, omitidos de todos os projetos enca­minhados ao Congresso, com a recusa dasemendas que a Comissão de servíço Públi­co vinha, seguidamente propondo, a fim deimpedir a consumação da injustiça.

Nos últimos projetos, no entanto, asemendas que vinham sendo apresentadase recusadas, passaram a integrar as pro­posituras, como ocorreu com o projeto re­lativo aos servidores da Secretaria do Su­premo Tribunal Federal e como ocorre comum outro projeta que hoje esta Comissãoexamina - o de n.o 1. 680/73 - no qualo texto insere o artigo 6.0 e parágrafos,exatamente sobre a situação dos inativos.

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9134 Quinta.feira 22

Assim, propomos que no presente sejaacrescentado um artigo com os respectivosparágrafos que é cópia de projeto da mes­ma natureza que ora examinamos, assimredigido:

"Art. Os inativos farão jus à re-visão de proventos com base nos valo­res de vencimentos fixados no Plano deRetribuição para os cargos correspon­dentes àqueles em que se tenham apo­sentado, de acordo com o disposto noartigo 10 do Decreto-lei n.? 1.256, de26 de janeiro de 1973.

§ 1.0 Para efeito da disposta. nesteartigo, será considerada o cargo quetenha servido de base de cálculo paraos proventos à data da aposentadoria,incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente aovencimento básico, aplicando-se as nor­mas contidas nas artigos 2.0 , 3.0 e 4.0desta lei.

§ 2.0 O vencimento que servirá debase à revisão do provento será o fi­xado para a classe da Categoria Fun­cional para a qual tiver sido transpostoo cargo de denominação e símboloiguais ou equivalentes aos daqueles emque se aposentou o funcionário.

§ 3.0 O reajustamento previsto nes­te artigo será devido a partir da publi­cação do ato de transposição de cargospara a Categoria Funcional respectiva.

Vale a pena, no entanto, observar quemesmo esse artigo não resolve a situaçãode todos os aposentados possibilitando in­terpretações equívocas como se verifica dasseguintes observações que tomamos empres­tadas ao articulista de Ultima Hora, daGuanabara.

Um dos aspectos mais importantesda argumentação apresentada no me­morial enviado ao Presidente da Repú­blica pelo funcionalismo inativo, atra­vés do Centro dos Aposentados Fe­derais, é a que se baseia em diversosartigos da Constituição de 17 de outu­bro de 1969, em relação ao regime [u­rídíco dos servidores e a organizaçãodo planejamento da atribuição de ven­cimentos. Enquanto o DASP declaraque a situação dos inativos é regula,mentada apenas pelo Decreto-lei n.o1.256, de 26 de janeiro de 1973, os apo­sentados argumentam que a execuçãodas determinações do Decreto, tambémem relação aOS vencimentos, cabe aoDASP.

De acordo com a terceira base de argu­mentação:

"Art. 10. Os servidores aposentadosque satisfaçam as condições estabeleci­das, para transposição de cargos, nodecreto de estruturação do Grupo res­pectivo, previsto na Lei número 5.645,de 10 de dezembro de 1970, farão jusà revisão de proventos, com base nosvalores de vencimento fixados no cor­respondente Plano de Retribuição. Pa­rágrafo 1.0 - Para efeito do dispostoneste artigo, será considerado o cargoefetivo ocupado pelo funcionário à da­ta da aposentadoria, incidindo a revi­são somente sobre a parte do proventocorrespondente ao vencimento básico".

O memorial alega que essa "matériaé de aplicação prática sujeita a dúvi­das de interpretação, dos textos legaisque a disciplinam, pela dificuldade deuma perfeita equiparação, por vezes,entre as atribuições de alguns cargos,antes ocupados, respectivamente, porservidores ora já aposentados e, daqui

DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

por diante modificados ou transforma­dos, pelo novo plano de classificação,no que diz respeito à discriminaçãonormativo-funcional ou de atribuiçõesprópria de cada um deles".

"Prevendo tais dificuldades, sabia­mente o legislador, no artigo 11 do De­creto-lei em' causa, consequentemcnte,condicionou a aplicação mediata dasrecomendações do referido artigo 10 aum prévio processo de análise herme­nêutica dos textos que o integram, emcorrelação, harmônica e lógica, com asdisposições de outras leis, também vi­gentes, que dizem respeito aos termosjurídico-administrativos em questão,quando assim se expressou:

"Art. 11. O órgão Central de PessoalCivil, da Administração Federal, elabo­rará as tabelas de valores, símbolos,vencimentos e gratificações, resultan­tes da aplicação deste Decreto-lei, bemcomo firmará a orientação normativaque se fizer necessária à sua execução."

II - Voto do RelatorCom essas observações e tendo em vista

a urgência com que a propositura deva serapreciada, sob pena de não alcançar o pre­sente período legislativo, e mesmo, a impos­sibilidade de outras correções pelos moti­voa expostos, oferecemos parecer favorállel.

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Relator.

lU - Parecer da Comissão

A Comissão de Serviço Público, em reu­nião extraordinária, realizada em 20 de no­vembro de 1973, aprovou, por unanimidade,o parecer do Relator, Senhor DeputadoFreitas Nobre, favorável ao Projeto núme­ro 1.681/73, com Emenda. Compareceramos Senhores Deputados Bezerra de Norões- Vice-Presidente, no exercício da Presi­dência, Freitas Nobre - Relator Agosti­nho Rodrigues, Elias Carmo, Lauro Rodri­gues, Grimaldi Ribeiro, Getúlio Dias, JoséFreire, Paulo Ferraz, Hugo Aguiar, MarcosFreire e Magalhães Melo.

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Vic~ ':'_esl r1L'nte,

no exercício da Presidência. - Freitas No­bre, Relator.

Emenda adotada pela Comissão

Acrescente-se um artigo e respectivos pa-rágrafos:

Art. . .• - Os inativos farão jus à re­visão de proventos com base nos valo­res de vencimentos fixados no Planode Retribuição para os cargos corres­pondentes àqueles em que se tenhamaposentado, de acordo com o dispostono artigo 10 do Decreto-lei n.? 1.256,de 26 de janeiro de 1973.

§ 1.0 - Para efeito do disposto nesteartigo, será considerado o cargo quetenha servido de base de cálculo paraos proventos à data da aposentadoria,incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente aovencimento básico, aplicando-se as noz,mas contidas nos artigos 2.0, 3.0 e 4.0

desta lei. .

§ 2.0 - O vencimento que servirá debase à revisão do provento será o fi­xado para a classe da Categoria Fun­cional para qual tiver sido transpostoo cargo de denominacão e símboloiguais ou equivalentes aos daqueles emque se aposentou o funcionário.§ 3.0 - O reajustamento previsto nesteartigo será devido a partir da publica­ção do ato de transposição de cargospara a Categoria Funcional respectiva.

Novembro de 1973

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Vice-Presidenteem exercício da Presidência. - Freitas No':bre, Relator.

PARECER DA COMISSãO DE FINANÇASI - Relatório

Através da Mensagem n.o 416/73 o Se­nhor Presidente da República encafninhouà consideração do Congresso Nacional nostermos do art. 51 da Lei Maior o pre~enteprojeto de ]:1,i que "fixa os valorés dos níveisde vencimentos do Grupo - Direção e As­sessoramento Superiores do Quadro Per,manente da Secretaria do Tribunal Federalde Recursos e do Conselho de Justiça Fe-deral". .

Esclarece a Exposição de Motivos do Se­nhor Ministro Márcio Ribeiro Presidentedo Tribunal Federal de Recursos, que

"na elaboração do projeto, previamenteexaminados pelo Departamento Admi­nistrativo do Pessoal Civil (DASP) fo­ram rigorosamente observadas as' di­retrizes de que trata a Lei n.o 5.645,de 10 de dezembro de 1970, e atendidasas exigências da paridade de venci­mentes nos órgãos dos três Poderes daUnião, em cumprimento aos artigos 98e 108, S 1.0 , da Constituicão e da LeiComplementar n.O io, de fi de maio de1971.........................................O projeto cuja conversão em lei ora sepretende, tem em vista a implantaçãono âmbito do Tribunal Federal de Re~cursos e do Conselho da Justiça Fe­deral, do novo Plano de Classificacãode Cargos instituído pela Lei n.o •..••5.645/70, de acordo com a escala deprioridade referida em seu artigo 8.0caput. '

Nos termos do disposto no artigo 28, § 7.°,d? ,,:igente Regím~ntQ Interno, este órgãotéeníco deve manítestar.se sobre o méritoda proposição.

O projeto visa, primordialmente' a aten­der. à disposição constitucional quanto àparidade de vencimentos, disciplinada es­pecialmente pela Lei n.o 5.645, de 10 dedezembro de 1970.

O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos orçamentários próprios doTribunal Federal de Recursos bem comopor outros recursos a esse fim destinadosna forma da legislação pertinente. Serã~absorvidas, pelos novos valores de venci­mentos, todas as vantagens e retríbuícõcspercebidas, a qualquer título, pelos ocupan­tes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o salário­família e a gratificação adicional por tem­po de serviço.

A proposição em exame está conforme asdiret~izes. governamentaís no que dizemrespeíto a açao do Governo na administra­ção de recursos humanos. Além disso, nãodestoa com o princípio de igualdade dossistemas de classificação e níveis de venci­mentos dos funcionários cívís dos três Po­deres da União.

II - Voto do RelatorFace às razões expostas, manífesto-me

favoravelmente às disposições do Projetode lei n.o 1.681, de 1973.

Sala das Reuniões, em 20 de novembrode 1973. - Norberto Scbmidt, Relator.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua 5.a reu­

nião extraordínárla do dia 20 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Pro­jeto n.O 1.681/73, do Poder Executivo, nostermos do parecer favorável do Relator,Deputado Norberto Schmidt.

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Quinta.feira 22 9135DJARJO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)'Novembro de 1973~==""""""""""""'==""""""""============_!lO!lII!:::!""""""'_========-

Ir - Grupo-Artesanato

Art. 2.° Aos servidores do Quadro Per­manente do Senado Federal, incluídos nosGrupos de que trata esta lei, aplicam-se asdisposições dos arts. 2.° e seus parágrafose 3.° e seu parágrafo único da Lei número5.903, de 9 de julho de 1973, estendendo-seaos inativos o preceituado no art. 4.° eseus parágrafos da mesma lei.

Art. 3.° Os vencimentos, fixados no ar­tigo 1.0 desta lei, vigorarão a partir da da­ta de publicação dos Atos de transposiçãode cargos para as Categorias funcionaiscorrespondentes.

Art. 4.° À medida em que forem sendoimplantados os Grupos a que se refere estalei e os criados e estruturados na forma da,Lei n.? 5,645, de 10 de dezembro de 1970,serão extintos os empregos regidos pela te-

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Jorge Vargas, Presidente; Ivo Bragae Ozires Pontes, Vice-Presidentes; HarrySauer, Arthur santos, Athíê Jorge Coury,Homero Santos, Norberto Schmidt, IldélioMartins, Tourinho Dantas, César Nasci­mento, Jairo Brum, Joel Ferreira, CarlosAlberto de Oliveira, João Castelo e OzanamCoelho.

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Jorge Vargas, Presidente. - Nor­berto Schmidt, Relator.

PROJETO DE LEIN.o 1.676-A, de 1973

(Do Senado Federal)Fixa os valores de vencimentos dos

cargos dos Grupos-Outras Atividades deNível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dáoutras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicídade eboa técnica legislativa; e, das Comissõesde Servíço Público e de Fínanças, pelaaprovação.

<PROJETO DE LEI N.o 1.676, DE 1973, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)

O Congresso Nacíonal decreta:

Art. 1.° Aos níveis de classificação doscargos de provimento efetivo, integrantesdos Grupos-Outras Atividades de Nível Su­perior e Artesanato, do Quadro Permanentedo Senado Federal, a que se refere a Lei n.?5.645, de 10 de dezembro de 1970, correspon­dem os seguintes vencimentos:

I - Grupo-Outras Atividades de NívelSuperior

Níveis

SF-NS-7SF-NS-6SF-NS-5SF-NS-4SF-NS-3SF-NS-2SF-NS-l

Níveis

SF-ART-5SF-ART-4

. SF-ART-3SF-ART-2SF-ART-l

Vencimentos Mensais(Cr$)

5.300,00.4.700,004.400,003.900,003.700,003.300,003.000,00

Vencimentos Mensais(Cr$)

2.000,001. 500,001.200,00

800,00500,00

gislação trabalhista a que sejam inerentestais atividades, mediante supressão, quandovagarem, ou transformação em cargos in­tegrantes dos referidos Grupos, de acordocom os critérios estabelecidOS pelo PoderExecutivo.

Art. 5.° Observado o disposto nos arti­gos 8.°, inciso lII, e 12 da Lei n,o 5.645, de10 de dezembro de 1970, as despesas decor­rentes da aplicação desta lei serão atendi­das pelos recursos orçamentários própriosdo Senado Federal, bem assim por outrosrecursos a esse fim destinados, na forma dalegislação pertinente.

Art. 6.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 7.° Revogam-se as disposições emcontrário,

Senado Federal, em 12 de novembro de1973. -Antônio Carlos Konder Reis, 1.0 Vi­ce-Presidente, no exercício da Presidência.

SINOPSE

PROJETO DE LEI DO SENADON.o 118, DE 1973

Fixa os valores de vencimentos doscargos dos Grupos-Outras Atividades deNível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dáoutras providências.

Apresentado pela Comissão Diretora.

Lido no expediente da sessão de 22-10-73.Publicado no DCN de 23-10-73 (Seção Ir).Distribuído às Comissões de Constituicão eJustica e de Financas. Em 8-11-73 r; lidoe aprovado o Requertrnento n.? 245, de1973, de autoria do Senhor Senador VirgílioTávora, solicitando urgência especial parao Projeto. Em seguida, são lidos os seguin­tes Pareceres:

Parecer n.o 641, de 1973, da ComissãoConstituição e Justiça, relatado pelo 81'.Senador Carlos Lindenberg, pela Constitu­cionalidade e [urtdicídade do Projeto.(DCN de 9-11-73, Seção In.

Parecer n,? 642, de 1973, da Comissão deFinanças, relatado pelo Sr, Senador WilsonGoncalves, oferecendo a Emenda n.o l-CF.(DCN de 9-11-73, Seção Ir). Nesta mesmadata, é aprovado o Projeto, com a Emendan,o l-CF. À Comissão de redação, para re­dação final.

Ainda nesta data, é lido o seguinte Pare­cer:

Parecer n,v 643, de 1973, da Comissão deRedação, relatado pelo SI', Senador WilsonGoncalves, oferecendo a redação final.(DCN de 9-11-73, Seção lI) , Colocada emdiscussão a redacâo final, é a mesma apro­vada. (DCN de 9-11-73, Seção In.

À Câmara dos Deputados com Ofício n.?379, de 12-11-1973.N.o 379

Em 12 de novembro de 1973

A Sua Excelência o Senhor Deputado Daylde Almeida.Primeiro-Secretário da Câmara dos Depu­tados.

Senhor Primeiro-Secretário,Tenho a honra de encaminhar a Vossa

Bxcelêneia, a fim de ser submeticlo à revisãoda Câmara dos Deputados, nos termos doart. 58. da Constituição Federal, o projetode lei do Senado n.? 118, de 1973. constantedo autógrafo junto, que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-OutrasAtividades de Nível Superior e Artesanato,do Quadro Permanente do Senado Fedel'al,e dá outras providências"...

Aproveito a oportunidade para renovar a.Vossa Excelência os protestos de minha.elevada estima e mais distinta considera­ção. - Ruy Santos.

PARECER DA COMISS.ií.ODE CONSTITUIÇ.ií.O E JUSTIÇA

I e II - Relatório e Voto do RelatorO Projeto n,o 1.676173, do Senado Fe­

deral, recebeu parecer favorável das Co­missões Técnicas do Senado e vem ao exa­me de Câmara dos Deputados.

Seu mérito pertence às Comissões de Ser­viço Público e Finanças.

No que compete a esta Comissão de Cons­tituição e Justiça examinar - constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa- concluimos pela aprovação.

Sala da Comissão, 13 de novembro de1973. - Altair Chagas, Relator.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua Turma "A", realizada em21-11-73, opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa do Projeto n.O 1.676173, nos termosdo parecer do Relator~

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercício da Presidência, Altair Chagas _Relator, Alceu Collares, Antônio Mariz,Élcio Alvares, Hamilton Xavier, João Li­nhares, José Sal1y, Luiz Braz, LisãneasMaciel, Osnelli Martinelli, RuydalmeidaBarbosa e Túlio Vargas.

Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presiden­te, no exercício da Presidência - AltairChagas, Relator.

PARECER DA COMISS.ií.ODE SERVIÇO PÚBLICO

I - Relatório

Fixa a proposição, originária do SenadoFederal, os vencimentos dos níveis de elas­sífícacâo de cargos de provimento efetivo,integrantes dos Grupos "Outras Atividadesde Nível Superior e Artesanato", referidosna Lei n. O 5.645, de 10 de dezembro de1970, os quais vigorarão "a partir da datade publicação dos atos de transposição decargos para as Categorias runcíonaís cor­respondentes".

Prescreve, ainda, a extinção dos empregosregidos pela Consolidação das Leis do Tra­balho a que sejam inerentes as atividadesdos Grupos previstos no projeto e os cria­dos e estruturados na forma da Lei núme­ro 5.645, de 10 de dezembro de 1970, à me­dida em que forem sendo implantados, "me­diante supressão, quando se vagarem, outransformação em cargos integrantes dosreferidos Grupos, de acordo com os critériosestabelecidos pelo Poder Executivo".

Determina, finalmente. que o atendimen­to dos encargos financeiros decorrentes dosvencimentos fixados se faça com recursos"orçamentários próprios do Senado Federal,bem assim por outros recursos a esse rímdestinados, na forma da legislação perti­nente,

Recebeu a projetada' disciplinação legal,.no Senado Federal, pareceres favoráveis daComissão de Constituição e Justiça (n.v 641,de 1973) e da Comissão de Financas (n.?642, de 1973. com emenda), sendo 'sua re­dação final (Parecer n,O 643. de 1973) apro­vada a 9 de novembro de 1973 e vindo aesta Câmara através do Oí'ícío n. O 379, de19 de novembro fluente.

J!; O relatório.

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9136 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973

II - Grupo-Serviços Auxiliares

IV - Geupo-Artesanato

------------------

IH - Grupo-Serviços de Transporte Ofi­cial e Portaria.

VencimentosMensais

Cr$

2.300,002.100.00"1.900,001.700,001.400.001.000,00

600,00,---------

Níveis

Níveis

TFR-NS-7TFR-NS-6TFR-NS-5TFR-NS-4TFR-NS-3TFR-NS-2TFR-NS-1

TFR-NM-7TFR-NM-6TFR-NM-5TFR-NM-4TFR-NM-3TF'R-NM-2TFR-NM-l

VI - Grupo-Outras Atividades de NivelMédio

V - Grupo-Outras Atividades de NívelSuperior

-------------_.- --

Art. 2.0 As diárias de que trata a Lei !li.o

4 019. de 20 de dezembro de 1961, e respec­tivas absorções, bem como a gratificação denível universitário, referentes aos cargosque integram os Grupos de que trata estaLei. ficarão absorvidas, em cada caso, pelosvencimentos fixados no artigo anterior. "

§ 1.0 A partir da vigência dos atos detransformação ou transposição de cargospara as Categorias Funcionais do novo sis­tema, cessará, para os respectivos ocupanteso pagamento das vantagens especificadasneste artigo.

§ 2.0 Aplica-se o disposto neste artigoaos funcionários do Quadro de Pessoal daSecretaria do Tribunal Federal de Recursos,à medida que os respectivos cargos foremtransformados ou transpostos para Cate­gorias Funcionais integrantes dos demaisGrupos estruturados ou criados na forma daLei n.O 5.645, de 10 de dezembro de 1970.

Art. 3.0 A gratificação adicional portempo de serviço dos funcionários do Qua­dro Permanente da Secretaria do TribunalFederal de Recursos, que forem incluídosnos Grupos de que trata esta Lei e nosdemais estruturados ou criados na formada Lei n.° 5.645, de 10 de dezembro de 1970,será calculada de acordo com o dispostono artigo 10 da Lei 11.0 4.345, de 26 de ju­nho de 1964.

Art. 4.° Aos atuais funcionários que, emdecorrência desta Lei, passarem a perce­ber, mensalmente.iretríbulção total interiorà que vinham auferindo de acordo com alegislação anterior, será assegurada a dife­rença, como vantagem pessoal, nominal­mente identificável, na forma do dispostono artigo 4.0 e respectivos parágrafos daLei Complementar n.o 10, de 6 de maio de1971.

Art. 5.° As funções integrantes do Gru­po-Direção e Assistência Intermediária, ne­cessárias aos serviços da Secretaria do Tri­bunal Federal de Recursos, serão criadaspelo Tribunal, na forma do artigo 5.° daLei Complementar n.? 10, de 6 de maio de1971, adotados os princípios de classifica­ção e níveis de valores vigorantes no PoderExecutivo.

Art. 6.° Os inativos farão jus à revisãode proventos com base nos valores de ven­cimentos fixados no Plano de Retribuicãopara os cargos correspondentes àqueles em

VencimentosMensais

Cr$------------5.300,004.700,004.400,003.900.00 '3.700,003.300,003.000,00

----------

2.300,001.900,001. 500.001.000.00

900.00600,00

5.200.004.600,003.900.002.800,002.400.002.000,001. 500,001.300,00

2.000,001.500,001.200,00

300,00500,00

VencimentosR-Iensais

o-s

VencimentosMensais

Cr$

VencimentosMensais

Cr$~--------

1.200,001.000,00

900,00700.00500,00

VencimentosMensais

c-s-----------Níveis

TFR-ART-5TFR-ART-4TFR-ART-3TFR-ART-2TFR-ART-1

Níveis

Níveis

Níveis

TFR-AJ-STFR-AJ-7TFR-AJ-6TFR-AJ-5TFR-AJ-4TFR-AJ-3TFR-AJ-2TFR-AJ-l

TFR-SA-6 .TFR-SA-5 ......•.........TFR-SA-4 ........•......•TFR-SA··3 '" .TFR-SA-2 .TFR-SA-1 .

TFR-TP-5 .TFR-TP-4 " , .TFR-TP-3 .TFR-TP-2 .TFR-TP-1 .

PROJETO DE LEIN.o 1.680-A, de 1973

(Do Poder Executivo)

MENSAGEM N.o 415/73

Fixa os valores de ;encimelltos dóscargos dos Grupos-Atividades de ApoioJudiciário, Serviço Auxiliares, Serviço deTransporte Oficial e Podaria, Artesa­nato, Outras Atividades de Nível Supe­rim' e Outras Atividades de Nível Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal lle Recursos e do Con­senio ua .rusttca Feaeral, e dã outrasprovidências; tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça, pelaconstttuelonalídade, juridicidade e boatécnica legislativa; e, das Comissões deServiço Público e de Finanças, pelaaprovação.

(PROJETO DE LEI N.o 1 6S0. DE 1973. AQUE SE REFEREM OS PARECERES).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1..0 Aos níveis de classificacão dos

cargos integrantes dos Grupos a que se re­fere esta Lei, do Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Federal de Recursos,criados e estruturados com fundamento naLei n. O 5.645. de 10 de dezembro de 1970.correspondern os seguintes vencimentos:

I - Grupo-Atividades de AI10io Judiciário

11 - Voto do Relator

Prescreve o § 1.0 do art. 103 da Lei Com-plementar n.? 10, de 6 de maio de 1971:

"Art. 103 .§ 1.0 Aplicam-se, no que couber, aosfuncionários do Poder Legislativo e doPoder Judiciário da União e dos Esta­dos, e aos das Câmaras Municipais. ossistemas de classífícacâo e níveis devencimentos do reanectívo Poder Exe­cutivo."

Outra não é a finalidade da proposicãoque, por isso mesmo. corresponde aos inte­resses da administração de Pessoal do Se­nado Federal.

Votamos, conseqüentemente, pela apro­vação do Projeto de Lei n.o 1. 676, de 1973.

Sala da Comissão, 19 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Relator.

lU - Parecer da Comissão

A Comissão de Serviço Público, em reu­nião extraordinária, realizada em 20 denovembro de 1973, aprovou. por unanimi­dade, o parecer do Relator, Senhor Depu­tado Bezerra de Norões, favorável ao Pro­jeto n. O 1.676/73. Compareceram os Se­mhores Deputados Freitas Nobre - Presi­dente. Bezerra de Norões - Relator, Agos­tinho Rodrigues, Elias Carmo, Lauro Ro­drigues, Grímaldi Ribeiro, Getúlio Dias, JoséFreire, Paulo Ferraz. Hugo Aguiar, MarcosFreire e Magalhães Melo.

Sala da Comissão. em 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Presidente - Bezerrade Norões, Relator.

PARECER DA COMISSÃO DE FINANÇAS

I - Relatório

O Projeto de Lei n.O 1.676/73, ora sub­metido à nossa apreciação é oriundo doSenado Federal e fixa os valores de venci­mentos dos cargos dos Grupos-Outras Ati­vidades de Nivel Superior e Artesanato, doQuadro Permanente daquela Casa e dáoutras providências.

Anima-se a proposição no artigo 2.0 daLei Complementar n.O 10. de 6 de maio dc1971, que preceitua caber aos órgãos dosPoderes Legislativo e _Judiciário a elabora­ção dos projetos de classificação de cargosde sua administração, além dos planos deretribuição dos correspondentes Grupos, eestá de acordo com as diretrizes estabeleci­das pela Lei n.o 5.645. de 10 de dezembrode 1972. para a classificação de cargos doServiço Civil da União.

11 - Voto do Relator

Isto posto somos pela aprovação.

Sala da Comissão, em 13 de novembrode 1973. - Tourinho Dantas, Relator.

lU - Parecer da Comissão

A Comissão de Finanças, em sua 4.a reu­nião extraordinária do dia 13 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Pro­3eto n. o 1.676, de 1973, do Senado Federal,nos termos do parecer favorável do Re­lator, Deputado Tourinho Dantas.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Jorge Vargas - presidente, Ivo Bra­ga e Ozires Pontes - Vice-Presidentes. Tou­rinho Dantas. Harry Sauer, Homero Santos,João Castelo, ozonan Coelho, Manoel 'I'a;veira, César Nascimento, Victor Issler, AldoLupo, Athiê Coury, Norberto Schmidt, Car­los Alberto de Oliveira.

Sala da Comissão, em 13 de novembro de1973. - Jorge Val'gas, Presidente - Touri­nho Dantas, Relator.

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Novembro de 1973 DIARIO DO VONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 22 9137..que se tenham aposentado, de acordo como disposto no artigo 10 do Decreto-lei n. o1.256, de 26 de janeiro de 1973.

§ 1.0 Para o efeito do disposto neste ar­tigo, será considerado o cargo que tenhaservido de base de cálculo para os proven­tos à data da aposentadoria, incidindo arevisão somente sobre a parte do proventocorrespondente ao vencimento básico, apli­cando-se as normas contidas nos artigos2.°, 3.0 e 4.°, desta Lei.

§ 2.0 O vencimento que servirá de baseà revisão do provento será o fixado para aclasse da Categoria Funcional para a qualtiver sido transposto o cargo de dencrulna­ção e símbolo iguais ou equivalentes aosdaqueles em que se aposentou o funcio­nário.

§ 3.0 O reajustamento previsto neste ar­tigo será devido a partir da publicação doato de transposição de cargos para a Ca­tegoria Funcional respectiva.

Art. 7.° Na implantação do Plano deClassificação de Cargos, poderá o TribunalFederal de Recursos, mediante ato da Pre­sidência, transformar, em cargos, empre­gos, integrantes da Tabela de Pessoal Tem­porário da Secretaria, regidos pela legis­lação trabalhista, a qual será consideradaem extinção.

Parágrafo único. Poderão, igualmente,concorrer à transposição ou transformaçãodos respectivos cargos efetivos, no QuadroPermanente da Secretaria do Tribunal Fe­deral de Recursos os funcionários de outrosórgãos da Administração 'Pública que seencontrem prestando serviços, na qualida­de de requisitados, à referida Secretaria,desde que sejam concorrentes dos Gruposde que trata esta Lei, caso haja concordân­cia do órgão de origem.

Art. 8.° Os vencimentos fixados no arti­go 1.0 desta Lei vigorarão a partir da datados atos de inclusão de cargos no novo sis­tema, a que se refere o parágrafo 1.0 doartigo 2.°

Art. 9.° Observado o disposto nos arti­gos 8.°, item UI, e 12 da Lei n,? 5.645, de10 de dezembro de 1970, as despesas decor-

, rentes da aplicação desta Lei serão atendi­-das pelos recursos orçamentários própriosdo Tribunal Federal de Recursos, bem assim'por outras dotações a esse fim destinadas,na forma da legislação pertinente.

Art. 10. Esta Lei enteará em vigor nadata de sua publicação.

.Art, 11. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, em de de 1973.

LEGI8LA.ÇÃO OITADA

LEI N.o 4.019.DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961

Oomplementa o artigo 6.0 da Emen­da Constitucional n.? 3, e dá outrasprovidências.

O Presidente da Repú.blica:

. Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.0 Aos membros do Supremo TrI­bunal Federal, do Tribunal Federal de Re­cursos, do Tribunal de Contas da União, aoProcurador, aos Auditores e aos Procurado­res-Adjuntos do Tribunal de Contas daUnião é atribuída, pelo efetivo exercício emBrasi'lia, uma diária correspondente até..J./20 (um vinte avos) de seus vencimen~Q.Ii,"

Art. 2.° Aos funcionários públicos fe­derais e autárquicos, pelo efetivo exercícioem Brasília é concedida uma diária na ba­se de até 1/30 (um trinta avos) dos respec­tivos vencimentos.

parágrafo único. O Consultor-Geral daRepública, o Procurador-Geral da Repúbli­ca. o 1.0 Subprocurador da República, osProcuradores da República lotados em Bra­sília, bem como os Consultores-Jurídicos eos demais membros do Serviço Jurídico daUnião que exerçam na atual Capital daRepública, em caráter permanente, as fun­ções do seu cargo, também perceberão umadiária de até 1130 (um trinta avos) de seusvencimentos.

Art. 3.° No cálculo da remuneração dosProcuradores da República, lotados em Bra­sília, observar-se-á um limite de 95% (no­venta e cinco por cento) sobre o vencimen­to do Procurador-Geral da República, pre­visto no parágrafo único do art. 5.0 da Lein.o 3.414, de 20 de junho de 1958, excluí­das do referido cálculo as diárias e a gra­tificação mensal de representação de quetrata esta lei.

Art. 4.° As diárias referidas nos artigosanteriores irão sendo gradual e obrigato­riamente absorvidas, na razão de 30% (trin­ta por centol dos aumentos ou reajusta­mentos dos atuais vencimentos dos benefi­ciados por esta lei.

§ 1.0 Os funcionários públicos federais eautárquicos, que venham a ser transferidospara Brasília na vigência desta lei, não po­derão, em qualquer hipótese, perceber diá­rias superiores à parcela ainda não absor­vida, no momento, das diárias já concedi­das aos funcionários de igual nível de ven­cimentos.

§ 2.° A soma mensal das diárias men­cionadas nos artigos anteriores não pode­rá, em qualquer caso, ser inferior ao totaldas vantagens concedidas mensalmente, atéesta data, aos servidores beneficiados poresta lei, e em cujo gozo se encontrem.

Art. 5,° Somente na proporção em queforem sendo absorvidas, as diárias conce­didas por esta lei serão incorporadas aosproventos da inatividade.

Art. 6.0 Para efeito do cálculo das diá­rias a que se referem os arts. 1.0 e 2.0 , osvencimentos são os fixados pela lei n.v 3.414,de 20 de junho de 1958, acrescidos dos abo­nos de que tratam o art. 2.° letra n, da Lein.v 3.531, de 1959, e art. 93 da Lei n.? 3.780,de 12 de julho de 1960, e os arts. 6.0 e 7.°da Lei n.v 3.826, de 23 de novembro de1960, excluídas as gratificações ou acrés­cimos.

Art. 7.0 Suspender-se-á o pagamento dadiária ao beneficiado pela presente lei quese afastar temporariamente, mesmo licen­ciado, do exercício de suas funções em Bra­sília, salvo nas hipóteses previstas nos itensI, Ir e III do art. 88 da Lei n,v 1.711, de28 de outubro de 1952.

Art. 8.0 Perderá igualmente direito aopagamento da diária o beneficiado pelapresente lei que for removido ou passar ater exercício fora de Brasília.

Art. 9.° Os Ministros do Superior Tribu­nal Militar e do Tribunal Superior do Tra­balho, desde que as referidas cortes setransfiram para Brasília, e a partir da ins­talação de seus trabalhos na nova Capitalda República, perceberão as diárias referi­das no art. 1.0 da presente lei.

Parágrafo único. Por igualas Procura­dores Gerais da Justica Militar e da Jus­tiça do }:'raball1o e os'demais representan-

tes do Ministério Público das referidas Jus­tiças que, por força de lei devam servirjunto às respectivas Procuradorias-Gerais,perceberão as diárias referidas no art. 2.0desta lei.

Art. 10. Aos Membros do Tribunal deJustiça e da Justiça de La Instância doDistrito Federal e ao Juiz Presidente daJunta de Conciliação e Julgamento de Bra­sília fica assegurada a percepção da diáriaprevista no artigo 1.0 desta lei.

Parágrafo único. Por igual fica assegu­rada ao Procurador-Geral da Justica e de­mais Membros do Ministério Público doDistrito Federal, a percepção da diária pre­vista no art. 2.° da presente lei.

Art. 11 As dísposícões, efeitos e benefi­cios previstos nos artigos anteriores não seestenderão:

a) aos inativos (Lei 2.622, de 18 de ou­tubro de 19551;

b) aos Marechais (Lei 1.488. de 20 dedezembro de 1951);

c) aos Membros do Conselho Nacionalde Economia (Lei n. O 2.696, de 14 de de­zembro de 1955), enquanto não passarem ater efetivo exercício em Brasiiia;

d) aos Magistrados, Membros do Minis­tério Público, Procuradores da Fazenda Na­cional e Procuradores de Autarquias quenão estejam em efetivo exercício na atualCapital da República;

e) aos Juízes e Procuradores do TribunalMarítimo ou a outros quaisquer servidoresequiparados. para efeitos de vencimentos. aMembros do Poder Judlciário ou do Minis­tério Público, quer da União, quer da Jus­tiça do Distrito Federal, salvo se estiveremem efetivo exercício em Brasília.

Art. 12. A gratificação mensal de repre­sentação devida aos Presidentes dos órgãosdo Poder Judiciário e aos Membros do Mi­nistério Público. em efetivo exercício emBrasília será:

1) Presidente do Supremo Tribunal Fe­deral, Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzei­ros);

II) Procurador Geral da República Cr$40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);

UI) Presidente do Tribunal Federal deRecursos, do Tribunal de Contas da União,do Tribunal Superior Eleitoral, 1.0 Sub­Procurador da República, Procurador Geraldo Tribunal de Contas da União e Presi­dente do Tribunal do Distrito Federal eProcurador Geral da mesma Justica, Cr$20,000,00 (vinte mil cruzeiros); .

IV) Presidente do Tribunal do Júri doDistrito Federal, Cr$ 6 000,00 (seis mil cru­zeiros>.

Parágrafo único. Os Presidentes do Su­perior Tribunal Militar e do Tribunal Su­perior do Trabalho o Procurador Geral daJustica do Trabalho e Procurador Geralda Jústiça Militar terão direito à gratifica­ção mensal de representação, no valor deCr$ 20.000.00 (vinte mil cruzeiros) desdeque as referidas Cortes se transfiram paraBrasília e a partir da efetiva instalação deseus trabalhos na Capital da República.

Art. 13. Vetado.Art. 14. Aos Membros do Tribunal Supe­

rior Eleitoral escolhidos dentre os juristas,quando exerçam função pública. será asse­gurada a percepção de diárias. sob o mes­mo critério adotado relativamente aos Ma­gistrados integrantes desse Tribunal.

Parágrafo único. Quando a escolha re­cair em jurista que não exerça função pú­blica, ser-lhe-á atribuído diária igual 8 '11'1iselevada que vier a receber, nos termos des-

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,19138 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRJ!:SSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 197~

1;1;1

ta lei, o Membro do Tribunal que exercer(função pública.

Art. 15. J!: o Poder Executivo autorizadoa abrir ao Ministério da Justiça e NegoclOsInteriores o crédito especial até o limite deCr$ 250.000.000,00 (duzentos e cinqüentamilhões de cruzeiros) para atender. no cor­rente exercício, às despesas decorrentesdesta lei.

Art. 16. Ficam aprovadas as diárias eajudas de custo concedidas até esta data,R qualqeur título, aos benencíadoa pelapresente lei, em razão da transreréneía daCapital da União para o Planalto Centraldo País.

Art. 17. A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

Brasília em 20 de dezembro de 1961; 140.0da Indep~ndência e 73.0 da República. ­J'OAO GOULART - Tancredo Neves - Al­fredo Nasser - Angelo Nolasco - João deSegadas Viana - San Tialfo .I?antasWalther Moreira SaUes - VIrglho Tavora_ Armando Monteiro - Antonio de Oli­veira Brito - A. Franco Montoro - ClovisM. Travassos - Souto Maior - UlyssesGuimarães - Gabriel de R. Passos.

LEI N.o 4.345DE 26 DE JUNHO DE 1964

Institui novos valores de vencimentospara os servillores,públicos civi~ ~o ~o­der Executivo e da outras provídênetas,

( , ..Art. 10. A gratificação adicional a que

se refere o artigo 146 da Lei n.o 1.711, de 28de outubro de 1952. passará a ser concedi­da na base de 5% rcinco por cento), porqüinqüênio de efetivo exercício, até 7 (sete)qüinqüênios.

§ 1.0 A gratificação qüinqüenal será cal­culada sobre o vencimento do cargo efetivoest.abelecido nesta Lei, bem como sobre ovalor do vencimento que tenha ou venha ater o funcionário beneficiado pelo que esta­belece a Lei n.O 1. 741, de 22 de novembrode 1952, ou pelo que dispõe o art. 7.0 daLei n.o 2.188, de 3 de março de 1954.

§ 2.0 O tempo de serviço público presta­do anteriormente a esta Lei será compu­tado para efeito de apltcaeâo deste artigo,não dando direito, entretanto, à percepçãode atrasados.

§ 3.0 O período de serviço público, apu­rado na forma da legislação vigente, queexceder ao qüinqüênio ou qüinqüênios de­vidos, será considerado para integralizaçãode novo qüínqüênto.

§ 4.° O direito !;. gratificação instituídaneste artigo começa no dia imediato àqueleem que o servidor completar o qüinqüênio,observado o disposto no parágrafo segundodeste artigo.

§ 5.° Sobre a gratificação de tempo deserviço, de que trata este artigo, não pode­rão incidir quaisquer vantagens pecuniárias.C!. .!. ••

LEI N.o 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970

Estabelece diretrizes para a classifi­cação de cargos do Serviço Civil da Uniãoe das autarquias federais, e dá outras pro­vidências.

O Presidente da República

Faço 'saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.0 A classificação de cargos do Ser­viço Civil da União e das autarquias rede­rais obedecerá às diretrizes estabelecidas napresente lei.

Art. 2.° Os cargos serão classificados co­mo de provimento, em Comissões de pro­vimento efetivo, enquadrando-se, basíca­mente, nos seguintes Grupos:

De Provimento em Comissão:I - Direção e Assessoramento Superiores.

De Provimento Efetivo:Ir - Pesquisa Científica e Tecnológica

IrI - Diplomacia

IV - MagistérioV - Polícia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fisca-

lizaçãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - Outras atividades de nível médio.Art. 3.° Segundo a correlação e afinida-

de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreen­derá:

I - Direção e Assessoramento Superio­res: os cargos de direção e assessoranlentosuperiores da administração cujo provi­mento deva ser regido pelo critério da con­fiança, segundo for estabelecido em regula­mento.

U - Pesquisa Científica e Tecnológica:os cargos com atribuições, exclusivas oucomprovadamente principais, de pesquisacientífica, pura ou aplicada, para cujo pro­vimento se exija diploma de curso superiorde ensino ou habilitação legal equivalentee não estejam abrangidos pela legislaçãodo Magistério Superior.

III - Diplomacia: os cargos que se des­tinam a representação diplomática.

IV - Magistério: os cargos com ativida­des de magistério de todos os níveis deensino.

V - Polícia Federa: os cargos com atri­butções de natureza policial.

VI - Tributação, Arrecadação e Fiscali~

zação: os cargos com atividades de tribu­tação, arrecadação e fiscalização de tribu­tos federais.

VII - Artesanato: os cargos de ativida­des de natureza permanente, principais ouauxiliares, relacionadas com os serviços deartífice em suas várias modalidades.

VIII - Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quan­do não de nível superior.

IX - Outras atividades de nível supe­rior: os demais cargos para cujo provimen­to se exij a diploma de curso superior deensino ou habilitação legal equivalente.

X - Outras atividades de nível médio:os demais cargos para cujo provimento seexija diploma ou certificado de conclusãode curso de grau médio ou habilitação equi­valente.

Parágrafo único. As atividades relacio­nadas com transporte, conservação, custó­dia, operação de elevadores, lempeza e ou­tra assemelhadas serão, de preferência, ob­jeto de execução indireta, mediante con­trato, de acordo com o artigo 10, § 7.°, doDecreto-lei número 200, de 25 de fevereirode 1967.

Art. 4.° Outros Grupos, com caracterís­ticas próprias, diferenciadas dos relaciona­dos no artigo anterior, poderão ser estabe­lecidos ou desmenmbrados daqueles, se ojustificarem as necessidades da Administra­ção, mediante ato do Poder Executivo-

Art. 5.° Cada Grupo terá sua própria es­cada de nível, a ser aprovada pelo PoderExecutivo, atendendo, primordialmente, aosseguintes fatores:

, I - importância da atividade para o de­senvolvimento nacional.

II - Complexidade e responsabilidadedas atribuições exercidas; e

III - Qualificações requeridas para o de­sempenho das atribuições.

Parágrafo único. Não haverá correspon­dência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.

Art. 6.° A ascensão e a progressão fun­cionais obedecerão a critérios seletivos, aserem estabelecidos pelo Poder Executivo,>associados a um sistema de treinamento equalificação destinado a assegurar a per­manente atualização e elevação do nível deeficiência do funcionalismo.

Art. 7.° O Poder Executivo elaborará oexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediantedecreto, observadas as disposições desta lei.

Art.8.0 A implantação do Plano seráfeita por órgãos, atendida uma escala deprioridade na qual se levará em conta pre­ponderantemente:

I - a implantação prévia da reforma ad­ministrativa, com base no Decreto-lei nú­mero 200 de 25 de fevereiro de 1967.

II - o estudo quantitativo e qualitativoda lotação dos órgãos, tendo em vista anova estrutura e atribuições decorrentes daprovidência mencionada no item anterior; e

IH - a existência de recursos orçamen­tários para fazer face às respectivas des­pesas.

Art. 9.° A transposição ou transforma­ção dos cargos, em decorrência da sistemá­tica prevista nesta lei, processar-se-á gra­dativamente considerando-se as necessida­de e conveniências da Administração e,quando ocupados, segundo critérios seleti­vos a serem estabelecidos para os cargosintegrantes de cada Grupo, inclusive atra­vés de treinamento intensivo e obrigatório.

Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruções ne­cessárias e coordenará a execução do novoPlano, a ser proposta pelos Ministérios, ór­gãos integrantes da Presidência da Repú­blica e autarquias, dentro das respectivasjurisdições, para aprovação mediante de­creto.

S 1.0 O órgão central do Sistema de Pes­soal promoverá as medidas necessárias pa­ra que o plano seja mantido permanente­mente atualizado.

§ 2.° Para a correta e uniforme implan­tação do Plano, o órgão central do Sistemade Pessoal promoverá gradativa e obriga­toriamente o treinamento de todos os ser­vidores que participarem da tarefa, segun­do programas a serem estabelecidos comesse objetivo.

Art. 11.° Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de elaboraçãoe execução do Plano de Classificação deCargos, haverá, em cada Ministério, órgãointegrante da Presidência da República ouautarquia, uma Equipe Técnica de alto ní­vel, sob a presidência do dirigente do órgãode pessoal respectivo, com a incumbênciade:

I - determinar quais os Grupos ou res­pectivos cargos a serem abrangidos pelaescala de prioridade a que se refere o ar­tigo 8.° desta lei;

II - orientar e supervisionar os levan­tamentos, bem corno realizar os estudos !'

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Novembro de 1973 BURlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9139

análises indispensáveis à inclusão dos car­gos no novo Plano; e

lI! - manter com o órgão central doSistema de Pessoal os contactos necessá­rios para correta elaboração e implantaçãodo Plano.

Parágrafo único. Os membros das Equipesde que trata este artigo serão designadospelos Ministros de Estado, dirigentes de ór­gãos integrantes da Presidência da Repú­blica ou de autarquia, devendo a escolharecair em servidores que, pela sua autori­dade administrativa e capacidade técnica,estejam em condições de exprimir os ob­jetivos do Ministério, do órgão integranteda Presidência da República ou da autar­quia.

Art. 12. O novo Plano de Classificacãode Cargos a ser instituído em aberto' deacordo com as diretrizes expr essas nestalei, estabelecerá, para cada Ministério ór­gão integrante da Presidência da Repúblicaou autarquia, um número de cargos infe­rior, em relação a cada grupo, aos atual­mente existentes.

Parágrafo único. A não observância danorma contida neste artigo somente serápermitida:

a) mediante redução equivalente em ou­outro grupo, de modo a não haver aumen­to de despesas; ou

b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Sis­tema de Pessoal, se inviável a providênciaindicada na alínea anterior.

Art. 13. Observado o disposto na SeçãoVIII da Constituição e em particular noseu artigo 97, as formas de provimentb decargos, no Plano de Classificação decorren­tes desta lei, serão estabelecidas e discipli­nadas mediante normas regulamentares es­pecíficas, não se lhes aplicando as dispo­sições, a respeito, contidas no Estatuto dosFuncionários Públicos Civis da União.

Art. 14. O atual Plano de Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Exe­cutivo, a que se refere a Lei número 3.700de 12 de julho de 1960 e legislação poste~rior, é considerado extinto, observadas asdisposições desta lei.

Parágrafo único. A medida que fôr sen­do implantado o nôvo Plano, os cargos re­manescentes de cada categoria, classifica­dos conforme o sistema de que trata esteartigo, passarão a integrar Quadros Suple­mentares e, sem prejuízo das promoções eacesso que couberem, serão suprimidos,quando vagarem.

Art. 15. Para efeito do disposto no Arti­go 108, § 1.0, da Constituição, as diretrizesestabelecidas nesta lei, inclusive o dispostono artigo 14 e seu parágrafo único, se apli­carão à classificação dos cargos do PoderLegislativo, do Poder Judiciário, dos Tribu­nais de Contas da União e do Distrito Fe­deral, bem como à classificação dos cargosdos Territórios e do Distrito Federal.

Art. 16. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dls­

'posições em contrário.

Brasília, 10 de dezembro de 1970; 140.° daIndependência e 82.° da República. ­EMÍLIO G. MÉDICI - Alfl'edo Buzaid ­Adalberto de Barros Nunes - Orlando Gei­sel - Mário Gibson Barboza - AntônioDelfim Netto - Mário David Andreazza ­L. F. Cirne Lima - Jarbas G. Passarinho ­Júlio Barata - Márcio de Souza e Mello ­F. Rocha Lagôa - Marcus Vinicius Pratinide Moraes - Antônio Dias Leite Júnior ­João Paulo dos Reis Velloso - José CostaCavalcanti - Hygino C. Corsetti.

LEI COMPLEMENTAR N.o 10DE 6 DE MAIO DE 1971

Fixa normas para o cumprimento dodisposto nos artígos 98 e 108, § 1.°, daConstituição.

O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte Lei Comple­mentar:

Art. 1.0 Aos cargos integrantes dos Qua­dros de Pessoal dos órgãos dos Poderes Le­gislativo e Judiciário da União aplicam-se,no que couber, os sistemas de classificaçãoe niveis de vencimentos vigorantes no servi­ço civil do Poder Executivo.

Art. 2.° No prazo de 60 (sessenta) diasa contar ,9-a ,publicação do ato que aprova~a aplicação, no Poder Executivo da siste­mática estabelecida pela Lei n.6 5.645, de10 de dezembro de 1970, em relação a cadaGrupo de Categorias Funcionais, os órgãosdos Poderes Legislativo e Judiciário elabo­rarão projetos de classificação das corres­pondentes categorias.

§ 1.0 Os órgãos a que alude este artigo,em igual prazo, a contar da publicação dosatos que aprovarem os respectivos planosespecíficos de retrlbulcão decorrentes damesma normalegal, elaborarão também osplanos, de retribuição dos correspondentesGrupos.

§ 2.° A classificação dos cargos referidosneste artigo, sem paradigmas no serviçocivil do Poder-Executivo, será precedida delevantamento de suas atribuições para ade­quada avaliação e conseqüente fixacão deseus vencimentos, respeitado o sistema deretribuição vigorante no Poder Executivo.

§ 3.° Independerá do levantamento a quealude o § 2.°, a classificação dos cargos dedenominação igual à dos cargos do PoderExecutivo que tenham o mesmo grau deresponsabilidade e exijam a mesma forma­ção profissional.

Art. 3.° Os vencimentos dos cargos emcomissão do Poder Legislativo e do PoderJudiciário não poderão ser superiores aospagos pelo Poder Executivo, para cargos deatribuições iguais ou assemelhadas,

Art. 4.° Em decorrência da aplicaçãodesta lei complementar, nenhum servidorsofrerá redução do que, legalmente perce­ber à data da vigência desta lei. '

§ 1.0 Aos atuais funcionários é assegu­rada, a título de vantagem pessoal, nomi­nalmente identificável, a diferenea entre ovencimento dos cargos efetivos de que sãotitulares e o vencimento que resultar da no­va classificação.

§ 2.° Sobre a diferença a que se refereo § 1.0 não incidirão reajustamentos super­veníentes, nem se estabeleccrá, e, em vir­tude dela, discriminação nessas concessões.

§ 3.0 A diferença de vencimentos refe­rida neste artigo incorpora-se aos proven­tos da aposentadoria e da disponibilidade.

Art. 5.° As funções gratificadas necessá­rias aos serviços dos órgãos dos Poderes Le~

gislativo e Judiciário serão criadas nos res­pectivos regulamentos ou regimentos, res­peitados os princípios de classificação vigo­rantes no Poder Executivo.

Art. 6.° Aplicam-se aos funcionários dosTribunais de Contas da União e do DistritoFederal as disposições desta lei complemen­tar.

Art. 7.0 Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário.

Brasília, 6 de maio de 1971' 150.° da In.depen.dência e 83.0 da Repúbliéa. - EMíLIOG. MEDICI - Alfredo Buzaid.

11 - DECRETOS-LEISDECRETO-LEI N.o 1.256

DE 26 DE JANEIRO DE 1973Reajusta os vencimentos e salários

dos servidores do Poder Executivo e dá.outras providências. '

~ P.r~sid(mte da República, no uso daatrlbuíçâo que lhe confere o artigo 55 itemI1I, da Constituição, decreta: '

Art.1.° Ficam majorados em 15% (quin­ze por cento) os atuais valores de venci­mentos,. salár~o, provento e pensão do pes­soal, atIVO e InatIVO, e dos pensionistas, agu~ se referem o artigo 1.0 e seu parágrafoumco, e o art. 6.0 do Decreto-lei n.O 1.202,de 17 de janeiro de 1972, com as ressalvasneles previstas, bem como o atual valor dosoldo de que trata o artigo 148 da Lein.o 5.787, de 27 de junho de 1972. '

Parágrafo único. Aplica-se o dispostoneste artigo ao pessoal a que alude o De­creto-lei n.o 1.213, de 6 de abril de 1972.

Art. 2.0 As retribuições dos servidores aque sc refere o artigo 2.°, do Decreto-lein.> 1.202, de 17 de janeiro de 1972 con­tinuarão a ser reajustadas de acord~ como critério estabelecido no mesmo dispositivoe respectivos parágrafos.

Parágrafo único. As propostas de reajus­tamento de que trata este artigo bem co­mo a fixação de valores de sálários ouquaisquer outras retribuições, nos órgãos daAdministração Federal direta, Autarquias eTerritórios Federais, serão submetidas aaprovação do Presidente da República porintermédio do órgão Central do Sistema dePessoal Civil da Administracão Federal fi­cando revogadas quaisquer "disposicões 'queatribuam àquelas entidades competênciapara a prática desses atos.

Art. 3.0 Os cargos em comissão as fun­ções gratificadas e as gratificações pela re­presentaçâo de gabinete, dos órgãos da Ad­ministração Federal direta, Autarquias eTerritórios Federais, terão os respectivosvalores, decorrentes da aplicacão do Decre­to-lei n.O 1.202, de 17 de janeiro de 1972reajustados em 15% (quinze por cento) res~salvado o disposto no artigo 9.° deste De­creto-lei.

Art.'4.o As gratificações destinadas a re­tribuir o exercício em regime de tempo in­tegraI e dedicação exclusiva e o servíco ex­traordinário, ficam majoradas em" 15%(quinze por cento).

Art. 5.° O salário-família será pago naimportância de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros)mensais, por dependente. '

Art. 6.0 O limite máximo de retribuicãomensal previsto no artigo 5.°, do Decreto­lei n.o 1.202, de 17 de janeiro de 1972, pas­sa a ser de Cr$ 5,992,ÚO (cinco mil, nove­centos e noventa e dois cruzeiros), sendo deCr$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos cruzei­ros) mensais para os ocupantes dos cargosincluídos no sistema de classificação insti­tuído pela Lei n.o 5.645, de 10 de dezembrode 1970.

Parágrafo único. Ficam excluídas doslimites estabelecidos neste artigo as seguín-.tes vantagens:

a) salário-família;b) gratificação adicional por tempo de

serviço;c) gratificação pela participação em órgão

de deliberação coletiva;d) díárias, ajuda de custo e demais in.

deníaações previstas em lei;

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'148 Quinta-feira 22 DURTO DO CONGRESSO NACIONAL (S~io D Novembro de 1973

e) as constantes do artigo 152 da LeiD.O 5.787, de 27 de junho de 1972.

Art. 7.0 Nos cálculos decorrentes da apli­cação deste Decreto-lei serão desprezadasas frações de cruzeiro, inclusive em relaçãoàs gratificações e vantagens calculadas combase no vencimento, assim como nos des­contos que sobre este incidirem.

Art. 8.0 O reajustamento de que trata es­te Decreto-lei será concedido sem reducãode diferenças de vencimento e de vantagenslegalmente asseguradas e sujeitas a absor­ção progressiva.

Art. 9.0 Os valores de vencimento fixa­dos pelas Leis números 5.843, 5.845 e 5.846,de 6 de dezembro de 1972, para os cargosintegrantes dos Grupos-Direção e Assesso­ramento Superiores (DAS-I00), ServiçosAuxiliares (SA-800) e Diplomacia (D-300),respectivamente, não se alterarão em de­corrência do reajustamento concedido poreste Decreto-lei.

Parágrafo único. A gratificação de re­presentação fixada para os cargos de Pro­curador-Geral da República e de Consultor­Geral da República, pelo artigo 12, da LeiD.O 5.843, de 6 de dezembro de 1972, passaa ser de Cr$ 2.160,00 (dois mil, cento e ses­senta cruzeiros) mensais.

Art. 10. Os servidores aposentados quesatisfaçam as condições estabelecidas paratransposição de cargos no decreto de estru­turação do Grupo respectivo, previsto na Lein,o 5.645, de 10 de dezembro de 1970, farãojus a revisão de proventos com base nos va­lores de vencimento fixados no correspon­dente Plano de Retribuição.

§ 1.0 Para efeito do disposto neste arti­go, será considerado o cargo efetivo ocupa­do pelo funcionário a data da aposentado­ria, incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente ao venci­mento básico.

§ 2.0 O vencimento que servirá de base àrevisão do provento será o fixado para aclasse da Categoria Funcional para a qualtiver sido transposto cargo de denominaçãoe nível iguais aos daquele em que se apo­sentou o funcionário.

§ 3.0 O reajustamento previsto neste ar­tigo será devido a partir da publicação dodecreto de transposição de cargos para aCategoria funcional respectiva, no Ministé­rio, órgão integrante da Presidência da Re­pública ou Autarquia Federal a que perten­cia o funcionário ao aposentar-se.

§ 4.° A importância correspondente aoreajustamento dos proventos de aposenta­doria decorrente da aplicação do dispostono artigo 1.0 deste Decreto-lei será absor­vida, em cada caso, pelos valores resultan­tes da majoração prevista neste artigo.

Art. 11. O órgão Central do Sistema dePessoal Civil da Administração Federal ela­borará as tabelas de valores dos níveis, sím­bolos, vencimentos e gratificações resultan­tes da aplicação deste Decreto-lei, bem co­mo firmará a orientação normativa que sefizer necessária à sua execução.

Art. 12. O reajustamento concedido poreste Decreto-lei vigorará a partir de 1.0 demarço de 1973 e a despesa decorrente seráatendida com recursos orçamentários, in­clusive na forma prevista no artigo 6.°,item I, da Lei n.O 5.847, de 6 de dezembrode 1972, que estima a Receita e fixa a Des­pesa da União para o exercício financeirode 1973.

Art. 13. Este Decreto-lei entrará em vi­gor na data de sua publicação.

Art. 14. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, 26 de janeiro de 1973; 152.° daIndependência e 85,° da República. - EMí-

LIO G. l\IÉDICI - Alfredo Buzaid - Adal­berto de Barros Nunes - Orlando Geisel ­Mál'Ío Gibson Barboza - Antônio DelfimNetto - Mário David Andreazza - L.F. Cir­ne Lima - Jarbas G. Passarinho - JúlioBarata - .T. Araripe Macêdo - Mário Lc­mos - Marcus Vinicius Pratini de Moraes- Antônio Dias Leite Júnior - João Paulodos Reis VelIoso - .Tosé Costa Cavalcanti ­Hygino C. Corsetti.

MENSAGEM N.o 415DE 1973, DO PODER EXECUTIVO

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deli­beração de Vossas Excelências, acompanha­do de Mensagem do Senhor Ministro-Pre­sidente do Tribunal Federal de Recursos, oanexo projeto de lei que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-Ativida­des de Apoio Judiciário, Serviços Auxiliares,Serviços de Transporte Oficial e Portaria,Artesanato, Outras Atividades de Nível Su­perior e Outras Atividades de Nivel Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do Conselhoda Justiça Federal, e dá outras providên­cias".

Brasilía, em 19 de novembro de 1973. ­Emílio G. Médici.:MENSAGEM N.o 2, DE 13 DE NOVEMBRO

DE 1973, DO TRIBUNAL FEDERAL DERECURSOS.

A Sua Excelência o Excelentissimo SenhorGeneral-de-Exército Emílio GarrastazuMédici.

Dígníssímo Presidente da República

Excelentissimo Senhor Presidente da Re­públiça

Tenho a honra de encaminhar à elevadaapreciação de Vossa Excelência, em confor­midade com o disposto no artigo 115, incison, da Constituição, o projeto de lei quefixa os valores dos níveis de vencimentosdos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário,Serviços Auxiliares, Transporte Oficial ePortaria, Artesanato, Outras Atividades deNivel Superior e Outras Atividades de Ni­vel Médio, do Quadro Permanente do Tri­bunal Federal de Recursos e do Conselho daJUstiça Federal, e dá outras providências.

