federalizar a educação?

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? Cristovam Buarque Federalizar Educação integral de qualidade para todos os brasileiros

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Este texto reúne as respostas a um conjunto de perguntas que tenho escutado ao debater a ideia da Federalização da Edu- cação Básica. Seu objetivo é ampliar o debate. Para isso, convido todos os interessados a apresentarem novas perguntas, ou crí- ticas e sugestões a estas. Você pode usar o site: www.cristovam. org.br/federalizacaoedubase

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  • ?Cristovam Buarque

    Federalizar

    Educao integral de qualidade para todos os

    brasileiros

  • A Federalizao da Educao Bsica

    Educao Integral de Qualidade para todos

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    Nota

    Este texto rene as respostas a um conjunto de perguntas que tenho escutado ao debater a ideia da Federalizao da Edu-cao Bsica. Seu objetivo ampliar o debate. Para isso, convido todos os interessados a apresentarem novas perguntas, ou cr-ticas e sugestes a estas. Voc pode usar o site: www.cristovam.org.br/federalizacaoedubase*

    Cristovam Buarque

    * Este texto foi totalmente escrito pelo autor, que assume toda responsabilidade por

    ele. Mas contou com a colaborao do economista Waldery Rodrigues Jnior.

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    1. Qual o objetivo da Federalizao?

    Assegurar escola com a mxima qualidade, igualmente, a qualquer criana brasileira, independentemente da famlia em que tenha nascido e da cidade onde viva.

    2. O que Federalizao?

    simplesmente ter o MEC dedicado Educao Bsica, e espalhar escolas federais por todo o territrio brasileiro. Ampliar para todo o Brasil as atuais 451 escolas federais Colgio Pedro II, Escolas Tcnicas, Institutos de Aplicao e Colgios Militares. Com isso, assegura-se que cada criana brasileira disponha dos mesmos recursos para sua educao na rede pblica, indepen-dentemente do Estado ou Municpio onde viva.

    3. Cite cinco medidas concretas que caracterizariam a Fe-deralizao?

    1. Concentrao da Educao Bsica no MEC, que coorde-naria a implantao do Novo Sistema Federal de Educao Bsica.

    2. Transformao das atuais 5.601 carreiras de professores municipais e estaduais em uma carreira nacional de Estado. Consolidao de uma Carreira Nacional do Magistrio unin-do as carreiras dos professores das atuais escolas federais e abertura de concurso para ampliar o nmero dos professo-res dessa nova carreira, com a garantia de um salrio que atraia os mais brilhantes jovens que saem da universidade com interesse e vocao para o magistrio, selecionados com o mximo rigor e submetidos a constantes avaliaes.3. Ampliao das atuais 451 escolas federais usando esses novos professores, em escolas bem construdas, confortveis e bonitas, com os mais modernos equipamentos pedaggi-cos e instalaes para as atividades esportivas e culturais,

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    todas funcionando em horrio integral. 4. Colocao desses novos professores nas novas escolas, pagando aos atuais professores, no aprovados por concur-so para a nova carreira, um incentivo salarial.5. Definir um cronograma de cerca de 20 anos, ao longo do qual os atuais sistemas municipal e estadual sero paulati-namente substitudos pelo Novo Sistema Federal. Essas seriam as aes fundamentais que permitiriam a substituio do atual Sistema Tradicional de Educao Bsica por um Novo Sistema de Educao, que seja federal para ter a mesma qualidade em todo o Pas.

    4. Qual o propsito moral e poltico da Federalizao?

    A Federalizao da Educao Bsica apenas um meio pol-tico-administrativo para realizar um objetivo moral: toda criana que vive no Brasil brasileira e criana. Para ser criana, deve atravessar a primeira infncia com alimentao, atendimento de sade e os estmulos pedaggicos necessrios ao seu desenvol-vimento; sem trabalhar quando deve estudar. Para ser brasileira, deve ter acesso a uma escola que tenha a mesma qualidade, em todo o territrio nacional. Esse propsito tico de cuidar igual-mente de todas as crianas exige que a Nao Brasileira gaste o mesmo com a educao de cada uma de suas crianas, cerca de R$ 9.500 por ano. Isso vai permitir pagar um salrio mensal de R$ 9.500 a um professor bem formado, dedicado e avaliado, e o acesso a escolas bonitas, confortveis, equipadas com os mais modernos equipamentos pedaggicos e culturais, estudando em horrio integral.

    impossvel conseguir essa igualdade deixando a educao e as crianas aos cuidados de Municpios to desiguais quanto os brasileiros: o maior PIB per capita o do municpio de So Fran-cisco do Conde (BA) R$ 296 884,69 em 2010. Ele 150 vezes maior que o de Curralinho (PA), que de R$ 1.900,00. A maior receita municipal de Jeceaba (MG), de R$ 3,900, equivalente a 2.200 vezes a receita de Porangatu (GO), de R$1,67.

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    5. Qual a justificativa para a Federalizao?

    Podemos comear por uma justificativa patritica: ao nascer, a criana primeiro brasileira. Ela nasce em uma cidade e es-tado onde adquire sua naturalidade, mas sua nacionalidade, no cenrio da humanidade, brasileira. Por isso, a responsabilida-de por sua educao, alm da famlia e do entorno em que ela vive, deve ser do Brasil inteiro, portanto da Unio.

    Podemos dar uma justificativa moral: toda criana deve ter acesso educao com a mesma qualidade, sem discriminao de renda ou de endereo. S assim oferecemos a mesma chan-ce, a mesma oportunidade para cada criana. A desigualdade poder ocorrer depois, conforme o talento, a persistncia e a vocao, mas no dependendo da renda da famlia ou da cida-de onde ela vive, ou da vontade do prefeito. A nica forma de assegurar essa igualdade de oportunidade por meio de escolas pblicas de qualidade em todo o territrio nacional, e isso no ser possvel deixando a escola nas mos de municpios que, alm de pobres, so muito desiguais entre si. S colocando as escolas nas mos do Governo Federal ser possvel garantir essa igualdade em todo o territrio brasileiro.

    Podemos tambm dar uma justificativa pedaggica. Nas avaliaes feitas pelo IDEB, as 451 escolas federais tm melhor mdia do que os setores privado, estadual e municipal. Essa qualidade no deve ficar limitada apenas aos 257 mil alunos das atuais federais, deve chegar a todos os 51 milhes de crianas em idade escolar.

    H tambm uma justificativa econmica: deixar a escola nas mos dos municpios e estados tem provocado o imenso desper-dcio de dezenas de milhes de crebros que ficam sem a educa-o necessria para colocar o Brasil no centro da revoluo cien-tfica e tecnolgica do presente. Deixar um crebro sem acesso a educao de qualidade deixar de usar o mais importante de todos os recursos que criam riqueza no mundo de hoje. como tapar poos de petrleo depois de descobri-los.

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    No menos importante a justificativa social. A nica forma de quebrar o muro da desigualdade transmitida de pai para fi-lho oferecendo escola igual para todos. A abolio da pobreza passa pela educao, tanto pela eficincia econmica que ela traz, como pela mesma chance que a educao igual oferece.

    Alm disso, h uma justificativa estratgica: a revoluo educacional no ser conseguida pela simples e lenta melhora do degradado Sistema Tradicional presente, ela exige a implan-tao de um Novo Sistema, em substituio ao sistema atual que j mostra sua falncia. O Novo Sistema Federal ser implantado enquanto o velho Sistema Tradicional municipal ou estadual vai sendo desativado.

    6. Como ser a escola federal?

    A escola federal ter professores selecionados nacional-mente, que faro parte de uma Carreira Nacional do Magis-trio, e tero o salrio pago pela Unio; ter prdios bonitos e confortveis, construdos e mantidos pelo Governo Federal, embora com colaborao do Estado, do Municpio e da Famlia; seus equipamentos devem ser os mais modernos, comprados e mantidos pela Unio, e as aulas sero em horrio integral, para turmas limitadas a 30 alunos.

    7. Qual ser o salrio do professor federal?

    Todos os estudos mostram que um salrio de R$9.500 por ms necessrio e suficiente para atrair para o magistrio os melhores quadros da juventude. Por isso, esse ser o salrio do professor federal.

    8. Como ser selecionado o professor?

    O bom salrio pode criar um problema: a busca da car-reira do magistrio por jovens desinteressados na funo educa-cional, atrados somente pelo bom salrio enquanto procuram

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    outro emprego. Por isso, a seleo do professor ser um aspec-to fundamental para o sucesso da federalizao. No se ensina uma criana da mesma forma que se exerce a profisso de enge-nheiro, lidando com pedreiros, trabalhando com material fsico. O professor trabalha com a vida, o sentimento, a inteligncia. Ele no pode ser selecionado apenas por concurso. Alm de co-nhecer a matria a ensinar, o bom professor precisa ter vocao, habilidade, gosto pela profisso. O professor da carreira federal ser escolhido inicialmente em concurso, para identificar sua for-mao; depois, pela identificao de sua vocao, colocando os selecionados em sala de aula pelo perodo de um ano, no fim do qual ele pode ser contratado ou reprovado por falta de vocao e habilidade, mesmo depois de ter passado na primeira etapa.

