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FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO PARANÁ PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO

ANÁLISE CONJUNTURAL DO MÊS DE AGOSTO DE 2013

LONDRINA

Este relatório, referente ao mês de AGOSTO de 2013, da Pesquisa Conjuntural do Comércio da FECOMERCIO-PR, apresenta os resultados do comércio varejista em Londrina. As tabulações realizadas utilizaram como base os dados fornecidos pelas empresas informantes de cada um dos ramos selecionados, relativos ao período de 2012 à Agosto de 2013. Neste relatório não se faz, ainda, nenhum juízo de valor qualitativo sobre os resultados obtidos. O deflacionamento monetário foi feito utilizando como índice o IPCA-Brasil-IBGE. Os ramos de atividades do comércio pesquisados são:

Lojas de Departamentos

Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas.

Óticas e Cine-Foto-Som

Vestuário

Tecidos

Calçados

Supermercados e Hipermercados

Concessionárias de Veículos

Autopeças e Acessórios

Combustíveis e Lubrificantes

Material de Construção

Livrarias e Papelarias

1. Lojas de Departamentos A queda nas vendas pode indicar que enfrenta novas estratégias de outros concorrentes ou o consumidor optou

por novos espaços para compra. É grande a concorrência no segmento. Trabalha com variedade de produtos,

muitos de outros ramos: vestuário, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e decorações. São

vinculadas a redes com escalas elevadas de compras e grande poder de negociação com fornecedores.

Abaixo os resultados da região:

Lojas de Departamentos

Agosto-2013 Variações Deflacionadas

Mês

anterior Mês ano anterior Acumulado

Variável ago/13 ago/13 jan/ago 13

jul/13 ago/12 jan/ago 12

Total das compras 0,50% -18,80% -24,23%

Vendas Comerciais -7,79% -10,52% -22,64%

Número de funcionários -4,41% -16,28% -11,86%

Total da folha de pagamento -15,57% -14,38% -7,49%

2. Móveis Dec. e Util. Domésticas

No estado cresceu bem no período. Deverá manter esse padrão de vendas, com ocupação de imóveis novos,

substituição de mobiliário, emprego elevado e melhoria de renda. A Pesquisa não capta vendas das fábricas para

consumidores.


Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas


Mês




Total das compras -6,96% 9,58% -10,97%

Vendas Comerciais 0,22% 4,33% -0,52%


Total da folha de pagamento 2,75% 5,46% 3,50%

3. Óticas e Cine-Foto-Som

Mantém bom desempenho no estado, incentivados por inovações e designs. O dólar valorizado ainda não

prejudicou estes ramos, que trabalham com grande percentual de importados, inclusive relógios.

Competem com produtos “piratas”. Tem pequena participação no total das vendas do comércio.


Óticas


Mês




Total das compras 12,85% 4,04% -3,43%

Vendas Comerciais -8,00% 7,99% 9,64%

Número de funcionários -1,06% 3,56% 2,60%

Total da folha de pagamento -1,78% 12,05% 20,87%

Cine- Foto Som


Mês



jul/13 ago/12 jan/ago 12 Total das compras 31,80% -15,11% -12,67%




4. Vestuário Cresceu perto de 7% no estado comparado a 2012. Liquidações de final de estação (primavera-verão) ajudaram

a faturar. Uma possível opção do consumidor por novos padrões de despesas ou liquidar dívidas existentes,

pode ter afetado o segmento. Enfrenta a concorrência de outros ramos do varejo, que vendem os mesmos

produtos.


Vestuário


Mês



jul/13 ago/12 jan/ago 12 Total das compras -1,29% 3,71% 5,23%


Número de funcionários -0,11% 4,75% 4,37%


5. Tecidos

Caiu no período no estado. Suas vendas se relacionam à ocupação de imóveis residenciais, comerciais e

reformas, em paralelo à melhoria de renda. Vem diversificando o perfil de oferta Concorre em parte, com

“móveis e decorações”. Adota promoções típicas de mercado competitivo. Os tecidos para vestuário tem

queda significativa, proporcional aos novos hábitos da população e carência de mão-de-obra especializada

(alfaiates/costureiras).