Na elaboração do projeto, previamenteexaminado pelo Departamento Administra­tivo do Pessoal Civil (DASP), foram rigoro­samente observadas as diretrizes de que tra­ta a Lei n.o 5.645, de 10 de dezembro de1970, e atendidas as exigências da paridadede vencimentos dos órgãos dos três Poderesda União, em cumprimento aos artigos 98 e108, § 1.0 da Constituição e da Lei Comple­mentar n.O 10, de 6 de maio de 1971.

O projeto, cuja conversão em lei ora sepretende, tem em vista a implantação, noâmbito do Tribunal Federal de Recursos edo Conselho da Justiça Federal, do novoPlano de Classificação de Cargos instituidopela Lei n.O 5.645/70, de acordo com a es­cala de prioridades referida em seu artigo8.0, eaput,

O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos a esse fim destinados, sendoabsorvidas, pelos novos valores de venci­mentos, todas as vantagens e retribuiçõespercebidas, a qualquer título, pelos ocupan­tes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o salário­família e a gratificação adicional por tem­po de serviço, e, ainda, a vantagem pessoala que por ventura façam jus, de acordo como artigo 4.0, da Lei Complementar n.O 10171.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de meu maiselevado apreço. - Márcio Ribeiro, Ministro­Presidente.

Of. n.O 566-SAP/73.Em 19 de novembro de 1973.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaMD. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBrasília - DF.

Excelentissimo Senhor Primeiro-Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a Mensagem do Excelentissimo Se­nhor Presidente da República, acompanha­da de Mensagem do Senhor Ministro-Pre­sidente do Tribunal Federal de Recursos,relativa a projeto de lei que "fixa os valoresde vencimentos dos cargos dos Grupos-Ati­vidades de Apoio Judiciário. Serviços Auxi­liares, Serviços de Transporte Oficial e Por­taria, Artesanato, Outras Atividades de N;i­vel Superior e Outras Atividades de Ni1(;elMédio do Quadro Permanente da Secretª,~'ia

do Tribunal Federal de Recursos e do Co'iJ,­selho da Justiça Federal, e dá outras proví-,dêncías". .

Aproveito a oportunidade para renovar' aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e eonslderaeão. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraórdinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.

PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA

I e Il - Relatório e Voto do Relator

Com fundamento no artigo 51 da LeiMaior o Excelentíssimo Senhor Presidenteda República submete à apreciação do Con'gresso, acompanhado de Exposição de MG.tívos do Ministro' Presidente do TribunalFederal de Recursos. o presente projeto-delei que cuida dos vencimentos dos ~­gos dos Grupos-Atvidades de Apoio J~dl­

cíário e de outros serviços daquele Tl'lbu-nal, .'1

O projeto foi previamente examinado pe­lo DASP, tendo em vista as exigências .daparidade previstas na Constituição (Ar.ti­gos 98 e 108, § 1.0 ) e na Lei Oomplemenjar'n.o 10, de 6 de maio de 1971.

Prevê o projeto que as vantagens e retfl­buíeões percebidas, a qualquer titulo, perusocupantes dos cargos a serem transforma­dos ou transpostos serão absorvidos pll,~(Jos

novos valores de vencimento.

Disciplina, também, a proposição os ven­cimentos das Atividades de Nível Médio e deNível Superior da Secretaria daquela C(Íf~e do Conselho de Justiça Federa!. "'

Em suma a proposição está de acordocom a orientação do Poder Executivo na-ta­xação dos vencimentos dos servidores ci­vis da União.

O mérito do projeto será axamínado pe­las Comissões de Serviço Público e de Fi­nanças.

A esta Comissão cabe o exame dos aspec­tos constitucional, jurídico e de técnica le­gislativa e sob esses ângulos nada temos aobjetar.

Pela constitucionalidade e [urtdíeídade éo nosso parecer.

Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Luiz Braz, Relator.

lU - Parecer da Comisão

A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma liA", realizada em

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Novembro de 1973 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' Quinta-feira 22 914:1

21-11-73, opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade, juridicidade e boa técnicalegislativa do Projeto n," 1.680/73, nos ter­mos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercícío da Presidência, Luiz Braz - Re­lator, Alceu Collares, Alfeu Gasparini, Hil­debrando Guimarães, Arlindo Kunzler,Cláudio Leite, Élcio Alvares, Hamilton Xa­vier. Jairo Magalhães, JO'>é Bally, LisâneasMaciel, Osnelli Martinelli, Ruydalmeída.Barbosa e Ubaldo Barém.

Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Pre­sidente, no exercício da Presidência - LuizBraz, Relator.

PARECER DA COMI88AoDE SERVIÇO PúBLICO

I - RelatórioA Comissão de Serviço Público tem DTO­

curado corrigir as diversas proposituL«~ oumelhorar sua redação, porém as emendassão 'quase sempre rejeitadas em plenárioem razão da interferência do órgão dísct­I>l1nador do serviço público que, assim, deuma maneira quase geral, sobrepõe-se aosorganismos técnicos das duas Casas do Con­gresso.

É certo que, algum tempo depois, o pró­prio DASP reconhece o erro ou a falha dapropositura anterior, como já o fez, atravésde projeto que concede gratificação aosservidores de assessoramento e direção in­termediárias, quando havia esquecido es­ses servidores na ocasião em que contem­plou os cargos de direção e assessoramento.: Outro exemplo é o relativo aos aposenta­dos, omitidos de quase todos os projetos en­caminhados ao Congresso, com a recusa dasemendas que a Comissão de Servçio Públicovinha, seguidamente propondo, a fim de im­pedir a consumação da injustiça.

Nos últimos projetos, no entanto, asemendas que vinham sendo apresentadase recusadas, passaram a integrar as propo­situras, como ocorreu com o projeto rela­tivo aos servidores da Secretaria do Supre­mo Tribunal Federal e como ocorre com o

.projeto que hoje esta Comissão examina ­o de n.o 1.680, de 1973, no qual o texto in-sere o artigo 6.° e parágrafos, exatamente

.sobre a situação dos inativos.

E nos rejubílamos com esse reconheci­'. mento, embora tardio, ao direito dos apo­

sentados.

Vale a pena, no entanto, observar quemesmo esse artigo não resolve a situaçãode todos os aposentados possibilitando in­terpretações equivocas como se verifica dasseguintes observações que tomamos ernpres­

.tadas ao articulista de Ultma Hora, da Gua­,nabara, de 19 do corrente:

Um dos.aspectos mais importantes daargumentação apresentada no memo­rial enviado ao presidente da Repúbli­ca pelo funcionalismo inativo, atravésdo centro dos Aposentados Federais, éa que se baseia em diversos artigos daConstituição de 17 de outubro de 1969,em relacâo ao regime juridico dos ser­vidores ê a organização do planejamen­to da atribuição de vencimentos. En­quanto o DASP declara que a situaçãodos inativos é regulamentada apenaspelo Decreto-lei n.o 1.256, de 26 de ja­neiro de 73, os aposentados argumentamque a execução das determinações doDecreto, também em relação aos ven­elmentos, cabe ao DASP.

De acordo com a terceira base de ar­gumentação :

"Art. 10. Os servidores aposentadosque satisfaçam as condições estabele­cidas, para transposição de cargos, nodecreto de estruturaeão do Grupo res­pectivo previsto na Lei número 5.645,de 10 de dezembro de 197D. farão jus àrevisão dos proventos, com 'base nos va­lores de vencimentos fixados no corres­pondente Plano de Retribuição. Pará­grafo 1.° - Para efeito do disposto nes­te artigo, será considerado o cargo efe­tivo ocupado pelo funcionário à data riaaposentadoria, incidindo a revisão so­mente sobre a parte do provento corres­pondente ao vencimento básico."

O memorial alega que essa "matériaé de aplicação prática sujeita a dúvi­das de interpretação, dos textos legaisque a disciplinam, pela dificuldade deuma perfeita equiparação, por vezes,entre as atribuições de alguns cargos,antes ocupados, respectivamente, porservidores ora já aposentados e, daquipor diante modificados ou transforma­dos, pelo novo plano de classificação, noque diz respeito à discriminação nor­mativo-funcional ou de atribuições pró­prias de cada um deles."Prevendo tais dificuldades, sabiamenteo legislador no artigo 11 do Decreto-leiem causa, conseqüentemente, condicio­nou a aplicação medíata das recomen­dações do referido artigo 10 a um pré­vio processo de análises hermenêuticados textos que o integram, em correla­ção, harmônica e lógica, com as dispo­sições de outras leis, também vigentes,que dizem respeito aos termos juridico­administrativos em questão, quando M­sim se expressou:

"Art. 11. O órgão central de PessoalCiv~l da Administração Federal, elabo­rara as tabelas de valores, símbolos,vencimentos e gratificações, resultantesda aplicação deste Decreto-lei, bem co­mo firmará a orientação normativa quese fizer necessária à sua execução."

11 - Voto do Relator

Com essas observacões e tendo em vista aurgência com que a propositura deva serapreciada, sob pena de não alcançar o pre­sente período legislativo, e mesmo, a im­possibilidade de correções pelos motivosexpostos, oferecemos parecer favorável.

Sala da Oomíssão, 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Relator.

III - Parecer da Oomlssâo jA Comissão de Serviço Público, em reu­

nião extraordinária, realizada em 2D denovembro de 1973, aprovou, por unanimi­dade, o parecer do Relator, Senhor Depu­tado Freitas Nobre, favorável ao Projeto n.o1.680/73. Compareceram os Senhores Depu­tados Bezerra de Norões - Vice-Presidenteno exercícío da Presidência, Freitas Nobre- Relator, Agostinho Rodrigues, Elias Car­mo, Lauro Rodrigues, Grímaldí Ribeiro, Ge­túlio Dias, José Freire, Paulo Ferraz, HugoAguiar, Marcos Freire e Magalhães Melo.

Sala da Comissão, em 20 de novembrode 1973. - Bezerra de Norões, Vice-Presi~

dente no exercício da Presidência. - FreitasNo.~~~! Relator.

PARECER DACOMISSAO DE FINANÇAS

I e II - Relatório e Voto do Relator

O projeto de lei ora sujeito à nossa apre­ciação, acompanha Mensagem n.o 415/73,visando "fixar os valores de vencimentosdos Grupos-,Mividades de Apolo Judlciá-

rio, Serviços Auxiliares, Serviços de Tran&~porte Oficial e Portaria, Artesanato, OutrasAtividades de Nível Médio do Quadro Per­mansnte. da Secretaria do Tribunal Federalde Recursos e do Conselho de Justiça Fe­deral e dá outras providências".

Na sua Exposição de Motivos, o Exm. OSr.Ministro Marco Ribeiro, Presidente do Tri­bunal de Recursos, esclarece que o antepro­jeto foi examinado previamente pelo DASP,observadas as diretrizes da Lei n.O 5.645,de 10 de dezembro de 1970 e atendidas asexigências de paridade de vencimentos en­tre os órgãos vinculados aos Três Poderesda União em cumprimento ao que prescre­vem os artigos 98 e 108, parágrafo 1.0 daConstituição e da Lei Complementar n.O 1(),de 6 de maio de 1971.

A proposição em tela tem em mira a im­plantação no âmbito do Tribunal de Recur­sos e do Conselho de Justiça Federal, donovo Plano de Classificação de cargos íns­tttuído pela Lei n.o 5.645/70.

O custeio das despesas com o projeto es;'tão apontadas no seu artigo 9°.

Assim, somos pela aprovação do mesmo.J!: o nosso parecer.

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Tourinho Dantas, Relator.

IH - Parecer da Comissão

A Comissão de Financas, em sua 5.11 reu­nião extraordinária do dia 20 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Pro­jeto n.O 1.680, de 1973, do Poder Executivo,nos termos do parecer favorável do Relator,Deputado Tourinho Dantas.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Jorge Vargas, presidente: Ivo Braga.e Ozires Pontes, Vice-Presidentes; HarrySauer, Arthur Santos, Athiê COUJ,'y, Home­ro Santos. Norberto Schmidt, Ildélio Mar­tins, Tourinho Dantas, César NascimentoJairo Brum, Joel Ferreira, Carlos Alberto deOliveira. João Castelo, Ozanan Coelho.

Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Jorge Vargas, Presidente. - Tou­rinho Dantas, Relator.

PROJETO DF. DECRETO LEGISLATIVON.o 132-A, de 1973

(Da Comissão de Relações Exteriores)

MENSAGEM N.o 344/73

Aprova o texto do Convênio entre a.República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolví­mente sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972; tendo parecer, daComissão de Constituição e Justiça, pe­la constitucionalidade e juridiciaadc.Pendente de parecer da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio.

(PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 132, DE 1973, A QUE SE REFERE OPARECER.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do con­

vênio entre a República Federativa do Bra­síl e o Banco Interamericano de Desenvol­vimento sobre Privilégios e Imunidades doBanco, assinado em Brasília, a 21 de ja­neiro de 1972.

Art. 2.° .Este Decreto Legislativo entraráem vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário.

Brasília, 7 de novembro de 1973. - Ma­noel Taveil'a, Vice-Presidente, no exercícioda Presidência. - Pedro Colin, Relator.

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IH2 Quinta-feira. 22 DI.ARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção D'... (4.

Novembro de 19'73,

PARECER DA COMISSãODE RELAÇõES EXTERIORES

I e II - Relatório e Voto do Relator1. Pela Mensagem n.O 344 deste ano, o

Poder Executivo submete ao Congresso Na­cional texto de convênio entre a RepúblicaFederativa do Brasil e o Banco Interame­rícano de Desenvolvimento, sobre privilé­gios e imunidades do Banco assinado em21 de janeiro de 1972.

2. Ocorre lembrar que o '""Banco Intera­mericano de Desenvolvimento é um orga­nismo internacional criado para promoverou contribuir para o desenvolvimento eco­nômico e social da América Latina.

Nessas condições, o Governo Brasileiroconcede:

I - Privilégios e imunidades aos funcio­nários e técnicos do Banco. de nacionali­dade não brasileira;

II - Compromisso em facilitar o ingres­so no país. de funcionários e técnicos doBanco e seus familiares;

lI! - privilégios e imunidades em rela­ção a processos judiciais e administrativos,e facilidades de repatriação, com ressalva;

IV - Isenções de tributos sobre rendi­mentos, sobre bens de sua bagagem pessoal;

V _ Reconhecimento dos privilégios eimunidades concedidos aos. represen~a~tesde organismos mternecíoneís e de assístên-cia técnica.

3. Dois precedentes ocorrem .citar-se noque tange a ímunídades, incl,uslve ~e ~a­tureza fiscal. a organismos fmanc.elros. aConvenção sobre o Fundo Monetario In­ternacional (Dee, n.o 21.177 de 27-5.46, DO24-6-46) e a Convenção sobre o ~IRD(BanCO Internacional de Reconstruçao eDesenvolvimento) objeto de igual ato.

Além disso, o Banco Interamericano deDesenvolvimento foi criado por ato inter­nacional de que o nosso país participoucomo Membro-fundador, e objetiva acele­rar o progresso da América Latina, .comoinstituição internacional de cunho nnan­cetro.

4. Afora as considerações acima, ~eve­se acentuar que a medida proposta fOI ne­gociada conforme informação do nosso Mi­nistério' de Relações Exteriores, em igualteor entre o Banco de caráter geral e decon~enso unânime entre os Governos.

S. A faculdade de denúncia, com avísoprévio é naturalmente assegurada entre aspartes: mediante nottrícação escrita, e vi­gorará a partir de seis mes~~ a ~ontar dadata do recebimento da notíüeação de de­núncia. (Artigo VIII do Oonvênío.)

6. Face a manifestação favorável do Mi­nistério das Relações Exteriores, aos ante­cedentes invocados e ao principio da con­duta analógica dos demais Governos inte­ressados, somos pela aprovaç~o.d? Convê­nio pelos seus fundamentos [urídlcos e noint~resse das relações entre nosso pais e oBanco.

SC, BSB, 07 de novembro de 1973.:Pedro Colin, Relator.

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de Relações Exteriores, emreunião ordinária, do dia 7 de novembrodo corrente ano, aprovou por unanímidade,o parecer do Relator, Deputado Pedro Co­lin favorável ao objeto da Mensagem n.O344/73 que "submete à consideração doCongresso Nacional o texto do Convênioentre a República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvimentosobre Privilégios e Imunidades do Banco,

assinado em Brasília, a 21 de janeiro de1972", na forma de Projeto de Decreto Le­gislativo, anexo.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: Manoel Taveira, Vice-Presidente, noexercício da Presidência, Brigido Tinoco,Vice-Presidente, Diogo Nomura, Pedro Co­lin, Ulysses Guimarães, Passos Pôrto, JoséCarlos Leprovost, Padre Nobre. Josias Go­mes, Rogério Rêgo, Teotônio Neto, Reynal­do Sant'Ana, Bías Fortes, Pinheiro Macha­do. Adhemar Ghísl, Fl'ancisco Studart, Jo­sé Camargo, João Menezes, Célio MarquesFernandes, Cláudio Leite, Américo de Souza,Lins e Silva, Joaquim Coutinho. e HermesMacedo.

Brasília. 7 de novembro de 1973. - Ma­noel Taveira, Vice-Presidente. no exercícíoda Presidência. - Pedro Colin, Relator.

MENSAGEMn» 344, de 1973

(Do Poder Executivo)Submete à consideração do Congres­

so Nacional o texto do Convênio entrea República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvi­mento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972.

(às Comissões de Relações Exteriores,de Constituição e Justiça e de Econo­mia. Indústria e Oomércío.)

Excelentissimo Senhores membros doCongresso Nacional:

Em conformidade com o disposto no art.44. item I. da Constituição Federal, tenhoa honra de submeter à elevada considera­ção de Vossas Excelências, acompanhadode Exposição de Motivos do Sr. Ministro deEstado das Relações Exteriores, o texto doConvênio entre a República Federativa doBrasil e o Banco Interamericano de Desen­volvimento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21 dejaneiro de 1972.

Brasília, em 9 de outubro de 1973.EXPOSIÇãO DE MOTIVOS DEA/C/DAI/

382/924 (040) CB46), DE 4 DE OUTUBRODE 1973, DO MINISTliiRIO DAS REL.I\­ÇõES EXTERIORES

A Sua Excelência o SenhorGeneral-de-Exército Emílio Garrastazu Mé­dici,Presidente da República.

senhor presidente.Tenho a honra de submeter à alta consi­

deração de Vossa Excelência o texto do"Convênio entre a República Federativa doBrasil e o Banco Interamericano de Desen­volvimento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco", assinado em Brasília, em 21 dejaneiro de 1972, em complementação aoAto Constitutivo do Banco. aprovado peloDecreto Legislativo n.o 18. de 1959.

2. O Convênio em questão, elaborado deacordo com outros em vigor entre o Cffi­verno braslleíro e organismos internacio­nais, estabelece condições apropriadas e jus­tas para o exercício das atividades dos fun­cionários e técnicos do Banco Interameri­cano de Desenvolvimento e os privilégios eimunidades nele contemplados são consa­grados pela prática internacional.

3. Nessas condições, e tendo em vista odisposto no art. 44, item I, da ConstituiçãoFederal, cumpre-me submeter,à alta -apre­cíação de Vossa Excelência o anexo projetode Mensagem que encaminha o Convênioà aprovação do Congresso Nacional.

Aproveioo a oportunidade para renovar aVossa Excelência, Senhor Presidente, os

protestos do meu mais profundo respeito.- Mario Gibson Barboza.

CONV11:NIO ENTRE A REPÚBLICA FE­DERATIVA DO BRASIL E O BANCO IN­TER-AMERICANO DE DESENVOLVIMEN­TO SOBRE PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

DO BANCOO ooverno da República FederatiVa do

Brasil (doravante denominado "Governo").eO Banco Interamerieano de Desenvolvi­

mento (doravante denominado "Banco").Considerando:

Que é prática dos organismos internacio­nais dedicados a promover o desenvolvi­mento econômico e social da América Lati­na celebrar Convênios com os Governos na­cionais a fim de estabelecer condições favo­ráveis ao exercício das atividades dos fun­cionários de tais organismos no cumprimen­to de seus objetivos;

Que o Banco Interamericano de Desenvol-.vímento é um organismo internacional de..dicado a contribuir para o desenvolvímen­to econômico e social dos países da AméricaLatina; e .

Que o Convênio Constitutivo do Bancofoi aprovado pelo Decreto Legislativo n.o '18, de 1959,

Convieram no seguinte:

Artigo I

O Governo concederá aos runetonãnos doBanco os privilégios e imunidades estabele­cidos no presente Convênio. Os nomes daspessoas escolhidas pelo Banco como benefi­ciárias dêsses privilégios e imunidades se- .rão submetidos ao Ministério das Relações JExteriores para aprovação.

Artigo nAs autoridades brasileiras competentes

não oporão restrições de imigração e deregistro de estrangeiros às pessoas a seguirindicadas, assim como a seus dependentesfamiliares:

a) funcionários do Banco;b) técnicos contratados pelo Banco.O presente artigo não se aplicará aos Ca­

sos de interrupção geral dos transportes enão impedirá a plicação efetiva. das leis.vigentes, nem eximirá tais pessoas da justaaplicação de regulamentos quarentenáriose sanitários.

Artigo 111Os funcionários e técnicos contratados de

nacionalidade não brasileira. a que se refe­re o artigo anterior gozarão, no territóriodo pais. dos seguintes privilégios e ímu­níddes:

a) imunidade em relação a processos ju­diciais e administrativos correspondentes aoatos praticados no desempenho de suas atí­vidades oficiais, salvo se o Banco renunciara essa prerrogativa;

b) facilidades para repatriação e direitoà proteção das autoridades brasileiras-fa­cilidades e direito extensivos a dependentesfamiliares-iguais aos desfrutados pelosmembros de Missões diplomáticas, em pe,ríodos de tensão internacional;

e) isenção de quaisquer impostos sobre'vencimentos e emolumentos pagos peloBanco ou rendimentos procedentes do ex..terior.

O Banco abrirá mão da imunidade dequalquer funcionário ou técnico contratadonos casos em que o exercício de tal imuni­dade impeça o curso da Justiça.,

Page 15: FEDERATIVA DO BRAS·IL olARIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD22NOV1973.pdf · Mensagem n.o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Subme te à consideração

~ovembro de 1973 'DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seºáo n Quinta-feira 22 9141

Artigo IV

'a) Os funcionários do Banco que prestemserviços no país, e que não sejam de nacio­nalidade brasileira, poderão importar, den­tro dos seis meses seguintes ao seu ingressono Brasil, com a finalidade de tomar possede seu cargo pela primeira vez, livres dopagamento de emolumentos consulares, di­reitos aduaneiros, taxas e gravames cone­xos, que não constituam despesas de arma­lZenagem, capatazta e outros relativos aserviços análogos, os móveis e objetos deuso pessoal e doméstico destinados à suainstalação inclusive um veículo de uso pes­soai:

b} os técnicos de nacionalidade não bra­síleíra contratados pelo Banco, gozam dosprivilégios previstos na alínea a deste arti­go, para a importação de móveis e objetosde uso pessoal e doméstico destinados à suamstalação e, também, caso o prazo do res­pectivo contrato seja igualou superior aum ano, de um automóvel;

:. e) os funcionários e técnicos contratadas,00 Banco, de nacionalidade brasíleíra, quetenham prestado serviços ao Banco no ex­terior, por mais de dois anos, desfrutarão,por ocasião de seu regresso definitivo aopais, das mesmas isenções mencionadas naletra a} do presente artigo, durante os seismeses seguintes à data em que hajam ces­sado suas funções. Para os efeitos de im­portação e transferência do veiculo de usopessoal, aplíear-se-ão as normas vigentespara os funcionários do Ministério das Re­lações Exteriores acreditamos no exterior,quando de seu regresso ao país;

d} com respeito à transferência de pro­priedade dos veículos a que se referem asletras a) e b) do presente artigo, aplicar-se­ão as normas estabelecidas para o CorpoDiplomático acreditado no Brasil.

Artigo V

Além dos privilégios especificados no pre­sente Convênio, o funcionário que seja oRepresentante do Banco no país, desde quenão seja de nacionalidade brasileira e nãotenha residência permanente no Brasilgozará das isenções, privilégios e imunida':des. reconhecídos os representantes de 01'­gamsmos internacionais e de assistênciatécnica em exercício de suas funções no~m. -

Artigo VIAos funcionários do Banco beneficiados

pelo presente Convênio será fornecida car­teira .de identidade que certifique sua vín­culação com o Banco e que solicite às auto­ridades brasileiras prestação de assistên­cia e colaboração.

Artigo vnO presente Convênio não limitará nem

. prejudicará de qualquer modo o alcancedos privilégios e imunidades concedidos noConvênio Constitutivo do Banco.

Artigo VIIIO presente Convênio entrará em vigor na

data em que o Governo da República Fe­derativa do Brasil notificar ao Banco suaaprovação, em conformidade com os dis­positivos constitucionais, e poderá ser de­nunciado por qualquer das Partes, mediantenotificação escrita, cessando seus efeitos 6(seis) meses a contar da data do recebi­mento da notificação de denúncia.

Em testemunho do que, os abaixo assi­nados, representantes devidamente designa­dos pelo Governo e pelo Banco, assinaramo presente Convênio, em dois exemplares;igualmente autênticos, em idioma portu­guês, na cidade de Brasília, aos vinte e um

dias do mês de janeiro de mil novecentose setenta e dois.

Pela República Federativa do Brasil. ­a) Mario Gibson Barbosa,

Pelo Banco Interamericano de Desenvol­vimento. - a) Ewaldo Correia Lima.Of. n.o 463 - SAP/73.

Em 9 de outubro de 1973.

Exeelentíssimo Senhor Primeiro-Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essaSecretaria a Mensagem do ExcelentíssimoSenhor Presidente da República, acompa­nhada de Exposição de Motivos do SenhorMini~tro de Estado das Relações Exteriores,relatrva ao texto do Convênio entre a Re­pública Federativa do Brasil e o Banco In­teramerícano de Desenvolvimento sobrePrivilégios e Imunidades do Banco, assina­do em Brasília, a 21 de janeiro de 1972.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para OsAssuntos doGabinete Civil.A Sua Excelência o senhor .Deputado Dayl de AlmeidaM.D. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBrasílía - DF.

PARECER DA COMISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA

I e 11 - Relatório e Voto do RelatorCom base no artigo 81, inciso X da Cons­

tituição foi firmado pelo Poder Executivo,em 21 de janeiro de 1972, o Convênio objetoda Mensagem n.? 344/73, encaminhado aoCongresso, ora em exame.

A matéria foi inicialmente distribuída àComissão de Relações Exteriores que exa­minando-a concluiu pela apresentação doProjeto de Decreto Legislativo n.v 132/73,com a seguinte redação:

O Congresso Nacional decreta:"Art. 1.° Fica aprovado o texto doConvênio entre a República Federativado Brasil e o Banco Interamericano deDesenvolvimento sobre Privilégios eImunidades do Banco, assinado em Bra­sília, a 21 de janeiro de 1972."Art. 2.° Este Decreto Legislativo en­trará em vigor na data de sua publica­ção, revogadas as disposições em con­trário."

O mérito da proposição será examinadopela Comissão de Economia, Indústria eComércio.

A esta Comissão cabe a apreciação do pro­jeto sob os aspectos de sua [urídíeídade econstítucionalidade e, dentro desses ângu­los, nada ternos a objetar.

Pela constitucionalidade e [urídíeídade doProjeto de Decreto Legislativo é o nosso pa­recer.

Sala da Comissão, em 21 de novembro de1973. - Luiz Braz, Relator.

III - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua TUl'ma "A", realizada em21.11.73, opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade e juridicidade do Projeto deDecreto Legislativo n,? 132173, nos termosdo parecer do Relator.

Estiveram presente os Senhores Deputa­dos:

Ferreir.a do Amaral - Vice-Presidente, noexercício da Presidência, Luiz Braz - Re-

Iator, Alceu Oollares, Alfeu Gasparini Ril­debrando Guimarães, Arlindo KunzlerCláudio Leite Élcio Alvares, Hamilton Xa~vier, Jaíro Magalhães, José Sally, LisâneasMaciel, Mário Mondino, Miro Teixeira, Os­nelli Martinelli e Ruydalmeida Barbosa,

Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferrelta do Amaral, Vice-Presiden­te, 110 exercício da Presidência. - Lu,izBraz, Relator. '

MENSAGEM~.o 429, de 1973

(Do Poder Executivo)

Submete à consideração do Congres­so Nacional, nos termos do artigo 72,parágrafo 7.°, da Constituição Federal,a execução do ato que concedeu refor­ma ao Segundo-Sargento João Lino Pe­reira, do Ministério da Marinha.

(A Comissão de de Fiscalizacão Fi­nanceira e Tornada de Contas).

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Tenho a honra de comunicar a Vossas Ex­celências que, nos termos do artigo 72, pará­grafo '1.0, da Constituição, ordenei a exe­

. cução do ato que concedeu reforma ao Se­

. gundo-Sargento João Lino Pereira, do Mi­nistério da Marinha.

Brasília, em 20 de novembro de 1973. ­Emílio G. Médici.EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N.o 105 N7/NE

- F. 3170/73 - CA - 1811, DE 22 DEOUTUBRO DE 1973, DO MINISTÉRIO DAMARINHA

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública

O Tribunal de Contas da União denegoua concessão de reforma do 2.° SG-AT-FN­50.0092.6 João Lino Pereira no posto deSegundo-Tenente nos termos dos artigos 25,alínea bJ, 27, alínea c), 30, alínea d), § 3.0,:n e 33, § 2.°, alínea b). da Lei n.O 2370 de9 de dezembro de 1954, percebendo o soldodeste posto e a gratificação da categoria"A" integrais e mais a gratificação de tem­po de serviço, na forma dos artigos 1,°, 135,alíneas a) e b) , 138 § 1.0, 140 alíneas a) ec), 146 alínea d) e 188 do Código de Venci­mentos dos Militares, contando 14 anos. 3meses e dias de serviço. por entender quea doença de que era portador o militar emquestão não poderia ser enquadrada no ar­tigo 30, alínea d). da Lei n. O 2370 de 9 dedezembro de 1954, por não se tratar de casode alienação mental.

De acordo com o Parecer n.O I-167, de11 de janeiro de 1972, do Sr. Consultor-Ge­ral da República, somente a partir da vigên­cia da Lei n.? 4902, de 16 de dezembro de1965, a epilepsia ficou excluída do concei­to de alienação mental.

Diz ainda o Sr. Consultor-Geral da Re­pública que a retroacão da citada Lei n.o4902, de 16 de dezembro de 1965, para al­cançar os atos da passagem para a inati­vidade daqueles cuja doença fora constata­da antes da sua vigência. foi consideradainadmissível para evitar-se tratamento con­trário ao princípio constitucional da isono­mia.

É ainda do pronunciamento do Sr. Con­sultor-Geral da República, "ante a recusado Egrégio Tribunal de Contas de concederregistro a tais atos, o Excelentíssimo Se­nhor Presidente da República, com fulcrono artigo 72, § 7,°, da Constituição, tem or­denado a execução dos mesmos, "ad refe­rendum" do Congresso Nacional".

Considerando o exposto e tendo em vls­ta o Parecer n,o 113/1973 da Consultoria Ju-

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9144 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Novembro de 1913=:1

rídica da Marinha, por mim aprovado, sub­meto à aprovação de Vossa Excelência sejaexecutado o ato, "ad referendum" do Con­gresso Nacional, de acordo com o dispostono § 7.° do artigo 72 da Constituição.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito'. - Adalberlo de BarrosNunes, Ministro da Marinha.Of. n.o 583-SAP/73.

Em 20 de novembro de 1973.

A Sua Excelência o SenhorDeputado DAYL DE ALMEIDAMO. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBRASíLIA - DF.Anexo: Processo n,o 00044Jl/69 - TCU

Excelentissimo Senhor primeiro-Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a Mensagem na qual o Excelentís­slmo Senhor Presidente da República co­munica haver ordenado, nos termos do ar­tigo 72, parágrafo 7.0, qa Constituição, aexecução do ato que concedeu reforma aoSegjlndo-Sargento João Lino Pereira, doMinistério da Marinha.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e consíderaeão, - .João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntosdo Gabinente Civil

PROJETO DE LEIN.o 1.'687, de 1973

(Do Poder Executivo)MENSAGEM N,o 428/73

Altera o Deereto-Ieí D.O 610, de 4 dejunho de 1969, que criou os QuadrosComplementares de Oficiais da Mari­nha.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de Segurança Nacional e de fi­nanças).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os Quadros Complementares de

Oficiais do Corpo da Armada, do Corpo deFuzileiros Navais, do Corpo de Engenhei­ros e Técnicos Navais e do Corpo de Inten­dentes da Marinha, criados no Ministérioda Marinha pelo Decreto-Lei n.o 610, de4 de junho de 1969, destinam-se a suprirOs claros nos efetivos autorizados.

Parágrafo único. Os Oficiais dos Qua­dros Complementares exercerão cargos emOrganizações Militares da Matinha em ter­ra ou a bordo dos navios, de acordo com asnecessidades e qualificações.

Art. 2.° Os Quadros Complementares te-rão a seguinte constituição:

Capitão-de-FragataCapitão-de-CorvetaCapitão-Tenente

Primeiro-Tenentei 1.0 O efetivo em cada posto dos Qua­

dros Complementares será fixado, anual­mente, pelo Poder Executivo, com base nototal de claros existentes nos corresponden­tes Corpos de oncíats de carreira.

§ 2.° Na fixação do efetivo a que se re­fere o parágrafo anterior, serão observadasas necessidades da Marinha em cada pos­to, levando em consideração o adequadoacesso.

§ 3.° Para renovação, equilíbrio e regu­laridade de acesso nos Quadros Comple­mentares, o Poder Executivo poderá. aplicar

o disposto no Artigo 103 da Lei n.o 5.774,de 23 de dezembro de 1971 (Estatuto dosMilitares) para os postos de Capitão-de­Fragata e Capitão-de-Corveta fixando pro­porções de acordo com as necessidades daMarinha.

Art. 3.° Os Quadros Complementares se­rão formados por pessoal de nível universi­tário, diplomado por Institutos, Faculdadesou Escolas oficialmente reconhecidos peloGoverno Federal, que satisfizer as seguin­tes condições:

- Concluir com aproveitamento Curso ouEstágio de Adaptação ao Oficialato;

- Servir por três anos como Oficial daReserva em serviço ativo;

- Ser selecionado pela Comissão de Pro­moções de Oficiais.

Parágrafo único. As condições constan­tes neste artigo devem ser satisfeitas na or­dem em que estão indicadas.

Art.4.0 Poderá candidatar-se à matríeu­la em Curso ou Estágio de Adaptação aoOficialato pessoal de nivel universitário quecontar menos de vinte e oito (28) anos deidade no dia 1.0 de janeiro do ano em queo Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficia­lato será iniciado e que satisfizer aos de­mais requisitos estabelecidos na regulamen­tação da presente Lei. Aos candidatos quesejam praças da ativa da Marinha poderáser concedida tolerância de até dois (2)anos no limite de idade.

§ 1.0 O Ministro da Marinha baixará ins­truções para a seleção dos candidatos à ma­tricula nos Curso ou Estágio de Adapta­ção ao Oficialato.

i 2.° Quando candidatos apresentaremidênticas condições na avaliação efetuadadurante a seleção, a seguinte prioridadeserá obedecida para a matrícula:

I - Segundos-Tenentes da Reserva, ori­undos dos Centros e Escolas de Formação deOficiais da Reserva da Marinha;

II - Segundos-Tenentes da Reserva, ori­undos dos Centros e Escolas de Formaçãoe Preparação de Oficiais da Reserva dasdemais Forças Armadas;

m - Praças oriundas do Corpo do Pes­soal Subalterno da Armada e do Corpo doPessoal Subalterno do Corpo de FuzileirosNavais;

IV - Civis.

Art. 5.° O Ministro da Marinha baixaráinstruções para a Organização e o Iuncío­namento dos Cursos e dos Estágios de Adap­tação ao Oficialato.

§ 1,° Para efeito da remuneração e pre­cedência hierárquica, durante o Curso ouEstágio de Adaptação ao Oficialato, os can­didatos de que trata o artigo anterior, se­rão considerados Guardas-Marinha, exee­cão feita para os Segundos-Tenentes daReserva. oriundos dos Centros e ~scolas deFormacão de Oficiais da Reserva da Mari­nha e'dos Oentros e Escolas de Formaçãoe Preparação de Oficiais da Reserva dasdemais Forças Armadas, que são conside­rados Segundos-Tenentes.

§ 2.° O desligamento do Curso ou Está­gio de Adaptação ao Oficialato poderá serfeito em qualquer fase do seu funciona­mento, por ato do Ministro da Marinha.

§ 3.0 As praças mencionadas no item lUdo § 2.° do artigo anterior, que forem des­ligadas, poderão retornar ao -CP8A ouCPSCFN na situação que tinham ao se­rem matriculados no Estágio da Adaptaçãoao Oficialato

§ 4.° Todas as vantagens e prerrogati­vas concedidas ao candidato cessarão nadata do seu desligamento ao Curso ou Es­tágio de Adaptação ao Oficialato.

Art. 6.° Os candidatos aprovados noCurso ou Estágio de Adaptação ao Oficia­lato serão nomeados Segundos-Tenentes daReserva da Marinha, se ainda não tiveremeste posto, e imediatamente designados pa­ra o serviço ativo.

§ 1.° A designação para o Serviço Ativodo Segundo-Tenente da Reserva não im­plicará em Compromisso de tempo minimode prestação de serviço podendo, a qual­quer tempo ser licenciado a pedido, ou li­cenciado "ex-officio" a bem da disciplina.

§ 2.0 A precedência hierárquica entre osSegundos-Tenentes da Reserva em serviçoativo obedecerá à classificação final obtidano Curso ou Estágio de Adaptação ao Ofi­cialato e, em caso de igualdade, será obe­decida a precedência já enunciada no § 2.0.do artigo 4.°.

Art. 7.0 Ao completar três (3) anos deserviço como Oficial da Reserva em serviçoativo o Segundo-Tenente será licenciado"ex-offício" a não ser que tenha encami­nhado requerimento na forma prevista noartigo 8.0 desta Lei.

§ 1.° Os Segundos-Tenentes ao serem li­cenciados, nas condições estabelecidas nes­te artigo, receberão seis (6) soldos de Se­gundo-Tenente como indenização.

§ 2.0 Os Segundos-Tenentes da Reserva.em serviço ativo que forem licenciados ~

pedido ou "ex-officio" a bem da disciplina'antes de terem completado três (3) -anos de)serviço nesta situação não farão jus à in....denízação financeira,

Art. 8.° No período compreendido entrecento e vinte (120) e noventa (90) dias an­tes de completar três (3) anos de serviçocomo Oficial da Reserva em serviço ativoos Segundos-Tenentes poderão requerer suapermanência definitiva nos Quadros Com­plementares de Oficiais da Marinha.

§ 1.0 A Comissão de Promoções de Ofi­ciais selecionará os requerentes de acordocom as normas e requisitos que forem esta­belecidos na regulamentação da presentel~ '

§ 2,0 O Ministro da Marinha despacharáos requerimentos, de acordo com a seleçãorealizada pela Comissão de Promoções deOficiais e com o número de vagas exis­tentes.

§ 3.° Os Oficiais que tiverem seu reque­rimento deferido, serão nomeados PrimeiJros-Tenentes dos Quadros Complementares:de Oficiais.

§ 4.° A precedência hierárquica entre osOficiais nomeados na mesma data será aoque vigorar por ocasião da nomeação.

§ 5.° Os Oficiais que tiverem seu reque­rimento indeferido serão licenciados no ser­viço ativo "ex-officío" e receberão indeni­zação financeira de acordo com o disposto.no parágrafo 1,0 do artigo 7.0.

Art. 9.° Ressalvado o disposto nesta lei,os Oficiais dos Quadros Complementaresterão as mesmas honras, direitos, prerro­gativas, deveres. responsabilidades e remu­neração prevístos em Leis e Regulamentospara os Ofieiais de carreira.

Art. 10. Aos Oficiais dos Quadros Com­plementares serão aplicadas, no que cou­ber, as disposições do Regulamento, para aMarinha da Lei de Promoções d()ll Oficiaisda Ativa das Forças Armadas, ressalvadasas determinações estabelecidas na present.~lei e em sua regulamentação.

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Jqove!nbro de 1913 DIARJO no CON'fiRESSO NACIONAL <Se9ão D' Quinta-feira 22 9145

§ 1.0 As vagas em cada posto serão pre­enchidas:

a) de Capitão-Tenente - por critério ex­clusivo de antiguidade;

b) de Capitão-de-Corveta - três (3) v~­gas por merecimento e uma (1) por anti­guidade; e

c) de Capitão-de-Fragata - pelo crité­rio 'Único de merecimento.

§ 2.0 Outras eondíções peculiares deacesso, nos Quadros Complementar~, se­rão estabelecidas na regulamentaçao dapresente lei.

Art. 11. Aos Oficiais que integram osQuadros Complementares criados na formado Decreto-Lei n.o 610, de 4 de junho de1969 é assegurada a situação atual, notoca~te a posto, antiguidade e demais prer­rogativas e direitos.

Parágrafo único. Aos candidatos aosQuadros Complementares que se encontramem Curso ou Estágio de Adaptação ao Ofi­cialato na data da publicação da presentelei serão garantidos os direitos previstosno' Decreto-Lei n.O 610, de 4 de junho de1969.

Art. 12. Os Oficiais de que trata o ar­tigo 11 que na data da publicação destalei, contem menos de três (3) anos de ser­viço após a nomeação, poderão beneficiar­se da indenização prevista no parágrafo 1.0do artigo 7.°, desde que requeiram demissãodo servíco ativo no período compreendidoentre cento e vinte (120) e noventa (90)dias antes de completar três (3) anos deserviço.

Art. 13. Aos candidatos aos QuadrosComplementares que se encontrem em Cur­so ou Estágio de Adaptação ao Oficialato,na data da publicação da presente lei, quevenham a ser nomeados Oficiais dos Qua­dros Complementares, devido ao estabele­cido no artigo 11, estende-se o disposto noartigo anterior.

Art. 14. Fica extinto o Quadro Comple­mentar do Corpo de Saúde.

Art. 15. As despesas com a execução dapresente lei, serão atendidas pelos recursosorçamentários do Ministério da Marinha,sendo as indenizações previstas nesta leiatendidas pelos elementos de despesa cor­respondentes ao pagamento de pessoal mi­litar da ativa.

Art. 16. O Poder Executivo regulamen­tará a presente Lei no prazo de sessenta(60) dias, a contar da data de sua publi­cação.

Art. 17. Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 18. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, em de de 1973.LEGISLAQÃO OlTADA

DECRETO-LEI N.D 610DE 4 DE JUNHO DE 1969

Cria Quadros Complementares deOficiais da Marinha de Guerra.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o § 1.° do art.2.° do Ato Institucional n.o 5, de 13 de dc"'7zembro de 1968, decreta:

Art. 1.0 Ficam criados no Ministério daMarinha Quadros Complementares de Ofi­ciais do Corpo da Armada, do Corpo deFuzileiros Navais, do Corpo de Engenheirose Técnicos Navais, do Corpo de Intendentesda Marinha e do Corpo de Saúde da Ma­rinha.

Parágrafo único. Os Quadros Comple­mentares de oncaís destinam-I>jl 3 Sj,l.Plir

eventuais claros de oficiais nos efetivos es­tabelecidos com a Lei n.O 5.520, de 31 de ou­tubro de 1968.

Art. 2.° Os oficiais dos Quadros Comple­mentares exercerão funções em organiza­ções militares da Marinha de Guerra emterra, ou a bordo dos navios, de acordo comas respectivas lotações.

Art. 3.0 Os Quadros Complementares se­rão formados com: '

a) Segundos-Tenentes e Guardas-Marí­nhas da Reserva da Marinha, oriundos dosCentros e Escolas de Formação de Oficiaisda Reserva da Marinha, que requererem suaadmissão nesses Quadros; e

b) pessoal de nível universitário, incluí­dos os de nivel operacional, diplomados porInstitutos, Faculdades e Escolas, oficial­mente reconhecidos pelo Governo Federal,que requererem sua admissão nesses Qua­dros.

Art. 4.° Os candidatos aos Quadros Com­plementares, de que trata o artigo anterior,obrígar-se-ão a um curso ou estágio deadaptação, para serem admitidos nos Qua­dros Complementares.

§ 1.0 O pessoal de que trata a letra bdo artigo anterior será considerado Guar­da-Marinha, para efeito de vencimentos,uso de uniformes e precedência hierárquica,durante o curso ou estágio.

§ 2.0 O Ministro da Marinha baixaráInstruções para a organização e funciona­mento do curso ou estágio de adaptação,que terá a duração mínima de três meses.

§ 3.0 O não aproveitamento no curso ouestágio de adaptação, ou falta de conceitofavorável, impedirá definitivamente a ad­missão nos Quadros Complementares.

§ 4.° O desligamento do curso ou está­gio de adaptação poderá ser feito em qual­quer fase de seu funcionamento, por ato doMinistro da Marinha.

§ 5.° Todas as vantagens e prerrogativasconcedidas ao candidato cessarão na datado seu desligamento do curso ou estágio deadaptação.

Art. 5.° A admissão nos Quadros Com­< plementares será feita mediante:

a) conclusão, com aproveitamento, docurso ou estágio de adaptação; e

b) conceito favorável.§ 1.0 O posto inicial para admissão nos

Quadros é o de Segundo-'J;'enente.§ 2.° A ordem de admíssão nos Quadros

Complementares, para efeito de antiguida­de, obedecerá à classificação final obtidano curso ou estágio, com precedência dosoficiais oriundos dos Centros e Escolas deFormação de Oficiais da Reserva da Ma­rinha.

§ 3.° Os oficiais admitidos nos QuadrosComplementares, na forma deste artigo,contam tempo de efetivo serviço, comooficiais, a partir da data do inicio do res­pectivo curso ou estágio de adaptação.

Art. 6.° Os Quadros Complementares te-rão a seguinte constituição:

Capitão-de-Fragata, Capitão-de-Corve­ta, Capitão-Tenente, l.°-Tenente e 2.0­Tenente.

§ 1.0 O efetivo em cada posto dos Qua­dros Complementares será fixado, anual­mente, pelo Poder Executivo, com base nototal de claros existentes nos correspon­dentes Corpos e Quadros de oficiais de car­reira.

§! 2.° Na fixação do efetivo a que serefere o parágrafo anterior, serão observa-

das as necessidades da Marinha de Guerraem cada posto.

§ 3.0 A fim de possibilitar o acesso dosoficiais em qualquer dos Quadros Comple­mentares, o Poder Executivo, face à inexis­tência ou insuficiência de vagas, poderá,independentemente do disposto no § 1.0, es­tabelecer um número adicional de vagas emconespondência às seguintes proporções:

Para os Oapitães-Tenentes - até 1/10do efetivo lixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Corpos ouQuadros de carreira;Para os Capitães-de-Corveta - até 1/8do efetivo fixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Oorpos ouQuadros de carreira;Para os Capitães-de-Fragata - até 116do efetivo fixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Corpos ouQuadros de carreira.

§ 4.° Para renovação, equilíbrio e regu­laridade de acesso nos Quadros Comple­mentares, o Poder Executivo poderá aplicaro disposto no art. 14, letra e, da Lei número4.902, de 16 de dezembro de 1965, para ospostos de Capitão-de-Fragata e Capitão­de-Corveta. fixando proporções de acordocom as necessidades da Marinha de Guerra.

Art. 7.° Ressalvado o disposto neste De­creto-Lei, os oficiais dos Quadros Comple­mentares terão as mesmas honras, direitos,prerrogativas, deveres, responsabilidades eveneímentos previstos em leis e regulamen­tos para os oficiais de carreira.

Parágrafo único. Os oficiais dos QuadrosComplementares usarão uniformes e os dis­positivos que lhes forem atribuídos pelo re­gulamento de uniformes da Marinha deGuerra (RUMG).

Art. 8.° As vagas em cada posto serãopreenchidas: -

a) de Primeiro-Tenente - pelo critérioexclusivo de antiguidade;

b) de Capitão-Tenente - uma vaga pormerecimento e uma por antiguidade; .

c) de Capitão-de-Corveta - três vagaspor merecimento e uma por antiguidade; e

d) de Capitães-de-Fragata - pelo crité­rio exclusivo de merecimento.

Art. 9.° As condícões peculiares de aces-'so, nos Quadros Complemerrtares, serão es­tabelecidas na regulamentação do presenteDecreto-Lei.

Parágrafo único. Aos oficiais dos Qua­dros Complementares serão aplicadas, noque couber, as disposições da Lei de Premo­cões para os Oificais da Marinha. e respec­tivo regulamento, ressalvadas as determi­nações estabelecidas no presente Decreto­Lei.

Art. 10. Será transferido para a reservanão remunerada o oficial do Quadro Com­plementar que incida nos casos previstosnas letras b, c e d do art. 14 da Lei nO 4.902,de 16 dezembro de 1965, desde que contemenos de dez anos de efetivo serviço.

Art. 11. Ficam incluídos nos QuadrosComplementares de que trata o art. 1.0 des­te Decreto-Lei os oficiais que, atualmente,integram os Quadros Complementares cria­dos pela Lei n.o 3.885, de 2 de fevereiro de1961 respeitada a situação individual decad~ um, no tocante a posto, antiguidadee demais prerrogativas.

Art. 12. As despesas com a execução dopresente Decreto-Lei serão atendidas deacordo com as disponibilidades orçamentá­rias.

Art. 13. O Poder Executivo regulamenta­rá o presente Decreto-Lei no prazo de ses«

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9146 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 1973

senta (60) dias, a contar da data de suapublicação.

Art. 14. Este Decreto-Lei entra em vigorna data de sua publicação.. Art. 15. Ficam revogadas a Lei n.O 3.885,'de 2 de fevereiro de 1961, e demais dispo­sições em contrário.

Brasília, 4 de junho de 1969; 148.° da In­dependência e 81.° da República. - A. COS­TA E SILVA - Augusto Hamann Radema­ker GrÜnewald.

LEI N.o 5.774DE 23 DE DEZEMBRO DE 1971

Dispõe sóbre o Estatutos dos Militarese dá outras providências.

' .Art. 103. A quota compulsória, a que se

refere o item VI do artigo 102, é destinadaà renovação, ao equilíbrio e a regularidadede acesso nos diferentes Corpos, Quadros,Armas ou Serviços, assegurando, anual eobrigatoriamente, um mínimo de vagas na,ra promoção, nas proporções abaixo indica­das, sempre que tal mínimo n~o tenha sidoalcançado com as vagas oeorrídas duranteo ano considerado ano-base:

I - Almirantes-de-Esquadra, Generais­de-Exército e Tenentes-Brigadeiros: 1/4 dosrespectivos Quadros;

II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divi­são e Majores-Brigadeiros: 1/4 dos respec­tivos Quadros;

lU - Contra-Almirantes, Generais-de­Brigada e Brigadeiros: 1/4 dos respectivosQuadros;

IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coro­néis: no mínimo 1/8 dos respectivos Corpos,Quadros, Armas ou Serviços;

V - Capitães-de-Fragata e Tenentes- Co­ronéis: no mínimo 1/15 dos respectivos Cor­pos, Quadros, Armas ou Serviços;

VI - Capitães-de-Corveta e Majores: nomínimo 1/20 dos respectivos Corpos, Qua­dros, Armas ou Serviços; e

VII - oficiais dos 3 (três) últimos postosdos Quadros de que trata a letra b do itemI do artigo 102: 1/4 para o último nôsto, de1/10 a 1/6 para o penúltimo pósto e nomáximo 1/10 para o antepenúltimo pôsto,dos respectivos Quadros, exceto quando oúltimo c o penúltimo postos forem Capi­tão-Tenente ou Capitão e Primeiro-Tenen­te, caso em que as proporções poderão va­riar de 1/10 a 1/4 e 1/20 a 1/10, respectiva­mente.

§ 1,0 O número de vagas para promoçãoobrigatória em cada ano (ano-base) paradeterminado pôsto, observado o disposto no§ 3.0, será fixado até o dia 15 (quinze) dejaneiro do ano seguinte, e dêsse númeroserão deduzidas, para o cálculo da quotacompulsória:

a) as vagas fixadas para o pôsto imedia­tamente superior, no referido ano-base; e

b) as vagas havidas durante o ano-basee abertas a partir de 1.0 (primeiro) de ja­neiro até 31 (trinta e um) de dezembro,inclusive.

§ 2.° As vagas constantes da letra b do§ 1.0 são consideradas abertas:

a) na data da assinatura do ato que pro.move, passa para a inatividade, demite, ouagrega o militar; e

b) na data oficial do óbito.§ 3.° Não estão enquadradas na letra b

do § 1.0 as vagas:a) que resultarem da fixação de quota

compulsória para o ano anterior ao ano-ba­se; e

b) que, abertas durante o ano-base, tive­rem sido preenchidas por oficiais exceden­tes nos Corpos, Quadros, Armas ou Serviçosou que a êles houverem revertido em vir­tude de terem cessado as causas que derammotivo à agregação, observado o dispostono § 6.°.

§ 4.° As proporções a serem observadasnos itens, IV, V, VI e VII serão fixadas emdecreto, separadamente, na Marinha, noExército e na Aeronáutica, tendo em vistaa manutenção anual de um fluxo regular eequilibrado de carreira para os oficiais, nosdiferentes Corpos, Quadros, Armas e Servi­ços.

§ 5.° As frações que resultarem da apli­cação das proporções estabelecidas nesteartigo serão adicionadas, cumulativamente,aos cálculos correspondentes dos anos se.guintes, até completar-se pelo menos 1(um) inteiro que, então, será computadopara a obteneão de uma vaga para promo­ção obrigatória.

§ 6.° As vagas decorrentes da aplicaçãodireta da quota compulsória e as resultan­tes das promoções efetivadas nos diversospostos em face daquela aplicação inicialnão serão preenchidas por oficiais exceden­tes ou agregados que reverterem em virtudede haver cessado as causas da agregação.

§ 7.0 As quotas compulsórias só serãoaplicadas quando houver, no pôsto imedia­tamente abaixo, oficiais que satisfaçam ascondições de acesso.............................................

MENSAGEM N.o 428DE 1973, DO PODER EXECUTIVO

Excelentíssimos Senhores Membro.q doCongresso Nacional:

Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deli­beração de Vossas EXcelências, acompanha­do de Exposição de Motivos do Senhor Mi­nistro de Estado da Marinha, o anexo pro,[eto de lei que "altera o Decreto-lei n.O 610,de 4 de junho de Hl69, que criou Os Qua­dros Complementares de Oficiais da Ma­rinha".

Brasília, em 20 de novembro de 1973. ­Emílio G. Médici.

EXPOSIÇãO DE MOTIVOS , .M-8/JG-CA 1238-N.0 0205. DE 7 DE NO­VEIVIBRO DE 1973, DO MINISTÉRIO DAMARINHA.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública

Durante um certo período da vida naclo.,nal, a juventude se retraiu com relação aoingresso na carreira militar, reduzindo-se,ao longo do tempo, os efetivos de Oficiaisdos diversos Quadros da Marinha.

O reflexo desta situação, levou a um es­vaziamento substancial do efetivo, princi­palmente nos postos iniciais da carreira.Tal situação tende a se agravar, na medidaem que a Marinha cresce, em consonânciacom o atual desenvolvimento da Nação.

A nova consciência nacional implantadano Pais, graças às medidas adotadas peloGoverno da República, tem, em realidade,nos últimos anos, produzido uma maiorafluência aos concursos de admissão às Es­colas de Formação de Oficiais. Entretanto,mesmo com a Escola Naval já funcionandona máxima capacidade de suas atuais ins­talações, seria necessário um período bas­tante longo para que se pudesse superaras deficiências atuais nos Quadros de Ofi­ciais que é ainda agravada pelas reduçõesnormais provenientes das demissões, refor­mas por invalidez e transferência para aReserva Remunerada.

Estudos realizados pela AdministraçãoNaval, visando a atenuar os efei i.os da faltade pessoal, concluíram pela necessidade deincrementar a obtenção de pessoal em ou­tras fontes que não somente a Escola Naval,em resultado do que, foram criados os Qua­dros Complementares de Oficiais da Mari­nha, através o Decreto-lei n.? 610, de 4 dejunho de 1969, regulamentado pelo Decreton.o 65.312, de 9 de outubro do mesmo ano.Iniciada com cuidados, para evitar proble­mas de ordem administrativa, a obtençãocomplementar de Oficiais ganhou impulsoem 1971 quando foi empreendida campa­nha de divulgação no meio universitário ese sentiu que a receptividade do programaentre os jovens foi a melhor possível.

Entretanto, a experiência adquirida coma aplicação da legislação acima indicada,que representa um corajoso passo na so­lução do problema, demonstrou a necessi­dade de ajustá-la de forma a permitir omelhor aproveitamento do pessoal da Re.serva, dentro do que estabelece a Lei doServiço Militar.

Como conseqüência foi a matéria rees­tudada chegando-se a conclusão de que se­ria mais aconselhável aplicar o que dispõea citada Lei do Serviço Militar, empregan­do-se os Segundos-Tenentes de acordo como que rege esta Lei e só se admitindo nosQuadros ,Complementares, nl? .Pt?sto de Pri­meiro-Tenente, aqueles OfICIaIS que de.monstrassem reconhecido pendor para acarreira naval.

Tal procedimento trará como resultadoprático, a vantagE;m de, aléf!.l de preervheros claros nos eretívos, que sao maiores nospostos iniciais melhorar a qualidade dopessoal da reserva e só reter aqueles quepor sua capacidade técnica e ajustamento àcarreira militar sejam voluntários a per­manecer na Marinha.

A fim de compensar as despesas com oscursos que realizaram por sua conta e ris­co, poupando a Marinha deste _dispêndio ~erecursos chegou-se a conclusão que seriajusto e 'razoável a indenização por tempode servico que além do mais serviria comoatrativo' para os jovens que naturalmenteenfrentam dificuldades no início de suascarreiras.

O projeto de lei que tenho a honra desubmeter à alta consideração de Vossa Ex­celência tem o propósito de atualizar a le­gislação em vigor sobre o assunto, bem co­mo de tornar o servtco Naval mais atraen,te e compensador pára a juventude uni­versitária, permitindo um eventual apro­veitamento numa carreira regular, porémlimitada, daqueles que demonstrarem maiorpendor e aptidão para a vida naval. Alémdisto as despesas com indenizações serãosempre menores do que o pagamento deproventos na inatividade redundando emreal economia para a Nação.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito, - Adalberto de BarrosNunes, Ministro da Marinha.Of. n.o 582-SAP/73.

Em 20 de novembro de 1973.A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaM.D. primeiro-Secretário da Câmara do"DeputadosBrasília-DF

Excelentíssimo Senhor primeiro-Secretá­rio:

Tellho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a Mensagem do Excelentissimo Se­nhor Presidente da República, acompanha­da de Exposição de Motivos do Senhor Mi-

_nistro de Estado da Marinha, relativa a

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Novembro de 19'73 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão It

projeto de lei que "altera o Decreto-lei n.o610, de 4 de junho de 1969. que criou osQuadros Complementares de Oficiais daMarinha".

Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência protestos de elevada es­tima e consideração. loão Leitão deAbreu, Ministro Extraordinário para os as­suntos do Gabinete Civil.

PROJETO DE LEIN.o 1.688, de 1973

(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 430/73

Dispõe sobre a utilização e a explo­ração dos aeroportos, das facilidades ànavegação aérea, e dá outras provi­dências.

(As Comissões e Justiça, de Transpor­tes e de Finanças).

() Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os aeroportos e suas instalações

'serão projetados, construídos, mantidos,operados e explorados diretamente pelaUnião ou por entidades da AdministraçãoFederal Indireta, especialmente constituí­dias para aquelas finalidades, ou, ainda,mediante concessão ou autorização, obede­cidas as condições nelas estabelecidas.