    9. Como dever ser o professor da escola federal?

    O professor do novo sistema de educao federal no Bra-sil deve ser compatvel com os professores dos novos sistemas pedaggicos em formao no mundo. Um profissional que no apenas tenha um bom salrio, para ter boa formao e boa de-dicao, mas que tambm esteja habilitado a usar as novas tc-nicas pedaggicas hoje disponveis. Alm de cada professor ser capaz de utilizar os mais modernos equipamentos, cada escola dever ter um profissional especializado para auxiliar os profes-sores no uso das tcnicas de computao; e outro para auxiliar os professores a acessar as redes educacionais e colocar nelas suas aulas, tanto para seus alunos quanto para qualquer outro interessado fora da sala de aula.

    10. Qual ser o regime de contratao do novo professor? O professor da nova carreira federal ter estabilidade

    responsvel: ele no poder ser exonerado por governadores, prefeitos, nem mesmo por pais de alunos, mas essa estabilida-de estar vinculada ao cumprimento de sua responsabilidade com a educao, o que exige que se submeta periodicamente a avaliaes de sua dedicao, formao e desempenho. Se esses

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    quesitos no forem cumpridos, podero levar demisso por in-teresse da educao de qualidade a que cada criana brasileira ter direito.

    11. O que acontecer com os professores atuais que no ingressarem no novo quadro federal?

    Quando um professor da rede municipal do Rio de Ja-neiro no passa em concurso para ingressar como professor no Colgio Dom Pedro II ou qualquer outro da rede federal, ele continua na mesma condio em que se encontra. No seria eficiente fazer o mesmo na nova rede federal, porque os profes-sores tradicionais vo trabalhar em cooperao com os novos. Mas no seria correto ignorar a qualificao superior dos novos professores, alm das especificidades da nova carreira sem a estabilidade plena. Por isso, o salrio dos antigos no ser o mesmo dos professores federais, mas o custo previsto inclui uma elevao de salrio dos atuais professores. Nas cidades onde a federalizao for adotada, os professores do sistema velho que no migrarem para a carreira federal, por no terem sido apro-vados no concurso, tero salrios de R$4.000 mensais.

    12. No h o risco de dar muita fora ao sindicato de pro-fessores com 2 milhes de filiados?

    Existe esse risco. Mas essa fora mais decisiva para o Brasil do que a dos sindicatos de outras categorias. Sendo to forte, o sindicato dos professores dever ser mais responsvel diante das consequncias de greves, e certamente mais reconhe-cido no Pas pelas boas condies de trabalho. O risco de greve menor. E se ela ocorrer, durar poucos dias ou poucas horas. No teramos mais longussimas greves das escolas municipais e estaduais. Como as greves podem afetar 100 milhes de pesso-as, crianas e pais (as greves das Universidades Federais afetam 700 mil alunos, j adultos), essa fora far com que sejam me-nos frequentes e de menor durao. Mesmo assim, cabe tomar

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    medidas contra o corporativismo: livre direito de associao sin-dical, o que levar criao de diversos sindicatos, quebrando o monoplio do sistema unitrio; e liberdade de filiao, com contribuio voluntria dos filiados.

    13. Quantas horas de aulas tero as escolas federais?

    A federalizao implantar escolas em horrio integral, onde alm do currculo normal, o aluno ter acesso forma-o complementar que hoje somente as classes mdias e altas oferecem a seus filhos a um custo alto, deslocando-se de um endereo a outro. No mundo de hoje, uma escola com apenas quatro horas de aula por dia no preenche as necessidades de formao das crianas. Por essa razo, as classes mdias com-plementam as horas de aulas nas escolas de seus filhos com em aulas de ingls, francs, natao, jud, ginstica, bal ... Essas complementaes extraescolares, alm de muito caras para os pais, so desgastantes para as crianas, que passam boa parte do dia em deslocamento entre local um e outro. Alm de desgas-te, esse deslocamento constante provoca ineficincia, perda de aprendizado. Essas complementaes so necessrias, por causa do vazio da escola onde estudam, mas no preenchem todo o potencial que aconteceria se a formao fosse dada na prpria escola onde o aluno estuda.

    14. Qual mtodo de ensino ser usado?

    No h paradigma nem modelo ideal consolidado, pre-ciso incentivar a liberdade para a prtica de mtodos diferentes enquanto os bons sistemas vo sendo adotados. A escola fe-deral no ser centralizada do ponto de vista pedaggico. Ela assegurar liberdade pedaggica para comunidades, professo-res, alunos, pais e autoridades locais darem opinio, formarem o currculo e escolherem os mtodos. A federalizao deve ser feita com descentralizao gerencial e liberdade pedaggica.

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    15. Como sero equipadas as escolas federais?

    A maior parte das escolas pblicas brasileiras de hoje so cmaras de tortura para os alunos e seus professores. Os pr-dios so feios e degradados, bancos desconfortveis torturam os alunos. Uma aula de astronomia, biologia, geografia, dada no velho quadro-negro, no s ineficiente, uma maldade com crianas em tempos de televiso, computador e tantos equipa-mentos de informtica. A escola baseada no quadro-negro ser substituda pela educao que combine um quadro eletrnico, o smartboard, com televiso e computador, usando os mais mo-dernos softwares disponveis.

    16. Como se disseminaro as escolas federais pelo Brasil?

    H duas maneiras de transformar as atuais 451 escolas federais em 156.164. A primeira seria implantando-as de forma pulverizada pelo territrio nacional. Foi assim a implantao dos CIEPs no Rio de Janeiro no governo Brizola; tambm foi assim a implantao dos CIACs no curto perodo do governo Collor. Es-palhados no conjunto do degradado sistema educacional, CIEPs e CIACs se perderam no oceano da m educao brasileira. O resultado da implantao dessas duas experincias de horrio integral foi frustrante. No conseguiram se infiltrar no sistema tradicional, nem duraram alm dos governos que as promove-ram. Por isso, o novo sistema federal ser implantado por grupos de cidades: todas as escolas municipais e estaduais de uma cida-de sero substitudas por escolas novas, bonitas, bem equipadas, em horrio integral, com professores da nova carreira federal.

    17. Quanto tempo ser necessrio para termos todas nas escolas federais?

    A velocidade da substituio do sistema tradicional pelo novo sistema encontra como principal obstculo a seleo e con-tratao dos novos professores com a qualificao que o sistema

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    requer. Depois de dcadas, para no dizer sculos, de pouca im-portncia e prestgio carreira de magistrio, o elevado salrio poder atrair muitos interessados, mas poucos tero a formao, a capacidade, a dedicao e a vocao para atuarem nesse novo sistema. De nada adianta oferecer altos salrios se os candidatos no tiverem a qualificao necessria. Por isso, nos primeiros anos ser pequeno o nmero de jovens que podero ser sele-cionados para fazer a revoluo que se espera. Na medida em que o sistema for sendo implantado e ganhando credibilidade, e os professores forem sendo tratados com a dignidade que de-vem merecer, crescer o nmero de jovens que desde o incio da carreira universitria optam pelos cursos relacionados ao magis-trio. Pode-se estimar que, partindo de um pequeno nmero de professores at atingir um nmero elevado, o Brasil tem condi-es de selecionar, em mdia, at 100.000 jovens brilhantes por ano, capazes de exercer a atividade de magistrio com a qualifi-cao que o novo sistema exige.

    Por outro lado, a gua potvel no implantada por casa, mas por cidade ou bairro. Assim seria implantada a Federali-zao. Considerando o tamanho mdio de nossas cidades em 35 mil habitantes, com 28 escolas em mdia, atendendo 9 mil alunos e necessitando de aproximadamente 300 professores em salas de 30 alunos, seria possvel, a cada ano, implantar o novo sistema em 300 cidades, com 100.000 novos professores em 9.500 escolas, atendendo cerca de 3 milhes de alunos.

    Isso dar um prazo de vinte anos para que todo o velho e tradicional sistema estadual e municipal ceda lugar ao novo sis-tema federal.

    18. Como seriam escolhidas as cidades ao longo do tem-po?

    Muitas maneiras podem ser seguidas para escolher as cida-des nesses 20 anos.

    Uma possibilidade consiste nos seguintes critrios:

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    a) iniciar nas cidades onde prefeitos, vereadores e socieda-de civil manifestem voluntariamente o interesse de implan-tar o novo sistema e auxiliar a transformar sua cidade em cidade-com-educao-federalizada.b) levar em conta se as cidades tm histrico de compromis-so com educao, se a populao, por meio dos governos e de seus lderes, tem demonstrado cuidado com a educao no passado.c) No incio do processo de federalizao, preferir cidades pequenas, com no mximo 200.000 habitantes.d) no concentrar as cidades nos mesmos estados.e) escolher cidades onde o IDEB esteja acima da mdia ou onde ele tenha crescido nos ltimos anos.f) comear por cidades cujos efeitos possam ser observados, para que a federalizao tambm tenha um efeito de de-monstrao.

    19. E nas grandes cidades?

    Nas cidades grandes no ser possvel implantar imediata-mente do novo sistema, mas elas podem ser divididas por bair-ros, e todas as escolas atuais nesses bairros podem ser substitu-das pelas escolas federais do novo sistema.