Tecidos


Mês




Total das compras -23,19% -17,43% -8,42%

Vendas Comerciais 16,02% -11,23% 6,07%


Total da folha de pagamento -6,78% -6,74% -18,57%

6. Calçados Comportamento inferior ao de 2012. Concorre com lojas de departamentos, vestuário, supermercados. Os

artigos esportivos operam no mesmo segmento com opções de maior aceitação junto ao público jovem.

Vendas crescentes por internet.


Calçados


Mês




Total das compras 48,82% -0,35% 0,78%

Vendas Comerciais 6,76% 1,14% -2,78%



7. Supermercados

Bom crescimento no estado, estimulado pela melhoria do padrão de consumo das classes D e E, ampliação

da classe C, e fatores de estímulo à demanda como emprego alto e melhoria de renda. Está ampliando os

pontos de venda, o que afeta desempenho do pequeno comércio. Vem intensificando a oferta de marcas

alternativas.


Supermercados


Mês



jul/13 ago/12 jan/ago 12 Total das compras 14,58% 1,83% -3,49%




8. Concessionárias de Veículos Cresceu no Paraná em relação a igual período de 2012. Tem o benefício do IPI reduzido até dezembro. Para

o restante do ano a perspectiva é estabilização de vendas, considerando: aumento dos juros, providências

para contenção da inflação, novas exigências dos bancos e comprometimento da renda do consumidor. A

expansão de veículos novos dificulta a mobilidade urbana e eleva a importação de petróleo.




Mês




Vendas Comerciais -1,03% -9,03% -7,57%

Número de funcionários 0,01% -5,26% 1,20%


9. Autopeças Pequena expansão no estado; o dólar valorizado eleva preços de importados. Vendas crescem mais no

interior que na capital. Concorrem com “desmanches de carros”.


Autopeças


Mês




Vendas Comerciais -1,62% -2,74% 6,42%


Total da folha de pagamento 4,08% 1,02% -4,16%

10. Combustíveis e Lubrificantes

Cresceu no estado estimulado por carros novos em circulação, onde mesmo o carro flex opta por gasolina. A

demanda maior requer elevação da importação de petróleo, ônus adicional da política de estímulo ao mercado

automobilístico no país. Abaixo os resultados da região:

Combustíveis


Mês




Total das compras 4,46% -6,29% 3,41%


Número de funcionários 3,41% -0,67% 4,38%


11. Materiais de Construção

A queda no estado pode representar uma pausa para o setor, após bons desempenhos em períodos

anteriores. Atende a demanda típica de varejo; grandes construtoras ou empreiteiras adquirem,

preferencialmente, das fábricas ou atacado. Os juros e inflação crescentes limitam compras do consumidor

e adiam gastos no segmento. Tem como incentivos: redução tributária em itens específicos, financiamento

e emprego alto.




Mês




Total das compras -7,00% -6,92% -3,39%

Vendas Comerciais 1,40% 9,01% 2,75%

Número de funcionários 1,35% 2,24% 1,64%


12. Livraria e Papelaria

Vendas sazonalizadas conforme calendário escolar. Bom crescimento anual no estado. Além dos produtos

tradicionais, vem diversificando oferta: informática, escritório, cd’s, dvd’s, blue-rays e brinquedos, etc. Os

cursos novos e o ensino a distância – EAD, incentivam vendas, mais no interior que na RM de Curitiba.




Mês





Número de funcionários 5,93% -20,43% -18,78%

Total da folha de pagamento 10,27% -7,86% -10,31%

Total

Algumas inquietações ocorrem quanto ao desempenho do varejo paranaense no restante do ano,

considerando: inflação acima das previsões oficiais; queda na balança comercial, valorização do dólar

repercutindo nos preços de importados de uma economia que depende de 20% a 25% de bens do

exterior; insuficiência de investimentos públicos em infraestrutura no país; esgotamento do poder de

compra e limitações a novos financiamentos devido o comprometimento da renda. Ademais, o PIB não

atingirá o crescimento previsto no começo do ano.

A combinação das variáveis mencionadas deverá comprometer a geração de emprego temporário para o

Natal, período no qual tradicionalmente ocorre a maior contratação de trabalhadores temporários,

considerando a concentração de vendas no período.

Cabe destacar dois fatores positivos para o comércio neste momento: Vigência do programa da Caixa

Econômica Federal de financiamento de utensílios domésticos aos beneficiários do “minha casa, minha

vida”, que deverá aquecer o segmento de móveis, linha branca e eletroeletrônicos e a continuidade do

crescimento das vendas por e-commerce, conforme entidades do segmento, indicando que uma parcela

dos consumidores optam por uma alternativa no mínimo, mais pratica de compras.