'Art. 2.0 A efetiva utilização de áreas, edi­fícios, instalações, equipamentos, facilida­des e serviços de um aeroporto está sujeitaao pagamento referente aos preços que in­eídírem sobre a parte utilizada.

Parágrafo único. Os preços de que trataeste artigo serão pagos ao Ministério daAeronáutlca ou às entidades de Administra­ção Federal Indireta responsáveis pela ad­ministração dos aeroportos, e serão repre­sentados:

a - por tarifas aeoroportuárias, aprova­das pelo Ministro da Aeronáutica, para apli­cação geral em todo o território nacional;

,~b - por preços específicos estabelecidos,para as áreas civis de cada aeroporto, peloórgão ou entidade responsável pela admi­nistração do aeroporto.

Art. 3.0 As tarifas aeroportuárias a quese refere o artlgo anterior, são assim deno­minadas e caracterizadas:

I - Tarifa de embarque devida pela utili­zação das instalações e serviços de despa­cho e embarque da Estação de Passageiros;incide sobre a passageiro do transporte aé­reo;, II - Tarifa de pouso - devida pela uti­

lização das áreas e serviços relacionadoscom as operações de pouso, rolagem e esta­cionamento da aeronave até 3 (três) horasapós o pouso; incide sobre o proprietárioou explorador da aeronave;

IH - Tarifa de permanência - devidapelo estacionamento da aeronave, além das3 (três) primeiras horas após o pouso; in­cide sobre o proprietário ou explorador daaeronave;

IV - Tarifa de armazenagem e eapata­zía - devida pela utilização dos serviços re­lativos à guarda, manuseio, movimentaçãoe controle da carga nos Armazéns de CargaAérea dos aeroportos; incide sobre o con­signatário, ou o transportador no caso decarga aérea em trânsito.

Art. 4.0 OS preços específicos a que serefere a letra b, do parágrafo único, do ar­tigo 2.°, são devidos pela utílzação de áreas,edificios, instalações, equipamentos, faeilt­dades e serviços, não abrangidos pelas ta­rifas aeroportuárias; incide sobre o usuã-,rio ou concessionário dos mesmos.

Art. 5.0 Os recursos provenientes dos na­gamentos a que se refere o artigo 2.°, des­ta Lei, inclusive de multas contratuais, cor­reção monetária e juros de mora, consti­tuirão receita própria:

I - do Fundo Aeoroviário, no caso dosaeroportos diretamente administrados peloMinistério da Aeronáutica; ou

Ir - das entidades da Administracão Fe­deral Indireta, no caso dos aeroportos porestas administrados.

Art. 6.° O atraso no pagamento das ta­rifas aeroportuárias, depois de efetuada acobrança, acarretará a aplicação cumulati­va, por quem de direito, das seguintes san­ções:

I - após 30 (trinta) dias, cobranca decorreção monetária e juros de mora de 1%(um por cento) ao mês;Ir - após 120 (cento e vinte) dias, sus­

pensão ex officio das concessões ou auto­rizações;

IU- após 180 (cento e oitenta) dias, can­celamento sumário das concessões ou auto­rízações.

Art. 7.° FiCam isentos de pagamento:I - Da Tarifa de Embarque

a - os passageiros de aeronaves milita­res e de aeronaves públicas brasileiras daAdministração Federal Direta;

b - os passageiros de aeronaves em vôode retorno, por motivos de ordem técnica oumeteorológica ou, ainda, em caso de aci­dente, por ocasião do reembarque;

e - os passageiros em trânsito;

d - os passageiros de menos de 2 (dois)anos de idade;

e - os inspetores de Aviação Civil;quando no exercício de suas funções;

f - os passageiros de aeronaves milita­rés ou públicas estrangeiras; quando ematendimento à reciprocidade de tratamen­to;

g - os passageiros, quando convidados doGoverno brasileiro.

11 - Da Tarifa de Pousoa - as aeronaves militares e as aerona­

ves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;

b - as aeronaves em vôo de experiênciaou de instrução;

e - as aeronaves em vôo de retorno pormotivo de ordem técnica ou meteorológica;

d - as aeronaves militares ou públicasestrangeiras; quando em atendimento à re­ciprocidade de tratamento.

m - Da Tarifa de, Permanênciaa - as aeronaves militares e as aerona­

ves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;

b - as aeronaves militares e públicas es­trangeiras; quando em atendimento à re­ciprocidade de tratamento;

c - as demais aeronaves:1 - por motivo de ordem meteorolôgíca;

pelo prazo do impedimento;

2 - em caso de acidente; pelo prazo quedurar a investigação do acidente;

3 - em caso de estacionamento em áreasarrendadas pelo proprietário ou explorador4a aeronave.

IV - Da Tarifa de Armazenamento· e~apata~ - -

,a - as ~ercadorias e materiais que, por

força de ler, entrarem no País com ísencãode direitos; por prazo inferior a 30 (trinta)dias; .

b - as mercadorias e materiais que fo­rem -adquiridos direta ou indiretamente pe­la União, com destino à infra-estrutura ae­ronáutica; por prazo inferior a 30 (trinta)dias. .

Art. 8.° A utilização das instalações eserviços destinados a apoiar e tornar segu­ra a navegação aérea, proporcionadas peloMinistério da Aeronáutica, está sujeita aopagamento da tarifa de uso das comunica­ções e dos auxílios à navegação aérea emrota.

Parágrafo único. A tarifa de que trataeste artigo será aprovada pelo Ministro daAeronáutica, mediante proposta do órgãocompetente do Ministério da Aeronáutica,para aplicação geral em todo o territórionacional.

Art. 9.° O atraso no pagamento da ta­rifa de uso das facilidades à navegação aé­rea em rota, implicará na aplicação d:wmesmas sanções previstas no artigo 6.0desta Lei.

Art. 10. Ficam isentas do pagamento datarifa de uso das comunicariíes e dos auxí­lios à navegação aérea em rota:

I - as aeronaves militares e as aerona­ves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;II - as aeronaves em vôo de experiência

ou de instrução;ITI - as aeronaves em vôo de retorno por

motivo de ordem técnica ou meteorológlca;

IV - as aeronaves militares e públicasestrangeiras; quando em atendimento à re­ciprocidade de tratamento.

Art. 11. O produto da arrecadação da ta­rifa a que se refere o artigo 3.0, constituiráreceita do Fundo Aeroviário.

Art. 12. O Poder Executivo, no prazo de60 (sessenta) dias, regulamentará a pre­sente Lei.

Art. 13. Esta Lei entrará em vigor na da­ta de sua publicação, revogadas as disposi­ções em contrário, em especial, os artigos6.°, 7.°, 3.°, parágrafo único do artigo 11 eparágrafos 1.0 e 2. do artigo 12, do Decreto­lei n.o 270, de 28 de fevereiro de 1967, e oDecreto-lei n.o 683, de 15 de julho de 1969.

Brasília, em de de 1973.

LEGIS~AÇif..O CITADA

DECRETO-LEI N.o 270,DE 23 DE FEVEREffiO DE 1967

Cria o Fundo Aeroviário e o ConselhoAeroviário Nacional e dispõe sôbre aconstituição do Plano Aeroviário Nacio­nal e a utilizacão da Infra-estruturaAeroportuária Brasileira, estabelecendoas taxas correspondentes.

O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe confere o § 2.0 do art.9.0 do Ato Institucional n.o 4, de 7 de dezem­bro de 1966, decreta:

Art. 1.0 Fica criado, no Ministério da.lAeronáutica, sob a sua administração, umfundo de natureza contábil, denominadoFundo Aeroviário, observadas as condiçõesestabelecidas no presente Decreto-Lei.

Art. 2.° O Fundo Aeroviário será apli­cado na execução e manutenção do que pre­vê o Plano Aeroviário Nacional, podendoser aplicado no custeio de projetos, exe­cução e manutenção de instalações aero­portuárias, na proteção ao vôo, bem como

,,~

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$_ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D Novembro de 1973

'iftlJ custeio da adifttlfrstí'a.ção dos aeropor­~s e de suas instalações., Art. 3.° O Fundo Aeroviário será cons­ltituído por:

a) quota do Impõsto trníeo sôbre Lubri­i(ficantes e Combustíveis líquídos e gasosos,-/destinada ao Ministério da Aeronáutica pe­lia Lei n.O 4.452, de 5 de novembro de 1964;

b) verbas orçamentárias, créditos espe­ciais, recursos internacionais;

c) de quaisquer outros recursos que lhe[orem expressamente atribuídos.

Art. 4.° Fica criado o Conselho Aeroviá­rio Nacional, no Ministério da Aeronáutica,tendo por objetivo:

a) a elaboração e atualização permanen­te do Plano Aeroviário Nacional;

b) a orientação, coordenação e fiscaliza­ção da execução dos programas anuais paraa aplicação do Fundo, como parte do Planode Ação do Ministério da Aeronáutica, cal­cado no Plano Aeroviário Nacional;

c) o exame dos valôres das taxas aeropor­tuárias com vistas à sua permanente atua­lização;

d) estudar e propor, ao Ministro da Aero­náutica, diretrizes para aplicação do FundoAeroviário.

Art. 5.° O Conselho Aeroviário Nacionalserá constituído por ato do Poder Exccutivo.

Parágrafo único. No desempenho deSUas atribuições, o Conselho Aeroviário de­vera reunir-se trimestralmente para apre­ciação de matéria relativa à Políttca Aero­viária, ou sempre que necessárío, por convo­cação do Presidente do Conselho.

Art. 6.0 As taxas aeroportuárias repre­sentam a retribuição pela utilização da in­fra-estrutura aeronáutíca e se classificamem cinco categorias, assim denominadas edefinidas:

a) Taxa de embarque - devida pela uti­:lização das ínstalacôes das Estações de Pas­sageiros, incide sõbre o usuário do Trans­porte Aéreo;

b) Taxa de pouso - devida pela utiliza­ção da infra-estrutura aeronáutica, Inclusí­VE' pelo estacionamento de aeronave até trêshoras após o pouso, incide sôbre o proprie­tário ou explorador da aeronave;

e) Taxa de permanência - devida pelapermanência da aeronave na área do aero­porto, além das três primeiras horas após opouso incide sôbre o proprietário ou explo­rador da aeronave;

d)' Taxa de arrendamento de área - de­vida pela locação de áreas, cobertas ou não,nos aeroportos, incide sôbre as pessoas na­turais ou jurídicas arrendatárias das áreas;

e) Taxa de armazenagem e eapatazía ­devida pela armazenagem de carga aérea,em armazéns de carga aérea, geridos pelasAdministrações de aeroportos, incide sôbreo consignatário da carga.

Art. 7.° As taxas aeroportuárias serãoaprovades pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Aeroviário,obedecidos os critérios a serem estabelecidospara a sua quantificação.

Art. 8.° Ficam isentas do pagamento:I - das taxas de embarque:

a) os passageiros de aeronaves pública&;.b) os passageiros em trânsito;e) os passageiros de aeronaves em vôo

i:le retõrno, por razões de ordem técnica,meteorológica, ou em casos de acidente pOI:ocaSlaO de reembarque; .

d) os tripulantes, os inspetores de avia­ção civil e os instrutores e alunos de cursosde pilotagem, quando em vôos de instruçãoem aeronaves de aeroelubes ou escolas depilotagem, os funcionários civis e os milita­res, quando a serviço, bem como os funcio­nários das emprêsas de transporte aéreo,em viagens a serviço;

II -- das taxas de pouso;a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves em vôos de experiências

ou de instrução;c) as aeronaves em vôos de retôrno, por

razões de ordem técnica ou meteorológica;d) as aeronaves de aeroclubes e escolas de

aviação, quando empregadas exclusiva­mente na formação e adestramento de pI­lotos;

c) as aeronaves, estrangeiras, públicas ouprivadas, quando em missão oficial ou di­plomática, transportando convidados doGovêrno Brasileiro.

III - das taxas de permanência:a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves privadas:

1) por motivos de ordem técnica, peloprazo máximo de cinco dias;2) por razões de ordem meteorológica,pelo prazo de impedimento;3) em caso de acidente pelo prazo quedurar a investigação de acidente, pelasautoridades competentes;4) em caso de estacionamento em áreasarrendadas pelo explorador de aero­nave;

c) as aeronaves, estrangeiras, públicas ouprivadas, quando em missão oficial ou di­plomátíea, transportando convidados doGovêrno brasileiro;

IV - das taxas de arrendamento deáreas:

- as utilizadas para ínstalaeões de ser­viços públicos, explorados diretámente pelaUnião, Estados ou Municipios;

V - das taxas de armazenagem de carga:

a) as mercadorias e materiais que foremadquiridos por conta da União, para o ser­viço da República;

b) as mercadorias e materiais que, porfôrça da lei, entrarem no País com rsencâode direitos, por prazo inferior a 30 díasr

e) as malas postais.

Art. 9.° Fica o Ministério da Aeronáu­tica autorizado a realizar operações de cré­dito com estabelecímentos nacionais ou es­trangeiros, com o objetivo de implementaro Plano Aeroviário Nacional, desde que nãocaucione, por ano, importância superior a50% (cinqüenta por cento) do quantitativoestimado, no Fundo Aerovíãrío, para cadaexerC1ClO .

Art. 10. Para fim de aplicação dêste De­creto-Lei, entender-se-a que:

I -- o Plano Aeroviário Nacional engloba­rá tod~ planejamento relativo ao projeto eexecuçao dos Aeródromos e aeroportos, edi­ficações, pistas de pouso, ínstalaeões neces­sárias à operação aérea, serviços dentro efora da área dos aeroportos e aeródromos,destinados a facilitar e tornar seguros a na­vegação aérea, tráfego aéreo, telecomunica­ções, meteorologia, coordenação de busca esalvamento, informações aeronáuticas, bemcomo as instalações de auxílio rádio e vi-

~ suaís;

II - aeródromo é tôda a área destinada achegadas, partidas e movimentos de aero­naves;

In -- aeroportos são os aeródromos públi­cos, destinados ao tráfego de aeronaves emgeral, dotados de instalações e facilidadespara apoío de operação de aeronaves e deembarque e desembarque de pessoas oucargas.

Art. 11. O Plano Aeroviário Nacional se­rá constituído de:

I -- rêde de aeroportos e aeródromos;II -- rêde de proteção ao vôo.Parágrafo único. As rêdes componentes

do Plano Aeroviário Nacional serão elabora­das e atualizadas pelos órgãos competentesdo Ministério da Acronáutíca, submetidas àapreciação do Conselho Aeroviário Nacio­nal e aprovadas pelo Ministro da Aeronáu­tica.

Art. 12. A locação de áreas aeroportuá­rias para a exploração de serviços que vi­sam ao ínterêsse ou à conveniência públi­ca, será feita mediante concorrência públi­ca ou administrativa, pelo órgão compe­tende fixando-se em contrato o respectivovalor e prazo.

§ 1.0 O prazo de vigência do contrato delocação de área aeroportuária de que trata.êste artigo poderá ser prorrogado uma úni­ca vez a critério do órgão competente./ § 2.0 Nos casos de aeródromos públíeoe

não diretamente administrados pelo Minis­tério da Aeronáutica, a locação de áreasdependerá de prévia autorização do Minis­tério da Aeronáutica.

Art. 13. O Poder Executivo, por propos­ta do Ministério da Aeronáutica, baixará,no prazo de trinta (30) dias, a contar da.data de vigência dêste Decreto-Lei, os re­gulamentos que se fizerem necessários àsua execução.

Art. 14. ~ste Decreto-Lei entrará em vi­gor 120 dias após a sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário, em espe­cial o Decreto-Lei n.? 9.792, de 6 de setem­bro de 1946, e a Lei n.O 3.000, de 11 de de­zembro de 1956.

Brasília, 28 de fevereiro de 1967; 146.° daIndependência e 79.° da República. ­H. CASTELLO BRANCO - Octavío Bulhões- Carlos Medeiros Silva--- Clóvis MOnteiroTravassos - Roberto Campos.

DECRETO-LEI N.o 683DE 15 DE JULHO DE 1969

Dispõe sôbre ta-ífas aeroportuárias, e'dá outras providências.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe conterem o § La do ar­tigo 2.° e o artigo 9.° do Ato Institucionaln.o 5, de 13 de dezembro de 1968, e

Considerando que o desenvolvimento da.infra-estrutura aeronáutica acarretará ele­vados encargos financeiros que não podemser custeados somente com os recursos or­çamentários do Ministério da Aeronáutica;

Considerando que se impõe a operaçãodessa infra-estrutura em bases comerciaisa fim de transferir para o usuário uma par­cela dos custos de produzir e manter osserviços utilizados; j

Considerando que há necessidade de es­tabelecer um mecanismo administrativo'que assegure a continua arrecadação e apli­cação de recursos com a indispensável fle­xibilidade que a dinâmica de tecnologia­aeronáutica exige; e

Considerando que êsses recursos são ori­undos da cobrança de taxas aeroportuárias,

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Novembro de 1973 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta.felra 22 9149

cuja concepção, internacionalmente adota­da e defendida pelo Brasil junto à Orga­nízaeão de Avíacâo Civil Internacionalcosón, preconiza a aplicação direta doproduto arrecadado em beneficio da infra­-estrutura que o produziu, em cumprimen­to a programas que visam à elevação dospadrões de segurança do vão, à preserva­ção de vidas humanas e de bens materiaisde considerável valor, decreta:

Art. 1.0 As taxas aeroportuárias, a quese refere o Decreto-Lei n.? 270, de 28 defevereiro de 1967, passam a configurar-se,para os efeitos legais, como tarifas, corres­pondentes aos preços públicos cobrados emre tríbuíeâo à efetiva utilizacão dos servi­ços, facilidades e instalações de infra-es­trutura aeronáutica nacional.

Parágrafo único. Nos têrmos do art. 8.°do Decreto-Lei n,v 234, de 28 de fevereirode 1967, constitui infra-estrutura aeronáu­tica todo aeródromo, edificação, instalação,área e serviços destinados a facilitar a tor­nar segura a navegação aérea, nestes com­preendidos os de tráfego aéreo, telecomuní­eações, meteorologia, coordenação de busca.e salvamento, bem como as instalações de

, ai;íxílio rádio ou visuais.Art. 2.° Os recursos provenientes da ar­

. recadação, pelo Ministério da Aeronáutica,das tarifas aeroportuárias, de acôrdo com

,o que dispõe a alínea c do art. 3.° do De­creto-Lei n.o 270, de 1967, constituirão re­ceita do Fundo Aeroviário e serão utiliza­ilcis na execução e manutenção do que pre­vê o Plano Aeroviário Nacional, podendo

. ser aplicados no custeio de projetos, opera­,ção e manutenção da infra-estrutura aero­náutica, bem como no custeio da adminis­tração dos aeroportos e de suas instalações.

Art. 3.0 As tarifas aeroportuárias serãoaprovadas pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Superior daaeronáutica.

Parágrafo único. O Poder Executivo, porproposta do Ministério da Aeronáutica fi­xará os critérios para o estabelecim~nto,"quantificação e atualização das tarifas ae­,1~~portuárias.

.,Art. 4.0 O produto' da arrecadação dastarifas aeroportuárias será recolhido. me­'diante guia, dentro do prazo de 10' (dez)dias, pelo representante do Ministério da'~eronáutica, ou por Agentes por êle ore­·tlenciados, ao Banco do Brasil S. A., que ocreditará, em conta corrente de movimen­to não sujeita ao encerramento do Exer­cício Financeiro da União, à ordem do Mi­nistro da Aeronáutica na rubrica "TarifasAéroportuárias - Fundo Aeroviário".

, . Parágrafo único. O Banco do Brasil S. A.'comuntcará. mensalmente, à secretaria dal~eceita Federal o montante depositado pe­lo Ministério da Aeronáutica, para fins decontrôle da arercadação e da execueão dosprogramas pertinentes. -

Art. 5.0 O atraso no pagamento das ta­rifas aeroportuárias, depois de efetuada acobrança pelo Ministério da Aeronáutica,acarretará a aplicação cumulativa das se­

-guíntes sanções;

, ." I após 30 (trinta) dias, cobrança de [u­.ros de mora de 1% (um por cento) ao mês;'lI após 120 (cento e vinte) dias, suspen­São ex officio das concessões ou autoriza­ções;

lI! após 180 (cento e oitenta) dias, can­celamento sumário das concessões ou au­torizações.

" Parágrafo único. As sanções aplicará­:veis aos concessionários de áreas aeropor-

tuárías serão especificadas nos respectivoscontratos de concessões.

Art. 6.0 O Ministério da Aeronáutica po­derá celebrar convênios, contratos ou con­cessões, respectivamente, com as unidadesfeder~is, ou com o se}or privado, para esta­belecírnento, operaçao e manutencão dainfra-estrutura. aeronáutica, bem COÚ10 pa­~a administração de aeroportos e de suasmstalações.

Art. 7.0 .0 P?der Executivo, por propos­ta do MJll1st'?r!o da Ae:"1"'1!:ica, baixaráno pyazo_ de 6~ (sessenta) dias, a contar d~publícação deste Decreto-Lei, os regula­mentos~ que se fizerem necessários à suaexe:uc~o e à tíscs lízaoâo da cobrança eaplIcaçao das tarifas aeroportuárias.

Art. 8.0 apresente Decreto-Lei' entraráem vigor na data de sua publicaeão revo­gadas as disposicões em contrário. '

BJ:asilia, 15 de julho de 1969; 148.0 daIndependência e 81.0 da República" - A.COSTA E SILVA - Antônio Delfim Netto- Márcio de Souza e Mello - Hélio Beltrão,

MENSAGEM N.o 430,DE 1973, DO PODER EXECUTIVO

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do artigo 51 da Constituicãotenho a honra de submeter à elevada 'de~liberação de Vossas Excelências, acompa­nhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado da Aeronáutica o ane­xo projeto de lei que "disnõe sobr~ a uti­lização e a exploracão dos aeroportos, dasfacilidades à navegação aérea e dá outrasprovidências".

Brnsilía, em 20 de novembro de 1973 _Emílio G. l\iédici. .

EXPOSIQãO DE MOTIVOS N.'" 85-GM-5DE 7 DE NOVE1VBRO DE 1973, DO MI­NISTÉRIO DA AERONÁUTICA

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública:

Os aeroportos brasileiros. na sua quasetotalidade, vinham sendo diretamente ad­ministrados. até há poucos anos, pelo Mi­nistério da Aeronáutica e por governos es­taduais mediante convênios.

Entretanto. essa última forma de admi­nistração aeroportuária, isto é, a indireta,vem tomando maior vulto. não só com, acriação da Empresa "Aeroportos do Rio de.ranoíro Sociedade Anônima - ARSA", co­mo, mais recentemente com a constítuíeânda Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária - INFRAERO.

A evolução havida não tem encontrado,porém, na legislação em vigor - elabora­da para atender, basicamente, aos requisi­tos da Administração Federal Direta ­uma perfeita cobertura legal para as solu­ções que a dinâmica da Administração In­direta impõe.

Embora o Código Brasileiro do Ar tenhaprevisto, desde 1966, essa forma de admi­nistração descentralizada, não foi aindaelaborado um documento específico pararegular a utilização e a exploração dos ae­roportos, por terceiros, em bases empresa­riais e comerciais, há muito exigidas pe­los pesados ônus da infra-estrutura aero­portuária.

as disposições sobre essa matéria, sur­gem, pioneiramente, em dois decretos-leique ao criarem o Conselho Aeroviário Na­cional, o Fundo Aeroviário e ao di." oremsobre o Plano Aeroviário Nacional, estabe­leceram também as .taxas - posteríormen-

te conceituadas como tarifas - de utiliza­ção da infra-estrutura aeroportuária.

Com o tempo decorrido, as modificaçõesintroduzidas na estrutura admi~istrativado Ministério da Aeronáutica - Impostaspelo Decreto-lei número 200, de. 1967 t: aevolução dos equipamentos de voa e ,:m~aa nova filosofia implantada com a el'1açaoda Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária - INFRAERO .e da e~presaAeroportos do Rín de Jane1l'0 SncJer1ade

Anônima - ARSA. tornou-se inadiável re­formular a legislação vigente.

O processo indicado pelos estudos .fo~ ode ágrupar a matéria em doi~ ato~ ,?Istm­tos, colocando numdeles as dlSpOSlÇges re­ferentes à uti1i7.aeao e a exploraçao d,9saeroportos e das facilidades à navega~aoaérea e, no outro. todo o assunto relativoao Fundo Aeroviário.

Assim nasceu o projeto anexo, referenteao primeiro dos ato~ citados, que .tenho ~ahonra de submeter a elevada conslderaçaode Vossa Excelência juntamente com asobservações que se seguem:

O aeroporto, segundo dispõe o CódigoBrasileiro do Ar, basicamente, tem porobjetivo atender à movimentação deaeronaves. passageiros e cargas. A uti­lizacão das tnstalacõea e facilidadesaeroportuárias, espeéialmente destina­das a esses fins, deve ser cobrada, me­diante o tabelamento, pelo Ministérioda Aeronáutica, de preços públicos de­nominados tarifas.Justifica-se o referido tabelamento pe­la necessidade de uniformizar tais pre­cos dada a sua incidência direta sobreÓ ~usto das viagens.Entretanto. os ônus decorrentes do usodas demais mvtatacões e facilidadesaeroportuárias como 'sejam as destina­das a restaurantes, lojas de objetos re­gionais e outras, não devem ser tabe­lados e sim quantificados mediante oestabelecimento de preços especificos,determinados segundo parâmetros re­gionais, fixados pelas entidades res­ponsáveis pelas administrações dos ae­roportos.Tanto as tarifas como os preços espe­cificas, anteriormente referidos, geramrecursos que se destinam ao atendi­mento de parte das despesas de ope­ração, manutenção e melhoria dos ser­viços sobre os quais incidem.Dentro desse critério, foi elaborado oprojeto e estabelecidas as tarifas refe­ridas no Artigo 3.° e 8.° e excluídas detal caracterização as retribuições men­cionadas no item "b" do parágrafo úni­co do Artigo 2.0 do trabalho apresen­tado.O Artigo 5.° é coerente com a Lei nú­mero 5.862, de 12 de dezembro de 1972(Art. 6.°, item D, o Decreto número71.820, de 7 de fevereiro de 1973 (Art.9.0 ) e o Decreto-lei número 683, de 15de julho de 1969 (Art. 2.°).O Artigo 6.0 , do mesmo projeto, funda­menta-se no art. 5.0 do Decreto-lei nú­mero 683, de 1969, com algumas cor­reções introduzidas.

Os Artigos 7.° e 10 dispõem sobre isen­ções de pagamento das tarifas de quetratam. É uma evolucão do Art. 8.Q doDecreto-lei n.o 270, de 28 de fevereirode 1967, no qual a modificação dignade nota refere-se à exclusão dos fun­cionários civis e os militares, quandonão viajarem em aeronaves públicas.Essa orientação visa, não somente, elí-

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9150 Quinta-feira 22I:

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973

minar uma substancial evasão de re­ceita do aeroporto, como tamté m, abo­lir uma indevida dlserlrnlnacào entrepassageiros que viajam sob as mesmascondições contratuais de transporte.

São essas, Senhor Presidente, as obser­vações que me pareceram necessárias fa­zer quanto ao projeto-de-leí que dispõe so­bre a utilização e a exploração dos aero­portos, das facilidades à navegação aéreae dá outras providências.

Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência os meus protestos derespeito e profunda consíderação. - Jocl­mír Campos de Araripe Macedo, Ministroda Aeronáutica.or, n. O 581-SAP173.

Em 20 de novembro de 1973.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaM.D. Primeiro-Secretário da Câmara dos

DeputadosBrasília - DF.

Excelentíssimo Senhor Primeiro-Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a Mensagem do Exceientisslmo Se­nhor Presidente da República, acompai.na­da de Exposição de Motivos do Senhor Mi­nistro de Estado da Aeronáutica, relativa aprojeto de lei que "dispõe sobre a utilizaçãoe a exploração dos aeroportos, das facilida­des à navegação aérea e dá outras provi­dências".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntos doGabinete Civil.

PROJETO DE LEIN.o 1.689, de 1973

(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 431/73

Dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dáoutras providências.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de Transportes e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O Fundo Aeroviário, criado pelo

Decreto-lei n.O 270, de 28 de fevereiro de1967, é um Fundo de natureza contábil, des­tinado a prover recursos financeiros paraexecução e manutenção do que prevê o Sis­tema Aeroviário Nacional, podendo seraplicado em projetos, construção, manuten­ção, operação e na administração de insta­lações e serviços da infra-estrutura aero­náutica.

Art. 2.° Constituem receitas do FundoAeroviário:

I - quota do Imposto Único sobre Lubri­ficantes e Combustíveis liquidos e Gasosos,destinada ao Ministério da Aeronáutica pelalegislação em vigor;

II - produto da arrecadação das tarifasaeroportuárias cobradas nos aeroportos di­retamente administrados pelo Ministério daAeronáutica, bem como da correção mone­tária e dos juros de mora decorrentes doatraso no pagamento das mesmas;

IH - produto da arrecadação das tarifasde uso ~as comunícacões e dos auxílios à 'navegação aérea em rota, proporcíonadospelo Ministério da Aeronáutica bem comoda correção monetária e dos jU~os de moradecorrentes do atraso no pagamento dasmesmas;

IV - receitas provenientes da cobrançade preçoa específicos, pelo uso de áreas;

edifícios, instalações, equipamentos, facili­dades e serviços, não abrangidos pelas ta­rifas aeropontuárlas, nas áreas civis dosaeroportos dIretamente administrados peloMinistério da Aeronáutica, bem como 1emultas contratuais;

V - verbas orçamentárias, créditos adi­cionais e recursos internacionais;

VI - multas aplicadas na forma previstano Código Brasileiro do Ar;

VII - receitas provenientes da cobrançade emolumentos relativos aos atos do Re­gistro Aeronáutico Brasileiro e de indeniza­ções de despesas referentes a licenças, cer­tificados, certidões, vtstortas, homologaçõese atividades correlatas de Aviação Civil;

VIII - rendimentos Iíquídos das opera­ções do próprio Fundo;

IX - quaisquer outros recursos que lheforem expressamente atribuídos.

Art. 3.0 O Fundo Aeroviário será admí­nístrado pelo Ministro da Aeronáufãca.

Parágrafo único. O Ministro da Aero­náutica destinará da quota do ImpostoÚnico sobre Lubrificantes e CombustíveisLíquidos e Gasosos, de que trata o item Ido artigo anterior, recursos financeirospara investimentos nos aeroportos, insta-.Iaçôes, áreas e serviços correlatos ou afins,atribuídos às entidades da AdministracãoFederal Indireta, especialmente constituí­das para aquelas finalidades,

Art. 4.0 Os recursos de que trata o ar­tigo 2.0 desta Lei, serão deposrrados noBanco do Brasil S.A., à conta e ordem doMinistro da Aeronáutica, para crédito doFundo Aeroviário e terão caráter rotativo.

Parágrafo único. Os saldos verificadosno fim de cada exercício financeiro serãoautomaticamente transferidos para o exer­cicio seguinte, a crédito do citado Fundo.

Art. 5.0 A escrituração do Fundo Aero­viário obedecerá às normas gerais estabe­lecidas pelo Governo sobre contabilidade eauditoria.

Parágrafo único. Os recursos do referi­do Fundo serão eon tabítízados, distinta­mente, segundo a sua natureza.

Art. 6.° O Poder Executivo, por propostado Ministério da Aeronáutica, baixará noprazo de 60 (sessenta) dias, a contar davigência desta Lei, a regulamentação quese fizer necessária à sua execução.

Art. 7.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrário, em especial os arti­gos 2.°, 3.0 , 4.0 e 5.0 e seu parágrafo únicodo Decreto-lei ri.? 270, de 28 de fevereiro de1967.

Brasília, em de de 1973.

LEGISLAÇAO CITADA

DECRETO-LEI N.o 270, _DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967

Cria o Fundo Aeroviário e o Conse­lho Aeroviário Nacional e dispõe sôbrea constltuicáo do Plano Aeroviál'jo Na­cional c a útilização da Infra-estruturaAeroportuária Brasileira, estabelecendoas taxas correspondentes.

O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe contere o § 2.0 do art.9.° do Ato Instrtuetonal n.o 4, de 7 de de­zelnbro de 1986, decreta:

Art. 1.0 Fica criado, no Ministério daAeronáutica, sob a sua administração, umfundo de natureza contábil, denominadoFundo Aeroviário, observadas as condiçõesestabelecidas no presente Decreto-lei.

Art. 2.° O Fundo Aeroviário será apli­cado na execução e manutenção do que

prevê o Plano Aeroviário Nacional, po­dendo _ser aplicado no custeio de projetos,execuçao e manutenção de instalações aero­portuárias, na proteção ao vôo, bem como110 custeio da administração dos aeroportose de suas instalações.

Art. 3.° O Fundo Aeroviário será constí-tuído por: -

a) quota do Impôsto Único sôbre Lubri­ficantes e Combustíveis Iíquídos e gasososdestinada ao Ministério da Aeronáutica peláLei n,v 4.452, de 5 de novembro de 1964;

b) verbas orçamentárias, créditos espe­cíaís, recursos internacionais;

c) de quaisquer outros recursos que lheforem expressamente atribuídos.

Art. 1.° Fica criado o Conselho Aeroviá­rio Nacional, no Ministério da Aeronáutica,tendo por objetívo:

a) a elaboração e atualísaçâo permanen­te do Plano Aeroviário Nacional;

b) a orientação, eoordenacão e fiscaliza- _ção da execução dos programas anuais paraa aplicação do Fundo, como parte do Planode Ação do Ministério da Aeronáutica, cal­cado no Plano Aeroviário Nacional;

c) o exame dos valôres das taxas aero­portuárias com vistas à sua permanenteatualização;

d) estudar e propor, ao Ministro da Aero­náutica, diretrizes para aplicação do FundoAeroviário.

Art. 5.0 O Conselho Aeroviário Nacionalserá constituido por ato do Poder Executivo.

Parágrafo único. No desempenho desuas atribuições, o Conselho Aeroviário de­verá reunir-se trimestralmente para apre­ciação de matéria relativa à Política Aero­viária, ou sempre que necessário, por con­vocação do Presidente do Conselho.

Art. 6.0 As taxas aeroportuárias repre­sentam a retribuição pela utilização da in­fra-estrutura aeronáutica e se classificamem cinco categorias, assim denominadas edefinidas:

a) Taxa de embarque - devida pela uti­lização das instalações das Estações de Pas­sageiros, incide sõbre o usuário do Trans­porte Aéreo;

b) Taxa de pouso - devida pela utiliza­ção da infra-estrutura aeronáutica inclusivepelo estacionamento de aeronave até trêshoras após o pouso, incide sôbre o propríe­tário ou explorador da aeronave;

c) Taxa de permanência - devida pelapermanência da aeronave na área do aero­porto, além das três primeiras horas apóso pouso incide sôbre o proprietário ou ex­plorador da aeronave;

d) Taxa de arrendamento de área - de­vida pela locação de áreas, cobertas ou não,nos aeroportos, incide sõbre as pessoas na~

turais ou jurídicas arrendatárias das áreas.

e) Taxa de armazenagem e eapatazla ­devida pela armazenagem de carga aérea,em armazéns de carga aérea, geridos pelasAdministrações de aeroportos, incide sôbreo consignatário da carga.

Art. 7.° As taxas aeroportuárias serãoaprovadas pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Aeroviário,obedecidos os critérios a serem estabeleci­dos para a sua quantificação.

Art. 8.0 Ficam isentas do pagamento:

I - das taxas de embarque:a) os passageiros de aeronaves públicas;,

h) os passageiros em trânsito;

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~overnbro de 1973 DIAR.IO DO CONGRESSO NACIONAL '(Seção 1)\ Quihta-fcb.'a 22 9151

, c) os passageiros de aeronaves em vôo de'retôrno, por razões de ordem técnica, me­teorológica, ou em casos de acidente porocasião de reembarque;

d) os tripulantes, os inspetores de aviação'Civil e os instrutores e alunos de cursas depilotagem, quando em vôos de instrução em'aeronaves de aeroclubes ou escolas de pilo­,tagem, os funcionários civis e os mi1i!ar~s,quando a serviço, bem como os f\lnClona­rios das emprêsas de transporte aéreo, em'Viagens a serviço;

II - das taxas de pouso:a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves em vôos de experiências

ou de instrução;e) as aeronaves em vôos de retôrno, por

eazões de ordem técnica ou meteorológica;d) as aeronaves de aeroclubes e escolas

de aviação, quando empregadas exclusíva­mente na formação e adestramento de PI­lotos;

e) as aeronaves, estrang~iras,'p~blicas o.uprivadas, quando em missao Ofl?lal ou dI­plomática, transportando conVIdados doGovêrno brasileiro;

'IH - das taxas de permanência:a) as aeronaves públicas brasileiras;

b) as aeronaves privadas:1) por motivos de or~em técnica, pelo

prazo máximo de cinco dias;'2) por razões de ordem meteorológica,

pelo prazo de impedimento;3) em caso de acidente, peJo prazo que

durar a investigaçao de aciüente, pelasautoridades competentes;

4) em caso de estacionamento em ár~asarrendadas pelo explorador de aeronave,

e) as aeronaves estrar:ge~ras, p~blicas o.uprivadas, quando em missao OfI?lal ou di­plomática, t~a~sportando convidados doGovêrno brasIleiro;

IV _ das taxas de arrendamento deáreas:

_ as utilizadas para instalações de servi­ços públicos, explorado? .d~retamente pelaUnião, Estados ou MU11lClplOS;'V _ das taxas de armazenamento de

carga:, a) as mercadorias e materlais q~e foremadquiridos por conta da umao, para o ser­

.viço da República;b) as mercadorias e mate,riais q";1e, P9r

fôrca da lei, entrarem no t:als com l~el~çaode direitos, por prazo ínrenor a 30 dias,

_ e) as malas postais.Art.9.0 Fica o Ministério ~a Aeronál!-t~ca

autorizado a realizar operaçoes de creditocom estabelecimentos naci0l!-ais ou estran­geiros com o objetivo de Implelnentar _oPlano' Aeroviário Nacional1 desde qu~, ~aocaucione, por ano, il11PO~~a~~laq:~~~~~tiv~50% (cinquenta por cen ." . daestimado, no Fundo AeroVlano, para caexercício.

Art. 10. Para fim de aplicação déste De­creto-lei, entender-se-á que:

I _ o Plano Aeroviário Nacional englo­bará todo planejamento relativo ao projeto'e execução dos aeródromos. e aeroportos,edificacões pistas de pouso, mstalaçoes ne­cessáriás fl operação aérea, serviços dentroe fora da área dos aeroportos e aeródromos,destinados a facilitar e tornar seguros a na­vegação aérea, tráfego aéreo, telecomunica­ções, meteorologia, coordenação de busca esalvamento, informações aeronáuticas, bem,

como as instalações de auxilio rádio e vi­suais;

II - aeródromo é tôda a área destinada achegadas, partidas e movimentos de aero­naves;

III - aeroportos são os aerédrõmos pú­blicos, destinados ao tráfego de aeronavesem geral, dotados de instalações e facilida­des para apoio de operação de aeronaves ede embarque e desembarque de pessoas oucargas;

Art. 11. O Plano Aeroviário Nacional seráconstituído de:

I - rêde de aeroportos e aeródromos;II - rêde de proteção ao vôo.Parágrafo único. As rêdes componentes

do Plano Aeroviário Nacional serão elabo­radas e atualizadas pelos órgãos competen­tes do Ministério da Aeronáutica, submeti­das à apreciação do Conselho AeroviárioNacional e aprovadas pelo Ministro daAeronáutica.

Art. 12. A locacão de áreas aeroportuá­rias para a exploração de serviços que vi­sam ao interêsse ou à conveniência públi­ca, será feita mediante concorrência pú­blica ou administrativa, pelo órgão com­petente, fixando-se em contrato o respecti­vo valor e prazo.

§ 1.0 O prazo de vigência do contrato delocacâo de área aeroportuária de que trataêste 'artigo poderá ser prorrogado uma úni­ca vez a critério do órgão competente.

§ 2.0 Nos casos de aeródromos públicosnão diretamente administrados pelo Minis­tério da Aeronáutica, a locação de áreasdependerá de prévia autorização do Minis­tério da Aeronáutica.

Art. 13. O Poder Executivo, por propostado Ministério da Aeronáutica, baixará, noprazo de trinta (301 dias, a contar da datade vigência dêste Decreto-lei, os regula­mentos que se fizerem necessárias à suaexecução.

Art. 14. jj;ste Decreto-lei entrará em vi­gor 120 dias após a sua publicação, revoga­das as disposições em contrário, em especíaío Decreto-lei n.O 9.792. de 6 de setembro de1946, e a Lei n.O 3.000, de 11 de dezembrode 1956.

Brasilia 28 de fevereiro de 1967; 146.° daIndependência e 79.° da República. - H.CASTELLO BRANCO - Octavio Bulhões ­Carlos Medeiros Silva - Clóvis MonteiroTravassos - Roberto Campos.Exposição de Motivos n.O 86/GM-5, de 9 de

novembro de 1973, do Ministério da Aero­náuticaExcelentissÍlno Senhor Presidente da Re-

pública: .

Através da Exposição de Motivos, ~mexapor cópia, tive a honra de submeter;: a,ele­vada consideracão de Vossa ExcelenCla oprojeto de lei qIÍe "dispõe sobre a utilizaçãoe a exploração dos' aeroportos, das faeilída­des à navegação aérea e dá outras provi­dências".

2. Tal trabalho, juntamente com esteque ora apresento a Vossa Excelência, fo­ram elaborados tendo em vista a necessi­dade de adaptar a legislação aeronáutica àrealidade brasileira que já apresenta, niti­damente, o processo de descentralização dosencargos do Ministério da Aeronáutica, re­ferentes ao Sistema Aeroviário Nacional.

3. Esse processo de descentralização deencargos, transferirá gradativamente paraa órbita da Administracão Federal Indiretaos aeroportos civis' que, basicamente,apeiam o transporte aéreo comercial, fican-

do o Ministério da Acronáutíca com os aeró­dromos militares e outros que afetam díre­ta~lente ~ segurança e a integração nacio­nais •e, ainda, com os serviços de proteçãoao voo.

,4. Até hoje, para atender aos encargosfmancetros relativos à administração, ope­raçao e desenvolvimento dos servícos deproteção ao vôo e dos aeroportos de ummodo geral, o Ministério da Aeronáuticadispôs dos recursos do Fundo Aeroviáriocriado. pelo Decreto-lei -n.o 270, de 28 d~feve~'elro de 1967, entre os quais figuram asreceitas geradas nos aeroportos civis.

5. Em conseqüência da descentraliza­ção acima referida, torna-se necessário ex­cluir do Fundo as receitas geradas nos aerc­P?l~toS que sej~m transferidos para a [urís­díçâo das entidades da Administracão Fe­deral Indireta. Há pois que ser revisto oDecreto-lei n.O 270, de 1967. '

6. Por essas razões, foi preparado o pro­jeto de lei incluso que "dispõe sobre o Fun­do Aeroviário e dá outras providências".

7. Essencialmente, o proj eto consolida eaperfeiçoa disposições legais vigentes, re­ferentes aos recursos do Fundo inovandoapenas, no tocante à proposta d~ mudancade denominação e destínacão das tarifasaeroportuárias e de uso das comunícacõese dos auxílios à navegação aérea em rota,bem como das demais receitas não concei­tuadas como tarifas (itens lI, III e IV doartigo 2.°).

8. O item VII do mesmo artigo 2.° quejá constituia receita do Fundo por forcados artigos 27 e 28 do Decreto' n.O 63,662,de 21 de novembro de 1968, foi trazido paraesse ato - juntamente com os recursos pro­venientes de indenizações de despesas re­ferentes às atividades do Ministério da Ae­ronáutica, em proveito direto da AviacâoCivil - a fim de completar o elenco de i'e­cursos com igual destinação.

9. No mais, o projeto atribui ao Ministroda Aeronáutica a administração dos re­cursos do Fundo Aeroviário, uma vez queo Conselho Aeroviário Nacional - artigo4.° do Decreto-lei n.v 270. de 28 de fevereirode 1967 - perdeu essa função por força desua desativação, em conseqüência da re­estruturação do Ministério da Aeronáutica.

Aproveito a oportunidade para reiterar aVossa Excelência os meus protestos de esti­ma e elevada consíderacão, - Joelmir Cam­pos de Araripe Macedo, Ministro da Aero­náutica.

MENSAGEM N.o 431DE 1973, DO PODER EXECUTIVO

Excelentissimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deli­beração de Vossas Excelências acompanha­do de Exposição de Motivos do Senhor Mi­nistro de Estado da Aeronáutica, o anexoprojeto de lei que "dispõe sobre o FundoAeroviário e dá outras providências".

Brasília, em 20 de novembro de 1973. ­Emílio G. Médici.

or. n.o 585-SAPI73.Em 20 de novembro de 1973.

A Suo. Excelência o SenhorDeputado Dayl de Almeida

MD. Primeiro-Secretário da Câmara dos:DeputadosBrasília - DF.

Excelentíssímo Senhor Primeiro-Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Se­cretaria a MenSagem do Excelentíssimo

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Novembro de 19'13DIARTO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)9152 Quinta-feira ~2

--=================================Senhor Presidente da República, acompa­nhada de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado da Aer-rnáutíca, relativaa projeto de lei que "dispõe sobre o FundoAcroviário e dá outras providências".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada esti­ma e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraõrdinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) ­Está findo o tempo destinado à leitura doExpediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.

Comparecem mais os Srs.:

Amazonas

Vinícius Câmara - ARENA.Pará

Gabriel Hermes - ARENA; João Menezes_ MDB; Juvêneio Dias - ARENA; ')ebas­tião Andrade - ARENA.

MaranhãoAméríco de Souza - ARENA: Eurico Ri­

beiro - ARENA; Nunes Freire - ARENA.

PiauíHeitor Cavalcanti - ARENA; Paulo Fer­

raz - ARENA.Ceará

Álvaro Lins - MDB; Ossian AraripeARENA.

Rio Grande do Norte

Antônio Florêncio - ARENA; DjalmaMarinho - ARlijNA; Henrique Eduardo Al­ves - MDB; Vingt Rosado - ARENA.

Paraíba

Álvaro Gaudêncio - ARENA; AntônioMariz - ARENA: Cláudio Leite - ARENA.

PernambucoEtelvino Lins - ARENA; Fernando Lyra

- MDB; Josias Leite - ARENA; Lins eSilva - ARENA: Thales Ramalho - MDB.

Alagoas

Geraldo Bulhões - ARENA; José Sam­paio - ARENA; Oceano Carleial- ARENA.

Sergipe

Luiz Garcia - ARENA.

BahiaEdvaldo Flóres - ARENA; João Borges

- MDB; José Penedo - ARENA; Luiz Bra­ga - ARENA; Ney Ferreira - MDB: Theó­dulo de Albuquerque - ARENA; TourinhoDantas - ARENA; Francisco Pinto - MDB.

Espíl'ito Santo

José Tasso de Andrade - ARENA; Os­waldo Zanello --~ ARENA.

Rio de JaneiroAlberto Lavinas - MDB; Arlo Theodoro

- MDB; Brígida Tinoco - MDB.

GuanabaraFrancisco Studart - MDB: José Boni­

fácio Neto - MDB; JG de Arauto Jorge ­MDB: Marcelo Medeiros - MDLY[iro Tei­xeira - MDB; Pedro Faria - MDB.

Minas GeraisAthos de Andrade - ARENA; Bento Gon­

çalves - ARENA; Jorge Fenaz -~. MIJB;José Machado - ARENA. Murilo K'l U'Ó- '1i.ENA; Navarro Vieira - ~'I.Rml\H "'au;;;'u. "ícero - ARENA; Renato AZC!"CCIOMDti.

São Paulo

Braz Nogueira - ARENA; Cantídio Sam­paio - ARENA; Herbert Levy - ARENA;ítalo Fittipaldi - ARENA; João Arruda ­MDB; Monteiro de Barros - ARENA; oren­sy Rodrigues - ARENA; Paulo Abreu ­ARENA; Plinio Salgado - ARENA: SallesFilho - ARENA; Santilli Sobrinho - MDB;Sussumu Hirata - ARENA; Ulysses Guima­rães - MDB.

Mato Grosso

Garcia Netto - ARENA; Gastão Müller- ARENA; Lopes da Costa - ARENA;Ubaldo Barém - ARENA.

Paraná

Alencar Furtado - MDB; Antônio Ueno- ARENA; Braga Ramos -' ARENA (SE I ;

Ferreira do Amaral - ARENA; Flávio Gio­vine - ARENA; Hermes Macêdo - ARE­NA; João Vargas - ARENA; José CarlosLeprevost - ARENA.

Santa Catarina

Albino Zeni - ARENA; Aroldo Carvalho- ARENA; Francisco Grmo - ARENA;Francisco Libardoni - MDB.

Rio Grande do SulAlberto Hoffmann - ARENA; Alceu Col­

lares - MDB; Amaury Müller - MDB;Arlindo Kunzler - ARENA; Arnaldo Prieto- ARENA; Cid Furtado - ARENA; ClóvisStenzel - ARENA; Daniel Faraco - ARE­NA; Eloy Lenzí - MDB; Harry Sauer ­MDB; Jairo Brum - MDB; José Mandelli- MDB; Lauro Leitão - ARENA; NadyrRossetti - MDB: Norberto Schmidt - ARE­NA; Victor Issler - MDB.

IV - ORDEM DO DIA

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) ­A lista de presença acusa o comparecimen­to de 275 81'S. Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) ­A Ordem do Dia da presente Sessão é des­tinada a Trabalho de Comissões.

Nestas condicões, concedo a palavra aoSr. Delson Scarano, para uma comunica­ção.

O SR. DELSON SCARANO - (Pronunciao seguinte díscurso.) Sr. Presidente, S1's.Deputados, tenho, não porque a exercite,plena e exclusivamente. mas consciente efundadamente, o mais profundo apreço e omais alto respeito pela atividade campesi­na. Formo entre os que entendem que otrabalho do campo interessa a cada ume a todos quantos integram a comunidadesocial, pois ele é a atividade que asseguraa sustentação física dos povos; sem ele ahumanidade desapareceria.

Fácil é, pois, compreender as razões queme animaram e me animam para a sus­tentação do Projeto que venho oferecer aoexame e à decisão do Congresso Nacional,convencido de que a cultura e o patriotis­mo de cada qual municiarão de novos sub­sídios a idéia inicial, de tal modo que, porfim, disponha o Pais de uma lei exeqüível,e humana, e ju-ta e imprescindível, dessasque. espero, honram a espécie humana.

Na breve justificativa que acompanha oProjeto, que entreguei à Mesa, relembran­do conceitos muito velhos, e muitos sábios,eu recordo coisas assim:

"Em Roma, a agricultura era tida emalta conta. Em seu livro - "De Re Rus­tíca' - Públio Catão, duzentos anosantes de Cristo, escrevia: "O maior lou­vor que se pode fazer a um homem éapresentá-li) como um bom agrieultor.É da classe agrícola que saem os ho-

mens mais fortes e os melhores solda­dos". E acrescentava: "A Agricultura éa única pL':;"êw que não é odiosa aninguem, a que menos expõe os homensa maus pensamentos".

E reavívo o pensamento de Columela, queviveu no século anterior ao de Cristo:

"É manifesto que sem agrieultores nemo homem poderá subsistir, nem tudo quelhe diz respeito".

Obviamente, assim, acompanhei e contl­nua acompanhando o interesse da públicaadministração em tudo quanto concerneao problema soelo-eccnômíco do C:h11'JO, eisque é impraticável qualquer política deabundância sem o trato da terra e o cui­dado com os homens que a trabalham.

Como todos os brasileiros, para quem.não apenas o citadino é digno de amparoe de solicitudes; como todos os brasileiros,para quem a assistência ao homem interio­rano e camponês é um dever urgente, e pre­cípuo, venho vivendo as renovadas alegriasde toda uma legislação específica, assim ado FUNRURAL. do PRORURAL, do PRO­TERRA e, com relevo, a do Estatuto do Tra­balhador Rural, este até muito recentemen­te modificado com a inclusão de normasmais realisticas e mesmo condizentes comoutros diplomas legais em vigor e que res­peitem às atividades do rurícola.

Agrada, tanto ao sentimento quanto àinteligência. comprovar que se tomam me­didas e se ultimam providências tendentesa fixar o homem nas suas origens, sobretu­do pela via de conceder-lhe cuidados assis­tenciais que antes lhe minguavam, de todo.

Quando mais não fosse - e todos os maisexistem - o só evitar-se a migração daspopulações rurais, que empobrece o campoe gera problemas insolúveis nas áreas ur­banas, cada hora e eada vez tornadas maise mais em megalópolls, já seria uma vrtóría.

Todavia, neste imenso mar humano queconstitui as populações rurais, há um gru­pamento relegado ao abandono, e que cum­pre assistir, em beneficio individual e cole­tivo.

Cidadão, pátria e família reclamam umaprovidência assim. urgente e defintiva.

É a tanto a que visa o meu Projeto.Tenho por ineontrastável que, índívíduat­

mente considerado, o homem é um animalimprevidente e indisciplinado.

A sociedade, como um todo, sobretudoquando se organiza sob a forma de Estado,não peca por tais vícios. Sendo, como s.o­mos, uma sociedade civilizada e um Esta­do que cultiva e cultua o Direito, cumpre­nos o dever de levar previdência e discipli:­na àqueles que de uma e outra carecem.:

Nem é por outro motivo que almejasse.todos o império da lei, considerada ela co­mo a norma de direito que a todos alcan­ça, em sentido obrigatório e coercitivo.

O texto legal meramente autorizativo é,de ordinário. incapaz de lograr atingir osfms visados. Cumpre, assim, que o precei­to seja uma imposição da sociedade àque­le que. por íncúría, por ignorância ou porcomodismo, nem cuida de si, nem cuida dosseus.

Não desejo. nem de leve, percorrer os ás­peros, ainda que em muitos aspectos bri­lhantes, caminhos da legislação previden­ciária, no Brasil e no mundo.

Excuso-me de cansar a Casa com as estó­rias das sociedades obreiras de auxílio-mú­tuos, como me recuso a recitar Bismarck esua criação legislativa de sentido pragmá­tico, cujas bases inda onde animam e vi-

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,N.ovembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 22 9151

vificam os postulados que universalmen­te vígem,

c Mas recorroL.por imperioso, à autorida­de enormíssima do Insigne Raul Jay, mor­mente quando ele afirmava, com o peso deseu gênio e de sua eXDeriéncia social, que"o seguro que não é obrlgatórío, nao é so­cial".

Deixada a previdência, individual e fa­miliar. ao alvédrio <:'0 homem. sua naturalindisciplina. sua lndesmentída hnprevídên­cía, não o conduzirão, jamais, a resultadossatisfatórios.

Daí por que, com energia legal, propo­nho a obrigatoriedade, sem a qual tudoseria tempo perdido e esforco vão. Umaobrigatoriedade que protege, estimula e for­tifica.

Aqueles que me derem a honra de ler oProjeto que já entreguei ao conhecimentouniversal, e atentarem para a sua justifi­cativa, verão que ali afirmo, coberto de ra­zão:

"Há uma categoria de atividade do ho­mem do campo que está a merecer pro­tecão da Assistência Social Rural: ra­zendeíros, sitiantes. cuítívadores e cria­dores diretos, que exerçam atividadesno setor rural"."Na relação de emprego, entre empre­gado e patrão, são eles verdadeiramen­te os legitimos empregadores. E é paraesse tipo de empregador, que se encon­tra à margem de qualquer assistênciaprevidenciária, que projetamos a pre­sente medida legislativa"."Sendo uma classe que constrói decisi­vamente para o progresso da Naçàn,que vê constantemente a sua produçãoameaçada por toda a sorte de imprevis­tos, submetida a cIímas adversos, solcaustícante, chuvas excessivas, geadrs,ventos fortes, pragas e doenças, necessi­ta, realmente, de que o poder públicovolte para ela também as suas vistas".

O Sr, Murilo Badaró - Nobre Deputado,antes de emprestar meu apoio ao importan­te projeto que V. Exa. oferece à considera­ção do Congresso Nacional - estabelecendoa contribuição obrigatória ao FUNRURALpelos empregadores rurais - queria dar umdepoimento que, estou certo, ofenderá amodéstia de V. Exa. Entretanto, considero-oimprescindível, como parte integrante doseu pronunciamento, que terá repercussãomuito grande no Pais inteiro. Colega de

. V. Exa. na Assembléia Legislativa de Minas,testemunhei que ali o nobre Deputado ga­nhou nomeada como um dos mais profundosentendidos do problema da cafeicultura na­cional. E não somente nesse setor pontírt­

'Cava sua atividade legislativa, pois além dacafeicultura como setor isolado deste con­texto vastíssimo da agricultura nacional,ou da agropecuária nacional, V. Ex.ademonstrou sempre profundo interessepelos problemas relacionados cem essaimportante atividade da vida do País,oferecendo sempre contribuição efetiva àsolução de muitas questões a ela Iíga­das. Recordo-me bem de que foi sobseu comando e inspiração de líder políticoque se iniciou, em Minas, a campanha deplantio de novos cafezais, o que já deu aonosso Estado, à nossa Província a lideran­ça no replantio de cafezais em todo o Bra­sil. Não me surpreende, pois, o comporta­mento de V. Exa. ao ensejo da apresentaçãodeste pro] eto, pois ele é uma clecorréncianatural da sua atuação parlamentar e poli­tiea. É V. Exa. obstinado na defesa intran­sigente daqueles postulados que consideraindispensáveis à salvaguarda da atívldadeagrícola e pecuária do Brasil. Surge agoracom um projeto destinado a fazer uma ver-

dadeira revolução, pois obriga o Poder Pú­blico a voltar suas vistas para esses homenssob cujos ombros durante longo tempo re­caiu a responsabilidade do desenvolvimentonacional. Quero transmitir-lhe minha solí­dartedade, não só pessoal como política, emeu apoio indisfarçável a esse projeto quereputo o mais importante apresentando napresente Sessão Legislativa. Meus cumpri­mentos a V. Ex.a pela magnífica oportuni­dade em que trouxe a debate assunto tãoimportante para a vida e a economia doPaís. Felicitações a V. Ex.'"

O SR. DELSON SCARANO - Nobre Depu­tado Murílo Badaró, agradeço sensibilizadoo aparte de V. Exa., que vem abrilhantarmeu modesto díscuso, Faz V. Ex.a um histó­rico do nosso comportamento. quandoDeputados estaduais na Assembléia Legis­lativa de Minas. É verdade, sem nenhumamodéstia. posso daqui proclamar que a mimninguém talvez tenha excedido na defesaintransigente da renovação da cafeiculturano Brasil. Mas devo também fazer justiçaa V. Ex.a , que criou em Minas Gerais a CO­DEVALE, órgão destinado a empreender osoergimento de uma das regiões mais po­bres do nosso Estado e que hoje está co­roado de êxito, graças aos grandes investi­mentos que ali são realizados. Eu, que tivea honra de ser o relator daquele importantetrabalho apresentado por V. Exa., pudeaquilatar que somente no Tennessee, nosEstados Unidos, usou-se projeto de tal en­vergadura. Tem V. Exa. méritos. Juntossempre nos preocupamos realmente comaqueles marginalizados de. todos os benefí­cios que o País pode proporcionar. Agrade­co a V. Exa. o apoio e a solidariedade, quenunca faltaram de sua parte às grandesiniciativas.