    20. Mas no errado revolucionar uma cidade enquanto outras continuam com a simples melhoria?

    No h como fazer uma revoluo instantnea e milagrosa na educao. Atualmente, a melhoria educacional, ou de qual-quer outro setor, no ocorre de maneira homognea em todo o Pas. Algumas cidades esto fazendo esforos e se diferenciando, deixando as outras para trs. Temos que escolher entre continuar a lenta melhoria em todo o Pas ou, ao lado dessa lenta melhora em todas as cidades, ir revolucionando outras em um processo que chegar a todas. O errado seria ter algumas cidades boas e outras sem perspectiva de ficarem boas, como ocorre atualmente

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    nas poucas cidades em que sucessivos governos vm realizando srios esforos. preciso lembrar que toda mudana tem um processo que se inicia em alguma parte, antes de chegar ao todo.

    Comeamos a industrializao por So Paulo; os aeroportos, estradas no foram implantados de uma vez em todo o Brasil; tambm no foram a gua encanada e o esgoto, que at hoje faltam em milhares de cidades. A ideia de ir espalhando escolas pelo territrio brasileiro tampouco chegaria a todas as crianas de cada cidade. J tivemos algumas escolas pblicas de qualida-de como as Escolas Parque na Bahia e em Braslia, os CIEPs no Rio de Janeiro, os CIACs, os CEUs, em So Paulo escolas em ho-rrio integral em Foz do Iguau, Palmas e outras cidades. Ainda mais injusto seria ter uma boa escola ao lado de diversas ruins, como o caso atual das federais ao lado do sistema municipal e estadual. Se essa fosse a estratgia, a seleo dos alunos ter-minaria beneficiando os filhos das classes mdia e alta, seja por influncia poltica, seja por concurso de seleo, como ocorre atualmente nas 451 escolas federais.

    21. Quanto custar a federalizao?

    Ao final de sua implantao, o custo total da Federalizao ser de R$ 463 bilhes por ano (a preos de 2011). Se a eco-nomia crescer at l em mdia a 3.0%, ao ano, esse custo equi-valer a 6,4% do PIB de R$ 7,26 trilhes, em 2034. um custo inferior aos 10% que o novo Plano Nacional de Educao prev gastar-se em educao. Sobrariam ainda R$ 262 bilhes para o sistema universitrio e outros setores da educao. Mantida a atual carga fiscal, a universalizao da Rede Federal custar anualmente 28,1% da arrecadao tributria da Unio. Cabe lembrar que atualmente so gastos com Educao cerca de 5,7% do PIB, dos quais aproximadamente 2,3% e 4,6 % do PIB so aplicados, respectivamente, pela Unio e pelos Estados/Munic-pios, sendo que a Unio investe menos de ,04 % do PIB na Edu-cao Bsica. O gasto com Educao Bsica corresponde a cerca de 85% do gasto total.

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    Cabe lembrar, porm, que a elevao do nvel educacional da populao tem impacto imediato na produtividade da mo de obra, elevando consequentemente a renda nacional. Alm disso, fica desnecessrio o custo mdio anual de aproximadamente R$ 4 bilhes de sacrifcio fiscal para financiamento de escolas priva-das pelos contribuintes do Imposto de Renda. O custo, portanto, da Federalizao, ser financiado em parte com os resultados da prpria Federalizao.

    22. Quem pagar o custo?

    A educao federal ser financiada pelo governo federal, como so atualmente as universidades, as escolas bsicas e as escolas tcnicas federais.

    23. Os recursos do Pr-sal podem ajudar na Federaliza-o?

    Sou autor, juntamente com os senadores Tasso Jereissati e Aloysio Nunes, dos Projetos de Lei 594/11 e 268/08 que de-terminam o uso de 100% royalties do petrleo para educao. Essa a nica forma de transformar um recurso esgotvel, o petrleo, em um recurso inesgotvel, a inteligncia do povo. Mas ningum tem certeza se esse petrleo do Pr-Sal existe em gran-de quantidade, nem se teremos condies de extra-lo, nem qual ser seu preo. Em um cenrio otimista, o Brasil somente dispor de receitas do petrleo em volume considervel aps um longo tempo de produo. Por exemplo, em 2020 a ANP estima que o Brasil ter um total aproximado de R$ 65 bilhes em receitas do petrleo. Nesse ano, a Federalizao, caso se inicie em 2014, estar no seu 6 ano de implementao e exigir investimentos da ordem de R$ 233 bilhes. Dessa forma, as receitas do pe-trleo (royalties e participao especial) cobririam apenas 28% desse valor. Seria um grande equvoco usar a possibilidade do Pr-sal como desculpa para postergar a revoluo educacional de que o Brasil precisa desde j; como ser tambm um erro gra-

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    ve desperdiar os recursos que venham do petrleo, gastando-os em outras atividades. O valor do royalty pode complementar os gastos da Federalizao, mas no podemos us-lo como descul-pa, privando as crianas de uma boa escola, independentemente dos possveis recursos do Pr-Sal.

    24. Qual o papel dos prefeitos?

    Atualmente, os prefeitos no tm qualquer papel na ges-to das escolas federais em suas cidades. Na federalizao, h um papel reservado para os prefeitos. Eles no tero envolvi-mento no pagamento dos custos da escola, mas tero papel fundamental como representantes das cidades junto s escolas federais, que sero administradas por conselhos nos quais o pre-feito dar sua opinio sobre o contedo que a escola deve incluir em seu currculo. A secretaria municipal de educao aos poucos perde seu papel de empregadora de mo de obra e assume o papel de orientadora e fiscalizadora do papel do governo federal na educao em sua cidade.

    25. Qual o papel dos governadores? Como os prefeitos, os governadores sero os representan-

    tes do povo de seus estados na gesto das escolas federais, na orientao de temas que devem ser includos nos currculos em seus estados. Isso um papel maior do que os governadores tm hoje sobre as escolas e universidades federais em seus estados.

    26. Quanto os estados e municpios poupariam com a fe-deralizao?

    Hoje, Estados e Municpios gastam aproximadamente R$ 200 bilhes com a Educao Bsica. Esses recursos, descontadas as transferncias da Unio, seriam substitudos por recursos fe-derais. Os estados e municpios poderiam investir em atividades educacionais paralelas, melhorando o entorno das escolas, cui-

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    dando da segurana, investindo em cultura, combate s drogas, ou com outros gastos que permitam melhorar a qualidade de vida de sua populao.

    27. O que a classe mdia vai ganhar com a federalizao?

    No Brasil, as classes mdia e alta desembolsam hoje o equivalente a R$ 57 bilhes por ano com a frgil educao de seus filhos. A federalizao permitir liberar esses recursos, re-presentando uma poupana nos gastos de hoje em atividades que deveriam corresponder ao Estado, tirando um peso financei-ro de cima de seus ombros, e ainda garantindo que seus filhos estaro em boas escolas. Alm disso, sabero que se alguma tragdia acontecer, como perda de emprego, doena, morte, seus filhos no ficaro sem escola de qualidade.

    28. Por que as pessoas resistem ideia da federalizao?

    Primeiro, porque sempre resistimos a tudo o que novo, que confronta a tradio, que cobra a mudana, a quebra do vcio do status quo. Segundo, porque alguns estados ricos acre-ditam que a federalizao pode lhes prejudicar. Terceiro, porque no ntimo, mesmo inconscientemente, a elite brasileira teme que esse sistema acabe com a proteo que seus filhos tm ao com-prarem uma boa educao, deixando de fora os filhos dos pobres que eram maioria. A experincia mostra que, quando negros e pobres comearam a jogar futebol, o que no era permitido no comeo do sculo XX, sendo a bola redonda para todos e com as mesmas regras, os filhos dos ricos perderam a concorrncia. A educao do filho do rico igual educao do filho do pobre acabar com a proteo que hoje os filhos dos ricos tm graas ao muro das escolas de qualidade. Sejam as particulares, por seu preo, sejam as pblicas federais, pelo sistema de seleo que termina excluindo os filhos das camadas mais pobres. Quarto, porque no Brasil os verdadeiros beneficiados, os pobres, no tm conscincia de que seus filhos tm o direito de seguir uma escola

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    boa como a dos ricos. Quinto, porque os sindicatos de profes-sores, apesar de aceitarem as atuais carreiras federal, estadual e municipal, ainda resistem, talvez por no terem entendido a nova carreira federal diferenciada das estaduais e municipais; e no aceitam a ideia de estabilidade responsvel. Sexto, porque o forte sistema privado de educao teme a concorrncia com o sistema pblico federal universalizado. Stimo, porque os prefei-tos, governadores e seus secretrios querem manter a iluso de que so donos da educao em seus estados, e preferem sacri-ficar a educao de suas crianas a perderem a iluso do poder. Oitavo, porque os filhos dos prefeitos, governadores, deputa-dos, vereadores e senadores e at dos secretrios de educao no estudam em suas escolas pblicas. Nono, porque ainda no apareceu um presidente e um governo federal que priorize edu-cao, tenha a viso de revoluo e longo prazo e seja estadista o suficiente para trazer o problema para si e empolgar o Pas; preferem fechar os olhos, deixando a educao sob os cuidados de pobres prefeitos e governadores. Dcimo, pela falta de ambi-o dos educadores e educacionistas; depois de sculos sofrendo desprestgio e desprezo, nossos professores e seus sindicatos no lutam por grandes metas, nem acreditam que elas sejam viveis, ficam limitados a pequenas reivindicaes, nem sempre atendi-das, mesmo depois de longas greves.

    29. preciso fazer uma reforma constitucional?