Total


Mês







Gráficos da Região

a) Compras

Sob este conceito estão relacionadas as aquisições feitas pelo comércio varejista junto a empresas atacadistas, indústrias, ou qualquer outro ramo de atividade que forneça produtos para o varejo comercializar. Um acréscimo nas compras é sinal que o comércio tem expectativas de aumentar suas vendas (também podem estar com estoques baixos significando, no caso, reposição). Uma redução nas compras sugere que a perspectiva do varejo é de queda nas vendas, principalmente em curto prazo, sempre levando em consideração as oscilações sazonais.

GRÁFICO 1

O Gráfico 1 mostra a evolução das Compras deflacionadas.

b) Vendas Utiliza-se como base nesse item o faturamento bruto, ou seja, a receita bruta mensal proveniente de revenda de mercadorias da unidade comercial, incluindo-se todos os impostos e taxas que incidem sobre os bens faturados pelas empresas: ICMS, IPI, COFINS e outras. É equivalente ao conceito de preços de mercado utilizado nas Contas Nacionais calculada s no Brasil pelo IBGE. Não são consideradas as receitas financeiras e as receitas não-operacionais. Portanto, a Pesquisa não mede produto e sim o faturamento.

GRÁFICO 2

O Gráfico 2 mostra a evolução das Vendas deflacionadas.

c) Nível de emprego Sob este conceito é considerado o total de empregados assalariados em atividade na unidade local, no mês de referência, independente de terem ou não vínculo empregatício, desde que sejam remunerados diretamente pela empresa.

GRÁFICO 3

O Gráfico 3 mostra a evolução do Nível de Emprego.

c) Folha de Pagamentos Corresponde ao total de rendimentos brutos mensais pagos aos empregados pela empresa. Inclui não apenas o salário fixo, mas as remunerações oriundas do volume de vendas efetuadas como as comissões, gratificações de férias, participação nos lucros e outras. Não estão deduzidas as parcelas referentes à previdência social e imposto de renda.

GRÁFICO 4

O Gráfico 4 mostra a evolução da Folha de Pagamentos Deflacionada.

Síntese:

Uma síntese das vendas de Agosto consta a seguir:

VARIAÇÃO DAS VENDAS EM AGOSTO DE 2013

Agosto/2013 em relação:

RM de

Curitiba Londrina Maringá

Região

Oeste

Foz do

Iguaçu

Ponta

Grossa Paraná

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)

Mês anterior 3,95 1,29 0,23 3,06 2,41 4,50 3,23

Mesmo mês/ano

anterior 0,78 0,71 -2,77 2,96 2,37 -6,67 0,45

Acumulado do ano 7,32 0,68 -3,46 16,55 1,95 3,64 6,32

Destaques no Paraná em agosto de 2013

Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná

MAIORES CRESCIMENTOS PERCENTUAIS DE VENDAS (FATURAMENTO) NO PARANÁ

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2012 (%)

Acumulado Do Ano

(Jan-Ago) (%)

1. Vestuário 13,99 1. Supermercados 15,66 1. Supermercados 15,19

2. Óticas 11,32 2. Vestuário 11,47 2. Combustíveis 12,86

3. Farmácias 9,25 3. Tecidos 11,21 3. Óticas 8,51

4. Supermercados 6,34 4. Livrarias e Papelarias 9,10 4. Livrarias e Papelarias 7,79

5. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

6,29 5. Óticas 8,57 5. Cine- Foto Som 6,96

Regiões de maior e menor crescimento:

Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2013 (acumulado Jan-Ago)

RAMOS DE MAIOR E MENOR CRESCIMENTO NO ACUMULADO DE 2013 (JAN-AGO)

RM de

Curitiba (%)

Londrina

(%)

Maringá

(%) Oeste (%)

Foz do Iguaçu

(%)

Ponta Grossa

(%)

Maior

crescimento

Supermercados

18,07

Vestuário

18,35

Óticas

14,28


35,75

Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

21,12


24,32

Menor

crescimento

Calçados

-3,89

Lojas de Departamento

s

-22,64

Vestuário

-20,44


-3,58

Tecidos

-42,63


-8,48

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