O Sr. Walter Silva - Nobre DeputadoDelson SCal'ano, conhecemos a inquietaçãode V. Exa. em face dos problemas do homemdo campo e da agricultura em geral. E, naoportunidade em que V. Exa. propõe aoCongresso Nacional um projeto de lei es­tendendo os benefícios da legislação previ­denciária rural aos homens do campo, aosproprietários rurais, queria lembrar que nadiscussão do PRORURAL, da Lei Comple­mentar n.? 11, e. posteriormente. da Lei Com­plementar na 16, apresentamos, em formade substitutivo - e vamos renovar em for­ma de projeto de lei, na próxima semana_ trabalho elaborado por um grupo consti­tuído no Ministério, criando o chamadoINAPE - Instituto Nacional de Aponsenta­doria EspeciaL Trata-se do projeto de secu­ridade que se pretendeu introduzir no Bra­sil para dar cobertura previdenciária a to­dos, indistintamente, que precisam ou ve­nham a precisar dos beneficios da Previ­dência. Infelizmente, o Governo ainda nãodespertou para esta realidade e insiste coma aplicação dessa lei tímida que instituiu oPRORURAL. Quero, nesta oportunidade, di­zer a V. Ex.a que o caminho certo, correto, éestender a prevídêncía não só ao proprietá­rio que prove precisar dela - e aqui cabeexatamente a observação que eu queria fa­zer ao. projeto de V. Ex.a - mas tambémàqueles que obedeçam a um critério de ne­cessidade que deve ser estabelecido. O pro­prietário que requerer o benefício terá deprovar estar em situação financeira e econô­mica realmente precária. É o critério da ne­cessidade que preside o instituto da securi­dade social. Deve-se estender-se em benefí­cio" àquelas camadas da população que nãotêm qualquer socorro. federal. estadual oumunicipal. como, por exemplo. os mendigosde rua e o trabalhador rural que não possaprovar que trabalhou nos últimos três anos,como exige a lei atual. Saiba V. Exa. quehá uma camada de trabalhadores velhos,que estão inativos por causa de doenças oumesmo da própria idade, que deixaram de

trabalhar há mais de três anos, mas o fi­zeram durante 10, 20, 30 ou 40 anos, inter­mitentemente, e hoje não são beneficiadospela lei por não poderem provar que traba­lharam nos últimos três anos. Era a obser­vação que desejava fazer. Agradeço a V.Exa. a oportunidade que me foi concedida,de congratular-me com V. Exa. e de acres­centar ao seu discurso esses dados, que jul­gamos da maior importância.

O SR. DELSON SCARANO - Nobre Depu­tado Walter SilVa, agradeço sensibilizadoa V. Exa. o aparte. V. Exa. verificará, nofinal de meu discurso, que conclamo os ho­mens inteligentes e imbuídos de boa von­tade deste Parlamento, a fim de que pres­tem sua valiosa colaboracão ao modestotrabalho que apresento à 'oasa, E V. Exa.um dos homens dedicados ao problema, co­nhecedor profundo da ststem» tica previ­denciária, tenho certeza. haver I, de empres­tar sua contribuição ao projr-.o. quando datramitação do mesmo pelas oomíssões. Pe­ço-lhe atentar para o final de meu discurso,onde. talvez, encontrará algumas respostaspara o problema que acaba de levantar.

O Sr. .José Carlos Fonseca - DeputadoDelson Scarano, o Projeto que V. Exa. trazà apreciação da Casa. à consideração deseus pares, é uma iniciativa que honra oParlamento brasileiro e o eminente repre­sentante que Minas nos enviou. Acostuma­dos a acompanhar a atuação de V. Exa. naCâmara - séria. compenetrada. profunda­mente vinculada aos interesses reais da co­munidade ruríccla brasileira - congratu­lamo-nos. neste ensejo. com a feliz inicia­tiva do nobre colega. Saiba, ilustre Depu­tado, que talvez seja esse um dos projetosmais importantes a ser apreciado pela Câ­mara dos Deputados na atual Legislatura.Iniciativa semelhante foi tomada tambémno Senado. por eminente represntante demeu Estado, o Senador Carlos Líndenberg.Mas tal medida perdeu-se, por motivos deordem burocrática nos meandros do Mi­nistério do Trabalho. Assim. a proposituraque V. Exa. apresenta, com novas nuances,se constitui, inegavelmente, na contribui­cão de que carecia uma classe que talvezseja a única inteiramente a descoberto daPrevidência Social no País. E o eminentePresidente Médici. cuja preocupação maiordiz respeito ao homem brasileiro. há decompreender o sentido da proposição e háde participar da iniciativa de V. Exa., que,estamos certos. esta Casa irá aprovar àunanimidade e com aplausos ao nobre co­lega.

O SR. DELSON SCARANO - Nobre Depu­tado José Carlos Fonseca, o aparte de V.Exa. me honra sobremaneira Em primeirolugar. porque V. Exa. é um homem ligado àagropecuária brasileira; depois por falar V.Exa. em nome da Confederação Nacionalda Agricultura. V. Exa., mais do que nin­guém. nas lides cotidianas com os proble­mas que assoberbam os homens do cam­po. tem sobejas razões para bem aquila­tar que, na realidade, a única classe mar­grnilízada no Pais. relativamente à Previ­dência Social, é justamente a do emprega­dor rural. Mencionou V. Exa. o fato de jáhaver. no mesmo sentido, projeto do emi­nente Senador Carlos Lindenberg, mas quese perdeu, naturalmente em decorrência desituações burocráticas, no Ministério doTrabalho. Talvez o próprio Congresso ti­vesse contribuído para isso. No entanto, de­vo acrescentar .que a propositura daqueleeminente Senador dá condições ao fazen­deiro de filiar-se ao INPS, mas é do livrearbítrio do fazendeiro filiar-se ou não. Nos­so projeto, porém, tem maior alcance. Eletorna obrigatória a filiação do f'azen-feíro,pois não acredito em Previdência. Social

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9154 Quinta.fcira ~2 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973

não obrigatória. Se deixarmos a decisão aolivre arbítrio do homem, como disse em meudiscurso, ele não cuidará de sua esposa e deseus filhos, quando tem o dever de fazê-lo.A finalidade de meu projeto é o FUNRU­RAL, órgão específico da classe e que. hoje,através do pagamento dos 2% dos fazen­deiros. socorre a imensa massa humana detrabalhadores rurais. Para tornar constitu­cional minha proposicão, dou os recursosnecessários de 16% sobre o salário-rninímo.prestigIando ainda os Blndíeatos Rurais,que serão consultados, a fim de que sejaavaliada a contribuição de cada fazendeiroem sua localidade.

Agradeço sensibilizado a V. Exa. o aparte,proferido por um homem ligado aos magnosproblemas da agricultura e da pecuáriabrasileiras.

Prossigo, Sr. Presidente:

Eu poderia, se quisesse ir mais longe, emais fundo, inclusive mostrar. comprovada­mente, que são esses obreiros da grandezanacional o grande setor onde mais rude­mente se fazem sentir as dificuldades, nashoras das doencas. Industriários e comer­ciários, runctonáríos públicos e, já agora,os trabalhadores do campo. contam. pior oumelhormente. com assistência médico-hos­pitalar. Só eles nada têm. Daí por que, de­sassistidos de quaisquer socorros específicosorganizados e defírtrtos, são a seara ondecolhem suas messes os que não logram maisfazê-lo noutros campos. onde a previdên­cia funciona. ou mais ou menos bem.

Quando a doença ou o acidente físico ba­tem às portas daqueles que pretendo en­quadrados, previdentem.ente. ou de seus de­pendentes, então é que se verificam os ver­dadeiros horrores de que a medicina mer­cante é capaz de acarretar ao desavisado eaos desprotegidos. sobretudo porque. de ummodo geral, são tidos como abastados eprósperos, inda a imagem escape à reali­dade do cotidiano.

Assistimos, no Brasil de hoje. e mercê,mais do que tudo. do descortino e da nobre­za do Presidente Emílio Médici, um e outraservidos de uma coragem ínvulgar de fazere prever, ao bom espetáculo de contemplaros trabalhadores rurais definitivamente as­sistidos dos recursos da previdência social,seja pelo socorro médico-hospitalar, sejapela aposentadoria, seja pelo regime depensões.

O campo, fundamento mesmo de toda avida gregária desta grande Nação, vai-seirmanando à cidade, dando-se aos traba­lhadores citadinos e rurais um tratamentohumano e equânime, socialmente justo ejuridicamente assemelhado.

E tudo isto se faz. inclusive. com a parti­cipação ativa, de trabalho e de dinheiro,do proptíetárío agrícola, pequeno, médio ougrande.

Todos, indiscriminadamente, contribuempara os fundos da previdência social ruralcom um montante que alcança, legalmente,os dois por cento do valor da coisa produzi­da. Todos, sem exceção, ajudam a comporo numerário que, afinal. há de responderpela satisfação dos compromissos que o Es­tado assumiu perante o rurícola, tanto etão largamente votado ao abandono e à in­diferença.

Já hoje o poeta não poderia mais repetiro verso com que fustigava uma enorme in­justiça social: "Só o citadino é que é bompatriota".•

Contudo, continua a existir uma falha,clamorosa e grave. Não consigo compreen­der como, até hoje, não se regulou e se re-

gulamentou o sistema previdenciário parao empregador rural.

É a este aspecto do problema, que deixamarginalizados milhares e milhares de bra­síleíros, e suas esposas, e seus filhos, quebusco atender, com a minha iniciativa.

Claro que insisto na verdade de que ohomem. individualmente considerado, é umanimal ímprevídente e indisciplinado.

Eis por que, realístíca e pragmaticamen­te, nada quero deixar ao arbítrio, pois nãoconfio nele. E tenho, com temos todos nós,amplas razões para assim proceder.

Mesmo querendo aceitar o livre arhitríoem favor do empregador rural, que, assim,poderia deixar de cuidar do seu futuro,de dias do porvir, talvez sombrios, mesmoassim não é licito, e é, ao demais, social­mente injusto, permitir que ele se descureda sua esposa, dos filhos menores, de todosaqueles que só dele e nele dependem.

Isto nos levou, logicamente, a determi­nar, logo no artigo primeiro da nossa pro­posição, que "são segurados obrigatórios doFUNRURAL os empregadores ruraís", comonos conduziu, no parágrafo único do ar­tigo, a defini-los, o que fazemos assim:

"Consíderarn-se empregadores rurais,para efeito desta Lei, os, fazendeiros,sitiantes e outros cultivadores ou cria­dores diretos, que exerçam atividadesno setor rural."

E se a todos buscamos incluir no Fundode Assistência ao Trabalhador Rural e nãono INPS, é que este está saturado com osdemais trabalhadores, que representam aunanimidade, menos o campo e o servidorpúblico.

Havendo, como já existe, um tipo especí­fico, voltado para as atívídades campesinas,o curíal, o lógico, o indiscutível, pois, é quepara aí se encaminhem os seus afins, paísaqueles a quem pretendemos garantir, comos seus dependentes, são. em sua esrrr-ga­dora maioria. trabalhadores eles me -'llOS,ainda que sob a aparência de empregado­res.

Nosso Projeto, e não podia deixar de serassim, prevê a receita eom que se façafrente à despesa porvíndoura. Por isso é quefixamos a contribuição do futuro associadocompulsório na cota de 16% sobre um mí­nimo de uma vez e um máximo de vintevezes o salárío-mínímo vigente na região.

A fonte de renda, pois, está assegurada.

E o Projeto, para tornar ainda mais efe­tiva a obrigatoriedade que estabelece, emfavor de uma velhice tranqüila ou de umaassistência condigna, ao associado e aos seusdependentes, fixa um ponto que reputo damais alta importância.

Explico-me.

Salvo exceções tão raras, que não pagamsequer a pena de relombrarmos, o trabalhorural, na agricultura e na pecuária, envol­ve a presença constante e indispensável doconcurso de financiamentos, sobretudoaqueles advindos do crédito oficial.

Pois bem. Pretendendo que a inscriçãode cada qual não se transforme num gestoinútil, praticado sem a continuidade quelhe garanta a percepção dos benefícios fu­turos. para si mesmo e para os seus, meuprojeto estabelece, e com rigor que pre­tendo sempre mantido, que "os bancos ofi­ciais só poderão financiar o produtor ruralque comprove estar em dia com o recolhi­mento das contríbuíções devidas ao FUN-RURAL". .

Ao imprevidente é imperioso impor a pre­vidência; ao indisciplinado é forçoso levara disciplina. Falo, obviamente, em termosde educação mental e de procedimento so­cial, é claro.

Todos nós, que no fundo não passamosde gente do interior, salvo um ou outronasci~o e criado em cidade grande, pode­mos CItar centenas de exemplos, senão mi­lhares deles, de antigos fazen<1eiros. sitian­tes, pequenos ou grandes proprietários ru­rais, dados à agricultura ou à peeuáría, -rueconhecemos m oís ou menos prósperos, maisou menos abonados, e que hoje encontra­mos até mesmo na miséria a mais desolada,por eles mesmos e por seus dependentes.

Oponho à teoria do livre arbítrio, na pre­vidência pessoal e familiar, a necessidadeírremovível de substituí-la pela previdênciacompulsória, que visa ao cidadão e alcançaa sua família.

A lei, dizem 08 grandes mestres, não criao fato social: regula-o.

É exatamente isto que pretendo: regularum fato social público e notório. Fixando alei a obrigatoriedade da filiacão e da con­tribuição do rurícola de segundo grau aosorganismos da previdência social específicaestará ela provendo ao futuro de tantos se~res humanos, atualmente relegados ao maistriste abandono, vitimas de sua imprevi­dência.

É para tema assim importante, de cono­tações humanas as mais profundas, queconvoco a atenção do Parlamento do meuPaís e que reclamo o concurso de todasaquelas inteligências, de todas aquelas cul­turas e de todas aquelas boas vontades quepoderão, somando-se. fazer do meu projetouma lei sábia e justa, que sirva ao homemforte de hoje e ampare o homem alque­brado de amanhã.

Esta a missão que nos espera; este o de­ver para o qual faço soar o clarim do meuentusiasmo. (Muito bem; muito bem. Pal­mast)

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Athiê Coury.

O SR. ATHU: COURY - (Pronuncia oseguinte díscursn.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, rato da maior importância estáacontecendo no município mais antigo doBrasil, eellula-mater da nacionalidade, ci­dade-monumento da História Pátria. SãoVicente, vizinho a Santos o maior norto daAmérica do Sul e o maior' centro exportadorde café do mundo.

Registro, 81'. Presidente, este aeontect­mente para que a Câmara dos Deputados e.o Congresso Nacional tomem conhecímentodo que vem acontecendo no Instituto Histó­rico e Geográfico daquela cidade hístóríeaque é São Vicente.

O Instituto Histórico e Geográfico de SãoVicente está ameaçado de despejo e fecha­mento pela Caixa Econômica Federal, pro­prietária do imóvel situado na Rua FreiGaspar n.? 280, que há quatro anos vem sen­do ocupado pela entidade. SE: isto aconte­cer, o maior patrimônio cultural e artísticoda cidade, representado pelo Museu Histó­rico e Geral de São Vicente, Biblioteca Pú­blica, cursos e exposições históricas, artís­ticas, artesanais E: folclóricas sofrerá colap­so de dificil recuperação.

Sem qualquer aviso ao Instituto Históricoe Geográfico de São Vicente a Caixa Eco­nômica Federal no último dia 15 abriu con­corrência pública, que será encenada se­gunda-feira, para a venda do imóvel pelopreço de Cr$ 2,6 milhões. com 20% à vista eo saldo financiado em 15 anos. Acontece

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Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta.feira 22 9155

que, em setembro do ano passado, a díre-.'toria do lHGSV apresentou proposta decompra ao presidente da CEF, GlarnpaoloFalco, comprometendo-se a pagar o preçoestipulado após um comodato - cessão gra­ciosa -, de três anos, tempo necessário pa­ra obter recursos já prometidos para liqui­dação do débito total. Até hoje a CaixaEconômica não respondeu à proposta.

Em data recente, encaminhei um telegra­ma ao Presidente da Caixa Econômica Fe­deral, que respondeu da seguinte maneira:

Exmo. Sr.Deputado Athiê Coury

Câmara dos Deputados

BrasíliaEm resposta seu telex cumpre-nos es­clarecer V. Ex.a que a utilizaçâo dosimóveis de propriedade desta empresapública está condicionada as restriçõesimpostas pelo art. 35, item II, da Lei n.o4.595, de 21-12-1964.Atenciosamente Augusto Novaes Bueno,Chefe Gabinete Presidência Caixa Eco­nômica Federal.

Sr. Presidente, respondi esse telegramanos seguintes termos:

Dr. Gianpaulo FalcoPresidente das Caixas Econômicas Fe­derais - Rio de Janeiro-GB.

Atenção seu telex 209/73 - 342 vg devinte e quatro de julho último vg voltoS11a presença sentido esclarecer que rns­ti t1.'to Histórico et Geográfico de SãoV:cente eh instituição de caráter exclu­sivamente filantrópico eth cultural vgnão podendo ser enquadrada no conti­do art. 35 item II da Lei 4.595/64 ci­tado pt Posso ainda adiantar [ah ter as­sunto em questão recebido parecer fa­vorável da Coordenadoria do Patrimô­nio vg na palavra do Doutor Edio JosehSilveira et encaminhado ao Doutor Se­bastião pt Aproveito oportunidade pa­ra vg autorizado pela diretoria do Ins­tituto vg convida-lo a visitar aquela en­tidade onde desejam-lhe prestar justahomenagem vg valendo ocasião paraVossencia constatar seriedade et pro­,fundidade do programa que desenvol­ve pt Encareço grande favor sua respos­'ta com urgencía possível vg reafirman­do-lhe segurança meu verdadeiro apre­ço pt Cordialmente seu dispor - AthiehJOl'ge Coury Deputado Federal.

81'. Presidente, depois desse telegrama, aCaixa Económica Federal mandou publicaro Edital de Concorrência Pública n.O 04/73,para alienação do imóvel à Rua Frei Gas­par n.O 280, esquina com a Rua Visconde doRio Branco e fundos com a Rua João Ra­malho, no Município de Sã oVicente, Estadode São Paulo. Leio este edital para registro110S Anais da Casa e, ainda mais, os dadosque também incluo sobre o Instituto Histó­ríco e Geográfico de São Vicente.

Edital de Concorrência Pública n.o 04/73Para alíenacâo de imóvel à Rua FreiGaspar, n.O 280, esquina com a Rua Vis­conde de Rio Branco e fundos com aRua João Ramalho, no município de SãoVicente, Estado de São Paulo.

A Caixa Econômica Federal - CEF, porintermédio de sua Filial de São Paulo,adiante denominada simplesmente CEF,torna público, para conhecimento dosinteressados, que venderá sob Concor­rência Pública, pela melhor oferta, aseu critério, no estado em que se en­contra, o imóvel descrito e caracteriza-do no item I, abaixo. .

1. Do objeto da Coneorrêncía

O objeto da concorrência é a venda doimóvel situado à Rua Frei Gaspar, 280,esquina com a Rua Visconde de RioBranco e fundos com a Rua João Ra­malho, no munícípío de São Vicente,Estado de São Paulo. A área do terre­no é de 7.120,00 me, aproximadamente,e sobre ele acha-se edificado um con­junto, que compreende três partes dis­tintas: a) residência de construção an­tiga, de dois pavimentos (porão e tér­reo); b) construção recente, térrea; c)dependências. O imóvel foi havido poresta Empresa'através de "Carta de Ad­judicação", de 15-3-66, assinado peloM.M. Juiz de Direito da Comarca deSão Vicente, Doutor Hélio Del Porto,extraída dos Autos de Liquidação doInstituto São Vicente S.A., subscritapelo Escrevente Autorizado do 1.0 Ofíciodaquela comarca e registrada sob 11.°11.996 - Livro 3-1, fls. 189, em 22-3-66,no Registro de Imóveis da Comarca deSão Vicente.

2. Do Preço Mínimo

2.1. O preço mínimo, base para licita­ção, será de,Cr$ 2.600.000,00 (dois mi­lhões e seiscentos mil cruzeiros), admi­tindo-se propostas para pagamento àvista.

2.2. O licitante que pretender utilizar­se de financiamento, deverá declará-loem sua proposta e o financiamentoobedecerá às seguintes condições:Quota máxima: até 80% (Oitenta porcento) do preço mínimo;

Prazo máximo: 15 (quinze) anos;

Taxa de Juros da Operação: os jurosserão cobrados à Taxa Nominal de8,6484% (oito inteiros, seis mil, quatro­centos e oitenta e quatro décimos mi­lésimos por cento) ao ano, correspon­dente à Taxa Efetiva de 8.9995% (oitointeiros, nove mil, novecentos e noventae cinco décimos milésimos por cento)ao ano, identificando-se com a TaxaEquivalente de 0,7207% (sete mil du­zentos e sete décimos milésimos porcento) ao mês;

Comisão de Expediente: 1% (um porcento) sobre o valor de empréstimoacima de 3.000 (três mil) MSM cobra-da antecipadamente; ,

Forma de Pagamento: em prestaçõesmensais, corrigidas trimestralmente, emfunção das ORTN;

Seguros: Incêndio e Obrigação Imobi­liária ou outros que venham a ser cria­dos para a espécie;

I.O.F.: Cobrado de uma vez, no atoda escritura.

2.3. A efetivação da venda, no caso definanciamento pela CEF de parte dopreço, dependerá de comprovação dacapacidade de pagamento (renda) doproponente, de acordo com as normasregulamentares da CEF. Na hipótese denão poder o proponente vencedor pre­encher os requisitos indispensáveis paraobtenção de financiamento, será a res­pectiva proposta desclassificada, con­vocando-se o concorrente classificadoem segundo lugar e assim sucessiva­mente. Tratando-se de pessoas [urídí­cas, será feito estudo de viabilidade eco­nômica, reservando-se a CEF o direitode, se for o caso, recusar o proponente,passando ao classificado seguinte eassim sucessivamente.

3. Das Propostas

3.1. O licitante, por si ou por seu pro­curador, devidamente habilitado, deve­rá apresentar sua proposta em 2 (duas)vias, assinadas e rubricadas, em enve­lope fechado, rubricado no rêcho, atéàs 16:30 horas do dia 12 (doze) do mêsde novembro do corrente ano, à Praçada Sé, 111, 5.0 andar, sala 518, dirigidoà Comissão Permanente de Compras eLicitações, com a indicação da Concor­rência 'e seu número.

3.2. Os envelopes conterão:

3 .2.1. Nome e endereço do líeitante;3 .2.2. Proposta específica, com xete­rêncía ao imóvel, indicando o preçooferecido, em algarismos e por extensoem moeda corrente do pais, sem qual~quer rasura, emenda ou entrelinha.

3 .2 .3. Declaração expressa da forma depagamento e, no caso de pretender fi­nanciamento, o valor da entrega e Oconhecimento das condições a que devesatisfazer para obtenção do financia­mento.

3:2.4. Declaração expressa de que o li­CItante se submete a todas as condiçõesdeste Edital.

3.2.5. Declaração de que o proponentetem capacidade de pagamento (renda)sujeita à comprovação em caso de lici~tante vencedor, observado o disposto nosubitem 2.3.

4. Da Abertura e Classificação das Pro­postas

4.1. As propostas serão abertas na pre­sença dos licitantes ou de seus procura­dores, às 10:00 (dez) horas do dias 13(treze) do mês de novembro do correnteano, pelos membros da Comissão Per­manente ele Compras e Licitações, queaporão suas rubricas em todas as folhasela documentação apresentada, o quetambém deverá ser feito pelos licitan­tes presentes ou seus representantes.4.2. Não serão consideradas as propos­tas:

4.2.1. Apresentadas após o prazo esti­pulado no item 3.

4.2.2. Que apresentarem preço ou con­dições inferlores aos previstos no item 2.4.2.3. Que condicionarem suas ofertas,preços ou quaisquer outras condiçõesnão previstas neste Editf'.l a outras pro­postas ou fatores também não previstos.4.2.4. Que se referirem simplesmente aacréscimo de preço sobre a maior ofertaapresentada, sem referência a valor.

4.2.5. Que contenham divergência denúmeros, dados ou valores, bem COmorasuras, emendas ou entrelinhas, mes­mo que ress~lvadas.

4.3. Após a abertura e rubrica das pro­postas, será lavrada pela Comissão Jul­gadora ata circunstanciada dos' traba­lhos, a ser assinada pelos membros daComissão e pelos licitantes presentes, aqual conterá:

4.3.1. Data, hora, local objeto da reu­nião.4.3.2. Relacão dos licitantes que seapresentarem.te, qualquer das propostas.4.3.3. Fatos que invalida liminarmen­te, qualquer das propostas.

4.3.4. Reclamações, porventura apre­sentadas pelos licitantes.4.4. A fim de examinar conveniente­mente a documentação apresentada, aComissão Julgadora realizará, dentro de

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5 (cinco) dias, nova reunião, sem a pre­senca dos licitantes, quando será julga­da á proposta vencedora.4.5. Será declarada vencedora a pro­posta que oferecer maior preço, acimado valor mínimo fixado no item 2.4.6. No caso de empate, terá preferên­cia a proposta à vista, ou no caso definanciamento, a que oferecer maiorentrada,4.7. Persistindo o empate, será dadapreferência à proposta com menor pra­zo de financiamento e, finalmente, seráefetuada nova líettacão sumária entreos vencedores, que constará da apre­sentação de nova proposta em dia ehoras marcados pela Comissão Julga­dora.4.8. Se, ainda assim, persistir o em­pate, será realizado sorteio, na hora.5. Da lIomologaçáo da Concorrência

A Comissão Julgadora, dentro de 5 (cin­co) dias contados da data da reuniãoprevista no item anterior, apresentaráà Gerência Geral da Filial, relatóriocircunstanciado das propostas, acompa­nhado de quadro comparativo e da L"via de toda a documentação apresenta­da pelos licitantes.

5.1. A Gerência Geral, após manifes­tar-se sobre a licitação, encaminhará aAta da oomíssão, acompanhada da do­cumentação prevista no item anterior,ao Gerente Operacional, para adotar asprovidências necessárias à ultimação davenda.5.2. Em nenhuma hipótese, caberá re­curso contra o resultado da Oonccrrôn­ela, bem como inde i.. .acào, judicial ouextra-judicial, aos licitantes ou ao ven­cedor.

6. Da TransferênciaApós a divulgação do resultado da Con­corrência, será o vencedor convocadopara, dentro de 48 (quarenta e oito)horas, efetuar o depósito da quantiacorrespondente a um mínimo de 10%(dez par cento) do preço da venda, soba pena de. não o fazendo. ser desclassi­ficado.6.1. O pagamento a que se refere esteitem, será feito mediante depósito, emconta vinculada. em Agência da CEFdesignada pela Filial.6 2. Efetuado o depósito a que se refereeste item, o vencedor será convocadopara, no prazo de 3D (trinta) dias, assi­nar a escritura definitiva de venda ecompra (no caso de compra à vista) oude escritura de compra e venda compacto adjeto de hipoteca (no caso definanciamento), sob pena de, não o fa­zendo ser desclas-rneado e perder odepósitc efetuado.6.3. Todas ae despesas necessárias alavratura da e2f'''lh'ra correrão porconta do licitante vencedor, bem comoimpostos. taxas, emolumentos, registros,etc.6.4. Caberá ao licitante vencedor a ini­ciativa necessária para a lavratura daescritura, inclusive obtenção dos do­cumentos exigíveis por força da Leipara contratar com a AdministraçãoPública Federal (prova de quitação comas obrigações eleitorais. fiscais, previ­denciárias e Serviçc Militar).6.5. No caso de desistência ou do nãocumpnmento do item 6 será convocado° C('I1 cr rren te classificado imediata­mente a seguir.

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1)

7. Das Disposições Finais

7.1. O processo de financiamento terátramitação especial e prioritária, sobcontrole direto da Gerência Geral daFilial da CEF, a fim de que a escrituraseja lavrada no prazo previsto noitem 6.

7.2. Em razão da conveniência ou con­tingência administrativa, a OEF poderáanular a licitação do presente edital,sem estar obrigada a justificar a suadecisão aos licitantes inscritos, sem quepor esse motivo tenham estes, direitoa qualquer reclamação ou indenização.

7.3. Não reconhecerá a CEF quaisquerreclamações de terceiros com quem ve­nha o licitante a transacionar o imó­vel objeto do presente Edital.

7.4. A Filial de São Paulo prestará aosinteressados os demais esclarecimentosque se fizerem necessários na Praça daSé n.O 111, 5.0 andar, sala 518, no ho­rário de 12:00 (doze) às 16:00 (dezesseis)horas.Dados sobre o Instituto Histórico eGeográfico de São Vicente

- Fundado em 5 de fevereiro de 1959

- 1." Sede: rua do Colégio 320, atéagosto de 1960.

- 2.a sede: rua 15 de Novembro 117,sobrado, entrada pela rua 13 deMaio n.O 13.

- 1.0 regísrro social no Cartório' de Tí­tulos e Documentos: 1964 Estatutoinicial

- 2.0 registro social, no mesmo Cartó­rio - reforma do Estatuto: 1969

- Declaração de Utilidade Pública Mu-nicipal - Lei Municipal n,v 1.025/64

Número de cadeiras com patrono: 80cadeiras fundadoras e 40 não fundado­ras. Em 1969, o número foi elevado pa­ra 200 cadeiras, sendo 80 fundadoras e120 não fundadoras.Essas cadeiras foram preenchidas comos melhores valores intelectuais de SãoVicente, Santos e São Paulo.

Várias grandes figuras da ciência, dasartes, da literatura e de outras ativi­dades sociais foram consideradas mem­bros honorários do Instituto.Diversos titulares da entidade foramconsiderados, pelos serviços relevantesque lhe prestaram, Sócios Benfeitores,Beneméritos e Grandes Beneméritos,segundo os graus em qUe se situarem,por aprovação das Assembléias.

Ibrahim Nobre, General Meno. Barreto,David Oarneiro e Embaixador de Por­tugal (Dr, Hermano Saraiva) são al­guns dos Sócios Honorários por mere­cimento especial, eleitos pelo Instituto.A Lei Municipal n.o 1. 451, de 23.4 .1970,criou a Biblioteca Pública de São Vi­cente e entregou ao Instituto Históri­co a sua execução, com uma dotaçãoanual de 30.000 cruzeiros (ou 30 mi­lhões velhos.)

Essa biblioteca, após três anos e poucode existência, inaugurada que foi a 18de julho de 1970, tem hoje 20.000 vo­lumes, entre antigos e modernos, emtodos os campos do conhecimento hu­mano, sendo a maior e melhor de todoo litoral de São Paulo.

Sua freqüência tem atingido 200, 250e 270 consulentes diários, principalmen­te estudant s de todos os níveis, abran­gendo 14 Faculdades, de Santos, Gua-

Novembro de 1973

ruja, Cubatão, São Bernardo, SantoAndré e outras cidades do Estado.4 secções importantes complementam aBiblioteca; o Departamento de Geogra­fia (mapoteca), a secção de jornais,revistas sociais, e científicas, ediçõeseomemorativas, periódicos nacionais eestrangeiros, (Hemerotecaj , a secçãode Documentação Histórica, e o Depar­tamento de Iconografia (principalmen­te vlcentlna e santístaj .O Museu Histórico e Geral do Institu­to instalou-se no grande edifício 10­gradouro da rua Frei Gaspar 280, com22 salas e salões, abrangendo História- Arte antiga e moderna - Antigüi­dades - Artesanato artístico e popu­lar - Folclore - e História Natural(mineralogia, Zoologia, arqueologia,botânica) - Umbanda, Quimbanda, eCandomblé - Fardas e armas do Im­pério e da República.

Os cursos diversos: de encadernação edouração - cerâmica artístíca e po­pular - História - Literatura - Dan­ça clássica e Teatro, estão sendo mon­tados na parte térrea dos fundos: darua Frei Gaspar 280.

As conferências e sessões de cinemacultural-educativo, projeção de "slides"ete., continuam no Salão nobre da rua13 de Maio n.o 13, esquina da rua 15 deNovembro.

O Presidente atual do Instituto é oProfessor e historiador Francisco Mar­tins dos Santos, fundador do InstitutoHistórico de Santos, da Academia ean­tista de Letras, da Academia Paulistade História e do Instituto Histórico eGeográfico de São Paulo. O 1.0 Vice­Presidente é o Prof. Universitário Jo­nas Bongôes, último prefeito munlcí­pal de São Vicente, Diretor da Bolsade Valores de Santos.

Grandes Exposições: O Instituto His­tórico vem montando os seus Museusno prédio da rua Frei Gaspar 280, depropriedade da Caixa Econômica Fe­deral, com licença desta, desde o anode 1968/69, e periodicamente tem reali­zado grandes Exposições de História,Arte, Artesanato artístico e popular eFolclore (nacional e estrangeiro), rea­lizando, ao mesmo tempo, festas noparque floriatico, como desfiles de sam­ba, exibições de capoeira, de candom­blé, de arte carnavalesca, noite árabe,noite italiana, noite espanhola, noiteescocesa, noite portuguesa, noite bra-,sileira, com danças e cantos típícos re­gionais, espetáculos e projeções cultu­rais ao ar livre.

A 6.a Exposição foi de Pintura Antigae Moderna, Acadêmica e Moderna, comacervo do Museu de Belas Artes do Es­tado. A 7.a Exposição foi de Históriae Arte Imperial, comemorativa ao Ses­quicentenário da Independência, queteve 80.000 visitantes em dois meses.Atualmente o Instituto está montandoa 8.a Exposição Oficial, com a colabo­ração da Prefeitura, dedicada ao AnoNacional do Turismo, com 22 salas esalões exibindo todos os Estados, Ter­ritórios e regiões do Brasil, com suasbelezas principais, suas festas e tradi­ções, atividades e vultos típicos, eco­nomia, animais, riquezas, comunica­ções, grandes rios, grandes cachoeiras,com mapas e paisagens em cores, le­gendas explicativas, coleções de ani­mais e aves, de mineralogia, dando aosvisitantes e escolares, a visão total e

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DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)'mr

Quintà-feira 22 !f157

magnífica do Brasil, em todos os seussetores e dimensões.Estas atividades beneméritas, que ca­racterizam o grande Centro Culturalque representa a propriedade da ruaFrei Gaspar 280, é que estão ameaça­das de cessação e destruição, em con­junto com as grandes árvores cente­nárias, onde pássaros cantores' fazemninho e habitat, no melhor ponto tu­ristico de São Vicente.

É em favor dessa obra, animada gra­tuitamente por um grupo de idealistas,que o Instituto apela para todas as for­ças vivas da Nação, como já apeloupara o Sr. Presidente da República, emrepresentação entregue no Palácio daAlvorada em 30 de outubro último.

Sr. Presidente, concomitantemente, oInstituto Histórico e Geográfico de São Vi­cente encaminhou ao Sr. Presidente da Re­pública o seguinte ofício:

São Vicente, 23 de outubro de 1973

"Exmo. Sr.

O Instituto Histórico e Geográfíco deSão Vicente, sem fins lucrativos e deUtilidade Pública, por Lei Municipaln.? 1.025/64, toma a liberdade de virà presença de V. Ex.a , em seu momentode aflição, pois está ameaçado de des­pejo e fechamento pela Caixa Econô­mica Federal, proprietária do edifíciofloristico que o mesmo Instituto ocupahá quatro anos e onde mantém MuseuHistórico e Geral da Cidade, Bibliote­ca Pública, noíe a maior e melhor doLitoral Paulista, Cursos diversos e gran­des Exposições históricas, artístícas, ar­tesanais e folclóricas constantes, suo:vencionadas pela Prefeitura Vicentina,à rua Frei Gaspar 280, nesta cidadede S. Vicente.O pior, Exm.o Presidente, é que estesodalicio não tem para onde levar einstalar tamanho acervo material etantos departamentos, devendo assim,sossobrar e desaparecer ante o golpeinesperado, promovido através do lan­çamento de um Edital de venda pelareferida Caixa, estabelecendo o preçode dois milhões e seiscentos mil cru­zeiros, com 20% à vista e o restantea prazo de 15 anos, o que facilita aaquisição pelo particular rico e seden­to de lucro, pela perspectiva de um lo­teamento rendosíssímo que inclui a des­truição de tudo e o armazenamento dobelo parque floristico de 7.200 metrosquadrados, no melhor ponto turísticode S. Vicente.Exm.o Presidente, o Instituto Históricosente-se confuso diante do fato consu­mado, lamentando a falta de aviso ape­sar da preferência que deveria ter pe­la ocupação longa, alta e nobre quedá a propriedade, das despesas que ne­la tem feito para conservá-la e melho­rá-la, e, finalmente, pela proposta decompra que fez ao Sr. Presidente dareferida Caixa - dr. Gianpaol Falco- em setembro do ano passado - hámais de um ano portanto - até hojesem resposta.O Instituto Histórico sente que não po­de concorrer com o capitalista, mas es­tá disposto a pagar o preço pedido pelaCaixa - os dois milhões e seiscentosmil cruzeiros - que não é exagerado,mas, na forma da proposta feita hámais de um ano, precisa de um como­dato curto, de três .ancs, procedendo opagamento, como prazo necessário pa­ra reunir e obter os recursos já pro-

metidos, para liquidação rápida do dé­bito total.A diretoria do sodalícío vê em VossaExcelência, o último recurso para aemergência, tomando a liberdade depedir-vos a bondade de uma interven­ção junto à Presidência da Caixa Eco­nômica Federal, no sentido da aceita­ção da proposta que lhe fizemos, dapreferência aos que não procuram lu­cro e sim possibilidade de dar luzes ebeleza ao povo, salvando ao mesmotempo de retalhamento particular, ouloteamento, do belo' parque, que mi­lhões de forasteiros, do Brasil e domundo, visitam a cada ano; evitandoo que chamaremos de desastre de civi­lização e cultura, coisas tão defendi­das pelo vosso governo revolucionário,anulando tão rude golpe ao interessesuperior do povo e das gerações futuras.A vossa excelência, ao vosso espíritode justiça, que tem socorrido e prote­gido, ao que sabemos, várias institui­eôes culturais e cientificas, a Direto­ria deste Instituto, composta de idea­listas que tudo dão de si, gratuitamen­te, em favor da elevação da sociedade,da comunidade da Pátria, confia emVossa Excelência e agradece a atençãoque lhe for dispensada, na expectativade um nobre gesto do grande Presi­dente, em favor da Cultura e do ver­dadeiro Turismo: única razão que ins­pirou o magnífico Deputado Federal,Representante do nosso povo na Câma­ra. _ Athiê Jorge Coury - a aceitara incumbência de ser o portador desteapelo e defensor da nossa causa.Com o nosso agradecimento antecipa­do, subscreve-se de Vossa Excelência,Francisco Martins dos Santos - Pre­sidente.

Sr. Presidente, srs, Deupjados, um dosmaiores jornais do Brasil, A Tribuna, deSantos, publica o seguinte, sob o título "Opassado estã em leilão":

"Está à venda um dos mais belos eantigos prédios de São Vicente, a man­são ajardinada da Rua Frei Gaspar n.o280, que já foi residência do Barão KurtVon Pritsvwilt, e 110je guarda as re­Iíquías mais caras da cidade: o museu,biblioteca e pinacoteca do InstitutoHistórico e Geográfico de São Vicente.A sorte do prédio - ser transformadonum conjunto residencial, ou num su­permercado - depende do que ficardecidido até amanhã às 18 horas, quan­do vence o prazo estipulado pelo editalda Caixa Econômica Federal (proprie­tária do imóvel), para que algum com­prador se habilite. Em torno dessa es­paçosa construção - 35 salões, váriosbanheiros, terreno de 7.200 metros qua­drados, área florida e arborizada, a me­nos de duzentos metros da praia - sus­citou durante toda esta semana umapaixonado debate em São Vicente, en­volvendo desde a elite cultural até omais simples cidadão."Querem destruir tudo; meter a pica­reta na casa do Barão; acabar com oúnico museu da cidade. Se o Barão VonPritsvwilt fosse ainda o dono, ele doa­ria a casa ao Instituto Histórico", dizuma idosa senhora alemã, contemporâ­nea do Barão. Tentando ganhar a cor­rida contra o relógio, e menos saudo­sista, o presidente do Instituto Históricoe Geográfico de São Vicente, o histo­riador Francisco Martins dos Santos,iniciou no final do mês passado um mo­vimento envolvendo toda a BaixadaSantista, para conseguir que o prédionão seja vendido ou derrubado. ;Ele

quer o casarão para o Instituto. E nãofaz por menos:

"Ex.mo Sr. Presidente da República, Ge­neral Emílio Garrastazu Médici: O Ins­tituto Histórico e Geográfico de São Vi­cente, sem fins lucrativos e de utilidadepública, toma a liberdade de vir à pre­sença de V. Ex.a , em seu momento deaflição, pois está ameaçado de despejoe fechamento pela Caixa EconômicaFederal, proprietária do edifício e par­que florístico que o mesmo Institutoocupa há quatro anos e' onde mantémMuseu Histórico e Geral da Cidade,Biblioteca Pública, hoje a maior e me­lhor do litoral paulista, cursos diversose grandes exposições históricas, artís­t~cas, artesanais e folclóricas, subven­cíonadas pela Prefeitura vícentína".Junto com essa casa e esse imenso jar­dim, segundo o historiador, vão a tra­dição das velhas mansões vícentínas,onde moraram "barões e condes do ca­fé", e "a última oportunidade de SãoVicente, CeHula Mater da Nacionalida­de, ter o seu museu, um lugar ondemostrar o seu glorioso passado históri­co e a sua cultura presente. Desenca­deando o movimento, que envolve oPresidente da República, através da in­terferência do Deputado Feder,,! vthíêJorge Coury (portador da ('ort,· 'c"itapelo historiador e enviada ao Presi­dente), o Comendador Alberto Ferreiravice-presidente do IHGSV; e 'toda delite cultural e população da Baixada"o historiador Martins dos Santos di~que quer o direito de o Instituto tam­bém fazer a sua oferta, o seu lance navenda do imóvel. Isto porque "a CaixaEconômica Federal ignorou, completa­mente, a nossa oferta de compra, apóstrês anos de comodato (cessão gratuitadesde 1970)".

Os Cavalos Brancos do Barão

Em setembro do ano passado, o museudo IHGSV viveu alguns dos seus muitospontos altos em termos de cultura e tu­rismo. Realizou a VII Exposição de His­tória e Arte Imperial, em comemoraçãoao 150.° aniversário da Independéncià,mostrando peças. obras históricas e ma­nuscritos inéditos, descobertos pelo his­toriador Francisco Martins dos Santos,sobre a independência do Brasil e suarelação com a Baixada Santista. Essamostra de história (incluiu também sa­las fixas de festas e tradícõcs. animais,flora da região, pedras preciosas e ar­tesanato regional) recebeu a visita de80 mil pessoas, dos mais Iongínquospontos do Brasil.Agora estava preparando a sua 8.a Ex­posição Oficial, com a colaboração daPrefeitura, dedicada ao Ano Nacionaldo Turismo, com 22 salas e salões exi­bindo peças de arte de todos os Esta­dos, Territórios, com suas belezas prin­cipais, festas e tradições, atividades evultos típicos, economia, fauna e flora,minerais e riquezas industriais, commapas, paisagens, "dando uma visãototal e magnífica do Brasil, em todos ossetores e dimensões", diz Martins dosSantos.

Onde será montada, agora, a expo;~sição?"O pior, Exm,o Presidente, é que o nos­so sodalíeío não tem para onde levar ainstalar tamanho acervo material etantos departamento, devendo assim,soçobrar e desaparecer ante o golpeinesperado, promovido através do lan­çamento de um edital de venda pelareferida Caixa Econômica Federal esta­beíecendo o preço de dois milhões e

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iIi'&s quinta-feira. 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Novembro de 1973

seiscentos mil cruzeiros, com vinte porcento à vista e o restante a pr~'7" de15 anos, o que facilita a aquisição porparte de algum particular rico e se­dento de lucro, pela perspectiva de umloteamento rendosíssímo que inclui adestruicão de tudo e o arrasamento dobelo parque f1orístico de 7.200 metrosquadrados, no melhor ponto turístico deSão Vicente".O historiador percorre o prédio, con­tando detalhes da sua história, paramelhor esclarecer a posse, que pertenceà Caixa Econômica:"l!: um prédio soberbo, uma das melho­res áreas verdes particulares da cidade.Aqui morou, durante muitos anos, o Ba­rão Pritsvwilt, homem ligado ao café,ex-gerente da firma de café e navega­ção Teodoro Willys. Ele era um dos mui­tos ricos estrangeiros que preferia, naépoca áurea do café, morar em São Vi­cente, devido ao nosso clima privile­giado. O Barão gostava da tradiçãogermânica: criava rãs, num lago jun­to à casa da criadagem (com mais dedez salas, em prédio à parte, nos fundosque dão para a Rua João Ramalho); epossuía cavalariça vasta, com muitoscavalos brancos, das quais ainda res­tam as cocheiras no fundo do terreno,coladas ao muro que dá para a RuaVisconde do Rio Branco".Segundo a tradição, o prédio teria sidovendido para uma senhora casada comum argentino e por isso chamada de"argentina", logo ao estourar a GrandeGuerra, quando muitos alemães deixa­ram o País, entre eles, possivelmente,o Barão (hoje não se sabe onde eleestá). Os herdeiros da senhora argen­tina teriam vendido a casa ao médicoFrancisco Jarussi, que ali montou o Ins­tituto São Vicente. Posteriormente, acasa foi transferida à Caixa EconômicaFederal. .

Caixa não avisou

"Exm.o, Presidente, o Instituto Histó­rico sente-se confuso diante do fatoconsumado, lamentando a falta de avi­so apesar da preferência que deveria terpela ocupação longa, alta e nobre quedá à propriedade, das despesas quenela tem feito para conservá-la e me­lhorá-la, e, finalmente, pela proposta decompra que fez ao presidente da referi­da Caixa, Gianpaolo Falco, em setembrodo ano passado - há mais de um anoportanto - e até hoje sem resposta. ÓInstituto Histórico sente que não podec~mcorrer com o capitalista, mas estádísposto a pagar o preço pedido pelacaixa, que não é exagerado, mas naforma da proposta feita há mais de umano, precisa de um comodato curto detrês anos, precedendo o pagamento' co­mo o prazo necessária para obter e 'reu­nir os recursos já promertdos, para aliquidação rápida do débito total."O historiador comenta com ironia: ­"enquanto a Caixa Econômica mostratotal desinteresse em preservar o nossomuseu e o IHGSV, uma das mais im­portantes associações culturais da Bai­xada, noticia em seu jornal interno ainstalação de um museu em Brasília,com financiamento da Caixa". Mostrao recorte do jornal: "há duas realiza­ções que são no momento mais simpá­ticas aos nossos colegas de Brasília: achamada operação Transbrasil e a or­ganização do Museu da Caixa Econômi­ca Federal. O Museu, além de todo ovalor cultural que representa, é tambémum esforço de tentar preencher emBrasrlía uma lacura da qual a cidademuito se ressente: o passado".

o hlstorlador diz sentido, que o que aCaixa quer fazer com o IHGSV, "é por­tanto. uma atitude totalmente incoe­rente".

Martins dos Santos lembra o quanto re­presenta para a iradi -ão histórica dacidade mais antiga do Brasil a existên­cia do museu e do Instituto: "Tonos 200cadeiras (sócios) no IHGSV, 80 delasde fundadores. Várias figuras do Brasile do exterior são nossos membros ho­norários (David Carneiro, e o embaixa­dor de Portugal, Hermano Saraiva).Nossa Biblioteca tem 20 mil volumes ea freqüência é apontr da por estatísti­cas em 270 consulentes diários, comestudantes de todos os níveís e de 14faculdades. NeSSa biblioteca temos se­ções de mapoteca, hemeroteca eIeono­grafia (fotografias). o nosso museu temde tudo sobre arte antiga e moderna,e documentos inéditos para a históriado Erasil. Mantemos cursos de encader­nação e douração, cerâmica, história,literatura, dança clássica e teatro. Paraonde iremos se o prédio for vendido?""A diretoria do sodalício vê em S. Ex.ao último recurso para a emergência, to­mando a liberdade de pedir-vos a bon­dade de uma intervenção junto à CaixaEconômica Federal no sentido da acei­tação da proposta que lhe fizemos dapreferência aos que não procuram lu­cro e sim possibilidade de dar luzes ebeleza ao povo, salvando ao mesmo tem­po do retalhamento particular, ou lo­teamento do belo- parque que milhõesde forasteiros, do Brasil e do mundo,visitam a cada ano; evitando o que cha­maremos de desastre da civilização ecultura eoísas tão defendidas pelo vos­so gov'erno revolucionário, anulandotão rude golpe ao interesse superior dopovo e das tuftu'ãs gerações. Sabemosdo espírito de justiça de V. Ex.a em fa­vor da cultura e do verdadeiro turismo".Flores silvestres crescem junto às or­quídeas plantadas pelo hâstorlador, quequer instalar balanços para as cnançase montar nos jardins de árvores secula­res e fortes, uma bilioteca infantil. Hápaz no prédio, e também a determina­ção de vitória do historiador. Lembraas lendas do Barão, contadas pela se­nhora alemã e velhinha:

"Onde hoje fica o supermercado, na es­quina da Rua Visconde do Rio Branco,morava um rico estrangeiro, com umavenda de sobrado. Um dia o estrangeirocomprou um rádio e o ligava alto, paraque todos ouvissem a música. O Barão,incomodado em seu silêncio, mandoudizer ao comerciante que os vizinhos ti­nham ouvidos delicados. O vendelro res­pondeu: na minha casa mando eu. OBarão comprou-lhe a casa, mandou acópia do contrato com um bilhete:"agora a casa é minha, desligue orádio".

Leio, Sr. Presidente, a seguir, relato pu­blicado pel g r a n d e matutino santista,A Tribuna de Santos, a propósito da ques­tão:

O historiador Francisco Martins dosSantos acredita que somente dia 17 aCaixa Econômica Federal divulgará onome do vencedor da eoncorrêncía paravenda do prédio 280 da Rua Frei ~a2­

par, onde funciona o Museu e'Exposiçaode São Vicente. O prazo para entregadas propostas, segundo edital publica­do pela CEF em 15 de outubro, encer­rou-se ontem, em São Paulo. O preçopedido é de Cr$ 2,6 milhões, com 20%de entrada e o soldo financiado em 15anos.

Segundo informação do presidente doInstituto Histórico e Geográfico de SãoVicente, o Deputado federal Athiê Jor­ge Coury e o estadual Del Bosco Amaraldeverão manifestar-se esta semana, naCâmara e na Assembléia, sobre o pre­juízo cultural e turístico que São Vi­cente sofrerá, se for concretizada avenda do casarão. Martins dos Santosdivulgou, ainda, cópia de telex passa­do por Athié a Giampaulo Falco, pre­sidente da Caixa Econômica, adíantan-,do que o "assunto em questão haviarecebido parecer favorável da coorde­nadoria do patrimônio da empresa, .napalavra do Dr, Edio José Silveira", nosentido de ser aceito o comodato portrês anos com o IHGSV.Referindo_se à venda do prédio ondefunciona o Musel e Exposição de SãoVicente, o presidente do Centro de Es­tudos Históricos de Santos, sr. WalterMarcelo de Lima, disse, em carta ende­reçada a este jornal, que "é profunda­mente lamentável, não apenas pelo fu­turo ato de vandalismo que possa des­truir relíquias tão importantes. Histó­ria é vida, onde existe vida existe hís-,tória e vice-versa. Mate a vida, morrea história, destrua a história, acaba avida". .