    No. A federalizao apenas aumentar o atual nmero de 451 escolas com a meta de ter todas elas federais. A Cons-tituio j prev escolas federais em seu artigo n 211. Mas os estados e municpios devem ter o direito de no aceitar escolas federais, mantendo-se, portanto o artigo n 211 que prev a responsabilidade, no cumprida at hoje, dos entes federativos oferecerem escola de qualidade para seus filhos. Mas, se fosse preciso, no seria a primeira reforma da Constituio. De 1988 at hoje j foram feitas 74 emendas Constituio e h no Con-gresso 1.627 emendas em estudo. H poucos anos foi feita uma

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    Emenda para permitir a reeleio de polticos no Executivo, por-que no fazer uma Emenda para permitir a formao de nossas crianas?

    30. Que Leis sero necessrias?

    Se o Governo Federal deseja fazer a Federalizao, basta usar a Lei de Oramento Anual (LOA) para realocar os R$159 bilhes de recursos necessrios no primeiro ano de implanta-o do Novo Sistema Educacional. Mesmo sem precisar de leis, apresentei ao PNE Plano Nacional de Educao 32 emendas que, se apostadas, permitiriam a federalizao. Algumas delas podem ser vistas pelo Anexo A.

    31. Ser possvel fazer a escola que o Brasil precisa, sem a federalizao?

    A escola de que o Brasil precisa deve ter a mesma qualida-de em todas as partes e isso no possvel sem a federalizao. No atual sistema fiscal, em que os impostos so concentrados na Unio, fica impossvel que municpios e estados ofeream a es-cola de que o Brasil precisa. E a proposta de reforma descentra-lizadora tende a congelar as cidades: que as pobres continuem pobres e as ricas continuem ricas, fazendo com que os estados e municpios pobres no consigam ter as boas escolas de que o Brasil precisa. A descentralizao mantm os pobres pobres e os ricos ainda mais ricos. A alternativa de a Unio repassar recur-sos, como j faz timidamente pelo FNDE, e do FUNDEB, para que estados e municpios invistam livremente na educao, ob-viamente no tm dado os resultados que se espera. A prova so os trgicos indicadores educacionais do Pas. A experincia tem mostrado que esses recursos, alm de serem escassos, porque a responsabilidade da execuo no da Unio, da Presidncia, nem do MEC, no garantem a radical transformao que s a federalizao permitiria.

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    32. A federalizao no contra a descentralizao?

    Descentralizao com desigualdade no descentraliza-o, desigualdade. A descentralizao exige a igualdade de direitos, o caminho para isso a educao de qualidade igual para todos. Por isso, a federalizao da educao um caminho necessrio para uma descentralizao decente.

    33. A federalizao no uma evoluo das conquistas que tm acontecido nos ultimas dcadas na educao?

    um equvoco dizer que a oferta educacional tem piorado no Brasil. As boas escolas pblicas que antes atendiam a um pe-queno nmero de filhos das classes mdias caram de qualidade, mas no conjunto a atual gerao de pobres tem um atendimento melhor do que seus pais, que nem escolas tinham. Mas apesar da melhora, o Brasil tem ficado para trs: o dficit educacional aumenta porque as exigncias de educao tm crescido mais rapidamente do que a melhoria na educao. A qualidade me-lhora lentamente, mas a exigncia de educao no mercado de trabalho e na economia cresce rapidamente. At h pouco tem-po, havia trabalho para pessoas analfabetas, agora exige-se o segundo grau, j se comea a exigir o uso de computadores e o manejo de idiomas estrangeiros. No basta uma evoluo, o Brasil precisa de uma revoluo educacional, e ela no se d por dentro do velho degradado sistema atual. Ao contrrio, ela exige a implantao de um sistema novo, que substitua o velho.

    34. Qual o benefcio e o papel da universidade na fede-ralizao da Educao Bsica?

    O avano na Educao Bsica melhorar a qualidade do aluno que entra na universidade e isso forar uma imediata melhora na qualidade do ensino superior. Ao mesmo tempo, sem a universidade ser difcil formar os novos professores com

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    a qualidade necessria. Mas isso vai exigir uma profunda refor-ma na maneira com a qual a universidade oferece seus cursos de pedagogia e licenciatura.

    35. A federalizao exige estatizao? No. Ao lado do sistema federal pblico haver lugar para o

    setor particular, seja porque h preferncia por educao espe-cial e ela deve ser tolerada; seja porque o setor particular pode ter um papel pblico complementar ao setor estatal, nos moldes das escolas compartidas onde o setor pblico pode comprar va-gas em escolas particulares.

    36. A Federalizao no rompe o Pacto Federativo? A Federalizao no se justifica se o Brasil trata diferente-

    mente suas crianas, conforme a cidade onde elas vivem. Ne-nhum ente federativo deve ter autonomia para pagar mal a seus professores. Prefeito no deve ter o direito de no pagar um bom salrio ao professor, se no tiver dinheiro para isso, pre-ciso substitu-lo como encarregado da manuteno das escolas. Quando um banco est em situao difcil, o Banco Central in-tervm, mas quando uma Escola est em situao degradada, o Governo Federal faz vista grossa. Preocupa-se com os correntis-tas e o dono do banco, no com as crianas e os professores. E o Estado e Municpio preferem deixar crianas fora da escola, ou escolas sem professores. A descentralizao justa passa pela ho-mogeneidade na qualidade da educao oferecida a cada crian-a. O atual pacto federativo brasileiro catico, sem princpios filosficos. Surgiu dos interesses de caciques regionais ainda no tempo das capitanias hereditrias. Continuou no incio da con-solidao da nova nao, sem razes culturais fortes. Depois da Repblica, para manter o poder dividido entre coronis, pre-ferimos ser Estados Unidos a ser Repblica unitria. Quando foi necessrio, essa descentralizao foi usada pelo poder central para beneficiar um Estado sobre outro, como no caso da indus-

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    trializao de So Paulo. Nas ltimas dcadas, passamos a pior de todas as situaes: um centralismo fiscal com descentraliza-o nas responsabilidades. Para no fazer uma reforma fiscal descentralizada, e para atender s necessidades de cada ente federativo, foi criada uma catica colcha de retalhos de captao e distribuio de recursos fiscais. O resultado foi a consolidao de uma Federao perversa: oferece a cada estado e munic-pio o direito de sobreviver com seus poucos recursos e algumas ajudas do governo central. A descentralizao condenaria cada estado e municpio pobre a sobreviver pobremente com seus prprios recursos. O pacto federativo exige uma filosofia moral: toda criana brasileira, independente do ente federativo onde nasceu e vive, receber do poder pblico o mesmo valor para sua Educao Bsica.

    A sada a centralizao por parte da Unio da responsabi-lidade de aes do interesse de cada cidado e cidad, brasileiro ou brasileira, centralizando a educao para fazer a descentra-lizao com justia. Dentre as centralizaes para a descentrali-zao com justia, a principal a educao: cada criana com os mesmos recursos para sua educao independentemente de seu municpio e de sua famlia. Um pacto federal tico e ao mesmo tempo do interesse nacional.

    37. Quem executar a Federalizao? O governo federal o nico ente capaz de conduzir a fede-

    ralizao. Para isso, o governo dever transformar o MEC em Mi-nistrio da Educao Bsica, deixando a gesto do ensino supe-rior para um novo ministrio, ou a cargo do Ministrio de Cincia e Tecnologia. Alm desta mquina gerencial, o Governo Federal precisar criar uma Secretaria Presidencial para a Proteo das Crianas e Adolescentes, nos moldes das Secretarias de gnero, de raa e de juventude.

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    38. O que j foi feito pela Federalizao?

    A Federalizao, como aqui proposta, como meta, jamais foi tentada no Brasil. Mas ao longo dos anos, diversas aes ca-minharam timidamente nesta direo. So programas que tm eficincia, como FUNDEF, Merenda Escolar, Livro Didtico, am-pliao do nmero de Escolas Federais, Piso Salarial dos Profes-sores, FUNDEB. Pelas ltimas dcadas, percebe-se que, apesar de positivos, no tiveram impacto nas mudanas de que o Brasil precisa em educao. Mas so os programas federais, como Me-renda Escolar e Livro Didtico, que melhor funcionam no siste-ma.

    39. Porque a federalizao no foi feita em 2003, quando voc foi ministro?

    A Federalizao um projeto de longo prazo, 20 anos, e de toda a Nao, a ser liderado pelo Presidente da Repblica com o envolvimento de todo o governo e com o apoio do Congresso e da sociedade civil. Nenhum ministro tem poder para executar qualquer projeto que no tenha o envolvimento da Presidncia da Repblica. Ainda menos em 12 meses no cargo e com um oramento herdado do governo anterior. Desde o incio de seu governo, Lula teve a clara opo de atender ao Ensino Superior, que assegura mais votos, do que a Educao Bsica, deixando-a entregue aos municpios. Essa posio no mudou em 10 anos.

    Mesmo assim, eu tentei. Embora sem apoio do conjunto do Governo, e trabalhan-

    do com um oramento importado do governo anterior, executei aes e projetos e elaborei Exposies de Motivos que a Presi-dncia da Repblica poderia ter transformado em Projetos de Lei, Medidas Provisrias e Emendas Constituio, conforme apresentado no Anexo A.

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    40. O que voc vem fazendo pela Federalizao como Se-nador?

    Entre os 143 Projetos de Lei e Reformas Constituio que apresentei, pelo menos 75 se referem ideia de Federalizao (10 se transformaram em Lei, 55 esto tramitando entre o Se-nado Federal e Cmara dos Deputados, 11 foram arquivados) conforme Anexo B.

    41. J levou a ideia da Federalizao s autoridades fe-derais?

    Alm do esforo, como ministro no primeiro ano do governo Lula, no dia 08 de julho de 2011 apresentei um documento Presidenta Dilma Rousseff (Anexo D), no qual o caminho para a Federalizao detalhado como um resumo do livro Educao a Soluo: Possvel (Anexo D).

    42. Escola igual para todos no uma utopia impossvel?

    Mais utpica era no sculo XIX a proposta de abolio da escravatura. Por 350 anos, dizer que os negros teriam os mes-mos direitos dos brancos era muito mais utpico do que hoje dizer que os pobres possam ter as mesmas escolas que os ricos. A atual dinmica social, cultural, econmica, cientfica e tecnol-gica exige que isso seja feito, tanto quanto a revoluo industrial exigiu o fim da escravido. Dentro de algum tempo, as pesso-as se horrorizaro tanto ao lembrarem que houve um passado (hoje) onde a escola era diferenciada por classe, quanto ns nos horrorizamos quando lemos os relatos de como era a sociedade brasileira durante a escravido. Quando esse tempo chegar, ns, de hoje, coniventes com a desigualdade educacional, seremos vistos como ns, no sculo XXI vemos os escravocratas de antes.

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    Anexo A Emendas Apresentadas ao Plano Nacional de Educao PNE Vinculadas Ideia da Federalizao

    1. Instituir a nova Carreira Nacional do Professor, com exi-gncia de dedicao exclusiva e avaliaes peridicas e remu-nerao mensal de R$ 9.500 (nove mil e quinhentos reais), em valores de 2012.

    2. Instituir programa de concesso de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas pblicas de educao bsica realizem estudos de imerso e aperfeioamento nos pa-ses que tenham como idioma nativo as lnguas que lecionem.

    3. Estabelecer o nmero mximo de trinta alunos por turma e por professor, nos ensinos fundamental e mdio, de forma a garantir condies adequadas para o processo de ensino-apren-dizagem.

    4. Assegurar apoio tcnico e financeiro da Unio s cidades selecionadas para implantao do Novo Sistema Educacional Brasileiro.

    5. Implantar escolas federais, com padro de excelncia nas edificaes e no mobilirio escolar, nos laboratrios, equipa-mentos esportivos e culturais, bem como com a adoo de sis-temas de Tecnologias de Informao e Comunio (TICs), jogos interativos e materiais pedaggicos de ponta.

    6. Iniciar a implantao da escola de tempo integral em to-das as escolas de 250 cidades de porte mdio criteriosamente selecionadas com apoio financeiro, tcnico e padres de fun-cionamento definidos pela Unio, com o objetivo de estabelecer padro de qualidade ideal para as escolas brasileiras, com ges-to descentralizada e liberdade pedaggica.

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    7. Garantir padro de qualidade na educao bsica ofere-cida pelas instituies pblicas e privadas de ensino, mediante a criao de sistema de inspeo nacional, que acompanhe e avalie o desempenho das escolas, como condio para sua au-torizao de funcionamento.

    8. Construir bases para a cooperao na produo criativa, articulando universidades, centros de pesquisa e o setor produti-vo.

    9. Fortalecer o entorno social favorvel ao conhecimento erradicao do analfabetismo e fortalecimento da educao de jovens e adultos, construir e implantar teatros e cinemas, etc.

    10. Criar centros de referncia em redes de pesquisa sobre educao.

    11. Ampliar a participao dos pais e mes no ambiente escolar, instituindo a exigncia de que os beneficirios de pro-gramas federais de transferncia de renda participem de pelo menos uma reunio semestral na escola dos filhos, como condi-o para a permanncia nesses programas.

    12. O poder pblico instituir, em lei especfica, o Sistema Nacional de Conhecimento e Inovao (SNCI), responsvel pela articulao entre as instncias administrativas e setoriais a serem acionadas para a efetivao das diretrizes, metas e estratgias do Plano Nacional de Educao, Conhecimento e Inovao.

    13. Criar o Fundo do Petrleo para Formao de Poupana, Educao Bsica e Inovao - FUNPEI. A emenda destina para o FUNPEI o produto da arrecadao dos royalties e da participao especial incidentes sobre a explorao de petrleo e gs natural demais hidrocarbonetos fluidos.

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    Anexo B Aes no MEC em 2003, dentro da perspectiva de Federalizao da Educao Bsica:

    I. Aes Executadas que faziam parte do processo de Fede-ralizao de Educao Bsica:

    1. Ponto de Partida da Federalizaoa. Em 2003, o Programa Escola Bsica Ideal, iniciou a im-

    plantao de um sistema federal ideal de educao bsica, por cidade, em 28 pequenas cidades.

    b. A Secretaria para a Erradicao do Analfabetismo e o Pro-grama Brasil Alfabetizado foram implantados com o propsito de erradicar o analfabetismo. Ao longo do ano, at 3 milhes de pessoas tiveram aula de alfabetizaes.

    2. Aes visando valorizao do professor como car-ro-chefe da revoluo da educao bsica no Brasil, vincu-lada sua qualificao:

    a. Criao do Exame Nacional de Certificao de Professor - exame anual, com o objetivo de incentivar o aperfeioamento profissional dos professores e garantir qualificao uniforme em todo o Pas. Isso equivaleria concesso de um selo de qualifi-cao federal a cada professor brasileiro, fosse ele da rede esta-dual ou municipal de ensino.

    b. Lanamento do programa de Certificao Federal de Pro-fessores certificao outorgada pelo Governo Federal a profes-sor da educao bsica que se submetesse ao exame nacional.

    c. Criao da Rede Nacional de Centros de Pesquisas e De-senvolvimento da Educao - rede composta por universidades e outras instituies, criada para a formao continuada de pro-fessores das redes pblicas de ensino.

    d. Bolsa Federal de Incentivo Formao do Professor - gra-tificao a ser paga ao docente que obtivesse certificao no Exame Nacional de Professores, e que aumentaria em at 30% seus vencimentos.

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    e. Iniciao e atualizao do Censo dos Professores da Edu-cao Bsica para identificar demandas dos professores e colher opinies sobre programas de formao.

    f. Financiamento compra de computadores por professo-res.

    g. Lanamento do programa para compra de casa prpria para professores dos municpios atendidos pelo Programa Escola Bsica Ideal, financiado com apoio da CEF.

    h. Criao do Piso Nacional do Salrio do Professor. i. Programa para a distribuio de 1,5 milho de livros a

    725 mil professores de todos os estados da federao. j. Implantao do estgio docncia para 24 mil bolsistas da

    Capes, na rede oficial pblica de Ensino Mdio, para enfrentar a falta de professores no Ensino Mdio, principalmente de Qumi-ca e Fsica.

    3. Outras aes relacionadas Federalizao de Educao Bsica

    a. Criao da Secretaria Federal de Incluso Educacional, para combater e superar as mais diversas desigualdades educa-cionais, promovendo a identificao, a busca, o ingresso, o re-gresso e a permanncia de crianas e adolescentes nas escolas.

    b. Ampliao do controle da frequncia escolar dos alunos beneficiados pela Bolsa-Escola, conscientizando os municpios da importncia dessa exigncia legal.

    c. Elaborao e lanamento do Mapa da Excluso, que iden-tificou 1,5 milho de crianas e adolescentes fora da escola em todos os municpios, e iniciou o Programa Escola de Todos, para incluir 100% da populao de 7 a 14 anos na escola para que todas fossem matriculadas, com o apoio da Secretaria da Inclu-so Educacional, criada no mesmo ano.

    d. Lanamento do Programa Educao Inclusiva: Direito Diversidade, para implantar nos sistemas de ensino uma educa-o inclusiva.

  • 30

    e. Fortalecimento da Educao a Distncia como estratgia de universalizao e melhora da qualidade do ensino no futuro.Criao do Instituto Nacional de Educao Aberta e a Distncia - Darcy Ribeiro, dando a professores e alunos acesso a tecnologias e ferramentas de ensino e de formao continuada.

    f. Desenvolvimento e lanamento da TV Escola Digital In-terativa. A tecnologia foi desenvolvida pelo MEC, e a patente registrada em nome do Governo Federal.

    g. Elevao em 20% do nmero de escolas conectadas In-ternet, com instalao de 1.800 antenas em escolas de regies de grande excluso social, para conexo de Internet de alta ve-locidade, como parte do programa Computador na Escola.

    h. Inicio da implantao de um novo sistema de Ensino M-dio Tcnico, para ampliar o acesso ao Ensino Mdio e tornar o Ensino Profissionalizante acessvel a todos nas Escolas Tcnicas Federais. Inaugurao de 7 Centros de Educao Profissional em 2003, iniciados pelo governo anterior durante a Administrao do ministro Paulo Renato de Souza, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Par, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

    i. Implementao do Programa Nacional do Livro Didtico para o Ensino Mdio;

    j. Extenso do Programa Nacional de Alimentao Escolar s creches e aos alunos do Ensino Mdio;

    k. Definio do Padro Nacional das Escolas Pblicas;l. Incio da recuperao, ampliao e melhoria das condi-

    es fsicas de 132 mil escolas;m. Construo de mdulos sanitrios em todas as 22

    mil escolas que ainda no dispunham de banheiros; eletrificao de todas as 30 mil escolas pblicas que no possuam energia eltrica;

    n. Recursos para adquirir equipamento pedaggico para as escolas e fornecer livro didtico a todo o Ensino Mdio;