O presidente do CEH disse ainda que"só podemos entender o futuro, vivendosobre o passado, com os nossos pés nn,cados solidamente no chão do presente.Povo sem história é uma caricatura, depovo, ou melhor, nem povo é". Depoisde citar como exemplo a Europa, ondeo patrimônio é defendido e resguar­dado, e representa o êmulo da fonteeconômica fundamental de alguns paí­ses - o turismo -, Walter Marcelo deLima afirma que "nós ainda somosmuito crianças culturalmente, para en­tender certas necessidades, talvez porisso possamos desculpar certas afirma­ções infantis de gente que acha que oprogresso não deve respeitar o passa­do, como se aquele não tivesse raízesprofundas neste. E o que é o passadosenão a própria história, esta mesmahistória que se quer relegar ao planode sexo de anjo, ou qualquer outracoisa sem importância".Finalizando, o presidente do Centro deEstudos Históricos diz ainda em suacarta- que "não faz muito tempo que sereviveu neste país a época da Indepen­dência, e creio não ter fugido da lem­brança de todos as imagens da propa;ganda patriótica do Sesquicentenário.Mas eu pergunto: Onde foram buscara matéria-prima de propaganda paraesta campanha. Acho que não precisa­mos alongar-nos mais, para provar aimportância da história. Não precisa­mos estender-nos para mostrar o quan­to importante é preservar o nosso pa-

~~~~m~s,h~;ffi~~s,iS~o~úg~~~~s~'~g:jetos antigos e principalmente, os nos­sos sambaquis."É preciso saber agora, no presente,que, se destruirmos o passado, o futuronos julgará. A responsabilidade é gran­de, e todos aqueles que quiserem de­predar o nosso passado histórico quenão se esqueçam que a própria históriaos julgará, como um filho que ditará asentença ao assassino de sua mãe."

Sr. Presidente, o Instituto Histórico eGeográfico de São Vicente, como já disse,está ameaçado de ser despejado e fechadopela Caixa Econômica Federal, proprietá­ria do imóvel. Há quase quatro anos, con­forme já relatei, esse prédio vem sendoocupado por aquele instituto. Se isso acon-

. tecer, o maior património cultural e artís.

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Novembro d.e 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Quinta-feira 22 91~

tico da cidade, representado pelo MuseuflistóÍ"ico e Geográfico de São Vicente, Bi­blioteca pública, Cursos de Exposições His­tóricas Artísticas, Artesanais e Folclóricas,sofrerã colapso de difícil recuperação.

Encaminhei carta ao Presidente da Re­pública que o n.o 009361 no protocolo, etendo certeza de que o grande PresidenteEmílio Garrastazu Médici interferirá nocaso. Além do mais, conheço bem o Presí-

·dente da Caixa Econômica Federal, o ilus­tre Prof. Giampaulo Falco e estou segurode que, diante desses fatos que estou r<:;gi.s­trando ele irá impedir a venda do prédio,cumprindO o prometido ao Instituto Histó­rico e Geográfico de São Vicente.

Faço daqui um apelo não só ao Presiden­te da Caixa Econômica Federal, mas a to,dos os seus diretores, no sentido de queevitem a destruição desse patrimônio histó­rico. O Prof. Giampaulo Falco, além degrande administrador, é homem culto, por­tanto, há de ser sensivel ao problema., Impedir a venda do imóvel não trará be­

nefício apenas àquela cidade. O empreen­dimento é de interesse de todo o Brasil,afirma o historiador Francisco Martins dosSantos, e enquanto a Caixa Econômica Fe­deral mostra total desinteresse em preser­var uma das entidades culturais mais im­portantes da Baixada, está instalando, em'Brasília, em prédio próprio, o museu da'empresa. A atitude dos Diretores da Caixa.

'"Econômica Federal é importante, disse oPresidente do Instituto Histórico e Geográ­

,fico de São Vicente, ao informar que a di­retoria decidiu enviar apelo ao Sr. Presi-

·dente da República, dado o enorme interes­se que S. Ex." vem demonstrando para comos empreendimentos culturais, citando in­clusive frase de S. Ex.": "cultura é dever doEstado". Concluindo, afirma que acreditano espírito de justiça dos nossos governan­tes.

Eis, Sr. Presidente, o apelo que venho fa­zer, desta tribuna da Câmara dos Depu­tados, ao Bxmo, Sr. Presidente da Repú­blica Federativa do Brasíl e ao Sr. Presi­dente da Caixa Econômica Federal, no sen­tido de que impeçam a destruição desse pa­trimônio histórico daquela cidade cellulamater da nacionalidade, monumento daHistória pátria, que é São Vicente. (Muitobem. Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) ­, Tem a palavra o Sr. Orensy Rodrigues.

O SR. ORENSY RODRIGUES - (Pronun­eía o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, sendo agricultor, veterinário e

. pecuarista, representante destas classes doEstado de São Paulo, não poderia perma­necer indiferente aos problemas que o Paísenfrenta nos dias de hoje relacionados coma sua política partidária e econômica. Na­cionalista independente, jamais tive ten­dência a apoiar grupos que não fossem ge­nuinamente nacionais, de esquerda ou en­treguístas.

Tendo-me filiado, pela primeira vez, aoPartido do Governo e sido eleito DeputadoFederal por São Paulo, sem vinculações comqualquer dos Partidos extintos pela Revolu­ção, pensava eu em ser útil ao meu Estadoe ao Brasil, emprestando, espontaneamen-

· te a minha colaboração. Infelizmente, tenhode reconhecer que no Partido do Governo- heterogêneo em sua formação pela ori­gem da maioria dos membros que o domi­nam - Deputados da nova geração não têmoportunidade alguma de assessorar os ór­gãos governamentais, emprestando gratui­tamente os seus conhecimentos adquiridosna prática e no trato dos problemas, paraque não se incorra em graves erros empíri­cos, até por deconhecinfento quase total decertos aspectos técnicos e práticos das att-

vidades econômicas e sociais dos nossos dias.Como exemplos, citamos, dentre muitos, aproblemática da carne, o Plano Nacional deHabitação, a ação do IBDF e a doutrinaçãopolítica partidária.

O nosso Partido, destituído de filosofiadoutrinária e de cobertura dos governosestaduais, tendo em seu bojo homens quese dizem do Governo mas não desfrutamde qualquer prestígio, haja vista o não aten­dimento de justas e necessárias reivindica­ções que se fazem, em nome de suas regiões,aos governos estaduais e que, se atendidas,fortaleceriam os parlamentares e o próprioPartido do Governo junto ao povo, carecede estímulo aos seus componentes.

Achamos mesmo que o abrandamento doRegime, em relação aos corruptos, nos temdesprestígíado em nossas regiões.

A submissão de certos homens públicos, oprazer do servilismo e de agradar ao Go­verno chega a tal ponto que o Regime temdemonstrado até não se sentir muito tran­qüilo com o quadro demais eufórico e oti­mista pintado pelos que representam o nos­so Partido. Talvez uma paisagem mais rea­lista fosse mais producente para o Governo,que veria que nem tudo são rosas por esseBrasil a fora ..•

No nosso Partido, principalmente em SãoPaulo, onde grandes grupos politicos se di­gladíam pela posse e permanência no Po­der, os Deputados jovens não têm qualqueroportunidade. Os homens que o dominamsão os antigos políticos semanescentes doademarlsmo, do sodresísmo, do [anlsmo, dolaudinismo, ao lado da grande corrente donosso maior líder o Senador Carvalho Pin­to, que representa o último sustentáculo damoral, do civismo e da capacidade adminis­trativa do grande Estado bandeirante e queestá relegada até o momento, a plano se­cundário, embora constituida de políticossem pretensões maiores, de formação de­mocrática e nacionalista, que jamais pode­riam desempenhar o papel ridículo de ba­juladores de valores inexistentes ou me­díocres, como os que se dizem mentores dechefetes politicos do Estado, tentando ofus­car membros e Deputados do Partido, atra­vés do não atendimento às reivindicaçõesregionais de que são emissários e até des­cumprindo as normas partidárias. São pes­soas que não comungam com os ideais re­volucionários - lobos com pele de cordel­1'0, isto sim, prestigiados e atendidos peloGoverno Estadual.

Apresentei e foi aprovado pelas ComissõesTécnicas da Casa, com pareceres favoráveise pronto para a Ordem do Dia e apreciaçãodos Srs. Deputados, o Projeto de Lei n.o246/71, que estabelece as normas básicas definanciamento para cria, recria e engordado gado bovino de corte. A finalidade daminha proposição é evitar que crises deabastecimento de carne bovina viessem aocorrer, como a que assistimos agora, in­felizmente, no País, pois teríamos fornecidoum crédito adequado aos pecuaristas tradi­cionais que são os responsáveis pelo abas­tecimento da população e fornecimento doexcedente exportável.

·Como os nobres colegas devem saber, osfinanciamentos para a pecuária de corte,em termos reais e econômicos, são inexis­tentes do Centro-Oeste do País, região demaior potencial pecuário, que dispõe demais ou menos 52.000.000 de bovinos e que,juntamente com o Rio Grande do Sul, quepossui mais ou menos 12.000.000 de cabe­ças, representa o sustentáculo da pecuáriade corte do Brasil, uma vez que o desfrutenestas regiões chega a 20% e a média doBrasil atinge, no máximo, 10%.

Não fora o Banco do Brasil, que finan-'eía até 1.000 salários-mínimos para cadaprodutor do Centro-Oeste, poderíamos di­zer que inexistem financiamentos aos pe­cuaristas daquela região, apesar de saber­mos que com Cr$ 300.000,00 só se adquire,no máximo, 150 Vacas de cria. Mas, in­felizmente, nas agências do Banco do Bra­sil, nos Estados integrantes do Brasil Cen­tral, normalmente não existe disponibilida­de de crédito necessário para o atendimen­to sequer de 10% dos criadores que preten­dam investir nessa atividade, que é a criade gado de corte.

Quando se fala em cédula rural, pode-seassegurar que a esta beneficia quase queexclusivamente os frigorificos. Quando desua emissão, os animais já. foram abatidose os produtores ainda são obrigados a ava­Iísar a cédula rural para que a mesma pos­sa ser descontada nos bancos oficiais ouparbícvlares. E o pecuarista ainda é obriga­do a apagá-la, caso o frigorifico entre emconcordata ou insolvência, como já temocorrido com muita freqüência no País.

Os financiamentos do CONDEPE são ina­dequados, inviáveis pelo alto custo do pro­jeto, pelas exigências técnicas, correção mo­netária e obrigatoriedade de imobilização,que vai até 50% do total do crédito aberto.O PROTERRA, muito útil ao Pais, emboratendo sua maior área de atuacão nas Re­giões Norte e Nordeste, usufrui de resulta­dos a longo prazo. No que se refere 8.015 pla­nos da SUDAM para a pecuária, onde osincentivos fiscais beneficiam quase que ex­clusivamente os industriais, os donos c:osincentivos a aplicar são çompletamente des­tituídos do know-how, salvo algumas exce­ções de aplicações feitas por homens tradi­cionais da atividade pecuária. Seus êxitossó no futuro saberemos. a não ser em ter­mos de posse e dominio de território na­cional, o que é muito importante.

No momento, Srs. Deputados, S. Ex.a oSr. Ministro da Fazenda pretende baixar opreço da carne em 400/,; do preço de com­pra aos produtores, isto é, de Cr$ 120,00 porarroba para apenas crs 90,00.

Os homens responsáveis pela produção ecomercializacão de bovinos de corte estãosendo responsabilizados pela alta de preçosda carne, o que logicamente influiria nataxa de inflação geral de 12% asseguradapor S. Ex.a para o corrente ano.

Mas, quando assistimos ao aviltamentode preços de produtos industrializados emão-de-obra para o setor agrícola, nãotemos conhecimen' o de nenhuma medidagovernamental que viesse limitar esta on­da altista.

Como exemplo, dentre muitos, citarei al­guns produtos de utilidade na pecuária: Ca­mionete Chevrolet, de Cr$ 30.000,00, emmenos de 90 ou 120 dias, passou para Cr$38.400,00; arame farpado. de Cr$ 94,00 aroda para Cr$ 140,00: o sal comum, de Cr$7,00 para Cr$ 9,00 a Cr$ 10,00. por 30 qui­los; sais minerais, de crs 45,00 para Cr$65,00; serviços de formação de novas pasta­gens, de Cr$ 1. 000,00 para Cr$ 2.000,00 poralqueire paulista; construção de cercas dearame farpado, de 4 flos, com lasca dearueíra, de Cr$ 1.550.00 para Cr$ 3.000.00o quilômetro; na construção de açudes paraaguadas, de Cr$ 30.00 a hora do tratorFIAT, 70 CI, passou a Cr$ 60,00 a hora detrabalho; reprodutores Nelores comerciais,de Cr$ 3.000,00 para Cr$ 5.000,00 a cabeça.

Se analisarmos os preços altístas das va­cinas necessárias à imunização do gado, ci­tarei o caso da utilizada para a febre afto­sa. por ser a doenca que mais prejuízo cau­sa à pecuária de "Ql'te. Seu preço evoluíu

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.100 Quinta-feira 2Z

de Cr$ 300,00 por 1.000 doses para Cr$'100,00.

Estes são alguns exemplos que cito nocampo da atividade pecuária, não me re­ferindo, no momento, aos preços atuais deadubos, insumos modernos, máquinas e ím­plementos agrícolas, onde o produto é quaseinexistente e os preços proibitivos.

O Sr. Delson Searano - Nobre DeputadoOrensy Rodrigues, V. Ex.a faz a esta Casaum relato sobre os preços dos insumos ne­cessários à atividade rural, demonstrandoa- alta do custo desses mesmos insumos, depoucos meses a esta parte. Tenho eu a lm­pressão de que V. Ex.a faz essa demonstra­ção para provar ao País e ao consumidorbrasileiro que aquele cidadão que vive nasua propriedade rural, quer criando ou en­gordando o seu gado, ou lidando com aagricultura, não é tanto U1n privilegia­do, quanto dizem por aí alguns me­nos avisados, com referência à profissãode agricultor. Devo dizer a V. Ex.a que, naverdade, é muito raro encontrarmos umproprietário rural que não tenha um finan­ciamento agrícola nos bancos oficiais ounos bancos particulares, sempre renovando,permanentemente, os seus débitos, porquenunca houve possibilidade de sobrantes, ne­cessários para fazer face às safras futuras,ou mesmo para a aquisição de garrotes, debezerros ou de boi magro para levar paraseus pastos. Evidentemente, V. Ex.a mos­trou, com precisão, ser essa uma classemarcada muitas vezes por algumas demons­trações falsas. Então é a agricultura quepermanentemente tem de pagar alto preçopara todos os investimentos e até para opróprio desenvolvimento nacional. V. Ex.",demonstrou multo bem, numa pequena es­tatística, o valor em que se encontram ho­je os insumos necessários à sobrevivênciade uma propriedade rural. Bastaria essequadro, para não citar os confiscos impos­tos à agropecuária brasileira, de tal montaque assusta qualquer cristão. Veja V. Ex."que ainda agora o Sr. Ministro da Fazendabaixou Portaria confiscando 500 dólares portonelada de carne exportada. O café, porsua vez, está com 32 dólares de confisco,o mesmo ocorrendo com o soja, o açúcar eo cacau. Enfim, não existe, hoje, produtoque, advindo da terra, não sofra esse fa­migerado confisco. No entanto - e V. Ex."poderá observar isso - com tristeza li nosjornais de ontem que um eminente emíssáríodo Banco Central se encontra na Europa, afim de adquirir carne para ser exportadapara o nosso País. Declara aquela autori­dade do Banco Central que o Brasil subsi­diará, pagará a diferença do produto a serimportado, para não sacrificar, natural­mente, a aquisição pelo produtor. Ora, vejaV. Ex." a disparidade de comportamento:com relação aos produtos industrializados, oGoverno paga para que o industrial passaexportar, dá os subsídíos do rCM para queele possa empregar no mercado interno na­cional, como recurso e obbencâo de meiospara sua sobrevivência. Quando se trata doproblema agropecuário, dá-se a impressãoao público de que o produtor é um grandeexplorador da massa humana brasileira oque é uma inverdade. V. EX,a, melhor 'doque ninguém, sabe que o homem no cam­po é mal remunerado, o produtor em si émal remunerado. Se existem atravessadorese aqueles que procuram elevar o custo da~ercadoria produzida, esses devem ser pu­nídos pelo Governo. Mas o fazendeiro, o si­tiante, aquele que amaina a terra com osuor de seu rosto, trabalhando para o en­grandecimento do Pais, merece um trata­mento melhor, sobretudo um tratamentomais humano, mais condigno. Não poderá~amais existir neste País o progresso comque todos nós sonhamos, a grandeza para:e. qual está caminhando, a fim de alcançar

DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio J)

seu grande objetivo - a redenção econô­mica nacional - sem que a lavoura e a pe­cuária recebam o tratamento que lhes sãodevidos pelas autoridades federaiS. Não pre­tendo, neste meu aparte, razer censura aoGoverno, por não ter atentado para os pro­blemas da nossa agropecuária. Ao con­trário, acho que o Governo está olhandorazoavelmente para a nossa agricultura.Mas certos lances, frutos de motivações,precisamos contestar, como homens do Go­verno, cooperando para que realmente hajatratamento melhor -para o homem do cam­po, da pecuária.

O SR. ORENSY RODRIGUES - Agradeçoa V. Ex.a o aparte, que incorporo ao meumodesto pronunciamento.

Quando S. Ex.a, o Sr. Ministro da Fa­zenda, toma essas medidas contra o produ­tor rural. diz ser em beneficio do consumi­dor nacional de quem só se lembra quandotem de tratar de produtos como a carne eo leite, que o pecuarista está sendo obrigadoa subvencionar há muitos anos. Quando es­tão em pauta os produtos industrializados,S. Ex." nunca se lembra de que também so­mos consumidores nacionais.

Por exemplo. o carro Mustang custa, nosEstados Unidos, 5 mil dólares, ou sei a, 30mil cruzeiros. No Brasil, com 30 mil cruzei­ros conseguimos apenas comprar um auto­móvel modesto, Ohevrolet ou Opala Espe­cial, de apenas 90 cavalos, Então, quandose trata de produtos que não a carne e oleite, nós, consumidores nacionais, não te­mos condições de obter beneficio direto doGoverno, principalmente o homem do cam­po, para aquisição de tratores, máquinas,ímplcmcntos, sementes etc.

No momento, S. Ex.a o Sr. Minístro daFazenda, faz uma série de pressões contraos pecuaristas do Brasil Central.

Mas, como dizia, 81'S. Deputados, agora,S. Ex.a o Ministro da Fazenda, quer lançarsobre os pecuaristas toda sua ira e capaci­dade de pressão. Não poderemos admitirtão grande ínjustíça contra uma classe queenriqueceu à custa do trabalho, da econo­mia, da persistência, até mesmo passandocertas necessidades, e que nunca viveu den­tro do padrão econômico que desfruta.

O Sr. José Carlos Fonseca - EminenteDeputado orensv Rodrigues, nada tenho aver com a política de São Paulo, analisadapor V. Ex." no inicio do seu brilhante pro­nunciamento. Todavia, como o fulcro dodiscurso de V. Ex." incide sobre a econo­mia rural brasileira, julgo-me no dever departicipar das apreensões trazidas a estaCasa, fruto da sua experiência, dedicação etrabalho. V. Ex.a se lança a este problemada economia agropecuária do País, tanto naregião de São Paulo, com brilhantismo re­presentada por V. Ex.a, quanto nos Estadosvizinhos, onde V. Ex." detém, com o grupoque representa, uma grande parcela da pro­dução pecuária do País. De fato, a expe­riência tem demonstrado que, toda vez quese pensa lançar mão de qualquer inovaçãona economia rural do Pais, surgem ime­diatamente os confiscos, para que atravésdeles, os Governos sustentem sua política deexpansão industrial. É verdade que, apesardo surto industrial por que passa o País e,mais, dos reais e efetivos estímulos que osGovernos da Revolução vêm dando à agri­cultura brasileira, nos últimos 10 anos, aagricultura do País continua a ser o gran­de sustentáculo do desenvolvimento nacio­nal. Essas desastrosas experiências - comoaconteceu, por exemplo, no caso da erradi­cação, quase criminosa, do café em meu Es­tado resultam sempre de uma política deimproviso, em que, à base de estatísticasfalsas, as autoridades desíntormarías e res­ponsáveis pelo setor da economia rural bra-

Novembro ele 1973

síleíra manipulam soluções inviáveis e atémesmo absurdas, que redundam quase sem­pre em prejuízo do homem que produz nointerior do País a riqueza brasileira, Por­tanto, Sr. Deputado, como testemunho defatos mencionados em seu discurso, onde V.Ex." aborda com sabedoria o crucial proble­ma da produção agropecuária brasileira,quero congratular-me, neste ensejo, com ofelíz pronunciamento de V. Ex."

O SR. ORENSY RODRIGUES - Agrade­ço a V. Ex." o aparte. E para demonstrara pressão que os pecuaristas começam a so­frer de parte do Sr. Ministro da Fazenda,basta ver que S. Ex.a aumentou a taxa.,Está aqui, nos jornais:

"Os frigoríficos deverão recolher aos.eotres pÜblicos, em vez de 200 dólares,·500 dólares por tonelada de carne ex­portada."

E mais: S. Ex." mandou ao exterior o Sr.Diretor do Crédito Agrícola do Banco Cen­tral, o Dr, Paulo Yokota, para importarcarne, no montante de 30 ou 40 toneladas,para fazer pressão sobre os produtores na­cionais. Mas é o mesmo Dr . Paulo Yokotaquem declara que uma das alternativas en­contradas pelo Governo para evitar que osnreços continuem em alta é a importação.Entretanto, as dificuldades de abastecimen­to se verificam em todo o mundo. No Ja­pão, a carne de melhor qualidade estácustando 100 dólares, isto é, Cr$ 620,00, en­quanto aqui no Brasil estamos entregandoa carne, hoje, na base de Cr$ 3,00 o quilo doboi casado, quer dizer, dianteiro e traseirona mesma peça. Acho que não é um preçoexorbitante, se levarmos em consideracâoos preços dos produtos industrializados queo agrícultor e o pecuarista modernos têm deadquirir para renovar suas propriedades ­tratores, Implementes, insumos modernos,adubo etc. O preço do adubo é, hoje, umacalamidade pública: 300 a 350 cruzeiros. Osulfato de amônia está a mais de Cr$ 700,00.A uréia custa quase Cr$ 2,000,00 a tonelada,

Exemplífico com estes fatos para que oGoverno tome conhecimento do que ocorrepelo Brasil afora. Vejam só: terão os pecua­ristas, segundo portaria baixada pelo Minis­tério da Fazenda, apenas 20 dias para cum­prir as determinações governamentais, sobpena de o Imposto de Renda ser lançado exoffieio com multa, além da instalação deprocesso de responsabílização penal. A rnul­ta é de até 150%, caso o pecuarista não en­tregue declaração, Isto foi publicado numjornal do Rio, que tenho em mãos e quepasso a ler:

"GOVERNO FISCALIZARÁ A ATIVI­DADE PECUÁRIARIO (SUCURSAL) - O Ministro da Fa­zenda baixou portaria ontem determi­nando que todas as pessoas fisicas e ju­rídicas ligadas à pecuária informemdctalhadamente o seu movimento co­mercial desde 1.0 de janeiro a 31 de ou­tubro deste ano. As informações sobreas operações comerciais de compra evenda de gado possibilitarão ao Governoconhecer com exatidão as potencialida­des do rebanho bovino e a fixação denormas para maior controle dos preços.Os criadores, ínvemístas, abatedouros,frigoríficos ou intermediários terão 20dias para cumprir a determinação mi­nisterial, sob pena de lançamento doImposto de Renda ex officio. Isso signi­fica que se as informações fornecidasforem falsas ou incompletas, assim queconstatadas os infratores estarão sujei­tos às penalidades previstas para os ca­sos de sonegação fiscal, que incluemmulta de 150 por cento e suspensão docrédito nos bancos oficiais e privados,

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Novembro de 19'/3;

DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção D' Quinta-feira 22 91$1

~lém de instauração de processos e res­ponsahílízaçâo penal."

~ o que aguardam todos os produtores e.,pecuaristas do Brasil.

O Sr. Walter Silva - Nobre DeputadoOrensy Rodrigues, no dia seguinte à publi­cação, pela imprensa, dessa Portaria do Mi­nistro da Fazenda, em aparte ao discursode um Deputado fizemos ver a ilegalidadeda medida. A legislação tributária brasilei­ra tem por embasamento o Código Tributá­rio Nacional e o fato gerador do tributo, oua obrigação 'tributária, se desdobra em doistipos a prestação: uma prestação pecuniá­ria, que é o pagamento do tributo, e uma.prestaçâo, também positiva, um ato de ra­\zer, também previsto na lei. Ora, sabemosque o Imposto de Renda estabelece prazospara declaração de bens e de rendas, e estaPortaria, exigindo a declaração no final douno e, evidentemente, ilegal e extemporâ­nea, não havendo razão para sua edição,muito menos para seu cumprimento. Fize­mos ver também que, em 20 dias, é impos­sível aos pecuaristas fazer um levantamentodo seu estoque, pois não dispõem de conta­bilidade nem são organizados em empresasagricolas. O confisco fiscal que V: Exa, abor­da sempre foi medida antidemocrática einconstitucional contra a qual nos batemos;é também combatida pela melhor doutrinafiscal de todos os tempos, em todos os pai­ses. Dai a razão pela qual, Sr. Deputado,felicito V. Exa. pelo seu pronunciamento.Preocupa-me sobretudo o aspecto jurídicoe inconstitucional dessa portaria, e daí ter­mos protestado desta tribuna. Enquanto oGoverno não realizar uma reforma agráriacomo preconizada pelos organismos inter­nacionais, especialmente pela FAO, jamaisresolverá este problema, que está radicadoexatamente à falta de melhor distribuiçãoda terra no Brasil, para propiciar ao ho­mem do campo mais possibilidade de explo­rar os recursos naturais.

O SR. ORENSY RODRIGUES - Agra­deco-Ihe sensibilizado o aparte. Com rel a­ção ao problema da reforma agrária, achoque a terra deve cumprir sua finalidade so­cial, que é de produzir para abastecer osgrandes centros de consumo e fornecer aoGoverno um excedente exportável, com agri­cultura moderna e mecanizada. Jamais euseria favorável a uma reforma agrária quevisasse a fixar o homem à terra, sem con­dições de poder aquisitivo. Sem financia­mento para todos os produtores, jamais oGoverno poderá fixar o homem pobre àterra, Seria muito difícil obter êxito poressa reforma a não ser que se criasse umstatus econômico dentro do próprio Gover­no, No sul de Mato Grosso - Vila Glória.Vila Brasil, perto de Domados os posseirosnão têm até hoje seus títulos legalizados.Em Lguatemi realiza-se a melhor reformaagrária do Pais. O capitão Freitas é o res­ponsável por aquele núcleo de colonização.O custo das operações é exorbitante. Agoracomecam a produzir normalmente, mas porum processo um pouco empírico, ou seja,derrubar as matas ,e depois plantar. A me­canização agrícola não foi testada na refor­ma agrária implantada no País. Somos fa­voráveis à reforma agrária, mas em termosde produção e mecanização, jamais comagricultura empírica. É o nosso ponto devista. Prossigo, Sr. Presidente.

Terão os pecuaristas apenas 20 dias paracumprir determinações ministeriais sob pe­na de pagamento de imposto de Renda ex­officio, com multa de 150%, além de ins­tauração de processos de crime de responsa­bilidade penal. Isto é um desrespeito ao di­reito de propriedade, à livre empresa e àclasse que represento. É transformar pecua­ristas, homens trabalhadores, honestos e pa­triotas, que deram toda a sua existência em

benefício da pecuária e ao Brasil, e que noU1ornent~ COnleçanl a transformar a Ama­zônia Legal, Pará e norte de Mato Grossono maior celeiro de proteinas do mundo, emdelinqüentes, sonegadores, foras-da-lei oumaus brasileiros. Isto é lamentável, é inad­missível, é uma grande injustiça.

Não podemos concordar com a atitude deV. Exa. o Ministro da Fazenda. Sabemosque a Revolução é bastante forte e podetomar medidas até mais drásticas do quea que tomou em 1965, quando confiscou boisgordos e magros para abate no noroeste deSão Paulo. Temos conhecimento de que oesquema militar revolucionário conta como apoio maciço das Forças Armadas e pode,se quiser, confiscar bois, propriedades e atéprender pecuaristas. Mas isto não será umamedida ínteligente, técnica, produtiva enem aconselhável ao Governo do grandePresidente Médici, que tão boa imagem temjunto ao homem do campo, produtores etrabalhadores rurais, que tantos benefíciosreceberam desse gaúcho notável.

Não serão os pecurarlstas os responsáveispelos Indíees de inflação, tampouco pelacorrida para o progresso a que todos os bra­sileiros se lançaram, atendendo ao convitedo Presidente da República, eis que a crisea que assistimos é, ao meu ver, de desenvol­vimento e de aumento de poder aquisitivode grande parte dos brasileiros.

Concluindo, Sr. Presidente e Srs. Depu­tados, quero deixar bem claro que somentecom financiamentos reais para a cria, re­cria e engorda de gado de corte, e planeja­mento adequado de produção, poderemossuperar esta crise cíclica que a pecuáriaatravessa e sofre nas entressafras. Isto sóseria viável com homens que tivessem co­nhecimento prático, científico e de viabili­dade econômica da problemática da pecuá­ria. Jamais com teóricos de Gabinetes, oucom pseudo-amigos da Revolução.

Era o que tinha a dizer. (Muito bem. Paí­mas.)

O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Walter Silva.

O SR. WALTER SILVA - (Pronuncia oseçuinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, homem do interior, de nasci­mento, formação e vivência, e representan­te, nesta Casa, sobretudo dos meus patríciosinterioranos, desde muito moço acompanhotodos os sofrimentos e todas as angústiasda gente campesina e, por isso mesmo, sem­pre encontrei vagares, mesmo ao custo depesados sacrifícios, para examinar e estu­dar todas e quaisquer possibilidades de so­luções capazes de levar àqueles que ama­nham a terra, como proprietários, parcei­ros, colonos ou simples trabalhadores assa­Iaríados.r um tanto, ao menos, de esperançade melhores dias.

Por isso foi que, com carinho e com emo­ção, busqei assistir ao VIII Congresso Bra­sileiro de Agronomia, que se efetivou emBrasília, entre 16 e 21 de outubro último.

Muita coisa ouvi; muito aprendi. Escutei,interessado e atento a todas as conferên­cias e palestras alí realizadas; li, com pa­ciente atenção, todos os resumos e toda aintegra dos trabalhos que, escntos, foramofertados aos que estivemos presentes aoadmirável eonclave, que tantas competén­cías específicas reuniu.

Minha longa militância na advocaciatrabalhista, sobretudo àquela vinculada aosproblemas agrários, meus estudos e minhasleituras - nem seria preciso dizê-lo! - nãome autorizam, nem por isso, a apresentar­me como um entendido na matéria. Nãosou mais do que um curioso, por certo; masum curioso que vem aqui falar sobre algunsaspectos da reforma agrãría lastreado dos

dados, dos argumentos e das razões que ostécnicos expuseram, com tanta proficiênciae com tanta clareza.

Tocou-me, e profundamente, sobretudo.um trabalho especifico produzido pelo Sr.José Gomes da Silva, do qual muito me va­lerei nesta oportunidade, buscando acen­tuar para os meus colegas alguns dos as­pectos mais sérios do grande problema.

Mas, de início. quero me ater a citaçãode um pronunciamento feito pelo Enge.nheiro Agrônomo Luiz Fernando Cirne Li­ma, que com tanta competência e tantabravura cívica e moral exercitou as altissi­mas funções de Ministro da Agricultura doGoverno do Presidente Médici.

Aquele renomado técnico se opôs, com aautoridade de sua ínvulgar competência edo posto que então ocupava, à aceitaçãode um conceito que começava a ganhar,erroneamente, foros de verdade, qual aque­le que se continha neste pensamento: "Acolonização é o modelo brasileiro da Refor­ma Agrária". Afirmando, com altivez eoportunidade, que "colonização e reformaagrária são processos distintos, podendoconstituir complemento, jamais substituti­vo", o jovem técnico sul-riograndense opôsum dique ao surgimento de uma tese errô­nea como definição até mesmo estatal.

Para a Revolução de 64, toda a infra.estrutura jurídico-institucional da ReformaAgrária se assenta na Lei n.? 4.504, co­nhecida como "Estatuto da Terra", no AtoInstitucional n.? 9 e na legislação comple­mentar que regulamentou, ou modificou, ostextos básicos. O chamado Estatuto da Ter­ra, a que o Congresso Nacional deu contri­buição mínima, como da praxe hoje vigen­te e que visa à marginalização mais e maisda representação popular. tem defensoresardentes e criticos extremados. Os primei­ros acham-no eficiente e válido: os últimosconsideram-no casuistico e redundante.

Seja como for, o fato é que a Lei n.o 4.504encerra duas metades distintas, em suaessencialidade. Uma, euida da ReformaAgrária, cuja aplicação pragmática é umquase nada, cujas realizações positivas real.mente representam o mínímo dos mínimos;outra, se atém à Politica de Desenvolvi­mento Rural, e esta, segundo os entendidos,já ofereceu "importantes instrumentos demelhoria da agricultura convencional, co­mo a crlacão do atual Sistema de CréditoRural, mobílízador da rede bancária priva­da".

A pouca melhoria havida, pois, se cir­cunscreve no âmbito da agricultura con­vencional. Isto quer dizer, sem qualquerlinguagem esotérica, que a Reforma Agrá­ria, tão sonhada, tão desejada, tão útil etão necessária, menos do que continua aengatinhar.

A Lei fixou dois pólos fundamentais sobreos quais se haviam de assentar todas asprovidências tendentes a corrigir os defei­tos de uma estrutura agrícola obsoleta, tala nossa. Os tecnocratas que compuseramaquele diploma legal criaram um remédiopreventivo, que faz par com uma medica­ção curativa.

Preventivamente, partiu o legislador-re­volucionário para a tributação progressivadas terras sem cultura, e cuja destinaçãomaior é a de impedir a reaglutínaeão doslatifúndios que houvessem sido desmem­brados pela via da desapropriação; curatí­vamente, a solução foi a desapropriação porinteresse social, desmente, a solução foi adesapropriação por interesse social, desti­nada essa a fracionar os latifúndios impro­dutivos e permitir ao trabalhador rural aconquista da terra própria, mediante pla­nos de assentamento dirigido pelo Pode?Central e tornados factíveis por íntermé-

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Novembro de 1973'~U62 QuÜita-feira 22II .. DIARJO DO CONGRESSO NACIONAL (Set:áo n

dia do antigo mRA, que ti o INORA daatualidade.

A solução curativa, porém, foi abandona­da em favor dos meios ditos preventivos. Eo IBRA mais do que tudo se afeicoou tão­somente a montar um sistema de cobrancado Imposto Territorial Rural, ou seja, nãomais de um muito vago principio da poli,tica preventiva, sem nenhum resultadorealmente prático, feliz e verdadeiro, emtermos de uma legítima reforma agrária.

Depois, apareceu o INORA. Ai, então, nemcurativa nem preventiva, pois a verdadepatente é que o INCRA iniciou suas ativi­dades limitando-se a pensar e a tentar rea­lizar a colonização da Amazônia, mas nãofazendo coisa alguma, absolutamente na­d.a, em termos de reforma, segundo o espí­ríto do Estatuto da Terra. E hoje, nos dias~ue correm, aquilo a que se dedica o INCRAnão é senão ao levantamento de um novocadastro: chamado este de Cadastro Téc­níco - que despreza todo o trabalho já fei­to pelo órgão que o antecedeu e vai até aocúmulo de invadir até mesmo áreas metro.politanas. Daí - de tais realidades, tãoclaramente trazidas ao conhecimento daNação pelos técnicos reunidos em Congres­so - resulta o reduzidíssimo número decamponeses atendidos.

O proletariado rural, sentindo que tudose opunha às suas justas reivindicações, or­ganizou-se, como pôde, e fez chegar ao sau­doso Presidente Costa e Silva as suas apre­ensões, sobretudo no que respeita à facili­dade das desapropriações, pois, sem queelas pudessem ser realmente etetívadas emtempo útil, tudo seria tempo perdido.

A tecnocracia entendeu os camponeses;e o Presidente Costa e Silvo. logrou modifi­car a Constituição, mormente para retirardo texto da Lei Maior a injunção até entãointransponível e que consistia na necessi­dade da indenização prévia das terras de­sapropriadas. O texto novo criava o ritosumário para a desapropriação por interes­se social. Parecia, assim, o ínícío da grandevitória, aquela que lograria reformular con­ceitos obsoletos, práticas antiquadas, siste­mas ultrapassados, e incorporar ao patri­mônio ativo da Nacão tantas terras impro­dutivas e tantos braços desamparados.

Ouço o nobre Deputado Jerônimo San­tana.

O Sr. Jerônimo Santana - V. Exa., no­bre Deputado Walter silva, é uma autorida­de no assunto reforma agrária e vem estu­dando, com brilho, essa problemática noPaís. V. Exa. focaliza um tema oportuno.O INCRA, hoje - IBRA, ontem - se apre­senta nos Estados do Centro-Sul, onde jánão existem mais terras devolutas, comoum gendarme, como um cobrador de im­postos, ameaçando desapropriar áreas - oque, na realidade não faz - não promo­vendo o acesso do homem à terra. Nasáreas nobres, nas áreas virgens da Amazô­nia, o INCRA não discrimina nem delimi­ta as terras públicas das terras privadas, asdevolutas das tituladas. Temos assistido aisso na Amazônia, principalmente no Ter­ritório de R.ondônia, que tem sido quase quepalco de guerra permanente em matéria deterras. A maior calamidade social do Terri­tório de Rondônia, hoje, é a presença doINCRA, que ería os mais sérios problemase não resolve nenhum deles. O projeto Jaru,por exemplo, em Rondônia, está apresen­tando este resultado: morrem quatro a Ditopessoas por dia, de febre, sarampo e malá­ria. Levaram para lá cerca de 4.000 famí­lias, para a execução desse projeto. Acon­tece que esse pessoal não conta com ne­nhum amparo. Não há médicos, nem re­médios. Apareceu essa epidemia de febre,malária e sarampo, e estão morrendo repi-to, quatro a oito pessoas por dia. '

Os assistentes SOClaIS, que vivem o pro­blema, e um médico do INCRA - apenasum - não têm condições de atender aosatingidos por aqueles males. É como se fos­se uma guerra, mas uma guerra cujas vi­timas são dizimadas pelas doenças da Ama­zônia, pela não-aclimatação dos colonostransferidos para a Região, pelo INCRA.Não houve preparo nenhum. É um crimeque o INCRA cometeu, em matéria de colo­nização. O órgão não previu que o colonotransportado ao Centro-Sul para essas re­giões novas e estranhas para ele, tinha ne­cessidade de um período de aclimatação.Muitos adcecem;e, adoecendo, não têm con­dições de trabalhar, de produzir, de cuidarda família. Estamos assistindo a isso noTerritório de Rondônia. Outro enfoque: oINCRA transformou-se,· em nossa região,um corretor de terras devolutas federais.O INCRA acha pouco conceder 3 mil hec­tares de terras devolutas aos grandes gru­pos. Ele quer conceder 100 mil, e até 200mil. É recente um pronunciamento que fiznesta Casa condenando a venda de terrasdevolutas, em Rondônia, por concorrênciapública. Isso é a negação de tudo o que alei agrária prevê, em matéria de facilitaro acesso à terra ao homem médio ao ho­mem de poder aquisitivo inferior.'As con­corrências públicas do INCRA só têm aces­so os grandes grupos - e até grupos inter­nacionais, como denunciei dessa tribuna. Éuma forma de burlar a soberania nacionalna Amazônia. É uma maneira indireta deconseguir o que se pretendeu com aquelecélebre projeto de criação do lago Hudson.J!i o que estão fazendo com a venda de ter­ras através de concorrência pública e quea lei agrária não prevê, nem autoriza. E oque é pior; isso está sendo feito através deportaria sem o respaldo sequer de um de­creto. A internacionalização da Amazôniavem-se verrücando através da concessãodo seu subsolo a grupos internacionais àsmultínacíonaís - como daqui denun'cieidiversas vezes - com seu controle acioná­rio, e sob comando do exterior. Essas com­panhias comandam do exterior, de paísesneutros, como Singapura, onde os gruposmultínacíonaís preferem, hoje, manter suassedes. Ora, de um lado, o INCRA omite-sequanto aos latifúndios, para desapropria~cão. É caso da CALAMA, que é o maior la­tifúndio do País. O INCRA apóia a colo­nização feita por essa companhia, total­mente íregular, pois nem sequer a CALAMAtem registro como empresa de colonização.No entanto, ela continua vendendo lotesirregularmente, continua despejando colo~

- nos, continua queimando barracos no Ter­ritório de Rondônia. Como recentemente fezo Sr. Walmar Meira, na região do Alto Ma­randí. onde queimou 15 barracos, amea­çando todos com pistoleiros. O mesmo ten­tou fazer. o Sr. José Milton Rios, na regiãode Muquí, quando ameaçou despejar colo­nos, com o apoio da Polícia Federal - sónão o fez porque denunciei daqui, veemen­te. esse estado de coisas. Vendem terras de­volutas federais, o que é crime. Vendempróprios da União, sem que tenham essasterras. O lamentável é que a POlícia Fe­deral, que age na região, não atua nemindicio. elementos como Walmar Mei;a Jo­sé Milton, ou companhias como a CALÀMAem ínquéríaos pelos crimes que a legisla~ção ordinária prevê. De modo que, no Cen­tro-sul, o INCRA é um cobrador do tmpos­00 Territorial Rural. No Norte, a reformaagrária é essa aventura, de transportar co­lonos para ali morrerem. Em Guajará-Mi­rim, 50% das baixas que ocorrem no hos­pital são de colonos do INCRA, que ali che­gam a todo momeneto, com malária. E aestrutura de saúde é a mais precária pos­aivel. Tanto que ~Q Jal'U estão morrendo ,.

4 a 3 pessoas por dia. É como se houvesseuma guerra naquela região. O abandono étotal, não só pelo INCRA, como pelo Go­verno do Território. Seria a oportunidadede o Ministério da Saúde tomar conheci­n;ent-o dessa situação, que se agrava dia a.día, Era esta a contribuição que eu queria.trazer ao pronunciamento de V. Exa.

O SR. WALTER SILVA - Agradeco no­bre Deputado JerônÍlno Santana essa 'con­tribuição preciosa, que nos aiuda a mos­trar que o que se está fazendo no Pais nãoé r.ef:orma agrária e, sim, anti-reformaagraría.

Prossigo, Sr. Presidente.

Mas o tempo passou ... e nada se fez emtermos de realidade prática. A Constitl{icãof O} alterada, no particular; mas é como' senao houvesse sido modificada. Nada se fezde de então até agora, Os especialistas bra~síleíros [la matéria, sobretudo os engenheí­ros agronomos e seus assessores j urídícosafi~ll}an;, categoricamente, que os grandeslatifúndios, nacionais ou multínactonaísestão usando a estratégia da "arapuca téc~níca", para evitar, a qualquer preço a ver­dadeir.a e .indispensável reformá ~grárla,que há de incorporar o campesino ao pro,gresso e ao desenvolvimento nacionais dan-'do-lhe, inclusive, aquela dignidade de queo despojaram desde tão remotas épocas.

Confirmo assim, nobre Deputado JerÔnl~·

mo Santana, a denúncia que V. Ex.a acabade fazer e que já vem inserida também nospronunciamentos dos próprios técnicos doGoverno.

O SI'. Jerônimo Santana - Permita-memais uma vez, nobre Deputado. É tão gra~ve o problema agrário que o INCRA conse­guiu transformar o Delegado da Polieia Fe­deral, Arthur CarOOni Filho, em um anexodo INCRA. Quer dizer, a Polícia Federalde Rondônia é, hoje, um departamento doI~CRA para perseguir, ameaçar, intimidare Impor o medo no meio rural, em favor dedois ou três latifundiários. Veja V. Ex.a :conseguiram até colocar a Polícia Federalcontra os colonos, quando deveria estar lásim, para dar garantia ao processo de colo~nízaçâo, para apurar as irregularidades ­inclusive a venda irregular e criminosa deterras devolutas federais. Não se vê na Po­l~cia Federal de Rondônia, qualquer inqué:rito aberto para apurar as vendas irregula­res de terras empreendidas pelos Srs. JoséMilton, Walmar Meira e pela CALAMA e ou­tros, que atuam na região com o patrocíníodo INCRA, com a corrupção que está ins­talada no INCRA, em Rondônia. A PolíciaFederal tornou-se um anexo do INCRA naárea, para coagir e acobertar um mar d~ ir­regularidades que ocorrem, hoje, no Territó­rio de Rondônia.

O SR. WALTER SILVA - Muito grato aV. Ex.a

Continuo, Sr. Presidente.O não cumprimento das promessas conti­

das. na legislação e tão reiteradas pelos quedetem o poder, está gerando um novo tipode proletário rural, que se conhece por vo­lante ou avulso. Homem sem chão, mesmocomo empregado. Compatricio que não pas­sa de um ganhador itinerante, sem nada deseu, sem o direito de aspirar a seja lá o quefor. Dói que assim sei a, pois os estudos dosespecialístas mostram, sem sombra de dúvi­das, que o Brasil possui terra, capital, ins­trumental jurídico, trabalho e ínstítutcãoexecutora, ou seja, todos os elementos 1n­dispensáveis para a efetivação da verdadeí- ,ra Reforma Agrária.

Os dados estatístIcos assinalam que, obe­decendo a um plano em que a parcela a ser4il?mbuída ao camponês rosse de 22,7 hecta-

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mARIO DO CONGRESSO NACIONAl. (Seção J)Novembro de 19'7! Quinta-feira 22 9163•

ees - que representa o ideal dos diversosmódulos - e em que a massa dos benefi­ciados atingisse ao total de 2.430.000 su­~eitos à Reforma Agrária brasileira, seriamnecessários, para realizar o projeto, 55 mí­ãhões e 161 mil hectares. E esse total, pou­co ínrerlor a 56 milhões de hectares, nãoconstitui senão 17% do recurso de terra ex­plorável, já identificado pelo IBRA comomaterial afetável pela Reforma Agrária.

Afirma um dos conferencistas do último, certame, recém-concluído em Brasília:

"Se considerarmos apenas cinco dasáreas prioritárias atualmentel:riadas,iremos verificar que os latifúndios aíexistentes permitiriam acomodar todosos homens sem terra ou com terra insu­ficiente arrolados como futuros benefi­ciários da Reforma Agrária brasileira.De fato, os dados relativos tão-somenteàs cinco áreas prioritárias inicialmentedecretadas - Nordeste, Rio de Janei­ro, Rio Grande do Sul, Brasília e Ceará- mostram que existem aí 57 milhões e190 mil hectares referentes às necessi­dades de recursos fundiários palia rea­lizar a Reforma Agrária em todo oPaís".

A base física - sem a qual tudo seria im­possível - já está, pois, cadastrada e deli­mitada. Apenas cinco áreas prioritáriasatendem, em principio, a todas as necessí­idades reclamadas para a efetivação de obraide tão relevante ímportâneía. Mas há mais,e muito importante, também. Os dados ofi­ciais comprovam, no que respeita ao capr-

. tal, a viabilidade, em relação aos atuaismontantes de investimento no País', de se­rem atendidas maciçamente as populaçõesinteressadas, na média de 162 mil famíliasfi. cada ano.

E ninguém - mesmo os mais ingênuos­Ignora que existe mão-de-obra abundante aser mobilizada e que todos os instrumentos~urídicos legais e até mesmo o órgão exe­cutor-supervisor já existe. Uma outra alte­(['ação, no sentido de atualizar a agênciaexecutora da reforma, e nada faltaria, senão faltasse entusiasmo, boa vontade, dese­iio de servir, para que a idéia deixasse deser-idéia e se transformasse em esplêndida.realidade nacional.

Vale a pena de citar, no passo, a opiniãomuito aballsada do Sr. José Gomes da Sil­va, que assim se externa:

"O elenco de medidas que deve comple­mentar o processo de redistribuição deterras - assistência técnica, comercia­lização, alfabetização, proteção à saúde,serviço dentário, etc. - seria supridonormalmente pelas agências já existen­tes. No caso da prestação de assistên­cia técnica ao parceleíro, um papel sig­nificativo deveria caber à rede de filia­das da ABCAR e aos serviços própriosdas Secretarias de Agricultura dos Es­tados. Essa incorporação dos agentes deextensão ao processo agro-reformistapermitiria não apenas aproveitar aenorme experiência de que dispõem es­ses profissionais mas também atender àInquietação que começa a se manifestarentre eles para lograr uma participa­ção mais efetiva nos processos de mu­dança."

E são ainda os técnicos que proclamam:"A Reforma Agrária Brasileira tem sidoum desastre: nos cinco primeiros anosdepois do Estatuto da Terra apenas 291famílias por ano receberam terra emprojetos executados pelo IBRA/INDA.Não se conhecem ainda resultados ofi­ciais da fase INCRA, mas sabendo-seque a nova autarquia tem-se preocupa­do quase que exclusivamente com a co-

Ionização, não é de se esperar índicesmais animadores que os de sua ante­eessera.."

Devo, por curlal justiça, mencionar o tra­balho continuo e pertinaz, sobre patrióticoe técnico, que vem realizando a AssociaçãoBrasileira de Reforma Agrária, com sede emCampinas, e que por dois anos seguidos con­seguiu manter uma publicação especializa­da, verdadeira tribuna que tem alimentadoo debate reformista.

Mas não desejo, Sr. Presidente e Srs.Deputados, encerrar esta minha incursãopor terreno tão difícil, sobretudo para mim,que estou tão longe de ser um especialista,mas que sou um enamorado do problema daterra e do homem, um apologista eternode uma verdadeira reforma agrária para oBrasil, sem citar, uma vez ainda, um tre­cho da conferência do Sr. José Gomes daSilva, que entendo uma contribuição dasmais valiosas para aqueles que, no Parla­mento Nacional, estudam e querem a solu­ção deste problema. tJ assim que se expressao conferencista:

"11: preciso bem enquadrar a concei­tuação da Reforma, de modo a evitar asua confusão com qualquer outro pro­cesso que não pode conduzir, pela suaprópria natureza ou fragilidade, a reaismudanças de estrutura. Assim sendo, aReforma precisa sei':a) AMPLA, isto é, não pode limitar-sea experiências ou ensaios tópicos, masdeve atingir áreas e populações signifi­cativas;b) IMEDIATA, devendo beneficiar apopulação camponesa que vive à épocaem que a Reforma é desencadeada. Poresse motivo, o organismo executor daReforma não deve eternizar-se como re­partição pública convencional;c) DRASTICA,no sentido de criar umanova estrutura que difira substancial­mente do "statuo quo" a ser reformadoe não represente apenas uma ínsíceraconcessão visando aquietar eventuaisIqutetações ou reínvíncações do cam­pesínado:d) FUNDIARIA, já que a busca de ter­ra própria é a sua motivação maior;e) PROMOVIDA PELO GOVERNO,uma vez que apenas o poder públicotem condições de realizar uma mudan­ça com a âmplitude e profundidade deuma Reforma;f) REALIZADA COM A EFETIVAPARTICIPAQãO DOS BENEFICIARIOS,para que não se torne um motivo debarganha política ou concessão pater­nalista dos eventuais detentores do po­der;

g) DESENCADEADA objetivando apromoção humana, social, economia epolítica dos camponeses sem terra.

Com tais earaeterístícas e objetivos,a Reforma Agrária precisa ter suas po­líticas desenhadas convenientemente. Ametodologia é universal, apenas adap­tando-se às condições locais: deve per­mitir a criação do maior número possí­vel de famílias proprietárias no menortempo possível e a um custo que possa.ser suportado pelo pais. A estratégia,por sua vez, precisa levar em conta oquadro político vigente para que a con­tra-reforma, eventualmente, não consí­ga rrustar os objetivos do processo".

Sr. Presidente, Srs. Deputados, acompa­nhando o VIII Congresso Brasíletro de Agro­nomia, de que Brasília teve a honra de sera sede, não fiz mais do que cumprir o meudever de Deputado do povo. Trazendo, ago-

ra, a esta' Casa do Parlamento a notíciadaquele magnífico encontro, buscando ofe­re~e:t: aos me~s pares yma sintese de quantoali Vl ou OUVl, também nada mais faca doque cumprir os encargos da representaçãocom que me honrou a gente fluminense.

Minhas esperanças são de que este desa­linl1avado discurso possa servir como subsi­dio para a solução, a mais urgente de umproblema que desafia a nossa competênciae o nosso amor ao Brasil. (Muito bem. Pal­mas)

O SR. PRESIDENTE (Fernado Gama)- nada n;ais havendo a tratar, vou levan­tar a sessao.

Deixam de comparecer os Senhores:

ParáStélio Maroja - ARENA•.

MaranhãoPires Saboia - ARENA.

Piauí

Dyrno Pires - ARENA; Severo Eulálio ....MDB.

CearáMarcelo Linhares - ARENA; Paes de An­

drade-MDB.

PernambucoGeraldo Guedes - ARENA' Ríeardo FiÍlza

- ARENA. 'Sergipe

Francisco Rollemberg - ARENA.

BahiaNeey Novaes - ARENA.

Espírito SantoDirceu Cardoso - MDB.

Rio de JaneiroAdolpho Oliveira - MDR

GuanabaraAmaral Netto - ARENA; Flexa Ribeiro

- ARENA; Lapa Coêlho - ARENA.

Minas Gerais

Aécío Cunha - ARENA; Batista Miranda- ARENA; José Bonifácio - ARENA' Jo­sé Maria Alkmim - ARENA; Sílvio deAbreu - MDB.

São PauloBaldace! Filho - ARENA; Bezerra de

Mello - ARENA; Faria Lima - ARENA;Henrique Turner - ARENA; OrUz Montei­ro - ARENA; Pedroso Horta - MDB; Pe­reira Lopes - ARENA.

GoiásWilmar Guímarães - ARENA.

ParanáAlberto Costa - ARENA; Arnaldo Busato

- ARENA; Maia Netto - ARENA.

Santa CatarinaLaerte Vieira - MDB.

Rio Grande do SulAmaral de Sousa - ARENA; Mário Mon­

díno - ARENA; Vasco Amaro - ARENA.

VI - Levanta-se a Sessão às 18 ho­ras.

v - O SR. PRESIDENTE (Fernando Ga­ma) - Levanto a sessão designando paraa Ordinária de amanhã, às 13:30 horas aseguinte:

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9164 Quinta-feira 22 DIARJO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Novembro de 1!l'73

PRAZOInicio: dia 30-10-73; e, término: dia

8-12-73.

PRAZOInício, dia 7-11-73; c, término, dia 5-3-74.

5Comissão Mista incumbida de estudo a

parecer sobre o Projeto de Lei n,O 18, de

4Comissão Mista incumbida de estudo e

parecer sobre o Projeto de Lei n.o 17 de19Y3 .(CN) , que "dispõe sobre a competêhciaerímínal para o processo e julgamento dosmembros do Ministério Público da União".

OOMPOSIÇAOPresidente: José SarneyVice-Presidente: José Bonifácio NetoRelator: Pinheiro Machado

CALENDÁRIODia 22/11 - Reunião da Comissão para

apreciação do parecer do Relator às 10:00horas, no Auditório do Senado Federal.

Até dia 26/11 - Apresentacão do parecerpela Comissão. > ,

- Discussão do projeto em Sessão Con­junta, a ser convocada tão logo seja publi­cado e distribuído em avulso o parecer daComissão Mista.

3

Comissão Mista incumbida de estudo eparecer sobre o Projeto de Lei n.O 16 de1973 (CN), que "institui o Programa de 'Ga.rantía da Atividade Agropecuária e dá ou-tras providências". '

COMPOSIÇAOPresidente: Deputado Sinval BoaventuraVice-Presidente: Deputado José MandelliRelator: Senador Waldemar Alcântara

CALENDÁRIODia. 22111 - Reunião da Oomissão para

apreeiaçao do parecer do Relator às 16:30horas, no Auditório do Senado Federal.

Até dia 25/11- Apresentação do parecerpela Comissão; ,

. - Discussão do projeto em Sessão Con­Junta, a ser convocada tão logo seja publi­cado e distribuido em avulso o parecer daComissão Mista.

diaPRAZO

dia 6-11-73; e, término,Inicio,10-3-74.

CALE:NDÁRIO

Discussão do projeto em Se~são Conjun­ta, .a s~r ~onvocada tão logo seja publicadoe_dlstr!bmdo em avulso o parecer da Oomís­sao Mi~ta.

PRAZO

Início: "'ia 24-10-73; e, término: dia2-12-73.

2

Comissão Mista incumbida de estudo e pa­recer sobre o Projeto de Lei n.o 15, de 1973(CN), que "autoriza a Centrais ElétricasBrasileiras 8/A - ELETROBRAS a movi­IDe!ltar a Reserva Global de Reversão parao. fim que especifica, e dá outras provídên­cías"

COMPOSrçAOPresidente: Senador Paulo GuerraVice-Presidente: Deputado Antônio anní­

belli

Relator: Deputado Aureliano ChavesCALENDARIO

. - Discussão do projeto em Sessão' Con­Junta, a ser convocada tão logo seja publi­cado. e _distribuído em avulso o parecer daoomíssão Mista.

AVISOS

CONGRESSO NACIONAL

1

Comissão Mista incumbida de estudo e pa­recer sobre o Projeto de Lei n.a 13, de 1973(CN), que "regula os direitos autorais e dáoutras providências".

COMPOSIÇAOPresidente: Senador Helvidio NunesVice-Presidente: Senador Franco MontoroRelator: Deputado Altair Chagas

EM PRIORIDADE

Discussão

7

PROJETO N.a 595-E, de 1972

Discussão única da emenda do Senadoao Projeto de Lei n.? 595-D, de 1972, que"Dispõe sobre a retroativIdade da opção pe­lo regime do Fundo de Garantia do Tempode Serviço, criado pela Lei n.v 5.107, de 13de setembro de 1966"; tendo pareceres: daComissão de Oonstituíção e Justiça, pelaconstitucionalidade, [urídícídade e boa téc­nica legislativa; da Comissão de Trabalhoe Legislação Social, pela rejeição, com votoem separado do Sr. Francisco Amaral; e,da Oomissão de F'inancas, pela rejeição.Relatores: Sl·S. Altair Chagas, RaymundoParente e Toúrinho Dantas.

8

PROJETO N.o 1 676-A, de 1973Discussão única do Projeto n.o 1.676-A