  • 31

    II. Propostas de Decretos, Projetos de Lei, Portarias Presi-denciais

    Apresentao de Decretos, Projetos de Lei e Portarias que se adotados teriam mudado realidade da educao no Brasil. Mui-tos desses instrumentos legais foram aprovados e publicados no Dirio Oficial, entre Janeiro de 2003 e em Janeiro de 2004. Ou-tros tramitavam em rgos do governo no incio de 2004, alguns ainda se encontravam em fase de estudos. A seguir destacam-se alguns deles:

    1. Decretos Presidenciaisa. Instituir Grupo de Trabalho Interministerial com a

    finalidade de avaliar propostas, propor diretrizes e medidas para implantao do Sistema Brasileiro de TV Digital.

    b. Instituir Grupo de Trabalho Interministerial encar-regado de analisar a proposta de criao e implementao do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica - FUNDEB em substituio ao atual Fundo de Ma-nuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio FUNDEF.

    c. Criar o Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensi-no Superior, para receber jovens estrangeiros oriundos da frica, dando-lhes oportunidade de acesso a Instituies de Ensino Superior brasileiras.

    d. Criar o Programa Brasil Alfabetizado, instituir a Co-misso Nacional de Alfabetizao e a Medalha Paulo Frei-re, a ser concedida a especialistas e instituies que se des-tacarem na tarefa de abolir o analfabetismo no Brasil.

    2. Portarias Ministeriais a. Criar um Grupo de Coordenao para propor as

    aes de valorizao e formao do professor, estudar e propor discusses e aes sobre piso salarial, carreira e be-nefcios sociais.

    b. Instituir o Sistema Nacional de Certificao e For-mao Continuada de Professores.

  • 32

    c. Criar o Conselho Nacional de Gesto das Polticas de Educao Bsica com a finalidade de promover a arti-culao e facilitar o regime de colaborao entre Unio, Estados e Municpios.

    d. Aprovar o Programa Nacional do Livro do Ensino Mdio PNLEM.

    e. Dispor sobre a criao, atribuies e funcionamen-to do Frum Nacional de Educao Profissional e Tecnol-gica.

    f. Estabelecer a reedio do acervo do Programa Na-cional Biblioteca da Escola-1998, dentro da ao especfica denominada Biblioteca do Professor, para atender aos pro-fessores do ensino bsico pblico.

    g. Institucionalizar o Programa da Escola Bsica Ideal, com abrangncia nacional.

    3. Exposies de Motivos enviadas para a Casa Civil da Presidncia da Repblica contendo:

    a. Proposta de Emenda Constitucional para modificar o FIES Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Su-perior, incluindo a concesso de bolsa de estudo; com priori-dade para alunos de curso de licenciatura.

    b. Proposta de Emenda Constitucional para substi-tuir o FUNDEF Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio pelo FUNDEB Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educa-o Bsica, redistribuindo recursos transferidos aos municpios para a financiar a incluso de alunos da educao infantil e do ensino mdio e valorizar os profissionais de educao do ensino bsico.

    c. Projeto de Lei para alterar o programa Bolsa-Esco-la.

    d. Projeto de Lei para alterar a lei 9.424, permitindo que a modalidade de Educao de Jovens e Adultos do Ensi-no Fundamental seja contemplada com recursos do FUNDEF, promovendo o direito educao a 2,7 milhes de alunos.

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    e. Projeto de Lei para estabelecer piso salarial para os educadores pblicos que cumprem jornada de trabalho de 40 horas semanais e possuem habilitao em nvel mdio ou superior;

    f. Projeto de Lei para criar a UNAB Universidade Aberta do Brasil (posterior apresentada como INEAD) para ampliar e democratizar as oportunidades de acesso educa-o superior em instituio pblica via educao distncia.

    g. Projeto de Lei para criar um fundo de investimento para financiar o Programa de Incentivo Concluso da Edu-cao Bsica Poupana Escola, que prev o depsito de be-nefcio financeiro em nome do aluno que concluir, com apro-veitamento, os nveis de ensino fundamental e mdio.

    h. Decreto Presidencial para garantir vaga em creche ou pr-escola da rede pblica de ensino, j a partir do segun-do semestre letivo de 2004, a toda criana no momento em que completar quatro anos de idade, como forma de reduzir a pobreza, melhorar os ndices de alfabetizao e desempenho no ensino fundamental.

    i. Decreto Presidencial para estabelecer a extenso progressiva da obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Mdio a partir de 2004. Lei N 12.061, de 27 de outubro de 2009 - Universalizao do Ensino Mdio.

    III. Encontravam-se ainda no Ministrio da Educao, em fase final de estudos, para serem encaminhados Casa Ci-vil, textos de projetos de leis portarias, decretos, versando sobre diversos temas com correlao no processo de Fede-ralizao.

    1. Criao do Sistema Federal de Educao do Brasil 2. Lei de Responsabilidade da Famlia na Educao 3. Lei de Regulamentao do Sistema para a Educao de Jovens e Adultos4. Lei de Assistncia Educacional Primeira Infncia5. Lei da Obrigatoriedade da Mdia no Sistema Federal de Educao do Brasil

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    6. Lei Orgnica do Sistema de Educao Profissional, incluin-do a criao do 4 ano do Ensino Mdio7. Lei Orgnica do Sistema de Ensino Superior e Lei de In-gresso na Universidade - Novo Sistema de acesso para substi-tuir o vestibular, ao longo do Ensino Mdio.8. Lei do Direito Alfabetizao9. Lei de Incluso de Portadores de Deficincia no Sistema Educacional 10. Lei de Gratuidade de Linhas Telefnicas para uso de Inter-net pelas Escolas11. Criao da Coordenao de Aperfeioamento dos Profes-sores de Ensino Mdio e Profissional 12. Criao do Conselho de Gesto da Educao Bsica13. Criao da Cmara de Educao distncia14. Sistema Nacional e Permanente para Valorizao do Pro-fessor15. Sistemtica para a Proposta de Troca da Dvida por Bolsa Escola 16. Estruturao do Sistema Nacional de Financiamento da Educao17. Regularizao da lei de LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais18. Reforma do CNE19. Projeto Uni-Povos20. Proposta Sistemtica de Elaborao do Oramento tico 21. Lei de Garantia de Vaga para Professores da Educao Bsica na Universidade22. Projeto de Lei para garantir vaga na escola pblica mais prxima de casa a toda criana no dia em que completasse quatro anos de idade. 23. Lanamento do programa de Ampliao do Atendimento Escolar para aumentar a escolaridade obrigatria de oito para nove anos, atendendo crianas a partir dos seis anos de idade. 24. Garantia do aumento do valor do FUNDEF.25. Projeto de Lei para implantao do FUNDEB. 26. Lanamento do programa de apoio Construo de Siste-

  • 35

    mas Estaduais de Avaliao da Educao Bsica.27. Ampliao do Sistema de Avaliao da Educao, in-cluindo dados relacionados a raa, violncia e desempenho dos alunos atendidos pelo Bolsa-Escola, visando aprimorar o atendimento populao socialmente excluda.

    Anexo C Aes no Senado, desde 2004, dentro da pers-pectiva de Federalizao de Educao Bsica:

    I. Leis j Sancionadas em vigor

    PLS-59/04 Autoriza o Poder Executivo a instituir o Piso Sa-larial Profissional dos Educadores Pblicos. Transformado na Lei 11.738/2008 sancionada em 17/07/2008.

    PLS-03/06 Assegura vaga na escola pblica mais prxima de sua residncia a toda criana a partir dos quatro anos de idade. Transformado na Lei 11.700/2008 sancionada em 13/06/2008.

    PLS06/06 Assegurar o acesso de todos os interessados ao ensino mdio pblico. Transformado na Lei 12.061/2009 sancio-nada em 27/10/2009.

    PLS-217/06 Autoriza a instalao de salas de aulas nos presdios. Transformada na Lei 12.245/2010 sancionada em 24/05/2010.

    PLS-218/06 Determina s instituies de ensino obrigato-riedade no envio de informaes escolares a pais ou respon-sveis no. Transformada na Lei 12.013/2009 sancionada em 06/08/2009.

    PLS-265/06 Institui a hiptese de remio de pena pelo estudo. Transformada na Lei 12.433/2011 sancionada em 29/06/2011.

    PLS-539/07 Institui o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Literatura. Transformada na Lei 11.899 sancionada em 08/01/2009.

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    PLS-332/08 Institui o Dia Nacional do Piso Salarial dos Pro-fessores, a ser celebrado, anualmente, em 23 de maro. Trans-formado na Lei 11.738/2008 sancionada em 16/07/2008.

    PLS-306/09 Institui o Dia Nacional do Compromisso com a Criana, o Adolescente e a Educao - institudo o dia 21 de novembro como o Dia Nacional do Compromisso com a Criana, o Adolescente e a Educao. Transformada na Lei 12.685/2012 sancionada em 19/07/2012.

    PLS-170/10 Institui a Semana Nacional da Educao Infan-til, a ser celebrada anualmente na semana de 25 de agosto, data esta que passa a ser comemorada como o Dia

    Nacional da Educao Infantil, em homenagem Dra. Zil-da Arns. Transformada na Lei 12.602/2012 sancionada em 13/04/2012.

    II. Projetos de Lei em andamento:

    PLS-60/04 Institui o Programa de Incentivo Concluso da Educao Bsica - Poupana Escola e d outras providncias.

    PLS-145/05 Permite abater dvida dos Estados e Municpios com a Unio, at 20%, desde que os recursos liberados sejam aplicados na educao.

    PLS-182/05 Define como crime de responsabilidade dos pre-feitos e vereadores, a aplicao indevida de recursos do PNAE - Programa Nacional de Alimentao Escolar que impliquem na suspenso do oferecimento da merenda escolar.

    PLS-375/05 Estabelece normas gerais de organizao, fun-cionamento e avaliao da educao superior.

    PLS-144/07 Garante aos cidados seus direitos em relao educao escolar bsica, mediante responsabilizao dos ges-tores pblicos e das famlias.

    PLS-204/07 Autoriza o Poder Executivo a criar o Programa de Apoio ao Estudante da Educao Bsica (PROESB).

    PLS-223/07 Torna crime hediondo a conduta de peculato in-

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    cidente sobre bens e valores destinados educao e sade.

    PLS-433/07 Dispe que as licenas peridicas dos profissio-nais da educao tenham a durao mnima de um ano e sejam concedidas pelos sistemas de ensino a cada sete anos de traba-lho.

    PLS-449/07 Inclui a participao dos pais em reunies esco-lares como condio adicional para o recebimento de benefcio do Programa Nacional de Renda Mnima vinculado educao - Bolsa Escola.

    PLS-480/07 Determina a obrigatoriedade de os agentes p-blicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas pblicas at 2014.

    PLS-530/07 Condiciona a amortizao de dbito junto ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), pelo estudante financiado, obteno de rendimentos pessoais sujeitos tributao pelo imposto de renda das pessoas fsicas.

    PLS-540/07 Prev a responsabilizao dos gestores munici-pais que descumprirem deveres de natureza educacional.

    PLS-638/07 Dispe sobre a capacitao de profissionais da educao bsica na identificao de efeitos decorrentes de maus-tratos e de abuso sexual praticados contra crianas e ado-lescentes.

    PLS-04/08 Institui o regime de dedicao exclusiva para os profissionais da educao bsica pblica, e d outras providn-cias.

    PLS-09/08 Institui o Programa de Preservao de Idiomas Indgenas Brasileiros, e d outras providncias.

    PLS-20/08 Concede iseno do Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) incidente sobre veculos para transporte cole-tivo de estudantes, quando adquiridos por Prefeituras Municipais e pelo Distrito Federal, bem como por profissionais autnomos e suas cooperativas habilitados e dedicados exclusivamente ao transporte escolar.

  • 38

    PLS-27/08 Dispe sobre incluso facultativa do ensino do Esperanto no ensino mdio.

    PLS-28/08 Institui a licena para capacitao profissio-nal.

    PLS-31/08 Inclui no currculo oficial da Rede de Ensino te-mtica Histria e Cultura Indgena Brasileira - facultativo, e d outras providncias.

    PLS-137/08 Veda o uso de lema escrito na bandeira nacio-nal caso at l no seja erradicado o analfabetismo absoluto no Pas.

    PLS-138/08 Permite a deduo do Imposto de Renda da Pes-soa Fsica de despesas para custeio de educao de menores carentes.

    PLS-185/08 Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, para obrigar a exibio de filmes e audiovisuais de produo nacional nas escolas da educao bsica.

    PLS-186/08 Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, para dispor sobre a avaliao na educao indge-na.

    PLS-191/08 Cria a Agncia Federal para a Coordenao da Segurana Escolar, destinada a apoiar o intercmbio de expe-rincias, fiscalizar, cobrar e coordenar o trabalho de segurana desenvolvido pelas polcias estaduais e do Distrito Federal e por outros rgos locais, pelas secretarias de educao, por profes-sores, alunos e servidores, com a finalidade de garantir seguran-a em torno das escolas e a paz na sala de aula.

    PLS-254/08 Permite que o desconto da contribuio patro-nal do imposto de renda das pessoas fsicas, previsto na Lei n 9.250, de 26 de dezembro de 1995, seja feito em dobro quando o empregado domstico frequente instituio de ensino.

    PLS-256/08 Cria Centros de Pesquisa e de Desenvolvimento da Educao nas instituies federais de educao superior.

    PLS-257/08 Cria a Agncia Federal para a Avaliao Escolar,

  • 39

    destinada a implementar processos de avaliao da educao bsica e controlar, vigiar e fiscalizar os gestores do sistema edu-cacional.

    PLS-258/08 Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, para incluir, entre as finalidades da educao superior, seu envolvimento com a educao bsica.

    PLS-319/08 Cria o dcimo - quarto salrio dos profis-sionais da educao da rede pblica e d outras providn-cias.

    PLS-320/08 Cria o Programa Federal de Educao Integral de Qualidade para Todos e a Carreira Nacional do Magistrio da Educao Bsica.

    PLS-321/08 Cria a Escola Nacional de Gestores Educacio-nais (ENGE) e autoriza o Poder Executivo a dispor sobre o seu funcionamento.

    PLS-322/08 Assegura aos professores concursados das redes pblicas de educao bsica acesso a cursos superiores de peda-gogia e outras licenciaturas, sem necessidade de exame vestibu-lar.

    PLS-06/09 Estabelece que, aps os idosos, os professores tero prioridade para

    PLS-08/09 Adota medidas de estmulo liquidao ou re-gularizao de dvidas originrias do FIES, usando os mesmos critrios da Lei n 11.775/08 (dvidas originrias de operaes de crdito rural e de crdito fundirio).

    PLS-286/09 Altera para Programa Bolsa Escola o nome do Programa Bolsa Famlia

    PLS-287/09 Altera para Programa Bolsa Escola o nome do Programa Bolsa Famlia

    PLS-481/09 Determina a instalao de qua-dras esportivas e locais apropriadas para a prti-ca dos esportes olmpicos nas escolas da educao bsi-ca.

  • 40

    PLS-518/09 Transforma o Ministrio da Educao em Minis-trio da Educao Bsica.

    PLS-525/09 Institui as condies mnimas nacionais para a construo, adequao e equipamento pedaggico de estabele-cimentos escolares de educao bsica.

    PLS-532/09 Determina que os concursos pblicos para in-gresso na carreira de magistrio garantam a reserva de 5% (cin-co por cento) das vagas por disciplina.

    PLS-02/10 Institui o royalty-criana e cria o Fundo Nacio-nal da Educao Bsica - FNEB, e d outras providncias.

    PLS-325/10 Institui o Piso Salarial profissional nacional para os profissionais do magistrio pblico da educao bsica, para introduzir critrio de reajuste anual de seu valor.

    PLS-510/11 Dispe sobre o funcionamento de estabeleci-mentos pblicos de educao infantil durante as frias escolares.

    PLS-594/11 Dispe sobre a alquota e destinao dos re-cursos arrecadados com a explorao do petrleo, gs natural e demais hidrocarbonetos fludos extrados sob o egime de parti-lha ou sob o regime de concesso na rea do pr-sal e em reas ainda no contratadas e cria o Fundo do Petrleo para Formao de Poupana, Educa Bsica e Inovao - FUNPEI.

    PLS-114/12 Incorpora o IDEB nos critrios de distribuio do Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal FPE.

    PLS-168/12 Institui o exerccio social da profisso para ga-rantir emprego e exigir prestao de servio dos graduados em medicina que obtiveram seus diplomas em cursos custeados com recursos pblicos, em instituies pblicas ou privadas.

    PLS-189/12 Estabelece penalidades para os pais ou res-ponsveis que no comparecerem s escolas de seus filhos para acompanhamento do desempenho deles.

    PLS-224/12 Obriga beneficirios de bolsas de estudos de programas da Unio a prestarem colaborao a estabelecimen-tos pblicos de educao bsica.

  • 41

    PLS-344/12 Determinar que sejam oferecidos no mbi-to das instituies de ensino superior e obrigatrios nas uni-versidades pblicas, por meio de aes presenciais e a distn-cia.

    III. Emendas Constituio:

    PEC 48/07 Contedo Mnimo para Educao Bsica - Altera o art. 210 da Constituio Federal, para fixar contedos mnimos para o ensino fundamental e mdio, e assegurar formao bsi-ca comum e respeito aos valores culturais e artsticos, nacionais e regionais.

    PEC 80/07 Pronunciamento Anual do Presidente da Repbli-ca - Dispe sobre pronunciamento anual do Presidente da Re-pblica para tratar da importncia da educao e das metas a serem alcanadas no ano.

    PEC 94/07 DRU de Impostos para Educao - Altera o art. 212 da Constituio Federal, para vedar a desvinculao da receita resultante de impostos destinada manuteno e ao desenvolvimento do ensino.

    PEC 95/07 Ensino em Tempo Integral (Recursos de Natureza Financeira) - Altera o Ato das Disposies Constitucionais Tran-sitrias, para dispor sobre a vinculao de recursos da contribui-o provisria sobre movimentao ou transmisso de valores e de crditos de natureza financeira implantao do ensino de tempo integral nos municpios brasileiros.

    PEC 24/08 Educao Dever dos Meios de Comunicao - D nova redao ao art. 205 da Constituio Federal, para deixar expresso que a educao dever tambm dos meios de comunicao social.