de 1973, que fixa os valores de vencimento~dos cargos dos Grupos-Outras Atividadesde Nível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade, juridicidade e boa técnicalegislativa; e, das Comissões de Serviço Pú­blico e de Finanças, pela aprovação. (DoSenado Federal.) Relatores: srs. Altair Cha­gas, Bezerra de Norões e Tourinho Dantas.

, (Votação Secreta.)

tos dos cargos dos Grupos-Atividades deApoio Judiciário, Servicos Auxiliares Servi­ços de Transporte Oficial e Portari~, Arte­sanato, Outras Atividades de Nível Supe­rior e Outras Atividades de Nivel Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do oonse­lho da Justiça Federal, e dá outras provi­dências; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionali­dade, jurldicidade e boa técnica legislativa;e, das Comissões de Serviço Público e deFinanças, pela aprovacão, (Do Poder Exe­cutivo ~ Mensagem n.? 415173) Relatores:Srs. Luiz Braz, Freitas Nobre e TourinhoDantas. (Votação secreta.r

6

PROJETO N.o 1.681-A, de 1973Discussão única do Projeto n,v 1. 681-A,

de 1973, que fixa os valores dos níveis devencimentos do Grupo-Díreçâo e Assesso­ramento Superiores do QuadTo Permanenteda Secretaria do Tribunal Federal de Re­cursos e do Conselho da Justiça Federal,e dá outras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pe­la constitucionalidade, [urídíctdade e boatécnica legislativa; da Comissão de Servi­ço Público, pela aprovação, com emenda'e:,. da Comissão de Finanças, pela aprova:çao. (Do Poder Executivo - MensD,gem n,v416/73.) Relatores: Srs. Luíz Braz, FreitasNobre e Norberto Schmidt. (Votação Se­ereta.)

EM TRAMITAÇãO ESPECIAL

Discussão

2PROJETO .N.o 1. 645-A, de 1973

Discussão única do Projeto n.? 1.645-A,de 1973, que exclui da Jurisdição da Jun­ta de Conciliação e Julgamento sediada emMontes Claros, Minas Gerais, as Comarcasque menciona; tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade, juridicidade e boa técntca le­gislativa; e, da Comissão de Trabalho eLegislação Social, pela aprovação. (Do Po­der Executivo - Mensagem n,> 393/73J Re­latores: Srs. Altair Chagas e Raimundo Pa­rente.

1

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 132-A, de 1973

Discussão única do Projeto de DecretoLegislativo n.o 132-A, de 1973, que aprovao texto do Convênio entre a República Fe­derativa do Brasil e o Banco Interamerica­no de Desenvolvimento sobre Privilégios eImunidades do Banco, assinado em Brasí­lia.• a 21 de janeiro de 1972; tendo parecer,da Comissão de Constituição e Justiça, pe­la constitucionalidade e juridicidade. Pen­dente de parecer da Comissão de Econo­mia, Indústria e Comércio. <Da Comissãode Relações Exteriores - Mensagem n.s344/73,) Relatores: ers, Pedro Colin e LuizBraz.

ORDEM DO DIA

Sessão em 22 de novembro de 1973

(QUINTA-FEIRA)

EM URGÊNCIA

Discussão

5PROJETO N.o l.680-A, de 1973

Discussão única do Projeto n.O 1.680-A,de 1973, que fixa os valores de vencímen-

3

PROJETO N.o 1.667-A, de 1973

Discussão única do projeto n.o 1.667-A,de 1973 que fixa os valores dos níveís devencim~ntos do Grupo-Direção e Assesso­ramento Superiores, dos Quadros Perma­nentes da Secretaria do Superior TribunalMilitar e das Secretarias das Auditorias daJustiça Militar, e dá outras providências;tendo pareceres: da Comissão de Constitui­ção e Justiça, pela constitucionalidade e íu­ridicidade; e, das,Comissões de Serviço Pú­blico e de Finanças, pela aprovação. (DoPoder Executivo - Mensagem n.v 406/73.)Relatores: srs, Lauro Leitão, Lauro Rodri­gues e Athiê Coury. (Votação Secreta.)

4

PROJETO N.o 1.669-A, de 1973

Discussão única do Projeto n.o 1.669-A,de 1973, que fixa os valores de vencimentosdos cargos dos Grupos-Atividades de ApoioJl~diciário, Serviços Auxiliares, TransporteOficial e portaria, Artesanato, Outras Ati­vidades de Nivel Superior e Outras Ativi­dades de Nivel Médio dos Quadros do Su­perior Tribunal Militar e das Secretariasdas Auditorias da Justiça Militar, e dá ou­tras providências: tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça, pela cons­titucionalidade e [urídicídade; e, das Co­missões de Serviço Público e de Finanças,pela aprovação. (Do Poder Executivo ­Mensagem 11.0 407/73.) Relatores: Srs. JairoMagalhães, Lauro Rodrigues e Athiê courv,(Votação seerets.)

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~ove~bro de 1973 , DIARJO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9165

1973 (cN), que "adapta ao novo Código deProcesso Civil as leis que menciona".

COMPOSIÇAO

Presidente: Senador José Lin.dosoVice-Presidente: Deputado Alceu CollaresRelator: Deputado Adhemar Ghisi

CALENDARIO"Dia 21/11 - Reunião da Comissão para

apreciação do parecer do Relator, às 17:00horas, 110 Auditório do Senado Federal.

Até dia 26/11 - Apresentação do parecerpela Comissão. '

- Discussão do projeto em Sessão Con­junta, a ser convocada tão logo seja publi­cado e distribuído em avulso o parecer daComissão Mista.

PRAZOInício, día 7-11-73; e término dia 5-3-74.

6

Comissão Mista incumbida de estudo e.pareeer sobre a Mensagem ri.? 59, de 1973, (CN), que submete à deliberação do Con­gresso Nacional texto do Decreto-lei n.o1.287, de 18 de outubro de 1973, que "estendeàs atividades de mineração os incentivosconcedidos aos projetos de desenvolvimentoindustrial pelo Deereto-leí n.O 1.137, de 7de dezembro de 1970, e dá outras providên­cias".

COMPOSIÇAO

Presidente: Deputado Nosser AlmeidaVice-Presidente: Deputado João FerrazRelator: Senador Alexandre Costa

CALENDÁRIOAté dia 29-11-73 - Apresentação do pa­

recer, pela Comissão, de acordo com o art.110 do Regimento Comum.

PRAZO

Até dia 29-11-73, na Comissão Mista;Até dia 24-3-74, no Congresso Nacional.

7

Comissão Mista incumbida de estudo eparecer sobre a Mensagem n.o 60, de 1973(CN), que submete à deliberação do Con­gresso Nacional texto do Decreto-lei n.o1.288, de 1.0 de novembro de 1973, que "al­tera o § 4.° do art. 27 da Lei n.O 2.004, de3 de outubro de 1953, acrescentado pelo De­creto-lei n.O 523, de 8 de abril de 1969".

COMPOSIÇAO

Presidente: Senador Fernando Co-rrêaVice-Presidente: Senador Ruy CarneiroRelator: Deputado Odulfo Domíngues

CALENDARIODia 29-11-73 - Apresentação do parecer,

O-pela Comissão, de acordo com o art. 110do Regimento Comum.

PRAZO

Até día 29-11-73, na Comissão Mista;1\té dia 29-3-74, no Congresso Nacional.

COMISSõES TÉCNICAS1

COMISSãO DE TRANSPORTES

Reunião: Dia 22-11-73

Hora: 10:00Pauta: Comparecimento do Dr, Euro

Brandão - Secretário de Transportes doParaná.

Reunião: Dia 28-11-73

Hora: 10:00

Pauta: Comparecimento do Dr, MárioDavid Andreazsa - Ministro dos Trans­portes.

Reunião: Dia 29-11-73

Hora: 10:00

Pauta: Comparecimento do Dr I.1üz Ro­dovll Rossi - Presidente da "VASP·'.

2COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Reunião Or diná rla : Dia 21-11-73Hora: 10:00Pauta: Palestra do Coronel Zaven Bo­

ghossían, Diretor-Geral do DepartamentoNacional de Portos e Vias Navegáveis.

3COMISSÃO DE FISCALIZACÃO

FINANCEIRA E TOMADA DE éONTAS

Reunião: Dias 21 e 22 de novembro de1973.

Local: Sala da Comissão.Pauta: Prestação de Contas do Sr. Pre­

sidente da República relativas ao exercí­cio de 1972.

4

COMISSÃO DO POLíGONO DAS SECASReunião: Dia 22-11-73

Hora: 10:00

Local: Sala da ComissãoPauta: Comparecimento do Dr. Eraldo

Gueiros, Governador do Estado de Per­nambuco.

VI - Levanta-se a Sessão às 12horas.

(DISCURSO DO DEPUTADO CORREIALIMA NA SESSAO VESPERTINA DE19-11-73.)

O SR. CORREIA LIMA - (Pronuncia o se­guinte diseurso.) Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, a carnaubeíra é uma das árvores demaior importância econômica para o Nor­deste. Pelos inúmeros benerícíos proporcio­nados à população nordestina, participa dofolclore, e presente no dia a dia da famí­lia _camponesa, dando-lhe ocupação, pro­teçao contra as intempéries, utensílios Osmais diversos, remédios, guloseimas infan­tis, cordoarlas, inclusive todos os materiaisde construção de uma casa etc. No caso doEstado do Piauí, surge como o principalproduto de exportação. Sua importância éde tal ordem acentuada para a nossa re­gião que faz parte do sínete estadual.

O desenvolvimento da sua produção refle­tirá positivamente na melhoria do padrãode vida de uma das populações mais ca­rentes de recursos.

Assim pensando, e por verificarmos o to­tal desconhecimento da carnaúba, ,é queprocuramos ordenar o assunto de uma ma­neira quase que didática, utilizando conhe­cimentos próprios e publicações de maté­rias correlatas. Pensamos, assim, contribuirpara a divulgação de uma riqueza vegetalem potencial, tipicamente nordestina, e dealto sentido social. Por isso é que nos aven­turamos na elaboração do presente traba­lho, com o o-bjetivo principal de fixar con­clusões para a obtenção de um melhor de­senvolvimento da produçêo, quantítatíva equalitativamente.

Nesta Casa, onde abundam tantos ex­poentes nacionais nos vários ramos dos co­nhecimentos humanos, parlamentares jápossuidores da patina da vívêncía dos pro­

"blemas globais do PaÍS, a apresentação quefazemos da "árvore da vida" deve ser rece­bida como um modesto trabalho de um maismodesto e ínícíante Deputado. Acreditamos,porém, que as contribuições de V. Ex.a da­rão estrutura, brilho e valor à divulgaçãoque ora pretendemos dar a Oepernteía Ce-

rifl'l'3. dádiva divina ao' sofrido povo nor­desuno.

1. CARNAUBEIRAA "ARVORE DA VIDA"

Na terminologia botânica a carnaúba éa Copernicia cerifera, nom~ alusivo a seuprurcrpal emprego como produtora de cera.

A: Enciclopédia Barsa, 1968, vol, 4, p. 3S,aSSIm a descreve:

"A carnaúba é uma palmeiras mates­tosa, de estipe reto. com uma alturam~di~ da ordem .d~ 20 metros, podendoatingir, ~m condíções favoráveis. portebem maior, chegando a 40 metros. Ocaule é cilíndrico e de diâmetro variá­vel, da base ao topo, liso, ou, o que émais comum, marcado na parte inferiorpelas b::ses do peciolo aderentes. Asfolhas sao flabeladas e multífidas delongos pecíolos com cerca de um m'etrode comprimento, armados de fortesacúleos marg~nais duros e curvos. Apre­s!:;ntam colorído verde esbranquíçado esao denominadas regionalmente palmasou palhas. A inflorescência, protegidapor espatas .tubulosas, é um regimealongado-pemculado de aproximada­mel]-te 2 metros de comprimento. O fru­to e uma baga ovóíde, com 2 centíme­tros de diâmetro, de cor azeitonada quese torna roxo-escura na maturacãoglabra e luzidia." • ,

A carnaubeíra é uma das árvores de maiorimportância econômica para o NordestePelos in2Ímero~ beneficios proporcionados à,poputação regíonal foi cogomninada "ár­vore da vida". Pela grande variedade deprodutos auferidos através de seu benef'l­clamento, "boi vegetal", pois dela nada seperde.

Grandes aglomerados de carnaubeírascaracterizam a paisagem do Nordeste - ím­par, por_ esse partícular, em todo o mundo.Vegetaçao nativa dos vales áridos da regiãoc~ncentra-se principalmente nos Estados dóRIO Grande do Norte. Ceará e Piauí. deonde provem a quase totalidade da ceraproríuzíüa no País. Sua área geográfica, en­tretanto, cobre todo o Nordeste desde I)

Maranhão até a Bahia e penetra nos Es­tados circunvizinhos, como o Pará e Goiás.

Os camaubaís acompanham as várzeasque flanquéiam as margens dos rios ou dasregiões alagadiças, porque é nos solos ar­gllosos e úmidos que se desenvolvem.

2. UTILIDADES

Da carnaubeira tudo se aproveita: suasf,?Iha.s, a cera que nela se contém, os pe­eíolos, as fibras, a estipe, o broto, a seiva'8 os frutos.

O principal produto é a cera, extraídadas folhas.

A.,s folhas têm largo emprego pelas popu­Iações menos desenvolvidas. São emprega­das para cobertura das cabanas rústica& on­de vive grande parte dos habitantes da Zonarural,. e para confecção de cestos, abanes echapéus. Agora, a escassez de matéria pri­ma para a elaboração de papel e papelãono. mercado internacional ocasionou o apro­vertamento da celulose contida na palhaseca e no talo da carnaubeíra para o seufabrico. Duas empresas instaladas no oea­rã, a Carnafibra, de Fortaleza, e a soceípa,do Crato, estão tendo bastante sucesso nafabricação de papéis com essa matéria-pri­ma, do mesmo modo que a Cepalma, noMaranhão. O sucesso comercial abrirá no­vas perspectivas para a exploração da car­naúba e suplantar a importância do antigoe tradicional subproduto - a cera de car­naúba.

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9166 Quinta-feira 22 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973

.M fibras da carnaúba são utilizadas naconfecção de redes de pescar, 'cordas finase tecidos rústicos, além de chapéus finos,bolsas e calçados, constituindo um admirá­vel artesanato que atende ao mercado in­terno e cuja exportação constitui mais umafonte de divisas.

Os peeíolos são empregados como mate­rial para fazer escovas, vassouras e ces­tas.

O tronco tem serventia para postes, mou­rões e esteio de pontes. Fragmentado, for­neoe caibros, atraves e ripas. E8cavado, tem .uso como canalização para água. A madeirapresta-se para trabalhos de marcenaria e,como lenha, tem apreciável poder calorí­fico.

O broto produz palmito comestível, prin­cipalmente para animais. Industrializado,pode atender ao consumo humano, inclusi­ve como produto de exportação.

A seiva, fermentada, produz vinagre ouuma bebida semelhante ao vinho.

Os frutos, entre outros usos, servem paraengordar animais e para preparar uma be­bida que substitui o café.

Convém lembrara que as raízes têm sidolargamente empregada pelas populaçõesrurais no tratamento das mais diversas do­enças, constituindo' a medicina caseira.

3. A CERA DE CARNAÚBA

A cera de carnaúba é encontrada na su­perficie das folhas da planta do mesmonome. É uma proteção natural da plantacontra o clima seco e quente de seu "habi­tat" nativo, impedindo a perda da umidadepor evaporação.

Para obtê-la, batem-se as rolhas, corta­das de modo a fazer destacar-se a camadacerosa que as reveste.

A cera de carnaúba foi largamente em­pregada na fabricação de velas, depoissubstituída pelos derivados de petróleo; naconfecção do 'disco fonográfico, até a intro­dução do plástico mineral e, durante a últi­ma guerra, na fabricação de explosivos.

H<;je, .a ~era de carnaúba tem empregona índústría de polldores e vernizes' depastas para assoalhos; de papel carbonb· demateriais elétricos e em artigos de embala­gens como agente Impermeabílízador; detintas e cosméticos. '

Com o advento da era tecnológica, tor­nou-se indispensável componente de tintasno reconhecimento ótico dos computadoreseletrônicos <fitas impressoras).

Os preços internacionais desse produtosofreram acentuado declínio no último de­cênio, devido a forte concorrência dos sin­téticos, como as ceras sintéticas míerocrís­taIínas, sobretudo derivadas do petróleo ede outras ceras vegetam, como a de Ilcurie a de candallila. Apesar da concorrência, acera de carnaúba mantêm-se com satisfa­tória aceitação no mercado externo, em de­corrência do alto preço despendido para aobtenção dos sintéticos que não substitueminteiramente suas qualidades, sobretudonas fitas impressoras para computadoreseletrônicos.

NúMEROS íNDICES DAS QUANTIDADES E VALORES DA EXTRAÇãO VEGETAL, DAS CERAS E DA CARNAÚBA(BASE: 1965 == 100)

iNDICES DE "QUANTUM" íNDICES DE VALOR UNITÁRIO íNDICES DE VALOR TOTALAnos Extração Extração Extração

Vegetal Ceras Carnaúba. Vegetal Ceras Carnaúba Vegetal Ceras Carnaúba.

1961 147,1 190,2 204,2 . 431,5 529,9 530,1 634,8 1.007,8 1.82,2

1962 150,1 202,9 215,9 599,5 640,1 645,8 899,1 1.298,9 1.394,1

1963 150,0 199,9 209,9 991,5 788,5 297,6 1.486,8 1.576,4 1.674,2

1964 158,1 218,1 232,4 1.989,1 1. 762,9 1. 774,2 3.145,5 3.845,5 4.í24,1

1965 164,0 213,2 227,1 2.847,5 1.966,8 1. 973,5 4.668,9 4.193,5 4.480,9

1966 161,1 205,5 217,9 3.215,3 1.938,4 1.942,5 5.178,5 3.982,7 4.233,2

1967 158,2 291,5 311,0 4.075,0 2.290,7 2.295,5 6.445,2 6.678,2 7.138,9

1968 165,9 295,5 315,0 5.033,0 2.11,)2,6 2.865,8 8.351,0 8.431,0 9.026,7

1969 168,8 335,8 359,2 6.048,4 3.518,1 3.527,2 10.211,6 11.813,7 12.668,6

1970 224,4 339,2 363,5 7.434,1 4.175,9 4.186,3 16.679,6 14.165,6 15.217,4

Fonte dos dados básicos: mGE, Texto.

4. PROCEDf:NCIAS DA CERADE CARNAÚBA

"O Nodeste brasileiro é a única regiãodo mundo onde se produz a cera de car­naúba", segundo declaram os técnicos daSUDENE.

De acordo com a revista "Sudene", [u­lhe/agosto/Tê, o maior produtor atual decera de carnaúba é o Rio Grande do Norteque, no triênio 1968/1970, participou com33,5 da produção nacional. Nele, as regiõesque mais produzem são as zonas salíneírasdo Litoral e do Baixo Vale do Rio Açu, achapada do Apodi e .J, região Centro-Oeste.

Em segundo lugar figura o Ceará, com

32,5%. Suas regiões que mais produzem sãoo Litoral e o Baixo Jaguaribe. É neste Esta­do que o produto tem a maior expressãoeconômica, porque nele se encontram asmaiores indústrias ceriferas, os preços al­cançados são mais altos e faz-se por in­termédio do porto de Fortaleza o escoa­mento da produção.

No Piauí, o terceiro colocado, a produçãoatingiu 19%, proveníentes do Sertão, Ibia­paba, Carnaubeira e Médio Parnaíba. En­tretanto, é o principal produto exportadopelo Estado.

A participação maranhense foi de 13,5%,sendo a maior parte procedente do Vale do

Parnaíba.

A totalidade da produção brasileira foicompletada pela Paraíba e pela Bahia, com0,5 e 1,0%, respectivamente.

Verificamos que quatro Estados brasilei­ros fornecem 98,5 do total da cera de car­naúba produzida no Brasil:

Rio Grande do Norte 33,5%

Ceará ......•...•...•...... 32,5%

Piauí. . . . .. . . . .. .. . . .. .. .. . uí,O%

Maranhão......... •.••.•.. 13,5%

TOTAL. • • .. ..... .. ... .. .. • 98,5%

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~ovembro de 1973 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 91G7

.CUt\D;llJ IV-lo

,~AACTERIZAÇÃODA OF~ATA _ VALORES ~8_ATIV05 - PERíODO 1955 Ã 1970 - ESPECIFICAÇÃO - PERCENTAGEM.

PRODUTO; rERA DE CARNAÚBA - ESTADOS NO~D~STINOS/NORD~8T~

c

CEARÁ R.G, DO NomE I Pi\f1AfSA I PEANAUSUCO I BAHIA_

I IV.UNI.IQUI\N-1 IV.UNI,!QUAN I I v.Ut{r.!QI.WJ I iVJJrJIlour,N I Iv.JNI.I I hI I I 1 I T;( I. f I T[ I I v. I 1.:1:.- !vALOrIVALOA lt,QUAN,1 D~ 1W',_DRIv.QUAN.I 0/\ IV"LO~V.QUAN! DA IVALOlQuml 0.\ I 1V.:JUPltil! I ! DP. I I I ÕE' I I DE I I I OE I !

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20,319,0

123,4119,1105,0110,4132,3118,3110,7

99,D99,9G7,2?;a,o73,373,6

122,012,~,7

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24,6:;13,3::34,835,932,731,431,728,527,G;<:5,720,520,519,319,210,a20,a

21,831,2'32,432,828,220,8Da,G26,823,62G,029)G30,023,723,021,024,0

68,693,793,191,286,291,696,694,105,4-

109,0ln,?113,3122,5119,a120,~

120,1

:38,139,939,1:32,434,43~,9

36,039,942,5(~2,2

41,4(,13,537,234,031,0~1,3

40,142,742,336,B34,938,943,143,21l0,lC,2,941,6'19,347,744,73J,530,0

105,0107,0108,1J.l3,G101,4105,3116,01:13,4­113,2103,01:10,5lDG,O12tl,2120,3124,1l24,1

15,011,010,617,515,716,015,615,4­16,010,13.17,'14,035,436,033,1::31,1

12,18,79,0

15,2­17,115,213,915,1314-,617,017,0lCl,521,921,4­10,1lu,9

oe,979,085,08?,O

102,694,980,9

102,691,0

107,1100,571,361,050,154,654 J4

1,10,90,0O,?O,?0,80,8O,?0,0Q,G0,7D.50,50,50,50,2

1,1O,?0,60,60,80,60,50,70,7O,t:',0,50,50,50,50,30,3

98,385,384,980,8

106,28!J,466,097,691,179,G03,0

101,2se,1

110,1109,91I7,/).

... ...4,1 4,1100,02,1 2,1101,1

2,4 2,7112,11,5 1,3 91,25,5 1,0 31,'/4,6 2,0 57,12,1 1,0 91,0

..

4,02,01,92,22,02,41,91,02,15.?4,23,21,91,10,90,0

3,72,11,92,11,82,21,91,02,23,63,43,a.2,01,2O '1

"a,li

33,5:04,Q:00,497,288,691,397,49~,o

10",563,300,4

1!J3,l

18<1.,9105,1'/7,2'/G,/l.

....--..--,.,..........-._--------------------------------------------------HNTI:: DE DADCE BÁ8);C;~: EQ~":!PE TÉCNICA DE ESTATtsncil AGROPECUÁRIA (ETEA).

transporte do pó, das economias de escalaem unidades maiores centralizadas e do fá­cil acesso aos portos, visto que o produtodestina-se principalmente à exportação.

O local de produção da cera chama-se"cozinha" e compreende 3 repartições:

- O armazém para o pó;- o local do cozimento e prensagem;- o local onde a cera é moldada e

estocada.O pó branco e o pó preto são tratados

separadamente. O pó é misturado com água(15 kg de pó para 30 litros de água). A

_ seguir é cozido ao fogo direto em tachãode zinco ou ferro, e moldada.

A cera é deixada assim durante 24 horaso que permite a separação da borra dâágua. Finalmente, é filtrada na prensa etransformada em pães de 5 em de espes­sura.

6.1. Deficiências na produção da cera

A monografia da SUDENE, "Estudos deMercado de Produtos Agropecuários do Nor­deste", 1972. apresenta-nos os inconvenien­tes do rudimentar processo: baixo rendi­mento e insatisfatória qualidade do pro­duto no mercado ínternacíonal. Sugere, pa­ra corrigir as falhas, as seguintes medidas:

- depuração do pó antes da sxtracãode cera, a fim de eliminar logo -asimpurezas nele contidas, provenien­tes da secagem das folhas;

- uso de vasilhames limpos e que nãooxidem a cera;

..... evitar o fogo direto que queima acera;

- utilização de prensas mais potentespara dimínuír as perdas;

.... separação das diferentes qualidades.

Ar, "folhas de palha" e as "folhas de olho"são tratadas separadamente, dando, respec­tivamente, o pó cinzento e o pó branco.

A seguir, o pó é ensacado e levado àsindústrias de produção da cera.

Rendimento em pó das folhas de carnaú­ba por idade da palmeira:

Idade da palmeira(anos)

10 a 2030354()50

Nílmero médio de "folhasde olho" p/kg de pó branco

230200170170170

Número médio de "folhas depalha" p/kg de pó cinzento

250250220220220

fi. TÉCNICA DE EXTRAÇãO DA CERA

As folhas da carnaubeira são cortadas lo­go depois da floração, época em que a quan­tidade de cera sobre as folhas é maior.

A colheita é feita de urna só vez, entresetembro e janeiro, depois da floração. Ocorte é realizado por meio de uma foicepresa na extremidade de uma vara de bam­bu de 6 a 7 metros de comprimento.

São cortados separadamente dois tipos defolhas: 1) as "folhas de olho" que cercamo rnerístema terminal e fornecem a ceraclara, de primeira qualidade e 2) as "folhasde palha", bem abertas, verdes, que forne­cem uma cera cinzenta.

As folhas caídas no chão são reunidaspor tipo,' amarradas, depois de cortar o pe­cíoío, em pacotes ou feixes e transportadasaté a área destinada a secagem.

Durante a secagem as folhas são espa­lhadas em um local - palheiro - para se­rem secadas ao sol durante 2 a 4 dias. Esteprocesso, por ser feito em área de terrabatida, apresenta vários inconvenientes:

a) incorporação de impurezas ao pó, emrazão do contato das folhas com aterrai

b) a umidade do solo pode aumentar lfduração da secagem;

. "'c) perda d~ uma parte do pó, que, cainftg:'Il'õfi.tef "A Carnaúba", C. Bahna.do no solo, e levado pelo vento. ~

Antigamente o pó era extraído por ris"!>- R.. INDUST~IALIZAÇÃO: PREPAROeagem manual da palha, o que permltía-c '"' DA CERA DE CARNAÚBAs. sua utilização no artesanato e incorpo- :ti. preparação da cera é feita, em maiorrava menos impurezas. Ainda é utilizado escala, nas capitais dos Estados do Nor­~m algumas regiões, A maioria, entretan- deste, notadamente Fortaleza e Teresina.to, utiliza um pica-palha que corta a folha Até 1972 a SUDENE aprovou a instalaçãoem pedaços e um aspirador. que sopra o de 9 indústrias de beneflcíamento, sendopó das folhas por aspiração, através de uma 4: no Piauí e 5 no Ceará. A vantagem dapeneira metálica. localização prende-se às facilidades da

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11168 QUlnta-leJra 2Z DIAKIO DO CONGRESSO NACIONAL (~io n Novê'Jiibro de 1975

o Sr. Henrique de La Rocque - NobreDeputado Correia Lima, é louvável suapreocupação em debater assuntos magnosda economia nacíonal. Hoje, V. Ex.a enrocatema altamente empolgante para nós ou­tros do Nordeste - o da carnaúba - e oestá fazendo de maneira precisa, com co­nhecimento pleno da matéria, que é tãocomplexa. Em nome do Maranhão, Estadoaltamente interessado nesse debate. felici­to V. Ex.a pelo pronunciamento que estáfazendo neste instante.

O SR. CORREIA LIMA - Deputado Hen­rique de La Rocque, o trabalho parlamen­tar de V. Ex.a credencia plenamente o apar­te, que muito beneficiará o meu trabalhoe a ele dará substância. Muito obrígado aV. Ex.a pela contribuição.

Prossigo, Sr. Presidente:

Para o inventor Dermeval Rodrigues. es­tudioso dos problemas da carnaúba, a prin­cipal providência a ser tornada para a re­cuperação da cera de carnaúba é a indus­trialização da extração, com o emprego desecadores, o que aumentará a quantidade,melhorará a qualidade e baixará o custoda produção.

Ele explica seu processo destínado a au­mentar a quantidade e melhorar a quali­dade da cera:

"Com a floração da carnaubeíra, queé de julho para agosto, as palhas per­dem toda a cera, Passam então a criarnova carga, que vai aumentando grada­tivamente até a Iloracâo do ano se­guinte. Nos últimos nieses as palhastêm mais pó e, este, maior percenta­gem de cera.

Com o emprego do secador pode-se fa­zer cortes no decorrer do ano, sem pre­judicar a palmeira, cortando de prefe­rência palhas bandeiras, que além deconterem maior quantidade de pó, pro­duzem a cera-flor. Mesmo nos carnau­baís que alagam durante o inverno po­de-se dar cortes nas épocas mais apro­priadas, de acordo com as chuvas.Com o uso do secador, o pó será puro,pois não contém a poeira que cai sobreas palhas durante a secagem do sol.Pode-se exportar pó em vez de cera,eliminando a operação mais trabalho­sa e mais dispendiosa."

Operação esta nem sempre coroada deêxito, graças às impurezas e ao rudimentarprocesso de cozimento da cera. o que CDn­tríbuí para sua desvalorização no mercadointernacional.

O aprimoramento da tecnologia de indus­trialização da cera de carnaúba, emboraimprescindível. encontra obstáculos difíceisde serem transpostos, C011forme admitiu oSuperintendente da SUDENE em conferên­cia pronunciada perante a CPI sobre a car­naúba, da Câmara dos Deputados. em 1970:

"A introdução de um grau maior demecanização nos processos de extraç~oe beneficiamento da cera, além das dí­ficuldades comuns. decorrentes da ca­rência de recursos, esbarra, de início,CDm um elevado custo social represen­tado pela inexistência imediata do usoalternativo para a mão-de-obra nasatuais condições da seonomía regional."

O Sr. l\filton Brandão - Nobre Deputado,V. Ex.a está fazendo oportuno pronuncla­mento sobre a cera de carnaúba. O Piauí,como o Ceará, é grande produtor de cerade carnaúba além de pequena parte doMaranllão e 'do Rio Grande do Norte. Ti­vemos oporttmtdade de presidir uma Co­míssão Parlamentar de Inquérito destinadaa apurar as causas da depreciação do preço

da cera de carnaúba no mercado interna­cional. O Relator foi o ilustre Deputadocearense Ernesto Gurgel Valente. Da Co­missão fizeram parte ainda outros repre­sentantes do Nordeste e de outras regiõesdo País. Foi um esforço válido, país serviupara demonstrar que a cera de carnaúba éum produto nobre, e que o seu preço avil­tado no comércio internacional, para serelevado, dependia somente de providênciasdo Banco do Brasil e da CACEX, relacio­nadas com financiamentos, e da SUDENE,a fim de que, estudado aquele produto, tec­nicamente, cientificamente, pudéssemos teros meios para colher a cera de carnaúba eelevar o seu preço no mercado de vendas.O resultado foi posítívo. Muitas autoridadesestiveram presentes às reuniões daquelaCPI, e as conclusões aprovadas por estaCasa foram, inicialmente, aproveitadas erecomendadas pelo Governo Federal. En­tretanto, já sentimos que o Banco do Brasilprecisa adotar outras medidas, por inter­médio da CACEX, como por exemplo umfinanciamento maior, porque a cera de car­naúba está sendo extraída a braco escravoe por preço vil, prejudicando mais de cemmil famílias do Nordeste. Torna-se neces­sário, portanto, que essas providências se­jam tomadas, acautelando-se o produto, queé uma garantia sobretudo para os Estadosdo Piauí e do Ceará. V. Ex. a citou. também,o Sr. Dermeval R,odrigues, que é um inven­tor, um grande entusiasta, um grande luta­dor pelo aproveitamento da carnaúba e pelavalorização do produto. Seu invento, suamáquina, realmente demonstrou atenderaos interesses econômicos da área. Con­gratulo-rne com V. Ex.a pelo seu brilhantediscurso e por exaltar o nome de DermevalRodrigues e de todos aqueles que lutampara valorizar o produto no mercado inter­nacional, que é vital para a economia danossa Região.

O SR. CORREIA LIMA - Nobre Depu­tado Milton Brandão, particularmente con­sidero V. Ex.a um dos mais eficientes Depu­tados da minha Bancada. E o aparte deV. Ex.a é feito indiscutivelmente com co­nhecimento de causa. Isso em muito valo­rizará o meu trabalho. e acredito que, deagora por diante. ele terá realmente vali­dadc. Muito obrigado a V. Ex.a pelo aparte.

C011 tinuando:7. DA CLASSIFICAÇlíO

O Conselho Nacional de Comércio Exte­rior, tendo em vista as exigências dos mer­cados internacionais, baixou especificaçõespara padronízacâo e classificação da cerade carnaúba. São as seguintes:

Tipo 1Tipo 2Tipo 3TilJO 4Tipo 5

Os tipos de cera serão caracterizados deacordo com a sua cor c Índices de impurezae umidade, apresentando os seguintes re­quisitos:

Tipo 1 - cera de cor branca e/ou ama­relo-clara, vulgarmente denominada "flor"e "yellow I" que contenha no máximo 1. %(um por cento) de impureza e até 2% (doispor cento) de umidade.

Tipo 2 - cera de cor amarela mais oumenos acinzentada e/ou esverdeada, vul­garmerrte denominada "mediana clara" e­"yellow 2", que contenha no máximo 1%I um poz' cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.

Tipo 3 - cera de cor castanho-clara, cas­tanho. amarela e/ou esverdeada vulgarmen­te denominada "cauipe", "gorda clara" e"light fatty gray" e "north eountry 2", que

contenha no maxnno 2% (dois por cento}'de impurezas e até Z% (dois por cento) deumidade.

Tipo 4 - cera de cor castanho-escura,verde escura e/ou escura tirante a negro,vulgarmente denominada "gorda escura"."gorda batida", "Iatty-grav" e "north eoun­trv 3", que contenha no máximo 2% (doispor cento) de ímpureaas e até 2% (dofs porcento) de Umidade.

tipo 5 - cera de cor esbranquiçada, actn­zentada e/ou esverdeada, vulgarmente cha­mada "arenosa" ou "ehalcky", que contenhano máximo 2% (dois por cento) de impu­rezas e até 6% (seis por cento) de umi­dade.

A cera que não se enquadrar em um dostipos deserítos, será classificada como"abaixo do padrão".

8. PREÇOS MíNIMOS

A fixação de preços mínimos destina-sea garantir aos produtores preços compatí-,veis com o valor do produto, ao mesmotempo que estimula a sua produção. Ine­xistindo mercado para o produto, a Comis­são de Financiamcnto da Produeâo atuarácomo potencial compradora de cera de car­naúba "de origem",

Os preços mínimos vigentes para a safrade 72/73, de acordo com Decreto Presiden­cial, são os seguintes por arroba de 15 qui-los: '

Tipo 1 .... ,. ...... Cr$ 60,75Tipo 2 .••••.•...•. ces 55,29Tipo 3 CrS 48.53Tipo 4 , Cr$ 44,00 (básico)

Esses preços referem-se ao produto acon­dicionado em sacaria nova, em volumes de90 quilos, colocados nos armazéns localiza­dos nas praças de embarque, isentos dequaisquer ônus, e classificados segundo asespecificações estipuladas pelo ConselhoNacional de Comércio Exterior,

9. PRODUTIVIDADE

A cera de carnaúba ainda é quase total­mente extraída de plantas nativas. espaça­das entre si e não se lhes dísnensa nenhumtratamento. Evidentementc. tal práti~a ru­dimentar dificulta a colheita da cera. bemcomo reduz o indice de produtividade, Estaem decorrência, depende apenas da fertili~d.ade do terreno. Assím, na zona do Jagua­rtbe uma arrobá de pó 115 quilos) é con­seguida com 1. 500 palhas, enquanto em ou­tras áreas se exigem até 15.000 palhas paraproduzirem a mesma quantidade.

Quanto aos plantios racionais, são pouconumerosos, No Ceará há apenas 3 com ex­pressão econômica ("CDmércio Exterior",out/nov/72L

O desestímulo para D plantio da carnaú­ba decorre do fato de ser um investimentocaro. porque tem seu retorno a longo prazo.A árvore só começa a produzir aos dez anose atinge a maturidade aos 18/20 anos.

De qualquer modo, deve ser incentivadoo plantio racional de carnaubaís tendo emvista o desenvolvimento econômico da re­gião. Ao mesmo tempo devem ser protegi­dos os carnaubaís nativos, impedindo ocorte das palmeiras, a retirada excessiva defolhas e garantindo o crescimento das pal­meíras novas, oriundas das sementes.

10. RELAÇãO PRODUÇAO­EXPORTAÇAO

O Quadro anterior demonstrou-nos que aprodução de cera de carnaúba é destinada.principalmente, à exportação.

Durante o período analisado, ainda re­centemente, em 1966, as exportações cor­responderam a mais de 100% da produção

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Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta·feira 22 9169

Os Estados Unidos sempre foram os maio­res tmportadores de cera de carnaúba. Du­rantc o qüinqüênio 1935/1939 as comprasamericanas de cera corresponderam a 67,9%das vendas totais. Em 1940/1944, essa parti­cipação elevou-se a 86,3(';',. Neste períodoprocederam-se as maiores importações ame­rícanas, graças ao Acordo de Washington,em 1941 que estabilizou os preços da cera

anual, sendo suplementadas por estoquesgovernamentais.

A partir de 1967 a produção aumentousensivelmente, enquanto que a exportaçãocorrespondeu a cerca de 50%.

Em se tratando de atividade extrativo­vegetal, os preços deveriam agir como fa­tor de incentivo ou desestímulo da produ­cão. No caso da carnaubeira, assim temsido. De fato, não obstante os preços mé­dios virem decrescendo a partir de 1955. asquantidades produzidas continuam a cres­cer normalmente.

11. COMERCIALIZAÇAO

Segundo estudo publicado pelo Banco doNordeste do BrasiL "Tendências recentes eperspectivas da cera de carnaúba", a re­cuperação da cera de carnaúba no merca­do internacional poderá ser feita se orga­nizado um plano que envolva a produção,industrialização e comercialização.

·A comercialização seria reorganizada emprimeiro lugar, ficando as outras duas fa­ses para um programa a longo prazo.

Na mecânica da comercializacão da cera.existem atualmente os seguintes elementos:o produtor, o comerciante ou armazentstado interior, o corretor, o exportador, o im­portador ou refinador e, finalmente, o con­sumidor, no caso, o industrial. Norrnalmen­te o produtor vende-a ao comerciante, quea entrega ao corretor e, na capital do Es­tado, ao exportador.

De todos os elementos que participam dacomercialização é o produtor quem tem me­nor participação no processo.

A responsabilidade da comercialização dacera de carnaúba está praticamente afetaàs firmas exportadoras que, muitas vezes,operam sem as mínimas condições exigi­das pelo ramo de exportação. Assim, ascrises havidas na comercíalízacâo da cerageralmente são atribuídas aos' exportado­res pela desorganização da atividade e porfazerem um mercado altamente competi­tivo.

Por outro lado, a importação norte-ame­ricana está afeta a poucos importadoresque atuam de forma organizada. influindona formação dos preços internacionais.

12. EXPORTAÇÕES

Exportações em 1971, segundo o "Comér­cio Exterior do Brasil", publicação do Mi­nistério da Fazenda:

Total das exportações em kg: 12.716.842Valor a bordo no Brasil: Cr$ 55.725.207.00

US$ 10.604.207,00

PRINOIPAIS OOMPRADORES

QUADRO V-IDESTINAÇõES DA PRODUÇÃO DE CERA DE CARNAúBA NO NORDESTE

DO BRASIL EM TONELADAS

QUADRO V-12

EXPORTAÇõES PARA O EXTERIOR - VALORES ESPECiFICOSE NÚMEROS ÍNDICES

Produto ; Cera de Carnaúba - Local: EUA - Rase: Primeiro Ano = 100

Valor Unit.USS;/T índice

100.0 1043. 100.0106 2 903. 86.6112.2 929 89.1113.2 894. 85.7

97.2 709. 67.971.5 684. 65.5G9.9 684. 65.675 7 700. 67.173.3 703. 67.4

- AT/AE para o Nordeste

- - --- _._----

Sr. Presidente. solicito a V. Exa. que con­sidere como partes integrantes do meu dis­curso os Anexos e a Bibliografia que Juntoao preserite. (IHuito hem! a.r"iJ ... hem! Pal­mas. O orador é cumprímentudo.)

ANEXOS

Raimundo Machado de AraújoA CARNAUBElRA

A carnaubeíra f Copernicía-cerifera mar­tíusr e uma palmelra largamente encon­trada no Nordeste brasíleíro, principalmen­te nos Estaclos do Ceará e Piauí Extraordi­nariamente resistente, tem um crescimen­to lento e chega comumente a mais de 50anos. Seu tronco erecto atinge normalmen­te uma altura de 10 metros. Grandes aglo­merados de carnaubeíras caracterizam osáridos vales de nossa região, paisagem ím­par em todo o mundo.

Foi por Von Humboldt denominada de ":3,

árvore da vida", porquanto representou en­tão o papel de um verdadeiro gado vegetal,em que dele nada se perdia. Seu pequenofruto. escuro quando maduro. era usado nafabricação de um sucedàneo do care e comoração animal. Sua palha ainda hoje é usadana fabricação de chapéus, vassouras. estei­ras e surrões, além de coberta para cabana.A fabricação de chapéus aliou-se a um finoartesanato de bolsas e calçados, sendo hojemais um artigo de exportação e produtor

4867.5168.5459.5511.4729.3479.3403.3682.3567.

Não obstante a diminuição das importa­çes por parte dos Estados Unidos, as ven­das de cera têm permanecido mais ou me­nos constantes no seu total. porque outrospaises vêm aumentando suas compras emproporções mais elevadas que aquele de­cesso. Estes países são: a Alemanha Oci­dental o Japão, o Reino Unido e. ultima­mente. a Itália.

Valor (USSIUS$ 1. 000 índice

100.0122.7125.9132.1143.0109.1106 6112.7103.7

Quantidade(T) Índice

4666.5724.58'75.6164.6673.5089.4975.5259.5073.

Ano

196219631964196519661967196819691970

---------

- ----Mercado Inter- Percentagens

Produção IAI Exportação (B I no + Estoques (ElA I(C=A+B)

Ano Toneladas Toneladas Toneladas %

1960 10.980 10.807 173 98,41961 11.445 10 146 1.299 88,71962 12 102 9.351 2.751 77,31963 11.767 11.142 625 94,71964 13 131 10 397 2.134 8361965 12.729 12.048 681 94.61966 12.217 13.<190 -1.273 110.41967 17.434 10 829 6.605 62,11968 17.658 13.176 4.482 7461969 20.135 13 2.8 5.887 65.31970 20.378 13.510 6.688 65.3

--- -- -----_.Fonte: Dos dado básicos: IBGE, SEFF e TEXTO.

Fonte: Dos dados básicos - IBGE e SEEF e SUDENE-----------

CONCLUSõES

Da análise feita sobre a situação da cerade carnaúba. e a possibilidade de desenvol­vimento de produção, tendo em vista a me­lhoria do padrão de vida de uma das popu­Iacões mais carentes de recursos - a doNordeste brasileiro- podemos concluir oseguinte:

1) A carnaubeira apresenta uma renta­bilidade muito baixa por área ocupada. sen­do recomendável a reorganização das cul­turas. mesmo a longo prazo, para melhorara rentabilidade.

21 É necessária a modernização do pro­cesso atualmente utilizado na extração dacera de carnaúba. para melhorar a quali­dade do produto e aumentar a sua produ­tividade.

3) Há necessidade de regulamentação go­vernamental da exportação da cera de car­naúba. por intermédio de um órgão que ori­ente a preparação e exportação do produ­to final.

4) A baixa eotaeão da cera de carnaúbano mercado Internacional não decorre ape­nas da concorrência dos sintéticos. mas dadesorganização da comercialização do pro­duto.

51 Há necessidade de entrosamento dosEstados produtores de cera, com vistas àtomada de medidas em defesa do produto.

até 1945, por considerá-la matéria primaessencial ao esterco de guerra. Após a guer­ra os preços foram Iíberados e atingiramo seu ápice em 1946.

A partir de 1950, as exportações de cerapara os Estados Unidos foram decrescendo.representando apenas 46,8'k em 1967. Houveuma reação fi seguir, representando cercade 37,47< em 1971.

lig',

4.756.3791.377.8701.289.747

922.105836.400562.480438.718407.950316 303246.380

Estados UnidosAlemanha Ocidental .•.Japão ..............•..Itália ..... '" ..•......•Reino Unido ......•.••Espanha .........•..•.França ...............•Países Baixos .República Sul AfricanaMéxico .

Países

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.Dl'1& Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 1973a,

1965 12.729 682 ' j12.047 10.728 94,61966 12.217 -1.275 13.492 9.630 110,01967 17.454 6.625 10.829 7.432 62,01968 17.658 4.482 13.176 9.074: 74,61969 16.688 (l) 3.440 13.248 9.283 79,41970 17.367 (1) I 9.812 (2) 6.866 (2)

~. -..!.

% da Destina.ção Externa

Sôbre aProdução

Da Classificação

I - A classificação da cêra de carnaúbaobedecerá às disposições constantes destasespecificações.

II - Para efeito do disposto no item an­terior, a cêra de carnaúba será classifica­da, em qualquer estado rísíco ou torma em

EXTERNA

ValorQuantidade (U8$ 1.000)

DESTINAÇliO DA PRODUÇliO (t)

Interna(t)

ProduçãoANOS

Fonte: ETEA - MA e SEEF - MF.Notas: (1) Estimativa do ETENEl.

(2) Dados de janeiro a setembro.

CARNAúBA

O Conselho Nacional de Comércio Ex­terior baixou novas especificações para pa­dronização e classificação da cera de car­naúba (Copercicia cerífera Mart.), tendoem vista as exigências dos mercados inter­nacionais. As especificações são as seguin­tes:

ja, 43% do preço do início da década. Vi­sando a corrigir essas dtstorcões e a defen­der os preços do produto no mercado exter­no, o Banco do Brasil, através da CACEX,fixou Os preços mínimos de liberação e de­terminou as cotas de exportação, por em­presas exportadoras. Assim é que, segundoo Comunicado n.? 329, de 9/dez/70, a CA­CEP fixou os seguintes preços por libra/pe­so: cêra de primeira ou tipo 1, ao preço deUS$ 0,47; cêra mediana ou tipo 2, ao pre­ço de U8$ 0,43: cêra parda clara ou tipo 3,ao preço de US$ 0,38; e cêra parda ou tipo4, ao preço de US$ 0,35.

Outra providência de grande alcance doGovêrno Federal, para a economia da cêra­de-carnaúba, foi a fixação de preços mini­mos para êsse produto, através do Conse­lho Monetário Nacional, em novembro pró­ximo passado. A Comissão de Financiamentoda Produção atuará como potencial com­pradora de cêra-de-carnaúba "de origem",de acordo com os seguintes níveis: tipo 1,Cr$ 60,75 por arrôba de 15 quilos; tipo 2,Cr$ 55,29 tipo 3, Cr$ 48,53 e tipo 4 (bási­co), ors 44,00.

Referem-se êsses preços ao produto acon­dicionado em sacaria nova, em volumes denoventa quilos, colocados nos armazéns lo­calizados nas praças de embarque, isentosde quaisquer ônus, e classificados segundoas especificações estipuladas pelo conse-

Os Estados Unidos, a Inglaterra, a Ale- lho Nacional de Comércio Exterior.

:~n~aao~;:~~t~'s~oFro~n~~~~~e~a~:~o~:~= Presume-se que, de início, as quantidadesdores, embora, na realidade, vários outros exportadas não se modificarão, mantende­países sejam consumidores do produto. se por algum tempo a cifra aproximada de

13 mil toneladas, que é, mais ou menos, o vo-as preços internacionais da cêra-de-car- lume 11e vendas para o exterior efetivas nos

naúba sofreram acentuado declínio, no úl- últimos anos pelo Nordeste. Com medidastímo decênio, devido tanto à forte concor- adotadas, contudo, haverá, a partir de 1971,rêncla dos sintéticos, como à desorganiza- elevação nas receitas cambiais oriundas des­ção do mercado interno exportador. Como se produto. A retração das compras pelo ex­decorrência da queda dos preços, as expor- terior não terá significado diante dessa no­tações de cêra-de-earnaúba perderam po- Vil. situação. As rígidas necessidades do pro­síçâo relativa no cômputo global das expor- duto e a firmeza com que o Govêrno atacoutações nordestinas, decrescendo sua parti- o problema evitarão qualquer procedimentocipação de 10%, em 1960, para apenas 3%, tático dos importadores. Assim, os US$ 9',0em 1968. Em 1960, a tonelada de cêra-de- milhões que se vinham mantendo como va­carnaúba alcancou US$ 1.597.53. declínan- 101' das exportações de cera-de-carnaúba 00­do para apenas 'US$ 638,68, em 1968, ou se- rão modificados para mais elevado nível.

TABELA 60NORDESTE

Produção e Mercado da Cera-de-Carn.aúba1965-1970

veitamento total dos recursos desta dádivaque a natureza nos legou: a oarnaubeírat

Cêra-de-Oarnaúbe

A cera-de-carnaúba é o segundo produtoda extrativa vegetal nordestina em valorda produção. Destacam-se como os maioresprodutores regionais os Estados do Ceará,Piauí e Rio Grande do Norte. O Nordeste éa única região produtora de cêra-de-car­naúba do País.

A partir de 1960, a produção de cêra-de­carnaúba vem acusando tendência de cres­cimento, situando-se em tôrno de 18 miltoneladas, em 1970.

A cera-de-carnaúba possui largo uso in­dustrial, destacando-se seu emprego nasindústrias de papel carbono, artigos de po­limento e cêras para assoalho.

Os principais concorrentes da céra-de­carnaúba no mercado internacional são aseêras sintéticas microcristalinas, sobretudoderivadas do petróleo, as naturais e sintéti­cas e a eêra de Iícurí, Apesar da forte con­corrência dos sintéticos, a cêra-de-camaú­ba mantém-se com grande aceitação nomercado externo, descobrindo-se novos usos(como fita impressora para computadoreseletrônicos), em cuja fabricação nenhumoutro produto se apresenta em condições deconcorrer.

de divisas. Seu tronco foi vastamente utili­zado na indústria da construção, em linhase caibros que desafiam o correr dos anos.Seu palmito, nas palmeiras jovens é sabo­rosamente comestível e suas raízes foramgrandemente aproveitadas na medicina ca­seira, no tratamento das mais diversas do­enças.

Seu principal produto sempre foi, toda­via e ainda é, a cera produzida na superfí­.eie' das folhas, em forma de pó, atuando co­mo natural proteção da planta contra oclima seco e quente de seu habitat nativo,impedimento a perda da umidade por eva­poração. Empregada em esquecidas eras nofabrico de velas de iluminação, a Cera deCarnaúba foi matéria-prima importante noadvento do disco fonográfico e reinou até aíntroducâo do plástico mineral. Foi usadona índústría de guerra na fabricação deexplosivos e foi o ponto de apoio da indús­tria de polimento.

Hoje a Cera de Carnaúba é principalmenteempregada na indústria de polidores e nade papel carbono. Além destas, nossa Ceraentra na composição dos mais diversos pro­dutos da indústria moderna, tais como cos­métieos graxa, vernízes. produtos médicos,plástico~, isoladores térm!cos e elétricos,material de embalagem e tmtas.

Indispensável componente na fal)l'icaçãode tintas de impressão especiais, é fator Já­síco no reconhecimento ótico dos compu­tadores eletrônicos. Sua excepcional durezae seu alto ponto de fusão não são comunsnas demais ceras. o que lhe dá uma excep­cional vantagem. Para ser produzido brilhocom resístêncía é indispensável o empregode Cera de Carnaúba. A obtenção artificialdestas qualidades tem resultado na prod~­cão de sintéticos do alto preço, que naoconcorrem efetivamente com o nosso pro­duto natural.

Variando seus diversos tipos entre 35 e 63centavos de dólar por libra-peso FOB, pro­duz a Cera de Carnaúba anualmente divi­dendos para o Pais na ordem de mais de 11milhões de dólares, figurando como 2.° lu­gar nas exportações do Ceará. Mais de 13.000toneladas exportadas para os mais diversospaíses do mundo, além de outras 3.000 to­neladas consumidas no mercado interno,dizem bem da importância extraordináriadeste produto na economia nordestina. Cal­cula-se que mais de 2.000.000 de habitan­tes do Nordeste dependem seu sustento dí­retamente da Carnaúba, extração que nãoé sujeita à problemática das secas cuja ren­tabilidade é garantida.

O governo federal através da Comissão de;Financiamento da Produção tem trazido aoproduto um apoio que chegou a se fazer ne­cessário, para garantir nosso produto contramanobras especulativas que seu valor sem­pre atraiu. Ao mesmo tempo, tem os in­dustriais da Cera de Carnaúba feito nos úl­timos anos investimentos importantes nosentido de dar as mesmas condições com­petitivas de qualidade que garantem suasobrevivência como componente atuante noavanço tecnológico da indústria moderna.Estudos estão sendo feitos para racionali­zar sua extracão, ao mesmo tempo em queSe pesquisa súa aplicação em novos produ­tos. A palha de carnaúba representa umpotencial para a produção de 500.000 tone­ladas de pasta de celulose, ainda inexplora­do: faltam incentivos ao seu aproveitamen­to, enquanto sobram os Incentives ao reflo­resamento das reservas florestais devasta­das desordenadamente.

Procuremos substituir a pessimista idéiade erradicação dos carnaubaís nordestinospor um maior trabalho em pról de um apro-

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~oveD1bro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)' Quinta-feira 22 9171

!lue se apresente, e segundo a sua coloraçãoe qualidade, em cinco (5) tipos:

Tipo 1Tipo 2Tipo 3Tipo 4Tipo 5Das Características e Tolerâncias

lU - Os tipos de eêra de carnaúba se­rão caracterizados de conformidade com asua côr e índices de ímupreza e umidade:

I) Tipo 1: cêra de cõr branca e/ou ama­relo-clara, vulgarmente denominada "flor"e "yellow 1" que contenha no máximo 1%(um por cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.

2) Tipo 2: cêra de côr amarela, mais oumenos acinzentada e/ou esverdeada, vul­garmente denominada "mediana", "media­na clara" e "yellow 2", que contenha nomáximo 1% (um por cento) de impurezas eaté 2% (dois por cento) de umidade.

3) Tipo 3: cêra de côr castanho-clara,castanho, amarela e/ou esverdeada, vulgar­mente denominada "cauipe", "gorda-clara"e "líght fatty gray" e "north country 2",que contenha no máximo 2% (dois porcento) de ímuprezas e até 2% (dois porcento) de umidade.

4) Tipo 4: cêra de côr castanho-escura,verde-escura e/ou escura tirante a negro,vulgarmente denominada "gorda-escura","gorda-batida", fatty-gray" e "north coun­try 3", que contenha no máximo 2% (doispor cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.

5) Tipo 5: cêra de côr esbranquiçada,acinzentada e/ou esverdeada, vulgarmentedenominada "arenosa" ou "chalcky", quecontenha no máximo 2% (dois por cento)de impurezas e até 6% (seis por centot deumidade.IV - A cêra de carnaúba que, pelas suascaracterísticas, não se enquadrar nos tiposdescritos no item anterior, será classifi­cada com a denominação de "abaixo dopadrão'.

Cêras Rebeneficiadas

V - A cêra de carnaúba, qualquer queseja o seu tipo, inclusive o "abaixo do pa­drão" que fôr rebeneficiada ou passar por'qualqúer novo tratamento, deverá ter, nocertificado de classificação, especificada aoperação física ou processo químico a quefoi submetida.

Disposições GeraisVI - O Certificado de classificação refe­

rente à cêra de carnaúba será válido por365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, acontar da data de sua emissão.

VII - Os casos omissos serão resolvidospor proposição do Diretor da Equipe Téc­nica de Padronização. Classificação e Ins­peção de Produtos de Origem Vegetal, doMinistério da Agricultura, cabendo a de­cisão final ao Conselho Nacional de Co­mércio Exterior.

A CARNAÚBA NOMERCADO INGL1!:S

O· Érasil, em 1965, exportou para o ReinoUnido 1.149 toneladas de cêra de carnaúba,no valor de 960 mil dólares, FOB, o que,eorrespondendo a 9.% das vendas totais doproduto, classifica este pais como o ter­ceiro mercado do Brasil, depois do norte­americano e do alemão.

Em 1966, as vendas brasileira expandi­ram-se para 1.298 toneladas, baixando, noentanto, a receita para 877 mil dólares,também equivalendo a 9% das exportações

totais; o Reino Unido se manteve no ter­ceiro pôsto.

No contexto das exportações globais doBrasil, a cêra de carnaúba ocupa posição derelativa importância, respondendo por 0,6%,0,5% e 0,4% de suas vendas externas, res­pectivamente em 1965, 1966 e 1967.

Analisado, porém, o mercado britânico,observa-se que o produto em apreco é inex­pressivo, absorvendo 0,007% do -total dasaquisições externas CIF daquele país, cum­prindo assinalar que as estatísticas britâ­nicas englobam dados referentes, igual­mente, à cêra de curícurí, embora à cêra decarnaúba caibam 97% dos totais consigna­dos.

No decênio 1957/66, as importações bri­tânicas dos três tipos de produtos acimaatingiram a média anual de 1.372 tonela­das, no valor de 637 mil libras (1,78 milhãode dólares). O Brasil forneceu 1.118 tone­ladas, no valor de 521 mil libras 0,46 mi­lhão de dólares). Levando-se em conta odecênio 1958/67, as importações totais doReino Unido foram de 1. 321 toneladas, coma receita de 580 mil libras (1,62 milhão dedólares), tendo sido supridas pelo Brasil1.067 toneladas, no valor de 472 mil libras(1,32 milhão de dólares).

MercadoSegundo o boletim da CACEX o mercado

britânico é consumidor estável, com ten­dência, no entanto, declinante, em virtudeda existência de produtos artificiais quesubstituem, dentro de certo limite, a cêrade carnaúba.

Uma única firma é responsável por cêrcade 75% do total das aquisições do produto,do que resulta a segunda característica domercado, qual seja, sua natureza monopsô­níea.

Do lado da oferta, havia, até a recentecriação da Comissão Coordenadora da Ex­portação da Cêra de Carnaúba (CCECC),uma debilidade do sistema de comercializa­ção da mercadoria, em que a existência deinúmeras firmas disputando os mesmoscompradores gerava transações que nãoeram das mais vantajosas para o Brasil,apesar da posição monopolístíca que des­fruta no comércio internacional do produto.

Vale assinalar, como última característí­ca, a acentuada deterioração do preço doproduto, sendo que o cotado para 1967 foiinferior à metade do obtido em 1958 (689,70dólares e 1.599,10 dólares, por toneladasFOB), respectivamente, de acordo com asestatísticas brasileiras.

RegimeA cêra de carnaúba entra no Reino Uni­

do sob licença Geral de Importação (OpenGeneral Licence), ou seja, é livre a impor­tação da matéria-prima em questão.

O Brasil é o grande fornecedor de cêraao Reino Unido, seguido dos Estados Uni­dos, que se constituem, pràtíeamente, nosúnicos concorrentes do Brasil, através de\exportações de cêra altamente refinada.Vem-se observando.no entanto, a partir de'1964, uma perda nas reexportações norte­americanas e uma recuperação brasileira,'Como resultado, possivelmente, de oferta deproduto de melhor qualidade, não obstante,segundo afirma a principal empresa im­portadora, o mercado britânico preferir cêrade tipos inferiores.

A Procura, Em 1967, o Reino Unido importou 965toneladas de cêra, no valor de 276 mil li­bras. Em 1958, o volume adquirido haviasido de 1.118 toneladas, no valor de 666mil libras. Em outras palavras, a mesma

quantidade, praticamente, da matéria tran­sacíonada nos dois anos extremos da série'gera uma receita, em 1967, inferior à meta­'de da recebida em 1958.

As previsões são no sentido de que nem o'Consumo nem a remuneração por unidadede produto se elevem nos próximos anos,,pois é remota a possibilidade de substitui­ções integrais da cêra de carnaúba por sin­téticos, mas, ao mesmo tempo, é pouco pro­vável que venha a ser utilizada na eonrec­çâo de novos produtos ou que melhorem ascondições de oferta no Brasil.

Os principais tipos de exportação de cêrade carnaúba brasileira são:

tipo 1 - Prime ou n.O 1 Yellow;tipo 2 - l\ledium ou n.o 2 YeIlow;tipo 3 - Light Fatty ou n.O 2 North Oeun­

try;tipo 4 - Fatty Grey ou n,v 3 North Ooun­

try.

As importações britânicas de origem bra­sileira são, principalmente, dos tipos 1 e4, sendo que o mercado tem preferido ostipos inferiores, em razão de seus preçosmais baixos.

FretesLondres, em especial, e Liverpool consti­

tuem os principais portos de desembarqueda cêra de carnaúba. Praticamente toda aeêra proveniente do Brasil é desc~rregadaem Londres.

O frete, por tonelada, é de 618 xelins e6 dinheiros por 2.240 Iíbras/pêso entre For­taleza e Londres ou Liverpool, acrescidode uma sobretaxa de 2,5%. Em determina.dos casos, o frete poderá ser arbitrado em2,5% do valor da mercadoria. Entre Paraíbae Londres (ou Líverpool) , o frete é o mes­mo, porém acrescido de uma taxa portuáriade 99 xelins. Existem outros adicionais para

. os portos do Norte, como Manaus e SãoLuís.

Os métodos atuais de acondicionamentode cêra de carnaúba brasileira para ex.portaçâo são satisfatórios. Nenhuma quei­xa tem sido registrada, a propósito, porparte dos Importadores.

ComercializaçãoA Comissão Coordenadora da Exportacão

de Cêra de Carnaúba (CCECC) estabelecenão apenas os preços mínimos de exporta­ção para os diversos tipos de cêra, mas,também, deve implementar as propostas definanciamento para as saídas dos estoquesínvendáveís dos exportadores e armadoreslocais. Além disso, tem amplo poder de im­por penalidades aos armadores e exporta­dores que promoverem vendas abaixo dopreço mínimo ou infringirem qualquer outroponto da regulamentação.

RecomendaçõesConsiderando todos os fatores que envol­

vem a estrutura do mercado britânico, en­t~nde a CACEX que será mantida, nos pró­ximos anos, a demanda atual de cêra decarnaúba brasileira.

A atuação da Comissão Coordenadora daExportação da Cêra de Carnaúba (CCECC)deverá manter o preço estável, evitando oaviltamento pelo excesso de concorrênciaentre os exportadores brasileiros. Todavia,a manutenção do volume atual das expor­tações brasileiras para o Reino Unido estácondicionada à necessidade de se exportara melhor qualidade possível, dentro das es­pecificações solicitadas, o que garantirá aoconsumidor contar com matéria-primacujas características sejam previamente deseu conhecimento.

Durante o ano de 1972 as exportações cea­renses para o exterior atingiram um resul-

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1172 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão D Novembro de 1973.t:

Aguardente de cana I 720,00Algas marinhas 2.500,00Algodão em pluma 15.193.'347,52Amêndoas de castanha de caju 8.203.044,49Armadores 396,00Barbatanas de tubarão 25.855,25Bílis bovina 5.931,25Bolsas de palha de carnaúba 437,50Calçados de couro 643.369,72Carvão vegetal 250,00Cascos e chifres de boi 7.241,65Cauda e crina cavalar 70 130,52Cera de Abelha 363.670,31

tado total de US$ 68.316.120.51, ou sejaquase US$ 20.000.000,00. a mais do que noano anterior. Os produtos manufaturadostiveram um fantástico incremento da ordemde 407,3 por cento enquanto os demais au­mentararn 37,3 por cento, o que representaum grande salto para o pequeno período deum ano. .

Segundo o diretor-executivo adjunto emexercício do Núcleo de Promoção das Expor­tacões do Ceará. economista Lucio Arman­do de Patricio Ribeiro, dentre os sete no­vos produtos exportados pela primeira vezno ano passado três são manufaturados en­quanto dois outros - tecidos de algodão evaqueta de couro bovino - tiveram suasvendas para o exterior reiniciadas.

Novos e Principais

Explicou que os sete novos incluídos napauta de 51 produtos do Ceará enviados pa­ra o estrangeiro são: algas marinhas, ar­madores, bilis bovina, minérios de tantali­ta, resina de [alapa, roupas femininas etapetes de pele de cabra. Por outro lado,calçado de couro já figura dentre os prin­cipais produtos de exportação, sendo tam­bém um dos artigos que alcançou maior in­cremento juntamente com meias para ho­mens, colchas de cheníle e peles domésti­cas curtidas.

Foram classificados pelo Promoexport-Cecomo os 12 principais produtos exportadospor Fortaleza, no ano passado, represen­tando US$65.312,6 ou ainda, 95,6 por centodo total comercializado, as seguintes mer­cadorias: algodão, lagosta congelada, cerade carnaúba, amêndoas de castanha de ca­ju, peles domésticas, óleo de mamona, cou­ros bovinos, peles domésticas piqueladas,torta de caroço de algodão, óleo da casca dacastanha de caju, calçados de couro e tor­ta de babaçu.

Superior

Disse o diretor-executivo adjunto do Pro­moexport-Ce que convém esclarecer que ovalor real das exportações de manufatura­dos é muito superior ao apresentado nas es­tatisticas oficiais referidas, cuja fonte deinformacões dos dados é a Carteira de Co­mércio Exteríor do Banco do Brasil - CA­CEX, pois não incluem as remessas demeias para a Arríca, através do porto doRecife, nem as de fogões e botijões para aAmérica do Sul, por via trrestre. A lagostacongelada é também um produto cujo valorapresentado tende ser maior, em virtude deas vendas serem feitas em consignação.

Quadros

Os quadros que ilustram esta matéria,fornecidos pelo Promoexport-Ce e com ba­se nos dados levantados pela CACEX mos­trarão a realidade de cada um dos produ­tos exportados em 1972.

QUADRO I

COMÉRCIO EXTERIOR DO CEARAE:xportação - 1972

462'078.524.684.523,74

174.207,762.859.065,74

20.774,5024.812,8436.980,01

150,00440.365943&935,00

250,00150.089,22627.421,10

1. 351. 294,3351.075,00

347.609,67

11.846.40480,00

15.395,8Q52.340,32

185.069,168.348.343,11

6.225.4666.668602.916,411

1. 225.083.628õ.832.50"1.684,48;9.775,OQ

- .14.457,50;

6.902.174,00

22.200,65

240.755,55

476.956,4367.400,00

101.377,70

3.000,0!),1.393,1,1-

447.497,511'554.649.34

2 ;145 .126,911. 533 .957,67"

5.925,001.818.757.781.13

76.060,00­2.836.324,U'

598.957,63 .\'::l.354.117,#

6.670,0035.052,05

34.179.972,73

1971US$ FOB

7.649,50

·2.576.770.801.440,00

4.148 393.984.385,00

1972US$ FOB

720,002.500,00

13.168.712,30

6.328.326,1718.226,255.931,25

437,50453.873,40

250007.241.65

61.840,52262.706,56

8.892.026,5011.930,96

134.071,1312.565,36

2.689.815,585.620.403.910,602.000007.600.00

10.600.0076722

10.312.952,712.900,00

69.325273.635,96

254.950,00657.156,90

3.302.834,93383.105,98

2.575,5010.737,11

205.670,003.531.196,62

36.645,962.117.842,04

19.762,5017.021.8029.694.39

440.36594,33935,00

35.09140458.077,00843.744,4843.575,00

285.019,67

54. 712.20?,35.

-

TOTAL GERAL: ..... US$ 88.316.120,51,

Peixe PargoPeles domésticasPeles domésticas curtidasPeles domésticas piqueladaaRaiz de jalapaRedes de AlgodãoResina de anacardoRlW.ina de [alapaRoupas femininasRoupas de tecidos de algodãoSementes de UrucuTapetes de pele de cabra

curtidaTecidos de algodãoTorta de babaçuTorta de caroço de algodãoTorta de TucumVaqueta de couro bovino

10.933.516,2513.176,00

166.130,8329.515,63

3.710.742,225.620,403.910,002.000,007.600,00

10 000,00110.767,22

12.205.138,212.000,00

103 .764',383.635,95

335.110,00

383.657,743.962.614,86

447.409112.575;50

10.737,11 Fonte: CACEX.

QUADRO GERALEXPORTAÇÃO POR FORTALEZA WE)

Janeiro/Outubro

.- ..- -----~~----J

Fonte: CACEX

Aguardente de cana _ .Algas marinhas .Algodão em pluma ....•..................Alpargatas de couro .Amêndoas de castanha de caju .Barbatanas de tubarão ..................•Bilis bovina , .Bolsas de palha de carnaúba .Calçados de couro .Carvão vegetal " .Cascos e chifres de boi , ....•Oauda bovina .Cauda e crina animal ...........•.......•Cera de abelhas , ....................•Cera de Carnaúba ' .Cera de Ouricuri .........................•Chapéu de palha de carnaúba .Colcha de Chenile de algodão .Couros bovinos .Couros curtidos cromados ..........•..•..•Escarto de cabelo animal .Farinha de casco de chifre .Feijão de mucina .Fel bovino .Folhas de [aborandl .....................•1

Lagostas congeladas .Linter cru ..............................•Magnésia calcinada .Meias para homens .........•............•Minério de tantalita .....................•óleo de Babaçu ...........................•óleo de casca de castanha de caju ........•óleo de maluona .óleo de Oiticica .Óleo de Tucum ................•.........•óleos industriais ........................•óxido de berilo ., ........................•Peixe pargo .. , .Peles domésticas .Peles domésticas curtidas , .Peles domésticas píqueladas .............•Peles silvestres .......................•..•Raiz de [alapa ..........................•Redes de algodão ............•..... , •...••Resina de Anacardio ....•......•. ,., •.•.••Roupas temínínas ...........• " ....•••. ,.Roupas de tecidos de algodão .....•.•.•..•;Sementes de urucu ................•....•.•Xilita brasileira " ..•...••Tecidos de algodão .Torta de babaçu .........................•Torta de caroço de algodão , .......•)Torta de tucum .........................•Vaquetas de couro bovino ...•....••..•..•,

TOTAIS:

DISCRIMINAÇÃO

Cera de carnaúbaCera de OuricuriChapéu de palha de carnaúbaColcha de Chenile de algodãoCouros bovinosCouros curtidos cromadosEscarto de cabelo de animalFarinha de cascos e chifresFeijão de mucunaFel bovinoFolhas de JaborandiLagostas congeladasLinter cruMeias para homensMinérios de Tantalitaóleo de babacuóleo de casca- de castanha de

cajuóleo- de mamonaóleo de OiticicaOssos industriaisóxido de berílo

ValorValor US$ FOB

Produto

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Novembro de 1973 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I), Quinta-feira 22 91?3

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APLICAÇÕES INDUS'l,'RIAISCERA DE CARNAúBA

Cunha Bayma

Velas - A primeira aplicação da éerade carnaúba foi na fabricação grosseira erudimentar de velas para iluminação, emescala muito pequena e compatível com oatraso e a pobreza do interior nordestino.

Antes do querosene, do carbureto, daslâmpadas a álcool ou a gasolina, e quandoa eletricidade era desconhecida dos serta­nejos, era a luz baça e amarela das velasde carnaúba, fabricadas no próprio local,que bruxeleava ao lado dos velhos candeí­ros de azeite.

O progresso e a elevação dos preços dessamatéria-prima desviaram-na para outrosempregos, pouco a pouco, sendo muito ra­ro em nossos dias encontrar-se uma vela'de carnaúba no interior das próprias zonasprodutoras. Nos Estados Unidos, a cera em­pregada na fabricação de velas é derivadado petróleo.

Discos de vitrolas - Depois, o uso maisgeneralizado pelo menos no conhecimentodo 'povo, foi na preparação dos discos dogramofone, que, durante algumas dezenasde anos, invadiu e se instalou em todo re­canto brasileiro onde chegava um pedaçode civilização.

li, vitrola e a eletrola, vieram multiplicaro uso desses discos, aliás de forma tão maisaperfeiçoada, são continuadoras responsá­veis da crença de muita gente, que aindapensa ser esta uma das únicas aplicaçõesda cera de carnaúba.

Cera ou pasta para assoalhos - Uma dasmais conhecidas é a indústria de ceras pa­ra assoalhos. É fácil imaginar que consu­mo imenso têm essa matéria-prima só nes­te produto - hoje indispensável em todosos pisos de madeira dos edificios modernos,das casas de residência bem cuidados, dosteatros etc,

Imagine-se que tonelagem desse produtonão seria necessária para o trabalho deenceramento nas grandes cidades do mun­do. A cera de carnaúba, sobretudo do tipoarenoso, é a melhor matéria-prima para aprodução de uma boa pasta para soalho,

em cuja composição basta entrar, em baixapercentagem para emprestar-lhe esplêndi­da qualidade. A subida exagerada dos pre­ços tem-na desviado para outros fins.

Entretanto, é oportuno citar uma dasfórmulas de preparação desse produto, se­gundo o quimico Moacir Silva. do InstitutoNacional de Tecnologia, em sua publicação"Cera e óleo de Licuri" - 1940, como sesegue:

Cera de carnaúba 50Cera de abelha 100Aguarrás ou substituto 425Gasolina 425

CARNAÚBA

Uma nova opção

Enquanto em todo o mundo se esboçauma escassez de papel, por falta de maté­ria-prima (ver página 43), no Ceará co­meça a ser explorada uma nova fonte doproduto: a carnaúba. O Governo Estadualse mostra disposto a auxiliar de diversasmaneiras a instalacão local de indústriasdestinadas a transformar em papel e pa­pelão a palha seca da carnaúba.

O Secretário da Indústria e Comércio,E::nesto Gurgel Valente, garante que "nãohaverá nenhum risco da parte do investi­dor". Duas indústrias locais já substituírama matéria-prima que usavam (papel velho)pela palha seca da carnaúba.

Essa nova alternativa para o aproveita­mento econômico da carnaubeira partiu deconversas informais entre autoridades doGoverno cearense e empresários locais. Asduas empresas pioneiras no sistema deaproveitamento da palha da carnaúba es­tão tendo sucesso comercial bastante sig­nificativo nessa operação: uma delas é aCarnafibra S.A., de Fortaleza; a outra, aSocelpa - Sociedade Cearense de Papéis,do Crato.

O plano do Secretário da Indústria e Co­mércio com essa iniciativa é o de conduzirempresas privadas ao aproveitamento dacelulose da palha e do talo da carnaubeíra,"abrindo novas perspectivas para a explo­ração deste "boi" vegetal". Gurgel Valenteacredita que dentro de alguns anos a cerapoderá ser apenas um subproduto, pois es-

tá convencido de que a celulose obtida dacarnaúba tomará o seu lugar na economiacearense.

l!l claro que os resultados da idéia vãodepender muito da capacidade do Governocearense em sensibilizar os produtores decera de carnaúba e os demais empresáriosdireta ou indiretamente ligados à economiacarnaubeíra, Como em toda atividade tra­dicional, a inércia é um elemento decisivono processo de decisões: é sempre mais fá­cil deixar as coisas como estão do que selançar numa atividade diversificadora. Emtodo caso, como a palha tem sido um ·re­rugo da produção de cera de carnaúba, épossível que não seja tão dificil convencero setor de que o aproveitamento desse re­fugo pode melhorar a rentabilidade da pró­pria cera.

Produção estável. A produção de cera decarnaúba tem permanecido relativamenteestável nos últimos anos, variando entre6 e 7 mil toneladas. Seria preciso que oGoverno do Ceará divulgasse qual Q volu­me de palha que sobra dessa produção, decera e qual o volume de papel que poderiaser obtido com o aproveitamento dessa pa­lha,

Uma indústria de papel, para se tornareconomicamente atraente, deve partir deuma escala de produção relativamente ele­vada. É preciso saber, portanto, se apenaso refugo de palha derivado da atual pro­dução de cera permitiria a obtenção dequantidade de celulose economicamente in­teressante. Ou se seria preciso recorrer aotalo dos carnaubaís para se chegar ao "óti­mo" econômico, fato que implicaria na des­truição das plantações. A extração da cera,evidentemente, se faz sem a destruição daárvore. Portanto, caso se deseje partir paraa produção de celulose em escala signifi­cativa, é preciso verificar se isto implicaráou não em custos de programas de replan­tio.

De qualquer modo, os técnicos da Secre­taria da Agricultura do Ceará afirmam quea atual produção poderia elevar-se a 10mil toneladas, mas as atuais cotações domercado ínternacíonal não oferecem moti­vação aos produtores. Ora, o aproveítamen­to da palha, melhorando a lucratividade do •

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11'7! Qulnta.feIra 2Z DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão J) Novembro de lD73

Art. 5,0 Este decreto entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

PREÇOS MíNIMOS

LEI N.o 5.508DE 11 DE OUTUBRO DE 1968

Aprova a Quarta Etapa do Plano Di­retor de Desenvolvimento Econômicoe Social do Nordeste, para os anos de1969, 1970, 1971, 1972 e 1973, c dá outrasprovidências.

O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional de-

creta e eu sanciono a seguinte Lei: -Art. 1.0 Fica aprovada a Quarta Etapa

do Plano Diretor de Desenvolvimento paraos anos de 1969, 1970, 1971, 1972 e 1973, obe­decidas as suas Linhas de Ação, Diretrizesde Execução e Programação, já aprovadaspelo Conselho Deliberativo da SUDENE,comas modificações desta Lei.

Art. 2.° Os programas e projetos especi­ficados nos Anexos desta Lei terão sua exe­cução financiada com recursos orçamentá­rios federais e de outras fontes internas eexternas, comportando, as respectivas dota­ções, dispêndios de capital e custeio, inclu­sive gastos com as atividades de adminis­tração da SUDENE, da SUVALE e do

<DNOCS.

§ 1.0 Os valôres constantes do anexo fi­nanceiro desta Lei serão íneluídos nos orça­mentos anuais, observada a compatibiliza­ção entre o Plano Diretor de Desenvolvi­mento Econômico e Social do Nordeste e aprogramação setorial dos órgãos do Gover­no Federal, efetuada através dos Planos Na­cionais Qüinqüenais e dos orçamentos plu­rianuais de investimentos.

§ 2.° Os valôres referentes aos exercíciosde 1971, 1972 e 1973, incluídos no Anexo Fi­nanceiro, serão ajustados por ocasião daelaboração dos futuros projetos de orçamen­tos plurianuais, de acôrdo com os critériosgerais, pelos órgão técnicos competentes.

Art. 3.0 A SUDENE promoverá a utiliza­ção dos-resultados de pesquisa consideradosde interêsse para o desenvolvimento econô­mico e social do Nordeste, podendo, para és­se efeito, estabelecer condições especiais naconcessão dos incentivos fiscais e financei­ros que administre.

Art. 4.0 A SUDENE poderá conceder bôl­sas a técnicos estranhos a seus quadros deservidores que se dedicarem exclusivamente

Cr$/15 Kg.Tipo 4 (Básico)

ramo, poderia em tal caso fornecer a mo­tivação. Francisco Anastácio Carneiro, di­retor de uma empresa exportadora de cera,em Fortaleza, confirma que a industrializa­ção da cera vai bem, mas "os preços domercado externo quase não compensam".

A exportação de cera pelo Estado do Cea­rá é bem maior do que sua produção inter­na, alcançando cerca de 13 mil toneladas,pois os exportadores cearenses comerciali­zam também grande parte da produção doPiauí e do Rio Grande do Norte. Este ano,no primeiro trimestre, a exportação cea­rense já superou em 1 milhã9 de dólareso valor obtido no mesmo período do anopassado apesar da estagnação dos preçosno mer~ado externo - o que indica, pelomenos uma boa dose de dinamismo nessesetor da economia cearense.

~ Decreto Presidencial de Fixação. de pre­ços mínímos básicos para o fi?anciamentoou aquisição de cera de carnaúba da safra1972/73 publicado.no Diário de Pernambucode 08 de novembro de 1972:

Art. 1.0 Fica assegurada à cera de ca~­

naúba de írígem da safra 1972/73, produzi­da no~ Estados de Alagoas, Bahia, Ceará,Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piau~, RioGrande do Ncrte e Sergípe, a garantia depreços mínimos de que trata ? ;eferido .De­creto Lei, atendidas as condíções previstasno presente Decreto.

parágraf~ 1 - Os preços mínimos líqui­dos para o produto, estabelecidos em fUI!-­ção dos tipos, segundo as zopas geoecono­mlcas são aqueles que deverao ser efetiva­ment~ pagos aos produtores ou às coopera­tivas de produtores.

Parágrafo 2 - Os preços minimos .lí9-uid?Ssão livres de quaisquer despesas adícíonats,inclusive impostos e taxas, atendidas as es­pecificações estabelecidas no Art. 2 destedecreto.

Art 2.° Ficam estabelecidas as seguintescondições para as operações de financia­mento ou aquisição de cera de carnaúba:

a) Os preços constantes da tabela anexareferem-se ao produto acondicionado emsacaria nova de juta ou similar, o tipo 4,de acordo com às especificações constantesda Resolução n.9 57, de 9 de março de 1970,do Conselho Nacional do Comércio Exterior(CONCEX), ou outras equivalentes que vie­rem a ser oficialmente estabelecidas.

b) Os níveis de preços correspondentesaos tipos 1, 2 e 3 serão estabelecidos .ell!: ins­truções a serem baixadas pela Comtssâo deFinanciamento da Produção, observadas ascondições fixadas na alínea A deste artigo.

Art. 3.0 As operações a que se refere oartigo precedente serão realizadas de pre­ferência com produtora ou cooperativas deprodutores, podendo, n? entanto, a~ d~ fi­nanciamento ser atendidas em caráter ex­cepcional a terceiros.

Parágrafo Único. Para a extensão a ter­ceiros, das operações em questão, será ne­cessário que estes comprovem ter pago aosprodutores ou às cooperativas de produtores,livres de quaisquer despesas adicionais, ~n­

elusive impostos e taxas, preços nunca In­feriores aos preços mínimos liquidos estabe­lecidos nas íntruções da Comissão de Fi­nanciamento da Produção, de que trata aalínea B do Art. 2.

Art. 4.0 A Comissão de Financiamentoda Produção baixará instruções necessáriaspara a execução deste decreto.

ZonasGeo-Econômicas

MaranhãoÚnica .....•......••..........•.

PiauíCera de Carnaúba - 1 .Cera de Carnaúba - 2 '" .....•Cera de Carnaúba - 3 ••.•.•.••

CearáCera de Carnaúba - 1 .....•...Cera de Carnaúba - 2 .•••.••••

Rio Grande do NorteCera de Carnaúba - 1 .Cera de Carnaúba - 2 ••.•.•.••

Paraiba, Pernambuco,Alagoas e Sergipe

única ........•.....••........•Bahia

Única .•••••......... " ..... , ..

46,95

47,8547,1046,35

48,6046,80

47,1046,50

46,35

46,80

a pesquisas de interêsse para o desenvolvi­mento econômico e social do Nordeste.

§ 1.0 A concessão das bôlsas efetivar-se­á através de convênio com os órgãos ou en­tidades a que estiverem subordinados ostécnicos referidos neste artigo.

§ 2.° O órgão ou entidade responsávelpela pesquisa apresentará a SUDENE, pe­riodicamente, relatório minucioso sôbre asatividades desenvolvidas.

§ 3.0 As bôlsas serão imediatamente sus­pensas, caso não seja cumprido o dispostono parágrafo anterior, ou o relatório de­monstre a ineficiência da pesquisa.

Art. 5.0 A SUDENE poderá conceder prê­mios ou bôlsas de estudo, no País ou no ex­terior, a autores de trabalhos originais quecontenham:

a) descobertas científicas;b) propostas fundamentadas de melho­

ria de tecnologia industrial ou agrícola;

c) propostas fundamentadas de aprovei­tamento econúmíco de matérias-primas 'ousubprodutos ainda não utilizados.

Parágrafo único. Os prémios ou bôlsasreferidos neste artigo somente serão conce­didos quando, a critério da SUDENE, a des­coberta ou proposta forem de interesse pa­ra o desenvolvimento econômico e social doNordeste.

Art. 6.0 Fica- a SUDENE autorizada ainstituir uma Fundação destinada umaFundação destinada a realizar pesquisas ne­cessárias ao aproveitamento dos recursosnaturais do Nordeste.

S 1.0 Para o efeito do cumprimento 'dodisposto no art. 24 do Código Civil, a SU­DENE fará dotação especial de NCr$: ....•300.000,00 (trezentos mil cruzeiros novos) àFundação prevista neste artigo.

§ 2.0 Uma vez instituída, a Fundaçãoestará autorizada a realizar pesquisas mine­rais, observadas as disposições do Decreto;'lei nP 227, de 28 de fevereiro de 1967.

Art. 7.° A Fundação de que trata o ar­tigo anterior adquirirá personalidade juri­dica a partir da inscrição, no Reglstro dePessoas Jurídicas, dos atos constitutivos, ereger-se-á por estatutos aprovados peloConselho Deliberativo da SUDENE.

Art. 8.° Em substituição ao Fundo deInvestimentos para o Desenvolvimento Eco­nômico e Social do Nordeste (FIDENE), écriado o Fundo de pesquisa e de RecursosNaturais do Nordeste CFURENE), a ser ge­rido pela SUDENE.

§ 1.0 Os recursos do FURENE serão uti­lizados nas seguintes finalidades:

a) financiamento à pesquisa e ao desen­volvimento de tecnologias adequadas àscondições regionais;

b) financiamento à pesquisa de recursosnaturais do Nordeste;

c) eusteío de pesquisa científica ou tec-nológica. .

§ 2.° Na utilização dos recursos do FU­RENE, terão prioridade as pesquisas mine­rais e as que visem à racionalização e aodesenvolvimento agropecuário da região.

§ 3.° Para a concessão de financiamentocom recursos do FURENE, a SUDENE eele­brará convênios com estabelecimento ofi­cial de crédito, preferentemente o Bancodo Nordeste do Brasil S.A. <BNB) e os Ban­cos de desenvolvimento em que os Estados,com área abrangida pela atuação da SU­DENE, tenham a maioria das ações comdireito a voto.

§ 4.° Para cumprimento do disposto naletra c do § 1.° deste artigo e na eonformí-

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~ovembro de 1973 DlARIO DO CWGRESSO NACIONAL <Seção n Quinta.feira 22 917;'}

dade dos programas que aprovar, a SUDE­NE, mediante convênio com as Universida­des e Institutos especializados de pesquisae Experimentação, sediados no Nordeste,aplicará 1% (um por cento) dos recursosincorporados ao FURENE, por força do §2.0 do art. 22 desta Lei.

Art. 9.° Constituem recurso-s do FURE­NE:

a) as dotações orçamentárias e contrt-:buições outras que lhe sejam atribuídas;

b) as amortizações, juros, lucros deviden­dos, quotas de risco e quaisquer outras re­ceitas derivadas da aplicação dos seus re­cursos;

c) o produto da transferência prevista no§ 2.0 do artigo 40 desta Lei;

d) o produto dos empréstimos que a SU"­DENE contrair, no País ou no exterior, paraampliação dos recursos do FURENE;

e) os recursoso derivados da eontríbuícãode empresas beneficiárias de incentivos fis­cais ou financeiros, de acordo com o dis­posto no art. 22 desta Lei;

f) o produto dos juros e multas referidosno § 4.° do art. 20 da Lei número 4.239, de27 de julho de 1963, com a redação dadapelo art. 41 desta Lei;

g) o produto da transferência da cobran­ça dos créditos referidos nos §§ 4.° e 5.0 doart. 22 da Lei número 4.239, de 27 de [unhode 1963, com a redação dada pelo art. 42desta Lei.

§ 1.0 Ficam incorporados ao FURENE osrecursos do Fundo de Investimentos parao Desenvolvimento Econômico e Social doNordeste (FIDENE).

§ 2.0 Correrão por conta do FURENE to­das as despesas de sua operação, inclusiveos prejuízos decorrentes da aplicação deseus recursos, e a amortização das' emprés­timos previstos na letra d deste artigo.

Art. 10. Os financiamentos para pesqui­sas de recursos minerais concedidos comrecursos do FURENE serão liquidados emdinheiro, ou em ações da empresa titulardo direito de lavra ou da empresa que arepresente no efetivo exercício desse direi­to.

Art. 11. Reconhecida a inviabilidade eco­nômica de utilização dos resultados da pes­quisa da jazida, os financiamentos referi­dos no § 1.0 do artigo 8.0 desta Lei não se­rão liquidados, convertendo-se em despesas,a fundo perdido, do FURENE.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, os direitos remanes­centes à pesquisa ou lavra transferem-se àiFundação de que trata o artigo 6.° destaLei.

Art. 12. A concessão de financiamentoscom recursos do FURENE obriga o benefi­ciário a não efetuar, sem prévia e expressaautorização da SUDENE, negócio que en­volva transferência ou arrendamento dosdireitos relativos à pesquisa ou à lavra, ouda propriedade em que se situe a jazida oumina, bem como negócio que implique emônus sobre esses direitos ou essa proprie-dade. .

. Parágrafo único. serão nulos de plenodireito os negócios realizados com ínobser­vãncía do disposto neste artigo.

Art. 13. O titular do direito de lavra dejazida pesquísada mediante a utilizacão derecursos provenientes do FURENE, oU daFundação, .pagará, respectivamente, à SU­DF;:N~ ou a refer.ida Fundação, pelo prazoID.axImo de 20 (vinte) anos, quota de risconao superior a 5% (cinco por cento) dolucro definido' como tributável, segundo a.

legislação da efetiva incidência ou do paga­mento. desse imposto.

Parágrafo único. Caso exista mais deuma empresa com interesse econômico di­reto na lavra da jazida, a quota de riscoprevista neste artigo, incidirá sobre o lu~cro que cada uma dessas empresas auferirem decorrência da mencionada lavra.

Art. 14. Incumbe ao Conselho Delibera­tivo da SUDENE mediante proposta da Se­cretaria-Executiva:

a2 fixar critérios e normas gerais de ope­raçao do FURENE.

b) estabelecer as condições gerais e es­peciais para os rmancímentos com recursosdo FURENE;

c) aprovar o orçamento anual do FURE­NE.

Art. 15. Estendem-se à Superintendênciado Vale do São Francisco (SUVALE) as dis­posições do Decreto-lei n.o 138, de 2 de fe­vereiro de 1967.

Art. 16. Obedecido o planejamento geraldo Governo e o disposto no orçamento. mo­netári.o, o,Banco do Nordeste do Brasil S.A.organizara, anualmente, até 31 de outubroo seu orçamento de aplícações e o subme~terá a consideração da SUDENE, cabendoao •Conselho Deliberativo a sua aprovação,após parecer da Secretaria Executiva.

Art. 17. O Conselho Deliberativo da SU­DENE, mediante parecer ou proposta daSecretaria Executiva, poderá sugerir à Di­retoria do Banco do Nordeste do BrasilS.A. normas de operação que tornem maisefic~ente.s a colaboração do Banco a empre­e?-dImentos e programas julgados príorítá­nos, pela SUDENE, para o desenvolvimentoeconômico e sociais do Nordeste.

Art. 18. Os projetos que impliquem ob­tenção de financiamento ou aval do Ban­co do Nordeste do Brasil S.A. serão apre­sentados simultaneamente à SUDENE e aoBanco.

. § 1.° A SUDENE se pronunciara conclu­sívamente sobre cada projeto, no prazo de150 (cento e cinqüenta) dias a partir desua apresentação, sendo vedádo ao Bancodo Nordeste do Brasil S.A. aprovar qual­quer projeto antes do pronunciamento daAutarquia recomendando a assistência fi­nanceira, salvo nos casos previstos no §1.0 do art. '207 da Lei n.? 3.692, de 15 de de­zembro de 1959, com a redação dada peloart. 13 da Lei número 4.869, de 1.° de de­zembro de 1965.

§ 2.0 O Banco do Nordeste do Brasil S.A.terá o pr~.zo de 60 (sessenta) dias, a partirda Reumao do Conselho Deliberativo daSUDENE que aprovar o projeto, para conce­der ou negar a colaboração financeira reco­mendada.

§ 3.° Sempre que denegar a colabora­çã~ rínancetra de que trata o parágrafo an­tenor, o Banco do Nordeste do Brasil S. A.comunicará por escrito as razões do inde­ferimento, para informação do oonsethoDeliberativo da SUDENE.

Art. 19. Aplica-se o disposto no artigo 53do Decreto n. o 24.427. de 19 de junho de1934, aos depósitos efetuados no Banco doNordeste do Brasil S.A.

Art.. ~O. Aplica:se à aquisição, por pes­soas rísícas, de açoes do Banco do Nordestedo Brasil S.A., o disposto no art. 5.0 da Lein.o 5.122, de 28 de setembro de 19&6.

Art. 21. As empresas que, a partir davigência desta Lei, pleitearem financia­mento do Banco do Nordeste do Brasil S.A.para inversões fixas, ou os incentivos previs~tos no art. 18, letra b, da Lei n.o 4.239 de27 de junho de 1963, COm a redação dada

pelo art. 18 da Lei n.O 4.869. de 1.0 de de­zembro de 1965, em montante superior a3: 0.00 (~r~s mil) vezes o valor do maior sa­Iárío mimmo vigente no Pais, incluirão nosorç!!,mentos de inversões dos respectivospr0.J~tos,. s~b a. rubrica "contribuição para'ana.lIse e ríscaüaação'', o equivalente a 2%(dois por cento) dos incentivos financia­mentos pleiteados.

§ 1.0 Não se aplica o disposto neste arti­go aos financiamentos concedidos pelo Ban­co c;Io Nordeste do Brasil S.A. a órgãos oue~tldades da administração direta ou in­díreta, federal, estadual ou municipal.

§ 2.° O produto da contribuição aludida,no eaput deste artigo será incorporado aoFPRENE; devendo ser retido pela SUDENEou pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A.na proporção da liberação de recursos paráempresas beneficiárias.

§. 3.°. A. contríbutção de que trata esteartigo íncídírá sobre os reajustamentos quefore~ ~dmiti9-0s nos valores corresponden-,tes as mversoes de cada projeto.

Art. 22. A aplicação de recursos doINDA, destinados a programas de eletrifica­ção rural na área de atuacão da SUDENBdeverá, obrigatoriamente, obedecer aos cri~térios e às prioridades estabelecidas noPlano Diretor de Desenvolvimento Econô- Imico e Social do Nordeste. I

Art. 23. As empresas industriais e agrf­Cola!, instal3;das na região. da SUDENE, po­derao deposltar, para reínvestímentos noBanco do Nordeste do Brasil S. A. (BNB)acrescida em 50% (cinqüenta 01' cento) me~tade. da importância do imposto de rendadevido, ficando, porém a liberação dos ci­tados recursos condicionada à aprovaçãopela SUDI!!~.dos respectivos projeto-s téc:lllco-econo~Icos de modernização ou com­plementação do equipamento industrial.

Parágrafo único. A SUDENE baixará nor­mas especia~s para a elaboração, o examee a aprovacao dos projetos referidos nesteartigo, reduzindo as exigências para suaaceitação a? mínimo, e estabelecendo pra­zos razoáveis para sua tramitação em cará­ter especial.

Art. 24. O Banco do Nordeste do BrasilS.A. ~stabelecer.á normas especiais que lheparmítam, mediante garantias reais ou fi­deíjussórlas de retorno dos recursos que fi­na!lCIaI., assegurar apoio financeiro a pes­quisas mmerais e tecnológicas. definidascomo prioritárias pelo Conselho Deliberati­vo da SUDENE.

Art. 25. É facultado à SUDENE dentrode suas disponibilidades financeirás inde­nizar despesas realizadas por órgãos 'ou en­tidades da administração estadual no Nor­deste em serviços ou obras constantes doPlano Diretor, uma vez comprovada a efe­tiva e eficiente aplicação dos recursos eobs~rvadas as condições estabelecidas nosparagrafos deste artigo.

§ 1.0 A indenização não excederá a 50%(cinqüenta por cento) do valor do servíeo ouda obra, estimada com base no orçamentoda SUDENE. "

§ 2.0 Os recursos remanescentes vincula­dos ao serviço ou obra executados nos ter­nfos deste artigo serão aplicados preferen­cíalmente no Estado beneficiário da inde­nização, em projetos ou programas constan­tes do Plano Diretor.

§ 3.0 Para fazer jus à índenízacão os ór­gãos ou entidades referidos neste artigosubI~leterão à aprovação da SUDENE o res~pectívo programa ou projeto antes do iní-cio do serviço ou da obra: '

§ 4." Recebido o programa ou projetomencionado no parágrafo 3.°, o Superinten-

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91'-;; Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1)' Novembro de 19'73

dente da SUDENE decidirá sobre o pedido,no prazo de 60 (sessenta) dias, fixando,inclusive, as condições para a índenlzação,

Art. 26. A SUDENE poderá conceder,ainda, bolsas de estudo aos estudantes dasUniversidades e Escolas Técnicas que con­cluírem os seus cursos com as melhores no­tas de aprovação.

Parágrafo único. Os estudantes contem­plados com as bolsas de estudo referidasneste artigo ficam obrigados a remeter, se­mestralmente, à SUDENE, relatório dos seustrabalhos de especialização, aperfeiçoamen­to ou pesquisa.

Art. 27. Nos programas de organizaçãoagrária, a SUDENE destinará recursos coma finalidade de estimular e contribuir paraa implantação de pequenas e médias em­presas agrícolas.

Art. 28. O art. 13 da Lei número 4.593,de 29 de dezembro de 1964, passa a vigo­rar com a seguinte redação:

"Art. 13. O pagamento do preço do lo­te será realizado em 20 (vinte) presta­ções anuais, podendo, a entidade ou oórgão executor do projeto, concederprazo de carêncía de até 3 (três) anos."

Art. 29. Será promovida a racionaliza­ção da agroindústria canavieira do Nor­deste, pela execução de programas que vi­sem a melhoria de sua produtividade, àsolução dos problemas sociais correlatos eà modificação da respectiva estrutura deprodução.

Parágrafo único. A modificação da es­trutra de produção de que trata este artigoserá realizada através de:

I - modernização e diversificação dasatividades agrícolas desenvolvidas na áreaocupada pela agroindústria canavíeíra doNordeste;

II - a modernização e diversificação dasatividades industriais que utilizam comomatéria-prima a cana-de-açúcar e seus de­rivados, visando, especialmente a aumentara eficiência do trabalho industrial com aeliminação dos pontos de estrangulamentodo conjunto fabrif;

rn - reestruturação necessária ao apro­,veitamento de mão-de-obra e de terras li­beradas com o processo de racionalização.

Art. 30._ A SUDENE, o Instituto do Açú­car e do alcool (IAAJ, o Instttuto Brasileirode Reforma Agrária (IBRA) , o InstitutoNacional de Desenvolvimento Agrário (IN­DA) e o Banco do Brasil S.A., mem­bros do Conselho Deliberativo do Gru­po Especial para Racionalização da Agro-"indústria Canavieira do Nordeste (GERAM)criado pelo Decreto número 59.033-A, de fide agosto de 1966, darão tratamento prio­ritário às tarefas de sua competência, quese relacionem com os programas referidosno art. 29 desta Lei.

, § 1.0 Participação do Conselho Delibe­rativo do GERAN, como membros, os doismaiores Estados produtores de açúcar noNordeste, através de representantes desig­nados pelos respectivos Governadores.

§ 2.0 A Comissão de Financiamento daProdução concederá, igualmente, tratamen­to prioritário para os programas que se re­lacionem com o disposto no artigo anteriorc para os demais projetos agropecuáriosaprovados pela SUDENE.

Art. 31. ll: criado o Fundo de Racionali­zação da Agroindústria Canavieira doNordeste (FURAGRO), a ser operado peloGERAN, e destinado a contribuir para aelaboração e execução dos programas deque trata. o art. 29 desta Lei.

Art. 32. São recursos do FURAGRO:a) a receita prevista no item II do art.

5.0 do Decreto-lei n.O 308, de 28 de feverei­ro de 1967.

b) as contribuições da SUDENE, do Ins­tituto Brasileiro de Reforma Agrária(IBRA) e do Instituto Nacional de Desen­volvimento Agrário (INDA);

c) as dotações orçamentárias e os crédi­tos adicionais que lhe forem atribuídos;

d) as amortizações, os juros, os dividen­dos e quaisquer outras receitas derivadasda aplicação dos seus recursos.

§ 1.0 Os recursos a que se refere esteartigo serão depositados em conta especial,à ordem do gestor do FURAGRO, no Banco doBrasil S.A., até o término de cada mês sub­seqüente ao de seu recebimento, respecti­vamente, pelo Instituto do Açúcar e doAlcaol, SUDENE, Instituto Brasileiro de Re­forma Agrária e Instituto Nacional de De­senvolvimento Agrário.

§ 2.0 O GERAN utilizará os estabeleci­mentos de créditos oficiais federais para aconcessão de financiamentos com recursosdo FURAGRO.

§ 3.0 O orçamento de aplicação doFURAGRO será submetido ao Conselho De­liberativo do GERAN, para aprovação.

Art. 33. Os recursos do FURAGRO se­rão aplicados, especialmente, nas seguintesfinalidades:

a) complementação de financiamento deprojetos integrados de modernização dasunidades produtoras;

b) financiamento parcial de despesascom a elaboração de projetos integrados;

c) elaboração de projetos de reestrutu­ração agrária para aproveitamento de ter­ras e mão-de-obra liberadas com o proces­so de racionalização.

d) projetos destinados diretamente à me­lhoria das condições de vida do trabalhadorna agroindústria canavieira;

e) capacitação de recursos humanos;f) levantamentos básicos, inclusive aero­

fotogramétrlcos, dos recursos e condiçõesnaturais das áreas canavieiras;

g) pesquisas e experimentos para identi­ficar as possibilidades de díverstrícacão deuso da terra nas diferentes unidades sub­regionais das áreas canavieiras;

h) financiamento de projetos que visema eliminação de pontos de estrangulamen­to na unidade industrial, permtíndo, assim,a eficiente utilização do equipamento jáinstalado.

Art. 34. A isenção referida no art. 18 daLei n,v 4.239, de 27 de junho de 1963, be­neficiará, pelos prazos nele fixados, os em­preendimentos que entrarem em operaçãoaté 31 de dezembro de 1971, inclusive.

Parágrafo único. A isenção prevista nes­te artigo não beneficiará:

a) os empreendimentos industriais quevisem à produção de bens considerados nãoessenciais, a critério da SUDENE, ressalva­dos aqueles que se destinem à exportação;

b) os empreendimentos que tenham si­milar no Nordeste, salvo se o beneficio játiver sido concedido à emprêsa existente,ou quando, em circunstâncias especiais, acritério da SUDENE, o nôvo empreendimen­to, de preferência a ser localizado nas áreasmenos industrializadas, por suas dimensõese característíeas dos artigos a produzir, sedestinar a suprir o mercado local, extra-re­gional ou de zonas limitadas, na mesma re­gião.

Art. 35. Estendem-se até o exercício de1978 os benefícios previstos no art. 14 daLei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963.

Art. 36. O art. 15 da Lei n.O 4.869, de 1.0de dezembro de 1965, passa a ter a seguin­te redação:

Art. 15. O valor das isenções de quetratam os arts. 13 e 14 será incorporado aocapital social das emprêsas beneficiárias, in­dependentemente de quaisquer tributos fe­derais, no exercício seguinte àquele em quetenha sido gozado o beneficio.

I 1.0 A fração do valor nominal de ações,quando houver, ou o valor total da isenção,caso não seja possível a distribuição cômo­da das ações entre acionistas, será mantidoem conta denominada "Fundo para Aumen­to de Capital", para futura incorporação aocapital social da emprêsa.

§ 2.0 A inobservância do disposto nesteartigo importa na perda da isenção ou re­dução, devendo a repartição fiscal compe­tente promover a cobrança do ímpôsto nãocapitalizado, acrescido de juros multa ecorreção monetária." '

Art. 37. Os benefícios previstos no art.13 da Lei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963,modificado pelo art. 34 desta Lei, uma veareconhecidos pela SUDENE, serão comuni­cados às Delegacias Regionais e Seccionaisdo Impôsto de Renda para tomarem conhe­cimento da concessão.

Art. 38. Os contribuintes que tiveremoptado pela dedução prevista na letra "a" doart. 18 da Lei n.O 4.239, de 27 de junho de1963, poderão utilizar o incentivo previstona letra "b" do mesmo artigo, observadasas respectivas condições e prazos, contadosa partir da data em que entrar em vigoresta Lei.

Art. 39. Ao art. 18 da Lei n.O 4.239, de27 de junho de 1963, é acrescido um pará­grafo, com a seguinte redação:

"§ 7.0 Para efeito da verificacão do dis­posto na letra "b" do § 5.0 , o Departamen­to do Impôsto de Renda fornecerá à SU­DENE, independentemente da solicitação,relação das pessoas jurídicas em débito quetenham optado pela edduçào prevista nesteartigo."

Art. 40. A pessoa jurídica que preten­der valer-se do incentivo previsto na letra"b" do artigo 18 da Lei número 4.239, de27 de junho de 1963, com modificações da­das pelo artigo 18 da Lei n.o 4.869, de 1.0de dezembro de 1965, deverá aplicar os res­pectivos recursos até o dia 31 de dezembrodo ano seguinte àquele em que puder fa­zer, sem atraso, o recolhimento da últimaparcela do imposto de renda devido.

S 1.0 Para efeito do disposto neste arti­go, consideram-se aplicados os recursos quetenham sido efetivamente incorporados aopatrimônio da emprêsa beneficiária, sob aforma da participação societária ou de em­préstimo.

S 2.0 Decorrido o prazo fixado no capuf;dêste artigo, a pessoa jurídica somente po­derá aplicar os recursos em projetos indi­cados pela SUDENE e até o dia 31 de de­zembro do segundo ano seguinte àquele emque puder fazer, sem atraso, o recolhimen­to da última parcela no impôsto de rendadevido sob pena de transferência dêsses re­cursos para o FURENE.

Art. 41. São acrescidos ao art. 20 da.Lei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963; coma redação dada pelo art. 21 da Lei n.O 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, os seguintesparágrafos:

§ 3.0 Ocorrendo atraso, o recolhimentoIde Que trata êste artigo somente poderá sen,

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~overnbro de 1973 DlARJO i)l) CõNGRESSO-NACIONAL lSeção n ~uinta·feira 22 91"11

efetivado mediante acréscimo das mesmasmultas e juros que seriam devidos na hipó­tese de pagamento atrasado de impõsto derenda.

§ 4.0 Reverterá ao FURENE o produtodoa juros e multas referidos no parágrafoanterior.

§ 5.0 Antes de sua liberação, pela SUDE­NE, em favor da smprêsa beneficiária, oBanco do Nordeste do Brasil S.A. poderá,obedecido o seu orçamento anual, aplicaros recursos previstos na alínea "b" do art.18 desta Lei em empréstimos ou financia­mentos, assegurado o retôrno dêsses recur­sos, em tempo hábil, para aplicação nosprojetos indicados pela SUDENE.

Art. 42. Os §§ 4.0 e 5.0 do artigo 22 daLei n.O 4.289, de 27 de junho de 1963, pas­sam a vigorar com a seguinte redação:

"§ 4.0 Se as importâncias liberadas nãoforem aplicadas de acôrdo com o projetoaprovado, a SUDENE:

a) na hipótese de o depósito ter sidofeito pela própria emprêsa beneficiará daaplicação dos recursos, comunicará o fatoao Banco do Nordeste do Brasil S.A., o qual,automàticamente, transferirá o saldo exis­tente à conta do FURENE;

b) na hipótese de o depósito ter sidofeito por outra emprêsa, suspenderá novasliberações, podendo o depositantes, no pra­zo de um ano, aplicar o saldo existente emoutro projeto aprovado pela Autarquia, sobpena de transferência para o FURENE.

§ 5.° Nas hipóteses previstas no pará­grafo anterior, a SUDENE notificará a em­,prêsa beneficiária para recolher, dentro de30 (trinta) dias, o valor das parcelas rece­bidas e não aplicadas devidamente, rever­tendo ao FURENE o produto do crédito, sobpena de cobrança mediante executivo fiscale sem prejuízo das demais sanções cabí­veis."

Art. 43. O artigo 23 da Lei n.o 4.239, de27 de junho de 1963, passa a vigorar coma seguinte redação:

"Art. 23. Serão nominativos os títu­los de qualquer natureza, representati­vos do valor do impôsto de renda quea pessoa jurídica deixou de pagar, nostêrmos da letra "b" do artígo 18 destaLei.

Parágrafo unico , Os títulos referidosneste artigo não poderão ser transferi­dos durante o prazo de 5 (cinco) anos,contados a partir da data em que, a juízoda SUDENE, o empreendimento previs­to no respectivo projeto alcançar a fa­se de funcionamento normal."

Art. 44. O disposto no artigo 78, letra"d" e artigo 111 do Decreto-lei n,> 2.627,de '26 de setembro de 1940, não se aplicaaos titulares de ações subscritas com recur­sos derivados do artigo 18, letra "b", daLei n.> 4.239, de 27 de junho de 1963, comas modificações dadas pelo artigo 18 daLei n.o 4.869, de 1.0 de dezembro de 1965.

Art. 45. Equipara-se a crime de sonega­ção fiscal observada a Lei número 4.729,de 14 de 'julho de 1965, a aplicação, pela;empresa beneficiária, em desac?rdo, com oprojeto aprovado, da parcela do ímpôsto de~enda e adicionais recolhida ao Banco do~:Nordeste S.A. e liberada pela SUDENE.

Art. 46. Aplica-se, na área de atuação030 SUDENE, aos incentivos concedidos pelo

~ecreto-Iei n.o 55, de 18' de novembro de

966, de acôrdo com o Decreto n.O 62.006, de9 de dezembro de 1967, o disposto nos ar­igos 40 e 41 e respectivos parágrafos desta.

/Lei.

Art. 47. Os recursos financeiros das en­tidades ou órgãos vinculados ao Ministériodo Interior, destinados a saneamento bá­sico, na área de atuação da SUDENE, serãoaplicados obrigatoriamente mediante parti­cipação acionária ou financiamento.

§ 1.0 A participação acionária de quetrata êste artigo se efetivará depois deaplícados os recursos, mediante a incorpo­ração de bens ou de crédito ao capital daemprêsa beneficiária, obedecido o valor doinvestimento.

§ 2.0 As condições de financiamento se­rão estabelecidas pelo Ministro do Interiorpor proposta do Conselho Deliberativo daSUDENE, ouvido o Conselho Nacional deSaneamento.

§ 8.° Inexistindo sociedade de economiamista em que possa efetivar-se a participa­ção aeíonérfa referida neste artigo, os re­cursos poderão, até 81 de dezembro de 1969,ser entregues aos respectivos Estados ouentidades a êles vinculadas, mediante acondição de futura incorporação ao capitalda sociedade a ser organizada, observado ovalor do investimento.

Art. 48. A política tarifária de energiaelétrica aplicável ao Nordeste será objetode permanente entendimento entre o Mi­nistério das Mínas e Energia e o Ministé­rio do Interior, através da SUDENE, visan­do a sua adequação à política de desenvol­vimento regional e à programação geral doGovérno.

Parágrafo único. O Ministério das Minase Energia remeterá à SUDENE anualmente,esquema tarifário aplicável à região no anosubseqüente.

Art. 49. Obedecidas as condições que fo­rem estabelecidas pelo seu Conselho Deli­berativo, mediante proposta da SecretariaExecutiva, é facultada à SUDENE, na suaárea de atuação, financiar, através de es­tabelecimentos oficiais de crédito, a exe­cução de obras de eletrificação rural cons­trução de açudes, barragens vertedouras,aguadas, irrigação e perfuração de poços.

Parágrafo único. O produto da amorti­zação e dos Juros relativos aos financiamen­tos referidos neste artigo serão aplicadosnas mesmas finalidades indicadas neste ar­tigo.

Art. 50. Serão incorporados ao Fundo deEmergência e Abastecimento do Nordeste(FEANE) os recursos federais destinados àSUDENE, que tenham as mesmas finalida­des previstas no artigo 24 da Lei n.O 4.239,de 27 de junho de 1963.

Art. 51. Os recursos da SUDENE, referi­dos no artigo 25 da Lei número 4.239, de27 de junho de 1963, serão aplicados emquaisquer das finalidades do Fundo deEmergência e Abastecimento do Nordeste(FEANE).

Art. 52. A SUDENE e os demais órgãosou entidades vinculadas ao Ministério doInterior, que atuam no Nordeste, poderão,como antecipação de crédito extraordinário,aplicar até 5% (cinco por cento) dos seusrecursos, qualquer que seja a sua naturezaou destinação, na assistência às populaçõesvítimas de calamidade pública, decorrentede seca ou enchente. reconhecida na formada lei.

Art. 53. O Oonselho Deliberativo da Su­perintendência do Desenvolvimento daAmazônia (SUDAM), além dos membros re­feridos no artigo 16 da Lei n. O 5.173, de 27de outubro de 1966, será integrado por umrepresentante da Superintendência do De­senvolvimento do Nordeste (SUDENE).

Art. 54,. VETADO.

ParágraJo único. VETADO.

Art. 55. Incluem-se as fontes de recei­ta da SUDENE:

a) as dotações orçamentárias e créditosadicionais que lhe forem consignados;

b) a sua renda patrimonial inclusivejuros e dividendos; ,

c) os emolumentos e outras rendas pro-venientes de serviços;

d) as cauções revertidas e as multas;e) os auxilias, subvenções e doações;f) os recursos integrantes do FURENE e

FEANE;

g) o produto da alienação de bens.

Parágrafo único. VETADO.

Art. 56. Os bens móveis adquiridos comrecursos da SUDENE, pelas entidades ouórgãos executores de convênios, poderão acritério do Superintendente dessa Aut~r­quia, continuar na posse dos referidos ór­gãos ou entidades, inclusive até o fim desuas vidas úteis.

Parágrafo único. Terminado o períodode suas vidas úteis, serao os bens móveisalienados, na forma da lei, pelas entidadesou órgãos referidos neste artigo, devendo oproduto ser recolhido aos cofres da SUDE­NE.

Art. 57. Na faculdade deferida à SU­DENE pelo artigo 58 da Lei número 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, compreende-sea transferência de dominio ou a cessão dedireito, com ou sem ônus.

Art. 58. A SUDENE poderá realizar aalienação de bens ínservívels de seu patri­mônio, mediante leilão ou concorrência acritério do Superintendente. '

Parágrafo único. Quando o pagamentodo preço deva ser efetuado à vista, a aliena­ção de que trata êste artigo indipenderáde contrato formal e caução.

Art. 59. Os bens móveis :la SUDENE queforem objeto ou resultantes de pesquisa ouexperimentação, poderão ser alienados, in­dependentemente de quaisquer formalida­des, inclusive licitação.

Art. 60. A SUDENE goza da imunidadeinstituída no § 1.° do artigo 20 da Consti­tuição do Brasil e de tôdas as isenções tri­butárias concedidas aos órgãos e servícos daUnião. . .

Art. 61. A Superintendência do Vale doSão Francisco (SUVALE), instituída peloDecreto-lei n,v 292, de 28 de fevereiro de1967, terá como área de atuação a Baciado Rio São Francisco.

Art. 62. A Superintendência do Vale doSão Francisco (SUVALE) realizará investi­mentos em energia elétrica, irrigação, abas­tecimento de água, esgotos sanitários, ro­dovias, promoção agropecuária, portos,aeroportos, habitação, saúde e educaçãoonde se façam reclamados pelo desenvolvi­mento regional.

Art. 63. O Departamento Nacional deObras Contra as secas (DNOCS) terá sedee fôro na cidade de Fortaleza, Estado doCeará, e como área de atuação aquela defí­nidade no artigo 39 da Lei n,? 4.239, de 27de junho de 1963,excluídos o Estado do Ma­ranhão e o Território de Fernando de No­ronha.

Art. 64. É vedada aexecucão de obras ouserviços na mesma área pelo~DNOCS e pela.SUVALE.

Art. 65. Vetado.Art. 66. :Vetado,

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91'78 Quinta-feira 22llI'

DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)" NoveD1bro de 19'73

Art. 67. Vetado.Art. 68. Para celebração de convênios,_ a

SUDENE somente exigirá a apre.c. n í.açaodos documentos que comprovem ser o sig­natário representante legal da entidadeconveniente.

Art 69. Os Estados poderão, através deconvê'nios com a SUDENE atríbuír-lhe .aelaboracão de seus programas pluríanuaísde investimentos no sentido de compatibi­lizá-los, pelo mehos em su~s linhas geraiscom os Planos Diretores VIgentes ou, pro­jetados.

Art, 70. A participação de cada Estadona distribuição dos recursos oriundos dosincentivos previstos no art. 18 da Lei n.o4 239 de 27 de junho de 1963, com a reda­!;lão que lhe deu o art. 18 da Lei n.o 4.869,de 1.° de dezembro de 1965, será tanto maíorquanto menos desenvolvida a região.

§ 1.0 O montante das aplicações e_fetua­das anualmente em cada Estado, nao po­derá ser inferio~ a 5% (cinco por cento)do total dos recursos disponiveis no fim doano anterior mais aquêles previstos paraserem depositados no exercícío,

§ 2.° Se com referência a um Estado ademanda de recursos derivados dos incen­tivos mencionados neste artigo, para osrespectivos projetos, não atíngír o limiteestabelecido no parágrafo. an~er.~o~, aSUDENE promoverá a redístríbuíção da par­te disponível.

Art. 71. As empresas agropecuárias be­neficiárias dos incentivos previstos no art.18 da Lei n.o 4.239, de 27 de junho de 1963!com a redação dada pelo artigo 18 da LeIn,> 4.869, de 1.0 de dezembro d~ 196~, asse­gurarão aos trabalhadores ruraIS. residentesna propriedade em que se localIzar. o .res­pectivo empreen~imento,e que C~:ms~Itulrem

excedentes de mão-de-obra, direito a explo-racão agrícola, sob a orientação da .SUDENE em colaboração com o IBRA e oINDA d~ área disponível da referida pro­llriedàde na forma do regulamento apro-vado pel~ Conselho Deliberativo da .SUDENE, visando à implantação. ~a RefOl;­ma Agrária e execução .da ~olttIca ~~n­cola, nos têrmos da Ieglslacâo especifica,principalmente da Lei n,o 4. 5D4. de 3D denovembro de 1964".

Art. 72. Vetado.Art. 73. Para efeito do disposta .no artí­

go 29, o Grupo Especial para Raeíonalfza­ção da Agro-Indústria Canavieira do Nor­deste (GERAN), criado pelo Decreto n.?59, D33-A, de 8 de agosto de 19.6?, ela?~­rará e executará programa especifico utilí­zando de preferência, os órgãos técnicos doInstituto do Açúcar e do Alcool e daSUDENE,

§ 1.0 O Conselho Deliberativo do GER~Nreunir-se-á, pelo menos uma vez por mes,na cidade do Recife, capital do Estado dePernambuco, e será presidido, em cada reu­nião, por um dos Conselheiros, c0lD; ~ireitoa voto, obedecido o sistema de rodizlo,

§ 2.° O Secretário Executivo do GERA.Nserá designado pelo Presidente da Repu­blíca, por indicação do Mi~is~ro do Inte­rior depois de ouvidos os Ministros da In­dústria e do Comércio e da Agricultura.

Art. 74. A partir do exercício financeirode 1974 as despesas de capital a serem rea­lizadas 'no Nordeste.r por órgãos ou entida­des vinculadas ao Ministério do Interior,deverão integrar o Plano Diretor elaboradopela SUDENE.

Art. 75. A Secretaria Executiva da SU­DENE, dentro do prazo que o Conselho De­libera.tivo fixar, promoverá a realização deestudo para identificar as necessidades ge-

"raís e problemas de educação do Nordeste,a prazo curto, médio e longo, em função doconhecimento das limitações atuais do apa­relhamento educacional da região e de pro­jeção sobre as demandas a que deverá aten­der no futuro, relacionadas estas com osefeitos e exigências dos planos de desenvol­vimento regional.

§ 1.° O estudo de que trata êste artigoincluirá a tnvestigação dos meios adequadospara melhorar o aproveitamento da capaci­dade atual da estrutura de ensino na re­gíâo, de modo a atender às necessidadesimediatas, e de ampliar e aperfeiçoar talestrutura, de acordo com as necessidadesIdenítftcadas.