  • 42

    Anexo D Carta Presidenta Dilma

    Ofcio GSCB N 07-127/2011

    Braslia-DF, 8 de julho de 2011.

    Sua Excelncia a Senhora DILMA ROUSSEFFPresidente da Repblica Federativa do BrasilPalcio do Planalto70.064-900 Braslia/DF

    Senhora Presidenta,

    1. Apesar dos esforos e resultados de todos os ministros e governos dos ltimos 20 anos, as exigncias educacionais do mundo moderno crescem mais rapidamente do que nossa edu-cao evolui: a brecha cresce. Todos reconhecem que esse o maior impedimento para o Brasil seguir em frente.

    A simples evoluo no ser suficiente para atender s ne-cessidades educacionais do Brasil no sculo XXI, quando a edu-cao o bero tanto da igualdade social quanto do progresso econmico. Mais do que evoluo, ser necessrio um salto que no ocorre em pouco tempo em um pas, mas s ocorre se for imediatista de cada cidade.

    A ideia de que lhe falei, durante almoo no dia 28/06/2011, consiste em dois movimentos: (a) fazer uma revoluo em cida-des pr-escolhidas - Cidades com Escola Bsica Ideal (CEBI); e (b) avanar na qualidade de todo o Sistema Educacional Vigente (SEV).

    Todas as escolas do Brasil seriam melhoradas, ao mesmo tempo que todas as escolas de determinadas cidades sofreriam radical revoluo: teriam seus professores selecionados pelo Governo Federal, com carreira nacional; com salrios atraentes, com regime especial de formao e exigncias especficas de de-dicao; os prdios seriam reconstrudos e receberiam os mais

  • 43

    modernos equipamentos pedaggicos; todas as crianas teriam pelo menos seis horas de atividade escolar por dia. O resultado seria que, de imediato, o ensino nessas cidades teria a qualidade dos pases mais avanados. Uma espcie de CIEP mais moderno, por cidade, no por unidade escolar. Em um perodo de cerca de 20 anos, as CEBIs poderiam chegar a todo o territrio nacional.

    2. O custo desta proposta funo do nmero de novas CE-BIs implantadas a cada ano. Sugiro, no primeiro ano, atender 3,5 milhes de crianas em 200 cidades pr-selecionadas, com populao mdia de 70 mil habitantes, a um custo de R$9.000 por aluno, e custo total de R$ 40,3 bilhes. Neste custo est includo o salrio da Carreira Nacional de R$9.000/ms - equi-valente ao salrio pago em pases como Coreia do Sul, Finlndia e Chile - para 120 mil novos professores, alm do custo da nova infraestrutura de ponta associada ao ensino de qualidade. Nesse mesmo ano, todo o SEV tambm daria um salto, seria um Novo--SEV, graas elevao do salrio mdio de todos os professo-res, dos atuais R$ 1.527, para R$ 4.000, com um novo regime de formao e dedicao e gastos com infraestrutura capazes de disseminar o horrio integral em todas as cidades, o custo adi-cional seria de R$ 118,7 bilhes.

    Em um ritmo mais lento, este custo poderia ser bastante me-nor.

    Nos anos posteriores ocorreria a ampliao das CEBIs, subs-tituindo a cobertura do Novo-SEV at a revoluo chegar a to-das as cidades, todas as escolas, todas as crianas do Brasil. Na medida em que aumenta o nmero de alunos e o custo para as CEBIs, o sistema tradicional vai sendo encolhido, at zerar. Te-remos feito a Revoluo Republicana na Educao, dado o salto que outros pases do nosso porte j fizeram.

    3. As cidades poderiam ser escolhidas com base em crit-rios como: (i) tamanho cidades de porte pequeno; (ii) histria cidades com alguma tradio educacional; (iii) compromisso cidades cujos prefeitos e governadores apresentem histria de compromisso com educao e vontade de participar do financia-mento dessa Revoluo Educacional.

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    Como pode ser visto no quadro e nos grficos em anexo, o custo da Revoluo Republicana na Educao, daqui a 20 anos no seu ltimo ano de implementao, quando todo o novo sis-tema de Educao Bsica tiver substitudo o sistema tradicional vigente , ser de 6,4% do PIB (assumindo conservadoramente o crescimento do PIB em 3% ao ano). Descontando os gastos atuais com a Educao Bsica (3,04% do PIB), o custo lquido da revoluo ser de 3,36% do PIB. O custo total dessa revoluo (incluindo os gastos com o Ensino Superior) seria de apenas 7,1% do PIB. Esse custo est perfeitamente dentro das possibilidades da economia brasileira, quando se compara no apenas com o PIB, mas tambm com outros dados da economia brasileira em 2010: a receita total do setor pblico (Unio, Estados/DF, Mu-nicpios) atingiu R$ 1.350 bilhes; o desembolso do BNDES foi de R$ 168,4 bilhes; os investimentos do Setor Produtivo Estatal (incluindo Petrobras e Eletrobras) chegaram a R$ 81,5 bilhes.

    Cabe lembrar, Senhora Presidenta, que o peso dos custos ser bastante menor ao longo dos anos, se levarmos em conta o impacto da educao sobre a taxa de crescimento do PIB, como tambm pela reduo quase automtica nos custos dos progra-mas sociais. um dado plenamente reconhecido, inclusive pelo IPEA, que investir em educao apresenta um elevado retorno econmico, social, financeiro e fiscal. A Revoluo na Educao traria um retorno muitas vezes superior a esses investimentos supracitados, no apenas do ponto de vista da dignidade, da eficincia, da justia, mas tambm das Finanas Pblicas nacio-nais. Certamente, o financiamento da Revoluo Educacional se beneficiar do aumento no PIB que ela induzir.

    4. Nossa evoluo mais lenta do que o aumento nas exi-gncias e a consequncia o aumento na brecha educacional que hoje caracteriza um verdadeiro apago intelectual, em um pas que tem a 7 economia mundial. Daqui para frente, essa brecha vai ameaar o prprio sistema econmico, que por falta de inovao se ver impedido de ingressar na Economia do Co-nhecimento como um sistema criador e produtor de bens de alta tecnologia. A falta de educao provocar um atraso econmico,

  • 45

    e distribuda desigualmente, termina sendo o bero da desigual-dade.

    A continuidade de um Brasil democrtico, justo, eficiente, com presena internacional, vai depender de um salto na edu-cao brasileira. Como fizeram no passado os pases hoje de-senvolvidos e pases como Coreia do Sul, Irlanda, Espanha, Cin-gapura e outros que, h poucos anos, estavam atrs do Brasil e hoje nos superam, em muito, na renda per capita, na equidade, na produo de bens de alta tecnologia.

    5. Senhora Presidenta, apresento estas sugestes em respos-ta sua manifestao de interesse e ao seu entusiasmo ao falar nos resultados das recentes olimpadas de matemtica e do de-sempenho especial dos alunos das escolas federais. As 300 esco-las federais tm a melhor mdia do IDEB entre todos os segmen-tos da Educao Bsica. Esta proposta consiste em universalizar, com qualidade ampliada, essas 300 escolas a todo o territrio nacional, em um prazo de 20 anos.

    A histria lhe deu a chance de ser a lder da construo des-se novo Brasil. Com esta carta, respondendo a seu pedido, espe-ro dar um pequeno gro de contribuio na imensa tarefa que lhe cabe. Os CIEPs do Brizola falharam ao focar na unidade escolar e na arquitetura, e no na cidade inteira: nos profes-sores, no contedo e nos equipamentos. Ao trocar o enfoque por escola em enfoque por cidade, a ideia da CEBI deixar uma marca definitiva.

    Mas tambm, Senhora Presidenta, fao esta proposta por sentir seu compromisso com uma nao sem misria, por seu slogan Pas Rico Pas Sem Pobreza e porque desejo colaborar para que Vossa Excelncia deixe sua marca na histria do Brasil como a Presidenta que fez a inflexo da educao brasileira, da simples evoluo para uma revoluo.

    Respeitosamente,

    CRISTOVAM BUARQUESenador da Repblica

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    Quadro: Custo de Implementao da Revoluo Republica-na na Educao - (Preos Constantes de dez/2011)

    Grfico 1: Custos da Revoluo Republicana na Educao

    Grfico 2: Nmero de Alunos, Professores, Cidades e Escolas nas CEBIs e SEVs

  • 47

  • 48

    Anexo E Capa do Livro

  • 49

    Acesse o site do Senador Cristovam Buarque (www.cristovam.org.br)

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    Educao sem fronteiras. - Folheto Congresso Estadual da Associao Brasileira de Recursos Humanos ABRH Um olhar alm das fronteiras: o universo das pessoas e organi-zaes. Rio de Janeiro, 19 de junho 2005.

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    A Federalizao da Educao. - Folheto Congresso Estadual da Associao Brasileira de Recursos Humanos ABRH Um olhar alm das fronteiras: o universo das pessoas e organi-zaes. Rio de Janeiro, 19 de junho de 2005A esquerda Morreu, Viva a Esquerda. Cartilha SEMINRIO PORQUE O BRASIL PRECISA DE UM CHOQUE SOCIAL? Senado Federal, Brasilia, 19/11/2004

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    A Conspirao Prspero 1984 - Cartilha

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    A Federalizao da Educao Bsica