§ 2.° A execução do estudo previsto de­verá processar-se em cooperação com o Mi­nistério da Educação e Cultura, as Univer­sidades e os Governos Estaduais.

Art. 76. Fica instituído, na SUDENE, ofinregistro obrigatório dos escritórios, fir­mas ou emprêsas de prestação de servicosque elaborem projetos técnicos para a ob­tenção dos incentivos fiscais e financeirosassegurados a empreendimelltos no Nordes­te.

Art. 77. O Conselho Deliberativo da SU­DENE, por proposta da Secretaria Executi­va, disciplinará o processamento do registrode que trata o artigo anterior, estabelecendoas formalidades e exigências indispensáveísà definição da responsabilidade profissionaldos escritórios, firmas ou emprêsas respec­tivas.

Parágrafo único. Entre essas exigênciasdeverão ser incluídas as seguintes:

a) prova da constituição regular do es­critório, firma ou emprêsa e do pagamentodos impostos devidos;

b) relação dos responsáveis pelo escrí­tório, firma ou emprésa dos integrantes doseu quadro técnico permanente, com a in­dicação detalhada das qualificações profis­sionais e das atividades anteriores e atuaispor êles exercidas.

Art. 78. Ê vedado ao funcionário daSUDENE, do Banco do Nordeste do BrasilS.A. e dos bancos ou entidades estaduais dedesenvolvimento e investimento participarcomo dirigente ou colaborador a qualquertitulo dos escritórios, firmas ou empresasreferidas no artigo anterior.

Parágrafo único. Sem prejuízo das res­ponsabilldades funcionais, a violação dodisposto neste artigo equipara-se ao crimeprevisto no artigo 317 do Código Penal.

Art. 79. Inclua-se entre os serviços deassessoria, que podem ser prestados pelosescritórios, firmas ou emprêsas, registradasna forma do artigo 76 a assistência aos de­positantes de parcelas do imposto de rendae adicionais destinados a investimento noNordeste para a escolha dos projetos apro­vados pela SUDENE em que desejarem in­vestir ditas parcelas.

Parágrafo único. A assistência referidaneste artigo poderá estender-se ao processode liberação dos depósitos respectivos, jun­to à SUDENE, e ao Banco do Nordeste doBrasil S.A.

Art. 30. A SUDENE estabelecerá os limi­tes e critérios para a cobrança de honorá­rios pelos escritórios, firmas ou emprêsasreferidos nos artigos 76 e 81, quer relaçãoà elaboração de projetos técnicos, quer emrelação aos serviços de assessoria definidosno artigo anterior,

Art. 81 Excetuados os escritórios firmase emprêsas referidos no artigo 76 e as socie­dades distribuidoras ou instituições finan­eeíras autorizadas a funcional' pelo Banco

Central do Brasil, é vedado a quaísquer pes­soas fisicas ou [urídícas exercer atividadesde intermediação com o fim de encaminhara aplicação dos depósitos de que trata oartigo 79, salvo na qualidade de agentes oucorretores, devidamente credenciados dosescritórios firmas, emprêsas, sociedades dis­tribuidoras ou instituições financeiras an­tes referidas.

Parágrafo único. Não se aplica o dispos­to no "caput" dêste artigo às emprêsas quetacam captação de recursos derivados doartigo 18 letra "b", da Lei n.O 4.239, de 27de junho' de 1963, para projeto próprio.

Art. 82. Para a aplicação dos recursosfinanceiros provenientes de acordos o." co;n­tratos destinados a programas de âmbítonacional celebrados pelo Govêrno brasilei­ro com ~ntidades estrangeíras ou interna­cionais os órgãos competentes ouvirão pre­viamente a SUDENE, visando à inclusão deprojetos de interêsse para o desenvolvimen­to do Nordeste.

Art. 83. sempre que possível, a SUDENE,ao aprovar projetos .agroind~s~riai_s e agro­pecuários que prevejam a utüízaçâo de re­cursos provenientes do artigo 18, letra "b",da Lei n.> 4.239, de 27 de junho de 1~63,. coma redaeão dada pelo artigo 18 da LeI nume­ro 4.869, de 1.° de dezembro de 1965, d,:,rápreferência àquelas que absorvem ~a;or

quantidade de mão-de-obra, sem pr:eJUIZOda tecnologia adequada.

Art. 84. As despesas de capital que ,?e­vem ser realízads no Nordeste apelos orgaosserão previamente apreciadas pela SUDENE,para fins de compatibilização com oPlano Diretor de Desenvolvimento Econô­mico e Social do Nordeste.

Parágrafo único. Para efeito de cumpri­mento do disposto no caput do artígo, aSUDENE terá prazo mínimo de 30 (tri;n~a),

dias para encaminhar seu parecer ao _MIUlS­térío do Planejamento e Coordenaçao Ge­ral.

Art. 85. Fica elevado para US~ :.400.000.000,OD (quatrocentos milho~s de do­lares) o limite estabelecido no arttgo 56 daLei 11.;' 4.239, de 27 de junho de 1965.

Art. 86. Mediante o pagamento de justa.indenização aos possuidores, ~ SUD~~, oDNOCS ou a SUVALE poderao adquírír aposse de terras loc~izadas no Nordeste, ne­cessárias à execuçao de seus programas eprojetos.

Art. 87. A SUDENE promoverá, na con­formidade dos recursos disponíveis juntoaos Municipios situados na á~ea de sua j~­rísdícão, planos de desen,:olvImento muni­cipal. diretrizes obedeçam as normas do pla-nejamento regional. .

Parágrafo único. Para êste fim," aSUDENE poderá celebrar convênios com .'OSMunicípios interessados.

Art. 88. A SUDENE destacará, das ver­bas consignadas para os programas e pro­jetos de abastecimento, importâncias quese destinem a pesquisas oceanográficas re­lativas à exploração das algas marinhas ede outros recursos essenciais que o mar ofe­rece à alimentação humana e ao desenvol­vimento da indústria.

Art.. 89. A SUDENE promoverá pesquisastecnológicas, visando à racionalização, de­senvolvímento e aproveitamento integralde:

a) babaçu, mamona, oiticica, algodão esísal c demais espécies agrícolas produtorasde óleos e fibras;

b) caju, eôeo. abacaxi e demais frutosregionais.

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Novembro de ;1.973 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D' ~uinta-fe~ 22 9171a

Art. 90. Quando os recursos derivadosdos artigos 34 da Lei n.O 3.995, de 14 de de­zembro de 1961, e 18, letra "b", da Lei n.o4.239, de 27 de junho de 1963, forem incor­porados à empresa titular -do projeto, sob aforma de participação societária 50% (cin­qüenta por cento), pelo menos, das açõesrepresentativas da referida participação se­rão preferenciais, esm direito a voto, índe­pentemente do limite estabelecido no. pará­grafo único do art.9.0 do Decreto-lei n.o2.627.

Parágrafo único. O disposto no parágra­fo único do artigo 81 do Decreto-lei n.O2.627, de 26 de setembro de 1940, não seaplica às ações preferenciais de que trataêste artigo.

Art. 91. Jjj vedado à Fundação de quetrata o artigo 6.0 desta Lei realizar lavra dejazida mineral.

§ 1.° Aprovado o Relátório de Pesquisaapresentado pela Fundação, o Departamen­to. Nacional de Produção Mineral concederáo direito de lavra àquele que o requerer nostêrmos do Código de Mineração.

§ 2.0 Caberá à Fundação direito à inde­nização pelas despesas efetuadas com a pes-"quísa, feita a correção monetária.

§ 3.0 A indenização referida neste ar­tigo poderá ser paga parceladamente, a cri­tério da Fundação.

§ 4.° Quando o montante das despesasefetuadas com a pesquisa ultrapassar o li­mite de 5% (cinco por cento) do valor li­quído da reserva medida do depósito mine­ral, a Fundação, ouvida a SUDENE, poderádispensar o pagamento da indenizacão oureduzir o seu valor. "

Art. 92. A SUDENE o DNOCS e a SUVA­LE adotaram providências visando ao incre­mento da produção e de consumo de fertili­zantes no Nordeste, inclusive concedendo fi­nanciamentos.

Art. 93. A SUDENE promoverá a racio­nalização e modernização da agro-indústriada carnaúba, seus derivados e subprodutos,aplicando, anualmente, os recursoso neces­sáríos à sua pronta e completa recupera­gao.

Art. 94. Sem prejuízo dos programascontantes do Plano Diretor, a SUDENE,por solicitação dos Estados que integram asua área de atuação, poderá, mediante con­vênios, colaborar para a constituicão decréditos rotativos destinados à industriali­zação local, os quais serão geridos pelos oo-

. vernos Estaduais, com a assistência técnicada SUDENE., Art. 95. A Secretarta Executiva da Supe­rintendência do Desenvolvimento do Nor­deste (SUDENE) deverá submeter à apro­vação do Conselho Deliberativo, dentro 10prazo que êste fixar, classificação de sub­regiões, segundo critérios econômicos e so­ciais, para efeito de elaboração e execução,dentro das diretrizes do Plano Diretor, desubprogramas prioritários de infra-estru­tura e de promoção geral de desenvolvi­mento, com o objetivo de diminuir pro­gressivamente as disparidades existentesinclusive entre unidades federais, respeita­«íos os objetivos gerais e metas setoriais daprogramação regional.

, § 1.0 A classificação referida neste artt-150 poderá incluir também, separadamente,

, as áreas urbanas mais importantes, com afinalidade de permitir a preparação e exe­cução de programas especiais de desenvol­vimento urbano.

§ 2.0 Vetado.§ 3.0 Deverão êstes subprogramas prio­

ritários no setor Indústria, ponderando-seos diferentes fatôres de natureza eeonômí-

ca, prever a indicação, ao Poder ExecutivoFederal, de investimentos estatais-indus­triais de grande porte a serem por êle efe­tivados diretamente ou através de financia­mento em Fortaleza, São Luis, Teresina,Natal, João Pessoa, Maceió e Aracaju e noscentros Interioranos de Parnaíba, sobral,Iguatu, orato, Juàzeiro do Norte, Mossoró,Campina Grande, Caruaru, Garanhuns, Pe­trolina, Juazeiro, Feira de Santana, Ilhéus,Itabuna, Vitória da Conquista, Montes Cla­ros, Itabaiana, Arapíraea e outros de modoa permitir, através da implantação' paulati­na destas unidades fabris do tipo permlna­tívo, o surgimento de complexos industriaisde porte médio, balízadores de outros tantospólos de desenvolvímento.

Art. 96. O artigo 57 do Decreto-lei n.o301, de 28 de fevereiro de 1967, passa a vi­gorar com a seguinte redação:

"Art. 57. O regime instituído nos 42, 43e 50 a 55 inclusive, desta Lei, é extensivo àSuperintendência do Desenvolvimento doNordeste - SUDENE - Superintendênciado Vale do São Francisco - SUVALE - eao Departamento Nacional doe Obras Contraas Sêcas - DNOCS."

Parágrafo único. O Superintendente daSUDENE, o Superintendente da SUVALE eo Diretor do DNOCS proporão ao ConselhoDeliberativo da SUDENE os horários de tra­balho e os níveís salarias do pessoal admi­tido sob o regime da Legislação Trabalhista.nos seus respectivos órgãos.

Art. 97. As empresas concessionárias deenergia elétrica nos Estados abrangidos, to­tal ou parcialmente pela ação da SUDENE,poderão descontar até 50% (Cinqüenta porcento) do valor do ímpôsto de renda e adi­cionais não restítuíveís para fins de investi­mento ou aplicação em projetos de energiaelétrica - geração, transmissão, distribui­ção e eletrificação rural, que esta autar­quia, na área doe sua atuação, tenha decla­rado ou venha a declarar de interesse parao desenvolvimento do Nordeste.

Art. 98. Continuam em vigor os disposi­tivos das Leis números 3.692, de 15 de de­zembro de 1959; 3.995, de 14 de dezembro de1961; 4.239, de 27 de junho de 1963 e 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, e bem assim osdo Decreto-lei n.o 200, de 25 de fevereiro de1967; no que não colidirem COm os da pre­sente Lei.

Art. 99. Ficam revogados os artigos 29 daLei ri.? 3.995, de 14 de dezembro de 1961;os artigos 2.0 a 12 (Capítulo lI) e letra "a"e os §§ 1.0 e 2.° do artigo 18 e o § 1.0 doartigo 25 da Lei n.o 4.239, de 27 de junho de1963; os artigos 28 a 30 da Lei n.o 4.869, de1.0 de dezembro de 1965; e os artigos eparágrafos do Decreto-lei n.o 292, de 28doe fevereiro de 1967, que contrariarem osartigos 61, 62, 65 e 66 desta Lei.

Art. 100. Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Brasília, 11 de outubro de 1968; 147.0 daIndepência e 80.° da República. - A. COSTAE SILVA - Luís Antônio da Gama e Silva- Augusto Hamann Rademaker Grünewald- Aurélio de Lyra Tavares - Mário GibsonAlves Barboza - Anônio Delfim Netto ­Mário David Andl'eazza - Ivo Arzua Pe­reira - Tarso Dutra - Jarbas G. Passari­nho - Márcio de Souza e Mello Leonel Mi­randa - José Costa Cavalcanti - José Fer­nandes de Luna - Hélio Beltrão - AfonsoA. Lima - Carlos F. de Símas,

Os anexos a que se refere o art 1.0 forampublicados no Diário Oficial de 14-10-68.

DECRETO N.o 36.910DE 15 DE FEVEREIRO DE 1955

Dispõe sôbre a fiscalização da exporta_ção de cêras vegetais carnaúba c licuri(ouricuri) e dá' ontras providências.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 87, n.O

I, da Constituição, e tendo em vista o quedispõem a Lei n.o 2.145, de 29 de dezembrode 1953, prorrogada pela de n.O 2.410, de29 de janeiro de 1955; o Decreto-lei n,> 334,de 11 de março de 1933 e o Decreto n.o ..•35.510, de 17 de maio de 1954; e conside­rando a necessidade da mais ativa fiscali­zação das operações de exportação, com ofim de evitar fraudes cambiais, decreta:

Art. 1.0 Para os efeitos dos artigos 5.0e 6.0 da Lei n.o 334, de 11 de março de1938, e doas arts. 5.0, 6.° e 10 do Decreton.O 35.510, de 17 de maio de 1954, os tiposde cêras extraídas por dissolvente, abre­víadaments, cêra de dissolvente, ficamequiparados aos. tipos correspondentes deceras que não sofreram este tratamento, doponto de vista dos limites mínimos de pre­ços de exportação.

§ 1.0 Nenhuma cêra extraída por sol­vente, qualquer que seja a sua origem, po­derá ser exportada abaixo do preço-limiteestabelecido para o tipo 4, no caso de cêrade carnaúba, e do tipo 2 para a cêra de li­curi (ourícurí).

§ 2.° A Carteira de Comércio Exteriordo Banco do Brasil S. A. determinará êsseslimites, ou quaisquer alterações, sujeitas àaprovação prévia do Ministro da Fazenda.

Art. 2.° Para garantia da execução dodeterminado no art. 2.0, n.> lI, da Lei n.o2.145, de 29 de dezembro de 1953, o ex­portador deverá, com a antecedência mí­nima de três (3) dias úteis do embarque,depositar a partida de cêra vegetal, indus­trializada ou não, a ser exportada, em ar­mazém alfandegada para que nêle seja fei­ta a respctíva classificação pelo Serviço deEconomia Rural, o qual, juntamente coma repartição aduaneira e a Carteira de Co­mércio Exterior do Banco do Brasil S. A,exercerá a fiscalização até o momento e no

. curso do embarque.

Parágrafo único. O prazo acima previs­to para o depósito de partidas, a seremexportadas, em armazém alfandegário po­derá ser reduzido mediante prévia combi­nação dos interessados com o Serviço deEconomia Rural, em se tratando de peque­nas partidas, ou de fatôres locais ou even­tuais que dificultem o cumprimento daque­le prazo uma vez que fiquem sempre rigo­rosamente asseguradas condições que per­mitam o minucioso exame e verificação, emtôdas as suas caracteristicas das partidasa serem embarcadas.

Art. 3°. O certificado de Fiscalizaçãoterá o seu prazo de validade, previsto no §1.0 do art. 2.0 do Decreto n.o 35.510, de 17de maio de 1954, do ponto de embarque aopôrto de destino.

Parágrafo único. No caso de ser desem­barcada a mercadoria em pôrto nacional,para dai ser embarcada para o exterior es­tará a mesma sul eíta a nova classificaçãoe fiscalização, nas bases do art. 2.°, inutili­zando-se quaisquer certificados anterioresque tenham acompanhado a mercadoria.

Art. 4.° A estação aduaneira não per­mitirá embarque de eêra, qualquer que se­ja a sua origem, uma vez que não satis­faça integralmente as especificações cons­tantes na licença de exportação e certifi­cado de fiscalização, nos têrmos da Lei n.o2.145, de 29 de dezembro de 1953, do De­creto-lei n.O 334, de 11 de março de 1933,

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9180 Quinta-feira 22;

e do Decreto n.a 35.510, de 17 de maio de1954.

Parágrafo único. A autoridade aduaneira,verificada qualquer fraude nos documentosde embarque e nos produtos que com êlesse relacionam, representará à Carte~ra deComércio Exterior do Banco do BraSIl S.A.para efeito do procedimento a que se ref~reo art. 47 do Decreto n.o 34.893, de 5 de Ja­neiro de 1954, e comunicará o fato ao. S~r­viço de Economia Rural para as providên­cias complementares que couberem.

Art. 5.0 As companhias de navegaçãointernacional, aérea ou marítima, tendo emvista os arts. 12, 13 e 14 do Decreto n.o

35.510, de 7 de maio de 1954, e os arts.SOe 6.° do Decreto-lei n.O 7.293, de 2 def~vereil'O de 1954 remeterão à FiscalizaçãoBancária do Banco do Brasil S. A., cópia deseus manifestos de carga para o exterior,logo após a saída dos navios ou aeronaves,constando sob rubríca especial as mercado­rias e condícões de "frete apgo" e "frete apagar" de maneira que permita o exameda rela:ção do frete com a qualidade ou tipode cêra, quando houver condição especial defrete.

§ 1.0 Essas Companhias deverão comu­nicar imediatamente àquele órgão as modí­ficaces havidas nas cláusulas de embarque,quando verificadas depois de emitidos osrespectivos manifestos, principalmente oscasos de fretes com cláusulas "prepaid" ou"payable at destination", e submeter àaprovação da Fiscalização Bancária doBanco do Brasil S. A., quaís., -i' correçõesfeitas no manifesto de carga para o exte­xior.

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Se4;ão I)

§ 2.0 Encontrada qualquer fraude nosmanifestos ou nas correções dêstes, a Fis­calização Bancária do Banco do Brasil S. A.comunicará imediatamente, ao Serviço deEconomia Rural e à Carteira de ComércioExterior do Banco do Brasil S. A., as frau­des verificadas para, de acôrdo com o De­creto-lei n.? 334, de 11 de março de 1938,a Lei n.? 2.145, de 29 de dezmbro de 1953,e o Decreto n.O 35.510, de 25 de maio de1954 aplicarem aos infratores as penalida­des 'que couberem, sem prejuízo de outrassanções aplicáveis pelas autoridades adua­neiras.

Art. 6.0 Para efeito do que dispõe o art.2.°, n.? lI, da Lei n.O 2.145, de 29 de de­zembro de 1953 fica a Carteira de Comér­cio Exterior do' Banco do Brasil S. A. Coma faculdade de, no momento do embarquede qualquer outra mercadoria além d~s aeí­ma meneianadas, para cuja exportaçao ha­ja concedido licença, exercer! em ~onjl!ntocom as autoridades aduaneiras. flscalíza­ção sôbre os respectivos pesos, medidas,classficações e tipos.

§ 1.0 A Carteira de Comércio Exteriordo Banco do Brasil S. A., quando necessá­rio submeterá à aprovação do Ministro daFa~enda as medidas especiais de fiscaliza­ção a que se refere o art. 2.0 , no tocanteàs mercadorias com as quais se conjuguemou sob cuja designação se dissimulem em­barques fraudulentos das cêras,

§ 2.° Sempre que a fiscalização efetua­da evidenciar a existência de Irregularída-:de, o embarque será imediatamente sus­tado, apl'--'-do-se aos infratores as pena­lidades legais.

Novembro de 1973

Art. 7.0 l!Jste Decreto entrará em vigor nadata de sua publicação.

Art. 8.0 Revogam-se as disposições emcontrário.

Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1955;134.° da Independência e 67.° da República.- .rOAO CAFÉ FILHO - Eugenio Gudin _Costa Porto.

BIBLIOGRAFIALIVROS

Enciclopédia Barsa. 1968Enciclopédia Universal. 1969.

PUBLICAÇÕES

"Estudos de mercado de produtos agro­pecuários do Nordeste - Carnaúba".SUDENE. 1972. Monografia.

Pronunciamento do Sr. Superintenden­te da SUDENE perante a Comissão Par­lamentar de Inquérito sobre a Carnaú­ba. Relatório. 1970."A Agricultura no Nordeste". Separatado Relatório do Banco do Nordeste doBrasil. 1970."Tendências Recentes e Perspectivas daCera de Carnaúba". Banco do Nordestedo Brasil. Monografia. 1970.

REVISTAS

"Visão", 23-07-73."Sudene", jan./fev./73 e juI.lago.l73."Sítios e Fazendas", mar.l67.

"Gleba", jan./70 e ago./70.

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Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Quinta-feira 33 9181

MESAPresidente:

Flávio Mareilio1.°- Vice-presidente:

Aderbal Jurema2.°- Vice-Presidente:

Fernando Gamal.°-Secretário:

Dayl de Almeida2.o-Secretário:

Petrênlo Figueiredo

S.o-Secretário:José Carlos Fonseca

4.O-Secretário:Dib Cherem

Suplentes de Secretário:l.°-Suplente:

Vinicius Cansanção2.O-Suplente:

Teotônio Neto

3.0 -Suplen te:João Castelo

4.0 -Suplente:Jarmund Nasser

LIDERANÇASARENA - MAIORIA

Líder:Geraldo Freire

Vice-Líderes:Cantidio SampaioDaniel FaracoClóvis StenzelJoão LinharesMario 8tammChaves AmaranteNina RibeiroHomero SantosBrasília Cl1iadol1:lcio AlvaresLomanto JúniorMagalliães MeloGrtmaldí RibeIroAldo LupaAméríco de SouzaElias CarmoLuiz BrazParsifal BarrosoPaulino CíceroRaimundo DínizSinval GuazzelliTúlio VargasVasco Neto

MDB - MINORIALíder:

Aldo Fagundes

Vice-Líderes:Alencar FurtadoJoão MenezesMarcos FreireJosé Bonifácio NetoLisâneas MacielAlceu CoIlaresArgilano DarioDias MenezesFernando LiraFelnando CunhaGetúlio DiasHenrique EduardoJosé CamargoJ.G. de Araújo JorgeJoel FerreiraMarcondes GadelhaOlivir GabardoPeixoto FilhoWalter Silva

Turma elA"

Vice-Presidente: José Mandell1 - MDB

Divisão de Comissões Permanentes

TITULARES

ARENA

MDB

Peixoto FilhoVagoVago

MDB

VagoVago

ARENA

Siqueira CamposVingt RosadoVagoVagoVagoVago

SUPLENTES

ARENA

SílViO LopesSinval GuazzelllUbaldo BaremVagoVago

Aldo FagundesAlencar FurtadoJoel Ferreira

Aldo LupaArnaido PrietoBento Gonçalvesnasc ColmlJra.João Guído

José da Silva BarrosManoel raveiraOsvaldo ZanelloPedro ColllnRozendo de S01lZ&

TITULARES

Presidente: Salles Filho - ARENA

REUNIõES

QuartM e QUintas-feiras: às 10:00 horas

LOcal; Anexo II - Sais: 6 - Ramais 654 e 65JSecretário: Abelardo Frota e Cy8ne

Brasilio CaiadoCorreia LimaEtelvino LinsLuiz BragaMaia NetoMonteiro de BarrosOssian Araripe

Vice-Presidente: Amaral de Souza - ARENi

Vice-Pl'esidente; Júlio Viveiros - MDB

3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES

-Eloy LenziVagoVago

MDBVagoVago

AntôniO BresolinJoão ArrudaVago

Aldo FagundesAlencar Furtado

Alair FerreiraAry ValadáoAureliano ChavesBatista MirandaEdison BonnaGabriel Hermes

REUNIOESQuartas e Quintas-feiras: às 10~OO horasLocai: Anexo fi - Sala - Ramal: 766

Direto: 24-7493Secretária: Maria Célia Mlu-tiIlS de Sou­

za ,Borges

SUPLENTES

ARENAAdhemar de Bar- Mário Mondino

ros FJ1ho Maurício '1'01000Brasílío Caiado Roberto GalvaniCorreia Lima Sussumu HirataFlávio Giovine VagoGrímaldí Ribeiro, VagoHlldebrando Guimarães VagoJosé Tl\SSo de Andrade

2) COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIAPresidente: Fenando Fagundes Neto - ARENAVice-Presidente: Antônio Florêncio - ARJJ:!'IAVice-Presidente; Alberto Lavinas - MDB

TITULARES

ARENAGarcia NettoGonzaga vasconceloeLuiz GarciaNina RibeiroVagoVago

MDBVagoVago

MDB

Dias Menezes Olivir GarbbadoFernando Cunha. santilli soonnncHenrique Eduardo Alves Victor lesler

REUNIOES

Quartas e Quintas-feiras: às 16:00 norasLocal; Eldiflcio Anexo Il - Sala 11- tUunal:

621 - 24-3719 (direto)secretaria: Eni Machado Coelho

'l'u1'ma ''8'"

Cardoso de Almeida.Diogo NomuraFlávio GiovineHerbert r..evyLomanto JüniorOrensy ROdrlguelSebastiãoAndradeVago

MDB

Pacheco ChavesVinicius Cansanção

SUPLENTES

ARENA

Juvêncio DiasLuiz Braga.Manoel ROdriguesMarc1lio LimaMilton Brandão:Ruy BacelarSinval Boavellturl}Vago

Antônio BresolinJi'rancisco Libardoni

Aldo LupaEatista Miranda.Eraldo LemosHanequim Dantas:.João GuidoJoaquim Coutinho'Jorge Vargasolosê Tastio de Andrade

DEPARTAMENTO DE COMISSOES

Turma NA"

Antônio' UenoDeJson scaranoEdvaido FlôresGeraldo BulhõesNunes FreirePaulino LopesPaulo Albertoyago

Turma ''B''

Vice-Presidente: Vasco Amaro - ARENA

COMISSOES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLfTlCA

RURALPresidente: Juarez Bemardes - MDB

Geny Xavier Marques

Loca]: Anexo II - Telefones: 24-5179 e24-4805 - Ramais: 601 e 619

Paulo Rocha

Local: Anexo II - Ramal 661

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9182 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973

4) COMISSAo DE CONSTITUlÇAO E JUSTIÇA

Presidente: Lauro Leitão - AR.l!U'lA

Turma "li"

5) COMISSÃO DE ECONOMIA, IND(iSTRIA ECOMERCIO

Presidente: Rubem Medina - MDB

6) COMISSÃO DE EDUCAÇAO E CULTURA

Presidente: F'lexa Ribeiro - ARENA

Vice-Presidente: Mauricio 1'01000 - ARENA

Vlce-Presidente: João Borges - MDB

Vice-Presidente: Laerte Vieira - MDB

Vice-Presidente: Ferreira do Amaral- ARENA

Moacyr Ohíesse

Murllo Badaró

OCeano CarleillJ

Parsifal Barroso

PUnia Salgado

MOB

Olivir Garbabdo

Vago

TITm;ARES

ARENA

Gastão Müller

Jarmund Nasser

SUPLENTES

ARENA

Manoel ae Almeida.

Necyr Novaes

Nosser Almeida

Osnelli Martinell1

Osslan Ararípe

Paulo Ferraz

atéuo Maroja.

Vago

MDB

Henrique Eduardo AlvesJuarez Bernardes

Santilli Sobl'inho

Albino Zeni

Antônio Maríz

Arthur Fonseca

Brasilio CaiadO

Ildélio Martins

Jairo Magalhões

Luiz Braz

Alicir Pimenta

Bezerra de Norõcs

Fábio Fonseca

Francisco Atnaral

J.G. de Araújo Jorge

Nadyr ROssetti

Alfeu Gasparini

Axy de Luna

Bezerra de Mello

DllSO Coimbra

Emanuel PinheirO

Euripides Cardo-

so de Menezes.

Ario Theodoro

João Arruda

Santilli Sobrinho

Tancredo Neves

Turma "B"

Alberto Hoffmann

Amaral Furlan

Braga Ramos

Chaves Atnarante

Jonas Carlos

LuiZ Losso

Stélio Maroja

Vago

Vago

Vago

MDB

TITULARES

Tunna "BU

Vice-Presidente: Art.nur Fonseca - ARENA

Turma "A'·

ARENA

Vice-Presidente; Amaury Müller - MDB

Amaral Neto

Braz Nogueira

Djalma Marmho

Faria Lima

José Haddad

José Maria Alkimin

Márcio Paes

Sussumi Hirata

Vago

Vago

Vago

Antônio Fontes

Henrique Eduar-

do Alves

Marcondes Gadelha

Alceu Collares

Francisco Pinto

HamUton Xavier

Severo Eulália

Turma "B"

Antônio MariZ

11:1cio Alvares

fudelbrando GUimarães

Jairo Magalhl1ões

João Línnares

José Bomfácio

Ruy D'Almeida Barbosa

Ubaldo BaremVagO

MDB

TITULARES

ARENA

SUPLENTES

Turma "A"

Lisâneas Maciel

Miro reixeira

Sylvio Abreu

Vago

Altair Chagas

Arlindo Kunzler

Célio Borja

Djalma Bessa

:l:talo F'ittipaldi

José Alves

José Sally

Luiz Braz

Mário Mondino

Túlio Vargas

Vago

ARENA SUPLENTES

Adhemar Chisi

Al!eu GllSparini

Amaral de Souza

América de Souza

Arthur Fonseca

Cantidio Sampaio

Cláudio Leite

Emanuel Pinheiro

Gonzaga Vasconcelos

Homero Santos

Jarmund Nasser

José Carlos Leprevoat

Luiz Losso

Manoel Taveira

Mauricio 1'oledo

Nogueira de Rezende

Noberto Schmidt

Osmar Leitão

Osnelli Martinelll

Parente Frota

Raimundo Parente

Sinval Guazzelli

Altair Chagas

Antônio Ueno

Batista Miranda

Bento Gonçalves

CardOSO de Almeida

Djalma Bessa

Edvaldo FlOres

Ferreira do Amaral

Hermes Macedo

Januário Feitosa

João Linhares

ARENA

José Pinheiro Machado

José da Silva Barros

Josias Gomes

Maga1hões Mello

Marco Maciel

Mário Mondino

Navarro Vieira.

Osmar Leitão

Paulino Cioero

Rogério Rêgo

Wilmar Dallanhol

ltEUNIOES

Quartas-feiras, às 10:00 horas.

Local: Anexo II - Sala 9 - Ramal: 639.

secretária: Marta Clélia omcc,

1) COMISSAO DE FINANÇAS

Presidente: Jorge Vargas - ARENA

Turma "4"

Vice-Presidente; Ivo Braga - ARENA

Turma. "BJJ

Vice-Presidente: Osíres pontes - MO~

TITULARES

ARENA

MDB

REUNIOES

TerçllS, ~uartllS e QuintllS-feiras, às 10 bs.

Local: Anexo D - Sala 17 - Rama1; 626.

secretária: Augusta Naurício

REUNIOES

Quartas e Quinta feiras: às 10:00 boras

Local: Anexo II - Sala 4 - Raina1; 611•.

Secretário; Angelo da Vila.

Alencar Furtado

Argilano Dario

Eloy Lenzi

Francisco Studart

J.G. de Araújo Jorge

José Bonifácio Neto

José Camargo

Marcelo Medeiros

Ulysses Gunnarães

César NllSclmento

Dias Menezes

Eloy Lenzi

Harry Sauer

MDB

Jorge Ferraz

Léo Simões

Ruy Lino

Victor Issler

Vago

Turma "A"Adhemar de Bar-

ros Filho

Aldo Lupa

Artur Santos

Homero Santos

Ddélio ~artinS

Norberto l3ehlnidt

Tourinho Dantas

Wilmar Guimarães

Vago

Vago

Turma "B"

Carlos Alberto OllveiráDyrno Pires

Fernando Magalhiea

João Castelo

Leopoldo Peres

Ozanam Coelho

Vago

Vago

Vago

Vago

yago

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[Novembro de 1973I~

DIARIO DO C6NGRESSO NACIONAL (Seção I)' Quinta-feit'a' 22 9183

Turma (tA"

Tunna "B"

ARENA.

Améríco de SouzaBIas FortesCélio Marques Fer-

nandesCláudio LeiteJosé Pínnerro MachadoMarcelo LínnaresPedro CollinRaymundo DinizRogério RêgoTeotônio Neto

MDBJoão MenezesPadre NobreReynaldo Sant'AnnaThales Ramalho

ARENAJosé PenedoLeão SampaioLeopoldo peresMarco MacielMurilo BadarõNorberto SchmidtOceano CarleialOrensy RodriguesOzanam CoelhoParsítal BarrosoWilmar GuimarãesVago

MDB

Hamilton XavierJairo BrumJoel FerreiraOziris '?Dl1tes

Francisco StudartJosé CamargoPedro FariaUlysses Guimarães

Turma "A"Adhemar GhisiAroldo CarvalhoHenrique TurnerHermes MacedoJoaquim oouttnnoJosé Carlos LeprevostJosias GomesLins e SilvaLopo CoelhoPassos Porto

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala 1 - Ramal 677.

Secretária: Sylvia Cury Kramer Benjamindo Canto.

TITULARES

ARENA

Adalberto CamargoAldo FagundesAnapolino de FariaDias MenezesFrancisco Pinto

SUPLENTES

Presidente: Pereira Lopes - ARENA

Turma (lA"

Vice-Presidente - Manoel Taveira - ARENA

10) COMISSÃO DE REDAÇÃO

MDB

Presidente: Dyrno Pires - ARENA

Vice-Presidente: Sylvio Botelho - ARENA

TITULARES

ARENACantidio SampaioHenríque de La Rocque

Freitas Diniz

SUPLENTES

ARENAAry de Lima Raimundo ParenteFrancisco RollembergPrisco Viana

Tw'ma "B"Vice-Presidente: Brlgldo Tinoco - MDB

MDB

REUNIõES

Quartas-feiras, àF 10:00 horas.Local: Anexo II - Sala n.s 14 - Ramal 672,Secretário: José Lyra Barroso de Ortega!

Alfeu GaspariniAlvaro GaudêncioArnaldo PrietoA1'Y ValadãoDaniel FaracoDíogo NomuraFaria LimaFernando MagalhãesFlexa RIbeiroGeraldo Guedes

Antônio Bresolin

11) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORES

Turma "B"

José Tasso de AndradeNogueira de RezendePaulino CiceroPrisco VianaVagoVagoVago

Paulino LopesRoberto GebaraRosendo de SouzaSilvio LopesSiqueira CamposVasco NetoVingt RosadoWilmar DallanhO!

MDB

Dirceu CardosoVago

MDB

Jorge FerrazLauro RodriguesSilvio de Abreu

MDB

Joel FerreiraThales RamalhoVinicius Cansanção

ARENA

Fernando F'agun-des Neto

Francisco GrilloGabriel HermesJoão CasteloJosé HaddadLauro LeitãoNorberto 8chmidtParente FrotaVagoVago

SUPLENTES

Edilson Melo TávoraFrancisco onnoJosé SampaioMarco MacielVagoVagoVagoVago

Jerônimo SantanaVagoVago

Quintas-feiras, às 10 horas.

Local: Anexo 11 - Sala n.o 7 - Rama1659.S.ec.retárüt: Helena ª,ibeiro da CUlll1a,.,

Batista MirandaFrancelino PereíraGarcia NetoMárcio PaesMário 8tammNosser AlmeidaOceano CarlelalOswaldo ZanelloParente Frota

SUPLENTES

ARENA

Antônio PontesJaison BarretoJoão Arruda.

TITULARES

ARENA

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 noras

Local: Anexo II - Sala n.O 2 - Ramal 665.

eecretano: Wilson Ricardo Barbosa Vianna.

Vice-Presidente: Odulfo Domingues.-.ARENA

Turma "B"

Více-Presídente: Frertas Diniz - MDB

Tunna "A"

REUNIõES

Freitas DinizJerônimo SantanaJoão Menezes

9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: José Machado - ARENA

Aécio CunhaAntônio FlorêncioA1'lindo KunzlerA1'thur SantosBento Gonçalvesl!:lcio AlvaresEuripides Cardo-

so de Menezes

Athos de Ancb:ade

Eurico Ribeiro

Benrique Fanstone

Josias Leite

Manoel de Almeida

Ricardo Fiúza

Vago

MDB

Antônio AnnibeIliMarcelo Medeiros

MDB

Harry Sauer

Jairo Brum

Joel Ferraira

Vago

MDB

Pacheco Chaves

Peixoto Filho

Vinicius Cansanção

Walter Silva

TITULARES

ARENA

Turma "B"

SUPLENTES

ARENA

Hugo Aguiar

Januário Feitosa

João Alves

Joaquim Macedo

Manoel 'I'aveira,

Mário Telles

Milton Brandão

Pedro Collin

Plínio Salgado

Roberto Gebara

Sebastião Andrade

Turma "11"

José Bonifácio NetoPeixoto FilhoRenato Azeredo

Furtado Leite

Beitor Cavalcanti

Joaquim Macedo

Manoel Novaes

Oswaldo Zanello

Sinval GuazzeIli

Wilson Falcão

Vago

Ferreira do Amaral

Furtado Leite

He:rbert LevY

Hermes Macedo

Adalberto Camargo

Dias Menezes

Florim Coutinho

Freitas Nobre

José Camargo

Faria Lima

Vice-Presidente: Nosser Almeida - ARENA

Vice-Presidente: Jorge Ferraz - MDB

REUNIõES

Arlindo Kunzler

Athos de Andrade

Presidente: Theódulo de Albuquerque - ARENA

8) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA ETOMADA DE CONTAS

Turma "A" - Quartas-feiras, às 10 horas.

Turma "B" - Quintas-feiras, às 10 horas.

Local: Anexo II - Sala n.o 16 - Ramais:642 e 643.

Secretária: Maria Geralda ornco

Jlthiê Coury

'Cesar Nascimento

';Victor lssler

~ago

'Adhemar Ghisi

Alair Feneira

Altair Chagas

Antônio Mariz

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9184 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAl (Seção I) Novembl'O de 19731

12} COMISSÃO DE SAODE 14) COMISSÃO DE SERViÇO PÚBLICO 16) COMISSÁO DE TRANSPORTES

Anapollno de Fariaf'âbio Fonseca.

Presidente: FreitaS Nobre - MDBVice-Presidente' Bezerra de Norões - MDBVIce-Presidente: Agostinho Rodrigues - Att~NA

MDBLéo SimõesVagoVago

Presidente: Mário 1'elles - ARENAVice-Presidente: João Guido - ARENAVice-PresIdente: Adalberto Camargo - MOB

l'ITULARES

AH.ENAHosendo de SouzaRuy BacelarSlÍvio LopesVasco NetoVagoVago

Abel AviJaAiron !{IOSAlbertc CostaAmatdo PrietnBento GonçalvesJuvênclo DIasMário Stamm

DIas MenezesFernando Lyra

MOBi.aurc RodriguesMarcos FreIre

TITULARES

AliENA

VagoVagoVagoVagoVagoVago

Elias Carmol"rancelmo Pereiraul'lma.dl RIbeIroHugo AguiarI-lecy NovaesMagalhães MelloPaulo AbreuPaulo Ferraz

Getúlio DiasJose Freire

Albino Zeni Helbert dos SantosAmérica Brasil Leão SampaioArnaldo Busato Navarro VieiraBaldacci Filho Silvio BotellloCantidio Sampaio VagoEraldo Lemos VagoFranciscO Rollemberg Vago

MOBJanduhY CarneiroVago

Presidente: Jaison Barreto - MDB(Vice-Presidente: Pedro Lucena - MDB~ce-presidente;Marcilio Lima - ARENA

TITULARES

ARENA

13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL

Presidente: Alípio Carvalho - ARENAVice-Presidente: Hannequim Dantas - ARENAVice-Presidente: Ney Ferreira - MDB

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo II - Sala 13 - Ramal 689.Secretaria: Haydeé Fonseca Barryt.~

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo Il _ Sala 11.° 10 - Ramal 682Secretária: Maria Benedita de Freitas

Brandão.

Raimundo ParenteSIqueira CamposVinicius Câmara

MDBJosé MandelliNadyr RossettiPeixoto Filho

MDBRuy Lino

SUPLENTES

AliENAMário MondinoMoacir cmesseMonteiro de BarrosParente FrotaPassos PortoRezende MonteiroVingt Rosado

Emanuel PinheiroGabriel HermesJoaquim MacedoNasser Almeida

Alberto LavínasArlindo KunzlerFrancisco Libardoni

Alair FerreiraEdllson Melo I'ávoraEraldo LemOSGarcia NetoJosé MachadoJosé SampaioLeão SampaioMaia Neto

ll:dison BonnaEraldo LemosJarmulld NMserLeopoldo Peres

SUPLENTES

ARENASebastião AndradeVagoVagoVago

MDBAntônio Pontes José FreireJG de Araújo Jorge Victor 1ssle1'

REUNiõES

Local: Anexo TI - Sala n.o 8-A - Ramais605, 606 e 616.

Secretária: Jacy da Nova Amarante

Joel FerreiraJúlio Viveiros

Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo Il - Ramais

Seção de Comissões de InquéritoChefe: Flávio Bastos Ramos.Local: Anexo II - Ramais 609, 610, 612.

Seção de Comissões EspeciaisChefe: Stella Prata da Sílva Lopes.Local: Anexo Ir - Sala 8/B - Ramal 6íl4.

TITULARES

ARENA

COMISSÕES ESPECIAIS1) COMISSÃO DA AMAZôNIA

Presidente: Juvêncio Dias - ARENAVice-Presidente: Nunes Freire - ARENAVice-PreSIdente: Jerônimo Santana - MDB

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala n,? 5 - Ramal 696Secretária: Yeda Emílla Hooper.

DIVISÃO DE COMISSÕES TEMPORARIAS

MDBLisâneas MacielPedro FariaPeixoto Filho

MDBPeixoto FilhoVagoVago

SUPLENTES

ARENAIldélio Martinsítalo contíJoaquim MacedoJosé Pinheiro MachadoJosias GomesMauricio ToledoSussumu HirataTúlío Vargas

Ferreira do AmaralFrancisco PintoGetúlio Dias

Argilano DarioCarlos CottaFernando Cunha

Presidente: Cid Furtado - ARENAVice-Presidente: Raimundo Parente - ARENAVice-Presidente: Alcir Pimenta - MOB

TITULARES

ARENAAlvaro Gaudêncio Rezende MonteiroDaniel Faraco Roberto GalvaniHenrique de La Rocque Roberto GebaraJoáo Alves Wilmar DallanholJosé da Silva Barros Wilson BragaOsmar LeitãO Vago

Vago

MOBWalter SilvaVago

Francisco LibardoniLeo SimõesPedro Lucena

REUNIõES

QuarLas e Quintas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo TI - Sala 11.° 15 - Telefone

24-8719.Secretária: Allia Felício Tobias.

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo n - Sala n," 12 - Ramal 694.Secretário: Hélio Alves Ribeiro.

Sl..;PLENTES

AliENABaldacci Filho Jose PenedoCarlos Alberto Oliveira Jose SallyCid Furtado Lapa CoelhoDaso COImbra Ozanam CoelhoEm'lco Riberro Vimcius CâmaraHíldebrando Guimarães VaROJoão Castelo VagoJonas Carlos

Adhemar GhisiCélio Marques Fer-

nandesCláudio LeiteDaso CoimbraFernando Fagun-

des NetoGeraldo BulhõesHelbert dos Santos

15) COMISsAO DE TRABALHO E LEGISLACAOSOCIAL •

MOBLaerte VieiraVagoVago

MOBJúlIo ViveirosMarcondes GadelhaVago

TITULARES

ARENAMIlton BrandãoOsnelrí MartinelliParente FrotaSílvío VenturolliSinval Boaventura.Vinicius Câmara

SUPJ,ENTES

AJ:l.ENAJuvêncio DiasNunes FreIreOceano CarlealParsítai BarrosoSylvio venturo1!iTheóc1ulo de Albuquer­

Andrade queVingt Rosado

Alencar FurtadoDias MenezesFranCISCo Pinto

MOBVagoVagoVago

SUPT,ENTl'lS

ARENAAdhemar de Bar- Magalhães Meno

ros PIlho Roberto GalvaniAgostmho Rodrigues Salles FilhoAt naldc Prieto Siqueira CamposBento Gonçalves ':'eotônio NetoCélio Marques Fernandesvíugt RosadoEraldo Lemos VagoFlávio GiovineJoão GUIdo

Florim CoutinhoRuy Lino

Athiê CouryFl'eitas DmizJG de Araujo Jorge

Airon RiosBraga RamosDaso COImbraDiogo NomuraHenrique FanstoneJoão AlvesJosé 1'asso deJosias Leite

Clóvis St-enzelGeraldo Guedes:J:talo ContiJanuário FeitosaJoão VargasJosé PenedoManoel Rodrigues

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~overnbro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Segio n Quinta-feira 22 9185

2) COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

3} COMISSÃO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTODA REGIÃO CENTRO·OESTE

Presidente: Manoel Novaes - ARENA

Vice-Presidente: José Sampaio - ARENA

Ylce-Pl'esidente: Janduhy carneiro - MDB

REUNIõES

Quintas-feiras, às lO horas.

Local: Anexo II - Sala n.Q 3.

TelefOne: 24-2493 - Ramal 611.

Secretário: Carlos Brasil de Araújo

MOB

Pacheco Chaves

REUNIõES

TITULARES

ARENA

SUPLENTES

ARENA MDB

Quintas-feiras: às 10 horas.

Local: Anexo II "... Sala a-A - Ramal 60S.

Secretária: Maria Tereza de Barros I:'el'eil'a.

7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ElABO·RAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSÁ.

RIAS À INTEGRAÇÃO SóCIO·ECONÔMICA E·CULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE A

L1NGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM TORNAR

REALIDADE A COMUNIDADE LUSO·BRASI­LEIRA

Mário Telles

Presidente: Faria Lima - ARENA

Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA

Relator: Honteiro de Barros - ARENa

Célio Marques FernandetI'hales Ramalhn

Ferreíra do Amaral Waldemiro Teixeira

6) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ESTU­

DAR GLOBALMENTE O PROBLEMA DA PO­

LUIÇÃO AMBIENTAL

MDB

Getúlio Dias

Jaison Barreto

SUPLENTES

ARENA

Smval Guazzelli

Vasco Amaro

Wilmar Dallanhol

Vago

Vago

MDB

JG de Araujo Jorge

José Mandellloesar Nascimento

Alencar Furtado

Abel Avila

Arthur Santos

FláviO Giovine

ítalo Conti

5) COMISSÃO DO POLlGONO DAS SECAS

REUNIOESQuintas-feiras, as 10 noras.

Local: Anexo II - Sala a-B - Ramalli 607e 608.

Secretário: Walter Gouvêa Costa.

Francisco Libardoni

TITULARESARENA

Adhemar Ghisi Lauro Leitão

Alberto Hottmann MáriO Mondino

Arotdo Carvalho Pedro Collin

Sylvio Venturol1l

Presidente: João Vargas - ARENA

Vice-Presidente: Antônic Ueno - ARENA

Vice-Presidente: Eloi Lenzi - MDB

4} COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DA RE·GIÃO SUL

Ricardo FiúzaRogério RêgoVasco Neto

Vago

MDB

W~lter Silva

MDB

Vinicius oansançãc

SUPLENTES

ARENA

Odulfo DominguesPassos PortoPaulino CiceroVago

SUPLENTES

ARENA

Henrique Eduar­do Alves

Ney Ferreira

Djalma BessaFernando MagalhãesGonzaga VasconcelosHomero SantosMarco Maciel

Francisco PintoThales Ramalho

Bento GonçalvesGeraldo BulhõesJosias LeiteLomanto Júnior

Presidente: Ary Valadão - ARENA

Vice-Presidente: Emanuel Pinheiro - ARENA

Yice-Presidente: Silvio de Abreu - MO;!;!

Presidente: Eraldo Lemos - ARENA

Vice-Presidente: oceano Carleial - ARENA

Vice-Presidente: Alvaro Lins - MDB

Presidente: Daso Coimbra - ARENA

Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA

Relator: João Menezes - MDB

TITULARES

SUPLENTES

ARENA

MDB

Henrique Eduardo Alves Vinicius CansançãO

Vago

SUPLENTES

ARENA

Edvaldo Flores José SampaioFrancisco Rollemberg Pinheiro MachadoFurtado Leite Prisco Vianna

Gr1maldi Ribeiro Ruy BacelarHildebrando Guimarães MDB

Henrique Eduardo Alve,

Alcir Pimenta

Alberto Lavínas

Padre Nobre

REUNIõES

SUPLENTES

ARENA

Stélio MaroJa.

Pllnio Saigado

Sinval Boaventura

Flexa Ribeiro

Oswaldo zeneüc

Manoel Taveira

Cardoso de Almeida

João Alves

Eurípides Cardo-

so de Menezes

Vago

TITULARES

ARENA MDB

MDBMarcos Freire

'Severo EUlália

TITULARESARENA

Josias GomesLuiz Garcia

Manoel de Almeida

Fábio Fonseca

Fernando Lyra.

Francellno pereira

.ranuarro Feitosa'José AlvesJosé Penedo

VagoVagoVagoVago

MDB

José Bonifácio NetoVago

ARENA

Marcílio LimaRezende MonteirOUbaldo Barem

MDB

Juarez Bemardes

Carlos CottaDirceu Cardoso

Américo BrasilHenrique FanstonePaulino LopesSiqueira CamposWilmar Guimarães

Argilano DarioFernando Cunha

BrJlJlilio CaiadoGarota NetoGastão MU1lerJro:mund Nasser

REUNIõES

Local: Anexo II - Sala a-B - Ramal 600.

Secretário: Romoaldo Fernandes Aluoldo.

Quintas-feiras, às 10 horaa.

REUNIõES

Local: Anexo n - Sala 8-A - Ramal 895.

Secretária: VAnia Garcia Dórea.

Quintas-!eiras: ~ 10 horas.

Quintas-feiras: às li horas.

Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal 604.

secretária: Maria Helena May Pereira dacunne,

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9186 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Se9So D' NoveD1bro de 1973

REUNiõES

Bezerra de Norões

B) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ElABO­

RAR PROJETO DO CÓDIGO DE ESPORTES

9) COMISSÃO ESPECIAL PARA REVISÃO E ATUA·

lIZAÇAO DA LEGlSLAÇAO SOBRE DIREITOSAUTORAIS

MDB

Francelino AmaralAlceu CoHares-MarC06 Freu'eWalter Silva

MDB

MDB

SUPLENTES

ARENA

SUPLENTES

ARENA

Alieu Gasparini

Jairo BrumLaerte VieiraRenato AzeredoLisâneas Maciel

Garcia Neto

Presidente: José Sampaio - ARENA

Vice-Presidente: JOIlé Bonifácio Neto - MDB"Rela.tor: ndélio Martinl - ARENA

TITULA.RES

ARENA

Adhemar Ghisi Jairo Maga.lhãesArnaldo Prieto João LinharesArlindo Kunzler José Carlos Leprev08.Célio Marques Fer- Magalhães MelO

nandes Marco MacielCláudio Leite Pinheiro MachadoDja.ma Bessa Raimundo DinizEurico Ribeiro Túlio VargasFrancelino Pereira VagoHíldebrando GuimarãesIvo Braga

Francisco Studart

iUWNIõES

QuIntas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala a-A.

secretária: Maria Albertina Ribeiro.

13) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABDoRAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESA CONSTlTUIÇAO

REUNIõES

, Alberto Lavínas

MDB

Necy NovaesPlinio SalgadO

MOB

TITULARES

ARENA

Leopoldo FeresLauro LeItãoNavarro VeiraOswaldo ZanelloTúlio Vargas

10) COMISSÃO ESPECIAL PARA FIXAR DIRETRI­

ZES E NORMAS DE LEI PARA O TURISMOBRASILEIRO

Alvaro GaudêncioCélio Marques Fer-

nandesDélSOn SearanoJoão AlvesFaria LimaLuiz Braz

Presidente: José Sal1y - ARENAVice-Presidente: JG de Araújo Jorge ­

Relator: Manoel de Almeida - ARENA

TrI'ULARES

ARENA

Peixoto Filho

Airon RiosAiberto CostaMário Mondino

REUNIõES

Terças-feiras, às 16 horas.

Local: Anexo n - Saia 8-B.Secretária: Jacy da Nova Amarante.

MDB

MDB

José Bonifácio Neto Getúlio DiasPedro Faria José Camargo

SUPLENTES

ARENA

11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O PROBLEMA DO MENORABANDONADO NO PAíS

Presidente: Célio Borja - ARENAVice-Presidente: Dirceu CardOllo - MD.B

Relator:

Aleir Pimenta

Josias Leite

Lins e Silva

Parsifal BarrOfJO

ll:dison Bonna

Paulo Alberto

José da Silva Barros

Vago

MDB

PedrO Faria

MDB

TI'rULARES

ARENA

SUPLENTES

ARENA

Fernando Fagun-des Neto

Ruy Bacelar

Mário TeUcs

Márcio Paes

Abel Avlla

ArglIano Dario

Athiê cours

Presidente: Osnelli Martinelli - ARENA

Vice-Presidente: Brigido I'inoco - MDB

Relator: Sinval Guazzelli - ARENA

Relator-substituto: Fábio Feitosa - MDB

QUll-rtas-feiras, às 15 horas.

:Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramail 60Se 604

Secretário: Darke Oliveira de Albuquerque.

Presidente: Norberto 8chmidt - ARENA

Vice-Presidente: Florim Coutinho - MlJB

Relator: Altair Chaves - ARENA

Quintal-feiras, às 9 horas.

Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal !lO3.

Secretário: AntOnio Fernando Borges Man-zau.

REUNIõES

Quartas-feiras, às 15 horas.Local: Anexo II - Sala 8-B.Secretária: Gelcy Clemente Baptista.

12) COMISSÃO ESPECIAL DE SEGURANCA DEVEICULOS AUTOMOTORES E TRAFEGÓ

Presidente: Vasco Neto - ARENAVice-Presidente: José Mandelli - MDBRelator: Mário stannn - ARENA

TITULA.RES

ARENA

Pedro Lucena.Secretário - Mário Ca.milo de Oliveir~

Reuniões - Terças-feirlJ.!i, ~ lI!~~a-A, do Anexo !I, •. --. c - -,

Leão sampaio

Parente FrotaNina RibeiroHelbert dos Santos

SUPLENTESARENA

MDB

Tereas-feiras, às 10 horas. , '"Local; Anexo II - Sala 8-A - Ramal 6 ~.'secretário: Mário Camilo de Oliveira. ; 'I"

'!,.:

14) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA A ES 'iDAR E ELABORAR PROJETO SOBRE T :

I:.FICO EUSO DE TÓXICOS

Presidente - Tourinho Dantas(ARENA)]Vice-Presidente - Jaison Barreto (MDB)

Relator-Geral - Manoel Taveira (ARENA)]Sub-Relator - Fábio Fonseca (MOB).

TITULARESARENA

MOB

Moacyr ChlesseRozendo de SOUZfRuy BacelarUbaldo Barém

11mB

Léo Simões

SUPLENTES

ARENA

Júlio Viveiro!!

Raymundo Dlniz

Abel AvilaCélio Marques Fer.

nandeaJoão Guido

Adalberto Camargo

.ilol J.,.enzi

Prisco Viana

Wilmar Guimaráes

zacnartas Seleme

MDB

Dias Menezes

MDB

REUNIõES

TITULARES

ARENA

SUPLENTES

ARENA

Walter Silva

Vago

FlexB> Ribeiro

Maur1cio roiedo

Osmllr Leitão

:Freitas Nobre

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Jqovernbro de 1973 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' Quinta-feira 22 9187

As obras editadas pela

SUBSECRETARIA. -DE EDiÇÕES TÉCNICAS

(Antiga Diretoria de Informação Legislativa)

Devem ser solicitadas a essa Subsecretaria

(Senado Federal· Anexo I· .11.0 Andar)

70.000 • Praça dos Três Poderes

Brasília • DF

" ,.... ..

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9188 Quinta_feira 22 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' 'Novembro de 1973.

Emendas Constitucionais1 a 3

Atos Institucionais1 a 17

Atos Complementares1 a 96

Leis Complementares1 a 12

Legislação Citada e Sinopse

Obra Elgborada Pela Divisão de Edições Técnicas

do Senado Federal

~Antiga -Diretoria de Jnforma~ão Legislativa)

-

,Preço: Cr$. 15,00

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Novembro de 1973 DI4RIo DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão Il

':ANAIS DO SENADO

quinta-feira 22 9181

Més de maio de 196~Mêsde maio de 1965Més de agosto de 1965Mês de agosto de 1965Mês de setembro de 1965Mês de setembro de 1965Mês de outubro de 1965Mês de janeiro de 1968Mês de fevereiro de 1968Mês de fevereirode 1968Mês de março de 1968Mês de março de 1968Mês de abril de 1968Mês de abril de 1968Mês de maio de 1968Més de maio de 1968Mês de junho de 1968Mês de junho de 1968Mês de julho de 1968Mês de julho de 1968Mês de agosto de 1968Més de agosto de 1968Mês de setembro de 1968Mês desetembro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de dezembro de 1968Mês de outubro de 1969Mês denovembro de 1969Mês denovembro de1969Mês de abril de 1970Mês de abril de 1970'Mês de maiode 1970Mês de maío de 197DMês de junho de 1970Mês de junho de 1970Mês de julho de 1970Mês março/abril de 1971Mês março/abril de,19.71Mês de maio de 1971 'Mês de maio de 1971Mês de junho de 1971Mês de junho de 1971'Mês de julho de 1971 .Mês de julho de 1971 .Mês de agosto de 1~71

Mês de agosto de 1971Mês de setembro de 1971Mês de setembro de 1971Mês de outubro de 1971 .Mês de outubro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de abril de 1972Mês de abril de 1972Mês de maio de 197~

'Mês de maio de 1972Mê5 dejunho de 197a

- SESSOES 39'a 50~-tomo I.::.. SESSOES 51P a 6~~ - tomo 11- SESSOES 107'a1l7~-tomo I- SESSOES 118~ a 130~ - tomo Il- SESSOES 141~a 142~-tomo I- SESSOES 143' a 145~ - tomo 11- SESSOES 156' a 166~ - tomo 11'- SESSOES I' a 12~ (ConvocaçãoExtraord,)- SESSOES 13' a 27~ (ConvocaçãoExrraord.l- SESSOES 28' a 34~ (ConvocaçãoBxtraojd.)- SESSOES 1~ a 15~ (I' e 2' SessõesPreparatóriaa-VoU)- SESSOES 16~ a 32~ - tomo 11 - ~

- SESSOES 33' s 42' - tomo I- SESSOES 43's 62~-tomoII

- SESSOES 63-a 78' - tomo J- SESSOES 79'8 l00~-tomoII

- SESSOES 101'a lW-tomo J- SESSOES ns- a 132~ - tomo II- SESSOES l' a lO!(ConvocaçãoExtraord.)- SESSOES 11'a 24'-tomolI- SESSOES 133~ a 150' - tomo J- SESSOES 151'8 171'-tomolI- SESSOES 172'a 188~-tomo J.- SESSOES 189'a209~-tomoll

'- SESSOES 210' a 23H-tomo I- SESSOES 232'a262~-tomoll

- SESSOES 263~ a 275' - tomo J- SESSOES 276~a298~-tomolI

- SESSOES 1~ a 15~ - tomo I (Convocllcâo ExtraordinAriaf.;.. SESSOES l' a 7':- tomo I- SESSOES, 8' a 19'- tomo I-- SESSOES' 20'a 36,-'tomolI-'SESSOES l' a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 20~ ..... tomo II- SESSOES 21'a 32'-tomo I- SESSOES. 33'a 42'-tomolI- SESSOES 43' a 54' - torrio I- SESSOES 55'a 56'-tomoIl- SESSOES 67' a 79~ -tomo I.:.. SESSOES l'a W..:.tomo I- SESSOES 12' a 21' - tomo 11 .;... SESSOES 22' a 32' - tomo I- SESSOES 33'a 44~-tomoIl

- SESSOES 45'a 56~-tomo t- SESSOES 57~a 67'-tomoJI:.;.. SESSOES 68'a· Bl.-tomo l- SESSOES 82's 93f-tomoIl

- SESSOES 94' a 103' - tomo I- SESSOES 104' a 115' - tomo 11_ SESSOE8 116' a 126'-tomo I- SESSOES 127' a 138' - tomo 11- SESSOES 139' a 148' - tomo I- SESSOES 149' a 157' - tomo 11- SESSOES 15S'al66'-tomo I- SESSOES 167' a 187' - tomo 11- SESSOES 1~ a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 22' - tomo 11- SESSOES 23'8 30·-tomo I- SESSOES 31"a 43~-tomoIl

- SESSOES 44'8 45~...,tomo Ij

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.190 Quinta-feira 21

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DIARIO DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

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NOVemnyo ue nllo1 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n

REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA .

Editadapelo Senado Feder~l

biRirORIA DEINFORMAÇAO LEGISLATlVA, Dlreçào

:LEYLA CASTELLO BRANCO RANGEL.

Quinta.-teira az 9191

NOMEROS PUBLICADOS, Cr$

tNDICE DO SUMARio DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 11 10 (enviarelÍÍQfI gr.at'uitamente li qu~m noto solici-tar): • . ._.. .

- abril a junho n'" 18(1968) •• : •• ., t ;. .. . •• 5,00- julho a setembro n"19 (1968), ••• _. .. 5,00- outubro a dezembro n" 20 (1968) , _.. lO .. lO lO • .. • • 5,00.

'INDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇAÔ LEGis.LATIVA DE 1 11 20 (envíaremce gratuitamente 11 quem nos solici·tar):

- jáneiroa março n~ 21(1969) •• '" U. ti •• I •• I 5,00- abril a junho n° 22 (1969) ", •••• , •••••• t. '1'111. 5,00- julho a setembro n° 23 (1969), •, , • 5,00- outubro a dezembro n"24 (1969) ;, .. 15,00- ~aneiro a março n?25 (1970).. , I •••'. 10,00- Julho a setembro n~ 27 (1970), .. , .. _.. •.. • .. •.. 10,00- outabro a dezembro n°28 (1970), .. 10,00- janeiroa marçon';J 29 (1971). I •••••• li t ti".... 10,00- abril ajunho nvao (1971) .,..", , ,. f ..H.... 10,00

íNDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS­LATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente a quem nos solící-tar):' . '.

- julho a setembro n9 31 (1971), •, , • 10,00·_ outubro a dezembron" 32 (1971)... 10,00- janeir()amar~on~33 (1972),.. lQ.oo

SUMARIO

COLABORAÇÃO

A. Diversas Espécies de LeISenador Franco Montora

Organização Jurídica do Notariado 'nl Re))Óblica Federal da Ate..~anha (Um Estudo da Solução de Problema. Insolúvei. no Bra..J1)

Prof, A.B.Cotrim NetoO Congelamento do Poder Mundial

Em baixador J. A. de Araújo CastroO Planejamento e os Organismos Regionais como Preparac;io a um

Federalismo das Regiõel (a experiência brasileira)Prof. Paulo Bonavídes .

Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Ca.ada -'úi nlt­. mero 4.121, de 27-08-62

.' Prof, Carlos DayrellSituação Jurídica da NOVACAP

Dr, Dario CardosoO. Direitos Autorais no Direito Comparado

Prof',Roberto RosasPerguntas e He8ervas a Helpelto do Plano de Inte«raçâo S9Cial

Prof. Wilhelmus Godefridus Hermans .Euclides da Cunha e a Rodovia TransamalÔnica

Dr. G. IrenéoJoffily .O Senado e a Nova Constituição. Dr. Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO Assessoramento Legislativo• DI' Atyr de AzevedoLucci

Decretos-leisDr. Caio Torres

Iniciativa e Tramitação de ProjetOlJesse de AzevedoBarquero

Os Direitos da Companheira.AnaValderez A. N, deAlencar

PoluiçãoJoão BoscoAltoé

SUMÁRIO

COLABORAÇÃO

Polít;ca do DesenvoJ~I'inéhto Urbano, Senador Carvalho Pinto

o Pro~lema ~al,Fontel don~rillto; Fonte.FotMal. eMaterial., Pera.pectlva. FJlosotica, SoclolÓ(Íca e Jurfdlea .

Senador Franco MontaraA Televisão Educativa no BruU

Prof. GilsonAmadoRUY, a neres. dos BispO, e I Que.tão do Foro do. Crime. MUl..r...

Duas Retificações Necessári.. -Prof, Rubem Nogueira

A Proteç~o Jurisdicional dOi DlreitOll Humanos tiO Direito Po.iU-vo Brasileiro . ..

Des. Hamilton de Moraese BarrosSobre a Metodologia do Ensino Jurídico _

Prof, Hugo Gueiros Bernardes 'Prerrogativas do. Bens Dominai. -'IullleetlblUdadc dePo..oCivil

Des.•José Júlio Leal FagundesO Instituto de ApOsentadoria na Atual Coll.tltulçio

Prof. Carlos DayrelYO Anoio Técnico e Administrativo aoPartido Parlamentar

Prof. Sully Alvesde SouzaRedução de Custos Gráficos-editoriais

Prof, Roberto Atila Amaral VieiraAdoção .

Ana Valderez AyresNeves de AlencalIncentivos Fiscais no Planejamento

Walter FariaContabilidade: Ensino e Profioão

João BoscoAltoí:

SUMARIO

HomenagemSenador Miltoll Campos

COLABORAÇÃO .

Fontes do Direito em Suas Modalidade. Fundamêntai.Senador Franco Montara

As sociedades por quotas de respOnsabilidade limitada, no DireitoPortuguês e no Direito BrllSileiro

Prof. OttoGilAtribuições do Mínistério Público no Código de Processo Pena.

Dr, Márcio Antônio InacaratoDo Pagamento por Consignação nas Obrigações em Dinheiro

Desembargador DomingosSávio Brandão Lima 'O Adicional Insalubridade-Periculosidade e o Decreto-lei 3811

Prof, Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena -Direito do Trabalho e o Direito Penitenciário

Dra, Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral, Direito, Profissão

Prof. Antônio Augusto de Mello Cançado

PESQUISA

O Senado do Império ea AboliçãoWalter Faria

DOCUMENTAÇÃO

Consolidação das Lei.do TrabalhoCaio Torres

PUBLICAÇOES

Obras editadas pela Diretoria de Inrormação LegislativAPreço da assinatura anual, que corresponde a quatro nútnetM, Cr$

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Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,)lcrescido do valor das despesas de remessa, de I\cQrtlQ COJD a tarifapostal. .:t;.

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